Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço

Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3


CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A

3
Dimensionamento de Barras Tracionadas

Índice

3.1 Considerações preliminares


3.2 Verificação dos estados-limites últimos
3.2.1 Verificação de barras prismáticas tracionadas
3.2.2 Resistência de cálculo para barras prismáticas em geral
3.2.3 Áreas de cálculo
3.2.3.1 Área bruta
3.2.3.2 Área líquida
3.2.3.3 Área líquida efetiva
3.2.3.4 Linha de ruptura crítica
3.2.4 Resistência de cálculo para barras redondas com extremidades rosqueadas
3.2.5 Resistência de cálculo para barras ligadas por pinos
3.3 Verificação dos estados-limites de serviço
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A

3
Dimensionamento de Barras Tracionadas

3.1 Considerações preliminares

Elementos estruturais prismáticos solicitados por uma


força axial de tração

barras tracionadas

Condicionantes da escolha da seção transversal


• tipo de estrutura em que se localiza
• meio de ligação

Condicionantes da resistência de uma barra tracionada


• tipo de material
• área da seção transversal

3.1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A
Tipos mais comuns de barras tracionadas

• Barras redondas
• Chapas
• Cantoneiras simples
• Cantoneiras duplas
• Perfis I e U
• Cabos de aço

(a) (b) (c) (d) (e) (f)

Figura - Tipos mais comuns de peças tracionadas:


a) barras redondas; b) chapas; c) cantoneiras simples;
d) cantoneiras duplas; e) perfis I; f) perfis U.

Elementos estruturais típicos

• Contraventamentos
• Chumbadores
• Tirantes
• Treliças
• Estruturas estaiadas

3.2
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A
3.2 Verificação dos estados-limites últimos

3.2.1 Verificação de barras prismáticas tracionadas

No dimensionamento de barras prismáticas submetidas à força axial


de tração deve ser verificada a seguinte condição:

Nt ,Sd  Nt , Rd
onde:
- Nt,Sd força axial de tração solicitante de cálculo;
- Nt,Rd força axial de tração resistente de cálculo;

3.2.2 Resistência de cálculo para barras prismáticas em geral

A força axial de tração resistente de cálculo (Nt,Rd) para barras


prismáticas em geral, exceto para barras redondas com
extremidades rosqueadas e barras ligadas por pinos, é o menor dos
valores obtidos pelas seguintes expressões, considerando-se os
estados-limites últimos de escoamento da seção bruta e ruptura da
seção líquida:

a) escoamento da seção bruta


Ag f y
Nt , Rd 
 a1
b) ruptura da seção líquida
Ae f u
N t , Rd 
 a2
onde:
- Ag área bruta da seção transversal da barra;
- Ae área líquida efetiva da seção transversal da barra;
- fy resistência ao escoamento do aço;
- fu resistência à ruptura do aço;
- a1 coeficiente de ponderação da resistência para o aço estrutural em situação
de escoamento (Tabela 2.3);
- a2 coeficiente de ponderação da resistência para o aço estrutural em situação
de ruptura (Tabela 2.3);

3.3
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A

A resistência de cálculo de uma barra tracionada


é dada em função de:
Escoamento  seção bruta
Ruptura  seção líquida (mais fraca)

Fonte: Fakury et al., 2016.

Quando a deformação de uma barra tracionada está na fase elástica do diagrama


tensão-deformação do aço, o alongamento que ocorre não é considerável. Por outro
lado, quando a deformação atinge o patamar de escoamento do aço, ocorrem
alongamentos excessivos na barra.

3.4
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A
f
(MPa)
fu = 400 MPa
400

300
fy = 250 MPa
200

100

2 4 6 8 10 20
 (%)
Figura - Diagrama tensão x deformação para um aço estrutural ASTM A-36

Não é usual aparecerem alongamentos excessivos quando apenas as seções mais


fracas da peça atingem o escoamento (exceto nos casos em que as seções
enfraquecidas possuem comprimentos consideráveis na direção do eixo da barra).
Portanto, a verificação do escoamento (alongamento excessivo) deve ser realizada
com a área total da seção transversal (área bruta da seção transversal).

3.2.3 Áreas de cálculo

Conceitos (NBR 8800:2008 - itens 5.2.3 e 5.2.4)

- Área bruta (Ag)


- Área Líquida (An)
- Área Líquida Efetiva (Ae)

3.2.3.1 Área bruta (Ag)

É a área da seção transversal bruta, ou seja, sem descontar os furos


que possam haver.
Pode ser calculada ou tomada em tabela.

3.5
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A

3.2.3.2 Área líquida (An)

Quando a peça não tiver qualquer tipo de redução de seção


transversal, a área líquida é igual à área bruta:
An = Ag

b An= A g = b . t

t
Quando existirem furos, destinados à colocação de parafusos,
soldas, etc., a área líquida é calculada deduzindo-se da área bruta
a área dos furos que estão na seção analisada.

An = b . t - n . d . t
d
ou
b d
An = b n. t
d
onde:
t
bn = b - n . d
b n - largura líquida da peça

Quando houver furos alternados numa seção transversal


(distribuição em diagonal ou em zigue-zague), a área líquida é
calculada deduzindo-se da área bruta a área dos furos que compõem
a trajetória analisada, adicionando-se, para cada diagonal, uma
parcela correspondente ao acréscimo de resistência que cada uma
delas confere.

3.6
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A

Desta forma, a área líquida das seções afetadas por furos é dada por
(NBR 8800:2008 - 5.2.4.1.b):
 t s2 
An = Ag -  (d t)+   
4 g
onde:
-d largura do furo na direção perpendicular à força de tração, acrescida
de 2 mm;
-t espessura da chapa furada;
-s espaçamento entre os centros de dois furos consecutivos na linha de
ruptura, medido paralelamente à força de tração.
Para dois furos alongados na direção da força, "s" é a menor das quatro
distâncias entre centros dos semi-círculos externos;
-g - espaçamento entre os centros de dois furos consecutivos na linha de
ruptura, medido perpendicularmente à força de tração (gabarito).

3.7
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A
Na expressão anterior, os somatórios visam abranger todos os furos
e diagonais situados na LINHA DE RUPTURA considerada.

s1
2
A n= b . t - n . d . t +  t . s
d
g1 4.g
ou
b d
g2 An = bn . t
d

s2 onde:
t
b n - largura líquida da peça
2
b n= b - n . d +  t . s
4.g

Para cálculo da área líquida, deve-se ainda considerar:

a) Dimensões máximas de furos

As dimensões máximas de furos para parafusos e barras rosqueadas


são definidas no item 6.3.6.1 da NBR 8800:2008, que prescreve:

df =  + 1,5 mm
onde:
- df diâmetro do furo padrão;
- diâmetro do parafuso.

Tabela 3.1 - Diâmetro dos parafusos e dimensão de cálculo correspondente

Diâmetro do parafuso () df d (cálculo)


(polegadas) (mm) (mm) (mm)
5/8'' 16 17,5 19,5
3/4'' 19 20,5 22,5
7/8'' 22 23,3 25,5
1" 25,4 26,9 28,9

3.8
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A

b) Valor de "g" para cantoneiras

Para perfis tipo cantoneira, o valor de "g" correspondente a dois furos


não situados na mesma aba é igual à soma das distâncias dos
centros dos furos até as faces externas da cantoneira, menos a
espessura.

3.2.3.3 Área líquida efetiva (Ae)

Para regiões afastadas daquelas onde são feitas as ligações que


introduzem a força axial de tração na barra, a área líquida efetiva é
igual à área líquida:
Ae = An

Na região de uma ligação (soldada ou parafusada) onde se introduz


a força axial de tração na barra, sendo a ligação feita através de
todos os elementos componentes da seção transversal, a área
líquida efetiva é igual à área líquida:

Ae = An

Fonte: Fakury et al., 2016.

3.9
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A

Quando uma ligação é feita por apenas alguns elementos


componentes da seção transversal, a área líquida efetiva deverá ser
calculada por:
Ae  Ct An
onde:
- Ct coeficiente de redução da área líquida (item 5.2.5 da NBR 8800:2008).

O coeficiente "Ct" leva em consideração o fato de apenas parte da


seção transversal resistir efetivamente ao esforço na região de
introdução da força de tração.

3.10
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A

Fonte: Fakury et al., 2016.

Coeficiente de redução da área líquida (Ct) (NBR 8800:2008 - item 5.2.5)

3.11
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A

3.12
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A

3.13
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A
3.2.3.4 Linha de ruptura crítica

Quando a linha de ação da força axial passa pelo centro de


gravidade do grupo de parafusos que formam uma ligação

Admite-se que essa força seja distribuída de maneira uniforme


entre os parafusos

Cada parafuso absorverá uma mesma parcela da força,


correspondente a N/n, onde "N" é a força axial atuante e " n" é o
número de parafusos da ligação.

Exemplo

Seja uma ligação parafusada entre duas chapas planas, como


mostrado a seguir:

N N

CH2 CH1

CH1 N
N

CH2

De acordo com a hipótese de distribuição uniforme da carga entre


os parafusos componentes da ligação, a carga por parafuso (N p) é
dada por:

N
Np =
8

3.14
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A
Análise das possibilidades de ruptura da chapa CH1:
A análise deve considerar todas as possíveis linhas de ruptura,
conforme se apresenta na figura a seguir.
3 2 1

CH1

3 2 1
Para cada uma das linhas de ruptura admitidas:
Linha 1  N
Linha 2  N
N 6
Linha 3  N - 2. = .N
8 8

Admite-se que a resistência de cálculo de uma peça tracionada (Rd)


pode ser expressa por Rd = k . An, onde "k" é um coeficiente global
que abrange a resistência do material e o coeficiente de segurança.

Aplicando-se a verificação fundamental do Método dos Estados


Limites para os Estados Limites Últimos para cada linha de ruptura
admitida, tem-se:

Linha 1 - R d = k . An1  Sd  Sd  k . An1


Linha 2 - R d = k . An2  Sd  Sd  k . An2
6 A
Linha 3 - R d = k . A n3  Sd  Sd  k . n3
8 68
A
Linha genérica - R d = k . A n   . Sd  Sd  k . n

Assim, numa linha genérica em que atue uma fração ( . Sd) da força
de tração de cálculo (Sd), para efeito de comparação entre as linhas
de ruptura, toma-se para esta linha uma área líquida A'n= An / .

A LINHA DE RUPTURA CRÍTICA é a que apresentar a menor área.

3.15
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A
3.2.4 Resistência de cálculo para barras redondas com
extremidades rosqueadas

Fonte: Fakury et al., 2016.

A força axial de tração resistente de cálculo (Nt,Rd) para barras


redondas com extremidades rosqueadas é o menor dos valores
obtidos pelas seguintes expressões, considerando-se os estados-
limites últimos de escoamento da seção bruta e ruptura da parte
rosqueada:

a) escoamento da seção bruta


Ag f y
Nt , Rd 
 a1
b) ruptura da parte rosqueada
Abe f ub
f t , Rd 
 a2
onde:
- fub resistência à ruptura do material do parafuso ou barra redonda rosqueada à
tração (Anexo A da NBR 8800:2008);
- Abe área efetiva (item 6.3.2.2) .

3.16
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A
A área resistente ou área efetiva de um parafuso ou barra redonda
rosqueada (Abe) submetida à força axial de tração corresponde a um
valor compreendido entre a área bruta e área da raiz da rosca:

Abe  0,75 Ab
com:
 d2
Ab 
4
3.2.5 Resistência de cálculo para barras ligadas por pinos

A força axial de tração resistente de cálculo (Nt,Rd) para barras


ligadas por pinos é o menor dos valores obtidos pelas seguintes
expressões, considerando-se os seguintes estados-limites últimos:

a) escoamento da seção bruta


Ag f y
Nt , Rd 
 a1
b) resistência à pressão de contato na área projetada do pino,
conforme item 6.6 da NBR 8800:2008.

c) ruptura da seção líquida por tração


2 t bef f u
N t , Rd 
 a2

d) ruptura da seção líquida por cisalhamento


0,60 Asf f u
Nt , Rd 
 a2
com:

 d 
Asf  2 t  a  p 
 2 

3.17
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A

onde:
- t espessura da chapa ligada pelo pino;
- be largura efetiva;
- a menor distância da borda do furo à extremidade da barra, medida na direção
paralela à força axial de tração;
- dp diâmetro do pino.

3.3 Verificação dos estados-limites de serviço

A verificação dos estados-limites de serviço de elementos


tracionados consiste na limitação do índice de esbeltez () dos
mesmos.

As barras tracionadas não apresentam problemas de instabilidade


pois a tração tende a retificá-las. Entretanto recomenda-se limitar o
índice de esbeltez desses elementos com o objetivo de evitar que os
mesmos sejam excessivamente flexíveis. Caso as barras possuam
esbeltez muito elevada, podem apresentar deslocamentos
excessivos, o que é esteticamente desagradável, além de problemas
de vibração quando submetidas a cargas dinâmicas (cargas de
vento, ponte rolante, etc.).

3.18
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Dimensionamento de Elementos de Estruturas de Aço
Departamento de Engenharia Civil Capítulo 3
CIV 353 – Estruturas Metálicas Dimensionamento de Barras Tracionadas
Versão: 2017A

O índice de esbeltez é dado por:


L
=
r
onde:
- L comprimento livre da peça (não travado);
- r raio de giração da seção transversal da peça
I
r=
A

A NBR 8800:2008 (item 5.2.8 ) recomenda que o índice de esbeltez


das barras tracionadas não deve ser maior do que 300.

As limitações anteriores excluem tirantes de barras redondas


pré-tensionadas e outras barras que tenham sido montadas com
pré-tensão.

3.19

Você também pode gostar