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Uma coisa que todo cristão precisa compreender é a diferença entre posição e estado. Posição é
aquilo que somos em Cristo diante dos olhos de Deus, mas estado é a forma como nos encontramos no
momento!
A vontade de Deus é que o nosso estado seja coerente com a nossa posição!
Quando o nosso estado se torna ruim, então o Senhor nos disciplina!
O objetivo da sua disciplina é nos levar a expressar a glória da nossa posição em Cristo!
No verso 21, ele diz que o Senhor não viu iniquidade em Israel. Veja que afirmação espantosa! Essa
é a nossa posição na aliança, pois Ele disse: “Das suas iniquidades jamais me lembrarei”. Deus não diz
que não havia pecado em Israel, ele apenas diz que não os vê. Não devemos nunca pensar que não há
pecado em nós, mas devemos declarar ousadamente que o Senhor não vê iniquidade em Israel. Quando
Ele nos olha, não vê pecado em nós.
Sabe por que Deus não viu iniquidade em Israel? Porque, no meio do acampamento, estava o
Tabernáculo, e nele havia o altar de bronze, que aponta para a cruz. E, todos os dias, o cordeiro era
imolado nele, lembrando-nos do Senhor Jesus.
OBS: Eles se posicionaram de frente para o Sacrifício do Cordeiro! De costas para o inimigo, o
acusador, a condenação de morte! A vida deles estava no que estava sendo estabelecido no
tabernáculo, no sacrifício do cordeiro! A propósito, a formação das tribos traz a figura da cruz! No
mundo espiritual desde Sempre já se estremecia com o anúncio do Cristo! O Diabo sabia desde o
Éden que viria o descendente da mulher pisar na sua cabeça!
Sua posição hoje está em Cristo! (isso é ignorar a acusação! A condenação! Rm 8:33-34)
Estando em Cristo, quando Deus olha para você, Ele vê Cristo, que não tem pecado. Seu estado
pode ser eventualmente ruim, mas sua posição é eternamente divina!
Se isso era verdade na Velha Aliança, muito mais agora. Uma vez que Deus disse que somos
perdoados e justificados em Cristo, isso não pode mais ser revogado. Alguns acreditam que suas muitas
quedas e pecados podem fazer com que sua posição mude diante de Deus, mas isso é mentira do
maligno.
O Pai pode discipliná-lo, mas jamais mudará sua posição de filho (Hb 6.13-20).
Não ignore o seu estado
Uma vez que a nossa posição é muito mais importante, será que devemos ignorar o nosso estado?
Claro que não! Julgue seu estado com base em sua posição. Porque estou próximo de Deus, sou justo
aos seus olhos pelo que Cristo fez. Porque eu sou altamente favorecido no Amado, posso pedir a Deus
que me ajude a tratar com esses momentos ruins!
Quando não entendemos essa verdade, tendemos a julgar a nossa posição pelo nosso estado.
Pensamos que a posição depende de nós e, quando o nosso estado muda, nós concluímos que a nossa
posição mudou também.
O seu estado não pode alterar a sua posição diante de Deus. Mas ele é também importante. O seu
estado, ainda que momentâneo, pode mudar ou afetar a sua posição diante dos homens, o seu
testemunho perante as pessoas. Pode até tirar a sua paz na mente por causa da comunhão com os
outros. O seu estado pode também afetar o seu desfrute das coisas do Espírito e até a sua utilidade na
obra de Deus. Por tudo isso, não ignore o seu estado!
Temos ensinado muitas vezes que a introspecção é muito prejudicial para a vida espiritual. Isso,
porém, não significa que não devemos avaliar o nosso comportamento. Devemos fazer isso
evidentemente sem cair na condenação do inimigo.
Preciso dizer que existem dois tipos de autoavaliação: aquele que resulta em autocondenação e
acusação — este procede do diabo —, e aquele que é saudável, quando avaliamos nossas ações para
agirmos melhor. Sabemos que a nossa posição não muda, por isso podemos mudar o nosso estado.
Não existe contradição entre a disciplina de Deus e sua graça. Pelo contrário, a disciplina de Deus
manifesta a sua graça. Um crente depois de salvo nunca perderá a salvação, mas evidentemente poderá
ser disciplinado!
A questão que frequentemente ouço é: “Como Deus disciplina?”
Antes de tudo, precisamos dizer que Deus não é um pai abusivo que faz coisas horríveis com seus
filhos. O Senhor Jesus curou todos os doentes que vieram a Ele e não houve nenhum caso de Ele
colocar uma doença em alguém para lhe ensinar uma lição. Creio que o Pai jamais traz doenças e
pragas sobre seus filhos.
A extensão da correção é na exata medida do seu amor. Se vejo o meu filho vez após vez fazendo o
mesmo erro e se aquilo pode resultar em grande perda para ele, eu vou corrigi-lo para impedir que ele
sofra perda. Quando amamos, corrigimos, nunca ignoramos.
Deus, porém, não vai corrigi-lo lhe mandando doenças ou dando um acidente de carro. Deus nunca
age como um pai abusivo.
“Uma vez que respeitávamos nossos pais terrenos que nos disciplinavam, não devemos nos
submeter ainda mais à disciplina do Pai de nosso espírito e, assim, obter vida? (Hb 12.5-9)
No fim do verso, lemos que, se estivermos debaixo da submissão ao Pai, então viveremos. Eu creio
que o Senhor nos disciplina, mas seja como for que essa disciplina venha, o resultado é que viveremos.
Quando estamos debaixo de submissão ao Pai, o resultado é vida, e nunca morte.
A graça nos educa (educar é disciplinar!)
Na passagem de Tito 2, podemos ver claramente os três tempos da graça de Deus.
Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que,
renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e
piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e
Salvador Cristo Jesus. (Tt 2.11-13)
• No passado, a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens.
• No presente, a graça está educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões
mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente.
• No futuro, aguardamos a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus
e Salvador Cristo Jesus.
Veja que a disciplina é a graça de Deus nos educando! Que o Senhor nos abra os olhos para vermos
a sua graça em meio aos seus tratamentos em nossa vida!
Ele caiu em si
O garoto caiu em si disse: “Pequei contra o céu”. É nesse momento que ele decide voltar para casa.
Esse é o alvo final da disciplina, levar-nos de volta ao Pai.
Uma coisa que aprendi durante os anos foi que a disciplina aproxima o filho do pai. Toda mãe sabe
que, quando ela disciplina o filho, ele fica ainda mais apegado a ela emocionalmente.
Toda criança, quando erra, sabe instintivamente que ela deve pagar pelo erro.
Quando ela é disciplinada, sente paz; mas, quando ela erra e não é disciplinada, ela se torna ansiosa
e angustiada. Creio que o mesmo princípio se aplica à disciplina de Deus.
Assim, vemos que Deus é um Pai que pode corrigir com severidade, porque Ele não gosta quando
nossos pais agem de forma displicente com a disciplina. Eli não fez as coisas terríveis que seus filhos
faziam. Ele foi julgado unicamente porque foi negligente com a disciplina. O nosso Deus é um Pai
zeloso, que certamente nos disciplinará.
Davi também não foi um bom pai. A respeito de Adonias, a Palavra de Deus diz que Davi, seu pai,
nunca o contrariou. Pode ter certeza de que Deus não é assim. Para o nosso bem, Ele vai nos contrariar.
1Rs 1.5-6 “Então, Adonias, filho de Hagite, se exaltou e disse: Eu reinarei. Providenciou carros, e
cavaleiros, e cinquenta homens que corressem adiante dele. Jamais seu pai o contrariou, dizendo: Por
que procedes assim? Além disso, era ele de aparência mui formosa e nascera depois de Absalão.”