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Itália

Itália (em italiano: Italia [iˈtaːlja] ( escutar?·info)), oficialmente República Italiana (em italiano:
Repubblica Italiana), é uma república parlamentar unitária localizada no centro-sul da Europa.
Ao norte, faz fronteira com França, Suíça, Áustria e Eslovênia ao longo dos Alpes. A parte sul
consiste na totalidade da península Itálica, Sicília, Sardenha, as duas maiores ilhas no mar
Mediterrâneo, e muitas outras ilhas menores ficam no entorno do território italiano. Os
Estados independentes de San Marino e do Vaticano são enclaves no interior da Itália,
enquanto Campione d'Italia é um exclave italiano na Suíça. O território do país abrange cerca
de 301 338 km² e a maior parte do seu território tem um clima temperado sazonal. Com 60,8
milhões de habitantes em 2015, é a quinta nação mais populosa da Europa e a 23.ª do mundo.
Roma, a capital italiana, foi durante séculos o centro político e religioso da civilização ocidental
como capital do Império Romano e como sede da Santa Sé. Após o declínio do Império
Romano, a Itália sofreu inúmeras invasões de povos estrangeiros, desde tribos germânicas,
como os lombardos e ostrogodos, aos bizantinos e, mais tarde, os normandos, entre outros.
Séculos mais tarde, Itália tornou-se o berço das repúblicas marítimas e do Renascimento,[5]
um movimento intelectual extremamente frutífero que seria fundamental na formação
subsequente do pensamento europeu. Durante grande parte de sua história pós-romana, a
Itália foi fragmentada em vários reinos (tais como o Reino da Sardenha; o Reino das Duas
Sicílias e o Ducado de Milão, etc.) e cidades-Estado, mas foi unificada em 1861,[6] após um
período tumultuado da história conhecido como "Il Risorgimento" ("O Ressurgimento"). Entre
o final do século XIX e o fim da Segunda Guerra Mundial, a Itália possuiu um império colonial
que estendia seu domínio até à Líbia, Eritreia, Somália, Etiópia, Albânia, Dodecaneso e uma
concessão em Tianjin, na China.[7] A Itália moderna é uma república democrática, classificada
como o 24.º país mais desenvolvido do mundo[3] e com índice de qualidade de vida entre os
dez primeiros do planeta.[8] O país goza de um alto padrão de vida e tem um elevado PIB
nominal per capita.[2] É um membro fundador da União Europeia e parte da Zona Euro, além
de ser membro do G7, G20, OTAN, OCDE, Organização Mundial do Comércio (OMC), Conselho
da Europa, União da Europa Ocidental e das Nações Unidas. A Itália tem a quarta maior reserva
de ouro, o oitavo maior PIB nominal, o décimo maior PIB (PPC)[2] e o sexto maior orçamento
público do mundo.[9] A República Italiana tem o nono maior orçamento de defesa do mundo,
acesso às armas nucleares da OTAN e um papel proeminente nos assuntos militares, culturais e
diplomáticos europeus e mundiais, o que a torna uma das principais Potências Médias do
mundo e uma Potência Regional de destaque na Europa.[10][11] O país tem um elevado nível
de escolaridade pública e é uma nação altamente globalizada.[12] Etimologia Várias hipóteses
para o nome da Itália foram formuladas.[13] Umas delas teoriza que o nome se origina de um
empréstimo linguístico. Quando a hegemonia etrusca ia chegando a seu ocaso com a expansão
dos latinos, os povos do Sul, em particular os oscos, úmbrios e outros povos do centro e Sul da
península Itálica possuíam um numeroso rebanho bovino. Na língua dos oscos, o acusativo
‘vitluf’ (aos bezerros) deu lugar em latim a ‘vitellus’ (bezerrinho), palavra proveniente de
vitulos (bezerro de entre um e dois anos) e similarmente no úmbrio como vitlo. Estas palavras
se derivaram do indo-europeu ‘wet-olo’ (de um ano cumprido), formada por sua vez a partir de
‘wet-‘ (ano), também presente nos vocábulos "veterano" e "veterinário".[14][15] O gado era
tão importante para esses povos que adotaram como emblema a imagem de um touro jovem,
que aparece em algumas moedas da época, com o nome de vitalos, que em pouco tempo
converteu-se em ‘italos’, nome com que se denominou as tribos do sul.[16] De acordo com
Antíoco de Siracusa, a porção sul da península Bruttium (moderna Calábria: província de Régio
da Calábria, e parte das províncias de Catanzaro e Vibo Valentia). Mas no seu tempo, Itália e
Enótria já haviam se tornado sinônimos, e o nome também era aplicado à maior parte da
Lucânia (atual Basilicata). Os gregos gradualmente aplicaram o nome Itália para uma região
maior, mas foi durante o reino do imperador Augusto (fim do século I a.C.) que o termo foi
expandido para cobrir toda a península até os Alpes[17] e ‘itali – orum’ foi usado como
gentílico para seus habitantes.[16] O historiador grego Dionísio de Halicarnasso regista essa
versão, junto com a lenda de que a Itália devia o seu nome a Ítalo, um rei lendário dos
enótrios,[18] o que também é mencionado por Aristóteles[19] e Tucídides.[20]

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