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UMBANDA - CAMDONBLE - KIMBANDA-BA - Fernando Guedes
UMBANDA - CAMDONBLE - KIMBANDA-BA - Fernando Guedes
UMBANDA-CAMDONBLÉ – KIMBANDA-
BATUQUE –CATIMBO Uma edição do Grupo
de Estudos Boiadeiro Rei
contato@grupoboiadeirorei.com.br
autor; Fernando Guedes
07313
ORIGEM: DA UMBANDA
Continuou:
"O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui
padre e o meu nome era Gabriel Malagrida. Acusado de bruxaria fui
sacrificado na fogueira da Inquisição em Lisboa, no ano de 1761. Mas
em minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de
nascer como caboclo brasileiro."
O vidente retrucou: " Julga o irmão que alguém irá assistir a seu
culto?" - perguntou com ironia. E o espírito já identificado disse:
"Cada colina de Niterói atuará como porta-voz, anunciando o culto
que amanhã iniciarei".
" Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é
coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá."
Após insistência dos presentes fala:
"Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nego."
Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua
humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de
alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:
"Minha caximba. Nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda
mureque busca."
Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam
presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para
esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade.
Assim Zélio se tornou o Sacerdote de Umbanda, dando início a uma
nova religião:
(Revista Planeta - Candomblé e Umbanda -Ari Moraes)
Sacrifício de animais:
As consultas ficam por conta das entidades de cada linha como por
exemplo: os baianos, preto-velhos, boiadeiros, marinheiros, crianças,
etc, que por estarem mais próximos de nossa realidade (pois
desencarnaram a apenas algumas décadas - como no caso dos
pretos-velhos), podem nos ajudar por conhecerem bem mais de perto
os problemas terrenos.
Cada orixá vibra em uma cor, por exemplo, Oxossi vibra na cor verde
assim como Iansã na cor amarela, mas indiscutivelmente o branco
(Oxalá) é aceito por qualquer linha.
Linhas e Falanges:
Linha de Oxalá
Linha de Iemanjá ou Linha das Águas
Linha de Oxóssi
Linha de Xangô
Linha do Oriente / Linha de Cosme e Damião*
Linha Africana ou das Almas
Linha de Ogum.
Médiuns:
mensagem, um pedido.
Imagens:
As imagens são pontos de focalização, baseado no conceito de
egrégora, ponto focal seria um concentrador de energia, é uma
herança católica, que veio para umbanda no confuso sincretismo. Mas
não basta juntar muitas imagens no congar, que podem causar
confusão.
Charutos e Cachimbos:
A umbanda é muito criticada, por usar o fumo nas
sessões.
Guias NATURAIS que são guias feitos com elementos naturais, que
são elementos da natureza tais como minérios, madeira, sementes,
elementos animais como osso, cálcio animal, encontrados nos reinos
da natureza tem um valor magnético que constitui um escudo eficaz
para os médiuns:
ELEMENTOS MINERAIS:
- Pedras preciosas, semi preciosas, cristais, rochas, etc.
ELEMENTOS VEGETAIS:
Favas, sementes, caules, frutos, etc.
ELEMENTOS ANIMAIS:
Conchas, búzios, ossos, etc.
EFEITO TALISMÂNICO:
Uma guia precisa ser imantada, senão seu valor protetivo serão nulo,
apenas um enfeite. Outro erro é a quantidade de guias no pescoço,
quantidade não é qualidade. É costume da entidade proteger o
aparelho, não elas próprias.
Atabaques:
A casa de Exu:
A Pemba:
A pemba é um giz branco usado nos rituais mágicos pelas entidades
para traçar sinais cabalisticos que movimentam energias e uma certa
classe de espíritos, os elementares.
A LEI DA PEMBA:
1. Polegar - polegar,
dedão, positivo ou mata-piolho.
2. Dedo indicador - indicador, apontador ou fura-bolo.
3. Dedo médio - dedo médio, dedo do meio ou pai-de-todos.
4. Anelar - anelar, anular ou seu-vizinho.
5. Dedo mínimo - dedo mínimo, dedinho ou mindinho.
Trecho acima: Revista Umbanda nº 3 - Editora Escala.
ALEGORIA :
PRINCÍPIO:
Pensar na origem da Umbanda é desvendar a razão de ser das
civilizações que se sucedem através do mistério dos tempos.
Conta-nos a sua evolução os velhos símbolos encontrados por todo o
Globo, as tradições. As tradições nos dizem que a mais antiga
civilização foi a “Lemúrica” que floresceu no vasto continente situado
no Oceano Pacífico, na zona equatorial, cujos extremos confinavam
com as terras da Califórnia, as do nordeste da América do Sul, bem
como as do leste da África e sul da Índia. Iniciou o homem, nesta
região, sua evolução propriamente dita, pois percebeu o seu “Ego”
como conseqüência do primeiro esboço do seu veículo físico. Consta
mesmo que no fim desse período as reencarnações eram, por
necessidade de aperfeiçoamento da forma, imediatas.
Evolutivamente, constituem hoje, os lemurianos, os Òrìsàs do plano
físico que, são os verdadeiros donos do planeta Terra.
Com a hecatombe da lemúria, por terremotos sucessivos,
desaparece quase a totalidade da terceira raça deixando, no entanto,
sementes na África, sul da Ásia (Índia) e América.
1) – Hotentote;
2) – Boschimana;
3) – Área Oriental do Gado;
3a) – Subárea Ocidental;
4) – Congo;
4a) – Subárea da Costa da Guiné;
5) – Ponto Oriental;
6) – Sudão Oriental;
7) – Sudão Ocidental;
8) – Área do Deserto
Constitui esta área uma das mais evolutivas da África, nada ficando a
dever às velhas civilizações; Área do Sudão Ocidental: - De grande
importância para nós do Brasil, pois, desta zona é a importação da
Cultura Male. É a área de cultura fronteiriça, assinalada pela fusão
das culturas maometanas e aborígines. Floresceram nela impérios
famosos, como o de Songoi, Lentouana, o dos Mandingas ou Malí e
de Ghana. Sua religião é um misto de islamismo com religião dos
naturais.
Na África existem representantes de diversíssimos padrões de
cultura. Lá vivem não só os sobreviventes das velhas civilizações,
como contingentes misteriosos, cujas origens ainda não foram
definitivamente esmiuçadas. Por isso, não sabemos se os primitivos lá
existentes, são indivíduos colocados nos inícios da evolução cultural,
ou se seriam elementos regredidos de civilizações desaparecidas.
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CANDOMBLÉ
anteriormente.
Diz algumas pessoas, que o Yorúbá é uma língua morta e está para o
culto aos Òrìsà assim como o Latin está para o Catolicismo. Mas,
isso é um engano, yorùbá é uma língua viva e dinâmica e é falado
ainda nos dias atuais por cerca de 20 a 25% da população da Nigéria
e possui elevado número de dialetos, cuja língua oficial é o Inglês,
introduzido ali pelos colonizadores.
O Yorùbá é a primeira
língua de aproximadamente 30 milhões de Africanos Ocidentais, e é
falada pelas populações no Sudoeste da Nigéria, Togo, Benin,
Camarões e Serra Leone.
A LENDA:
Etimologia
”Irmãos – pelo que vocês dizem (nas cartas) deduzo claramente que
caíram nas redes infernais do “catimbó”, com suas “linhas de mestres
e mestras”. Isso, sim!... Mas, por que aconteceu isso? Ora, algumas
coisas erradas, vocês andaram fazendo ou fizeram em vocês; em
algum ambiente sujo vocês se meteram...(...)
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KIMBANDA:
ÍNDICE:
ETMOLOGIA:
O que é Kimbanda?
Onde encontrar a Kimbanda?
Função da Kimbanda:
Os Exus:
Magos Negros:
Exército Resgatadores
Ciclos dos Exus:
Classificação dos Exus
PombaGiras (Pomba-jira)
Divergências nas Interpretações
ETMOLOGIA:
QUIMBANDA / KIMBANDA:
s.m. Em Angola, adivinho ou médico indígena de Benguela.
Bras. Pai de terreiro do culto banto, ao mesmo tempo médico,
feiticeiro e adivinho.
S.f. Bras. Terreiro em que se pratica macumba.
Seita religiosa brasileira de origem africana. No Brasil, tomou o
significado de magia negra, em oposição à umbanda, que representa
as forças da magia branca.
Na estrutura interna, a quimbanda e a umbanda são muito parecidas,
sendo que a quimbanda conservou o aspecto mais original da religião
africana e voltou-se mais para os mitos de terror dos folclores pagão
e ameríndio. A quimbanda também não procurou adaptar-se à
mitologia do catolicismo, como o candomblé.
A FUNÇÃO DA KIMBANDA:
Bem estes ditos como " Marginais Cósmicos” não podiam ficar por
aí a vagar dentro de um círculo pernicioso tanto a suas consciências
quanto a de outros seres. Estes tinham de ser trazidos de volta à Luz
e ao caminho da paz e da harmonia. sendo que tal condição deveria
ser alcançada por eles através de seus próprios atos, direcionando-
os a aprender por força das variações do Karma a conquistar esta
harmonia, primeiro interiormente e depois exteriormente com as
"forças Cósmicas".
OS EXÚS:
Os Exús atuam mais nos serviços terra-a-terra e talvez seja por isso
que a maior parte das pessoas ainda acreditem ser ele o "rei da
barganha", que faz o mal em troca de alguma coisa. A verdade não é
bem essa.
Exú: trata é verdade dos problemas mais afeitos à matéria tais como
demandas, trabalho, dinheiro, etc, mas um Exú jamais dará a alguém
algo que este não mereça.
MAGOS NEGROS:
- Exército de Resgatadores:
São eles:
Correspondência entre os Exus e as diferentes irradiações dos
Orixás
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de
Oxalá:
Exú Sete Encruzilhadas Comando negativo da linha
Exú Sete Chaves intermediário para Ogum Exú Sete Capas
intermediário para Oxossi
Exú Sete Poeiras intermediário para Xangô
Exú Sete Cruzes intermediário para Yorimá
Exú Sete Ventanias intermediário para Yori
Exú Sete Pembas intermediário para Yemanjá
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de
Yemanjá:
Pombo Gira Rainha Comando negativo da linha
Exú Sete Nanguê intermediário para Ogum
Maria Mulambo intermediário para Oxossi
Exú Sete Carangola intermediário para Xangô
Exú Maria Padilha intermediário para Yorimá
Exú Má-canjira intermediário para Yori
Exú Maré intermediário para Oxalá
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de
Ibeiji:
Exú Tiriri Comando negativo da linha
Exú Toquimho intermediário para Ogum
Exú Mirim intermediário para Oxossi
Exú Lalu intermediário para Xangô
Exú Ganga intermediário para Yorimá
Exú Veludinho intermediário para Oxalá
Exú Manguinho intermediário para Yemanjá
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de
Xangô:
Exú Gira Mundo Comando negativo da linha
Exú Meia-Noite intermediário para Ogum
Exú Mangueira intermediário para Oxossi
Exú Pedreira intermediário para Oxalá
Exú Ventania intermediário para Yorimá
Exú Corcunda intermediário para Yori
Exú Calunga intermediário para Yemanjá
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de
Ogum:
Exú Tranca-Ruas Comando negativo da linha
Exú Tira-teimas intermediário para Oxalá
Exú Veludo intermediário para Oxossi
Exú Tranca-gira intermediário para Xangô
Exú Porteira intermediário para Yorimá
Exú Limpa-trilhos intermediário para Yori
Exú Arranca-toco intermediário para Yemanjá
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de
Oxossi:
Exú Marabô Comando negativo da linha
Exú Pemba intermediário para Ogum
Exú da Campina intermediário para Oxalá
Exú Capa Preta intermediário para Xangô
Exú das Matas intermediário para Yorimá
Exú Lonan intermediário para Yori
Exú Bauru intermediário para Yemanjá
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de
Yorimá: Exú Caveira Comando negativo da linha
Exú do Lodo intermediário para Ogum
Exú Brasa intermediário para Oxossi
Exú Come-fogo intermediário para Xangô
Exú Pinga-fogo intermediário para Oxalá
Exú Bára intermediário para Yori
Exú Alebá intermediário para Yemanjá
Relações Existentes Entre as Linhas da Quimbanda e Umbanda:
Quem assim procede são os Kiumbas. São estes que recebem estas
entregas e se grudam no aura dos que as fazem para fomentá-los a
sempre mantê-los "abastecidos", forçando-os a realizar novas
matanças e novas entregas ou arrumando motivos para isso.
Os leitores mais atentos já devem ter percebido que quanto maior for
a carga de inconsciente que o médium carregue maior será o grau do
estereotipo que ele botará para fora.
Como?
Para que o leitor possa se situar melhor perante as funções dos Exús
Guardiões da Lei, daremos algumas das inúmeras funções dos sete
Exús coroados para que o leitor entenda por onde andam as
distorções acerca dos trabalhos destas entidades.
Classificação dos ExÚs
Sexto Grau - Estão os Exus Chefes de Falange. São Sete Exus Chefes de Falange subordinados a cada Exu Chefe de Legião, portanto, temos 49 Exus Chefes de Falange.
Quinto Grau - Estão os Exus Chefes de SubFalange. São Sete Exus Chefes de SubFalange subordinados a cada Exu Chefe de Falange, portanto, são 343 Exus Chefes de SubFalange.
Segundo Ciclo:
Contém o Quarto Grau.
Neste Ciclo encontramos os chamados
Primeiro Ciclo:
Contém o Terceiro, Segundo e Primeiro Graus.
Temos dois tipos de Exus neste ciclo :
Exus Espadados - São subordinados do Exus Cruzados. O seu
campo de atuação encontra-se entre as sombras e as trevas.
Estes níveis são e foram criados de acordo com cada grau evolutivo.
Os níveis estão mais relacionados com o mundo da consciência do
que com o mundo físico, ou seja, são mais estados de consciência do
que um lugar fisicamente localizado.
Como são níveis gerados por espíritos ligados de alguma forma com
a evolução da Terra, estes níveis estão vinculados ao próprio planeta.
Portanto, quando vemos descrições de camadas umbralinas
localizadas em abismos sob a crosta terrestre, devemos entender
que embora elas estejam localizadas com estes espaços físicos, elas
estão no lado espiritual deste plano físico.
Temos então, Sete Camadas Concêntricas Superiores e Sete
Camadas Concêntricas Inferiores.
A divisão está sempre formada "de cima para baixo" :
Camadas Concêntricas Superiores
Sétima, Sexta e Quinta Camadas - Zonas Luminosas
Seres iluminados, isentos das reencarnações. Cumprem missões no
planeta. Estão se libertando deste planeta, muitos já estagiam em
outros mundos superiores.
Quarta Camada - Zona de Transição
Espíritos elevados, que colaboram com a evolução dos irmãos
menores.
Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zonas Fracamente
Iluminadas
A maioria dos espíritos que desencarnam, estão nestas camadas.
Estão em reparações e aprendizados para novas reencarnações.
Superfície:
Espíritos encarnados
Camadas Concêntricas Inferiores
Sétima Camada - Zona SubCrostal Superior
Espíritos sofredores de um modo geral que serão em seguida
socorridos e encaminhados a planos mais elevados para adaptação e
aprendizado, antes de reencarnarem.
Sexta, Quinta e Quarta Camadas - Zona das Sombras, Zona
Purgatoriais ou de Regeneração
Espíritos sofredores purgando parte de seus karmas, e que serão
encaminhados o mais rápido possível à reencarnação para novas
provas e expiações.
Quarta Camada - Zona de Transição
Entre as sombras e as trevas. Zona de seres revoltados e
dementados.
Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zona das Trevas ou Zona
SubCrostal Inferior
QUEM É A POMBA-GIRA?
Quem são as Guardiãs PombaGira?
Vamos falar bem reduzidamente o que seriam as Guardiãs
PombaGira:
Se os Guardiões Exus são marginalizados, mais ainda são as
senhoras Guardiãs PombaGira (grafa-se também Pomba-Jira).
Não se torna uma Guardiã Pomba Gira pelo simples fato de se ter
errado perante as Leis Divinas. Afinal, quem nunca errou na vida? Ser
uma Guardiã Pomba Gira exige preparo, conhecimento, magia,
discernimento e muito amor. É mais uma corrente de trabalho
espiritual na Umbanda, onde espíritos seletos atuam na faixa
vibratória que mais se afinizam.
• Ser Guardiã Pomba Gira é viver mil vezes em apenas uma vida, é
lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora, é estar antes do
ontem e depois do amanhã, é desconhecer a palavra recompensa
apesar dos seus atos.
• Ser Guardiã Pomba Gira é não ter vergonha de chorar por amor, é
saber a hora certa do fim, é esperar sempre por um recomeço.
• Ser Guardiã Pomba Gira é ter a arrogância de viver apesar dos
dissabores, das desilusões, das traições e das decepções.
• Ser Guardiã Pomba Gira é ser mãe dos seus filhos e dos filhos dos
outros e amá-los igualmente.
• Ser Guardiã Pomba Gira é ter confiança no amanhã e aceitação
pelo ontem, é desbravar caminhos difíceis em instantes inoportunos e
fincar a bandeira da conquista.
• Ser Guardiã Pomba Gira é entender as fases da lua por ter suas
própria fases. É ser “nova” quando o coração está a espera do amor,
ser “crescente” quando o coração está se enchendo de amor, ser
“cheia” quando ele já está transbordando de tanto amor e “minguante”
quando esse amor vai embora.
• Ser Guardiã Pomba Gira é ser princesa aos 20, rainha aos 30,
imperatriz aos 40 e especial a vida toda.
• Ser Guardiã Pomba Gira é conseguir encontrar uma flor no deserto,
água na seca e labaredas no mar.
• Ser Guardiã Pomba Gira é chorar calada as dores do mundo e em
apenas um segundo já estar sorrindo.
• Ser Guardiã Pomba Gira é subir degraus e se os tiver que descer
não precisar de ajuda, é tropeçar, cair e voltar a andar.
• Ser Guardiã Pomba Gira é saber ser super-homem quando o sol
nasce e virar cinderela quando a noite chega.
• Ser Guardiã Pomba Gira é acima de tudo um estado de espírito, é
ter dentro de si um tesouro escondido e ainda assim dividi-lo com o
mundo.
REVELAÇÃO DE UMA GUARDIÃ POMBA GIRA
Mensagem psicofônica da Senhora Pomba Gira Sete Encruzilhadas –
Médium: Luely Figueiró
Não pensais, pois, que sois o centro do universo, porque não sois
não. Em todas as horas, em todos os momentos, o grande Senhor
nos envia provas através, até mesmo, de aparelhos mediúnicos que
nos deixam perplexos, bestializados com os que eles fazem como
simples aparelhos e nada mais.
nenhuma;
Exú
Trapaceiro;
Exú Tagarela;
Exu Lambada;
Exú Fracalhão;
Exú Gostoso;
Exú Falador;
Exú Suspiro;
Exú Come Tuia;
Exú Acadêmico;
Exú Galhofeiro;
Exú Arruaça;
Exú Alegria;
Exú Cheira-Cheira;
Exú Malandrinho;
Exú Encrenca;
Exú Topada;
Exú Rola-Rola;
Exú Rola Dura;
Exú Amarra-pé;
Exú Risada;
Exú Pé de Valsa;
Exú Mexe-Mexe;
Exú Pisa Macio;
Exú Vale Ouro;
Exú Vertigem;
Exú Cospe-Cospe;
Exú Vital;
Exu Come-Fogo;
Exú Corneta;
Exú Baderna;
Exú Trapalhada;
Exú Cortezão;
Exú Trapaceiro;
Exú Some-Some;
Exú Renegado;
Exú Capeta;
Exú Vagaroso;
Exú Desengano;
Exú Faiscador;
Exú Grinalda;
Exú Malandro;
Exú Esfarrapado; Exú Clareza;
Exú Bexiga;
Exú Bordoada;
Exú Zé Pilintra;
Exú Requenquela;
Exu Omulú…
E assim por diante Obs: No caso de Exu Omulú, porque será que não
existe então um Exu Ogum, Exu Oxossi, Exu Xangô, Exu Oxalá???.
.
DIVERGÊNCIAS NAS INTERPRETAÇÕES:
Contra Ponto:
Meu nome é Renato, sou Tatetu ti Inkice, e estava lendo seu sobre
kimbanda. Por ser um sacerdote de religião afrobrasileira me sinto na
obrigação de fazer alguns comentários. Primeiro o termo Kimbanda
se refere a um culto específico, o culto aos Exus, inclusive com
preceitos próprios e de conhecimento de poucos. Aliás a maioria do
que se encontra publicado é escrito por pessoas leigas, através de
impressões e pensamentos individuais. Vou citar exemplo:
- Entidades como Maria Padilha e Zé Pilintra são entidades
respeitadíssimas dentro de qualquer terreiro. E Kiumba usa o nome
que quiser desde que não haja firmeza nem seriedades nos trabalhos;
- No mesmo post, onde se fala da correspondência da irradiação dos
Orixás com as Falanges de Exus, cita-se o nome do Exu Come-Fogo
(fala-se que é um nome de um falso Exu em nomes falsos de
Exus.
- Exu Omulu é um guardião da irradiação do Orixá Xapanã, é por que
Omulu não é Orixá e sim qualidade de Orixá.
Afinal, por essa e outras, é que religiões de cunho Afro são tão
perseguidas. Entenda isto não é uma crítica pessoal, e sim
preocupação com o que se prega. Fundamentos religiosos devem ser
ensinados por quem tem preparação para tal, e para quem deve ter
conhecimento. Coloco-me a disposição. Asé ô. Osàlá abençõe.
O QUE
SÃO ORIXÁS?
Lendas:
Oxalufan (oxalá velho) era um rei muito idoso. Um dia, sentindo
saudades do filho xangô, resolveu visitá-lo. Como era costume na
terra dos orixás, consultou um babalaô para saber como seria a
viagem. Este recomendou que não viajasse.
Mas, se o orixá teimasse em ver o filho, foi instruído a levar três
roupas brancas e limo da costa ( pasta extraída do caroço de dendê )
e fazer tudo o que lhe pedissem assim como, jamais revelar sua
identidade em qualquer situação.
Com essas precauções, o orixá partiu e, no meio do caminho
encontrou exu elepô, dono do azeite-de-dendê, sentado a beira da
estrada, com um pote ao lado. Com boas maneiras, ele pediu a
oxalufan que o ajudasse a colocar o pote nos ombros. O velho orixá,
lembrando as palavras do babalaô, resolveu auxiliá-lo; mas exu elepô,
que adora brincar. Derramou todo o dendê sobre oxalufan.
O orixá manteve a calma, limpou-se no rio com um pouco do limo,
vestiu outra roupa e seguiu viagem. Mais adiante encontrou exu onidu,
dono do carvão e exu aladi, dono do óleo do caroço de dendê. Por
duas vezes mais, foi vitima dos brincalhões e procedeu como da
primeira vez, limpando-se e vestindo roupas limpas, continuando sua
caminhada rumo ao reino de xangô.
Ao se aproximar das terras do filho, avistou um cavalo que conhecia
muito bem, pois presenteara xangô com o animal tempos atrás.
Resolveu amarrá-lo para levá-lo de volta, mas foi mal interpretado
pelos soldados, que julgaram-no um ladrão. Sem permitir explicações,
e oxalufan lembrando do conselho do babalaô de manter segredo de
sua identidade, nada reclamou...
Eles espancaram o velho ate quebrar seus ossos e o arrastaram para
a prisão. Usando seus poderes, oxalá fez com que não chovesse
mais desse dia em diante; as colheitas foram prejudicadas e as
mulheres ficaram estéreis.
Preocupado com isso, xangô consultou seu babalaô e este afirmou
que os problemas se relacionavam a uma injustiça cometida sete
anos antes, pois um dos presos fora acusado de roubo injustamente.
O orixá dirigiu-se a prisão e reconheceu o orixá. Envergonhado,
ordenou que trouxessem água para limpá-lo e, a partir desse dia,
exigiu que todos no reino se vestissem de branco em sinal de respeito
ao orixá, como forma de reparar a ofensa cometida. É por isso que
em todos os terreiros do brasil comemora-se as águas de oxalá,
cerimônia na qual todos os participantes vestem-se de branco e
limpam seus apetrechos com profunda humildade para atrair a boa
sorte para o ano todo.
Elemento: ar
Personalidade: equilibrado e tolerante
Símbolo: oparoxó (cajado de alumínio com adornos)
Dia da semana: sexta-feira
Colar: branco
Roupa: branca
Sacrifício: cabra, galinha, pomba, pata e caracol Oferendas: arroz,
milho branco e massa de inhame
EXU
Com a faca ele fez o primeiro sacrifício ritual, por isso sempre se
louva Ogum durante estes sacrifícios e sua invenção da faca. Com o
ancinho ele arou terras e plantou, com a tesoura
Ogun só cometeu um erro nos mitos, quando seu pai mandou que
fizesse uma tarefa e ele pelo caminho embebedou-se com vinho de
palmeira e acabou não realizando o que devia. A partir daí nunca
bebeu, mas diz-se que os filhos de Ogun adoram vinho branco e
devem tomar muito cuidado com bebidas. A guerra é de Ogun, cujo
nome significa exatamente guerra. Como Ogun nunca se cansa de
lutar, costuma-se chamar por sua ajuda em situações em que é
extremamente difícil continuar lutando ou quando o inimigo é
extremamente forte. Não se deve invocar Ogun a toa, pois seu gênio
é extremamente violento e diz um oriki que ele mata o injusto e o
justo, o ladrão e o dono da casa roubada (porque permitiu que
acontecesse) portanto não se deve brincar com este orixá, que não
perdoa.
Diz ainda o mito que foi Ogum quem ensinou Oxóssi a defender-se, a
caçar e a abrir seus próprios caminhos nas matas onde reina. Ogum
teve muitas mulheres, a principal delas Iansã, guerreira como ele.
Tendo sido roubada por Xangô, que é seu irmão por parte de mãe,
Ogum passou a viver sozinho, para a guerra e a metalurgia.
Dia: terça-feira
Número: 7
Cor: azul cobalto (ou azul ferreiro, como chamam alguns) A cor exata
é o azul da chama do fogo.
Símbolo: espada
Comida: feijoada
Sacrifício: galo e bode avermelhados.
Saudação: Ogun Iê!
OXOSSI
Oxóssi tornouse o melhor dos caçadores e diz o mito que foi ele
quem livrou Araketu, sua cidade, de um grande feitiço das
perigosíssimas ajés (feiticeiras africanas) Iyami Oshorongá, que se
transformam em pássaros e atacam as pessoas e cidades com
doenças e miséria.
Por seu amor a Xangô, Iansã assim fez. No entanto, quando vento
espalhou as folhas todos os orixás correram para apanhá-las,
sabendo de seus poderes.
Ossain, ao ver o que acontecia pronunciou palavras mágicas que
solicitavam que as folhas voltassem às matas, sua casa e seu
domínio. Todas as folhas voltaram, mas cada orixá ficou conhecendo
o poder daquelas que conseguiu apanhar. Só que elas não tinham o
mesmo axé (poder, energia) que quando estavam sob o domínio de
Ossain. Para evitar novos episódios de roubo e inveja, Ossain
permitiu, então, que cada orixá se tornasse dono de algumas folhas
cujo poder mágico, de conhecimento e cura ele liberaria quando lhe
pedissem ao retirá-las de suas plantas. Em troca exigiu que jamais
cortassem ou permitissem o corte de uma planta curativa ou mágica.
Não se via de Obaluaiê senão suas pernas e braços, onde não fora
tão atingido. Aprendeu com Iemanjá e Oxalá como curar estas graves
doenças. Assim cresceu Obaluaiê, sempre coberto por palhas,
escondendo-se das pessoas, taciturno e compenetrado, sempre sério
e até malhumorado.
Como seu percurso era longo, Oxalá, seu pai, fez com que ele
tomasse a forma do arco-íris quando tivesse esta missão a realizar.
Com as águas da chuva, Oxumarê traz as riquezas ao homens ou a
pobreza. Oxumarê vive com sua irmã Ewá no fim do arco-íris.
• Número: 10
• Cor: as do arco-íris
• Dia da semana: quinta-feira
• Símbolo: Dã. (ma serpente enrolada numa árvore, simbolizando o
poder da adaptação)
• Comida: batata doce
• Saudação: Arroboboi Oxumarê!
XANGÔ
Conta-se que a beleza de Iemanjá é tamanha que seu filho Xangô não
resistiu a ela e passou a persegui-la, com o desejo incestuoso de
possuí-la. Na fuga, Iemanjá cai e corta os seios, dando origem às
águas do mundo e aos Ibejis, filhos de Xangô com Iemanjá. Outro
mito ainda, narra a sedução em sentido contrário. É Iemanjá quem
persegue seu filho Aganju (a terra firme) e este é quem foge.
Iansã ajudava Ogum na forja dos metais, soprando o fogo com o fole
para aviva-lo mais e mais, e assim fabricarem mais ferramentas para
trabalhar o mundo e armas para as guerras de que ambos tanto
gostavam. Por seu temperamento livre e guerreiro, Iansã era uma
companheira perfeita para Ogum. Diz o mito que Iansã não podia ter
filhos, por isso adotou LogunEdé, filho abandonado por Oxum, e o
criou durante algum tempo.
Diz o mito, também , que Iansã era tão linda que, para fugir ao
assédio masculino vestia-se com uma pele de búfalo, e saía para a
guerra. Que era amiga tão leal que foi ela a primeira a realizar uma
cerimonia de encaminhamento da alma de um amigo caçador ao orum
(céu). Iansã não parava jamais.
Oxum então seduziu Exu, que não pôde resistir ai encanto de sua
beleza e pediu-lhe roubasse o jogo de ikin (cascas de coco de
dendezeiro) de Orunmilá. Para assegurar seu empreendimento Oxum
partiu para a floresta em busca das Iyami Oshorongá, as perigosas
feiticeiras africanas, a fim pedir também a elas que a ensinassem a
ver o futuro. Como as Iyami desejavam provocar Exu há tempos, não
ensinaram Oxum a ver o futuro, pois sabiam que Exu já havia roubado
os segredos de Orunmilá, mas a fazer inúmeros feitiços em troca de
que a cada um deles elas recebessem sua parte.
Tendo Exu conseguido roubar os segredos de Orunmilá, o deus da
adivinhação se viu obrigado a partilhar com Oxum os segredos do
oráculo e lhe entregou os 16 búzios com que até hoje as mulheres
jogam. Oxum representa, assim a sabedoria e o poder feminino.
Em agradecimento a Exu, Oxum deu a Exu a honra de ser o primeiro
orixá a ser louvado no jogo de búzios, e entrega a eles suas palavras
para que as traga aos sacerdotes. Assim, Oxum é também a força da
vidência feminina. Mais tarde, Oxum encontrou Oxóssi na mata e
apaixonouse por ele. A água dos rios e floresta tiveram então um
filho, chamado LogunEdé, a criança mais linda, inteligente e rica que
já existiu.
Apesar do seu amor por Oxossi, numa das longas ausências destes
Oxum foi seduzida pela beleza, os presentes (Oxum adora presentes)
e o poder de Xangô, irmão de Oxossi, rompendo sua união com o
deus da floresta e da caça. Como Xangô não aceitasse LogunEdé em
seu palácio, Oxum abandonou seu filho, usando como pretexto a
curiosidade do menino, que um dia foi vê-la banhar-se no rio. Oxum
pretendia abandoná-lo sozinho na floresta, mas o menino se esconde
sob a saia de Iansã a deusa dos raios que estava por perto. Oxum
deu então seu filho a Iansã e partiu com Xangô tornando-se, a partir
de então, sua esposa predileta e companheira cotidiana.
• Cor: amarelo-ouro
• Número: 5
• Dia da semana: Sábado
• Símbolo: abebê (espelho)
• Comida: Ipetê, Omolocum (feijão fradinho com camarão)
• Saudação: Ora ieieu, Oxum!
LOGUN-EDÉ
OBÁ
EWÁ
NANÃ
IROKO
IYAMI OSHORONGÁ
ORUNMILÁ
Orunmilá, também conhecido como Ifá, é o princípio da intuição, da
premonição, os sentidos do espírito, o olhar que conhece o futuro. É
o deus invocado no jogo de búzios, pois é ele quem conhece todos os
destinos (odus), cabeças (oris) e caminhos. Ele diz a Exu que
movimente suas palavras até os búzios, indicando que orixá esta
regendo uma pessoa, porque, com q destino. É considerado um
avatar de Oxalá, pois ele estava no começo do mundo. Olodumare (o
universo) Obatalá (o principio), Oxalá (a criação), Oxaguiã (o conflito),
Orunmilá (intuição), Oduduwa (o planeta terra), Ajalá (o oleiro q
molda os oris - cabeças)e Fururu (o sopro de vida) são considerados
Oxalá todos eles. O começo de tudo. O princípio dividido em oito, o
infinito.
Diz o mito que Obatalá havia reunido todos os materiais necessários
à criação do mundo e que mandou a Estrela da Manhã convocar
todos os orixás a fim de começar o trabalho com sua ajuda. Mas na
hora marcada, apenas Orunmilá apareceu. Obatalá gostou muito da
atitude de Orunmilá e o recompensou, ordenando à Estrela da Manhã
que revelasse a Orunmilá todos os segredos da criação e do porvir. E
ela entregou a Orunmilá todos os segredos e materiais que compõem
a vida humana, e que estavam escondidos há muito tempo dentro de
uma concha de caramujo guardada num vaso que ficava entre as
pernas de Obatalá. Orunmilá tornouse, desde este dia, o dono dos
segredos, das magias, das fórmulas dos ebós, dos rituais, de tudo
quanto envolvia o conhecimento da alma humana e de seu destino.
Ele conhece a vontade dos orixás e sabe com que matéria foi feito
cada homem.
Outro mito narra que Orunmilá/Ifá é filho dos dois princípios mágicos.
Que nasceu mudo e não disse uma só palavra até a adolescência,
quando seu pai lhe bateu com um bastão. E neste dia ele disse :
"Gbê-medji", palavra que ninguém compreendia. Quando apanhou de
novo, tempos depois, disse: "Yeku-medji". E assim, em diversas
ocasiões, ele foi dizendo palavras, as 16 palavras q compõem o
opelê-ifá. Depois, disse a seu pai que se apanhasse mais poderia
dizer muito mais que uma só palavra. O pai então bateu muito em
Orunmilá, que disse então que ele não ficaria na terra, mas que
entregaria a seu pai uma herança que serviria eternamente para
todos os deuses de Oxalá. E explicou que os 16 nomes que havia dito
eram os nomes de seus futuros filhos e que cada um deles tinha um
conhecimento. Que se transformaria numa palmeira e que com os
caroços de seus frutos (seus filhos) se faria o jogo de Ifá, que
poderia ser consultado quando se quisesse saber o futuro ou como
resolver problemas.
• Cor: verde/amarelo
• Comida: banana com sal.
• Número: 16
• Símbolo: iruke (um bastão de madeira, curvo)
• Dia da semana: sexta-feira
ORI
AJALÁ
OXALUFÃ
Cor: branco
Dia da semana: sexta-feira Numero 16 e 8
Comida: canjica
Saudação: Epa, Babá! Exeuê, Babá
A estruturação do Batuque:
Crenças
Dono do Terreiro:
No mínimo uma vez por ano são feitos homenagens com toques para
os Orixás, mas as festas grandes são de quatro em quatro anos.
Chamamos de festa grande a obrigação que tem ebó, ou seja quando
há sacrifícios de animais de quatro patas aos Orixás, cabritos,
cabras, carneiros, porcos, ovelhas, acompanhados de aves como
galos, galinhas e pombos.
Oferendas e Sacrifícios de Animais:
Etimologia
A palavra "batuque" se originou da palavra "batukajé", um termo
bantu, numa referência ao bater dos tambores típico das cerimônias
da religião.
Rituais:
Os rituais são próprios e originais e, embora tenham alguma
semelhança com o "Xangô de Pernambuco", são muito diferentes dos
do candomblé da Bahia.
Os rituais de jeje têm suas rezas próprias (fon). Ainda se vê este belo
ritual em dois grandes terreiros na cidade de Porto Alegre. As danças
são executadas de par, um de frente para o outro. Há, também,
muitas casas que seguem os fundamentos da nação Oyó, que se
aproxima muito do ijexá, já que estas duas provém de regiões
próximas na Nigéria.
EGUN:
No batuque, também temos a parte dos rituais destinados ao culto
dos Eguns. Este é um ritual cheio de magia e segredos onde poucos
sacerdotes têm o completo domínio.
REFERENCIAS:
JAQUES, André Porto. A Geografia do Batuque: estudos sobre a
territorialidade desta religião em Porto Alegre-RS.
Erick Wolff - A Entronação do Aláààfin e sua conservação:a nação
Cabinda no Batuque Nàgó do Rio Grande do Sul.
Erick Wolff - A estrutura religiosa Afrosul e os conceitos Yorùbá -
Edição n° 6, pag 51, Por Erick Wolff.
ENTREVISTA COM PROF NORTON FIGUEIREDO CORRÊA:
Nascido no Rio Grande do Sul, o batuque, religião afrobrasileira de
culto aos Orixás, encontrou no solo gaúcho um território receptivo,
apesar do racismo e das importância social e política das religiões
cristãs, especialmente da Igreja Católica. Sinal disso é que os deuses
do batuque recebem polenta ou churrasco como oferendas, além de
caldos com ervamate, e vestem até bombacha.
Mas, para o Prof. Dr. Norton Figueiredo Corrêa, existe por trás disso
uma enorme assimetria de poder social e cultural, especialmente
entre as religiões cristãs e as afrobrasileiras. Em termos de
cosmovisão, por exemplo, ele afirma que, "enquanto a sexualidade é
condenada no catolicismo (e no céu também não existe sexo), os
deuses afro-brasileiros namoram as deusas". E se o céu católico-
cristão parece algo eternamente inerte, as representações referentes
aos orixás "mostram-nos em movimento, guerreando, amando".
Confira a entrevista.
Quais são as origens do batuque? Poderia situá-las?
Repressão católico-cristã
Graças a tudo isso é que, no meu entender, não tem sentido o que as
igrejas cristãs chamam de evangelização, pois não passa pela cabeça
de um religioso afro-brasileiro a ideia de que se deve, como Cristo,
optar pela dor e pelo sacrifício para salvar a própria alma. Tais
questões, igualmente, é que impedem, também em minha opinião, a
efetivação de um verdadeiro ecumenismo, na mais ampla acepção do
termo. A não ser que, antes de tudo, seja reconhecido que há uma
enorme assimetria de poder, social e culturalmente falando, entre as
religiões cristãs – e, no caso, a católica – e as afrobrasileiras. E,
segundo, que o termo se traduza pelo mais amplo, total e irrestrito
respeito às diferenças e à visão de mundo de cada um.
Fernando de Ogum
contato@grupoboiadeirorei.com.br