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Bacia do Paraná

Primeiramente, é interessante ressaltar o que é uma bacia hidrográfica,


esta nada mais é do que a extensão de escoamento de um rio central e os seus
afluentes.

A Bacia do Paraná é formada por um conjunto de rios, sendo os principais


formadores da bacia, o Rio Paraná, Rio Grande, Rio Iguaçu, Rio Tietê, Rio
Paranapanema, Rio Amambaí, Rio Paranaíba, Rio Ivaí, Rio Tibagi, Rio Pardo, Rio
Aporé, Rio Dourados, Rio Verde e Rio Sucuriú. Sendo o maior em extensão, o Rio
Paraná (com cerca de 4.880 km de comprimento) e também o principal rio da
bacia.

A extensão da bacia como um todo é de aproximadamente 1,5 milhões de


quilômetros quadrados, dos quais, 800.000 quilômetros quadrados estão
localizados em território brasileiro. Está
localizada na região centro-oeste da América
Latina, no caso do Brasil, a bacia hidrográfica do
Paraná abrange as regiões centro-sul e sudeste –
englobando os estados de Santa Catarina, São
Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerias,
Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás –,
além disso, a bacia ainda abrange o território da
Argentina ao nordeste, do Paraguai ao leste e do
Uruguai ao norte.

A bacia apresenta um grande potencial hidrelétrico, superior a 41.000


megawatts, sendo este potencial consequência do grande volume de água – cerca
de 650 mil km³ – e também de seu relevo acidentado, sendo a usina hidrelétrica de
maior destaque, a Usina Binacional de Itaipu. Além disso, o solo também é muito
rico e, em consequência disso, nessa região há uma elevada atividade agropecuária.

A Bacia do Paraná é considerada a maior bacia sedimentar brasileira, esta


apresenta uma grande depressão em formato oval, é formada por rios de planalto,
o que acaba dificultando a navegação naquelas águas, apesar disso, em muitos
desses trechos o transporte hidroviário é utilizado, como na Hidrovia Tietê-Paraná.
Como já dito anteriormente, se trata de uma bacia sedimentar
intracratônica, sendo esta situada sob placas tectônicas estáveis, o que
proporciona a região um pouco mais de estabilidade, tendo em vista que não
possui muita movimentação. Segundo estudos, a bacia foi formada durante os
períodos Paleozoico e Mesozoico, além de apresentar rochas sedimentares e
vulcânicas, estas formadas entre os períodos Ordoviciano e Cretáceo.

A região ainda apresenta uma taxa de sedimentação bastante elevada e


mais rápida do que em regiões de clima árido, por exemplo. Isso se dá como
consequência de seu clima subtropical úmido – quente e úmido – com elevada
pluviosidade.

De acordo com dados fornecidos pelo IBGE – sigla para o Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística –, toda a região que compreende a Bacia do
Paraná é composta por mais de 60 milhões de habitantes, segundo dados
recolhidos durante o ano de 2010, com uma densidade demográfica de 69,7
habitantes por quilômetro quadrado e um total de 1.507 municípios.

Se trata de uma das regiões mais bem desenvolvidas do país, em todos os


sentidos, apresenta alta biodiversidade, é rica em água, recursos naturais e ainda
em solos férteis. Podem ser encontrados diversos recursos naturais que podem ser
utilizados em diferentes setores econômicos como basalto, calcário, carvão, folhelo,
caulim, varvito arenito, argila (vermelha e refratária), urânio, betume, outo, cobre,
argila, carvão mineral, ágata, ametista, rochas ornamentais e gás natural, além de
um incrível potencial hidrelétrico e também potencial petrolífero. Tendo como
principal recurso natural, a água subterrânea.

Também conta com atividades econômicas como o turismo, a pesca e a


irrigação. A bacia também é muito utilizada para o transporte hidroviário, sela ele
de recursos extraídos ou de mercadorias, mesmo não sendo a região ideal para
navegação, já que, é formada por rios de planalto.

No entanto, graves problemas vêm sendo enfrentados pela região: a


poluição, a exploração desenfreada dos recursos naturais disponíveis, o uso de
agrotóxicos e de fertilizantes prejudiciais ao ambiente nas atividades agrícolas, a
industrialização e urbanização acelerada, o assoreamento de rios ou ainda o
desmatamento de áreas destinadas a pastagem.

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