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Para atravessarmos a vida com qualidade e direcção certa é

coveniente ou mesmo indispensável sabermos sentir ou


discernir as energias que estão mais vivas consciente e
inconscientemente em nós, o seu estado e efeitos em nós e à
nossa volta, o seu valor e desvalor. Há então que prestar
atenção aos desejos e pensamentos, que se enraizam em
carências, frustrações e aspirações, já que é de tais níveis
psíquicos que se alimentam nossos sentimentos, pensamentos,
palavras e actos, seja reactiva, espontanea ou
involuntariamente mas que cabam por determinar a nossa vida
e realização.
Todavia o desconhecimento da nossa constituição psiquica
ainda é grande em muitos, nomeadamente porque não há uma
prática regular de auto-conhecimento, e assim perdem-se
muitas potencialidades, cai-se em fragilidades, e poucos são os
que conseguem criar e irradiar as melhores forças benéficas,
fazendo-a nascer de uma claridade consciencial interior , e
concretizando-a em realizações lharmoniosas na vertente
escarpada da vida espiritual, no meio do trabalho absorvente
desgastante profissional e da convivialidade mais harmoniosa,
ou mais dispersiva e enfraquecedora que levamos.
Mesmo para quem tenha muitas limitações físicas, financeiras,
psíquicas, ainda assim a vida tem uma força e alegria profunda
que desafia todos os condicionamentos e sofrimentos e que se
revela e se intensifica naturalmente no renascer de cada
desilusão, dor, doença, esforço, sobretudo nos que sabem
apreciar e sentir a Ordem do Universo, a Alma do Mundo,
estabelecendo assim uma religação com a interconectividade do
microcosmo com o macrocosmos, sob a égide Divina, a qual os
pode presentear com comunhões e intuições luminosas e felizes.
Infelizmente muitos seres não conseguem já ver o mundo com
olhos de receptividade e simpatia antes se encontram em estado
forte de enfraquecimento, doença, alienação, crítica, negação,
menosprezo, ou então em submissão manipulada aos ditames e
slogans da comunicação social às ordens do tecnofascismo actual
dominante, cada vez mais acentuadamente após o Covid, pelo
que perdem as antenas ou canais para se harmonizarem nesse
compo unificado de energia consciência que os fortificaria e
iluminaria ...
Ora é preciso saber ver, ouvir, sentir os ambientes, os outros, a
natureza, o Universo mutidimensional em ressonância, em abertura,
em compaixão ou amor antes de os podermos compreender, avaliar
ou querer transformar. Cada momento ou situação tem a sua
harmonia e beleza, ou então a sua razão de ser, que devemos
sondar e aprofundar em vez de estarmos sempre a duvidar, criticar,
menosprezar, mudar, partir.
Esta atitude do ser humano moderno incapacita-o de sentir e de
estar ligado com os seus níveis mais profundos pois estes assim
como as profundezas dum lago só se deixam ver quando a agitação
à superfície diminui o suficiente para que o fundo consiga ser
penetrado por alguns raios de luz do alto, deixando ver as suas
pérolas ou jóias as quais só se manifestam ou tornam visíveis
quando não há pós e poeiras dos conflitos constantes das opiniões,
personalidades, ritmos e vibrações, e que quando acontecem com
cargas emocionais conflituosas podem durar dias ou meses a
desvanecerem-se, difucultando assim a realização das exigências de
paz e harmonia para que as profundezas ou alturas do mundo
interior espiritual e divino se possam desvendar.
Um das consequências deste estado de pouca consciência da
harmonia interior dos diferentes aspectos das almas é a raridade
de vermos seres que estejam bem incarnados em si mesmos, ou
seja, que no corpo expressem harmoniosamente a alma já
unificada, o espírito e o influxo do Ser Divino.
Tais indivíduos são hoje cada vez mais raros pois a maioria anda
sempre a correr e preocupado dum lado para outro e se sem
emprego, sem ideais ou envelhecido deixa-se alienar pelo que
sobretudo a televisão ou a net lhe descarrega nas suas fossas
orbiculares, pavilhões auriculares e seios. E sabemos como após
a misteriosa epidemia do Covid toda essa negatividade
aumentou tanto, tragicamente mesmo...
Pessoas de olhar vivo, magnético, impressivo, capazes de
transmitirem pelo olhar as suas ligações e realizações, convições
e ideias, influenciando beneficamente o seu ambiente em vez de
serem comidos, abafados, deprimidos são raras cada vez mais,
crendo até alguns que as vacinas têm tido efeitos nesse
amortecimento psíquico e do brilho do olhar.
Quanto à palavra, ao verbo, ao discursos, também é cada vez
mais raro ouvirmos, em vez de metralhadores atemorizadoras e
avalanches de asneiras, palavras fundamentadas, calmas,
precisas, fortes e adequadas, e que serão germens nos ouvintes
de pensamentos e actos sábios e libertadores.
Poucos são os seres que conseguem ter as imagens e as forças
do que querem partilhar bem nítidas e condensadas dentro de si
de modo a transmiti-las com efeitos benéficos ou mesmo
invencíveis nos outros, ao pronunciá-las de forma clara e precisa
gerando visões interiores, emoções, compreensões, clarificações
e propósitos elevados.
Sabe-se ainda pouco em que segmentos do nosso cérebro, ou
zonas neuronais, são registados os nossos pensamentos e
palavras, e qual a irradiação que essas partes do cérebro têm
sobre os que nos rodeiam, involuntariamente e voluntariamente,
em subtis ressonâncias.
Mas que ocorrem emanações bio-electrico-magnéticas e ainda
mais subtis não há dúvidas, e a palavra antiga de telepatia
continua a servir enquanto não se formularem melhores para
explicar essa acção à distância da psique, pelo que um certo
contágio acontece mesmo seja para o bem e o mal e por isso os
antigos sábios sempre tiveram os seus agrupamentos de
afinidades electivas em que só os preparados ou afins eram
convidados a entrar e participar e comungar das vibrações lá
manifestadas por seres já evoluídos, nos quais uma maturidade,
pureza, claridade e elevação de intenções interiores criavam
correntes de alta tensão espiritual invocativa e irradiativa,
nomeadamente quando em meditações ou rituais todos
convergiam as suas vontades para a realização de certas imagens
e efeitos, para além das que cada um emanava pelo mero viver
com práticas, meditações, aspirações e propósitos nobres.
Importante neste aprofundar das nossas características,
potencialidades e realizações a capacidade de possuirmos e
tornar-nos um completamente com uma ideia, uma frase, uma
oração, um mantra, uma imagem e, que progressivamente
impregnado-nos dela, chegarmos à sua vivência interior e
consequente assimilação, depois disponível para singrar nas
palavras ou escritos que chegam à alma de quem as ouve ou lê.
Quanto à escolha das palavras que reflectirão melhor o que foi
vivenciado ou que se conhece, de modo que cheguem claras e
luminosas às alma dos ouvintes, sejam eles níveis nossos,
amigos, antepassados, anjos ou a Ordem do Universo, sabemos
bem como o trabalho é grande e apela à totalidade do ser que
escreve.
Estes tipos de práticas de concentração e unificação são
fundamentais de ser trabalhados a vários níveis, para
conseguirmos progressivamente isolarmos da mente tudo o que
não nos interessa, seja para pesarmos os prós e os contras e
decidir correctamente a palavra ou o acto justo, seja para
fazermos silêncio e aprofundarmos interiormente o sentir da
alma rumo aos níveis mais íntimos do espírito e da Divindade.
Este momentos de silêncio e de ontemplação calma ou de
oraçao de graças permitem-nos elevar-nos acima da volatilidade
dos pesnamentos e estados animicos e unificados podermos
sintonizar mais com o Um, com o Divino, o Transcendente que é
também imanente
Se comungarmos mais nesta religação vertical, iremos
recebendo dos planos mais íntimos ou arquétipis nossos as
intuições e direcções para que a nossa vida seja a de maior
realização possivel da Verdade, do Bem, do Belo e do Amor

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