Resenha do Artigo:

“Sistemas de Informação no Brasil:

uma análise dos artigos científicos
dos anos 90”

Resenha realizada como conclusão da matéria

Gestão de Tecnologia da Informação do 1º período
do curso de pós-graduação de Gestão da
Informação.

Orientadora: Professora Mestra Carla Lima

Marssolla Aragão da Cruz

Alessandra Missali
Rev. adm. contemp. vol.2 no.3 Curitiba Sept./Dec. 1998. Sistemas de Informação
no Brasil: uma análise dos artigos científicos dos anos 90

Este artigo científico de Norberto Hoppen trabalho de grande contribuição para

visualização da qualidade dos estudos referente à disciplina de Sistemas da
Informação nos anos 90, descreve sobre uma análise realizada no Brasil, onde relata
a evolução acadêmica do estudo de Sistema de Informação, na década de 90. Para tal
análise, Hoppen levou em consideração, 163 artigos publicados em revistas científicas
de Administração.

Esta análise foi feita de diversos pontos de vista, para que se pudesse chegar a
uma conclusão final.

Primeiramente, o artigo apresenta como foi feita a análise dos dados dos 163
artigos. Baseou-se em diversas revistas científicas de vários temas sobre a
Administração, pois nesta época, estas revistas eram as mais representativas que
divulgavam sobre o tema Sistemas da Informação.

A década de 90 foi o período escolhido pelo artigo porque nesta época, a

tecnologia e os Sistemas da Informação, já estavam mais consolidados.

Após todas as análises realizadas, o artigo conclui que 41% dos artigos
estudados, resultaram apenas em estudos conceituais, desta forma, pode-se
identificar que ainda na década de 90, de 100% dos estudos realizados, 9% a menos
que a metade, ainda não tinha comprovação científica.

Foram utilizadas três metodologias de pesquisas: avaliação quantitativa,

avaliação qualitativa e estudos de caso (denominados de pesquisas survey). Além
disto, foram analisadas três tipos de estratégias: estratégia exploratória, descritiva e
explanatória, para que pudesse ter um parecer mais preciso da situação acadêmica
desta matéria emergente, que é os Sistemas da Informação, neste período.

Como resultado das metodologias, a maior porcentagem foi para os estudos de

caso, apresentando 36% do total, por outro lado, para as análises estratégicas se
verifica que grande parte da estratégia adotada, foi exploratória, contando com 83% do
total.

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 Para fazer as análises o artigo dividiu cada uma das três metodologias acima
citadas, em elementos de investigação, sendo eles: embasamento conceitual,
desenho de pesquisa, coleta dos dados, validade, análise dos dados e apresentação
dos resultados.

Nota-se que no item validade, houve uma disparidade grande de negativa,

onde na validade do construto, entre sim e não, 86% foram identificados como não,
bem como na confiabilidade 77%, também foi identificado como não e que no item
embasamento conceitual apenas 20%, foi um conceito aprofundado.

Como resultado da pesquisa, identificou-se que entre os anos de 1990 e 1991

mais de 60% dos artigos, ainda eram conceituais, porém mais para o final da década
de 90, entre 1996 e 1997, houve uma consolidação de conhecimento, pois as
pesquisas conceituais ficaram com 34%, enquanto as pesquisas com dados mais
relevantes cresceram para 66%.

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65551998000300009&script=sci_arttext&tlng=pt

Hoppen verificou também em seu artigo que, os temas mais presentes em 47%
dos 163 artigos estudados foram: Administração de Sistema de Informação,
compreendendo essencialmente os temas avaliação, planejamento, organização e
implicações gerenciais de Sistema de Informação; o uso de Sistemas de Informação,
abrangendo os temas uso organizacional e tipos de suporte de Sistemas de
Informação; e Sistemas de Informação, incluindo áreas de aplicação e tipos de
Sistemas de Informação.

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 No gráfico abaixo, ele demonstra que a maior fatia da pizza está para o tema
Sistema de Informação com 23%, e a menor fatia está para Ambiente Externo, com
apenas 1%.

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65551998000300009&script=sci_arttext&tlng=pt

Hoppen fez uma comparação entre artigos de Pesquisa e Teóricos referentes

aos temas acima, apresentando o gráfico abaixo, chegando a seguinte conclusão:

As pesquisas empíricas demonstram que o percentual dos temas

Administração de Sistema de Informação, Uso de Sistema de Informação
Administração de Sistema de Informação sobe para 80%. Enquanto para os ensaios
teóricos, houve um crescimento elevado para os temas Disciplinas de Referência e
Educação e Pesquisa em Sistema de Informação.

O autor do artigo chega à conclusão que nos ensaios teóricos, existe uma
preocupação de buscar em outras áreas do conhecimento, informações relevantes
para a área de Sistema de Informação.

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Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65551998000300009&script=sci_arttext&tlng=pt

De uma forma geral, o artigo concluiu que a maior parte dos artigos estudados
foi realizada de forma qualitativa, ou seja, 54% deles. Já os estudos de caso, foram
34%, enquanto as pesquisas quantitativas apresentavam 36% dos artigos estudados.

Grande parte dos temas analisados pelos estudos entre 1990 e 1997, no Brasil,
foram relacionados à Administração de Sistemas da Informação, ao uso do Sistemas
da Informação e ao Sistemas da Informação, propriamente dito. Demonstrou-se nos
estudos que 14% dos artigos, mostram que esta disciplina tem forte conexão com
outras áreas de conhecimento, por outro lado, 6% dos artigos, demonstram a
preocupação em consolidação desta área específica de conhecimento.

A partir da conclusão desta pesquisa, onde mostra que 14% dos artigos em
contra partida de 6%, já apresentava uma interação, uma integração, entre outras
áreas de conhecimento.

Hoppen menciona que “dos Anais do ENANPAD analisaram-se somente

artigos do volume Administração da Informação, com três exceções. A amostra
também não contém outros veículos de domínios conexos da Administração, como os
Anais do ENEGEP ou revistas científicas da área de Sociologia, Economia,

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Engenharia e Informática. Mesmo assim, atingiu-se o expressivo número de 163
artigos analisados”.

A contribuição do autor na dissertação deste artigo consistiu em apresentar de

uma maneira geral, um panorama dos artigos científicos, empíricos e teóricos, no
Brasil, que pode ser útil para as instituições de pesquisa e para os comitês editoriais
das principais revistas científicas.

Hoppen sugere que, como pesquisas futuras, poderia se estabelecer

comparações com outros países e não apenas o Brasil, o que ajudaria a situar a área
de Sistemas de Informação pelo mundo.

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Relacionamento das evidências da década de 90 com as circunstâncias atuais

Através da resenha realizada do artigo “Sistemas de Informação no Brasil: uma

análise dos artigos científicos dos anos 90” é possível fazer uma comparação dos
estudos existentes na década de 90, com estudos atuais, baseado nos indicadores
disponibilizados pela Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e, além
disto, fazer uma análise de como estes estudos contribuiu para a evolução dos
Sistemas de Informação nas circunstâncias atuais.

Na década de 50, a UNESCO, sugeriu para que a Fundação Getúlio Vargas

(FGV), criasse um centro nacional de bibliografia, no Brasil. Esta ação da UNESCO
proporcionou o surgimento de instituições do gênero em diferentes países do mundo,
desta forma, impulsionado os estudos não só no Brasil, mas no mundo. Criou-se então o
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e tecnologia, o IBICT e junto com o Instituto,
a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações.

Conforme descrito no site da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e

Dissertações, “O Ibict desenvolveu e coordena a Biblioteca Digital Brasileira de Teses
e Dissertações (BDTD), que integra os sistemas de informação de teses e
dissertações existentes nas instituições de ensino e pesquisa do Brasil, e também
estimula o registro e a publicação de teses e dissertações em meio eletrônico. A
BDTD, em parceria com as instituições brasileiras de ensino e pesquisa, possibilita
que a comunidade brasileira de C&T publique e difunda suas teses e dissertações
produzidas no País e no exterior, dando maior visibilidade à produção científica
nacional”

Percebe-se então, que desde 1954 já existiam estudos referentes a esta área
de conhecimento, porém segundo o artigo de Hoppen, apenas a partir da década de
90, que houve uma consolidação destes estudos.

No site da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, é possível

coletar dados, onde demostra a quantidade exponencial de estudos existentes nos
dias de hoje.

No gráfico abaixo se observa a quantidade gigantesca de documentos

existentes para análises e pesquisas que estão disponibilizados na biblioteca digital.

Verifica-se que em 2014 (38.788), houve uma postagem maior de documentos

relacionados. A quantidade é maior que do último ano analisado, 2017 (33.852),

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porém consegue-se comparar o ano de 2008 (26.535), que após 6 anos, houve um
aumento considerável de postagens.

Fonte: http://bdtd.ibict.br/vufind/Content/statics

Hoje na biblioteca digital, 107 instituições brasileiras, já postaram 500.978

documentos, sendo que 366.687 são dissertações de mestrados e 134.293 são teses
de doutorado.

Fonte: http://bdtd.ibict.br/vufind/Content/statics

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 Esta quantidade enorme de documentos e o avanço dos estudos e do interesse
por esta área de conhecimento, já identificado por Hoppen em seu artigo, se devem ao
fato da transformação da era digital e da informatização do mundo globalizado.

Para que qualquer ramo de atividade consiga sobreviver nos dias de hoje,
inevitavelmente, terá que se adequar ao Sistema de Informação, desta forma,
realmente é possível identificar que as empresas têm colocado em prática o que se
vem documentando desde 1954.

As documentações, os estudos científicos, as formações acadêmicas, tem sido

fundamental para que se pudesse organizar e estruturar a integração do negócio das
empresas com a tecnologia da informação.

As documentações têm orientado os gestores das empresas, de como deve ser

feito um Plano Diretor de Sistemas de Informação de excelência. O Plano Diretor tem
como objetivo projetar as necessidades nos serviços de informática para atender os
objetivos de negócio da empresa.

Conclui-se que através das documentações redigidas ao longo dos 65 anos,

especialmente na década de 90, tem se compilado informações valiosas para os
sucessos organizacionais.

Desta forma, para que esta inovação em sistema de informação se torne

realmente uma vantagem competitiva, a empresa deve desenvolver uma excelência
operacional, onde através de um correto, eficiente e eficaz fluxo de negócio,
juntamente com análise de indicadores através de ferramentas adequadas, gestores
possam ter uma melhor tomada de decisão, e a empresa possa ter um relacionamento
mais estreito com clientes e fornecedores, resultando em um negócio realmente de
sucesso.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HOPPEN, Norberto. Sistemas de Informação no Brasil: uma análise dos artigos

científicos dos anos 90. Site: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-
65551998000300009&script=sci_arttext&tlng=pt. Curitiba, Set/Dez 1998, vol. 2 no.3.

INFOESCOLA, Navegando e Apreendendo. Site:

https://www.infoescola.com/ciencias/comprovacao-cientifica/.

INFORMAÇÃO, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. Site:

http://www.ibict.br/.

MUELLER, Suzana Pinheiro Machado e PECEGUEIRO, Cláudia Maria Pinho de

Abreu. O periódico Ciência da Informação na década de 90: um retrato da área
refletivo em seus artigos. Site: http://www.scielo.br/pdf/ci/v30n2/6211.pdf. Brasília,
Maio/Ago 2001, v.30, no.2, p. 47-63.

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