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FINANÇAS PÚBLICAS

Finanças Públicas

Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
240111473435

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Finanças Públicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1. Finanças Públicas – Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1. Definições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2. Abrangência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3. Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.4. Metas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2. Hipóteses Teóricas do Crescimento das Despesas Públicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3. Função Alocativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4. Função Distributiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5. Função Estabilizadora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
6. Função Reguladora e Política Regulatória. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
7. Políticas Econômicas Anticíclicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
8. Política Fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
8.1. Conceitos Introdutórios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
8.2. Política Fiscal Contracionista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
8.3. Política Fiscal Expansionista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
8.4. Função Estabilizadora do Sistema Tributário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
8.5. A Política Fiscal e sua Relação com o Pleno Emprego, o Desenvolvimento
e a Redistribuição da Renda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
8.6. Equivalência Ricardiana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
9. Política Monetária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
10. Teto de Gastos das Despesas Primárias X Novo Arcabouço Fiscal. . . . . . . . . . . . 43
11. Controle de Preços pelo Governo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

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Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126

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APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
Seja bem-vindo ao Curso de Finanças Públicas.
Nesse curso buscaremos detalhar os tópicos da matéria presentes em nosso edital,
numa linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial.
No intuito de facilitar o aprendizado, as questões serão selecionadas de modo que a
teoria seja bem entendida e fixada após a sua resolução.
Usaremos uma linguagem simples, para você se sentir em “sala de aula” e criar uma empatia
com a matéria, mas não esqueceremos também dos termos técnicos que caem em prova.
Tenho consciência de que essa matéria não é das mais fáceis de se aprender. Mas se
você tiver boa vontade e humildade, COM CERTEZA vai aprender o suficiente para fazer
uma boa prova.
Caso não compreenda determinado conceito ou não entenda a resolução de uma
questão, tente novamente rever o mesmo assunto em um outro dia e não tenha vergonha
de me procurar no fórum de dúvidas.
Além disso, resolveremos muitas questões de provas de concursos anteriores de
tal forma que você ficará bastante afiado na matéria, a ponto de chegar à prova com
bastante segurança.
Durante a exposição teórica serão apresentadas questões do tipo “direto do concurso”,
por meio das quais teremos a oportunidade de ver na prática como os assuntos são cobrados
nas provas.
Depois de finalizarmos a exposição teórica, apresentamos um breve resumo da aula,
seguida de uma bateria de questões, sempre iniciando com as questões da banca CESGRANRIO.
Infelizmente, a banca CESGRANRIO não dispõe de muitas questões recentemente
aplicadas, motivo pelo qual apresentaremos em seguida questões de bancas com perfis
simulares à CESGRANRIO, como a VUNESP, CONSULPLAN, CONSULPAM, IADES, IDECAN,
dentre outras.
A cada três aulas teremos uma aula de revisão (revisão do terço), por meio da qual
faremos um breve resumo das três aulas estudadas anteriormente, seguida de questões
elaboradas por bancas consideradas mais difíceis, como FGV e CEBRASPE/CESPE.
Agora vou fazer uma breve apresentação pessoal.
Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação Getúlio
Vargas-FGV e Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no concurso nacional
de 2009/2010.
Atuei inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando pelo
setor de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de Fiscalização
propriamente dita.
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Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido anteriormente
entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal
(na época AFTN) de 1998, e, após dois anos de exercício na atividade de fiscalização de
empresas da Região Norte do país, recebi e aceitei um convite para voltar a trabalhar na
iniciativa privada em minha cidade: Salvador.
Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação alternados
com momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para concursos públicos em 2006.
Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que ser discreto, já que
trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muita bandeira” dessa dupla jornada.
Sei que muitos de vocês vivem situações parecidas, mas acreditem que essa situação é
transitória. No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de Analista de
Finanças e Controle (AFC) da Controladoria Geral da União (CGU) no ano de 2008.
Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente ambiente de
trabalho na CGU, eu não me acomodei.
Continuei com meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor Fiscal da Receita
Federal, que, como já dito, pode ser realizado com a aprovação no concurso de 2009/2010.
É isso, meu amigo!
Espero dividir com você a experiência adquirida ao longo da minha preparação, pois sei
exatamente o que se passa “do outro lado”: as angústias, as expectativas, as dificuldades,
mas também os sonhos.
Não se esqueça que são os sonhos que nos movem!
Acredite e se esforce ao máximo.
Esse é o segredo!
Analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao que interessa!
Como diria Mahatma Gandhi: “Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas
se você não fizer nada, não existirão resultados”.
Sei que essa aula vai trazer muitos conceitos novos, mas ao longo do curso vamos
consolidando os conhecimentos paulatinamente.
Então, vamos nessa!
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon

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FINANÇAS PÚBLICAS

1. FINANÇAS PÚBLICAS – INTRODUÇÃO

1.1. DEFINIÇÕES
A maneira pela qual o Estado intervém no processo econômico é dependente da série
de instrumentos que este dispõe, de forma a financiar as suas atividades – razão pela
qual muitas vezes o estudo das Finanças Públicas também é denominado de economia
do setor público.
Em outras palavras, o estudo da Ciência das Finanças Públicas, tem por objeto conhecer
como o “dinheiro circula” nas mãos do Estado, ou seja, como ele arrecada e gasta seus
recursos de acordo com as leis orçamentárias e correlatas.
Assim, sucintamente, podemos enxergar o estudo das Finanças Públicas pela ótica de
assegurar a execução das funções do Estado, contribuindo para aprimorar o planejamento,
a organização, a direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores públicos em cada
uma dessas fases.
Nesse contexto, podemos dizer, de modo bem resumido, que o estudo das Finanças
Públicas é o ramo do estudo econômico em que se situa o Governo, responsável pela
aplicação de políticas que visem ao contínuo aumento do bem-estar da população, ou
seja, aborda aspectos relativos à tributação e à aplicação dos recursos públicos para o
custeio dos serviços públicos e para o atendimento das necessidades sociais.
Ressalte-se que, no âmbito das finanças públicas, a sua análise precisa levar em conta
que as decisões políticas são tomadas com objetivos políticos, muitas vezes contrariando,
na prática, a direção que lava ao objetivo de maximizar o bem-estar da população.

1.2. ABRANGÊNCIA
Em termos de abrangência, as finanças públicas abrangem em especial os seguintes três
objetos: Receita Pública, Despesa Pública e Dívida Pública, além do Orçamento Público.
Além desses objetos precípuos, o estudo das finanças públicas também abarca
as decisões governamentais que influencia a atividade econômica, ou seja, a política
econômica, que, em outras palavras, é o conjunto de medidas tomadas e de normas
estabelecidas por um governo para atingir seus objetivos econômicos, que são a política
fiscal, cambial, monetária e comercial.

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1.3. OBJETIVOS
Podemos dizer, ainda, no âmbito econômico, que as finanças públicas têm como objetivo
principal corrigir as falhas de mercado, atingindo objetivos específicos como melhorar
a oferta de bens públicos, estimular a concorrência da oferta, estimular atividades que
tragam benefícios sociais e desestimular as que tragam prejuízos sócias, manter bom nível
de emprego, dentre outros.
Já no âmbito JURÍDICO, os objetivos específicos das finanças públicas no Brasil, que
estão intimamente aos objetivos relacionados no parágrafo anterior, são assim definidos
em nossa Constituição Federal:

“Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados
os seguintes princípios:
I – soberania nacional;
II – propriedade privada;
III – função social da propriedade;
IV – livre concorrência;
V – defesa do consumidor;
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
VII – redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII – busca do pleno emprego;
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras
e que tenham sua sede e administração no País”.

1.4. METAS
Podemos dizer que uma meta nada mais é do que um objetivo quantificado no tempo
e, assim, no âmbito das finanças públicas destacam-se as metas relacionadas à política
monetária, definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Comitê de Política
Monetária (COPOM), como a definição da taxa SELIC e as metas de relacionadas à política
fiscal no âmbito do Poder Executivo.
Merecem destaque também as metas relacionadas à Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF) apresentadas no Relatório de Gestão Fiscal (RGF) e ao Relatório Resumido de Execução
Orçamentária (RREO).

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2. HIPÓTESES TEÓRICAS DO CRESCIMENTO DAS DESPESAS


PÚBLICAS
Com relação à evolução das funções do governo e das despesas públicas, você deve
querer me perguntar:
O Estado sempre precisou administrar um grande vulto de recursos públicos?
— Aí colega: para lhe responder, preciso entrar no debate histórico sobre a intervenção do
Governo, uma vez que o gasto público representa a aplicação de recursos no atendimento
das necessidades coletivas, interessa saber se tal despesa está crescendo ao longo do tempo.
O Governo é visto na teoria econômica como um “local” de disputa entre os diversos
atores sociais pela distribuição dos recursos. Um maior gasto pode indicar o atendimento de
uma maior gama de necessidades coletivas, mas também pode repercutir num crescimento
da carga tributária, necessária para financiar tais despesas.
O crescimento dos gastos público como percentual do PIB tem sido uma tendência
mundial. Alguns autores identificaram um ritmo de crescimento mais acentuado nos
períodos de guerra (1914/1918 e 1939/1945), bem como uma manutenção dos níveis de
gasto, mesmo após cessarem os conflitos.
A seguir relacionamos as principais hipóteses teóricas, cobradas em provas de concursos,
que explicam o crescimento dos gastos públicos ao longo do tempo.
Adolpho Wagner (1880) – Lei de Wagner
Após observar series históricas de vários países, esse autor enunciou a chamada “Lei de
Wagner” ou Lei dos dispêndios públicos crescentes, segundo a qual, “na medida que cresce
o nível de renda nos países industrializados, o setor público cresce sempre a taxas mais
elevadas, de tal forma que a participação relativa do Governo na economia cresce com
o próprio ritmo de crescimento econômico do país”.
Segundo Wagner, o desenvolvimento das modernas sociedades industriais gera, por si
só, pressões crescentes em favor de aumentos do gasto público. O processo de urbanização
demanda mais gastos com educação, saúde, segurança pública, infraestrutura etc.

Os fundamentos da Lei de Wagner são os seguintes:


1) O processo de industrialização é acompanhado do crescimento das funções administrativas
e de segurança por parte do Governo.
2) O crescimento econômico (renda per capita) gera uma maior demanda por serviços
essenciais como educação e saúde.
3) As mudanças tecnológicas que demandam elevados investimentos fazem surgir monopólios
em determinados setores econômicos.

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Peacock & Wiseman (1967)


Para essa dupla de autores, o crescimento do gasto público é muito mais em função
das possibilidades de obtenção de recursos do que em função da expansão dos fatores
que explicam o crescimento da demanda pelos serviços produzidos pelo Governo.
Na verdade, o que limita, de fato, o crescimento das atividades do Governo é a possibilidade
de expansão de sua oferta e essa, por sua vez, é limitada pelas possibilidades de incremento
na carga tributária.
Os indivíduos demandam cada vez mais os bens produzidos pelo Governo, mas relutam
em aceitar aumentos na tributação (para financiar uma oferta maior de serviços públicos).
Assim, a resistência aos aumentos na tributação é o que limita o crescimento dos
gastos, apesar das demandas sociais.
Grandes perturbações de natureza política ou econômica, como as guerras, reduzem
essa resistência. Essas perturbações causariam o chamado “efeito-translação” ou “efeito-
deslocamento”: fatores exógenos podem diminuir a resistência da população aos aumentos
da carga tributária, de modo que essa se eleva, permitindo o crescimento do gasto público.
O novo padrão de gastos normalmente se mantém ou se reduz muito pouco quando cessam
as perturbações.
Peacock e Wiseman falam também do chamado “efeito-concentração”, segundo o
qual há uma tendência à progressiva concentração das decisões nos níveis mais elevados do
Governo, concomitantemente com a própria expansão da participação do setor público
na economia.
Musgrave (1969), Rostow (1974) e Herber (1979):
Para esses autores, há um padrão de crescimento dos gastos públicos associado ao
nível de desenvolvimento social e econômico do país, de forma que é possível identificar
três períodos marcantes:
a) Pré-industrial: em que ocorre a formação de capital público, com fortes investimentos
estatais em áreas estratégicas;
b) De industrialização: em que se nota um menor envolvimento do setor público no
processo de desenvolvimento econômico;
c) Pós-industrial: em que se verifica um aumento da demanda por serviços sociais,
exigindo maior presença do Estado.
Uma síntese de todas hipóteses teóricas leva à conclusão de que o crescimento das
despesas públicas pode ser atribuído a múltiplos fatores (macro ou microeconômicos),
cada qual com maior ou menor peso a depender do contexto histórico:
• Crescimento da Renda Nacional.
• Crescimento da renda per capita.
• Expansão demográfica e perfil da composição etária.
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• Demanda dos indivíduos pelos bens públicos.


• Capacidade do Governo de obter mais receitas.
• Limites para a expansão da oferta de bens públicos.
• Problemas ou distúrbios sociais, guerras etc.
• Mudanças políticas.
• Pressão de grupos sociais organizados.
• Desenvolvimento tecnológico.
• Gastos públicos em períodos anteriores etc.
Falando de Brasil, atualmente, defende-se a implementação de eixos estratégicos para a
modernização do Estado brasileiro com a profissionalização do alto escalão governamental,
com a redução dos cargos em comissão, com o fortalecimento das carreiras estratégicas
de Estado, visando a maior eficiência por meio da mudança na lógica do orçamento,
aprimoramento do governo eletrônico e redução de gastos governamentais.
Em termos de efetividade, a ideia é aplicar a visão de gestão de resultados de longo
prazo, com o entrosamento entre os níveis de governo, o fortalecimento da regulação dos
serviços públicos, o aumento da transparência e a responsabilização do poder público.
Atuação atual do governo
O governo é, em última instância, o responsável pela aplicação de políticas para o
contínuo aumento do bem-estar da população.
Para que o governo possa realizar políticas de alocação e de realocação de recursos
escassos, torna-se imprescindível a existência de fontes de arrecadação de recursos,
necessárias ao pagamento do que chamamos de estrutura pública, responsável pelos estudos
e pelas aplicações de políticas econômicas objetivadas na equidade e no crescimento e
distribuição da renda no país.

OBJETIVOS DA POLÍTICA ORÇAMENTÁRIA

1. FUNÇÃO ALOCATIVA: Assegurar ajustamentos na alocação de


recursos
2. FUNÇÃO DISTRIBUTIVA: Conseguir ajustamentos na distribuição
da renda e da riqueza
3. FUNÇÃO ESTABILIZADORA: Garantir a estabilização econômica
4. FUNÇÃO REGULADORA: Regular as ações do Estado (direta ou
indireta), foi agregada adicionalmente, derivada da função alocativa.
Musgrave & Musgrave (1976)

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Existe a necessidade de atuação econômica do setor público em função da constatação


de que a simples existência do sistema de mercado, empresas e consumidores somente,
não conseguem cumprir adequadamente algumas tarefas e funções que visam ao bem-
estar de toda uma população.

Funções econômicas e sociais do Estado

A intervenção do Estado tem por objetivos:

Eficiência Equidade Estabilidade

Corrigir as falhas de mercado Evitar desequilíbrios como a


• Concorrência imperfeita Promover a justiça social e evitar inflação, a recessão econômica,
• Externalidades negativas desigualdades o desemprego, desequilíbrios
• Ineficiência na oferta de certos Redistribuição do rendimento regionais, convulsões sociais
bens (greves, manifestações)

Crítica ao Liberalismo Fundamentos do


Econômico Estado Social

A maneira pela qual o Estado intervém no processo econômico é dependente da série


de instrumentos que dispõe, de forma a financiar as suas atividades.

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Assim, na presença de uma falha inerente ao sistema de mercado, não há alternativa


senão a intervenção governamental, no sentido de evitar ou minimizar a perda de
eficiência decorrente dessa situação.

Falhas de Mercado e Funções do Estado

Existência de Mercados não competitivos

Existência de Monopólio Natural

Existência de Bem Público


FALHAS DE
MERCADO
Existência de Externalidade

Existência de Assimetria de informação

Existência de Mercados incompletos

1. ALOCATIVA

FUNÇÕES DO
2. DISTRIBUTIVA
ESTADO

3. ESTABILIZADORA

“EXISTE UM TRADE-OFF ENTRE EFICIÊNCIA E EQUIDADE”

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Economia
Eficiência
Estuda os recursos
escassos e Falhas de mercado
O “melhor possível”
como tirar o
precisa ser Setor público
melhor possível
definido da É preciso
deles
forma mais compreender Algo ou alguém
objetiva o que pode deve evitar
possível. afastar a aquilo que afasta
eficiência o mercado da
situação de
eficiência.

Nessa toada, importante dizer que a ação econômica do setor público está vinculada às
funções que promovem junto à sociedade, dentre as quais: contribuir no fornecimento de
bens públicos, melhorar a distribuição da renda, promover a estabilidade e impulsionar
o crescimento econômico.

001. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) No que se refere às funções do Estado como regulador


da atividade econômica e produtor de bens e serviços, julgue o item subsecutivo.
Para incrementar a produção de empregos, a atuação do Estado como produtor geralmente
ocorre em setores intensivos em trabalho e de prazo mais curto de maturação do investimento.

É justamente o inverso.
Na verdade, para incrementar a produção de empregos, a atuação do Estado como produtor
geralmente ocorre em setores intensivos de CAPITAL e de prazo mais LONGO de maturação do
investimento, pois com essas características o setor privado tem menos interesse de investir.
Errado.

002. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Com relação às funções do Estado como regulador da


atividade econômica e produtor de bens e serviços, julgue o seguinte item.
A atuação do Estado como produtor de bens e serviços essenciais se justifica quando esses
oferecem, estrutural ou conjunturalmente, baixo retorno em relação ao capital investido.

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Em setores intensivos de CAPITAL e de prazo mais LONGO de maturação do investimento, e


baixo retorno do capital investido, o setor privado tem menos interesse em investir, fazendo
com que o Estado precise “chegar junto”.
Se o examinador, entretanto, tivesse colocado a palavra “apenas” após a palavra “justifica”
aí a assertiva seria falsa, já que esse não é o único caso em que existe essa necessidade.
Certo.

003. (CESPE/MPOG/ECONOMISTA-PGCE/2015) Acerca das funções do governo na economia,


julgue o item que se segue.
As funções do governo estão associadas às chamadas falhas de mercado, mas no caso do
Brasil não deverão ser aplicadas novas intervenções em 2016 caso a inflação convirja para
o centro da meta.

Está errada, pois o controle da inflação não é e não pode ser a única função econômica
de um governo, já que existem outras preocupações importantes como os níveis de renda
e emprego.
Errado.

004. (CESPE/TJ-SE/ANALISTA/2014) No que concerne às funções dos governos e às diversas


formas de intervenção do Estado na atividade econômica, julgue o item que se segue.
No caso da ocorrência do monopólio natural, em que há uma única empresa produtora de
um bem público, o Estado pode tanto responsabilizar-se diretamente pela produção do
bem quanto exercer o controle de preços por meio de regulação.

Isso. Como na questão estamos falando de um bem público, o estado pode permitir que
uma empresa privada o explore sob sua regulação ou o próprio estado pode ofertá-lo
diretamente ao público, independentemente de ser um monopólio natural ou não.
Certo.

A política macroeconômica envolve a atuação do governo sobre a capacidade


produtiva e despesas planejadas, com o objetivo de permitir que a economia opere a
pleno emprego, com baixas taxas de inflação e uma distribuição justa de renda.

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Tributação e
POLÍTICA gasto público
FISCAL (orçamento).

Taxa de juros,
POLÍTICA POLÍTICA oferta de moeda
ECONÔMICA MONETÁRIA etc.

Estimular a
POLÍTICA concorrência,
REGULATÓRIA corrigir falhas
de mercado etc.

Para que o Governo possa realizar políticas de alocação e de realocação de recursos


escassos, torna-se imprescindível a existência de fontes de arrecadação de recursos,
necessárias ao pagamento do que chamamos de estrutura pública, responsável por estudos
e aplicações de políticas econômicas objetivadas na equidade e no crescimento e distribuição
da renda no país.
Importante reforçar a ideia de que a necessidade de atuação econômica do setor público
decorre da constatação de que a simples existência do sistema de mercado, composto
por empresas e consumidores somente, não consegue cumprir adequadamente algumas
tarefas e funções que visam ao bem-estar de toda uma população.
Segundo a classificação de Richard Musgrave sobre as funções do setor público
(Estado), em economias de mercado, existem 3 funções precípuas exercidas pelo Estado
comentadas a seguir. Registre-se ainda que surgiu uma 4ª função denominada FUNÇÃO
REGULADORA derivada da função alocativa.

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3. FUNÇÃO ALOCATIVA
A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no
fornecimento de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado.
Nesse sentido, o setor público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo
e não exclusivo a esta ou aquela faixa da população.
A ideia básica da função alocativa é de o setor público atuar onde a iniciativa privada
sozinha não consegue ou não tem interesse de atuar.

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EXEMPLO
Em referência, cita-se como exemplo de bens públicos a segurança.

005. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Os Jogos Olímpicos transformaram o Rio de Janeiro,


avalia o jornalista suíço Jean-Jacques Fontaine, que lançou recentemente o livro Rio de
Janeiro e os Jogos Olímpicos, uma cidade reinventada. Para o jornalista suíço, foram os
Jogos que permitiram investimentos importantes na mobilidade urbana, na segurança, na
saúde e na educação. Entre os projetos alavancados incluem-se a construção de quatro
corredores de BRT e a expansão do metrô, embora tais projetos existissem desde a década
de 60 do século XX; o crescimento das unidades de polícia pacificadora (UPPs), apesar
de agora a política de segurança estar em declínio; e a ampla reforma urbana na região
portuária, que, no entanto, ainda não conseguiu decolar a maior parte dos investimentos
imobiliários previstos no Porto Maravilha. Valor Econômico, 26/7/16. Internet: <http://
www.valor.com.br> (com adaptações).
Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir, acerca das funções
econômicas do Estado e de suas formas de atuação.
Por meio da implantação de UPPs em comunidades carentes dominadas pelo crime organizado,
o Estado atuou no âmbito de sua função alocativa, garantindo a oferta do bem público
segurança.

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Repare que via função alocativa o Estado realizou a oferta do bem público segurança que,
no caso das UPPs, foca nas comunidades carentes dominadas pelo crime organizado.
Certo.

4. FUNÇÃO DISTRIBUTIVA
Por sua vez, a função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas
por meio de medidas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos
menos favorecidos na sociedade.
Ressalta-se, como exemplo, a implementação de estrutura tributária progressiva cujos
valores arrecadados de impostos dos possuidores de riqueza sejam transferidos para pessoas
de baixa renda, por meio da oferta de educação e saúde de qualidade.
A alocação do gasto público voltado para atender segmentos da população de menor
poder aquisitivo constitui uma forma indireta de distribuir renda.

EXEMPLO
O programa bolsa família talvez seja o exemplo mais emblemático da função distributiva (estilo
Robin Wood), uma vez que o governo transfere para os mais pobres os valores arrecadados
de toda a sociedade de acordo com a capacidade contributiva de cada um.

006. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016) A função do orçamento público que visa melhorar a


posição de algumas pessoas em detrimento de outras e, com isso, corrigir falhas do mercado
é denominada função
a) controladora.
b) alocativa.
c) distributiva.
d) estabilizadora.
e) econômica.

A função distributiva consiste em intervir na economia para tornar a sociedade menos


desigual em todos os seus aspectos, tanto com relação à renda quanto no que diz respeito
ao acesso a bens e serviços públicos e aos benefícios gerais da vida em sociedade.
Letra c.

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5. FUNÇÃO ESTABILIZADORA
A terceira ação econômica do setor público se dá no âmbito da função estabilizadora
realizada pelo setor público, expressa por ações de intervenção na economia no intuito
de contribuir para seu melhor funcionamento.

EXEMPLO
Destacam-se as intervenções voltadas à redução da inflação, bem como as ações destinadas
ao combate do desemprego em determinado setor produtivo.

007. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Com relação à economia do setor público, julgue o


item que se segue.
Entre as funções governamentais estabelecidas por meio da política fiscal inclui-se a função
estabilizadora, a qual objetiva alterar o modo de distribuição da renda nacional.

A assertiva está errada, uma vez que conceituou a função distributiva. A estabilizadora é
aquela que foca em contribuir para o melhor funcionamento da economia.
Errado.

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A estabilização macroeconômica atua sobre o curto prazo, atenuando os ciclos econômicos,


enquanto fornecimento de bens públicos (função alocativa), a redistribuição de renda
(função distributiva) e a promoção do desenvolvimento econômico estão relacionados
também ao longo prazo.

008. (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2015) Julgue:


O orçamento público possui três funções distintas que coexistem simultaneamente:
alocativa, distributiva e estabilizadora.

Para resolver esta questão, basta ter em mente, de modo bem resumido, as Funções
Orçamentárias de Musgrave, que são a Alocativa (aquela realizada por meio de ajustamentos
na alocação de recursos), a Distributiva (que atua na redistribuição da renda) e a Estabilizadora
(que visa a garantir a estabilização econômica).
Certo.

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Fora da mencionada classificação do velho Musgrave, há quem diga, e quem sabe não
será o caso do seu examinador, que faz parte dos atributos sob responsabilidade do setor
público, a função de crescimento econômico expressa pelas ações voltadas em fomentar
investimentos, tanto públicos como privados, na economia.
Fala-se em exemplos, os investimentos públicos realizados em estradas e hidrelétricas
sob sua responsabilidade, assim como a disponibilidade de financiamento subsidiado para
o setor privado fazer investimentos em áreas consideradas prioritárias, mas que o velho
Musgrave consideraria integrante da própria função alocativa.

6. FUNÇÃO REGULADORA E POLÍTICA REGULATÓRIA


Podemos dizer que a regulação nada mais é do que a ordenação das atividades
econômicas. Em outras palavras, a regulação da atividade econômica é a neutralização
dos fatores que podem levar ao desequilíbrio de um sistema econômico, servindo, assim,
para manter ou restabelecer o funcionamento do sistema econômico de modo equilibrado.
As Políticas Regulatórias são responsáveis pela normatização das políticas públicas
distributivas e redistributivas e incidem de forma diferente em cada segmento social.
Podemos citar como exemplo: a limitação das vendas de determinados produtos.
Quando vemos a regulação pela sua dimensão social, precisamos ampliar nossa visão
para um conjunto de ações da Administração Pública para promover valores sociais e
culturais com efeitos sobre a organização dos mercados.
Nessa pegada social, podemos ver atuações como a defesa do consumidor, defesa do
meio ambiente, controle das atividades sociais não exclusivas do estado e exercício de
tarefas de monitoramento e fiscalização voltadas à satisfação do interesse público.

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O contexto aqui é que o Estado deixe de agir como empresário, reforçando e


qualificando sua atuação normativa e fiscalizadora para poder atuar efetivamente
como regulador em áreas econômicas sensíveis como:
1) regulação para promover a concorrência;
2) regulação corretiva em setores competitivos que apresentem alguma disfunção
conjuntural na formação do mercado;
3) regulação para estimular a concorrência em setores estruturalmente não
competitivos ou com problemas conjunturais de mercado;
4) regulação social para assegurar prestações mínimas.
Em última instância, podemos dizer que a Regulação Estatal da Atividade Econômica
visa a promover o interesse público para obter a eficiência econômica produtiva,
distributiva e alocativa com minimização de custos, aumento da produtividade,
socialização de efeitos positivos, compartilhamento de eficiências e aumento da
utilidade para produtores e consumidores.
Também é missão da regulação Estatal da Atividade Econômica assegurar a prática de
preços razoáveis para os consumidores, permitindo que os bens e serviços sejam adquiridos
pelos consumidores que mais necessitam, promovendo a modicidade tarifária e, assim,
a universalização do exercício dos direitos fundamentais à saúde e à vida, por exemplo.
Além disso, visa a promover a concorrência nos setores por meio de aumento de inovação
e da produtividade, melhoria da qualidade dos bens e serviços ofertados e da redução de
preços, mas proteger o meio-ambiente e conservando os recursos naturais escassos.
Nesse contexto, quando falamos em eficiência econômica no âmbito da regulação,
estamos falando em eficiência produtiva, ou seja, quando a administração pública incentiva
o uso dos recursos produtivos da forma mais eficiente possível.
Do ponto de vista da distributividade de recursos, a regulação deve partilhar os benefícios
decorrentes das restrições regulatórias com os consumidores finais.
Em termos de alocação de recursos, a ideia é que a regulação estimule a produção por
parte das empresas mais eficientes e que seus produtos e serviços sejam comprados pelos
consumidores que mais necessitem.
Basicamente, podemos dizer, em outras palavras, que a regulação da atividade econômica
deseja o alcance da eficiência maior possível, ou seja, deseja-se obter um mercado equilibrado.
Em contraste, a desregulação econômica é redução do grau de intervenção do Estado
em determinado setor da Economia, reduzindo a burocracia, a normatização e o controle.
A re-regulação é aquela regulação que surge após a regulação, e é realizada em setores
da economia que voltaram ao exercício prioritário da iniciativa privada ou que passaram a
ser explorados diretamente por ela.
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A regulação da atividade econômica então atua por meio de mecanismos tais como
a regulação de preço, por meio do controle de preços e tarifas, a regulação da produção,
por meio do controle de quantidades ofertadas, a regulação de entrada, com restrições às
entradas e à saída de empresas do mercado e a regulação da qualidade, com a definição
dos padrões de qualidade e desempenho.

A Administração Pública dispõe de instrumentos de regulação que têm o objetivo de


influenciar uma das quatro principais variáveis de uma estrutura de um mercado:
1- Estrutura de Preços e Custos
2- Quantidade Ofertada/Demandada
3- Número de firmas (produtores e compradores) e grau de relacionamento (barreiras
a entradas e saídas integração Vertical/Horizontal)
4- Qualidade do produto e Diversificação
Reajuste tarifário é o processo simplificado automático que visa ao poder de compra do
concessionário de serviço público, sendo este em regra previsto na outorga da concessão e
atrelado a um índice de variação de preços, sem que seja necessário demandar um processo
para isso.
Já na chamada Revisão tarifária, é necessário um processo administrativo formal
visando a manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, sendo necessário quando
acontecem mudanças significativas nos custos ou quando são alterados os encargos da
indústria regulada.
A tarifação por custo de serviço ou por TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR), visa a
estabelecer uma taxa de retorno pré-determinada à indústria regulada, não incentiva o

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ganho de eficiência por parte da indústria regulada, não a incentivando a buscar novas
tecnologias que gerem redução de custos e, consequentemente, redução de preços.
A tarifação por preço teto, também chamado de tarifação price-cap, define limites
ao valor das tarifas, ou seja, determinado o valor inicial da tarifa, o seu reajuste não pode
ultrapassar um valor máximo, ou seja, o seu preço teto (daí vem o nome desse método),
trazendo como grande vantagem o incentivo aos ganhos de produtividade que são
repassados em parte ao consumidor.

Por outro lado, quando o órgão regulador abre o mercado para o surgimento de competição,
surge a regulação para competição.
A Análise do Impacto Regulatório (AIR) serve para reduzir as assimetrias de informação
e para contribuir para que as ações regulatórias sejam eficientes, efetivas e eficazes, além
subsidiar às decisões do responsável pela regulação. É uma abordagem sistêmica visando
a uma avaliação crítica dos efeitos negativos e positivos da regulação, seja ela já em curso
ou ainda em fase de proposição, de alternativas não regulatórias.
A AIR é ampla, abrangendo não só as ações em curso, mas também as que ainda estão
sendo gestadas, e não somente a regulação, mas também as alternativas não regulatórias,
como a autorregulação, e até mesmo a não regulação. Ou seja, por meio da AIRR avalia-se
inclusive se existe necessidade ou não da regulação em sua forma usual.
A ARR é um instrumento de avaliação do desempenho do ato normativo adotado
ou alterado, considerando o atingimento dos objetivos e resultados pretendidos, bem
como demais impactos observados sobre o mercado e a sociedade, em decorrência de
sua implementação”.
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Enquanto a ARR é a análise feita após a implantação da regulação de modo a avaliar


os resultados obtidos, se os objetivos foram alcançados e quais as consequências do ato
normativo, a AIR é a análise feita antes da regulação.

009. (CESPE/PF/AGENTE/2014) Julgue:


Uma política adequada de regulação deve ter objetivos claros quantificáveis, tendo presente
que regulação não é apenas fixar preço.

É primordial que uma política adequada de regulação trace objetivos claros para evitar
conflitos entre as empresas e os usuários, ou entre elas e o governo. Assim, é fundamental
também que a regulação abarque outros itens além da fixação do preço, como a regulação
de quantidades, controle de qualidade e manutenção de empresas no mercado bem como
a chegada de novos entrantes.
Certo.

010. (CESPE/PC-PA/AGENTE/2009) Julgue:


Os principais objetivos da regulação de mercados são o bem-estar do consumidor e a
melhoria da eficiência alocativa, distributiva e produtiva da indústria envolvida.

Exato, aqui aliamos a dimensão social, em que precisamos ampliar nossa visão para um
conjunto de ações da Administração Pública para promover valores sociais e culturais com
efeitos sobre a organização dos mercados, com a visão econômica, especificamente de
eficiência econômica em sentido amplo.
Certo.

011. (CESPE/PF/AGENTE/2014) Julgue:


Regulação de mercados poderia ser definida como o conjunto de ações públicas que busca
melhorar a eficiência da alocação dos recursos no mercado ou aumentar o bem-estar social
dessa alocação.

De novo, o CESPE abordou a pegada social da regulação no sentido de promover valores sociais
e culturais com efeitos sobre a organização dos mercados, aliada com a visão econômica,
especificamente de eficiência econômica em sentido amplo.
Certo.

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7. POLÍTICAS ECONÔMICAS ANTICÍCLICAS


É bom reforçar a ideia de que a política macroeconômica envolve a atuação do governo
sobre a capacidade produtiva e despesas planejadas, com objetivo de permitir que
a economia opere a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e uma distribuição
justa de renda.
Nessa toada, destacam-se as políticas econômicas anticíclicas, que são um conjunto
de ações do governo para impedir ou minimizar os choques econômicos externos, crises
econômicas, financeiras, choque do petróleo, bolsa de valores etc., problemas que
afetam a economia provocando recessão econômica.
Na Política anticíclica o governo, por meio de sua autoridade monetária ou de sua
autoridade fiscal, procura tomar medidas de política econômica de maneira a operar
a demanda agregada.
O gasto público e a política monetária são os principais instrumentos que o governo
pode usar para se contrapor à crise.
Quando a economia está entrando em recessão, a ordem é gastar mais. Quando a
economia está se expandindo muito, a tendência é reduzir os gastos.
A política anticíclica funciona como uma espécie de amortecedor do ciclo econômico.
Na crise econômica vivida em 2008, os países recorreram a políticas anticíclicas na
tentativa de evitar o pior. Gasto público, redução dos juros, incentivos fiscais, com isso os
governos esperam reduzir o estrago da crise sobre suas economias.
Em 2020, também esses instrumentos foram utilizados para conter a crise gerada
pelo COVID-19.

012. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Julgue o item seguinte, acerca de inflação, emprego e renda.


Se um formulador de política econômica enfrenta um deslocamento adverso da oferta
agregada, torna-se necessário escolher entre contrair a demanda agregada para combater
a inflação ou expandir a demanda agregada para combater o desemprego.

Em regra, quando temos um choque negativo de oferta, com a mesma curva de demanda,
temos aumento de preços e redução do produto.
Assim, para evitar esse aumento de preços, o formulador de política econômica precisa
contrair a demanda e obter ainda menos produto, gerando desemprego. Por outro lado, se o
formulador de política econômica quiser manter o produto, precisa aceitar ainda mais inflação.
Certo.

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8. POLÍTICA FISCAL

8.1. CONCEITOS INTRODUTÓRIOS

A Política Fiscal corresponde a todos os instrumentos que o governo dispõe para


arrecadação de tributos e o controle de suas despesas, ou seja, são variações no orçamento
público com o objetivo de modificar seus agregados, tais como a receita/despesa pública
e o investimento. Em outras palavras, é a denominação dada à política de tributação
(receitas) e de gastos (despesas) que um governo adota em determinado momento.
Em apertada síntese, podemos dizer que a política fiscal consiste nas decisões e ações
relacionadas aos gastos e à arrecadação do governo, no intuito de modificar no nível de
produto da economia.
Para combater o déficit público, uma política fiscal pode optar pela redução das despesas
e/ou aumento de receitas pela majoração de impostos.
Importante destacar que, além da questão do nível de tributação, a política tributária,
por meio da manipulação da estrutura e das alíquotas dos tributos, pode ser utilizada
para estimular (ou inibir) os gastos de consumo e investimento do setor privado. Assim,
importante que você guarde que a política fiscal praticada pelo governo tem a capacidade
de interferir na economia sob diferentes formas.
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8.2. POLÍTICA FISCAL CONTRACIONISTA


Quando o objetivo da política econômica for reduzir a taxa de inflação, as medidas
fiscais normalmente utilizadas são a diminuição de gastos públicos e/ou o aumento da
carga tributária (o que inibe o consumo).
Como essa gama de medidas visa diminuir os gastos da coletividade, é a chamada
política fiscal reducionista ou contracionista.
Guarde, portanto, que a política fiscal constitui, também, um instrumento útil para o
combate ao processo inflacionário. Em situação de excesso de demanda frente a determinado
quadro de oferta de bens e serviços, a procura excessiva pode ser contraída por meio da
redução dos gastos públicos, bem como por meio da elevação dos tributos.
Assim, enquanto a adoção de medidas de contração de gastos públicos afeta de forma
direta negativamente o consumo, o aumento da carga tributária indiretamente também
reduz os níveis de consumo.

013. (CESPE/SUFRAMA/ECONOMISTA/2014) Acerca dos agregados monetários, bem como dos


instrumentos e efeitos econômicos das políticas monetária e fiscal, julgue o item subsequente.
A adoção de uma política fiscal restritiva por meio da elevação de impostos tende a aumentar
a renda, deslocando a curva IS para a direita.

Na verdade, a elevação de impostos é uma medida de Política Fiscal contracionista que desloca
a curva IS para a esquerda, tendo o mesmo efeito de uma redução dos gastos do governo.
Errado.

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8.3. POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA


Se o objetivo for um maior crescimento e emprego, os instrumentos fiscais são
iguais, mas em sentido inverso, para elevar a demanda agregada. É a chamada política
fiscal Expansionista.
Considerando ser o objetivo da política fiscal impulsionar a produção e o emprego,
os gastos públicos provocam efeito multiplicador na economia.
Neste sentido, ao ampliar seus gastos, o governo está aumentando a demanda, por
consequência estimulando a estrutura produtiva a elevar sua oferta.
Dessa forma, quando, por exemplo, o governo contrata uma empresa empreiteira para
a construção de uma estrada, conduz esta empresa a gastos com aquisição de insumos e
equipamentos, pagamento de salários e outras prestações de serviços etc.
Por sua vez, os fornecedores e os trabalhadores contratados efetuam outros gastos a
partir das remunerações recebidas com outros agentes econômicos, e assim por diante.

014. (CESPE/TCDF/AUDITOR/2014) Em relação à teoria macroeconômica, julgue os itens:


O aumento dos gastos do governo acarreta elevação do nível geral de preços.

Se o governo aumenta sua gastança, ele usa a política fiscal expansionista e, assim,
aumenta a demanda agregada. Com a economia aquecida, temos uma elevação no nível
geral de preços.
Certo.

015. (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) Com relação aos mecanismos públicos de atuação


econômica, julgue o item que se segue.
O governo pode se utilizar de receitas ou despesas públicas para alcançar seus objetivos
de política fiscal.

Pode-se dizer, grosso modo, que a Política Fiscal é definida de acordo o déficit fiscal (do
orçamento público) alcançado, ou seja, caso apresente déficit fiscal está querendo estimular
a economia, e, em sentido oposto, caso apresente superávit fiscal, está adotando uma
política fiscal contracionista.
Certo.

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016. (CESPE/PF/APF/2012) Julgue o item seguinte, acerca de noções de economia.


Uma política fiscal que vise ao fomento do crescimento econômico e à geração de empregos
deve contemplar medidas de redução dos gastos públicos e elevação da carga tributária.

Vamos reescrevê-lo corretamente:


Uma política fiscal que vise ao fomento do crescimento econômico e à geração de empregos
deve contemplar medidas de AUMENTO dos gastos públicos e REDUÇÃO da carga tributária
(POLÍTICA EXPANSIONISTA).
Errado.

8.4. FUNÇÃO ESTABILIZADORA DO SISTEMA TRIBUTÁRIO


A função estabilizadora do sistema tributário é composta pela influência da Política
Fiscal e de seus respectivos estabilizadores automáticos.
Calma, não se assuste!
Vamos sem medo…
Saiba que um estabilizador automático é qualquer ação do sistema econômico que
tende a reduzir mecanicamente as forças de recessão e/ou da expansão da demanda,
sem que sejam necessárias medidas discricionárias de política econômica.
Calma que vou explicar de outro modo…
Os dois principais tipos de política fiscal usados ​​pelo governo são as políticas discricionárias
fiscais (aquelas que são deliberadas e aprovadas em uma base caso a caso dependendo da
situação econômica) e os estabilizadores automáticos, que são projetados para entrar em
vigor automaticamente a certas situações, como um sobreaquecimento da economia ou
um período de fraco desempenho econômico.
O importante é entender o benefício dos estabilizadores automáticos, que é o fato de
que eles não precisam ser objeto de debate e de procedimentos burocráticos antes de
tomar efeito, para que eles possam lidar com situações econômicas mais rapidamente.
De início saiba que os principais estabilizadores automáticos das economias são:
1) as variações automáticas nas receitas fiscais, associadas à própria composição
dessas receitas;
2) os subsídios de desemprego e outras transferências sociais do Estado.
Vamos então analisar esses dois tópicos e destrinchá-los.
Vamos por partes.
Em primeiro lugar, a atuação das variações das receitas fiscais como estabilizador
automático está associada ao peso e à influência dos impostos progressivos sobre os
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agentes económicos (impostos que aumentam mais do que proporcionalmente face a


aumentos do rendimento dos contribuintes).
Um bom exemplo de Imposto Progressivo é o Imposto de Renda: quanto mais você
ganha, maior a alíquota.
Voltando, então, no caso de uma economia entrar em recessão, a diminuição do rendimento
dos contribuintes a ela associada implica, logicamente em uma diminuição automática das
receitas fiscais, sem que tenha de haver qualquer intervenção do Estado.
A ideia aqui é se a renda em geral cai, a arrecadação com tributos cai.
Tratando-se de impostos progressivos, como o Imposto de Renda, a diminuição mais
do que proporcional de receitas fiscais, associada à diminuição do rendimento e respetivo
efeito no rendimento disponível, contribui desde logo para a suavização do impacto da
recessão em causa.
Confesso que não entendi isso na primeira vez que estudei esse assunto… então vou
explicar de novo para que você ganhe mais segurança no tema.
Veja, no caso dos impostos progressivos o efeito da arrecadação é maior do que a simples
queda geral da economia. Assim, o sistema tributário progressivo é um dos principais
estabilizadores automáticos usados ​​para ajudar a regular a economia.
Nessa toada, o sistema tributário progressivo é usado para desacelerar uma economia
que pode estar em superaquecimento.
A ideia é que na medida em que os rendimentos de alguns indivíduos sobem, eles entram
em faixas mais elevadas de tributação, o que significa que mais e mais do seu dinheiro é
tomado em impostos, para que eles tenham menos dinheiro para gastar do que deveriam.
Uma expansão inflacionista da economia é suavizada pelo aumento da carga fiscal que
imediatamente deriva dessa situação, com base na progressividade dos impostos.
Em suma, o aumento automático das receitas fiscais em períodos de inflação e a sua
diminuição também automática em períodos de recessão contribui por vezes decisivamente
para a moderação dos ciclos económicos e estabilidade das economias.

017. (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Acerca do papel do governo na economia, julgue o


item subsequente.
O imposto de renda e o seguro-desemprego podem ser considerados como estabilizadores
automáticos da economia, inserindo-se como políticas públicas de estabilização econômica.

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Um estabilizador automático funciona como uma ação do sistema econômico que visa
a reduzir mecanicamente as forças de recessão e/ou da expansão da demanda, sem que
sejam necessárias medidas discricionárias de política econômica.
Nessa pegada, tanto o Imposto de Renda, no caso de forte expansão econômica, quanto o
Seguro Desemprego, em situação inversa, ou seja, em recessão, desempenham esse papel.
Certo.

018. (CESPE/SENADO/CONSULTOR) Acerca do tema política fiscal, julgue o item abaixo.


Os denominados estabilizadores automáticos são referentes às mudanças automáticas que
ocorrem nas receitas tributárias e nas transferências governamentais quando a economia
atravessa um período de recessão ou de crescimento econômico acelerado.

Esse é o papel dos estabilizadores automáticos. São instrumentos usados para manter a
economia no nível de pleno emprego.
Certo.

O papel dos subsídios de desemprego e outras transferências sociais do Estado para


os particulares como estabilizadores automáticos deriva do fato de se adaptarem
automaticamente às mudanças na macroeconômica.
Assim, no caso de uma recessão, o aumento do desemprego a ela associada implica
automaticamente o aumento dos subsídios de desemprego que, por sua vez, se assumem
desde logo como meio de manter ou amenizar a diminuição do rendimento dos agentes,
limitando o impacto da referida recessão.
Essa medida foi muito aplicada durante a crise gerada pelo COVID-19.

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Assim, este processo não depende de tomadas de decisão diretas e localizadas das
entidades competentes, verificando-se de forma imediata e automática.
Entenda que as prestações de desemprego são os principais estabilizadores automáticos
utilizados para promover a recuperação econômica durante uma recessão.
A ideia é que à medida que mais pessoas ficam desempregadas, elas coletam benefícios
do governo, o que significa que eles têm dinheiro para gastar em bens e serviços.
Veja que, sem subsídios de desemprego, os consumidores em geral teriam menos
dinheiro para gastar e, logicamente, a economia iria se recuperar muito mais lentamente.
Outra forma do governo estimular a produção e o emprego na economia ocorre por meio
da diminuição da carga tributária. Ao reduzir os impostos sobre os produtos considerados
estratégicos pelo seu efeito desencadeador, o governo pode contribuir para aumentar a
demanda dos agentes, assim como pode, via diminuição dos impostos, estimular o consumo
de produtos de forma generalizada.
Essa situação é muito presente na vida do Brasileiro desde a crise mundial de 2008
quando o governo baixou a alíquotas de IPI dos carros, dos eletrodomésticos e de vários
outros produtos, especialmente de máquinas e equipamentos industriais.
Desse modo, o governo, ao reduzir os impostos sobre máquinas e equipamentos, contribui
para a diminuição dos custos de aquisição destes produtos, cuja demanda crescente estimula
a oferta do segmento do segmento industrial correspondente.
Outra contribuição da política fiscal ocorre na área externa da economia. A carga
tributária pode estimular, bem como desestimular, as importações e as exportações,
trazendo consequências sobre a estrutura produtiva interna de um país.
A carga tributária elevada desestimula a demanda por produtos adquiridos no exterior,
assim como o inverso contribui para aquecer a procura pelos produtos estrangeiros.
Um bom exemplo para ilustrar essa situação foi a redução da carga tributária para
importação de produtos pelo Brasil a partir de 1994, que, junto com a valorização da moeda
nacional, levou a balança comercial (exportação menos importação) a ficar negativa pelos
anos seguintes.
Destaca-se, ainda, outro impacto da prática da política fiscal sobre a economia. Esta
referência ocorre na área de distribuição de renda.
O gasto público voltado para atender segmentos da população de menor poder aquisitivo
constitui uma forma indireta de distribuir renda. O exemplo clássico é o programa bolsa
família, com propósito de melhorar as condições de vida de parte da população.
Em 2020, para enfrentar a crise econômica decorrente do COVID-19, dentre outras
medidas, destaca-se o auxílio emergencial de R$ 600,00, que foi prorrogado e depois foi
reduzido para R$ 300,00 e que voltou a ser pago em 2021.
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Outra forma de atuação na área de distribuição de renda é a adoção de um sistema


tributário progressivo, como o imposto sobre a renda, possibilitando ao governo arrecadar
mais recursos de quem ganha mais, para serem destinados à melhoria do sistema de
atendimento social.
Importante dizer que as políticas fiscal e monetária representam meios alternativos
diferentes para as mesmas finalidades (pleno emprego, com baixas taxas de inflação
e uma distribuição justa de renda).
Na verdade, a política econômica deve ser executada por meio de uma combinação
adequada de instrumentos fiscais e monetários.

Pode-se dizer que a política fiscal apresenta maior eficácia quando o objetivo é uma melhoria
na distribuição de renda, tanto na taxação às rendas mais altas como pelo aumento dos
gastos do governo com destinação a setores menos favorecidos.

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8.5. A POLÍTICA FISCAL E SUA RELAÇÃO COM O PLENO EMPREGO, O


DESENVOLVIMENTO E A REDISTRIBUIÇÃO DA RENDA
O Crescimento Econômico, além de ser um dos principais objetivos da Política
Macroeconômica de um país, pode ser considerado como uma função exercida pelo Estado
no âmbito da economia.
Os conceitos de crescimento e desenvolvimento econômico são frequentemente utilizados
para expressar características de um país, uma região ou local, seja de forma isolada ou em
termos comparativos. Os conceitos se apresentam inter-relacionados, porém são distintos.
É necessário considerar as distinções existentes, sob pena de se fazer uma análise
incorreta dos termos. Nesse contexto, é possível encontrar um país que apresente crescimento
econômico virtuoso, porém sem que ocorra desenvolvimento, ou situações em que o
país apresente trajetória de crescimento econômico concomitante com a evolução do
desenvolvimento econômico, assim como presenciar um quadro econômico nefasto, onde
o país não apresente nem crescimento e nem desenvolvimento econômico, persistindo no
domínio de condições subdesenvolvidas.
Por sua vez, o crescimento e o desenvolvimento econômico são resultados de processos
históricos constitutivos dos países ao longo do tempo. Isso significa que relações econômicas,
políticas e sociais não somente internas, mas também externas, constitutivas ao longo
do tempo, impactam o curso do crescimento e desenvolvimento econômico de cada país.
Indicadores apontados por organismos nacionais e internacionais, frequentemente utilizados
para indicar o estágio de crescimento e desenvolvimento deste ou aquele país, em muitos
casos desconsideram tal condicionante.
O crescimento econômico, por sua vez, está relacionado a fenômenos que expressam
a produção de riqueza, em termos de bens e serviços, de um país.
Os setores primário (agrícola), secundário (indústria) e terciário (comércio e serviços)
são responsáveis pela produção de bens e serviços em cada país.
O conjunto da produção de bens e serviços destes setores forma o Produto Interno Bruto
(PIB), cujo valor e taxa de variação anual constituem indicadores de crescimento econômico
do país. O valor do PIB indica a produção de bens e serviço em determinado ano, e a taxa
de variação aponta acréscimo ou diminuição entre os anos considerados.
Por sua vez, o desenvolvimento econômico expressa um fenômeno que não se limita
apenas a aspectos puramente econômicos, mas considera estruturas sociais e políticas
de um país.
Neste sentido, o termo crescimento econômico simboliza aspectos quantitativos,
enquanto o termo desenvolvimento econômico agrega não somente elementos quantitativos,
mas também variáveis mais qualitativas.
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Assim sendo, a abrangência de variáveis que compõem o conceito de desenvolvimento


é significativamente superior às de crescimento econômico.
Nesta perspectiva, o conceito de desenvolvimento incorpora elementos presentes no
conceito de crescimento econômico, na medida em que a riqueza produzida em bens e
serviços de um país que é inserida na matriz desenvolvimentista.
Nesses termos, consideram-se na avaliação do quadro de desenvolvimento de um país
os resultados econômicos apresentados pelos setores produtivos – agricultura, indústria,
comércio e serviços.
Entretanto a avaliação não se limita apenas a estes citados. Inserem-se, na compreensão
do desenvolvimento, variáveis sociais como educação, saúde, habitação, saneamento básico
e nível nutricional, dentre outros.
São consideradas variáveis políticas no processo de desenvolvimento, tais como liberdade
de expressão, processos democráticos, direitos políticos garantidos etc.
O desenvolvimento significa, em essência, a transformação nas estruturas econômicas,
políticas e sociais de um país. Expressa, na verdade, um processo em permanente mutação,
em constante movimento e sem fim, na medida em que cada país procura proporcionar
melhores condições de bem-estar à sua população
Fazendo um link entre resultado fiscal, inflação e taxa de juros, em nossa economia
contemporânea, a presença de constantes déficits públicos (resultado fiscal negativo),
normalmente gerado por descontrole nos gastos públicos, gera a queda da confiança
dos investidores e, em consequência, a retirada do selo de bom pagador pelas agências
internacionais de rating, e, assim, gerando aumento de taxa de juros.
Assim, para reverter esse ciclo vicioso, a primeira medida a ser tomada é a geração
de superávit, usando os instrumentos de Política Fiscal restritiva devidos, que também
contribuem para conter a inflação.
Guarde então que a aplicação de uma Política fiscal restritiva contribui para a redução
da inflação, possibilitando maior flexibilidade ao Banco Central para conduzir a política
monetária, fazendo com que a meta de inflação seja alcançada e que a taxa de juros possa
ser reduzida.
A combinação de responsabilidade fiscal com meta de inflação é o caminho para
que, simultaneamente, déficit público, inflação e taxa de juros diminuam.

019. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Julgue o próximo item, com relação à inflação


de demanda, ao crescimento da economia brasileira e às políticas econômicas adotadas
recentemente.
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Ainda que centralize sua política econômica no combate à inflação e não empreenda
esforços para o crescimento da economia, o governo contribuirá para a melhoria de
distribuição de renda.

Um dos efeitos mais cruéis da inflação é que, além de bagunçar a economia, a inflação
acentua a concentração de renda, já que acaba transferindo renda dos mais pobres aos
mais ricos.
As pessoas com maior renda possuem mais e melhores mecanismos para proteger sua
riqueza dos efeitos da inflação como as aplicações financeiras indexadas aos índices de
inflação, enquanto os assalariados reagem à inflação a posteriori, ou seja, têm seus salários
reajustados depois de um período de perda contínua de seu poder de compra.
Nessa pegada, combater a inflação já é uma forma de contribuir para melhorar a distribuição
de renda.
Certo.

020. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2016) O diplomata responsável pelo setor econômico da


embaixada brasileira em determinado país elaborou e enviou à Secretaria de Estado um
relatório sobre a situação econômica desse país.
Considerando o fato de que uma das funções do diplomata é manter o governo brasileiro
informado a respeito do contexto político, econômico e cultural do país onde ele esteja
temporariamente vivendo, julgue o item a seguir.
Considere que, no referido país, os níveis de inflação sejam elevados e o regime de câmbio
seja fixo. Nesse caso, é correto afirmar que a inflação alta provoca, geralmente, efeitos
nocivos sobre a economia, uma vez que reduz o poder de compra dos indivíduos, tende
a gerar concentração de renda e pode contribuir para aumentar os déficits na balança
comercial do balanço de pagamentos.

A presença de inflação elevada, além do seu efeito concentrador de renda, gera perda de
poder de compra dos indivíduos, pois normalmente o aumento da renda não acompanha
a elevação geral do nível geral de preços.
Além disso, como, na situação em tela, o câmbio está fixo, uma elevada inflação interna
gera valorização cambial, o que tende a tornar os produtos nacionais menos competitivos
e as importações relativamente mais atraentes.

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Assim, considerando o regime de câmbio fixo, as ações de desvalorizações da taxa cambial


quando há inflação elevada é fundamental para que não haja deterioração da taxa real de
câmbio, para evitar uma tendência de piora no saldo da balança comercial.
Certo.

8.6. EQUIVALÊNCIA RICARDIANA


A equivalência ricardiana parte do pressuposto de que o consumo é o valor presente de
toda a renda que alguém obterá durante a sua vida, (deduzidos os impostos) e conclui que o
governo não consegue estimular a economia gastando mais (política fiscal expansionista), pois
parte da ideia de que qualquer benefício obtido no presente implicará em um custo para a
sociedade no futuro, seja via aumento de tributos, seja via aumento do endividamento público.
Seguindo essa linha de raciocínio, os agentes econômicos se antecipam ao fato
(expectativas racionais), reduzindo os seus gastos e poupando mais, tendo como efeito a
não alteração na demanda agregada, gerando somente o aumento da dívida pública – o que
implica, necessariamente, em aumento de impostos em algum momento futuro e aumento
da poupança privada, que será usada para pagá-los.
Atualmente essa teoria é muito criticada, mas é bom conhecer seu conceito básico.

9. POLÍTICA MONETÁRIA
A Política Monetária é o conjunto de medidas que objetivam modificar a quantidade
de moeda na economia, assim como outras variáveis que nela exercem influência, ou seja,
é à atuação do governo (na verdade em conjunto com o Banco Central) sobre a quantidade
de moeda (meios de pagamento em geral) e de títulos públicos.
Outra forma de conceituar Política Monetária é como aquela que representa a atuação
das autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido,
com o propósito de se controlar a liquidez global do sistema econômico.

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Merece destaque o papel exercido pela taxa básica de juros (SELIC) no âmbito da Política
Monetária. Por meio da taxa de juros o BACEN controla a oferta de moeda. Aumentando a
taxa básica de juros reduz-se a oferta de moeda e controla-se a inflação. Em sentido oposto,
reduzindo a taxa básica de juros aumenta-se a oferta de moeda e estimula-se a inflação.

Os instrumentos de Política Monetária são:


1 – Reservas / Encaixes (depósitos) compulsórios
Reservas – o Banco Central exige que os Bancos recolham diariamente uma parte dos
depósitos à vista efetuados por seus clientes para o BACEN. As Reservas Compulsórias
não rendem juros e, por isso, são consideradas como um imposto sobre depósitos à vista
dos bancos.
Atente-se ao fato de que eventuais mudanças nas taxas de reservas compulsória afetam
o multiplicador monetário (e a liquidez da economia), sendo que um aumento nas taxas
de reservas reduz o multiplicador monetário, e uma redução da taxa de reserva aumenta
a liquidez da economia.
Depósitos compulsórios – funcionam como um mecanismo que representa o recolhimento
de parte dos recursos capitados pelos bancos para o BACEN, diminuindo o poder de
multiplicação da moeda bancária.
2 – Política de Redesconto
A política de Redesconto tem um impacto sobre a base monetária e na oferta da moeda,
porque afeta o volume de empréstimos que o banco central concede aos bancos.

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DICA
Redesconto é o nome dado para os empréstimos que o
banco central concede aos bancos.

021. (FCC/ALMS/ECONOMISTA/2016) O redesconto é um instrumento clássico de política


monetária que, se expandido,
a) pode abrir espaço para os bancos realizarem novas operações de crédito.
b) reduz as disponibilidades dos bancos.
c) provoca instantâneo aumento da carteira de crédito do sistema bancário.
d) não é utilizado em época de crise bancária.
e) representa um imediato aumento do passivo dos bancos.

Tenha em mente que a operação de redesconto nada mais é do que uma espécie de socorro
via empréstimo de assistência à liquidez feito pelo Banco Central a um banco comercial
que está com problemas de liquidez.
Assim, quando empresta dinheiro a um banco comercial, o BACEN acaba proporcionando a
esse banco comercial a oportunidade de efetuar novas operações de crédito.
Letra a.

3- Operações de mercado Aberto (títulos públicos)


São compras e vendas de títulos do Governo pelo Banco Central! É o mais importante
instrumento de política monetária e o fator que determina os movimentos da base
monetária e a oferta da moeda.

DICA
Nas provas de concursos as questões questionam,
principalmente, quais medidas são de Política Fiscal,
Monetária ou Cambial e, dentro dessa classificação, se são
medidas contracionistas ou expansionistas.

Para fazer a redução dos meios de pagamento (diminuição da liquidez da economia)


o BACEN toma uma (ou mais de uma) das 3 medidas contracionistas:

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1) aumentar as reservas/encaixes(depósitos) compulsórios;


2) aumentar a taxa de redesconto;
3) vender (emitir) títulos públicos.
Por outro lado, quando o que se quer é aumentar a liquidez, o BACEN toma uma (ou
mais de uma) das 3 medidas expansionistas:
1) reduzir as reservas/encaixes(depósitos) compulsórios;
2) reduzir a taxa de redesconto;
3) comprar(resgatar) títulos públicos.

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022. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Com relação aos instrumentos de política fiscal,


monetária e cambial, julgue o item que se segue.
A redução das taxas de recolhimento compulsório qualifica-se como uma política monetária
expansionista, podendo contribuir, ainda que no curto prazo, com a expansão da atividade
econômica.

Ao reduzir aquela parcela que fica “retida” no BACEN, expande-se a base monetária disponível
para fazer girar a economia, podendo, assim, no curto prazo, contribuir sim para a expansão
da atividade econômica.
Certo.

10. TETO DE GASTOS DAS DESPESAS PRIMÁRIAS X NOVO


ARCABOUÇO FISCAL
No dia 31/08/2023 foi publicada a Lei Complementar n. 200/2023 que estabelece o
“novo arcabouço fiscal”, em substituição ao regime do teto de gastos das despesas
primárias da União.
As regras procuram manter as despesas abaixo das receitas a cada ano e, havendo sobras,
deverão ser usadas só em investimentos, buscando uma trajetória de sustentabilidade
da dívida pública. A cada ano haverá limites na despesa primária reajustados pelo Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e também por um percentual do quanto cresceu
a receita primária descontada a inflação. Se o patamar mínimo para a meta de resultado
primário, a ser fixada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), não for atingido, o governo
deverá, obrigatoriamente, adotar medidas de contenção.
A variação real dos limites da despesa primária a partir de 2024 será cumulativa da
seguinte forma: 70% da variação real da receita, caso seja cumprida a meta de resultado
primário do ano anterior ao da elaboração do orçamento; ou 50% do crescimento da
despesa, se houver o descumprimento da meta de resultado primário nesse mesmo ano
de referência.
Outro ponto a ser destacado é que o resultado primário obtido poderá variar dentro da
faixa de tolerância de 0,25 ponto percentual (p.p.) do Produto Interno Bruto (PIB) previsto
no projeto da LDO, seja para baixo ou para cima. Assim, será considerada meta descumprida
se o resultado primário nominal ficar abaixo da banda inferior dessa faixa.
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EXEMPLO
Para 2024 o projeto da LDO fixa uma meta de resultado primário igual a zero. O intervalo de
tolerância calculado em valores nominais é de R$ 28,7 bilhões a menos (negativo) ou a mais,
o que significa um PIB projetado próximo a R$ 11,5 trilhões em 2024. Se o governo tiver um
déficit de R$ 30 bilhões em 2024, para 2026 poderá contar com 50% da variação real da
receita, pois vale o resultado do ano anterior ao da elaboração do Orçamento. Nesse exemplo,
já em 2025 o governo precisará aplicar medidas de contenção de gastos.

Para evitar o engessamento das despesas, todo ano ela crescerá pelo menos 0,6% com
base na variação da receita. Já o máximo de aumento será de 2,5%, mesmo que a aplicação
dos 70% da variação da receita resulte em valor maior.
No que se refere aos limites nos gastos, para cada poder da União (Executivo, Legislativo
e Judiciário), mais o Ministério Público e a Defensoria Pública, o novo arcabouço determina
o uso de limites globais de despesas a partir de 2024.
Especificamente em 2024, o limite será igual às dotações constantes do orçamento
de 2023, mais créditos adicionais vigentes antes da entrada em vigor do novo arcabouço,
corrigido pela variação do IPCA e pelo crescimento real da despesa na regra-padrão.
Após os primeiros quatro meses de 2024, ao estimar a receita primária do ano e
compará-la com relação à realizada em 2023, o governo poderá usar a diferença de 70%
do crescimento real da receita apurado dessa forma, menos o valor estipulado na LOA
2024, para o crescimento real da despesa. De qualquer forma, o valor será limitado a 2,5%
do crescimento real da despesa. Mas se o montante ampliado da despesa calculado dessa
forma for maior que 70% do crescimento real da receita primária efetivamente realizada
em 2024, a diferença será debitada do limite para o exercício de 2025.
De 2025 em diante, os limites de cada ano serão encontrados usando o limite do ano
anterior corrigido pela inflação mais a variação real da receita, sempre obedecendo os limites
inferior (0,6%) e superior (2,5%). O novo arcabouço também determina que, respeitada a
soma dos limites individualizados, exceto ao do Poder Executivo, a LDO poderá prever uma
compensação entre os limites dos demais Poderes, aumentando um e diminuindo o outro.
Os limites individualizados de 2023, que servirão de referência para 2024, serão os da
lei orçamentária já publicada e não poderão ser ultrapassados por meio da abertura de
crédito suplementar ou especial. O cumprimento deverá considerar as despesas primárias
pagas, incluídos restos a pagar pagos e outras operações que afetem o resultado primário.
Com relação aos investimentos, a cada ano deverão ser, no mínimo, equivalentes a 0,6%
do PIB estimado no respectivo projeto da lei orçamentária anual (LOA). Para 2024, o PLDO
estima PIB de R$ 11,5 trilhões, que se mantido no projeto orçamentário, dá R$ 69 bilhões
em investimentos.
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Caso o governo consiga fazer um resultado primário melhor do que o limite superior do
intervalo de tolerância, ou seja, 0,25 p.p. do PIB a mais que a meta, até 70% do excedente
poderá ser aplicado em investimentos no ano seguinte. De qualquer forma, as dotações
adicionais em investimentos não poderão ultrapassar o equivalente a 0,25 p.p. do PIB do
ano anterior.
No que diz respeito à regras de correção dos valores para os orçamentos de 2024 em
diante, o novo arcabouço prevê mecanismo semelhante ao usado atualmente de correção
pelo IPCA. Assim, a proposta orçamentária deverá conter a inflação acumulada e apurada
de julho do ano anterior a junho do ano de tramitação da proposta.
Quando, no primeiro semestre do ano seguinte, sair a inflação apurada completa do
ano anterior (12 meses), a diferença positiva entre o acumulado usado para fazer a lei e o
efetivamente apurado poderá ser usado para ampliar o limite autorizado do Poder Executivo
mediante crédito suplementar. Mas a ampliação não contará para os limites de despesa
primária dos exercícios seguintes, com exceção dos créditos abertos em 2024.
Por serem consideradas receitas incertas, o texto deixa de fora do conceito de receitas
primárias as obtidas com concessões e permissões, de dividendos e participações, de
exploração de recursos naturais e de transferências legais e constitucionais por repartição.
Também segue a mesma regra as receitas primárias obtidas com saldos de contas
inativas do PIS/Pasep declarados abandonados por força da emenda constitucional 126,
e as receitas obtidas com programas de recuperação fiscal (Refis) criados após a entrada
em vigência do arcabouço.
Para se encontrar a variação real da receita primária, a nova lei prevê o uso dos valores
acumulados nos 12 meses encerrados em junho (inclusive) do ano em que começou a
tramitação da lei orçamentária. Por exemplo: para o orçamento de 2024 a variação real da
receita deve ser calculada em comparação aos valores da receita acumulados de julho de
2022 a junho de 2023, sempre descontados da inflação no mesmo período.
Também estão fora do limite as transferências legais a Estados e municípios de parte da
outorga pela concessão de florestas federais ou a venda de imóveis federais em ocupação
localizados em seus territórios. Já as despesas com a complementação do piso da enfermagem
estão dentro do limite do Executivo.

11. CONTROLE DE PREÇOS PELO GOVERNO


O governo também pode atuar na economia controlando diretamente os preços. Em
outras palavras, podemos dizer que ocorre controle de preços por parte do governo quando
ele impõe alguma restrição sobre os preços de determinados mercados.
Basicamente existem duas formas de controles de preços por parte do governo. O preço
máximo, que evita que o preço suba acima de um determinado nível – o “teto”, e o preço
mínimo, que evita que o preço caia abaixo de um determinado nível – o “piso”.
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É preciso ter em mente que normalmente o controle de preços por parte do governo
não funciona.
No caso do preço máximo, como os preços podem estar sendo reduzidos artificialmente,
o governo transmite a ideia de que o bem é abundante (embora não seja), agravando assim
o problema, visto que causa uma redução da produção e do investimento no setor, por ele
ficar menos lucrativo, prejudicando a oferta futura.
Por outro lado, quando o governo impõe um preço mínimo, podemos ter duas
consequências diferentes. Se o preço mínimo for fixado abaixo do preço de equilíbrio de
equilíbrio, podemos ter um excesso de demanda e/ou uma redução na oferta, mas se o
preço mínimo for fixado acima do preço de equilíbrio, podemos ter um excedente de oferta
e/ou redução na demanda, desequilibrando o mercado.
No âmbito agropecuário, temos a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM),
importante ferramenta para diminuir oscilações na renda dos produtores rurais e assegurar
uma remuneração mínima, de modo a fomentar a oferta de alimentos, incentivando ou
desestimulando a produção de determinado produto e de modo a garantir a regularidade
do abastecimento alimentício nacional.
Tenha em mente que o subsídio é um instrumento de política pública que visa a reduzir
o preço ao consumidor ou o custo ao produtor.
Em outras palavras, subsídios são recursos que os governos usam para incentivar setores
da economia e/ou amenizar dificuldades que determinados mercados podem enfrentar.
Na União, há subsídios tanto no lado da despesa (subsídios financeiros e creditícios),
quanto no lado da receita (subsídios tributários).

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RESUMO
Em uma economia capitalista, a ação econômica do setor público está vinculada às
funções que promove junto à sociedade, dentre as quais: contribuir no fornecimento de
bens públicos, melhorar a distribuição da renda, promover a estabilidade e impulsionar o
crescimento econômico.

Segundo a classificação de Richard Musgrave sobre as funções do setor público (Estado),


em economias de mercado, existem 3 funções exercidas pelo estado comentadas a seguir.

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• Alocação de recursos em pontos necessários, onde o mercado não se


interessa (falhas do mercado);
Alocativa
• Grandes obras, estradas, saúde, educação, serviços públicos;
• Necessidades públicas.

• Distribuição de renda, buscando reduzir as desigualdades sociais e regionais;


• Programas sociais, políticas fiscais vantajosas aos mais pobres, impostos
Distributiva
progressivos sobre a renda;
• Escolas públicas também podem ser consideradas.

• Interferência no mercado, por meio de políticas econômicas;


Estabilizadora • Alterações sobre taxa de juros, câmbio etc;
• Monitoramento dos índices de inflação, desemprego etc.

A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no


fornecimento de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado. Neste
sentido, o setor público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não exclusivo
a esta ou aquela faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de bens públicos
a segurança.
Por sua vez, a função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas
por meio de medidas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos menos
favorecidos na sociedade.
A terceira ação econômica do setor público se dá no âmbito da função estabilizadora
realizada pelo setor público, expressa por ações de intervenção na economia no intuito de
contribuir para seu melhor funcionamento. Destacam-se, por exemplo, as intervenções
voltadas à redução da inflação, bem como ações destinadas ao combate do desemprego
em determinado setor produtivo.
Resumindo, temos:

Promoção de ajustamentos na
Função Alocativa
alocação de recursos

Promoção de ajustamento na
Função Distributiva
distribuição de renda

Manutenção da estabilidade
Função Estabilizadora
econômica

Podemos dizer que a regulação nada mais é do que a ordenação das atividades
econômicas. A desregulação econômica é redução do grau de intervenção do Estado em
determinado setor da Economia, reduzindo a burocracia, a normatização e o controle.

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Tributação e
POLÍTICA gasto público
FISCAL (orçamento).

Taxa de juros,
POLÍTICA POLÍTICA oferta de moeda
ECONÔMICA MONETÁRIA etc.

Estimular a
POLÍTICA concorrência,
REGULATÓRIA corrigir falhas
de mercado etc.

Política Fiscal: variações no orçamento público com o objetivo de modificar seus agregados,
tais como a receita/despesa pública e o investimento.
Se o objetivo da política econômica é reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais
normalmente utilizadas são a diminuição de gastos públicos e/ou o aumento da carga
tributária (o que inibe o consumo). Ou seja, visam a diminuir os gastos da coletividade. É a
chamada política fiscal reducionista ou contracionista.
Mas se o objetivo é um maior crescimento e emprego, os instrumentos fiscais são
iguais, mas em sentido inverso, para elevar a demanda agregada. É a chamada política
fiscal Expansionista.

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POLTICA MONETÁRIA
É o conjunto de medidas que objetivam modificar a quantidade de moeda na economia,
assim como outras variáveis que nela exercem influência ou, ainda, é à atuação do governo
(na verdade em conjunto com o Banco Central) sobre a quantidade de moeda (meios de
pagamento em geral) e de títulos públicos.
Outra forma de conceituar Política Monetária é como aquela que representa a atuação
das autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com
o propósito de se controlar a liquidez global do sistema econômico.
Os instrumentos de Política Monetária são:
1 – Reservas / Encaixes (depósitos) compulsórios
Reservas o Banco Central exige que os Bancos recolham diariamente uma parte dos
depósitos efetuados para o banco Central.
As Reservas Compulsórias não rendem juros por isso são consideradas como um imposto
sobre depósitos avista dos bancos. Mudanças nas taxas de reservas compulsória afeta o
multiplicador monetário (e a liquidez da economia), sendo que um aumento nas taxas de
reservas reduz o multiplicador monetário, e uma redução da taxa de reserva aumenta a
liquidez da economia.
Depósitos compulsórios é um mecanismo que representa o recolhimento de parte dos
recursos capitados pelos bancos para o BACEN, diminuindo o poder de multiplicação da
moeda bancária.
2 – Política de Redesconto
A política de Redesconto tem um impacto sobre a base monetária e na oferta da moeda,
porque afeta o volume de empréstimos que o banco central concede aos bancos.
Redesconto é o nome dado para os empréstimos que o banco central concede aos bancos.
3 – Operações de mercado Aberto (títulos públicos)
São compras e vendas de títulos do Governo pelo Banco Central, e o mais importante
instrumento de política monetária, e o fator que determina os movimentos da base
monetária e a oferta da moeda.
Para fazer a redução dos meios de pagamento (diminuição da liquidez da economia) o
BACEN toma uma (ou mais de uma) das 3 medidas contracionistas:
1) aumentar as reservas/encaixes(depósitos) compulsórios.
2) aumentar a taxa de redesconto.
3) vender (emitir) títulos públicos.
Por outro lado, quando o que se quer é aumentar a liquidez, o BACEN toma uma (ou
mais de uma) das 3 medidas expansionistas:
1) reduzir as reservas/encaixes(depósitos) compulsórios;
2) reduzir a taxa de redesconto;
3) comprar(resgatar) títulos públicos
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Nas provas de concursos as questões basicamente querem saber quais medidas são
de Política Fiscal x Monetárias x Cambial e dentro dessa classificação, se são medidas
contracionistas ou expansionistas.
Espero que tenha gostado da aula.
Vamos agora fazer mais questões, pois, como diria Cícero: “Não basta conquistar a
sabedoria, é preciso usá-la”.

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MAPA MENTAL
Funções do Governo

Alocativa Oferta de bens e serviços – Estado protetor

Papel do Distributiva Reduzir desigualdades, bolsa família etc.


Estabilizadora Interferências no mercado para estimular o emprego, reduzir a inflação etc.
Governo na
Reguladora Estado regulador
Economia

Política Econômica

Política Fiscal Tributação e gasto público (orçamento)


Política Monetária Taxa de juros, oferta de moeda etc.
Política Regulatória Estimular a concorrência, corrigir falhas do mercado etc.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) No que se refere às funções do Estado como regulador


da atividade econômica e produtor de bens e serviços, julgue o item subsecutivo.
Para incrementar a produção de empregos, a atuação do Estado como produtor geralmente
ocorre em setores intensivos em trabalho e de prazo mais curto de maturação do investimento.

002. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Com relação às funções do Estado como regulador da


atividade econômica e produtor de bens e serviços, julgue o seguinte item.
A atuação do Estado como produtor de bens e serviços essenciais se justifica quando esses
oferecem, estrutural ou conjunturalmente, baixo retorno em relação ao capital investido.

003. (CESPE/MPOG/ECONOMISTA-PGCE/2015) Acerca das funções do governo na economia,


julgue o item que se segue.
As funções do governo estão associadas às chamadas falhas de mercado, mas no caso do
Brasil não deverão ser aplicadas novas intervenções em 2016 caso a inflação convirja para
o centro da meta.

004. (CESPE/TJ-SE/ANALISTA/2014) No que concerne às funções dos governos e às diversas


formas de intervenção do Estado na atividade econômica, julgue o item que se segue.
No caso da ocorrência do monopólio natural, em que há uma única empresa produtora de
um bem público, o Estado pode tanto responsabilizar-se diretamente pela produção do
bem quanto exercer o controle de preços por meio de regulação.

005. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Os Jogos Olímpicos transformaram o Rio de Janeiro,


avalia o jornalista suíço Jean-Jacques Fontaine, que lançou recentemente o livro Rio de
Janeiro e os Jogos Olímpicos, uma cidade reinventada. Para o jornalista suíço, foram os
Jogos que permitiram investimentos importantes na mobilidade urbana, na segurança, na
saúde e na educação. Entre os projetos alavancados incluem-se a construção de quatro
corredores de BRT e a expansão do metrô, embora tais projetos existissem desde a década
de 60 do século XX; o crescimento das unidades de polícia pacificadora (UPPs), apesar
de agora a política de segurança estar em declínio; e a ampla reforma urbana na região
portuária, que, no entanto, ainda não conseguiu decolar a maior parte dos investimentos
imobiliários previstos no Porto Maravilha. Valor Econômico, 26/7/16. Internet: <http://
www.valor.com.br> (com adaptações).
Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir, acerca das funções
econômicas do Estado e de suas formas de atuação.
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Por meio da implantação de UPPs em comunidades carentes dominadas pelo crime


organizado, o Estado atuou no âmbito de sua função alocativa, garantindo a oferta do
bem público segurança.

006. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016) A função do orçamento público que visa melhorar a


posição de algumas pessoas em detrimento de outras e, com isso, corrigir falhas do mercado
é denominada função
a) controladora.
b) alocativa.
c) distributiva.
d) estabilizadora.
e) econômica.

007. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Com relação à economia do setor público, julgue o


item que se segue.
Entre as funções governamentais estabelecidas por meio da política fiscal inclui-se a função
estabilizadora, a qual objetiva alterar o modo de distribuição da renda nacional.

008. (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2015) Julgue:


O orçamento público possui três funções distintas que coexistem simultaneamente:
alocativa, distributiva e estabilizadora.

009. (CESPE/PF/AGENTE/2014) Julgue:


Uma política adequada de regulação deve ter objetivos claros quantificáveis, tendo presente
que regulação não é apenas fixar preço.

010. (CESPE/PC-PA/AGENTE/2009) Julgue:


Os principais objetivos da regulação de mercados são o bem-estar do consumidor e a
melhoria da eficiência alocativa, distributiva e produtiva da indústria envolvida.

011. (CESPE/PF/AGENTE/2014) Julgue:


Regulação de mercados poderia ser definida como o conjunto de ações públicas que busca
melhorar a eficiência da alocação dos recursos no mercado ou aumentar o bem-estar social
dessa alocação.

012. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Julgue o item seguinte, acerca de inflação, emprego e renda.


Se um formulador de política econômica enfrenta um deslocamento adverso da oferta
agregada, torna-se necessário escolher entre contrair a demanda agregada para combater
a inflação ou expandir a demanda agregada para combater o desemprego.
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013. (CESPE/SUFRAMA/ECONOMISTA/2014) Acerca dos agregados monetários, bem como dos


instrumentos e efeitos econômicos das políticas monetária e fiscal, julgue o item subsequente.
A adoção de uma política fiscal restritiva por meio da elevação de impostos tende a aumentar
a renda, deslocando a curva IS para a direita.

014. (CESPE/TCDF/AUDITOR/2014) Em relação à teoria macroeconômica, julgue os itens:


O aumento dos gastos do governo acarreta elevação do nível geral de preços.

015. (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) Com relação aos mecanismos públicos de atuação


econômica, julgue o item que se segue.
O governo pode se utilizar de receitas ou despesas públicas para alcançar seus objetivos
de política fiscal.

016. (CESPE/PF/APF/2012) Julgue o item seguinte, acerca de noções de economia.


Uma política fiscal que vise ao fomento do crescimento econômico e à geração de empregos
deve contemplar medidas de redução dos gastos públicos e elevação da carga tributária.

017. (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Acerca do papel do governo na economia, julgue o


item subsequente.
O imposto de renda e o seguro desemprego podem ser considerados como estabilizadores
automáticos da economia, inserindo-se como políticas públicas de estabilização econômica.

018. (CESPE/SENADO/CONSULTOR) Acerca do tema política fiscal, julgue o item abaixo.


Os denominados estabilizadores automáticos são referentes às mudanças automáticas que
ocorrem nas receitas tributárias e nas transferências governamentais quando a economia
atravessa um período de recessão ou de crescimento econômico acelerado.

019. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Julgue o próximo item, com relação à inflação


de demanda, ao crescimento da economia brasileira e às políticas econômicas adotadas
recentemente.
Ainda que centralize sua política econômica no combate à inflação e não empreenda
esforços para o crescimento da economia, o governo contribuirá para a melhoria de
distribuição de renda.

020. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2016) O diplomata responsável pelo setor econômico da


embaixada brasileira em determinado país elaborou e enviou à Secretaria de Estado um
relatório sobre a situação econômica desse país.

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Considerando o fato de que uma das funções do diplomata é manter o governo brasileiro
informado a respeito do contexto político, econômico e cultural do país onde ele esteja
temporariamente vivendo, julgue o item a seguir.
Considere que, no referido país, os níveis de inflação sejam elevados e o regime de câmbio
seja fixo. Nesse caso, é correto afirmar que a inflação alta provoca, geralmente, efeitos
nocivos sobre a economia, uma vez que reduz o poder de compra dos indivíduos, tende
a gerar concentração de renda e pode contribuir para aumentar os déficits na balança
comercial do balanço de pagamentos.

021. (FCC/ALMS/ECONOMISTA/2016) O redesconto é um instrumento clássico de política


monetária que, se expandido,
a) pode abrir espaço para os bancos realizarem novas operações de crédito.
b) reduz as disponibilidades dos bancos.
c) provoca instantâneo aumento da carteira de crédito do sistema bancário.
d) não é utilizado em época de crise bancária.
e) representa um imediato aumento do passivo dos bancos.

022. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Com relação aos instrumentos de política fiscal,


monetária e cambial, julgue o item que se segue.
A redução das taxas de recolhimento compulsório qualifica-se como uma política monetária
expansionista, podendo contribuir, ainda que no curto prazo, com a expansão da atividade
econômica.

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QUESTÕES DE CONCURSO

023. (CESGRANRIO/ELETRONUCLEAR/ECONOMISTA/2022) Nos países que adotam o regime


de metas de inflação, como o Brasil, o principal instrumento utilizado pelos Bancos Centrais
para manter baixas e estáveis as taxas observadas e esperadas de inflação é o(a)
a) controle da oferta monetária
b) controle de preços dos bens e serviços em geral
c) controle de preços dos bens e serviços administrados
d) manejo da taxa básica de juros de curto prazo
e) controle dos salários nominais

024. (CESGRANRIO/IBGE/TECNOLOGISTA/2013) No Brasil atual, a taxa de crescimento


populacional em % ao ano, por faixa etária, é mais elevada quanto maior for essa faixa etária.
Tal dinâmica populacional leva à crescente participação percentual, no orçamento global
dos governos, de gastos com
a) aposentadorias
b) infraestrutura urbana
c) transportes públicos
d) seguro-desemprego
e) educação primária

025. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/ECONOMISTA/2011) O Banco Nacional de Desenvolvimento


Econômico e Social (BNDES) é, no Brasil, uma importante fonte de financiamento de longo
prazo para
a) a liquidez do setor financeiro.
b) o pagamento de dividendos pelas empresas.
c) os compradores de bens de consumo não duráveis.
d) as empresas industriais que desejam investir.
e) as pessoas que desejam hipotecar seu imóvel.

026. (CESGRANRIO/BNDES/ADMINISTRADOR/2011) Um aumento dos gastos em bens e


serviços por parte do governo, financiado pela emissão de títulos públicos e causando um
aumento das taxas de juros na economia, é uma política
a) de redução da demanda agregada
b) monetária expansiva
c) orçamentária contracionista
d) macroeconômica fiscal expansiva
e) financeira sem efeitos reais na economia
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027. (CESGRANRIO/BNDES/ECONOMISTA/2007) A participação intensa do setor privado, em


parceria com o setor público, nos investimentos de infraestrutura, por exemplo, depende,
em grande parte, das condições listadas abaixo, EXCETO uma. Indique-a.
a) Credibilidade do governo.
b) Marco regulatório estável.
c) Facilidades ou subsídios fiscais.
d) Mercado de capitais desenvolvido.
e) Estabilidade macroeconômica.

028. (CESGRANRIO/TCE-RO/ECONOMISTA/2007) Assinale a opção que NÃO pode ser


considerada como uma das funções básicas da política orçamentária brasileira.
a) Promover a redução das desigualdades sociais através de aplicações em benefício das
classes menos favorecidas.
b) Prover o atendimento das necessidades coletivas da população.
c) Ajustar o superavit ou o deficit, destinando-o ou financiando-o de acordo com os objetivos
da política econômica vigente.
d) Regular o nível da demanda agregada, contribuindo para o maior ou menor emprego dos
fatores de produção.
e) Definir as fontes, as destinações e o emprego de recursos de acordo com a orientação
das instituições credoras do país.

029. (CESGRANRIO/UNIRIO/ECONOMISTA/2019) Desde 2017, a política fiscal brasileira vem


sendo subordinada a uma nova regra, introduzida pela Emenda Constitucional n. 95, de 15
de dezembro de 2016, conhecida como “Teto de Gastos”.
A principal característica dessa regra é que
a) impede o aumento dos gastos públicos em rubricas importantes, como educação, saúde
e transferências sociais.
b) permite a expansão das despesas primárias totais do setor público, em termos reais,
nas fases de recessão econômica.
c) permite o aumento das despesas primárias totais do setor público, em termos reais, nos
períodos em que for confirmado aumento dos fluxos de arrecadação de impostos e outros
tributos governamentais.
d) mantém inalteradas as despesas primárias totais do setor público, em termos reais, nos
próximos 10 ou 20 anos, a partir de sua vigência.
e) mantém inalteradas as despesas primárias totais do setor público, em termos correntes,
nos próximos 10 ou 20 anos, a partir de sua vigência.

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030. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/ANALISTA/2013) Um exemplo de política fiscal expansiva seria


um aumento do gasto público financiado pela emissão de títulos do governo.
Há várias consequências dessa política, dentre as quais NÃO se encontra o aumento da
a) arrecadação fiscal do governo
b) demanda agregada por bens e serviços
c) dívida do setor público
d) taxa de desemprego
e) taxa de juros

031. (CESGRANRIO/BNDES/ANALISTA/2012) A resposta da política econômica brasileira à crise


mundial de 2008, com seus subsequentes desdobramentos na área do euro, tem sido a de
a) estimular a economia, monetária e fiscalmente, impedindo uma maior queda da demanda
doméstica.
b) aumentar o superavit fiscal do governo, garantindo sua solvência.
c) realizar uma ampla reforma fiscal, reduzindo o número de impostos.
d) adotar uma política cambial de valorização do Real, estimulando as exportações.
e) aprofundar o processo de substituição de importações, aumentando o superavit em
conta corrente.

032. (CESGRANRIO/BNDES/AMNALISTA/2012) Em um determinado país, em crise de dívida


pública excessiva, uma política fiscal austera é efetivada através de um corte no gasto
do governo de 10 bilhões de unidades monetárias (u.m.). Essa política resulta em uma
diminuição do déficit do orçamento público menor do que 10 bilhões de u.m..
Uma possível explicação para esse fato é a(o)
a) redução da taxa de poupança
b) redução da arrecadação fiscal
c) redução das exportações
d) aumento das importações
e) aumento do déficit comercial

033. (CESGRANRIO/CASA-DA-MOEDA/ANALISTA/2012) De acordo com a legislação vigente,


o salário-mínimo no Brasil vai aumentar entre 14 e 15% em 2012, gerando elevação tanto
dos custos das empresas como da demanda da sociedade por bens e serviços e, em ambos
os casos, gerando pressões inflacionárias. Para compensar ou, pelo menos, amenizar essa
pressão inflacionária, a combinação mais eficiente de políticas fiscal e monetária são a(o)
a) redução dos gastos públicos e o aumento da taxa básica de juros
b) redução dos tributos e o aumento da taxa básica de juros
c) redução tanto dos gastos públicos como da taxa básica de juros

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d) aumento dos tributos e a redução da taxa básica de juros


e) aumento tanto dos gastos públicos como da taxa básica de juros

034. (VUNESP/IPSM-SJC/ANALISTA/2022) Considere as seguintes ações do governo:


construção de uma ferrovia; aumento da taxa de juros em função de alta na inflação;
criação de um programa social de renda mínima. As funções do Estado presentes em cada
uma delas são, respectivamente, as funções:
a) distributiva, alocativa e estabilizadora.
b) alocativa, distributiva e estabilizadora.
c) distributiva, estabilizadora e alocativa.
d) alocativa, estabilizadora e distributiva.
e) estabilizadora, alocativa e distributiva.

035. (VUNESP/PERUÍBEPREV/ANALISTA/2022) De acordo com a Equivalência Ricardiana, um


aumento dos gastos públicos e consequente aumento do endividamento
a) aumentará a demanda agregada pelo efeito do multiplicador keynesiano.
b) aumentará a demanda agregada, pois haverá aumento da inflação que diminui o
desemprego.
c) diminuirá a demanda agregada, pois a oferta de crédito será reduzida.
d) não terá efeito sobre a demanda agregada porque os indivíduos antecipam o aumento
de impostos que virá no futuro para pagar essa dívida.
e) não terá efeito sobre a demanda agregada porque a parte mais privilegiada da sociedade
aumentará o gasto no exterior com viagens e bens importados.

036. (CETRO/ISS-SP/AUDITOR/2014-ADAPTADA) A equivalência ricardiana parte do


princípio de que:
a) os agentes econômicos não encontram motivos para alterar sua conduta de consumo
presente em razão da redução dos impostos por parte do governo.
b) a baixa na carga tributária do presente refletirá em aumento de arrecadação futura, o
que compensa a manutenção de dívida pública ao longo do tempo.
c) se o governo baixar a carga tributária, os agentes econômicos respondem positivamente
ao consumo e, portanto, contribuem para o crescimento econômico do presente.
d) o déficit público é impulsionador do crescimento econômico e, neste aspecto, assemelha-
se à política fiscal expansionista.

037. (VUNESP/PREF-MOGI-DAS-CRUZES/ECONOMISTA/2019) Quando o Estado pratica uma


política fiscal restritiva, está cumprindo sua função
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a) reguladora, pois dessa maneira toda a população terá acesso a serviços públicos de boa
qualidade em função do aumento dos impostos sobre a parcela mais rica da população.
b) distributiva, pois dessa maneira os tributos sobre a venda diminuirão, favorecendo a
parcela mais pobre da população.
c) alocativa, pois estará favorecendo a produção de bens privados em função do aumento
dos tributos.
d) estabilizadora, pois esse tipo de política tende a diminuir a demanda agregada e a taxa
de inflação do país, caso essa esteja aumentando.
e) sinalizadora, pois dessa maneira o Estado indicará ao mercado que os investimentos
privados devem ser aumentados em virtude do aumento consequente da demanda agregada.

038. (VUNESP/IPRESB/ANALISTA/2017) É um exemplo da função clássica do Estado que é


denominada função alocativa:
a) empreender um programa de subsídio às populações abaixo da linha de pobreza.
b) manter a taxa de câmbio fixa, para assegurar maior segurança aos agentes econômicos
que transacionam com o exterior.
c) fazer política monetária restritiva por meio da colocação de títulos da dívida pública
para reduzir a taxa de inflação.
d) prover os serviços de segurança nacional para o país.
e) manter a taxa de câmbio variável, para facilitar o fluxo de entrada e saída de capitais
estrangeiros do país.

039. (VUNESP/PREF-GRU/ECONOMISTA/2016) A Visão Clássica das Funções do Estado


determina que o Estado deveria apresentar estrutura mínima e restrita a questões
a) administrativas.
b) financeiras.
c) executivas.
d) legislativas.
e) judiciais.

040. (VUNESP/PREFEITURA-SP/ANALISTA/2015) No processo brasileiro de industrialização,


o papel de atuação do Estado que foi caracterizado pela submissão da política econômica
às metas de industrialização, as quais passaram a ser o foco central dos governos,
contingenciando as divisas, utilizando-se do câmbio múltiplo, das tarifas aduaneiras,
especialmente a partir do governo de Juscelino Kubitschek, com os créditos subsidiados
pelo Banco do Brasil e depois pelo BNDE, é denominado Estado
a) financiador.
b) produtor.

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c) regulamentador.
d) consumidor.
e) condutor.

041. (VUNESP/PREF-SP/ANALISTA/2015) São exemplos de política alocativa, estabilizadora


e distribuidora do Estado, respectivamente,
a) o Plano de Metas, o Plano Cruzado e o Plano Verão.
b) o Plano de Metas, o Plano Real e o Programa Bolsa Família.
c) a criação do Banco Central, o Programa de Aceleração do Crescimento e o Programa
Bolsa Família.
d) o Plano Collor, o Plano Real e o Programa Bolsa Escola.
e) o Plano de Metas, o II Plano Nacional de Desenvolvimento e o Plano Real.

042. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) A função do governo associada ao fornecimento de


bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado é denominada
a) produtiva.
b) alocativa.
c) distributiva.
d) estabilizadora.
e) arrecadadora.

043. (VUNESP/BNDES/ECONOMISTA/2002) Com relação à participação do governo na


economia, estudos empíricos demonstraram que, no longo prazo, a evolução da participação
do gasto público na renda dos países avançados é:
a) Decrescente, derivando-se desta evolução a chamada “lei de Wagner” das Finanças Públicas.
b) Decrescente, derivando-se desta evolução a chamada “Curva de Laffer”, aplicada às
Finanças Públicas.
c) Crescente, derivando-se desta evolução a chamada “lei de Wagner” das Finanças Públicas.
d) Crescente, derivando-se desta evolução a chamada “Curva de Laffer”, aplicada às
Finanças Públicas.
e) Crescente, derivando-se, do padrão de evolução constatado, a chamada “lei de Say”,
aplicada às Finanças Públicas.

044. (VUNESP/PREFEITURA-SJC/ANALISTA/2012) É (são) política(s) monetária(s)


contracionista(s):
I. aumento da taxa de redesconto;
II. compra de títulos no mercado aberto pelo Banco Central;
III. redução do depósito compulsório.

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Está correto o contido em


a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

045. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020) Considerando os instrumentos e objetivos da política


fiscal no Brasil,
a) déficits orçamentários podem ser financiados sem limite pela emissão monetária, sem
repercussões mais profundas sobre a estabilidade de preços da economia.
b) os investimentos do governo em infraestrutura são considerados gastos correntes, dada
a sua indiscutível importância para o bem-estar social.
c) cabe à política fiscal o controle indireto da taxa de câmbio via resultado fiscal.
d) o comportamento da dívida pública é afetado tanto pelo Tesouro Nacional, por meio
dos leilões de títulos da dívida pública, quanto pelo Banco Central do Brasil, por meio do
lançamento das operações compromissadas junto aos bancos comerciais.
e) a gestão da política fiscal tem suas diretrizes determinadas pela Lei de Responsabilidade
Fiscal, a qual prevê regramentos como a regra de ouro, a regra de superávit primário e o
teto de gastos.

046. (FCC/AFOP/ANALISTA/2019) Um objetivo contracionista, tudo mais constante, pode


ser alcançado por meio de uma política
a) monetária, que reduza o recolhimento compulsório.
b) fiscal, que aumente o gasto do governo.
c) monetária, que aumente a taxa de redesconto.
d) fiscal, que reduza os impostos.
e) creditícia, que facilite os empréstimos

047. (FCC/AFOP/ANALISTA/2019) Um exemplo de materialização da função estabilizadora


do governo é dada
a) pelo provimento de bens meritórios.
b) pela redistribuição de renda por meio da política fiscal.
c) pela condução da política monetária.
d) pela produção de bens públicos.
e) pela fixação de impostos progressivos.

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048. (FCC/PGE-MT/ANALISTA/2016) As atribuições do Estado Moderno são geradoras de


crescentes despesas públicas que exigem, sistematicamente, aumento dos recursos para
seu financiamento. Estas atribuições, comumente chamadas de Funções Fiscais e também
atribuídas ao Orçamento público, são: função alocativa de recursos, função distributiva de
renda e função estabilizadora da economia. É característica e/ou medida pública da função
distributiva de renda do Orçamento Público a
a) análise da capacidade de realização das compras do governo e do poder de gasto dos
funcionários públicos.
b) definição dos montantes a serem alocados em planos e projetos de infraestrutura como
rodovias e pontes.
c) determinação dos valores dos gastos corrente e de capital com saúde e educação para
atendimento das demandas identificadas pela estrutura dos serviços de saúde pública e
da educação fundamental em um município.
d) atenção em estruturar a rede de educação fundamental no território de forma a possibilitar
o acesso a toda pessoa ao ensino de qualidade com equidade.
e) avaliação da capacidade de consumo das famílias, das empresas bem como de todos os
cidadãos.

049. (FCC/ALMS/ECONOMISTA/2016) Na política fiscal contracionista ocorre


a) aumento de taxa de juros.
b) aumento de gastos privados.
c) emissão de moeda.
d) aumento de gastos públicos.
e) aumento de impostos.

050. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Se o Banco Central tiver a intenção de reduzir


pressões inflacionárias existentes na economia, poderá
a) elevar o percentual do recolhimento compulsório.
b) eliminar restrições quantitativas para a compra, pelo próprio Banco Central, de operações
da carteira de crédito dos bancos.
c) reduzir as taxas utilizadas no redesconto.
d) facilitar amplamente o acesso de famílias e empresas ao crédito.
e) reduzir a taxa básica de juros no modelo de metas de inflação.

051. (FCC/TCE-CE/AUDITOR/2015) No que se refere ao desenvolvimento econômico, cabe


ao Estado, dentre outras funções,
a) garantir apenas o direito à propriedade e a manutenção dos contratos por meio de uma
administração eficiente do poder judiciário.

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b) fornecer crédito em condições favoráveis às empresas de acordo com a contribuição


feita por estas à campanha eleitoral do governo eleito.
c) deixar ao mercado a resolução completa dos problemas econômicos por meio da definição
de bons contratos particulares.
d) ajustar-se aos objetivos econômicos dos grupos economicamente mais relevantes,
buscando sempre reduzir a tributação incidente sobre os empresários.
e) investir em infraestrutura, promover o investimento privado em setores estratégicos e
garantir o acesso da população à educação e saúde.

052. (FCC/TCE-CE/AUDITOR/2015) Sobre as funções dos governos, considere:


I – A função distributiva busca tornar compatíveis entre si a distribuição das remunerações
dos fatores resultantes da atividade econômica via mercado e aquela que atende aos
princípios de justiça social.
II – A função competitiva do governo decorre diretamente da presença de bens comuns,
os quais são oferecidos simultaneamente pelo Estado e pelo setor privado, como é o caso
da educação básica e do sistema de saúde.
III – A função alocativa decorre da existência de bens públicos.
IV – A função estabilizadora implica o uso das políticas fiscal e monetária para garantir o
bom uso dos recursos apenas em momentos de recessão, quando o desemprego aumenta
e a taxa de câmbio se valoriza.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) I e II.
d) II, III e IV.
e) I, III e IV.

053. (FCC/TCE-CE/ANALISTA/2015) Dentre as funções econômicas do governo, a função:


a) alocativa prevê ajustamentos na alocação de recursos com vistas à maior eficiência na
utilização dos recursos disponíveis na economia e refere-se à possibilidade de economias
externas ou necessidades coletivas, como infraestrutura econômica.
b) econômica moderadora do Estado atua por meio da expansiva criação de empresas
estatais que substituem o setor privado quando o poder econômico deste último tende a
violar os princípios de justiça social, no sentido de Pareto.
c) distributiva do Estado, faz uso da política monetária para efetuar transferências de
recursos entre contribuintes com diferentes níveis de conhecimento técnico e educacional,
por serem estes os principais fatores condicionantes do sucesso econômico via mercado.
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d) estabilizadora faz uso das políticas fiscal e monetária para garantir o bom uso qualitativo
dos recursos nacionais, direcionando o setor privado na produção de externalidades positivas
e na mitigação daquelas de natureza danosa à eficiência econômica.
e) econômica normativa do governo, decorre diretamente da possibilidade de violação dos
princípios da economia pública, como a desigualdade social e elevação da criminalidade,
bem como o descontrole do gasto público em esferas subnacionais.

054. (FCC/TCM-RJ/AUDITOR/2015) A função desenvolvida pelo Estado com o objetivo de


assegurar o ajustamento necessário na apropriação de recursos na economia, visando a
correção das imperfeições inerentes à própria lógica de mercado, denomina-se função
a) normativa.
b) distributiva.
c) estabilizadora.
d) administrativa.
e) alocativa.

055. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Considerando-se a natureza e os instrumentos


da política fiscal,
a) o efeito do orçamento equilibrado sobre a renda agregada mostra que déficits fiscais
sistemáticos, independentemente da conjuntura econômica, são uma boa forma de controlar
a inflação, pois levam a taxas de juros cada vez mais elevadas.
b) os gastos do governo são importante instrumento de estabilização da economia, pois
garantem diretamente um equilíbrio estável da taxa de câmbio, independentemente do
nível da taxa de juros e das reservas internacionais.
c) a política fiscal no Brasil é gerida pelo Tesouro Nacional e representa a composição do
gasto público e da arrecadação de tributos e a trajetória do endividamento do setor público
nos diferentes níveis de governo e, portanto, não tem qualquer relação instrumental direta
com a política monetária, a qual é de responsabilidade do Banco Central do Brasil.
d) cabe à política fiscal o controle dos agregados monetários e das reservas internacionais.
e) a política cambial é determinante para os resultados fiscais do setor público, pois uma
parte substancial dos gastos e arrecadações é feita em divisas estrangeiras.

056. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) Define-se a política fiscal de um certo país como a


administração exclusivamente
a) dos impostos dos governos federais, estaduais e municipais.
b) de gastos dos governos federais, estaduais e municipais.
c) de impostos, gastos e transferências dos governos federais, estaduais e municipais.
d) do orçamento federal.
e) dos impostos e gastos dos municípios.
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057. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015-ADAPTADA) Há uma íntima relação entre as


políticas fiscal, monetária e cambial, de maneira que vários regimes de política econômica
podem surgir, a depender do instrumento principal escolhido para manter estabilizada a
economia de um país. Sobre o caso do Brasil, nos anos 2000, Julgue:
A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o Banco Central reduza a taxa de juros
básica, de sorte a não sobrecarregar as contas públicas com elevados serviços de juros da
dívida pública.

058. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015-ADAPTADA) Há uma íntima relação entre as


políticas fiscal, monetária e cambial, de maneira que vários regimes de política econômica
podem surgir, a depender do instrumento principal escolhido para manter estabilizada a
economia de um país. Sobre o caso do Brasil, nos anos 2000, Julgue:
A política monetária deve perseguir metas de taxa de câmbio para melhorar o rendimento do
nosso setor exportador, enquanto cabe à política fiscal conceder empréstimos subsidiados
ao setor privado nacional e internacional.

059. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) O mercado em concorrência perfeita permite a


obtenção do maior bem-estar social. Na presença de falhas de mercado, a atuação do governo
é admitida como potencialmente positiva para a melhoria do bem-estar social. Portanto,
a) no caso de um monopólio legal, a aplicação de um imposto sem o controle do repasse
para o consumidor do aumento do custo da firma poderá ocasionar uma redução do bem-
estar dos consumidores inversamente proporcional à elasticidade preço da demanda.
b) a presença de externalidades negativas, tais como poluição do meio-ambiente e altas
taxas de criminalidade, requerem, necessariamente, a atuação governamental por meio
da imposição de tributos para direcionar os mercados na promoção do bem-estar social e
compensar os indivíduos penalizados pelos eventos danosos ao bem comum.
c) tributos e regulação governamental impedem o equilíbrio geral dos mercados de uma
economia, pois os agentes se veem tolhidos em seus interesses e potenciais produtivos,
impedindo assim que a economia como um todo avance mais rapidamente.
d) uma crise hídrica como a que ora vive a região sudeste do Brasil não pode ser classificada
como uma falha dos mercados competitivos. Trata-se, necessariamente, de um ajuste
negativo nas condições de oferta de chuvas, o qual levará a um aumento nos preços e, com
isso, a queda da demanda eliminará o problema de disponibilidade de água para a população.
e) a presença de bens públicos, no sentido econômico do termo, não pode ser considerada
uma falha dos mercados, pois o problema reside na definição dos direitos de propriedade
que incidem sobre os bens e serviços e não na característica intrínseca aos mesmos.

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060. (FCC/TCE-CE/AUDITOR/2015) Dentre as funções econômicas do governo, a função


a) econômica moderadora do Estado atua por meio da expansiva criação de empresas
estatais que substituem o setor privado quando o poder econômico deste último tende a
violar os princípios de justiça social, no sentido de Pareto.
b) distributiva do Estado, faz uso da política monetária para efetuar transferências de
recursos entre contribuintes com diferentes níveis de conhecimento técnico e educacional,
por serem estes os principais fatores condicionantes do sucesso econômico via mercado.
c) estabilizadora faz uso das políticas fiscal e monetária para garantir o bom uso qualitativo
dos recursos nacionais, direcionando o setor privado na produção de externalidades positivas
e na mitigação daquelas de natureza danosa à eficiência econômica.
d) econômica normativa do governo, decorre diretamente da possibilidade de violação dos
princípios da economia pública, como a desigualdade social e elevação da criminalidade,
bem como o descontrole do gasto público em esferas subnacionais.
e) alocativa prevê ajustamentos na alocação de recursos com vistas à maior eficiência na
utilização dos recursos disponíveis na economia e refere-se à possibilidade de economias
externas ou necessidades coletivas, como infraestrutura econômica.

061. (FCC/TCM-GO/AUDITOR/2015) A Secretaria do Tesouro Nacional do Brasil é responsável


pela gestão da política econômica
a) monetária.
b) fiscal.
c) cambial.
d) de gerenciamento dos bancos comerciais.
e) relacionada ao Mercosul.

062. (FCC/TCE-CE/AUDITOR/2015-ADAPTADA) Julgue:


O uso das políticas fiscal e monetária serve para garantir o bom uso dos recursos apenas
em momentos de recessão, quando o desemprego aumenta e a taxa de câmbio se valoriza.

063. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Há uma íntima relação entre as políticas fiscal,


monetária e cambial, de maneira que vários regimes de política econômica podem surgir, a
depender do instrumento principal escolhido para manter estabilizada a economia de um
país. Sobre o caso do Brasil, nos anos 2000, é, portanto, correto afirmar que
a) a Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o Banco Central reduza a taxa de juros básica, de
sorte a não sobrecarregar as contas públicas com elevados serviços de juros da dívida pública.
b) a política monetária deve perseguir metas de taxa de câmbio para melhorar o rendimento
do nosso setor exportador, enquanto cabe à política fiscal conceder empréstimos subsidiados
ao setor privado nacional e internacional.

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c) a política cambial segue um regime de câmbio fixo, com vistas a garantir uma inflação
baixa e gastos dos governos equilibrados.
d) o tripé macroeconômico adotado a partir do ano 2000 é constituído pelo regime de
metas de inflação, por uma taxa de câmbio ajustável e flutuante e por uma política fiscal
de equilíbrio das contas públicas, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
e) a supervisão das políticas monetária, fiscal e cambial de cada nível de governo da
federação cabe ao Banco Central do Brasil, para evitar a ocorrência de crises sistemáticas
de balanço de pagamentos.

064. (FCC/METRO-SP/ADVOGADO-JR./2014) Considere a sentença abaixo formada por


duas asserções.
A eficácia da política monetária em controlar a demanda agregada pode variar
PORQUE
em um país que possui dívida pública com vencimento no curto prazo, ou indexada pela
taxa de juros de curto prazo, alterações nas taxas de juros não produzem mudanças no
valor de mercado do estoque da dívida, provocando um efeito-riqueza.
É correto afirmar:
a) As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
b) As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
c) A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa.
d) A primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira.
e) As duas asserções são falsas.

065. (FCC/TCE-SP/AUDITOR/2013) Segundo a classificação de Richard Musgrave sobre as


funções do setor público (Estado), em economias de mercado, é correto afirmar:
a) Faz parte da função distributiva do Estado a produção de bens e serviços de infraestrutura,
já que estes beneficiam principalmente a população carente.
b) O Estado desempenha sua função estabilizadora na economia ao diminuir impostos
quando a economia está em depressão.
c) O programa bolsa-família é um exemplo da função alocativa do Estado, já que o Estado
minimiza a pobreza ao alocar recursos para os mais pobres.
d) Produzir bens públicos é um exemplo da função estabilizadora desempenhada pelo Estado.
e) O Estado desempenha bem sua função distributiva quando cobra impostos progressivos
sobre a renda e efetua gastos que beneficiam as pessoas de maior nível de renda.

066. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2013) Um dos grandes desafios da estrutura institucional das


agências reguladoras é equalizar os interesses dos sujeitos envolvidos na relação regulatória.
Com esse intuito, os órgãos reguladores precisam estar protegidos por salvaguardas

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institucionais que lhes assegurem autonomia para agir em prol do bem comum em detrimento
de qualquer outro interesse. Quando ocorre um desequilíbrio no exercício da autonomia
pelos entes reguladores, implicando na prevalência dos interesses de um dos polos em
detrimento do interesse coletivo, surge o
a) risco da captura.
b) risco da outorga onerosa.
c) problema do principal-agente.
d) processo de screening (filtragem).
e) problema da assimetria de informação.

067. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2013) A respeito da regulação econômica dos mercados,


considere:
I – Pode ser definida como um conjunto de regras que se originam do governo (ou das
agências reguladoras) e afetam o funcionamento dos mercados, interferindo na eficiência
alocativa das empresas.
II – Ganha importância no contexto brasileiro de privatizações, instaurado a partir dos
anos 1990.
III – Na definição dos chamados “marcos regulatórios” destacam-se três tipos de regulação
− de mercado, de preços e de qualidade.
IV – Pode ser utilizada para amenizar diferentes tipos de falhas na operação dos mercados
como, por exemplo, as externalidades, o poder de mercado e a informação assimétrica.
Está correto o que consta em
a) III, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.

068. (FCC/TCE-SP/AUDITOR/2013) Uma economia de mercado com controle social tem


como característica básica a
a) intervenção do Estado no setor produtivo da economia, por meio da substituição do
mercado como sinalizador da alocação de recursos pelo planejamento centralizado da
produção dos bens e serviços da economia.
b) designação ao Estado das tarefas primárias de defesa nacional e administração da justiça,
cabendo ao setor privado a produção dos demais bens e serviços.
c) criação, pelo Estado, de um marco legal suficiente flexível e mutável, que não imobilize
a livre iniciativa dos agentes econômicos, já que a livre concorrência conduz a economia à
eficiência econômica.
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d) inexistência de qualquer ação do Estado para proteção às pessoas economicamente


inativas, exceto a de fornecer recursos orçamentários para entidades privadas de assistência
social, que estão melhor equipadas para executar essa função.
e) garantia da livre competição e da estabilidade monetária por meio do Estado, com
instituições de controle e regulação dos mercados, para que esses sejam capazes de
funcionar e criar preços relativos reais e eficientes.

069. (FCC/TCE-PR/ANALISTA/2012) Quanto à definição de Finanças Públicas, considere:


I – É ciência que estuda as atividades fiscais e não fiscais dos poderes públicos na sua
aplicação a empreendimentos de caráter público e privado.
II – É atividade desempenhada pelos poderes públicos na obtenção de recursos para o
cumprimento de suas finalidades.
III – É atividade desempenhada pelos poderes públicos na aplicação de recursos para o
cumprimento de suas finalidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I
b) II
c) III
d) I e III
e) II e III

070. (FCC/SEFAZ-SP/AFOP/2010) O principal instrumento de ação estatal na economia


é o orçamento público, cujas funções, coincidentes com as próprias funções do Estado,
classicamente, são divididas em alocativa, distributiva e estabilizadora. Sobre este
assunto, considere:
I – A atividade estatal na alocação de recursos justifica-se naqueles casos em que não
houver a necessária eficiência por parte do mecanismo da ação privada, como no caso de
investimentos em infraestrutura econômica.
II – O sistema de mercado não tem a mesma eficiência na provisão de bens públicos, como
na de bens privados, daí a necessidade de atuação do Estado na prestação de serviços de
segurança pública, por exemplo.
III – A manutenção de elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços
configuram o campo de ação da função distributiva.
IV – Os tributos progressivos sobre as classes de renda mais elevada e as transferências de
recursos paras as classes de renda mais baixa são mecanismos fiscais para viabilização das
políticas públicas de distribuição de renda.

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Está correto o que se afirma APENAS em:


a) I, II e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.

071. (QUADRIX/CFT/TÉCNICO/2021) No que concerne à administração financeira e


orçamentária e ao orçamento público, julgue o item.
Quando o Estado pretende priorizar a melhoria da distribuição de renda, utiliza a política
fiscal, aumentando a tributação e(ou) diminuindo os gastos públicos.

072. (QUADRIX/CRESS18-SE/COORDENADOR/2021) No que se refere à administração


financeira, julgue o item.
Há diversos tipos de obstáculos à alocação ótima de recursos pelo sistema de mercado.
As ações do governo para ajustar a distribuição de renda instrumentalizam-se, de modo
geral, pela política fiscal, como, por exemplo, por meio de transferências de renda pessoal
e regional.

073. (QUADRIX/TERRACAP/ANALISTA/2017) Com base na política fiscal, assinale a alternativa


que apresenta as medidas fiscais expansionistas adotadas pelo governo para monetizar
a economia.
a) aumentar os gastos públicos (investimentos) e a arrecadação tributária
b) aumentar os gastos públicos (investimentos) e reduzir a arrecadação tributária
c) aumentar os prazos de financiamentos e os valores nas linhas de concessão de crédito
d) reduzir os gastos públicos (investimentos) e aumentar a arrecadação tributária
e) reduzir os gastos públicos (investimentos) e a arrecadação tributária

074. (QUADRIX/TERRACAP/ANALISTA/2017) Com base na política monetária, assinale a


alternativa que apresenta a medida monetária contracionista adotada pelo governo para
desmonetizar a economia.
a) reduzir a taxa de juros do redesconto
b) reduzir o percentual do depósito compulsório (reserva compulsória) no Banco Central
c) aumentar os prazos de financiamentos
d) aumentar a emissão de moedas
e) aumentar o percentual do depósito compulsório (reserva compulsória) no Banco Central

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075. (QUADRIX/ABDI/ESPECIALISTA/2013-ADAPTADA) A macroeconomia estuda a economia


de forma agregada. Propõe soluções para melhorar crescimento, variações de preços e
emprego. Analise a afirmação a seguir.
Os impostos e as compras do governo são variáveis exógenas da política fiscal.

076. (QUADRIX/ABDI/ESPECIALISTA/2013-ADAPTADA) Sobre a inflação na economia


brasileira, julgue:
Ao Banco Central do Brasil compete executar as políticas necessárias para cumprimento
das metas de inflação fixadas.

077. (QUADRIX/CRP1-DF/ANALISTA/2012-ADAPTADA) Copom corta taxa Selic para 7,5%


ao ano – Agosto/2012 – O colegiado do Banco Central responsável pela definição dos juros
básicos na economia resolveu reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual. Agora, a Selic passa a
valer 7,5% ao ano. Esse é o menor patamar da história da taxa básica de juros da economia
brasileira. A decisão foi unânime entre os membros votantes e confirma a expectativa da
maioria dos analistas de mercado. O comunicado divulgado após a reunião sinaliza que este
pode ter sido o último movimento do ciclo de afrouxamento iniciado em agosto de 2011,
quando o BC começou a reduzir a Selic para evitar que a crise internacional tivesse um
impacto mais forte no nível de atividade econômica do país. Se houver mais uma diminuição,
ela deverá ser menor do que a de hoje, provavelmente de 0,25 ponto percentual. (Valor
Econômico – com adaptações)
Com base no texto anterior, julgue:
A decisão é um uso tipicamente de instrumento de política fiscal e sem efeitos na política
monetária.

078. (QUADRIX/CRP1-DF/ANALISTA/2012-ADAPTADA) Copom corta taxa Selic para 7,5%


ao ano – Agosto/2012 – O colegiado do Banco Central responsável pela definição dos juros
básicos na economia resolveu reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual. Agora, a Selic passa a
valer 7,5% ao ano. Esse é o menor patamar da história da taxa básica de juros da economia
brasileira. A decisão foi unânime entre os membros votantes e confirma a expectativa da
maioria dos analistas de mercado. O comunicado divulgado após a reunião sinaliza que este
pode ter sido o último movimento do ciclo de afrouxamento iniciado em agosto de 2011,
quando o BC começou a reduzir a Selic para evitar que a crise internacional tivesse um
impacto mais forte no nível de atividade econômica do país. Se houver mais uma diminuição,
ela deverá ser menor do que a de hoje, provavelmente de 0,25 ponto percentual. (Valor
Econômico – com adaptações).
Com base no texto anterior, julgue:
A redução ou elevação da taxa básica de juros não tem efeito sobre a renda ou demanda
agregada.
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079. (QUADRIX/CRP1-DF/ANALISTA/2012-ADAPTADA) Copom corta taxa Selic para 7,5%


ao ano – Agosto/2012 – O colegiado do Banco Central responsável pela definição dos juros
básicos na economia resolveu reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual. Agora, a Selic passa a
valer 7,5% ao ano. Esse é o menor patamar da história da taxa básica de juros da economia
brasileira. A decisão foi unânime entre os membros votantes e confirma a expectativa da
maioria dos analistas de mercado. O comunicado divulgado após a reunião sinaliza que este
pode ter sido o último movimento do ciclo de afrouxamento iniciado em agosto de 2011,
quando o BC começou a reduzir a Selic para evitar que a crise internacional tivesse um
impacto mais forte no nível de atividade econômica do país. Se houver mais uma diminuição,
ela deverá ser menor do que a de hoje, provavelmente de 0,25 ponto percentual. (Valor
Econômico – com adaptações)
Com base no texto anterior, julgue:
A redução da taxa básica de juros não tem efeito sobre outras taxas de juros praticadas na
economia, considerando uma economia de livre mercado.

080. (AOCP/FUNPARA/ECONOMISTA/2018-ADAPTADA) Acerca da Economia do Setor


Público, julgue.
A função alocativa do governo está associada ao fornecimento de bens e serviços não
oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado.

081. (AOCP/FUNPARA/ECONOMISTA/2018-ADAPTADA) Acerca da Economia do Setor


Público, julgue.
A função distributiva do governo relaciona- se à intervenção do Estado na economia para
alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego.

082. (AOCP/PREF-JF/TÉCNICO/2016) No Brasil, a participação do Estado na economia tem


apresentado crescimento desde a década de 1950. Uma implicação desse crescimento é
a elevação da despesa total do setor público, bem como a necessidade da ampliação da
arrecadação para fazer frente a tais despesas. Além do crescimento apresentado pelo
governo, o papel deste modificou-se substancialmente ao longo do tempo. São atribuições
econômicas governamentais:
a) manter a estabilidade econômica, promover ajustamento na alocação de recursos e na
distribuição de renda.
b) promover ajustamento na alocação de recursos, manter a estabilidade econômica e
assegurar a liquidez dos bancos comerciais privados.
c) promover ajustamento na alocação de recursos, propriedade privada.
d) promover ajustamento na alocação de recursos, manter a estabilidade econômica e
garantir o livre mercado.
e) manter a estabilidade econômica, promover ajustamento na alocação de recursos e a
supervisão do sistema financeiro.
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083. (RBO/CRO-SP/ANALISTA-CI/2020) Orçamento público é uma ação do Estado, quer na


manutenção de suas atividades, quer na execução de seus projetos que se materializam
através do orçamento, sendo este um instrumento de que dispõe o Poder Público para
expressar a origem e o montante de recursos a serem arrecadados, bem como os dispêndios
a serem efetuados. Dentre as funções do Orçamento Público, é correto afirmar que a
função Alocativa visa
a) oferecer bens e serviços que não seriam oferecidos pelo mercado (serviços públicos
puros), ou seriam em condições ineficientes (serviços meritórios ou semipúblicos). Princípio
da não exclusão.
B -tornar a sociedade menos desigual em relação à distribuição de renda e riqueza, entre
grupos ou classes sociais, através da tributação e transferências financeiras, subsídios,
incentivos fiscais e alocação de recursos em camadas mais pobres da população.
c) ajustar o nível geral de preços, nível de emprego, estabilizar a moeda, nível dos gastos
públicos, nível da arrecadação tributária, mediante instrumentos de política monetária,
cambial e fiscal, ou ainda através de outras medidas de intervenção econômica (controles,
leis, limites, etc.).
d) ao controle da oferta de moeda, da taxa de juros e do crédito em geral, para efeito da
estabilização da economia e influência na decisão de produtores e consumidores.

084. (IADES/MRE/DIPLOMATA/2022) Uma das formas de se exercer política econômica


é por meio da política fiscal e de suas funções e seus objetivos. A esse respeito, julgue o
item a seguir.
A ação do governo por meio da política fiscal tem como função buscar um alto nível de
emprego, estabilidade de preços e taxas apropriadas de crescimento.

085. (IADES/MRE/DIPLOMATA/2022) Uma das formas de se exercer política econômica


é por meio da política fiscal e de suas funções e seus objetivos. A esse respeito, julgue o
item a seguir.
Por intermédio da política fiscal, pode-se dizer que o processo político surge como mecanismo
substituto ao sistema de mercado, ao dispor em relação a alocações de bens públicos.

086. (IADES/MRE/DIPLOMATA/2022) Uma das formas de se exercer política econômica


é por meio da política fiscal e de suas funções e seus objetivos. A esse respeito, julgue o
item a seguir.
A política fiscal é incapaz de alterar a distribuição funcional da renda de uma sociedade.

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087. (IADES/MRE/DIPLOMATA/2022) Uma das formas de se exercer política econômica


é por meio da política fiscal e de suas funções e seus objetivos. A esse respeito, julgue o
item a seguir.
Um dos principais instrumentos da função distributiva da política fiscal são os tributos.

088. (CONSULPLAN/MAPA/ADMINISTRADOR/2014) “A política fiscal diz respeito ao manejo


dos orçamentos do governo, tanto do lado dos dispêndios quanto do lado das receitas”.
(Rossetti, 1997. p. 717.)
Assinale a alternativa que apresenta um dos meios utilizados pela Política Fiscal.
a) Política salarial.
b) Tributos diretos e indiretos.
c) Controle da oferta de moeda.
d) Valorização da taxa de câmbio.

089. (CONSULPLAN/PREF.NATIVIDADE/TÉCNICO/2014- ADAPTADA) Julgue o item abaixo:


Para uma política fiscal austera, o orçamento deve ser planejado para que seguidos superávits
diminuam a dívida pública

090. (CONSULPLAN/PREF.NATIVIDADE/TÉCNICO/2014-ADAPTADA) Julgue o item abaixo:


Um orçamento superavitário deve ser meta para a Administração, haja vista que independente
de política fiscal é fundamental arrecadar mais do que se gasta.

091. (CONSULPLAN/PREF.LONDRINA/ECONOMISTA/2011) Para reduzir o crescimento


econômico, o Governo pode tomar as seguintes medidas monetárias, EXCETO:
a) Aumento dos depósitos compulsórios e venda de títulos do governo.
b) Aumento dos depósitos compulsórios e compra de títulos do governo.
c) Aumento da taxa de redesconto e aumento dos depósitos compulsórios.
d) Aumento da taxa de redesconto e venda de títulos do governo.
e) Venda de títulos do governo e aumento da taxa de juros.

092. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011-ADAPTADA) “A partir de meados


da década de 1990, os percentuais médios de gasto público foram maiores para seguridade
social. Em seguida, vieram os gastos com os bens públicos, os gastos em educação e saúde
e infraestrutura econômica.” A partir dessas informações, julgue:
Os gastos em infraestrutura apresentaram tendência crescente nos anos de 1980 e 1990.

093. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011-ADAPTADA) “A partir de meados


da década de 1990, os percentuais médios de gasto público foram maiores para seguridade

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social. Em seguida, vieram os gastos com os bens públicos, os gastos em educação e saúde
e infraestrutura econômica.” A partir dessas informações, julgue:
Os gastos com educação e saúde foram privilegiados durante a década de 1990 em detrimento
dos gastos com previdência.

094. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011-ADAPTADA) “A partir de meados


da década de 1990, os percentuais médios de gasto público foram maiores para seguridade
social. Em seguida, vieram os gastos com os bens públicos, os gastos em educação e saúde
e infraestrutura econômica.” A partir dessas informações, julgue:
A expansão dos gastos com seguridade social foi resultado de fatores como o envelhecimento
natural da população.

095. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011-ADAPTADA) “A partir de meados


do século passado, as funções do governo na economia ampliaram-se de forma expressiva.
Esse fato refletiu uma evolução dos princípios teóricos que recomendavam a necessidade
de intervenção governamental no sistema econômico”. A partir dessa constatação, julgue
a assertiva abaixo:
Para alguns bens, o mecanismo de determinação de preços no mercado falha, o que sugere
a exigência da intervenção governamental.

096. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011-ADAPTADA) “A partir de meados


do século passado, as funções do governo na economia ampliaram-se de forma expressiva.
Esse fato refletiu uma evolução dos princípios teóricos que recomendavam a necessidade
de intervenção governamental no sistema econômico”. A partir dessa constatação, julgue
a assertiva abaixo:
Os desenvolvimentos teóricos após a grande depressão de 1930, justificaram a necessidade
de intervenção.

097. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011-ADAPTADA) “A partir de meados


do século passado, as funções do governo na economia ampliaram-se de forma expressiva.
Esse fato refletiu uma evolução dos princípios teóricos que recomendavam a necessidade
de intervenção governamental no sistema econômico”. A partir dessa constatação, julgue
a assertiva abaixo:
De acordo com Musgrave, dentre as atribuições do governo, promover sempre ajustamentos
na alocação de recursos é fundamental para qualquer economia.

098. (FADESP/UEPA/TÉCNICO-SUPERIOR/2020) As operações de mercado aberto consistem


na compra e venda de títulos pelo Banco Central e afetam a oferta de moeda na economia.
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Ao modificar os meios de pagamentos, as operações de mercado aberto podem alterar os


preços dos títulos e o valor da taxa de juros. Dessa forma,
a) comprando títulos, o Banco Central reduz a oferta de moeda, provocando aumentos nos
preços dos títulos e redução da taxa de juros.
b) vendendo títulos, o Banco Central aumenta a oferta de moeda provocando redução nos
preços dos títulos e aumento da taxa de juros.
c) o aumento da oferta de moeda por meio da compra de títulos por parte do Banco Central
provoca diminuição nos preços dos títulos e aumento da taxa de juros.
d) a redução dos meios de pagamentos pela venda de títulos por parte do Banco Central
reduz os preços dos títulos e eleva a taxa de juros

099. (FADESP/CDP/ADMINISTRADOR/2012) O Orçamento Público deve traduzir as


seguintes funções:
a) a distributiva, ao oferecer bens e serviços que não seriam oferecidos pelo mercado
ou seriam ofertados em condições insuficientes, ou, ainda, ao dar condições para que os
mesmos sejam disponibilizados pela iniciativa privada.
b) a estabilizadora, ao cobrar tributos, conceder incentivos fiscais, subsídios e transferências,
de modo a alocar recursos em favor das camadas mais necessitadas.
c) a normativa, ao prescrever normas de conduta aos cidadãos beneficiários dos recursos
nele alocados.
d) a alocativa, ao estabelecer e orientar a aplicação de instrumentos de política monetária,
fiscal e cambial, visando ajustar preços, inflação e garantir níveis adequados de emprego.

100. (IADES/METRÔ-DF/ANALISTA/2014) Segundo a literatura econômica, as três funções


econômicas do setor público são a alocativa, a distributiva e a estabilizadora. Um instrumento
adequado para promover ajustes na distribuição de renda é a (o)
a) tributação progressiva.
b) política fiscal anticíclica.
c) aumento dos gastos públicos.
d) fornecimento de bens públicos.
e) regulação dos monopólios.

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GABARITO

1. E 35. d 69. e
2. C 36. a 70. a
3. E 37. d 71. E
4. C 38. d 72. C
5. C 39. a 73. b
6. c 40. e 74. e
7. E 41. b 75. C
8. C 42. b 76. C
9. C 43. c 77. E
10. C 44. a 78. E
11. C 45. d 79. E
12. C 46. c 80. C
13. E 47. c 81. E
14. C 48. d 82. a
15. C 49. e 83. a
16. E 50. a 84. C
17. C 51. e 85. C
18. C 52. b 86. E
19. C 53. a 87. C
20. C 54. e 88. b
21. a 55. c 89. C
22. C 56. c 90. E
23. d 57. E 91. b
24. a 58. E 92. E
25. d 59. a 93. E
26. d 60. e 94. C
27. c 61. b 95. C
28. e 62. E 96. C
29. d 63. d 97. C
30. d 64. c 98. d
31. a 65. b 99. c
32. b 66. a 100. a
33. a 67. e
34. d 68. e

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GABARITO COMENTADO

023. (CESGRANRIO/ELETRONUCLEAR/ECONOMISTA/2022) Nos países que adotam o regime


de metas de inflação, como o Brasil, o principal instrumento utilizado pelos Bancos Centrais
para manter baixas e estáveis as taxas observadas e esperadas de inflação é o(a)
a) controle da oferta monetária
b) controle de preços dos bens e serviços em geral
c) controle de preços dos bens e serviços administrados
d) manejo da taxa básica de juros de curto prazo
e) controle dos salários nominais

Esse é o caso do Brasil, já que adotamos o regime de metas para a inflação e o Banco Central
usa a política monetária para aproximar a taxa de inflação efetiva da meta previamente
definida. O BACEN atua principalmente na definição da taxa básica de juros de curto prazo
(SELIC) para atingir a meta de inflação definida.
Letra d.

024. (CESGRANRIO/IBGE/TECNOLOGISTA/2013) No Brasil atual, a taxa de crescimento


populacional em % ao ano, por faixa etária, é mais elevada quanto maior for essa faixa etária.
Tal dinâmica populacional leva à crescente participação percentual, no orçamento global
dos governos, de gastos com
a) aposentadorias
b) infraestrutura urbana
c) transportes públicos
d) seguro-desemprego
e) educação primária

De acordo com o enunciado, a população está ficando cada vez mais velha em média, logo a
proporção de idosos no total da população vem aumentando. Dessa forma, os gastos com
aposentadoria tendem a representar um percentual cada vez maior no orçamento global
dos governos.
Note que com o envelhecimento da população os gastos com seguro-desemprego (letra
D) tendem a cair, pois teremos mais aposentados e pessoas fora da idade de trabalhar e
menos pessoas em idade de trabalhar. O mesmo raciocínio vale para a educação primária
(letra E) e para os transportes públicos (letra C).
No caso da letra B, não consigo enxergar uma relação direta com o envelhecimento da população.
Letra a.

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025. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/ECONOMISTA/2011) O Banco Nacional de Desenvolvimento


Econômico e Social (BNDES) é, no Brasil, uma importante fonte de financiamento de longo
prazo para
a) a liquidez do setor financeiro.
b) o pagamento de dividendos pelas empresas.
c) os compradores de bens de consumo não duráveis.
d) as empresas industriais que desejam investir.
e) as pessoas que desejam hipotecar seu imóvel.

Sendo o BNDES um banco de desenvolvimento, uma de suas funções precípuas é a concessão


de crédito de longo prazo para as empresas que desejam investir, de modo a fazer com que
a economia desenvolva setores considerados estratégicos.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Esse papel é exercido pelo Banco Central.
b) As empresas é que pagam os dividendos em função do lucro gerado.
c) O BNDES não concede crédito ao consumidor final.
e) O cliente do BNDES é a empresa e não a pessoa física.
Letra d.

026. (CESGRANRIO/BNDES/ADMINISTRADOR/2011) Um aumento dos gastos em bens e


serviços por parte do governo, financiado pela emissão de títulos públicos e causando um
aumento das taxas de juros na economia, é uma política
a) de redução da demanda agregada
b) monetária expansiva
c) orçamentária contracionista
d) macroeconômica fiscal expansiva
e) financeira sem efeitos reais na economia

Note que o enunciado dessa essa questão juntou duas ações de diferentes políticas com
efeitos contrários. Vamos então analisar/classificar cada uma delas e depois procurar a
melhor alternativa.
1) “Um aumento dos gastos em bens e serviços por parte do governo”
Aumento de gastos do governo é política fiscal expansionista!
2) “financiado pela emissão de títulos públicos e causando um aumento das taxas de juros
na economia”
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Ao emitir títulos, o governo retira moeda de circulação, fazendo então uma política
monetária contracionista.
Letra d.

027. (CESGRANRIO/BNDES/ECONOMISTA/2007) A participação intensa do setor privado, em


parceria com o setor público, nos investimentos de infraestrutura, por exemplo, depende,
em grande parte, das condições listadas abaixo, EXCETO uma. Indique-a.
a) Credibilidade do governo.
b) Marco regulatório estável.
c) Facilidades ou subsídios fiscais.
d) Mercado de capitais desenvolvido.
e) Estabilidade macroeconômica.

A participação privada nos investimentos é fundamental em uma economia capitalista.


Nessa toada, as chamadas Parcerias Público Privadas (PPPS) funcionam bem especialmente
na área de investimentos em infraestrutura, gerando externalidades positivas e ganhos de
eficiência para a economia e desenvolvimento econômico.
Nessa toada, para atrair os capitais privados para o financiamento dos projetos, é desejável
que sejam observadas as condições básicas como estabilidade macroeconômica, credibilidade
do governo e do país, existência de um marco regulatório claro e consistente, disponibilidade
de fontes de financiamento adequadas e mercado de capitais desenvolvido.
A banca não considerou como condição relevante a existência de facilidades ou subsídios
fiscais.
Letra c.

028. (CESGRANRIO/TCE-RO/ECONOMISTA/2007) Assinale a opção que NÃO pode ser


considerada como uma das funções básicas da política orçamentária brasileira.
a) Promover a redução das desigualdades sociais através de aplicações em benefício das
classes menos favorecidas.
b) Prover o atendimento das necessidades coletivas da população.
c) Ajustar o superavit ou o deficit, destinando-o ou financiando-o de acordo com os objetivos
da política econômica vigente.
d) Regular o nível da demanda agregada, contribuindo para o maior ou menor emprego dos
fatores de produção.
e) Definir as fontes, as destinações e o emprego de recursos de acordo com a orientação
das instituições credoras do país.
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Note que o examinador quer que marquemos a única alternativa que NÃO pode ser considerada
como uma das funções básicas da política orçamentária brasileira, que é a letra E. Na letra E
temos uma situação absurda! Não podem ser as instituições credoras do país que decidem
onde esse país aplica seus recursos, mas o próprio governo é quem deve decidir.
Vamos identificar as funções apresentadas nas demais alternativas.
a) Função distributiva.
b) Função alocativa.
c) Função estabilizadora.
d) Função estabilizadora.
Letra e.

029. (CESGRANRIO/UNIRIO/ECONOMISTA/2019) Desde 2017, a política fiscal brasileira vem


sendo subordinada a uma nova regra, introduzida pela Emenda Constitucional n. 95, de 15
de dezembro de 2016, conhecida como “Teto de Gastos”.
A principal característica dessa regra é que
a) impede o aumento dos gastos públicos em rubricas importantes, como educação, saúde
e transferências sociais.
b) permite a expansão das despesas primárias totais do setor público, em termos reais,
nas fases de recessão econômica.
c) permite o aumento das despesas primárias totais do setor público, em termos reais, nos
períodos em que for confirmado aumento dos fluxos de arrecadação de impostos e outros
tributos governamentais.
d) mantém inalteradas as despesas primárias totais do setor público, em termos reais, nos
próximos 10 ou 20 anos, a partir de sua vigência.
e) mantém inalteradas as despesas primárias totais do setor público, em termos correntes,
nos próximos 10 ou 20 anos, a partir de sua vigência.

A EC n. 95/2016, também chamada de “PEC do Teto de Gastos”, que estabeleceu o “Novo


Regime Fiscal da União”, que se aplica aos orçamentos fiscal e da seguridade social da União
em 20 exercícios financeiros, e deve ser calculado sobre as despesas primárias.
Dessa forma, não são objeto do Novo Regime Fiscal da União as despesas do orçamento de
investimentos da União e as despesas financeiras dos orçamentos fiscal e da seguridade
social. Obviamente, também ficam de fora os orçamentos dos Estados, DF e Municípios.
Como a ideia-chave é que a despesa primária de União não aumente em ritmo superior
ao da taxa de inflação, os gastos financeiros (DESPESAS NÃO PRIMÁRIAS) relativos aos
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orçamentos fiscal e da seguridade social da União também estão fora do teto. Em suma,
sujeitam-se ao teto de gastos apenas as despesas primárias (NÃO FINANCEIRAS) dos
orçamentos fiscal e da seguridade social.
Importante destacar que existem alguns itens que mesmo sendo despesas primárias devem
ficar de fora da base de cálculo:
1 – Despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de eleições.
2 – Despesas com aumento de capital de estatais não dependentes.
3 – Créditos Extraordinários a que se refere o parágrafo 3º do artigo 167 da CF/1988.
4 – Transferências Constitucionais relativas a royalties e compensações financeiras, ao
Simples Nacional, ao Imposto sobre Operações Financeiras Ouro (IOF), ao Imposto de Renda
dos Estados(IR), DF e Municípios, ao Impostos Residuais, a 50% do Imposto Territorial Rural
(ITR), ao Fundo de Participação dos Estados (FPE), ao Fundo de Participação dos Municípios
(FPM), aos Fundos Regionais (FCO, FNE e FNO), às cotas estaduais e municipais do Salário
Educação, aos valores destinados às Polícias Civil e Militar e aos Bombeiros Militares do DF
e à Complementação do FUNDEB.
Podemos concluir que a melhor alternativa é a letra D, já que o regime de teto de gastos
teve como ideia-chave manter inalteradas as despesas primárias totais do setor público,
em termos reais, nos próximos 10 ou 20 anos, a partir de sua vigência.
Registre-se que no dia 31/08/2023 foi publicada a Lei Complementar n. 200/2023 que
estabelece o “novo arcabouço fiscal”, em substituição ao regime do teto de gastos das
despesas primárias da União.
Letra d.

030. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/ANALISTA/2013) Um exemplo de política fiscal expansiva seria


um aumento do gasto público financiado pela emissão de títulos do governo.
Há várias consequências dessa política, dentre as quais NÃO se encontra o aumento da
a) arrecadação fiscal do governo
b) demanda agregada por bens e serviços
c) dívida do setor público
d) taxa de desemprego
e) taxa de juros

A única errada é a letra D, visto não existe tendência no curto prazo de aumento do desemprego.
Falando em curto prazo, note que o produto tende a aumentar com a política fiscal expansiva,
gerada pelo aumento do gasto público, a arrecadação também tende a aumentar, assim
como o nível de emprego.
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Por outro lado, se o governo está vendendo títulos públicos, o endividamento tende a
aumentar, assim como o risco, e, em consequência, a taxa de juros.
Letra d.

031. (CESGRANRIO/BNDES/ANALISTA/2012) A resposta da política econômica brasileira à crise


mundial de 2008, com seus subsequentes desdobramentos na área do euro, tem sido a de
a) estimular a economia, monetária e fiscalmente, impedindo uma maior queda da demanda
doméstica.
b) aumentar o superavit fiscal do governo, garantindo sua solvência.
c) realizar uma ampla reforma fiscal, reduzindo o número de impostos.
d) adotar uma política cambial de valorização do Real, estimulando as exportações.
e) aprofundar o processo de substituição de importações, aumentando o superavit em
conta corrente.

Durante a crise de 2008, que afetou fortemente a economia mundial, o governo brasileiro
aplicou políticas econômicas expansionistas, também chamadas de anticíclicas, com
o objetivo de estimular a economia que foi devastada pela crise, com destaque para o
estímulo ao crédito (política monetária) e à redução do IPI incidente sobre a linha branca
e os automóveis (política fiscal).
Letra a.

032. (CESGRANRIO/BNDES/AMNALISTA/2012) Em um determinado país, em crise de dívida


pública excessiva, uma política fiscal austera é efetivada através de um corte no gasto
do governo de 10 bilhões de unidades monetárias (u.m.). Essa política resulta em uma
diminuição do déficit do orçamento público menor do que 10 bilhões de u.m..
Uma possível explicação para esse fato é a(o)
a) redução da taxa de poupança
b) redução da arrecadação fiscal
c) redução das exportações
d) aumento das importações
e) aumento do déficit comercial

Note que se o país reduziu seus gastos, mas não conseguiu reduzir o seu déficit na mesma
proporção, então sua receita também foi menor, ou seja, se o país mantivesse as receitas,
então a diminuição nos gastos resultaria em uma diminuição no déficit no mesmo montante
do corte de gastos.
Letra b.

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033. (CESGRANRIO/CASA-DA-MOEDA/ANALISTA/2012) De acordo com a legislação vigente,


o salário-mínimo no Brasil vai aumentar entre 14 e 15% em 2012, gerando elevação tanto
dos custos das empresas como da demanda da sociedade por bens e serviços e, em ambos
os casos, gerando pressões inflacionárias. Para compensar ou, pelo menos, amenizar essa
pressão inflacionária, a combinação mais eficiente de políticas fiscal e monetária são a(o)
a) redução dos gastos públicos e o aumento da taxa básica de juros
b) redução dos tributos e o aumento da taxa básica de juros
c) redução tanto dos gastos públicos como da taxa básica de juros
d) aumento dos tributos e a redução da taxa básica de juros
e) aumento tanto dos gastos públicos como da taxa básica de juros

Diante da pressão inflacionária apresentada, a atuação do governo deve ser para tentar
impedir o avanço da inflação, por meio de políticas contracionistas, sejam elas fiscais e/
ou monetárias.
A política fiscal está relacionada às receitas e despesas do governo. Assim, as medidas
contracionistas passam pelo aumento dos tributos e/ou pela redução dos gastos públicos.
A política monetária é a forma de atuação do Banco Central (Bacen) para definir a quantidade
ofertada de moeda e o nível das taxas de juros (liquidez da economia). Nesse sentido, a
medida contracionista mais comumente utilizada é o aumento da taxa de juros.
Letra a.

034. (VUNESP/IPSM-SJC/ANALISTA/2022) Considere as seguintes ações do governo:


construção de uma ferrovia; aumento da taxa de juros em função de alta na inflação;
criação de um programa social de renda mínima. As funções do Estado presentes em cada
uma delas são, respectivamente, as funções:
a) distributiva, alocativa e estabilizadora.
b) alocativa, distributiva e estabilizadora.
c) distributiva, estabilizadora e alocativa.
d) alocativa, estabilizadora e distributiva.
e) estabilizadora, alocativa e distributiva.

Vamos rever os conceitos:

• Alocação de recursos em pontos necessários, onde o mercado não se


interessa (falhas do mercado);
Alocativa
• Grandes obras, estradas, saúde, educação, serviços públicos;
• Necessidades públicas.

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• Distribuição de renda, buscando reduzir as desigualdades sociais e regionais;


• Programas sociais, políticas fiscais vantajosas aos mais pobres, impostos
Distributiva
progressivos sobre a renda;
• Escolas públicas também podem ser consideradas.

• Interferência no mercado, por meio de políticas econômicas;


Estabilizadora • Alterações sobre taxa de juros, câmbio etc;
• Monitoramento dos índices de inflação, desemprego etc.

Note que quando constrói uma ferrovia, o governo disponibiliza um bem, ou seja, ofertando
infraestrutura na economia, ou seja, atua por meio de sua função alocativa.
Por seu turno, quando eleva a taxa de juros para controlar a inflação, o governo está
atuando em âmbito macroeconômico para garantir a estabilidade da moeda, ou seja,
exerce a função estabilizadora.
Por fim, quando cria um programa social de renda mínima, o governo está tentando afetar
a distribuição da renda na sociedade, atua por meio da sua função distributiva.
Letra d.

035. (VUNESP/PERUÍBEPREV/ANALISTA/2022) De acordo com a Equivalência Ricardiana, um


aumento dos gastos públicos e consequente aumento do endividamento
a) aumentará a demanda agregada pelo efeito do multiplicador keynesiano.
b) aumentará a demanda agregada, pois haverá aumento da inflação que diminui o
desemprego.
c) diminuirá a demanda agregada, pois a oferta de crédito será reduzida.
d) não terá efeito sobre a demanda agregada porque os indivíduos antecipam o aumento
de impostos que virá no futuro para pagar essa dívida.
e) não terá efeito sobre a demanda agregada porque a parte mais privilegiada da sociedade
aumentará o gasto no exterior com viagens e bens importados.

Considerando que existe restrição orçamentária intertemporal do governo, se ele quiser


manter seu padrão de gastos, um corte de impostos ou um aumento de gastos no momento
presente necessariamente deve vir acompanhado de uma elevação de impostos em um
momento ulterior, ou seja, será compensado. Dessa forma, um corte nos impostos do
governo (ou aumento de gastos) sem compensação imediata não altera o consumo das
famílias, já que elas antecipam o posterior aumento dos impostos e poupam para arcar
com tais gastos no futuro.
Conclui-se, portanto, que as famílias se preocupam com o aspecto intertemporal, não
havendo alteração no consumo (e também na demanda agregada) e não há alteração da
taxa de juros.
Letra d.

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036. (CETRO/ISS-SP/AUDITOR/2014-ADAPTADA) A equivalência ricardiana parte do


princípio de que:
a) os agentes econômicos não encontram motivos para alterar sua conduta de consumo
presente em razão da redução dos impostos por parte do governo.
b) a baixa na carga tributária do presente refletirá em aumento de arrecadação futura, o
que compensa a manutenção de dívida pública ao longo do tempo.
c) se o governo baixar a carga tributária, os agentes econômicos respondem positivamente
ao consumo e, portanto, contribuem para o crescimento econômico do presente.
d) o déficit público é impulsionador do crescimento econômico e, neste aspecto, assemelha-
se à política fiscal expansionista.

a) Certa. Amigo(a), assimile esse ponto central da equivalência ricardiana: em regra, o consumo
não é alterado em face a alterações da tributação. Mas preciso alertar vocês que o consumo
até pode ser alterado em funções de alteração da tributação, mas isso só ocorre em situações
especiais como a alteração de gastos simultânea com a redução da tributação, a restrição de
crédito, a existência de informações equivocadas ou a ausência de preocupação com o futuro
das novas gerações. Mas volto a frisar: guarde que, em regra, de acordo com a equivalência
ricardiana, o consumo não ser alterado em face à alteração de tributação.
b) Errada. No início, em sua primeira parte, a assertiva é até correta, mas depois não! Guarde
que a equivalência ricardiana não trabalha com a ideia que “compensa a manutenção da
dívida ao longo do tempo”.
c) Errada. É o oposto do que nos diz a equivalência ricardiana.
d) Errada. Seguindo os ditames da equivalência ricardiana, o déficit público não influencia
o crescimento.
Letra a.

037. (VUNESP/PREF-MOGI-DAS-CRUZES/ECONOMISTA/2019) Quando o Estado pratica uma


política fiscal restritiva, está cumprindo sua função
a) reguladora, pois dessa maneira toda a população terá acesso a serviços públicos de boa
qualidade em função do aumento dos impostos sobre a parcela mais rica da população.
b) distributiva, pois dessa maneira os tributos sobre a venda diminuirão, favorecendo a
parcela mais pobre da população.
c) alocativa, pois estará favorecendo a produção de bens privados em função do aumento
dos tributos.
d) estabilizadora, pois esse tipo de política tende a diminuir a demanda agregada e a taxa
de inflação do país, caso essa esteja aumentando.
e) sinalizadora, pois dessa maneira o Estado indicará ao mercado que os investimentos
privados devem ser aumentados em virtude do aumento consequente da demanda agregada.
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Quando o Estado pratica uma política fiscal restritiva está cumprindo sua função estabilizadora,
já que ao diminuir seus gastos (política fiscal restritiva) pode ajudar a desaquecer a demanda
agregada (hipótese de inflação de demanda) e assim evitar a inflação.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Apresentou a função alocativa.
b) Seria distributiva.
c) Normalmente o aumento de tributos não favorece a produção.
e) Inexiste a função sinalizadora.
Letra d.

038. (VUNESP/IPRESB/ANALISTA/2017) É um exemplo da função clássica do Estado que é


denominada função alocativa:
a) empreender um programa de subsídio às populações abaixo da linha de pobreza.
b) manter a taxa de câmbio fixa, para assegurar maior segurança aos agentes econômicos
que transacionam com o exterior.
c) fazer política monetária restritiva por meio da colocação de títulos da dívida pública
para reduzir a taxa de inflação.
d) prover os serviços de segurança nacional para o país.
e) manter a taxa de câmbio variável, para facilitar o fluxo de entrada e saída de capitais
estrangeiros do país.

A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no fornecimento


de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado. Neste sentido, o setor
público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não exclusivo a esta ou àquela
faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de bens públicos a segurança. Em
suma, é função alocativa prover bens e/ou serviços públicos.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Apresentou a função distributiva.
b) Seria estabilizadora.
c) Apresentou a função estabilizadora.
e) Seria estabilizadora.
Letra d.

039. (VUNESP/PREF-GRU/ECONOMISTA/2016) A Visão Clássica das Funções do Estado


determina que o Estado deveria apresentar estrutura mínima e restrita a questões
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a) administrativas.
b) financeiras.
c) executivas.
d) legislativas.
e) judiciais.

Em termos de papel do estado na economia, as funções do Estado são: estabilizadora,


distributiva e alocativa, mas no âmbito do Direito Administrativo, a função do Estado típica
seria administrar a máquina pública para que ela possa prover a estrutura mínima, como
o fornecimento dos bens públicos.
Letra a.

040. (VUNESP/PREFEITURA-SP/ANALISTA/2015) No processo brasileiro de industrialização,


o papel de atuação do Estado que foi caracterizado pela submissão da política econômica
às metas de industrialização, as quais passaram a ser o foco central dos governos,
contingenciando as divisas, utilizando-se do câmbio múltiplo, das tarifas aduaneiras,
especialmente a partir do governo de Juscelino Kubitschek, com os créditos subsidiados
pelo Banco do Brasil e depois pelo BNDE, é denominado Estado
a) financiador.
b) produtor.
c) regulamentador.
d) consumidor.
e) condutor.

O Estado Brasileiro atuou como um condutor da industrialização na segunda metade do


século XX, mas também foi um grande produtor via empresas estatais. De qualquer forma,
o examinador, mais do que a um período propriamente dito, estava se referindo a uma
conceituação do Estado que pode atuar de quatro maneiras diferentes: estado condutor,
estado regulamentador, estado produtor e estado financiador.
Vamos conhecer essas quatro definições segundo Amaury Gremaud em Economia Brasileira
Contemporânea:

“1) Estado condutor: nesse caso, o Estado é condutor do processo de industrialização por
meio da utilização da política econômica com este fim. Assim, utilizaram-se amplamente os
instrumentos de política cambial, tarifária e creditícia com o fim de prover a industrialização.
Os créditos subsidiados do Banco do Brasil e, depois, do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico foram utilizados nas políticas econômicas (para industrialização), que passaram a
ser o foco central dos governos.

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2) Estado regulamentador: nesse caso, o Estado regulamenta os conflitos entre as classes


operária e patronal, destacando uma série de intervenções efetuadas pelo governo, como
a criação da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT – na mediação entre os operários e os
industriais. Por meio de instituições (como o Ministério do Trabalho e outros órgãos reguladores)
que se atribuem ao Estado brasileiro, exerce o papel de regulamentador dos conflitos inerentes
ao desenvolvimento industrial, estatizando tais conflitos.
3) Estado produtor: nesse caso, o Estado é chamado de produtor por promover vários serviços
para a sociedade. Como exemplo, destacamos o Estado brasileiro a partir dos anos 30, quando
boa parte dos serviços públicos, serviços relativos a atividades de infraestrutura como ferrovias,
transporte marítimo, provedores de água, eletricidade, serviços de comunicações foi estatizada
ou já nasceu sob a forma estatal. Também acabaram por se criar empresas públicas no setor
de bens intermediários (mineração, siderurgia, petróleo e outros) como Petrobras, Vale do Rio
Doce, Usiminas, Companhia Siderúrgica Nacional etc.
4) Estado financiador: nesse caso, o Estado é responsável por financiar a ampliação do papel
do Banco do Brasil e pela criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico – BNDE
– e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), banco estatal destinado a ser o braço financeiro
da Sudene. O sistema financeiro público conduzia, por meio de financiamento, a evolução da
industrialização brasileira.”

Perceba que a definição do autor de Estado Condutor vai exatamente no sentido do nosso
enunciado. Registre-se ainda que o “Estado consumidor” foi uma invenção do examinador.
Letra e.

041. (VUNESP/PREF-SP/ANALISTA/2015) São exemplos de política alocativa, estabilizadora


e distribuidora do Estado, respectivamente,
a) o Plano de Metas, o Plano Cruzado e o Plano Verão.
b) o Plano de Metas, o Plano Real e o Programa Bolsa Família.
c) a criação do Banco Central, o Programa de Aceleração do Crescimento e o Programa
Bolsa Família.
d) o Plano Collor, o Plano Real e o Programa Bolsa Escola.
e) o Plano de Metas, o II Plano Nacional de Desenvolvimento e o Plano Real.

Para a função alocativa, a única opção é o Plano de Metas do governo JK. Isso porque a criação
do Banco Central se deu no sentido de regular o sistema financeiro e executar a política
monetária, num caso clássico de função estabilizadora, e o Plano Collor tinha o objetivo
maior de combater o processo inflacionário da época. Já o plano JK se deu muito mais no
sentido de elevar a capacidade de oferta da economia, por meio de elevados investimentos
em infraestrutura, num exemplo de função alocativa.
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Para a função estabilizadora, temos que os planos Real e Cruzado estariam certos, ao passo
que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o II Plano Nacional de Desenvolvimento
(II PND) se encaixam na função alocativa, uma vez que colocam o Estado na função de
investidor e provedor de bens público e condutor do crescimento econômico. Os planos
Real e Cruzado são exemplos de função estabilizadora exatamente porque foram lançados
para combater a inflação.
A função distributiva só poderia ser representada dentre as alternativas listadas pelo Bolsa
Família e pelo Bolsa Escola. São programas de distribuição de renda que visam a diminuir
a concentração desta na economia.
Letra b.

042. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) A função do governo associada ao fornecimento de


bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado é denominada
a) produtiva.
b) alocativa.
c) distributiva.
d) estabilizadora.
e) arrecadadora.

A função alocativa corresponde ao fornecimento de bens públicos. Confira a definição de


Giambiagi e Além em Finanças Públicas:

“Como vimos, os bens públicos não podem ser fornecidos de forma compatível comas necessidades
da sociedade através do sistema de mercado. O fato de os benefícios gerados pelos bens públicos
estarem disponíveis para todos os consumidores faz com que não haja pagamentos voluntários
aos fornecedores desses bens. Sendo assim, perde-se o vínculo entre produtores e consumidores,
o que leva à necessidade de intervenção do governo para garantir o fornecimento dos bens
públicos. Isto posto, o governo deve determinar o tipo e a quantidade de bens públicos a serem
ofertados e calcular o nível de contribuição de cada consumidor.”

Letra b.

043. (VUNESP/BNDES/ECONOMISTA/2002) Com relação à participação do governo na


economia, estudos empíricos demonstraram que, no longo prazo, a evolução da participação
do gasto público na renda dos países avançados é:
a) Decrescente, derivando-se desta evolução a chamada “lei de Wagner” das Finanças Públicas.
b) Decrescente, derivando-se desta evolução a chamada “Curva de Laffer”, aplicada às
Finanças Públicas.
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c) Crescente, derivando-se desta evolução a chamada “lei de Wagner” das Finanças Públicas.
d) Crescente, derivando-se desta evolução a chamada “Curva de Laffer”, aplicada às Finanças
Públicas.
e) Crescente, derivando-se, do padrão de evolução constatado, a chamada “lei de Say”,
aplicada às Finanças Públicas.

A resposta é letra C, já que a chamada “Lei de Wagner” enunciada por Adolpho Wagner em
1808 partiu de uma constatação deste autor, observando dados históricos de vários países,
os quais demonstraram, ao longo do tempo, que as despesas públicas tendiam a crescer de
forma mais intensa do que o próprio ritmo de crescimento da economia do respectivo país.
O conceito de “Curva de Laffer”, por sua vez, não se relaciona com os gastos públicos, mas
sim com a arrecadação.
A Curva de Laffer, criada nos anos 1980, enuncia que conforme a alíquota de um imposto vai
aumentando, a arrecadação tributária do governo vai também crescendo, mas a partir de
certo ponto ela começa a decrescer, pois a alíquota então estará tão elevada que começará
a desestimular muitas atividades produtivas, bem como incentivar a sonegação.
É por isso que em certas circunstâncias o Governo deveria reduzir a alíquota de alguns
impostos, para conseguir incremento na arrecadação.
Finalmente, a “Lei de Say”, relativa ao Século XVIII, dizia que “a oferta cria sua própria demanda”,
o que, se fosse verdade, implicaria na inexistência de crises do capitalismo. A história provou
que esta lei estava errada, pois as crises em geral (a exemplo da grande crise de 1929) foram
exatamente crises de superprodução – excesso de bens, sem demanda correspondente.
Letra c.

044. (VUNESP/PREFEITURA-SJC/ANALISTA/2012) É (são) política(s) monetária(s)


contracionista(s):
I. aumento da taxa de redesconto;
II. compra de títulos no mercado aberto pelo Banco Central;
III. redução do depósito compulsório.
Está correto o contido em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
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I. aumento da taxa de redesconto;


Verdadeira, já que o redesconto é o empréstimo de assistência de liquidez que o Banco
Central faz aos bancos comerciais e quanto maior a taxa de redesconto, mais cautelosos
serão os bancos na sua política de crédito para que diminua o risco de ter de recorrer ao
redesconto. Assim, aumento na taxa de redesconto causa contração nos meios de pagamento.
II. compra de títulos no mercado aberto pelo Banco Central;
Falsa, já que é o contrário, ou seja, quando o Banco Central compra títulos no mercado aberto,
ele o faz em troca de moeda, para efetuar a compra de títulos, a autoridade monetária
injeta liquidez na economia, naquilo que chamamos de política monetária expansionista.
III. redução do depósito compulsório.
Falsa. E o contrário. O depósito compulsório é o percentual dos depósitos à vista captados
pelo banco que este deve recolher junto ao Banco Central. Quanto menor a taxa de depósito
compulsório, mais recursos disponíveis os bancos terão para emprestar, o que gera uma
expansão dos meios de pagamento. Assim, uma redução do depósito compulsório é uma
política monetária expansionista.
Letra a.

045. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020) Considerando os instrumentos e objetivos da política


fiscal no Brasil,
a) déficits orçamentários podem ser financiados sem limite pela emissão monetária, sem
repercussões mais profundas sobre a estabilidade de preços da economia.
b) os investimentos do governo em infraestrutura são considerados gastos correntes, dada
a sua indiscutível importância para o bem-estar social.
c) cabe à política fiscal o controle indireto da taxa de câmbio via resultado fiscal.
d) o comportamento da dívida pública é afetado tanto pelo Tesouro Nacional, por meio
dos leilões de títulos da dívida pública, quanto pelo Banco Central do Brasil, por meio do
lançamento das operações compromissadas junto aos bancos comerciais.
e) a gestão da política fiscal tem suas diretrizes determinadas pela Lei de Responsabilidade
Fiscal, a qual prevê regramentos como a regra de ouro, a regra de superávit primário e o
teto de gastos.

Realmente, o governo pode se financiar pelos leilões de títulos junto ao público tanto por
operações compromissadas, que são aquelas em que o BACEN vende (ou compra) títulos
públicos com o compromisso de os recomprar (ou revender) em uma data futura.
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a) Na verdade, como a emissão de moeda para financiar déficit (imprimir dinheiro para
pagar dívida) gera inflação, a LRF não permite que o BC compre títulos a não ser como
medida política econômica.
b) Na verdade, são despesas de capital.
c) Na verdade, a política monetária, via aumento da taxa de juros, pode afetar com mais
eficácia o câmbio do que a política fiscal.
e) Na verdade, a regra de ouro e o teto de gastos estão dispostos no texto constitucional.
Letra d.

046. (FCC/AFOP/ANALISTA/2019) Um objetivo contracionista, tudo mais constante, pode


ser alcançado por meio de uma política
a) monetária, que reduza o recolhimento compulsório.
b) fiscal, que aumente o gasto do governo.
c) monetária, que aumente a taxa de redesconto.
d) fiscal, que reduza os impostos.
e) creditícia, que facilite os empréstimos

Perceba que ao elevar a taxa de redesconto, o BACEN aumenta a taxa de juros dos empréstimos
de assistência à liquidez que realiza aos bancos comerciais, e, desse modo, fará com que
os bancos ajam de forma mais cautelosa para que não precisem recorrer ao redesconto
com esta taxa mais alta.
Vamos comentar as demais.
a) Política monetária expansionista.
b) Política fiscal expansionista.
d) Política fiscal expansionista.
e) Política monetária expansionista.
Letra c.

047. (FCC/AFOP/ANALISTA/2019) Um exemplo de materialização da função estabilizadora


do governo é dada
a) pelo provimento de bens meritórios.
b) pela redistribuição de renda por meio da política fiscal.
c) pela condução da política monetária.
d) pela produção de bens públicos.
e) pela fixação de impostos progressivos.
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Por meio também da política monetária, o governo pode trabalhar para manter a economia
aquecida, sem descuidar do controle inflacionário.
a) Função alocativa.
b) Função distributiva.
d) Função alocativa.
e) Função distributiva.
Letra c.

048. (FCC/PGE-MT/ANALISTA/2016) As atribuições do Estado Moderno são geradoras de


crescentes despesas públicas que exigem, sistematicamente, aumento dos recursos para
seu financiamento. Estas atribuições, comumente chamadas de Funções Fiscais e também
atribuídas ao Orçamento público, são: função alocativa de recursos, função distributiva de
renda e função estabilizadora da economia. É característica e/ou medida pública da função
distributiva de renda do Orçamento Público a
a) análise da capacidade de realização das compras do governo e do poder de gasto dos
funcionários públicos.
b) definição dos montantes a serem alocados em planos e projetos de infraestrutura como
rodovias e pontes.
c) determinação dos valores dos gastos corrente e de capital com saúde e educação para
atendimento das demandas identificadas pela estrutura dos serviços de saúde pública e
da educação fundamental em um município.
d) atenção em estruturar a rede de educação fundamental no território de forma a possibilitar
o acesso a toda pessoa ao ensino de qualidade com equidade.
e) avaliação da capacidade de consumo das famílias, das empresas bem como de todos os
cidadãos.

Indo direto ao ponto, a questão quer que você indique qual é a alternativa que “é característica
e/ou medida pública da função distributiva de renda do Orçamento Público”.
Quando o Estado atua para estruturar a rede de educação fundamental no território de
forma a possibilitar o acesso a toda pessoa ao ensino de qualidade com equidade, ele está
fazendo inclusão social, ou melhor, redistribuição de riqueza.
Vamos indicar os erros das demais:
a) trata-se de função alocativa.
b) trata-se de função alocativa.
c) trata-se de função alocativa.
e) trata-se de função estabilizadora.
Letra d.

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049. (FCC/ALMS/ECONOMISTA/2016) Na política fiscal contracionista ocorre


a) aumento de taxa de juros.
b) aumento de gastos privados.
c) emissão de moeda.
d) aumento de gastos públicos.
e) aumento de impostos.

A política fiscal contracionista é aquela que visa a contrair da demanda agregada por bens
e serviços, sendo efetivada via redução de gastos públicos ou de elevação de tributos,
retirando recursos da economia.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Não é instrumento direto de política fiscal.
b) Não é medida direta de política fiscal.
c) Emissão de moeda é política monetária expansionista.
d) é medida de política fiscal expansionista.
Letra e.

050. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Se o Banco Central tiver a intenção de reduzir


pressões inflacionárias existentes na economia, poderá
a) elevar o percentual do recolhimento compulsório.
b) eliminar restrições quantitativas para a compra, pelo próprio Banco Central, de operações
da carteira de crédito dos bancos.
c) reduzir as taxas utilizadas no redesconto.
d) facilitar amplamente o acesso de famílias e empresas ao crédito.
e) reduzir a taxa básica de juros no modelo de metas de inflação.

Para reduzir pressões inflacionárias exige adoção de política monetária contracionista por
parte do Banco Central. Para fazer a redução dos meios de pagamento (diminuição da liquidez
da economia) o BACEN toma uma (ou mais de uma) das 3 medidas contracionistas a seguir:
1) aumentar as reservas/encaixes(depósitos) compulsórios;
2) aumentar a taxa de redesconto;
3) vender (emitir) títulos públicos.
Assim, já vemos que a alternativa correta é a A) elevar o percentual do recolhimento compulsório.
Letra a.

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051. (FCC/TCE-CE/AUDITOR/2015) No que se refere ao desenvolvimento econômico, cabe


ao Estado, dentre outras funções,
a) garantir apenas o direito à propriedade e a manutenção dos contratos por meio de uma
administração eficiente do poder judiciário.
b) fornecer crédito em condições favoráveis às empresas de acordo com a contribuição
feita por estas à campanha eleitoral do governo eleito.
c) deixar ao mercado a resolução completa dos problemas econômicos por meio da definição
de bons contratos particulares.
d) ajustar-se aos objetivos econômicos dos grupos economicamente mais relevantes,
buscando sempre reduzir a tributação incidente sobre os empresários.
e) investir em infraestrutura, promover o investimento privado em setores estratégicos e
garantir o acesso da população à educação e saúde.

A banca pede para marcar aquela que corresponde a uma função do governo. A única
alternativa que está descrita na teoria que estudamos é a da alternativa E que corresponde
à função alocativa. Nas demais são misturados direitos, ideias e filosofias de Estado. Vamos
julgar, e, em seguida, comentar cada uma das assertivas ou “errativas”.
a) Errada. Típica de Estado caracterizado como neoliberal. Mas o governo também precisa
intervir no mercado e realizar as funções alocativas, distributiva e estabilizadora. Assim,
apenas realizar as funções previstas na alternativa não é suficiente.
b) Errada. Roubalheira nem deveria ser assertiva de prova.
c) Errada. Sabemos que o mercado apresenta algumas falhas, que não podem ser resolvidas
pelo mecanismo de mercado. Como o mercado não consegue resolver todos os problemas
econômicos, a presença do Estado é necessária.
d) Errada. É importante o governo ter a visão da Economia como um todo, em detrimento
de ficar restrito aos interesses de apenas alguns grupos da Economia.
e) Certa. Bela definição da função alocativa (fomentar o setor privado e prover bens públicos).
Letra e.

052. (FCC/TCE-CE/AUDITOR/2015) Sobre as funções dos governos, considere:


I – A função distributiva busca tornar compatíveis entre si a distribuição das remunerações
dos fatores resultantes da atividade econômica via mercado e aquela que atende aos
princípios de justiça social.
II – A função competitiva do governo decorre diretamente da presença de bens comuns,
os quais são oferecidos simultaneamente pelo Estado e pelo setor privado, como é o caso
da educação básica e do sistema de saúde.
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III – A função alocativa decorre da existência de bens públicos.


IV – A função estabilizadora implica o uso das políticas fiscal e monetária para garantir o
bom uso dos recursos apenas em momentos de recessão, quando o desemprego aumenta
e a taxa de câmbio se valoriza.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) I e II.
d) II, III e IV.
e) I, III e IV.

Vamos julgar e comentar as assertivas e depois buscar a alternativa correta.


I – Verdadeira. Isso! Busca uma distribuição justa da renda com atuação do governo nesse
sentido.
II – Falsa. Essa função não existe.
III – Verdadeira. Sim por meio da função alocativa o governo fornece bens de interesse da
população para suprir uma eventual lacuna desse fornecimento pelo setor privado.
IV – Falsa. A ideia é usar, principalmente, quando tudo está bem inclusive para evitar recessão
e desemprego.
Letra b.

053. (FCC/TCE-CE/ANALISTA/2015) Dentre as funções econômicas do governo, a função:


a) alocativa prevê ajustamentos na alocação de recursos com vistas à maior eficiência na
utilização dos recursos disponíveis na economia e refere-se à possibilidade de economias
externas ou necessidades coletivas, como infraestrutura econômica.
b) econômica moderadora do Estado atua por meio da expansiva criação de empresas
estatais que substituem o setor privado quando o poder econômico deste último tende a
violar os princípios de justiça social, no sentido de Pareto.
c) distributiva do Estado, faz uso da política monetária para efetuar transferências de
recursos entre contribuintes com diferentes níveis de conhecimento técnico e educacional,
por serem estes os principais fatores condicionantes do sucesso econômico via mercado.
d) estabilizadora faz uso das políticas fiscal e monetária para garantir o bom uso qualitativo
dos recursos nacionais, direcionando o setor privado na produção de externalidades positivas
e na mitigação daquelas de natureza danosa à eficiência econômica.
e) econômica normativa do governo, decorre diretamente da possibilidade de violação dos
princípios da economia pública, como a desigualdade social e elevação da criminalidade,
bem como o descontrole do gasto público em esferas subnacionais.
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De cara já vemos que as funções do Estado apresentadas pelas letras B e E não são as
funções clássicas da Economia e, assim, não poderiam ser marcadas como certas.
Por sua vez, o erro da C guarda relação com o fato de que a função distributiva do estado faz
uso da política fiscal (renúncia fiscal, tributos, transferências, subsídios etc.) para garantir
a distribuição equânime de recursos, e quem se preocupa com o bom uso qualitativo dos
recursos, com as externalidades e a eficiência econômica é a função alocativa!
A D também é falsa, pois a função estabilizadora usa as políticas fiscal e monetária para a
manutenção da estabilidade.
Letra a.

054. (FCC/TCM-RJ/AUDITOR/2015) A função desenvolvida pelo Estado com o objetivo de


assegurar o ajustamento necessário na apropriação de recursos na economia, visando a
correção das imperfeições inerentes à própria lógica de mercado, denomina-se função
a) normativa.
b) distributiva.
c) estabilizadora.
d) administrativa.
e) alocativa.

Bela descrição da função alocativa. Guarde para a prova!


Letra e.

055. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Considerando-se a natureza e os instrumentos


da política fiscal,
a) o efeito do orçamento equilibrado sobre a renda agregada mostra que déficits fiscais
sistemáticos, independentemente da conjuntura econômica, são uma boa forma de controlar
a inflação, pois levam a taxas de juros cada vez mais elevadas.
b) os gastos do governo são importante instrumento de estabilização da economia, pois
garantem diretamente um equilíbrio estável da taxa de câmbio, independentemente do
nível da taxa de juros e das reservas internacionais.
c) a política fiscal no Brasil é gerida pelo Tesouro Nacional e representa a composição do
gasto público e da arrecadação de tributos e a trajetória do endividamento do setor público
nos diferentes níveis de governo e, portanto, não tem qualquer relação instrumental direta
com a política monetária, a qual é de responsabilidade do Banco Central do Brasil.
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d) cabe à política fiscal o controle dos agregados monetários e das reservas internacionais.
e) a política cambial é determinante para os resultados fiscais do setor público, pois uma
parte substancial dos gastos e arrecadações é feita em divisas estrangeiras.

Vamos analisar as alternativas e escolher a correta.


a) Falsa. O governo alimenta a inflação com seus déficits fiscais.
b) Falsa. É taxa de juros que garante de modo direto um equilíbrio na taxa de câmbio.
c) Verdadeira. De fato, não há uma relação instrumental entre ambas.
d) Falsa. É responsabilidade da política monetária.
e) Falsa. A maior parte dos gastos e receitas é feita em Real.
Letra c.

056. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) Define-se a política fiscal de um certo país como a


administração exclusivamente
a) dos impostos dos governos federais, estaduais e municipais.
b) de gastos dos governos federais, estaduais e municipais.
c) de impostos, gastos e transferências dos governos federais, estaduais e municipais.
d) do orçamento federal.
e) dos impostos e gastos dos municípios.

Questão de resolução direta. Define-se a política fiscal de um certo país como a administração
exclusivamente de impostos, gastos e transferências dos governos federais, estaduais
e municipais.
Guarde: são todos os entes (embora pudesse falar também em distritais) e envolve receitas
e despesas.
Letra c.

057. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015-ADAPTADA) Há uma íntima relação entre as


políticas fiscal, monetária e cambial, de maneira que vários regimes de política econômica
podem surgir, a depender do instrumento principal escolhido para manter estabilizada a
economia de um país. Sobre o caso do Brasil, nos anos 2000, Julgue:
A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o Banco Central reduza a taxa de juros
básica, de sorte a não sobrecarregar as contas públicas com elevados serviços de juros da
dívida pública.
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Tal exigência não existe na LRF. Além disso, não cabe ao BACEN atuar no âmbito da Política
Fiscal, mas na Política Monetária. Além disso, quando, porventura, o COPOM (e não o
BANCEN) reduz a taxa de juros básica da economia (SELIC), o objetivo é aumentar a liquidez
da economia e não reduzir o custo da dívida pública.
Tenha em mente que a principal função da política monetária é manter a estabilidade dos
preços e atingir a meta de inflação, mesmo com taxas de juros maiores do que o governo,
os empresários, o BACEN e a população gostariam.
Errado.

058. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015-ADAPTADA) Há uma íntima relação entre as


políticas fiscal, monetária e cambial, de maneira que vários regimes de política econômica
podem surgir, a depender do instrumento principal escolhido para manter estabilizada a
economia de um país. Sobre o caso do Brasil, nos anos 2000, Julgue:
A política monetária deve perseguir metas de taxa de câmbio para melhorar o rendimento do
nosso setor exportador, enquanto cabe à política fiscal conceder empréstimos subsidiados
ao setor privado nacional e internacional.

Tenha em mente que o foco da Política Monetária é cumprir a meta de inflação. No tocante
ao câmbio, outros fatores internos também influenciam como o desempenho da economia
nacional e fatores externos como o desempenho da economia mundial e o nível das taxas
de juros internacionais.
Errado.

059. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) O mercado em concorrência perfeita permite a


obtenção do maior bem-estar social. Na presença de falhas de mercado, a atuação do governo
é admitida como potencialmente positiva para a melhoria do bem-estar social. Portanto,
a) no caso de um monopólio legal, a aplicação de um imposto sem o controle do repasse
para o consumidor do aumento do custo da firma poderá ocasionar uma redução do bem-
estar dos consumidores inversamente proporcional à elasticidade preço da demanda.
b) a presença de externalidades negativas, tais como poluição do meio-ambiente e altas
taxas de criminalidade, requerem, necessariamente, a atuação governamental por meio
da imposição de tributos para direcionar os mercados na promoção do bem-estar social e
compensar os indivíduos penalizados pelos eventos danosos ao bem comum.
c) tributos e regulação governamental impedem o equilíbrio geral dos mercados de uma
economia, pois os agentes se veem tolhidos em seus interesses e potenciais produtivos,
impedindo assim que a economia como um todo avance mais rapidamente.
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d) uma crise hídrica como a que ora vive a região sudeste do Brasil não pode ser classificada
como uma falha dos mercados competitivos. Trata-se, necessariamente, de um ajuste
negativo nas condições de oferta de chuvas, o qual levará a um aumento nos preços e, com
isso, a queda da demanda eliminará o problema de disponibilidade de água para a população.
e) a presença de bens públicos, no sentido econômico do termo, não pode ser considerada
uma falha dos mercados, pois o problema reside na definição dos direitos de propriedade
que incidem sobre os bens e serviços e não na característica intrínseca aos mesmos.

Temos a letra A como gabarito, pois em um mercado de concorrência perfeita ocorrerá a


divisão do ônus entre os produtores e os consumidores, sendo no final das contas o preço
aumentado em montante inferior ao valor do imposto.
E isso normalmente não acontece no mercado estruturado na forma de monopólio, pois
para o monopolista o tributo integra seu custo marginal.
Letra a.

060. (FCC/TCE-CE/AUDITOR/2015) Dentre as funções econômicas do governo, a função


a) econômica moderadora do Estado atua por meio da expansiva criação de empresas
estatais que substituem o setor privado quando o poder econômico deste último tende a
violar os princípios de justiça social, no sentido de Pareto.
b) distributiva do Estado, faz uso da política monetária para efetuar transferências de
recursos entre contribuintes com diferentes níveis de conhecimento técnico e educacional,
por serem estes os principais fatores condicionantes do sucesso econômico via mercado.
c) estabilizadora faz uso das políticas fiscal e monetária para garantir o bom uso qualitativo
dos recursos nacionais, direcionando o setor privado na produção de externalidades positivas
e na mitigação daquelas de natureza danosa à eficiência econômica.
d) econômica normativa do governo, decorre diretamente da possibilidade de violação dos
princípios da economia pública, como a desigualdade social e elevação da criminalidade,
bem como o descontrole do gasto público em esferas subnacionais.
e) alocativa prevê ajustamentos na alocação de recursos com vistas à maior eficiência na
utilização dos recursos disponíveis na economia e refere-se à possibilidade de economias
externas ou necessidades coletivas, como infraestrutura econômica.

Vamos analisar as alternativas e escolher a correta.


a) Falsa. Essa função nem existe.
b) Falsa. Na distributiva, usa-se essencialmente a política fiscal.
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c) Falsa. A estabilizadora objetiva estabilizar preços, ou seja, controlar a inflação de modo


harmônico com o crescimento econômico.
d) Falsa. Essa função nem existe.
e) Verdadeira. Correta conceituação da função alocativa.
Letra e.

061. (FCC/TCM-GO/AUDITOR/2015) A Secretaria do Tesouro Nacional do Brasil é responsável


pela gestão da política econômica
a) monetária.
b) fiscal.
c) cambial.
d) de gerenciamento dos bancos comerciais.
e) relacionada ao Mercosul.

Enquanto o BACEN exerce papel preponderante na política monetária brasileira, cabe ao


Tesouro Nacional gerir o caixa do país, ou seja, as receitas e as despesas, ou, em outras
palavras, a política fiscal.
Letra b.

062. (FCC/TCE-CE/AUDITOR/2015-ADAPTADA) Julgue:


O uso das políticas fiscal e monetária serve para garantir o bom uso dos recursos apenas
em momentos de recessão, quando o desemprego aumenta e a taxa de câmbio se valoriza.

A assertiva é falsa, já que ideia é usar as políticas fiscal e monetária, principalmente, quando
tudo está bem, inclusive para evitar recessão e desemprego, e não apenas em momentos
de recessão, quando o desemprego aumenta e a taxa de câmbio se valoriza.
Errado.

063. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Há uma íntima relação entre as políticas fiscal,


monetária e cambial, de maneira que vários regimes de política econômica podem surgir, a
depender do instrumento principal escolhido para manter estabilizada a economia de um
país. Sobre o caso do Brasil, nos anos 2000, é, portanto, correto afirmar que
a) a Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o Banco Central reduza a taxa de juros básica, de
sorte a não sobrecarregar as contas públicas com elevados serviços de juros da dívida pública.
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b) a política monetária deve perseguir metas de taxa de câmbio para melhorar o rendimento
do nosso setor exportador, enquanto cabe à política fiscal conceder empréstimos subsidiados
ao setor privado nacional e internacional.
c) a política cambial segue um regime de câmbio fixo, com vistas a garantir uma inflação
baixa e gastos dos governos equilibrados.
d) o tripé macroeconômico adotado a partir do ano 2000 é constituído pelo regime de
metas de inflação, por uma taxa de câmbio ajustável e flutuante e por uma política fiscal
de equilíbrio das contas públicas, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
e) a supervisão das políticas monetária, fiscal e cambial de cada nível de governo da
federação cabe ao Banco Central do Brasil, para evitar a ocorrência de crises sistemáticas
de balanço de pagamentos.

Vamos analisar as alternativas.


a) Errada. Tal exigência não existe na LRF.
b) Errada. A política monetária objetiva atender à meta de inflação.
c) Errada. Desde 1999 adotamos o câmbio flutuante, apesar de fazer certas intervenções
pontuais (flutuação suja).
d) Certa. Tripé adotado por FHC, mantido por Lula até 2008, mas desprezado por Dilma.
e) Errada. Toda errada! Política fiscal é com o Tesouro Nacional, por exemplo.
Letra d.

064. (FCC/METRO-SP/ADVOGADO-JR./2014) Considere a sentença abaixo formada por


duas asserções.
A eficácia da política monetária em controlar a demanda agregada pode variar
PORQUE
em um país que possui dívida pública com vencimento no curto prazo, ou indexada pela
taxa de juros de curto prazo, alterações nas taxas de juros não produzem mudanças no
valor de mercado do estoque da dívida, provocando um efeito-riqueza.
É correto afirmar:
a) As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
b) As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
c) A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa.
d) A primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira.
e) As duas asserções são falsas.

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Vamos analisar separadamente cada uma das afirmações.


1) “A eficácia da política monetária em controlar a demanda agregada pode variar”.
Mesmo sem saber nada de economia eu já consideraria essa assertiva com boas chances
de ser verdadeira. O resultado de qualquer política, em regra, pode variar.
E nesse caso está correta mesmo!
Na verdade, alguns fatores afetam diretamente o grau de eficácia da política monetária
em controlar a demanda agregada, tais como o perfil da dívida e o grau de sensibilidade
do investimento em função da taxa de juros.
Vamos à segunda parte.
2) “em um país que possui dívida pública com vencimento no curto prazo, ou indexada pela
taxa de juros de curto prazo, alterações nas taxas de juros não produzem mudanças no
valor de mercado do estoque da dívida, provocando um efeito-riqueza”.
Está errada!
Claro que alterações nos juros, ou seja, no custeio da dívida, aumentam o seu saldo.
Concluímos, portanto, que a primeira parte é verdadeira e a segunda falsa.
Letra c.

065. (FCC/TCE-SP/AUDITOR/2013) Segundo a classificação de Richard Musgrave sobre as


funções do setor público (Estado), em economias de mercado, é correto afirmar:
a) Faz parte da função distributiva do Estado a produção de bens e serviços de infraestrutura,
já que estes beneficiam principalmente a população carente.
b) O Estado desempenha sua função estabilizadora na economia ao diminuir impostos
quando a economia está em depressão.
c) O programa bolsa-família é um exemplo da função alocativa do Estado, já que o Estado
minimiza a pobreza ao alocar recursos para os mais pobres.
d) Produzir bens públicos é um exemplo da função estabilizadora desempenhada pelo Estado.
e) O Estado desempenha bem sua função distributiva quando cobra impostos progressivos
sobre a renda e efetua gastos que beneficiam as pessoas de maior nível de renda.

a) Errada. Já que faz parte da função alocativa do Estado a produção de bens e serviços
de infraestrutura, e estes beneficiam toda a população.
b) Certa. Belo exemplo de uma situação relacionada à função estabilizadora.
c) Errada. O programa bolsa-família é um exemplo da função distributiva do Estado.
d) Errada. Produzir bens públicos é um exemplo da função alocativa desempenhada pelo
Estado.
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e) Errada. O Estado desempenha muito mal sua função distributiva quando cobra impostos
progressivos sobre a renda e efetua gastos que beneficiam as pessoas de maior nível de renda.
Letra b.

066. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2013) Um dos grandes desafios da estrutura institucional das


agências reguladoras é equalizar os interesses dos sujeitos envolvidos na relação regulatória.
Com esse intuito, os órgãos reguladores precisam estar protegidos por salvaguardas
institucionais que lhes assegurem autonomia para agir em prol do bem comum em detrimento
de qualquer outro interesse. Quando ocorre um desequilíbrio no exercício da autonomia
pelos entes reguladores, implicando na prevalência dos interesses de um dos polos em
detrimento do interesse coletivo, surge o
a) risco da captura.
b) risco da outorga onerosa.
c) problema do principal-agente.
d) processo de screening (filtragem).
e) problema da assimetria de informação.

No estudo da Teoria Econômica da Regulação, quando uma agência reguladora deixa de agir
em prol dos interesses públicos para atender aos interesses dos próprios regulados temos
o chamado risco de captura.
Como a agência depende de informações da própria empresa regulada para implementar
mecanismos de regulação, pode tomar decisões baseada em informações assimétricas, já
que o regulado pode manipular informações em seu próprio benefício.
Letra a.

067. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2013) A respeito da regulação econômica dos mercados,


considere:
I – Pode ser definida como um conjunto de regras que se originam do governo (ou das
agências reguladoras) e afetam o funcionamento dos mercados, interferindo na eficiência
alocativa das empresas.
II – Ganha importância no contexto brasileiro de privatizações, instaurado a partir dos anos
1990.
III – Na definição dos chamados “marcos regulatórios” destacam-se três tipos de regulação
− de mercado, de preços e de qualidade.
IV – Pode ser utilizada para amenizar diferentes tipos de falhas na operação dos mercados
como, por exemplo, as externalidades, o poder de mercado e a informação assimétrica.
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Está correto o que consta em


a) III, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.

Vamos avaliar cada um dos itens e marcar a alternativa correspondente:


I – Verdadeiro, já que ao visar a garantia do equilíbrio em um mercado que apresenta falhas
na alocação, a regulação econômica do governo interfere na alocação eficiente dos agentes.
II – Verdadeiro, já que realmente as agências reguladoras brasileiras foram criadas a partir
dos processos de privatizações ocorridos no início da década de 90 motivados pela
abertura comercial implementada na época.
III – Verdadeiro. Guarde que o marco regulatório nada mais é do que um conjunto de leis,
normas e diretrizes que regulam o funcionamento de um determinado setor, voltados,
basicamente, para regulação de falhas de mercado, regulação de preços (preços
administrados pelo regulador) ou regulação de qualidade.
IV – Verdadeiro, já que regulação econômica dos mercados atua para amenizar os
desequilíbrios de mercado, gerados pelas externalidades, pelo poder de mercado e pela
assimetria de informações.
Letra e.

068. (FCC/TCE-SP/AUDITOR/2013) Uma economia de mercado com controle social tem


como característica básica a
a) intervenção do Estado no setor produtivo da economia, por meio da substituição do
mercado como sinalizador da alocação de recursos pelo planejamento centralizado da
produção dos bens e serviços da economia.
b) designação ao Estado das tarefas primárias de defesa nacional e administração da justiça,
cabendo ao setor privado a produção dos demais bens e serviços.
c) criação, pelo Estado, de um marco legal suficiente flexível e mutável, que não imobilize
a livre iniciativa dos agentes econômicos, já que a livre concorrência conduz a economia à
eficiência econômica.
d) inexistência de qualquer ação do Estado para proteção às pessoas economicamente
inativas, exceto a de fornecer recursos orçamentários para entidades privadas de assistência
social, que estão melhor equipadas para executar essa função.
e) garantia da livre competição e da estabilidade monetária por meio do Estado, com
instituições de controle e regulação dos mercados, para que esses sejam capazes de
funcionar e criar preços relativos reais e eficientes.
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O enunciado se refere a em uma economia de mercado com controle social. Nesse contexto,
vamos analisar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Uma economia centralizadora é uma econômica totalmente intervencionista, ou
seja, não tem nada a ver com o modelo clássico.
b) Errada. Em uma economia de mercado, o governo atua em suas funções básica em
termos econômicos como o controle monetário e fornecimento de bens públicos. Sua
atuação restringe-se a não afetar ou de forma mínima possível a alocação eficiente dos
recursos econômicos.
c) Errada. Nesse caso, não existe necessidade de controle social.
d) Errada. Intervenção social não pode ser diferenciada entre os agentes, dada a possibilidade
de surgirem imperfeições de mercado que não resultem em alocações eficientes. Sendo
assim, tal intervenção mesmo que tenha um objetivo social não equitativo vai contra a
ideologia de uma economia de mercado.
Letra e.

069. (FCC/TCE-PR/ANALISTA/2012) Quanto à definição de Finanças Públicas, considere:


I – É ciência que estuda as atividades fiscais e não fiscais dos poderes públicos na sua
aplicação a empreendimentos de caráter público e privado.
II – É atividade desempenhada pelos poderes públicos na obtenção de recursos para o
cumprimento de suas finalidades.
III – É atividade desempenhada pelos poderes públicos na aplicação de recursos para o
cumprimento de suas finalidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I
b) II
c) III
d) I e III
e) II e III

Questão fácil, mas com uma pegadinha mortal.

A pegadinha está no item I, já que Finanças Públicas é ciência que estuda as atividades
fiscais e não fiscais dos poderes públicos na sua aplicação a empreendimentos de caráter
público (e não privado).
Os demais itens (II e III) estão corretos!
Letra e.
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070. (FCC/SEFAZ-SP/AFOP/2010) O principal instrumento de ação estatal na economia


é o orçamento público, cujas funções, coincidentes com as próprias funções do Estado,
classicamente, são divididas em alocativa, distributiva e estabilizadora. Sobre este
assunto, considere:
I – A atividade estatal na alocação de recursos justifica-se naqueles casos em que não
houver a necessária eficiência por parte do mecanismo da ação privada, como no caso de
investimentos em infraestrutura econômica.
II – O sistema de mercado não tem a mesma eficiência na provisão de bens públicos, como
na de bens privados, daí a necessidade de atuação do Estado na prestação de serviços de
segurança pública, por exemplo.
III – A manutenção de elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços
configuram o campo de ação da função distributiva.
IV – Os tributos progressivos sobre as classes de renda mais elevada e as transferências de
recursos paras as classes de renda mais baixa são mecanismos fiscais para viabilização das
políticas públicas de distribuição de renda.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I, II e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.

Vamos analisar cada uma das alternativas:


I – Certa. Bela citação de função alocativa! Vimos que a função alocativa do setor público está
relacionada às ações empreendidas no fornecimento de bens e serviços não disponibilizados
pela economia de mercado.
II – Certa. Segue a mesma ideia da função alocativa comentada no item anterior.
III – Errada. A manutenção de elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços
configuram o campo de ação da função estabilizadora!
IV – Certa. Sim, em outras palavras, a função distributiva é também executada por meio
de tributos progressivos sobre as classes de renda mais elevada e de transferências de
recursos paras as classes de renda mais baixa.
Letra a.

071. (QUADRIX/CFT/TÉCNICO/2021) No que concerne à administração financeira e


orçamentária e ao orçamento público, julgue o item.
Quando o Estado pretende priorizar a melhoria da distribuição de renda, utiliza a política
fiscal, aumentando a tributação e(ou) diminuindo os gastos públicos.
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Na verdade, quando o Estado pretende priorizar a melhoria da distribuição de renda, utiliza


a política fiscal expansionista, reduzindo a tributação e(ou) aumentando os gastos públicos
por meio do aumento das transferências governamentais.
Errado.

072. (QUADRIX/CRESS18-SE/COORDENADOR/2021) No que se refere à administração


financeira, julgue o item.
Há diversos tipos de obstáculos à alocação ótima de recursos pelo sistema de mercado. As
ações do governo para ajustar a distribuição de renda instrumentalizam-se, de modo geral,
pela política fiscal, como, por exemplo, por meio de transferências de renda pessoal e regional.

Em teoria, em uma estrutura de mercado de concorrência perfeita, os recursos escassos são


empregados com o máximo de eficiência alocativa. Entretanto, na realidade atual de uma
sociedade de economia moderna, onde predomina a estrutura de mercado é de concorrência
imperfeita, ocorrerem falhas de mercado, e, assim, o uso eficiente dos recursos escassos
requer intervenção governamental.
Nesse contexto, as ações do governo para ajustar a distribuição de renda instrumentalizam-
se, de modo geral, pela política fiscal, como por meio de transferências de renda pessoal
e regional.
Certo.

073. (QUADRIX/TERRACAP/ANALISTA/2017) Com base na política fiscal, assinale a alternativa


que apresenta as medidas fiscais expansionistas adotadas pelo governo para monetizar
a economia.
a) aumentar os gastos públicos (investimentos) e a arrecadação tributária
b) aumentar os gastos públicos (investimentos) e reduzir a arrecadação tributária
c) aumentar os prazos de financiamentos e os valores nas linhas de concessão de crédito
d) reduzir os gastos públicos (investimentos) e aumentar a arrecadação tributária
e) reduzir os gastos públicos (investimentos) e a arrecadação tributária

A política fiscal expansionista pode ser praticada via redução da tributação e(ou) aumento
dos gastos públicos.
Letra b.

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074. (QUADRIX/TERRACAP/ANALISTA/2017) Com base na política monetária, assinale a


alternativa que apresenta a medida monetária contracionista adotada pelo governo para
desmonetizar a economia.
a) reduzir a taxa de juros do redesconto
b) reduzir o percentual do depósito compulsório (reserva compulsória) no Banco Central
c) aumentar os prazos de financiamentos
d) aumentar a emissão de moedas
e) aumentar o percentual do depósito compulsório (reserva compulsória) no Banco Central

Para fazer a redução dos meios de pagamento (diminuição da liquidez da economia), ou


seja, para colocar em prática uma política monetária contracionista, o BACEN pode tomar
uma (ou mais de uma) das três medidas contracionistas:
1) aumentar as reservas/encaixes(depósitos) compulsórios;
2) aumentar a taxa de redesconto;
3) vender (emitir) títulos públicos.
Nas alternativas A, B, C e D foram apresentadas medidas de uma política monetária
expansionista.
Letra e.

075. (QUADRIX/ABDI/ESPECIALISTA/2013-ADAPTADA) A macroeconomia estuda a economia


de forma agregada. Propõe soluções para melhorar crescimento, variações de preços e
emprego. Analise a afirmação a seguir.
Os impostos e as compras do governo são variáveis exógenas da política fiscal.

Nos modelos de determinação da demanda agregada, o gasto público e o nível de tributação


são considerados variáveis exógenas à demanda agregada, tendo em vista que o consumo,
o investimento e as exportações e importações não podem ser afetadas diretamente pelo
governo, ou seja, só podem ser afetadas indiretamente por ele. Em contraste, os impostos
e as compras do governo, que são definidos pelo próprio governo são considerados variáveis
exógenas, ou seja, são os efetivos instrumentos da política fiscal.
Certo.

076. (QUADRIX/ABDI/ESPECIALISTA/2013-ADAPTADA) Sobre a inflação na economia


brasileira, julgue:
Ao Banco Central do Brasil compete executar as políticas necessárias para cumprimento
das metas de inflação fixadas.
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O BACEN é responsável pela execução da Política monetária no Brasil tendo como objetivo
precípuo o cumprimento das metas de inflação.
Certo.

077. (QUADRIX/CRP1-DF/ANALISTA/2012-ADAPTADA) Copom corta taxa Selic para 7,5%


ao ano – Agosto/2012 – O colegiado do Banco Central responsável pela definição dos juros
básicos na economia resolveu reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual. Agora, a Selic passa a
valer 7,5% ao ano. Esse é o menor patamar da história da taxa básica de juros da economia
brasileira. A decisão foi unânime entre os membros votantes e confirma a expectativa da
maioria dos analistas de mercado. O comunicado divulgado após a reunião sinaliza que este
pode ter sido o último movimento do ciclo de afrouxamento iniciado em agosto de 2011,
quando o BC começou a reduzir a Selic para evitar que a crise internacional tivesse um
impacto mais forte no nível de atividade econômica do país. Se houver mais uma diminuição,
ela deverá ser menor do que a de hoje, provavelmente de 0,25 ponto percentual. (Valor
Econômico – com adaptações)
Com base no texto anterior, julgue:
A decisão é um uso tipicamente de instrumento de política fiscal e sem efeitos na política
monetária.

Guarde que as decisões tomadas pelo BACEN são sempre inerentes à Política Monetária.
Errado.

078. (QUADRIX/CRP1-DF/ANALISTA/2012-ADAPTADA) Copom corta taxa Selic para 7,5%


ao ano – Agosto/2012 – O colegiado do Banco Central responsável pela definição dos juros
básicos na economia resolveu reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual. Agora, a Selic passa a
valer 7,5% ao ano. Esse é o menor patamar da história da taxa básica de juros da economia
brasileira. A decisão foi unânime entre os membros votantes e confirma a expectativa da
maioria dos analistas de mercado. O comunicado divulgado após a reunião sinaliza que este
pode ter sido o último movimento do ciclo de afrouxamento iniciado em agosto de 2011,
quando o BC começou a reduzir a Selic para evitar que a crise internacional tivesse um
impacto mais forte no nível de atividade econômica do país. Se houver mais uma diminuição,
ela deverá ser menor do que a de hoje, provavelmente de 0,25 ponto percentual. (Valor
Econômico – com adaptações).

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Com base no texto anterior, julgue:


A redução ou elevação da taxa básica de juros não tem efeito sobre a renda ou demanda
agregada.

A redução ou elevação da taxa básica de juros tem efeito sobre a renda ou demanda agregada,
já que podem, respectivamente, estimular a demanda agregada com efeito também sobre
os níveis de renda.
Errado.

079. (QUADRIX/CRP1-DF/ANALISTA/2012-ADAPTADA) Copom corta taxa Selic para 7,5%


ao ano – Agosto/2012 – O colegiado do Banco Central responsável pela definição dos juros
básicos na economia resolveu reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual. Agora, a Selic passa a
valer 7,5% ao ano. Esse é o menor patamar da história da taxa básica de juros da economia
brasileira. A decisão foi unânime entre os membros votantes e confirma a expectativa da
maioria dos analistas de mercado. O comunicado divulgado após a reunião sinaliza que este
pode ter sido o último movimento do ciclo de afrouxamento iniciado em agosto de 2011,
quando o BC começou a reduzir a Selic para evitar que a crise internacional tivesse um
impacto mais forte no nível de atividade econômica do país. Se houver mais uma diminuição,
ela deverá ser menor do que a de hoje, provavelmente de 0,25 ponto percentual. (Valor
Econômico – com adaptações)
Com base no texto anterior, julgue:
A redução da taxa básica de juros não tem efeito sobre outras taxas de juros praticadas na
economia, considerando uma economia de livre mercado.

Na verdade, a taxa básica de juros da economia (taxa SELIC), considerada uma taxa livre
de risco, serve de base para o cálculo e aplicação das demais taxas de juros praticadas no
mercado que adicionam componentes como risco e natureza da operação, qualidade do
tomador do crédito etc.
Errado.

080. (AOCP/FUNPARA/ECONOMISTA/2018-ADAPTADA) Acerca da Economia do Setor


Público, julgue.
A função alocativa do governo está associada ao fornecimento de bens e serviços não
oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado.

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Sim, alguns bens como bens públicos, por exemplo a segurança nacional, não podem ser
providos pelo mercado privado.
Certo.

081. (AOCP/FUNPARA/ECONOMISTA/2018-ADAPTADA) Acerca da Economia do Setor


Público, julgue.
A função distributiva do governo relaciona- se à intervenção do Estado na economia para
alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego.

Na verdade, é a função estabilizadora que se preocupa com inflação e emprego.


Errado.

082. (AOCP/PREF-JF/TÉCNICO/2016) No Brasil, a participação do Estado na economia tem


apresentado crescimento desde a década de 1950. Uma implicação desse crescimento é
a elevação da despesa total do setor público, bem como a necessidade da ampliação da
arrecadação para fazer frente a tais despesas. Além do crescimento apresentado pelo
governo, o papel deste modificou-se substancialmente ao longo do tempo. São atribuições
econômicas governamentais:
a) manter a estabilidade econômica, promover ajustamento na alocação de recursos e na
distribuição de renda.
b) promover ajustamento na alocação de recursos, manter a estabilidade econômica e
assegurar a liquidez dos bancos comerciais privados.
c) promover ajustamento na alocação de recursos, propriedade privada.
d) promover ajustamento na alocação de recursos, manter a estabilidade econômica e
garantir o livre mercado.
e) manter a estabilidade econômica, promover ajustamento na alocação de recursos e a
supervisão do sistema financeiro.

A alternativa correta é letra A, visto que apresenta as três funções clássicas do governo
que são manter a estabilidade econômica (Função Estabilizadora), promover ajustamento
na alocação de recursos (Função Alocativa) e promover ajustamento na distribuição de
renda (Função Distributiva).
Letra a.

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083. (RBO/CRO-SP/ANALISTA-CI/2020) Orçamento público é uma ação do Estado, quer na


manutenção de suas atividades, quer na execução de seus projetos que se materializam
através do orçamento, sendo este um instrumento de que dispõe o Poder Público para
expressar a origem e o montante de recursos a serem arrecadados, bem como os dispêndios
a serem efetuados. Dentre as funções do Orçamento Público, é correto afirmar que a
função Alocativa visa
a) oferecer bens e serviços que não seriam oferecidos pelo mercado (serviços públicos
puros), ou seriam em condições ineficientes (serviços meritórios ou semipúblicos). Princípio
da não exclusão.
B -tornar a sociedade menos desigual em relação à distribuição de renda e riqueza, entre
grupos ou classes sociais, através da tributação e transferências financeiras, subsídios,
incentivos fiscais e alocação de recursos em camadas mais pobres da população.
c) ajustar o nível geral de preços, nível de emprego, estabilizar a moeda, nível dos gastos
públicos, nível da arrecadação tributária, mediante instrumentos de política monetária,
cambial e fiscal, ou ainda através de outras medidas de intervenção econômica (controles,
leis, limites, etc.).
d) ao controle da oferta de moeda, da taxa de juros e do crédito em geral, para efeito da
estabilização da economia e influência na decisão de produtores e consumidores.

A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no fornecimento


de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado. Neste sentido, o setor
público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não exclusivo a esta ou aquela
faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de bens públicos a segurança.
Vamos identificar a qual função do governo se referem as demais alternativas.
b) Distributiva.
c) Estabilizadora.
d) Estabilizadora.
Letra a.

084. (IADES/MRE/DIPLOMATA/2022) Uma das formas de se exercer política econômica


é por meio da política fiscal e de suas funções e seus objetivos. A esse respeito, julgue o
item a seguir.
A ação do governo por meio da política fiscal tem como função buscar um alto nível de
emprego, estabilidade de preços e taxas apropriadas de crescimento.

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Segundo a classificação de Richard Musgrave sobre as funções do setor público (Estado),


em economias de mercado, existem três funções precípuas exercidas pelo estado:

Promoção de ajustamentos na
Função Alocativa
alocação de recursos

Promoção de ajustamento na
Função Distributiva
distribuição de renda

Manutenção da estabilidade
Função Estabilizadora
econômica

A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no fornecimento


de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado. Neste sentido, o setor
público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não exclusivo a esta ou aquela
faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de bens públicos a segurança.
Por sua vez, a função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas por
meio de medidas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos menos
favorecidos na sociedade.
A terceira ação econômica do setor público se dá no âmbito da função estabilizadora
realizada pelo setor público, expressa por ações de intervenção na economia no intuito de
contribuir para seu melhor funcionamento. Destacam-se, por exemplo, as intervenções
voltadas à redução da inflação, bem como ações destinadas ao combate do desemprego
em determinado setor produtivo.
No caso da função estabilizadora da política fiscal, o seu objetivo é a elevação da renda e
do emprego sem perda da estabilidade de preços, afinal, esta é condição necessária para
que o crescimento da renda e do emprego sejam sustentáveis.
Certo.

085. (IADES/MRE/DIPLOMATA/2022) Uma das formas de se exercer política econômica


é por meio da política fiscal e de suas funções e seus objetivos. A esse respeito, julgue o
item a seguir.
Por intermédio da política fiscal, pode-se dizer que o processo político surge como mecanismo
substituto ao sistema de mercado, ao dispor em relação a alocações de bens públicos.

Sem a presença do ente governamental é o mercado que faz as definições acerca da alocação
dos bens e serviços, tendo os preços o papel de termômetro da escassez relativa dos bens
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e dos serviços, mas no caso dos bens públicos (com a presença do governo), a definição de
quanto e o que ofertar em termos de bens públicos não cabe ao mercado, mas ao governo.
Assim, com a oferta de bens e serviços pelo governo (função alocativa da política fiscal),
cabe ao próprio governo decidir sobre essa oferta, e tal decisão ocorre por meio do processo
político, tanto no âmbito do Poder Executivo quanto do Poder Legislativo.
Certo.

086. (IADES/MRE/DIPLOMATA/2022) Uma das formas de se exercer política econômica


é por meio da política fiscal e de suas funções e seus objetivos. A esse respeito, julgue o
item a seguir.
A política fiscal é incapaz de alterar a distribuição funcional da renda de uma sociedade.

A função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas por meio de


medidas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos menos favorecidos
na sociedade.
Por meio da função distributiva, o governo pode, por meio da execução de seu orçamento.
Assim, se quer aumentar a distribuição da renda, reduzindo a concentração, o governo pode,
por exemplo, instituir ao majorar tributos progressivos, enquanto destina os recursos, via
transferência de renda, para famílias em condições de pobreza.
Errado.

087. (IADES/MRE/DIPLOMATA/2022) Uma das formas de se exercer política econômica


é por meio da política fiscal e de suas funções e seus objetivos. A esse respeito, julgue o
item a seguir.
Um dos principais instrumentos da função distributiva da política fiscal são os tributos.

A função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas por meio de


medidas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos menos favorecidos
na sociedade.
Ressalta-se, como exemplo, a implementação de estrutura tributária progressiva cujos
valores arrecadados de impostos dos possuidores de riqueza sejam transferidos para
pessoas de baixa renda, por meio da oferta de educação e saúde de qualidade.
Sendo bem elucidativo, veja que o caso da tributação de grandes fortunas pode ser um
mecanismo importante para financiar programas de construção de moradias populares.
Assim, estaria usando o dinheiro arrecado dos ricos para distribuir aos pobres via moradia
popular.
Certo.

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088. (CONSULPLAN/MAPA/ADMINISTRADOR/2014) “A política fiscal diz respeito ao manejo


dos orçamentos do governo, tanto do lado dos dispêndios quanto do lado das receitas”.
(Rossetti, 1997. p. 717.)
Assinale a alternativa que apresenta um dos meios utilizados pela Política Fiscal.
a) Política salarial.
b) Tributos diretos e indiretos.
c) Controle da oferta de moeda.
d) Valorização da taxa de câmbio.

Vamos analisar as alternativas:


a) Errada. Especificamente a Política salarial não é um dos vieses da política fiscal.
b) Certa. A política fiscal tem sim relação com a arrecadação de tributos e o controle das
despesas por parte do governo.
c) Errada. É medida de política monetária.
d) Errada. É medida de política cambial.
Letra b.

089. (CONSULPLAN/PREF.NATIVIDADE/TÉCNICO/2014- ADAPTADA) Julgue o item abaixo:


Para uma política fiscal austera, o orçamento deve ser planejado para que seguidos superávits
diminuam a dívida pública

A assertiva está correta, pois se o objetivo da política fiscal for contracionista, para, por
exemplo, realizar controle da inflação, o orçamento deve ser planejado para reduzir despesas/
aumentar tributos, o que, em tese, gera seguidos superávits que acabam diminuindo a
dívida pública.
Certo.

090. (CONSULPLAN/PREF.NATIVIDADE/TÉCNICO/2014-ADAPTADA) Julgue o item abaixo:


Um orçamento superavitário deve ser meta para a Administração, haja vista que independente
de política fiscal é fundamental arrecadar mais do que se gasta.

A assertiva está errada, já que se o objetivo da política fiscal for incentivar a economia,
via aumento de despesas e/ou redução da tributação, nem sempre o superávit deve ser a
meta da administração.
Errado.

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091. (CONSULPLAN/PREF.LONDRINA/ECONOMISTA/2011) Para reduzir o crescimento


econômico, o Governo pode tomar as seguintes medidas monetárias, EXCETO:
a) Aumento dos depósitos compulsórios e venda de títulos do governo.
b) Aumento dos depósitos compulsórios e compra de títulos do governo.
c) Aumento da taxa de redesconto e aumento dos depósitos compulsórios.
d) Aumento da taxa de redesconto e venda de títulos do governo.
e) Venda de títulos do governo e aumento da taxa de juros.

Para reduzir o crescimento econômico, o Governo deve atuar na redução dos meios de
pagamento, ou seja, deve diminuir a liquidez da economia.
Nessa linha de raciocínio, o BACEN deve tomar uma, ou mais de uma, das seguintes medidas
contracionistas abaixo:
1) aumentar as reservas/encaixes(depósitos) compulsórios;
2) aumentar a taxa de redesconto;
3) vender (emitir) títulos públicos.
Como o examinador pediu a alternativa incorreta, vemos que única incorreta é a letra B já
que a medida correta nesse sentido é venda/emissão de títulos públicos e não a sua compra.
Letra b.

092. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011-ADAPTADA) “A partir de meados


da década de 1990, os percentuais médios de gasto público foram maiores para seguridade
social. Em seguida, vieram os gastos com os bens públicos, os gastos em educação e saúde
e infraestrutura econômica.” A partir dessas informações, julgue:
Os gastos em infraestrutura apresentaram tendência crescente nos anos de 1980 e 1990.

Na verdade, nas décadas de 1980 e 1990 a participação do estado na economia diminuiu


e os gastos com infraestrutura que foram reduzidos.
Errado.

093. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011-ADAPTADA) “A partir de meados


da década de 1990, os percentuais médios de gasto público foram maiores para seguridade
social. Em seguida, vieram os gastos com os bens públicos, os gastos em educação e saúde
e infraestrutura econômica.” A partir dessas informações, julgue:
Os gastos com educação e saúde foram privilegiados durante a década de 1990 em detrimento
dos gastos com previdência.
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Na verdade, foram privilegiados na década de 1990 os gastos com previdência social, em


virtude, especialmente, da Constituição Federal de 1988. Confira no trecho do texto do
IPEA “Perspectivas da Política Social no Brasil”:

“A partir da Carta de 1988, o sistema previdenciário passa a integrar o novo sistema de seguridade
social e incorpora à sua proteção os trabalhadores rurais, em regime de economia familiar, na
condição de segurados especiais. Desde então, verificou-se uma expressiva ampliação da cobertura
do sistema, tendo o número de benefícios previdenciários pagos a cada mês aumentado em cerca
de quatro vezes, entre os anos 1980 e 2008 (de 7 para 24 milhões), enquanto a população como
um todo cresceu 60% (de 118 para 189 milhões de habitantes) no mesmo período. Ressalte-se
que, dos atuais benefícios, nada menos que 14 milhões (dois terços) são no valor de até um SM.”

Errado.

094. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011-ADAPTADA) “A partir de meados


da década de 1990, os percentuais médios de gasto público foram maiores para seguridade
social. Em seguida, vieram os gastos com os bens públicos, os gastos em educação e saúde
e infraestrutura econômica.” A partir dessas informações, julgue:
A expansão dos gastos com seguridade social foi resultado de fatores como o envelhecimento
natural da população.

Sem dúvida esse é um dos principais fatores do aumento dos gastos com seguridade social,
já que quando a população predominante é de jovens e adultos, muitas pessoas contribuem
para a seguridade social e poucas receberem dela, mas na medida em que a população
envelhece, com mais pessoas idosas recebendo benefícios da seguridade social, temos em
contrapartida a redução da população economicamente ativa que sustenta a previdência
social em um regime de repartição.
Certo.

095. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011-ADAPTADA) “A partir de meados


do século passado, as funções do governo na economia ampliaram-se de forma expressiva.
Esse fato refletiu uma evolução dos princípios teóricos que recomendavam a necessidade
de intervenção governamental no sistema econômico”. A partir dessa constatação, julgue
a assertiva abaixo:
Para alguns bens, o mecanismo de determinação de preços no mercado falha, o que sugere
a exigência da intervenção governamental.
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Trata-se da necessidade de intervenção do Estado em função das chamadas falhas de


mercado. É importante guardar que a ação econômica do setor público está vinculada às
funções que promove junto à sociedade, dentre as quais: contribuir no fornecimento de
bens públicos, melhorar a distribuição da renda, promover a estabilidade e impulsionar o
crescimento econômico.
Certo.

096. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011-ADAPTADA) “A partir de meados


do século passado, as funções do governo na economia ampliaram-se de forma expressiva.
Esse fato refletiu uma evolução dos princípios teóricos que recomendavam a necessidade
de intervenção governamental no sistema econômico”. A partir dessa constatação, julgue
a assertiva abaixo:
Os desenvolvimentos teóricos após a grande depressão de 1930, justificaram a necessidade
de intervenção.

Depois da grande depressão americana a partir da quebra da bolsa em 1929, ganhou força
a teoria Keynesiana que com a intervenção do Estado na Economia conseguiu fazer os EUA
retomar o crescimento econômico e superar essa grave crise.
Certo.

097. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011-ADAPTADA) “A partir de meados


do século passado, as funções do governo na economia ampliaram-se de forma expressiva.
Esse fato refletiu uma evolução dos princípios teóricos que recomendavam a necessidade
de intervenção governamental no sistema econômico”. A partir dessa constatação, julgue
a assertiva abaixo:
De acordo com Musgrave, dentre as atribuições do governo, promover sempre ajustamentos
na alocação de recursos é fundamental para qualquer economia.

Embora a palavrinha “sempre” presente na assertiva ligue o seu “desconfiômetro”, a assertiva


está correta e se refere à função alocativa.
Certo.

098. (FADESP/UEPA/TÉCNICO-SUPERIOR/2020) As operações de mercado aberto consistem


na compra e venda de títulos pelo Banco Central e afetam a oferta de moeda na economia.

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Ao modificar os meios de pagamentos, as operações de mercado aberto podem alterar os


preços dos títulos e o valor da taxa de juros. Dessa forma,
a) comprando títulos, o Banco Central reduz a oferta de moeda, provocando aumentos nos
preços dos títulos e redução da taxa de juros.
b) vendendo títulos, o Banco Central aumenta a oferta de moeda provocando redução nos
preços dos títulos e aumento da taxa de juros.
c) o aumento da oferta de moeda por meio da compra de títulos por parte do Banco Central
provoca diminuição nos preços dos títulos e aumento da taxa de juros.
d) a redução dos meios de pagamentos pela venda de títulos por parte do Banco Central
reduz os preços dos títulos e eleva a taxa de juros

Note que se o BC vende títulos, temos redução dos meios de pagamento, ou seja, ocorreu
uma queda na oferta de moeda da economia. No que diz respeito aos títulos, o aumento da
oferta pelo BC, faz seu preço cair e, assim, com menor valor dos títulos, a taxa de juros sobe.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Na verdade, quando o BACEN compra títulos, ele troca moeda por títulos e, dessa forma,
aumenta a oferta de moeda.
b) Na verdade é o contrário. Quando o BACEN vende títulos, ele recebe moeda dos bancos
em troca destes títulos e, assim, a oferta de moeda diminui.
c) Embora a compra de títulos pelo BC eleva a oferta de moeda, isso gera aumento de
demanda por títulos, aumentando o seu o preço e reduzindo a taxa de juros.
Letra d.

099. (FADESP/CDP/ADMINISTRADOR/2012) O Orçamento Público deve traduzir as


seguintes funções:
a) a distributiva, ao oferecer bens e serviços que não seriam oferecidos pelo mercado
ou seriam ofertados em condições insuficientes, ou, ainda, ao dar condições para que os
mesmos sejam disponibilizados pela iniciativa privada.
b) a estabilizadora, ao cobrar tributos, conceder incentivos fiscais, subsídios e transferências,
de modo a alocar recursos em favor das camadas mais necessitadas.
c) a normativa, ao prescrever normas de conduta aos cidadãos beneficiários dos recursos
nele alocados.
d) a alocativa, ao estabelecer e orientar a aplicação de instrumentos de política monetária,
fiscal e cambial, visando ajustar preços, inflação e garantir níveis adequados de emprego.

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Essa questão deveria ter sido anulada, já que inexiste a função econômica denominada
normativa (letra C) considerada o gabarito e a letra A é que é que está correta.
Além disso, o orçamento não prescreve normas de conduta aos cidadãos beneficiários, o
que torna a alternativa errada.
Vamos comentar as demais.
a) Certa. Está relacionada à função distributiva, aquela em que Governo busca utilizar
de políticas públicas para distribuir recursos públicos para solucionar problemas de má
distribuição de renda.
b) Errada. Está relacionada à função distributiva.
c) Além da inexistência da função econômica denominada normativa, o orçamento não
prescreve normas de conduta aos cidadãos beneficiários, o que torna a alternativa ainda
mais errada.
d) Errada. Está relacionada à função estabilizadora, aquela por meio da qual o Estado busca
ajustar economia, com o objetivo de estabilizá-la (Estabilizar preços, aumentar emprego,
crescimento PIB etc.).
Letra c.

100. (IADES/METRÔ-DF/ANALISTA/2014) Segundo a literatura econômica, as três funções


econômicas do setor público são a alocativa, a distributiva e a estabilizadora. Um instrumento
adequado para promover ajustes na distribuição de renda é a (o)
a) tributação progressiva.
b) política fiscal anticíclica.
c) aumento dos gastos públicos.
d) fornecimento de bens públicos.
e) regulação dos monopólios.

A distributiva serve para corrigir as enormes diferenças na distribuição de renda na sociedade


por meio de transferências como via Bolsa Família. Nessa mesma linha, a tributação progressiva,
aquela em que quem ganha mais paga mais imposto, também serve para essa finalidade.
Vamos comentar as demais:
b) Errada. Política fiscal anticíclica faz parte da função estabilizadora.
c) Errada. Aumento dos gastos públicos faz parte da função estabilizadora ou alocativa.
d) Errada. É função alocativa.
e) Errada. É função alocativa.
Letra a.

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REFERÊNCIAS

Fundamentos de Economia – 6ª Edição – Editora Saraiva – Autores Marco Antônio Sandoval


Vasconcelos e Manuel Enrique Garcia.

MACROECONOMIA – 11ª Edição – Editora MC Graw H. – Autores Fisher, Startz e Dornbusch.

MACROECONOMIA – Editora LTC – Autor Gregory Mankiw.

Macroeconomia Esquematizada – Editora Saraiva – Luiza Sampaio.

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