Verificamos que para saber se um trecho é ou não navegável, deve se
considerar o tipo de embarcação a ser utilizada. Um trecho pode ou não ser navegável a depender do calado da embarcação, que é a distância entre a quilha da embarcação (seu ponto mais baixo) e a linha superficial da água (toda a parte da embarcação que está submersa).
Outro destaque percebido que a região de maior volume navegável se
encontra no Triângulo Mineiro, abrangendo principalmente a circunscrição territorial de responsabilidade da 5ª Cia PM MAmb, bem como da 9ª Cia PM MAmb, com ponto focal na subárea da 5ª Cia PM MAmb, desde a Barragem da Usina de São Simão, no rio Paranaíba, até a junção dos rios Paranaíba com rio Grande, formando o rio Paraná com a Hidrovia Tietê-Paraná.
Os Rios Grande e Paranaíba não são cartografados, deste modo, não é
possível sua navegação por embarcações cujo calado seja muito profundo. Neste caso, apenas embarcações menores ou as de maior porte, porém, do tipo rebocadores/empurradores que operam acoplados a balsas, barcaças e chatas realizam transportes ou travessias na região, como no trecho de início do Rio Paranaíba.
São alguns pontos importantes de navegação:
- Rio Paranaíba: desde a base da barragem da Usina de São Simão até o
encontro com o rio Paraná, numa extensão aproximada de 180 km; - Rio Grande: desde a base da barragem da Usina Hidrelétrica de Água Vermelha até o encontro do rio Grande com o rio Paranaíba, numa extensão aproximada de 80 km; - Rio Paraná: desde o encontro dos rios Grande e Paranaíba, até a barragem da Usina Hidrelétrica de Itaipu, numa extensão de 800 km (Hidrovia Tietê- Paraná). A Administração da Hidrovia Tietê-Paraná dividiu a extensão navegável do rio Paraná em 4 trechos, sendo de maior interesse o trecho IV, com extensão de 225 km, apresenta boas condições de navegação desde a foz do Rio São José dos Dourados até o Complexo Portuário de São Simão (Goiás), com o percurso de 55 km no Rio Paraná, 170 km no Rio Paranaíba e 80 km no Rio Grande. Este trecho fica nas divisas dos estados de São Paulo e Minas Gerais com o Mato Grosso do Sul.
Os Rios Grande e Paranaíba drenam parte das águas dos estados de
Goiás, Minas Gerais e São Paulo e são os formadores do rio Paraná a partir de sua confluência, este, considerado o segundo maior em extensão da América Latina.
Os principais portos da região do Triângulo Mineiro são o de Santa
Vitória e de Iturama.
Verificamos que o rio Grande é navegável apenas em um trecho de 80
quilômetros, entre a confluência do Rio Paranaíba, onde forma o rio Paraná, até a barragem de Água Vermelha. A partir desse ponto seria necessária a construção de várias eclusas, canais e elevadores de embarcações.
O rio Paraná forma uma das mais importantes bacias hidrográficas da
América do Sul, que é a Bacia do Rio da Prata. Além do seu potencial para a geração de eletricidade, o rio Paraná constitui uma das mais importantes hidrovias do Brasil, que é a Tietê-Paraná, que se divide entre as águas do Paraná e do Rio Tietê, um de seus principais afluentes. É uma via de navegação que liga a região Sul, Sudeste e Centro Oeste do país. Seu trecho navegável no Brasil apresenta extensão de mais de 1.000 km e largura média de 120 metros.
Essa via se estende do Triângulo Mineiro, na região Sudeste, até a
Usina de Itaipu, na fronteira do Paraná com o Paraguai. Um sistema de eclusas viabiliza a passagem pelos desníveis das muitas represas existentes nos dois rios.