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Relatório de Aulas de Percussão no CITA

A oficina de percussão é o contato dos aprendizes com os ritmos


populares brasileiros e de outras localidades. Ritmos como: samba, ijexá,
samba de roda, congo de ouro e salsa. Os instrumentos que foram utilizados
para tal foram: pandeiro, tamborim, surdo, ganzá, atabaques/congas,
agogôs, triangulo e zabumba.

Como cada ritmo tem mais de um instrumento de percussão o tempo


para a execução do mesmo por completo depende de um tempo para
assimilação, exemplo: o samba é utilizado geralmente pandeiro, tamborim,
surdo e ganzá e assim cada instrumento com sua peculiaridade demandando
mais tempo para execução de cada um e claro tendo a preocupação de que
cada pessoa tem seu tempo e suas dificuldades, assim repetindo
vagarosamente cada movimento até sua assimilação.

Antes de cada prática temos uma compreensão teórica das figuras


rítmicas tanto escritas quanto sonora. Em seguida fazemos um aquecimento
e relaxamento muscular para começarmos a parte prática. Para este
primeiro contato, fizemos exercícios de compreensão rítmica e sonora com
a turma para, minimamente, avaliar sua percepção musical. Exercícios de
locomoção rítmica e coordenação motora foram também utilizados para
ajudar no entendimento de como tocar cada instrumento.

Exemplo de dois ritmos que trabalhamos neste período: Samba e


Baião.

Samba
O samba foi o ritmo que começamos por ser mais próximo da
nossa realidade. A partir do corpo passamos a entender as células do samba
com onomatopéias que condiz para cada instrumento; tamborim, surdo,
pandeiro e ganzá;

Ex.: Tamborim - TATITATI TATATITA TITATITA TITATATI,


sendo “TA” tapa com a mão direita na mão esquerda e “TI” a mão esquerda
fechando.

Surdo – TÓ TUM TÓ TUM, sendo “TÓ” batida abafada e “TUM”


batida solta.
Pandeiro – TÓTITITI TUMTITITI, sendo “TÓ” polegar percutindo
no pandeiro com a pele abafada, “TI” ponta de dedo e punho fazendo soar só
as platinelas e “TUM polegar percutindo no pandeiro com a pele solta.

Ganzá – TATITITA TATITITA, sendo “TÁ” uma locomoção


acentuada das sementes para frente ou para traz segurando o instrumento
com uma mão e “TI” mesma locomoção sem acentuação.

Sempre antes de cada prática relembramos conteúdos teóricos como


os nomes das notas musicais e suas respectivas pausas.

Baião
Para trabalharmos o Baião usamos os seguintes instrumentos:
zabumba, pandeiro, agogô e triangulo. Cada dia estudamos com instrumento
diferente para que a assimilação seja minuciosa.

Zabumba – TÔ TUM TÁ, sendo “TÔ a batida da baqueta na pele


segurando para abafar o som, “TUM” a batida da baqueta na pele tirando
repentinamente para não abafar o som e “TÁ”, resposta, batida do bacalhau
(Vareta de bambu ou de plástico que é usado pra resposta da zabumba) na
pele de baixo do instrumento ou com a baqueta no aro.

Pandeiro – TUMTITITA TITITITI, sendo “TUM” e “TI” a mesma


manulação que é usada no samba. O que acrescenta agora é o “TÁ” que é um
tapa com a mão no centro do pandeiro. Essa é uma célula rítmica mais usada
para o coco de embolada e como o baião e coco são irmãos de base rítmica
começamos com o mesmo que é de mais fácil assimilação para quem é
iniciante.

Agogô – TI TÓ, sendo “TI” batida da baqueta na campânula aguda do


instrumento e “TÔ” batida na campânula grave.

Triangulo – TIKITÉKI TIKITÉKI, sendo “TI” batida da baqueta na


parte de baixo do triangulo segurando o instrumento com a outra mão
abafando o som, “KI” batida na parte de cima do triangulo também abafando
o som e “TÉ” batida na parte de baixo do instrumento sem abafar o som.

ALEXANDRE MATTOS

Ator/Percussionista

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