Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
George Roberto;
Marques Maciel;
“
Gesliedson Guilherme;
Wesllen Gabriel.
Citação do Cartonista
Arnaldo Angeli Filho
[...]sendo um crítico eu tenho o direito de
criticar qualquer lado, sou a favor do ser
humano.
”
O autor decidiu parar com as charges depois de
perceber que os personagens estavam se
transformando em “figurinhas engraçadas”,
tomando uma humanização que ele não queria.
Então ele decidiu ir para as tiras. Apesar de tudo, o autor relata que o
fato de o conteúdo para a crítica estar longe dele, a busca por essas
informações e o reconhecimento pela realização da obra é algo
gratificante.
Nas tiras, o autor ainda relata que a criação delas é algo que está
presente em sua vida porque ele se baseia no seu meio circundante,
sua família, amigos, pessoas com quem ele teve algum tipo de
relação. Segundo ele, a tira o permitia falar com ele bem entendesse,
sem rodeios.
Nas suas criações, o autor aborda questões políticas, sociais, éticas e assuntos do seu
cotidiano. E imerso nessas questões, ele traz nas suas obras traços perspicazes e
profundos, o que desencadeia um olhar para o problema tratado e a opinião do autor.
A parte da família de seu Pai que tinha mão para desenho, que em suas
palavras: “Todo mundo na família do meu pai tem mão pra desenho”, conta.
“Mas só quem se profissionalizou fomos eu e um primo, que faz painéis pro
McDonald’s. Como nossa assinatura é igual, a turma fala ‘Angeli se vendeu!’;
Uma de suas maiores motivações talvez seja o orgasmo universal, segundo o
próprio.
Angeli é um dos cartunistas mais importantes e influentes do Brasil, ele ficou por mais de 40 anos no jornal Folha de São Paulo, ao
qual fez seu nome, e sua contribuição para o quadrinho nacional é notável. Ele é reconhecido por seu estilo único e ousado, além de
sua capacidade de abordar temas sociais, políticos e culturais de forma satírica e crítica. Algumas das principais contribuições de
Angeli para o quadrinho brasileiro incluem:
Criação de personagens icônicos: Angeli é o criador de diversos personagens que se tornaram símbolos da cultura pop brasileira.
Entre eles, destacam-se Rê Bordosa, uma personagem que representa a decadência do movimento hippie; Bob Cuspe, um punk
anarquista e provocador; e os famosos "bichinhos", personagens antropomórficos com características humanas e situações
cotidianas, que fizeram muito sucesso em suas tiras.
Crítica social e política: Por meio de seus quadrinhos ele aborda aspectos culturais e sociais do brasil fazendo críticas por meio de
um humor ácido e irônico que estão acoplados com seus personagens com senso de absurdo
Renovação do quadrinho underground: Nos anos 1970 e 1980, Angeli foi um dos pioneiros do movimento de quadrinhos
underground no Brasil. Ele ajudou a romper com as estruturas mais tradicionais dos quadrinhos, trazendo um estilo mais autêntico e
experimental, que se destacava pela liberdade criativa e temática não convencional.
Influência na geração de cartunistas: Sua audácia, sua coragem e sua preocupação com a liberdade de expressão em suas obras
abriam caminho para influenciar várias gerações de cartunistas que se inspiraram em suas obras e sua maneira de criticar e
representar as coisas
Atuação em diversas mídias: Além dos quadrinhos impressos, Angeli expandiu seu trabalho para outras mídias, como o jornalismo,
a televisão e a internet. Ele contribuiu para a popularização do cartum no Brasil, atingindo públicos diversos e ampliando a
visibilidade dos quadrinhos no âmbito nacional
Seu trabalho tem influência dos cartuns underground do norte-americano Robert Crumb (1943).
No jornal Folha de S. Paulo, publica charges, a partir de 1973, e, desde 1983, tiras diárias em que cria personagens que retratam
tipos urbanos, com destaque para Rê Bordosa, Bob Cuspe e os velhos hippies Wood & Stock. Na década de 1980, publica, pela
editora Circo, a revista Chiclete com Banana, que lança novo elenco de personagens de sua autoria, como Walter Ego, Rigapov,
Rhalah Rikota, Bibelô, Meiaoito e Nanico, Ritchi Pareide, Aderbal e Os Skrotinhos. Com Laerte (1951) e Glauco (1957-2010) cria
a série Los Três Amigos, também publicada em Chiclete com Banana. Em 1983, ilustra o livro da historiadora Lilia Moritz
Schwartz, República Vou Ver!. Em 1995, publica FHC: Biografia Não Autorizada, pela Editora Ensaio, coletânea de charges
produzidas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1931).