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Comunhão, 23 de outubro de 2023.

ROMANOS 4

VIDA, ESFERA E ERRO: ZONA AMARELA: A GRANDE NAÇÃO DOS QUE FORAM
CHAMADOS PARA SAIR, ENTRAR E SAIR (Capítulo 2)

“Ora, disse o SENHOR a Abrão: 'Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e
vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação” (Gênesis 12:1 e 2).

Você já parou para considerar qual é o propósito da fé? Falamos tanto sobre fé, não é
mesmo? Pedro nos ensina que o propósito essencial da fé é a salvação de nossas almas, mas é
certo que uma alma salva transcende a esfera do certo e do errado. Então, poderia ler isto em
voz alta? ‘Todo homem possui uma fé.' Vamos repetir isso? 'Todo homem possui uma fé.' A
vontade é de gritar isso para chamar sua atenção. Ao perceber que toda pessoa abriga sua
própria fé, você também compreenderá duas verdades essenciais que permitem ao homem
existir no meio do jardim, sem depender de outros para ter vida. Primeiro, que essa fé precisa
ser substituída para haver Deus na terra. Segundo, enfrentar a verdade mais absoluta — que
não havia meio-termo para Abraão, assim como não há para nós: aquele que não sair de sua
terra, de sua parentela e da casa de seu pai, não terá sua fé substituída. Esta é uma condição
inegociável para vivermos no meio do Jardim, comendo da árvore-da-vida e afastados da
esfera, estando onde Deus está.

Essa é uma experiência direta, sem barganhas, acordos ou ambiguidades, porque a fé


em Deus só surge quando nos afastamos da influência da casa paterna e de nossas antigas
crenças. É isso que nos levará a defender a fé em Deus e não nossa própria fé, para acontecer
a coisa mais importante na vida de um homem, acima do ser, ter e poder: ser usado por Deus
na realização do Seu Propósito. Você acredita mesmo que esta é a coisa mais importante na
vida de um salvo?

Tudo isso visa evitar o pior cenário, pois se a fé não for substituída, seremos apenas
criaturas híbridas. Estaremos fisicamente na zona amarela, mas imaterialmente na zona azul,
impedidos de sermos usados por Deus e retidos na morte. Isso nos leva a refletir: você já
compreendeu que Deus é inflexível, e essa substituição é uma de suas intransigências? Está
disposto a atender a essa exigência, ou ainda continua negociando?

Zona azul e zona amarela? O que é isso? Sim. Agora estamos diante de duas zonas e
uma Nação. Elas não se confundem; antes, se antagonizam, por serem incompatíveis. Uma
delas é a Nação Santa e a outra é a polis mundana. A que zona você pertence?

E é justamente a partir desse antagonismo que surge uma tremenda batalha espiritual.
Portanto, não pense que estamos falando de batalhas contra demônios, potestades ou qualquer
criatura mitológica que receba o status de inimigo de Deus. Não, há uma batalha séria e
essencial contra um ser que pode substituir qualquer diabo, provando que Deus não careceria
de outro adversário, já que esse ser é o nosso próprio ego. Em outras palavras, Deus não
precisa de um diabo, pois Ele já tem o ego do homem.

Foi assim com Jesus, e é assim conosco. Nessa comunhão, você entenderá de uma vez
por todas quem e o que levou Jesus ao deserto: ao vê-Lo lutando contra os pilares de seu
próprio ego, o ser ('se tu és o Filho de Deus'), o ter ('tudo isto te darei') e o poder ('lança-te daqui
abaixo… '). Mas Ele saiu vitorioso! Pois Deus a ninguém tenta. Então, quem realmente tentou
Jesus? E você, já venceu o seu ego?
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Agora, enfrentamos um dos maiores desafios desta era: algo que até certo tempo
amávamos: a reunião da igreja. De maneira atraente, vinculante e apaixonante, Nilson nos
ensina acerca das quatro facções que moldaram a igreja ao longo das eras e que darão uma
clareza ímpar para definirmos se, de fato, a igreja reúne. Seria a reunião da igreja um mero
sistema? Você está preparado para descobrir? A reunião pertence à zona azul ou à zona
amarela?

Também estamos diante da resolução de como lidar com as festas da zona azul
enquanto tentamos descobrir se há alguma festa na zona amarela, à qual pertencemos. Como
devemos nos mover ao sairmos para trabalhar ou estudar na zona azul? Quais são os impactos
e as consequências de participarmos de eventos como formaturas, aniversários, casamentos e
outras festas? A unidade deve ser confirmada, e, se sim, será confirmada na reunião ou na
dispensação?

Esperamos que percebam o valor inestimável dos encargos desta comunhão. Ao final
dela, entenderão que muitos buscam a liberdade, mas nem sabem o que isso significa. Somente
a igreja pode concluir que a liberdade não é para adultos, mas para crianças que brincam no
jardim de infância. Então, e você? Quer ser Deus ou quer ser livre? Está disposto a atender às
exigências do nosso Deus, ou prefere continuar brincando e comendo de todas as árvores do
jardim?

Nele, que ao dizer “sai” queria dizer: “casa comigo”

Os irmãos.
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F01 Irmãos, graça e paz!

Estamos prosseguindo na tentativa de fechar o parêntese finalizando três aspectos, e não


sei se vocês aprofundaram neles, os quais são VIDA, ESFERA E ERRO. Esses três pontos
falam muito na vida de todo ser humano.
Confesso que não tive tempo de ouvir a palavra compartilhada na semana passada, e
estou um pouco preocupado em repetir algumas coisas. Voltaremos para a imagem que vimos,
e se algo que eu falar for repetitivo é porque realmente não lembro como chegamos nessa
imagem.

O mais interessante nesse momento é os irmãos entenderem esses três pontos. Fiquem
atentos, e observem que de cima para baixo temos: VIDA, ESFERA e ERRO. Isso fala de uma
DECADÊNCIA. Existe possibilidade de uma salvo decair da VIDA e voltar para ESFERA?
Existe.
É a possibilidade desse homem já desmaterializado, esse homem espiritual, esse irmão,
essa irmã, que está acostumado a entender, discernir, praticar, tomar decisões na vida, e isso é
uma questão de crescimento, porque uns têm mais vida e outras menos vidas. Ter vida significa
que uns conseguem desenvolver mais na vida, suas atitudes, decisões, e outros desenvolvem
menos, e também tem muitos que continuam na esfera, o que não é problema. Mas seria
problema se você alcançasse um nível de VIDA e descesse para a ESFERA. Esses são os
aspectos mais perigosos de nossas vidas.
Com certeza os irmãos já viram situações de irmãos na VIDA, mas que decaíram.
Quando falo de decair não estou falando exatamente de queda, mas de retroceder, que talvez
nem seja um retrocesso, mas irmãos que possivelmente já têm aquele nível de vida, comunhão,
relacionamento, de práticas espirituais, e então substitui.
Vocês lembrarão que no passado sempre lutamos contra alma de muitos irmãos que
faziam isso. Por exemplo, no seu serviço aos irmãos, o qual é o mesmo que o seu serviço ao
Senhor, porque se serve aos irmãos - está servindo ao Senhor - você faz uma substituição disso
para fazer um curso, uma faculdade, para qualquer coisa que substitua. Aquele que chegou em
uma medida, nela deve prosseguir, cada um cuidando de si. Se você puder auxiliar o seu
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irmão, então deve ajudá-lo, mas prosseguir na medida em que chegou é de suma
importância. Mas se volta para ESFERA, o perigo de voltar ao ERRO também é grande.
Vocês podem perguntar: “Nilson, esse erro é o da esfera?” Não. O que é a ESFERA? O
certo e o errado, mas esse ERRO, o terceiro aspecto que estamos vendo na imagem, é
PECADO, porque o PECADO também recebe o nome de ERRO.
Então, o ERRO na ESFERA é PECADO? Não. Se envolver com o certo ou o errado da
ESFERA é um pecado? Não. E esse ERRO, o terceiro aspecto na imagem, uma vez cometido,
é pecado? Não. Até esse terceiro aspecto, se cometo esse ERRO, também não cometo pecado.
São três níveis de erro, e vocês já conhecem. Existe o nível menos grave, tem o segundo um
pouco mais grave e o terceiro uma grande gravidade.
Não compensa tocar nesses pontos por serem fundamentos que os irmãos devem
dominar, e se não dominam, então não existe motivo de vocês estarem aqui comigo, não
deveriam estar nessa videoconferência. Não quero voltar a esses pontos de maneira alguma
porque seria perder tempo; é o que considero perder tempo na obra do Senhor.

F02 E quando é que eu errando, cometo pecado? O pecado é o mesmo que o erro, e o erro é
o mesmo que o pecado, o problema é que deram uma vazão ao pecado muito grande, como já
expliquei e expus, inclusive, mostramos as transliterações, principalmente quando foi traduzido
para a língua latina, por isso foi dado um conceito muito forte e esse pecado se avolumou. Mas
pecado e ERRO nesse terceiro aspecto que estamos vendo na imagem é o mesmo.
Se você peca, isso não é um problema, não deve se condenar; e se peca de uma
maneira mais grave, também não deve se condenar, e ainda se peca no aspecto gravíssimo,
também entendo que não se trata de uma questão de se condenar. Não sei como vocês
enxergam isso, porque todos podemos pecar nos três níveis dependendo do momento, da
situação. Então, esse ERRO, ou pecado, a nomenclatura é a mesma, o sentido é o mesmo, não
é um conflito, ou um problema.
E se eu pecasse de maneira gravíssima? O que seria o pecado grave? Seria difamar um
irmão, ferir um irmão na calúnia, tocar na unidade da igreja…Esses são pecados gravíssimos,
mesmo assim esse pecado não é para trazer dor, sofrimento, e nem tampouco ferir a sua
consciência, porque um homem sério, um irmão ou uma irmã com uma seriedade com Deus,
não importa se o pecado é grave ou menos grave, mas ele sabe quando comete.
Então, ao cometer esse erro precisa apenas não fazer mais? Só isso? Sim, apenas isso.
E se precisar ir ao seu irmão, vá somente se for necessário, mas se não, não tem que ir. Tudo
isso já vimos, são fundamentos construídos com labor, dificuldade, mas com muita alegria.
Quando devo me preocupar com o pecado? Quando o cometo pela segunda vez, não
sinto mais dor ou tristeza, e mesmo se cometo pela segunda vez ainda há uma oportunidade.
João, um dos homens que andou com o mestre, com o Senhor, nesse momento ele diz “se
confessarmos os nossos pecados ele é fiel e justo para nos perdoar e purificar de toda injustiça.”
Esse pecado repetido precisa ser confessado, mas Ele perdoa e nos purifica porque cometer
pecado é injusto, cometer erro é injusto. Errar é injusto.
Sabe qual é o problema? É que acostumamos a chamar qualquer coisa de erro. Você tem
que ter uma consciência de que errar difere de falhar, e se não faz essa diferença, não crescerá
no conhecimento. Por isso tem que mudar a sua linguagem e dizer: “Irmão, falhei com você, me
desculpa!” Difere de dizer que falhou. “Aqui foi uma falha minha.” Falha pertence ao homem?
Pertence.
O homem nascido de Deus, santificado na vida, pela vida, ele falha? Falha, e isso é
menos problema ainda. Mas não chame falha de erro, porque quando fala para seu irmão que
errou, está dizendo que pecou. Se não mudar sua linguagem, não desenvolverá.
A linguagem do Reino de Deus é a coisa mais importante para o amadurecimento,
crescimento, desenvolvimento, e o que sai da sua boca, o que você fala, é a sua maturidade.
Quer conhecer a maturidade de um irmão? Converse com ele, porque o que sair da sua boca
será ele. Tem que mudar a linguagem. Falha é falha, erro é erro.
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Erro que precisa ser confessado, são erros que precisam ser confessados a Deus. Os
nossos erros graves não devem e não precisam ser confessados, é só não praticar, mas se
praticar, se pratiquei, precisamos confessar a Deus.
Existem outras porções onde os irmãos do passado que escreveram a bíblia ensinam que
também existem erros, ou pecados, que precisamos confessar ao irmão. Tem coisas que
realmente precisam ser confessadas ao irmão. É para aquele irmão que eu pequei? Não é isso
que estou dizendo, e nem o que a bíblia diz, mas é ser confessado ao seu irmão devido à vida
de corpo. A unidade nos faz confessar.
Por exemplo, se você já tocou a unidade da igreja, já feriu a unidade e não assume, isso
é problema, é óbvio. Se já houve algum momento em que feriu a unidade, o amor, a vida da
igreja, a vida que está na igreja, a qual é a vida de Deus, isso, sim, é um conflito para a sua
vida.
É claro que exige muita maturidade, não aconselho ninguém a fazer isso sozinho, porque
é para pessoas maduras. Se acha que feriu a unidade, antes de procurar alguém, seria bom
procurar o seu despenseiro, o irmão que dispensou a você. Se não tem despenseiro, procure o
irmão a quem entregou a sua vida, que é destra de comunhão com você.

F03 Você procura esse irmão e diz: “Entendo que cometi pecado, qual é a sua visão sobre
isso?” Esses pontos são importantes. Como Deus é maravilhoso, porque esse não é o nosso
encargo, mas o Senhor permite que perpassemos novamente, e isso é importante, vejo que
para mim isso é uma oportunidade, e são oportunidades concedidas por Deus. Quem ensinou e
fala sobre isso? O próprio Paulo fala disso. Em uma de suas cartas, Paulo fala que quando um
fundamento é repetido, isso é permissão de Deus.
Voltando para a imagem, de cima para baixo são esses os riscos de um discípulo, um
salvo, mas de baixo para cima é o curso normal. Vejamos esse curso normal de baixo para
cima:
ERRO, como falei, não é ESFERA, e sim PECADO. É claro, você foi chamado de onde?
Do mundo, embora no mundo estava em Deus, em YAH. Era um salvo, mas um salvo
inconsciente, perdido em tradições, perdido em todo o aspecto de religiosidade.
Difere de Adão e Eva, porque eles eram bonecos de barro e na hora que receberam o
sopro da vida não tiveram a oportunidade de serem chamados do mundo, eles vieram da
criação direto para a ESFERA. Saíram da criação para a ESFERA. Foi assim com os nossos
filhos. Eles não foram chamados do sistema, do mundo, do cosmo, mas ao saírem do ventre da
mãe e começaram a receber dispensação, cuidados…Apesar que dispensação não, porque
primeiramente eles entram para a ESFERA.
A verdade é: você está criando, ou criará, o seu filho na ESFERA. Criei Isaac e Asaph,
eduquei esses dois meninos na ESFERA. Nunca os condenei, falava para eles que errar é
normal, acertar é normal, que o certo e o errado é mesma coisa. Eles conheceram a ESFERA
quando creram, e naquele momento saíram da ESFERA para começarem a ganhar a respeito
da VIDA. Usando a linguagem do Éden: eles saem do jardim para o centro do jardim, onde a
vida de Deus está, e começam a alimentar da vida de Deus. Mas aquele homem que veio do
mundo, ele saiu do ERRO, do pecado, ele estava no pecado.
Vocês perguntam: “Nilson, mas ele não crê em Deus? Sim, mas estava no pecado. Pode
ser que encontre alguém que já não tinha mais envolvimento com o pecado, estava na ESFERA
do certo e errado.
Digo isso, porque o curso normal seria vocês só encontrarem pessoas na ESFERA do
certo e errado. Mas por que encontramos pessoas no pecado? Por causa daquela situação que
aconteceu em Efésios, que os olhos espirituais cegaram e as trevas falaram muito alto, por isso
vocês encontrarão pessoas em trevas mesmo sendo salvas! Como aconteceu quando Jesus
veio.
Quando ele chegou como homem, quando Deus encarnou, encontrou toda a humanidade
em trevas, por isso Paulo falou “porque todos os irmãos pecaram”, mas a teologia traduz este
versículo como pecado original, e não é isso que ele está falando.
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Quando Paulo fala “porque todos pecaram e destituídos foram da glória de Deus”, ele
está falando que antes de Jesus chegar, de ir ao madeiro, todos os homens pecaram, todos
estavam em pecados, em grandes trevas, mas a luz veio e aqueles que estavam em Deus, e
mesmo em Deus estavam nas trevas, eles abandonaram as trevas quando viram a maravilhosa
luz.
É nesse sentido que encontramos alguém em YAH no pecado, mas é normal também
encontrarem pessoas no mundo com muita dificuldade com todas as árvores, ou com a
ESFERA do certo e errado, e o curso normal da igreja é você ajudá-lo a sair do jardim para o
meio do jardim, em outras palavras, deixar a ESFERA.
Deixar como? A única maneira de deixar a ESFERA é não se condenar, não ter medo. Se
têm medo de errar e acertar, têm medo dessa ESFERA, é muito difícil chegarem no meio do
jardim. Sabem por quê? Não temer a essa ESFERA significa que você está confiando em Deus,
porque sabe que Ele não te condena, sabe que não está pecando, e que você é homem e pode,
sim, ter ESFERA. É normal sair dessa ESFERA e ir encontrando o caminho da vida.
Mas aqueles que saem do jardim para o meio do jardim… vou usar duas para
entenderem: aquele que sai da ESFERA do certo e errado para a vida ainda pode cometer erros
e acertos? Com certeza. É normal? Sim. Mas o normal é que isso vai diminuindo.
Onde você está para isso ir diminuindo? Na comunhão. A comunhão é o meio do
jardim. Quando você está na comunhão com os irmãos, em outras palavras, quando está na
unidade uns aos outros, o que está acontecendo? Está se alimentando da vida, da árvore da
vida.
Na medida que vai se alimentando, o normal é que a ESFERA vá se distanciando de
você. Quando se livra, ou quando deixa a ESFERA? Quando amadureceu. É tudo muito
simples! Quando amadureceu, evoluiu, se tornou com seu irmão, com seu despenseiro, voltou a
encontrar com ele e ouve dele: hoje somos koinonia, somos comunhão, unidade. Quando isso
acontece é porque chegou na unidade e está pronto para comer da árvore da vida. Estão
entendendo a diferença? Uma coisa é alimentar da vida, outra coisa é comer da vida.
Se me perguntarem: “Nilson, alguém em nosso meio já comeu da árvore da vida?”
Ninguém! Nenhum de nós comeu da árvore da vida, estamos nos alimentando. E quando
comeremos da árvore da vida? Quando o Senhor arrebatar a sua igreja. Nesse dia, neste
arrebatamento, todos que são um, que chegaram nesta unidade, ao mesmo tempo, comerão da
árvore da vida, então iniciará outras questões na vida dessas pessoas, desses salvos.

F04 Myzia: só uma perguntinha: esses outros que não estão no jardim, que não nasceram no
meio dos santos, que foram recebendo dispensação, posso dizer na metáfora, que eles estão no
Éden? Quero usar a figura do Éden pelo Éden ser o prazer, e do Éden o Senhor nos levou para
o jardim e do jardim para o centro.
Podemos afirmar que eles estão no prazer no Éden, o qual é o prazer voltado para si, e é
necessário saírem desse Éden para entrarem para o jardim? Posso usar essa construção?
Nilson: Essa construção que você fala não está certa. Deixe-me ajuda-la; foi importante
perguntar, pois acredito que alguns irmãos, mesmo não tendo essa dúvida foi algo que me
preocupei, também. Talvez muitos não tenham compreendido isso, então vamos nos certificar, e
na sua pergunta, Mizynha, dá para nos certificar isso.
O que acontece é: a palavra Éden significa prazer. Mas que prazer é esse? Sabemos que
o jardim foi plantado no Éden. O que significa isso? Que o jardim é prazer. O Éden não existe,
não é um lugar. Metaforicamente o Éden só tem um significado: prazer! Moisés está dizendo
que o jardim existe, só que esse jardim foi plantado no Éden, ou seja, o jardim é prazeroso. O
significado é só esse.
Quem está no jardim? Todos os que ainda vivem para si. É como se o jardim fosse
aquele momento que você está anunciando para alguém, essa pessoa que vive para si, está
recebendo o anúncio, recebendo a dispensação.
Aquele momento que o homem está recebendo a dispensação, ou seja, o conhecimento
da salvação, o entendimento da salvação, isso seria o jardim. Quem está no jardim? Uma
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grande multidão com diferentes situações, mas todos eles precisam nascer do alto, nascer da
água e do espírito, depois disso saem do jardim para o meio do jardim.
Quem está no jardim? TODOS que estão no processo de nascimento! E quem está
no meio do jardim? TODOS que já nasceram e agora estão se alimentando da vida.
Myzinha, você pergunta: “E esses que creram, mas estão no pecado?” Eles estão fora do
jardim, no mundo, e quando saem do mundo para você, são introduzidos no jardim. Depois,
quando nascem da semente de Deus completamente, são introduzidos no meio do jardim para
poderem alcançar uma unidade perfeita, ou seja, para estarem prontos para comer da árvore da
vida. Entendeu?
Myzia: Entendi. Eu pensava que toda a criação de Deus estaria no Éden pelo fato de ter
sido criada por Deus, que o prazer seria algo natural, faz parte da vida, e ao receber o anúncio a
pessoa seria levada para o jardim e começaria todo esse crescimento que estamos falando.
Todos estariam no Éden porque precisariam conhecer esse Deus para entrar no jardim.
Nilson: Quando começa a ler Gênesis vê uma criação natural, as flores, estrelas,
árvores… Você vê Deus criando o mundo, mas quem foi colocado no jardim? O homem. Mas
não posso dizer na realidade, mas em uma a prática visível, é justamente quando alguém sai do
mundo colocado no jardim ele conhecerá a ESFERA. Antes estava no pecado, no mundo,
quando ele é trazido para o jardim conhece a ESFERA, e quando nasce de Deus ele sai do
jardim para o meio do jardim, o centro do jardim, para começar a se alimentar da vida.
Entendeu, Myzinha?
Myzia: Entendi.
Nilson: Gostaria que mais uma vez olhassem para a imagem:

Trouxe essa imagem novamente porque ainda vejo muitos irmãos com dificuldades com
essas coisas. Que coisas? Que estão na parte azul, não na parte amarela. Tudo que está na
parte azul, vejo irmãos tendo dificuldades com isso, e que não deveria, mas entendo.
Uma vez que os irmãos já conhecem a vida de Deus, entendem o que é o dom da vida,
entendem o que esse Messias fez; uma vez que vocês são entendidos nesses aspectos
importantíssimos nas nossas vidas, não tem mais como terem dificuldades nesses pontos,
nessas situações da parte azul.
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Por que colocamos amarelo e azul? O que está no amarelo é a nossa vida, somos nós.
Começamos no ERRO, fomos para ESFERA e agora conhecemos a VIDA. Por isso que
precisamos uns dos outros. Precisamos de COMUNHÃO e de RELACIONAMENTO. O que é
comunhão? Uns aos outros. E o que é relacionamento? Dispensação, Koinonia.
Estamos nessa parte amarela, mas é bem verdade que alguns já são VIDA. Quem é
VIDA? Todos os que chegaram na VIDA. Mais na frente explicarei isso melhor, agora não é o
momento porque os irmãos terão um choque quando entenderem isso. Um choque! E espero
que ao se chocarem possam se posicionar na verdade.
Existem irmãos que estão na VIDA e outros que estão se alimentando, chegando,
conhecendo a VIDA, e outros que estão na ESFERA, mas na igreja não existe ninguém no
ERRO. Ninguém! Não há nenhum salvo no ERRO. Por quê? Porque mesmo que ele erre isso
não é problema, porque ele é salvo, e o salvo não peca!

F05 E se pecar você já sabe, é só confessar. Mas o salvo não peca, porque ele é salvo, foi
salvo de si, e de certa forma também foi justificado.
Roberto: Aquela esfera que você falou, aquele território.
Nilson: Foi justificado das suas maldades, das trevas que vivia. Então essa parte
amarela sou eu e você e a parte azul é o mundo, a outra polis. A polis de Deus é o amarelo, e a
polis demoníaca maligna, judaica, é a parte azul.
Então, quando sai do amarelo para o azul, o que você está fazendo? Acorda seis da
manhã, toma o seu banho, depois o seu café, pega a condução e vai para o trabalho. Quando
chega no seu trabalho, acredite, você está na parte azul. Entendeu? Quando precisa ir ao
médico, ou para a faculdade, você sai da parte amarela, agora está na parte azul.
Você precisa entender isso na sua imaginação, porque, senão, não compreenderá
quando entrarmos nas questões do porvir. Você tem que entender isso, porque é toda a verdade
espiritual, a realidade espiritual, e ainda digo mais, esse é o mundo espiritual. Por isso que a sua
casa precisa estar na parte amarela. Você compreenderá muita coisa quando conhecermos o
mundo espiritual. Religiosamente eles quase acertaram, mas erraram feio e criaram muita
religiosidade em cima disso. É uma realidade, o mundo espiritual existe!
Se a sua casa é azul, isso é um problema, você não pode estar no azul. Como consentir
que sua casa seja azul? Filhos desobedientes, filhos praticando sexo consigo mesmo, com suas
próprias mãos, com suas próprias mentes, não em sujeição; pais, marido e esposa sem
unidade, que não têm comunhão, não tem relacionamento, porque marido e esposar não
relacionam. Vocês sabem, entendem isso. Qualquer dúvida pode perguntar.
Marido e mulher não relacionam, eles têm que ter comunhão, mas precisam sujeitar um
ao outro, amar um ao outro, incluir um ao outro, respeitar um ao outro, para que a sua casa não
seja azul, e você seja um salvo habitando numa esfera azul. Isso vai te ajudar quando entender
o mundo espiritual.
Foi o que estava acontecendo quando Jesus chegou, não havia mais essa parte amarela,
era todo azul, os salvos estavam vivendo em uma esfera azul. Quando Jesus brilha, mostra a
Sua luz, nesse momento as trevas recuam, e quando as trevas recuam volta novamente a
existência de uma polis, de um lugar. Não foi assim desde o início. Se tornam dois lugares,
chamamos de duas polis, uma está em confronto com a outra. Essas duas polis agora existem e
lutarão até o fim, elas se confrontarão sempre. O mundo espiritual é exatamente isso.
Entraremos em detalhes, e quando entrarmos os irmãos lembrarão disso.
Se não cuidar estará na zona azul, mesmo sendo um salvo, e todos que estão nessa
zona azul não podem ser salvos. Ele não pode ter a vida eterna, mas não pode participar da
vida eterna. O cuidado não é com a salvação, porque salva você já é, mas o cuidado agora é
não deixar que alguém tire a sua vida eterna, te impeça de entrar na vida eterna.
Às vezes esses fundamentos que estamos ganhando… por exemplo, as falsas
comunhões, recebimento de parentes, ou de não parentes que estiveram entre nós. Desafio
qualquer um de vocês a vir tomar um cafezinho aqui em casa se não creem nisso, ou têm
dificuldade de entender, mas podem ter certeza, e estou explicando isso porque não quero que
tenha dúvida, que quando você recebe alguém que esteve conosco compartilhando da nossa fé,
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mas que nos abandona, abandona a fé, o qual é o mesmo, e o recebe, João diz que você
participa das suas OBRAS MÁS, ou seja, não pode mais estar na zona amarela, não está na
polis. Fisicamente pode estar na polis, mas espiritualmente está participando da zona azul.
Vejam como foi importante essa parte azul e amarela, porque isso trará uma imagem de
entendimento na sua mente com mais facilidade. Lembrando aos irmãos que na zona azul não
tem como haver vida eterna. Por quê? Porque o Senhor não vai te SALVAR NOVAMENTE, não
vai me salvar novamente. Já sou salvo, agora o meu lugar é nessa zona amarela, ou seja, na
polis de Deus, porque é aqui que alcançarei plena unidade com meus irmãos, minha família, e
alcançando com eles, claro, também com Cristo.
Mas é bem verdade que saímos fisicamente do amarelo para o azul. O que significa isso?
Significa a luta espiritual, que também não é hoje que entenderemos. Você está totalmente
sem luta na zona amarela, mas quando sai da amarela para azul entra em batalha
espiritual.
Pensa que BATALHA ESPIRITUAL não existe? Existe, sim! Claro, não religiosamente
como as religiões horrorosas mostraram trazendo danos para as verdades de Cristo, mas são
batalhas espirituais, e nós temos que saber resolver tudo na VIDA.

F06 Por que é uma batalha? É uma Batalha porque é no âmbito da alma, não é uma batalha
física como a religião ensinou e ensina até hoje. Não existe batalha no aspecto físico, porque
toda a batalha espiritual é no âmbito da alma. É na vontade, emoção e mente. São nesses
três pontos, nessas três esferas da alma que acontece toda a batalha.
E ela é contra quem? Primeiro é contra satanás, contra o diabo. O primeiro
entendimento dessa batalha é que você não pode ser diabo. Os chamados evangelhos
falam que Jesus Cristo foi transportado do deserto para três lugares.
Chega o diabo e diz para Ele: “Se tu és o filho de Deus, pegue esta pedra e transforma
em pão.” Depois ele chega para Jesus e diz: “Se tu és de Deus, salta daqui, porque está escrito:
“Aos teus anjos darás ordens para não tropeçar em nenhuma pedra.” E por último, diz assim:
“Tudo isso te darei, se prostrares me adorares.”
Você percebe? São tentações na alma, no reino da alma. Primeiro é na VONTADE, a
qual é transformar pedras em pães, saltar para provar que não pode se ferir, que não há morte,
e que, na verdade, não é morte. O que o diabo queria mostrar para Jesus quando ele disse
“pula daqui?” Queria provar que Deus tem um plano, um propósito para Ele, que nasceu para
esse propósito, então nada pode acontecer com Ele, porque não chegou o Seu dia, o Seu
tempo.
Lembram que certa vez pegaram em pedras para apedreja-lo ? O escritor do livro fala:
“Jesus, escapou e nada lhe aconteceu, porque não era chegado o seu dia.” O que significa
isso? Irmãos, creiam, recebam esta palavra para vocês aprenderem a orar, irem desenvolvendo
sua vida de oração: todos sabem, o diabo sabe, que aquele que está em Deus, QUE ESTA NO
SEU MESSIAS, que recebeu o dom da vida, que a sua vida não é acaso…não pode! Tem plano
e propósito, a vida de um homem não pode terminar sem que o seu propósito tenha concluído,
entregue, devolvido para Deus.
Então, a tentação de Jesus foi nesse nível: “Prove que você tem plano, que é realmente o
autor do propósito; prove que esse propósito é divino, verdadeiro, que quer transmitir para os
homens, para os discípulos.”
E a outra tentação também é ao nível de alma, só que um é vontade, outro é emoção, e o
outro é na mente. Quando o diabo fala “se prostrado, me adorares”, o Antigo Testamento,
inclusive veremos hoje se der tempo, criou a sua forma de adoração, a sua maneira de
adoração, e o que o diabo estava querendo era a sujeição do Senhor.
Você pensa que o Novo Testamento também não tem metáforas? Tem muitas metáforas.
O escritor estava falando da luta de um homem, de um Deus que se tornou homem, e se
tornando homem não usou dos seus direitos, das suas prerrogativas de ser Deus. Mesmo
encarnando e se tornando homem, revestindo-se de carne, nervos, pele, cabelo, sangue,
células e tudo mais, Ele é Deus, mas um Deus que não usou da prerrogativa de ser Deus.
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O que acontece? O escritor está mostrando a luta de um homem que não cede, não se
ajoelha a si, não aceita ter dúvidas a respeito da salvação, do propósito, dos planos de Deus.
Todo homem que dúvida do propósito não pode ser um salvo.
O escrito está mostrando a luta de um homem contra as suas emoções, contra sua
mente, a luta de um Deus que não pode usar dos seus direitos de ser Deus. Ele precisa, como
homem, buscar suas convicções, confirmações.
Não sei quantos de vocês já tiveram a experiência de pelo menos um momento na sua
vida, de pensar assim: “Meu Deus, tudo isso é tão grande, mas será que é mesmo real?”
Quantos já passaram por isso? Eu sou um deles.
Quantos já disseram: “É uma realidade que parece tão distante.” João Batista passou por
isso, o próprio Jesus como homem teve que provar para si que não é Diabo. É a luta do Deus
com a Sua própria alma, sua própria vontade. Por isso em uma das suas cartas Paulo fala: “Por
que você não lutou? Não foi até o sangue?” Jesus combateu até o sangue, até a fadiga, depois
Ele disse para Sua alma: “Afasta de mim.” Essa é a luta do ego, é nossa luta contra o nosso
ego. Claro que um dia exporei isso melhor quando entramos nessas questões de Satanás e do
diabo.
F07 Você acha que isso pode ser simples. Simples? É a luta que muitos irmãos têm e não
estão vencendo, é a batalha que muitos têm e já estão dominados pelo seu ego. Quantos
irmãos que já são dominados pelo diabo, ou pelo seu próprio ego? Quantos?
Gilberto: Por isso que Paulo fala aos efésios “não deis lugar ao diabo”, ou a seu próprio
ego, a sua própria alma.
Nilson: Exatamente. Se Jesus tivesse dado lugar ao diabo, acabaria, teria perdido aquela
batalha contra Ele mesmo. Por quê? Porque nós já perdemos algumas batalhas, mas Ele não.
Tem coisas que fazemos, mas Ele não podia fazer; tem coisas que acontecem conosco, mas
com Ele não podia acontecer.
Irmãos, parem para pensar sobre isso! Aquele Deus encarnado não tinha o direito de ter
dúvida, mas você tem, e se duvidar, você é perdoado. Se tiver dificuldade com a sua vontade,
com a sua emoção, você é perdoado, mas Ele não podia. Se Ele transformasse aquela pedra
em pão, acabaria o plano, todo o propósito; se Ele tivesse desejado, ou provado para si que é
Deus, pare para pensar como isso é sério, porque a coisa mais difícil é essa luta consigo
mesmo. Imagine você provar para si?
Uma coisa é provar para você, outra é não poder provar para você. Quando estava nessa
situação eu consegui sair. Um dia compartilho com os irmãos como foi que eu sai, mas eu fiquei.
Ele não entrou, não ficou, não podia admitir dúvidas, nenhuma dificuldade, não poderia passar
por essas situações. A Sua alma não poderia ter essa mancha. Pensa como é difícil, por isso
quando terminou estava enfraquecido, porque lutou contra Ele mesmo, e essa é a luta que
muitos já estão perdendo, ou já perderam.
Quando você é dominado pelo seu orgulho, não consegue repartir com seu irmão, sua
dificuldade, confessar o seu coração, não consegue admitir o seu erro, tem vergonha, diz que
não quer ser exposto. Isso é um grande problema.
Luto muito com os meus filhos nessa situação. O Senhor lutou contra Ele mesmo, mas os
seus filhos? Quantas vezes você perguntou: “Meu filho, que história é essa?” Ele diz: “Papai, eu
me senti exposto.” Você responde: “Que bom, qual a sua dificuldade de ser exposto?”
Homem com homem já é difícil, imagina eu lutar contra mim, contra o meu ego, contra o
meu diabo? Não sei se isso te assusta quando digo meu diabo. Amados irmãos, a minha maior
tristeza é ver muitos em nosso meio já derrotados pelo diabo. Ainda podem se levantar, mas
será que conseguirão? Será que conseguirão oferecer essa luta?
Quando você sai da zona amarela para a zona azul, confrontará com tudo isso e muito
mais, e muito mais! Porque o diabo, na verdade, é o ego, mas existem os espíritos do mal. E
essa já é outra luta. Os espíritos do mal não te levam a errar, pecar, ou falhar, como o sistema
diz que é o diabo que faz isso. Mas os espíritos do mal existem e não querem te levar a dúvida
de nada sobre a fé, mas a coisa que eles querem e fazem, é entrar em você. Onde? Na sua
vontade, alma e emoção. É interferir, enfraquecer, até que um dia eles possam encontrar
morada. Mas isso veremos depois para não podermos confundir agora.
11

Então, quando você olha para a zona azul, se depara que ela quer invadir a amarela, e a
zona amarela quer repudiar a azul. Se essa zona amarela não tiver pessoas que retenha vida,
que estão na vida a ponto de serem vida, essa zona azul invadirá. Como ela faz isso? Usando
de todas as maneiras possíveis.
Você fala assim: “Nilson, são os espíritos malignos que fazem isso?” Não mesmo. E
quem é que faz isso? Como procede essa invasão? Observem que a zona azul está toda cheia,
tomada, povoada, por pessoas que são diabos, e outras não. São pessoas envolvidas no ego,
prontas para criticar, e se você tiver problema com críticas isso interferirá, se você não for firme
o suficiente essa zona azul entrará porque é homem com homem.

F08 Perceba que não estou falando que os espíritos malignos são uma batalha. Mas a batalha
são duas: uma é você contra você, e a outra é você contra outro homem, por isso que é você
contra o diabo. Talvez isso já comece a te mostrar o mundo espiritual que Paulo falou tanto.
A batalha espiritual é totalmente no âmbito da alma, é você contra você, e depois
você contra os homens; por isso que é contra o diabo.
As traduções não explicam isso, e as pessoas se tornaram místicas, pentecostais,
aquelas coisas horríveis, tristes de se ver; os cultos pentecostais das pessoas lutando com
satanás. E nem mesmo tem satanás para rir daquilo, porque se dele fosse verdade ele estaria
rindo. Mas não existe o diabo para rir, aquilo é meninice, tolice, pessoas desviadas do caminho,
coisas tristes, muito tristes. Mas a batalha sou eu contra mim mesmo; não posso ser diabo!
Vejam as palavras do Senhor, nosso Senhor, Ele disse: “Porque o falar do homem, seja
sim ou não, passou disso é do diabo”. Ele está falando de quem? Do homem salvo.
Roberto: É de procedência maligna.
Nilson: Tem versões que falam é do diabo, outras falam ser de procedência maligna.
Então, a pessoa que acredita nesse diabo achará que quando alguém mente está no diabo, ou
que foi uma artimanha do diabo. “Eu menti porque o diabo me tentou”. Essa pessoa não sabe
nem o que é tentação. Mas o que aconteceu é que Jesus está dizendo nesse “sim ou não, que
você tem de ser aquele homem, aquela mulher, com coragem de dizer sim ou não. Não existe
outra coisa a não ser sim e não, mas se passar disso é procedência do homem, procedência do
diabo, ou seja, é da procedência do ego.
Roberto: É a zona azul.
Nilson: É a zona azul. É de procedência maligna, ou da maldade, entende? Do homem
mal, maldade que está em nós, usando a maldade de maneira errada, usar o mal para o mal.
Mentir é usar o mal para o mal. Por quê? Porque quando me torno um mentiroso já sou mal, e
quando a mentira me domina já sou o diabo, porque a mentira quebra a minha unidade com
você.
Roberto: Por isso Paulo diz “não mintais uns aos outros, porque sois membros do Corpo
de Cristo”.
Nilson: Exatamente. Aquele que pratica a mentira já é diabo. Então, a zona azul quer
entrar na zona amarela. Mas se isso já aconteceu? Sim, já aconteceu, porém, é bem mais difícil
de entender, e é por causa disso que João tem a visão do filho da mulher. Tem gente que
entende isso totalmente errado, mas entenderemos mais na frente no capítulo 12 do livro de
Apocalipse.
As pessoas acham que haverá um tempo certo que o filho da mulher, que, na verdade, é
o filho da igreja, e que alguns falam ser Jesus; por isso, surgem várias teorias terríveis. Mas
será quando surgir a besta, depois vem aquele entendimento do diabo que caiu…Simplificando
para os irmãos, mas não aprofundaremos: o filho da mulher é sempre quando a mulher se
corrompe surge um filho. Quantos filhos já surgiram na história da igreja? Como é o nome
daquele que todos se corrompem e ele permanece?
Tati: Remanescente.
Nilson: Cada remanescente é um filho da mulher. Quando a igreja se corrompe, ela é
mulher, e o remanescente é filho da mulher. Isso já aconteceu muitas vezes. Por exemplo, a
igreja hoje é corrompida? Claro que não, mas se o Senhor não voltar logo terá que se
corromper. Entenda: Não é que ela corromperá, mas tem que se corromper!
12

Não pense que você está gerando a igreja do futuro, que está GERANDO A IGREJA para
seus filhos, porque seus filhos terão que gerar a igreja. Não pense que está gerando a igreja
para seus netos; seus netos terão que gerar a igreja, você está gerando a igreja para você! Não
é para seus filhos ou seus netos, mas está gerando a igreja para você, para ser ela, estar nela,
se envolver, se tornar esta igreja. Seus filhos terão que gerar, seus netos terão que gerar, e
pode ser que a mulher se corrompa, ou seja, se Jesus não voltar no tempo que Ele deva voltar,
a mulher vai se corromper.
Irmãos, ela tem que se corromper porque sempre terá que surgir o filho varão. O filho
varão sempre surgirá, porque sempre irá se corromper, e ninguém gera a igreja para ninguém,
mas cada um está gerando a igreja para si!
Voltando para imagem. O que você percebe? Que Paulo cuidou muito bem da igreja.
Irmãos, muita coisa já passou por transições, sofreu transformações, muitas coisas nas cartas
de Paulo foram transformadas pelo tempo, sofreram transformação contínua, e continuamente a
igreja tem que passar por transformação, é por isso que ela se corrompe. Entende?
A igreja se corrompe nas tradições, ou no ego, o ego sempre está presente, mas é nas
tradições, nas ambições… é impossível ela não se corromper. Por quê? Devido à
TRANSFORMAÇÃO CONTÍNUA.
Por exemplo, todas essas denominações presas em Paulo, presas na bíblia, que tem a
bíblia por santa, por palavra de Deus, já estão corrompidas, já é a mulher corrompida.

F09 Não pense que a corrupção é só na esfera negra, naquela esfera corrompida pela
ambição, pelo dinheiro, claro que tem esse tipo de corrupção, mas também tem aquelas
denominações honestas, que não vejo nenhuma mais, mas pelo menos no meu tempo de
criança e adolescente, tinha. Aquelas denominações honestas, sinceras, pastores sinceros que
participava da vida dos irmãos e se sentindo pastor, ele se revestia daquele engano mental e
apascentava todo mundo com muita seriedade. Sofriam, coitados, eram despedaçados pelos
homens, suas próprias ovelhas comiam as suas carnes, como eles também comiam a carne das
ovelhas.
O resultado é que não existe uma que não seja a mulher corrompida, a igreja corrompida.
E isso porque quando sofre transformação contínua pelo tempo, e por muitas outras coisas,
permanece naquilo que não deve permanecer, já é o início de uma futura corrupção. Demora?
Sim, demora.
Por exemplo, a igreja que hoje somos e vivemos tem esses dois pontos: você é igreja, e
você está na igreja; tem que cuidar de você como sendo igreja, como também cuidar da igreja
coletiva, por isso que todos somos responsáveis pela igreja. Sou responsável por mim mesmo,
como também pela unidade da igreja, assim como você também.
Então, essa igreja que estamos vivendo, se o Senhor não voltar nesta era, na próxima ela
já se corrompeu, porque as transformações acontecem rápido, e a única coisa que pode evitar
uma corrupção é a unidade dos irmãos, os irmãos serem pela unidade e desejarem ser.
Observem as palavras de Paulo para entender melhor. Ele fala que temos que defender a
nossa fé, e essa é a única coisa que defendemos. Você não vê Paulo sendo e defendendo outra
coisa, apenas a fé. Mas muitos pastores e padres entenderam que a defesa da fé é a fé deles e
não a fé de Deus. Até isso, porque a defesa não é da sua fé, mas é da fé de Deus.
A fé que Deus é, e não a que você tem, porque a que você tem sofre transformação
continua, mas a fé que Deus é, essa é absoluta. Esta fé, chamada Deus, é a que Paulo
defendeu, mas os pastores e teólogos defenderam suas doutrinas, seus ensinos, e o que
aconteceu? A mulher se corrompeu.
O mesmo acontece conosco se não entender e não separar Deus como fé e a fé que
você tem, porque a fé que você tem é transformada, sofre transformações, mas a fé que Deus é,
essa é absoluta, e para sempre. Quem sabe a igreja que estamos e vivemos não trará o Senhor
de volta, não é verdade?

Observemos mais uma vez a imagem:


13

Na zona azul temos: ANIVERSÁRIO, SÃO JOÃO, FORMATURAS, CASAMENTOS,


RÉVEILLON E SOCIALIZAÇÕES. Você fala assim: “Esses são nossos únicos problemas?”
Nunca! claro que não, essa é apenas uma amostra. É muita coisa, a diversidade é grande.
Uma coisa é um irmão ainda com diversidade… no final do fundamento voltarei a falar
disso, me programei para hoje, mas o tempo passa rápido e talvez não tenhamos tempo. E
outra coisa é o mundo como adversidade, como um adversário.
São muitas, mas por que separei essas? Separei para você entender que você é VIDA.
Querido irmão, irmã querida, você é VIDA! Essas situações, como tantas outras, não podem ser
um problema para mim ou para você. Lidemos com isso agora.
Por exemplo, o que somos? VIDA, ESFERA e ERRO. O que tem na igreja? VIDA,
ESFERA e ERRO. Erro? Erro não! O que tem na igreja são duas coisas: VIDA e ESFERA.
Coloquei o ERRO apenas para você entender as pessoas que vêm do pecado.
Na imagem vemos que a primeira seta aponta para ANIVERSÁRIO. O que você tem de
entender? Você tem que perguntar quando vier uma situação assim, um problema que você
acha que pode ameaçar a unidade coletiva, a unidade da igreja. O que você fará? Perguntará
assim: “Aniversário é vida ou esfera?” Porque tudo é esfera ou vida. Entendeu?
A primeira seta aponta para ANIVERSÁRIO, e você pergunta: “Aniversário é vida ou
esfera?” Você é VIDA? Se você é VIDA já entendeu, mas para aqueles que não entenderam, eu
explicarei.
Quando falo que aniversário é uma questão de VIDA, o que quero dizer com isso? O que
a bíblia fala sobre isso? O que Paulo quer falar a respeito disso? Que ANIVERSÁRIO agride a
VIDA, é uma questão de VIDA porque agride a VIDA, agride o Senhor, confronta o nosso Deus,
a nossa unidade, confronta a vida de Deus posta na igreja. A VIDA de Deus que outrora era
VIDA, depois passou a ser dom, e agora não é VIDA ou dom, mas é o próprio Deus. Deus está
nisso!
Aquilo que era vida apenas do Nilson, por exemplo, passou para o Beto, e do Beto
passou para outro e outro… E hoje por ser coletivo é unidade, e por ser unidade é Deus.
O mundo azul fala assim: “Que povo tolo, aniversário é uma coisa tão simples.” Mas os
que são da luz, e que neles não há treva, conheceram a VIDA, e são VIDA, dirão: “Tolo para
eles, mas para nós é unidade, vida, é Deus, que foi materializado porque alguém
desmaterializou. Para nós é Deus materializado, porque houve um culto racional entre dois, três,
quatro, entre muitos aconteceu um culto racional, e nesse culto racional Deus foi materializado.”

F10 Os que são da vida dizem assim: “Explica melhor por que é uma questão de vida e não
de esfera?” É uma questão de VIDA porque Deus estabelece o tempo, Deus é o tempo, e Ele
estabelece o dia. Deus sendo o tempo criou o dia, e se Ele é o tempo e criou o dia, Ele não
pode admitir que nada seja tido por esse tempo e nem por esse dia, porque este dia é a única
14

coisa que existe. Não existe o dia anterior nem o posterior. Isso é outra coisa que
entenderemos.
Em Deus não existe o dia anterior, nem posterior, porque este é o dia. Se você acredita
no dia posterior terá sérios conflitos em várias áreas e situações, por isso que tem gente
frustrada, irmãos frustrados, que teme e tem medo do futuro, vergonha do passado, do que fez.
Pessoas que dizem: “Eu não me perdoei.” Não é verdade, porque você não é tão bonzinho para
não se perdoar. Não é mesmo! Mas porque você é religioso, acredita no ontem e no de amanhã.
Você vai ter necessidades e Deus não poderá supri-las, porque você acredita no dia
anterior e posterior, será uma pessoa triste, não terá paz, não terá aquele Deus que só pertence
aquele dia, aquele dia ele criou para você, e nesse dia Ele está com você, porque amanhã não
estará, pois não existe amanhã.
Você entende a gravidade? Pessoas que não entendem o que estão fazendo e dizem:
“Este dia é o dia da minha mãe, vou, sim, comemorar e ninguém vai me impedir. É o dia que
minha mãe nasceu.” Mentira, é engano! E não é um ledo engano, é engano maldoso, porque
está tomando o dia do Senhor, enfraquecendo a fé de muitos, derrotando as pessoas, não
deixando-as conhecerem um Deus poderoso, um Deus que está conosco 24 horas por dia.
Nisso está o problema: “Orei e não aconteceu, não me senti protegido, socorrido. Deus
diz que cuida da sua igreja, por que isso aconteceu?” Vamos perguntar, entender se essa igreja
está realmente no propósito do Senhor. Uma igreja que acredita no futuro e no passado, que
não entende, e por não entender não faz Deus se estabelecer nas Suas promessas, naquilo que
Ele fala. Essa questão de dia entra em muitos aspectos.
Não existe dia que o Senhor partiu o pão, dia que o Senhor ressuscitou, morreu na cruz.
“Nós partimos o pão no domingo porque é o dia do Senhor.” Esses sete dias é totalmente da
esfera humana, são da zona azul, porque no amarelo só existe o dia chamado hoje.
Deixe-me fazer uma prova com vocês. Vocês que estão reunidos agora comigo e com o
Beto, então comece a pensar seriamente sobre isso, e quando for orar, diga: “Senhor, este é o
dia que se chama hoje. Não creio no ontem, nem no amanhã; hoje vivo para ti e tu vives para
mim; hoje estou em ti e tu estás em mim; hoje viverei porque o Senhor quer que eu viva; hoje
existo, sou alegre, suprido.”
Determinem isso na sua vida, viva na dimensão do hoje, que verá quantas coisas
mudam na nossa formação mental, emocional, em todos os aspectos da emoção. Você
perceberá que doenças desaparecerão, preocupações desaparecerão, conflitos
desaparecerão. Isso é mexer no mundo espiritual, é se isentar de tudo que está fora
dessa zona amarela. Um dia poderemos conversar mais sobre isso, mas hoje não é esse dia.
Percebeu que ANIVERSÁRIO é questão de VIDA? E o SÃO JOÃO, é uma questão de
VIDA? Não, porque essa é uma questão de ESFERA, de certo e errado.
Vem a pergunta: “Mas eu posso ir?” Você quem sabe, porque é uma questão de
ESFERA, porem da zona azul. Entendeu? Por que não é da zona amarela? Porque na amarela
não tem essas coisas, tudo é VIDA, é para aqueles que amam, são apaixonados pela VIDA.
Mas é claro que aqueles que não são apaixonados pela VIDA, que não amam a VIDA, vão
querer a zona azul.
Se não é um nascimento genuíno, se não creu realmente nesse Deus através do seu
irmão, é claro que o azul terá sabor. ESFERA! O problema é você condenar seu irmão.
Irmãos, estou tão alegre com uma mensagem que recebi, algo que fiquei sabendo, vejo a
maturidade chegando. Uma irmã chegou para outra e disse: “Percebi que você não faz isso; por
que não faz? É por causa da unidade, de tudo que temos ouvido da unidade?” A outra irmã
respondeu: “É por causa da unidade, sim.” A outra irmã disse: “Mas eu ainda preciso fazer.” E
ela disse: “E qual o problema? Se você precisa fazer, então faça!”
Que coisa linda, que coisa grande! “Você não acabou de dizer que precisa fazer, então
faça, só não deixe de alimentar da vida.” Irmãos, que coisa maravilhosa! “Só não deixe de
alimentar da vida, mas se você disse que precisa fazer, então faça!” Isso é maturidade, alguém
que está evoluindo.
15

Contei isso para alguns irmãos que estavam aqui em casa, e um deles falou: “Nilson, não
estou entendendo, se fosse eu, por que não poderia dizer assim: “Mas é só você largar, deixar
de fazer, preferir a unidade.”

F11 Eu falei: se fizesse isso estaria ferindo a consciência da vida e direcionando, sendo líder,
pastor, posicional. Então o irmão falou: “Mas por que não pode fazer?” Irmãos, vejam como é
simples. Você não pode fazer isso, a irmã é bem-aventurada e não fez, e você tem que ser bem-
aventurado, e não fazer. Por que não pode? Porque a irmã disse: “Eu preciso continuar
praticando e fazendo isto.” Ela já disse! Então, você não tem que fazer mais nada a não ser
inclui-la, ama-la em uns aos outros. Não pode fazer mais nada, ela não pediu seu conselho,
porque já disse que precisa continuar fazendo.
Contudo, se ela tivesse aproximado e dito: “Como você vê? Continuo fazendo, mas o que
acha? Qual a sua opinião sobre isso? Acha que preciso continuar fazendo?” Então, agora você
entra como CONSELHEIRO; o uns aos outros nos conselhos.
Percebe como é lindo a igreja, irmãos? E a igreja precisa de maturidade. Por quê?
Porque SÃO JOÃO não é uma questão de VIDA, é uma questão de ESFERA, e se é ESFERA,
aquele que está no SÃO JOÃO não está pecando, exceto se ele já é VIDA e está descendo.
Estão vendo como foi importante o início dessa comunhão!
Roberto: Decadência, não é verdade?
Nilson: É decadência. Se ele é VIDA e desce, isso é problema, mas se está na ESFERA
e participa do SÃO JOÃO, isso é ele, e será você que pecará se tocar na consciência dele.
A FORMATURA é uma questão de VIDA? Vai contra a VIDA? Contra o nosso Deus? Em
quê? Onde? Por quê? A FORMATURA é uma questão de certo e errado.
CASAMENTO é uma questão de VIDA ou de certo e errado? O problema é que existe o
casamento e a festa do casamento. Interessante que já ouvi irmãos dizendo: “Eu fui a festa do
casamento, mas não fui no casamento.” O que você entende disso? Entende que ele não foi
naquele momento que o líder cristão, com ousadia, naquilo que ele não tem direito de fazer,
casa duas pessoas. Se naquele momento que eles estão casando participo, também estou
casando aqueles dois, e quando estou testemunhando estou casando aqueles dois. E se caso
os dois estou indo contra Deus, porque o casamento não pertence ao mundo, não é da zona
azul, só existe casamento na zona amarela.
“Mas eu vou na festa do casamento.” A festa do casamento é a celebração do
casamento, e se você celebra também participa. Então, CASAMENTO não é esfera de certo e
errado, mas é uma questão de VIDA.
Nelinha: Achei que formatura era vida e não de esfera, porque é o homem no centro
assim como o aniversário. Qual a diferença de aniversário para uma formatura?
Nilson: A diferença é que este é o Dia da Mãe, é o Dia do Pai, é o dia daquela criança do
ANIVERSÁRIO, mas FORMATURA não é o dia de ninguém, são trinta ou quarenta pessoas
comemorando um período de aprendizagem. Então, FORMATURA não identifica o dia de
ninguém, porque é um grupo de pessoas recebendo um prêmio pelo tempo estudado, não é
uma questão de dia. Entendeu a diferença?
Nelinha: Entendi. Não é instituído dia de ninguém; por isso, é uma questão de certo e
errado, porque se você quer ir numa formatura, então vá. Nesse exemplo que deu da irmã que
agiu assim caberia todos os aspectos, mas esse também seria algo idêntico.
Roberto: É como o São João.
Nilson: A formatura não está na zona amarela, na polis de Cristo, mas aquele que está
no certo e errado… na polis de Cristo não tem a esfera do certo e errado? Então aquele que
está na esfera e comemorará a formatura não podemos interferir. Os que estão na VIDA, é claro
que não se interessam por isso, mas aquele que está na esfera do certo e errado se interessa.
Nós que estamos na VIDA, que somos VIDA, não podemos interferir se aquele que está na
esfera do certo e errado quer comemorar.
Tenho a Nelinha por alguém que é VIDA e está na VIDA, é uma irmã que já está na VIDA
e é a VIDA da igreja. Então, se um dia ela for participar de uma formatura, é claro que iria a ela,
não para condená-la, mas para confirmar a sua medida . Eu diria: “Nelinha, pensei que não se
16

importasse mais com essas coisas exteriores.” Contudo, se ela disser: “Nilson, ainda me
importo, quero muito isso.” Então eu diria que ela fosse.
Para aquele que está na esfera do certo e errado, nem isso posso fazer, porque posso
constrangê-lo. Tenho que deixar a vida transformá-lo e não eu, ou minhas palavras e atitudes.
Nelinha: Nisso que está falando também cabe uma coisa que você falou em uma
reunião, quando disse: “contudo, não precisa acompanhá-la.”
Nilson: Não precisa.
Nelinha: É isso, porque às vezes surge assim: “Você é livre, se quiser vou com junto.”
Não preciso disso, não é, amor?
Nilson: Não precisa, entretanto se encontrar um motivo e entenda que tem que
acompanhar, você tem que ir.
Nelinha: É verdade, senão, seria uma maneira.
Nilson: Seria uma maneira. Nelinha: Se você é vida.
Nilson: Seria método. Se surgir uma situação espiritual que você fala: “Tenho que ir com
ele.” Se não obedecer a sua consciência, você vive de método, e não da vida. Perfeito, muito
bom!
O RÉVEILLON é esfera do certo e do errado, mas já a SOCIALIZAÇÃO é muita coisa.
Tem aqueles momentos que o mundão está interferindo na criação dos filhos… Os meus já
estão criados, já são rapazes, mas vocês que têm filhinhos na escola, cuidado com isso.
Cuidado com a SOCIALIZAÇÃO.
Agora a SOCIALIZAÇÃO está tomando o espaço do aprendizado da aula, porque é
necessário socializar a criança. Digo para os irmãos: Vejam a transformação continua, porque
muitos dirão: “É uma questão de vida? Ou uma esfera de certo e errado?”
Resposta: é claro que é de VIDA. Por que ? Porque seus filhos não podem socializar com
as pessoas do mundo, com a zona azul; seus filhos precisam socializar com as crianças dos
irmãos, da zona amarela, da polis de Cristo. Não sei como você fará, porque as dificuldades vão
aparecendo, e serão muitas, e pela fé você tem que resolver essas coisas que aparecerão.
Então, o que percebemos? Percebemos ser uma questão de maturidade, de esfera, de
VIDA, mas na igreja tem aqueles que estão amadurecendo, evoluindo, e chegando na unidade
do corpo de Cristo, no aperfeiçoamento da unidade. Na unidade todos chegaram, mas precisam
chegar ao APERFEIÇOAMENTO DO CORPO de Cristo.

SEGUNDA PARTE

F12 Prosseguindo. Paulo chamou VIDA de quê? LEI DE CRISTO. O nome que o apóstolo
Paulo deu para a palavra VIDA foi LEI DE CRISTO. VIDA é LEI, por isso que alguns irmãos
estão ainda com dificuldades, e outros estavam. Houve aqueles que nos deixaram. Dois ou três
nos deixaram por achar que VIDA é libertinagem, mas VIDA não é libertinagem, VIDA é LEI DE
CRISTO.
Em um determinado capítulo Paulo chama VIDA de LEI DE CRISTO, em outro capítulo
ele chama VIDA de LEI DO ESPÍRITO DA VIDA. Então a VIDA é LEI. “Mas Nilson, onde está a
liberdade? Você falou que na igreja há liberdade, então quero saber onde ela está?” Já disse e
repetirei: A LIBERDADE É PARA FRACOS!
Roberto: Para crianças que brincam no jardim.
Nilson: Para crianças. A liberdade é para aqueles que estão no jardim, que estão na
esfera do certo e errado. Esses têm toda a liberdade. A liberdade é para crianças, porque a
liberdade não é o verdadeiro, o real. A liberdade é o prazer, o Éden, então tenha o seu prazer.
Creu? Que bom que você creu, e ninguém vai te tirar do seu prazer, do seu jardim; é você que
tem de sair antes que as ÁGUAS DOS RIOS venham regar o jardim e seja levado pela
enxurrada!
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Roberto: É mesmo.
Nilson: Liberdade é para fracos, iniciantes da fé, por isso que na igreja há liberdade, mas
para mim não tem mais. Sou prisioneiro de Cristo! Sou escravo de Cristo, escravo dos meus
irmãos, prisioneiro da fé, prisioneiro da VIDA. É isso que sou.
Roberto: Quando você ouve essa palavra, escravo não pensa em criança. Ninguém pode
fazer o outro escravo, mas eu me faço escravo. Um pai de família não se dá o luxo de ficar em
casa sem trabalhar porque ele é escravo dos filhos, da esposa, tem que trabalhar para trazer o
sustento, ele não é livre, é escravo do trabalho.
O mesmo somos nós, escravos de Cristo, e Paulo completa: “Por amor de vós.” É coisa
de adulto. Em outras palavras, a liberdade não existe.
Nilson: Ela existe.
Roberto: Sim, ela existe. Por exemplo, quando Jesus disse “Pai, seja feita a tua
vontade,” o nome disso é liberdade.
Nilson: O fraco quando depara com a VIDA não consegue obedecer. Você vai obrigá-lo a
obedecer? A sujeitar? Não, ele tem liberdade porque na igreja há liberdade. Ele tem liberdade
em relação à VIDA, porque ele está na esfera do certo e errado. Mas o Nilson, um homem velho
desse?
Roberto: O Nilson já colocou a vontade dele na de Deus, ou seja, na dos irmãos, do
corpo, da unidade. Quando coloco a minha vontade na sua vontade, eu sou livre. O nome disso
é casamento, fomos chamados para casar com Deus. Quando você casa com Deus?
Nilson: Quando perde a sua liberdade.
Roberto: Pronto! Quando perde sua liberdade, e quando isso acontece você é livre! O
mundo não entende essa conversa de maluco, porque dirá: “Espera, estamos falando de
liberdade e vocês estão dizendo que quando acaba a liberdade é que são livres?” Exatamente!
Quando acaba a liberdade você passa a viver a liberdade.
Fernandinho: A lei da liberdade.
Nilson: Isso mesmo. Nós, escravos de Cristo, não temos dificuldade de sermos escravos,
aquele que é da vida não tem dificuldade com os grilhões, porque os grilhões são de Cristo.
Temos dificuldade com os grilhões do mundo, mas não temos dificuldade com os grilhões
de Cristo, porque de fato somos escravos de Cristo como Paulo foi, e como todos os que casam
com Cristo são escravos de Cristo, assim como Cristo também é nosso. Só que eu não ousaria
nunca falar que Ele o meu escravo, mas Ele serve a Sua igreja.
Roberto: É sim.
Nilson: Ele é servo da Sua própria igreja.
Roberto: Ele é o primeiro escravo da orelha furada, foi o primeiro a furar sua própria
orelha.
Nilson: Pois é!
Gláucia: Vou apenas confirmar as palavras do Beto. Nilson, quando você trouxe sobre a
liberdade achei muito grande, porque entendi que a liberdade é o meu irmão, mas agora você
mostra que a liberdade é para os fracos. Eu achava que a liberdade era para os fortes, porém
agora entendo que todo escravo é livre.
Hoje me vejo tão livre, porque a minha liberdade é o meu irmão. Tenho o padrão de
liberdade para mim. Vejo a igreja a coisa mais suave, gostosa e livre que possa existir, é você
se tornar escravo, mas de orelha dura, onde quero pertencer, ser o meu irmão.
Roberto: É isso mesmo.
Nilson: Glaucinha, você lembra que Paulo queria fugir dos grilhões? Tem grupos que
interpretam isso tão errado. Paulo disse: “Senhor, estou com um problema sério.” O Senhor
falou para ele: “A minha graça te basta, a minha graça te é suficiente”. Paulo falou assim: “Então
é na fraqueza que eu sou forte”

F13 Roberto: Estávamos compartilhando essa semana, e disse para o Nilson que tem gente
que tem espinho na carne, e tem outros que coloca a carne no espinho. O espinho na carne
produz um sofrimento, algo que evoca a liberdade pela graça ser liberdade, que é suficiente,
mas, ao mesmo tempo, aquele que coloca a carne no espinho não é da liberdade, quer os
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grilhões, a prisão, ele ainda não compreendeu qual é o tipo de sofrimento que a liberdade
causa.
Nilson: Verdade.
Roberto: A zona azul causa muito sofrimento também, porque é justamente evocando
essa suposta liberdade, ou a liberdade ainda não alcançada, digamos assim por ser somente
quando somos escravos é que somos livres. A visão é essa.
Enquanto não se torna escravo ele quer liberdade, está colocando a carne no espinho,
não é o espinho na carne. Porque quando ele faz isso, a própria festa, réveillon, formatura,
aniversário, é a luta do diabo, do Beto lutando com seu próprio diabo, do homem lutando com
seu próprio diabo para não ser livre.
“Mas eu pensei que seríamos livres quando esse fundamento viesse, pensei que iríamos
viver com liberdade todas as coisas na zona Azul”. Não é isso?
Nilson: É, sim.
Roberto: Mas não somos da zona azul, somos da zona amarela, e na zona amarela tem
vida e esfera. Não cerceamos o direito de quem está na esfera, mas aqueles que estão na vida
que decaem, conversaremos com eles com amor.
“Eu não estou te entendendo, sei que estou na vida, mas eu quero isso.” Ninguém
impedirá se ele quer fazer, porém os escravos de Cristo se manterão se alimentando da árvore
da vida esperando que outros comam desse mesmo fruto.
Nelinha: Primeiro queria falar que achei muito maravilhoso a prática da segunda lei
espiritual, o fundamento nos permite perpassar algo que ganhamos há tanto tempo, e hoje você
nos ensinou uma prática importante e maravilhosa que precisamos. E é uma lei espiritual hoje
mesmo. Não é verdade?
Roberto: É hoje mesmo!
Nelinha: Há bastante tempo lembro termos uma figura, uma imagem que era um barco
que estava no mar, mas a água não pode estar no barco.
Quando estava falando disso lembrei dessa imagem, se eu não me engano, aquele
fundamento era o sacrifício, ou naturalismo, acredito que foi o sacrifício.
Achei interessante nessa imagem que estamos vendo, por que pensei assim: qual é a
chance de o azul estar no amarelo? É realmente só se for em aspectos que é vida, que a igreja
sacrificou, e então lembrei de romanos 12, quando Paulo fala “rogo-vos”. E para entendermos,
falou: “Irmãos, vocês sabem o que é rogo-vos? “Significa eu imploro.” Paulo estava implorando
para os irmãos sacrificarem.
Por que Paulo falou “rogo-vos”? Por que ele falou “eu imploro que sacrifiquem”? Uma vez
que pela esfera nos conduzimos a vida, por que ele falou isso? Tudo fez sentido, mas depois
quando vi Paulo falando “eu imploro”, eu falei: se a gente não faz, por que Paulo fez? É porque
Nilson faz? Era porque era o dom, ou a igreja, estava precisando realmente voltar para o
sacrifício? Fiquei com essa dúvida, porque Paulo chamou os irmãos ao sacrifício, para
apresentar os corpos em sacrifício.
Nilson: Muito bom. Interessante que no capítulo 12 ou 13 teremos que voltar neles e
entendermos de fato o sacrifício. Veja que até agora não entrou o sacrifício, mas ele voltará.
Estamos entendendo de maneira perfeita a graça e a lei, e também o dom da vida, e com
isso conhecemos bastante a respeito da esfera e da vida, e daqui a alguns meses voltaremos e
entenderemos o sacrifício.
Vilani: A zona amarela é definida, é vida e esfera, e se é certo ou errado não importa, é
definido, mas a zona azul é indefinida. Aqueles que são definidos estão na zona amarela.
Nilson: É sim!
Vilani: Ele não se ocupa com a zona azul, é o escravo de orelha furada, mas aquele que
busca liberdade, está sempre buscando a liberdade, contudo com o escravo de olheira furada
não é assim, ele é definido.
Roberto: Com certeza!
Nilson: Aleluia! Irmãos, por que o DOM da VIDA? Agora sabemos que o DOM da VIDA
constrói a unidade. Por isso que é uma questão de VIDA, de esfera, mas quando fala que é
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uma questão de VIDA, se tem uma VIDA construída, como que você se atreve a ir contra essa
construção? É muito sério!
Irmãos, para irmos de contra uma construção não é da maneira que alguns fazem, isso
pode até acontecer, mas é necessário que todo Corpo de Cristo esteja envolvido, porque na
hora que o Corpo de Cristo entender que aquilo já não é mais Deus desmaterializado, ou uma
questão de VIDA, a partir daquele momento estamos livres daquela questão, aquilo não é mais
uma questão que nos cabe sujeição ou obediência.
Esses dias conversei com o Beto, e falei assim: “Beto, o que acha de acabarmos com
esse negócio de Coca-Cola”? Não por nada, mas somente por uma coisa, por um aspecto,
porque um dia isso pode ser tão frágil e lá na frente, quem sabe na nossa morte, quem sabe na
morte de alguns irmãos fiéis na unidade, isso que é tão frágil, ser motivo de discórdia para que a
mulher se corrompa.
A nossa comunhão concluiu de que maneira? Por mais frágil que seja, não tem como,
porque quando acusamos a Coca-Cola estamos acusando, também, irmãos que não estão
cuidando do seu corpo; estamos acusando práticas de irmãos que não preocupam como seu
corpo, com sua vida em relação ao Corpo de Cristo. Por quê? Porque é sabido e confirmado
que é um líquido, uma bebida, que não tem o mínimo teor de algo saudável.

F14 Inclusive, alguns irmãos vieram me perguntar: “Nilson, então podemos tomar aquele
H2OH?” O outro chegou e disse: “Podemos tomar Schweppes?” Participei, sim, não tenho
dificuldade em participar, mas a resposta é: existem coisas que vocês comem, que nos
alimentamos, mas que fazem mal para saúde, contudo tem algum teor de mineral, de vitamina,
e não interferimos nisso nem vamos interferir. Então por que vamos interferir em Schweppes e
H2OH? Por que que a igreja vai interferir nisso?
Ora, é bem verdade que esses líquidos têm alguma vitamina, tem vitamina C, uma
porcentagem pouca, mas tem, então a decisão é sua. Cada um precisa tomar cuidado com o
que você coloca para dentro do seu organismo.
Não entrando nessas questões, mas o que eu quero confirmar com os irmãos é que o
DOM da VIDA é para construir a unidade, construir a vida sólida da igreja. Se não tivéssemos o
DOM da VIDA, já seríamos piores que o sistema denominacional, e eu acredito que o sistema
denominacional nem existiria. O DOM da VIDA existe para gerar a unidade, segurança, o
lugar seguro, a eternidade, a nossa eternidade, não conheceríamos a vida eterna se não
fosse o DOM da VIDA. Vejam a importância do DOM da vida.
Uma vez que sabemos que esfera é humana, possível, é temporária, não é definitivo,
também o erro. O erro acontece quando nos desviamos do que já entendemos que é VIDA, pois
quando você desvia daquilo que é VIDA, é erro, e hoje isso para nós não é um grande
problema.
Irmãos, gostaria de aproveitar o tempo que temos e queria que entendêssemos uma
pergunta que farei para os irmãos. Hoje vocês já conhecem tudo que penso a respeito desses
aspectos, mas a pergunta que faço é: existe sistema na igreja? E se existe sistema na igreja,
qual é o sistema que há entre nós? Ou então havia sistema entre nós?
Sabemos que o sistema começa no homem, não tem como o sistema existir se ele não
iniciar no homem. O homem é um sistema que gera sistemas, então a outra pergunta é: existe
sistema entre nós? Você tem certeza absoluta de que na igreja não há sistema? E será se
tem irmãos que são o sistema?
Então, vou entrar e um ponto com os irmãos dentro de um aspecto importantíssimo, e
depois desse aspecto que entraremos ouviremos os irmãos e responderemos se for necessário.
Daremos a resposta ou ouviremos de vocês se há sistema entre nós, se havia sistema, ou se o
homem é sistema.
Há sistemas entre nós? Que sistema é esse? De antemão, digo que existe entre nós um
sistema, e agora trataremos de arrancá-lo de uma vez por todas; mas antes de arrancá-lo e de
denunciá-lo, de mostrar para os irmãos esse sistema, queria que pensássemos numa coisa.
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Os irmãos têm muita dificuldade de definir a reunião da igreja. Com isso, não estou
dizendo que a reunião da igreja é sistema e nem estou dizendo que não é, não disse nada e não
vou afirmar nada, quero com os irmãos ver a igreja totalmente sendo VIDA e VIDA de Deus.
Mas queria que pensássemos a respeito da reunião, definiremos a reunião. Infelizmente,
muitos irmãos não participaram não sei por quê, isso entristece porque depois os irmãos vêm
com desculpas. Perdoe-me falar assim, mas é verdade. “Eu iria responder, pensava que tinha
mais tempo”. Eu acho que isso são desculpas, porque se uma tarefa de casa foi passada, você
tem que ser mais obediente do que as crianças da escola, porque se trata da igreja de Deus. As
criancinhas no outro dia levam as tarefinhas prontas, mas os irmãos não fazem as tarefas de
casa. A nossa escola está deficiente, mas fica na consciência de cada um. Contudo, os irmãos
que participaram ajudaram muito e terão a sua resposta a partir de agora.

Gostaria que os irmãos abrissem sua bíblia em Gênesis capítulo 12. Leremos dois
versículos.

Gênesis 12:1-2
Ora, disse o SENHOR a Abraão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu
pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te
engrandecerei o nome. Sê tu uma benção!

“Se você obedecer, se fores, se obedecer nesses três aspectos, far-te-ei uma
grande nação.” Essa nação amarela que você viu hoje é por causa disso, porque um dia um
homem obedeceu, se esse homem não tivesse obedecido essa nação amarela não existiria.
Essa parte amarela é uma grande nação.
“Sai da tua terra, da tua parentela, sai da casa do teu pai, que você terá três coisas:
far-te-ei uma grande nação, abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome. E o resultado
disso é que tu serás uma benção.”
Vamos nos estabelecer nessas letras, ver as percepções que existem por trás dessas
letras pretas no papel branco. Qual foi a promessa do Senhor a Abraão nessas letras pretas?
Farei de ti uma grande nação. Significa que começarei em ti, e de ti farei uma grande nação.
Essa é a promessa, não é outra. Abraão seria, a partir dele, uma grande nação.

F15 Vamos entender o que significa “de ti farei uma grande nação.” O significado disso é que
no final de tudo, de ti eu farei um povo para reunir, um povo que reúne. Preste atenção nisso:
“de ti farei uma grande nação”, se é nação, ela reúne. Não estou falando que tem de reunir, ela
está reunida. É nesse sentido.
O Brasil é uma nação? Claro que sim, mas é uma nação de Deus? Claro que não. Por
quê? Porque o Brasil não reúne! Qualquer nação é da zona azul, porque a zona azul não reúne,
mas todos que são da zona amarela reúnem. Deus está dizendo isso pra Abraão: “de ti farei
uma nação, porque a minha nação reúne!”
Eu faço doutrina disso e quero que vocês analisem para que não seja doutrina, mas a
palavra de Deus nas nossas vidas para nos definir.
Roberto: Amém.
Nilson: “De ti fazer uma grande nação” é um povo para reunir. Segundo, é uma
promessa natural que geraria um povo natural, uma nação humana e natural.
Aqui vai um princípio: o natural nunca se encontra com o espiritual, e o espiritual
nunca se encontra com o natural. O princípio verdadeiro é esse, porque o que rege esse
princípio é que o natural precisa deixar de ser natural para ser espiritual, então ele nunca
encontrará com o espiritual, e o espiritual por ser espiritual, jamais será natural.
Uma coisa é dizer que tenho naturalismo, e acredito que o meu naturalismo depende do
seu para que deixemos o natural para sermos espirituais, mas em muitas coisas já não sou
natural, como em muitas situações e coisas você também não é natural.
Então, a partir dessa premissa, dissecaremos outras coisas. Que premissa? De que o
natural não se encontra com o espiritual, assim como as águas do rio se encontram com as
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águas dos mares. Não! Então, como é isso? É uma promessa natural? Não. Geraria um povo
natural? Não. Geraria uma nação humana e natural? Não. É o contrário, é uma promessa
espiritual, geraria um povo espiritual, uma nação espiritual, e quando essa nação estivesse
pronta, iria reunir, porque Deus fez tudo isso para que essa nação, estando pronta, pudesse
reunir.
“Nilson, onde que você se baseia para dizer que não pode ser apenas as suas palavras,
para você basear e afirmar que o natural não se encontra com o espiritual e que Deus, desde o
início, planejou de fato uma nação espiritual, e não natural?” Quando falo nação natural, estou
falando como o Brasil.
Por exemplo, Israel é uma nação como qualquer outra, é uma nação natural, e Deus não
permaneceu nessa nação natural, Deus procurou outra nação que pudesse ser uma nação
espiritual. A resposta está nas três coisas: sai da tua terra, sai da tua parentela, sai da casa
do teu pai.
Os irmãos poderiam perguntar: “O que é sair da terra?” Naturalmente, dentro do tipo, na
letra como tipo, sair da terra é sair de Ur dos Caldeus, mais propriamente de Harã, e partir para
uma terra onde Deus ainda mostraria que terra seria. Tipologicamente é isso. Contudo, uma vez
que se trata de questões espirituais, então espiritualmente falando, sair da terra é muito mais
que isso.
Por isso que são tão interessantes os escritos de Moisés, porque se ele tivesse mostrado
ou se o próprio Deus já tivesse uma terra que pudesse indicar, ainda que eles encontrassem
essa terra, como encontraram, mas se Deus já tivesse essa terra pronta ou se Moises tivesse
mostrado essa terra, não haveria esse aspecto espiritual. Daqui a pouco entenderemos o que é
sair da terra.
Em troca da terra, da parentela e da casa do pai, Deus determina e troca isso, mas
primeiramente Deus quer transformar a vida de um homem, Deus precisa transformar a vida de
homem para, a partir deste homem, Ele ter a sua nação. “De ti farei uma grande nação”. Deus
não teria sua nação se não tivesse sempre os homens, as pessoas.
Mas a pergunta que não quer calar é: por que não mudar a vida de Abraão em Harã? Por
que Deus não podia transformar a vida de Abraão em Harã junto com a sua família? Por que?
Entenderemos dois fatores.

Primeiro:
Porque sair da terra, da parentela e da casa do pai, esses fatores são importantes na vida
de qualquer um, não é na vida apenas de Abraão, e para deixá-los, somente se você substituir a
fé. Pare agora para atentar no que vou falar, isso abrirá caminhos para todos nós.

F16 Se a fé não for substituída, você é HÍBRIDO! O que quero dizer, e Moisés também está
querendo dizer, é que todo homem tem fé. Ninguém fica sem fé. Uns têm fé na ciência, outros
no próprio Deus, e esses somos nós, e outros têm fé naquilo que exercitam, porque o ser
humano foi criado para isso, ele tem que ter um alvo de fé. Qualquer ser humano.
Você diz: “Nilson, e o cético? E o ateu?” Ele tem fé nas coisas que faz, tem fé na ciência.
Todo homem tem fé. Então, se Abraão não saísse da terra dos parentes, e principalmente da
casa do pai, ele não entenderia e não substituiria essa fé para a fé de Deus. A fé tem que ser
substituída. Pare e pense para você entender melhor.
É impossível uma família unida sem fé. O filho tem que crer no pai e o pai tem que crer no
filho, o irmão tem que crer no irmão, o marido precisa crer na esposa e a esposa tem que crer
no marido. Esse crer, essa aceitação, esse convívio, gera fé.
Então, você entende que Abraão vivia em um contexto de fé, mas a única coisa que ele
tinha era a consciência de um Deus, e isso fazia dele diferente de todos os seus irmãos e
também dos seus pais. Por que Abraão cria? Ele foi o único que permaneceu crendo em Deus,
ou seja, no bem.
Abraão sabia que havia o mal e o bem, o bem e o mal, mas todos os seus parentes já
não criam mais, mas tinham a sua fé, e pela sua fé, que não era falsa, mas também era
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verdadeira, por isso que ela tem que ser substituída, por essa fé, eles faziam a bondade,
praticavam a bondade.
Você está entendendo que a bondade também é praticada pela fé? Contudo, a fé em
Deus não leva o homem a praticar bondade, mas leva a ser do bem. No entanto, eles
praticavam a bondade porque naquele tempo havia as tribos do mal, as tribos perversas, eles
tinham até mesmo que pagar impostos altíssimos, aluguéis altíssimos para os homens do mal,
mas a família de Abraão não era do bem, praticava bondade porque tinha fé.
Se você perguntar: “O homem do mal, que pratica o mal, que é do mal, ele também tem
fé?” Não! Escreva isso: o fim da fé é o fim de todo o bem de Deus, é o fim de tudo que Deus
é. Se a fé termina, Deus não existe mais. O mal será destruído porque ele não pode ter fé, o
bem prevalecerá porque o bem é fé.
O que está acontecendo? Agora você entende porque Deus chega para Abraão e diz
isso, esses fatores importantíssimos para que qualquer um transforme a sua vida, para que
qualquer um deixe e seja transformado. Para ser transformado, a sua fé tem que ser
substituída.
Você entende por que alguma coisa pode mudar entre nós? Lembro que há alguns
anos falávamos que o sistema denominacional não é encargo nosso, mas será que não? Será
que esse entendimento que estamos recebendo de que as pessoas precisam substituir a fé, que
se a fé não for substituída Deus não surgirá? Ou muitos ficarão na zona azul e não entrarão
para a zona amarela.
Este é o primeiro ponto: a fé precisa ser substituída, porque esses fatores são
importantes. Que fatores? Sair da terra, sair da parentela e deixar a casa do teu pai.

Segundo:

O que Deus quer fazer através de Abraão não dá para fazer na pessoa e na fé que ele é
em Harã. Se você pergunta: “Nilson, mas se Abraão ficasse com os pais em Harã, na casa de
seus pais, com a sua parentela, Deus não poderia transformá-lo?” Não. Por que não? Acabei de
dizer. Porque a fé tem que ser substituída, Deus é exigente, e isso é uma exigência.
Roberto: E olha que a transformação dele, digamos assim, demorou um pouco, não é
verdade? No sentido de que ele desobedeceu levando o pai.
Nilson: O sobrinho.
Roberto: Mas no início ele tenta levar o pai, mas ele morre no meio do caminho, e depois
mesmo assim ele leva Ló, só depois que eles se separam é que a verdadeira transformação
acontece.
Nilson: A verdadeira transformação de fé.
Roberto: Sim, transformação de fé.
Nilson: Deus quer fazer através de Abraão, mas não dá para fazer na pessoa e na fé em
Harã. Nem Abraão e nem você, porque tem que sair!
Um homem que vive na sombra de seu pai, sem rumo, sem visão? O pai e os parentes
eram a fé dele. Abraão cria no Deus invisível, mas tinha a fé em outras coisas, porque tudo o
que você faz com seus parentes é fé.
É outro princípio, anotem: tudo que você faz com seus parentes ainda é fé e pertence
ao povo que acompanhou Abraão. Tudo!
Nelinha: Esses parentes que você fala aqui são parentes mesmo? Ou parentes que
creram e nos deixaram?
Nilson: É parentesco, justamente isso, porque no início, há muito tempo, por causa de
outros fundamentos, participamos isso aos irmãos e alguns fizeram certo, e outros fizeram
errado, saíram daquilo que seria a VIDA. Por quê? Porque tomaram todas as suas decisões
sozinhos. Não sei como alguns tomam decisões tão sérias na sua vida sozinhos, sem a
participação de outros irmãos.
Fizeram as suas tolices e depois vieram me culpar: “Eu perdi a minha mãe por causa das
palavras do Nilson”, “Deixei de comemorar muita coisa que eu poderia ter vivido com a minha
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mãe por causa do Nilson”. Não! Foi porque você tomou suas decisões sozinho. E até agora,
nesse momento, se tomarem as suas decisões sozinhos, vocês terão consequências disso.

F17 Preste atenção numa coisa: aqui está dizendo que tem de deixar terra, a parentela, e a
casa do seu pai. Olha como é sério. É a casa onde você nasceu.
Resposta: dependendo da esfera que tal irmão vive, estando na casa de tijolo do pai e da
mãe, não significa que ele está na casa do seu pai. Dependendo de situações, continuar
convivendo com parentes não significa que não deixou a parentela, como também, dependendo
de situações, dependendo da esfera, você continuar com seus parentes significa exatamente
que você não deixou a sua parentela.
Então, o fundamento não está dizendo como você tem que agir, porque você está numa
esfera, mas o fundamento está dizendo: procura resolver questões em comunhão com os seus
irmãos. É isso que o fundamento está dizendo. Porque aquilo que acontece pode ser certo,
como pode ser errado.
Roberto: É a prática da lei do espírito da vida.
Nilson: E precisa ter a prática da lei do espírito da vida, e só se consegue essa prática
com seu irmão. Eu jamais direi para você numa comunhão como essa se deve ou não deixar
seu pai e sua mãe, resolva isso com os irmãos. Se você pode ou não continuar com seu pai e
com a sua mãe, resolva com os irmãos.
Nelinha, entendi a sua pergunta, mas aqui não são os parentes que vieram participar da
sua fé, mas os parentes mesmo. Aquele que creu e está em comunhão com os irmãos, aqui
está dizendo que ele tem que sair da sua terra, sair dos parentes sair da casa do seu pai; mas
como você fará isso, o que é fazer isso, é com os irmãos, junto com os irmãos. Aqui eu jamais
direi, ou diria, mas numa comunhão pessoal com você eu digo. Entendam! Não tem nada a ver
com a palavra de João. Nada!
Continuando. Por isso que a terra não está falando exatamente da cidade para outra, isso
é tipo, mas terra está falando daquilo que te impede de ser transformado. Parentela está falando
dos seus e dos meus parentes. Tem que sair! Dependendo se você sai ou não, é esfera, e tem
que sair da casa do seu pai.
“Nilson, mas sou solteiro.” Irmãos, entendam: mesmo que você esteja, saia! Porque se
não sair, você não desenvolverá.
Darei um exemplo, sei que os irmãos que citarei são transformados, eles não se
importam, mas para com alguns, eu não faria isso porque se eu fizesse, eles não gostariam,
mas esses dois que vou citar não se importarão de maneira nenhuma, então aproveitarei da
experiência deles para trazer um exemplo.
Gilberto: Nesse texto de Abraão, eu pensava que essa fé substituída era sair do
catolicismo para ser crente, mas depois que ganhamos sobre o judaísmo entendemos que é sair
desse judaísmo que engloba todo cristianismo para sermos discípulos.
Nilson: É verdade. E o mais forte disso que você está falando é que às vezes pode até
haver um católico que tenha mais desmaterialização que um protestante, que um crente, mas
tudo é cristianismo, e o cristianismo é filha do judaísmo. É tudo a mesma coisa
Na verdade, é aquilo que falamos: é sair e entrar, e aqueles que entrarem precisam sair
também. Sair de onde? Sempre que houver transformação contínua, se você fica, não tem
diferença de você para um católico, para um protestante, para um cristão.
Por isso que a igreja em unidade consegue passar pelas transformações contínuas.
Iniciamos essa comunhão falando sobre isso, estão vendo como foi importante? Mas um dia a
mulher se corromperá e o que resultará desta mulher é o filho varão.
Então, de fato, são as transformações contínuas que fazem com que muitas vezes
existam irmãos em nosso meio que até mesmo um católico é melhor do que eles. Fisicamente
está na faixa amarela, mas espiritualmente ele é azul.
Vejam o que acontece se a fé não for substituída. Vejo irmãos aqui em Maceió que até
hoje não deixaram seus parentes. Recentemente, fizeram confusão disso, eu dei explicações, e
agora volto com a palavra mais dura ainda, porque a doutrina tem que ser dura mesmo! No dia
em que a doutrina não for dura, nos perderemos. A palavra é essa.
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Há irmãos aqui em Maceió que até hoje não conseguem se estabelecer porque não
deixaram seus parentes. Estou falando do Ruben e da Sheila no passado. Eles estavam
conosco, mas na hora de ir trabalhar, deixavam o filho com os avós, com os parentes. Nas
dificuldades possíveis que aconteciam, quem socorria? Os parentes. Os parentes resolviam as
questões financeiras, ajudavam nos estudos, no pagamento da escola do filho. Resultado:
nunca o Ruben a Sheila conseguiram se estabelecer na vida, porque a fé não tinha sido
substituída.
Por isso, se não entendêssemos o que é fé, como entenderíamos esse fundamento? No
dia em que o Ruben se converteu e disse: “Nilson, a partir de hoje não aceito nada mais dos
meus pais. Meu filho estudará onde ele pode estudar, e no dia em que eu precisar trabalhar, se
não tiver ninguém em casa, ele ficará em casa sozinho, porque não levarei para os parentes.
Farei de tal maneira que quem estará com meus filhos será o pai, a mãe, ou a minha família.
Parente agora é parente e família é família.”
Hoje tenho dado testemunho do Rubão, e vocês têm visto, tenho dado testemunho da
Sheila, e os irmãos têm visto. Dou sim testemunho desses irmãos, mas infelizmente, tanto eles
quanto nós perdemos um dos filhos. Porque o Rafael foi o mais prejudicado nessa situação de
parentesco, e hoje não temos o Rafael.
Como que não deixamos os parentescos? Você vai trabalhar e leva seu filho para casa
dos seus parentes, e o pai do Ruben sou eu, ainda que ele não via dessa maneira, mas agora
ele vê. Então trouxesse para mim. “Nilson, como faço? Preciso trabalhar.” Vamos resolver isso
juntos, porque os pais somos eu e você.

F18 Fico pensando o quanto isso é espiritual, porque veja o que diz a promessa... não gosto
do termo promessa porque também já foi muito danificado pelo sistema, mas olha o que diz a
palavra verdadeira de Deus: “Far-te-ei uma grande nação e abençoar-te-ei”. Como que Deus
não vai abençoar?
Eu já ouvi alguém dizer: “Eu vou deixar os meus parentes, e quem vai ficar com meus
filhos?” Se você fosse envolvido com a sua família, tivesse comunhão com a sua família, saberia
com quem deixar seu filho, e não com seu pai e com sua mãe; mas por você não ter
compromisso com a sua família, com a igreja, por não relacionar com os irmãos, ser sozinho,
não ter discípulo? Não anda com seu dispenseiro, é sozinho na cidade, é claro que os irmãos
não vão querer receber seu filho, porque eu também não receberia.
Jamais colocaria o Rafael com Isaac e Asafe na minha casa, eu falei isso para o Ruben e
falo, eu nunca colocaria o Rafael, que não saia da casa dos avós, para a convivência com o
Isaac e o Asafe. Nunca! Porque também tenho um compromisso com os meus filhos, e é muito
maior.
O Ruben e a Sheila precisariam ter se convertido a mim, depois de convertidos a mim,
começarem a passar por processo de desmaterialização para que eu fosse realmente pai do
filho deles, para então ele frequentar a minha casa com os meus filhos, assim como os filhos da
Josi e do Elias frequentaram a minha casa e conviveram com os meus filhos. E nem mesmo os
filhos do Bráulio eu aceitei com os meus filhos, mas agora na adolescência, uma vez que o
Bráulio se converteu a mim, os meus filhos se relacionam com os filhos dele.
Meus irmãos, vocês que estão me ouvindo e têm filhos pequenos abram seus olhos para
depois vocês não terem o dissabor de perderem um filho. Sabe quando é que perdemos um
filho? Por exemplo, eu não perderei o Isaac e o Asafe nunca mais porque eles já têm fé própria
e a fé própria deles veio de mim, mas se hoje um dos dois decidir desistir da fé, isso não é
possível, porque essa fé é insubstituível.
Roberto: Amém!
Nilson: O que pode acontecer é eles fazerem escolhas do mal. Contudo, isso não feriria
o meu coração em relação a Deus, em relação ao meu compromisso com Deus, que são vocês,
a igreja, meus irmãos, minha família, isso não fere minha consciência, porque eu cheguei em
uma medida em que meus filhos têm fé própria.
Os filhos do Alisson têm fé própria? Não têm, mas no dia em que os filhos do Alisson
tiverem fé própria, e se eles afastarem da fé, não tem como; se quiserem substituir, não tem
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como, a fé é própria, mas se eles quiserem fazer escolhas erradas, o Alisson não tem culpa
disso, não há peso para o Alisson nisso, porque quando o homem tem fé própria, ele responde
pela sua salvação e pela sua eternidade. Isso aconteceu com Abraão.
Prestem atenção nisso. Abraão e os quem foram com ele com a permissão do Senhor
foram chamados para quê? Para reunir? Não! Para fazer um templo? Não! Para fazer uma
tenda? Não! Para, dentro dessa, tenda construírem um santo lugar onde Deus habitaria? Não!
Deus mandou Abraão construir templo ou fazer tenda? Não! O que Deus falou para Abraão? De
ti farei uma nação, e não reunião, não templo, não tenda, mas nação!
Aqui em Maceió, nós somos uma nação; em Belo Horizonte nós somos uma nação; em
São Paulo nós somos uma nação... Deus chamou Abraão para ser nação, para ser a ZONA
AMARELA, porque Deus sabia que haveria um mundo espiritual, haveria uma batalha espiritual
de duas nações, e Deus nunca chamou o homem para reunir, nunca chamou o homem para
congregar, mas Deus chamou Abraão para ser uma nação.
Vejam que coisa linda: eles foram chamados para quê? Na promessa, na palavra fiel de
Deus a Abraão, eles foram chamados para quê? Para evangelizar? Evangelizar quem, se a
partir de Abraão a nação seria estabelecida. Deus chamou para ter ministério? Deus chamou
Abraão para ser pastor ou ser apóstolo? Havia apóstolo na tribo de Abraão? Haviam presbíteros
na tribo de Abraão? Deus chamou Abraão para ser pastor? Deus chamou Abraão para reunir?
Resposta: foram chamados para serem povo, foram chamados para serem nação, foram
chamados para estarem reunidos como um povo em unidade, que tem um único líder, um único
rei. Deus é o único líder, Deus é o único Rei.
Você entende agora as nações amarela e a azul. A azul é o Brasil, Maceió, Belo
Horizonte, União dos Palmares, Bom Conselho, Recife... são coisas que já estão em sentença
de morte, condenadas, porque elas têm vários deuses, vários líderes, e nunca poderão ter
unidade, mas Deus está nessa nação onde Ele é o único líder, é o único Rei.
Por isso que Deus chorou quando o povo pediu um rei, chorou, sim, mas permitiu o povo
ter um rei. Por que Deus permitiu? Porque Deus tinha que deixar o povo na sua maldade.
“Tenham um rei, pois agora vocês começarão o propósito, o plano. O meu plano é a destruição
de vocês”.
Roberto: E olha que não era uma questão de esfera, mas de vida. Porque escolher Deus
como rei único é uma questão absolutamente de vida, mas Deus ainda permitiu, na liberdade,
que os imaturos tivessem um rei, ainda que fosse para dar início ao propósito.
Nilson: É verdade.
Tati: Fico pensando muito em quando você fala de Abraão sair da terra e da parentela,
Deus precisava gerar um povo a partir de Abraão que tivesse uma cultura totalmente diferente.
Outra cultura, outros costumes, outras formas de pensar e agir, e pelo fato deles pedirem um rei
eles imitaram a cultura dos outros povos.
Com vários outros povos aconteceu assim, porque eram várias tribos separadas e
quando precisavam lutar contra alguém, juntavam-se e elegiam um rei para protegê-los; e
quando esse povo faz a mesma coisa, imitando essas outras nações, eles estão imitando
aquela cultura, aquela forma de viver totalmente contrária ao que Deus queria com eles.
Quando você menciona essa questão de socializar, é justamente o processo de se
apropriar da cultura de um grupo social, é adquirir aqueles hábitos, ser participante, se tornar
parte daquilo. Permitirmos que isso aconteça com nossos filhos em relação ao mundo prejudica
muito o processo deles que precisamos conduzir, de passar pelo certo, pelas árvores, para eles
chegarem até a vida, e interfere muito na formação do caráter, de decisões e pode prejudicar
muito esse caminho, esse processo que é tão importante para Deus.

F19 Nilson: É isso mesmo. Na verdade, é tão precioso isso que você fala porque a
socialização e os costumes de outras nações confrontarão o modo de viver que Deus sempre
teve e planejou para o seu povo. Tanto é que antes de Moisés, Deus tinha um modo para o
povo viver, e com Moisés tinha o modo de viver, a maneira de viver, e o povo de Deus hoje
continua tendo a sua maneira de viver, que sabemos que é a VIDA, o Deus desmaterializado.
26

Quero chamar a atenção dos irmãos para uma reflexão. Tenho certeza que há irmãos
que não entendem assim, mas na última comunhão, eu disse que acredito numa igreja que é o
puro jardim, o puro centro de Deus, o meio do jardim. Igreja para mim é jardim. Tudo que não
for jardim não é a igreja do Senhor, então não culpe a igreja.
Por exemplo, tem gente que fala que a igreja é difícil. Não, você não está sabendo dar
nome às coisas, porque está chamando de igreja aquilo que não é igreja, porque a igreja é um
jardim. Ora, você acredita que o nosso Deus seria tão iludido para acreditar que um povo rude
seria capaz de amá-lO e estarem plenamente prontos para serem chamados para reunir?
Então você diz: “Mas esse povo era rude, de coração duro. Será que Deus não teve a
mesma ilusão que nós de acreditar no homem? Como Deus acredita no homem? Aquele povo
era de dura cerviz, e Deus acreditar que teria um povo perfeito, pronto para reunir?” Estão
entendendo quando falo “pronto para reunir”? O que você entende disso? É pronto para receber
o Cristo crucificado e ressurreto.
Roberto: Para ser congregado nEle.
Nilson: Pronto para ser juntado por Cristo. Não foi isso que Cristo veio fazer?
Roberto: “E quando eu for levantado da terra, a todos congregarei em mim.”
Nilson: Exatamente! Eu creio na igreja, creio no jardim, creio que estamos no centro
alimentando da árvore da vida, alimentando da vida.
“Mas Nilson, e aquela situação? E aquele irmão? E aquela irmã?” Não tenho nada a ver
com eles, tenho a ver comigo. Eu que tenho que ser esse jardim. Você está entendendo que
Deus está dizendo que é a partir de Abraão?
Irmãos, eu verei muita gente na carne, desobedecendo, mas eu não vou, estou no jardim.
Onde você acha que é o jardim? O que você pensa que Moisés chamou de jardim? Jardim é um
homem e um lugar. Não são dois homens e um lugar, nem três homens e um lugar. Quero que
você entenda isso para nunca mais olhar a vida de ninguém na igreja, para nunca mais dizer
que você se enfraqueceu porque viu o seu irmão assim ou aquele outro assim.
Estou unindo as duas coisas. Jardim é um lugar, é um homem e um lugar, esse é o jardim
de Deus. Um homem e um lugar, não são dois homens e um lugar. Se esse Jardim for ocupado
por dois, você tem todo direito de dizer assim: “Eu não creio que a igreja é um jardim, porque
vejo muitas coisas erradas”.
Vou unir isso com outra coisa: jardim é um homem e um lugar, Deus chamou Abraão,
assim como chamou você, a chamada de Deus é um homem e o seu Deus.
Deus chama Abraão e diz: “De ti farei uma grande nação.” Um homem e um Deus, um
lugar e um homem. É a mesma coisa. Você não vê escrito que Deus pegou Adão e Eva e
colocou no jardim, mas vê escrito: “E Deus colocou o homem no jardim”. Esse “homem” não
está dizendo que é Adão, nem dizendo que é Eva, mas está falando que Deus pegou O homem.
Esse jardim não é um jardim de solidão e tristeza, é um jardim de muita alegria, mas é um
homem e um lugar.
Não sei se você já refletiu sobre isso, porque nisso você pode ter muitas respostas e
pode ter muitos argumentos. Por exemplo, eu dependo do meu irmão para ter vida? O Beto
depende de mim para conhecer a vida? O Beto depende de mim para ter vida? Você depende
de mim para ter vida? Claro que não! Você depende de mim para ter conhecimento, porque eu
tenho o dom como outros irmãos aqui também têm o dom, e por causa do dom eu vos falo, mas
ninguém precisa de mim para ter vida, você só precisa de um lugar, ou só precisa de estar
diante do seu Deus. Por isso, irmãos, que cada um de nós recebeu o DOM da VIDA.
Roberto: Para não precisar depender de nenhum homem.
Nilson: Um homem e um lugar. Um homem e um Deus. Uma chamada e um Deus.
Um homem e um DOM. O DOM da VIDA.
Deus não é iludido porque Ele foi além, Ele sabe disso. Irmãos, não se iludam, porque no
final você encontrará com seu Deus. Aquela palavra que está no Antigo Testamento é imortal e
atemporal. “Prepara-te para encontrar com teu Deus porque é você e Ele.” Deus está
interessado em você! Parece que isso desfaz tudo que construímos, mas não desfaz, não
quebra, e é por isso que temos que entender o jardim, a chamada e o dom. JARDIM,
CHAMADA e DOM.
27

F20 Você vai comparecer diante do seu Deus, não é do meu Deus. É do seu Deus! No
jardim, com a sua chamada e com seu dom, nem seu marido entra. Essas coisas que foram
escritas porque os quatro evangelhos não são Novo Testamento, e sim Antigo Testamento, já
que cansei de falar isso para os irmãos. Por isso que está escrito “e um será tomado e outro
será deixado”, e isso foi mal compreendido, não é compreendido, mas você compreenderá
daqui a uns dias.
“Um será tomado, o outro será deixado; estarão dois no campo, um será recolhido, o
outro deixado; estarão dois no telhado, um será tomado, o outro deixado.” Isso não está falando
de arrebatamento, mas levaram para arrebatamento; não está falando da vinda de Cristo, mas
levaram para a vinda de Cristo, isso está falando da individualidade do homem e Deus!
Roberto: Amém.
Nilson: A igreja, irmãos, é tão necessária, a comunhão é tão necessária, o
relacionamento é tão necessário, mas no final de tudo é você e Deus.
“Nilson, por que você está dizendo não meu Deus, ou o seu Deus”? É outra coisa que
precisamos entender. É a sua medida, estou falando de medida.
Por exemplo, às vezes tem um irmão religioso, mas na sua religiosidade, ele pode ser um
salvo, e tem outro que não é religioso, entende tudo na vida, mas a realidade dele é ser um
perdido. Por quê? Por causa da medida que você só alcança pelo dom.
Talvez aquele irmão religioso não tem a medida do dom, o dom não trouxe para ele ainda
a medida que ele precisa, por isso que Jesus disse “amais-vos”, “suportai-vos”. Suporte o irmão
que não tem a sua medida, ame o irmão que não tem a sua medida, ame a irmã que não tem a
sua medida, suporte a irmã que não tem a sua medida, e se não suportar, você está perdido,
porque a ordem é amai-vos, e não é me amar
Ame o seu irmão religioso, ame a sua irmã religiosa, e se você não pode ajudá-lo apenas
ame, porque alguém vai ajudar, alguém vai aproximar, e se não aproximar e ele dormir no
Senhor, pode acontecer que a medida dele seja aquela. Agora, se Deus deu a medida, mas ele
não quis, então ele não acorda, não sai da morte, da sepultura.
Mas se Deus deu a medida e ele não teve como recebê-la, o poder para ele sair da morte
é o que ele tem. Sabe por quê? Porque ninguém sairia da morte. O poder que tenho para sair da
morte é o poder que preciso para sair da morte, esse poder que tenho para sair da morte não
serve para você sair da morte, ainda que o seu poder seja menor.
“Eu quero o poder do Beto porque o dele é maior.” Com o poder do Beto, você não sai da
morte, mas com o poder que você edificou, você sai da morte. As coisas de Deus são tão
espirituais e tão pelo homem, porque Deus veio para salvar!
Roberto: Amém!
Nilson: Deus não veio para destruir. Deus acreditava, Ele sabia disso tudo, a separação
será na vinda do Senhor. O Senhor virá! Ainda entenderemos isso.
Dentro do que estamos falando, Deus veio para quem? Para o povo judeu, o povo de
Abraão? Não! Isso entra naquilo que falei, que você está construindo a sua igreja e não a do seu
filho, ou do seu neto.
O povo judeu já não era o povo de Abraão. Quando Jesus chegou, encontrou o povo de
quem? Quem era o rei? Herodes. Tem nada com Abraão, tem nada com Moisés. Era o povo de
Herodes, era a igreja de Herodes, o povo judeu de Herodes, porque Moisés fez o que tinha que
fazer, Abraão fez o que tinha que fazer.
“Nilson, as leis são de Moisés.” Isso é outro parâmetro, mas estamos falando do
parâmetro de salvação.
Roberto: E de nação.
Nilson: O mais importante é que estamos falando de nação, a igreja é uma nação, por
isso estamos falando disso. Explicarei melhor para os irmãos entenderem.
Quando Jesus veio, Ele nasceu de mulher e veio para separar. Você quer falar da vinda
de Jesus? É essa a vinda de Jesus, Ele veio como carne para fazer a separação entre o povo
de Deus e o povo azul do mundo. São as esferas azul e a amarela das quais falamos no início.
28

Jesus nasceu de uma mulher, mas não conseguiu juntar o seu povo, não conseguiu
através do crivo do Antigo Testamento. Não existe o crivo do Antigo Testamento? Você nasce
crivado. Todos do Antigo Testamento nasceram no crivo, mas esse crivo não foi suficiente para
peneirar, para Ele concluir o crivo.
O que quero dizer com isso? Não sei se você está me entendendo. Eu quero dizer que a
vinda de Jesus em carne era para parar tudo, para acabar com tudo, não era para existir o
Nilson, você, Paulo, Pedro... vinda de Jesus era para pôr fim em tudo.
Os planos do Senhor para os gentios eram outros. Ele chegou para o seu povo crivado,
que nasceu do útero de uma mulher crivada. Ele veio para esse povo; mas quando Ele chega,
vê que o crivo não deu certo para muitos, por isso Ele muda todo o seu plano. Ele mudou o
plano, mas para o povo do Antigo Testamento, o Apocalipse já aconteceu.
Daqui a algum tempo, você começará a entender o Apocalipse, mas você não entenderá
o Apocalipse de João se você não entendeu o primeiro Apocalipse. O primeiro Apocalipse já
aconteceu! Tudo que está no segundo Apocalipse de João já aconteceu no Apocalipse da vinda
de Cristo em carne, do Deus que veio em carne. Entraremos nesses pontos nas próximas
comunhões.
É muita coisa, e precisamos adiantar um pouquinho. O que aconteceu com o povo de
Abraão? Desde a criação do mundo... eu tenho uma página aqui no meu computador que
comecei para não haver dúvidas, porque na hora em que entrarmos nessas questões não quero
que a minha consciência se machuque e eu fique com aquele sentimento assim: será que errei?
Eu não quero isso. Então, por isso tenho uma página aqui que estou contando o tempo.

F21 Desde a criação do mundo, e não estou falando de Adão e Eva, até a morte de Moisés
são 2.725 anos. Já pensou? Mas o nosso interesse hoje não é esse, o nosso interesse é desde
a morte de Abraão. Desde a morte de Abraão até Moisés são 777 anos. O que significa isso?
Que o povo do Gênesis amou a Deus loucamente e desmaterializou, senão não haveria
Apocalipse.
O povo de Adão e Eva amou tanto o Senhor sem mesmo O conhecer, mas somente
através do bem. Eles amaram tanto o Senhor, tanto, que desmaterializaram, mas depois de
muitos anos se perverteram, então Deus levanta Abraão.
Deus chega para Abraão e fala “de ti farei uma grande nação”. O povo que andou com
Abraão amou tanto o Senhor, eles amaram tanto o Senhor que desmaterializaram, por isso que
o Apocalipse já aconteceu literalmente. É isso que quero compartilhar com irmãos nas próximas
reuniões.
Mas depois de um tempo, os descendentes do povo de Abraão se corromperam. Na
verdade, o povo se permitiu corromper pelas chibatas dos soldados egípcios, eles se
revoltaram, não aceitaram as chibatas dos egípcios. Eu pergunto: você está aceitando as
chibatas do mundo? A injustiça deste mundo é motivo de nos corrompermos? A injustiça de
Brasília, do Senado; a injustiça que nos faz chorar por vermos pessoas morrerem de fome na
rua; a injustiça de uns terem mais e outros terem menos, a injustiça de uns terem muito e outros
não terem nada. Essas chibatas te revoltam a ponto de você se corromper e sair da sujeição
aos irmãos, da sujeição ao seu Deus, da sujeição à igreja do Senhor?
As muitas divisões eclesiásticas, essas chibatas horríveis nas nossas costas, nas nossas
mentes são suficientes para te tirar do seu povo, do seu Deus, como tirou a Thaís, a Alcione e
tantos outros? É suficiente? Ou vamos permanecer em sujeição e obediência? Os que
permaneceram fizeram o Apocalipse acontecer depois de Jesus Cristo.
O povo permitiu se corromper pelas chibatas dos soldados egípcios e pelos preconceitos
sociais, se tornando um povo duro, rude, de dura cerviz, diferente do povo que estava no jardim.
Então Deus mudou o seu plano por causa disso.
O primeiro plano é: “de ti farei uma grande nação.” Deus sabia que Seus planos tinham
que mudar. Os planos de Deus mudam, irmãos! Você é resultado unicamente dos planos de
Deus terem mudado.
Os planos de Deus mudaram quando o povo deixou Jerusalém e foi disperso por todo
mundo. Deus mudou o seu plano e para o seu novo plano Ele conta com quem? Ele conta com
29

Paulo e Barnabé, mas eles não nasceram para o plano inicial, mas porque Deus muda o seu
plano, Deus levanta, ou seja, Deus conta, separa Paulo e Barnabé, ou Barnabé e Paulo. Deus
vai mudando seus planos por causa do homem.
Deus não era mais aquele povo que estaria junto, não era mais aquele povo que estaria
reunido, ser identificado para ser transformado pelo Apocalipse que viria. Assim que Deus
descansasse e encarnasse Ele não encontraria mais o seu povo, então novamente Ele muda o
seu plano.
Vamos pensar no Antigo Testamento ainda. O plano para Abraão era: “de ti farei uma
grande nação.” Preste atenção como Deus mudará o seu plano.

Êxodo 25:8
E me farão um santuário, para que eu posso habitar no meio deles.

Os irmãos viram a mudança do plano? Eu pergunto: Deus tinha planos para templo?
Deus tinha planos para a tenda? Deus tinha planos para cultos? Não! Qual era o plano de Deus
no início? Uma nação, mas o povo se perverteu, a mulher se corrompeu, e na corrupção da
mulher surge um filho varão, e com esse filho varão da mulher, o que Deus faz? Deus muda o
seu plano e diz: “E me farão um santuário para que eu habite no meio deles”. Através desse
novo plano, Deus alcançaria o Seu propósito no futuro que chegou até nós.
Gilberto: E esse novo plano não é sistema, não é isso?
Nilson: Ainda não é sistema. Por que não é sistema? Porque é ordem de Deus, é Ele
determinando esse plano. Não pode ser sistema. O Gil está certíssimo.
Fernando: Parece que o plano vem mudando dinamicamente.
Nilson: Não dinamicamente, mas por necessidade; porque a mulher se corrompia, Deus
mudava o plano com o filho varão, entendeu?
Fernando: Esse “dinamicamente” que usei é exatamente nesse sentido, de haver uma
necessidade, por isso essa dinâmica.
Nilson: Perfeito. Quando esse plano de santuário terminou? O início foi “e me farão um
santuário para que eu possa habitar no meio deles”, e isso foge de tudo que seja “de ti faria uma
grande nação”; mas você sabe o que acontece aqui? Esse plano permanece por muitos anos,
mas quando Deus encarna e aproxima do povo, o que tinha que acontecer? Esse plano também
tinha que acabar.

F22 Esse plano foi reconhecido como prática de vida, que não é vida, e sim um aio, um plano
de aio. Isso é importante, prestem atenção. O plano de vida é “de ti faria uma grande nação”,
mas como esse plano por causa da corrupção da mulher, ele falha, então Deus lança outro
plano que já não é mais vida, é um aio. Tanto é que os professores israelitas, os professores
judeus, os sábios, entendidos, mestres da Torá eram os próprios aios dos seus alunos.
Olha por que na igreja não pode ter aluno, a igreja não pode ser uma escola, a igreja não
é uma escola e não pode ser constituída de alunos. Por quê? Porque isso é aio, e os mestres
rabinos eram os aios para os seus alunos, os professores, mas na igreja não existe mais
professor e nem aluno, existe dom, e dom não forma uma escola.
Roberto: Então nesse sentido, talvez até mesmo indo numa direção contrária do que o
Gilberto está falando, não poderíamos ver como uma introdução de algo que inicialmente não
era para ser sistema, mas se tornou um sistema?
Nilson: É verdade o que você está dizendo, mas continue.
Roberto: Porque se veio de Deus, não é sistema, mas é como se fosse a introdução, um
aio é algo sistemático, mestre e aluno é sistema.
Nilson: Mas não era para ser sistema.
Roberto: Exatamente. Se tornou porque também não acompanhou a transformação que
Deus esperava.
Nilson: Por isso que é um aio, é como se fosse uma inserção que foi introduzida
temporariamente, e não pode ser tido por sistema uma vez que é uma inserção.
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Até entendo o que você está falando, sendo que, uma vez que é uma inserção e tem um
propósito para essa inserção, se acaba, não pode ser sistema, é um aio, mas como não acabou,
tornou-se sistema.
Roberto: Se fosse Moisés sem Deus introduzindo, seria um sistema humano, mas
porque é Deus introduzindo, não pode ser chamado de sistema, e sim de aio, ou seja, por um
tempo vocês farão uso desta ferramenta.
Nilson: Tanto é que Moisés também introduziu sistema. Tudo o que Moisés introduziu
era sistema, um sistema no aio. Assim como o povo que andou com Abraão se corrompeu, eles
criaram sistema na vida. Deixaram a vida, criaram um sistema e se corromperam.
Gilberto: É aquele cântico do Beto que diz assim: “Eles estavam guardados no aio que
era pesado”.
Roberto: Sim.
Nilson: É isso mesmo. Era um aio que era pesado, mas não podia ser sistema porque
era algo temporário.
Roberto: Completando isso que o Gil está falando, eu acredito também que se tornou
pesado porque demoraram no tempo, pois se tivesse ficado no tempo que Deus determinou que
fosse aio, não seria tão pesado.
Por exemplo, quando Paulo fala do aio, ele diz que o menino estará sob um tutor, que é
um aio, até que tenha maturidade para sair do tutor e assumir sua herança. Não é a mesma
coisa?
Nilson: É o plano para Israel.
Ricardo: Essa demora é que faz a corrupção chegar, corrompendo aquilo que era aio.
Nilson: Exatamente. A demora foi problema porque introduziu o sistema de Moisés, mas
o aio permaneceu. Quando Deus encarnou, naquele momento o aio tinha que ser desfeito, e o
que voltaria? Aquele povo estava preparado pelos tutores, pelo aio, foi ensinado por grandes
mestres, então todos eles se ajoelhariam e se sujeitariam, e aquilo que era aio, que era
judaísmo, se tornaria vida. Através de quê? Do Senhor reunindo esse povo em um mesmo
lugar.
Então, esta reunião transformaria aquele aio em vida, que era o plano para Abraão, mas
teve que desviar para um aio para ser alcançado pelo Deus em carne.
Roberto: O santuário se torna uma figura metafórica porque agora ele representa a
nação na qual estaríamos congregados.
Nilson: Nesse caso já foi o sistema.
Roberto: Sim, mas Deus disse “e fareis um santuário,” mas eles transformaram esse
santuário em uma questão física, perderam o aio. Na chegada de Jesus, Ele precisava
congregar em um só corpo, o santuário agora seria esse corpo no qual Ele congregaria todos os
salvos.
Nilson: Já que o Beto toca nisso, vejamos o sistema que aconteceu no aio. Por exemplo,
o santuário era para o povo adorar? Não era.
Roberto: Era para receber a presença e a aprovação de Deus.
Nilson: Era para Deus descer no santuário, fazer as aprovações necessárias, governar e
dirigir o seu povo, porque Deus queria continuar sendo o líder. Desfeito isso, o que acontecia?
Quando você lê a bíblia vai vendo o declínio, porque agora havia no santuário músicos, esses
músicos tocavam para atrair a presença de Deus, e o povo entrava para o santuário para se
curvar diante de Deus, “adorar” e “prestar culto”.
Então, a falsa adoração e o falso culto foram o sistema que introduziram porque o povo
perdeu o sentido do templo e passou a praticar templismo, não mais templo, mas agora
templismo e isso foi toda a derrota do plano de Deus.
Fernandinho: O sistema do templo ou a religião do templo.
Nilson: Exatamente.
Melk: Não precisa de um diabo para lutar e de ir contra os planos de Deus, é o ego.
Nilson: O ego destruindo os planos de Deus. Irmãos, estão entendendo que aqui foi o
início de muitas coisas? Entre elas aquilo que seria o nosso encargo hoje, mas ficará para a
próxima quinta-feira, que é o nosso encargo principal. É aquilo que começamos a enumerar
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quando falamos do sistema de reis, monárquico, profético, teocrático e sacerdotal. Deus sabia
de tudo isso. Por causa disso, surgiram os cultos, as missas, as reuniões, templismos... tudo
veio da desobediência.
Então Deus chega e diz: “Eu queria acabar com seus cultos, porque até o cheiro das suas
oblações me fazem mal. Estou cansado de seus falsos cultos”. Cansado de quê?
Roberto: “Estou cansado das vossas reuniões, das vossas oblações, dos vossos
louvores; o mau cheiro dos vossos louvores tem subido às minhas narinas”.

F23 Gilberto: Deixaram de ser reunidos para reunir.


Nilson: Muito bem!
Roberto: Muito bom!
Nilson: Deixaram de ser reunidos, de estarem reunidos, substituíram isso para reunir, e
foi o judaísmo que instituiu o culto. A igreja no início da fé, em Atos, quando entende o Senhor e
os planos de Deus, recebe o Senhor e nasce de novo, ou nasce do alto, ela rejeita o judaísmo, e
quando rejeita e abandona o judaísmo, ela também abandona o culto.
Até hoje foram quatro facções. Nunca chame de facção quando uma igreja batista divide
e surge a batista independente, depois a batista independente divide e surge a batista do amor.
Isso não é facção.

Aconteceram quatro facções:

Primeira Facção:

Na primeira facção da igreja, o povo saiu do culto, e saiu do culto rejeitando o judaísmo,
porque rejeitar o culto é rejeitar o templo e quando rejeita o templo, rejeita o templismo. O
escritor do livro de Atos fala assim: “E o povo comia o pão com muita graça, com muita sujeição
de casa em casa”.
Roberto: Com singeleza de coração.
Nilson: Eles não dependiam mais de culto, reuniões, de templos.
Roberto: Que coisa linda!
Nilson: Eles passaram a estarem juntos de casa em casa.
Roberto: Amém!
Nilson: Partindo o pão com singeleza de coração; mas para chegar na primeira facção,
que aconteceu no ano 330, houve muito problema, muito conflito, muita revolta, muito pecado,
muitos erros, pessoas saindo da vida e voltando para esfera do certo e errado. Quando
aconteceu a facção, eles pararam de comer o pão de casa em casa e estabeleceram a missa.
O catolicismo é a primeira facção que aconteceu em toda a história da igreja, a primeira
facção no mundo. A missa, a celebração da eucaristia, que quando se separaram, para eles isso
era o sacrifício do corpo e do sangue de Cristo, o que não é verdadeiro.
Como essa facção aconteceu? Olha que coisa interessante. Essa facção aconteceu
porque eles lutaram, fizeram questão, entre os irmãos sempre reunindo haviam aquelas
confusões que vocês conseguem imaginar, tenho certeza. Eles queriam o MITTE, que é uma
palavra latina, que significa despedir. MITTE em português é missa, e MITTE é sair, despedir.
Preste atenção nisso.
Uma parte dos discípulos falava de missa, porque para eles era deixar a mulher
corrompida, deixar a mulher que corrompeu. Então, eles praticaram MITTE, saíram, mas com o
tempo se converteram literalmente a esse MITTE, e olha que também estamos falando de
MITTE. Na próxima quinta-feira, compartilho melhor sobre isso.
MITTE é SAIR e ENTRAR, isso é missa. Já que entrou, saia de novo. Eles falavam disso,
vocês acreditam nisso? Que coisa!
Roberto: Que coisa!
Nilson: Eles se converteram à literalidade disso, e MITTE, que é missa, teve outro
sentido para eles, tornou-se a ceia do Senhor. Então os católicos, que não eram católicos, mas
essa primeira facção, passaram a falar e a querer a ceia do Senhor e depois, quando voltaram
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para ceia do Senhor - e você sabe muito bem que os cristãos têm a ceia do Senhor e também
sabe que os santos de Atos não praticavam a ceia do Senhor; eles partiam o pão em casa, e
com singeleza de coração, mas não tinham a prática da ceia do Senhor.
Depois da ceia do Senhor, veio a corrupção da missa, do MITTE, que se corrompeu, se
tornou literalmente sair, entrou e não saiu mais. Saiu e entrou, mas depois não conseguiu sair
mais, tornou-se a celebração da missa. Missa é celebrar a ceia do Senhor.
Roberto: Parece ser engraçado, mas MITTE é agora ninguém me tira de tal condição.
Nilson: Pois é.
Roberto: Porque se era sair para entrar e depois sair de novo, se MITTE era isso, e eles
permanecem, agora ninguém os tiram dessa condição. “Ninguém me tira”.
Nilson: Como não tiraram e não tiram até hoje. E ainda pior, porque para provocarem e
dizerem que não eram judeus, mentirem para o povo que não eram judeus, eles falaram: “Os
judeus consagraram o sábado, mas nós do MITTE não consagramos o sábado, consagramos o
domingo, porque foi no domingo que Jesus ressuscitou e toda a nossa missa passou a ser
celebrada no domingo”.

Segunda Facção:

A segunda facção é a reforma protestante, que em outras palavras, iniciou como reforma
protestada, uma reforma que eles protestavam. Essa reforma protestada se tornou a reforma
protestante, eles voltam para o início porque também passaram pelo MITTE, entenderam que
deveriam sair para entrar.
Depois eles passam pela celebração da ceia, e você sabe muito bem que os protestantes
celebram a ceia. Eles passam para celebração da ceia e hoje os protestantes voltaram para
missa.
Roberto: É, sim.
Nilson: Eles voltaram para missa, são protestantes que no culto deles o que acontece é
missa, porque missa é a celebração da ceia do Senhor. Se celebram a ceia, eles celebram a
missa, só que deram outro nome, deram o nome de culto. E o pior de tudo que é também no
domingo porque não abriram mão da doutrina católica, que Jesus Cristo ressuscitou no
domingo, por isso eles precisam celebrar domingo.
Hoje eles nem mesmo se importam com isso mais, porque todo dia tem culto, é como
eles querem, como fazem, mas a verdade é que a missa acontece porque tem o pão e o vinho.

F24 Terceira Facção

A terceira facção é as filhas do judaísmo que rebelaram contra o culto também praticando
o MITTE. Nessa facção, eles rebelaram contra o culto, praticaram esse MITTE, dando ênfase às
reuniões livres. “Agora somos livres de cultos, livres dos líderes, nossas reuniões são livres”,
mas voltando também para o mesmo lugar porque também celebram a ceia do Senhor.
Roberto: Andaram em círculos. Todo mundo em trevas.
Nilson: Andaram em círculos.

Quarta Facção

A última facção está acontecendo nos nossos dias. Preste atenção, porque agora os que
rebelaram se rebelaram contra o culto e promoveram as reuniões. A última facção rebela contra
a reunião, são irmãos revoltados - e que não acredito serem mais irmãos, perderam o direito de
serem chamados irmãos - são revoltados contra a unidade destruindo qualquer possibilidade de
existir dispensação.
Atentem para isso: quando se rebelam e se revoltam contra a reunião, eles estão
dizendo que não aceitam mais a dispensação, e dispensação é reunião, reunião é
dispensação. Se não há dispensação, não pode haver reunir, o povo não está mais reunido,
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porque não tem dispensação. Começaram se revoltando contra a reunião e agora se revoltam
contra a dispensação do Senhor.
Essa divisão está trazendo uma coisa muito importante, porque através dessa quarta
divisão está chegando o segundo Apocalipse, o de João. Entendamos o primeiro apocalipse,
para depois entender o segundo apocalipse.
Finalmente, a pergunta que faço é: a igreja reúne? Reunir é vida? É percepção? É
comunhão? A reunião está nos planos de Deus? Pense sobre isso até próxima quinta-feira.
É algo complicado, por isso você vai ter que refletir, porque essa última facção rebelou-se
contra a reunião, e rebelando contra a reunião eles feriram a unidade, a dispensação e não
tendo dispensação, não existe o povo reunido, ninguém está mais reunido a não ser os que
permaneceram na reunião.
Nilson: Alguns irmãos de uma maneira linda estão participando do pedido que fizemos,
disseram que a reunião é importante porque confirma a unidade.
Preste atenção numa coisa: como uma reunião pode confirmar a unidade? Me explica. “A
reunião é importante porque ela confirma a unidade”. Agora farei a pergunta: alguém pode me
explicar como essa reunião confirma a unidade? Em quê? Como? Por quê? Quando? Por que
chegamos na reunião e compartilhamos a palavra? Tem gente que compartilha a palavra, mas
não a pratica e outros compartilham a palavra, mas não a entendem. Então como reunir
confirma a unidade? É por que estão reunidos no mesmo lugar? O mesmo lugar é um templo,
um local de reunião, um galpão? Por que a reunião confirma a unidade?
E por que a reunião é novamente reunir? Porque fomos reunidos uma vez, fomos
reunidos por Jesus Cristo. Ora, quantas vezes foi falado desse plano do Senhor? O plano de
salvação do Cristo é reunir o seu povo, e o povo agora está reunido, por isso estamos em
unidade.
Estamos em unidade, a nossa unidade é confirmada porque estamos reunidos. Quer
dizer que chamar um povo para reunir em um local de reunião é confirmar a unidade? Por quê?
Roberto: Ele já nos congregou, nos reuniu em um só corpo, isso já não era a unidade?
Nilson: O que confirma a unidade não é a reunião, mas a unidade é confirmada na
dispensação. Recebeu dispensação, fez essa dispensação crescer, você está em unidade. A
confirmação é na dispensação.
Gilberto: Reunir é celebrar.
Nilson: Ainda que reunir seja celebrar, mas a pergunta continua: está nos planos de
Deus? Porque dentro daquilo que seria o MITTE, que é sair e entrar, eles celebraram, e
celebraram muito bem a mesa do Senhor, a eucaristia, que é a mesma coisa. Um celebra na
missa e outro no culto, e a missa está dentro do culto, e eles estão celebrando a mesa do
Senhor.
Eu pergunto: temos o direito de celebrar o que queremos? Vejo os irmãos dizerem assim:
“Eu celebro, Nilson, celebro, Beto, a sua ousadia, o fato de você ter sido firme”. Isso está
errado? Não está errado, porque você está dizendo que se alegra, festeja.
Mas eu pergunto: qual foi a direção, a determinação, qual o objeto de celebração para
uma coletividade, o que celebramos? Celebramos Cristo? Celebramos a morte de Cristo?
Celebramos a ressurreição de Cristo? Isso é celebrado através de um pão e vinho? Claro que
não. Se não existe o pão, se não existe o vinho, se não existe a eucaristia e não existe a mesa
do Senhor - a mesa do Senhor é uma mentira, é um mal entendimento das palavras de Paulo -
então o que celebramos?

Roberto: Então podemos colocar essa reunião na zona azul?


Nilson: É isso que estou perguntando.
Roberto: Porque se na igreja só existe vida, esfera e erro, por uma questão de
crescimentos dos salvos, do pecado que pode acontecer...
Nilson: Beto, fortaleço a sua colocação dizendo o seguinte: se o povo de Deus reúne,
então Deus nos chamou para reunir, mas o plano inicial em Abraão foi que esse Deus nos
separou para sermos uma nação. “De ti farei uma nação”, e não “de ti farei um povo que reúne”.
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Roberto: E ainda mais se compara como uma festa como o aniversário ou se compara
com uma festa de uma das esferas.
Nilson: Qual é o dia de reunir? Em que dia a igreja reúne?
Roberto: Exatamente.
Nilson: Em que dia a igreja em Belo Horizonte reúne? Em que dia a igreja em Goiânia
reúne?
Roberto: Se não existe dia anterior nem dia posterior, mas existe o hoje, o agora.
Nilson: A nação.
Roberto: Então isso já é uma expressão, não de um momento de reunião, mas de um
povo que reúne e tem a consciência do agora, o povo que tem consciência de que a unidade
não precisa ser preservada, ela é. Assim como Deus é, ela é.

F25 Nilson: Preservada não, a unidade não precisa ser confirmada, ela existe.
Roberto: Ela existe, ela é, porque Deus é a unidade, então ela é. Então não precisa de
um dia para ser confirmada.
Nilson: Se precisasse de um dia para confirmar a unidade, essa unidade seria fraca.
Roberto: Seria uma unidade de papel.
Fernandinho: A nação é um povo reunido que celebra um tempo que é hoje.
Roberto: Amém!
Nilson: Exatamente! Na próxima quinta-feira, fecharemos isso. A igreja reúne? Reunir é
vida? É percepção? É comunhão? Está nos planos de Deus? Se está, por que é reunião? O que
é reunir? Por que reunir? Vocês têm que ter na mente esses entendimentos dos planos de
Deus. O plano para Abraão, o plano para Moisés e o plano que Jesus Cristo veio trazer.
Nelinha: Amor, é uma dúvida. Essa terceira facção foram os grupos, as células?
Nilson: Exatamente. Que são chamadas a filha do judaísmo.
Nelinha: E você sabe que ano foi? É curiosidade mesmo.
Nilson: A primeira facção, que foi o catolicismo, aconteceu em 330 com Constantino. A
segunda facção foi aproximadamente no ano 1500, que foi o chamado protestantismo. Entre os
anos 1750 e 1800 acontece a terceira facção, que foi chamada de as igrejas livres e chegou até
o ano 1900. No ano 1900, os irmãos tentam trazer de volta tudo isso que estamos ganhando,
mas essa última facção aconteceu nos nossos dias, mais ou menos no ano 1800 até o ano
2000.
Nelinha: A Dani achou que a terceira foram as denominações, ou foram esses grupos?
Dani: Tipo G12, célula.
Nilson: O movimento de Lutero foi o movimento denominacional.
Roberto: Sim.
Nilson: São as primeiras denominações, mas esse movimento chamado de as igrejas
livres não são as denominações, são as filhas das denominações, que são os G12, células,
igreja árvore da vida, igreja do Watchman Nee, igreja do Witness Lee.
Nelinha: Antigo.
Nilson: É, bem antigo.
Nelinha: As primeiras tiveram Constantino e Lutero, as outras duas não tiveram um
responsável, foram grupos, não é assim?
Nilson: Não, foi um movimento dos evangelistas. O que causou essa facção? O
reavivamento espiritual, e os evangelistas começaram a viajar entendendo que eram enviados
por Deus nesse movimento denominacional. Isso fez surgir a terceira facção. Entendeu?
Nelinha: Sim, entendi. Não sabia que a terceira era tão antiga.
Nilson: É bem antiga, sim.
Mere: Nilsinho, só compreendendo uma coisa. Talvez o que falarei está mais para o final,
quando você concluir. Quando estamos sentados com você, com a perseverança, estamos
tendo unidade, porque aquilo que você compreendeu ainda não compreendemos ou não temos.
Então através disso, quando estamos assentados aqui à mesa, estamos buscando a unidade?
Nilson: Certo.
Mere: Então, o que eu diria? Nos reunimos no espírito, que é aquilo que o Gil falou?
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Nilson: Não, nós estamos reunidos no espírito.


Mere: Entendi. Quando estamos na casa física não é adquirindo unidade, porque unidade
é com a perseverança e todos hoje têm acesso à palavra viva, livre. Se todos também estão
confirmando com você, com a perseverança, então não faz sentido ter a reunião na casa,
porque não é confirmando uma unidade.
Nilson: Está reunião aqui não é uma reunião, dentro do sentido espiritual, claro que no
sentido natural, três pessoas com objetivo é reunião. Por exemplo, uma empresa reúne, natural,
mas no sentido espiritual, na revelação no que seja a reunião espiritual, isso aqui não é uma
reunião, e sim uma comunhão.
Qual é a diferença? A diferença é que eu e o Beto estamos juntos com irmãos que foram
gerados em nós, “de ti farei uma grande nação”, por isso falo que foram gerados em nós, e
estamos concluindo a nossa unidade.
Até agora estamos em unidade? Estamos, mas a cada fundamento que vem, que diz que
vocês precisam ter unidade comigo e com o Beto na palavra, não é uma reunião, é uma
comunhão. A mesma coisa se eu estivesse na sua casa compartilhando com você uma
revelação, uma palavra, um crescimento da palavra, para que eu e você, Merinha, tivéssemos o
mesmo entendimento, e se você tentar fazer com outra pessoa, ela não aceitaria. Contudo,
porque existe entre mim e você uma dispensação, eu levo a palavra e você recebe, analisa,
pensa, recebe com alegria, tira as suas dificuldades, e continuamos em unidade. Esta
comunhão aqui é para isso.
No entanto, quando chega na casa, tem que acontecer a mesma coisa, por isso que a
casa não é tijolo. A casa verdadeira, a casa normal, dentro do sentido espiritual da palavra
dispensação.
Merinha, suponhamos que essa casa que você está, se todos viessem de você
diretamente ou indiretamente, o que fiz com você porque queria unidade com você na palavra,
você faz com aqueles que têm comunhão com você direta ou indiretamente. Então, também não
é uma reunião, é comunhão. Entendeu?
A reunião na casa não é uma reunião, claro que vocês podem chamar até de
ajuntamento, estão indo se ajuntar em uma casa para ter comunhão, buscar unidade na palavra.
Agora sim, quem confirma a unidade é a palavra, e não a reunião.
Gilberto: E quanto ao formato dela?
Nilson: O formato dela é você e o seu discípulo; mas você fala assim: por que tem doze
comigo?” Para uma questão até mesmo de aprendizado, de comunhão no sentido de
percepção, porque duas pessoas percebendo é pobre; quatro pessoas percebendo é pobre,
mas imagina oito, dez irmãos juntos na comunhão em percepção! Isso é muito rico, é riqueza!
O formato é você e o irmão que você se dispensou, que você está indo a ele para ter
unidade com ele, mas porque esse irmão também se dispensou a outro, ele diz para você:
“Gilberto, ao invés de ficar apenas nós dois, vamos estar juntos nós três ou quatro ou cinco?”
Isso é para que a comunhão tenha uma abundância de percepção, por isso que falo, o formato é
você e outro, comunhão é você e outro.
Então, os irmãos estão em comunhão para a unidade, para confirmar a unidade na
palavra, a comunhão agora confirmará a unidade, mas na hora em que a palavra conclui e não
tem mais o que confirmar, se vocês se juntarem, passa a ser reunião e quando passa a ser
reunião, vocês voltam para o judaísmo. Entenderam? Na próxima quinta-feira teremos a
confirmação de tudo.

Graça e Paz!

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