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Afonso Villasanti começou seus estudos aos 9 anos de idade, aprendendo, primeiramente, o violão
clássico com seu pai. Aos 14 iniciou os estudos em guitarra elétrica pelo Conservatório Carlos Gomes,
onde se formou em 2010, ingressando logo em seguida na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
em um bacharelado em música popular.

A viola entrou em sua vida apenas aos 25 anos, após uma viagem ao sertão de Minas Gerais, e, reunindo
as técnicas do violão, da guitarra e da composição, Afonso se tornou um violeiro experimentalista desde
o início, buscando trazer para esse instrumento tão tradicional novos horizontes, explorando a viola
brasileira de 10 cordas como um instrumento étnico universal e não apenas como um instrumento preso
à tradição sertaneja.

Em 2018, é aprovado em um curso de Composição pelo Instituto Britânico de Música, em que leva sua
viola para a Europa e desenvolve as habilidades em Composition – Songwriting, tendo ainda a
oportunidade de gravar uma peça de Villa Lobos no Windmill Lane Recording Studios, o maior estúdio da
Irlanda, e fazer shows em diversos países como Irlanda, Portugal, Espanha e Holanda.

Mesmo nesse processo de renovação da viola, Afonso não perde o forte respeito à tradição: estuda os
ritmos tradicionais caipiras e pesquisa a música popular, fazendo diversas viagens pelo Brasil e
coletando materiais, além de ensinar esses toques em seus cursos online. Porém, seguindo a escola de
Ivan Vilela, Almir Sater, Roberto Corrêa e outros, esse material é utilizado como matéria prima para a
composição de músicas na viola que abordam novos estilos musicais.

Atualmente, lançou seu primeiro disco de viola: “Primeiro (Im)pulso”, ou “First (Im)pulse”, com músicas
instrumentais que viajam de Hermeto Pascoal e Ernesto Nazareth até o barroco de J.S. Bach, além de
canções compostas e cantadas pelo próprio violeiro em parceria com músicos da Unicamp.

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Sumário

Capítulo 1 | Caruru

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CAPÍTULO 1

CARURU
A VACA JÁ FOI PRO BREJO (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Cururu
Tom: Si Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi

Introdução (adaptado do violão):

(Remate: B) (Remate: F#7 B)

Em branco: F#7 | B

B
Mundo velho está perdido, já não endireita mais
F#7
Os filhos de hoje em dia já não obedecem os pais
É o começo do fim, já estou vendo sinais
E F#7 (Remate: B F#7) B
Metade da mocidade estão virando marginais
E F#7 B F#7 B
É um bando de serpentes, os mocinhos vão na frente, as mocinhas vão atrás

Introdução: (F#7 B) (F#7 B)


Em branco: F#7 | B

B
Pobre pai e pobre mãe, morrendo de trabalhar
F#7
Deixa o couro no serviço pra fazer filho estudar
Compra carro à prestação para o filho passear
E F#7 (Remate: B F#7) B
Os filhos vivem rodando fazendo pneu cantar
E F#7 B F#7 B
Ouvi um filho dizer: o meu pai tem que gemer, não mandei ninguém casar

Introdução: (F#7 B) (F#7 B)


Em branco: F#7 | B

B
O filho parece rei, filha parece rainha
F#7
Eles que mandam na casa, e ninguém tira farinha
Manda a mãe calar a boca, coitada fica quietinha
E F#7 (Remate: B F#7) B
O pai é um zero à esquerda é um trem fora da linha
E
Cantando agora eu falo:
F#7 B F#7 B
Terreiro que não tem galo, quem canta é frango e franguinha

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Introdução: (F#7 B) (F#7 B)
Em branco: F#7 | B

B
Pra ver a filha formada, um grande amigo meu
F#7
O pão que o diabo amassou o pobre homem comeu
Quando a filha se formou foi só desgosto que deu
E F#7 (Remate: B F#7) B
Ela disse assim pro pai quem vai embora sou eu
E F#7 B F#7 B
Pobre pai banhado em pranto, o seu desgosto foi tanto, que o pobre velho morreu

Introdução: (F#7 B) (F#7 B)


Em branco: F#7 | B

B
Meu mestre é Deus nas alturas, o mundo é meu colégio
F#7
Eu sei criticar cantando, Deus me deu o privilégio
Mato a cobra e mostro o pau, eu mato e não apedrejo
E F#7 (Remate: B F#7) B
Dragão de sete cabeças também mato e não aleijo
E F#7 B F#7 (B F#7) B
Estamos no fim do respeito, mundo velho não tem jeito: a vaca já foi pro brejo

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CAÇADOR (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Cururu
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré

Introdução:

B7 % B7

B7 (Remate: B7 E)

Em branco: B7 | E

B7
Mandei fazer uma canoa fundo preto e barra clara
CONTRACANTO:
Dois remo de guarantã e o varejão de guaiçara

B7 A B7 (Remate: E B7) E
Ai, ai o apoito pesa uma arroba, jogo n’água o bote pára

Introdução: B7 % B7 B7 (Remate: B7 E)
Em branco: B7 | E

B7
Tenho uma trela de cachorro o Marengo e a Caiçara
CONTRACANTO
A sua especialidade correr anta e capivara
B7 A B7 (Remate: E B7) E
Ai, ai sorto os cachorros no rastro vai rebentando taquara

Introdução: B7 % B7↓ B7 (Remate: B7 E)


Em branco: B7 | E

B7
Eu tenho uma cartucheira de qualidade bem rara
CONTRACANTO
É uma dois cano trunchado que até pranchão ela vara
A B7 (Remate: E B7) E
Ai, ai a anta deita na fumaça na hora que ela dispara

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Introdução: B7 % B7↓ B7 (Remate: B7 E)
Em branco: B7 | E

B7
A anta se apincha n'água na correnteza não pára
CONTRACANTO
Vai com a cabeça de fora e a dois cano já dispara
A B7 (Remate: E B7) E
Ai, ai a bicha prancheia n'água e é só fisgar ela na vara

Introdução: B7 % B7↓ B7 (Remate: B7 E)


Em branco: B7 | E

B7
Do couro eu tranço um laço cabeçada e rédeas cara
CONTRACANTO
A carne eu vendo no açougue, mas pro gasto nós separa
A B7 (Remate: E B7) E↓
Ai, ai também faço meus pagodes nas noites de lua clara

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Caçador do Ivinhema (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Cururu
Tom: Dó Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi com capotraste na casa 1

Introdução (adaptado do violão):

F (G C) G C

C G
Subi o rio Ivinhema numa canoa de remo
F C
Fui caçar no gato preto um lugar bão que só vendo
G C (Remate: C G) C
Levei a minha dois canos e meu cachorro Veneno
C↓ C7↑↓ F C
Soltei no rastro de onça, o bicho saiu fervendo
G
Meu cachorrinho é sem raça, mas pra levantar uma caça
(2 Remates: C G C G) C
Pra ele é café pequeno

C G
Dando sinal de levante entrou na mata fechada
F C
De repente lá no alto ele deu uma barruada
G C (Remate: C G) C
Eu falei pro companheiro: é onça e das bem criada
C↓ C7↑↓ F C
Minha espingarda tem bala, fico firme na cilada
G
O senhor é de coragem, vai esperar na passagem
C
No corredor da picada

Introdução:

C7 F (G C) G C

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C G
O Zé Pedro é desses homens que não deixa pra depois
F C
Ergueu a traia nas costa e já saiu no pé dois
G C (Remate: C G) C
Dizendo cercar a onça muito apressado ele foi
C↓ C7↑↓ F C
A onça ele ainda disse vive só comendo boi
G
Sabendo desta façanha, me interessei pela banha
(2 Remates: C G C G) C
Pra temperar meu arroz

C G
A corrida foi embora, descambou no espigão
F C
Eu até fiz um cigarro, descansei sobre o garrão
G C (Remate: C G) C
De repente foi voltando, rodeou pelo capão
C↓ C7↑↓ F C
Meu cachorro começava um sinal de acuação
G
Gritei assim pro Zé Pedro:
C
"Vou tirar o couro mais cedo da rainha do sertão"

Introdução: C7 F (G C) G C

C G
Ele veio ao meu encontro pra ir no pé da pintada
F C
Meu facão de aço puro foi abrindo uma picada
G C (Remate: C G) C
De longe avistei a onça por de trás de uma ramada
C↓ C7↑↓ F C
Ele deu um tiro nela, ela foi nele de unhada
G
Pra terminar meu enredo, matei ela pro Zé Pedro
(Remate: C G) C↓
O resto eu não conto nada

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CANOEIRO (Zé Carreiro e Carreirinho)
Ritmo: Cururu
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Violão tocando no tom de Ré Maior

Introdução (adaptado do violão):

E % B7 % E

E B7 B7 (E B7) E

B7
Domingo de tardezinha, eu estava mesmo à toa
Convidei meu companheiro, pra ir pescar na lagoa
(Remate: B7 B7) B7
Levemo a rede de lanço
E %
Ai, ai fomos pescar de canoa

Introdução: E % B7 % E % B7 %
(Remate: E B7) E

B7
Eu levei meus apreparo pra dar uma pescada boa
Eu saí logo sereno, remando minha canoa
(Remate: B7 B7) B7
Cada remada que eu dava
E %
Ai, ai dava um balanço na proa

Introdução: E % B7 % E % B7 %
(Remate: E B7) E

B7
Fui descendo rio abaixo, remando minha canoa
A canoa foi rasgando foi deitando as taboa
(Remate: B7 B7) B7
A garça avistei de longe
E %
Ai, ai chega perto ela avoa

Introdução: E % B7 % E % B7 %
(Remate: E B7) E

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B7
O rio tava enchendo muito, fui encostando a canoa
Eu entrei numa vazante fui sai noutra lagoa
(Remate: B7 B7) B7
Fui mexendo aquele lodo
E %
Ai, ai onde que os pintado amoa

Introdução: E % B7 % E % B7 %
(Remate: E B7) E

B7
Prá pegar peixe dos bão, dá trabalho a gente soa
Eu jogo timbó na água, que a peixaria atordoa
(Remate: B7 B7) B7
Jogo a rede e dou um grito
B7↓ E↓
Ai, ai... os dourado amontoa...

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CAPIAU (João Mulato e Pardinho)
Ritmo: Cururu
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré

Introdução (adaptado do violão):

(E7 A) (E7 A)

(E7 A) (E7 A)

Em branco: E7 | A

A D E7 A
A parede enfumaçada lá por dentro do ranchão
D1 G A (D A) D
Carne de bicho mateiro no mormaço do fogão
E7 A
Na taipa um toco de brasa lá na trempe um panelão
D E7 A
O tempero da comida cheira em todo o casarão
G A D1 E7 A (E7 rasgueia) A
O caboclo está contente... lá no fundo do sertão

E7 A D
A choupana é de barrote, armação feita de pau
E7 A
É o castelo do caipira, morada do capiau

Introdução: (E7 A) (E7 A) (E7 A) (E7 A)


Em branco: E7 | A

A D E7 A
O bicho mateiro desce da capoeira fechada
D1 G A (D A) D
Gavião voa de fasto preparando a emboscada
E7 A
Onça ruge na montanha, o boi berra na invernada
D E7 A
Tem capivara criando lá no meio da porcada
G A D1 E7 A (E7 rasgueia) A
Capiau lá tem de tudo... nós aqui não temos nada

E7 A D
A choupana é de barrote, armação feita de pau
E7 A
É o castelo do caipira, morada do capiau

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Introdução: (E7 A) (E7 A) (E7 A) (E7 A)
Em branco: E7 | A

A D E7 A
A paca vem no carreiro, o capiau tá na mira
D1 G A (D A) D
É no baque da Laporte a caça deita e revira
E7 A
Adora uma caçada, mas não dispensa um catira
D E7 A
Ele só anda descalço marra a calça com embira
G A D1 E7 Fim*
Ser doutor é muito fácil, o difícil é ser caipira

*Fim:
A ↓ ↑↓ ↓
E7 ↓↑↓
A ↓ ↓↑ ↓

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LAÇO DOBRADO (Divino e Donizete)
Ritmo: Cururu
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi

Introdução:

E7 A E7 A

E7 A E7 (A)

Em branco: E7 | A

A E7
Um famoso fazendeiro de respeito e posição
D E7 A
Em sua grande fazenda deu emprego a um peão
D E7
O peão era casado com uma flor em botão
A
Foi a mulher mais bonita que pisou naquele chão
D E7 CONTRACANTO 1:
Sem demora o fazendeiro
E7 A
Por ela sentiu paixão

Introdução: E7 A E7 A | E7 A E7 A
Em branco: E7 | A

A E7
Todos os dias bem cedo depois que o peão saía
D E7 A
O fazendeiro chegava um copo d’água pedia
D E7
Para a mulher do peão declarava o que sentia
A
Ela sempre recusava e o fazendeiro insistia
D E7 CONTRACANTO 2:
Ela contou ao marido
E7 A
Tudo o que acontecia

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Introdução: E7 A E7 A | E7 A E7 A
Em branco: E7 | A

A E7
Quando foi um certo dia em casa o peão ficou
D E7 A
Pedindo um copo d’água seu patrão logo chegou
D E7
A mandado do marido a mulher lhe convidou
A
Vem tomar água no pote sorrindo ele aceitou
D E7 CONTRACANTO 1:
Mas quando entrou na casa
E7 A
Com o peão encontrou

Introdução: E7 A E7 A | E7 A E7 A
Em branco: E7 | A

A E7
Na mira do trinta e oito o fazendeiro tremeu
D E7 A
E toda a água do pote sem vontade ele bebeu
D E7
Sentiu o laço dobrado que sem piedade desceu
A
Até hoje tem a marca da surra que recebeu
D E7 CONTRACANTO 2:
Com mulher comprometida
E7 A
Nunca mais ele mexeu

Fim:

E7 A E7 (A)

E7 A E7 (A)

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O Doutor e o Caipira (Goiano e Paranaense)
Ritmo: Cururu (variação do Goiano)
Tom: Si Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré#

Introdução:
(E) F# B

B F# % B

Em branco: F#7 | B

B G# C#m %
Eu dou motivo pra me chamar de caipira
F# % B %
Mas continuo lhe tratando de senhor
% % C#m %
Eu não me zango, pois não disse uma mentira
F# E B %
Pelo contrário isso até me dá valor
B % C#m %
Sua infância foi lições de faculdade
F# % B %
Na realidade hoje é grande doutor
B7(casa7) % E %
Não tive estudos minha escola foi trabalho
F# % B
Desbravando meu sertão no interior

Introdução: (B E) F# B % F#7 F#7 B


Em branco: F#7 | B

B G# C#m %
Foi importante eu ter feito esta viagem
F# % B %
Pois conheci esta frondosa capital
% % C#m %
Estou surpreso vendo tanta aparelhagem
F# E B %
Para o senhor tudo isto é normal
% % C#m %
Sou um paciente que o destino lhe oferece
F# % B %
Não me conhece como um profissional
B7 % E %
Lá onde eu moro o senhor se sentiria
F# % B
Como eu me sinto aqui nesse hospital

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Introdução: (B E) F# B % F#7 F#7 B
Em branco: F#7 | B

B G# C#m %
Lá eu domino aquele incêndio alastrado
F# % B %
Que sempre um raio deixa fogo no espigão
% % C#m %
Se der um golpe em um jatobá erado
F# E B %
Eu sei o lado que a árvore cai no chão
% % C#m %
Sou especialista em mata-burros e porteiras
F# % B %
Sei a madeira que se usa pro mourão
B7 % E %
Vamos comigo ver meu mundo ao céu aberto
F# % B
Onde o trabalho também é uma operação

Introdução: (B E) F# B % F#7 F#7 B


Em branco: F#7 | B

B G# C#m %
Todas as vezes que me chamam de caipira
F# % B %
É um carinho que recebo de alguém
% % C#m %
É uma prova que a pessoa me admira
F# E B %
E nem calcula o prazer que a gente tem
% % C#m %
Doutor agora nós já somos bons amigos
F# % B %
Vamos comigo conhecer o meu além
B7 % E %
Para dizer que sou caipira da cidade
F# % (Remate: B F#7) B↓
Mas lá no mato eu sou um doutor também

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O MENINO DA PORTEIRA (Luizinho e Limeira)
Ritmo: Cururu
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Violão com capotraste na casa 1

Introdução (adaptado do violão):

A %

E7 % % % (A)

Em branco: E7 A E7 A

A E7
Toda vez que eu viajava pela estrada de ouro fino
A
De longe eu avistava a figura de um menino
E7
Que corria abrir a porteira depois vinha me pedindo
(Remate: A)
Toque o berrante seu moço que é pra mim ficá ouvindo
D E7
Quando a boiada passava que a poeira ia baixando
A
Eu jogava uma moeda, ele saia pulando
E7
Obrigado, boiadeiro que Deus vai lhe acompanhando
(Remate: A)
Pra’quele sertão afora meu berrante ia tocando

Ponte:

E7 A (E7 A)

E7 A (E7 A)

Em branco: E7 A E7 A

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A E7
No caminho desta vida muito espinho eu encontrei
A
Mas nenhum calou mais fundo do que isto que eu passei
E7
Na minha viagem de vorta qualquer coisa eu cismei
(Remate: A)
Vendo a porteira fechada o menino não avistei
D E7
Eu apiei do meu cavalo num ranchinho à beira chão
A
Vi uma mulher chorando, quis saber qual a razão
E7
Boiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradão
(Remate: A)
Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração

Ponte: E7 A E7 (Remate: A)
E7 A E7 (Remate: A)

Em branco: E7 A E7 A

A E7
Lá pras bandas de Ouro Fino levando gado servagem
A
Quando passo na porteira até vejo a sua imagem
E7
O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem
(Remate: A)
Daquele rosto trigueiro desejando-me boa viagem
D E7
A cruzinha no estradão do pensamento não sai
A
Eu já fiz um juramento que não esqueço jamais
E7
Nem que o meu gado estoure, que eu precise ir atrás
A
Neste pedaço de chão berrante eu não toco mais

Ponte: E7 A E7 (Remate: A)
E7 A E7 (Remate: A)

Fim: E7 (Remate: A) E7 (Remate: A)

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PEITO SADIO (Zé Carreiro e Carreirinho)
Ritmo: Cururu
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Violão tocando no tom de Ré Maior

Introdução (adaptado do violão):

E7 A B7 E

E A B7 E
Foi às quatro horas da manhã, meu cachorro de guarda latiu,
E B7 E
Levantei para ver o que era, e vesti meu casaco de frio,
E A B7 E
Então vi que chegou um mensageiro, amuntado num burro turdio,
E B7 E
Apiou e me disse bom dia ! E o borso da bardrana ele abriu...
E7 A↓ B7 E
Uma carta o rapaz me entregou e de novo amuntou na estrada e sumiu...

Introdução: E7 A B7 E

E A B7 E
Dei a carta pro meu irmão ler, ele leu e me olhando sorriu,
E B7 E
É convite pra nós ir na festa, vai haver um grande desafio.
E A B7 E
O meu pai já correu no vizinho, foi chamar o vovô e o titio,
E B7 E
Nóis cheguemo a pular de contente, lá em casa ninguém mais dormiu...
E7 A↓ B7 E
Pra quebrar aqueles campeonato nem com sindicato ninguém conseguiu...

Introdução: E7 A B7 E

E A B7 E
Violeiros que mandou o convite, moram lá do outro lado do rio...
E B7 E
Eles pensa que nóis não vai lá, mais nóis semo caboclo de brio,
E A B7 E
A peteca aqui do nosso lado, por enquanto no chão não caiu...
E B7 E
Quando nóis cheguemo no catira, os mais fraco na hora sumiu...
E7 A↓ B7 E
Só cantemo moda de campeão e os tar que era bão nem sequer reagiu...

Introdução: E7 A B7 E

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E A B7 E
Perguntei para o dono da festa, onde foi que o senhor conseguiu,
E B7 E
Esses tar violeiro famoso, que as moda de nóis engoliu
E A B7 E
O festeiro ficou pesativo, e mordeu no cigarro e cuspiu,
E B7 E
Vocês são dois caboclo batuta, quem falou pode crer não mentiu...
E7 A↓ B7 E
Teve algum que cantá exprimentou mais o peito faiô e a voz não saiu

Introdução: E7 A B7 E

E A B7 E
As viola nois faz de encomenda, nosso peito é tratado e sadio,
E B7 E
Já cantemo três noite seguida e as moda nóis não repetiu
E A B7 E
Quem repete é relógio de igreja e o triste cantar do tiziu
E B7 E
E agora com essa vitória, inda mais nossa fama subiu
E7 A↓ B7 E
E vocês não deve discutir, se viemos aqui, foi vocês quem pediu...

Fim: B7 E↓

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O PODER DO CRIADOR (Goiano e Paranaense)
Ritmo: Cururu
Tom: Si Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi Bemol

Introdução:

B % % F# %

% % B % %

B7 E B F# B

Em branco: F#7 | B

B % % % F#7 %
Hora triste foi aquela... que Jesus Cristo falou:
% % % % B %
“Mãe está chegando a hora... a Senhora fica eu vou”
B % % % F# 7 %
Com certeza mãe e filho... neste momento chorou
% % % B F#7 B
Hora triste e dolorida porque a dor da despedida só conhece quem passou

Meia Introdução:

B F#7 B

Em branco: F#7 | B

B F #7
Maria disse: “meu filho faz tudo que o pai mandou
B
Pra salvar a humanidade ele lhe determinou”
F#7
Com as lágrimas caindo o seu rosto ela beijou
B F#7 B
Pra cumprir a profecia naquela instante o Messias todo o pecado abraçou

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Introdução: B % % F#7 % % % B (rasgueio)
B % B7 E B F#7 B (rasgueio)
Em branco: F#7 | B

B F#7
Nas margens do rio Jordão Jesus Cristo caminhou
B
Para encontrar João aquele que testemunhou
F #7
O encontro foi tão lindo que o povo se emocionou
B F#7 B
Também foi nessa visita que nas mãos de João Batista Jesus Cristo batizou

Meia Introdução: B F#7 B


Em branco: F#7 | B

B F#7
Na mesa da Santa Ceia, Jesus Cristo ordenou
B
Ensine os meus mandamentos, que onde está meu pai eu vou
F#7
Se o mundo lhes odiar, também já me odiou
B
Faça o bem sem ver a quem a sua recompensa vem
F#7 ( R e m a t e : B F # 7) B ↓
É o que Jesus profetizou

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CAPÍTULO 2

CATERETÊ
A MÃO DO TEMPO (Tião Carreiro e Pardinho)
Versão do LP “Rancho do Vale” (1977)
Ritmo: Cateretê
Tom: Si Maior
Afinação da Versão de Estúdio: Cebolão em Mi

Introdução:

Parte 1 (Adaptação do Violão para Viola):

Parte 2 (Viola Caipira):

Em branco: F# | B/D#

B/D# F# %
Na solidão do meu peito o meu coração reclama
B/D# %
Por amar quem está distante e viver com quem não ama
E F# %
Eu sei que você também da mesma sina se queixa
B/D#
Querendo viver comigo, mas o destino não deixa

Ponte:
F# B/D# F#7 B

Em branco: F# | B/D#

B/D# F# %
Que bom se a gente pudesse arrancar do pensamento
B/D# %
E sepultar a saudade na noite do esquecimento
E F# %
Mas a sombra da lembrança é igual a sombra da gente
B/D#
Pelos caminhos da vida ela está sempre presente

Ponte: F# B/D# F# B/D#


Em branco: F# | B/D#

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B/D# F# %
Vai lembrança e não me faça querer um amor impossível
B/D# %
Se o lembrar nos faz sofrer esquecer é preferível
E F# %
Do que adianta querer bem alguém que já foi embora
B/D#
É como amar uma estrela que foge ao romper da aurora

Ponte: F# B/D# F# B/D#


Em branco: F# | B/D#

B/D# F# %
Arranque da nossa mente horas distantes vividas
B/D# %
Longas estradas que um dia foram por nós percorridas
E F# %
Apague com a mão do tempo os nossos rastros deixados
B/D#
Como flores que secaram no chão do nosso passado

Fim:
(Remate em F#) B/D#↓

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AMOR E SAUDADE (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Cateretê
Tom: Si Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré

Introdução:

Em branco: F# | B/D#

B
Eu passei na sua terra já era de madrugada
F#7 %
As luzes da sua rua estavam quase apagadas

Fiquei horas recordando a nossa vida passada


E F# F#↓F#↓ B/D#
Do tempo do nosso amor... que se acabou... tudo em nada.

Ponte: Remate em F# | Remate em B/D#


Remate em F# | B/D#

B
A sua casinha triste estava toda fechada
F#7 %
E no varal do alpendre umas roupas penduradas

Conheci no meio delas sua blusa amarelada


E F# F#↓F#↓ B/D#↓
Aumentou minha saudade, eta vida amargurada.

Introdução
Em Branco: F# | B/D#

B
No tempo que nós se amava, eu fiz muita caminhada
F#7 %
Chegava na sua casa mesmo sendo hora avançada

Você de casaco preto vinha toda enamorada


E F# F#↓ F#↓ B/D#
Ali nós dois se abraçava, sem que ninguém visse nada.

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Ponte: Remate em F# | Remate em B/D#
Remate em F# | B/D#

B
Mas no mundo tudo passa a sorte é predestinada
F#7 %
Você se casou com outro eu segui minha jornada

Deixei você me acenando lá na curva da estrada


E F# F#↓ F#↓ B/D#
Adeus cabocla faceira, rosa branca perfumada.

Fim: (Remate em F#) B

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ANDORINHAS (Trio Parada Dura)
Ritmo: “Cateretê” (no estilo do Trio Parada Dura) – opcional Toada Balanço
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Violão tocando no tom de Si Maior, ao vivo no tom de Lá Maior

Introdução:

A E7 A

E7 A

E7 A
As andorinhas voltaram... e eu também voltei
E7 A
Pousar no velho ninho, que um dia aqui deixei
E7 A
Nós somos andorinhas, que vão e quem vem à procura de amor
E7
Às vezes volta cansada, ferida, machucada
D E7 A
Mas volta pra casa batendo suas asas, com grande dor
E7 A
Igual a andorinha, eu parti sonhando, mas foi tudo em vão
E7
Voltei sem felicidade, porque, na verdade
D E7 A
Uma andorinha voando sozinha não faz verão

Introdução e letra toda novamente

Fim: (Remate: D E)

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CAMINHEIRO (Liu e Léu)
Ritmo: Cateretê com Rasgueio
Tom: Mi Maior (Original em Fá Maior)

Introdução: E↑↓↑↓ E↑↓↑↓

E7 % %

% % A

E B7 E D↓ E D E

E G#m A G#m
Caminheiro que lá vai indo pro rumo da minha terra
A G#m E CONTRACANTO 1:
Por favor faça parada na casa branca da serra
E7
Ali mora uma velhinha chorando um filho seu
A E
Essa velha é minha mãe e o seu filho sou eu

CONTRACANTO 2:

A E CONTRACANTO 3:
Oh! Caminheiro...

B7 E
Leva este recado meu!

Introdução: E7 | % | % | % | % | A | E B7 | E D↓| E D↓ | E

E G#m A G#m
Por favor diga pra mãe zelar bem do que é meu
A G#m E CONTRACANTO 1
Cuidar bem do meu cavalo que o finado pai me deu
E7
O meu cachorro campeiro, meu galo índio brigador
A E
Minha velha espingarda e o violão chorador

CONTRACANTO 2

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A E CONTRACANTO 3
Oh! Caminheiro...
B7 E
Me faça esse favor...

Introdução: E7 | % | % | % | % | A | E B7 | E D↓| E D↓ | E

E G#m A G#m
Caminheiro, diga pra mãe para não se preocupar
A G#m E CONTRACANTO 1
Se Deus quiser este ano eu consigo me formar
E7
Eu pegando meu diploma vou trazer ela pra cá
A E
Mas se eu for mal nos estudos vou deixar tudo e volto pra lá

CONTRACANTO 2

A E CONTRACANTO 3:
Oh! Caminheiro...

B7 E CONTRACANTO 4:
Não esqueça de avisar...

A E CONTRACANTO 3:
Oh! Caminheiro...

B7 E
Não esqueça de avisar

Fim: E7 E7 E↓

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CARRO DE BOI (Ronaldo Viola e João Carvalho)
Ritmo: Cateretê
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi Bemol, ao vivo Cebolão em Ré

Introdução:
E7 % % A

F# % % B A

G#m F#m B7 E ↓↓↓↓↓ B7↓ E ↓↓↓↓↓ B7↓ (Faz 1 cateretê em E)

E A E
Olhando o carro de boi, eu fiz a comparação
A E B/D# E
Comparei a minha vida, com um velho carretão
E7 A
O meu lamento é igual, o gemido de um cocão
F# B
Que vai pelo chão do mundo, chorando na ingratidão

E A E
Carro de boi, que levou carga pesada
B E B/D# E
Meu peito também carrega, saudade da minha amada
B/D# E B/ D # E
Saudade da minha amada, saudade da minha amada

Meia Introdução:

A G#m F#m B7

E ↓↓↓↓↓ B7↓ E ↓↓↓↓↓ B7↓ E

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E A E
As rodas do velho carro, deixaram marcas no chão
A E B/D# E
Num passado bem distante, que hoje é recordação
E7 A
Assim é a minha vida, nas marcas da ilusão
F# B↓
Sou roda que ainda roda, na estrada solidão

E A E
Carro de boi, que levou carga pesada
B E B/ D # E
Meu peito também carrega, saudade da minha amada
B/ D # E B/ D # E
Saudade da minha amada, saudade da minha amada

Meia Introdução: A G#m | F#m B7 |


E ↓↓↓↓↓ B7↓ E ↓↓↓↓↓ B7↓ E

E A E
Mas esse carro de boi, não pode mais trabalhar
A E B/D# E
Madeira velha e quebrada, não serve pra carrear
E7 A
Eu também estou sentindo a minha força acabar
F# B↓
O tempo é o carreiro que em breve vai me encostar

E A E
Carro de boi, que levou carga pesada
B E B/D# E
Meu peito também carrega, saudade da minha amada
B/D# E B/ D # E
Saudade da minha amada, saudade da minha amada
B/D# E B/ D # E
Saudade da minha amada, saudade da minha amada

Fim: fade out (volume vai baixando)

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EU A VIOLA E ELA (Tião Carreiro e Praiano)
Ritmo: Cateretê
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi

Introdução (adaptação do solo feito com dois violões):

A7 D

E7 A↓ E7↓ D↓ A

A E7 A C O N TR AC AN T O 1
Por causa de você viola quem diz que me adora quer me abandonar
A↓ G#m↓ F#m↓E 7 C O N TR AC AN TO 2
Com ciúme vive a me dizer pra eu escolher com quem vou ficar
D E7 A C O N TR AC AN TO 3
Gosto dela e vou sofrer muito mas esse absurdo jamais eu aceito
E7 D↓ C # m ↓Bm↓A
E prefiro chorar o adeus de quem me conheceu com a vio...la no peito

Introdução: A7 D E7 A↓ E7↓ D↓ A

A E7 A C O N TR AC AN T O 1
Viola eu me lembro ainda ela estava tão linda naquela janela
A↓ G#m↓ F#m↓ E 7 C O N TR AC AN T O 2
E você com o seu ponteado tão apaixonado foi quem me deu ela
D E7 A CO N TR AC AN TO 3
Por isso não vou abrir mão deste meu coração que ela quer lhe roubar
E7 D ↓ C # m ↓ Bm↓ A
Mas se ela for mesmo embora é com você viola que eu vou ficar

Introdução: A7 D E7 A↓ E7↓ D↓ A

A E7 A C O N TR AC AN TO 1
Viola estou muito triste mas a dor que existe você me consola
A↓ G#m↓F#m↓ E 7 C O N TR AC AN TO 2
Em seu braço eu faço queixume do amor que o ciúme vai levar embora
D E7 A C O N TR AC AN TO 3
E prevejo a qualquer momento este amor ciumento nos deixar pra sempre
E7 D ↓ C #m ↓Bm↓A
Mas que Deus lá do céu lhe acompanhe e deixe que eu ame a vio...la somente

Fim: E7 A↓

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Contracantos adaptados das dobras de violões:

Contacanto 1:

Contacanto 2:

Contacanto 3:

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OI PAIXÃO (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Cateretê
Tom: Si Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré#

Introdução:

C#7 F# C#7 F#

E B F#7 B

B F#7
Não suportando a saudade, meu bem vim lhe visitar
B
Trazendo flores bonitas, pra o nosso amor enfeitar
E F#7
Distante dos teus carinhos, eu sofro tanto e reclamo
E F# B/D#
Te juro minha querida, vou terminar minha vida, nos braços de quem eu amo
C#7 F# B/D#
Ooohhh, Hoooi paixão, nos braços de quem eu amo

Introdução: C#7 F# C#7 F# E B F# B

B F#7
Nosso amor não tem limite, não sei onde vai parar
B
Quanto mais você me ama, mais eu quero te amar
E F#7
Uma dor de cotovelo, machuca eu e você
E F# B/D#
Somos dois apaixonados, vive alguém ao nosso lado, fazendo a gente sofrer
C#7 F# B/D#
Ooohhh, Hoooi paixão, fazendo a gente sofrer

Introdução: C#7 F# C#7 F# E B F# B

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B F#7
O nosso caso de amor, está correndo perigo
B
Mas quem tem anjo de guarda, não cai nas mãos do inimigo
E F#7
Somente as forças ocultas, poderão nos castigar
E F# B/D#
Mas amar não é pecado, Deus está do nosso lado, ninguém vai nos separar
C#7 F# B/D#
Ooohhh, Hoooi paixão, ninguém vai nos separar

Fim:
(Remate F#7) B

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PORTA DO MUNDO (Peão Carreiro e Zé Paulo)
Ritmo: Cateretê ou Balanço
Tom: Ré Maior
Utilizar Cebolão em Mi

Introdução:
D7 G Gm D

% E A7 D %

D G A7
O som da viola bateu no meu peito doeu meu irmão
G D
Assim eu me fiz cantador sem nenhum professor, aprendi a lição
D7 G
São coisas divinas do mundo que vem num segundo a sorte mudar
D E A7
Trazendo pra dentro da gente as coisas que a mente vai longe buscar
G D A7 D
Trazendo pra dentro da gente as coisas que a mente vai longe buscar

Ponte: A7 D

D G A7
Em verso se fala e canta o mal se espanta e a gente é feliz
G D
No mundo das rimas e trovas eu sempre dei provas das coisas que fiz
D7 G
Por muitos lugares passei, mas nunca pisei em falso no chão
D E A7
Cantando interpreto a poesia levando alegria onde há solidão
G D A7 D
Cantando interpreto a poesia levando alegria onde há solidão

Introdução: D7 G Gm D % E A7 D %

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D G A7
O destino é o meu calendário o meu dicionário é a inspiração
G D
A porta do mundo é aberta minha alma desperta buscando a canção
D7 G
Com minha viola no peito meus versos são feitos pro mundo cantar
D E A7
É a luta de um velho talento menino por dentro sem nunca cansar
G D F↓ A7↓
É a luta de um velho talento menino por dentro...
D
...sem nunca cansar

Fim: D D↓

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CAPÍTULO 3

TOADA
BOIADEIRO ERRANTE (Liu e Léu)
(Versão ao vivo – Viola Minha Viola de 1980)
Ritmo: Toada
Tom: Mi Maior
Afinação usada nessa apresentação: Cebolão em Mi

Introdução:
B7 % E

% B7 % E

E B7 E
Eu venho vindo de uma querência distante
B7 E B7
Sou um boiadeiro errante que nasceu naquela serra
A B
O meu cavalo corre mais que o pensamento
A B E %
Ele vem no passo lento porque ninguém me espera

E B7
Tocando a boiada, uê, uê, uê, boi
A↓ B↓ E
Eu vou cortando estrada, uê boi
B7
Tocando a boiada, uê, uê, uê, boi
A↓ B↓ E
Eu vou cortando estrada, uê boi

Em branco: B7 % E %

E B7 E
Toque o berrante com capricho Zé Vicente
B7 E B7
Mostre para essa gente o clarim das alterosas
A B
Pegue no laço não se entregue companheiro
A B E %
Chame o cachorro campeiro que esta rês é perigosa

B7
Olhe na janela, uê, uê, uê, boi
A↓ B↓ E
Que linda donzela, uê boi
B7
Olhe na janela, uê, uê, uê, boi
A↓ B↓ E
Que linda donzela, uê boi

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Introdução: B7 % E % B7 % E %

E B7 E
Sou boiadeiro minha gente o que que há
B7 E B7
Deixa o meu gado passar vou cumprir com a minha sina
A B
Lá na baixada quero ouvir a seriema
A B E %
Pra lembrar de uma pequena que eu deixei lá em Minas

B7
Ela é culpada, uê, uê, uê, boi
A↓ B↓ E
D’eu viver nas estradas, uê boi
B7
Ela é culpada, uê, uê, uê, boi
A↓ B↓ E
D’eu viver nas estradas, uê boi

Em branco: B7 % E %

E B7 E
O rio tá calmo e a boiada vai nadando
B7 E B7
Veja aquele boi berrando Chico Bento corre lá
A B
Lace o mestiço salve ele das piranhas
A B E %
Tire o gado na campanha pra viagem continuar

B7
Com destino a Goiás, uê, uê, uê, boi
A↓ B↓ E
Deixei Minas Gerais, uê boi
B7
Com destino a Goiás, uê, uê, uê, boi
A↓ B↓ E E↓
Deixei Minas Gerais, uêêê... boi

Fim: E↓

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CABOCLA TEREZA (Versão de Tonico e Tinoco)
Ritmo: Toada
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi Maior

Introdução (adaptado do cavaquinho):

E7 % A

% E7 % A

"Lá no alto da montanha numa casinha estranha toda feita de sapê


Parei numa noite à cavalo pra mór de dois estalos que ouvi lá dentro bate
Apeei com muito jeito ouvi um gemido perfeito uma voz cheia de dor:
"Vancê, Tereza, descansa jurei de fazer vingança pra morte do meu amor"
Pela réstia da janela por uma luzinha amarela de um lampião quase apagando
Vi uma cabocla no chão e um cabra tinha na mão uma arma alumiando
Virei meu cavalo a galope risquei de espora e chicote sangrei a anca do tar
Desci a montanha abaixo galopando meu macho o seu doutô fui chamar
Vortamo lá pra montanha naquela casinha estranha eu e mais seu doutô
Topemo o cabra assustado que chamou nóis prum lado e a sua história contou"

A D A
Há tempo eu fiz um ranchinho
E7
Pra minha cabocla morá
D E7
Pois era ali nosso ninho
E7 A
Bem longe deste lugar.
A D A
No arto lá da montanha
E7
Perto da luz do luar
D E7
Vivi um ano feliz
D E7 A
Sem nunca isso esperar

Introdução: E7 % A % E7 % A %

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A D A
E muito tempo passou
E7
Pensando em ser tão feliz
D E7
Mas a Tereza, doutor,
E7 A
Feli...cidade não quis.
A D A
Pus meu sonho nesse oiá
E7
Paguei caro meu amor
D E7
Pra mór de outro caboclo
D E7 A
Meu rancho ela abandonou.

Introdução: E7 % A % E7 % A %

A D A
Senti meu sangue fervê
E7
Jurei a Tereza matá
D E7
O meu alazão arriei
E7 A
E ela eu fui percurá.
A D A
Agora já me vinguei
E7
É esse o fim de um amor
D E7
Esta cabocla eu matei
E7 A
É a minha história, dotor

Fim: repete a introdução até acabar a música


E7 % A % E7 % A %

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CHICO MINEIRO (Tonico e Tinoco)
Versão Simplificada
Ritmo: Toada
Tom: Mi Maior
Afinação: Cebolão Mi Maior

Introdução:
A B7 E

% B7 % E

Declamação: B7 % E %

Cada vez que eu me "alembro" do amigo Chico Mineiro,


Das viage que nois fazia era ele meu companheiro,
Sinto uma tristeza, uma vontade de chorar,
Alembrando daqueles tempos que não mais há de vortá.
Apesar de eu ser patrão, eu tinha no coração o amigo Chico Mineiro,
Caboclo bom decidido,
Na viola era delorido e era o peão dos boiadeiro,
Hoje porém com tristeza, recordando das proeza da nossa “viage motin”,
Viajemo mais de dez ano vendendo boiada e comprando por esse rincão sem fim,
Caboclo de nada temia, mas porém chegou um dia que Chico apartou-se de mim...

E B7
Fizemo a úrtima viagem,
E
Foi lá pro sertão de Goiás
B7
Fui eu e o Chico mineiro
E
Também foi o capataz
A
Viajemo muitos dia
B7 A E
Pra chegar em Ouro Fino
A E B7
Aonde nós passemo a noite
E %
Numa festa do Divino

Introdução: A B7 E % B7 % E

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E B7
A festa tava tão boa
E
Mas antes não tivesse ido
B7
O Chico foi baleado
E
Por um homem desconhecido
A
Larguei de comprar boiada
B7 A E
Mataram meu companheiro
A E B7
Acabou o som da viola
E %
Acabou-se o Chico mineiro

Introdução: A B7 E % B7 % E

E B7
Despois daquela tragédia
E
Fiquei mais aborrecido
B7
Não sabia da nossa amizade
E
Porque nós dois era unido.
A
Quando vi seus documento
B7 A E
Me cortou meu coração
A E B7 (desacelera)
De sabê que o Chico mineiro
B7↓ Fim: E ↓↑↓
Era meu legítimo irmão...

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CHICO MINEIRO (Tonico e Tinoco)
Versão de Estúdio
Ritmo: Toada
Tom: Sol Maior
Afinação: Cebolão Mi Maior

Introdução:

G C D7 G

G D7 D7 G

Declamação: D7 % G %

Cada vez que eu me "alembro" do amigo Chico Mineiro,


Das viage que nois fazia era ele meu companheiro,
Sinto uma tristeza, uma vontade de chorar,
Alembrando daqueles tempos que não mais há de vortá.
Apesar de eu ser patrão, eu tinha no coração o amigo Chico Mineiro,
Caboclo bom decidido,
Na viola era delorido e era o peão dos boiadeiro,
Hoje porém com tristeza, recordando das proeza da nossa “viage motin”,
Viajemo mais de dez ano vendendo boiada e comprando por esse rincão sem fim,
Caboclo de nada temia, mas porém chegou um dia que Chico apartou-se de mim...

G D7
Fizemo a úrtima viagem,
G
Foi lá pro sertão de Goiás
D7
Fui eu e o Chico mineiro
G
Também foi o capataz
C
Viajemo muitos dia
D7 C G
Pra chegar em Ouro Fino
C G D7
Aonde nós passemo a noite
G %
Numa festa do Divino

Introdução: C D7 G % D7 % G

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G D7
A festa tava tão boa
G
Mas antes não tivesse ido
D7
O Chico foi baleado
G
Por um homem desconhecido
C
Larguei de comprar boiada
D7 C G
Mataram meu companheiro
C G D7
Acabou o som da viola
G %
Acabou-se o Chico mineiro

Introdução: C D7 G % D7 % G

G D7
Despois daquela tragédia
G
Fiquei mais aborrecido
D7
Não sabia da nossa amizade
G
Porque nós dois era unido.
C
Quando vi seus documento
D7 C G
Me cortou meu coração
C G D7 (desacelera)
De sabê que o Chico mineiro
D7↓ Fim: G↓↑↓
Era meu legítimo irmão...

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CHICO MULATO (versão de Raul Torres e Florêncio)
Ritmo: Toada
Tom: Lá Maior
Utilizar cebolão em Mi (gravação original feita com violão)

Declamação: A % E7 %

Na volta daquela estrada bem em frente uma encruzilhada todo ano a gente via
Lá no meio do terreiro a imagem do Padroeiro, São João da Freguesia
Do lado tinha fogueira em redor a noite inteira, tinha caboclo violeiro
E uma tar de Terezinha, cabocla bem bonitinha, sambava nesse terreiro
Era noite de São João, 'tava tudo no serão, 'tava Romão, cantador
Quando foi de madrugada, saiu com Tereza pra estrada, talvez confessar seu amor
Chico Mulato era o festeiro caboclo bom, violeiro sentiu um frio em seu coração
Tirou da sinta um punhá e foi os dois encontrar, era o rivá, seu irmão
Hoje na volta da estrada em frete aquela encruzilhada, ficou tão triste o sertão
Por causa de Terezinha essa tal de caboclinha nunca mais teve São João...

A E7 A
Tapera de beira de estrada, que vive assim descoberta
D E7 A
Por dentro não tem mais nada, por isso ficou deserta
E7 A
Morava Chico Mulato, o maior dos cantador
D E7 A
Mais quando Chico foi embora na vila ninguém sambou
D E7 A
Morava Chico Mulato, o maior dos cantador...

Em branco: E7 % A %

A E7 A
A causa dessa tristeza sabida em todo lugar
D E7 A
Foi a cabocla Tereza, com outro ela foi morar
E7 A
E o Chico acabrunhado largou então de cantar
D E7 A
Vivia triste calado, querendo só se matar
D E7 A
E o Chico acabrunhado largou então de cantar

Em branco: E7 % A %

A E7 A
Emagrecendo, o coitado foi indo até se acabar
D E7 A
Chorando tanta saudade, de quem não quis mais voltar
E7 A
E todo mundo chorava a morte do cantador
D D E7 A
Não tem batuque, nem samba, sertão inteiro chorou
D E7 E7↓ A↓
E todo mundo chorava a morte do cantador...

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COURO DE BOI (Palmeira e Biá - 1954)
Ritmo: Toada
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi com capotraste na casa 2

Introdução:
A B7 E

% B7 % E

Declamação: B7 % E %

Conheço um velho ditado, que é do tempo dos agáis,


Diz que um pai trata dez fio, dez fio não trata um pai.
Sentindo o peso dos anos sem poder mais trabalhar,
O velho, peão estradeiro, com seu fio foi morar.
O rapaz era casado e a muié deu de implicar.
"Vancê manda o velho embora, se não quiser que eu vá".
E o rapaz, de coração duro, com o velhinho foi falar:

E B7 E
Para o senhor se mudar, meu pai eu vim lhe pedir
B7 E
Hoje aqui da minha casa o senhor tem que sair
A E
Leva este couro de boi que eu acabei de curtir
B7 E %
Pra lhe servir de coberta adonde o senhor dormir

Introdução: A B7 E % B7 % E %

E B7 E
O pobre velho, calado, pegou o couro e saiu
B7 E
Seu neto de oito anos que aquela cena assistiu
A E
Correu atrás do avô, seu paletó sacudiu
B7 E %
Metade daquele couro, chorando ele pediu

Introdução: A B7 E % B7 % E %

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E B7 E
O velhinho, comovido, pra não ver o neto chorando
B7 E
Partiu o couro no meio e pro netinho foi dando
A E
O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando.
B7 E %
Pra quê vancê quer este couro que seu avô ia levando

Introdução: A B7 E % B7 % E %

E B7 E
Disse o menino ao pai: um dia vou me casar
B7 E
O senhor vai ficar velho e comigo vem morar
A E
Pode ser que aconteça de nós não se combinar
B7 B7↓
Essa metade do couro vou dar pro senhor levar...

Fim: E↓

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CUITELINHO (Versão de Pena Branca e Xavantinho)
Ritmo: Toada (no estilo do Pena Branca)
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi

Introdução (adaptação do violão):

A E7 D E7 A

A E7 (E7↓ D↓) E7 %
Cheguei na beira do porto onde as ondas se 'espaia'
A E7 (E7↓ D↓) E7 %
As 'garça' da meia-volta e senta na beira da praia
E7 A %
E o cuitelinho não gosta, que o botão de rosa caia

Introdução: A E7 (D E7) A

A E7 (E7↓ D↓) E7 %
Ai quando eu vim da minha terra despedir da 'parentaia'
A E7 (E7↓ D↓) E7 %
Eu entrei no Mato Grosso dei em terras Paraguaias
E7 A %
Lá tinha revolução, enfrentei forte 'bataia'

Introdução: A E7 (D E7) A

A E7 (E7↓ D↓) E7 %
A tua saudade corta como aço de 'navaia'
A E7 (E7↓ D↓) E7 %
O coração fica 'afrito', uma bate a outra 'faia'
E7 A
Os 'zoio' se enchem d'água que até a vista se 'atrapaia'

Introdução: A E7 (D E7) A
Repete terceiro verso: a tua saudade...
Fim: A E7 (D E7) A↓

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LUAR DO SERTÃO (Versão de Tonico e Tinoco)
Ritmo: Toada (no estilo do Tinoco)
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Cebolão Mi Maior

A F# Bm
Não há, ó gente, ó não
E7 A E7
Luar como esse do sertão
A F# Bm
Não há, ó gente, ó não
E7 A E7
Luar como esse do sertão

A F# Bm
Ó que saudade do luar da minha terra
E7 A E7
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
A F# Bm
Este luar cá da cidade é tão escuro
E7 A E7
Não tem aquela saudade do luar do meu sertão

A F# Bm
Não há, ó gente, ó não
E7 A E7
Luar como esse do sertão
A F# Bm
Não há, ó gente, ó não
E7 A E7
Luar como esse do sertão

Ponteio:
A F# Bm

% E7 % A E7

A F# Bm
A lua nasce por de trás da verde mata
E7 A E7
Mais parece um sór de prata prateando a solidão
A F# Bm
A gente pega na viola que ponteia
E7 A E7
A canção e a lua cheia no bater do coração

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A F# Bm
Não há, ó gente, ó não
E7 A E7
Luar como esse do sertão
A F# Bm
Não há, ó gente, ó não
E7 A E7
Luar como esse do sertão

Ponteio: A F# Bm % E7 % A E7

A F# Bm
Coisa mais bela neste mundo não existe
E7 A E7
Do que ouvir um galo triste no sertão se faz luar
A F# Bm
Parece até que a alma da lua é que descanta
E7 A E7
Escondida na garganta desse galo a soluçar

A F# Bm
Não há, ó gente, ó não
E7 A E7
Luar como esse do sertão
A F# Bm
Não há, ó gente, ó não
E7 A E7
Luar como esse do sertão

Fim: repete o Refrão até a música acabar

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TRISTEZA DO JECA (Adaptação de diversas versões)
Ritmo: Toada
Tom: Sol Maior
Utilizar Cebolão em Mi

Introdução:

C D7 G E7

Am D7 G

Em branco: G (1 compasso)

VERSO I:

G |C D7| G D7 G %
Nestes versos tão singelos, minha bela, meu amor
G |C D7| G D7 G G7↓
Pra mercê quero contar o meu sofrer e a minha dor
C |C D7| G E7 Am
Eu sou como sabi..á, quando canta é só tristeza,
D7 G G↓
desde o gaio onde ele está...

D7 G %
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
D7 G %
Cada toada representa uma saudade

Introdução: C | C D7 | G E7 Am D7 G %

VERSO II:

G |C D7| G D7 G %
Eu nasci naquela serra num ranchinho beira chão
G |C D7| G D7 G G7↓
Tudo cheio de buraco donde a lua faz clarão
C |C D7| G E7 Am
Quando chega a madrugada, lá no mato a passarada,
D7 G G↓
principia um baruião...

D7 G %
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
D7 G %
Cada toada representa uma saudade

Introdução: C | C D7 | G E7 Am D7 G %

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VERSO III (Opção 1 – Versão de Tonico e Tinoco):

G |C D7| G D7 G %
Vou parar com minha viola, já não posso mais cantar
G |C D7| G D7 G G7↓
Pois o Jeca quando canta tem vontade de chorar
C |C D7| G E7 Am
O choro que vai caindo devagar vai se sumindo,
D7 G G↓
como as água vão pro mar

D7 G %
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
D7 G %
Cada toada representa uma saudade

Introdução: C | C D7 | G E7 Am D7 G % Fim: G↓

VERSO III (Opção 1 – Versão do Mazzaropi 1961):

G |C D7| G D7 G %
Lá no mato tudo é triste desde o jeito de falar
G |C D7| G D7 G G7
Pois o Jeca quando canta tem vontade de chorar
C |C D7| G E7 Am D7 G G7
Não tem um que cante alegre, tudo vive padecendo cantando pra aliviar...
C |C D7| G E7 Am D7 G
O choro que vai caindo devagar vai se sumindo, como as água vão pro mar
D7 G %
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
D7 G %
Cada toada representa uma saudade

Introdução: C | C D7 | G E7 Am D7 G % Fim: G↓

VERSO III (Opção 3 – Versão de Pena Branca e Xavantinho):

G |C D7| G D7 G %
Lá no mato tudo é triste desde o jeito de falar
G |C D7| G D7 G G7
Quando riscam na viola dá vontade de chorar
C |C D7| G E7 Am D7 G G7
Não tem um que cante alegre, tudo vive padecendo cantando pra aliviar...
C |C D7| G E7 Am D7 G
O choro que vai caindo devagar vai se sumindo, como as água vão pro mar
D7 G %
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
D7 G %
Cada toada representa uma saudade

Introdução: C | C D7 | G E7 Am D7 G % Fim: G↓

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TRISTEZA DO JECA (Simplificada em Mi)
Ritmo: Toada
Tom: Mi Maior
Utilizar Cebolão em Mi

Introdução:

A A B7 E %

B7 % E

Em branco: E (1 compasso)

E |A B7| E B7 E %
Nestes versos tão singelos, minha bela, meu amor
E |A B7| E B7 E E7
Pra mercê quero contar o meu sofrer e a minha dor
A E B7
Eu sou como sabi..á, quando canta é só tristeza,
E %
desde o gaio onde ele está...

B7 E %
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
B7 E %
Cada toada representa uma saudade

Introdução: A | A B7 | E % B7 % E %

E |A B7| E B7 E %
Eu nasci naquela serra num ranchinho beira chão
E |A B7| E B7 E E7
Tudo cheio de buraco donde a lua faz clarão
A E B7
Quando chega a madrugada, lá no mato a passarada,
E %
principia um baruião...

B7 E %
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
B7 E %
Cada toada representa uma saudade

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Introdução: A | A B7 | E % B7 % E %

E |A B7| E B7 E %
Vou parar com minha viola, já não posso mais cantar
E |A B7| E B7 E E7
Pois o Jeca quando canta tem vontade de chorar
A E B7
O choro que vai caindo devagar vai se sumindo,
E %
como as água vão pro mar

B7 E %
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
B7 E %
Cada toada representa uma saudade

Introdução: A | A B7 | E % B7 % E %
Fim: E↓

VERSÃO INSTRUMENTAL:

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CAPÍTULO 4

GUARÂNIA
AMARGURADO (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Guarânia
Tom: Si Maior
Afinação Original: Violão na afinação standard

Introdução (adaptado do acordeom e sintetizador):

E F# B

G#m E F# B %

B CONTRACANTO 1:
O que é feito daqueles beijos que eu te dei

Daquele amor cheio de ilusão,


F# CONTRACANTO 2:
que foi a razão do nosso querer?

C#m F# CONTRACANTO 2
Pra onde foram tantas promessas que me fizeste
E F#
Não se importando que o nosso amor

B CONTRACANTO 3:
viesse a morrer

B CONTRACANTO 1
Talvez com outro estejas vivendo bem mais feliz
B7 E
Dizendo ainda que nunca houve amor entre nós
F# B
Pois tu sonhavas com a riqueza que eu nunca tive
G#m C#m
E se ao meu lado muito sofreste
F# B
O meu desejo é que vivas melhor

CONTRACANTO 4:

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Refrão:

F# E B
Vai com Deus, sejas feliz com o teu amado
F# E B B7
Eis aqui um peito magoado que muito sofre por te amar
E F#
Eu só desejo que a boa sorte siga teus passos
E
Mas se tiveres algum fracasso
F# B %
Creias que ainda lhe possa ajudar

Introdução : E F# B G#m E F# B

CONTRACANTO 4:

F# E B
Vai com Deus, sejas feliz com o teu amado
F# E B B7
Tens aqui um peito magoado que muito sofre por te amar
E F#
Eu só desejo que a boa sorte siga teus passos
E
Mas se tiveres algum fracasso
F# B
Creias que ainda lhe possa ajudar

Fim:

E F# B B

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AMOR DISTANTE (Filhos de Goiás – Versão de 1973)
Ritmo: Guarânia
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Violão na afinação standard

Introdução (adaptado do acordeom e sintetizador):

E B7

B7 E %

E B7
Se eu fosse um passarinho, queria voar no espaço
E
E sentar devagarinho, na voltinha dos seus braços
B7
Pra gozar dos seus carinhos, e aliviar a dor que passo
E
Queria te dar um beijinho, e depois um forte abraço.

Introdução: E % % B7 % % % E % % % B7 % % % E %

E B7
Tu partiu e me deixou, numa negra ansiedade
E
Sofrendo tanta amargura, e chorando de saudade
B7
Meu coração não resiste, pra dizer mesmo a verdade
E
Para mim já não existe, a tal de felicidade.

Introdução: E % % B7 % % % E % % % B7 % % % E %

E B7
Depois que você partiu, minha vida é sofrer
E
Me escreva sem demora, que estou louco pra saber
B7
O lugar que você mora, também quero lhe escrever
E
Marcando pra qualquer hora, um encontro com você.

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Introdução: E % % B7 % % % E % % % B7 % % % E %

E B7
É um ditado muito certo, quem ama nunca se esquece
E
Quem tem seu amor distante, chora, suspira e padece
B7
Coração sofre bastante, saudade no peito cresce
E
Se você tem outro amor, seja franca e me esclarece

Fim: A E E↓

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CHALANA (versão de Almir Sater)
Ritmo: Guarânia
Tom: Ré Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi

Introdução:

Em branco: D %

D A D %
Lá vai uma chalana, bem longe se vai
A %
Navegando no remanso... do rio Paraguai...

G D
Oh! Chalana sem querer, tu aumentas minha dor
A D
Nessas águas tão serenas, vai levando meu amor
G D
Oh! Chalana sem querer, tu aumentas minha dor
A D %
Nessas águas tão serenas, vai levando meu amor

D A7
E assim ela se foi, nem de mim se despediu
G A D
A chalana vai sumindo, na curva lá do rio
A
E se ela vai magoada, eu bem sei que tem razão
D
Fui ingrato, eu feri o seu meigo coração

G D
Oh! Chalana sem querer, tu aumentas minha dor
A D
Nessas águas tão serenas, vai levando meu amor
G D
Oh! Chalana sem querer, tu aumentas minha dor
A A↓ A↓ A↓ D↓
Nessas águas tão serenas, vai levando meu amor

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ÍNDIA (Cascatinha e Inhana)
Ritmo: Guarânia (estilo do Cascatinha)
Tom: Mi Menor
Gravação original no violão no tom de Ré Menor

Introdução (adaptado do acordeom):

Am G B7 E

Am G B7 Em %

Em CONTRACANTO 1:
Índia, seus cabelos nos ombros caídos

Am Em CONTRACANTO 1
Negros como a noite que não tem luar
Em CONTRACANTO 1
Seus lábios de rosa para mim sorrindo
Am Em
E a doce meiguice deste seu olhar
E7

Am G B7 E %
Índia da pele morena, sua boca pequena eu quero beijar

Ponte:
E % % % %

E F#m
Índia, sangue tupi
CONTRACANTO 2:

B7 E
Tens o cheiro da flor
CONTRACANTO 3:

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E F#m CONTRACANTO 2
Vem, que eu quero te dar
B7 E
Todo meu grande amor
E Em

Em CONTRACANTO 1
Quando eu for embora para bem distante
Am Em CONTRACANTO 1
E chegar a hora de dizer-lhe adeus
Em CONTRACANTO 1
Fica nos meus braços só mais um instante
Am Em
Deixa os meus lábios se unirem aos seus.
E7

Am G B7 E %
Índia, levarei saudade, da felicidade que você me deu...

Ponte: E % % % %

E F#m CONTRACANTO 2
Índia, a sua imagem
B7 E CONTRACANTO 3
Sempre comigo vai
E↓ F#m CONTRACANTO 2
Dentro do meu... coração,
B7 B↓
Flor do meu Pa...raguai.
Fim:

E % E↓

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O IPÊ E O PRISIONEIRO (Liu e Léu)
Ritmo: Guarânia
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi Maior
Em roxo: versão de estúdio

Introdução (adaptado do dueto de metais):

A A7 D % B7 E7 A %

A
Quando há muitos anos fui aprisionado nesta cela fria
E7 %
Do segundo andar da penitenciária lá na rua eu vi...a
Bm D
Quando um jardineiro plantava um ipê e ao correr dos dias
A E7 % A A7
Ele foi crescendo e ganhando vida enquanto eu sofri...a

D A
Meu ipê florido junto à minha cela
E7 A A7
Hoje tem a altura de minha janela
D A
Só uma diferença há entre nós agora
E7
Aqui dentro as noites não tem mais aurora...
A
Quanta claridade tem você lá fo...ra

Introdução: A A7 D % B7 E7 A %

A
Vejo em seu tronco cipó-parasita te abraçando forte
E7 %
Enquanto te abraça, suga tua seiva te levando à mor...te
Bm D
Assim foi comigo, ela me abraçava, depois me traía
A E7 % A A7
Por isso a matei e agora só tenho sua companhi...a

D A
Meu ipê florido junto à minha cela
E7 A A7
Hoje tem a altura de minha janela
D A
Só uma diferença há entre nós agora
E7
Aqui dentro as noites não tem mais aurora...
A % % % A↓
Quanta claridade tem você lá fo...ra

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Peão (Almir Sater)
Ritmo: Guarânia
Tom: Si Maior
Afinação em estúdio: Cebolão em Mi no tom de Si Maior
Ao vivo: Rio Abaixo com o capotraste na casa 5 no tom de Dó Maior

Introdução: base no acorde B

F# (casa7) % E (casa 5)
Diga, você me conhece, eu já fui boiadeiro
% B/D#
Conheço essas trilhas, quilômetro, milhas
Que vem e que vão pelo alto sertão, que agora se chamam não mais de sertão
E B/D# F#(c.2) B/D# %
Mas de terra vendida, civilização
F# E
Ventos que arrombam janelas e arrancam porteiras
B/D#
Espora de prata riscando as fronteiras

Selei meu cavalo, matula no fardo, andando ligeiro


E B/D# E B/D# F# B/D# %
E um abraço apertado, suspiro dobrado, não tem mais sertão

E
Os caminhos mudam com o tempo...
F#
Só o tempo muda um coração
E
Segue o seu destino, boiadeiro
% B/D#
Que a boiada foi no caminhão
E F#
A fogueira à noite, redes no galpão
E
O paiero, a moda, o mate, a prosa
A saga, a sina, causo e onça...
B/D# F# E B/D#
Tem mais não... ô... peão!

Introdução: base no acorde B

F# E
Tempos e vidas cumpridas, pó, poeira, estrada
B/D#
Estórias contidas nas encruzilhadas
Em noites perdidas no meio do mundo
E B/D#
Mundão cabeludo onde tudo é floresta
E B/D# F# B/D# %
Campina silvestre, mundão caba não

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F# E
Sabe que "prum" bom viajante nada é distante
B/D#
"Prum bão" companheiro num conto dinheiro

Existe uma vida, uma vida vivida


E B/D#
Sofrida e sentida de vez por inteiro
E B/D# F# B/D# %
E esse é o preço "preu" ser brasileiro

E
Os caminhos mudam com o tempo...
F#
Só o tempo muda um coração
E
Segue o seu destino, boiadeiro
% B/D#
Que a boiada foi no caminhão
E F#
A fogueira à noite, redes no galpão
E
O paiero, a moda, o mate, a prosa
A saga, a sina, causo e onça...
B/D# F# E B/D#
Tem mais não... ô... peão!

Fim: base no acorde B

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RASTRO DA LUA CHEIA (Almir Sater)
Ritmo: Guarânia dedilhada
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Violão de 12 cordas com capotraste na casa 5
Afinação desta cifra: Cebolão em Mi com capotraste na casa 3

Introdução (adaptado do violão de 12 cordas):

|A D| A D
No quintal lá de casa, passava um pequeno rio
A
Que descia lá da serra, ligeiro e escorregadio
|A D| A D
A água era cristalina, que dava pra ver o chão
A
Ia cortando a floresta, na direção do sertão
|Bm Bm/C#| D A
Lembrança ainda me resta, guardada no coração

|A D| A D
E tudo era azul celeste, brasileiro cor de anil
A
Nem bem começava o ano, já era final de abril
|A D| A D
E o vento pastoreando, aquelas nuvens no céu
A
Fazia o mundo girar, veloz como um carrossel
|Bm Bm/C#| D A
E levan...tava a poeira, e me arrancava o chapéu

D Bm
Ah, o tempo faz, tempo desfaz
Bm/D
E vai além...
Dº F#m/C#
Sem...pre

|A D| A D
A vida vem lá de longe, é como se fosse um rio
A
Pra rio pequeno, canoa, pros grandes rios, navios
|A D| A D
E bem lá no fim de tudo, começo de outro lugar
A
Será como Deus quiser, como o destino mandar
|Bm Bm/C#|D A
No rastro da lua cheia, se chega em qualquer lugar

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Solo: | A D | A D % % % % A
|A D|A D % % % % A
| Bm Bm/C# | D A % %

D Bm
Ah, o tempo faz, tempo desfaz
Bm/D
E vai além...
Dº F#m/C#
Sem...pre

|A D| A D
A vida vem lá de longe, é como se fosse um rio
A
Pra rio pequeno, canoa, pros grandes rios, navios
|A D| A D
E bem lá no fim de tudo, começo de outro lugar
A
Será como Deus quiser, como o destino mandar
|Bm Bm/C#|D A A↓
No rastro da lua cheia, se chega em qualquer lugar

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SAUDADE DE MINHA TERRA (Belmonte e Amaraí)
Ritmo: Guarânia
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Violão com capotraste na casa 1 no tom de Dó Maior

Introdução (adaptado do acordeom):

E B7 % E %

B A G#m F#m E

E B7
De que me adianta viver na cidade, se a felicidade não me acompanhar
E↓
Adeus paulistinha do meu coração lá pro meu sertão eu quero voltar
A B7
Ver a madrugada, quando a passarada fazendo alvorada começa a cantar
E↓
Com satisfação arreio o burrão, cortando o estradão saio a galopar
A B7 E
E vou escutando o gado berrando, o Sabiá cantando no jequitibá

Introdução: E B7 % E % | B A | G#m F#m | E

E B7
Por nossa senhora, meu sertão querido, vivo arrependido por ter te deixado
E↓
Esta nova vida aqui na cidade de tanta saudade, eu tenho chorado
A B7
Aqui tem alguém, diz que me quer bem, mas não me convém, eu tenho pensado
E↓
Eu digo com pena, mas esta morena, não sabe o sistema que eu fui criado
A B7 E
Tô aqui cantando de longe escutando, alguém está chorando com o rádio ligado

Introdução: E B7 % E % | B A | G#m F#m | E

E B7
Que saudade imensa do campo e do mato, do manso regato que corta as campinas
E↓
Aos “Domingo” eu ia passear de canoa, nas lindas lagoas de águas cristalinas
A B7
Que doce lembrança daquelas festanças, onde tinha danças e lindas meninas
E↓
Eu vivo hoje em dia sem ter alegria, o mundo judia, mas também ensina
A B7 E
Estou contrariado, mas não derrotado, eu sou bem guiado pelas mãos divinas

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Introdução: E B7 % E % | B A | G#m F#m | E

E E↓ B7
Pra minha mãezinha já telegrafei, e já me cansei... de tanto sofrer
E↓
Nesta madrugada estarei de partida, pra terra querida, que me viu nascer
A B7
Já ouço sonhando o galo cantando, o inhambu piando no escurecer
E↓
A lua prateada clareando as estradas, a relva molhada desde o anoitecer
A B7 E↓
Eu preciso ir pra ver tudo ali foi lá que nasci, lá quero morrer

Fim: B7↓ E↓

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TOCANDO EM FRENTE

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TOCANDO EM FRENTE (Almir Sater e Renato Teixeira)
Versão ao vivo no Viola Minha Viola em 2012
Ritmo: Guarânia (dedilhada)
Essa cifra é uma adaptação de Rio Abaixo. Afine sua viola em Cebolão Mi Maior, coloque o
capotraste na casa 3 e siga a cifra abaixo como se estivesse na tonalidade de Lá Maior (a
sonoridade real será no tom de Dó Maior, igual ao original).

Solo inicial: A D A % A D E %
D Bm D Bm D | E ↓↓ D ↓↓ | A %
D Bm D Bm D | E ↓↓ D ↓↓ | A %

E D
...Ando devagar porque já tive pressa
A CONTRACANTO 1:
E levo esse sorriso, porque já chorei demais
E D
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
A CONTRACANTO 2:
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei,

E CONTRACANTO 3:
ou nada sei...

D Bm D
...Conhecer as manhas e as manhãs
Bm A CONTRACANTO 4:
O sabor das massas e das maçãs
D Bm D
...É preciso o amor pra poder pulsar
Bm D
É preciso paz pra poder sorrir
A % CONTRACANTO 5:
É preciso a chuva para florir

E D
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
A CONTRACANTO 1
Compreender a marcha, e ir tocando em frente
E D
Como um velho boiadeiro levando a boiada
A CONTRACANTO 2
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou...
E CONTRACANTO 3
Estrada eu sou

D Bm D
...Conhecer as manhas e as manhãs
Bm A CONTRACANTO 4
O sabor das massas e das maçãs
D Bm D
...É preciso o amor pra poder pulsar
Bm D
É preciso paz pra poder sorrir
A CONTRACANTO 5
É preciso a chuva para florir

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E D
Todo mundo ama um dia todo mundo chora
A CONTRACANTO 1
Um dia a gente chega, no outro vai embora
E D
...Cada um de nós compõe a sua história
A CONTRACANTO 2
E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz...
E CONTRACANTO 3
De ser feliz

D Bm D
...Conhecer as manhas e as manhãs
Bm A CONTRACANTO 4
O sabor das massas e das maçãs
D Bm D
...É preciso o amor pra poder pulsar
Bm D
É preciso paz pra poder sorrir
A
É preciso a chuva para florir

CONTRACANTO 6 (PRA ENTRAR NO SOLO):

Instrumental: E % D % A % E % D % A % E %
D Bm D Bm D | E ↓↓ D ↓↓ | A %
D Bm D Bm D | E ↓↓ D ↓↓ | A %

E D
...Ando devagar porque já tive pressa
A CONTRACANTO 7:
E levo esse sorriso, porque já chorei demais
E D
...Cada um de nós compõe a sua história
A E↓
E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz... De ser feliz…

Fim: arpejo

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TREM DO PANTANAL (Versão de Almir Sater)
Ritmo: Guarânia
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi

Introdução:
E G# %

C#m E A %

E G# C#m C F#m B7 E

Em branco: uma guarânia em E

E G#
Enquanto este velho trem atravessa o pantanal
C#m E (solto) A
As estrelas do cruzeiro fazem um sinal
E G#
De que este é o melhor caminho
C#m C (casa 8) F#m B7 E %
Pra quem é como eu, mais um fugitivo da gue...rra

E G#
Enquanto este velho trem atravessa o pantanal
C#m E (solto) A
O povo lá em casa espera que eu mande um postal
E G# C#m C
Dizendo que eu estou muito bem, vivo...
F#m B7 E %
Rumo a Santa Cruz de La Sie...rra

E G#
Enquanto este velho trem atravessa o pantanal
C#m E (solto) A
Só meu coração está batendo desigual
E G# C#m C
Ele agora sabe que o medo viaja também
F#m B7 E %
Sobre todos os trilhos da Te...rra

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Introdução: E % G# % C#m E A %
E G# C#m C F#m B7 E %

E G#
Enquanto este velho trem atravessa o pantanal
C#m E (solto) A
Só meu coração está batendo desigual
E G# C#m C
Ele agora sabe que o medo viaja também
F#m B7 E C
Sobre todos os trilhos da Te...rra
F#m B7 E C
Rumo a Santa Cruz de La Sie...rra
F#m B7 E E↓
Sobre todos os trilhos da Te...rra

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CAPÍTULO 5

CANAVERDE
CANA VERDE (Tonico e Tinoco)
Ritmo: Cana Verde
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi Maior

Introdução: E7 % A % E7 % A % E7 % A % E7 % A %

E7 A
Abra a porta ou a janela
E7 A
Venha ver quem é que eu "sô"
E7 A
"Sô" aquele desprezado
E7 A %
Que você me "desprezô"

Introdução: E7 % A % E7 % A % E7 % A % E7 % A %

E7 A
Eu já fiz um juramento
E7 A
De nunca mais ter amor
E7 A
Pra viver, penar chorando
E7 A %
Por tudo lugar que eu vou

Solo de Sanfona:
E7 % A % E7 % A %
E7 % A % E7 % A %
E7 % A % E7 % A %
E7 % A % E7 % A %
E7 % A % E7 % A %

E7 A
Quem canta, seu mal espanta
E7 A
Chorando será "pió”
E7 A
O amor que vai e "vorta"
E7 A
Na "vorta", sempre é "mió"

Introdução: E7 % A % E7 % A % E7 % A % E7 % A %

E7 A
Chora viola e sanfona
E7 A
Chora triste o violão
E7 A
O que é madeira chora
E7 A
Quem dirá meu coração!

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Introdução: E7 % A % E7 % A % E7 % A % E7 %
Fim: A↓ E7↓ A↓

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MORENINHA LINDA (Tonico e Tinoco)
Ritmo: Cana Verde
Tom: Sol Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi

Introdução: D7 % G % D7 % G %
D7 % G % D7 % G %

G D7 G
Meu coração tá pisado, como a flor que murcha e cai
C D7 G
Pisado pelo desprezo, do amor quando desfaz
C D7 G↓
Deixando a triste lembrança: adeus para nunca mais

D7 G
Moreninha linda do meu bem "querê"
D7 G
É triste a saudade longe de você
D7 G
Moreninha linda do meu bem "querê"
D7 G
É triste a saudade longe de você

Introdução: D7 % G % D7 % G %
D7 % G % D7 % G %

G D7 G
O amor nasce sozinho, não é preciso "plantá"
C D7 G
A paixão nasce no peito, falsidade no "oiá"
C D7 G↓
Você nasceu para outro, eu nasci pra te "amá"

D7 G
Moreninha linda do meu bem "querê"
D7 G
É triste a saudade longe de você
D7 G
Moreninha linda do meu bem "querê"
D7 G
É triste a saudade longe de você

Introdução: D7 % G % D7 % G %
D7 % G % D7 % G %

G D7 G
Eu tenho meu canarinho, que canta quando me vê
C D7 G
Eu canto por ter tristeza, canário por “padecê”
C D7 G↓
Da saudade da floresta, eu saudade de você

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D7 G
Moreninha linda do meu bem "querê"
D7 G
É triste a saudade longe de você
D7 G
Moreninha linda do meu bem "querê"
D7 G
É triste a saudade longe de você

Introdução: D7 % G % D7 % G %
D7 % G % D7 %

Fim: G↓ D7↓ G↓

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CAPÍTULO 6

QUERUMANA
FRANGUINHO NA PANELA (Versão Craveiro e Cravinho)
Ritmo: Querumana
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Violão na afinação standard

Introdução (adaptação de dois violões):

E7 A E7 A

A E7
O recanto onde eu moro é uma linda passarela
A
O carijó canta cedo, bem pertinho da janela
E7
Eu levanto quando bate o sininho da capela
D A
E lá vou eu pro roçado, tenho Deus de sentinela
E7 A
Têm dia que meu almoço, é um pão com mortadela
A7 D Bm E7
Mas lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos
A
Tem franguinho na panela

Introdução: E7 A E7 A
A E7
Eu tenho um burrinho preto bom de arado e bom de sela
A
Pro leitinho das crianças, a vaquinha Cinderela
E7
Galinhada no terreiro papagaio tagarela
D A
Eu ando de qualquer jeito, de botina ou de chinela
E7 A
Na roça se a fome aperta, vou apertando a fivela
A7 D Bm E7
Mas lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos
A
Tem franguinho na panela

Introdução: E7 A E7 A
A E7
Quando eu fico sem serviço a tristeza me atropela
A
Eu pego uns bicos pra fora, deixo cedo a corrutela
E7
Eu levo meu viradinho é um fundinho de tigela

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D A
É só farinha com ovo, mas da gema bem amarela
E7 A
É esse o meu almoço, que desce seco na goela
A7 D Bm E7
Mas lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos
A
Tem franguinho na panela

Introdução: E7 A E7 A

A E7
Minha mulher é um doce diz que sou o doce dela
A
Ela faz tudo pra mim, e tudo que eu faço é pra ela
E7
Não vestimos lã nem linho é no algodão e na flanela
D A
É assim a nossa vida, que levamos na cautela
E7 A
Se eu morrer Deus dá um jeito, pois a vida é muito bela
A7 D Bm E7
Não vai faltar no ranchinho pra mulher e os filhinhos
A
O franguinho na panela

Fim:
D↓↓ E7 ↓↓ A↓

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FRANGUINHO NA PANELA (Versão Craveiro e Cravinho)
Ritmo: Querumana
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Violão na afinação standard

Introdução (adaptação de dois violões):

E7 A E7 A

A E7
O recanto onde eu moro é uma linda passarela
A
O carijó canta cedo, bem pertinho da janela
E7
Eu levanto quando bate o sininho da capela
D A
E lá vou eu pro roçado, tenho Deus de sentinela
E7 A
Têm dia que meu almoço, é um pão com mortadela
A7 D Bm E7
Mas lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos
A
Tem franguinho na panela

Introdução: E7 A E7 A
A E7
Eu tenho um burrinho preto bom de arado e bom de sela
A
Pro leitinho das crianças, a vaquinha Cinderela
E7
Galinhada no terreiro papagaio tagarela
D A
Eu ando de qualquer jeito, de botina ou de chinela
E7 A
Na roça se a fome aperta, vou apertando a fivela
A7 D Bm E7
Mas lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos
A
Tem franguinho na panela

Introdução: E7 A E7 A
A E7
Quando eu fico sem serviço a tristeza me atropela
A
Eu pego uns bicos pra fora, deixo cedo a corrutela
E7
Eu levo meu viradinho é um fundinho de tigela

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D A
É só farinha com ovo, mas da gema bem amarela
E7 A
É esse o meu almoço, que desce seco na goela
A7 D Bm E7
Mas lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos
A
Tem franguinho na panela

Introdução: E7 A E7 A

A E7
Minha mulher é um doce diz que sou o doce dela
A
Ela faz tudo pra mim, e tudo que eu faço é pra ela
E7
Não vestimos lã nem linho é no algodão e na flanela
D A
É assim a nossa vida, que levamos na cautela
E7 A
Se eu morrer Deus dá um jeito, pois a vida é muito bela
A7 D Bm E7
Não vai faltar no ranchinho pra mulher e os filhinhos
A
O franguinho na panela

Fim:
D↓↓ E7 ↓↓ A↓

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JEITÃO DE CABOCLO (Liu e Léu)
Ritmo: Querumana
Tom: Si Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré#

Introdução:

B F#7 % B B7

E F#7 B F#7 B

B E B
Se eu pudesse voltar aos bons tempos de criança
F#7
Reviver a juventude com muita perseverança
Morar de novo no sítio na casa de alvenaria
E↓ F#↓ B
Ver os pássaros cantando quando vem rompendo o dia
B7 E F#7 B
Eu voltaria a rever... o pé de manjericão
F#7 E B
A corruíra morando lá no oco do mourão
B7 E F#7 B
Os bezerros no piquete e nossas vacas leiteiras
F#7 E↓ D#m↓ C#m↓ B
O papai tirando leite bem cedinho na mangueira

Ponte 1:
F#7 B

B E B
Eu voltaria a rever o ribeirão Taquari
F#7
Com suas águas bem claras onde eu pesquei lambari
O nosso carro de boi, o monjolo e a moenda,
E↓ F#↓ B
As vacas Maria-Preta, Tirolesa e a Prenda
B7 E F#7 B
Na varanda tábua grande cheia de queijo curado
F#7 E B
E mamãe assando pão... no forno de lenha ao lado

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B7 E F#7 B
Nossa reserva de mato, linda floresta fechada
F#7 E↓ D#m↓ C#m↓ B
As trilhas fundas do gado... retalhando a inver- nada...

Ponte 2:
F#7 B

B E B
Queria rever o sol com seus raios florescentes
F#7
Sumindo atrás da serra roubando o dia da gente
O pé de dama-da-noite junto ao mastro de São João
E↓ F#↓ B
Que até hoje perfumam a minha imaginação
B7 E F#7 B
O caso é que eu não posso fazer o tempo voltar
F#7 E B
Sou um cocão sem chumaço que já não pode cantar
B7 E F#7 B
Hoje eu vivo na cidade perdendo as forças aos poucos
F#7 E↓ D#m↓ B
Mas não consigo perder... o meu jeitão de caboclo.

Fim:
F#7 B

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MEU RECANTO MEU PARAÍSO (Goiano e Paranaense)
Ritmo: Querumana
Tom: Si Maior
Afinação Original: Violão afinado meio tom abaixo

Introdução (adaptado do violão):

B F#7 E B

% F#7 % B F#7 B

B F#7 (C.1)
Eu sou caipira do mato, sou um caboclo nato, e não nego a raiz
F#7 B
Tenho a pele queimada, essência entranhada, na flor no nariz
F#7
Chapéu de palha e botina, luta matutina, que me faz feliz
E B F#7 B
Não sou homem de gravata, meu rancho de taipa eu mesmo é quem fiz

Ponte 1:
F#7 B

B F#7 (C.1)
O galo canta e eu levanto, sempre me encanto com a cerração
F#7
Também contemplo as rolinhas
B Harmônicos:
Que pousam e caminham lá no mangueirão

F#7
Os canarinhos cantando e o sanhaço bicando a polpa do mamão (Som de Passarinhos)
E B F#7 B
Jogo milho pras galinhas, o sol suga as gotinhas de orvalho do chão...

Introdução: B F#7 E B % F#7 % B F#7 B

B F#7 (C.2)
Sinto uma satisfação quando a criação termino de tratar
F#7 B
Volto pro rancho e a mulher me serve um café com bolo de fubá
F#7
Faço um cigarro de palha e vou a batalha outro dia enfrentar
E B F#7 B
Passo e levo da mina pura e cristalina a água pra tomar

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Ponte 2:

F#7 B

B F#7 (C.3)
Bem lá no alto da serra no ventre da terra semeio a semente
F#7 B
Rego com muito suor com fé e amor eu espero paciente
F#7
Tiro o centeio do pão nasce lindo o botão pra dar fruto pra gente
E B F#7 B
E à tarde eu volto da palhoça quando o Sol na roça se vai no poente

Introdução: B F#7 E B % F#7 % B F#7 B

B F#7
Me banho no Ribeirão depois tomo um pingão na hora do jantar
F#7 B
Sento no banco lá fora e ali fico horas a admirar
F#7
O céu com suas centelhas e vendo as estrelas mudar de lugar
E B F#7 B
Vejo da Lua o seu lume com os vaga-lumes no escuro a brilhar

Ponte 2: F#7 B

B F#7 (C.4)
Este meu reino encantado é abençoado por nosso Senhor
F#7 B
Graças à mãe natureza fartura na mesa tem o lavrador
F#7
Eu sou um caboclo rude, mas tenho saúde, a paz e o amor
E B F#7 B↓ B7↓
Se existe a felicidade nasceu na verdade no interior
E B F#7 B
Se existe a felicidade nasceu na verdade no interior

Fim:
F#7 B

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PRATO DO DIA (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Querumana
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré#

Introdução (adaptado do violão):

A E7 % A E7 A

A E7 A
Sobre as margens de uma estrada, uma simples pensão existia
D A D A D
A comida era tipo caseira e o frango caipira era o prato do dia
A D A
Proprietário, homem de respeito, ali trabalhava com sua família
E7 A
Cozinheira era sua esposa e a garçonete era uma das filhas

Introdução: A E7 % A E7 A

A E7 A
Foi chegando naquela pensão, um viajante já fora de hora
D A D A D
Foi dizendo para a garçonete: “me traga um frango, vou jantar agora
A D A
Eu estou bastante atrasado, terminando eu já vou embora”
E7 A
Ela então respondeu num sorriso: “mamãe tá de pé, pode crer, não demora”

Introdução: A E7 % A E7 A

A E7 A
Quando ela foi servir a mesa, delicada e com muito bom jeito
D A D A D
“Me desculpe, mas trouxe uma franga, talvez não esteja cozida direito”
A D A
O viajante foi lhe respondendo: “pra mim franga crua talvez eu aceito
E7 A
Sendo uma igual a você, seja à qualquer hora também não enjeito”

Introdução: A E7 % A E7 A

A E7 A
Foi saindo de cabeça baixa pra queixar ao seu pai a mocinha
D A D A D
“Minha filha, mate outra franga, pode temperar, porém não cozinha
A D A
Vou levar esta franga na mesa, se bem que comigo a conversa é curtinha
E7 A
É a coisa que mais eu detesto, ver homem barbado fazendo gracinha”

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Introdução: A E7 % A E7 A

A E7 A
Foi chegando o velho e dizendo: “vim trazer o pedido que fez”
D A D A D
Quando o cara tentou recusar já se viu na mira de um Schimidt inglês
A D A
O negócio foi limpar o prato quando o proprietário lhe disse cortês:
E7 A
“Nós estamos de portas abertas pra servir à moda que pede o freguês”

Fim:
B↓ E (solto)↓ A↓

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PRETO DOUTOR (João Mulato e Douradinho)
Ritmo: Querumana
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré#

Introdução (adaptada do violão de aço):

A E7

% A E7 A

A E7
Um moço vistoso de porte galante com sua amante ele se casou
A
Tirou da boemia a flor meretriz quem fez ela feliz foi um homem de cor
D E7
Porém certo dia por mal entendido mulher e marido brigou por amor
A
A mulher foi embora pra outra cidade e deixou na saudade o preto doutor

Ponte:

E A

A E7
Vinte anos depois ela adoeceu e quem a socorreu até sangue doou
A
Dentro do hospital foi um corre-corre, “a doente não morre”, dizia o doutor
D E7
Pediu pra Jesus com amor e fé proteja a mulher nesta transfusão
A
O negro implorava para o onipotente, “salve a paciente tenha compaixão”.

Introdução: A E7 % A E7 A

A E7
Na cirurgia o doutor de plantão fez a transfusão com seus assistentes
A
Ele deu seu sangue pra desconhecida pra salvar a vida da paciente
D E7
O sangue do preto fez ela feliz a flor meretriz reviveu novamente
A
E reconheceu o seu ex-marido e o homem traído estava em sua frente.

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Ponte: E (solto) A

A E7
A mulher curvou de joelhos no chão e pediu perdão em nome do Senhor
A
O doutor bateu a mão sobre o peito e mostrou satisfeito seu grande valor
D E7
Ela agradeceu os bons aparelhos e o sangue vermelho de um homem de cor
A
Nesta transfusão foi salva a mulher que beijou nos pés do preto doutor.

Fim:
B↓ E(solto)↓ A↓

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REINO ENCANTADO (Versão de Daniel)
Ritmo: Querumana
Tom: Si Maior
Afinação Original: Violão na afinação standard

Introdução (adaptado do violão):

B F#7 % B

% F#7 % B F#7 B

B F#7
Eu nasci num recanto feliz, bem distante da povoação
E↓ F#7↓ B
Foi ali que eu vivi muitos anos, com papai, mamãe e os irmãos

Nossa casa era uma casa grande


F#7 CONTRACANTO 1:
na encosta de um espigão
F#7
Um cercado pra apartar bezerro
B
e ao lado um grande mangueirão

Ponte:

F#7 B F#7 B

B F#7
No quintal tinha um forno de lenha, e um pomar onde as aves cantavam
E↓ F#7↓ B
Um coberto pra guardar o pilão, e as traias que papai usava

De manhã eu ia no paiol
F#7 CONTRACANTO 2:
uma espiga de milho eu pegava
F#7
Debulhava e jogava no chão,
B
num instante as galinhas juntavam

Introdução: B F#7 % B % F#7 % B F#7 B

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B F#7
Nosso carro de boi conservado, quatro juntas de bois de primeira
E↓ F#7↓ B
Quatro cangas, dezesseis canzis, encostados no pé da figueira
F#7 CONTRACANTO 1
Todo sábado eu ia na vila, fazer compras para semana inteira
F#7 B
O papai ia gritando com os bois eu na frente ia abrindo as porteiras

Ponte: F#7 B F#7 B

B F#7
Nosso sítio que era pequeno, pelas grandes fazendas cercado
E↓ F#7↓ B
Precisamos vender a propriedade, para um grande criador de gado
F#7 CONTRACANTO 2
E partimos pra a cidade grande, a saudade partiu ao meu lado
B
A lavoura virou colonião, e acabou-se meu reino encantado

Introdução: B F#7 % B % F#7 % B F#7 B

B F#7
Hoje ali só existem três coisas, que o tempo ainda não deu fim
E↓ F#7↓ B
A tapera velha desabada e a figueira acenando pra mim
F#7 CONTRACANTO 2
E por último marcou saudade de um tempo bom que já se foi
B
Esquecido em baixo da figueira nosso velho carro de boi

Fim:
C#7↓ F#7↓ B↓

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CAPÍTULO 7

TOADA
BALANÇO
BERRANTE DA SAUDADE (Peão Carreiro e Zé Paulo)
Ritmo: Toada Balanço (Opcional: cateretê)
Tom: Sol Maior
Utilizar Cebolão em Mi

Introdução (adaptação de dois violões):

D7 G G↓ D7↓ G G↓ D7↓ G

G D7
Quanta saudade de um berrante repicando
G
Amadrinhando uma boiada no estradão
D7
Ver a poeira formar nuvens no espaço
G
Sentir cansaço do troteio de um pagão
D7
Sentir o gosto da comida boiadeira
|G G7 |
A costumeira carne seca no feijão
C G
Levar a vida sem paredes, sem telhado
D7 G CONTRACANTO 1:
Tocando o gado nas estradas do sertão

C D7 CONTRACANTO 2:
Ê boi... Ê boi...
C G
Toque o berrante boiadeiro, Ê boi!

Introdução: D7 G G D7 G G D7 G

G D7
Na despedida uma cabocla na janela
G
Coisa tão bela igual à flor no amanhecer
D7
Lá vem distante conversar com a saudade
G
Sentir vontade de voltar para me ver
D7
Tingir a roupa com poeira da estrada
|G G7 |
Lá na pousada ouvir o gado remoer
C G
Armar a rede nos esteios do galpão
D7 G CONTRACANTO 1
Na escuridão se balançando, adormecer

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C D7 CONTRACANTO 2
Ê boi... Ê boi...
C G
Toque o berrante boiadeiro, Ê boi!

Introdução: D7 G G↓ D7↓ G G↓ D7↓ G

G D7
Fui boiadeiro por gostar da profissão
G
O estradão foi meu mundo colorido
D7
Cada viagem um história pra contar
G
A cavalgar pelos rincões desconhecidos
D7
Sem comitiva, sem berrante, sem boiada
|G G7 |
Por outra estrada solitário agora eu sigo
C G
Não sei aonde colocar tanta saudade
D7 G CONTRACANTO 1
Felicidade já não vive mais comigo

C D7 CONTRACANTO 2
Ê boi... Ê boi...
C G
Toque o berrante boiadeiro, Ê boi!

Fim:

D7 G↓ D7↓ G↓

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MÃE DE CARVÃO (Liu e Léu – versão ao vivo)
Ritmo: Toada Balanço
Tom: Dó Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi com capotraste na casa 1

Introdução (adaptação da sanfona):

D F↓ G7↓ C D F↓ G7↓ C

G C
Montado no lombo da louca saudade,
G C
Deixei a cidade, voltei pro sertão
G C
Fui ver minha casa na velha fazenda
G C
O rancho, a moenda, o velho galpão
E Am (casa 5)
Cheguei de mansinho olhando pros lados
D7 G
Meus olhos molhados de tanta emoção
F C
Passei a cerquinha de arame farpado
G C
O angico encorpado me olhou do espigão

Introdução: D F↓ G7↓ C D F↓ G7↓ C

G C
Na porta do rancho, bem rente à soleira
G C
Esbarrei na roseira, levei um arranhão
G C
A linda roseira de rosas vermelhas
G C
Puxava a orelha do filho fujão
E Am
Passei a saleta e fui pra cozinha
D7 G
No canto ainda tinha o velho fogão
F C
Olhei pra parede meus olhos pararam
G C
E meus pés ficaram pregados no chão

Introdução: D F↓ G7↓ C D F↓ G7↓ C

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G C
Revi na parede um rosto traçado
G C
Que há tempos passados eu fiz de carvão
G C
O tempo e a chuva molhou o reboque
G C
E fez o retoque com tal perfeição
E Am
Me fez eu criança envolto na manta
D7 G
No colo da santa seguro em tuas mãos
F C
Seus olhos estavam radiantes de brilho
G C
Segurando o filho e dando a benção

CONTRACANTO:

C7

F C
Fechei os meus olhos rezei para ela
G C
Pintada na tela da minha ilusão
G C
Mãezinha querida, meu grande tesouro
G C
Você é de ouro e não de carvão
F C
No mundo onde ando de loucas estradas
G C
Eu sei não sou nada sem sua proteção

Fim: Ponteio introdutório apenas uma vez


D F↓ G7↓ C↓

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PAI JOÃO (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Toada Balanço
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré

Introdução (adaptado do violão):

E7 A E7 A

E7 A E7 A E7 A

A D↓ E↓ A
Caminheiro quem passar naquela estrada
D↓ E↓ A A7
Vê uma cruz abandonada como quem vai pro sertão
D E7 A
Há muitos anos neste chão foi sepultado
B E7 A
Um preto velho e erado por nome de Pai João

Introdução: E7 A E7 A E7 A E7 | A E↓ | A

A D↓ E↓ A
Pai João na fazenda dos coqueiros
D↓ E↓ A A7
Foi deste...mido carreiro querido do seu patrão
D E7 A
Sua boiada o chibante e o brioso
B E7 A
No morro mais perigoso arrastava o carretão.

Introdução: E7 A E7 A E7 A E7 | A E↓ | A

A D↓ E↓ A
Numa tarde pai João não esperava
D↓ E↓ A A7
Que a morte lhe rondava lá na curva do areião
D E7 A
E numa queda embaixo do carro caiu
B E7 A
Do mundo se despediu preto velho Pai João.

Introdução: E7 A E7 A E7 A E7 | A E↓ | A

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A D↓ E↓ A
Caminheiro aquela cruz no caminho
D↓E↓ A A7
Já contei tudo certinho a história de Pai João
D E7 A
Resta saudade daquele tempo que foi
B E7 A
Do velho carro de boi no fundo do mangueirão...

Fim: B↓ E7↓ A↓

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PRETO VELHO (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Toada Balanço
Tom: Mi Maior
Afinação: Cebolão em Mi (estúdio), ao vivo Cebolão em Ré#
Em rosa: versão original de estúdio / Em roxo: variações que o Tião fazia ao vivo

Introdução: E

E B/D#
Perguntei ao preto velho, porque chora meu herói?
E % (E B↓ E)
Preto velho respondeu: é meu coração que dói
B/D#
Eu já fui bom candeeiro, fui carreiro e fui peão
A E
Já derrubei muito mato, e já lavrei muito chão
E7 (casa 5) A (pestana)
Com carinho carreguei... os filhos do meu patrão
E B/D# E
Em troca do que eu fiz, só recebi ingratidão...
Introdução: E %

E B/D#
Perguntei ao preto velho, porque chora meu herói?
E % (E B↓ E)
Preto velho respondeu: é meu coração que dói
B/D#
Sempre chamei de senhor, quem me tratou a chicote
A E
Livrei meu patrão de cobra na hora de dar o bote
E7 A
Eu sempre fui a madeira, e o patrão foi o serrote
E B/D# E
Sofri mais do que boi velho, com a canga no cangote
Introdução: E %

E B/D#
Perguntei ao preto velho, porque chora meu herói?
E % (E B↓ E)
Preto velho respondeu: é meu coração que dói
B/D#
Da terra tirei o ouro meu patrão fez seu anel
A E
Mas agora estou velho e meu patrão mais cruel
E7 A
Está me mandando embora vou viver de del em del
E B/D# E
O que me resta é esperar... a recompensa do céu

Fim: finaliza com o mesmo ponteio da introdução

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SACO DE OURO (Versão de Mococa e Paraíso)
Ritmo: Toada Balanço
Tom: Ré Maior
Utilizar afinação em Cebolão em Mi

Introdução:

D7 G D A7 D

D7 G D A7 D

D A7
Num saco de estopa com embira amarrado
D
Eu tenho guardado é a minha paixão
A7
Uma bota velha, chapéu cor de ouro
D
Bainha de couro e um velho facão
A7 D
Tenho um par de esporas, um arreio e um laço
A7 D
Um punhal de aço e rabo de tatu
D7 G
Tenho uma guaiaca ainda perfeita
| D A7 | D
Caprichada e feita só de couro cru

Meia introdução: D7 G | D A7 | D

D A7
Do lampião quebrado só resta o pavio
D
Pra lembrar do frio eu também guardei
A7
Um pelego branco que perdeu o pêlo
D
Apesar do zelo com que eu cuidei
A7 D
Também o cachimbo de canudo longo
A7 D
Quantos pernilongos com ele espantei
D7 G
Um estribo esquerdo que guardei com jeito
| D A7 | D
Porque o direito na cerca eu quebrei

Meia introdução: D7 G | D A7 | D

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D A7
A nota fiscal já toda amarela
D
Da primeira sela que eu mesmo comprei
A7
Lá em Soledade na Casa da Cinta
D
Duzentos e trinta, na hora paguei
A7 D
Também o recibo já todo amassado
A7 D
Primeiro ordenado que eu faturei
D7 G
É a minha tralha num saco amarrado
| D A7 | D
Num canto encostado, que eu sempre guardei

Meia introdução: D7 G | D A7 | D

D A7
Pra mim representa um belo passado
D
A lida de gado que eu sempre gostei
A7
Assim enfrentando o trabalho duro
D
E fiz meu futuro sem violar a lei
A7 D
O saco é relíquia com meus apetrechos
A7 D
Não vendo e não deixo ninguém pôr a mão
D7 G
Nos trancos da vida aguentei o taco
| D A7 | D
E o ouro do saco é a recordação

Fim: A7 D↓

Introdução alternativa (mais simples): Versão de Eduardo Costa

G D A7 D

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SONHO DE CABOCLO (Tião do Carro e Santarém)
Ritmo: Toada Balanço
Tom: Lá Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi, ao vivo Cebolão em Ré

Introdução (adaptação de dois violões):

E7 A E

A E7 A E7 A A E7 A

A
Fiz um poema com palavras tão bonitas
E7 CONTRACANTO 1:
Caprichei bem na escrita e também fiz uma canção
Bm Bm/A E/G#
Fui no jardim, colhi as flores mais belas
F#m E7 E7/D A/C# CONTRACANTO 2:
Margaridas amarelas e a rosa branca em botão
A
Com muito gosto arrumei nossa casinha
A7 D CONTRACANTO 3:
Da sala até a cozinha e carpi todo o quintal
A
Rocei o pasto e concertei a porteira
E7 A
Enfeitei a casa inteira como se fosse o Natal

Meia introdução: E7 A E7 | A A E | A

A
Lá na varanda amarrei de novo a rede
E7 CONTRACANTO 4:
Ajeitei bem na parede o quadro da Santa Ceia
Bm Bm/A E/G#
No chão da sala tudo de terra batida
F#m E7 E7/D A/C# CONTRACANTO 2:
Dei uma boa varrida e não ficou um grão de areia
A
Na nossa cama pus a colcha de Piquet
A7 D CONTRACANTO 5:
Com as beiradas de crochê, que você fez tudo a mão

A
Troquei as fronhas com capricho e muito esmero
E7 A
As penas do travesseiro e palhas novas no colchão

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Meia introdução: E7 A E7 | A A E | A

A
Chegou o dia que você ia voltar
E7 CONTRACANTO 6:
Eu cheguei até chorar de tanta felicidade
Bm Bm/A E/G#
Levantei cedo, e me arrumei com muito zelo
F#m E7 E7/D A/C# CONTRACANTO 2:
Reparti bem o cabelo igual gente da cidade
A
Botina nova que me apertava um pouco
A7 D
Calça de brim rança toco, e bigode bem aparado
A
De lenço branco camisa preta de listra
E7 A
Eu parecia um artista daqueles bem afamado

Meia introdução: E7 A E7 | A A E | A

A
E bem na hora que passava a jardineira
E7 CONTRACANTO 6:
Me deu uma tremedeira quando a porteira bateu
Bm Bm/A E/G#
Sai correndo lá pras bandas da estrada
F#m E E/D A/C# CONTRACANTO 2:
Pra ver a sua chegada e você não apareceu
A
A jardineira foi sumindo no estradão
A7 D
Levando a minha ilusão, e a tristeza que ficou
A
Foi só um sonho, sentei na cama chorando
E7 A
Hoje está fazendo um ano que você me abandonou

Fim:

E7 A

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CAPÍTULO 8

VALSA
SAUDADE (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Valsa
Tom: Lá Maior
Afinação: Cebolão em Ré#

Introdução (adaptação do violão):

A7 % D % % E7 A

Viola:

A % % E7 % % % A

Violão (adaptação):

E7 A E7 A %

A E7
Saudades: palavra rica, que martiriza e fica, dentro de um coração...
A E7 A %
Da felicidade morta, que a saudade conforta trazida de uma paixão.
A
Saudade eu tenho de alguém, uma saudade que vem
A7 D % %
De uma distância sem fim
D E7 A E7 D↓ E7↓ A %
Será que ela também... na falta de um outro alguém, sente saudades de mim

Introdução: A A7 D % % E7 A % % % E7 % % % A E7 A E7 A
A A7 D % % %
Eu vivo sempre pensando, meus olhos vivem chorando, não tenho felicidade
D E7 A E7
Estou morrendo aos poucos, e o que me deixa mais louco
D E7 A
É a maldita saudade...

Fim: D E A↓ E7↓ A↓

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VELHA PORTEIRA (Lourenço e Lourival)
Ritmo: Valsa
Tom: Mi Maior
Afinação: Cebolão Mi Maior

Introdução (adaptação do violão):

E % B7 % % % E

E % E7 A

% B7 % E B7 E %

E B7
Ao passar pela velha porteira, senti minha terra mais perto de mim
A B7 E
De emoção eu estava chorando porque minha angústia chegava ao fim
E7 A
Eu confesso que era meu sonho rever a fazenda onde me criei
% E
Não via chegar o momento
B7 E
De abraçar de novo, meu querido povo que um dia deixei

Introdução: E % B7 % % % E % % E7 A % B7 % E B7 E %

E B7
Que surpresa cruel me aguardava, ao ver a fazenda como transformou
A B7 E
Quase todos dali se mudaram, e a velha colônia deserta ficou
E7 A
Os amigos que ali permanecem, transformaram tanto que nem conheci
E
E eles não me conheceram
B7 E
E nem perceberam que os anos passaram e eu envelheci

Introdução: E % B7 % % % E % % E7 A % B7 % E B7 E %

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E B7
E você, minha velha porteira, também não está como outrora deixei
A B7 E
Seus mourões pelo tempo roídos, no solo caído também encontrei
E7 A
Já não ouço as suas batidas seu triste rangido lembranças me traz
E
Porteira, na realidade
B7 E
Você é a saudade do tempo da infância que não volta mais

Fim:

E E7 E7 A

% B7 % E E↓

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CAPÍTULO 9

CORTA JACA
MORENINHA COR DE JAMBO (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Corta Jaca
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré

Introdução:

A % B % %

A % B % %

E % B E B E

A B
Moreninha cor de Jambo da cintura fina, faces cor de rosa

CONTRACANTO 1

A B CONTRACANTO 1
Encosta seu rosto no meu quero um beijo do seu não seja vergonhosa
F#7 B↓ B↓
Venha matar meu desejo, meu bem só um beijo não faz mar nenhum
E B E↓ E↓
Todos que são namorados já foram beijados isso é coisa comum

Introdução:
A % B % % A % B % %
E % B E B E

A B CONTRACANTO 1
Já tive muitas garota mas pra mim foi poucas que eu senti paixão
A B CONTRACANTO 1
Mas hoje tu pode crer que somente você manda em meu coração
F#7 B↓ B↓
O teu pai é valentão e eu sou de opinião comigo ele não pode
E B E↓ E↓
Hoje vou no seu portão quero ver o velhão retorcer o bigode

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Introdução:
A % B % % A % B % %
E % B E B E

A B CONTRACANTO 1
Se você me quiser bem eu te quero também porque sou amoroso
A B CONTRACANTO 1
No dia que eu não te vejo porque não te beijo então fico nervoso
F#7 B↓ B↓
Você nasceu para mim mas a felicidade foi para nós dois
E B E↓
Quando nós tiver casado nós fica enjoado de beijar depois

Fim: E↓

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NOVO AMOR (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Corta Jaca e Valsa
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré

Introdução (adaptação do violão):

A A B B (Remate em E)

B7 % % %

% % % % (Remate em E)

A A B B (Remate em E)
Em branco: B7 E

E B7 E
Nestes versos tão triste que eu canto... só você que pode compreender
B7
É d'um sonho que eu trago guardado do tempo passado eu não posso esquecer

Seu retrato em minha companhia


B7↓ B7↓
Só ele que pode me valer, eu namoro com outra mais contra a vontade
E B7↓ E↓
Mas pra confessar a verdade só vou te esquecer depois que eu morrer

A↓ A↓ B↓ B↓ (Remate em E)
Solo inicial: 8x corta jaca em B7 e remate em E
A↓ A↓ B↓ B↓ (Remate em E)

Em branco: B7 E

E B7 E
Se deito na cama não durmo, tenho fome não posso comer
B7
Se durmo eu sonho contigo, parece um castigo minha vida é sofrer

Quando acordo me vejo sozinho


B7↓ B7↓
Eu espero o dia amanhecer, passo a mão na viola, saio pro terreiro
E B7↓ E↓
Todo dia eu canto primeiro essa valsa-canção que fiz pra você:

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Contracanto:

Ritmo de Valsa: A B E %

E B7
Que desprezo você me dá!
A/C# E
Você não tem dó de quem quer te amar?
A/C# E
Não faz mal...não faz mal!
B7 E↓
Algum dia hei de te ver chorar

Corta Jaca:

A↓ A↓ B↓ B↓ (Remate em E)
Solo inicial: 8x corta jaca em B7 e remate em E
A↓ A↓ B↓ B↓ (Remate em E)

Em branco: B7 E

E B7 E
Certo dia passando na rua de repente uma voz me chamou
B7
E meu nome nesse momento pro seu casamento ela me convidou

Respondi com meu peito magoado:


B7↓ B7↓
“fiz de tudo mas nada adiantou, vou levar minha vida cantando e bebendo
E B7↓ E↓
pouco a pouco eu vou morrendo e você vai vivendo com seu novo amor”

Fim: A↓ A↓ B↓ B↓ (Remate em E)

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PESCADOR E CATIREIRO (Cacique e Pajé)
Versão Original de 1978
Ritmo: Corta Jaca (Opcional: Cururu)
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi

Introdução:
B7 % % B7↓

B7 % % E

Em branco: B7 E

E
Comprei uma mata virgem do coronel Bento Lira
A
Fiz um rancho de barrote, amarrei com cipó-cambira
B
Fiz na beira da lagoa, só para pescar traíra

CONTRACANTO 2:

E (casa 8) Bm E7 A % CONTRACANTO 3:
Eu não me incomodo que me chamem de caipira
B E B E %
No lugar que índio canta muita gente admira

Introdução: B7 % % B7↓ B7 % % E
Em branco: B7 E

E
Canoa fiz de paineira, varejão de guaiuvira
A
A poita pesa uma arroba, dois remos de sucupira
B CONTRACANTO 2
Se jogo a tarrafa n’água sozinho um homem não tira
E Bm E7 A % CONTRACANTO 3
Capivara é bicho arisco quando cai na minha mira
B E B E %
Puxo o arco e jogo a flecha, lá no barranco revira

Introdução: B7 % % B7↓ B7 % % E
Em branco: B7 E

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E
Eu sou grande pescador, também gosto de catira
A
Quando eu entro num pagode não tem quem não se admira
B CONTRACANTO 2
No repique da viola contente o povo delira
E Bm E7 A % CONTRACANTO 3
Se a tristeza está na festa eu chego, ela se retira
B E B
Bato palma e bato o pé até as moças suspira

Introdução: B7 % % B7↓ B7 % % E
Em branco: B7 E

E
Muita gente não conhece o cantar da corruíra
A
Nem sabe o gosto que tem a pinga com sucupira
B CONTRACANTO 2
Morando lá na cidade não se come cambuquira
E Bm E7 A % CONTRACANTO 3
É por isso que eu gosto do sistema do caipira
B E B (Remate: E B) E↓
Pode até ficar de fogo, ele não conta mentira

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REI DOS CANOEIROS (Versão de Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Corta Jaca (Opcional: Cururu)
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré#

Introdução (adaptado do violão):

B7 % %

% % % % E Remate: E

Em branco: B7 %

B7
Segunda-feira de tarde, estava caindo garoa
Cheguei na beira do rio, peguei a velha canoa
E a canoa foi rodando...

CONTRACANTO (no estilo do João Mulato):

B/D#

A E
Ai, ai eu fui sentado na pro...a

Introdução: B7 % % % % % % E
Em branco: B7 %

B7
Lá no porto das Araras, que o Rio Claro desagoa
Vou entrando na vazante, água pesada recoa
Jogo a tarrafa n'água...

CONTRACANTO (segunda opção):

A E
Ai, ai tirar peixe a gente so...a

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Introdução: B7 % % % % % % E
Em branco: B7 %

B7
No lugar que não dá nada, a gente desacorçoa
Deixo o meu anzol de espera onde os peixe grande amoa
Eu volto alegre pro rancho...

CONTRACANTO
A E
Ai, ai quando faço pesca bo...a

Introdução: B7 % % % % % % E
Em branco: B7 %

B7
O vento forte do sul vem deitando as taboas
A garça da meia volta pra descer na lagoa
Ela vem de manhã cedo...

CONTRACANTO
A E
Ai, ai quando é de tarde ela vo...a

Introdução: B7 % % % % % % E
Em branco: B7 %

B7
Sou violeiro e pirangueiro, e só canto modas boas
Todas modas que eu invento quem escuta não enjoa
Estando com meu companheiro...

CONTRACANTO
A (Remate: E B7) E↓
Ai, ai garanto a minha coro...a

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CAPÍTULO 10

CURURU
PIRACICABANO
A SEREIA E O NEGRO D’ÁGUA (Goiano e Paranaense)
(VERSÃO SIMPLIFICADA)
Iniciantes podem tocar no Cururu, o Paranaense tocava no Cipó Preto
Avançados podem fazer os “vorteios” do cururu piracicabano
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré#

Introdução:

E7 A B7 E %

B7 % E B7 E B7 E

E B7 E B7 E B7 E
Joguei a tarrafa n’água vejam só o que eu peguei
E % % % B7 % %
Foi grande a minha surpresa quase não acreditei
A % E %
Meu coração disparou quando a tarrafa puxei
E % B7 % %
Para ser somente minha
B7 E B7 E B7 E
Uma sereia rainha do fundo d’água tirei

Introdução: E7 A B7 E % B7 % E B7 E B7 E

E B7 E B7 E B7 E
Sete dias de romance com a sereia eu passei
E % % % B7 % %
Seus carinhos, seus agrados eu confesso que gostei
A % E %
Beijo doce igual o dela ainda eu não achei
E % B7 % %
Meu mundo ficou vazio
B7 E B7 E B7 E
Sereia pulou no rio, pra onde foi eu não sei

Introdução: E7 A B7 E % B7 % E B7 E B7 E

E B7 E B7 E B7 E
Eu fiquei ali parado sem saber o que falar
E % % % B7 % %
Quis até pular na água pra sereia procurar

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A % E %
O rio era muito fundo eu não sabia nadar
E % B7 % %
Tomei pinga na garrafa
B7 E B7 E B7 E
Preparei minha tarrafa pra de novo arremessar

Introdução: E7 A B7 E % B7 % E B7 E B7 E

E B7 E B7 E B7 E
Joguei de novo a tarrafa numa grande agonia
E % % % B7 % %
Só pra ver se a sereia novamente eu pegaria
A % E %
Quando puxei a tarrafa de susto as pernas tremia
E % B7 % %
Aumentou a minha mágoa
B7 E B7 E
Peguei foi o nego d'água credo em cruz Ave Maria

Fim: (Remate B7 E↓)

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A SEREIA E O NEGRO D’ÁGUA (Goiano e Paranaense)
Ritmo: Cururu Piracicabano
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Cebolão em Ré#
Introdução:

E7 A B7 E %

B7 % E B7 E B7 E

E B7 E B7 E C.1: B7 E
Joguei a tarrafa n’água vejam só o que eu peguei

E % % % B7 C.2: B7 B7
Foi grande a minha surpresa quase não acreditei

A % E %
Meu coração disparou quando a tarrafa puxei
E % B7 C.3: B7 B7
Para ser somente minha

B7 E B7 E B7 E
Uma sereia rainha do fundo d’água tirei

Introdução: E7 A B7 E % B7 % E B7 E B7 E

E B7 E B7 E B7 E
Sete dias de romance com a sereia eu passei

E % % % B7 CONTRACANTO 2
Seus carinhos, seus agrados eu confesso que gostei
A % E %
Beijo doce igual o dela ainda eu não achei
E % B7 CONTRACANTO 3
Meu mundo ficou vazio
B7 E B7 E B7 E
Sereia pulou no rio, pra onde foi eu não sei

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Introdução: E7 A B7 E % B7 % E B7 E B7 E

E B7 E B7 E B7 E
Eu fiquei ali parado sem saber o que falar

E % % % B7 CONTRACANTO 2
Quis até pular na água pra sereia procurar
A % E %
O rio era muito fundo eu não sabia nadar

E % B7 CONTRACANTO 3
Tomei pinga na garrafa
B7 E B7 E B7 E
Preparei minha tarrafa pra de novo arremessar

Introdução: E7 A B7 E % B7 % E B7 E B7 E

E B7 E B7 E B7 E
Joguei de novo a tarrafa numa grande agonia

E % % % B7 B7 %
Só pra ver se a sereia novamente eu pegaria

A % E %
Quando puxei a tarrafa de susto as pernas tremia

E % B7 B7 %
Aumentou a minha mágoa

B7 E B7 E Fim: B7 E↓
Peguei foi o nego d'água credo em cruz Ave Maria

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A VIOLA E A PESCARIA (Goiano e Paranaense)
Ritmo: Cururu Piracicabano
Tom: Mi Maior
Afinação da Gravação em Estúdio: Cebolão em Ré#

Introdução:

B7 E

B7 E

“Vorteio”: B7 E B7 E

B7* *Dedilhado do B7:


Um dia me perguntaram, respondi com alegria
E B7 E
Das coisas que eu mais gosto, que alegram meu dia a dia
F# B/D#
Gosto de mulher bonita, de viola e cantoria...
CONTRACANTO 1:

B/D#
Pra completar meu prazer...
CONTRACANTO 2 :

B/D# E (Remate: B7 E)
Eu gosto de pescaria

Segundo Ponteio:

E B7 E

B7 E

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“Vorteio”: B7 E B7 E

B7
Uma viola afinada levo dentro da canoa
E B7 E
Eu pesco na correnteza e também pesco na lagoa
F# B/D# CONTRACANTO 1
Quando fisgo um peixe grande eu fico sorrindo à toa
CONTRACANTO 2
Na pescaria não falta
E (Remate: B7 E)
Também uma pinga boa

Introdução: E % B7 % E % B7 % E
“Vorteio”: B7 E B7 E

B7
No Estado de Mato Grosso onde eu vou pescar pintado
E B7 E
Às vezes pego a caranha e também algum dourado
F# B/D# CONTRACANTO 1
Dourado é um peixe que pula quando ele é bem fisgado
CONTRACANTO 2
Fisgar um peixe no anzol
E (Remate: B7 E)
Deixa a gente entusiasmado

Segundo Ponteio: E % B7 % E % B7 % E
“Vorteio”: B7 E B7 E

B7
Nunca reclamei da sorte pois eu tenho muita fé
E B7 E
Quando tiro minhas férias vivo a vida como é
F# B/D# CONTRACANTO 1
Na barranca desse rio bato palma e bato pé
CONTRACANTO 2
Mas o peixe que eu mais gosto
E
Tem o nome de mulher

Fim: (Remate B7 E↓)

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AZULÃO DO REINO ENCANTADO (Tião Carreiro e Pardinho)
Ritmo: Cururu Piracicabano
Tom: Mi Maior
Afinação Original: Cebolão em Mi

Introdução:

E B7 % E %

B7 % E “ Vorteio:” B7 E B7 E

E VORTEIO 1: B7 E
Eu já consertei relógio à meia noite no fundo d'água

E B7 VORTEIO 2: B7 %
Sem levantar o tapete com muita classe tirei o taco

B7 VORTEIO 2
Eu já ganhei uma guerra sem dar um tiro e não é mentira
B7 E VORTEIO 3: B7 E
Já fui no fundo da Terra e voltei de lá sem fazer buraco

Introdução: E B7 % E % B7 % E
“Vorteio”: B7 E B7 E

E (Vorteio 1: B7 E)
Aprendi fazer colar só de pingo d'água e ficou bonito
E B7 (Vorteio 2: B7 %)
Eu fiz um laço de areia pra laçar bicho que não é fraco
B7 (Vorteio 2: B7 %)
Amarrei onça no mato com reza brava ficou segura
B7 E (Vorteio 3: B7 E)
Carreguei ferro em brasa tição de fogo dentro de um saco

Introdução: E B7 % E % B7 % E
“Vorteio”: B7 E B7 E

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E (Vorteio 1: B7 E)
Topei uma corriola só de bandidos com pau e faca
E B7 (Vorteio 2: B7 %)
Foi uma nuvem de poeira fiz a madeira virar cavaco
B7 (Vorteio 2: B7 %)
Eu transformei o meu braço em uma espada que só tinia
B7 E (Vorteio 3: B7 E)
Arrebentei tantas facas veio a policia varrer os cacos

Introdução: E B7 % E % B7 % E
“Vorteio”: B7 E B7 E

E (Vorteio 1: B7 E)
Caminhei por baixo d'água igual um peixe e não sei nadar
E B7 (Vorteio 2: B7 %)
Caminho que ninguém passa passo correndo e não empaco
B7 (Vorteio 2: B7 %)
Já fiz a barba do leão sem usar sabão e sem a navalha
B7 E (Vorteio 3: B7 E)
Com a jamanta correndo troco pneu sem usar macaco

Introdução: E B7 % E % B7 % E
“Vorteio”: B7 E B7 E

E (Vorteio 1: B7 E)
O meu protetor é forte é o azulão do reino encantado
E B7 (Vorteio 2: B7 %)
Um salão todo azulado que tem no céu ele foi morar
B7 (Vorteio 2: B7 %)
E com sete santas virgens neste salão o azulão está
B7 E
E duas vezes por dia este salão Deus vai visitar

Fim: (Remate B7 E↓)

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BÔNUS
ROMARIA (Renato Teixeira)
Ritmo: Country Blues ¾ ↓ ↑↓ ↑↓
Tom: Ré Maior
Gravação original no Violão (utilizar cebolão em Mi)

Introdução (adaptado do violão):

D G Gm D

G D G D

D G D G
É de sonho e de pó... O destino de um só
D F#7↓ Bm F#7 %
Feito eu perdido em pensamentos, sobre o meu cavalo
Bm E Bm E
É de laço e de nó, de gibeira o jiló
Bm F#7 Bm(9) %
Dessa vida, cumprida a sol

G A7 D F#7↓ Bm
Sou caipira, pirapora nossa, Senhora de, Aparecida
G A7 D %
Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida
G A7 D F#7↓ Bm
Sou caipira, pirapora nossa, Senhora de, Aparecida
G A7 C6/D
Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida

Ponte 1:

C6/D % %

D G D G
O meu pai foi peão... Minha mãe solidão
D F#7↓ Bm F#7 %
Meus irmãos perderam-se na vida, à custa de aventuras
Bm E Bm E
Descasei, joguei, investi, desisti
Bm F#7 Bm(9) %
Se há sorte, eu não sei, nunca vi

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G A7 D F#7↓ Bm
Sou caipira, pirapora nossa, Senhora de, Aparecida
G A7 D %
Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida
G A7 D F#7↓ Bm
Sou caipira, pirapora nossa, Senhora de, Aparecida
G A7 C6/D
Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida

Solo:

C6/D G D G D

G Gm D G D

D G D G
Me disseram porém... Que eu viesse aqui
D F#7↓Bm F#7 %
Prá pedir de romaria e prece, paz nos desaventos
Bm E Bm E
Como eu não sei rezar, só queria mostrar
G F#7 Bm(9) %
Meu olhar, meu olhar, meu olhar

G A7 D F#7↓ Bm
Sou caipira, pirapora nossa, Senhora de, Aparecida
G A7 D %
Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida
G A7 D F#7↓ Bm
Sou caipira, pirapora nossa, Senhora de, Aparecida
G A7 D %
Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida
G A7 D F#7↓ Bm
Sou caipira, pirapora nossa, Senhora de, Aparecida
G A7↓
Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida

Fim:

D G Gm D G D↓

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VIDE VIDA MARVADA (Versão de Rolando Boldrin)
Tom: Lá Maior (Mi Maior Mixolídio)
Ritmo: Variação ritmada do Cateretê (“Batuque”)
Afinação Original: Cebolão em Mi Bemol

Introdução (adaptado de flauta e viola):

Base sempre em E7

E7
Corre um boato aqui donde eu moro que as mágoa que eu choro são mal ponteadas (C.1)

Que no capim mascado do meu boi, a baba sempre foi santa e purificada (C.2)

Diz que eu rumino desde menininho fraco e mirradinho a ração da estrada (C.3)

Vou mastigando o mundo e ruminando e assim vou tocando essa vida marvada!
(Chamada para o refrão):

A E7 (C.4)
É que a viola fala alto no meu peito, mano

E7 A (C.5)
E toda moda é um remédio pros meus desenganos

A E7 (C.6)
É que a viola fala alto no meu peito, mano

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A (C.7)
E toda mágoa é um mistério fora desse plano

A7 D (C.8)
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver

D A (C.9)
Chega lá em casa pruma visitinha que no verso e no reverso da vida inteirinha

E7 A E7 A
Há de encontrar-me no cateretê... Há de encontrar-me no cateretê

Introdução: E7

E7
Tem um ditado dito como certo que cavalo esperto não espanta a boiada (idem C.2)

E quem refuga o mundo resmungando passará berrando essa vida marvada (C.10)

Cumpadi meu que inveieceu cantando diz que ruminando dá pra ser feliz (C.11)

Por isso eu vagueio ponteando e assim procurando minha flor-de-lis


(Chamada para o refrão):

A E7 (C.12)
É que a viola fala alto no meu peito, mano

A (C.13)
E toda moda é um remédio pros meus desenganos

A E7 (C.4)
É que a viola fala alto no meu peito, mano

A (C.7)
E toda mágoa é um mistério fora desse plano

A7 D (C.8)
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver

D A
Chega lá em casa pruma visitinha que no verso e no reverso da vida inteirinha

E7 A E7 A
Há de encontrar-me no cateretê... Há de encontrar-me no cateretê

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Fim (adaptado da flauta e viola):

Base sempre em E7

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