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Processo Nº: 5348446-61.2018.8.09.

0051
1. Dados Processo
Juízo...............................: Goiânia - 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual
Prioridade.......................: Metas CNJ
Tipo Ação.......................: PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de
Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais ->
Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimentos -> Mandado de
Segurança Cível
Segredo de Justiça.........: NÃO
Fase Processual.............: Conhecimento
Data recebimento...........: 30/07/2018 10:47:05
Valor da Causa...............: R$ 1.000,00

2. Partes Processos:
Polo Ativo
FIT COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA

Polo Passivo
SUPERINTENDENTE DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
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GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ VARA
DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE GOIÂNIA, GOIÁS.

FIT COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA., pessoa jurídica de direito


privado, exercendo suas atividades sob o nome fantasia FIT4 STORE GOIÂNIA,
inscrita no CNPJ/MF sob nº 10.986.975/0001-94, sediada na Avenida T-3, nº 2.119,
Setor Bueno, Goiânia, Goiás, CEP 74.210-245 e com endereço eletrônico:
goiania@fit4.com.br, neste ato representada por sua representante legal, a Sra.
Amanda Oliveira Montoro Cavalcanti, portadora do RG nº 3413475 SSP/GO e
inscrita no CPF sob nº 888.014.031-00, por meio de seus bastantes procuradores,
conforme documento de procuração (Doc. 01)., com endereço profissional
situado à Rua 5, nº 691, Edifício The Prime Tamandaré Office, Sala 204, Setor
Oeste, Goiânia Goiás, CEP 74.115-060, onde recebem as intimações de estilo,
vem à presença de Vossa Excelência, com arrimo no art. 5º, inciso LXIX da
Constituição Federal e na Lei 12.016/2009, impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA

com PEDIDO LIMINAR,

contra ato do Superintendente de Controle e Fiscalização, Senhor Paulo de


Aguiar Almeida, endereço eletrônico: paulo-aa@sefaz.go.gov.br, encontrado na
sede da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás,Academia de Polícia, localizada
à Av. Vereador José Monteiro, nº 2233, Bloco-A, Setor Nova Vila, Goiânia-GO, CEP
74.653-900, órgão vinculado ao Estado de Goiás, pessoa jurídica de direito
público interno, inscrita no CNPJ sob nº 01.409.580/0001-38, e-mail: cynthia-
rs@pge.go.gov.br, com sede no Palácio das Esmeraldas, situado na Praça Dr. Pedro
Ludovico Teixeira, nº 01, Centro, Goiânia/GO, CEP: 74.003-010, representado pelo

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Sr. Procurador-Geral do Estado de Goiás, pelos fatos e fundamentos jurídicos a
seguir expostos.

I. DOS FATOS

A empresa impetrante é optante do Regime Especial (Simples


Nacional) e está situada no Estado de Goiás. Atua no ramo de equipamentos de
academia, sendo que, atualmente, 100% (cem por cento) de sua mercadoria é
adquirida fora do estado de Goiás.

O Decreto Estadual nº 9.104, publicado em dezembro de 2017,


obriga o recolhimento do ICMS correspondente ao diferencial da alíquota
interna e interestadual (DIFAL) nas aquisições de mercadorias destinadas à
comercialização realizada por empresas do Simples Nacional.

O imposto instituído por meio do Decreto extrapola a previsão


constitucional, especificadamente o previsto no art. 155, §2º, VII da CF, que prevê
a possibilidade de cobrança diferencial da alíquota interna e interestadual nas
operações que destinem bens e serviços a CONSUMIDOR FINAL.

Decreto dispor sobre normas gerais relacionadas aos impostos previstos na CF e


vai além, visto que sequer está prevista essa hipótese tributária na Carta Magna.

Descumpre a norma estampada no LC 123/2006 e macula o


tratamento diferenciado conferido às empresas optantes do Regime Especial
previsto nos arts. 170, IX e 179 da CF/88.

Ainda, viola o princípio da legalidade tributária previsto nos artigos


5º, II e 150, I da Constituição Federal e no artigo 97, I e III do CTN, bem como o
disposto no artigo 84, IV da Constituição Federal e o previsto no artigo 99 do CTN,
que estabelecem que os decretos destinam-se à fiel execução das leis, sendo
inválidos naquilo em que extrapolarem o comando legal.

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O Decreto iniciou vigência em 1º março de 2018. A
autoridade impetrada tem promovido a cobrança e arrecadação desse
imposto que não possui qualquer respaldo constitucional e legal para sua
instituição, conforme narrado.

Por fim, é incontestável que a criação de impostos sem previsão


constitucional gera extrema insegurança fiscal para o contribuinte. Em se tratando
de empresa de optante do Regime Especial as consequências são ainda mais
gravosas visto que refletem-se na própria viabilidade e sustentabilidade do
negócio, dada a oneração imprevista.

Desse modo, a conduta arrecadatória desse imposto contrária à


Constituição Federal fere direito líquido e certo da impetrante. E, tratando-se de
cobrança compulsória dada natureza de tributo, o meio que resta para impedir a
cobrança indevida é a impetração do presente writ.

II. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

1 Do cabimento do Mandado de Segurança

O mandado de segurança na esfera tributária será impetrado para


impugnar ilegalidades e/ou abusos na atividade de tributação. Esse remédio
constitucional é de grande valia para o Direito Tributário que, sabemos, tem como
princípio basilar a legalidade.

O presente, conforme se demonstrará a seguir, tem como objetivo


proteger direito líquido e certo contra ato ilegal praticado pela autoridade fiscal
goiana que promove a arrecadação de imposto instituído sem previsão
constitucional, extrapolando os limites de tributação.

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o mandado de segurança é um excelente instrumento que nossa ordem jurídica
colocada à disposição do contribuinte para o controle da validade jurídica da
writ.

Ademais, o Decreto Estadual n° 9.701/2017, discutido nessa


demanda, é norma tributária com efeitos concretos de modo que não há de se
falar que é um mandado de segurança contra lei em tese, obediência assim a
vedação expressa dada pela Súmula 266 do Supremo Tribunal Federal.

A empresa impetrante é optante do regime especial de tributação


das micro e pequenas empresas (Simples Nacional) e adquire mercadorias fora do
Estado de Goiás para a comercialização interna, conforme comprovante de
inscrição e Notas Fiscais anexas, respectivamente.

Conforme exigência do Decreto Estadual n° 9.701/2017 de Goiás, a


empresa realiza o lançamento via arquivo XML, sendo exigido então o pagamento
correspondente ao imposto instituído pelo decreto, conforme guia acostada e já
quitada pela empresa.

Sendo assim, está comprovada tributação em face da impetrante


concretamente, porém conforme se demostrará, totalmente eivada de ilegalidade.
Não resta dívida do receio da empresa contribuinte da lesão ao seu patrimônio pela
exigência ilegal do imposto pela via administrativa tributária.

Demonstrado está o cabimento do writ, que não é em face de lei


em tese.

2 Da legitimidade passiva do Superintendente de Controle e Fiscalização

Em matéria tributária o legitimado passivo do mandado de


segurança será a autoridade que pratica o ato violador, sendo que também

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integrará a lide a pessoa jurídica que a autoridade se vincula, nesse caso, o Estado
de Goiás.

Nesse sentido, estabelece a Súmula 510 do STF:

Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência


delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a
medida judicial.

Por tratar-se de tributação administrativa, a autoridade será o chefe


de arrecadação.

No caso concreto o Regulamento da Secretaria da Fazenda de


Goiás, aprovado pelo Decreto Estadual n° 9.159/2018, em seu art. 17, inciso IV,
normatiza que compete à Superintendência de Controle e Fiscalização coordenar,
executar e controlar as atividades pertinentes à fiscalização, arrecadação,
atendimento e cobrança, nas hipóteses previstas pela legislação tributária.
(sublinhamos)

Conclui-se, portanto, que o legitimado passivo é o senhor Paulo


Aguiar de Almeida, Superintendente de Controle e Fiscalização da Secretaria da
Fazenda de Goiás.

3 O ICMS sobre o diferencial de alíquota (Difal) Constituição Federal 1988

O ICMS, conforme art. 155, inciso II da Constituição Federal é um


imposto cuja a instituição é de competência dos Estados e Distrito Federal que
incide sobre as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Os incisos do parágrafo 2º desse artigo preveem as condições para


instituição desse imposto a serem observadas pelo ente competente. O inciso VII,

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com redação dada pela Emenda Constitucional n° 87/2005, estabelece a cobrança
do chamado diferencial de alíquota de ICMS. Vejamos a previsão:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir


impostos sobre:
(...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal
e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior;
(...)
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
(...)
VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em
outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao
Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à
diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a
alíquota interestadual; (destacamos)

será de responsabilidade do destinatário, quando este for contribuinte do imposto


(ICMS).

Assim Excelência, o chamado diferencial de alíquota é imposto de


competência dos Estados e Distrito Federal, previsto constitucionalmente, que
tem como fato gerador as operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final localizado em outro estado e será calculado pela diferença entre
a alíquota interestadual aplicável ao Estado de origem e a alíquota interna aplicável
no Estado.

Aqui identificamos portanto, qual é a hipótese de incidência desse


imposto definida pela Constituição Federal.

A Constituição Federal brasileira não institui tributos, limitando-se


a discrimina-los, determinar a competência dos entes e as limitações para a sua
instituição. Desse modo, a Carta Magna apenas outorga a aptidão aos entes

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públicos para instituir os tributos nela definidos, os quais podem ou não instituí-
los, atendidos os preceitos legais tributários.

O art. 146 da CF/88 tratou das matérias tributárias reservadas à Lei


Complementar, dentre elas estabelecer normas gerais de legislação tributária.
Ainda, , especificadamente:

Art. 146. Cabe à lei complementar:

(...)

III - estabelecer normas gerais em


matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas


espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e
contribuintes; (destacamos)

O art. 6º do Código tributário Nacional estabelece que a


competência tributária atribuída pela Constituição é uma competência legislativa
plena, ressalvadas as limitações e observado o disposto em lei.

a Constituição
Federal não cria tributos, limitando-se tão-só à outorga de
competência, através da qual o ente político se reveste das
condições para instituí-lo. No plano normativo, porém, o
processo de instituição de tributo tem início na Constituição
mesma. A rigidez do sistema assim o exige. Compartimentos
estanques estão estruturados no Estatuto Supremo, sem que
se conceda ao legislador complementar ou ordinário
possibilidade de dispor além daquelas fronteiras (...) A
estruturação parcial de tributo na própria Constituição pode
ser vista quer em se tratando de impostos, quer diante de

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taxas, quer em face de contribuições. Em análise destas,
tivemos o ensejo de asseverar que a Constituição Federal não
apenas permite (outorga competência), mas, em certos casos,
estabelece a que título permite e, em outros, vai mais longe:
dispõe de quem pode ser exigida. Em outras palavras,
descreve genericamente as hipóteses de incidência do
tributo, às quais estará limitada a pessoa política
competente ou, indo adiante, circunscreve a eleição do
sujeito passivo a c
(destacamos)

Sabiamente o jurista em sua obra descreveu a vinculação do entre


tributante à Constituição Federal, demonstrando inclusive que a tributação
brasileira deve funcionar em forma de sistema.

Assim, não existe no ordenamento jurídico brasileiro autorização


constitucional e legal para criação de tributos de maneira isolada e independente
pelos entes tributantes como bem entenderem.

4 Lei Complementar n° 123/2006 -

A Constituição Federal assegura o tratamento diferenciado e


favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte, cabendo à Lei
Complementar dispor sobre esse tratamento, bem como sobre os regimes
especiais ou simplificados.

Ainda, dispõe que poderá ser instituído um regime único de


arrecadação dos impostos e contribuições da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, bem como que seu recolhimento será unificado e centralizado (art.
146, parágrafo único, inciso III da CF/88).

A Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006,


, instituiu o Estatuto

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Nacional do Microempresa e Empresa de Pequeno Porte e estabelece as normas
gerais de tratamento dessas empresas, conforme previsto pela Constituição
Federal.

O art. 13 da LC n° 123/2006 prevê o recolhimento, mediante


documento único de arrecadação de alguns impostos e contribuições elencados
em seus incisos. Já o parágrafo primeiro desse artigo assegura a cobrança de
outros tributos às empresas do regime especial, na condição de contribuinte ou

Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal,


mediante documento único de arrecadação, dos seguintes
impostos e contribuições:
(...)
§ 1o O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência
dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de
contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a
legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:
(...)
XIII - ICMS devido:
(...)
h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens
ou mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipação do
recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a alíquota
interna e a interestadual;

Excelência, conforme narramos, cabe a Lei Complementar dispor


sobre as normas gerais dos tributos definidos na Constituição, bem como, dispor
sobre o tratamento diferenciado concedido às micro e pequenas empresas,
garantido constitucionalmente.

conformidade com a CF e a legislação tributária, já que trata de um tributo definido


na constituição (diferencial de alíquota) e estende essa possibilidade tributação às

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empresas optantes do regime especial, definido o contribuinte do imposto, o que
pode ser feito por lei complementar.

No artigo em questão, vemos que a Lei Complementar não criou


outra espécie de imposto, nem extrapolou a hipótese de incidência prevista na
Carta Constitucional, limitando-se a estender a possibilidade de tributação do
diferencial de alíquota interna e interestadual, previsto na Constituição (aquisição
por consumidor final), ao contribuinte optante do regime especial.

Como afirmamos anteriormente, a legislação tributária não

XIII não repetiu a hipótese de incidência material definida na Constituição Federal,


taxativamente, no entanto, se tratando de interpretação conjunta e não conflitante
das normas, subtende-se que aqui o legislador prevê a tributação ao optante do
regime especial quando efetuar aquisição na qualidade de consumidor final, já que
essa é a única hipótese prevista art. 155, §2, inciso VII da CF.

A LC 123/2006 não poderia, por si só, criar nova hipótese de


tributação de imposto fora daquela definida em lei, já que as leis tributárias
funcionam como sistema.
que estabelece que a Lei Complementar poderá definir contribuintes para os
impostos definidos na Constituição, o legislador complementar estendeu a
tributação aos contribuintes optantes do regime especial.

13, §1º, inciso XIII, porém, sabendo-se que trata do imposto definido no art. 155,
§2, inciso VII da CF, conclui-se que é somente aplicável nas aquisições feitas por
consumidor final.

A leitura desse artigo conjugada com a competência dos Estados e


Distrito Federal para instituição do ICMS, delimitada pela Carta Magna, nos leva a
conclusão que: poderá o Estado ou Distrito federal instituir a cobrança do
diferencial de alíquota interna e interestadual, na aquisição de bens ou
mercadorias por consumidor final, mesmo que seja este uma empresa inserida no

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regime especial Simples Nacional, espécie de contribuinte do imposto
especificada na Lei Complementar.

Salientamos que a tributação do diferencial de alíquota interna e


interestadual de ICMS na aquisição de bens ou mercadorias na qualidade de
consumidor final já foi instituída no Estado de Goiás, conforme tópico seguinte.

4.1 O Código Tributário Estadual Diferencial de alíquota - art. 155, §2°,


inciso VII da CF/88

O imposto discriminado na Constituição Federal, no art. 155, §2°,


inciso VII já está instituído no Estado de Goiás, conforme disposições do Código
Tributário Nacional, vejamos:

Art. 27. As alíquotas do imposto são:


(...)
V equivalente à diferença entre a alíquota interna utilizada
neste Estado e a interestadual aplicável no Estado de origem,
relativamente à:
a) entrada de mercadoria ou bem oriundos de outro Estado
destinados:
1. a estabelecimento de contribuinte para seu uso, consumo
final ou à integração ao seu ativo imobilizado;
2. a não contribuinte do imposto;

Art. 45. São solidariamente obrigadas ao pagamento do


imposto ou da penalidade pecuniária as pessoas que tenham
interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal, especialmente:

XII-B com o remetente, o consumidor final não contribuinte


do imposto, relativamente à mercadoria, bem ou serviço que
adquirir em operação interestadual sem o pagamento do
imposto correspondente à diferença entre a alíquota prevista
para as operações e prestações internas e a prevista para as
operações e prestações interestaduais destinadas a este
Estado.

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GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Art. 51-A. Fica atribuída ao estabelecimento remetente, na
condição de substituto tributário, a responsabilidade pelo
pagamento do imposto correspondente à diferença entre a
alíquota prevista para as operações e prestações internas e a
prevista para as operações e prestações interestaduais
destinadas a este Estado, nas operações ou prestações que
destinem mercadoria, bem ou serviço a consumidor final não
contribuinte do imposto, localizado neste Estado.

O Código Tributário do Estado de Goiás, instituído pela Lei de nº


11.651/1991 fixou a referida obrigação tão somente àquelas aquisições de
mercadorias destinadas ao consumo final, conforme se depreende de seu texto
-B, do artigo 45 e
art. 51-A, citados anteriormente, atento às limitações da previsão definida pela
Constituição.

No tópico anterior, discorremos que a Lei Complementar nº


123/2006 dispôs que poderiam também serem contribuintes do imposto
correspondente ao diferencial de alíquota interna e interestadual, na aquisição de
bens ou mercadorias, as empresas inseridas no regime especial de tributação, em
atenção ao critério material definido na Constituição, quando realizarem aquisição
na qualidade de consumidor final.

O Estado de Goiás estaria, assim, também autorizado a instituir a


cobrança do DIFAL às empresas inseridas no Simples Nacional, situadas no Estado
de Goiás, quando da aquisição de bens e mercadorias na qualidade de consumidor
final (art. 155, inciso II Art. 13, §1º, inciso
da LC 123/2006).

Essa situação, no entanto, não é a situação em discussão nessa


demanda que na verdade trata da uma criação de hipótese de incidência do
diferencial de alíquota que extrapola totalmente a previsão do texto Constitucional
e da LC 123/2006, por meio do Decreto n° 9.104/2017.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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5 O Decreto Estadual n° 9.104 de 05 de dezembro de 2017
Nacional) - Aquisição interestadual de mercadoria destinada à
comercialização ou produção rural

O Estado de Goiás através do Decreto Estadual nº 9.104/2017,


instituiu a cobrança do diferencial da alíquota interna e interestadual para o
contribuinte do Simples Nacional situado no estado de Goiás, nas aquisições de
mercadorias destinadas à comercialização.

Segundo o preâmbulo do Decreto n° 9.104/2017, o fundamento


tributação está previsto
Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, já detalhada nessa
peça. No entanto, vejamos a disposição do art. 1º desse decreto:

Art. 1º Fica exigido o pagamento do ICMS correspondente à


diferença entre a alíquota interna utilizada neste Estado e a
alíquota interestadual aplicável, na aquisição interestadual de
mercadoria destinada à comercialização ou produção rural
efetivada por contribuinte optante pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições -
Simples Nacional, inclusive o Microempreendedor Individual
- MEI.

Excelência, aqui temos como fato gerador para a tributação do


DIFAL a aquisição de mercadoria destinada à comercialização ou produção rural
pelo optante do regime especial. Absurdamente ainda, o texto estende a tributação
ao Microempreendedor Individual.

A
Federal nº 123, conforme já mencionamos, não extrapola os limites de tributação
definidos na Constituição para a cobrança do diferencial de alíquota e nem o
poderia fazer.

tributação do DIFAL aos optantes do Simples quando adquirirem bens ou

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mercadorias na condição de consumidor final, conforme a previsão da tributação
definida pela Constituição.
A Constituição de 1988 previu que o Estado destinatário cobraria o
diferença de alíquota
aquisição ocorresse para fins de consumo pelo adquirente. Portanto, quando o
ia

legítima, desde que instituída a lei local. Em contrário, ilegítima.


Essa é a possibilidade de cobrança do ICMS através do critério

Carta Constitucional.
Segue decisão do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema:

APELAÇÃO CÍVEL. TRIBUTÁRIO. ICMS. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO
TRIBUTÁRIA. AQUISIÇÃO EM OUTRO ESTADO
DA FEDERAÇÃO PELA EMPRESA RECORRENTE, SEDIADA
NESTA UNIDADE FEDERATIVA E CONTRIBUINTE DO FISCO
DE APARELHOS E EQUIPAMENTOS PARA COMUNICAÇÃO
DESTINADOS À LOCAÇÃO PARA TERCEIROS - ALEGAÇÃO
DE INEXISTÊNCIA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA,
CONSUBSTANCIADA NO FATO DE QUE OS BENS
ADQUIRIDOS SÃO INCORPORADOS AO SEU ATIVO FIXO OU
PERMANENTE E CONSEQUENTEMENTE, NÃO
SÃO COMERCIALIZADOS E SUBMETIDOS À CIRCULAÇÃO.
RAZÕES RECURSAIS CONTRÁRIAS ÀS DISPOSIÇÕES DO
ART. 185 DO RICMS (REGULAMENTO INTERNO DO
IMPOSTO DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS),
ART. 8º, INCISO XIII E ART. 11 INCISO IX § 3º DA LEI
ESTADUAL Nº 3796/96 E ART. 155 § 2º VII A, B, VIII
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.PRECEDENTES
JURISPRUDENCIAIS. I - O DISPOSTO NO ART. 155, II E § 2º,
VII E VIII, DA CF/88, AUTORIZA A COBRANÇA DE
DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA DO ICMS, DE MANEIRA QUE,
EM RELAÇÃO ÀS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES
QUE DESTINEM BENS E SERVIÇOS A CONSUMIDOR FINAL
LOCALIZADO EM OUTRO ESTADO - HIPÓTESE NA QUAL É
ADOTADA A ALÍQUOTA INTERESTADUAL, QUANDO O
DESTINATÁRIO FOR CONTRIBUINTE DO IMPOSTO -, CABE

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AO ESTADO DA LOCALIZAÇÃO DO DESTINATÁRIO O
IMPOSTO CORRESPONDENTE À DIFERENÇA ENTRE A
ALÍQUOTA INTERNA E A INTERESTADUAL . VERIFICANDO-
SE QUE A LEGISLAÇÃO ESTADUAL (ARTS. 8º, XIII, 11, IX E §
3º, DA LEI 3.796/96, E ART. 185 DO RICMS/97) ESTÁ DE
ACORDO COM O PRECEITO CONSTITUCIONAL REFERIDO,
REVELA-SE LEGÍTIMA A EXIGÊNCIA DE DIFERENCIAL DE
ALÍQUOTA DE ICMS EM RELAÇÃO A BENS DESTINADOS A
CONSUMO OU ATIVO PERMANENTE. ...(STJ, RMS
19.504/SE, REL. MINISTRA DENISE ARRUDA, PRIMEIRA
TURMA, JULGADO EM 17/04/2007, DJ 24/05/2007, P. 310) II
- RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

Sobre a hipótese de tributação de diferencial de alíquota que


poderia ser instituído pelo Estado, o Tribunal de Justiça de Goiás também já
decidiu, em atenção à regra constitucional:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO COBRANÇA C/ INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS. PRETENSÃO RESSARCIMENTO DO
CONSUMIDOR FINAL DO PAGAMENTO DE DÉBITO ICMS -
ALÍQUOTA DIFERENCIAL. VEÍCULO ADQUIRIDO EM OUTRO
ESTADO DA FEDERAÇÃO. I - A diferença da alíquota do ICMS
na aquisição de bens, destinados ao uso e consumo ou ao
ativo imobilizado de estabelecimento de contribuinte, é de
responsabilidade do adquirente/consumidor final
contribuinte. II- A cobrança encontra previsão na
Constituição Federal, que atribui aos Estados a competência
para instituição do ICMS (art. 155, II) e autoriza a cobrança do
diferencial de alíquota na aquisição de produtos destinados a
compor o ativo permanente da empresa contribuinte (art. 155,
APELO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(TJGO, APELACAO CIVEL 70702-92.2011.8.09.0087, Rel. DES.
NORIVAL SANTOME, 6A CAMARA CIVEL, julgado em
09/04/2013, DJe 1284 de 17/04/2013) (grifamos)

APELACAO CIVEL. EMBARGOS A EXECUCAO FISCAL.


DIFERENCIAL ALIQUOTA DA ICMS NA AQUISICAO DE BEM
PARA ATIVO FIXO DA EMPRESA. DE ACORDO COM ARTIGO
155, PARAGRAFO 2, INCISOS VII E VIII DA CONSTITUICAO
FEDERAL, E DEVIDA AO FISCO ESTADUAL A
COMPLEMENTACAO DO ICMS CORRESPONDENTE A
DIFERENCA ENTRE ALIQUOTA INTERNA E A INTERESTADUAL,
QUANDO O CONTRIBUINTE DO ICMS ADQUIRE

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MERCADORIA EM OUTRO ESTADO E A DESTINA AO
CONSUMO PROPRIO, INCLUSIVE PARA COMPOR O ATIVO
FIXO DA EMPRESA. APELO CONHECIDO, MAS IMPROVIDO.
(TJGO, APELACAO CIVEL EM PROC. DE EXEC. FISCAL 121401-
5/191, Rel. DES. ALMEIDA BRANCO, 4A CAMARA CIVEL,
julgado em 05/03/2009, DJe 313 de 14/04/2009) (grifamos)

aquisição de mercadorias para utilizar na construção de imóveis e obras foi


amplamente debatida pela doutrina e jurisprudência brasileira, momento em que,
após judicialização da questão, avaliou-se se seria a construtora uma
, pois
ausente a autorização constitucional.
O jurista Leandro Paulsen, em seu livro, narra que a situação já foi
apreciada pelos tribunais superiores de modo que, conclui-se:

A empresa de construção civil, quando adquire mercadorias


em outro Estado para utilização em obra contratada com
terceiro, não está sujeita à cobrança de diferença entre a
alíquota interna e a interestadual do ICMS prevista no art.
155, par. 2º, VIII, da CF, já que não é consumidora final dos
bens adquiridos.

Citamos a questão das construtoras para alertar que àquela época


também se discutiu sobre qual era o intuito da norma constitucional da tributação
elencada no art. 155, II, §2º, inciso VII da CF, onde restou-se analisado e confirmado
que seria aplicável apenas na aquisição para consumo final.
Assim, o Estado destinatário só estará autorizado a tributar o
adquirente contribuinte do ICMS nos casos de compra para consumo final, já que
essa é a hipótese descrita na Carta Magna.
No entanto Excelência, a tributação instituída pelo Decreto
9.104/2017 pelo Estado de Goiás extrapola o critério material definido na norma
Constitucional.

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Ainda, viola o princípio da legalidade tributária previsto nos artigos
5º, II e 150, I da Constituição Federal e no artigo 97, I e III do CTN, bem como o
disposto no artigo 84, IV da Constituição Federal e o previsto no artigo 99 do CTN,
que estabelecem que os decretos destinam-se à fiel execução das leis, sendo
inválidos naquilo em que extrapolarem o comando legal.

O Estado de Goiás ainda justifica no prefácio do decreto que a


norma trazida pela LC 123/2006 no art. 13, §1º, XIII, alínea seria o lastro
autorizativo da tributação.
Não se discute aqui a competência da Lei Complementar para
tratar de normas gerais da tributação, inclusive definir contribuintes, daqueles
impostos definidos na Constituição da CF) e o regime
diferenciado de tributação, como o fez.
Em que pese haja discussão sobre a constitucionalidade da
cobrança dessa modalidade de imposto às empresas optante do regime especial
trazida pelo da LC 123/2009, entendemos não houve
ampliou a hipótese de incidência material definida no art. 155, II, §2º, inciso VII e

refere ao imposto correspondente ao diferencial de alíquota interna e


interestadual, por contribuinte do imposto.
Assim, as empresas optantes do regime especial quando efetuarem
a aquisição de bens e mercadorias na qualidade de consumidor final, poderiam ser
tributadas em seus estados.
Aqui o grande equívoco que comete o Estado de Goiás é criar
através de decreto, por si só, um novo critério material de incidência tributária do
diferencial de alíquota, não previsto na Constituição Federal.
Salientamos que nessa situação a regra constitucional delimita
tanto o critério

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Excelência, qualquer norma instituidora de tributo criada pelo ente
competente que extrapola os limites de tributação definidos na Constituição não
pode ser admitida no mundo tributário, pois eivada de total ilegalidade e
inconstitucionalidade.
Ademais a exigência de tributo fora dos limites de tributação,
indiscutivelmente, fere direito líquido e certo dos contribuintes.
Em situação análoga no bojo do Recurso Extraordinário 970.821
RS, foi levado à apreciação do STF a criação do imposto aqui debatido por meio de
decreto também nas operações de compra para revenda, o Ministério Público
Federal proferiu o seguinte parecer:

REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 517. ANTECIPAÇÃO DE ICMS.


COBRANÇA DE DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA. NORMA ESTADUAL.
EMPRESAS OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL. NECESSIDADE DE
LEI COMPLEMENTAR. REGIME CONSTITUCIONAL DO ICMS. NÃO
CUMULATIVIDADE. INOBSERVÂNCIA. TRATAMENTO FAVORECIDO
PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE.
INCOMPATIBILIDADE. ALTERAÇÃO SUBSTANCIAL. PREJUÍZO.

1 Tese de Repercussão Geral (Tema 517): a cobrança antecipada


de ICMS equivalente a diferencial de alíquotas, fundamentada em
normas estaduais, do optante do Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional)
quando não se enquadre como consumidor final, encontra-se
eivada de inconstitucionalidade formal, por não estar amparada por
lei complementar federal (art. 146, III, d e parágrafo único), e
material, porquanto não observa o regime constitucional do
aludido imposto, mormente o princípio da não cumulatividade e o
postulado do tratamento favorecido para as microempresas e
empresas de pequeno porte (arts. 170, IX, e 179).

2 Prejudicada a análise da admissibilidade do apelo extremo


interposto com o objetivo de obter a declaração incidental de lei
estadual que foi substancialmente alterada para observar a
sistemática constitucional do ICMS.

3
(destaquei)

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O tributo é prestação pecuniária compulsória criada por lei, que
tem limites definidos com propósito de garantir segurança jurídica às partes,
igualitariamente. Ente tributante e contribuintes possuem direitos e obrigações
que precisam ser respeitados.
Admitir que o ente tributante se desvincule das regras e limites de
tributação é inadmissível sob pena de criar um ambiente de insegurança fiscal,
desregrado e arbitrário que coloca o contribuinte refém das vontades do fisco,
dado ao seu caráter compulsório.

6 Discussão sobre a constitucionalidade do DIFAL cobrado das empresas


optantes do regime especial Convênio ICMS n° 93/2015 Ações Diretas de
Inconstitucionalidade nº 5464 e n° 5469

O Ministro Dias Toffoli do STF concedeu liminar para suspender a


cobrança do diferencial de alíquotas nas operações interestaduais envolvendo não
contribuintes, efetuadas pelas empresas do Simples Nacional. A decisão suspende
a cláusula nona do Convênio ICMS nº 93/2015. O convênio em questão trata do
comércio eletrônico.

As Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 5464 e n° 5469


questionam a impossibilidade de criação de norma tributária por meio de
convênio, pois trata-se de matéria reservada à Lei Complementar.

Certo que a questão discutida nas ADI´s não se confunde com


a situação analisada nessa demanda, tal qual a ilegalidade da norma instituída
pelo Decreto n° 9.104/2017, já que o decreto cria uma hipótese de incidência do
tributo não definida pela Constituição, de modo que amplia o campo material da
incidência, ferindo preceito tributário basilar.

No entanto, há argumentos que compõe o


pautados nos preceitos constitucionais aplicáveis de maneira geral também à

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tributação ora discutida, como a efetividade da garantia de tratamento
diferenciado aos contribuintes optantes do regime especial, bem como, a
cobrança tributária unificada.

Na decisão de concessão da liminar no bojo da ADI o ministro


relembrou a decisão do RE nº 627.543/RS onde observou a necessidade de se fazer
com que o sistema tributário nacional concretizasse as diretrizes constitucionais
do favorecimento às microempresas e às empresas de pequeno porte.

À época, o ministro proferiu voto no recurso extraordinário citado


enfatizando que o conjunto dos dispositivos constitucionais que versam sobre
o tratamento favorecido para microempresas e empresas de pequeno porte,
traduzem, para além de razões jurídicas, questões econômicas e sociais
ligadas à necessidade de se conferirem condições justas e igualitárias de
competição para essas empresas, dada as peculiaridades do
microempreendedor.

Necessário ainda observar que a Emenda Constitucional 87/96 que


incluiu a possibilidade da tributação do diferencial de alíquota na aquisição de bens
e serviços destinado a consumidor final, não afastou o tratamento diferenciado das
empresas do Regime Especial, que precisa ser efetivo e não apenas uma previsão
aleatória.

III - DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR

Para a concessão da medida liminar devem concorrer dois


requisitos legais, o fumus boni iuris aqui consubstanciando nas disposições
legais supracitadas e as limitações tributárias constitucionais e o periculum in
mora, haja vista o perigo em caso de demora na prestação jurisdicional que
culminará na possível perda pecuniária do contribuinte, bem como o abalo
econômico de sua atividade empresarial.

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Em assim sendo, como se verá adiante, estão presentes os
pressupostos necessários à concessão da medida antecipatória in limine litis.

Ademais, o deferimento da liminar enseja a suspensão da


exigibilidade do crédito, conforme art. 151, IV do Código Tributário Nacional,
mitigando os prejuízos causados pela tributação indevida, mostrando-se
verdadeiro instrumento de justiça fiscal.

III.1 DO FUMUS BONI IURIS

A chamada fumaça do bom direito, assim entendida como a


plausibilidade do direito perquirido, perfaz-se no presente caso ante demonstrada
violação dos dispositivos constitucionais materializada pela tributação instituída
pelo Decreto n° 9.104/2017.

O fumus boni iuris nada mais é que a consonância do direito


vindicado com o ordenamento jurídico e/ou com a posição jurisprudencial
assentada nos tribunais pátrios, assim como os princípios tributários como o da
legalidade que formam o leito em que navega o pedido principal deste writ
constitucional.

Na situação em apreço, o Supremo Tribunal Federal já decidiu


sobre a interpretação do art. 155, II, §2º, inciso VII e VIII, vejamos:

ICMS relativo à diferença existente entre a alíquota interna


(praticada no Estado destinatário) e a alíquota interestadual
nas operações e prestações de entrada, de mercadorias de
outra Unidade da Federação DESTINADAS PARA USO E
CONSUMO, nos termos do art. 155, §2º, VII c/c VIII, da
Constituição
Min. ROBERTO BARROSO, julgado em 14/03/2016, publicado
em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-050 DIVULG 16/03/2016
PUBLIC 17/03/2016) (destacamos)

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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 1 : Peticão Enviada
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Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:52


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
A norma da LC 123/2009 não ampliou a hipótese de incidência
material definida no
, no que se refere ao imposto correspondente
ao diferencial de alíquota interna e interestadual, por contribuinte do imposto, pois
apenas definiu a empresa do Regime Especial como contribuinte (art. 146, III, a da
CF).
Ora, se o Decreto nº 9.104/2017 instituído pelo Estado de Goiás
extrapola o critério material definido pela Carta Constitucional passando a tributar
o contribuinte optante do Regime Especial na aquisição de mercadoria destinada
critério material NÃO definido na
Constituição Federal, nem em outro comando legal hábil, sua exigência pela
Autoridade Coatora está eivada de ilegalidade, desse modo, resta demonstrado o
requisito da fumaça do bom direito.

III.2 DO PERICULUM IN MORA

É de clareza solar e foi exaustivamente demonstrado o perigo


da demora que circunda o presente caso, uma vez que o Impetrado, através do ato
coator de arrecadação de tributo indevido, atenta contra o direito da Impetrante
que se vê obrigada a recolher imposto, exigência compulsória, sem autorização
constitucional para tal tributação.

Ainda, a Impetrante se vê compelida ao recolhimento de um


crédito tributário totalmente indevido, fato que implicará em perda financeira
caracterizando o

Os danos da perda pecuniária podem atingir, inclusive, a


saúde de seu negócio financeiramente. Por certo, uma tributação inesperada e
fora dos limites tributários do fisco pega de surpresa qualquer contribuinte e os
coloca em situação de insegurança fiscal e econômica, causando-lhe enorme
prejuízos, alguns irreparáveis.

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PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Em sendo assim, não restam dúvidas que o receio de dano
irreparável é latente no presente caso, devendo ser concedida a segurança liminar
para que a Autoridade Coatora se abstenha de exigir o imposto instituído pelo
Decreto Estadual 9.104/2017, diante da ilegalidade desse ato que afronta direito
líquido e certo da contribuinte, ora Impetrante.

IV - DO DEPÓSITO JUDICIAL DOS VALORES

O art. 151, inciso II do Código Tributário Nacional estabelece a


suspensão da exigibilidade do crédito tributário diante do depósito integral dos
valores.

Desse modo, o contribuinte ora Impetrante deseja realizar o


depósito judicial dos valores relativos ao imposto instituído pelo Decreto Estadual
n° 9.104/2017 a medida em que forem vencendo até o fim dessa demanda, para
eventual levantamento posterior diante da solução da demanda.

Portanto, requer a suspensão da exigibilidade tributo mediante


o depósito judicial, nos termos do art. 151, II do CTN.

V - DOS REQUIMENTOS:

Requer à Vossa Excelência:

a) Receber a presente ação mandamental, vez que atendidos os


requisitos e condições estabelecidos em lei para seu exercício;

b) Seja concedida, em caráter liminar, a segurança no sentido de


ordenar à Autoridade Impetrada que suspenda a exigibilidade do
imposto instituído pelo Decreto Estadual n° 9.104/2017, nos

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Valor: R$ 1.000,00
termos do art. 151, IV, do CTN à Impetrante e que o objeto da
presente ação não seja impeditivo à obtenção de certidão positiva
com efeito de negativa, nos termos do art. 206, do CTN;

c) Seja autorizado à Impetrante que realize o depósito judicial integral


dos valores apurados relativos ao imposto instituído pelo Decreto
nº 9.104/2017, que forem vencendo no curso da presente ação
junto à instituição financeira, garantindo assim o levantamento de
eventuais diferenças favoráveis ao final do processo, bem como
que reste suspensa a exigibilidade do tributo, nos termos do art.
151, II, do CTN;

d) Seja notificada a Autoridade Impetrada para, no prazo de 10 (dez)


dias, prestar esclarecimentos nos termos do art. 7º, inciso I da Lei
12.016/2009;

e) Seja dada ciência ao órgão judicial da pessoa jurídica que se vincula


a Autoridade Impetrada, enviando-lhe cópia para, caso desejar,
ingressar no feito nos termos do art. 7º, inciso II da Lei 12.016/2009;

f) No mérito, julgar procedente o presente writ para determinar à


Autoridade Impetrada que se abstenha de exigir o ICMS
correspondente à diferença entre a alíquota interna utilizada neste
Estado e a alíquota interestadual aplicável, na aquisição
interestadual de mercadoria destinada à comercialização ou
produção rural efetivada por contribuinte optante pelo Regime
Especial - Simples Nacional, estabelecidos nos estado de Goiás,
instituído pelo Decreto Estadual n° 9.104/2017, que viola
dispositivos constitucionais e legais inerentes ao sistema tributário,
conforme clarificado nessa demanda. Assim, seja declarada a

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ilegalidade do ato de arrecadação desse imposto, indevido, que
fere direito líquido e certo do impetrante, conforme evidenciado.

g) Seja determinada a colheita do parecer do membro do Ministério


Público, nos termos art. 12, caput, da Lei 12.016/2009;

h) Seja a Impetrada condenada ao pagamento de custas processuais.

Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).


Goiânia-GO, 18 de julho de 2018.

Bruna Sthefany Macedo Silva Erick Bernardes Rocha


OAB/GO 37.414 OAB/GO 39.494

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PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00

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Valor: R$ 1.000,00
Diário Oficial GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2017
ANO 180 - DIÁRIO OFICIAL/GO N° 22.613

DECRETO DE 20 DE JULHO DE 2017.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições constitucionais e legais e tendo em vista o que
consta do Processo n 201700013003137, resolve, a partir de 18 de julho de 2017:
o

I - exonerar o pessoal relacionado no quadro abaixo, dos correspondentes cargos de provimento em comissão ali
especificados, todos da Secretaria de Estado da Fazenda:

Nº DE ORDEM EXONERAR CPF/MF Nº CARGO


1 SÍLVIO VIEIRA DA LUZ 082.452.231-15 SUPERINTENDENTE EXECUTIVO
2 CÍCERO RODRIGUES DA 421.840.883-15 GERENTE ESPECIAL DE NORMAS E REGIMES
SILVA ESPECIAIS
3 PAULO DE AGUIAR ALMEIDA 348.645.391-20 GERENTE ESPECIAL DE ARRECADAÇÃO E
FISCALIZAÇÃO
4 ALAOR SOARES BARRETO 802.132.941-68 GERENTE ESPECIAL DE INFORMAÇÕES
ECONÔMICO- FISCAIS
5 LUCIANO CORREA CALDAS 402.139.941-00 GERENTE ESPECIAL DE AUDITORIA DE
VAREJO E SERVIÇOS

II - nomear o pessoal relacionado no quadro abaixo, para, em comissão, exercer os cargos ali especificados, todos da
Secretaria de Estado da Fazenda:

Nº DE ORDEM NOMEAR CPF/MF Nº CARGO


1 GLAUCUS MOREIRA 589.479.491-91 SUPERINTENDENTE EXECUTIVO
NASCIMENTO E SILVA
2 SÍLVIO VIEIRA DA LUZ 082.452.231-15
SUPERINTENDENTE EXECUTIVO DA DÍVIDA
PÚBLICA, CONTABILIDADE E TESOURO

3 JOSÉ HUMBERTO CORRÊA DE 124.987.341-04 CHEFE DE NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FISCAL E


MIRANDA TRIBUTÁRIA
4 AUBIRLAN BORGES VITOI 588.218.991-87 CHEFE DE NÚCLEO DE TECNOLOGIA
DA INFORMAÇÃO, MODERNIZAÇÃO E
PROJETOS
5 JOSÉ ROBERTO JARDIM JÚNIOR 355.200.271-53 GERENTE ESPECIAL DE SERVIÇOS
6 JAMES BLANCO NUNES 470.727.841-87 GERENTE ESPECIAL DE SUPORTE TÉCNICO
7 GISELLE RIOS MONTEIRO DE 806.352.531-00 GERENTE ESPECIAL DE MODERNIZAÇÃO E
DEUS ROCHA PROJETOS
8 ELIZEU PINTO NETO 136.867.631-68 GERENTE ESPECIAL DE PREPARO
PROCESSUAL
9 ROQUE ADVÍNCULA OLIVEIRA 482.271.455-15 GERENTE ESPECIAL DA DÍVIDA PÚBLICA
10 CÍCERO RODRIGUES DA SILVA 421.840.883-15 SUPERINTENDENTE DE POLÍTICA
TRIBUTÁRIA
11 PAULO DE AGUIAR ALMEIDA 348.645.391-20 SUPERINTENDENTE DE CONTROLE E
FISCALIZAÇÃO
12 ALAOR SOARES BARRETO 802.132.941-68 SUPERINTENDENTE DE INFORMAÇÕES
FISCAIS
13 LUCIANO CORREA CALDAS 402.139.941-00 SUPERINTENDENTE DE RECUPERAÇÃO DE
CRÉDITOS
14 FABIANO GOMES DE PAULA 828.711.321-00
SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO CONSELHO
DELIBERATIVO DOS ÍNDICES DE
PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS - COÍNDICE/
ICMS
15 JOÃO ALBERTO NASCIMENTO 432.057.981-04 GERENTE ESPECIAL DE GESTÃO DE
FILHO CRÉDITOS DE ÓRGÃOS E ENTIDADES
ESTADUAIS
16 LEONARDO OLIVEIRA MENESES 036.760.116-86 GERENTE ESPECIAL DE INFORMAÇÕES
ECONÔMICO- FISCAIS
17 JOÃO ARLINDO DO PRADO 917.635.175-00 GERENTE ESPECIAL DE FERRAMENTAS DE
GUSMÃO AUDITORIAS FISCAIS
18 VANICE DE HOLANDA FREITAS 815.831.091-53 GERENTE ESPECIAL DE CONTROLE DA
ARRECADAÇÃO
19 BENEDITO RIBEIRO GOMES 288.956.811-34 GERENTE ESPECIAL DE NORMAS E
REGIMES ESPECIAIS

DIARIO OFICIAL DO ESTADO DE GOIAS


Assinado digitalmente pela ABC - AGENCIA BRASIL CENTRAL
CODIGO DE AUTENTICACAO: edb6004c

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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 1 : Peticão Enviada
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Valor: R$ 1.000,00
Simples Nacional - Consulta Optantes
Data da consulta: 18/06/2018

Identificação do Contribuinte - CNPJ Matriz

CNPJ : 10.986.975/0001-94
A opção pelo Simples Nacional e/ou SIMEI abrange todos os estabelecimentos da empresa

Nome Empresarial : FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA

Situação Atual

Situação no Simples Nacional : Optante pelo Simples Nacional desde 27/07/2009

Situação no SIMEI: NÃO optante pelo SIMEI

Períodos Anteriores

Opções pelo Simples Nacional em Períodos Anteriores: Não Existem

Opções pelo SIMEI em Períodos Anteriores: Não Existem

Agendamentos (Simples Nacional)

Agendamentos no Simples Nacional: Não Existem

Eventos Futuros (Simples Nacional)

Eventos Futuros no Simples Nacional: Não Existem

Eventos Futuros (SIMEI)

Eventos Futuros no SIMEI: Não Existem

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Movimentacao 1 : Peticão Enviada
Arquivo 7 : 03_2018demonstrativodifal.pdf

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Valor: R$ 1.000,00
Demosntrativo Mensal Das Aquisições e Devoluções Interestaduais de Mercadorias Destin

Periodo
(Mê

Aquisições

Data da
Entrada da CNPJ Rementente Nº NF-e Chave da NF-e Vop
Mercadoria
07/03/2018 23649470000186 1226 35180323649470000186550010000012261097621092
08/03/2018 87090486000184 241917 42180387090486000184550010002419171006165437
09/03/2018 09250189000145 7526 35180309250189000145550010000075261218330175
14/03/2018 12827292000110 1327 43180312827292000110550010000013271000026035
14/03/2018 09250189000145 7542 35180309250189000145550010000075421400930003
19/03/2018 08608056000135 3110 35180308608056000135550010000031101490888083
19/03/2018 04058176000155 9325 35180304058176000155550010000093251291377683
23/03/2018 04058176000155 9356 35180304058176000155550010000093561612180419
26/03/2018 00862473000106 8605 35180300862473000106550010000086051900348310
29/03/2018 09250189000145 7568 35180309250189000145550010000075681702815050

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Movimentacao 1 : Peticão Enviada
Arquivo 7 : 03_2018demonstrativodifal.pdf

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GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
1 - Total DIFAL - Aquisições

Devoluções
Data da
Entrada da CNPJ Rementente Nº NF-e Chave da NF-e Vop
Mercadoria

2 - Total DIFAL - Devoluções


DIFAL a Pagar
DIFAL a Compensar em Períodos Futuros

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Movimentacao 1 : Peticão Enviada
Arquivo 8 : difal032018guia.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:52


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
8587 0000 012-0 0242 0008 210-5 0000 8130 326-2 8610 2530 000-0 1° Via Banco

ESTADO DE GOIÁS TESOURO


SECRETARIA DA FAZENDA ESTADO DE GOIAS - TESOURO ESTADUAL

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS ESTADUAIS - DARE 5.1


Nº 12100000813032686
Contribuinte Inscrição Estadual: 104.54736-7
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA-EPP
Endereço Município UF DDD/Telefone
AVENIDA T 3 , 2119 SETOR BUENO CEP:74210245 GOIANIA GO 62 32744477
Autenticação Bancária Data e Hora de Emissão: 09/05/2018 / 16:24:
Validade do cálculo: 10/05/2018

Total a recolher: 1.202,42

8587 0000 012-0 0242 0008 210-5 0000 8130 326-2 8610 2530 000-0 2º Via Contribuinte

ESTADO DE GOIÁS TESOURO


SECRETARIA DA FAZENDA ESTADO DE GOIAS - TESOURO ESTADUAL

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS ESTADUAIS - DARE 5.1


Nº 12100000813032686
Contribuinte Inscrição Estadual: 104.54736-7
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA-EPP
Endereço Município UF DDD/Telefone
AVENIDA T 3 , 2119 SETOR BUENO CEP:74210245 GOIANIA GO 62 32744477

Receita Valores (R$)


1 - ICMS - IMPOSTO CIRCUL MERCADORIAS E PREST SERV TRANSP INTEREST E INTERMUN E DE Valor Original (11130201) 1.202,42
COMUNICACAO

4502 - ICMS DIFAL Simples Nacional - Comercialização

Documento de Origem Data de Vencimento Condição Pagamento


- 10/05/2018 4111
Referência Parcela
300-Mensal - 03/2018 -
Informações complementares Data e Hora de Emissão: 09/05/2018 / 16:24:48
Validade do cálculo: 10/05/2018
REF NFS DE MERCADORIA PARA REVENDA MARÇO/2018 Total a recolher: 1.202,42

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 30/07/2018 10:47:06
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10463569584851219, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 1 : Peticão Enviada
Arquivo 9 : guianumero10933158501530203777267ms.pdf
Poder Judiciário DUAJ-Documento Único de Arrecadação Número: 1093315-8/50

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:52


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás INICIAL - 1º GRAU Emissão:25/06/2018 Vencimento:31/01/2019
Requerente: FIT COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA (100%)
Requerido:
Comarca: 39 - GOIÂNIA Serventia:
Natureza: - Mandado de Segurança (CF, Lei 12016/2009)
Processo: Valor: 1000
Cód. Descrição Qtd. Valor Cód. Descrição Qtd. Valor
1074 CUSTAS DE LOCOMOÇÃO [SETOR NOVA VILA] 1 69,25
1015 CONTADOR(Reg.13) 1 66,50
1023 PROTOCOLO(Reg.15) 1 19,00
1031 DISTRIBUIDOR(Reg.11) 1 26,60
1041 CUSTAS(Reg.6) 1 306,00
1058 OFICIAL JUST. CONTA VINCULADA(Reg.16.VII) 1 21,00
1198 DESPESAS POSTAIS(Reg.16.VI) 1 16,00
2011 TAXA JUDICIÁRIA(CTE Artigo 114-B)(Reg.2011) 1 66,23

Total: 590,58

Para gerar o boleto clique AQUI


https://projudi.tjgo.jus.br/GerarBoleto

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 30/07/2018 10:47:06
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10453564584851214, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 1 : Peticão Enviada
Arquivo 10 : compcustas.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:52


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Comprovante de pagamento de boleto
Dados da conta debitada
FIT COM E LOCACAO
Agência/conta: 8626/08647-7 CNPJ: 10.986.975/0001-94 Empresa:
LTDA EPP
Pagador final:
Agência/Conta: 8626/0008647-7 CPF/CNPJ:
Nome: FIT COM E LOCACAO LTDA EPP 10.986.975/0001-94

10498 92654 14010 193341 15850 000058 2 75900000059058

Beneficiário: GOIAS TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE G CPF/CNPJ do beneficiário: Data de vencimento:


Razão Social: GOIAS TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE G 02.292.266/0001-80 19/07/2018
Valor do documento (R$);
590,58
(-) Desconto (R$):
0,00
(+)Juros/Mora/Multa (R$):
0,00
Pagador: CPF/CNPJ do pagador: (=) Valor do pagamento (R$):
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA 10.986.975/0001-94 590,58
Sacador / Avalista: CPF/CNPJ do sacador: Data de pagamento:
06/07/2018
Autenticação mecânica: Pagamento realizado em espécie:
F3D426B4080E8A31A250DD57DE52F6BFFCFDC93C Não

Operação efetuada em 06/07/2018 às 11:41:02h via bankline, CTRL 03168.

Dúvidas, sugestões e reclamações: na sua agência. Se preferir, ligue para o SAC Itaú: 0800 728 0728 (todos os dias, 24h) ou acesse o Fale Conosco no
www.itau.com.br. Se não ficar satisfeito com a solução apresentada, ligue para a Ouvidoria Corporativa Itaú: 0800 570 0011 (em dias úteis, das 9h às
18h) ou Caixa Postal 67.600, CEP 03162-971. Deficientes auditivos ou de fala: 0800 722 1722 (todos os dias, 24h). 1

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 30/07/2018 10:47:06
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10483568584851218, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:52
1. A movimentação: ( Processo Distribuído - Goiânia - 2ª Vara
da Fazenda Pública Estadual - I (Normal) - Distribuído para:
Lívia Vaz da Silva ) do dia 30/07/2018 10:47:06 não possui
Processo Distribuído
Movimentacao 2 : Processo Distribuído
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051

"Arquivos".
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:52
1. A movimentação: ( Autos Conclusos ) do dia 30/07/2018
Autos Conclusos

10:47:06 não possui "Arquivos".


Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 3 : Autos Conclusos
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 4 : Decisão -> Outras Decisões
Arquivo 1 : _online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:52


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
DECISÃO
Está em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal o Recurso Extraordinário
n.º 970821/RS, sob relatoria do Ministro Edson Fachin, onde analisa-se a possibilidade
da aplicação da metodologia de cálculo denominada “diferencial de alíquota de ICMS”
à empresa optante pelo SIMPLES NACIONAL.
Diante do Tema 517, “Aplicação de diferencial de alíquota de ICMS à
empresa optante pelo SIMPLES NACIONAL”, onde foi reconhecida a repercussão
geral, deixo de analisar, por ora, o pedido liminar e determino a suspensão do feito até
o julgamento do Tema pelo STF.
Intime-se.
Goiânia, data do sistema.

GUSTAVO DALUL FARIA


JUIZ DE DIREITO
06

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 27/08/2018 15:27:39
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
Validação pelo código: 10423561503098143, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:52
Sobrestamento - (Por 60 dias) ) do dia 27/08/2018 15:27:45
Despacho -> Suspensão ou Sobrestamento
1. A movimentação: ( Despacho -> Suspensão ou
Movimentacao 5 : Despacho -> Suspensão ou Sobrestamento

não possui "Arquivos".


Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 6 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriareconsideracaodecisaodesuspensao60dias.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:52


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAZENDA
PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE GOIÂNIA JUIZ I

MS protocolo n°: 5348446.61.2018.8.09.0051

FIT COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA., já qualificada nos autos em


epígrafe, por intermédio regular de seus Patronos constituídos, vem à ínclita
presença de Vossa Excelência, com vistas à Decisão proferida no evento digital nº
04, REQUERER A RECONSIDERAÇÃO deste Juízo, nos termos que se passa a
expor e fundamentar.

Excelência, a decisão proferida retro suspendeu o processo por 60


(sessenta) dias sob o argumento de que seria referente a tema com repercussão
geral, precisamente, o Tema 517. Vejamos:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 04/09/2018 14:32:08
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10403560508597067, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 6 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriareconsideracaodecisaodesuspensao60dias.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:52


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Em que pese a conhecida existência do Tema 517, bem como o
Recurso Extraordinário nº 970821/RS de relatoria por prevenção do Ministro Edson
Fachin, tendo em vista a existência prévia do RE nº 627.543/RS, mencionado na
peça inicial, NÃO SE CONFUNDEM A QUESTÃO TRATADA NESSES RECURSOS,
COM A MATÉRIA TRAZIDA À APRECIAÇÃO POR ESTE JUÍZO, nesse Mandado de
Segurança.

Meritíssimo, o presente mandado de segurança é remédio


interposto para coibir o ato arrecadatório do ICMS correspondente ao diferencial
da alíquota interna e interestadual (DIFAL) nas aquisições de mercadorias
destinadas à comercialização, realizada por empresas do Simples Nacional pelo
Estado de Goiás, através do Decreto Estadual nº 9.104, publicado em dezembro
de 2017. Uma vez que EXTRAPOLA a previsão constitucional,
especificadamente o previsto no art. 155, §2º, VII da CF, a instituição desse
imposto que SÓ PODERIA SER FEITA PELOS ESTADOS PARA A TRIBUTAÇÃO
DE PRODUTOS ADQUIRIDOS POR CONSUMIDOR FINAL.

O Recurso Extraordinário n° 970821/RS, mencionado pelo douto


magistrado na decisão, discute a constitucionalidade da previsão trazida ela Lei
Complementar 123/2006 que prevê a extensão da cobrança do diferencial da
alíquota interna e interestadual (DIFAL) às empresas optantes do Simples que
supostamente foge à garantia constitucional do tratamento diferenciado e regime
unificado desses contribuintes.

O tópico nº 6 da exordial traz o tema e perfeitamente esclarece


que nessa demanda não pretendemos discutir a tributação do DIFAL originalmente
prevista na Carta Constitucional em relação às empresas optantes do Regime
Especial na aquisição de produtos por consumidor final, o que inclusive já é
tributado pelo Estado de Goiás.

Segue o trecho da inicial:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10403560508597067, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 6 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriareconsideracaodecisaodesuspensao60dias.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:52


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Excelência, conforme narramos aqui não pretendermos discutir a
constitucionalidade da previsão inserida na LC 123/2006, que autoriza a tributação
do DIFAL nas aquisições para o consumo final aos optantes do Regime Especial.

O que atacamos no presente writ é a arrecadação por parte da


autoridade coatora, com fulcro no Decreto Estadual nº 9.104/2017, do DIFAL na
AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS PARA COMERCIALIZAÇÃO ou PRODUÇÃO RURAL
que EXTRAPOLA A HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA MATERIAL PREVISTA
CONSTITUCIONALMENTE para a INSTITUIÇÃO DO DIFAL.

Por oportuno, juntamos em anexo decisões favoráveis proferidas


em sede de liminar por outras Varas de Fazenda Pública Estadual da Comarca de
Goiânia em casos análogos em que se discute a tese esposada nesse remédio, dado
os danos causados por esse ato arrecadatório indevido aos contribuintes.

Em conclusão, requer-se a RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO


proferida no evento n° 04, dando continuidade ao feito proposto, atentando-
se ainda à urgência já noticiada, com a apreciação imediata dos PEDIDOS

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 6 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriareconsideracaodecisaodesuspensao60dias.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:52


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
LIMINAR E DE DEPÓSITO DO IMPOSTO em conta judicial vinculada até o
julgamento final desta demanda.

Termos em que pede e espera deferimento.

Goiânia - GO, 31 de agosto de 2018.

Bruna Sthefany Macedo Silva Erick Bernardes Rocha


OAB/GO 37.414 OAB/GO 39.494

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Validação pelo código: 10403560508597067, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 6 : Juntada -> Petição
Arquivo 2 : decisao2varafazendajuiziiliminar.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


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PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
PODER JUDICIARIO COMARCA DE GOIÂNIA

Goiânia - 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual - Juiz 2

DECISÃO

Autos n. 5365486.56.2018.8.09.0051

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA impetrado por UNIÃO


PARAFUSO LTDA., contra ato tido como ilegal praticado pelo
SUPERINTENDENTE DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA
DE ESTADO DA FAZENDA DE GOIÁS, ambos devidamente qualificados na
exordial.
A impetrante informa que quando de sua instituição, optou pelo
regime simplificado, diferenciado e favorecido destinado as pequenas
empresas, em razão de seu faturamento.
Explicou, ainda, que as empresas são enquadradas no regime
simples, os tributos referentes ao artigo 13 da LC 123/06 são recolhidos por
meio de guia única, e o Estado, ao estabelecer o recolhimento do DIFAL
(diferencial de alíquota) prejudica os adquirentes, que perdem competitividade
no mercado.
Assim sendo, alegou que a nova cobrança instituída pelo impetrado
possui vícios de inconstitucionalidade por ferir o princípio do tratamento
diferenciado às micro e pequenas empresas, insculpido no art. 146, III, ‘d’,
bem como ofende os princípios da não-cumulatividade e da reserva de lei
complementar.
Por fim, requereu a concessão de medida de liminar para a
suspensão da exibilidade do DIFAL nas operações interestaduais de
aquisição de mercadorias para revenda, que realizam junto aos fornecedores
estabelecidos em outros estados da federação.

É O RELATÓRIO. DECIDO.
O mandado de segurança representa uma das garantias que a Carta
Magna assegura aos indivíduos para proteção de direito líquido e certo,
lesado ou ameaçado de lesão por ato de autoridade. O remédio heroico está
inserto no artigo 5º, inciso LXIX,e encapado no caput do artigo 1º da Lei
12.016/2009, vazado nos precisos termos:
“Art.1 Conceder-se-á mandado de segurança
para proteger direito líquido e certo, não amparado por

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Movimentacao 6 : Juntada -> Petição
Arquivo 2 : decisao2varafazendajuiziiliminar.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente
ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou
jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la
por parte de autoridade, seja de que categoria for e
sejam quais forem as funções que exerça”.
O profícuo magistério do saudoso Helly Lopes Meirelles (2004, p. 21-
22), sobre o mandado de segurança assim manifesta:
“[...] é o meio constitucional posto à disposição
de toda pessoa física ou jurídica, órgão com capacidade
processual, ou universalidade reconhecida por lei, para a
proteção de direito individual ou coletivo, líquido e certo,
não amparado por habeas corpus ou habeas data,
lesado ou ameaçado de lesão, por ato de autoridade,
seja de que categoria for e sejam quais forem as funções
que exerça.”
No inciso LXIX do artigo 5º da CF, pode-se, vislumbrar duas
modalidades de mandado de segurança, seja ela preventiva, quando há uma
ameaça de direito líquido e certo, ou repressiva, no caso de uma ilegalidade já
cometida.
In casu, compulsando os autos, ainda que em cognição sumária,
constatam-se presentes os requisitos exigidos para provimento, uma vez que
verifico a violação do princípio da não-cumulatividade do imposto em tela,
conforme disposto no artigo 155, II, §2º, I da Constituição Federal:
Art.155 Compete aos Estados e ao Distrito
Federal instituir impostos sobre:
(…)
II – operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de
transport e int erestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações
se iniciem no exterior;
(…)
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao
seguinte:
I – será não cumulativo, compensando-se o que
for devido em cada operação relativa à circulação de
mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou
pelo Distrito Federal;
Neste patamar, não é demais destacar que quanto ao tema discutido
já existe entendimento pelo Tribunal de Justiça do estado do Rio Grande do
Sul, conforme o transcrevo verbis:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 6 : Juntada -> Petição
Arquivo 2 : decisao2varafazendajuiziiliminar.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
APELAÇÃO CÍVEL. TRIBUTÁRIO. AÇÃO
DECLARATÓRIA. ICMS. ANTECIPAÇÃO DO FATO
GERADOR POR EMPRESA OPTANTE DO SIMPLES
NACIONAL. IMPOSSIBILIDADE. Diante do tratamento
favorecido para as empresas de pequeno porte – um dos
princípios gerais da atividade econômica, bem como
tendo em vista o princípio da não cumulatividade uma
premissa fundamental do ICMS, é ilegal a exigência de
cobrança antecipada da diferença de alíquota das
empresas optantes pelo Simples Nacional. APELO
PROVIDO. POR MAIORIA. (Apelação Cível N°
70072965247, Primeira Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Newton Luís Medeiros Fabrício,
Julgado em 02/06/2017).
Ex positis, em virtude dos fundamentos declinados, vislumbro a
possibilidade de concessão da liminar, na forma requestada, devida a
presença de requisitos para a sua concessão initio litis e inaudita altera pars,
qual seja o fumus boni iuris e o periculum em mora.
Ante ao exposto, DEFIRO a liminar pleiteada para determinar à
autoridade coatora que se abstenha imediatamente de exigir o recolhimento
do DIFAL incidente sobre as operações de aquisição de mercadorias para
revenda que realiza junto aos fornecedores estabelecidos em outros estados
da federação em relação à impetrante, até o julgamento definitivo do
mandamus.
No mais, determino a notificação da autoridade impetrada para, em 10
(dez) dias, prestar as informações que julgar necessárias.
Dê-se ciência do presente ao Procurador-Geral do Estado, para que,
querendo, ingresse no feito, como disposto no artigo 7º, inciso II, da Lei nº
12.016/2009.
P. R. I.
Goiânia, data do sistema.

PATRÍCIA DIAS BRETAS

Juíza de Direito em Substituição

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao
Processo: 6 : Juntada -> Petição
5214134.51.2018.8.09.0051
Arquivo 3 : liminarprocedente.pdf

Usuário:
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimentos -> Mandado de Se
Valor: R$ 1.000,00
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 29/05/2018 12:13:42
GOIÂNIA - 3ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL - II
Mandado de Segurança (CF, Lei 12016/2009)
Valor:Bruna
R$ Sthefany
1.000,00Macedo
Decisão

Mandado de segurança preventivo impetrado com o fim de evitar a exigência fiscal

| Classificador:
inconstitucional sobre ICMS pelo Estado de Goiás, para obrigá-lo ao recolhimento da diferença
de alíquota interna e a interestadual, em operação de venda destinada a contribuinte do imposto,

Silva - Data: 18/11/2022


em outro Estado, nos termos do Decreto nº 9.104/2017.

Decido.

A respeito do cabimento do MS preventivo. Como a atividade de cobrança de tributo é

Aguardando:
vinculada e tendo o Estado editado Decreto para execução da lei, é inevitável que sucederá a
exigência do tributo, havendo fundado receio de que a ameaça de exigência do tributo se

12:00:53
concretizará, com repercussões negativas sobre o contribuinte.

DEVOLUÇÃO DE MANDADO
Duas ordens de argumento favorecem a pretensão do impetrante:

Primeiro, a própria Constituição, Lei Maior que não pode ser contrariada por qualquer
outra norma, prevê expressamente que o recolhimento do DIFAL ocorre pelo CONSUMIDOR
FINAL do bem ou serviço, seja ou não contribuinte [155 §2º VII, a) e b)]. Como as empresas
autoras atuam no ramo de venda, não se encaixam nessa figura de consumidor final e sim de
intermediários na cadeia de circulação.

Segundo, a Lei Complementar n. 123/2006, que regula o Simples Nacional, não tem
norma específica sobre o recolhimento da diferença de alíquota, reclamando a necessária
interposição de lei para instituir esse tributo (CR 150 I).

O perigo da demora decorre que a parte pode ser negativada, protestada, além de lhe
ser negada a emissão de certidão negativa e sofrer execução fiscal por tributo aparentemente
ilegítimo.

Ante o exposto, DEFIRO a liminar.

Notifique a autoridade para informações em 10 dias.

Cientifique o Estado, via PGE, com prazo de 15 dias, sem dobra.

Vindo as tais, vista ao impetrante por 10 dias, por força do contraditório, pois o juiz não
pode decidir com fundamento no qual as partes não se manifestaram.

Em seguida, vista ao MPGO por igual prazo.

Goiânia-GO, 15 maio 2018.

ÉLCIO VICENTE DA SILVA, 3ª VFPE

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 16/05/2018 08:34:20
Assinado por ELCIO VICENTE DA SILVA
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Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53
1. A movimentação: ( Término da Suspensão do Processo )
do dia 02/10/2018 15:04:15 não possui "Arquivos".
Término da Suspensão do Processo
Movimentacao 7 : Término da Suspensão do Processo
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53
1. A movimentação: ( Autos Conclusos - P/ DECISÃO ) do dia
02/10/2018 15:04:31 não possui "Arquivos".
Autos Conclusos
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 8 : Autos Conclusos
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 9 : Decisão -> Outras Decisões
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


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PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00

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Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 9 : Decisão -> Outras Decisões
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 04/10/2018 18:39:09
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
Validação pelo código: 10483564501210933, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 9 : Decisão -> Outras Decisões
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
DECISÃO
Trata-se de um pedido de reconsideração da decisão de evento 4 que
determinou a suspensão processual até o julgamento do tema 517 pelo Supremo
Tribunal Federal, conforme se depreende da petição acostada no evento 6.
Afirma a parte autora que o presente mandamus não diz respeito ao que está
sendo discutido no STF, vez que o tema 517 é acerca da constitucionalidade da
cobrança do DIFAL às empresas optantes pelo Simples Nacional, enquanto a tese
discutida nos autos in judice diz respeito à impossibilidade de arrecadação do DIFAL
na aquisição de mercadorias para comercialização ou produção rural, eis que
extrapola a hipótese de incidência material prevista na Constituição Federal para a
instituição do diferencial de alíquotas.
Oras, a autora é optante pelo Simples Nacional, de forma que deve-se
aguardar o julgamento do tema 517 pelo Supremo Tribunal Federal, onde será
decidido a possibilidade de incidir ou não o diferencial de alíquotas para empresas
optantes pelo Regime Especial e se decidir pela possibilidade, será fixado parâmetros
para tal.
Desta feita, não é plausível que este Juízo decida a questão em sede de
liminar, bem como é correta a suspensão do feito, vez que o tema discutido pelo STF
abarca a tese apresentada pela autora.
Motivo este pelo qual indefiro o pedido de reconsideração.
Suspenda-se o feito até o julgamento do Recurso Extraordinário pelo
Supremo Tribunal Federal.
Goiânia, data do sistema.

GUSTAVO DALUL FARIA


JUIZ DE DIREITO
06

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 04/10/2018 18:39:09
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 10 : Intimação Efetivada

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Intimação Efetivada
1. A movimentação: ( Intimação Efetivada - A ser publicada
no Diário Eletrônico nos próximos 2 (dois) dias úteis - FIT
COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA - Polo Ativo (Referente à
Mov. Decisão - ) ) do dia 04/10/2018 18:39:09 não possui
"Arquivos".
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 11 : Despacho -> Suspensão ou Sobrestamento

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Despacho -> Suspensão ou Sobrestamento
1. A movimentação: ( Despacho -> Suspensão ou
Sobrestamento - Processo Suspenso ou Sobrestado por
Recurso Repetitivo / Recurso de Repercussão Geral ) do dia
01/11/2018 11:38:14 não possui "Arquivos".
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 12 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriarevisaodadecisaodesuspensao.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAZENDA
PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE GOIÂNIA

MS protocolo n°: 5348446.61.2018.8.09.0051

FIT COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA., já qualificada nos autos em


epígrafe, por intermédio regular de seus Patronos constituídos, vem à ínclita
presença de Vossa Excelência, com vistas à Decisão que SUSPENDEU o feito sem
apreciar o pedido liminar e de depósito judicial, REQUERER A REVISÃO DA
DECISÃO SUSPENSÃO DOS AUTOS EM EPÍGRAFE, nos termos que se passa a
expor e fundamentar.

Excelência, o Mandado de Segurança em epígrafe é remédio


interposto para coibir o ato arrecadatório do ICMS correspondente ao diferencial
da alíquota interna e interestadual (DIFAL) nas aquisições de mercadorias
destinadas à comercialização e produção rural, realizada por empresas do
Simples Nacional pelo Estado de Goiás, através do Decreto Estadual nº 9.104,
publicado em dezembro de 2017.

O Decreto publicado pelo Estado de Goiás EXTRAPOLA a


previsão constitucional, especificadamente o previsto no art. 155, §2º, VII da CF,
a instituição desse imposto, bem como invade a matéria da reserva legal de
Lei Complementar prevista no art. 146 da CF e não por Decreto, como foi o
caso.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 09/04/2019 15:53:20
Assinado por ERICK BERNARDES ROCHA
Validação pelo código: 10403560049449755, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 12 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriarevisaodadecisaodesuspensao.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
A decisão proferida nos autos pelo D. Magistrado, anteriormente,
DEIXOU DE ANALISAR O PEDIDO LIMINAR e suspendeu o processo. No entanto
Excelência, em demandas análogas em trâmite nesse juízo, Vossa Excelência
sabiamente deferiu o pedido liminar e autorizou o depósito judicial das guias que
forem vencendo no decorrer das demandas, segue cópia anexa.

No MS em questão, a não apreciação do pedido de liminar e de


depósito não se justifica já que estão presentes os requisitos da concessão da
Liminar.

Para a concessão da medida liminar devem concorrer dois


requisitos legais, o fumus boni iuris aqui consubstanciando nas disposições
legais relatadas na exordial e as limitações tributárias constitucionais e o
periculum in mora, haja vista o perigo em caso de demora na prestação
jurisdicional que culminará na possível perda pecuniária do contribuinte, bem
como o abalo econômico de sua atividade empresarial.

Por certo, a criação via decreto de uma hipótese tributação


inesperada e fora dos limites constitucionais tributários do fisco pega de surpresa
qualquer contribuinte e o coloca em situação de insegurança fiscal e econômica,
causando-lhe enorme prejuízos, alguns irreparáveis.

Sabe-se o quanto pode ser longa a discussão de uma matéria de


tributação, assim como a dificuldade de reaver qualquer importância efetivamente
recolhida aos cofres púbicos, nesse sentido, a demora do provimento jurisdicional
pode afetar a saúde do negócio da Demandante, sendo a segurança até ineficaz a
depender do prazo da discussão jurisdicional.

O depósito mostra-se o meio de garantir o direito do contribuinte


de efetivamente ter a chance de reaver os valores cobrados que estão sob
discussão judicial. Ainda, importa frisar que o Fisco estará assegurado com o
depósito judicial, de modo que, julgada DEVIDA A TRIBUTAÇÃO a verba depositada

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 09/04/2019 15:53:20
Assinado por ERICK BERNARDES ROCHA
Validação pelo código: 10403560049449755, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 12 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriarevisaodadecisaodesuspensao.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
será revertida em renda para os cofres públicos, não havendo de se falar em dano
ao erário.

De outro lado, caso o contribuinte continue pagando diretamente


ao Fisco, caso seja julgada PROCEDENTE a presente demanda, as receitas
recolhidas indevidamente serão reavidas em precatórios que se perpetuam no
tempo sem qualquer garantia de recebimento.

O contribuinte, ora Impetrante, deseja realizar o depósito judicial


dos valores relativos ao imposto instituído pelo Decreto Estadual n° 9.104/2017 a
medida em que forem vencendo até o fim dessa demanda, para eventual
levantamento posterior diante da solução da demanda, como meio de viabilizar a
possível restituição das importâncias cobradas e aqui discutidas, sendo que tal
autorização importaria na suspensão da EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO.

Assim, dada à presença do periculum in mora a que a Agravada


está sujeita, bem como a plausível fundamentação da matéria trazida à apreciação
no Mandado de Segurança (fumus boni iuris) deve ser concedida a tutela de
urgência pleiteada.

Em decisão recente, em processo que se discute o mesmo assunto


do presente MS, Vossa Excelência proferiu a seguinte decisão:

Ao que tudo indica, o Estado de Goiás, ao editar o referido


Decreto invadiu a esfera reservada à lei complementar,
contrariando as regras constitucionais atinentes ao regime
especial do simples nacional.
Aliás, em situação análoga, o Excelso Pretório concedeu, no
âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN nº
93/2015), liminar para afastar dos optantes do simples
nacional a regra prevista no artigo 9º do Convênio de ICMS nº
93/2015 que instituiu o DIFAL.
Afigura-se presente na espécie, a meu sentir, portanto, ainda
que em razão de uma cognição apenas sumária, a
razoabilidade/probabilidade do direito suscitado pela
Impetrante (fumus boni juris), sendo certo que a não

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 09/04/2019 15:53:20
Assinado por ERICK BERNARDES ROCHA
Validação pelo código: 10403560049449755, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 12 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriarevisaodadecisaodesuspensao.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
concessão da liminar poderá tornar inviável a sua atividade
empresarial, causando-lhe deletérias consequências, de difícil
ou até mesmo impossível reparação (periculum in mora).
Diante do exposto, defiro, inaudita altera parte, a liminar
requestada, para o fim de determinar que a autoridade
acoimada de coatora suspenda a exigibilidade do imposto
instituído pelo Decreto Estadual n° 9.104/2017, nos termos do
art. 151, IV, do CTN à Impetrante; e que o objeto da presente
ação não seja impeditivo à obtenção de certidão positiva com
efeito de negativa, nos termos do art. 206, do CTN.
Autorizo às impetrantes a realização do depósito judicial
integral dos valores apurados relativos ao imposto instituído
pelo Decreto nº 9.104/2017, que forem vencendo no curso da
presente ação junto à instituição financeira, garantindo assim
o levantamento de eventuais diferenças favoráveis ao final do
processo.” (decisão na íntegra anexa)

Em conclusão, requer-se a REVISÃO DA DECISÃO proferida,


REVOGANDO-SE A SUSPENSÃO DETERMINADA dando continuidade ao feito
proposto, atentando-se ainda à urgência já noticiada, com a apreciação
imediata dos PEDIDOS LIMINAR E DE DEPÓSITO DO IMPOSTO em conta
judicial vinculada até o julgamento final desta demanda.

Termos em que pede e espera deferimento.

Goiânia - GO, 09 de abril de 2019.

Bruna Sthefany Macedo Silva Erick Bernardes Rocha


OAB/GO 37.414 OAB/GO 39.494

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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao
Processo: 12 :5144642.35.2019.8.09.0051
Juntada -> Petição
Arquivo 2 : decisaoconcedidaliminaredeposito.pdf

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PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimentos -> Mandado de Se
Valor: R$ 1.000,00
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 01/04/2019 09:51:10
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Mandado de Segurança (CF, Lei 12016/2009)
Valor:Bruna
R$ Sthefany
1.000,00Macedo
| Classificador:
Silva - Data: 18/11/2022
Expedir12:00:53
Mandado Notificação

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Assinado por ERICK BERNARDES ROCHA
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao
Processo: 12 :5144642.35.2019.8.09.0051
Juntada -> Petição
Arquivo 2 : decisaoconcedidaliminaredeposito.pdf

Usuário:
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimentos -> Mandado de Se
Valor: R$ 1.000,00
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 01/04/2019 09:51:10
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Mandado de Segurança (CF, Lei 12016/2009)
Valor:Bruna
R$ Sthefany
1.000,00Macedo
| Classificador:
Silva - Data: 18/11/2022
Expedir12:00:53
Mandado Notificação

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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao
Processo: 12 :5144642.35.2019.8.09.0051
Juntada -> Petição
Arquivo 2 : decisaoconcedidaliminaredeposito.pdf

Usuário:
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimentos -> Mandado de Se
Valor: R$ 1.000,00
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 01/04/2019 09:51:10
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Mandado de Segurança (CF, Lei 12016/2009)
Valor:Bruna
R$ Sthefany
1.000,00Macedo
| Classificador:
Silva - Data: 18/11/2022
DECISÃO

Expedir12:00:53
Trata-se de Mandado de Segurança com pedido liminar impetrado por
ARAÚJO COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA ME e OUTROS, empresas qualificadas
nos autos em epígrafe, por meio de advogado devidamente habilitado, em face do

Mandado Notificação
SUPERINTENDENTE DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DA
FAZENDA DO ESTADO DE GOIÁS, ao qual buscam obter, em sede de liminar a
suspensão da exigibilidade dos débitos já lançados como DIFAL.
Aduziram as Impetrantes serem contribuintes do ICMS pelo regime do
simples nacional, estando imune, à luz do que preconiza a Constituição Federal e
Lei Complementar nº 123/02, ao pagamento da diferença entre a alíquota interna
utilizada pelo Estado de Goiás e a alíquota interestadual aplicável na aquisição
interestadual de mercadoria registrada à comercialização.
Afirmam ter o Estado de Goiás estendido, de forma totalmente ilegal, por
meio do Decreto nº 9.104/17, o sistema denominado DIFAL, aos optantes do
simples nacional, aumentando o valor a ser adimplido a título de ICMS e
modificado o sistema diferenciado de pagamento de tributos previsto para as
empresas submissas ao regime do simples.
Nesse linear, alegam que a mudança implementada pelo Decreto acima
mencionado viola a Constituição Federal (art. 146, III, “a”), que reserva à lei
complementar (e não decreto) dispor sobre normas gerais pertinentes aos
impostos previstos no texto constitucional, bem como o princípio constitucional da
não-cumulatividade e o tratamento diferenciado que confere empresas optantes
pelo Simples Nacional.
Asseveram ser relevante os argumentos expendidos e que a não
concessão da liminar irá acarretar-lhe enormes prejuízos.
Requereram autorização para o depósito judicial integral dos valores
apurados.
A inicial encontra-se amparada pelos documentos acostados no evento
de nº 01.
É o relatório.
Passo a decidir:
Como cediço, a Lei Complementar nº 123/06 instituiu o denominado

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 29/03/2019 09:39:57
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
Validação pelo código: 10463564047000258, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 09/04/2019 15:53:20
Assinado por ERICK BERNARDES ROCHA
Validação pelo código: 10433564049449759, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao
Processo: 12 :5144642.35.2019.8.09.0051
Juntada -> Petição
Arquivo 2 : decisaoconcedidaliminaredeposito.pdf

Usuário:
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimentos -> Mandado de Se
Valor: R$ 1.000,00
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 01/04/2019 09:51:10
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Mandado de Segurança (CF, Lei 12016/2009)
Valor:
regime unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos pelas

Bruna
Microempresas e pelas Empresas de Pequeno porte – optantes do simples

R$ Sthefany
nacional, com suporte na autorização emanada do artigo 146, III, “d”, da

1.000,00Macedo
Constituição Federal.
Portanto, o regramento quanto à forma e/ou sistemática de arrecadação
de tributos das empresas optantes do simples nacional é especial, só podendo ser

| Classificador:
instituído ou modificado por meio de lei complementar, como se extrai de forma
hialina do parágrafo único do artigo 146 da Carta Magna.

Silva - Data: 18/11/2022


No caso em testilha, ao que parece, o denominado DIFAL – sistema
diverso do previsto para os optantes do simples – foi instituído pelo Estado de
Goiás por meio de Decreto do Chefe do Executivo, situação que, de per si, tem o

Expedir12:00:53
condão de demonstrar a aparente ilegalidade da extensão da necessidade de
solver a diferença das alíquotas em relação à Impetrante.

Mandado Notificação
Ao que tudo indica, o Estado de Goiás, ao editar o referido Decreto
invadiu a esfera reservada à lei complementar, contrariando as regras
constitucionais atinentes ao regime especial do simples nacional.
Aliás, em situação análoga, o Excelso Pretório concedeu, no âmbito da
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN nº 93/2015), liminar para afastar dos
optantes do simples nacional a regra prevista no artigo 9º do Convênio de ICMS nº
93/2015 que instituiu o DIFAL.
Afigura-se presente na espécie, a meu sentir, portanto, ainda que em
razão de uma cognição apenas sumária, a razoabilidade/probabilidade do direito
suscitado pela Impetrante (fumus boni juris), sendo certo que a não concessão da
liminar poderá tornar inviável a sua atividade empresarial, causando-lhe deletérias
consequências, de difícil ou até mesmo impossível reparação (periculum in mora).
Diante do exposto, defiro, inaudita altera parte, a liminar requestada, para
o fim de determinar que a autoridade acoimada de coatora suspenda a
exigibilidade do imposto instituído pelo Decreto Estadual n° 9.104/2017, nos
termos do art. 151, IV, do CTN à Impetrante; e que o objeto da presente ação não
seja impeditivo à obtenção de certidão positiva com efeito de negativa, nos termos
do art. 206, do CTN.
Autorizo às impetrantes a realização do depósito judicial integral dos
valores apurados relativos ao imposto instituído pelo Decreto nº 9.104/2017, que
forem vencendo no curso da presente ação junto à instituição financeira,
garantindo assim o levantamento de eventuais diferenças favoráveis ao final do
processo.
Notifique-se a autoridade apontada como coatora para que preste suas
informações no decênio legal na forma do artigo 7º, I, da Lei n. 12.016/09.
Dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo,
ingresse no feito, nos termos da Lei n. 12.016/09.
Faculto o depósito judicial dos valores em discussão.
Esta decisão servirá de mandado para cumprimento da determinação nela

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
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Assinado por ERICK BERNARDES ROCHA
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao
Processo: 12 :5144642.35.2019.8.09.0051
Juntada -> Petição
Arquivo 2 : decisaoconcedidaliminaredeposito.pdf

Usuário:
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimentos -> Mandado de Se
Valor: R$ 1.000,00
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 01/04/2019 09:51:10
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Mandado de Segurança (CF, Lei 12016/2009)
Valor:
contida.

Bruna
R$ Sthefany
Intime-se.

1.000,00Macedo
Goiânia, data do sistema

| Classificador:
Silva - Data: 18/11/2022
Expedir12:00:53
Mandado Notificação
Gustavo Dalul Faria
Juiz de Direito
07

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 29/03/2019 09:39:57
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
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Assinado por ERICK BERNARDES ROCHA
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Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53
1. A movimentação: ( Autos Conclusos - P/ DECISÃO ) do dia
25/04/2019 12:09:39 não possui "Arquivos".
Autos Conclusos
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 13 : Autos Conclusos
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 14 : Decisão -> Outras Decisões
Arquivo 1 : _online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 01/08/2019 19:24:07
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 14 : Decisão -> Outras Decisões
Arquivo 1 : _online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 01/08/2019 19:24:07
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
Validação pelo código: 10433560073534155, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 14 : Decisão -> Outras Decisões
Arquivo 1 : _online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
DECISÃO

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por FIT COMERCIO E


LOCAÇÃO LTDA., empresa qualificada nos autos em epígrafe, por meio de
advogado devidamente habilitado, em face do SUPERINTENDENTE DE
CONTROLE E FISCALIZAÇÃO, no qual busca obter, em sede de liminar a
suspensão da exigibilidade dos débitos já lançados como DIFAL.
Aduz a Impetrante ser contribuinte do ICMS pelo regime do simples
nacional, estando imune, à luz do que preconiza a Constituição Federal e Lei
Complementar nº 123/02, ao pagamento da diferença entre a alíquota interna
utilizada pelo Estado de Goiás e a alíquota interestadual aplicável na aquisição
interestadual de mercadoria registrada à comercialização.
Afirma ter o Estado de Goiás estendido, de forma totalmente ilegal, por
meio do Decreto nº 9.104/17, o sistema denominado DIFAL, aos optantes do
simples nacional, aumentando o valor a ser adimplido a título de ICMS e
modificado o sistema diferenciado de pagamento de tributos previsto para as
empresas submissas ao regime do simples.
Nesse linear, alega que a mudança implementada pelo Decreto acima
mencionado viola a Constituição Federal (art. 146, III, “a”), que reserva à lei
complementar (e não decreto) dispor sobre normas gerais pertinentes aos
impostos previstos no texto constitucional, bem como o princípio constitucional da
não-cumulatividade e o tratamento diferenciado que confere empresas optantes
pelo Simples Nacional.
Assevera ser relevante os argumentos expendidos e que a não
concessão da liminar irá acarretar-lhe enormes prejuízos.
A inicial encontra-se amparada pelos documentos acostados no evento
de nº 01.
Diante do pedido de reconsideração (ev. 12) da decisão proferida em
evento nº 4 e consequentemente da decisão de evento nº 9, conforme
entendimento deste Juízo passo a analisar o pleito de reconsideração, a fim de
proferir nova decisão liminar.
Passo a decidir:
Como cediço, a Lei Complementar nº 123/06 instituiu o denominado
regime unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos pelas

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 01/08/2019 19:24:07
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
Validação pelo código: 10433560073534155, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 14 : Decisão -> Outras Decisões
Arquivo 1 : _online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Microempresas e pelas Empresas de Pequeno porte – optantes do simples
nacional, com suporte na autorização emanada do artigo 146, III, “d”, da
Constituição Federal.
Portanto, o regramento quanto à forma e/ou sistemática de arrecadação
de tributos das empresas optantes do simples nacional é especial, só podendo ser
instituído ou modificado por meio de lei complementar, como se extrai de forma
hialina do parágrafo único do artigo 146 da Carta Magna.
No caso em testilha, ao que parece, o denominado DIFAL – sistema
diverso do previsto para os optantes do simples – foi instituído pelo Estado de
Goiás por meio de Decreto do Chefe do Executivo, situação que, de per si, tem o
condão de demonstrar a aparente ilegalidade da extensão da necessidade de
solver a diferença das alíquotas em relação à Impetrante.
Ao que tudo indica, o Estado de Goiás, ao editar o referido Decreto
invadiu a esfera reservada à lei complementar, contrariando as regras
constitucionais atinentes ao regime especial do simples nacional.
Aliás, em situação análoga, o Excelso Pretório concedeu, no âmbito da
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN nº 93/2015), liminar para afastar dos
optantes do simples nacional a regra prevista no artigo 9º do Convênio de ICMS nº
93/2015 que instituiu o DIFAL.
Afigura-se presente na espécie, a meu sentir, portanto, ainda que em
razão de uma cognição apenas sumária, a razoabilidade/probabilidade do direito
suscitado pela Impetrante (fumus boni juris), sendo certo que a não concessão da
liminar poderá tornar inviável a sua atividade empresarial, causando-lhe deletérias
consequências, de difícil ou até mesmo impossível reparação (periculum in mora
).Diante do exposto, defiro, inaudita altera parte, a liminar requestada, para o fim
de determinar que a autoridade acoimada de coatora suspenda a exigibilidade do
imposto instituído pelo Decreto Estadual n° 9.104/2017, nos termos do art. 151, IV,
do CTN à Impetrante, e que o objeto da presente ação não seja impeditivo à
obtenção de Certidão Positiva com Efeito de Negativa, nos termos do art. 206, do
CTN.
Autorizo à impetrante a realização do depósito judicial integral dos valores
apurados relativos ao imposto instituído pelo Decreto nº 9.104/2017, que forem
vencendo no curso da presente ação junto à instituição financeira, garantindo
assim o levantamento de eventuais diferenças favoráveis ao final do processo.
Esta decisão tem força de mandado.
Notifique-se a autoridade apontada como coatora para que preste suas
informações no decênio legal na forma do artigo 7º, I da Lei n. 12.016/09.
Dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo,
ingresse no feito, nos termos do inciso II, art. 7º da citada lei.
Se as informações vierem acompanhadas de documentos, diga a parte
impetrante, em 05 (cinco) dias.
Cumpridos os itens supra, manifeste-se a(o) representante do Ministério

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 01/08/2019 19:24:07
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
Validação pelo código: 10433560073534155, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 14 : Decisão -> Outras Decisões
Arquivo 1 : _online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Público (art. 12 da Lei n. 12.016/09), e, após, sejam os autos remetidos à
conclusão.

Goiânia, data do sistema.

Gustavo Dalul Faria


Juiz de Direito
07

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 01/08/2019 19:24:07
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
Validação pelo código: 10433560073534155, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 15 : Intimação Efetivada

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Intimação Efetivada
1. A movimentação: ( Intimação Efetivada - A ser publicada
no Diário Eletrônico nos próximos 2 (dois) dias úteis - FIT
COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA - Polo Ativo (Referente à
Mov. Decisão - ) ) do dia 01/08/2019 19:24:07 não possui
"Arquivos".
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 16 : Mandado Expedido
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Estado de Goiás
Poder Judiciário
Comarca de Goiânia
Goiânia - 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual
Avenida Olinda esquina com Avenida PL 3, Qd. G, Lt. 04, Park Lozandes, CEP 74884-120

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO
Processo nº 5348446.61.2018.8.09.0051
Primeiro Nome Identidade CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA --
promovente
Identidad CPF/CNP
Nome
Promovido(s) e J
SUPERINTENDENTE DE CONTROLE E
--
FISCALIZAÇÃO

Estado De Goias
Endereço:
Logradouro:Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira
Número:3
Litisconsorte Complemento:PGE
Bairro:SETOR CENTRAL
Cidade:GOIÂNIA
Estado:Goiás
CEP:74003010
Tipo de Ação Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Tipo de
Off-Line Valor da Causa: 1.000,00
Citação
Juiz Gustavo Dalul Faria

O(A) Douto(a), Gustavo Dalul Faria, Juiz(a) de Direito, da 2ª Vara da Fazenda Pública
Estadual da Comarca de Goiânia, Estado de Goias, manda que se proceda a cientificação do
Representante Legal do(a) promovido(a), nos moldes do Art. 7º inc. II da Lei nº 12.016/2009, para
querendo, ingressar no feito, para o que lhe remeto o código de acesso para conhecimento do
conteúdo do processo.

DECISÃO: "...Dê-se ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica


interessada, enviando-lhe cópia da inicial, sem documentos, para que, querendo, ingresse
no feito, nos termos do inciso II, do art. 7º, da citada lei...Goiânia, data do sistema.
GUSTAVO DALUL FARIA, Juiz de Direito."

Ilmo(a). Sr(a).
REPRESENTANTE LEGAL DO ESTADO DE GOIÁS

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 02/08/2019 13:15:59
Assinado por PAULO HENRIQUE CHAGAS DIAS
Validação pelo código: 10443566073519887, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 16 : Mandado Expedido
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Observação: Este processo tramita através do sistema computacional Processo Judicial Digital, cujo endereço
na web é http://www.tj.go.gov.br/projudi/. Para se cadastrar neste sistema os advogados serão habilitados,
obrigatoriamente, por meio de certificado digital (padrão A3 – ICP Brasil), podendo ser acessado pelo link
disponível na tela inicial do sistema. (Art. 9º, II, da Resolução 59 de 04/07/2016).

Os documentos para audiência (procuração, carta de preposição, contestação, substabelecimento e atos


constitutivos) deverão ser trazidos em formato digital (Pen Drive) em arquivos com no máximo 2MB, EM
FORMATO PDF, bem como a documentação impressa ou original.

ATENÇÃO: Para ter acesso aos autos do processo eletrônico, a parte deverá acessar o site do Tribunal de
Justiça, usando o Mozilla Firefox como navegador, clicar na opção PROCESSO DIGITAL, clicar no ícone
consulta processo por código e alimentar o Sistema com o número do processo e o Código de acesso em
anexo.

Goiânia, 2 de agosto de 2019.

PAULO HENRIQUE CHAGAS DIAS


Analista Judiciário
(Documento assinado digitalmente)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 02/08/2019 13:15:59
Assinado por PAULO HENRIQUE CHAGAS DIAS
Validação pelo código: 10443566073519887, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53
(Referente à Mov. Mandado Expedido - 02/08/2019 13:15:59)
1. A movimentação: ( Intimação Expedida - On-line para

) do dia 02/08/2019 13:16:14 não possui "Arquivos".


Advgs. de Estado De Goias - Litisconsorte Passivo
Intimação Expedida
Movimentacao 17 : Intimação Expedida
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 18 : Ofício(s) Expedido(s)
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Estado de Goiás
Poder Judiciário
Comarca de Goiânia
Goiânia - 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual
Avenida Olinda esquina com Avenida PL 3, Qd. G, Lt. 04, Park Lozandes, CEP 74884-120

Ofício de Notificação Mandado de Segurança


Processo nº5348446.61.2018.8.09.0051 Mandado nº 190789354
Primeiro Nome Identidade CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA --
promovente
Nome Identidade CPF/CNPJ
SUPERINTENDENTE DE
CONTROLE E --
FISCALIZAÇÃO
Endereço:
Promovido(s) Logradouro: Avenida Vereador José Monteiro
Número: 2233
complemento:Bloco - A
Bairro: SETOR NOVA VILA
Cidade:GOIÂNIA
Estado:Goiás
Tipo de Ação Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Tipo de Ofício Off-Line Valor da Causa: 1.000,00
Juiz Gustavo Dalul Faria

Ilmo(a). Sr(a).

Através do presente, fica Vossa Senhoria/Excelência notificado a prestar


informações que julgar necessárias, no prazo de 10 (dez) dias, conforme a Lei nº 12.016/2009,
bem como intimado a dar cumprimento a decisão, proferida nos autos em referência, para o que
lhe remeto o código de acesso ao processo digital.

Atenciosamente,

Ilmo(a). Sr(a).
SUPERINTENDENTE DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

OBS: Na resposta, favor mencionar o número do processo supramencionado

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 02/08/2019 13:21:20
Assinado por PAULO HENRIQUE CHAGAS DIAS
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 18 : Ofício(s) Expedido(s)
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Observação: Este processo tramita através do sistema computacional Processo Judicial Digital, cujo endereço
na web é http://www.tj.go.gov.br/projudi/. Para se cadastrar neste sistema os advogados serão habilitados,
obrigatoriamente, por meio de certificado digital (padrão A3 – ICP Brasil), podendo ser acessado pelo link
disponível na tela inicial do sistema. (Art. 9º, II, da Resolução 59 de 04/07/2016).

Os documentos para audiência (procuração, carta de preposição, contestação, substabelecimento e atos


constitutivos) deverão ser trazidos em formato digital (Pen Drive) em arquivos com no máximo 2MB, EM
FORMATO PDF, bem como a documentação impressa ou original.

ATENÇÃO: Para ter acesso aos autos do processo eletrônico, a parte deverá acessar o site do Tribunal de
Justiça, usando o Mozilla Firefox como navegador, clicar na opção PROCESSO DIGITAL, clicar no ícone
consulta processo por código e alimentar o Sistema com o número do processo e o Código de acesso em
anexo.

Goiânia, 2 de agosto de 2019.

PAULO HENRIQUE CHAGAS DIAS


Analista Judiciário
(Documento assinado digitalmente)

Guia nº 1093315-8/50
Locomoção..........................................R$ 69,25
Oficial de Justiça Conta Vinculada.…..R$ 21,00
Locomoção de Penhora...................…R$
Locomoção de Avaliação.................... R$

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por PAULO HENRIQUE CHAGAS DIAS
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Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:53
1. A movimentação: ( Intimação Lida - Automaticamente para

(02/08/2019 13:15:59)) ) do dia 12/08/2019 03:00:11 não


Estado De Goias (Referente à Mov. Mandado Expedido
Intimação Lida

possui "Arquivos".
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 19 : Intimação Lida
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 20 : Ofício Efetivado
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 20 : Ofício Efetivado
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Valor: R$ 1.000,00

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Assinado por LUDIMILA EVARISTO MACHADO
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 21 : Juntada -> Petição -> Contestação
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PROCURADORIA SETORIAL NA SECRETARIA DA ECONOMIA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAZENDA


PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE GOIÂNIA – GO

Número do Processo: 5348446.61.2018.8.09.0051


Impetrante: FIT COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA
Impetrado: SUPERINTENDENTE DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA
SECRETARIA DA ECONOMIA DO ESTADO DE GOIÁS1

O ESTADO DE GOIÁS, pessoa jurídica de direito público interno, via


procurador do Estado signatário, detentor de mandato constitucional, vem, respeitosamente,
apresentar MANIFESTAÇÃO no mandado de segurança acima indicado, com fulcro no
artigo 7º, II, da Lei Federal nº 12.016/2009, aduzindo, para tanto, os fatos e argumentos a
seguir expostos.

1. DA LIDE

Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, em que a parte


impetrante almeja deixar de recolher o ICMS correspondente à diferença entre a alíquota
interna e a interestadual na aquisição interestadual de mercadoria destinada à
comercialização ou produção rural efetivada por contribuinte optante pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições - Simples Nacional, inclusive o
Microempreendedor Individual – MEI, imposta pelo Decreto Estadual nº 9.104, de 05 de
dezembro de 2017, com fundamento na alínea “h”, do inciso XIII, do §1º, do art. 13, da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Aduz que a cobrança do diferencial de alíquotas (DIFAL) de ICMS


restringe-se às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final
(aquele que retira o produto do mercado e o utiliza em proveito próprio, inclusive
quando a própria empresa optante pelo Simples adquire como consumidora). Para tanto

1
Lei n. 17.257/11:
Art. 2º Ficam introduzidas as seguintes modificações na organização administrativa do Poder Executivo: [...]
II – a Secretaria de Estado da Fazenda passa a denominar-se Secretaria de Estado da Economia; - Redação dada pela Lei nº 20.417, de 06-02-2019.

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Movimentacao 21 : Juntada -> Petição -> Contestação
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invoca os incisos VII e VIII do § 2º do art. 155 da CF.

Alega que a cobrança do DIFAL para optante pelo SIMPLES está eivada
de vícios de inconstitucionalidade por afrontar o princípio do tratamento diferenciado às
micro e pequenas empresas (art. 146, III, ‘d’), da não-cumulatividade e da reserva de lei
complementar.

Por fim, com base em tais premissas, conclui que o Decreto n. 9.104/2017
não possui respaldo legal ao implementar cobrança do diferencial de alíquotas nas
hipóteses de aquisição de mercadorias destinadas à comercialização ou produção rural,
ou seja, que a Constituição Federal permite a cobrança da alíquota interestadual apenas nas
operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, o que deve ser
igualmente aplicado para as empresas optantes pelo regime do Simples Nacional.

Pelas razões expostas, pleiteia, liminarmente, a suspensão da exigibilidade


do DIFAL (Decreto estadual nº 9.104/2017), com a confirmação da segurança em sede de
mérito.

Liminar deferida.
É o breve resumo dos fatos.

Em anexo termo de ratificação da autoridade impetrada à presente


defesa, em atendimento ao disposto no art. 6º, §3º, da Lei n. 12.016/09 (ANEXO I).

2 – PREAMBULARMENTE – POR CAUTELA - SUSPENSÃO DO FEITO ATÉ O


JULGAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 970.821 PELO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL

Pretende a Impetrante impedir a aplicação do Decreto estadual nº 9.104/17


e do inciso XIII, do §1º, do art. 13, da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006,
art. na parte que versa sobre a instituição do DIFAL/ICMS - Diferencial de Alíquotas do
ICMS nas aquisições interestaduais de mercadorias destinadas à comercialização por
empresas optantes pelo Simples Nacional.

Nada obstante, diante da implementação do mesmo instituto de

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diferenciação de alíquotas de ICMS pelos optantes do Simples Nacional pelo Estado do Rio
Grande do Sul, a empresa Jefferson Schneider de Barros & Cia Ltda. – ME propôs demanda
contra o ente estadual, que prosseguiu até o Supremo Tribunal Federal, por meio do Recurso
Extraordinário 970.821, que teve Repercussão Geral declarada pelo STF, em Despacho
assinado pelo Relator, Ministro Edson Fachin, que determinou ainda, a suspensão do
processamento dos feitos pendentes que versem sobre a questão e tramitem no território
nacional, em obediência ao art. 1.035, §5°, do Código de Processo Civil.

Eis a Certidão de Julgamento da Sessão Ordinária de 07/11/2018:

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, rejeitou a preliminar de


prejudicialidade e conheceu do recurso extraordinário. Na sequência, após
o voto do Ministro Edson Fachin, Relator, que desprovia o recurso; e dos
votos dos Ministros Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Cármen Lúcia
e Ricardo Lewandowski, que lhe davam provimento, pediu vista dos autos
o Ministro Gilmar Mendes. Não participou, justificadamente, deste
julgamento, a Ministra Rosa Weber. Falaram: pelo recorrente, o Dr. Paulo
Antônio Caliendo; pelo recorrido, o Dr. Tanus Salim, Procurador do
Estado do Rio Grande do Sul; e, pelo amicus curiae Federação do
Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul, o Dr.
Rafael Pandolfo. Presidência do Ministro Dias Toffoli. Plenário,
7.11.2018.

Sendo assim, formula-se neste ato, o pedido de suspensão do julgamento


do presente feito, até ulterior decisão de mérito do Recurso Extraordinário 970.821 pela
Suprema Corte, nos moldes do supracitado art. 1.035, §5°, do CPC.

3. PRELIMINARES

3.1 IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO/RESTITUIÇÃO DE VALORES VIA


MANDADO DE SEGURANÇA

Ao requerer a concessão da segurança, a parte impetrante pugna ainda que


seja assegurado à compensação de créditos tributários indevidamente pagos.

É sabido que o Mandado de Segurança não se presta a pedidos de restituição


e/ou de compensação de tributos recolhidos com suposto indébito.

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O Mandado de Segurança não é substitutivo de ação de cobrança,


conforme Súmula 269 do STF:

SÚMULA 269 - O MANDADO DE SEGURANÇA NÃO É SUBSTITUTIVO DE AÇÃO DE


COBRANÇA.

Registre-se, em primeiro lugar, que o pedido de compensação no presente


mandamus tem caráter de restituição, por se tratar de pretensão patrimonial pretérita.

Em segundo lugar, sob o viés processual, tais pedidos não podem ser objeto
de Mandado de Segurança, pois o uso deste remédio não se presta a pretensões de ordens de
pagamento (sentença condenatória), mas apenas a autorização para a compensação (sentença
declaratória), quando juridicamente possível, o que também não é o caso, como se verá.

Ocorre que no caso da compensação, o direito só poderia, no âmbito do


Mandado de Segurança, ser exercido no futuro, jamais em relação ao passado. Ou seja, não se
pode pedir, pela via do Mandado de Segurança, compensação de créditos acumulados no
passado, só os que forem gerados depois do ajuizamento da ação.

A compensação de tributos pagos supostamente a mais antes do ajuizamento


da ação não é possível, por ter caráter condenatório.

Neste sentido é a inteligência da Súmula 271 - STF: “a concessão de


mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, os
quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria".

Por outro lado, como no Mandado de Segurança as provas devem ser pré-
constituídas, não se admitindo produção de provas no curso do feito, não há cabimento de
pedido de compensação, já que todo o crédito deve estar comprovado com documentos e as
provas pré-constituídas só podem se referir ao passado (restituição).

Ademais, há necessidade de se comprovar, no Mandado de Segurança, o


direito líquido e certo aos créditos, assim como a comprovação de ato concreto obstativo da
pretensa compensação, o que inexiste nos autos.

Ainda, é indispensável prova pré-constituída específica quando, ao pedido de


compensação, a impetração adiciona pedido de juízo sobre os elementos da própria
compensação, ou seja, o reconhecimento do indébito tributário (que será a base para a operação

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de compensação), acréscimos de juros e correção monetária sobre ele incidente e inexistência


de prescrição do direito de compensar.

Haveria, se atendida fosse a pretensão, um uso promíscuo da ação especial


para impor obrigação de não fazer com efeitos pretéritos.

Em síntese: do ponto de vista processual não se pode usar, no Mandado


de Segurança, créditos do passado, nem do futuro, para pedidos de compensação. Os do
passado caracterizam restituição. Os do futuro dependem de prova pré-constituída. A via
possível é outra (ordinária), não a do mandamus.

Ainda, no âmbito do Estado de Goiás, inexiste lei específica que, a teor do


art. 170 do CTN, preveja a compensação de tributos estaduais. Sem a lei específica a que se
refere o Código Tributário Nacional, impossível se nos afigura a compensação pretendida.

Nesse sentido, vale transcrever o entendimento do Tribunal de Justiça do


Estado de Goiás:

MANDADO DE SEGURANÇA. LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA. INTERESSE


PROCESSUAL. DECADÊNCIA NÃO OCORRÊNCIA. PROVA PRÉ-
CONSTITUÍDA. INCIDÊNCIA DO ICMS APENAS SOBRE A ENERGIA ELÉTRICA
EFETIVAMENTE CONSUMIDA. COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA.
IMPOSSIBILIDADE. RESTITUIÇÃO. PERÍODO PRETÉRITO À
IMPETRAÇÃO. IMPROPRIEDADE DO MANDAMUS. [...]. 6- Mostra-se
inviável a declaração do direito à compensação tributária ante a inexistência de
legislação estadual autorizadora. Precedentes do STJ. 7- A restituição dos valores
do ICMS pagos indevidamente deve ser postulada administrativamente ou pela via
judicial própria, mediante comprovação do pagamento indevido a ser restituído,
especialmente quando a pretensão inaugural abrange período pretérito à
impetração (Súmula nº. 271/ STF) e o mandamus não é substitutivo da ação de
cobrança (Súmula nº. 269/STF). SEGURANÇA PARCIALMENTE CONCEDIDA.
(TJGO, MANDADO DE SEGURANCA 255565-80.2016.8.09.0000, Rel. DES. ALAN
S. DE SENA CONCEICAO, 5A CAMARA CIVEL, julgado em 26/01/2017, DJe 2203
de 03/02/2017) (grifado).

Ainda, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás já pacificou o


entendimento de não ser possível a compensação de créditos tributários por meio de mandado
de segurança, verbis:

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MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO TRIBUTÁRIO. ICMS. POTÊNCIA


ELÉTRICA. DEMANDA CONTRATADA E NÃO UTILIZADA. PRELIMINARES DE
INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA E DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AFASTADAS.
INCIDÊNCIA SOBRE O VALOR DA DEMANDA CONTRATADA DE POTÊNCIA.
IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS. (...) IV - Nos termos da
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a extinção do crédito tributário
mediante compensação somente é possível se houver lei autorizativa na esfera
estadual. V - Ademais, ainda que assim não fosse, o exame dos créditos a serem
compensados ensejaria dilação probatória, o que é vedado na via estreita do
Mandado de Segurança, devendo ser proposta a ação própria. SEGURANÇA
PARCIALMENTE CONCEDIDA. (TJGO, MANDADO DE SEGURANCA 186033-
53.2015.8.09.0000, Rel. DR(A). ROBERTO HORACIO DE REZENDE, 1A
CAMARA CIVEL, julgado em 12/01/2016, DJe 1953 de 22/01/2016).

Portanto, ausente o direito líquido e certo alegado, sendo vedada a produção de


efeitos patrimoniais em relação à período pretérito ao do ajuizamento do mandado de segurança,
ausente a efetiva comprovação de suposto recolhimento feito indevidamente ou a maior,
inexistindo lei específica para fins de declaração do direito à compensação tributária, e, sendo
inviável a declaração de direito a repetição de indébito pela via do mandado de segurança, deve
também nesse ponto ser denegado o pedido de ordem.

3.2 DECADÊNCIA

Embora suscitada neste tópico, as razões relativas à decadência para o direito


à impetração do mandamus estão expostas no mérito, como decorrência argumentativa cuja
compreensão pode ficar prejudicada com a síntese ora apresentada.

É que a exigência do DIFAL para o SIMPLES preexistia ao Decreto 9.104/17,


pois fora imposta pela LC 123/2006. Como será explicado adiante, o Estado poderia optar por
isentar o contribuinte desta imposição. É o que foi feito por decreto estadual. Ocorre que o
decreto estadual não tinha o condão de suspender o prazo decadencial para insurgência, via
mandado de segurança, contra sua imposição, porquanto a lesão ou ameaça de lesão já estava
configurada e assim permaneceu.

Pede-se vênia para que razões melhores explicativas sejam reportadas alhures
no mérito, evitando-se a repetitividade.

Concluir-se-á, pois, que é tardia a impetração do mandamus, porquanto

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ultrapassados, há muito tempo, os 120 dias previsto em lei. Destarte, operou-se a decadência
do direito à impetração do mandado de segurança.

4. MÉRITO

4.1 – DAS RAZÕES PARA DENEGAÇÃO DA SEGURANÇA

Inicialmente cabe salientar que o Mandado de Segurança requer a


demonstração, de plano, de direito líquido e certo. Com efeito, o saudoso Hely Lopes
Meirelles, in Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública, Mandado de
Injunção, “Habeas Data”, 16ª edição, Editora Malheiros, página 28, asseverava com maestria
sobre o conceito de direito líquido e certo, in verbis:

“Direito líquido e certo é o que se apresenta manifesto na sua existência,


delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração.
Por outras palavras, o direito invocado, para ser amparável por mandado de
segurança, há de vir expresso em norma legal e trazer em si todos os requisitos
e condições de sua aplicação ao impetrante: se sua existência for duvidosa; se
sua extensão ainda não estiver delimitada; se seu exercício depender de situações
e fatos ainda indeterminados, não rende ensejo à segurança, embora possa ser
defendido por outros meios judiciais”

Pretende a impetrante seja instada a autoridade impetrada a se abster de


exigir o ICMS correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual na
aquisição interestadual de mercadoria destinada à comercialização ou produção rural
efetivada por contribuinte optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de
Tributos e Contribuições - Simples Nacional, inclusive o Microempreendedor Individual –
MEI, imposta pelo Decreto Estadual nº 9.104, de 05 de dezembro de 2017, com
fundamento na alínea “h”, do inciso XIII, do §1º, do art. 13, da Lei Complementar nº 123,
de 14 de dezembro de 2006.

Argumenta que o referido Decreto e mencionada Lei Complementar


teriam criado nova hipótese de incidência do diferencial de alíquotas; estariam em
desconformidade com o princípio da não cumulatividade, bem como teriam aumentado a
carga tributária de ICMS para o optante pelo regime criando um regime de duplo

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recolhimento.

A Lei Complementar nº 123/06, instituiu o Regime Especial Unificado de


Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte – Simples Nacional, prevendo o pagamento de diversos tributos por meio de
um único documento de arrecadação, dentre eles o ICMS.

É cediço que o ICMS é um tributo não-cumulativo, nos termos do art.


155, §2°, inciso I da Constituição Federal, implementado pela sistemática de débito e
crédito, de maneira que o ICMS devido na operação de saída realizada pelo contribuinte
é deduzido do ICMS destacado no documento fiscal correspondente à entrada, seja esta
interna ou interestadual.

Na qualidade de princípio, um dos valores perseguidos pela não


cumulatividade é a neutralidade fiscal, característica do ICMS, sendo irrelevante para o
adquirente se a aquisição de mercadorias é feita no mercado interno de determinado Estado
ou em operação interestadual.

A Resolução nº 22/1989 do Senado Federal estabeleceu a alíquota de


ICMS aplicável nas operações interestaduais no percentual de 12% (doze por cento),
excepcionando as operações provenientes de Estados das Regiões Sul ou Sudeste, exceto
Espírito Santo, com destino a Estados das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Distrito
Federal ou ao Estado do Espírito Santo, para as quais a alíquota aplicável é de 7% (sete por
cento).

Feito o registro, anexamos a esta manifestação o Parecer nº 006/2018-


GNRE da Gerência de Normas e Regimes Especiais da Secretaria de Estado da Fazenda, no
qual é apresentada exemplificação que lança luz sobre a questão, ora reproduzida:

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Registre-se, acerca do opinativo reproduzido acima, que houve alteração


na fórmula, sem, porém, prejudicar a exemplificação feita, ou seja, tomada por empréstimo
a situação do contribuinte que tenha optado pela não utilização do benefício fiscal de redução
de base de cálculo. O Decreto nº 9.162, de 16 de fevereiro de 2018 trouxe as seguintes
alterações ao artigo 3º do Decerto 9.104/2017:

Art. 3º O valor do ICMS correspondente ao diferencial de alíquotas - DIFAL (Simples Nacional) - de que trata
o art. 1º deve ser obtido por meio das seguintes fórmulas: - Redação dada pelo Decreto nº 9.162, de 16-02-
2018.
Art. 3º O valor do ICMS correspondente ao diferencial de alíquotas - DIFAL (Simples Nacional) - de que trata
o art. 1º deve ser obtido por meio da seguinte fórmula:
I - se o contribuinte optar pela utilização do benefício fiscal referido no inciso I do art. 2º:- Acrescido pelo
Decreto nº 9.162, de 16-02-2018.
a) nas aquisições interestaduais submetidas à alíquota de 4% (quatro por cento):
- Acrescido pelo Decreto nº 9.162, de 16-02-2018.

- Acrescido pelo Decreto nº 9.162, de 16-


02-2018.

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b) nas demais aquisições interestaduais: - Acrescido pelo Decreto nº 9.162, de 16-02-2018.

- Acrescido pelo Decreto nº 9.162, de 16-


02-2018.

II - se o contribuinte optar pela não utilização do benefício fiscal referido no inciso I do art. 2º: - Acrescido
pelo Decreto nº 9.162, de 16-02-2018.

- Redação dada pelo Decreto nº 9.162, de 16-02-2018.

Onde:
I - DIFAL (Simples Nacional) = valor do diferencial de alíquotas devido nas aquisições interestaduais de
mercadorias por empresa optante pelo Simples Nacional;
II - V oper = valor da operação interestadual, acrescido dos valores correspondentes a seguro, impostos,
contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda que por terceiros;
III - AICMS INTRA = coeficiente correspondente à alíquota interna aplicável à mercadoria; - Redação dada pelo
Decreto nº 9.162, de 16-02-2018.
III - CTICMS INTRA = coeficiente correspondente à alíquota interna ou ao percentual de carga tributária efetiva,
quando este for inferior à alíquota interna e for permitida sua utilização;
IV - AICMS INTER = alíquota aplicável para as operações interestaduais destinadas ao Estado de Goiás.
§ 1º Não integra o valor da operação interestadual - Voper - do DIFAL (Simples Nacional) o montante do:-
Redação dada pelo Decreto nº 9.235, de 30-05-2018.
§ 1º Não integra o valor da operação interestadual - Voper - do DIFAL (Simples Nacional) o montante do
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI -.
I - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI;- Acrescido pelo Decreto nº 9.235, de 30-05-2018.
II – frete.- Acrescido pelo Decreto nº 9.235, de 30-05-2018.
§ 2º A alíquota prevista para as operações e prestações interestaduais prevalece para fins de obtenção do DIFAL
(Simples Nacional), ainda que:
I - no Estado ou Distrito Federal de origem, as operações estejam contempladas com redução da base de cálculo
ou isenção do ICMS;
II - o remetente seja optante pelo Simples Nacional.
§ 3º A opção por utilizar ou não o benefício fiscal em determinada operação correspondente à aquisição
independe de quaisquer formalidades e pode ser feita individualmente por espécie de mercadoria.- Acrescido
pelo Decreto nº 9.162, de 16-02-2018.
§ 4º Se, na Nota Fiscal Eletrônica - NF-e correspondente à aquisição houver mercadorias sujeitas à alíquotas
distintas na operação interna e for impossível atribuir os valores dos acréscimos referidos no inciso II,
individualmente a cada mercadoria, a atribuição deve ser feita na proporção que o valor de cada mercadoria
representar no valor total da nota.- Acrescido pelo Decreto nº 9.162, de 16-02-2018.

A Lei Complementar nº 123/06 assim dispõe:

Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo


Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos
relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.

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Dessa forma, a LC 123/2006 afastou o princípio da não-cumulatividade


e, mediante o dispositivo acima, foi criado diferencial competitivo para o contribuinte
estabelecido no Sul/Sudeste, pois o ICMS incidente sobre o valor da operação passou a fazer
parte do custo de aquisição da mercadoria.

Assim, o Decreto n° 9.104/17 não contrariou o princípio da não-


cumulatividade, pois este fora afastado pela própria Lei Complementar aplicável.

Diante dessa situação, o legislador complementar estabeleceu hipótese de


incidência do ICMS nessas aquisições interestaduais, reestabelecendo a neutralidade do
ICMS nessas operações efetivadas por empresa beneficiária do Simples Nacional,
conforme consta do art. 13, §1°, inciso XIII, alínea “h”.

Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento


único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:
(...)
§ 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos
seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou
responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às
demais pessoas jurídicas:
(...)
XIII - ICMS devido:
(...)
h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou
mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do
imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;

Portanto, a cobrança do ICMS correspondente à diferença entre a


alíquota interna e a interestadual não é opcional para o Estado, pois essa hipótese não
está abrangida pelo Simples Nacional.

Decorre da disposição da LC reproduzida acima (alínea “h”) que o


diferencial de alíquotas para o Simples Nacional foi alargado em relação ao diferencial
aplicável aos contribuintes que apurem o ICMS pelo regime normal, para equilibrar,
em termos de carga tributária, aquisições internas e interestaduais efetuadas por
empresa optante pelo Simples Nacional.

Para o contribuinte que apura o ICMS pelo regime normal, a cobrança do

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DIFAL restringe-se às aquisições destinadas ao uso, consumo ou integração ao ativo


imobilizado do estabelecimento.

Já para o optante pelo Simples Nacional, o DIFAL não se restringe a tais


aquisições, porém, alcança as aquisições destinadas à comercialização, cuja imposição
decorre do necessário equilíbrio de carga tributária entre as aquisições internas e
interestaduais.

O Estado que pretendesse afastar a cobrança desse diferencial de


alíquotas deveria afastar a cobrança, por meio do instituto da isenção. E foi o que o
Estado de Goiás fizera, ou seja, por meio do art. 2º, inciso XII, da Lei estadual nº
13.453/99, acrescido pela Lei nº 16.847, de 28 de dezembro de 2009, afastara a cobrança
desse diferencial de alíquotas via isenção:

Art. 2º Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado, na forma limites e


condições que estabelecer, a conceder:
(...)
XII – isenção do ICMS relativo à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual devido nas aquisições interestaduais de bens ou
mercadorias, exceto os destinados ao uso, consumo ou ativo imobilizado,
realizadas por empresa optante pelo Simples Nacional.
Constata-se que as aquisições destinadas ao uso, consumo ou ativo
imobilizado pelo optante do Simples Nacional permaneceram submetidas ao diferencial de
alíquotas.

Note-se que a empresa optante se submete ao diferencial de alíquotas


por força do art. 13, § 1°, inciso XIII, alínea “h”, da Lei Complementar 123/06 e não
em virtude da legislação interna do Estado de Goiás.

O Decreto estadual nº 7.078/10 isentara a empresa optante pelo


Simples Nacional da cobrança do diferencial de alíquotas previsto na Lei Complementar.
Portanto, o Decreto nº 9.104/17 não instituiu nova hipótese de incidência do ICMS,
somente afastou a exclusão da cobrança, ou seja, restabeleceu imposição tributária
preexistente, pedindo permissão para a redundância de termos.

E neste ponto e contexto da discussão cumpre reportar à PRELIMINAR


DE DECADÊNCIA do direito à impetração do mandamus. É que a exigência do DIFAL

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para o SIMPLES preexistia ao Decreto 9.104/17, criada pela LC 123/2006. A superveniência


da isenção por decreto estadual não tinha o condão de suspender o prazo decadencial para
insurgência, via mandado de segurança, contra sua imposição, porquanto a lesão ou ameaça
de lesão já estava configurada e assim permaneceu.

Logo, é tardia a impetração do mandamus, porquanto ultrapassados, há


muito, os 120 dias previsto em lei. Destarte, operou-se a decadência do direito à impetração
do mandado de segurança.

Fechando-se os parênteses sobre a preliminar e retomando a linha


argumentativa quanto ao propósito e legalidade do DIFAL, resta evidente que o Decreto em
contestação visou equilibrar, em termos de competitividade, o contribuinte estabelecido
no Sul/Sudeste com o aqui localizado. Levou em conta ainda, os benefícios fiscais
aplicáveis às operações internas destinadas ao optante pelo Simples Nacional. Cumpre,
portanto, o disposto na legislação nacional, na exata medida da desigualdade de
competitividade decorrente da diferença entre a alíquota ou carga tributária internas e a
alíquota interestadual.

O Decreto, por consectário, não cria nova hipótese de incidência de


diferencial de alíquotas, por estar a incidência prevista no art. 13, §1°, inciso XIII,
alínea “h”, da Lei Complementar nº 123/06; equilibra a carga tributária de ICMS nas
aquisições internas ou interestaduais efetuadas por optante pelo Simples Nacional, de modo
a preservar a competitividade do contribuinte goiano que efetue venda a empresa optante
pelo referido regime e não contraria o princípio da não-cumulatividade, por não se
aplicar ao optante do Simples Nacional.

Nesse sentido, posicionou-se o Superior Tribunal de Justiça, no


Recurso Especial nº 1.193.911 – MG (2010/0084018-0), relatado pelo Ministro Herman
Benjamin:

TRIBUTÁRIO. SIMPLES NACIONAL. AQUISIÇÃO INTERESTADUAL


DE MERCADORIA. ALÍQUOTA INTERESTADUAL. ART. 13, § 1º, XIII,
"g," da LC 123/2002. EXIGIBILIDADE.
1. A contribuinte é empresa optante pelo Simples Nacional que adquire
mercadorias oriundas de outros Estados da Federação. Insurge-se contra
a exigência, por lei de seu Estado, do diferencial entre a alíquota

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interestadual (menor) e a interna (maior).


2. Apesar de reconhecer que o art. 13, § 1º, XIII, "g," da LC 123/2002
determina o recolhimento do diferencial de alíquota, a Corte estadual
entendeu que a legislação local deveria, necessariamente, prever a
compensação posterior, o que não houve. Por conta da omissão da lei
estadual em regular a matéria, a exigência do diferencial seria inválida.
3. Inexiste debate a respeito da legislação local. É incontroverso que a lei
mineira exige o diferencial de alíquota na entrada da mercadoria em seu
território e não permite compensação com o tributo posteriormente devido
pela empresa optante pelo Simples Nacional.
4. Tampouco há dissídio quanto à interpretação da Constituição Federal,
que admite a sistemática simplificada e prevê, como regra, o princípio da
não-cumulatividade.
5. A demanda recursal refere-se exclusivamente à análise do art. 13, § 1º,
XIII, "g," da LC 123/2002, para aferir se a exigência do diferencial de
alíquota é auto-aplicável.
6. O diferencial de alíquota apenas garante ao Estado de destino a parcela
que lhe cabe na partilha do ICMS sobre operações interestaduais. Caso
não houvesse cobrança do diferencial, ocorreria grave distorção na
sistemática nacional desse imposto. Isso porque a aquisição interestadual
de mercadoria seria substancialmente menos onerosa do que a compra no
próprio Estado, sujeita à alíquota interna "cheia".
7. Sobre um insumo, por ex., do Rio de Janeiro destinado a Minas Gerais,
incide a alíquota interestadual de 12%. Se o mesmo insumo for adquirido
no próprio Estado, a alíquota interna é de 18%.
8. A cobrança do diferencial de alíquota não onera a operação posterior,
promovida pela empresa optante pelo Simples Nacional, apenas equaliza
a anterior, realizada pelo fornecedor, de modo que o diferencial de 6%,
nesse exemplo (= 18 - 12), seja recolhido aos cofres de Minas Gerais,
minorando os efeitos da chamada g " uerra fiscal".
9. Isso não viola a sistemática do Simples Nacional, não apenas porque a
cobrança do diferencial é prevista expressamente pelo art. 13, § 1º, XIII,
"g,"da LC 123/2002, mas também porque a impossibilidade de creditamento
e compensação com as operações subseqüentes é vedada em qualquer
hipótese, e não apenas no caso do diferencial.
10. De fato, a legislação mineira não prevê a compensação do ICMS
recolhido na entrada (diferencial de alíquota), o que é incontroverso, pela
simples razão de que isso é expressamente obstado pelo art. 23, caput, da
LC 123/2002.
11. Ao negar eficácia ao disposto no art. 13, § 1º, XIII, "g," da LC 123/2002,
o TJ-MG violou a lei federal, descaracterizando o próprio Simples
Nacional, o que impõe a reforma do acórdão recorrido.

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12. Recurso Especial provido.


(REsp 1193911/MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 04/11/2010, DJe 02/02/2011)

4.2 DA VINCULAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

A Administração Pública subordina-se aos princípios insculpidos no art.


37, caput, da Constituição Federal de 1988, mormente ao princípio da legalidade estrita, em
razão do qual deve fazer, somente e sempre, o que a lei determina em conformidade com os
demais princípios em conjunto. Desta forma, não se pode deferir o pedido da Impetrante
concedendo-lhe a suspensão imediata dos efeitos do Decreto Estadual quando as
circunstâncias fáticas não estão de acordo com as normas legais. Nessa esteira, vale destacar
a lição de Alexandre de Moraes:

" O tradicional princípio da legalidade, previsto no artigo 5º, II, da



Constituição Federal e anteriormente estudado, aplica-se normalmente na
Administração Pública, porém de forma mais rigorosa e especial, pois o
administrador público somente poderá fazer o que estiver expressamente
autorizado em lei e nas demais espécies normativas, inexistindo, pois,
incidência de sua vontade subjetiva, pois na Administração Pública só é
permitido fazer o que a lei autoriza, diferentemente da esfera particular,
onde será permitido a realização de tudo que a lei não proíba. Esse princípio
coaduna-se com a própria função administrativa, de executor do direito, que atua
sem finalidade própria, mas sim em respeito à finalidade imposta pela lei, e com
a necessidade de preservar-se a ordem jurídica."(In Direito Constitucional, 1ª
Edição, Atlas, SP, 1997, p. 253) (g.s.)

Comunga do mesmo pensamento o respeitado Prof. Celso Antônio


Bandeira de Mello:

“O princípio da legalidade é o da completa submissão da


Administração às leis. Esta deve tão-somente obedecê-las, cumpri-las, pô-las
em prática. Daí que a atividade de todos os seus
agentes, desde o que ocupa a cúspide até o mais modesto dos
servidores, só pode ser a de dóceis, reverentes, obsequiosos
cumpridores das disposições gerais fixadas pelo Poder Legislativo, pois esta é a
posição que lhes compete no direito brasileiro”. (g.s.)
Como se vê, no Direito Administrativo, vale a regra que o administrador
somente pode agir existindo uma norma permissiva. A regra que estabelece que se pode fazer

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tudo o que a lei não proíbe somente é válida para as relações jurídicas de Direito Civil. Neste
sentido, Hely Lopes Meirelles leciona:

" a Administração Pública, não há liberdade nem vontade pessoal.


N
Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não
proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei
autoriza. A lei para o particular, significa "pode fazer assim"; para o
administrador público significa "deve fazer assim"" (In Meirelles, Hely
Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, Editora RT, 16ª edição, 1991,p. 78)
(g.s.)
Portanto, Excelência, o que se percebe é o esvaziamento do direito líquido
e certo da Impetrante que se irresigna sem fundamentos no presente mandamus.

Não bastasse tanto, submete-se a Administração ainda ao princípio da


isonomia, devendo, pois, agir nos estritos limites legais, tratando todos igualmente, sendo
vedado conferir privilégios em detrimento de quem quer que seja.

Desprezar requisito previsto em lei a fim de privilegiar determinado ou


determinados administrados seria clara quebra ao princípio da impessoalidade, que, em
suma, afronta a isonomia.

A isonomia consiste, em linhas gerais, em tratar de forma igualitária os


pares, no intuito de superar as diferenças e impedir as distinções ou discriminações
arbitrárias não compatíveis com a ordem constitucional vigente.

Desse modo vê-se que a Impetrante não se encontra subsumida nas


estreitas hipóteses cabíveis do mandado de segurança, pois o ato praticado pela autoridade
indigitada de coatora encontra-se pautado dentro da legalidade, que deve ser observada tanto
pela administração quanto pelo administrado, em sintonia com o art. 37, caput, da
Constituição Federal de 1988.

Assim, inexiste o direito líquido e certo pleiteado. Tais são as razões para
o indeferimento do presente feito. Deste modo, não tendo oficialmente restado comprovado
fazer jus a Impetrante ao direito pleiteado, deve ser denegada a segurança face à inexistência
de violação a direito líquido e certo.

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5. DO PEDIDO

Por todo o exposto, REQUER:

a) seja suspenso o julgamento de mérito do presente feito até ulterior


decisão do Recurso Extraordinário 970.821 pela Suprema Corte, nos moldes do art. 1.035,
§5°, do CPC, ou caso assim não se entenda;

b) sejam acolhidas as preliminares de decadência, com a consequente


extinção do feito, com julgamento do mérito;

c) se ultrapassada a preliminar, seja denegada a segurança, diante da


ausência de qualquer ato abusivo ou ilegal por parte do Impetrado; e

d) que todas as questões federais e constitucionais suscitadas sejam


devidamente enfrentadas para fim de prequestionamento, viabilizando-se o eventual acesso
às instâncias extraordinárias, na hipótese de ser concedida a segurança.

Termos em que pede deferimento.

Goiânia, data do protocolo/2019.

EDUARDO SILVA TOLEDO PULLIN MIRANDA


PROCURADOR DO ESTADO
OAB/GO N. 29.880

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Movimentacao 22 : Certidão Expedida
Arquivo 1 : online.html

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Poder Judiciário
Comarca de Goiânia
Goiânia - 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual
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5348446.61.2018.8.09.0051

PROVIMENTO Nº 05/2010, de 09/03/2010


ANDAMENTO PROCESSUAL

Se as informações vierem acompanhadas de documentos, diga o(a) impetrante, em 5


(cinco) dias.

Goiânia, 29 de agosto de 2019.


Paulo Henrique Nascimento Souza
Analista Judiciário

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Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 29/08/2019 09:06:18
Assinado por PAULO HENRIQUE NASCIMENTO SOUZA
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 23 : Intimação Efetivada

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Intimação Efetivada
1. A movimentação: ( Intimação Efetivada - A ser publicada
no Diário Eletrônico nos próximos 2 (dois) dias úteis - FIT
COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA - Polo Ativo (Referente à
Mov. Certidão Expedida - ) ) do dia 29/08/2019 09:06:18 não
possui "Arquivos".
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 24 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : demonstrativodifalagosto2019.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:54


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SECRETARIA DA FAZENDA ESTADO DE GOIAS - TESOURO ESTADUAL

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS ESTADUAIS - DARE 5.1


Nº 12100000922411475
Contribuinte Inscrição Estadual: 104.54736-7
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA-EPP
Endereço Município UF DDD/Telefone
AVENIDA T 3 , 2119 SETOR BUENO CEP:74210245 GOIANIA GO 62 32744477
Autenticação Bancária Data e Hora de Emissão: 08/08/2019 / 15:56:
Validade do cálculo: 12/08/2019

Total a recolher: 2.950,07

8587 0000 029-4 5007 0008 210-9 0000 9224 114-0 7510 2530 000-7 2º Via Contribuinte

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Nº 12100000922411475
Contribuinte Inscrição Estadual: 104.54736-7
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA-EPP
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AVENIDA T 3 , 2119 SETOR BUENO CEP:74210245 GOIANIA GO 62 32744477

Receita Valores (R$)


1 - ICMS - IMPOSTO CIRCUL MERCADORIAS E PREST SERV TRANSP INTEREST E INTERMUN E DE Valor Original (11130201) 2.950,07
COMUNICACAO

4502 - ICMS DIFAL Simples Nacional - Comercialização

Documento de Origem Data de Vencimento Condição Pagamento


- 12/08/2019 4111
Referência Parcela
300-Mensal - 06/2019 -

Informações complementares Data e Hora de Emissão: 08/08/2019 / 15:56:00


Validade do cálculo: 12/08/2019

Total a recolher: 2.950,07

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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 24 : Juntada -> Petição
Arquivo04/09/2019
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DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 09/08/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
08/08/2019 000000013278745 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 2.950,07
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
0EC7FB49EC7BEA04 Data/Hora da impressão 04/09/2019 / 14:03:56 Data do depósito 09/08/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA I - Tribunal

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
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Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
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Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
08/08/2019 000000013278745 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 2.950,07
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
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Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA II - Depositante

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Nº da conta judicial
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Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
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Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
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REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
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VIA III - Agência(Arquivo)

https://www63.bb.com.br/portalbb/djo/id/comprovante/pagamentoEstadualGuia,802,4647,4650,0,1,1.bbx?cid=14102 1/1

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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 24 : Juntada -> Petição
Arquivo 3 : interlocutoriajuntadadeguiadedepositodifalagosto.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:54


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
AO JUÍZO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE
GOIÂNIA

Protocolo n°: 5348446.61.2018.8.09.0051

FIT COMÉRCIO E LOCAÇÃO LTDA, já qualificadas nos autos em


epígrafe, por intermédio regular de seus Patronos constituídos, vem à ínclita
presença de Vossa Excelência, com vistas à Decisão que autorizou o depósito
judicial dos valores em discussão referentes ao DIFAL, juntar o comprovante
anexo.

O comprovante de depósitos integral do valor que


respectivamente refere-se à guia de DARE n° 12100000925311011, com
vencimento em 10 de agosto de 2019.
REQUER, portanto, a juntada da guia de depósito judicial na
conta vinculada.

Termos em que pede e espera deferimento.

Goiânia - GO, 26 de agosto de 2019.

Bruna Sthefany Macedo Silva Erick Bernardes Rocha


OAB/GO 37.414 OAB/GO 39.494

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 04/09/2019 14:32:14
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10483569072070021, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 25 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriacancelamentoevento24.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:54


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
AO JUÍZO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE
GOIÂNIA

Protocolo n°: 5348446.61.2018.8.09.0051

FIT COMÉRCIO E LOCAÇÃO LTDA, já qualificadas nos autos em


epígrafe, por intermédio regular de seus Patronos constituídos, vem à ínclita
presença de Vossa Excelência, solicitar o BLOQUEIO DO EVENTO N° 24 diante do
equívoco na indicação do número da DARE objeto do depósito.

Salientamos que o correto será juntado no próximo evento.

Goiânia - GO, 04 de setembro de 2019.

Bruna Sthefany Macedo Silva Erick Bernardes Rocha


OAB/GO 37.414 OAB/GO 39.494

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 04/09/2019 14:42:59
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10483567072073193, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 26 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriajuntadadeguiadedepositodifalagosto.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:54


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
AO JUÍZO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE
GOIÂNIA

Protocolo n°: 5348446.61.2018.8.09.0051

FIT COMÉRCIO E LOCAÇÃO LTDA, já qualificadas nos autos em


epígrafe, por intermédio regular de seus Patronos constituídos, vem à ínclita
presença de Vossa Excelência, com vistas à Decisão que autorizou o depósito
judicial dos valores em discussão referentes ao DIFAL, juntar o comprovante
anexo.

O comprovante de depósitos integral do valor que


respectivamente refere-se à guia de DARE n° 12100000922411475, com
vencimento em 10 de agosto de 2019.
REQUER, portanto, a juntada da guia de depósito judicial na
conta vinculada.

Termos em que pede e espera deferimento.

Goiânia - GO, 26 de agosto de 2019.

Bruna Sthefany Macedo Silva Erick Bernardes Rocha


OAB/GO 37.414 OAB/GO 39.494

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 04/09/2019 14:53:21
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10413560072077516, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 26 : Juntada -> Petição
Arquivo04/09/2019
2 : comprovantedifalagosto2019.pdf [bb.com.br]

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:54


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Comprovante de pagamento de Depósito Judicial
(http://www.bb.com.br)

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 09/08/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
08/08/2019 000000013278745 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 2.950,07
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
0EC7FB49EC7BEA04 Data/Hora da impressão 04/09/2019 / 14:03:56 Data do depósito 09/08/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA I - Tribunal

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 09/08/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
08/08/2019 000000013278745 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 2.950,07
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
0EC7FB49EC7BEA04 Data/Hora da impressão 04/09/2019 / 14:03:56 Data do depósito 09/08/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA II - Depositante

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 09/08/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
08/08/2019 000000013278745 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 2.950,07
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
0EC7FB49EC7BEA04 Data/Hora da impressão 04/09/2019 / 14:03:56 Data do depósito 09/08/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA III - Agência(Arquivo)

https://www63.bb.com.br/portalbb/djo/id/comprovante/pagamentoEstadualGuia,802,4647,4650,0,1,1.bbx?cid=14102 1/1

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 04/09/2019 14:53:21
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10433560072077515, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 26 : Juntada -> Petição
Arquivo 3 : demonstrativodifalagosto2019.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:54


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
8587 0000 029-4 5007 0008 210-9 0000 9224 114-0 7510 2530 000-7 1° Via Banco

ESTADO DE GOIÁS TESOURO


SECRETARIA DA FAZENDA ESTADO DE GOIAS - TESOURO ESTADUAL

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS ESTADUAIS - DARE 5.1


Nº 12100000922411475
Contribuinte Inscrição Estadual: 104.54736-7
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA-EPP
Endereço Município UF DDD/Telefone
AVENIDA T 3 , 2119 SETOR BUENO CEP:74210245 GOIANIA GO 62 32744477
Autenticação Bancária Data e Hora de Emissão: 08/08/2019 / 15:56:
Validade do cálculo: 12/08/2019

Total a recolher: 2.950,07

8587 0000 029-4 5007 0008 210-9 0000 9224 114-0 7510 2530 000-7 2º Via Contribuinte

ESTADO DE GOIÁS TESOURO


SECRETARIA DA FAZENDA ESTADO DE GOIAS - TESOURO ESTADUAL

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS ESTADUAIS - DARE 5.1


Nº 12100000922411475
Contribuinte Inscrição Estadual: 104.54736-7
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA-EPP
Endereço Município UF DDD/Telefone
AVENIDA T 3 , 2119 SETOR BUENO CEP:74210245 GOIANIA GO 62 32744477

Receita Valores (R$)


1 - ICMS - IMPOSTO CIRCUL MERCADORIAS E PREST SERV TRANSP INTEREST E INTERMUN E DE Valor Original (11130201) 2.950,07
COMUNICACAO

4502 - ICMS DIFAL Simples Nacional - Comercialização

Documento de Origem Data de Vencimento Condição Pagamento


- 12/08/2019 4111
Referência Parcela
300-Mensal - 06/2019 -

Informações complementares Data e Hora de Emissão: 08/08/2019 / 15:56:00


Validade do cálculo: 12/08/2019

Total a recolher: 2.950,07

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 04/09/2019 14:53:21
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10463563072077519, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 27 : Certidão Expedida
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:54


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Estado de Goiás
Poder Judiciário
Comarca de Goiânia
Goiânia - 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual
Avenida Olinda esquina com Avenida PL 3, Qd. G, Lt. 04, Park Lozandes, CEP 74884-120

5348446.61.2018.8.09.0051

PROVIMENTO Nº 05/2010, de 09/03/2010


ANDAMENTO PROCESSUAL

Dê-se vista ao Ministério Público.

Goiânia, 4 de setembro de 2019.


Paulo Henrique Nascimento Souza
Analista Judiciário

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 04/09/2019 16:19:59
Assinado por PAULO HENRIQUE NASCIMENTO SOUZA
Validação pelo código: 10443562072064254, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:54
Goiânia - Promotoria da 2ª Vara de FPE (Referente à Mov.
1. A movimentação: ( Intimação Expedida - On-line para

Certidão Expedida - ) ) do dia 04/09/2019 16:19:59 não


Intimação Expedida

possui "Arquivos".
Movimentacao 28 : Intimação Expedida
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 29 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriaimpugnacaoamanifestacaofit4.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
AO JUÍZO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE
GOIÂNIA

Protocolo n°: 5348446.61.2018.8.09.0051

FIT COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA., já qualificada nos autos em


epígrafe, por intermédio regular de seus Patronos constituídos, vem à ínclita
presença de Vossa Excelência, com vistas a certidão juntada no evento 22 e a
petição protocolada no evento n° 21, MANIFESTAR-SE:

I - DOS ARGUMENTOS DA MANIFESTAÇÃO DO ESTADO


RATIFICADA PELA AUTORIDADE COATORA

I.I Do Pedido de Suspensão

O Estado de Goiás requer em sua manifestação a suspensão do


julgamento do presente feito até ulterior decisão de mérito do Recurso
Extraordinário 970.821, paradigma substituto e leading case do Tema 517, com
Repercussão Geral, pela Suprema Corte.

Em que pese concorde que após a decisão do caso paradigmático


deve-se sentenciar no sentido da uniformização do entendimento jurisprudencial,
conforme art. 1.040, III, do Código de Processo Civil, reproduzindo-se o que será
decidido pela Corte Superior, há de ressaltar que a suspensão dos feitos pendentes
em território nacional em momento algum foi determinada pelo Relator do
recurso em atenção aos arts. 1.035, § 5º e 1.037, II, ambos do CPC.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 05/09/2019 16:03:38
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10493569072934654, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 29 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriaimpugnacaoamanifestacaofit4.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Caso seja entendimento de Vossa Excelência a suspensão do
processo até decisão do STF, enfatizamos a inafastável necessidade de
manutenção da liminar deferida nestes autos.

I.II Da Alegação de Impossibilidade de Compensação via Mandado de


Segurança Súmula 213 STJ

O Estado de Goiás em sua manifestação afirma que o Mandado de


Segurança não se presta à compensação, afirmação totalmente contrária ao que
já sumulou o Superior Tribunal de Justiça:

Súmula 213 STJ- O mandado de segurança constitui


ação adequada para a declaração do direito à
compensação tributária.

Nesse sentindo, nem precisamos de maiores delongas para


demonstrar a total improcedência das alegações apresentadas pelo Estado,
retificadas pelo impetrado.

I.III Da Alegação de Decadência

Excelência, o Estado de Goiás em sua manifestação af


exigência do DIFAL para o SIMPLES preexistia ao Decreto 9.104/17, pois fora

regras do ordenamento legal tributário brasileiro, mostrando-se mera falácia.

A Constituição Federal brasileira determina a competência dos


entes e as limitações para a sua instituição. No caso do Diferencial de Alíquota de
ICMS, conforme previsto no art. 155, VII da CF, a competência para sua instituição
é dos Estados e Distrito Federal e, em atenção ao princípio da legalidade, por meio
de lei competente.

A Lei Complementar Federal n° 123/2006 tratou de estabelecer


normas gerais de tributação, no entanto, em momento algum teria o condão de

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 05/09/2019 16:03:38
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10493569072934654, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 29 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriaimpugnacaoamanifestacaofit4.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
usurpar a competência do ente tributante em relação ao DIFAL, afastando a
competência do Estado para sua instituição e consequente exigência legal.

Partindo dessa argumentação, o Estado sustenta que a edição da

o marco para contagem do prazo de 120 dias.

Excelência, não há por qualquer linha de raciocínio fundamentada


nas regras tributárias brasileiras a possibilidade de interpretação que a
Procuradoria do Estado defende. A exigência do DIFAL deu-se à partir de sua
instituição por meio do Decreto 9.104/2017 do Estado de Goiás.

Em que pese essa infundada e absurda tese construída pelo Estado


para a aplicação da decadência, nesse caso estamos diante de uma situação de
relação jurídica tributária de trato sucessivo. Veja o art. 4º do Decreto 9.104/2017:

Art. 4º O ICMS correspondente ao DIFAL (Simples Nacional),


deve ser:
I - apurado a cada operação;
II - totalizado mensalmente pelo destinatário;
III - pago até o dia 10 (dez) do mês subsequente ao da
apuração, por meio de DARE 5.1 distinto, utilizando-se o
código de detalhe de receita 4502.

Assim, a relação jurídica envolvendo as partes é de trato sucessivo,


portanto, a violação ao direito defendido renova-se mês a mês com a exigência
indevida do tributo, razão pela qual não há que se falar na ocorrência do lapso
decadencial do direito de impetrar o mandado de segurança.

Doutrina o Professor Hely Lopes Meirelles (Mandado de Segurança,


Ação Popular, Ação Civil Pública, Mandado de Injunção e Habeas Data, RT, 12. Ed.,
no pagamento de vencimento ou

Superior Tribunal de Justiça já decidiu, por exemplo, que a Contribuição para o


Programa de Integração Social ucessivo,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 05/09/2019 16:03:38
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10493569072934654, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 29 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriaimpugnacaoamanifestacaofit4.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
porquanto de fatos geradores instantâneos, mas com repetição continuada e

Nesse sentido também é o entendimento jurisprudencial


consolidado do Superior Tribunal de Justiça, veja-se:

TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. IPTU. DECADÊNCIA.


PRESTAÇÕES DE TRATO SUCESSIVO. I - As parcelas de IPTU
configuram-se como de trato sucessivo, sendo certo que o
prazo decadencial flui a partir de cada prestação a ser paga,
ocorrendo a lesão ao direito do contribuinte periodicamente.
Precedentes: REsp nº 630.858/RJ, Rel. Min. JOSÉ DELGADO,
DJ de 07/06/2004 e REsp nº 120.387/SP, Rel. Min. ADHEMAR
MACIEL, DJ de 06/10/1997. II - Recurso especial improvido.
(STJ - REsp: 796009 SP 2005/0186523-9, Relator: Ministro
FRANCISCO FALCÃO, Data de Julgamento: 14/02/2006, T1 -
PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ 06/03/2006 p. 244)
(destaquei)

Nesse contexto, a pretensão ao questionamento dessas


imposições pecuniárias renasce sempre que exigidas, de acordo com sua
periodicidade. Conclui-se no caso em discussão que, a cada recolhimento do
DIFAL, tributo inconstitucional, mês a mês, o prazo de 120 (cento e vinte) dias se
renova.

Portanto, resta completamente superada a argumentação de


decadência trazida pela Procuradoria do Estado de Goiás, independente da
argumentação absurda de que o marco inicial seria a edição da Lei Complementar
123/2006.

I.IV Do Argumento pelo Estado de Goiás - Afastamento da não-


cumulatividade e da ampliação da hipótese de incidência, prevista
constitucionalmente para o DIFAL, pela Lei 123/2006

Na manifestação apresentada pelo Estado de Goiás, seus próprios


argumentos confirmam a procedência da tese lançada no Mandado de Segurança.
Veja-se trechos da manifestação:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 05/09/2019 16:03:38
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 29 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriaimpugnacaoamanifestacaofit4.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
(...)

Ora Excelência, prevê o art. 146 da CF e seus incisos:

Art. 146. Cabe à lei complementar:


I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria
tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios;
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre:

Não tem a Lei Complementar a competência para afastar um


princípio constitucionalmente previsto, contrariando-a, daí a sua manifestar
inconstitucionalidade.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 05/09/2019 16:03:38
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 29 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriaimpugnacaoamanifestacaofit4.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


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PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Sobre a não-cumulatividade do ICMS segue entendimento
jurisprudencial recente:

APELAÇÃO CÍVEL. TRIBUTÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA.


ICMS. ANTECIPAÇÃO DO FATO GERADOR POR EMPRESA
OPTANTE DO SIMPLES NACIONAL. IMPOSSIBILIDADE. Diante
do tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte
um dos princípios gerais da atividade econômica, bem
como tendo em vista o princípio da não cumulatividade uma
premissa fundamental do ICMS, é ilegal a exigência de
cobrança antecipada da diferença de alíquota das empresas
optantes pelo Simples Nacional. APELO PROVIDO. POR
MAIORIA. (Apelação Cível N° 70072965247, Primeira Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Newton Luís
Medeiros Fabrício, Julgado em 02/06/2017).

Em outro trecho também afirma que a origem do diferencial de


alíquotas do Simples Nacional é a LC nº 123/2006 e que essa Lei Federal teria
ampliado a hipótese de incidência do tributo. Veja trecho:

A Constituição Federal brasileira não institui tributos, limitando-se


a discrimina-los, determinar a competência dos entes e as limitações para a sua
instituição, outorgando aptidão aos entes públicos para instituir os tributos nela
definidos, os quais podem ou não instituí-los, atendidos os preceitos e limites
legais tributários.

ma que:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 29 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriaimpugnacaoamanifestacaofit4.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


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PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
a Constituição
Federal não cria tributos, limitando-se tão-só à outorga de
competência, através da qual o ente político se reveste das
condições para instituí-lo. No plano normativo, porém, o
processo de instituição de tributo tem início na Constituição
mesma. A rigidez do sistema assim o exige. Compartimentos
estanques estão estruturados no Estatuto Supremo, sem que
se conceda ao legislador complementar ou ordinário
possibilidade de dispor além daquelas fronteiras (...) A
estruturação parcial de tributo na própria Constituição pode
ser vista quer em se tratando de impostos, quer diante de
taxas, quer em face de contribuições. Em análise destas,
tivemos o ensejo de asseverar que a Constituição Federal não
apenas permite (outorga competência), mas, em certos casos,
estabelece a que título permite e, em outros, vai mais longe:
dispõe de quem pode ser exigida. Em outras palavras,
descreve genericamente as hipóteses de incidência do
tributo, às quais estará limitada a pessoa política
competente ou, indo adiante, circunscreve a eleição do

(destaquei)
Sabiamente o jurista em sua obra descreveu a vinculação do entre
tributante à Constituição Federal, demonstrando inclusive que a tributação
brasileira deve funcionar em forma de sistema, inclusive prevendo as matérias que
podem ser tratadas pela Lei Complementar, jamais em contrariedade ao previsto
constitucionalmente.

Assim, não existe no ordenamento jurídico brasileiro autorização


constitucional afastamento de princípio tributário constitucional e ampliação de
hipótese de incidência material por Lei Complementar ou qualquer outro
dispositivo legal infraconstitucional.

Demostrada assim, a flagrante ilegalidade da exigência desse


tributo, instituído pelo Decreto 9.104/2017 no Estado de Goiás.

Hugo de Brito Machado, em seu livro Processo tributário, doutrina


que:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 29 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : interlocutoriaimpugnacaoamanifestacaofit4.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


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Valor: R$ 1.000,00
Presta-se, outrossim, o mandado de segurança, como
instrumento de controle de constitucionalidade das leis
tributárias, especialmente em sua feição preventiva.

Em síntese, o mandado de segurança é um excelente


instrumento que nossa ordem jurídica coloca à disposição do
contribuinte para o controle da validade jurídica da
tributação. Não apenas para o controle da legalidade, e da
constitucionalidade da exigência do tributo, mas também do
lançamento tributário em todas as suas fases, e ainda de todo
e qualquer ato praticado por autoridade da Administração
Tributária. destaquei)

A conduta arrecadatória através do Decreto Estadual nº 9.104/2017


desse imposto contrária à Constituição Federal fere direito líquido e certo dos
impetrantes e tratando-se de cobrança compulsória, dada natureza de tributo, o
meio que resta para impedir a cobrança indevida.

II DO PEDIDO

Pelo exposto, REITERA os argumentos lançados na inicial do Writ


para a confirmação da Liminar deferida e concessão definitiva da segurança,
rechaçando todos os argumentos trazidos pelo Estado de Goiás em sua
manifestação retificada pela Autoridade Impetrada.

Termos em que pede deferimento.

Goiânia - GO, 05 de setembro de 2019.

Bruna Sthefany Macedo Silva Erick Bernardes Rocha


OAB/GO 37.414 OAB/GO 39.494

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55
1. A movimentação: ( Intimação Lida - Por Eduardo Abdon
Moura (Referente à Mov. Certidão Expedida (04/09/2019
16:19:59)) ) do dia 10/09/2019 16:00:06 não possui
Intimação Lida
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 30 : Intimação Lida

"Arquivos".
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 31 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : cota10.09.2019msaplicacaododifaldoicmsaempresaoptantepelosimplesnacionalsobrestamentodofeitorepercussaogeraltem5175348446.

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
5ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE GOIÂNIA

PROTOCOLO 5348446.61.2018.8.09.0051
NATUREZA MANDADO DE SEGURANÇA
IMPETRANTE FIT COMÉRCIO E LOCAÇÃO LTDA
IMPETRADO SUPERINTENDENTE DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA SEFAZ/GO

COTA

Ilustre Magistrado,

1.Inobstante a fase processual alcançada, impende consignar que a


nossa Suprema Corte reconheceu a Repercussão Geral (Tema 517) sobre a
temática de aplicação do diferencial de alíquota do ICMS (DIFAL) às
empresas optantes pelo Simples Nacional (RE 970.821 – Rel. Min. Edson Fachin).

2.Após o reconhecimento daquela Repercussão Geral, o Relator do


feito, Ministro Edson Fachin, determinou a paralisação de todos os feitos
relacionados ao tema que estejam tramitando no território nacional1.

3.Desta feita, considerando que o assunto versado nos presentes


autos corresponde ao tema 517 da sistemática dessa repercussão geral
(aplicação do diferencial de alíquota do ICMS às empresas optantes do Simples Nacional),
este Órgão Ministerial pugna pelo sobrestamento do feito até o
pronunciamento definitivo do e. STF acerca da matéria.

Goiânia, 10 de setembro de 2019.

Eduardo Abdon Moura


Promotor de Justiça

1 “Despacho: Reconhecida a repercussão geral, impende a suspensão do processamento dos feitos pendentes que versem sobre a

presente questão e tramitem no território nacional, por força do art. 1.035, § 2º, do CPC”.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 10/09/2019 18:00:53
Assinado por EDUARDO ABDON MOURA
Validação pelo código: 10433564071246261, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 32 : Juntada -> Petição
Arquivo23/09/2019
1 : comprovantededepositodifalsetembro2019.pdf [bb.com.br]

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Comprovante de pagamento de Depósito Judicial
(http://www.bb.com.br)

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 04/09/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
04/09/2019 000000013646489 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 2.507,31
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
DE0A3A6049119F68 Data/Hora da impressão 23/09/2019 / 14:39:48 Data do depósito 04/09/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA I - Tribunal

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 04/09/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
04/09/2019 000000013646489 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 2.507,31
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
DE0A3A6049119F68 Data/Hora da impressão 23/09/2019 / 14:39:48 Data do depósito 04/09/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA II - Depositante

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 04/09/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
04/09/2019 000000013646489 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 2.507,31
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
DE0A3A6049119F68 Data/Hora da impressão 23/09/2019 / 14:39:48 Data do depósito 04/09/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA III - Agência(Arquivo)

https://www63.bb.com.br/portalbb/djo/id/comprovante/pagamentoEstadualGuia,802,4647,4650,0,1,1.bbx?cid=125960 1/1

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 23/09/2019 15:01:59
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10423560075138451, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 32 : Juntada -> Petição
Arquivo 2 : demonstrativodifalsetembro2019.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
8580 0000 025-9 0731 0008 210-1 0000 9253 110-5 1110 2530 000-0 1° Via Banco

ESTADO DE GOIÁS TESOURO


SECRETARIA DA FAZENDA ESTADO DE GOIAS - TESOURO ESTADUAL

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS ESTADUAIS - DARE 5.1


Nº 12100000925311011
Contribuinte Inscrição Estadual: 104.54736-7
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA-EPP
Endereço Município UF DDD/Telefone
AVENIDA T 3 , 2119 SETOR BUENO CEP:74210245 GOIANIA GO 62 32744477
Autenticação Bancária Data e Hora de Emissão: 30/08/2019 / 14:14:
Validade do cálculo: 10/09/2019

Total a recolher: 2.507,31

8580 0000 025-9 0731 0008 210-1 0000 9253 110-5 1110 2530 000-0 2º Via Contribuinte

ESTADO DE GOIÁS TESOURO


SECRETARIA DA FAZENDA ESTADO DE GOIAS - TESOURO ESTADUAL

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS ESTADUAIS - DARE 5.1


Nº 12100000925311011
Contribuinte Inscrição Estadual: 104.54736-7
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA-EPP
Endereço Município UF DDD/Telefone
AVENIDA T 3 , 2119 SETOR BUENO CEP:74210245 GOIANIA GO 62 32744477

Receita Valores (R$)


1 - ICMS - IMPOSTO CIRCUL MERCADORIAS E PREST SERV TRANSP INTEREST E INTERMUN E DE Valor Original (11130201) 2.507,31
COMUNICACAO

4502 - ICMS DIFAL Simples Nacional - Comercialização

Documento de Origem Data de Vencimento Condição Pagamento


- 10/09/2019 4111
Referência Parcela
300-Mensal - 07/2019 -

Informações complementares Data e Hora de Emissão: 30/08/2019 / 14:14:42


Validade do cálculo: 10/09/2019

Total a recolher: 2.507,31

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 23/09/2019 15:01:59
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10493562075138453, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 32 : Juntada -> Petição
Arquivo 3 : interlocutoriajuntadadeguiadedepositodifalsetembro.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
AO JUÍZO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE
GOIÂNIA

Protocolo n°: 5348446.61.2018.8.09.0051

FIT COMÉRCIO E LOCAÇÃO LTDA, já qualificadas nos autos em


epígrafe, por intermédio regular de seus Patronos constituídos, vem à ínclita
presença de Vossa Excelência, com vistas à Decisão que autorizou o depósito
judicial dos valores em discussão referentes ao DIFAL, juntar o comprovante
anexo.

O comprovante de depósitos integral do valor que


respectivamente refere-se à guia de DARE n° 12100000925311011, com
vencimento em 10 de setembro de 2019.
REQUER, portanto, a juntada da guia de depósito judicial na
conta vinculada.

Termos em que pede e espera deferimento.

Goiânia - GO, 11 de setembro de 2019.

Bruna Sthefany Macedo Silva Erick Bernardes Rocha


OAB/GO 37.414 OAB/GO 39.494

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 23/09/2019 15:01:59
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10403563075138497, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55
1. A movimentação: ( Término da Suspensão do Processo )
do dia 08/10/2019 09:13:36 não possui "Arquivos".
Término da Suspensão do Processo
Movimentacao 33 : Término da Suspensão do Processo
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55
1. A movimentação: ( Autos Conclusos - P/ DECISÃO ) do dia
08/10/2019 09:14:30 não possui "Arquivos".
Autos Conclusos
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 34 : Autos Conclusos
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 35 : Juntada -> Petição
Arquivo28/10/2019
1 : comprovantedepositojudicialout2019.pdf [bb.com.br]

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
(http://www.bb.com.br)

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 10/10/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
23/09/2019 000000013912869 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 5.008,61
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
C58D3818CC12538F Data/Hora da impressão 28/10/2019 / 13:56:15 Data do depósito 10/10/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA I - Tribunal

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 10/10/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
23/09/2019 000000013912869 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 5.008,61
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
C58D3818CC12538F Data/Hora da impressão 28/10/2019 / 13:56:15 Data do depósito 10/10/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA II - Depositante

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 10/10/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
23/09/2019 000000013912869 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 5.008,61
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
C58D3818CC12538F Data/Hora da impressão 28/10/2019 / 13:56:15 Data do depósito 10/10/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA III - Agência(Arquivo)

https://www63.bb.com.br/portalbb/djo/id/comprovante/pagamentoEstadualGuia,802,0,0,2,0,1.bbx?cid=26994 1/1

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 28/10/2019 14:04:46
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10443568077948326, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 35 : Juntada -> Petição
Arquivo 2 : demonstrativodifaloutubro2019.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
8580 0000 050-0 0861 0008 210-3 0000 9283 064-1 3510 2530 000-1 1° Via Banco

ESTADO DE GOIÁS TESOURO


SECRETARIA DA FAZENDA ESTADO DE GOIAS - TESOURO ESTADUAL

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS ESTADUAIS - DARE 5.1


Nº 12100000928306435
Contribuinte Inscrição Estadual: 104.54736-7
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA-EPP
Endereço Município UF DDD/Telefone
AVENIDA T 3 , 2119 SETOR BUENO CEP:74210245 GOIANIA GO 62 32744477
Autenticação Bancária Data e Hora de Emissão: 20/09/2019 / 10:44:
Validade do cálculo: 10/10/2019

Total a recolher: 5.008,61

8580 0000 050-0 0861 0008 210-3 0000 9283 064-1 3510 2530 000-1 2º Via Contribuinte

ESTADO DE GOIÁS TESOURO


SECRETARIA DA FAZENDA ESTADO DE GOIAS - TESOURO ESTADUAL

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS ESTADUAIS - DARE 5.1


Nº 12100000928306435
Contribuinte Inscrição Estadual: 104.54736-7
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA-EPP
Endereço Município UF DDD/Telefone
AVENIDA T 3 , 2119 SETOR BUENO CEP:74210245 GOIANIA GO 62 32744477

Receita Valores (R$)


1 - ICMS - IMPOSTO CIRCUL MERCADORIAS E PREST SERV TRANSP INTEREST E INTERMUN E DE Valor Original (11130201) 5.008,61
COMUNICACAO

4502 - ICMS DIFAL Simples Nacional - Comercialização

Documento de Origem Data de Vencimento Condição Pagamento


- 10/10/2019 4111
Referência Parcela
300-Mensal - 08/2019 -

Informações complementares Data e Hora de Emissão: 20/09/2019 / 10:44:24


Validade do cálculo: 10/10/2019

Total a recolher: 5.008,61

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 28/10/2019 14:04:46
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10463567077948325, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 35 : Juntada -> Petição
Arquivo 3 : interlocutoriajuntadadeguiadedepositodifaloutubro.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:55


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 28/10/2019 14:04:46
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10493560077948329, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 36 : Juntada -> Petição
Arquivo17/12/2019
1 : comprovantedifaldezembro2019.pdf [bb.com.br]

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Comprovante de pagamento de Depósito Judicial
(http://www.bb.com.br)

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 09/12/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
02/12/2019 000000014896652 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 1.944,89
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
444EA6F382378B3E Data/Hora da impressão 17/12/2019 / 15:39:17 Data do depósito 09/12/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA I - Tribunal

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 09/12/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
02/12/2019 000000014896652 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 1.944,89
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
444EA6F382378B3E Data/Hora da impressão 17/12/2019 / 15:39:17 Data do depósito 09/12/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA II - Depositante

DJO - Depósito Judicial Ouro

Nº da conta judicial
5000113838912
Depósito via TED Data do depósito Agência(pref/dv) Tipo de Justiça
Transferência Eletrônica Disponível 09/12/2019 86 - ESTADUAL
Data da guia Nº da guia Processo nº Tribunal
02/12/2019 000000014896652 5348446.61.2018.8.09.0051 TRIBUNAL DE JUSTICA
Comarca Orgão/Vara Depositante Valor do depósito - R$
GOIANIA 2 VARA FAZ. ESTADUAL AUTOR 1.944,89
REU Tipo de pessoa CPF/CNPJ
SUP. DE CONT. E ARRECADACAO JURIDICA
AUTOR Tipo de pessoa CPF/CNPJ
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA JURIDICA 10.986.975/0001-94
Autenticação Eletrônica
444EA6F382378B3E Data/Hora da impressão 17/12/2019 / 15:39:17 Data do depósito 09/12/2019

Mod. 0.50.289-1 - Eletrônico - Abr/02 - SISBB 02100


VIA III - Agência(Arquivo)

https://www63.bb.com.br/portalbb/djo/id/comprovante/pagamentoEstadualGuia,802,4647,4650,0,1,1.bbx?cid=4822 1/1

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 17/12/2019 15:46:32
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10463562032864934, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 36 : Juntada -> Petição
Arquivo 2 : interlocutoriajuntadadeguiadedepositodifaldezembro.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 17/12/2019 15:46:32
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10493566032864938, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 36 : Juntada -> Petição
Arquivo 3 : demonstrativodifaldezembro2019.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
8584 0000 019-1 4489 0008 210-0 0000 9344 091-0 6010 2530 000-4 1° Via Banco

ESTADO DE GOIÁS TESOURO


SECRETARIA DA FAZENDA ESTADO DE GOIAS - TESOURO ESTADUAL

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS ESTADUAIS - DARE 5.1


Nº 12100000934409160
Contribuinte Inscrição Estadual: 104.54736-7
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA-EPP
Endereço Município UF DDD/Telefone
AVENIDA T 3 , 2119 SETOR BUENO CEP:74210245 GOIANIA GO 62 32744477
Autenticação Bancária Data e Hora de Emissão: 27/11/2019 / 16:45:
Validade do cálculo: 10/12/2019

Total a recolher: 1.944,89

8584 0000 019-1 4489 0008 210-0 0000 9344 091-0 6010 2530 000-4 2º Via Contribuinte

ESTADO DE GOIÁS TESOURO


SECRETARIA DA FAZENDA ESTADO DE GOIAS - TESOURO ESTADUAL

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS ESTADUAIS - DARE 5.1


Nº 12100000934409160
Contribuinte Inscrição Estadual: 104.54736-7
FIT COMERCIO E LOCACAO LTDA-EPP
Endereço Município UF DDD/Telefone
AVENIDA T 3 , 2119 SETOR BUENO CEP:74210245 GOIANIA GO 62 32744477

Receita Alíneas Valores (R$)


1 - ICMS - IMPOSTO CIRCUL MERCADORIAS E PREST SERV TRANSP INTEREST E INTERMUN Valor Original (11130201) 1.944,89
E DE COMUNICACAO

4502 - ICMS DIFAL Simples Nacional - Comercialização

Documento de Origem Data de Vencimento Condição Pagamento


- 10/12/2019 4111
Referência Parcela
300-Mensal - 10/2019 -

Informações complementares Data e Hora de Emissão: 27/11/2019 / 16:45:30


Validade do cálculo: 10/12/2019

Total a recolher: 1.944,89

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 17/12/2019 15:46:32
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
Validação pelo código: 10413560032864931, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 37 : Decisão -> Outras Decisões
Arquivo 1 : _online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 05/02/2020 18:51:53
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
Validação pelo código: 10453562034111143, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 37 : Decisão -> Outras Decisões
Arquivo 1 : _online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 05/02/2020 18:51:53
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
Validação pelo código: 10453562034111143, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 37 : Decisão -> Outras Decisões
Arquivo 1 : _online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Processo n°: 5348446.61

DECISÃO

Em razão de determinação do Supremo Tribunal Federal de suspensão de todos os processos envolvendo


a discussão sobre a temática de aplicação do diferencial de alíquota, até o julgamento do RE 970.821, cadastrado como
Tema 517, onde foi reconhecida a repercussão geral, Determino o sobrestamento do processo até o julgamento pelo
Tribunal Superior.

Goiânia, data do sistema.

GUSTAVO DALUL FARIA

Juiz de Direito

06

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 05/02/2020 18:51:53
Assinado por GUSTAVO DALUL FARIA
Validação pelo código: 10453562034111143, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56
Sobrestamento - (Por 365 dias) ) do dia 05/02/2020 18:51:53
Despacho -> Suspensão ou Sobrestamento
1. A movimentação: ( Despacho -> Suspensão ou
Movimentacao 38 : Despacho -> Suspensão ou Sobrestamento

não possui "Arquivos".


Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56
1. A movimentação: ( Término da Suspensão do Processo )
do dia 04/02/2021 03:00:19 não possui "Arquivos".
Término da Suspensão do Processo
Movimentacao 39 : Término da Suspensão do Processo
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 40 : Despacho -> Suspensão ou Sobrestamento

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Despacho -> Suspensão ou Sobrestamento
1. A movimentação: ( Despacho -> Suspensão ou
Sobrestamento - Processo Suspenso ou Sobrestado por
Recurso Repetitivo / Recurso de Repercussão Geral ) do dia
05/02/2021 09:02:02 não possui "Arquivos".
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56
1. A movimentação: ( Mudança de Assunto Processual ) do
Mudança de Assunto Processual

dia 21/06/2021 04:59:12 não possui "Arquivos".


Movimentacao 41 : Mudança de Assunto Processual
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 42 : Certidão Expedida
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Estado de Goiás
Poder Judiciário
Comarca de Goiânia - 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual
Avenida Olinda esquina com Avenida PL 3, Qd. G, Lt. 04, Park Lozandes, CEP 74884-120

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que nesta data faço os presentes autos conclusos ao MM.
Juiz de Direito.

Goiânia, 23 de março de 2022.

Michelly Nayara Moreira Santos


Analista Judiciário

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 23/03/2022 15:59:31
Assinado por MICHELLY NAYARA MOREIRA SANTOS
Validação pelo código: 10473560879382068, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/p
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56
1. A movimentação: ( Término da Suspensão do Processo )
do dia 23/03/2022 15:59:31 não possui "Arquivos".
Término da Suspensão do Processo
Movimentacao 43 : Término da Suspensão do Processo
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56
1. A movimentação: ( Autos Conclusos - P/ DECISÃO ) do dia
23/03/2022 15:59:31 não possui "Arquivos".
Autos Conclusos
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 44 : Autos Conclusos
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 45 : Julgamento -> Com Resolução do Mérito -> Concessão em Parte -> Segurança
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
SENTENÇA

Trata-se de Mandado de Segurança objetivando o reconhecimento de direito líquido e certo do


impetrante ao não recolhimento do ICMS correspondente à diferença entre alíquota interna
utilizada no Estado de Goiás e a alíquota interestadual aplicável (DIFAL), na aquisição
interestadual de mercadoria destinada a comercialização efetivada por contribuinte optante pelo
Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições – Simples Nacional.

O Imperante é contribuinte do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços – CIMS e


optante do simples nacional.

Questiona a legalidade e a constitucionalidade da exigência do diferencial de alíquota – DIFAL,


pelo Decreto n. 9.104/2017, pelo Estado de Goiás, por intermédio da autoridade coatora, pois
estaria ferindo seu direito líquido e certo quanto a tratamento diferenciado e favorável ao regime
de tributação escolhido e que limita o poder de tributação por parte do Estado.

Juntou documentos.

Foi apresentada contestação pelo Estado de Goiás, buscando afastar as alegações do


impetrante. A autoridade coatora ratificou os argumentos apresentados pelo Estado de Goiás.

O Ministério Público apresentou manifestação.

Pois bem.

Não observo ocorrência de decadência apontada, visto que o ato coator questionado se renova
mês a mês, permitindo o questionamento via mandado de segurança, tal como apresentado.

Neste sentido, segue julgado do TJGO:

MANDADO DE SEGURANÇA. ENERGIA ELÉTRICA. ATO COATOR.


DECADÊNCIA. LITISCONSORTE PASSIVO. INCIDÊNCIA INDEVIDA DE
ICMS SOBRE A DEMANDA RESERVADA E/OU CONTRATADA.
AUSÊNCIA DO FATO GERADOR DO TRIBUTO. 1 - Não há que se falar
em inexistência de ato coator quando se verificam, acostados à inicial,
documentos suficientes à aquilatação da aventada ilegalidade, se existente
ou não. 2 - Nas relações que se renovam continuamente, como é o
caso, em que se trata de cobrança mensal de ICMS, o prazo de
decadência do writ se renova a cada ato praticado. 3 - A
concessionária do serviço público de fornecimento de energia elétrica - no
caso, a CELG - não é litisconsorte passiva necessária no mandamus, pois
a sua figura é de mera responsável tributária (inciso II do parágrafo único
do art. 121 do CTN), apenas repassando à Fazenda Pública o numerário
obtido. 4 - Em se tratando de energia elétrica, o ICMS incide sobre o
efetivo consumo pelo usuário do serviço, excluindo-se a demanda
contratada ou reservada que não tenha sido utilizada. Súmula 391 do STJ
e recurso repetitivo REsp 960476-SC. SEGURANÇA CONCEDIDA.

(TJGO, MANDADO DE SEGURANCA 95777-06.2011.8.09.0000, Rel.


DR(A). FERNANDO DE CASTRO MESQUITA, 1A CAMARA CIVEL,
julgado em 13/09/2011, DJe 908 de 22/09/2011) (negritei)

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Valor: R$ 1.000,00
Finda a instrução, não observo, na integralidade, a presença do direito líquido e certo inicialmente
invocado pelo impetrante.

O Estado de Goiás, ao exigir o diferencial de alíquota de ICMS questionado, age amparado na


alínea “h”, inciso XIII, §1º, art. 13 da Lei Complementar n. 123/2016, que assim estabelece:

Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante


documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:

(...);

§ 1o O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos


seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de
contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a
legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:

(...);

XIII - ICMS devido:

(...);

h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou


mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento
do imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual; (negritei)

Portanto, age o Estado de Goiás e a autoridade impetrada, amparado por Lei Complementar
autorizadora.

O impetrante ataca a legalidade e/ou a inconstitucionalidade do Decreto Estadual n. 9.104/2017,


por veicular matéria adstrita à lei complementar, bem como exigir diferencial de alíquota do ICMS
em desrespeito ao princípio da legalidade, art. 150, inciso I da Constituição Federal.

O questionado Decreto Estadual n.9.104, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2017, passou a exigir o


pagamento do ICMS correspondente à diferença entre a alíquota interna utilizada no Estado de
Goiás e a alíquota interestadual aplicável, na aquisição interestadual de mercadoria destinada
à comercialização ou produção rural efetivada por contribuinte optante pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições – Simples Nacional, inclusive o
Microempreendedor Individual – MEI.

Não observo a ilegalidade ou a inconstitucionalidade do Decreto Estadual n. 9.104/2017. Explico.

A empresa optante pelo Simples Nacional, tal como acima registrado, se submete ao diferencial
de alíquota por força do disposto no art. 13, §1º, inciso XIII, alínea “h” da Lei Complementar n.
123/2006 e não em virtude da legislação interna do Estado de Goiás, no caso, do questionado
Decreto Estadual n. 9.104/2017.

Como defendido pelo Estado de Goiás, o Decreto n. 9.104/2017 não instituiu nova hipótese de
incidência do ICMS, mas somente afastou a exclusão da cobrança e, por esta razão, não veicula
matéria reservada para lei complementar ou por lei ordinária. Não há ilegalidade na edição do

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decreto questionado, que possui fundamento na Lei Complementar 123/2006.

Se o Estado de Goiás pretendesse afastar a cobrança do diferencial de alíquota, deveria fazê-lo


por meio da isenção. Assim, exige o diferencial de alíquota, amparado, portanto, pelo art. 13, §1º,
inciso, XIII, alínea “h” da Lei Complementar 123/2006.

A questão referente à exigibilidade do DIFAL foi recentemente enfrentada no Supremo Tribunal


Federal, por ocasião do julgamento do RE 970.021, sob a sistemática da repercussão geral,
Tema 517, onde foi fixada a seguinte tese:

“É constitucional a imposição tributária de diferencial de alíquota do ICMS


pelo Estado de destino na entrada de mercadoria em seu território devido
por sociedade empresária aderente ao Simples Nacional,
independentemente da posição desta na cadeia produtiva ou da
possibilidade de compensação dos créditos.”

Tal como restou consignado no voto do relator do RE n. 970.821, Tema 517, Ministro Luiz ‘Edson
Fachin, a adesão ao regime do Simples Nacional é facultativa, de forma que o contribuinte deve
arcar com os ônus e com os bônus decorrentes da escolha.

Segue ementa do julgado:

Ementa: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL.


DIREITO TRIBUTÁRIO. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA. IMPOSTO SOBRE
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS –
ICMS. FEDERALISMO FISCAL. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS.
ASPECTO ESPACIAL DA REGRA-MATRIZ. REGIME ESPECIAL
UNIFICADO DE ARRECAÇÃO DE TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES.
SIMPLES NACIONAL. PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE.
POSTULADO DE TRATAMENTO FAVORECIDO AO MICRO E PEQUENO
EMPREENDEDOR. LEI COMPLEMENTAR 123/2006. LEI ESTADUAL
8.820/1989. LEI ESTADUAL 10.043/1993. 1. Não há vício formal de
inconstitucionalidade na hipótese em que lei complementar federal autoriza
a cobrança de diferencial de alíquota. Art. 13, §1º, XIII, “g”, 2, e “h”, da Lei
Complementar 123/2006. 2. O diferencial de alíquota consiste em
recolhimento pelo Estado de destino da diferença entre a alíquota
interestadual e a interna, de maneira a equilibrar a partilha do ICMS em
operações com diversos entes federados. Trata-se de complemento do
valor do ICMS devido na operação, logo ocorre a cobrança de um único
imposto (ICMS) calculado de duas formas distintas, de modo a alcançar o
quantum debeatur devido na operação interestadual. 3. Não ofende a
técnica da não cumulatividade a vedação à apropriação, transferência ou
compensação de créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos
pelo Simples Nacional, inclusive o diferencial de alíquota. Art. 23 da Lei
Complementar 123/2006. Precedentes. 4. Respeita o ideal regulatório do
tratamento favorecido para as microempresas e empresas de pequeno
porte a exigência do diferencial de alíquota, nos termos da legislação
estadual gaúcha. É inviável adesão parcial ao regime simplificado,
adimplindo-se obrigação tributária de forma centralizada e com carga
menor, simultaneamente ao não recolhimento de diferencial de alíquota
nas operações interestaduais. A opção pelo Simples Nacional é facultativa

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e tomada no âmbito da livre conformação do planejamento tributário,
devendo-se arcar com o bônus e o ônus dessa escolha empresarial. À luz
da separação dos poderes, não é dado ao Poder Judiciário mesclar as
parcelas mais favoráveis de regimes tributários distintos, culminando em
um modelo híbrido, sem o devido amparo legal. 5. Fixação de tese de
julgamento para os fins da sistemática da repercussão geral: “É
constitucional a imposição tributária de diferencial de alíquota do ICMS
pelo Estado de destino na entrada de mercadoria em seu território devido
por sociedade empresária aderente ao Simples Nacional,
independentemente da posição desta na cadeia produtiva ou da
possibilidade de compensação dos créditos.” 6. Recurso extraordinário a
que se nega provimento.

Decisão

O Tribunal, por unanimidade, rejeitou a preliminar de prejudicialidade e


conheceu do recurso extraordinário. Na sequência, após o voto do Ministro
Edson Fachin, Relator, que desprovia o recurso; e dos votos dos Ministros
Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Ricardo
Lewandowski, que lhe davam provimento, pediu vista dos autos o Ministro
Gilmar Mendes. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a
Ministra Rosa Weber. Falaram: pelo recorrente, o Dr. Paulo Antônio
Caliendo; pelo recorrido, o Dr. Tanus Salim, Procurador do Estado do Rio
Grande do Sul; e, pelo amicus curiae Federação do Comércio de Bens e
de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul, o Dr. Rafael Pandolfo.
Presidência do Ministro Dias Toffoli. Plenário, 7.11.2018. Decisão: O
Tribunal, por maioria, apreciando o tema 517 da repercussão geral, negou
provimento ao recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator,
vencidos os Ministros Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Cármen
Lúcia, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio, que davam provimento ao
recurso. Foi fixada a seguinte tese: “É constitucional a imposição tributária
de diferencial de alíquota do ICMS pelo Estado de destino na entrada de
mercadoria em seu território devido por sociedade empresária aderente ao
Simples Nacional, independentemente da posição desta na cadeia
produtiva ou da possibilidade de compensação dos créditos.” Os Ministros
Gilmar Mendes e Nunes Marques acompanharam o Relator com ressalvas.
Plenário, Sessão Virtual de 30.4.2021 a 11.5.2021.

O julgamento fulmina o debate a respeito do direito invocado pelo autor/impetrante, como líquido
e certo, referente ao recolhimento de Difal, nas aquisições não sujeitas à substituição tributária.
Assim, não vejo possível a concessão da ordem pretendida, neste particular.

Do Julgamento do Tema 456 do STF e sua influência no caso concreto

O regime tributário conhecido como antecipação tributária do ICMS é uma modalidade de


cobrança utilizada para exigir antecipadamente o imposto devido até a etapa final de
comercialização, inclusive o diferencial de alíquota – DIFAL, nas operações de aquisições em
outras Unidades da Federação, de mercadorias não sujeitas à substituição tributária, objetivando
aumentar a arrecadação e prevenir eventual sonegação fiscal;

Por ocasião do julgamento do Tema 456, o Supremo Tribunal Federal – STF entendeu pela

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necessidade de edição de lei para a antecipação tributária sem substituição, não sendo
suficiente a edição de decreto com fundamento na Lei Complementar 123, para afastar ofensa ao
princípio da reserva legal.

A exigência do DIFAL para empresas optantes do Simples, no Estado de Goiás, tem como base o
Decreto Estadual n. 9.104/2017, com fundamento na alínea “h” do inciso XIII do § 1º do art. 13 da
Lei Complementar federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (nas aquisições em outros Estados
e no Distrito Federal de bens ou mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipação do
recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual).

Portanto, em relação à exigência de diferencial de alíquota nas aquisições entre outros Estados e
no Distrito Federal, de bens ou mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipação do
recolhimento do imposto, não há dúvida da legalidade do procedimento do Estado de Goiás,
como já exposto acima.

O entendimento quanto à legalidade, contudo, é diferente, ao considerarmos o período anterior à


edição da Lei Estadual n. 20.945/20, em relação à exigência de diferencial de alíquota nas
aquisições entre outros Estados e no Distrito Federal, sujeitas à antecipação tributária sem
substituição, por força, justamente do julgamento do Tema 456 do STF.

A ressalva se dá, pois, o Código Tributário do Estado de Goiás, passou a contar com regra a
respeito da antecipação tributária sem substituição, a partir da Lei 20.945/2020, com o
acréscimo dos incisos VIII e XIII aos artigos 11 e 13, respectivamente.

A Lei Complementar federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, não contempla a hipótese da


antecipação tributária sem substituição.

Como vem defendendo o Estado de Goiás, por ocasião do julgamento do Tema 456 pelo STF, “
Ficou estabelecido que a antecipação do tempo do pagamento, por ser mera alteração da data
de pagamento, pode ser feita por ato infralegal. Por sua vez, a antecipação do fato gerador
sem substituição tributária, por criar um fato gerador fictício, exige lei em sentido estrito,
consoante preconiza o Princípio da Legalidade. Ressaltou o STF, ainda, que se fosse caso de
substituição tributária haveria a necessidade de lei complementar”.

Assim, a legalidade da exigência de diferencial de alíquota, para empresas optantes do simples,


nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal, sujeitas ao regime de antecipação do
recolhimento do imposto (antecipação do fato gerador sem substituição tributária), somente
encontra-se verificada, no período posterior à edição da Lei Estadual n. 20.945/20. Antes, não
havia respaldo legal para a exigência de diferencial de alíquota, nas situações envolvendo
aquisições sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto.

Em resumo: O Estado de Goiás demonstra agir, de acordo com o princípio da legalidade e em


observância à ordem constitucional vigente, ao exigir o diferencial de alíquota das empresas
optantes do Simples Nacional, nas aquisições não sujeitas ao regime de antecipação do
recolhimento de imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual.
Contudo, nas aquisições sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto
(antecipação do fato gerador sem substituição tributária), somente demonstra agir dentro da
legalidade, a partir da edição da Lei Estadual n. 20.945/20, não sendo, portanto, exigível, o
diferencial de alíquota em período anterior.

Posto isto, concedo parcialmente a ordem, para afastar a exigência do pagamento de


diferencial de alíquota – DIFAL, pela impetrante, optante do Simples Nacional, nas aquisições
realizadas em outros Estados e no Distrito Federal, sujeitas ao regime de antecipação do

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recolhimento do imposto (antecipação do fato gerador sem substituição tributária), em período
anterior à edição da Lei Estadual n. 20.945/20, que acrescentou ao Código Tributário do Estado
de Goiás, (regra a respeito da antecipação tributária sem substituição), os incisos VIII e XIII aos
artigos 11 e 13, respectivamente, anulando, de consequência, débitos fiscais que tenham por
base, este fato gerador específico.

Revogo parcialmente liminar eventualmente deferida, anteriormente, mantendo os efeitos apenas


em relação à parcela da pretensão reconhecida.

Determino ainda que o Estado de Goiás se abstenha de incluir o nome da autora no CADIN e de
protestar os referidos débitos, ou aponta-los na conta corrente (extrato de situação fiscal), de
modo que não sejam óbice à emissão de certidão positiva com efeitos de negativa, sob pena de
multa diária, em relação as débitos fiscais que tem por base, o fato gerador decorrente de
aquisições realizadas em outros Estados e no Distrito Federal, sujeitas ao regime de
antecipação do recolhimento do imposto (antecipação do fato gerador sem substituição
tributária), em período anterior à edição da Lei Estadual n. 20.945/20.

Custas divididas em 80% para a parte autora e 20% para o Estado de Goiás, visto que este foi
sucumbente em parte menor.

Sem honorários.

Intimem-se.

Caso apresentado recurso, intime-se a parte contrária para contrarrazoar. Ouça-se o Ministério
Público, se for o caso e, em seguida, remetam-se os autos ao Tribunal de Justiça, independente
de novo despacho.

Após o prazo do recurso voluntário, remetam-se os autos para o Tribunal de Justiça, para fins do
reexame necessário.

Em caso de nova conclusão, remetam-se os autos para a Pasta Decisão, Classificador *Mandado
de Segurança.

Goiânia, data do sistema.

GUSTAVO DALUL FARIA

Juiz de Direito

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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 46 : Intimação Efetivada

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56


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Valor: R$ 1.000,00
Intimação Efetivada
1. A movimentação: ( Intimação Efetivada - A ser publicada
no Diário Eletrônico nos próximos 2 (dois) dias úteis - Adv(s).
de FIT COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA (Referente à Mov.
Julgamento -> Com Resolução do Mérito -> Concessão em
Parte -> Segurança (CNJ:450) - ) ) do dia 13/05/2022
20:11:39 não possui "Arquivos".
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 47 : Intimação Expedida

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:56


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Valor: R$ 1.000,00
Intimação Expedida
1. A movimentação: ( Intimação Expedida - On-line para
Goiânia - Promotoria da 2ª Vara de FPE (Referente à Mov.
Julgamento -> Com Resolução do Mérito -> Concessão em
Parte -> Segurança (CNJ:450) - ) ) do dia 13/05/2022
20:11:39 não possui "Arquivos".
Valor: R$ 1.000,00
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Moura (Referente à Mov. Julgamento -> Com Resolução do
1. A movimentação: ( Intimação Lida - Por Eduardo Abdon

Mérito -> Concessão em Parte -> Segurança (13/05/2022


20:11:39)) ) do dia 16/05/2022 17:07:17 não possui
Intimação Lida
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 48 : Intimação Lida

"Arquivos".
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 49 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : cota_ciente_da_sentenca_ausencia_de_parecer_ministerial_534844661.pdf

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Valor: R$ 1.000,00
5ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE GOIÂNIA
PROTOCOLO 5348446-61.2018.8.09.0051
NATUREZA MANDADO DE SEGURANÇA
IMPETRANTE FIT COMÉRCIO E LOCAÇÃO LTDA.
IMPETRADO SUPERINTENDENTE DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA SEFAZ/GO

Ilustre Juízo,

1. O MP/GO dá-se por ciente da sentença constante do


evento 45 que concedeu parcialmente a segurança pleiteada.

Goiânia, 16 de maio de 2022.

Eduardo Abdon Moura


Promotor de Justiça

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Movimentacao 50 : Juntada -> Petição -> Embargos de declaração
Arquivo 1 : embargosdeclaratoriosfit4sentencaomissa.pdf

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Movimentacao 50 : Juntada -> Petição -> Embargos de declaração
Arquivo 1 : embargosdeclaratoriosfit4sentencaomissa.pdf

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PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
“O Estado de Goiás, ao exigir o diferencial de alíquota de ICMS
questionado, age amparado na alínea “h”, inciso XIII, §1º, art. 13 da
Lei Complementar n. 123/2016 [...]

O questionado Decreto Estadual n.9.104, DE 05 DE DEZEMBRO DE


2017, passou a exigir o pagamento do ICMS correspondente à
diferença entre a alíquota interna utilizada no Estado de Goiás e a
alíquota interestadual aplicável, na aquisição interestadual de
mercadoria destinada à comercialização ou produção rural efetivada
por contribuinte optante pelo Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições – Simples Nacional, inclusive
o Microempreendedor Individual – MEI.

Não observo a ilegalidade ou a inconstitucionalidade do Decreto


Estadual n. 9.104/2017. Explico.

A empresa optante pelo Simples Nacional, tal como acima registrado,


se submete ao diferencial de alíquota por força do disposto no art. 13,
§1º, inciso XIII, alínea “h” da Lei Complementar n. 123/2006 e não em
virtude da legislação interna do Estado de Goiás, no caso, do
questionado Decreto Estadual n. 9.104/2017.”

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 50 : Juntada -> Petição -> Embargos de declaração
Arquivo 1 : embargosdeclaratoriosfit4sentencaomissa.pdf

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Valor: R$ 1.000,00
EMENTA Recurso extraordinário. Repercussão geral.
Direito Tributário. ICMS. Artigo 150, § 7º, da Constituição
Federal. Alcance. Antecipação tributária sem substituição.
Regulamentação por decreto do Poder Executivo.
Impossibilidade. Princípio da legalidade. Reserva de lei
complementar. Não sujeição. Higidez da disciplina por lei
ordinária. 1. A exigência da reserva legal não se aplica à
fixação, pela legislação tributária, de prazo para o
recolhimento de tributo após a verificação da ocorrência de
fato gerador, caminho tradicional para o adimplemento da
obrigação surgida. Isso porque o tempo para o pagamento
da exação não integra a regra matriz de incidência
tributária. 2. Antes da ocorrência de fato gerador, não há

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Valor: R$ 1.000,00
que se falar em regulamentação de prazo de pagamento,
uma vez que inexiste dever de pagar. 3. No regime de
antecipação tributária sem substituição, o que se antecipa
é o critério temporal da hipótese de incidência, sendo
inconstitucionais a regulação da matéria por decreto do
Poder Executivo e a delegação genérica contida em lei, já
que o momento da ocorrência de fato gerador é um dos
aspectos da regra matriz de incidência submetido a
reserva legal. 4. Com a edição da Emenda Constitucional
nº 3/93, a possibilidade de antecipação tributária, com ou
sem substituição, de imposto ou contribuição com base em
fato gerador presumido deixa de ter caráter legal e é
incorporada ao texto constitucional no art. 150, § 7º. 5.
Relativamente à antecipação sem substituição, o texto
constitucional exige somente que a antecipação do
aspecto temporal se faça ex lege e que o momento eleito
pelo legislador esteja de algum modo vinculado ao núcleo
da exigência tributária. 6. Somente nas hipóteses de
antecipação do fato gerador do ICMS com substituição se
exige, por força do art. 155, § 2º, XII, b, da Constituição,
previsão em lei complementar. 7. Recurso extraordinário a
que se nega provimento.
(RE 598677, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno,
julgado em 29/03/2021, PROCESSO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-085 DIVULG 04-
05-2021 PUBLIC 05-05-2021)

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Arquivo 2 : calendario_feriados_2022tj.pdf

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FERIADOS DO ANO DE 2022
DATA DIA DA SEMANA DESCRIÇÃO FERIADO/PONTO
FACULTATIVO
01/01/22 Sábado Confraternização universal Feriado Nacional
28/02/22 Segunda-feira Carnaval Feriado (Art. 123 do
Regimento Interno TJGO)
01/03/22 Terça-feira Carnaval Feriado (Art. 123 do
Regimento Interno TJGO)
02/03/22 Quarta-feira Quarta-Feira de Cinzas Feriado (Art. 123 do
até 12h Regimento Interno TJGO)
13/04/22 Quarta-feira Semana Santa Feriado (Art. 123 do
Regimento Interno do
TJGO)
14/04/22 Quinta-feira Semana Santa Feriado (Art. 123 do
Regimento Interno do
TJGO)
15/04/22 Sexta-feira Paixão de Cristo Feriado Nacional
21/04/22 Quinta-feira Tiradentes Feriado Nacional
01/05/22 Domingo Dia do Trabalho Feriado Nacional
24/05/22 Terça-feira Dia de Nossa Senhora Feriado Municipal (restrito
Auxiliadora às comarcas de Goiânia,
Iporá, Leopoldo de
Bulhões e Senador
Canedo)
16/06/22 Quinta-feira Corpus Christi Feriado Nacional
26/07/22 Terça-feira Consagrado à fundação da Feriado (Art. 123 do
Cidade de Goiás
Regimento Interno do
TJGO)
07/09/22 Quarta-feira Independência do Brasil Feriado Nacional
12/10/22 Quarta-feira Nossa Sra. Aparecida Feriado Nacional
24/10/22 Segunda-feira Comemorativo ao lançamento Feriado (Art. 123 do
da pedra fundamental de
Regimento Interno do
Goiânia e Aniversário de
Goiânia TJGO)
28/10/22 Sexta-feira Dia do Servidor Público Feriado Estadual (Lei nº
20.756/20)

Av. Assis Chateubriand, 195, St. Oeste. Goiânia-GO. CEP 74280-900 – Telefone (62) 3216-2000

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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02/11/22 Quarta-feira Finados Feriado Nacional
15/11/22 Terça-feira Proclamação da República Feriado Nacional
08/12/22 Quinta-feira Dia da Justiça Feriado (Art. 123 do
Regimento Interno do
TJGO)
25/12/22 Domingo Natal Feriado Nacional
20/12/22 - Recesso Forense Recesso (Art. 123 do
à Regimento Interno do
06/01/23 TJGO)

OBS: As datas dos feriados estão sujeitas a alterações, assim como poderão ser decretados
pontos facultativos no decorrer do ano de 2022, a critério da Presidência, em virtude de cir-
cunstâncias eventuais que justifiquem referidas medidas.

Av. Assis Chateubriand, 195, St. Oeste. Goiânia-GO. CEP 74280-900 – Telefone (62) 3216-2000

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 51 : Certidão Expedida
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:57


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
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Estado de Goiás
Poder Judiciário
Comarca de Goiânia
Goiânia - 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual
Avenida Olinda esquina com Avenida PL 3, Qd. G, Lt. 04, Park Lozandes, CEP 74884-120

5348446-61.2018.8.09.0051

PROVIMENTO Nº 05/2010, de 09/03/2010


ANDAMENTO PROCESSUAL

Nos termos do § 4° do art. 203 do Novo Código de Processo Civil e


atendendo ao Provimento 05/2010 da insigne Corregedoria-Geral de Justiça, ARTIGO
328-b, pratico o seguinte ato ordinatório:
Considerando os efeitos infrigentes dos embargos opostos no evento nº 50,
intime-se a parte embargada para se manifestar, no prazo de 10 (dez) dias.

Goiânia, 27 de maio de 2022.


KÁSSIA POLIANY FERNANDES DA COSTA
Analista Judiciário

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 27/05/2022 17:53:34
Assinado por KASSIA POLIANY FERNANDES DA COSTA
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Valor: R$ 1.000,00
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Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:57
(Referente à Mov. Certidão Expedida (CNJ:60) - ) ) do dia
1. A movimentação: ( Intimação Expedida - On-line para
Adv(s). de Estado De Goias - Litisconsorte Passivo

27/05/2022 17:53:34 não possui "Arquivos".


Intimação Expedida
Movimentacao 52 : Intimação Expedida
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Valor: R$ 1.000,00
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
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Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:57
1. A movimentação: ( Intimação Lida - Automaticamente para

(27/05/2022 17:53:34)) ) do dia 06/06/2022 03:04:45 não


Estado De Goias (Referente à Mov. Certidão Expedida
Intimação Lida

possui "Arquivos".
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 53 : Intimação Lida
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 54 : Juntada -> Petição -> Embargos de declaração
Arquivo 1 : embargosdeclaracaoextrapetitasentencadalulsemembargosanterioresmssemmemoriaispedidosimplesdapartefit.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:57


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- 1/8 -
AO JUÍZO DA 2ª VARA DA FAZENDAS PÚBLICA DA COMARCA DE GOIÂNIA-GO

Mandado de Segurança n.º: 5348446-61.2018.8.09.0051


Embargante: Fit Comércio e Locação Ltda.
Embargado: Estado de Goiás

O ESTADO DE GOIÁS, pessoa jurídica de direito público interno, devidamente


qualificado nos autos do processo em epígrafe vem, por intermédio da Procuradora do Estado,
(mandato ex lege, artigos: 132 da CF/88; 75, I e II, CPC e 118 da Constituição Estadual/GO), à
presença de Vossa Excelência, tempestivamente, com fulcro no art. 1.022 e ss. do Código de
Processo Civil opor os presentes EMBARGOS DE DECLARAÇÃO em face da sentença
exarada nos autos em epígrafe que julgou parcialmente procedente os pedidos do autor, pelos
argumentos jurídicos que passa a aduzir.

I. DA TEMPESTIVIDADE - AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS

Inicialmente, compulsando os autos verifica-se que o Estado de Goiás não foi


devidamente intimado dos termos da sentença com resolução de mérito (mov. 45).

Desta forma, os presentes embargos de declaração opostos são plenamente


tempestivos.

II. DOS FATOS

A presente ação tem como objetivo afastar a exigência do diferencial de alíquota do


Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (DIFAL) incidente sobre as operações
de aquisição de bens destinados à comercialização efetivada por contribuinte optante do
Simples Nacional sediado no Estado de Goiás, cuja exigência se faz nos termos da LC 123/06
c/c Decreto 9.104/17.

Alega a autora violação ao princípio da legalidade por se tratar de Decreto


9.104/17. Aduz que o diferencial de alíquotas no caso de empresas optantes pelo Simples Na-
cional só é devido quando o adquirente é contribuinte de ICMS e ao mesmo tempo consumidor
final do bem adquirido e que por não se tratar de consumidora final não é devedora de DIFAL.
Rua 2, Esq. com a Av. República Do Líbano, 1.693, Qd D-2, Lts 20/26/28 – Setor Oeste - Goiânia/GO CEP. 74115-120 - va

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Movimentacao 54 : Juntada -> Petição -> Embargos de declaração
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Valor: R$ 1.000,00
- 2/8 -

Aponta inconstitucionalidade da alínea ‘h’, XIII, § 1.º, artigo 13 da LC 123/2006 e


afronta ao princípio da cumulatividade.

Sobreveio sentença no evento 36, nos seguintes termos:

Em resumo: O Estado de Goiás demonstra agir, de acordo com o princípio da


legalidade e em observância à ordem constitucional vigente, ao exigir o
diferencial de alíquota das empresas optantes do Simples Nacional, nas
aquisições não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento de
imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual.
Contudo, nas aquisições sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento
do imposto (antecipação do fato gerador sem substituição tributária), somente
demonstra agir dentro da legalidade, a partir da edição da Lei Estadual n.
20.945/20, não sendo, portanto, exigível, o diferencial de alíquota em período
anterior.
Posto isto, julgo parcialmente procedente o pedido inicial, para afastar a
exigência do pagamento de diferencial de alíquota – DIFAL, pela impetrante,
optante do Simples Nacional, nas aquisições realizadas em outros Estados e
no Distrito Federal, sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do
imposto (antecipação do fato gerador sem substituição tributária), em período
anterior à edição da Lei Estadual n. 20.945/20, que acrescentou ao Código
Tributário do Estado de Goiás, (regra a respeito da antecipação tributária
sem substituição), os incisos VIII e XIII aos artigos 11 e 13, respectivamente,
anulando, de consequência, débitos fiscais que tenham por base, este fato
gerador específico.
(...)”

Data maxima venia, em que pese o brilhante raciocínio quanto ao Tema 456, a de-
cisão padece de vício, error in procedendo, posto que a decisão proferida é extra petita, haja
vista que em momento algum constou dos pedidos iniciais declaração quanto ao ICMS cobrado
a respeito de regime de antecipação tributária, exatamente porque o pedido foi todo funda-
mentado no Diferencial de alíquotas cobrado lastreado no Decreto 9.104/2017, qual seja, aqui-
sições de mercadorias não sujeitas ao regime de antecipação.

III – DO CABIMENTO.

Tempestividade: Os presentes embargos são tempestivos porque o Estado ainda


não foi intimado da sentença.

Rua 2, Esq. com a Av. República Do Líbano, 1.693, Qd D-2, Lts 20/26/28 – Setor Oeste - Goiânia/GO CEP. 74115-120 - va

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Movimentacao 54 : Juntada -> Petição -> Embargos de declaração
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- 3/8 -
Na forma do artigo 1.022 e seguintes do Novo CPC, é cabível a oposição do
recurso de embargos de declaração quando a decisão ou sentença for omissa, contraditória ou
obscura e/ou contiver erro material.

A decisão ultra ou extra petita é equiparada a decisão que incorre em erro


material, daí serem cabíveis os embargos de declaração.

Ademais, o Superior Tribunal de Justiça entende cabíveis embargos de declaração


para corrigir decisão extra ou ultra petita.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO


AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE
COBRANÇA. REFORMATIO IN PEJUS. NÃO OCORRÊNCIA.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. 1. Os embargos
declaratórios são recurso de fundamentação vinculada às hipóteses de
cabimento previstas no incisos I e II do art. 535 do Código de Processo Civil,
portanto, restrito às situações de existência de obscuridade, contradição ou
omissão no julgado. Assim, não se prestam ao rejulgamento da lide, mas
apenas à elucidação ou ao aperfeiçoamento do decisum caso se
verifiquem as situações acima descritas. 3. Não há óbice a que o
magistrado, reconhecendo que enfrentou questões não arguidas pelas
partes (julgamento extra petita), corrija o erro quando adequadamente
provocado. 4. Embargos de declaração rejeitados. (EDcl no AgRg no REsp
1212870 / DF EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2010/0166690-0. Ministro
JOÃO OTÁVIO DE NORONHA (1123)T3 - TERCEIRA TURMA Data do
Julgamento 05/03/2015 Data da Publicação/Fonte DJe 18/03/2015)

Na forma dos retro citados dispositivos e fundamentos, existe um ponto que o


embargante entende que deve ser objeto de análise e respectiva correção na sentença, nos
termos em que se segue.

Ademais, vale destacar que o recurso aclaratório tem total aplicação para reverter
situações que impliquem nulidade de pleno direito, como acontece quando se vulnera pilar
magno, conforme assevera Theotônio Negrão em preciosos apontamentos:

“Cabem embargos de declaração com efeitos modificativos, para


correção de erro relativo:
- a nulidade pleno jure, …;
- a uma premissa equivocada de que haja partido a decisão
embargada,
(...)
Rua 2, Esq. com a Av. República Do Líbano, 1.693, Qd D-2, Lts 20/26/28 – Setor Oeste - Goiânia/GO CEP. 74115-120 - va

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- 4/8 -
- à formalidade essencial não observada nos autos….”(in Código de
Processo Civil. 38ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006, pp. 658/659).

Justamente no que pertine à existência de nulidade de pleno direito, já que extra


petita é que se subsume a presente irresignação.

IV - DAS RAZÕES DO RECURSO.

4.1 DA NULIDADE – DECISÃO EXTRA PETITA.

Consoante anotado alhures, a sentença decidiu nos seguintes termos:

“(...)
Assim, a legalidade da exigência de diferencial de alíquota, para empresas
optantes do simples, nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal,
sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto (antecipa-
ção do fato gerador sem substituição tributária), somente encontra-se verifica-
da, no período posterior à edição da Lei Estadual n. 20.945/20. Antes, não ha-
via respaldo legal para a exigência de diferencial de alíquota, nas situações
envolvendo aquisições sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do
imposto.
Em resumo: O Estado de Goiás demonstra agir, de acordo com o princípio da
legalidade e em observância à ordem constitucional vigente, ao exigir o
diferencial de alíquota das empresas optantes do Simples Nacional, nas
aquisições não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento de
imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual.
Contudo, nas aquisições sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento
do imposto (antecipação do fato gerador sem substituição tributária), somente
demonstra agir dentro da legalidade, a partir da edição da Lei Estadual n.
20.945/20, não sendo, portanto, exigível, o diferencial de alíquota em período
anterior.
Posto isto, julgo parcialmente procedente o pedido inicial, para afastar a
exigência do pagamento de diferencial de alíquota – DIFAL, pela impetrante,
optante do Simples Nacional, nas aquisições realizadas em outros Estados e
no Distrito Federal, sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do
imposto (antecipação do fato gerador sem substituição tributária), em período
anterior à edição da Lei Estadual n. 20.945/20, que acrescentou ao Código
Tributário do Estado de Goiás, (regra a respeito da antecipação tributária
sem substituição), os incisos VIII e XIII aos artigos 11 e 13, respectivamente,
anulando, de consequência, débitos fiscais que tenham por base, este fato
gerador específico.

O que se discute nos autos é o alcance do Decreto 9.104/2017 que em sua

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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 54 : Juntada -> Petição -> Embargos de declaração
Arquivo 1 : embargosdeclaracaoextrapetitasentencadalulsemembargosanterioresmssemmemoriaispedidosimplesdapartefit.pdf

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- 5/8 -
introdução, expressamente afirma que o então Governador do Estado de Goiás se fundamentou
no art. 37, IV, da Constituição do Estado de Goiás, no art. 4º das Disposições Finais e
Transitórias do CTE, e na alínea "h" do inciso XIII do § 1º do art. 13 da Lei
Complementar nº 123/06 e dispõe que:

Art. 1º Fica exigido o pagamento do ICMS correspondente à diferença entre a


alíquota interna utilizada neste Estado e a alíquota interestadual aplicável, na
aquisição interestadual de mercadoria destinada à comercialização ou
produção rural efetivada por contribuinte optante pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições - Simples
Nacional, inclusive o Microempreendedor Individual - MEI.
(...)

Ademais, o Supremo Tribunal Federal no Tema 517 assim concluiu: “É


constitucional a imposição tributária de diferencial de alíquota do ICMS pelo Estado de
destino na entrada de mercadoria em seu território devido por sociedade empresária
aderente ao Simples Nacional, independentemente da posição desta na cadeia produtiva ou
da possibilidade de compensação dos créditos.”

Ou seja, conforme decidiu a Corte Suprema, não interessa se a mercadoria


adquirida pela impetrante optante pelo SIMPLES NACIONAL será destinada a seu próprio
uso e/ou consumo, tampouco se destinada a comercialização “independente da posição desta
na cadeia produtiva.”, o diferencial de alíquota pode ser exigido.

Conforme decidiu a sentença, a alegação de violação ao princípio da legalidade não


prospera haja visto que o Decreto estadual deu cumprimento à disposição e previsão da LC
123/2006. O próprio Relator Ministro Edson Fachin concluiu, no julgamento do Tema 517,
pela inexistência de vício formal na espécie.

Assevere-se, ainda, que a própria sentença reconhece que o pedido do autor diz
respeito ao decreto estadual:

“(…)
Questiona a legalidade e a constitucionalidade da exigência do diferencial
de alíquota – DIFAL, pelo Decreto n. 9.104/2017, pelo Estado de Goiás,
pois estaria ferindo direito do autor quanto a tratamento diferenciado e
favorável ao regime de tributação escolhido e que limita o poder de tributação
por parte do Estado.”

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Desta feita, tratando-se de pedido que objetiva o afastamento do diferencial de
alíquotas fundamentado no Decreto 9.104/2017 não há se falar em antecipação de
pagamento, seja porque o Decreto não trata desta matéria e, não tem a ver com o pedido da
autora; seja porque até a legislação estadual tratar de antecipação de pagamento, o Estado de
Goiás não cobrava diferencial de alíquota com base na alínea g, inciso XIII, artigo 13, LC
123/2006. Ressalte-se, por fim, que sequer há nos autos alegação ou prova de que o Estado
tenha exigido diferencial de alíquotas por antecipação.

Nesta senda é imperioso destacar os artigos 141 e 492 do CPC.

Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-
lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige
iniciativa da parte.

Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida,


bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do
que lhe foi demandado.
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica
condicional. (Grifei)

Sendo assim, é vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida. O


limite da sentença é o pedido, com a sua fundamentação, é o que a doutrina denomina de
princípio da adstrição, princípio da congruência ou da conformidade.

O magistrado, ao sentenciar, precisa percorrer uma trilha, um caminho, até chegar


ao objetivo final, que é resolver o mérito da demanda, nos termos do que lhe foi proposto pelas
partes, nos termos do pedido.

Ademais, os limites da decisão devem respeitar não apenas o pedido, mas também
a causa de pedir e os sujeitos da relação processual. É que se chama de limites objetivos e
subjetivos da sentença.

Os limites objetivos da sentença estão regulados pelo art. 492 do CPC/2015.


Nesse sentido, é vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como
condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.

O afastamento desse limite caracteriza as sentenças citra petita, ultra petita e extra
petita, o que constitui vícios e, portanto, acarreta a nulidade do ato decisório. A questão em
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deslinde enquadra-se no julgamento extra petita, vez que a juíza singular entregou providência
jurisdicional diversa da que foi postulada e a tutela entregue não esta abarcada pelo
conhecimento de ofício (art. 337, § 5º, CPC/2015)1.

É notório que o julgamento se amolda a hipótese de extra petita. Considerando que


a providência deferida é totalmente estranha não só ao pedido, mas também a causa de pedir.

Logo, Excelência, se os pedidos e a causa de pedir referem-se tão somente ao


Decreto Estadual 9.104/2017 que dá cumprimento ao artigo 13, § 1.º, XIII, ‘h’ da LC
123/2006 referindo-se apenas às aquisições NÃO sujeitas ao regime de antecipação do
recolhimento do imposto, a parte da decisão referente ao regime de antecipação do
recolhimento do imposto não prospera, devendo ser extirpada.

V. DOS PEDIDOS.

Ante o exposto, requer o ESTADO DE GOIÁS:

1Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:


I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição
estatal e renúncia ao juízo arbitral.

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- 8/8 -
a) O reconhecimento da nulidade de intimação do Estado de Goiás acerca dos
termos da sentença com resolução de mérito prolatada no evento nº 45 dos autos e
a tempestividade da oposição dos presentes aclaratórios;

b) O conhecimento e acolhimento dos presentes embargos com a supressão


do vício apontado, de modo que a sentença se amolde aos pedidos iniciais,
mantendo-se a sentença apenas no que pertine ao reconhecimento da legalidade e
constitucionalidade do Decreto em questão com todos os efeitos que decorrem da
improcedência da ação.

Pede deferimento.

Goiânia, 15 de junho de 2022.

Poliana Dias Alves Julião


Procuradora do Estado
OAB/GO 40212

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Movimentacao 55 : Juntada -> Petição -> Contrarrazões
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- 1/4 -

AO JUÍZO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE


GOIÂNIA/GO

Mandado de Segurança n.º: 5348446-61.2018.8.09.0051


Embargante: Fit Comércio e Locação Ltda.
Embargado: Estado de Goiás

ESTADO DE GOIÁS, pessoa jurídica de direito público interno, pela sua


Procuradora que esta subscreve, nos autos da ação mandamental supracitados vem
respeitosamente à presença de V. Exª. apresentar suas CONTRARRAZÕES AOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos no ev. 50, requerendo que as mesmas sejam
recebidas e processadas, nos termos da legislação vigente.

Os Embargos de Declaração apontam a existência de premissas equivocadas


na sentença, na medida em que:

1) “ a decisão objurgada deixou de apreciar pedidos contidos na inicial, como


a autorização de depósito judicial do imposto cobrado até o final do julgamento e
consequente suspensão da exigibilidade do crédito nos termos do art. 151, II do CTN”.

2) “A sentença deixou de enfrentar os argumentos de ofensa ao Princípio da


Legalidade e Competência na instituição do imposto DIFAL do ICMS aos optantes do
Simples Nacional por meio do Decreto nº. 9.104/2017”.

1) DA IMPOSSIBILIDADE DE DEPÓSITO MENSAL PARA FINS DE


SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO – VIOLAÇÃO
DA LEI Nº 9.492/97 – ADI 5.135/DF (STF) – RESP REPETITIVO 1123669/RS.

A suspensão de exigibilidade do crédito tributário não deve ser determina-


do uma vez que afronta diretamente a Súmula 112 do STJ, em análise conjunta ao artigo
151, II do Código Tributário Nacional.

Com efeito, conforme disposto no artigo 151, inciso II, do Código Tributário
Nacional, somente o depósito integral do montante devido, suspende a exigibilidade do
crédito tributário. Confira-se:
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- 2/4 -

Art. 151 – Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


II – o depósito do seu montante integral.

Aqui, enfatiza-se que o depósito mensal de parcelas vincendas viola os


termos do inciso II do art. 151 do CTN c/c o enunciado da Súmula 112/STJ, isso porque, o
art. 111 do Código Tributário Nacional estabelece a necessidade de interpretação literal
para os casos de suspensão ou exclusão do crédito tributário, daí a impossibilidade da
suspensão da exigibilidade de crédito por depósito mensal, pois este não se confunde com
depósito integral nos termos da lei. Nesse sentido:

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO ANULATÓRIA


DE DÉBITO FISCAL - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO - ART. 151, CTN - ROL TAXATIVO -
SÚMULA 112, STJ-DEPÓSITO DO VALOR INTEGRAL-
IMPRESCINDIBILIDADE - DEPÓSITO MENSAL DAS
PARCELAS - IMPOSSIBILIDADE - PRINCÍPIOS DA
LEGALIDADE E DA ISONOMIA - RECURSO NÃO PROVIDO -
O enunciado da Súmula 112 do STJ reforça o disposto no art. 151,
II, do Código Tributário Nacional, ao prever que "o depósito
somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for
integral e em dinheiro" e, neste sentido, incontroverso o não
preenchimento do requisito "integral", vez que o próprio agravante
afirma sua pretensão em depositar mensamente em juízo o valor de
cada parcela que, inclusive, é variável - Incabível a criação, pelo
agravante, de outra hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito
tributário, ao fundamento de que lhe seria mais benéfico. O rol elencado
no art. 151 do Código Tributário Nacional é taxativo, não sendo
admitida qualquer interpretação extensiva - Entendimento
contrário ensejaria grave ofensa aos princípios da legalidade e da
isonomia - Recurso não provido.
(TJ-MG - AI: 10000180085441002 MG, Relator: Carlos Roberto de
Faria, Data de Julgamento: 15/05/0018, Data de Publicação:
21/05/2018)

Aliás, cumpre ressaltar que a impossibilidade do depósito mensal de parcelas


vincendas para fins de suspensão da exigibilidade de crédito tributário, foi recentemente
objeto de discussão nos autos da Apelação Cível no Mandado de Segurança nº
5227013.90.2018.8.09.00511. Na ocasião, o nobre Relator Desembargador MAURÍCIO
PORFÍRIO ROSA assim consignou:

1(TJGO, PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Recursos -> Apelação Cível 5227013-90.2018.8.09.0051, Rel.
Des(a). MAURICIO PORFIRIO ROSA, 5ª Câmara Cível, julgado em 27/04/2021, DJe de 27/04/2021)
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- 3/4 -

“Por último, acerca do imbróglio entre as partes em relação às hipóteses


de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, elucido que o
Código Tributário Nacional prevê em seu artigo 151 as hipóteses
taxativas, verbis:
“Artigo 151: Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança;
V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras
espécies de ação judicial (incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
VI – o parcelamento (incluído pela Lcp nº 104, de 2001);
Parágrafo único: (...)”. ;
Por sua vez, o enunciado da Sumula 112 do STJ reforça a premissa de
que “o depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se
for integral e em dinheiro”.
Assim, a pretensão do Apelante em depositar mensalmente em juízo
o valor de cada parcela, não tem o condão de suspender a
exigibilidade do crédito tributário, nos moldes do artigo
supracitado.

Destarte, oportuno ressaltar que não é cabível ao Apelante criação


de outra espécie de suspensão de crédito tributário, pois, como dito
anteriormente, o rol do artigo 151 do CTN é taxativo, não se
admitindo interpretação extensiva, sob pena de ofender aos
princípios da legalidade e isonomia.”

Logo, não cabe falar em depósito mensal de parcelas para fins de suspensão
de exigibilidade pela afronta à legalidade e a taxatividade do artigo 151 do CTN.

Pelas razões deduzidas, impõe-se a rejeição dos presentes embargos de decla-


ração, sendo o que se requer.

2. DA AUSÊNCIA DE OMISSÃO QUANTO AO CUMPRIMENTO DO PRINCÍPIO


DA LEGALIDADE E DA COMPETÊNCIA EM FACE DO DECRETO 9.104/17.

Quanto ao tópico 2 dos Embargos, contudo, as razões do Embargante


não procedem. A sentença não foi omissa, tampouco se baseou em premissa equivocada,
uma vez que foi taxativa e se refere efetivamente à pretensão deduzida pelo Autor, não
sendo o caso de decisão extra petita quanto a motivação dos presentes aclaratórios. Nesse
sentido, não há dúvidas quanto ao enfrentamento da suposta inconstitucionalidade do
decreto estadual pela sentença:

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- 4/4 -

Não observo a ilegalidade ou a inconstitucionalidade do


Decreto Estadual n. 9.104/2017. Explico.

Conforme pontuado pelo Magistrado “A empresa optante pelo Simples


Nacional, tal como acima registrado, se submete ao diferencial de alíquota por força do
disposto no art. 13, §1º, inciso XIII, alínea “h” da Lei Complementar n. 123/2006 e não
em virtude da legislação interna do Estado de Goiás, no caso, do questionado Decreto
Estadual n. 9.104/2017.”

Além disso, conforme defendido pelo Estado de Goiás o Decreto n.


9.104/2017 não instituiu nova hipótese de incidência do ICMS, mas somente afastou a
exclusão da cobrança e, por esta razão, não veicula matéria reservada para lei
complementar ou por lei ordinária. Não há ilegalidade na edição do decreto questionado,
que possui fundamento na Lei Complementar 123/2006.

Nesse sentido, discordando o autor das razões aduzidas na sentença para o


reconhecimento da validade do Decreto 9104/17, cabe-lhe a interposição do recurso
adequado à rediscussão da matéria, a qual foi claramente apreciada e condiz com a
pretensão deduzida na inicial.

Ao teor do exposto, o Estado de Goiás, embargado, se manifesta pelo


REJEIÇÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, nos termos dos fundamentos
expostos.

Pede deferimento.

Goiânia/GO, 15 de June de 2022.

Poliana Dias Alves Julião


Procuradora do Estado
OAB/GO 40.212

Rua 2 esquina com Av. República do Líbano, 1693, qd. D-2, lts. 20/26/28 - St. Oeste, Goiânia - GO, 74115-120. - va

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por POLIANA DIAS ALVES JULIAO:87850265149
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 56 : Certidão Expedida
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:57


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Estado de Goiás
Poder Judiciário
Comarca de Goiânia
Goiânia - 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual
Avenida Olinda esquina com Avenida PL 3, Qd. G, Lt. 04, Park Lozandes, CEP 74884-120

5348446-61.2018.8.09.0051

PROVIMENTO Nº 05/2010, de 09/03/2010


ANDAMENTO PROCESSUAL

Nos termos do § 4° do art. 203 do Novo Código de Processo Civil e


atendendo ao Provimento 05/2010 da insigne Corregedoria-Geral de Justiça, ARTIGO
328-b, pratico o seguinte ato ordinatório:
Considerando os efeitos infrigentes dos embargos opostos no evento nº 54,
intime-se a parte embargada para se manifestar, no prazo de 05 (cinco) dias.

Goiânia, 15 de julho de 2022.


KÁSSIA POLIANY FERNANDES DA COSTA
Analista Judiciário

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 15/07/2022 15:00:41
Assinado por KASSIA POLIANY FERNANDES DA COSTA
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 57 : Intimação Efetivada

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:57


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
Intimação Efetivada
1. A movimentação: ( Intimação Efetivada - A ser publicada
no Diário Eletrônico nos próximos 2 (dois) dias úteis - Adv(s).
de FIT COMERCIO E LOCAÇÃO LTDA - Polo Ativo
(Referente à Mov. Certidão Expedida (CNJ:60) - ) ) do dia
15/07/2022 15:00:41 não possui "Arquivos".
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 58 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : contrarrazoesaoseddifalfit4.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:57


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
AO JUÍZO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE GOIÂNIA - GO.

Protocolo nº 5348446-61.2018.8.09.0051
Embargante: ESTADO DE GOIÁS

FIT COMÉRCIO E LOCAÇÃO LTDA., já devidamente qualificada nos autos em


epígrafe, vem à presença de Vossa Excelência apresentar as competentes
CONTRARRAZÕES AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
opostos no evento digital n° 54 conforme se passa a explanar.

I) DA IMPOSSIBILIDADE DE REFORMA DA DECISÃO – AUSÊNCIA DE VÍCIOS

Excelência, o Embargante inconformado com a sábia e fundamentada


sentença proferidas nos autos, interpôs os presentes Embargos de Declaração com o objetivo
de reformar a decisão.
Os Embargos Declaratórios previstos no art. 1.022 do Novo Código
Processual Civil é meio recursal apto a indicar ao Juízo um vício material, bem como uma
omissão, contradição ou obscuridade, vislumbrada à decisão prolatada.
Veja-se a disposição artigo 1.022, do NCPC:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial
para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o
juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso
sob julgamento;

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 27/07/2022 21:43:09
Assinado por BRUNA STHEFANY MACEDO SILVA:02898232181
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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 58 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : contrarrazoesaoseddifalfit4.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:57


GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.

No caso em comento, as razões delineadas nos Embargos de Declaração são


de que haveria error in procedendo por alegação de julgamento extra petita, no entando, em
pese as razões fundamentadas, essas deveriam ser sustentadas em sede de recurso de
apelação, já que não se enquadram em nenhuma das hipóteses do art. 1.022 do CPC, assim o
intuito do embargante que é claramente rediscutir a matéria já apreciada.
A jurisprudência pacífica e recente do Egrégio Tribunal de Justiça de Goiás:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. INTENTO
MODIFICATIVO. TENTATIVA DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.
IMPOSSIBILIDADE. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. I - Os embargos de
declaração têm a finalidade de integrar, aclarar ou complementar decisões
judiciais, não tendo, pois, índole de sucedâneo recursal forte a modificar a
substância da matéria da decidida. II - O manejo dos embargos declaratórios
com finalidade veladamente infringente, cujas razões apenas reiteram o
exposto na peça recursal originária, configura eleição de via inadequada que
impede o êxito da pretensão recursal. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS E REJEITADOS.
(TJGO, Mandado de Segurança ( L. 8069/90 ) 5209332-03.2017.8.09.0000,
Rel. MAURICIO PORFIRIO ROSA, 2ª Câmara Cível, julgado em 20/10/2017,
DJe de 20/10/2017)

Desse modo, os presentes Embargos de Declaração não é a via adequada


para a reforma da decisão, vez que, não foram trazidas nenhuma das previsões legais que
autorizam a atribuição de efeitos infringentes ao mesmo, devendo ser julgado improcedente.

1) Dos Requerimentos

Ex positis, Excelência, não devem os Embargos de Declaração produzirem


qualquer efeito modificativo da decisão, eis que não restam presentes requisitos para tanto,
vez que o recurso adequado seriam a Apelação.
Oportunamente, reafirma os argumentos traduzidos na petição de evento
digital nº 50.

Termos em que pede deferimento.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 58 : Juntada -> Petição
Arquivo 1 : contrarrazoesaoseddifalfit4.pdf

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:57


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Goiânia - GO, 27 de julho de 2022.

Bruna Sthefany Macedo Silva Erick Bernardes Rocha


OAB/GO 37.414 OAB/GO 39.494

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
GOIÂNIA - 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:57
1. A movimentação: ( Autos Conclusos - P/ DECISÃO ) do dia
18/08/2022 16:07:48 não possui "Arquivos".
Autos Conclusos
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 59 : Autos Conclusos
Processo: 5348446-61.2018.8.09.0051
Movimentacao 60 : Julgamento -> Com Resolução do Mérito -> Não-Acolhimento de Embargos de Declaração
Arquivo 1 : online.html

Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:57


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Valor: R$ 1.000,00
DECISÃO

Dois embargos de declaração foram opostos em face da sentença, pelas partes.

Dos Embargos de Declaração opostos pelo autor/impetrante

A parte autora opôs Embargos de Declaração em face da sentença proferida.

Afirma que o art. 1º da Lei Complementar 123/2006 é claro em mencionar que seu objetivo é
regular normas gerais e não especificar a forma de cobrança de quaisquer tributos.

Destaca a necessidade de observância do princípio da legalidade, disciplinado no art. 150, inciso


I da Constituição Federal e aponta a inexistência de lei para regular a forma de cobrança do
tributo no âmbito estadual, entendendo não ser o Decreto n. 9.014/2017, este ato normativo
autorizativo. Neste ponto, haveria contradição na sentença.

Afirma também que o Decreto n. 9.104/2017 não tem como objetivo afastar a exclusão da
cobrança anteriormente isentada, mas regular a cobrança da diferença de alíquota, ponto em que
haveria equívoco na sentença.

O embargado apresentou resposta, buscando afastar os argumentos do embargante.

Pois bem.

Não observo presente qualquer omissão, equívoco ou contradição na sentença atacada.

Em relação à contradição, à omissão quanto ao questionamento sobre o desrespeito ao


tratamento constitucional diferenciado conferido às microempresas e empresas de pequeno porte,
e ao equívoco apontados, entendo que a matéria já foi enfrentada na sentença, com a exposição
da convicção do magistrado a respeito da questão. Transcrevo trecho da mesma, para ilustração:

O Estado de Goiás, ao exigir o diferencial de alíquota de ICMS


questionado, age amparado na alínea “h”, inciso XIII, §1º, art. 13 da
Lei Complementar n. 123/2016, que assim estabelece:

Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento


mensal, mediante documento único de arrecadação,
dos seguintes impostos e contribuições:

(...);

§ 1 o O recolhimento na forma deste artigo não


exclui a incidência dos seguintes impostos ou
contribuições, devidos na qualidade de contribuinte
ou responsável, em relação aos quais será
observada a legislação aplicável às demais pessoas
jurídicas:

(...);

XIII - ICMS devido:

(...);

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Usuário: Bruna Sthefany Macedo Silva - Data: 18/11/2022 12:00:57


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PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Processo de Conhecimento -> Procedimento de Conhecimento -> Procedimentos Especiais -> Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Regimento
Valor: R$ 1.000,00
h) nas aquisições em outros Estados e no
Distrito Federal de bens ou mercadorias, não
sujeitas ao regime de antecipação do
recolhimento do imposto, relativo à diferença
entre a alíquota interna e a interestadual;
(negritei)

Portanto, age o Estado de Goiás e a autoridade impetrada, amparado


por Lei Complementar autorizadora.

O impetrante ataca a legalidade e/ou a inconstitucionalidade do


Decreto Estadual n. 9.104/2017, por veicular matéria adstrita à lei
complementar, bem como exigir diferencial de alíquota do ICMS em
desrespeito ao princípio da legalidade, art. 150, inciso I da
Constituição Federal.

O questionado Decreto Estadual n.9.104, DE 05 DE DEZEMBRO DE


2017, passou a exigir o pagamento do ICMS correspondente à
diferença entre a alíquota interna utilizada no Estado de Goiás e a
alíquota interestadual aplicável, na aquisição interestadual de
mercadoria destinada à comercialização ou produção rural
efetivada por contribuinte optante pelo Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições – Simples Nacional,
inclusive o Microempreendedor Individual – MEI.

Não observo a ilegalidade ou a inconstitucionalidade do Decreto


Estadual n. 9.104/2017. Explico.

A empresa optante pelo Simples Nacional, tal como acima registrado,


se submete ao diferencial de alíquota por força do disposto no art. 13,
§1º, inciso XIII, alínea “h” da Lei Complementar n. 123/2006 e não em
virtude da legislação interna do Estado de Goiás, no caso, do
questionado Decreto Estadual n. 9.104/2017.

Como defendido pelo Estado de Goiás, o Decreto n. 9.104/2017 não


instituiu nova hipótese de incidência do ICMS, mas somente afastou
a exclusão da cobrança e, por esta razão, não veicula matéria
reservada para lei complementar ou por lei ordinária. Não há
ilegalidade na edição do decreto questionado, que possui fundamento
na Lei Complementar 123/2006.

Se o Estado de Goiás pretendesse afastar a cobrança do diferencial


de alíquota, deveria fazê-lo por meio da isenção. Assim, exige o
diferencial de alíquota, amparado, portanto, pelo art. 13, §1º, inciso,
XIII, alínea “h” da Lei Complementar 123/2006.

A questão referente à exigibilidade do DIFAL foi recentemente


enfrentada no Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento
do RE 970.021, sob a sistemática da repercussão geral, Tema 517,
onde foi fixada a seguinte tese:

“É constitucional a imposição tributária de diferencial

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de alíquota do ICMS pelo Estado de destino na
entrada de mercadoria em seu território devido por
sociedade empresária aderente ao Simples
Nacional, independentemente da posição desta na
cadeia produtiva ou da possibilidade de
compensação dos créditos.”

Tal como restou consignado no voto do relator do RE n. 970.821,


Tema 517, Ministro Luiz ‘Edson Fachin, a adesão ao regime do
Simples Nacional é facultativa, de forma que o contribuinte deve arcar
com os ônus e com os bônus decorrentes da escolha.

O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento do RE 970.821, Tema 517, declarou não
existir vício formal de inconstitucionalidade na hipótese em que a lei complementar federal
autoriza a cobrança de diferencial de alíquota, na forma do art. 13, § 1º, inciso XII, “g”, 2 e “h” da
Lei Complementar n. 123/2026, esgotando o debate quanto à questão, em primeiro grau.

Em outras palavras, o Supremo Tribunal Federal adotou uma interpretação sistemática ao admitir
a imposição tributária de diferencial de alíquota do ICMS pelo Estado de Destino na entrada de
mercadoria em seu território por sociedade empresária aderente ao Simples Nacional,
independente de ser a aquisição para revenda ou por consumidor final. É o que se extrai da
expressão, independente da posição desta (da empresa optante do Simples) na cadeia produtiva
(aqui em um sentido mais amplo, englobando a produção, distribuição, venda, revenda até chegar
ao consumidor final).

Por esta interpretação sistemática, a Constituição Federal permite a cobrança de ICMS pelos
estados, que deve ser tratado como um imposto único, contudo, no caso do diferencial, calculado
de duas formas distintas, de modo a alcançar o valor total devido na operação interestadual. Não
há inovação, apenas correção na justa distribuição do imposto entre os Estados. A cobrança,
como já ressaltado, está amparada pela Lei Complementar n. 13/2006.

O questionamento feito na inicial, renovado nos embargos de declaração, quanto ao princípio da


não-cumulatividade, desrespeito ao tratamento constitucional diferenciado conferido às
microempresas, a ofensa ao princípio da isonomia e a impossibilidade de compensação, também
foi enfrentado no julgamento do recurso extraordinário submetido à sistemática da repercussão
geral, tendo o relator, Ministro Fachin, destacado voto do Ministro Herman Benjamin, da Segunda
Turma do Superior Tribunal de Justiça - STJ, j. 04.11.2010, Dje 02.02.2011, cujo trecho
transcrevo, para fundamentar seu entendimento:

“não viola a sistemática do Simples Nacional, não apenas porque a


cobrança do diferencial é prevista expressamente pelo art. 13, § 1º,
inciso XIII, “g”, da LC 123/2002, mas também porque a
impossibilidade de creditamento e compensação com as operações
subsequentes é vedada em qualquer hipótese, e não apenas no caso
de diferencial”.

Afasta a alegação de ofensa ao princípio da não-cumulatividade, por previsão expressa no art. 23


da Lei Complementar, que veda explicitamente a apropriação ou compensação de créditos

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Valor: R$ 1.000,00
relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.

Fachin destaca ainda que “não há, portanto, como prosperar uma adesão parcial ao regime
simplificado, adimplindo-se obrigação tributária de forma centralizada e com carga menor,
simultaneamente ao não recolhimento de diferencial de alíquota nas operações interestaduais”.

Prestados os esclarecimentos necessários, DESACOLHO os Embargos de Declaração opostos.

Dos embargos de declaração opostos pelo Estado de Goiás

O Estado de Goiás opôs Embargos de Declaração em face da sentença proferida, apontando


error in procedendo, entendendo que a decisão é extra petita, argumentando que “em
momento algum, constou dos pedidos iniciais declaração quanto ao ICMS cobrado a respeito de
regime de antecipação tributária, exatamente porque o pedido foi todo fundamentado no
Diferencial de alíquotas cobrado lastreado no Decreto 9.104/2017, qual seja, aquisições de
mercadorias não sujeitas ao regime de antecipação”.

A parte autora, ora embargada foi intimada para apresentação de resposta aos embargos.

Pois bem.

Discordo dos argumentos do embargante.

O debate a respeito da legalidade da exigência do diferencial de alíquota de ICMS – DIFAL,


cobrado no regime de antecipação tributária está implicitamente incluído no pedido do autor, que
questiona a legalidade da exigência do DIFAL.

Para ilustrar, transcrevo trecho da sentença:

“Em resumo: O Estado de Goiás demonstra agir, de acordo com o princípio


da legalidade e em observância à ordem constitucional vigente, ao exigir o
diferencial de alíquota das empresas optantes do Simples Nacional, nas
aquisições não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento de
imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual.
Contudo, nas aquisições sujeitas ao regime de antecipação do
recolhimento do imposto (antecipação do fato gerador sem substituição
tributária), somente demonstra agir dentro da legalidade, a partir da edição
da Lei Estadual n. 20.945/20, não sendo, portanto, exigível, o diferencial de
alíquota em período anterior, devendo ser reconhecido o direito de
restituição de valores eventualmente recolhidos pelo autor, referente ao
período, respeitada a prescrição quinquenal, esta, contada da propositura
da ação”.

Assim, não observo ocorrência da nulidade apontada ou mesmo de julgamento extra petita.

***

Posto isto, rejeito os dois embargos de declaração opostos.

Intimem-se.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Goiânia, data do sistema.

GUSTAVO DALUL FARIA

Juiz de Direito

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Movimentacao 61 : Intimação Efetivada

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Intimação Efetivada
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