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500 OUESTOES
COMENTADAS
PARA PROVAS E CO N CU RSO S EM
Mar celo Gurgel Car los da Silva
SA ÚDE PÚBLICA
C f \ f \ QUESTÕES
W W W COMENTADAS
PARA PROVAS E CONCURSOS
2a edição
2016
edit ora
SANAR
2016
© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela
Lei n° 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou
qualquer parte deste livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios
(eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da
obra, bem como às suas características gráficas, sem permissão expressa da Editora.
ISBN: 978-85-67806-46-4
1. Saúde pública - Problemas, questões,
exercícios. I. Título.
CDU:614
Entre esses dois t ít ulos, demos à est ampa, por conceituadas editoras, uma
série de livros aut o-avaliação e revisão, cobrindo diferentes campos da Saúde
Pública e outras áreas correlatas, cabendo citar as publicações seguintes: Doen-
ças infecciosas e parasit árias (1995), Medicina preventiva (1995), Epidemiologia
do Câncer (1995), Economia da saúde (1996), Tuberculose (1997), Saúde Coleti-
va (1997), Saúde Materno-lnfantil (1998), Princípios e Mét odos Epidemiológicos
(2000), Saúde Ocupacional (2001) e Economia da Saúde - 2.ed. (2003).
Esta obra "SAÚDE PÚBLICA: 500 quest ões comentadas para provas e
concursos" cont ém cinco cent ennas de quest ões dist ribuídas em dez capít ulos,
cinco deles ompostos por quest ões inédit as e outros cinco perguntas já edit a-
das, devidament e revisadas e atualizadas, quando foi necessário. Os capít ulos
cobrem, inegavelmente, campos e assuntos de maior interesse da Saúde Pública
brasileira, sendo, identicamente, úteis aos sanitaristas, aos profissionais de saú-
de, como enfermeiros, farnacêut icos, fisioterapeutas, médicos, nutricionistas,
odont ólogos et c, bem como às outras categorias profissionais engajadas no
trabalho no setor da saúde.
As quest ões são todas do tipo teste de múlt ipla escolha, todas com cinco
opções das quais apenas uma é correta; cada quesito é acompanhado de res-
posta comentada e da correspondente referência, na qual o assunto pode ser
verificado ou aprofundado. O nível de complexidade das quest ões é variável: a
maioria delas muito fácil e ao nível de graduação, e parte, de razoável e elevado
grau de dificuldade, que requer a formação em Saúde Pública ou em um deter-
minando campo sanit ário, especificamente.
Esta nova edição, cotejando com a anterior, foi ampliada para 550 (qui-
nhentas e cinquenta) quest ões, t eve os capít ulos 1 e 3 revistos, com inserção
de novos quesitos, e cont a, ao final, com um novo capít ulo específico focando o
Si st ema Ún i co de Saú d e, um pleit o f or mul ado por vár i os leit ores.
O livro Saúde Pública: Quest ões Comentadas serve tanto para estudo isola-
do quanto para complementar outros livros de saúde pública. O iniciante, que o
utiliza como complemento para estudo de conceitos e mét odos, verá os mesmos
assuntos em diferentes perspectivas. Isso auxilia o estudante a compreender as
aplicações da teoria. Mesmo os profissionais experientes aproveitam o cont eúdo
de livros de exercícios. Por mais experientes que sejam jamais podem ter viven-
ciado toda a gama de sit uações descritas no livro.
Capítulo 1
|0 EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 13
Capítulo 2
0 ESTATÍSTICAS DE SAÚDE 59
Capítulo 3
1 1 5
03 EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Capítulo 5
Capítulo 11
EPIDEMIOLOGIA
BÁSI CA
Resposta"'
(C) A epidemiologia, nos estudos de dist ribuição das doenças, tem por !
objetivo revelar os problemas de saúde-doença em nível coletivo, pos- 5
sibilitando o detalhamento do perfil epidemiológico da população com ;
vistas à promoção de saúde. J
Ref.: Rouquayrol et ai In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 11-2.
C) somente I, II e IV.
D) somente I e IV.
E) somente III e IV.
Resposta'-
(B) Morris, classicamente, distinguiu sete usos importantes da Epidemio-
logia; desses usos, quatro estavam mais vinculados ao planejamento em
saúde, a saber: 1. diagnóst ico dos problemas de saúde na comunidade;
2. permite fazer projeções; 3. ident ificação dos grupos mais vulneráveis;
4. mét odos de avaliação (serviços e t écnicas).
Ref.: Armijo. Epidemiologia, p. 37-40.
| "É um conjunto de conceitos, mét odos e formas de ação prát ica que se
aplicam ao conhecimento e t ransformação do processo saúde-doença
na dimensão coletiva ou social".
Essa int erpret ação corresponde ao propósit o da
A) epidemiologia hist órica.
B) epidemiologia analít ica.
C) epidemiologia social.
D) epidemiologia descritiva.
E) epistemiologia marxista.
Resposta'-
(C) A epidemiologia social dá ênfase ao estudo da estrutura sócio-eco-
nômica a fim de explicar o processo saúde-doença de maneira hist órica,
mais abrangente, tendo a epidemiologia como um dos instrumentos de
t ransformação social.
Ref.: Rouquayrol et ai. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 13.
Resposta:
(B) A visão dialét ica da epidemiologia se posiciona contra a fatalidade
do "natural" e do "tropical". Os demais enunciados est ão de acordo com
a base dout rinária da epidemiologia social.
Ref.: Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 13.
Resposta'-
(A) No período pré-pat ogênico o nível de aplicação das medidas pre-
ventivas, segundo Leavell & Clark, é o da prevenção primária, feita por
meio da promoção da saúde e da prot eção específica.
Ref.: Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 21-2; Leavell
& Clark. Medicina Preventiva, p. 147.
Resposta'-
(C) Pelo modelo de Leavell & Clark, o diagnóst ico precoce e tratamento
imediato e a limit ação da incapacidade são medidas preventivas do ní-
vel secundário.
Ref.: Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 21-2; Leavell
& Clark. Medicina Prevent iva, p. 21-3.
Resposta'-
(B) O período prodrômico vai desde o aparecimento dos primeiros sin-
tomas e sinais da doença em causa at é que surjam aqueles que lhe são
caract eríst icos, permitindo o diagnóst ico ou, pelo menos, o levanta-
mento de hipót eses diagnosticas em um campo mais restrito.
Ref: Leser etal. Elementos de Epidemiologia Geral. p. 94.
Resposta'
(A) A história natural da doença, portanto, tem desenvolvimento em dois
períodos sequenciados: o período epidemiológico e o período pat ológi-
co. No primeiro, o interesse é dirigido para as relações suscet ível-ambien-
te; no segundo, interessam as modificações que se passam no organismo
vivo. Abrange, portanto, dois domínios interagentes, consecutivos e mu-
tuamente exclusivos, que se completam: o meio ambiente, onde ocorrem
as pré-condições, e o meio interno, locus da doença, onde se processaria,
de forma progressiva, uma série de modificações bioquímicas, fisiológicas
e hist ológicas, próprias de uma determinada enfermidade.
Ref: Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 13-20.
E) I, III e IV.
Resposta:
(C) Os estudos de prevalência identificam somente aqueles casos que
est ão vivos e diagnost icáveis na época da avaliação. Os casos prevalen-
tes podem ser um subgrupo viciado de todos os casos porque eles não
incluem aqueles que j á faleceram ou foram curados. Além disso, est u-
dos de prevalência, comumente, não permitem uma compreensão clara
da relação temporal entre um fator causal e uma doença.
Ref: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 4.ed. p. 87-8.
Resposta:
(B) A prevalência inst ant ânea ou moment ânea indica a frequência da
doença em um "ponto" de tempo dado, independente de quando co-
meçaram os casos. O "ponto" no caso em análise é completar 50 anos
de idade para se fazer o check-up e as lesões est ão presentes nesse mo-
mento mas j á existiam desde datas indeterminadas.
Ref: Guerrero etal. Epidemiologia, p. 36-51; Lima etal. In: Rouquayrol. Epidemio-
logia & Saúde. 7.ed. p. 36-8.
• 18 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta'-
(E) As taxas brutas são sint ét icas e reais e de cálculo fácil para compa-
rações internacionais. As taxas específicas se aplicam a subgrupos ho-
mogéneos e são úteis para fins epidemiológicos e de Saúde Pública. As
taxas ajustadas ou padronizadas são afirmações condensadas; nelas, as
diferenças na composição dos grupos são "removidas", a que permite
comparação sem vício.
I Ref.: Mausner & Bahn. Introdução à Epidemiologia, p. 88.
• •M• • M
Resposta' -
(A) "Na tentativa de manter a cont ribuição de cada sujeito proporcio-
nal ao seu intervalo de seguimento, o denominador de uma medida
de incidência-densidade não é as pessoas em risco por um período es-
pecífico de tempo, mas as pessoas-tempo em risco para o evento. Um
indivíduo seguido por 10 anos sem se tornar um caso contribui com 10
pessoas-ano, enquanto que um individuo seguido por um ano contribui
apenas com 1 pessoa-ano para o denominador. A incidência-densidade
é expressa pelo número de casos novos dividido pelo número total de
J pessoas-ano em risco."
Ref.: Fletcher etal. Epidemiologia Clínica. 4.ed. p. 89.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 19
Questões 13 a 21
o
[ o— B
•
o V C
>D
1 o—
o • E
• F
1 o—
0
•
j o—
•
! I
o j
•
FIG. Ocorrência da doença em 100 pessoas sob risco de 2002 a 2004
Legenda:
o- Início da doença
— Duração da doença
A
E3 13* prevalência da doença no início de 2012 foi:
A) 0,40%.
B) 4,00%.
C) 4,17%.
D) 6,00%.
E) N.R.A.
Resposta:
(B) No início de 2012 das 100 pessoas em risco, quatro (B, D, F e H) já
estavam doentes, ent ão a taxa de prevalência foi:
4
x 100 = 4%
100
C) 6,38%.
D) 9,00%.
E) N.R.A.
Resposia'-
(B) No início de 2013, havia seis doentes (A, B, F, G, H e I) para cem pes-
soas o que produz a prevalência de:
6
x100 = 6%
100
Resposta'-
(C) Em 2012, foram dois casos novos (A e I), mas das 100 pessoas sob
estudo quatro (B, D, F e H) j á se encontravam doentes, portanto, não
estavam mais sob risco de adoecer e o número de expostos é reduzido
a 96; dessa forma, a taxa de incidência foi:
—^ —x 100 = 2,08%
96
B) C, EeJ.
C) C e E.
D) G e J.
E) N.R.A.
Resposta:
(A) Foram quatro casos (C, E, G e J) que tiveram início no ano de 2013.
Resposta:
(D) Aos quatro casos constatados no início de 2012 são agregados os
dois incidentes em 2012 (A e I), de modo que a população sob risco
declina para 94. Assim, para os quatro casos novos (C, E, G e J) tem-se a
seguinte incidência:
• x 100 = 4,26%
94
Resposta'-
(E) A prevalência para o ano de 2013 é uma prevalência no período, logo
necessita agregar os casos novos (C,E,G e J) aos já existentes (A,B,F,H e J)
no início do período. Daí, a taxa de prevalência será:
9
x100 = 9%
100
C) 2,22%.
D) 1,11%.
E) N.R.A.
Resposta:
(E) Como não houve casos novos em 2014, a incidência foi zero.
Resposta:
(A) Ao final de 2014, quatro pessoas (A, G, H e J) continuavam doentes,
o que dá uma prevalência de:
4
x 100 = 4%
100
E) impossível determinar.
Resposta:
(B) A incidência acumulada é dada pela divisão do número de casos
novos surgidos no período 2012-14 pelo número de pessoas expostas
mas livres da doença no início do período. Foram seis casos novos no
período (A, C, E, G, I e J), os quais divididos por 96 (os livres da doença
no início do período) correspondem a 6,25%.
Resposta:
(E) A letalidade é uma relação entre mortes por determinada doença
nos casos dessa doença. Assim, uma letalidade alta significa que o risco
de morrer entre os doentes é grande.
Ref.: Lima etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 52-3; Laurenti etal.
Estatísticas de Saúde. 2.ed.p. 154.
Ent ão
A) as taxas de mortalidade são iguais para as duas doenças.
B) a tuberculose e as pneumonias t êm a mesma letalidade.
C) a incidência da tuberculose é seguramente maior do que a das pneu-
monias.
D) a incidência das pneumonias é segurament e maior do que a da
tuberculose.
E) N.R.A.
Resposta:
(A) A equação revela que o número de óbit os por tuberculose foi igual
ao de pneumonias. Como esses dados figuram no numerador para o cál-
culo das taxas de mortalidade e da mortalidade proporcional (%), essas
duas medidas são iguais para as duas doenças.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de Saúde. 2.ed.p. 152-4.
Questões 26 a 29
"Em um pequeno povoado com 500 habitantes, na segunda semana
de maio, 100 pessoas compareceram a uma festa de casamento, onde
foi servido um jant ar preparado por várias pessoas dessa comunidade.
No dia seguinte, 40 dos participantes adoeceram, tendo um quadro
clínico em que a diarréia era a queixa predominante. Dos 40 homens
presentes, 28 adoeceram e das 20 crianças que foram a festa, 10 t ive-
ram a doença" (Adaptado de OPAS. Princípios de Epidemiologia para
el Control de las Enfermedades Transmisibles).
Resposta'-
( D)
- ^ - x 100 = 70%
40
Resposta:
(O 12
x 100 = 20%
60
Resposta:
(B) _ J 0 _ x l 0 0 = 3 7 5 %
80
3 30. Foi est abelecido que o t empo de duração de t odos os casos de uma
doença era: 2,4,3,5,3,6, 7, 5,5 e 4 dias.
Ent ão, a média arit mét ica, a mediana e a moda (em dias) para a duração
da doença são respectivamente:
A) 4,4,4,5 e 5.
B) 4,4,4,5 e 4.
C) 4,3 , 4 e 5.
D) 4,5 ,4,5 e 5.
E) N.R.A.
Resposta:
2+4+3+5+3+6+7+5+5+4 44
(A) Media arit mét ica = = = 4,4
10 10
El 31. As medidas est at íst icas adotadas na const rução de diagrama de con-
trole das doenças são:
A) desvio médio e desvio.
B) mediana e desvio padrão.
C) média, mediana e desvio padrão.
D) média e desvio padrão.
E) média, moda e amplit ude de variação.
Resposta'-
(D) Para elaboração de um diagrama de controle das doenças, empre-
gam-se a média dos coeficientes e o desvio padrão dos coeficientes es-
pecíficos da doença por mês ou grupos de semanas epidemiológicas
em uma série temporal de anos não epidêmicos.
Ref.: Forattini. Epidemiologia, p. 161-2; Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemio-
logia & Saúde. 7.ed. p. 98-105.
Resposta'-
(B) A definição vista em Rouquayrol contempla os principais aspectos
que caracterizam a epidemia, como a delimit ação temporal e espacial
e o excedente de risco da doença. Guerrero et ai acrescentam ainda a
fonte comum e a natureza comum da enfermidade.
Ref.: Rouquayrol et ai. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 105; Guer-
rero etal. Epidemiologia, p. 2-22.
Resposta:
(D) A regressão é a últ ima fase na evolução de uma epidemia. Nela o
processo de massa tende a retornar aos valores iniciais de incidência, a
estabilizar-se em um patamar endémico, abaixo ou acima do patamar
inicial, ou a regredir at é a incidência nula, incluída aí a erradicação.
Ref.: Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 110.
B) egressão.
C) progressão.
D) incidência máxima.
E) regressão.
EJ 35. "Ser humano ou animal, art rópode, planta, solo ou mat éria inanimada
(ou combinação desses) em que um agente infeccioso vive e se mult i-
plica, em condições de dependência primordial para a sobrevivência e
no qual se reproduz de modo a ser transferido a um suscet ível" (OPAS).
Resposta: (B)
E3 36. "É o homem ou outro animal vivo, inclusive aves e art rópodes, que ofe-
reçam, em condições naturais, subst ância ou alojamento a um agente
infeccioso"(OPAS).
Resposta: (C)
28 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
EJ 37. "É a pessoa, animal, objeto ou subst ância da qual um agente infeccioso
passa diretamente a um hospedeiro" (OPAS).
Resposta'- (A)
Questões 39 a 43
Para cada acepção t écnica ordenada abaixo, assinale o t ermo corres-
pondente conforme a seguinte chave:
A) pessoa infectada.
B) portador.
C) suscet ível.
D) suspeito.
E) N.R.A.
0 39. "Pessoa ou animal que não possui, presumivelmente, resist ência contra
det erminado agente pat ogênico e que por essa razão pode contrair a
doença se posto em contato com este agente" (OPAS).
Resposta: (C)
J 40. "Pessoa cuja hist ória clínica e sintomatologia indicam estar acometida
de doença t ransmissível ou t ê-la em incubação" (OPAS).
Resposta: (D)
J 41. "Pessoa que alberga um agente infeccioso e tem uma doença manifesta,
ou uma infecção inaparente" (OPAS).
Resposta: (A)
^ 42. "Pessoa (ou animal) que alberga agent e infeccioso específico de uma
doença sem apresentar sintomas da mesma e que pode constituir fonte
de infecção para o homem" (OPAS).
Resposta: (B)
Resposta:
(e) A imunidade pode apresentar-se de duas formas: a) Imunidade at iva:
imunidade adquirida naturalmente pela infecção, com ou sem manifes-
t ações clínicas, ou artificialmente pela inoculação de frações ou produ-
tos de agentes infecciosos, ou do próprio agente morto modificado, ou
de uma forma variante, na forma de vacinas. A imunidade ativa natural
ou artificialmente adquirida pode ser duradoura ou não, dependendo
das caract eríst icas do agente e/ ou vacina; e b) Imunidade passiva: imu-
nidade adquirida naturalmente da mãe ou artificialmente pela inocula-
ção de anticorpos protetores específicos (soro imune de convalescentes
ou imunoglobulina sérica). A imunidade passiva natural ou art ificial-
mente adquirida é pouco duradoura.
Ref: Waldman & Rosa. Vigilância em Saúde Pública, p. 70-1.
Questões 45 a 49
Para cada acepção t écnica da OPAS, ordenada abaixo, assinale o t ermo
correspondente de acordo com a seguinte chave:
A) infecção.
B) infest ação.
C) colonização.
D) cont aminação.
E) N.R.A.
* " MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta: (A)
Resposta: (B)
Resposta: (C)
Resposta: (D)
Resposta: (E)
O esquema da cadeia do processo infeccioso procura integrar e det a-
lhar os conceitos de estrutura epidemiológica, de hist ória natural e de
espectro clínico das doenças infecciosas. Nesse ponto, faz-se necessá-
rio conceituar doença infecciosa, que pode ser entendida como uma
doença, humana ou animal, clinicament e manifesta que resulta de uma
infecção. Por sua vez, infecção é a penet ração, alojament o e, em geral,
mult iplicação de um agente et iológico animado no organismo de um
hospedeiro, produzindo-lhe danos, com ou sem apareciment o de sin-
tomas clinicament e reconhecíveis. Em essência, a infecção é uma com-
pet ição vital entre um agente et iológico animado (parasita sensu lato)
e um hospedeiro; é, portanto, uma luta pela sobrevivência entre dois
seres vivos que visam à manut enção de sua espécie.
Existem ainda alguns termos relacionados à infecção, mas que dela di-
ferem, entre eles:
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 31
Questões 50 a 54
As cinco quest ões que se seguem, referentes a definições usadas em
Epidemiologia, devem ser respondidas de acordo com a chave abaixo:
A) anfixenose.
B) antroponose.
C) antropozoonose.
D) zooantroponose.
E) zoonose.
Resposta: (D)
Resposta: (E)
EJ 52. "Infecção cuja t ransmissão se restringe aos seres humanos e assim estes
representam o papel de reservatórios".
Resposta: (B)
32 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta: (A)
Resposta: (C)
Forattini reúne, em vasto glossário de termos e expressões usados em
epidemiologia, as seguintes relativas à infecção:
• Anfixenose: infecção cuja t ransmissão se processa de maneira inter-
cambiável entre o homem e animais.
Questões 55 a 58
Para cada acepção t écnica ordenada abaixo, assinale o t ermo corres-
pondente conforme a seguinte chave:
A) descont aminação.
B) desinfecção.
C) desinfest ação.
D) f umigação.
E) limpeza.
3 56. "Qualquer processo físico ou químico por meio do qual são dest ruí-
dos ou removidos do corpo de uma pessoa, suas roupas ou seu meio
ambient al, assim como nos animais domést icos, seres animados indese-
jáveis, especialment e art rópodes e roedores" (OPAS).
Resposta: (C)
3 57. " Dest r ui ção de agent es infecciosos sit uados fora do organismo,
mediante aplicação direta de meios físicos ou químicos" (OPAS).
Resposta: (B)
" Remoção, à força de esfregar e lavar com água quent e, sabão ou deter-
gente adequado, ou at ravés de um aspirador, de agentes infecciosos ou
mat éria orgânica que ofereça condições favoráveis à sua sobrevivência
e mult iplicação" (OPAS).
Resposta: (E)
As definições são as que const am em glossário de Chin (ed.). Manual de Controle
das Doenças Transmissíveis, p. 517-27.
^ 59. Quando a cont inuidade na aplicação das medidas profilát icas resultar
em redução da doença a níveis desprezíveis ou dificilmente det ect áveis,
diz-se que houve:
A) controle do problema de saúde pública que representava.
B) eliminação do problema de saúde pública por ele representado.
C) controle da doença enquant o problema de saúde.
D) erradicação do problema de saúde pública.
E) exclusão do problema como prioridade em saúde.
Resposta:
(B) Para Forattini, quando a prevenção se restringe ao nível do organis-
mo, fala-se em prevenção em sentido restrito e quando os meios pre-
ventivos são aplicados à população, o procedimento recebe o nome de
profilaxia ou controle. Afirma ainda que "quando a cont inuidade na
aplicação das medidas profilát icas resultar em redução da doença a ní-
veis desprezíveis, diz-se que houve eliminação do problema de Saúde
Pública por ele representado".
Ref.: Forattini. Ecologia, epidemiologia e sociedade, p. 268-9.
60. Quando os fatores que const it uem a hist ória natural de um agravo são
atingidos de maneira a não mais subsistirem condições para o reapare-
ciment o do mesmo, diz-se que houve:
34
A) profilaxia.
B) controle.
C) eliminação.
D) erradicação.
E) bloqueio epidemiológico.
Resposta:
(D) Na fase de eliminação de um problema de Saúde Pública, embora
t enha havido desaparecimento das manifest ações do agravo, persistem
as condições e os fatores que const it uem a sua hist ória natural. Por fim,
quando at é estes são atingidos, de forma não a não mais subsistirem
condições para o reaparecimento da doença, diz-se que houve erradi-
cação.
Ref.: Forattini. Ecologia, epidemiologia e sociedade, p. 269.
[3 61. "A epidemia bíblica que atingiu os filisteus, segundo se lê nas escrituras,
foi precedida de t ão grande invasão de ratos, que, para apaziguar a ira
divina, foram oferecidas ao Senhor cinco imagens desses animais escul-
turadas em ouro" (Prado, A. A.):
A epidemia acima provavelmente foi a
A) peste bubônica.
B) peste pneumónica.
C) tifo exant emát ico.
D) leptospirose.
E) febre maculosa.
Resposta:
(A) A relação direta com a prévia invasão de ratos leva à ident ificação da
epidemia com a peste bubônica.
Ref.: Prado. As Doenças Através dos Séculos, p. 2.
Resposta:
(E) Para Almeida Filho, em um certo sentido é possível dizer que a Epid-
miologia nasceu com Hipócrat es. Os seus escritos sobre a epilepisia e
sobre a morbidade entre os citas ant ecipam o chamado raciocínio epi-
demiológico. Contudo, a t radição esculapiana fez quest ão de conter o
espírit o da primazia do coletivo, base da democracia grega. Logo, se-
gundo aquele autor, os herdeiros de Hipócrat es voltaram-se para o indi-
vidualismo além de fundament ar a supremacia de sua prát ica frente às
dezenas de seitas que na Antiguidade prometiam a saúde para homem.
Também, nesse sentido, a Epidemiologia morreu com Hipócrat es.
Ref.: Almeida Filho. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 6.ed. p. 1.
gj 63. Desde a Ant iguidade, a doença que mais t em flagelado os milit ares,
muitas vezes dizimando exércit os, é a:
A) disenteria.
B) peste.
C) cólera.
D) varíola.
E) malária.
Resposta:
(A) A disenteria e as doenças disenteriformes são verdadeiras epidemias
atingem mult idões e muitas vezes dizimam exércit os. São conhecidas
desde a Antiguidade. Embora a disenteria seja uma epidemia de âm-
bito generalizado, desde os t empos de Xerxes at é a atualidade ela t em
sido um flagelo para os militares. São muitos os registros de campanhas
militares em que as epidemias de disenteria causaram grande repercus-
são pelas baixas entre as tropas; mesmo nas duas últ imas Guerras Mun-
diais, a disenteria representou um verdadeiro flagelo, causando t erríveis
transtornos aos serviços médicos militares.
Ref.: Schreiber & Mathys. Infectio. p. 50.
[3 64. A conquista do México por Hernán Cortez, em 1519, foi ext remament e
facilit ada pela colaboração de uma doença infecciosa; trazida por um
escravo de um oficial espanhol, essa enfermidade se propagou de forma
epidêmica na população asteca, fazendo milhares de vít imas em curto
tempo. Essa doença foi a(o):
A) varíola.
B) varicela.
C) sarampo.
D) sífilis.
E) peste.
36 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(A) A varíola, que inexistia na América pré-colombiana, propagou-se de
modo dramát ico entre os astecas, produzindo dezenas de milhares de
vít imas fatais no curso de poucas semanas.
Ref.: Prado. As Doenças Através dos Séculos, p. 71.
Resposta:
(D) Quando, no início da era moderna, os conquistadores voltaram da
América, irrompeu na Europa uma epidemia de sífilis. Após seu apareci-
mento inicial em 1493, em Barcelona, ela ocorreu em toda a Espanha e
por isso se tornou conhecida como a " doença espanhola". Poucos anos
depois, t ambém surgia na Itália e na França e, quando se registraram
os primeiros casos na Alemanha, em 1495, a sífilis tornou-se conhecida
nos terras germânicas como a " doença francesa". Em 1496, a epidemia
espalhou-se para os Países Baixos e, em 1497, alcançou as Ilhas Brit âni-
cas. Apesar de a sífilis ter possivelmente ocorrido na Ásia antes de sua
chegada à Europa, como suspeitam muitos historiadores da Medicina,
parece haver pouca dúvida de que, de volta da América, marinheiros e
soldados levaram a sífilis para o Velho Continente.
Ref.: Schreiber & Mathys. Infectio. p. 50.
Resposta:
(E) A hanseníase foi introduzida no Novo Mundo, a partir das conquistas
espanholas e portuguesas, e da import ação de escravos africanos. Du-
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 37
E3| 67.|| deO clássico estudo epidemiológico que relata a associação entre o câncer
pele da região escrotal e a ocupação de limpador de chaminés foi
desenvolvido no século XVIII por:
A) Edward Jenner.
B) John Snow.
C) William Farr.
D) Rigoni Sterni.
E) Percival Pott.
Resposta:
(E) Foi Sir Percival Pott, médico londrino do século XVIII, quem primeiro
estabeleceu a associação entre a ocupação de limpador de chaminés e
o câncer de pele do escroto. Em Londres, assim como em outras cidades,
o ofício de limpador de chaminés era exercido preferencialmente por
rapazes e adolescentes de const it uição esbelta, os quais trabalhavam
apenas com a "roupa de baixo" (calções da época), onde se acumulavam
resíduos da combust ão da lenha. Depois de alguns anos dessa prát ica,
era comum o aparecimento do câncer do saco escrotal, região que fica-
va em contato mais direto com aqueles resíduos.
Ref.: Armijo. Epidemiologia, p. 58.
|3 68. I fAenómeno
Revolução Industrial e sua economia polít ica trouxeram a noção e o
concreto da força de trabalho. O desgaste da classe t raba-
lhadora deteriorava profundamente suas condições de vida e de saúde,
conforme foi relatado no cél re livro "As Condições da Classe Trabalha-
dora na Inglaterra em 1844", escrito por:
A) Louis.
B) Villermé.
C) Chadwick.
D) Engels.
E) Virchow.
Resposta:
[D) "A revolução industrial e sua economia polít ica trouxeram a noção e
o f enómeno concreto da força de trabalho. O desgaste da classe t raba-
lhadora deteriorava profundamente suas condições de vida e de saúde,
segundo demonstram vários relat órios dos discípulos de Louis, René
Villermé (1782-1863) na França e Edwin Chadwick (1800-1890) na Ingla-
38 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
|3 69. John Snow, médico inglês do século XIX, deu grande cont ribuição à
epidemiologia por seus estudos referentes à epidemia de:
A) cólera.
B) peste.
C) sarampo.
D) rubéola.
E) varíola.
Resposta:
(A) John Snow foi indubit avelment e um dos maiores de vultos da ciên-
cia no século passado, tendo prestado cont ribuição valiosa em vários
campos do saber médico, como anestesiologia, neonatologia, obst et rí-
cia, fisiologia etc. Por seus trabalhos e estudos sobre as epidemias de có-
lera, onde demonstrou o brilhantismo de seus raciocínio e int eligência,
foi considerado o pai da Epidemiologia. Apesar do tempo, vale a pena
ler o que escreveu.
Ref.: Snow. In: OPAS - Publ. Cient., 505; Armijo. Epidemiologia, p. 49-58.
Resposta:
(A) São citadas como component es da nosografia brasileira, em 1500, a
bouba, o bócio endémico, certas parasitoses e dermatoses, febres ines-
pecíficas, disenterias, afecções do aparelho respirat ório como pneumo-
nia e pleuriz, afecções originadas de desvio alimentar, afecções e sinto-
matologia resultantes de envenenament os e mordeduras por animais
venenosos, ferimentos de guerra e acidentais.
Ref.: Santos Filho. Pequena História da Medicina Brasileira, p. 105.
A) de coorte.
B) de casos e controles.
C) ensaios clínicos randomizados
D) transversais.
E) de série de casos.
Resposta:
(C) O ensaio clínico randomizado por sua natureza aleat ória e o seu ca-
ráter experiment al são os que t êm menor potencial de int rodução de
vícios.
Ref.: Lilienfeld & Lilienfeld. Fundamentos de Epidemiologia, p. 231.
Resposta:
(C) Os estudos de prevalência são os tipos mais comuns de delineamen-
tos de pesquisa relatados na literatura médica, constituindo aproxima-
dament e um t erço dos artigos originais em grandes periódicos médicos.
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clinica. 3.ed. p. 88-9; 4.ed. p. 87.
A) série de casos.
B) casos e controles.
C) ecológico.
D) coorte.
E) ensaio clínico.
Resposta:
(D) O carát er prospectivo da invest igação que parte do fator em exposi-
ção e busca o desfecho clínico aponta clarament e para o delineament o
do tipo estudo de coorte.
Ref.: AhIbom & Norell. Introduction to Modem Epidemiology. p. 48-62.
40 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(B) O carát er retrospectivo da invest igação, ou seja, partiu do desfecho
clínico (no caso, leucemia ou não) e buscou-se a exposição ou não a pro-
dutos de pet róleo em hist ória ocupacional levantada igualmente para
os dois grupos, denota que o desenho do estudo é de casos e controles.
Ref.: Ahlbom & Norell. Introduction to Modem Epidemiology. p. 48-62.
Resposta:
(A) O vício de seleção est á presente se a seleção de indivíduos nos dois
grupos que serão comparados é afetada pela caract eríst ica a ser analisa-
da. No exemplo, a atividade física pode ser para alguns indivíduos uma
consequência da doença coronária, levando a um vício de seleção no
estudo enfocado.
Ref.: Ahlbom & Norell. Introduction to Modem Epidemiology. p. 46.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 41
[3 76. Dietz examinou a efet ividade da cesária post mortem numa t ent at iva
de salvar o b ê, a partir de 105 casos apresentados em relatos de caso
e de 72 de um único est udo na comunidade e encont rou que 57% das
crianças descritas nos relatos de caso sobreviveram e 15% das crianças
do estudo de base comunit ária sobreviveram. Esse contraste pode ser
explicado principalment e:
A) pela maior destreza dos obstetras dos relatos de caso.
B) pela menor compet ência dos obstetras que t rabalham na comuni-
dade.
C) por vícios de seleção, t ant o dos autores de artigos como dos editores
dos periódicos.
D) pelas grandes diferenças em número de casos envolvidos na compa-
ração.
E) diferenças de risco entre os grupos de gestantes.
Resposta:
(C) Amiúde, quando um investigador conclui uma pesquisa que t eve re-
sultados negativos, este se sente desmot ivado a publicar seus achados;
da mesma forma, muitos editores de periódicos relutam em aprovar
para publicação artigos com resultados negativos.
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 3.ed. p. 268-9; 4.ed. p. 243-4.
h op-o\ i k:oo<o u r n Ci Jí ^ ' no 'iOcUMD n.?^'? +>OÍA ;i
E| 77.
As associações baseadas em relatos de casos devem ser:
A) sist emat icament e rejeit adas porque esses est udos não t êm grupo
controle.
B) encaradas como hipót eses a serem testadas com mét odos mais for-
tes.
C) aceitas com rest rições porque t êm controle não pareado.
D) refutadas porque tais pesquisas não t êm validade cient ífica.
E) N.R.A.
Resposta:
(B) Os relatos de casos não t êm grupo controle e são atemporais, o que
reduz sua validade cient ífica, t odavia, seus achados podem compor pis-
tas para invest igação por mét odos de maior validade.
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 2.ed. p. 249-50; 3.ed. p. 218-21.
Resposta:
(E) Para ser estimado o t amanho da amostra necessária em um ensaio
clínico randomizado é necessário especificar: a diferença nas taxas de
resposta a ser detectada, uma estimativa da taxa de resposta em um dos
grupos, o nível de significância est at íst ica (a), o valor do poder desejado
(1-P) e se o teste deve ser unicaudal ou bicaudal.
Ref.: Gordis. Epidemiology. p. 101.
|3 79. Com respeito à aleat orização nos ensaios clínicos, assinale a FALSA.
A) Elimina o vício da alocação do tratamento.
B) Pode equilibrar os grupos de tratamento em covariáveis.
C) Garante a validade dos testes de significância usados para comparar
o tratamento.
D) Exclui os fatores de confusão.
E) Aloca as pessoas aos grupos de tratamento usando o jogo de azar.
Resposta:
(D) Nos ensaios clínicos, a aleat orização representa o procedimento de
alocar as pessoas aos grupos de tratamento usando o jogo de azar. A
aleat orização elimina o vício da alocação do tratamento; se o t amanho
da amostra é suficientemente grande, pode equilibrar os grupos de
tratamento em co-variáveis (suscetibilidade, controle dos vícios, fat o-
res prognóst icos); garante a validade dos testes de significância usados
para comparar o tratamento, mas não exclui os fatores de confusão.
Ref.: Jenicek. Epidemiologia: la lógica de la medicina moderna.p. 228-32.
Resposta:
(A) A melhor maneira de prot eção contra vícios das idéias preconcebi-
das do investigador e do participante é realizar o ensaio duplo cego,
onde nem o experimentador nem o participante conhecem o grupo a
que este pertence. O ensaio é simples cego quando apenas os experi-
mentadores conhecem a dist ribuição dos grupos. Nos estudos triplos
cegos t a m b é m os r esponsávei s pela anál i se dos dados ignoram a po-
sição dos participantes no ensaio. Efetuar ensaios cegos é da maior im-
port ância quando os resultados t êm que ser avaliados subjetivamente.
Não é contudo t ão essencial se a medida do resultado for a morte ou um
acidente vascular cerebral.
Ref.: Mausner & Bahn. Introdução à Epidemiologia, p. 287-8.
[3 82. É uma vantagem de estudos t erapêut icos com grupos de controle hist ó-
ricos
A) est ão isentos do vício de seleção.
B) monitora as mudanças import ant es no t empo de outras variáveis
intervenientes.
C) torna mais fácil o cálculo de níveis de significância.
44 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(E) Os estudos de int ervenção com grupos de controle hist óricos t êm
vant agem do baixo custo, porém, apresenta debilidades not órias, como:
est ão sujeitos ao vício de seleção; pode haver mudanças importantes no
t empo quanto a outras variáveis intervenientes (padrões de referência,
provas diagnosticas, procedimentos de est adiament o e outros fatores);
é difícil convencer aos colegas da import ância dos achados, em que
pese o baixo custo produzido na busca de informações do passado, é
mais difícil encontrar fundos para esses estudos, em comparação com
os ensaios clínicos randomizados.
Ref.: Jenicek. Epidemiologia: la lógica de la medicina moderna.p. 235.
Resposta:
(A) Um ensaio clínico exige a observação de cada um dos participantes
com respeito ao tratamento que se est á avaliado. Um dos procedimen-
tos que se adota para afastar as fontes de erros nas observações é con-
duzi-lo como "duplo cego", onde o observado (sujeito) e o observador
(pesquisador) ignoram a alocação dos grupos em experiment al e de
controle; no "triplo cego", além do observado e do observador, quem
vai analisar os dados desconhece o grupo ao qual pertence um dado
indivíduo ou mesmo qual a condição de cada grupo.
Ref.: Lilienfeld & Lilienfeld. Fundamentos de Epidemiologia, p. 238; Guerrero etal.
Epidemiologia, p. 124-3.
Resposta'-
(C) Há duas formas básicas de experimentos em epidemiologia: ensaios
clínicos e ensaios na comunidade. Nos ensaios clínicos a eficácia de um
agente ou procedimento preventivo ou t erapêut ico é testada em pes-
soas, individualmente; os ensaios na comunidade utilizam um grupo de
indivíduos como um todo para determinar a efetividade de um medica-
mento ou de um procedimento.
Ref.: Lilienfeld & Lilienfeld. Fundamentos de Epidemiologia, p. 230.
R»srosU:
(C) O risco at ribuível na população determina a incidência da doença
numa população associada com a ocorrência de um fator de risco. É
uma medida do excesso de incidência de doença em uma comunida-
de, associada com a presença de um fator de risco. É obtido por meio
da mult iplicação do risco at ribuível pela prevalência da exposição a um
fator de risco.
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 3.ed. p. 114-8; 4.ed. p. 109-13.
Resposta'-
(E) A fração at ribuível na população descreve a fração da ocorrência da
doença em uma população que est á associada a um fator de risco. É
obtida dividindo-se o risco at ribuível na população pela incidência total
da doença nessa população.
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 3.ed. p. 114-8; 4.ed. p. 109-13.
46 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Í
i
0 J 87. Dos seguintes riscos relativos (RR) e respectivos intervalos de confiança
de 95% [IC] pode ser considerado fator de risco para uma determinada
doença
A) RR = 0,8;IC [0,6-1,2].
B) RR = 1,0; IC [0,7 -1,4] .
C) RR = 2,1; IC [1,8 -2,4] .
D) RR = 4,0;IC [0,9-5,8].
E) N.R.A.
Resposta:
(C) Quando o risco relativo (RR) supera 1,0, tem-se provavelmente um
fator de risco; a caract erização se se trata de fator de risco, considerando
que não há vícios no desenho e na análise do estudo, depende do inter-
valo de confiança obtido, o qual não deverá conter a unidade. Assim, na
quest ão, os RR = 2,2 e RR = 4,0 atendem ao primeiro requisito, mas so-
mente o primeiro t em intervalo de confiança que não inclui a unidade.
J Ref.: Coutinho. In: Medronho. Epidemiologia, p. 452-3.
Resposta:
(B) A exposição do bacilo de Koch é condição necessária para o desen-
volvimento da tuberculose; no entanto, a exposição ao bacilo não é su-
ficiente para a inst alação dessa doença.
Ref.: Ahlbom & Norell. Introduction to Modem Epidemiology. p. 34-8.
Resposta:
(D) "Epidemiologia clínica é a ciência que faz predições sobre pacientes
individuais contando eventos clínicos em pacientes similares e usando
mét odos cient íficos sólidos, em estudos de grupos de pacientes para
assegurar que as predições sejam corretas. O objetivo da epidemiologia
clínica é desenvolver e aplicar mét odos de observação clínica que levem
a co n cl u sõ es vál i das, evi t ando ser enganado por er r o si st emát i co e al ea-
t ório. É uma abordagem importante para obter o tipo de informação
que os clínicos precisam para tomar decisões acertadas no cuidado de
seus pacientes."
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 3.ed. p. 12; 4.ed. p. 21.
Resposta:
(A) Os eventos clínicos de interesse primário em epidemiologia clínica
são os desfechos clínicos que mais preocupam os pacientes e aqueles
que prestam seu atendimento. São os eventos que os médicos tentam
entender, predizer, interpretar e mudar no cuidado de seus pacientes.
Uma dist inção importante entre Epidemiologia Clínica e as outras ciên-
cias médicas é que os eventos de interesse em epidemiologia clínica só
podem ser estudados diretamente em seres humanos intactos e não em
animais ou em partes de seres humanos, como transmissores humorais,
cultura de tecido, membranas celulares e sequência genét ica.
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 3.ed. p. 15; 4.ed. p. 22-3.
Resposta:
(D) O glossário de Epidemiologia, recorrendo a Vermelho, Monteiro
(2002), faz alusão à Transição epidemiológica, com a seguinte descri-
ção: " Mudança nos padrões de mortalidade e morbidade de uma comu-
nidade, concomitantemente à t ransição demográfica. De uma forma
mais abrangente, ela incorpora as mudanças dos padrões de saúde e
doença, mortalidade, fecundidade e estrutura por idades, além dos de-
terminantes socioeconómicos, ecológicos, de estilo de vida e de suas
consequências para os grupos populacionais. Segundo Omram, à me-
dida que os países atingem níveis de desenvolvimento mais elevados,
as melhorias das condições sociais, económicas e de saúde causam a
t ransição de um padrão de expectativa ou esperança de vida baixa,
com altas taxas de mortalidade por doenças infecciosas e parasit árias
em faixas de idade precoces, para um aumento das mortes por doenças
não-t ransmissíveis."
Ref.: Barbosa & Machado. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.692.
0 3 92. A t ransição epi demi ol ógi ca nos países mais desenvolvidos (EUA e
Europa Ocidental) é atualmente caracterizada em geral por
A) coexist ência de doenças infecciosas e crônico-degenerat ivas como
importantes causas de morbimortalidade.
B) redução da morbimortalidade por doenças crônico-degenerat ivas e
um predomínio das doenças infecciosas.
C) importante redução da morbimortalidade por doenças infecciosas e
crônico-degenerat ivas.
D) proeminência de doenças crônico-degenerat ivas, mas com t endên-
cia de est abilização ou de declínio entre algumas doenças cardiovas-
culares.
E) redução da morbimortalidade por doenças infecciosas e um predo-
mínio de doenças crônico-degenerat ivas.
Resposta:
(D) A t ransformação na estrutura et ária da mortalidade associada com a
t ransição demográfica leva à t ransição em sua estrutura de causas que
tem sido denominada de "t ransição epidemiológica" (Omran, 1971 apud
Silva, 1999). Esse autor identificou três fases ou est ágios nessa t ransição:
a idade da peste e da fome, a idade do recuo das epidemias, e a ida-
de das doenças degenerativas e produzidas pelo homem. Olshansky &
Ault (1986 apud Silva, 1999) propuseram uma quarta fase na t ransição
epidemiológica - a idade da " post ergação das doenças degenerativas".
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 49
Esta fase foi sugerida por causa do progressivo declínio nas taxas de
mortalidade por algumas doenças crónicas associadas a firmes ganhos
em esperança de vida nos EUA e em outros países industrializados. Já
em 1996, Omran apud Silva (1999) acrescentou a quinta fase: período de
longevidade paradoxal, emergência de doença enigmát icas e capacita-
ção t ecnológica para a sobrevivência do inapto.
Ref.: Silva. Mortalidade por Causas Evitáveis em Fortaleza, p.39; Vermelho & Mon-
teiro. In: Medronho etal. Epidemiologia, p.92.
Resposta:
(C) As doenças crónicas apresentam uma evolução de longa duração e
podem ser usadas como sinónimo de não infecciosas, embora muitas
doenças infecciosas sejam crónicas. As doenças crônico-degenerat ivas
são reconhecidas como as categorias de afecções como as doenças car-
díacas e as cerebrovasculares, as neoplasias, o diabetes, a hipert ensão,
as doenças auto-imunes etc. Mas algumas doenças infecciosas podem
apresentar um processo degenerativo. As doenças não infecciosas são
as patologias caracterizadas por ausência de microorganismos no mo-
delo epidemiológico, pela não transmissibilidade, pelo longo curso clí-
nico e pela reversibilidade.
Ref: Lessa. O adulto brasileiro e as doenças da modernidade; Pereira. Epidemiolo-
gia.
Resposta:
(A) As doenças crónicas não-t ransmissíveis (DCNT) são caracterizadas
por incluir doenças com: história natural prolongada; multiplicidade de
fatores de risco complexos; int eração de fatores et iológicos conhecidos
e desconhecidos; longo período de lat ência; longo curso assint omát ico;
curso clínico em geral lento, prolongado e permanente; evolução para
; graus variados de incapacidade ou morte.
Ref.: Lessa. O adulto brasileiro e as doenças da modernidade.
Q3 95. São caract eríst icas gerais das doenças não t ransmissíveis, EXCETO:
A) multiplicidade de fatores de riscos complexos.
B) int eração de fatores et iológicos desconhecidos.
C) curto período de lat ência.
D) longo curso assint omát ico.
E) evolução para incapacidade.
Resposta:
(C) As doenças crónicas não-t ransmissíveis são representadas por um
grupo de doenças com hist ória natural prolongada, caracterizada por:
multiplicidade de fatores de riscos complexos; int eração de fatores et io-
lógicos desconhecidos, longo período de lat ência; longo curso assinto-
mát ico, manifest ações clínicas, em geral de curso crónico, com períodos
de remissão e exacerbação; e evolução para incapacidade.
Ref.: Malta etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 273.
Resposta'-
(C) São exemplos de doenças crónicas não-t ransmissíveis (DCNT) de
longo período de lat ência, longo curso assint omát ico e longa duração
clínica: hipert ensão, diabetes mellitus não-insulino-dependent e, os-
teoartrites e a maioria dos cânceres. São exemplos de DNT de longo
período de lat ência e curta duração clínica: episódios agudos de esqui-
zofrenia e de doença cardiovascular; infarto do miocárdio; câncer de
pâncreas e alguns tipos de leucemias agudas.
Ref.: Silva Jr. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 6.ed. p. 294-5.
Resposta:
(A) Uma das abordagens da prevenção e controle das DCNT est á cent ra-
da na redução da exposição das pessoas aos fatores determinantes (ou
de risco) com elas associadas. Numa tentativa de sistematizar a classifi-
cação dos fatores de risco (ou determinantes), Bloch (1998) os agrupou
em quatro categorias:
Constitucionais: sexo, idade, raça e fatores heredit ários, portanto não
passíveis de modificação.
Comportamentais: tabagismo, dieta, sedentarismo, ingest ão de álco-
ol e uso de anticoncepcionais orais. São formas de comportamento
e hábit os determinados pelo ambiente psicossocioeconômico do
indivíduo e passíveis de serem modificados pela adoção de ações
de promoção da saúde.
Patologias ou distúrbios metabólicos: hipert ensão arterial (HA), obe-
sidade, hiperlipidemias, diabetes mellitus. Essas patologias est ão en-
tre os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares,
sendo que a obesidade e as hiperlipidemias t ambém o são para diabetes
enquanto doença propriamente dita.
Características socioeconômico-culturais: representadas pelas condi-
ções de inserção social (ocupação, renda, escolaridade, classe social,
ambiente de trabalho e outra como a rede de apoio social). Essas
caract eríst icas são utilizadas tanto para analisar as desigualdades na
52 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(A) O monitoramento da prevalência dos fatores de risco para as DCNT
tem assumido o papel de principal atividade para a prevenção e o con-
trole desse grupo. As taxas de prevalência mostram o grau de exposição
da população a determinado fator, permitindo-se dimensionar o peso
de cada um deles e sua t endência, bem como o risco de ocorrência f u-
tura da(s) doença(s).
Ref.: Gondim & Silva. In: Sampaio & Sabry. Nutrição em doenças crónicas. 2.ed.
p.8-9.
Resposta:
(E) Entretanto, deve-se ressaltar que para as doenças e agravos não-
-t ransmissíveis a vigilância epidemiológica (VE) se diferencia, tanto em
relação aos mét odos utilizados como em relação aos objetivos. Para as
doenças t ransmissíveis, a vigilância epidemiológica precisa conhecer
cada caso, individualmente, para que sejam adotadas as medidas de
controle apropriadas. Por isso, a VE de doenças t ransmissíveis est á cen-
trada na not ificação obrigat ória e imediata dos casos suspeitos, seguida
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 53
de uma invest igação que visa identificar a fonte da infecção, visto que a
principal int ervenção preventiva objetiva interromper o mais cedo pos-
sível a cadeia de t ransmissão.
Para a VE das DANT não há interesse em que sejam conhecidos casos
individualizados, na medida em que a prevenção não est á centrada na
ação imediata sobre um único agente que produziria a doença, pois
suas etiologias são quase sempre multicausais. Aqui, o foco central é
estabelecer os níveis de exposição aos fatores de risco, que são diver-
sos e, em sua maioria, est ão associados t ambém a diversas d o en ças ao
mesmo tempo. Entretanto, é importante destacar, que, para algumas
doenças de natureza crónica (principalmente alguns tipos de câncer),
t êm sido identificados microrganismos como fatores predisponentes
ou condicionantes, como o papilomavírus e o câncer cérvico-ut erino, o
Helicobacterpylori e a úlcera gást rica, entre outros, sem que, mesmo as-
sim, as medidas preventivas para essas doenças assemelhem-se àquelas
recomendadas para as doenças t ransmissíveis.
Ref.: Silva Jr. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 6.ed. p.300.
Resposta:
(B) As abordagens met odológicas para estruturar as ações de vigilân-
cia epidemiológica em doenças e agravos não-t ransmissíveis (DANT)
est ão centradas no monitoramento da morbidade e da mortalidade
produzidas em sua função, assim como da prevalência da exposição
da população aos seus principais fatores de risco. Um dos pressupostos
para monitorar a ocorrência desses eventos é que se disponha de dados
confiáveis e acessíveis, além de capacidade t écnica para t ransformá-los
em informações. A ação de monitorar exige, t ambém, a escolha de um
54 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
0101. "É o estudo de como fatores não-biológicos afetam a saúde dos pacien-
tes". Esse enunciado aplica-se a pesquisa em
A) epidemiologia.
B) ciências sociais.
C) ciências clínicas.
D) serviços de saúde.
E) ciências populacionais.
Resposta:
(D) "A pesquisa em serviços de saúde é o estudo de como fatores
não-biológicos (funcionários e inst it uições clínicas, a maneira como o
serviço é organizado e pago, as crenças dos clínicos e a cooperação dos
pacientes etc.) afetam a saúde dos pacientes."
Ref.: Fletcher etal. Epidemiologia clinica. 4.ed. p.21.
Resposta:
(E) "Epidemiologia clínica é a ciência que faz predições sobre pacientes
individuais contando eventos clínicos em pacientes similares e usando
mét odos cient íficos sólidos, em estudos de grupos de pacientes para
assegurar que as predições sejam corretas. O objetivo da epidemiologia
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 55
Resposta: j
(A) "A epidemiologia clínica é um subconjunto das ciências populacio- [
nais, porque nem todos os estudos epidemiológicos são diretamente !
úteis para o cuidado de pacientes individuais."
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p.21. J
E) Deficiência funcional.
Resposta:
(E) "Os eventos clínicos de interesse primário em epidemiologia clíni-
ca são os desfechos clínicos que mais preocupam os pacientes e para !
aqueles que se preocupam com eles, como os sintomas, a incapacidade
e a morte." Estes são os eventos que os médicos t ent am entender, pre-
dizer, interpretar e mudar no cuidado de seus pacientes. Os desfechos !
de doenças podem ser dispostos nos cinco "Ds": Desenlace ou morte I
(death), doença (diseasé), desconforto (discomfort), deficiência funcional »
{disability) e descontentamento (disstisfaction). A deficiência funcional
56 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(C) "O viés de confusão (ou confundimento) pode ocorrer quando se
tenta descobrir se um fator, como um comport ament o ou a exposição a
uma droga, é, por si só ima causa de doença. Se esse fator estiver asso-
ciado ou "andar junt o"com outro fator, que est á por sua vez relacionado
ao desfecho, o efeito de um pode ser confundido ou distorcido pelo
efeito do outro."
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p.27.
Resposta:
(E) "A divergência entre a observação em uma amostra e o valor verda-
deiro na população, devida exclusivamente ao acaso, chama-se varia-
ção aleatória."
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p.28.
Resposta:
(A) Rastreamento (triagem) é a ident ificação de um doença ou fator de
risco não reconhecido por meio da anamnese (por exemplo, perguntar a
um paciente se ele fuma), do exame físico (como exame de próstata), de
um exame laboratorial (como a det erminação da fenilalanina sérica) ou
de outros procedimentos (como sigmoidoscopia) que podem ser aplica-
dos rapidamente em pessoas assint omát icas. Os testes de rastreamento
distinguem pessoas que est ão aparentemente bem, mas que apresentam
uma doença ou um fator de risco para uma doença daquelas que não os
apresentam. Este tipo de teste é parte de muitas atividades de prevenção
primária e de todas as atividades de prevenção secundária. Um teste de
rastreamento não tem a int enção de ser diagnóst ico, e raramente o é. Se
o médico não se dispuser a prosseguir com a invest igação de resultados
anormais e,com possíveis tratamentos, ent ão o teste não deve ser realizado.
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p.181 -2.
Resposta:
(B) Prognóst ico de doença pode ser descrito tanto para o curso clínico
quanto para a hist ória natural da enfermidade. O termo curso clínico
tem sido usado para descrever a evolução (prognóst ico) da doença que
chegou ao cuidado médico e é ent ão tratada de uma variedade de ma-
neiras que poderiam afetar o curso subsequente dos eventos. O prog-
nóst ico da doença sem a int ervenção médica é chamado de hist ória
natural da doença.
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p. 131-3.
; 58 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
0 109. São crit érios importantes para se decidir quais doenças que devem ser
incluídas em um exame periódico de saúde:
J I. a carga de sofrimento causada pela doença.
II. a qualidade do teste de rastreamento, se este for realizado.
III. a qualidade da int ervenção para a prevenção primária.
IV. a efet ividade do t rat ament o para a prevenção secundária, após a
condição ser descoberta no rastreamento.
[ Est ão corretos
A) somente I e II.
B) somente II e III.
C) somente II, III e IV.
D) somente I, III e IV.
E) todos (I a IV).
Resposta:
(E) Três crit érios são importantes para se decidir quais doenças que de-
vem ser incluídas em um exame periódico de saúde: (1) a carga de sofri-
mento causada pela doença, (2) a qualidade do teste de rastreamento,
se este for realizado, e (3) a qualidade (efetividade, segurança e custo)
da int ervenção para a prevenção primária (por exemplo, aconselhamen-
to de pacientes sobre a prát ica de sexo seguro) ou a efetividade do t ra-
tamento para a prevenção secundária, após a condição ser descoberta
no rastreamento (por exemplo, tratamento de um câncer de próst at a).
! Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p. 182-3.
Resposta:
(C) Um bom teste de rastreamento, portanto, deve ter alta especifici-
dade, para reduzir o número de pessoas com resultados falso-positivos
que necessitem posterior invest igação.
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 3.ed. p. 178.
CAPÍTULO 2
ESTATÍSTICAS
DE SA Ú D E
Questões 1 e 2
Baseado na hist ória abaixo relatada, responda as quest ões seguintes:
"Pedreiro, 42 anos, est ava t rabalhando em um andaime, na altura do
3 o andar, quando caiu acident alment e. Foi conduzido ao Hospital de
Pronto Socorro, onde se constatou a gravidade do caso, representada
por coma neur ológico e sinais de hipovolemia. No curso do at endi-
ment o de emer gênci a, decorrida cerca de uma hora da admissão, o
paciente t eve parada cárdio-respirat ória irreversível às manobras res-
sucit at órias. O relatório de aut ópsia identificou traumatismos múlt iplos
(crânio, t órax e membros inferiores) e hemot órax à D".
Resposta:
(A) No caso de mortes violentas (acidentes, suicídios, homicídios), por
definição, a causa básica é a "circunst ância do acidente ou violência". Na
quest ão, a circunst ância do acidente, t ambém chamada de causa exter-
na da lesão, foi a "queda acidental de andaime", enquanto que a con-
sequência (politraumatismo, ferimentos etc.) é dita natureza da lesão.
Para o propósit o de est at íst icas de mortalidade segundo causa básica
somente interessa causa ext erna.
Ref.: Laurenti & Melo Jorge. O atestado de óbito, p.30-47.
Resposta:
(B) Nos casos de mortes violentas, preencher e assinar as declarações
de óbit os são da responsabilidade dos médicos dos Institutos Médico-
-Legais (IML), após a realização da aut ópsia, conforme dispõem as leis
brasileiras vigentes.
Ref.: Laurenti & Melo Jorge. O atestado de óbito, p.30-47.
Questões 3 a 5
Resposta: (C)
Resposta: (B)
CA P. 2 - EST AT Í ST I CAS DE SAÚDE 61
Questões 6 a 8
Resposta: (D)
Questões 9 a 10
Com base na descrição abaixo, responda as duas quest ões seguint es:
" Homem de 65 anos de idade, com hi per t ensão art erial em t rat a-
ment o há alguns anos, que manifest a insuf iciência cardíaca conges-
t iva e insuf iciência renal cr ónica. Quando est á gravement e enfermo
da af ecção car díaca, apresent a um quadro de apendicit e aguda com
rotura de apêndice. A apendicect omia foi sat isfat ória, mas a af ecção
cardíaca se agravou e o pacient e morreu quinze dias após a realiza-
ção daquele procediment o cirúrgico" .
Resposta: (C)
CAP. 2 - EST AT Í ST I CAS DE SAÚDE 63
Resposta: (D)
A doença de base foi a hipert ensão arterial que respondeu pelo desen-
volviment o da insuficiência cardíaca congestiva e da insuficiência renal
crónica. O quadro de apendicite figura como int ercorrência que, apesar
de resolvida cirurgicamente, concorreu para o agravamento da condi-
ção cardíaca do paciente, devendo, por conseguinte, ser relacionado na
parte II da declaração de óbit o.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.66-78.
Questões 11 a 12
E) la ou Ib.
Resposta: (B)
D) II.
E) Ic ou II, opcionalment e.
Resposta: (D)
Na declaração de óbit o, o atestado médico deve ter a seguinte confi-
guração:
c)
II desnut rição ignorado
Ref.: Laurent i & Mello Jorge. O atestado de óbito, p.30-47; OMS. Certificación
médica de causa de defunción.
Resposta:
(A) O coeficiente ou t axa geral (bruta) de natalidade é definido pela re-
lação:
n° de nascidos vivos, na área A, período t -#w%
- x 100
população da área A, no meio do período
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.149-52.
Resposta:
(C) O coeficiente (ou t axa) de fecundidade global é dado pela relação
entre o número de nascidos vivos, na área A, no período t, dividido pela
população feminina de 15 a 49 anos, na área A, na metade do período t.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.149-52; Berquó. In: Santos etal.
p.73-5.
0 15. Razões de masculinidade muito altas (acima de 1.000) nas idades adul-
tas podem ser decorrentes das seguintes condições, EXCETO:
A) emigração feminina.
B) imigração masculina.
C) excessiva mortalidade masculina.
D) super enumeração masculina.
E) subenumeração feminina.
Resposta:
(C) Razões de masculinidade muito altas (acima de 1.000) nas idades
adultas podem ser decorrentes de: emigração feminina; imigração mas-
culina; alguns fatores que provoquem uma alta mortalidade feminina; e
erro na coleta de dados: superenumeração masculina ou subenumera-
ção feminina.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.31-4.
Resposta:
(C) A razão de masculinidade é uma relação entre o número de homens
de uma população por 1.000 mulheres da mesma população; é obtida
dividindo o número de homens pelo número de mulheres, mult iplican-
do por 1.000 o resultado. Tem a vant agem de permitir a comparação
direta da composição, por sexo, de diferentes populações, independen-
te do t amanho dessas populações. A razão de masculinidade t ende a
ser bastante est ável na população humana; devendo, idealmente, ser
66 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
de mil homens para mil mulheres. São gerados muito mais homens do
que mulheres.
Ref.: Laurenti et ai Estatísticas de saúde. 2.ed. p.31 -4.
0 17. É uma caract eríst ica de população com dist ribuição et ária de forma
piramidal:
A) a idade média dos habitantes é baixa.
B) a razão de dependência é baixa.
C) é t ípica de países desenvolvidos.
D) registra baixa taxa de natalidade.
E) a mortalidade é alta, sobretudo a infantil.
Resposta:
(E) A forma piramidal para a dist ribuição et ária da população é comu-
mente encontrada nos países subdesenvolvidos e est á relacionada com
as seguintes caract eríst icas: a idade média dos habitantes é baixa; a ra-
zão de dependência é alta devido à grande part icipação dos menores
de 15 anos; exibe alta taxa de natalidade e, concomit ant ement e, alta
taxa de mortalidade, sobretudo a infantil.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.37-45.
Resposta:
(A) A razão de dependência é definida pelo quocient e entre a "popu-
lação dependent e" (os abaixo de 15 anos e os com 65 e mais anos de
idade) e a " população pot encialment e ativa" (15 a 64 anos de idade).
Ref.: Santos etal. p.37; Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.35-7.
Questões 19 a 23
"Em um det erminado município cearense, segundo o Recenseament o
de 2000, sua popul ação era de 80.400 habit ant es, dos quais 38.400
pert enciam ao sexo masculino. No Censo de 2010, sua população foi de
87.000 habitantes, dos quais 49.000 mulheres".
CA P. 2 - EST AT Í ST I CAS DE SAÚDE 67
0 19. A razão de masculinidade (por 1.000) nos Censos de 2000 e 2010 foi,
respectivamente, de aproximadament e:
A) 478 e 436.
B) 478 e 564.
C) 914 e 775.
D) 1.094 e 1.289.
E) N.R.A.
Resposta: (C)
O assunto relativo a crescimento populacional pode ser visto em livros
de est at íst ica vital e de demografia, como os de Laurenti etal. Estatísti-
cas de saúde. 2.ed. p.45-50 e Santos et al. p.103-55.
n° de homens
A razão de masculinidade (RM) = ; x 1.000
n° de mulheres
Resposta: (B)
P2010-P2000 87.000-80.400 6.600
CMA= = = = 660 habs.
2010-2000 10 101
B) 55.
C) 60.
D) 63.
E) impossível determinar.
Resposta: (B)
„ amã CMA 660
CMM= = = 55habs.
12 12
Resposta: (D)
P1/ 12/ 13 = P1/ 9/ 10 + 2CMA + 3CMM
P
1 / 12/ 13 = 8 7 - 0 0 0 + <2 x 66
°)+( 3 x 5 5 )
P1 / 1 2 / 1 3 = 88.485 habitantes
D) perda fetal.
E) aborto.
Resposta:
(D) Para a OMS, perda fetal é a morte do produto da concepção antes
da expulsão ou ext ração completa do corpo da mãe, independente da
duração da gest ação.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.78-80.
Resposta:
(D) Para a OMS, as perdas fetais precoces (até 19 semanas) e int ermediá-
rias (20 a 27 semanas de gest ação) constituem o grupo de abortos. As
de 28 ou mais semanas são classificadas como natimorto.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.78-80.
\ Resposta:
(B) A razão de mortalidade materna expressa com precisão a cobertura
e a assist ência pré-nat al prestada à mulher.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.146-9.
i
J Resposta:
(C) O indicador de Swaroop-Uemura apresenta as seguintes vant agens:
a simplicidade de cálculos, a disponibilidade de dados na maioria dos
países, a possibilidade de comparabilidade nacional e internacional e a
dispensa de dados de população; além disso, esse índice t em alto poder
discriminat ório.
Ref.: Barbosa & Machado. In: Rouquayrol. Epidemiologia & saúde. 7.ed. p.680.
Resposta:
(C) Para o cálculo da mortalidade perinatal o numerador é composto
das perdas fetais tardias ou nascidos mortos mais as mortes de crianças
nascidas vivas ocorridas at é completar o 7 o dia de vida e o denomina-
dor é representado pelo número de nascidos vivos mais o de perdas
fetais tardias. O período perinatal, pela CID-10, começa em 22 semanas
completas de gest ação (154 dias) e t ermina com sete dias completos do
nascimento.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.145-6.
Resposta:
(A) A esperança de vida é um bom indicador de saúde - para alguns, o
melhor - por representar uma medida - resumo, pois sintetiza o efeito
da mort alidade agindo ou at uando em todas as idades. Não sofre os
efeitos da composição da população por idade, o que sucede com os
coeficient es de mort alidade geral e de mort alidade por doenças es-
pecíficas.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.193-6.
Resposta: (B)
Portanto:
10
Taxa de mortalidade = x 1.000 = 5 por 1.000
2.000
Resposta:
(A) Se o coeficiente de mortalidade infantil total é de 110 por 1.000 nas-
cidos vivos e o componente infantil tardio é 75 por 1.000 nascidos vivos,
ent ão, por diferença direta, a mortalidade neonatal é de 35 por 1.000
nascidos vivos.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.139-42.
Resposta:
(A) Proposto por Grant, o Indicador da Qualidade Material de Vida
(IQMV) associa a esperança de vida a um ano de idade à mortalidade
infantil e ao alfabetismo, sendo reconhecido como de bom poder dis-
criminat ório.
Ref.: Laurenti et ai. Estatísticas de saúde, p.170.
Resposta'-
(E) Nas séries especificativas a variável é fracionada em espécies; o valor
total é representado por um círculo completo (360°) e suas frações por
setores proporcionais em valores das especificações. No caso, a variá-
vel gastos é fracionada em distintos elementos de despesas (pessoal,
manut enção et c), os quais serão representados proporcionalmente nos
setores de círculo.
Ref.: Oliveira & Moreira, p.48-9.
Resposta:
(C) Os elementos essenciais de uma tabela são: t ít ulo, corpo, cabeçalho
e coluna indicadora; fonte, notas e chamadas são elementos comple-
mentares de uma t abela.
Ref.: Maletta. Bioestatística. 4.ed. p.198-9.
Resposta:
(E) As medidas de t endência central, t ambém chamadas de medidas de
posição, estabelecem o valor em torno do qual os dados se distribuem;
são exemplos dessas medidas: a média arit mét ica, a mediana e a moda.
Ref.: Maletta. Bioestatística. 4.ed. p.95-9.
ADMINISTRAÇÃO E
POLÍ TI CA DE SA ÚD E
^ 01. Dos indicadores listados abaixo, o que é mais influenciado por fatores
sociais e económicos é a
A) mortalidade neonatal.
B) mortalidade neonatal tardia.
C) mortalidade pós-neonat al.
D) mortalidade perinatal.
E) natimortalidade.
Resposta:
(D) A mortalidade infantil é um dos mais sensíveis indicadores de saúde
e, talvez, o mais utilizado dentre os coeficientes de mortalidade. Apre-
senta dois componentes: a mortalidade neonatal ou infantil precoce e
a mortalidade pós-neonat al ou infantil tardia. A neonatal, que corres-
ponde aos óbit os de menores de 28 dias, pode ser dividida em neonatal
precoce (menos de 7 dias) e neonatal tardia (7 a 27 dias). A pós-neonat al
est á relacionada aos óbit os de 28 dias ou mais at é a véspera do primeiro
aniversário; depende fortemente de causas ligadas a fatores ambientais
- causas exógenas, tais como doenças infecciosas e desnut rição, onde as
condições socioeconómicas desempenham decisivo papel.
Ref.: Laurenti etal. Est at íst icas de saúde, p.116-21.
Resposta:
(A) As fases do diagnóst ico de saúde de uma comunidade observam a
seguinte sequência: a descrição objetiva da sit uação de saúde expressa
em indicadores; a explicação do nível de saúde face aos fatores condi-
cionantes da sit uação de saúde; a avaliação da sit uação quanto à satis-
fatoriedade e à mutabilidade; o prognóst ico da sit uação de saúde com
base na sua t endência hist órica.
Ref.: Tinoco & Campos. Planejament o e administ ração de saúde, p.86-7.
Resposta:
(B) De 1.136.947 óbit os registrados no Brasil em 2010, as doenças do
aparelho circulat ório ocuparam a 1 a posição, com 326.371 mortes
(28,71%); na sequência da part icipação no obit uário tem-se neoplasmas
(178.990), causas externas (143.256), doenças do aparelho respirat ório
(119.114), sintomas, sinais e afecções mal definidas (79.622), doenças
endócrinas, met abólicas e nutricionais (70.276), doenças do aparelho
digestivo (58.061), e doenças infecciosas e parasit árias (48.823).
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Datasus. Sistema de Informação de mort alidade.
| 04. Das doenças redut íveis por imunização, a que responde, at ualment e,
por maior número de mortes no Brasil é a(o)
A) sarampo.
B) t ét ano.
C) coqueluche.
D) difteria.
E) poliomielite aguda.
Resposta:
(B) Em 2000, no Brasil, o t ét ano ocupou a primeira posição entre as
doenças imunopreveníveis com 125 mortes (121 acidentais e 4 neona-
tais). Difteria computou apenas 2 perdas e coqueluche, 18 mortes; não
houve óbit o por poliomielite e sarampo.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Datasus. Sistema de Informação de mort alidade.
CA P. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 79
A) Amazónia. J
B) Nordeste.
C) Sudeste.
D) Sul.
E) Centro-Oeste.
i
Resposta:
(A) A hanseníase pode ser encontrada em todo o território brasileiro, j
mas a sua dist ribuição é desigual, com áreas de baixa, média e alta en- j
demicidade, e inclusive hiperendêmicas como o estado do Amazonas,
com coeficiente de prevalência superior a 10 casos por mil habitantes. !
O Brasil apresenta t endência decrescente, estatisticamente significati- !
va no t empo para as séries temporais de coeficientes de det ecção. As
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste ainda mant êm taxas em pata- |
mares muito elevados, bem acima da média nacional. A evolução do |
coeficiente de det ecção de casos novos de hanseníase nas regiões, !
de 1990 a 2008, identifica uma maior ocorrência de casos nas regiões !
i
i
i
1
I
80 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(B) A tuberculose ainda persiste como o problema priorit ário na área de
pneumologia sanit ária no Brasil. Entre 1981-85 foram descobertos em
média 86.701 casos de tuberculose por ano; em 1990, foram notificados
74.570 casos; em 1989, o risco de infecção tuberculosa para o país era
estimado em 0,5% ao ano, valor ainda elevado. O Brasil é um dos 22
países priorizados pela OMS, que representam 80% da carga mundial de
TB. Em 2007, o Brasil notificou 72194 casos novos, correspondendo a um
coeficiente de incidência de 38/ 100.000 hab. Destes 41.117 casos novos
foram bacilíferos (casos com baciloscopia de escarro positiva), apresen-
tando um coeficiente de incidência de 41/ 100.000 hab. Estes indicado-
res colocam o Brasil na 19a posição em relação ao número de casos e na
104° posição em relação ao coeficiente de incidência.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Controle da t uberculose. 1.ed. p.19. Brasil. Minis-
t ério da Saúde. Controle da t uberculose. 3.ed. p.6; idem. Manual de recomenda-
ções para o controle da t uberculose no Brasil, p.14.
Resposta:
(A) A hanseníase, por suas altas taxas de prevalência, é problema prio-
ritário para a dermatologia sanit ária brasileira. Com efeito, o Brasil est á
CA P. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 81
Resposta:
(C) O aumento da cobertura vacinai é a medida mais eficaz para redu-
zir a incidência de sarampo no Brasil. Com efeito, de 1.165 óbit os por
sarampo em 1985 a cont ribuição caiu para apenas 18 mortes em 1993,
graças sobretudo a implement ação da vacinação antissarampo nes-
se período. As demais medidas listadas, como diagnóst ico precoce e
pronto atendimento dos casos, o controle das complicações, a melhor
dist ribuição da renda nacional e a implement ação dos programas de
suplement ação alimentar à infância t êm impacto, em maior ou melhor
grau, para a letalidade e a mortalidade. Dos 8.538 casos suspeitos de sa-
rampo notificados em 2000, 36 (0,4%) foram confirmados, 30 (83%) por
laborat ório. O últ imo surto ocorrera em fevereiro de 2000, com 15 casos,
e o últ imo caso confirmado de sarampo no Brasil ocorreu em março de
2002 e foi importado do Japão. Em 2014, contudo, foram constatados
novos casos de sarampo no Brasil.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Informe Epidemiológico - 1986. p.39-56; idem.
Estat. Mort. - 1985. p.9-10; idem. Estat. Mort. - 1993. p.31-69; idem. Guia de vigi-
lância epidemiológica. 5.ed. p.654.
Resposta:
(C) A Organização Mundial da Saúde recomenda que os exames diag-
nóst icos utilizados em check-ups médicos devam apresentar altas sensi-
bilidade e especificidade, ou seja, com poucos resultados falsos positi-
vos e falsos negativos.
Ref: Ahlbom & Norell. p.23-8.
0 11. Em relação ao sarampo, o Minist ério da Saúde det ermina que sejam
notificados
A) todos os casos identificados.
B) todos os casos hospitalizados.
C) apenas os casos que apresentarem complicações.
D) todos os casos diagnosticados, mas com confirmação laboratorial.
E) apenas os casos que resultaram em mortes.
Resposta:
(A) Todos os casos conhecidos de sarampo devem ser notificados, do
nível local para o órgão responsável pela vigilância epidemiológica da
unidade da federação (ou para o nível regional, se este existir).
Ref: Brasil. Minist ério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 5.ed. p.657.
Resposta:
(B) De acordo com a Portaria n° 824, de 24 de junho de 1999, do Minist é-
rio da Saúde, é importante frisar e definir que o sistema de atendimento
pré-hospit alar é um serviço médico e, assim, sua coordenação, regula-
ção e supervisão, direta e à dist ância, deve ser efetuada unicamente
por médico.
Ref: Brasil. Minist ério da Saúde. Portaria n° 824, de 24 de junho de 1999.
CA P. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 83
Jj 13. São crit érios considerados como nível pré-hospit alar na área de urgên-
cia-emergência os seguintes, EXCETO
A) at endiment o que procura chegar à vít ima na primeira hora após a
not ificação do agravo.
B) agravo esse que possa levar à deficiência física ou mesmo à morte.
C) é necessário prestar à vít ima atendimento adequado.
D) t ransport e da vít ima a um hospit al devidament e hierarquizado e
integrado ao SUS.
E) N.R.A.
Resposta:
(A) O Minist ério da Saúde considera como nível pré-hospit alar na área
de urgência-emergência aquele atendimento que procura chegar à ví-
tima nos primeiros minutos após ter ocorrido o agravo à sua saúde que
possa levar à deficiência física ou mesmo à morte, sendo necessário,
portanto, prestar-lhe atendimento adequado e transporte a um hospi-
tal devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n° 824, de 24 de junho de 1999.
Resposta:
(A) O Minist ério da Saúde reconhece que, na urgência-emergência,
principalmente na área do trauma, deverá haver uma ação integrada
com outros profissionais, visando viabilizar a implant ação de serviços
de atendimento pré-hospit alar em nosso país, os chamados socorristas
profissionais não-médicos, habilitados para prestar atendimento de ur-
gência-emergência em nível pré-hospit alar, sob supervisão e coordena-
ção médica.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Portaria n° 824, de 24 de junho de 1999.
Resposta:
(D) O sistema de atendimento pré-hospit alar preceitua que o t reina-
mento do pessoal envolvido no atendimento pré-hospit alar, em espe-
cial ao t rauma, deverá ser efetuado em cursos ministrados por institui-
ções ligadas ao Sistema Único de Saúde, envolvendo as escolas médicas
e de enfermagens locais, sob coordenação das: secretarias estaduais e
municipais de saúde.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Portaria n° 824, de 24 de junho de 1999.
Resposta:
(A) "A queda da mortalidade infantil, principalmente do componente
pós-neonat al, é at ribuída a vários fatores, como a queda da fecundida-
de, a melhoria do nível de educação materna, o maior acesso da popu-
lação à água tratada, ao saneamento e aos serviços de saúde, o aumento
da prevalência do aleitamento materno, da imunização, da antibiotico-
terapia e da terapia de reidrat ação oral, entre outras."
Ref.: Leite et al. In: Rouquayrol Epidemiologia & Saúde. 7.ed
Resposta:
(E) "Em relação à mortalidade neonatal, observa-se uma redução mais
lenta e de difícil consecução. Nos últ imos dez anos, as mortes ocorridas
no período neonatal se tornaram parcela significativa da taxa de mor-
talidade infantil. A sobrevivência dos recém-nascidos est á diretamente
relacionada à assist ência ofertada durante o pré-nat al, o parto e a est ru-
tura de atendimento ao neonato, expressando a qualidade dos serviços
de saúde de uma dada região ou país; e sua redução requer invest imen-
tos de alto custo e serviços hospitalares com excelentes padrões t ecno-
lógicos gerenciais."
Ref.: Leite et al. In: Rouquayrol Epidemiologia & Saúde. 7.ed
Resposta:
(C) "O baixo peso ao nascer é o fator de risco isolado mais importante
para a mortalidade infantil. É maior nos extremos de idades da mãe e
está em torno de 8% no País: 7,9% em 1996, 8,2% em 2007 e 9,3% em
2008. A prevalência é maior no Sudeste (9,1%) e no Sul (8,7%), o que
pode estar associado a maiores taxas de cesariana."
Ref.: Leite et al. In: Rouquayrol Epidemiologia & Saúde. 7.ed.
Resposta:
(B) Em 1980, a taxa de mortalidade infantil correspondia a 83 óbit os de
menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos. Os decréscimos anuais
da mortalidade infantil aumentaram após 1980; ocorreram 47 mortes
por 1.000 nascidos em 1990, 27 mortes em 2000 e 19 em 2007. As taxas
anuais de redução foram de 5,5%, nas décadas de 1980 e 1990, e de
4,4%, no período 2000-08. O decréscimo anual da mortalidade neona-
tal entre 2000 e 2008 (3,2% ao ano) foi menor que o da mortalidade
pós-neonat al (8,1%); as mortes neonatais representaram 68% da mort a-
lidade infantil em 2008.
Ref.: Leite et al. In: Rouquayrol Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.344.
Resposta:
(B) O IBGE t ambém destaca que a queda da mortalidade infantil est á
ligada ao aumento da escolaridade materna e à diminuição do número
de filhos por mulher, observada desde a década de 1960. Entre 2000 e
2010, a taxa de fecundidade registrou queda e passou de 2,38 crianças
por mãe para 1,9. A menor taxa é a do Sudeste (1,7 filho por mulher) e a
maior, no Norte, 2,47.
Ref.: Leite et al. In: Rouquayrol Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.345.
Resposta:
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 87
_
5 3 22. A respeito das causas de morte materna, tem-se
A) toxemia gravídica, complicações do aborto, alt erações placent árias,
hemorragias uterinas são causas obst ét ricas indiretas.
B) nas causas obst ét ricas diretas se incluem as doenças preexistentes
ou que surgem durante o ciclo gravídico-puerperal e que são agrava-
das por ele.
C) as causas obst ét ricas diretas em geral são dificilment e preveníveis
por uma boa assist ência pré-nat al, ao parto e ao puerpério.
D) as causas obst ét ricas indiretas são responsáveis pela maior parte da
mortalidade materna em países subdesenvolvidos.
E) N.R.A.
Resposta:
(E) As causas de morte materna podem ser dist ribuídas em dois grupos:
as obst ét ricas diretas e as indiretas. Toxemia gravídica, complicações do
aborto, alt erações placent árias, hemorragias uterinas são causas obs-
t ét ricas diretas; nas causas obst ét ricas indiretas se incluem as doenças
preexistentes ou que surgem durante o ciclo gravídico-puerperal e que
são agravadas por ele; as causas obst ét ricas diretas em geral são pre-
veníveis por uma boa assist ência pré-nat al, ao parto e ao puerpério; as
causas obst ét ricas diretas são responsáveis pela maior parte da mort ali-
dade materna em países subdesenvolvidos.
Ref.: Fonseca & Laurenti. In: Monteiro et al. Velhos e novos males da saúde no
Brasil. 2.ed. p.187-8.
B) somente I e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente I, III e IV.
E) todas (I a IV).
Resposta:
(D) No passado, as est at íst icas de mortalidade serviam como substitutos
quase perfeitos para a incidência da maioria dos cânceres; atualmente,
em virt ude dos progressos t erapêut icos, isso nem sempre é verdade.
Ainda assim, dadas às dificuldades existentes para se obter dados con-
fiáveis sobre incidência, os estudos epidemiológicos sobre neoplasias
são obrigados a depender das est at íst icas de mortalidade. Saliente-se
que a qualidade de informação sobre a mortalidade por câncer é em
geral melhor do que a relativa a outras causas de morte. Vale lembrar
que os cânceres não constituem entidade nosológica única, mas sim um
conjunto de enfermidades com comportamentos biológicos, clínicos e
epidemiológicos distintos.
Ref.: Fonseca. In: Monteiro et al. Velhos e novos males da saúde no Brasil. 2.ed.
p.268.
J 24. Das seguintes doenças, assinale a que não se encontra sob Vigilância da
; Organização Mundial da Saúde.
A) Tifo exant emát ico.
B) Gripe.
C) Sífilis.
I D) Malária.
E) Poliomielite paralít ica.
Resposta'-
(C) Tifo e febre recorrente transmitidos por piolho, poliomielite paralít i-
ca, malária e gripe são doenças mantidas sob Vigilância da OMS, confor-
me foi estabelecido pela 22 a Assembléia Mundial da Saúde.
Ref.: Benenson. OPAS- Publ. Cient., 442. p.XXV.
0 25. A saúde colet iva privilegia, nos seus modos de análise, quat ro dos
seguintes focos de tomada de decisão, EXCETO
A) as polít icas (formas de dist ribuição do poder, eleição de prioridades,
perspectivas de inclusão social e visão de saúde).
B) as prát icas (ações institucionais, profissionais e relacionais; permea-
bilidade às culturas, produção de conheciment o).
C) as t écnicas (organização e regulação dos recursos e processos produ-
tivos).
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 89
Resposta:
(D) A saúde coletiva privilegia, nos seus modos de análise, quatro fo-
cos de t omada de decisão; as polít icas (formas de dist ribuição do poder,
eleição de prioridades, perspectivas de inclusão social e visão de saúde);
as prát icas (ações institucionais, profissionais e relacionais; permeabili-
dade às culturas, produção de conheciment o); as t écnicas (organização
e regulação dos recursos e processos produtivos) e os instrumentos (os
meios para a int ervenção).
Ref.: Carvalho & Ceccim. In: Campos.Tratado de Saúde Coletiva. p. 150; idem 2.ed.
p. 139.
Resposta:
(E) O planejamento pode ser considerado t ambém uma ferramenta da !
administ ração. 0 planejamento t ambém ajuda a mobilizar vontades. O
planejamento corresponde ainda a um modo de explicit ação do que «
vai ser feito, quando, onde, como, com quem e para quê. Esta é a sua in-
terface com a polít ica de saúde. E para uma sociedade que se pretende J
democrát ica, essa forma de explicit ação de uma polít ica é fundament al
para que os cidadãos e suas organizações próprias acompanhem a ação !
do governo e cobrem a concret ização das medidas anunciadas.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p. 768; idem 2.ed. p. 828.
\ Resposta:
(D) Ao se admitir o planejamento como um processo, destacam-se
quatro momentos fundament ais: explicativo, normativo, est rat égico e
t át ico-operacional (Matus, 1996). No momento explicativo se identifi-
cam e se explicam os problemas presentes em uma dada sit uação e se
observam as oportunidades para ação, respondendo às perguntas quais
(problemas) e porquê (ocorrem). No momento normativo definem-se
os objetivos, as metas, as atividades e os recursos necessários, corres-
pondendo ao que deve ser feito. No momento est rat égico trata-se de
estabelecer o desenho e os cursos de ação para a superação de obst á-
culos, expressando um balanço entre o que deve ser e o que pode ser
feito. E o momento t át ico-operacional caracteriza-se pelo fazer, quando
a ação se realiza em toda a complexidade do real, requerendo ajustes,
adapt ações, flexibilidade, informações, acompanhament o e avaliação.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p. 771-2; idem 2.ed. p. 830-1.
1 _ _ _ _ _ _
Resposta:
(C) Entre os produtos do trabalho decorrentes do planejamento podem J
ser ressaltados o plano, o programa e o projeto. O plano diz respeito ao í
que fazer de uma dada organização, reunindo um conjunto de objetivos I
e ações e expressando uma polít ica, explicitada ou não. O programa es- %
tabelece de modo articulado objetivos, atividades e recursos de carát er |
mais permanentes, representando certo det alhament o de componen- |
tes de um plano ou, na ausência deste, definindo com mais precisão o J
que fazer, como, com quem, com que meios e as formas de organização, \
acompanhament o e de avaliação. No caso de projeto, trata-se de um
desdobramento mais específico de um plano ou programa, at é mesmo í
para tornar exequível ou viável algum dos seus component es (proje- j
to dinamizador), cujos objetivos, atividades e recursos t êm escopo e ;
t empo mais reduzidos. Desse modo, um plano pode ser composto de ;
programas e projetos, ao passo que um programa pode envolver um |
conjunto de projetos e ações.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p. 772-3; idem 2.ed. p. 832-3.
i
i
O primeiro passo no momento da análise da sit uação de saúde quando \
0 29. do processo de elaboração do plano municipal de saúde consiste em
Resposta: \
(C) Os primeiros passos do processo de elaboração do plano municipal |
de saúde compõem o momento análise da sit uação de saúde. Sequen- [
cialmente, esses passos são: caract erização da população; ident ificação {
dos problemas de saúde; priorização dos problemas de saúde; const ru- I
ção da rede explicativa dos problemas de saúde priorizados; e apresen- !
t ação da análise da sit uação ao Conselho Municipal de Saúde.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p.774; idem 2.ed. p. 834.
i
0 30. O planejamento estatal t em sua origem sist emát ica
A) na União Soviét ica após a 1 a Guerra Mundial. |
B) nos países do bloco comunist a, depois da 2 a Grande Guerra.
C) nos países de economia de mercado, aos a crise de 1929.
D) nos países ditos subdesenvolvidos, na década de 1950. J
E) na China, com a implant ação do comunismo, após a vit ória de Mao !
Tsé-Tung.
92 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta'-
(A) O planejamento estatal t em sua origem sist emát ica na antiga União
Soviét ica após a I a Guerra Mundial, devido à necessidade de reconst ru-
ção. Segundo Dias (2003), depois da 2 a Grande Guerra, é que foi est endi-
do para os demais países do bloco comunist a. Os países de economia de
mercado somente passaram a adotar o planejamento em momentos de
crise quando a " mão invisível" do mercado não era suficiente para tirar
da crise como a de 1929. Apenas na década de 1950 alguns países ditos
subdesenvolvidos começaram a adot á-lo.
Ref.: Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde, p.468.
Resposta'-
(C) A grande novidade do planejamento est rat égico é considerar que
existe o poder. Este poder faz parte do planejamento. Outra novidade
do planejamento est rat égico é considerá-lo um processo dinâmico, e
não um processo estanque, sequencial, com prazos fixos como no pla-
nejamento normativo. Ent ão a ideia de etapas sequenciais: diagnóst ico,
elaboração do plano, execução e avaliação é subst it uída pela ideia de
momentos (explicativo, normativo, est rat égico e t át ico-operacional). Os
momentos não t êm uma sequência definida, mas que pode inesperada-
mente voltar ou avançar conforme os fatos det erminem.
Ref.: Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde, p.469.
Resposta:
(A)"Wort hen etal. (2004) propõem a classificação em seis tipos de ava-
liação, segundo estejam centradas respectivamente: nos objetivos, na
administ ração, nos consumidores, em especialistas, em adversários, nos
participantes.
A avaliação centrada em objetivos concentra-se em evidenciar e medir
em que grau os propósit os foram alcançados e as metas iniciais at ingi-
das. A discrepância entre o previsto e o realizado será a informação pri-
vilegiada para orientar a tomada de decisões. A avaliação centralizada
na administ ração, por sua vez, enfoca as necessidades de informações
das pessoas que t omam decisões, circunscrevendo o processo ao int e-
resse dos gestores."
Ref.: Furtado. In: Campos et al. Tratado de saúde coletiva. 2ed, p.780.
Resposta:
(D) "A avaliação centrada na experiência e em especialistas baseia-se na
premissa de qualidade do julgament o de detentores do conheciment o
sobre um dado programa ou outro objeto avaliado. Normalmente so-
mos muito mais analisados por este tipo de avaliação do que supomos.
A acredit ação dos hospitais o julgament o de artigos cient íficos para pu-
blicação, de projetos cient íficos para obt enção de financiamentos, den-
tre outros, são exemplos de avaliação dessa natureza."
Ref.: Furtado. In: Campos et al. Tratado de saúde coletiva. 2ed, p.780-1.
Resposta'-
(E) As avaliações centradas nos grupos de interesse t êm como objetivo
compreender e considerar a complexidade de um programa ou serviço,
levando-se em conta as realidades múlt iplas aí envolvidas, com especial
interesse no contexto e na ut ilização de metodologias compreensivas.
Ref.: Furtado. In: Campos et al. Tratado de saúde coletiva. 2ed, p.780-1.
Resposta'-
(C) Ao se admitir o planejamento como um processo, destacam-se qua-
tro momentos fundament ais: explicativo, normativo, est rat égico e t át i-
co-operacional (Matus, 1996). No momento explicativo se identificam
e se explicam os problemas presentes em uma dada sit uação e se ob-
servam as oportunidades para ação, respondendo às perguntas quais
(problemas) e porquê (ocorrem). No momento normativo definem-se
os objetivos, as metas, as atividades e os recursos necessários, corres-
pondendo ao que deve ser feito. No momento est rat égico trata-se de
estabelecer o desenho e os cursos de ação para a superação de obst á-
culos, expressando um balanço entre o que deve ser e o que pode ser
feito. E o momento t át ico-operacional caracteriza-se pelo fazer, quando
a ação se realiza em toda a complexidade do real, requerendo ajustes,
adapt ações, flexibilidade, informações, acompanhament o e avaliação.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p. 771-2.
36. "Diz respeito ao que fazer de uma dada organização, reunindo um con-
junt o de objetivos e ações e expressando uma polít ica, explicitada ou
não". Nesse caso, no que concerne aos produtos do trabalho decorren-
tes do planejamento, est á se falando de
A) plano.
B) programa.
j
I
CAP. 3 - ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 95
C) diretriz. J
D) projeto.
E) projeto.
Resposta:
(A) Entre os produtos do trabalho decorrentes do planejament o podem 1
ser ressaltados o plano, o programa e o projeto. O plano diz respeito ao !
que fazer de uma dada organização, reunindo um conjunt o de objetivos !
e ações e expressando uma polít ica, explicitada ou não. O programa es- »
tabelece de modo articulado objetivos, atividades e recursos de carát er
mais permanentes, representando certo det alhament o de componen-
tes de um plano ou, na ausência deste, definindo com mais precisão o [
que fazer, como, com quem, com que meios e as formas de organização, !
acompanhament o e de avaliação. No caso de projeto, trata-se de um
desdobrament o mais específico de um plano ou programa, at é mesmo «
para tornar exequível ou viável algum dos seus component es (proje-
to dinamizador), cujos objetivos, atividades e recursos t êm escopo e
t empo mais reduzidos. Desse modo, um plano pode ser composto de [
programas e projetos, ao passo que um programa pode envolver um !
conjunto de projetos e ações.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p. 772-3.
Resposta:
(D) A Const it uição de 1988 criou a seguridade social composta por três
áreas distintas: saúde, previdência e assist ência social, articuladas entre
si em razão de princípios e objetivos comuns, como os elencados no art.
194 da CF.
Ref.: Andrade et al. In:. Epidemiologia & Saúde, yrol p.486.
0 39. No marco regulat ório da saúde brasileira, a def inição e cont eúdo da
região de saúde foi inst it uída por
A) Lei 8.080, de 1990.
B) Lei 8.142, de 1990.
C) NOAS-SUS 01/ 2001.
D) NOAS-SUS 01/ 2002.
E) Decreto 7.508, de 2011.
Resposta:
(E) Um novo marco regulat ório surgiu em 2011. A partir da edição do
Decreto 7.508, de 2011, vários aspectos da organização do SUS foram
readequados, ou melhor, estruturados de modo a garantir segurança
jurídica, eficácia, institucionalidade, equidade regional, solidariedade
sist émica ao SUS. Importante destacar no Decreto as suas inovações
estruturais- organizativas como: a) a definição da integralidade da as-
sist ência à saúde com a criação da Relação Nacional de Ações e Serviços
de Saúde (RENASES); b) a definição e cont eúdo da região de saúde; c) o
mapa da saúde como element o essencial do planejamento integrado
da saúde; etc...
Ref.: Andrade et al. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde, p.489.
J3 40. No Brasil, em 1980, a partir de uma art iculação entre setores do Minis-
t ério da Saúde e da assist ência médica previdenciária, foi proposto um
programa, que pretendia est ender os benefícios experiment ados aos
centros urbanos de maior porte e minimizar o efeito da crise previdenci-
ária. Essa medida, que aprofundou o d ate polít ico dentro do setor em
favor da efetiva universalização da assist ência médica, foi a denominada
por
A) PIASS.
B) Prevsaúde.
C) Plano Conasp.
D) Ações Integradas de Saúde.
E) Sistema Único Descentralizado de Saúde.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 97
Resposta:
(B) No Brasil, em 1980, a partir de uma art iculação entre setores do Mi-
nist ério da Saúde e da assist ência médica previdenciária, foi proposto
o Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde (Prevsaúde), que
pretendia estender os benefícios experiment ados aos centros urbanos
de maior porte e minimizar o efeito da crise previdenciária. Essa medi-
da aprofundou o debate polít ico dentro do setor em favor da efetiva
universalização da assist ência médica, embora não se tivesse alcançado
sua aprovação.
Ref.: Giovanella & Mendonça. In: Giovanella. Políticas e Sistemas de Saúde no
Brasil, p. 598; idem 2.ed. p. 514.
0 41. Na gest ão do risco sanit ário, a invest igação de surtos alimentares, even-
tos adversos, danos a agravos à saúde é uma ação de responsabilidade
da vigilância sanit ária
A) municipal, exclusivament e.
B) estadual, exclusivament e.
C) federal, exclusivament e.
D) estadual e municipal.
E) federal, estadual e municipal.
Resposta:
(D) Na gest ão do risco sanit ário, a invest igação de surtos alimentares,
eventos adversos, danos a agravos à saúde é uma ação da vigilância sa-
nitária de responsabilidade da vigilância sanit ária estadual e municipal.
Ref.: Silva & Pepe. In: Giovanella. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 842;
idem 2.ed. p. 733.
Resposta:
(D) Na gest ão do risco sanit ário, o controle de produtos nos portos, ae-
roportos e fronteiras é uma ação da vigilância sanit ária de responsabili-
dade da Agência Nacional de Vigilância Sanit ária (Anvisa).
Ref.: Silva & Pepe. In: Giovanella. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 842;
idem 2.ed. p. 733.
" ° MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(E) 0 hospital t erciário é um hospital especializado ou com especialida-
des, destinado a prestar assist ência a clientes em outras especialidades
médicas além das básicas.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia básica em Saúde, p.14.
Resposta:
(A) Hospital filantrópico é um hospital privado, que reserva para a popu-
lação carente serviços gratuitos, respeitando a legislação em vigor. Não
remunera os membros de sua diretoria nem de seus órgãos consultivos,
e os resultados financeiros revertem exclusivament e à manut enção da
inst it uição.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia básica em saúde, p.13.
Resposta:
(A) O hospital beneficente é um hospital privado, inst it uído e mantido
por cont ribuições e doações particulares, destinado à prest ação de ser-
viços a seus associados, cujos atos de const it uição especificam sua clien-
tela. Não remunera os membros de sua diretoria, aplica integralmente
os seus recursos na manut enção e desenvolviment o dos seus objetivos
sociais, e seus bens, no caso de sua ext inção, revertem em proveito de
outras inst it uições do mesmo género ou do poder público.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia básica em saúde, p.12.
Resposta:
(C) Em relação à capacidade dos hospitais o Minist ério da Saúde adota
a seguinte t erminologia:
• Capacidade hospitalar: número máximo de leitos que, comporta o
estabelecimento, respeitada a legislação em vigor.
• Capacidade hospitalar de emergência: número de leitos que, efe-
t ivament e, poderão ser colocados no hospital, em circunst âncias
anormais ou de calamidade pública, com aproveitamento das áreas
consideradas utilizadas.
• Capacidade hospitalar de operação: número de leitos efet ivamen-
te funcionant es no hospital, respeitada a legislação em vigor.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia básica em saúde. p.9.
! Resposta'-
(B) A expressão "óbito hospitalar específico" corresponde ao óbit o que
se verifica após 48 horas de int ernação de um doente. As est at íst icas
hospitalares cost umam distribuir os óbit os hospitalares em antes e de-
pois das 48 horas, interpretando que para os últ imos haveria decorrido
t empo razoável de at uação das condutas diagnosticas e t erapêut icas
indicadas ao paciente.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia básica em saúde, p.17.
0 48. O leito de curt a per manência é o leito hospitalar cuja ut ilização não
ultrapassa a média de permanência de
A) 3 dias.
B) 7 dias.
C) 15 dias.
D) 30 dias.
E) 45 dias.
Resposta'-
(D) O leito hospitalar é dito de curta permanência quando sua ut ilização
não ultrapassa a média de permanência de trinta dias; acima desse valor
é considerado de longa permanência.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia básica em saúde, p.16.
i
| 49. As est at íst icas hospitalares medem
A) correta e integralmente toda a morbidade da população de sua área
de referência.
B) só a morbidade das doenças que levam à morte.
C) apenas a morbidade daquelas doenças que levam à morte.
D) exclusivament e a morbidade dos casos submetidos a cirurgia.
E) em geral só a morbidade da população que foi hospitalizada.
! Resposta:
(E) As est at íst icas hospitalares apresentam a rest rição de serem seletivas
(somente fornecem informações a respeito das doenças que exigiriam
hospit alização) e parciais (mesmo as pessoas portadoras de doenças
que exigiriam hospit alização podem por várias razões não ter sido hos-
pitalizadas). As est at íst icas hospitalares não representam a morbidade
; global de uma comunidade.
Ref.: Laurenti et al. Estatísticas de saúde, p.81-2.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 101
A t axa de mort alidade operat ória (TMO) é a relação percent ual ent re
o número de óbit os operat órios em determinado período e o número
total de atos cirúrgicos no mesmo período. Nos óbit os operat órios são
inclusos os
A) pré-operat órios, t ransoperat órios e pós-operat órios.
B) t ransoperat órios e pós-operat órios, somente.
C) pré-operat órios e t ransoperat órios, somente.
D) pós-operat órios, somente.
E) t ransoperat órios, somente.
Resposta:
(B) A t axa de mortalidade operat ória (TMO) é a relação percentual en-
tre o número de óbit os operat órios (t ransoperat órios e pós-operat órios)
em determinado período e o número total de atos cirúrgicos no mesmo
período. Nos óbit os operat órios são exclusos os pré-operat órios.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde.Terminologia Básica de Saúde.
Resposta:
(D) A relação percentual entre o número de óbit os ocorridos no hospital
após 48 horas de int ernação, em determinado período, e o número de
pacientes egressos (por altas e/ ou óbit os) no mesmo período é chama-
da de taxa de mortalidade institucional.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia Básica de Saúde.
Resposta:
(A) A relação percentual entre o número de pacientes-dia, em det ermi-
nado período, e o número de leitos/ dia no mesmo período é chamada
de t axa de ocupação hospitalar.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde.Terminologia Básica de Saúde..
Resposta:
(A) A Lei N° 8.080, de 19 de setembro de 1990, em seu § 1 o do Art. 6 o ,
conceitua:
§ Io Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eli-
minar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sani-
tários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacio-
nem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção
ao consumo; e
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indireta-
mente com a saúde.
Ref.: Carvalho & Santos. Sistema Único de Saúde, p.72-5.
B) vigilância epidemiológica.
C) assist ência t erapêut ica integral.-
D) vigilância nutricional.
E) promoção da saúde.
Resposta:
(B) A Lei N° 8.080, de 19 de setembro de 1990, em seu § 2 o do Art. 6 o ,
conceitua:
§ 2° Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que
proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mu-
dança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com afinalidadede recomendar e adotar as medidas de prevenção
e controle das doenças ou agravos.
Ref.: Carvalho & Santos. Sistema Único de Saúde, p.72-5.
Resposta:
(C) A macroeconomia da saúde refere-se ao estudo económico do setor
saúde em geral, do ponto de vista de suas relações com outros setores
sócio-econômicos.
Ref.: OMS. Economia Aplicada a la Sanidad. p.14.
Resposta:
(D) A microeconomia da saúde refere-se ao estudo económico de cada
um dos component es do setor saúde.
Ref.: OMS. Economia Aplicada a la Sanidad. p.31.
104 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
0 57, São em geral caract eríst icas do "mercado de serviços de saúde" EXCETO
A) rest rição ao acesso de produtores.
B) desconheciment o das reais necessidades de saúde da ampla maioria
dos consumidores.
C) prát ica da discriminação dos preços dos serviços ofertados.
D) deseconomia ao se prestar atendimento gratuito aos carentes.
E) N.R.A.
Resposta:
(E) As peculiaridades do "mercado de serviços de saúde" colidem com
os postulados básicos das "leis de mercado". São caract eríst icas próprias
do "mercado de serviços de saúde, entre outras, as seguintes: a restrição
ao acesso de produtores, o desconheciment o das reais necessidades de
saúde da larga maioria dos consumidores, a prát ica da discriminação
dos preços dos serviços oferecidos e a deseconomia ao se prestar at en-
dimento gratuito aos carentes etc.
Ref.: Duarte de Araújo. As peculiaridades do mercado de serviços de saúde.
Resposta:
(D) O conceito de demanda é estritamente económico, significando "o
volume de bens e serviços que a comunidade est á disposta a adquirir a
determinados preços". Nesse sentido, a demanda por serviços de saúde
é função da renda pessoal, do preço dos serviços e da import ância que
os indivíduos atribuem aos mesmos.
Ref.: Duarte de Araújo. As peculiaridades do mercado de serviços de saúde.
Resposta:
(A) Mecanismos considerados normais no mercado de bens e serviços,
tais como a propaganda e a compet ição de preços, são, no caso da
saúde, mal vistos e at é mesmo expressamente condenados pelo Código
de Ética Médica.
Ref.: Duarte de Araújo. As peculiaridades do mercado de serviços de saúde.
2| 60. "A pesquisa médica que resulta em vastas economias de escala somente
pode ser custeada pelo poder público PORQUE é invariavelment e um
tipo de gasto sem nenhum benefício marginal privado".
Em relação ao enunciado acima, tem-se
A) a assertiva e a razão est ão corretas e relacionadas.
B) a assertiva e a razão est ão corretas, mas não são relacionadas.
C) a assertiva est á correta e a razão, errada.
D) a assertiva est á errada e a razão, correta.
E) a assertiva e a razão est ão erradas.
Resposta:
(E) Toda a pesquisa médica que resulta em vastas economias externas
somente pode ser custeada sem nenhum benefício marginal privado,
salvo no caso especial da indúst ria farmacêut ica.
Ref.: Duarte de Araújo. As peculiaridades do mercado de serviços de saúde.
Resposta:
(B) Molina & Adriasola conceberam o círculo vicioso da pobreza e doen-
ça, onde mostram que doenças geram a pobreza que diminui a energia
e capacidade produtiva, o que leva a baixa produção, e como conse-
quência disso os salários baixos, os quais proporcionam aliment ação,
educação e habit ação inadequadas, fatores que por sua vez favorecem
o surgimento de doenças; a presença de doenças est á associada à baixa
inversão em saneamento e prevenção, suscitando o aparecimento de
mais doenças que conduzem à incapacidade e menor sobrevida do in-
divíduo que se traduz em produção baixa.
Ref.: Tinoco & Campos; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.564.
Resposta:
(D) Em oposição à proposição de Molina & Adriasola, Tinoco & Campos
(1984) propuseram o círculo da saúde e do bem-estar, onde mostram
que saúde gera a riqueza, que aument a a energia e capacidade produtiva,
o que conduz à alta produção de bens e serviços e, como decorrência dis-
so, aos salários altos, que patrocinam alimentação abundante, educação
suficiente e habitação adequada, fatores que por seu turno propiciam
à saúde; a condição de maior nível de saúde est á associada a grandes
investimentos em saúde pública e medicina preventiva, proporcionando
mais saúde, que leva à menor incapacidade e maior sobrevida do indiví-
duo, que se consubstancia em produção alta (TINOCO & CAMPOS, 1984).
Ref.: Tinoco & Campos; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.564.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 107
São variáveis explicat ivas para o aument o dos gast os per capit a em
saúde, EXCETO
A) melhoras de salário do pessoal de saúde.
B) aument o da prevalência das doenças crónicas.
C) as mudanças nos costumes sociais e na organização familiar.
E) a redução da mortalidade por doenças infecciosas e carenciais.
E) os fortes avanços na produtividade por pessoa empregada no setor
saúde.
Rôsposta'-
(E) Ort ún (1992) lista as seguintes hipót eses explicativas do crescimento
do gasto sanit ário per capita: a) as mudanças na mortalidade e morbi-
dade (subst it uição das doenças infecciosas e carenciais pelas crónicas e
degenerativas); b) o envelheciment o da população, que leva a aumento
da prevalência das doenças crónicas; c) o papel do Estado em tutelar a
saúde como direito do cidadão; d) a maior especialização e as conse-
quentes melhoras de salário do pessoal de saúde; e) os frágeis avanços
na produtividade por pessoa empregada no setor saúde; f) os interes-
ses das indúst rias farmacêut ica e eletromedicina para abrir e assegurar
novos mercados; g) as mudanças nos costumes sociais e na organização
familiar; e h) o aumento na renda "per capita".
Ref.: Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.564.
A) a II.
B) a III
C) Nelli.
D) I, II e III.
E) II, III e IV.
108 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(C) Os gastos em saúde e em educação não são meras despesas de con-
sumo, devendo ser reconhecidos como formas de investimento volt a-
do ao capital humano. O rendimento de investimentos efetuados em
programas educacionais é sobretudo majorado quando é realizado de
maneira conjunta com programas de saúde; exemplo disso é a combi-
nação de programas de nut rição com os de educação, induzindo um
valor ou resultado final superior ao efeito esperado da soma de cada
programa se aplicado isoladamente. A qualidade dos recursos é de vital
import ância para o desenvolvimento económico, pois a dest inação ou
concent ração de recursos no fator capital não produzirá o desenvolvi-
mento almejado caso não existam recursos humanos em quantidade
e qualidade suficientes para ot imização do capital envolvido. Modelos
economét ricos, do tipo função Cobb-Douglas, suportam amplament e a
idéia do fator trabalho para a garantia do desenvolvimento económico.
Ref.: Duarte de Araújo. Saúde e desenvolvimento económico; Duarte de Araújo.
Importância dos recursos humanos para o desenvolvimento; Silva. In: Rou-
quayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.564.
Resposta:
(E) Os custos diretos em saúde são aqueles diretamente incorridos na
prest ação de serviços de saúde, como rastreamento, diagnóst ico e t ra-
tamento, e os custos at ribuíveis de alguns serviços sociais. Podem ser
classificados em visíveis e invisíveis. Os custos especificados nos orça-
mentos formais de saúde são exemplos de custos diretos visíveis.
Ref.: Griffths; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.567.
A) direto visível.
B) direto invisível.
C) indireto visível.
D) indireto invisível.
E) social.
Resposta:
(B) Os custos de serviços de saúde propiciados sem pagamento ou pa-
gos informalmente por familiares dos pacientes, organizações volunt á-
rias etc. são classificados como custo direto invisível.
Ref.: Griffths; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.567.
0 68. "São custos largamente subjetivos int angíveis, tais como os custos de
reações psíquicas, difíceis de calcular". Para a análise económica, esse é
um custo do tipo
A) direto visível.
B) direto invisível.
110 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
C) indireto visível.
D) indireto invisível.
E) social.
Resposta:
(D) Os custos indiretos invisíveis são amplament e subjetivos "int angí-
veis", a exemplo dos custos de reações psíquicas como dor, desconforto,
ansiedade, estigma et c, os quais são difíceis de calcular, porém podem
ter valores implícit os, passíveis de dedução para a tomada de decisão.
Ref.: Griffths; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.567.
Resposta:
(B) O custo-oportunidade relaciona-se a benefícios derivados da utili-
zação de recursos em sua melhor alternativa de uso. É, portanto, uma
medida do sacrifício feito pelo uso de recursos em um dado programa.
Ref.: Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.567.
Resposta:
(B) Avaliação económica é um processo pelo qual os custos de progra-
mas, alternativas ou opções são comparados com suas consequências
em termos de melhora da saúde ou de economia de recursos. É t ambém
conhecida como estudo de rentabilidade. Engloba uma família de t écni-
cas, incluindo análise de custo-efetividade, análise de cust o-benefício e
análise de custo-utilidade.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 111
Ref.: Mills & Drummond. p.432-7; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde.
7.ed. p.570.
QUESTÕES71 a 75
As próximas cinco quest ões se referem a t écnicas adotadas para ava-
liação económica em saúde e devem ser respondidas de acordo com a
chave seguinte:
A) análise de cust o-benefício.
B) análise de custo-efetividade.
C) análise de custo-utilidade.
D) análise de sensibilidade.
E) análise de risco-benefício.
Resposta: (E)
Q 72. "É uma forma de avaliação económica onde os custos são expressos em
t ermos monet ários, mas parte de suas consequências é expressa em
unidades de utilidade"
Resposta: (C)
0 73. " Técnica conhecida por ter em cont a as incert ezas em verificar se as
modif icações plausíveis do valor das principais variáveis poderiam
modificar as conclusões de uma análise"
Usfosla: (D)
0 74. "É uma forma de avaliação económica onde todos os custos e benefícios
são expressos em termos monet ários"
Resposta: (A)
Resposta: (B)
A avaliação económica é um processo pelo qual os custos de progra-
mas, alternativas ou opções são confrontados com suas consequências
112 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(A) A análise de sensibilidade é um procedimento utilizado na avaliação
económica de programas que visa testar at é que ponto as variações nos
pressupostos e na informação de base podem afetar as conclusões. É
comum, por exemplo, compararem-se os efeitos do uso de taxas dife-
rentes na at ualização de benefícios e custos.
Ref.: Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.570-2.
0 77. Com respeito aos "anos de vida ajust ados pela qualidade", assinale a
FALSA.
A) É uma medida que reflete a qualidade de vida ganha em programas
de saúde
B) Éuma medida que reflete a quantidade de vida ganha em programas
de saúde
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 113
Resposta:
(D) Os anos de vida ajustados pela qualidade (Quality-adjusted life-year) \
são uma medida que reflete tanto a qualidade como a quantidade de «
vida ganha de programas de saúde. É usualmente derivada de avalia- j
ções feitas de valor relativo ou "utilidade" de status de saúde definidos.
Essas avaliações podem ser realizadas por profissionais, pacientes ou o
público em geral e são obtidas por entrevistas individuais ou at ravés de !
reuniões de consenso.
Ref.: Griffths; Mills & Drummond. p.432-4.
i
i
0 78. São fatores responsáveis pela elevação dos custos do setor saúde nas ;
últ imas décadas, EXCETO
A) ext ensão horizontal e vertical da cobertura.
B) envelhecimento da estrutura etária da população.
C) aumento da import ância das doenças infectocontagiosas.
D) mudanças no campo da tecnologia médica. j
i
E) estruturas securit árias.
-bmud 3 àobsn* *nsq <màú sb u&mm zòb oistst èb zomfm *o Hl J
Resposta:
i
(C) As principais causas listadas como fatores de elevação dos custos do j
setor saúde, ao longo da fase áurea do Welfare State, são: ext ensão ho- |
rizontal e vertical de cobertura; envelhecimento da estrutura etária da J
população, t ransformações nas estruturas de morbimortalidade, com a
perda de import ância das doenças infecto-contagiosas na estrutura de
mortalidade e morbidade e sua subst it uição por doenças crônico-dege-
nerativas; mudanças no campo da tecnologia médica, nas funções de
produção em saúde e seus impactos na produtividade; fatores sócio-e- j
conômicos e culturais; e estruturas securit árias.
Ref.: Medici. Economia e financiamento da saúde, p.30-3.
0 79. A Emenda Const it ucional n° 29 (EC-29), sancionada por meio da Lei
Complementar N° 141, de 13 de janeiro de 2012, obriga a União a aplicar
na saúde o valor empenhado
A) no ano anterior, mais a variação da inflação, medida pelo IPCA.
B) no ano anterior, mais a variação nominal do Produto Interno Bruto
(PIB).
114 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(B) A Emenda Constitucional No. 29 (EC-29), sancionada, com alguns
vetos, pela Presidência da República, por meio da Lei Complementar N°
141, de 13 de janeiro de 2012, obriga a União a aplicar na saúde o valor
empenhado no ano anterior, mais a variação nominal do Produto Inter-
no Bruto (PIB). Já os estados e o Distrito Federal deverão investir 12% de
sua receita, enquanto os municípios devem investir 15%.
Ref.: Andrade et al. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.490.
Resposta:
(E) Finalmente, deve-se apontar para a lei complementar 141, de 13 de
janeiro de 2012, que regulamenta a Const it uição Federal, art. 198, alte-
rada pela EC 29/ 2000. A lei complementar t em por finalidade definir: a)
os percentuais da União que devem ser aplicados em saúde obrigato-
riamente; b) os percentuais dos estados e municípios; c) os critérios de
rateio dos recursos da União para estados e municípios e dos estados
para os municípios; e d) a fiscalização, controle e avaliação do gasto com
saúde.
Ref.: Andrade et al. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.490.
CAPÍTULO 4
ED U CA ÇÃ O
EM SAÚDE
Resposta:
(B) Marco importante da evolução da saúde pública brasileira foi a refor-
ma Carlos Chagas que, reorganizando os serviços de saúde pública pelo
Decreto Legislativo N° 3.987, de 2 de janeiro de 1920, criou o Depar-
tamento Nacional de Saúde Pública. Na administ ração, Carlos Chagas
ocorreu a int rodução da propaganda e educação sanit ária na t écnica
rotineira de ação, ao cont rário do crit ério puramente fiscal e policial at é
ent ão utilizado.
Ref.: Rodrigues. Fundamentos de administração sanitária, p.31.
Resposta:
(D) A Const it uição Federal de 1988, consoante Artigo 212 da Seção I
- da Educação Capít ulo III do Tít ulo VII, determina que 18% da receita
116 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
0 03. De acordo com a Const it uição Brasileira de 1988, das arrecadações t ri-
but árias municipais, o município deverá dispor para o Setor Educação:
A) 5%.
B) 12%.
C) 18%.
D) 25%.
E) 30%.
Resposta:
(D) A Const it uição Federal de 1988, conforme o Artigo 212 da Seção I -
da Educação - Capít ulo III do Tít ulo VII, dispõe que para os municípios
brasileiros, a alocação de recursos para a educação, deverá fixar 25% de
suas arrecadações t ribut árias.
Ref.: Brasil. Constituição Federal.
Resposta:
(C) Classicamente, Morris distinguiu sete usos importantes da Epide-
miologia; desses usos, três estavam mais vinculados à Educação Médica,
a saber: 1. ajuda a completar o quadro clínico; 2. ident ificação de novas
síndromes; 3. ident ificação dos fatores et iológicos. A ident ificação de
grupos mais vulneráveis relaciona-se mais ao planejamento em saúde.
Ref.: Armijo. Epidemiologia, p.37-40.
118 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(E) Conforme os níveis de aplicação das medidas preventivas, propostos
por Leavell & Clark, a educação do público e dos empresários no senti-
do de que empreguem o reabilitado é uma medida preventiva de nível
t erciário - a reabilit ação.
Ref.: Leavell & Clark. Medicina preventiva, p.18-24.
0 08. Para o câncer mamário, a educação em massa para a prát ica do aut oe-
xame da mama é uma medida preventiva de nível:
A) primário - promoção da saúde.
B) primário - prot eção específica.
C) primário - diagnóst ico inicial.
D) secundário - diagnóst ico e tratamento precoces.
E) secundário - diagnóst ico precoce e limit ação da incapacidade.
Resposta:
(D) 0" aut oexame da mama"na educação pública é um exemplo dramá-
tico de esforço para realizar diagnóst icos precoces de um tipo específico
de câncer, at ravés de uma t écnica de educação em massa. Por meio de
filmes, cartazes, panfletos et c, a significação de tumores palpáveis na
mama é explicada e é ensinada a t écnica de autoexame periódico, sis-
t emát ico e efetivo. As mulheres são encorajadas, na descoberta de uma
qualquer massa suspeita, a procurar imediata consulta médica com-
petente. Segundo o modelo de Leavell & Clark, esta é uma medida de
prevenção secundária, situada no subnível de diagnóst ico e tratamento
precoces.
Ref.: Leavell & Clark. Medicina preventiva, p.293-300.
Resposta:
(E) É reconhecido que a educação t em alto valor económico, promoven-
do o desenvolviment o de uma nação at ravés de modificações sociais,
sendo fator fundament al na meta de governantes, polít icos e sociólo-
gos. Vale salientar que os objetivos educacionais t êm que ser fixados em
função dos objetivos económicos e sociais de uma nação.
Ref.: Moraes. Medicina preventiva, p.101.
Resposta'-
(B) Existem relações estreitas entre educação e saúde. Ambas são direi-
tos humanos conhecidos e aceitos universalmente. Como aspectos da
vida humana, saúde e educação t êm idênt icos objetivos. O progresso
em um desses setores depende do que se realiza no outro, e o desenvol-
viment o de ambos é essencial para o desenvolvimento nacional.
Ref.: Moraes. Medicina preventiva, p.101.
2i ii. "É o processo pelo qual pessoas ou grupos de pessoas aprendem a pro-
mover, manter ou restaurar a saúde".
Essa definição aplica-se a:
A) t écnica educacional.
B) educação em serviço de saúde.
C) consciência sanit ária.
D) educação sanit ária.
E) N.R.A.
Resposta:
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
(D) É a definição de educação sanit ária adotada pela OPAS, que inclui
entre os seus sinónimos, educação para a saúde, educação para o públi-
co. É uma definição concisa, porém abrangente.
Ref.: Benenson. OPAS - Publ. Cient., 442 p.385. Outras definições podem ser
vistas em Rodrigues. Fundamentos de administração sanitária, p. 321-8; Kloetzel.
As bases da medicina preventiva, p.306; Leavell & Clark. Medicina preventiva, p.
568-72 e Moraes. Medicina preventiva, p.101 -2.
Resposta:
(D) A educação sanit ária é de fundament al import ância, pois, de modo
irrefut ável, concorre para o bem-estar individual ou coletivo. Tem fun-
ção preventiva e orientadora como t ambém criadora e pode corrigir
comportamentos e prát icas delet érias à saúde humana. Ensina o indi-
víduo e a comunidade o que pode ser feito para preservar a saúde. Tem
import ância não somente para o adulto mas t ambém para a população
infantil e juvenil.
Ref.: Moraes. Medicina preventiva, p.102.
C) somente I e IV.
D) somente I, II e IV.
E) todas (I a IV).
Resposta:
(C) No século XIX, as principais causas de doenças eram do meio am-
biente. Hoje as principais causas de doenças e morte prematura nos paí-
ses desenvolvidos se relacionam com estilo de vida moderno. A at uação
polít ica que modifica o ambient e social, e.g. aument ando o preço do
tabaco, não é t ão efetiva como foi no século XIX mudando o ambiente
físico. Atualmente, a maior parte da responsabilidade é individual e o
objetivo da educação para a saúde é ajudar a eleger acert adament e as
opções de saúde.
Rer.: Gray & Fowler. Fundamentos de medicina preventiva, p.29.
Resposta:
122
Questões 16 a 20
Resposta: (Q
Resposta: (A)
A educação sanit ária é feita por etapas, sendo a mais simples a de sen-
sibilização, processo pelo qual o indivíduo e a comunidade adquirem
consciência de certos fatos. A fase seguinte é a publicidade, quando
ent ão se dá uma explicação mais detalhada dos pontos j á enumerados.
A terceira fase é a do trabalho educativo, em que são necessários con-
tatos pessoais ou diálogo entre a pessoa que proporciona a informação
e aquelas que recebem. A últ ima fase é a da mot ivação ou indução,
que consiste em atrair e manter a at enção do indivíduo para a aquisição
de conhecimentos sobre det erminado assunto.
Ref.: Moraes. Medicina preventiva, p.102.
0 21. Entre os mét odos para a educação da saúde, o meio mais usual de
comunicação, persuasivo, convincent e, e que permit e esclareciment o
quando necessário é a(o):
A) palavra falada.
B) palavra escrita.
C) audiovisual.
D) atividade de grupo.
E) N.R.A.
Resposta:
(A) Os mét odos empregados na educação sanit ária são os mesmos da
educação tradicional, além de possuírem caract eríst icas das t écnicas de
propaganda e publicidade. Os meios para a educação em saúde são: a
palavra falada, a palavra escrita, os meios audiovisuais e as atividades de
grupo. A palavra falada é o meio mais usual de comunicação, persuasi-
vo, convincent e, permitindo esclarecimentos quando necessário.
Ref.: Moraes. Medicina preventiva, p.105.
Resposta:
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta'-
(B) Os objetivos são component es importantes e necessários do dese-
nho curricular. Eles definem programas, explorando a complexidade e a
diversidade da mat éria em educação em saúde. Comunicam a essência
de um programa e sugerem est rat égias institucionais. São um crit ério
pelo qual professores e administradores avaliam o rendimento do est u-
dante e a eficácia do programa.
Ref.: Ames ef al. p.68.
CAP. 4 • EDUCAÇÃO EM SAÚDE 125
Resposta:
(E) As cinco principais t écnicas de coleta de dados comument e usadas
em avaliação são: quest ionários, entrevistas, observação, testes e docu-
mentos/ registros/ materiais.
A t écnica do quest ionário t em as seguintes vant agens: não é cara; pode
ser anónima; pode explorar grande amplit ude de t ópicos; pode atingir
um grande número de pessoas. Flexibilidade e adapt ação são vant a-
gens da entrevista, já que o quest ionário é estruturado e inflexível.
Ref.: Ames etal. p.167-8.
Resposta:
(B) Como t écnica de avaliação, a observação t em as seguintes desvan-
tagens: pot encialment e disruptiva ou pode causar condições artificiais;
é cara; requer observadores qualificados; aberta a bias; dificuldade para
sintetizar os dados. Não há entrevistadores nessa t écnica.
Ref.: Ames etal. p.167-8.
Resposta:
(E) Geralmente a Educação emerge de estudos epidemiológicos como
uma poderosa e persuasiva correlata de saúde e saúde relativa a com-
portamento. A Educação influencia o comport ament o em ao menos
quatro caminhos: expandindo as oportunidades para o indivíduo; au-
mentando o conheciment o do mundo e as opções que ele oferece;
construindo a aut oconfiança; aument ando a qualificação e as capaci-
dades específicas.
Ref.: Green etal. In: Holand etal. p.190.
Questões 27 a 31
3 28. "Grau de precisão com que o instrumento mede o que tem por objeto
medir".
Resposta: (C)
3 29. " Const ância com a qual um instrumento mede uma variável dada".
Resposta: (A)
3 31. "Grau de respeito dos crit érios estabelecidos na seleção das perguntas
para que estejam de acordo com os fins dos instrumentos de medida".
CAP. 4 • EDUCAÇÃO EM SAÚDE 127
Resposta: (B)
A avaliação em educação é um processo sist emát ico que permite ao do-
cente, entre outras coisas, " medir" at é que ponto o estudante t em alcan-
çado os objetivos educativos. A avaliação implica sempre em medidas
(quantitativas) e um juízo de valor.
Para efetuar medidas é preciso dispor de instrumentos de medidas
que respondam a certas qualidades. As certas qualidades principais de
um instrumento de medida (exame) são a validade, a fidelidade, a obje-
tividade e a pert inência.
A validade é o grau de precisão com que o teste utilizado mede ver-
dadeirament e aquilo para o qual foi desenhado como instrumento de
medida.
A fidelidade é a const ância com a qual um instrumento mede uma va-
riável dada.
A objetividade é o grau de concordância entre os juízos aportados por
examinadores independentes e compet ent es sobre o que constitui uma
boa resposta para cada um dos element os de um instrumento de me-
dida.
A pert inência é o grau de respeito dos crit érios estabelecidos na sele-
ção das perguntas (itens) para que estejam de acordo com os fins do
instrumento de medida.
A equidade é o grau de concordância entre as perguntas propostas no
exame e o cont eúdo dos ensinament os.
Existem outras qualidades, a saber: comodidade, equilíbrio, especifici-
dade, discriminação, eficiência, t empo etc.
Ref.: Guilbert. Guia pedagógica para el personal de salud. p.233-7.
0 32. São vant agens de uma aula magist ral para est udant es de medicina,
EXCETO:
A) alta recepção da informação.
B) economia de t empo dos professores e de meios.
C) presença do professor ("espetáculo").
D) pode ser dirigida a um grupo numeroso de estudantes.
E) dá sensação de segurança.
Resposta:
(A) A aula magistral tem como vant agens: economia aparente de t em-
po (para os docentes) e de meios; presença do professor ("espetáculo");
dirige-se a um grupo numeroso de estudantes; dá sensação de seguran-
ça. São suas desvantagens: mant ém o estudante em uma sit uação de
passividade; não facilita a aprendizagem de solução de problemas; não
128 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(C) O ensino médico sob a forma de internato, com rodízios e visita às
enfermarias, t em os seguintes inconvenientes:
1. custos elevados de pessoal, gastos de transporte e material.
2. põe, às vezes, o enfermo em uma sit uação difícil ou penosa.
3. baixa padronização. Com efeito, é difícil que todos os estudantes
realizem as mesmas atividades de aprendizagem e que a "amostra"
dessas sit uações cubra todos os objetivos importantes.
4. como sua ut ilização t em estreitas limit ações exige um planejament o
muito cuidadoso.
Ref.: Guilbert. Guia pedagógica para el personal de salud. p.340.
0 34. Uma quest ão do tipo múlt ipla escolha é recomendada, segundo o crit é-
rio de dificuldade, quando esse índice situa-se entre
A) 10%e90%.
B) 15%e85%.
C) 30% e 70%.
D) 40% e 60%.
E) 50%e60%.
Resposta:
(E) Pelo crit ério de dificuldade, uma quest ão do tipo múlt ipla escolha é
recomendável quando a percentagem de acertos fica entre 50 e 60% e
aceit ável quando t em valores entre 30 e 70%; alguns autores conside-
ram aceit ável valores compreendidos entre 35 e 80%.
Ref.: Guilbert. Guia pedagógica para el personal de salud. p.460-2.
CAP. 4 - EDUCAÇÃO EM SAÚDE 129
Resposta:
(D) Uma quest ão de múlt ipla escolha é recomendada quando seu índice
de dificuldade se coloca entre 50 e 60%; no caso, as opções "c" e "d" são
recomendadas. O índice de discriminação permite determinar em que
medida uma pergunta é bastante seletiva para distinguir um grupo for-
te de um grupo fraco de estudantes. A classificação das perguntas com
base nos valores do índice de discriminação é a que se segue: 0,35 ou
mais (pergunta excelent e), 0,25 a 0,34 (pergunta boa), 0,15 a 0,24 (per-
gunta limite: para revisar) e menos de 0,15 (má pergunta: eliminar); as
opções "a" e "d" são aprovadas nesse crit ério. Conjugando as qualidades
resta apenas a opção "d".
Vale salientar que nesse processo seletivo, das 20 quest ões de Medicina
Social apenas quatro seriam recomendadas e quatro t ambém foram ex-
celentes/ boas no índice de discriminação, porém somente duas preen-
chiam adequadament e ambos crit érios.
Ref.: Guilbert. Guia pedagógica para el personal de salud. p.460-2; SIEBRA.
0 36. Das seguintes afirmativas sobre mét odos e meios em educação para a
saúde:
l a educação para a saúde t em diversas maneiras de se realizar e a ela
fazem referência seus mét odos.
II. o meio pode ser ent endido como sinónimo de canal at ravés do qual
se t ransmit em as mensagens.
III. os conceitos de mét odos e meios são inst rument os sem finalidade
em si mesmos.
IV. o meio depende do mét odo e este, por sua vez, do programa efet u-
ado conforme modelos e paradigmas.
Est ão corretas:
A) soment e I e II.
B) somente II e III.
C) somente I, II e III.
130 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
D) somente I, II e IV.
E) todas (1 a IV).
Resposta:
(E) A educação para a saúde t em diversas maneiras de se realizar e a
ela fazem referência seus mét odos. O meio pode ser ent endido como
sinónimo de canal at ravés do qual se t ransmit em as mensagens. Ambos
conceitos são instrumentos sem finalidade em si mesmos, já que o meio
depende do mét odo e este, por sua vez, do programa efetuado confor-
me modelos e paradigmas.
Ref.: Sánchez Moreno etal. In: Navarro. Salud pública, p.509.
0 37. Com referência aos mét odos e meios em educação para a saúde, assi-
nale a correta.
A) Os mét odos podem ser classificados em unidirecionais, bidirecionais
e multidirecionais.
B) São classificados em diretos e indiretos, conforme a capacidade do
receptor da mensagem para fazer chegar ao emissor do efeit o do
mesmo.
C) Um cartaz em uma parede é um meio que corresponde a um mét odo
direto ou unidirecional.
D) O diálogo é um meio indireto ou bidirecional, j á que a informação
circula entre docente e discípulo em ambos os sentidos.
E) Em princípio, é evident e a preferência pelos mét odos indiretos nos
programas participativos.
Resposta:
(B) Os mét odos podem ser classificados em unidirecionais e bidirecio-
nais ou, em termos análogos, em diretos e indiretos, fazendo referência
à capacidade do receptor da mensagem para fazer chegar ao emissor
do efeito do mesmo. Por exemplo, um cartaz em uma parede é um meio
que corresponde a um mét odo indireto ou unidirecional, enquant o
que o diálogo é direto ou bidirecional, j á que a informação circula entre
docente e discípulo em ambos os sentidos. Em princípio, é evident e a
preferência pelos mét odos diretos nos programas participativos, ainda
que não seja exclusiva, já que é evident e a import ância, por exemplo, de
uma carta enviada por correio para convocar uma reunião.
Ref.: Sánchez Moreno etal. In: Navarro. Salud pública, p.509.
0 38. Dentre os mét odos diretos em educação para a saúde podem se dist in-
guir os seguintes meios, EXCETO:
A) diálogo.
B) cartaz.
CAP. 4 • EDUCAÇÃO EM SAÚDE 131
C) aula.
D) conversa.
E) discussão em grupo.
Resposta:
(B) Dentre os mét odos diretos em educação para a saúde podem se dis-
tinguir os seguintes meios: o diálogo, a aula, a conversa e a discussão
em grupo. Nos mét odos indiretos visuais podem ser citados: cartazes,
folhetos, fotografias, diapositivos, cartas e impressos.
Ref.: Sánchez Moreno etal. In: Navarro. Salud pública, p.509.
Resposta:
(B) As metodologias quantitativas de avaliação em educação para a
saúde t êm mais relação com a avaliação de produto e com a somat i-
va. Caracterizam-se por sua preocupação pelo controle das variáveis e
pela medida dos resultados, expressos, com frequência, numericamen-
te. Buscam a explicação causal derivada de hipót eses dadas mediante a
ut ilização de desenhos experimentais ou pseudoexperimentais e dados
objetivos. Destacam-se os seguintes mét odos gerais: análise de siste-
mas, avaliação por objetivos e avaliação com informação para a tomada
de decisão.
Ref.: Sánchez Moreno etal. In: Navarro. Salud pública, p.515-6.
Resposta:
(B) As metodologias qualitativas de avaliação em educação para a saú-
de t êm mais relação com a avaliação de processo e com a format iva. Seu
interesse radica na descrição dos fatos observados para int erpret á-los e
compreendê-los no cont ext o global em que se produzem, com o fim de
explicar e, presumivelment e, modificar os f enómenos. Destacam-se os
seguintes mét odos gerais: avaliação iluminat iva, modelo de avaliação
responsiva, modelo de avaliação baseado na capacidade de percepção
qualitativa ou de crít ica art íst ica, avaliação livre de objetivos ou sem re-
ferência a metas e outros modelos.
Ref.: Sánchez Moreno etal. In: Navarro. Salud pública, p.516-7.
CAPÍTULO 5
SAÚ D E
MATERNO-INFANTIL
FT1 01. A Organização das Nações Unidas (ONU) define juvent ude como a faixa
et ária entre os:
A) 10 e 19 anos.
B) 14e21 anos.
C) 15 e 24 anos.
D) 15 e 29 anos.
E) 20 e 39 anos.
Resposta:
(C) "Em relação às faixas et árias, a Organização das Nações Unidas (ONU)
define juvent ude {youth, em inglês) como a fase entre os 15 e 24 anos de
idade, porém deixa a possibilidade de que diferentes nações definam o
termo de outra maneira."
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.541.
J] 02. A queda da mort alidade infantil no Brasil, nas últ imas décadas, prin-
cipalment e do component e pós-neonat al, pode ser at ribuída a vários
fatores, EXCETO:
A) queda das taxas de fecundidade.
B) melhoria do nível de educação mat erna.
C) maior acesso da população a água t rat ada.
D) aument o da prevalência do aleitamento materno.
E) t ransferência de renda do Programa Bolsa-Família.
Resposta:
(E) A queda da mortalidade infantil no país, principalmente do com-
ponente pós-neonat al, é at ribuída a vários fatores, como queda da fe-
cundidade, melhoria do nível de educação materna, maior acesso da
população a água t rat ada, saneamento e serviços de saúde, aument o
134 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
0 03. Quanto à mortalidade neonatal no Brasil, nas últ imas décadas, obser-
vam-se:
A) t endência à est abilização ou mesmo aument o da t axa de mort ali-
dade neonatal e elevada proporção de óbit os evit áveis.
B) t endência à est abilização ou mesmo aument o da t axa de mort ali-
dade neonatal e pequena proporção de óbit os evit áveis.
C) t endência à est abilização da t axa de mortalidade neonatal e elevada
proporção de óbit os evit áveis.
D) t endência à est abilização da taxa de mortalidade neonatal e pequena
proporção de óbit os evit áveis.
E) t endência à redução da taxa de mortalidade neonatal e elevada pro-
porção de óbit os evit áveis.
Resposta:
(A) Quanto à mortalidade neonatal, em nosso meio há dois f enómenos
marcantes: t endência à est abilização ou mesmo aument o da taxa de
mortalidade neonatal e elevada proporção de óbit os evit áveis. O con-
texto desfavorável de dificuldades de acesso, iniquidade e precarieda-
de da assist ência perinatal explica esses f enómenos, com concent ração
dos óbit os nos grupos sociais de baixa renda.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.542.
Resposta:
(B) No Brasil, a maior parte dos óbit os neonatais ocorre no período neo-
natal precoce, evidenciando a estreita relação entre os óbit os e a as-
sist ência ao parto e nascimento, que é predominantemente hospitalar,
com poucas exceções em algumas localidades.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.542.
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 135
Resposta:
(C) Em 2010, as cinco principais causas de morte em menores de 1
ano foram: afecções originadas no período perinatal (23.664 mortes),
malformações congénit as e anomalias cromossômicas (7.709 mortes),
doenças infecciosas e parasit árias (1.950 mortes), doenças do aparelho
respirat ório (1.936 mortes) e sintomas, sinais e achados anormais em
exame clínico e laboratorial (1.440 mortes).
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.542-3.
Resposta:
(D) Quando consideramos as faixas et árias (de 0 a 6 dias, 7 a 27 dias e
28 a 364 dias), na faixa et ária de 28 a 364 dias (infantil tardia), a mais fre-
quente causa de óbit o foram as malformações congénit as e anomalias
cromossômicas (MS, 2010).
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.543.
Resposta:
(A) Na faixa etária de 1 a 4 anos, as cinco principais causas de morte
foram: causas externas (1.493 mortes), doenças do aparelho respirat ório
(1.108 mortes), doenças infecciosas e parasit árias (904 mortes), malfor-
mações congénit as e anomalias cromossômicas (703 mortes) e doenças
do sistema nervoso (648 mortes).
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.543.
0 08. Nos menores de 15 anos, a faixa et ária que concentrou mais int ernações
hospitalares no SUS pela AIH (Aut orização de Int ernação Hospitalar), no
Brasil,em 2010,foi a de:
A) menores de 1 ano.
B) 1 a 4 anos.
C) 5 a 7 anos.
D) 8 e 10 anos.
E) 10 e 14 anos.
Resposta:
(B) Ainda é elevada a morbidade na criança, quando comparada a ou-
tras faixas et árias (por exemplo, a adolescência). Analisando a morbida-
de a partir das int ernações hospitalares no SUS pela AIH (Aut orização
de Int ernação Hospitalar), no ano de 2010, ocorreram 1.710.205 inter-
nações em crianças do nascimento at é os 9 anos, sendo 568.889 (33,3%)
na faixa et ária de menores de 1 ano, 709.317 (41,5%) na faixa et ária de
1 a 4 anos e 431.999 (25,2%) na faixa et ária de 5 a 9 anos; 349.682, de
10 a 14 anos. Doenças do aparelho respirat ório foram responsáveis por
608.681 int ernações (35,6%) e as doenças infecciosas e parasit árias, por
372.272 int ernações (21,8%), constituindo as duas principais causas de
int ernação nessa faixa et ária.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.545.
Resposta:
(D) Considerando a faixa et ária de menores de 1 ano, as cinco principais
causas de int ernação foram: afecções originadas no período perinatal
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 137
Resposta:
(C) Na faixa et ária de 1 a 4 anos, as cinco principais causas de int ernação
foram: doenças do aparelho respirat ório (298.335 int ernações), doenças
infecciosas e parasit árias (191.862 int ernações), doenças do aparelho
digestivo (44.461 int ernações), causas externas (31.690 int ernações) e
doenças do aparelho genit urinário (31.137 int ernações).
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.545.
•í X i t x j y ul. zj
Resposta:
(C) Para análise de fatores de risco, os determinantes da mortalidade
foram classificados em: proximais, int ermediários e distais. Os det ermi-
nantes proximais constituem as causas diretas dos óbit os; est ão relacio-
nados com as variáveis biológicas referentes à mãe e ao recém-nascido.
Os determinantes int ermediários, capazes de interferir nos fatores de
risco biológicos, são representados pelo cuidado médico: assist ência
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
12. Qual dent re as seguint es afirmat ivas sobre a mort alidade infant il é
FALSA?
A) A mortalidade neonatal est á relacionada com a qualidade de vida.
B) O componente mais associado à qualidade de vida é o pós-neonat al.
C) A redução da mortalidade neonatal é mais difícil do que a pós-neo-
natal.
A mortalidade neonatal est á relacionada com fatores biológicos e a
assist ência pré-nat al, parto e recém-nascido.
Quando a taxa de mortalidade infantil é alta, a mortalidade neonatal
é, frequent ement e, o component e mais elevado.
Resposta:
(E) A mortalidade infantil apresenta dois componentes, o neonatal e o
pós-neonat al. O mais associado à qualidade de vida é o pós-neonat al.
Quando a taxa de mortalidade infantil é alta, a mortalidade pós-neona-
tal é, frequent ement e, o component e mais elevado (MS, 2009). A mor-
talidade neonatal est á relacionada com a qualidade de vida e t ambém
com fatores biológicos e a assist ência pré-nat al, parto e recém-nascido.
Portanto, a redução da mortalidade neonatal é mais difícil do que a pós-
-neonatal.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.546.
13. "As int ervenções com maior impact o nas mortes neonat ais são mais
dependentes de pessoas com habilidades do que de tecnologia e bens,
daí PORQUE a escassez de profissionais treinados é o maior problema
para ampliação da at enção clínica adequada em países com altas taxas
de mortalidade neonatal." Com base nessa descrição, assinale a opção
correta.
A) A assertiva e a explicação são verdadeiras e se just ificam.
B) A assertiva e a explicação são verdadeiras, mas não se just ificam.
C) A assertiva é verdadeira e a explicação é falsa.
D) A assertiva é falsa e a explicação verdadeira.
E) A assertiva e a explicação são falsas.
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 139
Resposta:
(A) As int ervenções com maior impacto nas mortes neonatais são mais
dependentes de pessoas com habilidades do que de tecnologia e bens,
sendo a escassez de profissionais treinados o maior problema para am-
pliação da at enção clínica adequada em países com altas taxas de mor-
talidade neonatal, constituindo o investimento na formação dos profis-
sionais uma importante est rat égia para redução desses óbit os.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.546.
Resposta:
(B) Para redução da mortalidade e morbidade infantil, torna-se priorit á-
ria a implant ação de um conjunto de est rat égias, merecendo destaque:
a implant ação de uma rede de serviços regionalizada e hierarquizada
que garanta a continuidade da assist ência desde a gest ação at é o mo-
mento do parto; a reest rut uração das unidades neonatais, possibilitan-
do o uso de tecnologias efetivas e de baixo custo como, por exemplo, o
surfactante; o investimento na educação permanente dos profissionais
das unidades neonatais, utilizando modelos educacionais inovadores
que promovam a reflexão sobre a prát ica, implicando mudanças de
comport ament o e melhoria da assist ência ofertada.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.548.
[ B) Nordeste.
C) Centro-Oeste.
D) Sul.
E) Sudeste.
Resposta:
(B) No Brasil, a taxa de mortalidade na adolescência (dos 10 aos 19 anos
de idade) é baixa, quando comparada a outras faixas et árias. Em 2010, a
taxa de mortalidade na adolescência foi de 72,2 por 100 mil habitantes
e correspondeu a 2,17% do total de mortes (MS, 2010). No entanto, essa
taxa é elevada quando comparada à taxa de mortalidade na adolescên-
cia em países de alta renda.
A mortalidade (%) geral nessa faixa et ária é crescente com a idade (me-
nor nas faixas etárias mais jovens), sendo maior no sexo masculino e nas
regiões geográficas menos desenvolvidas do país (Norte: 4,1%; Nordes-
te: 2,9%; Centro-Oeste: 2,7%; Sul: 1,8%; Sudeste: 1,6%).
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.549.
Resposta:
(B) A maior relevância da t axa de mortalidade na adolescência no Brasil
est á nas causas que a det erminam. Em 2010, ocorreram 24.671 mortes
de adolescentes, sendo 5.721 (23,2%) na faixa etária de 10 a 14 anos e
18.950 (76,8%) na faixa et ária de 15 a 19 anos. As causas externas corres-
pondem a 65,8%das causas de morte em adolescentes e t ambém foram
a principal causa de morte na ampla faixa etária de 1 a 39 anos.
Ainda em 2010, as cinco principais causas de morte em adolescentes,
em ordem decrescente de frequência, foram: causas externas (16.232
mortes), neoplasias (1.615 mortes), doenças do sistema nervoso (1.123
mortes), doenças do aparelho respirat ório (898 mortes) e doenças do
aparelho circulat ório (891 mortes).
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.549.
i
0 17. Qual dent re as seguintes afirmat ivas sobre a mort alidade por causas
externas em adolescentes no Brasil, é FALSA?
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 141
Resposta:
(A) As causas externas correspondem a 65,8% das causas de morte em
adolescentes. A mortalidade por causas externas no adolescente brasi-
leiro cresce acentuadamente com a idade e o risco de morte é de três a
cinco vezes maior no grupo de 15 a 19 anos. Dentre todas as causas ex-
ternas (homicídios, acidentes de transporte, suicídios, eventos com in-
t enção indeterminada e demais causas externas), os acidentes de t rans-
porte, seguidos dos homicídios sobressaíram at é a década de 1980. Nos
anos 1990, ocorreu uma inversão na composição dos óbit os por causas
externas: a predominância, que antes era de mortes por acidentes de
t rânsit o, passou a ser de homicídios.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.549.
Resposta:
(B) Analisando a morbidade a partir das int ernações hospitalares no SUS
pela AIH, no ano de 2010, ocorreram 1.218.509 int ernações em adoles-
centes, sendo 349.682 (28,7%) na faixa et ária de 10 a 14 anos e 868.827
(71,3%) na faixa etária de 15 a 19 anos. Gravidez, parto e puerpério fo-
ram responsáveis por 557.983 int ernações (45,8%) e as causas externas,
por 128.017 int ernações (10,5%), constituindo as duas principais causas
em adolescentes. Cerca de dois t erços das int ernações ocorrem no sexo
feminino. Enquanto no sexo feminino o percentual mais elevado foi de-
vido a int ernações por gravidez, parto e puerpério (que correspondem
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(B) Ainda em 2006, mais de 23% das jovens com idade entre 15 e 19
anos estavam ou já t inham estado grávidas. A gravidez e a maternidade
na adolescência configuram sit uações de vulnerabilidade a riscos bio-
lógicos e psicossociais. Hoje a principal causa de int ernações de ado-
lescentes do sexo feminino no SUS é a gravidez, parto e puerpério, e
mais de 20% de todos os nascimentos vivos no país são filhos de ado-
lescentes. A adolescente grávida brasileira é, em geral, oriunda de um
contexto de desvantagem social e económica, e as adolescentes pobres
e as negras são as que apresentam maior risco de morte em decorrência
da gravidez e do parto.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.551.
Resposta:
(C) "A medicina de família é bastante adequada para o fornecimento
de tratamento obst ét rico centralizado na família. Os médicos de famí-
lia t êm a oportunidade de conhecer dinâmicas clínica e psicossocial da
família antes da gest ação, fornecer apoio à família durante a gest ação,
esclarecer as dúvidas sobre trabalho de parto e parto, tratar a família
que se encontra em período de t ransição e ajudá-la a ajustar-se às novas
regras."
Ref.: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 474.
Resposta:
(E) Na toxoplasmose, o" pat ógeno Toxoplasma gonc/ / 7dissemina-se atra-
vés da ingest ão de oócit os encontrados na carne crua ou nas fezes de
gatos infectados. A infecção aguda costuma provocar sinais e sintomas
vagos e inespecíficos, incluindo febre, fadiga e linfadenopatia. Oito por
cento das crianças nascidas de mães que cont raíram infecção primária
são gravemente afetadas, com complicações que incluem retardo men-
tal, coriorretinite e perda auditiva sensorineural. A realização de testes
sorológicos durante a gest ação não costuma ser útil, devido a dificulda-
de em estabelecer a exist ência de uma infecção primária. Se os t ít ulos
pré-concepção forem conhecidos, uma mulher imunizada não estaria
em risco, e uma não imunizada seria aconselhada a evitar contato ínt i-
mo com gatos ou seus filhotes. Entretanto, o custo do rastreamento ge-
neralizado é significativo, não sendo, no momento, recomendado para
todas as mulheres na consulta antes da concepção."
Ref.: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 476.
D) distocia do ombro.
E) trabalho de parto prolongado disfuncional.
Resposta:
(C) A obesidade extrema em gestantes aumenta o risco de diabete ges-
tacional, hipert ensão, macrossomia, trabalho de parto prolongado dis-
funcional e distocia do ombro.
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 479.
C) As mulheres com evolução subót ima de gest ação devem ser consi-
deradas candidatas a ultra-sonografia precoce e exames repetidos.
D) As mulheres gest ant es que apresent am sangrament o vaginal não
devem ser submet idas a ult ra-sonografia, pois pode aument ar a
perda sanguínea.
E) As mulheres que desenvolvem complicações da gravidez at ual (p.
ex., pré-eclâmpsia, suspeita de redução ou aumento do crescimento
fetal, diabete) devem ser submetidas a ultra-sonografia.
Resposta:
(D) "A ultra-sonografia continua a ser uma t écnica muito útil na gest ação
de alto risco.Todas as mulheres com evolução subót ima de gest ação de-
vem ser consideradas candidatas a ultra-sonografia precoce e exames
repetidos. Além disso, as mulheres que desenvolvem complicações da
gravidez atual (p. ex., sangramento vaginal, pré-eclâmpsia, suspeita de
redução ou aumento do crescimento fetal, diabete) devem ser subme-
tidas a ultra-sonografia. A US t ambém é necessária antes da amniocen-
tese para localização da placenta, do cordão umbilical e do feto e para
direção da agulha; antes de versão ext erna e, em raras ocasiões, para
avaliação da posição fetal."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 483.
Resposta'-
(E) A US não é recomendada para det erminação do sexo fetal, a menos
que seja importante devido a um dist úrbio heredit ário ligado ao sexo.
I Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 483.
0 27. Sobre os efeitos da hipert ensão crónica na gest ação, marque a correta.
A) A gravidez pode piorar a hipert ensão crónica, e a hipert ensão crónica
afeta indiretamente o feto.
B) Em geral, a gravidez é um estado fisiológico caracterizado pela cons-
t rição vascular.
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 147
Resposta:
(E) " Hipert ensão crónica est á associada a muitas gest ações. A gravidez
pode piorar a doença, e a doença afeta diretamente o feto. Em geral, a
gravidez é um estado fisiológico caracterizado pelo relaxamento vascu-
lar. Portanto, algumas mulheres com hipert ensão relativamente branda
notam um efeito benéfico durante o início e meio da gravidez. Entre-
tanto, à medida que a gest ação cont inua, a pressão sanguínea retorna
tipicamente aos níveis pré-gest ação, e ocorre hipert ensão induzida pela
gest ação (HIG) e toxemia estabelecida nas mulheres com hipert ensão
crónica com uma velocidade maior do que nas mulheres que não são
hipertensas. Devem ser obtidas medidas frequentes da pressão sanguí-
nea - sempre com a paciente em decúbit o lateral esquerdo. Qualquer
aumento da PA é um sinal de mau prognóst ico para a mãe e para o feto."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 485.
jjj 28. Qual dentre as seguintes afirmativas sobre dist úrbios intestinais na gra-
videz é FALSA?
A) Uma discret a aver são à comida é comum durant e as primei-
ras semanas de gravidez, mas rarament e est e é um problema
importante.
B) Em um pequeno percentual de gestantes, ocorre uma forma grave
de doença gastrointestinal relacionada com a gest ação, denominada
hiperêmese gravídica.
C) A hiperêmese gravídica caracteriza-se por perda ponderal, alcalose
met abólica e desequilíbrio elet rolít ico.
D) A hiperêmese gravídica requer hospit alização imediata e tratamento
com líquidos intravenosos para segurança da paciente e do feto.
E) De acordo com a literatura médica, não foram encont radas bases
orgânicas para a hiperêmese gravídica.
Resposta:
(C) "Embora uma discreta aversão à comida seja comum durante as pri-
meiras semanas de gravidez, raramente este é um problema importante.
Entretanto, em um pequeno percentual de gestantes, ocorre uma forma
grave de doença gastrointestinal relacionada com a gest ação, denomi-
nada hiperêmese gravídica. Caracteriza-se por perda ponderal, acidose
e desequilíbrio elet rolít ico. Énecessário hospit alização imediata e trata-
148 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(A) "Dois a oito por cento das mulheres, grávidas ou não, t erão bact eriú-
ria assint omát ica. Um a dois por cento das gestantes desenvolverá pie-
lonefrite, um percentual mais elevado que entre as mulheres que não
est ão grávidas, porque as mudanças na gest ação provocam estase e
dilat ação do trato urinário superior. Os microrganismos pat ológicos co-
muns são, em geral, bastonetes Gram-negativos aeróbicos {Escherichia
coli, Klebsielia e espécies de Proteus), bem como cocos Gram-positivos
como Streptococcus faecalis. Os estreptococos do grupo B e Pseudomo-
nas são causas menos frequentes de infecção na gravidez."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 486.
A) todas (I a IV).
B) somente I, II e IV.
C) somente I, II e III.
™ L II III
D) somente II e III.
E) somente I e III.
Resposta:
(B) "Hoje em dia, recomenda-se que todas as gestantes sejam subme-
tidas a rastreamento para diabete gestacional. Tipicamente, este teste
é realizado administrando-se uma dose de ataque de 50g de glicose a
uma mulher, que não esteja em jejum, entre a vigésima sexta e vigésima
oitava semana de gest ação. Se a glicemia for superior a 135mg/ dL uma
hora após a ingesta da dose de ataque da glicose, a paciente deve ser
submetida ao teste de t olerância à glicose em 3 horas. Se os resulta-
dos forem anormais, a paciente deve ser imediatamente aconselhada
e colocada sob a rigorosa dieta recomendada pela American Diabetes
Association. A paciente deve ser monitorada de forma rigorosa e, se o
controle da glicose não for obtido em 2 semanas, deve ser colocada em
uso de insulina. As mulheres que apresentaram diabete gestacional pré-
via ou que t êm forte hist ória familiar devem ser testadas mais cedo."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 488.
0 31. Na mulher recent ement e diagnost icada com diabet e gest acional é
importante acompanhar o crescimento fetal de forma cuidadosa após a:
A) vigésima semana de gest ação.
B) vigésima quarta semana de gest ação.
C) vigésima oitava semana de gest ação.
D) t rigésima segunda semana de gest ação.
E) t rigésima sexta semana de gest ação.
Resposta:
(C) "Macrossomia fetal é a complicação mais comum do diabete gest a-
cional. Como o aument o do peso fetal é maior após a vigésima oitava
semana, não é importante solicitar ultra-sonografia para det erminação
do t amanho fetal antes desta data. Entretanto, na mulher recent emen-
te diagnosticada com diabete gestacional é importante acompanhar o
crescimento fetal de forma cuidadosa após a vigésima oitava semana."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 488.
Resposta:
(E) "A hepatite é uma doença comum nos EUA. Todos os tipos são en-
contrados na gravidez, mas a hepatite do tipo B é a mais problemát ica.
O suporte nutricional é o elemento mais importante no tratamento de
todos os tipos de hepatite na gravidez. O feto e a mãe costumam sobre-
viver sem sequelas se o suporte nutricional for adequado. A hepatite
B fulminante aguda é a única exceção à regra. Esta doença não pode
ser facilmente diferenciada da necrose gordurosa do f ígado que ocorre
raramente no final da gest ação. A hepatite C (não-A, não-B) t ambém
ocorre na gravidez. Não existem evidências de que a doença seja mais
grave nas gestantes do que nas não-gest ant es."
Ref.: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 489.
Resposta:
(D) "A rotura prematura da bolsa das águas, definida como rotura 2 ho-
ras ou mais antes do início do trabalho de parto, ocorre em 5 a 10%
de todas as gest ações. Mais de 60% dos casos ocorrem nas pacientes a
termo. O médico de família precisa ter um esquema racional e claro para
lidar com este evento comum. Todas as pacientes devem ser encami-
nhadas para o hospital para avaliação e document ação da rotura da bol-
sa das águas. Embora muitas pacientes só entrem em contato com seus
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 151 '
Resposta:
(B) Apesar de ser estudada há séculos, a toxemia gravídica ainda não é
totalmente compreendida. Essa doença, caracterizada por hipert ensão
materna, prot einúria, rápido ganho ponderal e edema, pode permane-
cer branda, ou pode evoluir complet ament e para atividade convulsiva
materna, perda fetal e morte materna.
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 491.
Resposta:
(A) "A toxemia gravídica pode ocorrer em qualquer momento na gra-
videz, embora seja mais comum após a 28 a semana de gest ação. A t o-
152 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(E) A toxemia gravídica precoce tem um prognóst ico particularmente
sombrio porque a gestante não costuma apresentar sinais ou sintomas
nas fases iniciais da doença.
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 491.
Resposta:
(C) "A atividade física das pacientes com suspeita de toxemia deve ser
limitada. Comprovou-se que as mulheres nos est ágios iniciais da doen-
ça que são colocadas em repouso ao leito e que não recebem nenhu-
ma outra int ervenção clínica em geral não apresentam exacerbação da
doença e, algumas vezes, t êm remissão. No momento, o repouso ao lei-
to, de preferência em decúbit o lateral esquerdo, é o único tratamento
para a doença, além do parto de feto. No passado, recomendava-se a
restrição de sal e/ ou água, assim como o uso de diurét icos. Atualmente,
sabe-se que a toxemia provoca hipovolemia intravascular, e que a res-
t rição de água e de sal, assim como o uso de diurét icos, servem apenas
para exacerbar a doença."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 491.
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 153
Resposta:
(B) "Em alguns casos, a toxemia da gravidez progride rapidamente e
ocorre a síndrome HELLP. Este acrónimo foi desenvolvido após a obser-
vação de sinais de hemólise, enzimas hepát icas elevadas e baixo nível
de plaquetas. As pacientes com síndrome HELLP t êm anemia, enzimas
hepát icas acent uadament e anormais e rápida queda no nível de pla-
quetas."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 492.
Resposta:
(A) O sangramento no terceiro trimestre "é uma complicação comum
da gravidez e é, amiúde, resultante de placenta prévia ou de descola-
mento da placenta. A placenta prévia é uma condição potencialmente
fatal parar a mãe e para o feto. A monit orização elet rônica da mãe e
do feto deve ser iniciada na hospit alização. Quando a ultra-sonografia
foi realizada durante o tratamento pré-nat al, o diagnóst ico de placenta
prévia pode ser excluído se a mulher apresentava sangramento vaginal
quando entrou na sala de parto. Se a placenta não estiver baixa, realiza-
-se o exame vaginal. Entretanto, se a ultra-sonografia não foi realizada, o
exame vaginal deve ser adiado porque um dedo pode ser colocado de
forma inadvertida na placenta e provocar hemorragia grave, com possí-
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(E) "O deslocamento da placenta t ambém é uma condição pot encial-
mente fatal para a mãe e para o feto. Dependendo da porção da placen-
ta que se descolou da parede uterina, o feto pode ser pouco afetado ou
pode morrer. Algumas vezes, a área da separação da placenta pode ser
identificada fazendo-se uma ultra-sonografia na sala de parto. Em ge-
ral, o principal sintoma é a dor e os sinais consistem em tetania uterina
e sangramento vaginal. Grandes hematomas ret roplacent ários podem
ocorrer com sequest ração de sangue, depleção dos fatores de coagula-
ção e rápida inst alação de CID. Deve-se considerar a realização imediata
do parto, tendo à mão hemoderivados."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 493.
CAPÍTULO 6
N U T RI ÇÃ O EM
SAÚDE BÁSICA
Resposta:
(A) Embora considerados como conceitos separados ou como termos
disjuntivos, por conta do uso vulgar ou mesmo erudito, convém assina-
lar que o estado de saúde inclui, necessariamente, o estado de nut rição,
já que seria inadmissível a primeira condição sem a segunda. A saúde
seria a expressão genérica, enquanto a nut rição representaria um as-
pecto específico, particular, do conceito de saúde. A separação dos dois
termos é, portanto, artificiosa, justificando-se apenas pela circunst ância
de se ressaltar o subconjunt o nut rição do conjunto maior, saúde."
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.389.
Resposta:
(D) "Se bem que a aliment ação não seja, em si, condição suficiente para
definir o estado nutricional, torna-se, no entanto, o requisito necessá-
rio. Em outras palavras: se uma boa aliment ação não assegura, de for-
ma aut omát ica, uma boa nut rição, por conta de fatores intervenientes
de diversas ordens, por outro lado não se pode alcançar ou manter um
estado nutricional sat isfat ório sem uma aliment ação suficiente, ade-
quada, completa e harmónica em seus vários constituintes - energia e
nutrientes. Esta condição estabelece a conveniência de se conhecerem
princípios e funções gerais e específicas que os alimentos e seus compo-
nentes químicos cumprem no organismo humano."
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.390.
3 03. Raros aliment os podem ser considerados complet os, pelo menos em
alguma fase da vida. Um deles é o:
A) leite de vaca integral.
B) leite de vaca desnatado.
C) ovo de galinha.
D) leite materno.
E) leite de soja.
Resposta:
(D) "Por outra parte, são raros os alimentos completos, u seja, que at en-
dem, simult aneament e, a todas as demandas fisiológicas da nut rição.
O leite materno, nos primeiros meses de vida, singulariza um exemplo
excepcional, nesse sentido. Estas caract eríst icas impõem a necessidade
de uma aliment ação variada, de modo que a diversificação possa resul-
tar na oferta combinada de toda a variedade de nutrientes necessários
ao organismo."
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.390.
Resposta:
(B) "Em f unção do papel que desempenham, os nutrientes se dist ri-
buem em três categorias básicas: plást icos, energét icos e reguladores.
Esta divisão não significa que um único nutriente não possa cumprir,
simult ânea ou sequencialment e, mais de uma ou mesmo as três fun-
ções clássicas. Sob um aspecto mais pragmát ico do que conceit uai, a
classificação indica, apenas, a caract eríst ica funcional dominant e. Esta
observação se aplica, com mais razão ainda, aos alimentos. São raros os
produtos que apenas representam um component e nutricional, como
os açúcares industrializados, conhecidos como fontes de "calorias va-
zias", por não apresent arem, além dos carboidratos, outras subst âncias
nutricionais. Por outra parte, são raros os alimentos completos, ou seja,
que at endem, simult aneament e, a todas as demandas fisiológicas da
nutrição."
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.390.
0 05. Um nutriente que, dentre outras funções, atua como precursor de nia-
cina é:
A) lipídio
B) fibra solúvel.
C) prot eína.
D) zinco.
E) licopeno.
Resposta:
(C)"As prot eínas, cadeias complexas formadas pela combinação de ami-
noácidos, exercem, basicamente, funções plást icas, como constituintes
principais do protoplasma e núcleo das células. No entanto, são utili-
zadas t ambém como fontes energét icas (4,1 calorias por grama, como
os hidratos de carbono) ou como reguladoras de f unções orgânicas, na
formação de hormônios, ou, ainda, como precursores de vit aminas -
caso da niacina, ou vit amina PP, que pode ser produzida a partir de um
aminoácido, o t ript ófano."
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.390.
Resposta:
(A) Os resultados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Crian-
ça e da Mulher, realizada em 2006, referentes à avaliação ant ropomé-
trica da criança brasileira, apontam que a prevalência de baixa estatura
para as idades de crianças menores de 5 anos na população brasileira
foi de 7% em 2006. A dist ribuição espacial dessa prevalência indica fre-
quência máxima do problema na Região Norte (15%) e pouca variação
entre as demais regiões (6% nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Su-
deste e 8% na Região Sul).
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.108.
Resposta:
(E) Déficit s de peso em relação à altura, indicativos de casos agudos de
desnut rição quando sua frequência ultrapassa 2% a 3%, foram encon-
trados em apenas 1,5% das crianças brasileiras menores de 5 anos, não
ultrapassando 2% em qualquer região ou estrato social da população.
Tal sit uação indica um equilíbrio adequado entre o acúmulo de massa
corporal e o crescimento linear das crianças, apont ando para o virt ual
controle de formas agudas de deficiência energét ica em todo o País.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.108.
A) Sul e a Norte.
B) Sul e a Nordeste.
C) Sudeste e a Norte.
D) Sudeste e a Nordeste.
E) Centro-Oeste e a Norte.
Resposta:
(A) Sit uações de excesso de peso em relação à altura foram encontradas
em 7% das crianças brasileiras menores de 5 anos, variando de 6% na
Região Norte a 9% na Região Sul, indicando exposição moderada à obe-
sidade infantil em todas as regiões do País.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.108.
Resposta'-
(B) Avaliações da prevalência dos déficit s de crescimento, em compara-
ções preliminares das PNDS de 1996 e 2006, indicam redução de cerca
de 50% na prevalência de baixa estatura na infância no Brasil: de 13%
para 7%. Na Região Nordeste, a redução foi excepcionalment e elevada,
chegando a 67% (de 22,1% para 5,9%). Na Região Centro-Oeste, a redu-
ção foi de aproximadament e 50% (de 1 1 % para 6%). Nas áreas urbanas
da Região Norte, as únicas estudadas nessa região em 1996, a redução
do referido indicador foi mais modesta, em torno de 30% (de 2 1 % para
14%). Nas Regiões Sul e Sudeste, os dados indicam estabilidade est at ís-
tica das prevalências.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.108-9.
Resposta:
(C) A vigilância nutricional e o monitoramento do crescimento objet i-
vam promover e proteger a saúde da criança e, quando necessário, por
meio de diagnóst ico e t rat ament o precoce para sub ou sobrealiment a-
ção, evitar que desvios do crescimento possam comprometer sua saúde
atual e sua qualidade de vida futura.
Estudos sobre a epidemiologia do estado nutricional t êm dado mais
at enção ao peso e ao índice de massa corpórea do que à altura, porém a
altura t ambém t em sido associada a vários desfechos e causas de mor-
talidade.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.109.
0 11. Qual é at ualment e a caract eríst ica ant ropomét rica mais representativa
do quadro epidemiológico da desnut rição no Brasil?
A) Sobrepeso.
B) Déficit estatural.
C) Déficit ponderal.
D) Obesidade mórbida.
E) Baixo peso ao nascer.
Resposta:
(B) "O déficit estatural representa at ualment e a caract eríst ica ant ropo-
mét rica mais representativa do quadro epidemiológico da desnut rição
no Brasil (ROMANI; LIRA, 2004)."
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.109.
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDE BÁSICA 161
Resposta:
(C) A Caderneta de Saúde da Criança utiliza como parâmet ros para ava-
liação do crescimento de crianças (menores de 10 anos) os seguintes
gráficos: perímet ro cefálico (de zero a 2 anos), peso para a idade (de
zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos), comprimento/ estatura
para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos), índice de
massa corporal (IMC) para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de
5 a 10 anos).
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.109.
Resposta:
(B) A seguir, serão apresentadas algumas considerações sobre o manejo
de sit uações de desvio no crescimento da criança com at é 5 anos de
idade (BRASIL, 2001) O Minist ério da Saúde do Brasil adota as seguin-
tes recomendações para crianças menores de 2 anos, que apresent em
magreza ou peso baixo para a idade: Investigue possíveis causas, com
at enção especial para o desmame; Oriente a mãe sobre a aliment ação
complement ar adequada para a idade; Se a criança não ganhar peso,
solicite seu acompanhament o no Nasf, se tal possibilidade estiver dis-
ponível; e Oriente o retorno da criança no intervalo máximo de 15 dias.
162 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(C) A seguir, serão apresentadas algumas considerações sobre o manejo
de sit uações de desvio no crescimento da criança com at é 5 anos de
idade (BRASIL, 2001) O Minist ério da Saúde do Brasil adota as seguin-
tes recomendações para crianças maiores de 2 anos, que apresent em
magreza ou peso baixo para a idade: Investigue possíveis causas, com
at enção especial para a aliment ação, para as int ercorrências infecciosas,
os cuidados com a criança, o afeto e a higiene; Trate as int ercorrências
clínicas, se houver; Solicite o acompanhament o da criança no Nasf, se
tal possibilidade estiver disponível; Encaminhe a criança para o serviço
social, se isso for necessário; Oriente a família para que a criança realize
nova consulta com intervalo máximo de 15 dias. Orientar a mãe sobre
a aliment ação complement ar adequada para a idade não é recomen-
dado, pelo Minist ério da Saúde do Brasil, às crianças maiores de 2 anos
de idade.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.111.
] 15. " Bebés pré-t ermo (nascidos com menos de 37 semanas de gest ação)
com peso adequado para a idade gest acional t êm bom pr ognóst ico
(excet uando-se os de menos de 1.000g), especialment e aqueles que
vivem em condições ambientais favoráveis, PORQUE tais crianças apre-
sentam crescimento pós-nat al compensat ório, chegando ao peso nor-
mal para a idade ainda durante o primeiro ano de vida."Com base nessa
descrição, assinale a opção correta.
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDE BÁSICA 163
Resposta:
(A) "Embora toda criança com peso de nascimento inferior a 2.500g
seja considerada de risco, bebés pré-t ermo (nascidos com menos de
37 semanas de gest ação) com peso adequado para a idade gestacional
t êm melhor prognóst ico (excetuando-se os de menos de 1.000g), espe-
cialmente aqueles que vivem em condições ambientais favoráveis. Tais
crianças apresentam crescimento pós-nat al compensat ório, chegando
ao peso normal para a idade ainda durante o primeiro ano de vida."
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.113.
Resposta:
(A) "As crianças com baixa estatura para a idade t endem a ter menor
rendimento escolar no futuro, redução da produtividade económica,
menor altura e, no caso das mulheres, descendentes com menor peso
ao nascer."
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.113.
Resposta:
(C) Os profissionais de saúde devem disponibilizar o t empo que for ne-
cessário para dar apoio à mãe e ao seu bebé durante o início e a ma-
nut enção da amament ação. O aconselhament o comport ament al e a
educação para a prát ica de aleit ament o materno são procedimentos
recomendados. Eles podem ser iniciados desde a primeira consulta de
pré-nat al. O apoio à amament ação deve ser disponibilizado indepen-
dent ement e do local de prest ação de cuidados. Além disso, as mães
devem receber informações de como buscar suporte à prát ica de ama-
mentar.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.135.
Resposta:
(A) A frequência e a duração ilimitada (livre demanda) das mamadas
devem ser incentivadas. A mãe deve ser orientada sobre os sinais que
indicam que o bebé est á pronto para mamar (moviment o dos olhos, da
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDEBÁSICA 165
cabeça, sinais de procura com a língua para fora, agit ação dos braços,
mãos na boca, et c), não sendo necessário esperar o choro do bebê.
Os profissionais devem conversar sobre a experiência de amament ar e
identificar as dificuldades da amament ação. A depressão materna pós-
-parto é fator de risco para desmame precoce, o que reforça a impor-
t ância de que o profissional de saúde esteja atento para os sinais de
depressão puerperal.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.135.
Resposta:
(E) A criança que é aliment ada somente com leite materno at é os 6 me-
ses de vida apresenta menor morbidade. Além disso, maiores são os
efeitos benéficos à sua saúde. Existem evidências de que não há vant a-
gens em se iniciar os alimentos complementares antes dos 6 meses (sal-
vo em alguns casos individuais), o que pode, inclusive, trazer prejuízos
à saúde da criança.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.136.
020. O aleit ament o mat erno t raz diversos benef ícios para o bebê, como
diminuição de morbidade, especificament e relacionada às infecções
seguintes, EXCETO:
A) meningite bacteriana.
B) enterocolite necrosante.
C) otite média.
D) infecção do trato urinário.
E) sepse de início precoce em recém-nascidos a termo.
Resposta:
166 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(D) Com relação à redução de alergias, na vigência do aleitamento ma-
terno, sabe-se que: o aleitamento materno exclusivo reduz o risco de
asma e de sibilos recorrentes; o aleitamento materno protege contra o
desenvolvimento de dermatite at ópica; a exposição à pequenas doses
de leite de vaca durante os primeiros dias de vida parece aumentar o
risco de alergia ao leite de vaca, mas não afeta a incidência de doenças
at ópicas no futuro; e os efeitos benéficos do aleitamento materno ob-
servados em todas as crianças são particularmente evidentes em crian-
ças com hist ória familiar de doenças at ópicas.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.136-7.
Resposta:
(B) O aleitamento materno pode aportar diversos benefícios futuros ao
bebê, como: redução da obesidade; diminuição do risco de hipert ensão,
colesterol alto e diabetes; melhor nut rição; efeito positivo no desenvol-
viment o intelectual; e melhor desenvolvimento da cavidade bucal.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.136-7.
23. O início precoce do aleitamento materno sem rest rições produz os efei-
tos seguintes, EXCETO:
A) favorece a recuperação mais rápida do peso de nascimento.
B) diminui a perda de peso inicial do recém-nascido.
C) promove uma "descida do leite" mais lenta e gradual.
D) estabiliza os níveis de glicose do recém-nascido.
E) diminui a incidência de hiperbilirrubinemia.
Resposta:
(C) O início precoce do aleitamento materno sem rest rições diminui a
perda de peso inicial do recém-nascido, favorece a recuperação mais
rápida do peso de nascimento, promove uma "descida do leite" mais rá-
pida, aument a a duração do aleitamento materno, estabiliza os níveis de
glicose do recém-nascido, diminui a incidência de hiperbilirrubinemia e
previne ingurgitamento mamário.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.136-7.
Resposta:
(C) O aleitamento materno traz benefício à puérpera ao promover a in-
volução uterina mais rápida e redução na hemorragia uterina pós-part o,
devido à liberação de ocitocina.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.137.
Resposta:
(D) O aleitamento materno traz para a mãe os efeitos benefícios se-
guintes: perda mais rápida do peso acumulado na gest ação; auxílio no
aument o do intervalo entre as gest ações; maior int eração mãe-bebê;
benefício relativo aos aspectos económicos, uma vez que o leite mater-
no não t em custos; praticidade, pois o leite materno est á sempre pronto
para ser consumido; e diminuição do risco de câncer de mama e ovário.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.137.
0 26. Em qual das seguintes condições o aleitamento materno não deve ser
recomendado?
A) Mães infectadas pelo HIV.
B) Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2.
C) Mães portadoras crónicas de doença de Chagas.
D) Criança portadora de galactosemia e fenilcet onúria.
E) Mães sob tratamento com alguns ant ineoplásicos e radiofármacos.
Resposta:
(C) São poucas as sit uações em que pode haver indicação médica para a
subst it uição parcial ou total do leite materno.
Nas seguintes sit uações, o aleitamento materno não deve ser recomenda-
do: mães infectadas pelo HIV; mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 (vírus
linfot rópico humano de linf ócit osT); uso de medicamentos incompat í-
veis com a amament ação. Alguns fármacos são citados como cont rain-
dicações absolutas ou relativas ao aleitamento, como, por exemplo, os
ant ineoplásicos e radiofármacos; criança portadora de galactosemia,
doença do xarope de bordo e fenilcet onúria.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.137-8.
B) somente I, II e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente II, III e IV.
E) somente I e III.
Resposta:
(A) No caso de tuberculose materna, recomenda-se que as mães não
tratadas ou ainda bacilíferas (nas duas primeiras semanas após o iní-
cio do tratamento) amament em com o uso de máscaras e restrinjam o
contato próximo com a criança por causa da t ransmissão potencial por
meio das got ículas do trato respirat ório. Neste caso, o recém-nascido
deve receber isoniazida na dose de 10mg/ kg/ dia por três meses. Após
tal período, deve-se fazer teste t uberculínico (PPD): se o teste for reator,
a doença deve ser pesquisada especialmente em relação ao acomet i-
mento pulmonar. Se a criança tiver cont raído a doença, a t erapêut ica
deve ser reavaliada. Caso a criança não a tenha cont raído, deve-se man-
ter a dosagem de isoniazida por mais três meses; e se o teste t ubercu-
línico for não reator, pode-se suspender a medicação e a criança deve
receber a vacina BCG.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.139.
Resposta:
! (A) Nas seguintes condições maternas, o aleitamento materno não deve
ser contraindicado:
• Hanseníase: por se t rat ar de doença cuja t ransmissão depende de
contato prolongado da criança com a mãe sem tratamento e consi-
derando-se que a primeira dose de rifampicina é suficiente para que
a mãe não seja mais bacilífera, deve-se mant er a amament ação e
! iniciar o tratamento da mãe.
• Hepatite B: a vacina e a administ ração de imunoglobulina específica
(HBIG) após o nasciment o prat icament e eliminam qualquer risco
t eórico de t ransmissão da doença via leite materno.
• Hepatite C: a prevenção de fissuras mamilares em lactantes HCV posi-
tivas é importante, uma vez que não se sabe se o contato da criança
com o sangue materno favorece a t ransmissão da doença.
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDE BÁSICA 171
Resposta:
(C) Apesar das medidas individuais e populacionais adotadas no País,
mant ém-se a elevada prevalência de anemia. A Pesquisa Nacional de
Demografia e Saúde da Criança e da Mulher, realizada em 2006, identifi-
cou que a Região Nordeste apresenta a maior prevalência de anemia em
crianças menores de 5 anos (25,5%), e a Norte, a menor (10,4%).
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.145.
Resposta:
(D) Apesar das medidas individuais e populacionais adotadas no País,
mant ém-se a elevada prevalência de anemia. A Pesquisa Nacional de
Demografia e Saúde da Criança e da Mulher, realizada em 2006, identifi-
cou que "embora não t enha sido observada associação est at íst ica entre
a classificação económica e a prevalência de anemia, observa-se menor
porcentagem de crianças anêmicas nas classes A e B. A prevalência de
anemia não mostrou associação com a corda pele, nem com a ordem de
nascimento da criança. A pesquisa aponta maior prevalência de anemia
em crianças com idade inferior a 24 meses (24,1 %) , quando comparadas
às crianças com idades entre 24 e 59 meses (19,5%). Quanto à sit uação
do domicílio, observou-se que as crianças moradoras de áreas rurais
apresentaram menor prevalência de anemia quando comparadas com
as crianças nas áreas urbanas."
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.145.
Resposta:
(A) É importante conhecer os alimentos que favorecem ou prejudicam
a absorção para incluí-los ou não nas refeições ricas em ferro, como o
almoço e o jantar. O período de intervalo é de 2 horas, para não haver
int erferência.
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDEBÁSICA 173
Resposta'-
(B) Os pontos de corte da hemoglobina e do hemat ócrit o, para discrimi-
nar a condição de anemia em crianças de 6 (seis) meses a 5 (cinco) anos
de idade, são, respectivamente, 11g/ dL e 33%.
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.399.
Resposta:
(C) O ponto de corte da hemoglobina para discriminar condição de ane-
mia em gestantes é definido em 12 g/ dL de sangue.
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.399.
C) sedentarismo.
D) vida sexual ativa.
E) higiene pessoal precária.
Resposta:
(B) Os fumantes devem aumentar a ingest ão de vit amina C em 50%.
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.393-4.
C) gestantes.
D) idosos.
E) tabagistas.
Resposta:
(B) "O indicador mais representativo da deficiência de iodo é o aumento
da glândula t ireóide, ou seja, o bócio expresso em termos de prevalên-
cia e de graus de hiperplasia ou de severidade. Assume-se que uma área
é endémica quando 10% ou mais dos escolares (grupo vulnerável indi-
cador, ou GVI) são portadores de bócio."
Ref.: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.402-4.
Resposta:
(D) A desnut rição energét ico-prot éica (DEP) em seus diferentes est á-
gios, desde as formas mais leves, expressas em déficit s discretos do cres-
cimento ou pequenas perdas de peso, at é as manifest ações mais graves,
como o kwashiorkor (desnut rição edematosa) e o marasmo. É uma das
mais difundidas das doenças carenciais, constituindo um dos maiores
problemas de saúde coletiva do mundo.
O marasmo, caracterizado por emagrecimento extremo, e o kwashior-
kor, tipificado pelo edema dos membros inferiores e que se pode est en-
der a outras partes do corpo, configuram as formas clínicas mais avan-
çadas da DEP.
Ref.: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.394-8.
Resposta:
(B) "A altura de crianças ingressantes nas escolas públicas (habitual-
mente aos 7 anos de idade) tem sido recomendada como uma forma
fácil de estabelecer a provável cartografia da desnut rição em diferentes
espaços geográficos, partindo-se do pressuposto de que o crescimento
estatural constitui um bom indicador para sinalizar as áreas de risco. No
entanto, as experiências brasileiras não são conclusivas a este respeito.
Ref.: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.396.
CAPÍTULO 7
SAÚ D E B U C A L
COLETIVA
Resposta:
(E) Em janeiro de 2004, o Minist ério da Saúde elaborou o documento
"Diretrizes da Polít ica Nacional de Saúde Bucal". Estas diretrizes apon-
tam para uma reorganização da at enção em saúde bucal em todos os ní-
veis de at enção e para o desenvolvimento de ações intersetoriais, tendo
o conceito do cuidado como eixo de reorient ação do modelo, respon-
dendo a uma concepção de saúde não centrada somente na assist ência
aos doentes, mas, sobretudo, na promoção da boa qualidade de vida e
int ervenção nos fatores que a colocam em risco, incorporando ações
programát icas de uma forma mais abrangente.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal, p.13.
178 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(E) Destacam-se nas Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, do Mi-
nistério da Saúde (2004), os seguintes aspectos: o cuidado como eixo de
reorient ação do modelo; a Humanização do processo de trabalho; a co-
-responsabilização dos serviços; o desenvolvimento de ações voltadas
para as linhas do cuidado, como por exemplo, da criança, do adolescen-
te, do adulto, do idoso; e o desenvolvimento de ações complementares
e imprescindíveis voltadas para as condições especiais de vida como
saúde da mulher, saúde do trabalhador, portadores de necessidades es-
peciais, hipertensos, diabét icos, dentre outras.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal, p.13.
Resposta:
(B) Os quatro indicadores de saúde bucal do Pacto da At enção Básica
2006, segundo a Portaria n° 493/ GM, de 10 de março de 2006, são:
• Cobertura de primeira consulta odont ológica programát ica: é o
percentual de pessoas que receberam uma primeira consulta odon-
t ológica programát ica, realizada com finalidade de diagnóst ico e,
necessariamente, elaboração de um plano prevent ivo-t erapêut i-
co (PPT), para atender as necessidades detectadas. Não se refere a
atendimentos eventuais como os de urgência/ emergência que não
tem seguimento previsto.
• Cobertura da ação coletiva escovação dental supervisionada: Éo
percentual de pessoas que participaram da ação coletiva escovação
CAP. 7- S AÚDE BUCAL COLETI VA 179
0 04. De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, que trata
das compet ências específicas dos t rabalhadores de saúde bucal, que
atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da Família, são
Compet ências do Cirurgião-Dent ist a, EXCETO:
A) realizar diagnóst ico com a finalidade de obter o perfil epidemioló-
gico para o planejamento e a programação em saúde bucal.
B) realizar os procedimentos clínicos da At enção Básica em saúde bucal,
incluindo atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambula-
toriais.
C) realizar a at enção integral em saúde bucal individual e colet iva, a
todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com
planejamento local, com resolubilidade.
D) encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis
de assist ência, transferindo a esses níveis sua responsabilização pelo
acompanhament o do usuário e o segmento do tratamento.
180 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(D) De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, as
compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal (cirurgiões-
-dentistas, t écnicos em higiene dental e auxiliares de consult ório den-
tário) que atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da
Família, são, dentre outras, das compet ências do Cirurgião-Dent ist a as
seguintes:
/ - Realizar diagnóstico com afinalidadede obter o perfil epidemiológico
para o planejamento e a programação em saúde bucal.
II - Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal,
incluindo atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambuiatoriais.
III - Realizar a atenção integral em saúde bucal (proteção da saúde, pre-
venção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção
da saúde) individual e coletiva, a todas as famílias, a indivíduos e a grupos
específicos, de acordo com planejamento local, com resolubilidade.
IV - Encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de
assistência, mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do
usuário e o segmento do tratamento.
V- Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde
e à prevenção de doenças bucais.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal, p.19-20.
E) todas (I a IV).
Resposta.'-
(E) De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, as
compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal (cirurgiões-
-dentistas, t écnicos em higiene dental e auxiliares de consult ório den-
tário) que atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da
Família, são, dentre outras, das compet ências do Cirurgião-Dent ist a as
seguintes:
VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal
com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar
e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
VII - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do THD,
ACDeESF.
VIII - Realizar supervisão técnica do THD e ACD.
IX- Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da USF.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal, p.19-20.
23 06. De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, que trata
das compet ências específicas dos t rabalhadores de saúde bucal, que
atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da Família, são
compet ências do Técnico em Higiene Dental (THD), EXCETO:
A) realizar a at enção int egral em saúde bucal individual e colet iva a
todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, segundo pro-
gramação e de acordo com suas compet ências t écnicas e legais.
B) coordenar e realizar a manut enção e a conservação dos equipamen-
tos odont ológicos.
C) acompanhar, apoiar e desenvolver at ividades referent es à saúde
bucal com os demais membros da Equipe Saúde da Família, bus-
cando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
D) apoiar as at ividades dos ACD e dos ACS nas ações de prevenção e
promoção da saúde bucal.
E) coordenar o gerenciament o dos insumos necessários para o ade-
quado funcionament o da USF.
Resposta'-
(E) De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, as
compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal (cirurgiões-
-dentistas, t écnicos em higiene dental e auxiliares de consult ório den-
tário) que at uam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da
Família, são, dentre outras, das compet ências do Técnico em Higiene
Dental (THD) as seguintes:
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Rôsposta:
(E) De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, as
compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal (cirurgiões-
-dentistas, t écnicos em higiene dental e auxiliares de consult ório den-
tário) que atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da
Família, são, dentre outras, das compet ências do Auxiliar de Consult ório
Dent ário (ACD) as seguintes:
CAP. 7 • SAÚDE BUCAL COLETI VA 183
08. De acordo com a Port aria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, que
trata das compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal,
que atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da Família,
considere as seguintes afirmativas sobre as compet ências do Auxiliar de
Consult ório Dent ário (ACD):
I. cuidar da manut enção e conservação dos equipamentos odont oló-
gicos.
II. organizar a agenda clínica.
III. acompanhar, apoiar e desenvolver at ividades referent es à saúde
bucal com os demais membros da Equipe Saúde da Família, bus-
cando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
IV. participar do gerenciament o dos insumos necessários para o ade-
quado funcionament o da USF.
Est ão corretas:
A) somente I e II.
B) somente III e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente I, II e IV.
E) todas (I a IV).
Resposta:
(E) De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, as
compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal (cirurgiões-
-dentistas, t écnicos em higiene dental e auxiliares de consult ório den-
tário) que at uam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da
Família, são, dentre outras, das compet ências do Auxiliar de Consult ório
Dent ário (ACD) as seguintes:
V- Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos.
VI - Organizar a agenda clínica.
VII - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal
com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar
e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
184 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Resposta:
(C) De acordo com as recomendações das Diretrizes da Política Nacio-
nal de Saúde Bucal, para a educação permanent e dos trabalhadores em
saúde bucal, tendo em conta a reorient ação do modelo de at enção em
saúde bucal, foram considerados os seguintes element os: a) Definir po-
lítica de educação permanent e para os trabalhadores em saúde bucal,
com o objetivo de implement ar projetos de mudança na formação t éc-
nica, de graduação e pós-graduação para que at endam às necessidades
da população e aos princípios do SUS. b) Estabelecer responsabilidades
entre as esferas de governo, com mecanismos de cooperação t écnica e
financeira, visando à f ormação imediata de pessoal auxiliar, para pos-
sibilitar a implant ação das equipes de saúde bucal na ESF. C) Nos Esta-
dos em que os Pólos de Educação Permanente est iverem implantados,
a educação continuada dos trabalhadores em saúde bucal deve ser dar
at ravés deles.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.
p.5-6.
Resposta:
(D) De acordo com as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, além
dos expressos no texto constitucional (universalidade, integralidade e
188 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(C) A higiene bucal é um component e fundament al da higiene corporal
das pessoas. Mas realizá-la adequadament e requer aprendizado. Uma
das possibilidades para esse aprendizado é o desenvolviment o de ativi-
dades de higiene bucal supervisionada (HBS), pelos serviços de saúde,
nos mais diferentes espaços sociais. A HBS visa à prevenção da cárie -
quando for empregado dent ifrício fluoretado - e da gengivite, at ravés
do controle continuado de placa pelo paciente com supervisão pro-
fissional, adequando a higienização à motricidade do indivíduo. Reco-
menda-se cautela na definição de t écnicas "corretas" e "erradas", evit an-
do-se est igmat izações. A HBS deve ser desenvolvida preferencialmente
pelos profissionais auxiliares da equipe de saúde bucal. Sua finalidade é
a busca da autonomia com vistas ao autocuidado.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.
p.10.
CAP. 7 • SAÚDE BUCAL COLETIVA 189
Resposta:
(D) A ap l i cação t ó p i ca d e f l úo r (ATF) vi sa à p r even ção e co n t r o l e d a cár i e,
at r avés d a u t i l i zação d e p r o d u t o s f l u o r ad o s (so l u çõ es p ar a b o ch ech o s,
g el - f l u o r et ad o e ver n i z f l u o r et ad o ), e m açõ es co l et i vas. Para i nst i t ui r a
ATF r eco m en d a- se l evar e m co n si d er ação a si t u ação ep i d em i o l ó g i ca
(risco ) d e d i f er en t es g r u p o s p o p u l aci o n ai s d o l o cal o n d e a ação será r ea-
l i zad a. A u t i l i zação d e ATF co m ab r an g ên ci a u n i ver sal é r eco m en d ad a
p ar a p o p u l açõ es n as q u ai s se co n st at e u m a o u m ai s d as seg u i n t es si -
t u açõ es: a) exp o si ção à ág u a d e ab ast eci m en t o sem f l ú o r ; b) exp o si ção
à ág u a d e ab ast eci m en t o co n t en d o n at u r al m en t e b ai xo s t eo r es d e f l úo r
(at é 0,54 p p m F); c) exp o si ção a f l úo r na ág u a há m en o s d e 5 an o s; d )
CPOD m ai o r q u e 3 ao s 12 an o s d e i d ad e; e) m en o s d e 3 0 % d o s i nd i ví-
d u o s d o g r u p o são livres d e cár i e ao s 12 an o s d e i d ad e.
Ref.: Brasil. M inist ério da Saúde. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.
p.10.
Est ão co r r et as:
A) so m en t e I e H.
B) so m en t e III e IV.
C) so m en t e I, II e III.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).
Resposta:
(E) À at en ção b ási ca co m p et e assu m i r a r esp o n sab i l i d ad e p el a d et ecção
d as n ecessi d ad es, p r o vi d en ci ar o s en cam i n h am en t o s r eq u er i d o s e m
cad a caso e m o n i t o r ar a evo l u ção d a r eab i l i t ação , b em co m o aco m p a-
n h ar e m an t er a r eab i l i t ação no p er ío d o p ó s- t r at am en t o . Co n si d er an -
d o a co m p l exi d ad e d o s p r o b l em as q u e d e m an d am à r ed e d e at en ção
b ási ca e a n ecessi d ad e d e b uscar - se co n t i n u am en t e f o r m as d e am p l i ar
a o f er t a e q u al i d ad e d o s ser vi ço s p r est ad o s, r eco m en d a- se a o r g an i za-
ção e d esen vo l vi m en t o d as seg u i n t es açõ es d e p r even ção e co n t r o l e
d o cân cer b u cal na r ed e d e at en ção b ási ca: a) realizar r o t i n ei r am en t e
exam es p r even t i vo s p ar a d et ecção p r eco ce d o cân cer b u cal , g ar an t i n -
d o - se a co n t i n u i d ad e d a at en ção , em t o d o s o s nívei s d e co m p l exi d ad e,
m ed i an t e n eg o ci ação e p act u ação co m r ep r esen t an t es d as t r ês esf e-
ras d e g o ver n o ; b) o f er ecer o p o r t u n i d ad es d e i d en t i f i cação d e l esõ es
b u cai s (b u sca at i va) seja e m vi si t as d o m i ci l i ar es o u em m o m en t o s d e
cam p an h as esp ecíf i cas (p o r exem p l o : vaci n ação d e i d o so s); c) aco m -
p an h ar caso s su sp ei t o s e co n f i r m ad o s at r avés d a d ef i n i ção e, se n eces-
sári o , cr i ação d e u m ser vi ço d e r ef er ên ci a, g ar an t i n d o - se o t r at am en t o
e r eab i l i t ação ; d ) est ab el ecer p ar cer i as p ar a a p r even ção , d i ag n ó st i co ,
t r at am en t o e r ecu p er ação d o cân cer b u cal co m Un i ver si d ad es e o u t r as
o r g an i zaçõ es.
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.
p .11- 2.
Resposta:
(D) Qu at r o são as d i r et r i zes b ási cas p ar a o t r ab al h o e m Od o n t o l o g i a:
u n i ver sal i zação , d escen t r al i zação , i n t eg r ação i n st i t u ci o n al e r eg i o n al i za-
ção . O p r i n cíp i o g l o b al d e q u e q u an t o m ai s cen t r al i zad o f o r u m si st em a
d e saú d e m en o r será a su a ef i cáci a é i n t ei r am en t e ap l i cável ao s ser vi ço s
o d o n t o l ó g i co s. A cen t r al i zação o u o cen t r al i sm o p r o d u z so l u çõ es p a-
d r o n i zad as q u e m u i t as vezes d esco n si d er am as q u est õ es l o cai s e p o r
isso r esu l t am e m f r acasso na i m p l em en t ação d e açõ es.
Ref.: Pinto. Saúde Bucal Coletiva. p.99.
A) g r u p o s p o p u l aci o n ai s p o r f ai xa et ár i a.
B) g r u p o s p o p u l aci o n ai s p o r si t u ação eco n ó m i ca.
C) cu st o t o t al d o s p r o ced i m en t o s.
D) t i p o d e ser vi ço .
E) d an o s.
Resposta:
(C) Em Od o n t o l o g i a, est ab el ecem - se p r i o r i d ad es p r i n ci p al m en t e q u an -
t o ao d an o ; g r u p o s p o p u l aci o n ai s p o r f ai xa et ár i a e p o r si t u ação eco n ó -
m i ca; t i p o d e ser vi ço .
Ref.: Pint o. Saúde Bucal Coletiva. p.19.
Resposta:
(A) Um a d as p r i n ci p ai s d o en ças b u cai s, a cár i e d en t ár i a, q u an d o o co r r e
e m cr i an ças m en o r es d e 3 an o s, t o r n a- se u m i m p o r t an t e al er t a d e r i sco ,
p o i s há m ai o r p r o b ab i l i d ad e d e q u e as cr i an ças d esen v o l v am cár i e na
d en t i ção d ecíd u a e t am b é m na d en t i ção p er m an en t e.
Ref.: Brasil. M inistério da Saúde. Saúde da Criança, p .171.
192 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(E) Os r el at ó r i o s q u e i n vest i g am p ad r õ es d e cár i e p r eco ce e am am e n t a-
ção n o t u r n a su g er em q u e o leit e p er m an ece est ag n ad o so b r e e ao r ed o r
d o d en t e q u an d o a cr i an ça cai n o so n o . N est e p er ío d o , o co r r e ai n d a a
d i m i n u i ção d o r ef l exo d e d eg l u t i ção e o d ecl ín i o d a secr eção sal i var. Isso
i n t en si f i ca a f o r m ação d e p l aca e acar r et a u m a g r an d e r ed u ção d o seu
" p H" , o q u e se t o r n a u m f at o r cau sal à su a evo l u ção . Ou t r a exp l i cação
est ar i a n o f at o d e q u e a m am ad ei r a p o d e b l o q u ear t o t al m en t e o aces-
so d a sal i va às su p er f íci es d en t ai s, p r i n ci p al m en t e d a ar cad a su p er i o r , o
q u e au m en t ar i a a car i o g en i ci d ad e d o al i m en t o i n g er i d o , p el o seu m ai o r
t em p o d e p er m an ên ci a na b o ca.
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o da Saúde. Saúde da Criança, p .171.
A) ao s set e d i as d e v i d a.
B) q u an d o a cr i an ça co m p l et a u m m ês d e vi d a.
C) ao t ér m i n o d o al ei t am en t o m at er n o , en t r e 4 e 6 m eses d e vi d a.
D) ao p r i m ei r o si n al d a e r u p ç ão d o p r i m ei r o d e n t e (em g e r al , ao s 6
m eses).
E) en t r e o n asci m en t o d o p r i m ei r o d en t e (g er al m en t e ao s 6 m eses) e o s
12 m eses d e i d ad e.
CAP. 7 -SAÚDE BUCAL COLETIVA 193
Resposta'-
(E) A American Academy of Pediatrics Reco m en d a- se q u e a p r i m ei r a co n -
sul t a o d o n t o l ó g i ca d o b eb ê seja f ei t a en t r e o n asci m en t o d o p r i m ei r o
d en t e (g er al m en t e ao s 6 m eses) e o s 12 m eses d e i d ad e. Cr i an ças q u e
são l evad as ao ci r u r g i ão - d en t i st a at é o p r i m ei r o an o d e vi d a ap r esen -
t am m en o r es ch an ces d e r eceb er t r at am en t o o d o n t o l ó g i co em er g en -
cial e d e f azer co n su l t as o d o n t o l ó g i cas d e u r g ên ci a ao l o n g o d a i n f ân ci a.
Ap ó s a p r i m ei r a co n su l t a, a eq u i p e d e saú d e b u cal f ar á u m a p r o g r am a-
ção d e vi si t as p er i ó d i cas p ar a a cr i an ça, e m f u n ção d e seu p erf il d e risco .
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o da Saúde. Saúde da Criança, p.172.
Resposta'-
(A) É p o ssível q u e haja r et ar d o na er u p ção , o q u e n ão d eve ser m o t i vo
d e p r eo cu p ação se el a aco n t ecer at é os 12 m eses. Ap ó s u m an o d e i d ad e
j 194 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
23 P o rv o l t a d o s 2 4
23 « " m eses ap ar ecem o s m o l ar es d ecíd u o s, o q u e vai exi g i r
m ai o r es cu i d ad o s d e l i m p eza (i n t r o d u ção o b r i g at ó r i a d a esco va d en t al ),
PO RQ UE esses d en t es ap r e se n t am su l co s r et en t i vo s d e p l aca b act e-
J ri ana." Co m b ase n essa d escr i ção , assi n al e a o p ção co r r et a.
[ Resposta:
(D) Po r vo l t a d o s 18 m eses ap ar ecem o s m o l ar es d ecíd u o s, o q u e vai exi -
I g i r m ai o r es cu i d ad o s d e l i m p eza (i n t r o d u ção o b r i g at ó r i a d a esco va d en -
t al), p o i s est es d en t es ap r esen t am su l co s r et en t i vo s d e p l aca b act er i an a.
Re f : Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e . Saúde da Criança, p .172.
Resposta:
(C) Ao s 36 m eses, d eve est ar co m p l et a a d en t i ção d ecíd u a, q u e co n st a
d e 10 d en t es su p er i o r es e 10 i n f er i o r es.
Re f : Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e . Saúde da Criança, p .172.
i
Resposta:
(E) Deve- se d esest i m u l ar o h áb i t o d o u so d e b i co s e ch u p et as, p o i s a
su cção d a ch u p et a o u d a m am ad ei r a p o d e acar r et ar al t er açõ es b u cai s
em cr i an ças, co m o m ás o cl u sõ es e al t er açõ es n o p ad r ão d e d eg l u t i ção .
Para se evi t ar o u so d a ch u p et a, d eve- se r eco m en d ar a t écn i ca co r r et a
d e am am en t ação , n ão r et i r an d o a cr i an ça d o sei o l o g o q u e el a j á est ej a
sat i sf ei t a, esp eci al m en t e se el a co n t i n u ar su g an d o . Caso o h áb i t o j á es-
t eja i n st al ad o , d eve- se p r o cu r ar r em o vê- l o o q u an t o an t es p ar a p r eve-
nir as al t er açõ es e p o ssi b i l i t ar su a r ever são n at u r al . En q u an t o o h áb i t o
est i ver i n st al ad o , o r i en t a- se o u so d e b i co d e m am ad ei r a cu r t o e co m
o ri f íci o p eq u en o e r eco m en d a- se q u e a m ãe n ão au m en t e o f u r o p ar a
d ar al i m en t o s m ai s esp esso s. Est es d e v e m ser o f er eci d o s co m co l h er o u
co p o .
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. Saúde da Criança, p .174.
Resposta:
(E) A f l u o r et ação d as ág u as d e ab ast eci m en t o p ú b l i co t em si d o u m a i m -
p o r t an t e m ed i d a d e p r o m o ção d e saú d e, sen d o r esp o n sável p el a q u ed a
no s ín d i ces d e cári e t an t o n o Brasil co m o n o m u n d o . Sen d o est a a f o n t e
p r i n ci p al d e i n g est ão d e f lúo r, n ão se r eco m en d a o u so d e su p l em en t a-
ção d e f l úo r n o p r é- nat al e n e m n a p u er i cu l t u r a e m lo cais o n d e exi st a
196 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(E) Do s 3 ao s 6 an o s n ão o co r r em er u p çõ es d en t ár i as, n e m esf o l i ação
(q u ed a) d o s d en t es d e leit e. Em t o r n o d o s 6 an o s, há u m i m p o r t an t e f at o
q u e d eve ser d o co n h eci m en t o d o s p ai s/ cu i d ad o r es: a erupção do pri-
meiro molar permanente, q u e n asce at r ás d o ú l t i m o d en t e d e leit e. M u i -
t as vezes co n f u n d i d o co m d en t e d e leit e (em f u n ção d o f at o d e n e n h u m
t er caíd o p ar a q u e el e er u p ci o n asse), o p r i m ei r o m o l ar p er m an en t e, o u
m o l ar d o s 6 an o s, é u m g u i a p ar a o est ab el eci m en t o d e u m a o cl u são
h ar m o n i o sa.
Ref .: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e . Saúde da Criança, p .176.
E) 7 a 8 an o s, c o m e ç a n d o p el o s i n ci si vo s i n f er i o r es, seg u i d o s p el o s
su p er i o r es.
Resposta'-
(D) Em t o r n o d o s 6 a 7 an o s, i n i ci am - se as t r o cas d en t ár i as. Os p r i m ei -
ros d en t es q u e são t r o cad o s são o s i nci si vo s i nf er i o r es, seg u i d o s p el o s
su p er i o r es.
Ref .: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e . Saúde da Criança, p .176.
^3 A r e sp e i t o d a e t i o p a t o g e n i a d a c á r i e d e n t á r i a , m a r q u e a I N CO RRET A .
Resposta:
(E) O p ap el d a su cr o se e o u t r o s açú car es n a co l o n i zação e at i vi d ad es
m et ab ó l i cas d e b act ér i a car i o g ên i ca n a p l aca d en t ár i a t e m si d o b e m
est ab el eci d o . Cr i an ças cu j o s d en t es d e er u p ção são m ai s vu l n er ávei s
às cár i es d ever i am p o r t an t o m i n i m i zar seu uso d e d o ces car r eg ad o s d e
açú car al t am en t e r ef i n ad o . Ad o çan t es n ão cal ó r i co s, co m o sacar i n a, ci -
cl am at o e asp ar t am e, n ão são m et ab o l i zad o s à áci d o p o r m i cr o - o r g an i s-
m o s o rais e en t ão n ão são car i o g ên i co s. Do p o n t o d e vi st a d e saú d e o r al ,
est es são b em su p er i o r es à su cr o se co m o ad o çan t e.
Ref .: Gr e e n e & Gr een e. I n : W o o l f et al. p .3 2 1 .
Resposta.:
(E) Al ei t am en t o m at er n o ad libitum o u m am ad ei r a p ar a acal m ar , m ai s
q u e p ar a al i m en t ar , a cr i an ça o u u so f r eq u en t e d e m am ad ei r a à h o r a d e
d o r m i r p o d em au m en t ar o risco d e cár i e e m d en t es p r i m ár i o s. A cár i e
d a m a- m ad ei r a, t am b é m co n h eci d a p o r al g u n s co m o cár i e r am p an t e,
é u m a f o r m a esp ecíf i ca d e cár i e g r ave d o s d en t es p r i m ár i o s n a i n f ân ci a.
Resposta:
(E) A cár i e d a m am ad ei r a p ar ece ser cau sad a p o r m ú l t i p l o s f at o r es, i n -
cl u i n d o a cr o n o l o g i a d e er u p ção d o s d en t es p r i m ár i o s, o p ad r ão m u s-
cu l ar d e su cção i n f an t i l , a t r an sm i ssão ver t i cal d e cer t as b act ér i as d a
m ãe e a d u r ação d e h áb i t o d a al i m en t ação e su cção . Os i n ci si vo s m a-
xi l ar es, sen d o o s p r i m ei r o s a i r r o m p er em , são su j ei t o s a m ai o r d u r ação
d o s h áb i t o s car i o g ên i co s. Ou t r o s d en t es p o d em vi r a ser af et ad o s se o
h áb i t o al i m en t ar é co n t i n u ad o al ém d o s 18 m eses a d o i s an o s d e i d ad e.
Os i n ci si vo s i n f er i o r es, t al vez p r o t eg i d o s p el a l ín g u a d u r an t e a su cção
e l i m p o s p o r sal i va d as g l ân d u l as sal i var es m an d i b u l ar es, u su al m en t e
p er m an ecem sad i o s.
Resposta-
(C) Os cr i t ér i o s m ai s co m u m en t e em p r eg ad o s em Od o n t o l o g i a en car am
ap en as a i n t eg r i d ad e d o d en t e em si , d esco n si d er an d o as est r u t u r as p e-
r i o d o n t ai s. O índ i ce CPO (car i ad o s, p er d i d o s e o b t u r ad o s) exp r essa a
hi st ó ri a p r eg r essa e at u al d a saú d e d en t ár i a no q u e d i z r esp ei t o à cár i e
d en t ár i a. Os p er d i d o s (P) en g l o b am o s ext r aíd o s (E) e o s d e ext r ação
i n d i cad a (El ); O e E f o r m am a hi st ó ri a p r eg r essa e El e C a hi st ó ri a at u al .
Ref: Kloet zel. p.272.
Resposta:
(B) O ín d i ce CPO- D ao s 12 an o s é f u n d am en t al p ar a f o r n ecer u m a i d éi a
so b r e p r eval ên ci a b ai xa, m o d er ad a o u al t a d a cár i e d en t al . Sem p r e q u e
p o ssível , co n v ém co m p l et á- l o co m o CPO- D ao s 6 , 1 5 , 1 8 e 35- 44 an o s,
est r at i f i can d o p el o s seu s co m p o n en t es (C, P, O), d e aco r d o co m o p a-
d r ão d e d i ag n ó st i co seg u i d o p el a OM S (1997).
Ref: Pinto. Saúde Bucal Coletiva. p.24.
Resposta:
(E) As q u at r o p r i m ei r as m ed i d as l i st ad as p er t en cem ao nível p r i m ár i o ,
co r r esp o n d en d o ao p er ío d o p r é- p at o g ên i co . A ú l t i m a m ed i d a é u m a
f o r m a d e p r even ção secu n d ár i a, si t u ad a ao nível d a p at o g ên ese, q u an -
d o a cár i e d en t al j á é cl i n i cam en t e m an i f est a.
Ref: Leavell & Clark. Medicina Preventiva, p .326- 35.
Resposta:
(A) A r ed u ção d e cár i e co m nível ó t i m o d e f l u o r et ação d a ág u a d e b eb er
é d e cer ca d e 30- 60%. A su p l em en t ação d i et ét i ca d e f l úo r so b a f o r m a
d e d r ág eas, t ab l et es et c. p ar a cr i an ças em co m u n i d ad es co m ág u a n ão
f l u o r et ad a o u co m f l u o r et ação su b - ó t i m a t em m o st r ad o u m a r ed u ção
d e cer ca d e 5 5 % d e cár i e d en t al . Fl úo r t ó p i co ap l i cad o p o r d en t i st as re-
d u z as cár i es e m 1 5 % e o uso d e p ast a d en t i f r íci a co m f l úo r r ed uzi r á
3- 5% d as cár i es. N ão se ut iliza su p l em en t ação d e al i m en t o s rico s em
f l úo r co m o m ed i d a d e co n t r o l e d a cár i e d en t ár i a.
Ref: Blain & Trask. In: Hudson etal. p .329- 1.
Resposta:
(E) O d ecl ín i o e m cár i es d en t ár i as e m p aíses d esen vo l vi d o s, co m o o s
EUA, é p r i n ci p al m en t e at r i b u íd o ao au m en t o d e uso d e flúor so b vár i as
f o r m as d e ap r esen t ação . O esm al t e f l u o r et ad o é m u i t o m ai s r esi st en t e
à so l u b i l i d ad e- áci d a d o p r o cesso car i o g ên i co . Tam b é m o f lúo r, q u an d o
e m co n t at o co m a p l aca b act er i an a, t en d e a ser b act er i ci d a ao s m i cr ó -
b i o s na p l aca e assi m r ed u zi n d o su a vi r u l ên ci a.
Ref.: Blain & Trask. In: Hudson etal. p.328- 9.
Resposta:
(C) Os est u d o s f ei t o s co m a u t i l i zação d e sal f l u o r et ad o r ep o r t ar am r ed u -
çõ es d e 50- 60% d as cár i es d en t ár i as, p r at i cam en t e as m esm as d a f l u o -
r et ação d a ág u a. O f l ú o r i n g er i d o co m sal é u m m ecan i sm o ef i caz p ar a
r ed u ção d as cár i es d en t ár i as. No en t an t o , l am en t avel m en t e, o co n su m o
d e sal var i a co n si d er avel m en t e, e e m al g u n s p aíses exi st em g r an d es es-
f o r ço s p ar a d i m i n u i r o co n su m o d e sal p o r o u t r as r azõ es d e saú d e. Esses
d o i s f at o r es l i m i t am a u t i l i d ad e d a f l u o r et ação d o sal co m o u m m ecan i s-
m o p ara r ed u ção d as cár i es d en t ár i as.
Ref.: Greene & Wycoff. In: Holand etal. p .283.
Resposta:
(A) Fr eq u en t e i n g est a d e al i m en t o s ad er en t es rico s e m su cr o se d eve
ser evi t ad a p o r i d o so s q u e co n ser v am o s d en t es n at u r ai s. Há u m risco
ad i ci o n al d e d esen vo l vi m en t o d e cár i es so b r e as su p er f íci es d e raízes
exp o st as p o r r ecessão d e g en g i va. A m á n u t r i ção , e m si e p o r si , n ão
cau sa g en g i vi t e o u d o en ça p er i o d o n t al , p o r ém , el a p o d e r esul t ar e m
d et er i o r ação d o s m ecan i sm o s d e d ef esa d o s h o sp ed ei r o s, t o r n an d o a
p esso a m ai s vu l n er ável às i n f ecçõ es. Id o so s q u e so f r em d o en ças cr ó n i -
cas, o u aq u el as q u e est ão r eceb en d o t er ap i as q u e i n t er f er em n a n u t r i -
ção ad eq u ad a, t ê m risco au m en t ad o d e m ai s r áp i d a p er d a d o o sso d e
su st en t ação d o s d en t es cau sad a p o r p er i o d o n t i t e avan çad a.
Ref.: Gr e e n e & Gr een e. I n : Woolf et al. p .323.
A) Gen g i vi t e e p er i o d o n t i t e são f o r m as i ni ci ai s d e d o en ça p er i o d o n t al .
B) A g en g i vi t e é i n co m u m e m cr i an ças e ad o l escen t es.
C) A g en g i vi t e p o d e se exacer b ar d u r an t e a i d ad e ad u l t a.
D) A p er i o d o n t i t e é i n co m u m an t es d a i d ad e ad u l t a.
E) A p er i o d o n t i t e j u ven i l p o d e l evar r ap i d am en t e à p er d a d e d en t es.
Resposta:
(E) A g en g i vi t e, u m a f o r m a p r eco ce d e d o en ça p er i o d o n t al , est á p r e-
sen t e n a m ai o r i a d as cr i an ças e d o s ad o l escen t es e p o d e ser exacer b ad a
d u r an t e a p u b er d ad e. A p er i o d o n t i t e, u m a f o r m a avan çad a d a d o en ça
p er i o d o n t al , é i n co m u m an t es d a i d ad e ad u l t a. A l g u m as f o r m as raras,
co n t u d o , p o d em ser sér i as d u r an t e a ad o l escên ci a; a p er i o d o n t i t e j u v e-
nil p o d e l evar à r áp i d a p er d a ó ssea e d o s d en t es.
Ref.: Gr e e n e & Gr e e n e . I n : Woolf et al. p .325.
E m
23 40- r el ação ao s asp ect o s ep i d em i o l ó g i co s d as cr i an ças af et ad as p o r
l áb i o l ep o r i n o e fissura p al at i n a, m ar q u e a IN CORRETA.
Resposta'-
(A) Para l áb i o l ep o r i n o e fissura p al at i n a, o s g ém eo s h o m o zi g ó t i co s exi -
bem m a i o r c o n c o r d â n c i a d e d e f e i t o s q u e o s h e t e r o zi g ó t i c o s, a i n d a q u e
aq u el a co n co r d ân ci a seja i nf eri o r a 5 0 %. A i d ad e d o s p ai s p ar ece p o -
si t i vam en t e co r r el aci o n ad a co m a o co r r ên ci a d e d ef ei t o s. Em b o r a n ão
f o r t em en t e, cr i an ças n asci d as co m t ai s d ef ei t o s t êm m ai s b ai xo p eso ao
n ascer q u e as cr i an ças n o r m ai s e p r esu m i vel m en t e u m p er ío d o g est a-
ci o n al m ai s cu r t o . As fissuras d e l áb i o e p al at o o co r r em co m u m a var i e-
d ad e d e o u t r o s d ef ei t o s co n g én i t o s. Em am b o s o s sexo s, a fissura l ab i al
é d u as vezes m ai s c o m u m n o l ad o esq u er d o q u e n o d i r ei t o .
Ref.: Ro t h m an . In : Cl ar k & M acM ah o n . Preventive and Community Medicine, p.169.
CAPITULO 8
SAÚDE DO
TRABALH ADOR
Resposta'-
(D) Em 1700, o m éd i co i t al i ano Ber n ar d i n o Ram azzi n i (1633- 1714), p r o -
f esso r d a Facu l d ad e d e M ed i ci n a em M ó d en a, na It ál i a, p u b l i co u seu
livro i n t i t u l ad o De Morbis Artificum Diatriba (Tr at ad o so b r e as Do en ças
d o s Tr ab al h ad o r es), no q u al r eu n i u o b ser vaçõ es so b r e o p ap el d o t r a-
b al h ad o r no vi ver, no ad o ecer e m o r r er d as p esso as, est ab el ecen d o as
b ases d a M ed i ci n a So ci al e d a M ed i ci n a d o Tr ab al h o .
Ref.: Santana et ai. In: Paim & Almeida. Saúde Coletiva. p.513.
Resposta'-
(A) Fr i ed r i ch En g el s d escr eveu d e m o d o b r i l h an t e a vi d a d a cl asse o p e-
rária e d e suas lut as p o r m el h o r es co n d i çõ es d e t r ab al h o , q u e cu l m i n a-
r am co m a i n t er ven ção d o Est ad o so b r e essa q u est ão .
Ref : San t an a etal. In: Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .514.
Resposta:
(E) " Seg u i n d o o p ar ad i g m a d a Saú d e Co l et i va, o m o d el o d e at en ção à
saú d e d o s t r ab al h ad o r es se o r g an i za co m u m a p r át i ca d e saú d e i n t eg r al .
Isso si g ni f i ca q u e são i nd i sso ci ávei s as açõ es d e p r o m o ção , p r o t eção , vi -
g i l ân ci a e assi st ênci a à saú d e, i n cl u i n d o a r eab i l i t ação e a p ar t i ci p ação
d o s t r ab al h ad o r es co m o suj ei t o s so ci ai s, e m t o d as essas d i m en sõ es.
As açõ es d e saú d e são co n d u zi d as p o r eq u i p es m u l t i p r o f i ssi o n ai s q u e
at u am i n t er d i sci p l i n ar m en t e, e o f o co est á nas açõ es d e n at u r eza co l et i -
vas, d el i n ead as a p art ir d o esf o rço o r g an i zad o d a so ci ed ad e e p r o t ag o -
n i sm o d e t r ab al h ad o r es."
Ref : San t an a et ai. I n : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .514.
Resposta:
(B) " Bu scam - se as m el h o r i as d as co n d i çõ es d e vi d a e d e t r ab al h o , a r e-
d u ção d o s p r o b l em as d e saú d e r el aci o n ad o s o u n ão co m o t r ab al h o , p o r
m ei o d a p r even ção d o s ag r avo s à saú d e e a p r o m o ção d a saú d e, co n si -
d er an d o o t r ab al h o co m o o p o r t u n i d ad e d e saú d e e b em - est ar p ar a o s
t r ab al h ad o r es. Ent re o s p r i n cíp i o s q u e em b asam a Saú d e d o Tr ab al h a-
d o r (ST), d est aca- se o d i r ei t o d o s t r ab al h ad o r es à p r o t eção so ci al , i n d e-
p en d en t em en t e d o t i p o d e vín cu l o d o t r ab al h o - se f o r m al , i n f o r m al ,
servi d o r, m ilit ar, em p r eg ad o d o m ést i co , d en t r e o u t r o s - d e d i sp o r d e
u m am b i en t e d e t r ab al h o sau d ável e seg u r o . In cl u i , t am b é m , o d i r ei t o
à recusa d o t r ab al h o p er i g o so e/ o u i n sal u b r e, q u e p r essu p õ e a inf or-
m ação e a su st en t ação p o l ít i ca p o r su as o r g an i zaçõ es r ep r esent at i vas."
Ref: Santana etal. In: Paim & Almeida. Saúde Coletiva. p.514-5.
Quest ões 5 a 7
Resposta:
(A) As p r i nci p ai s car act er íst i cas d o s m o d el o s d e o r g an i zação d o cu i d ad o
à saú d e d o t r ab al h ad o r seg u i n d o o s p ar âm et r o s d a M ed i ci n a d o Tr a-
b al h o são :
Resposta'-
(B) As p r i nci p ai s car act er íst i cas d o s m o d el o s d e o r g an i zação d o cu i d ad o
à saú d e d o t r ab al h ad o r seg u i n d o o s p ar âm et r o s d a Sa ú d e Ocu p aci o n al
são:
1. Fo co n a i n t er ven ção so b r e o am b i en t e vi san d o g ar ant i r a p r o d u ção
e a p r o d u t i vi d ad e
2. En f o q u e c e n t r a d o n o c o n t r o l e d o i n d i v i d u o , d o a m b i e n t e e d o a d o -
eci m en t o , seg u i n d o u m a " r aci o n al i d ad e cient if ica" .
Resposta'-
(C) As p r i n ci p ai s car act er íst i cas d o s m o d el o s d e o r g an i zação d o cu i d ad o
à saú d e d o t r ab al h ad o r seg u i n d o o s p ar âm et r o s d a Sa ú d e d o Tr ab al h a-
d o r são :
Resposta:
(A) A cl assi f i cação d as d o en ças d e aco r d o co m su a r el ação co m o t r a-
b al h o , seg u n d o Sch i l l i n g (1984), é co m p o st a p o r t rês g r u p o s. No Gr u -
p o I - Tr ab al h o co m o cau sa n ecessár i a, i n cl u em - se o s ag r avo s à saú d e,
no s q u ai s f at o r es p r esen t es n o t r ab al h o são co n d i ção n ecessár i a p ara a
o co r r ên ci a, co m o : i n t o xi cação p o r ch u m b o , si l i co se e aci d en t es d e t r a-
b al h o t íp i co s. São ag r avo s r ar am en t e cau sad o s p o r exp o si çõ es n ão o cu -
p aci o n ai s, co m o na b i ssi n o se, u m a p n eu m o p at i a cau sad a p el a p o ei r a
d o al g o d ão .
Ref: San t an a etal. In: Pai m & A l m ei d a. Saúde Coletiva. p.516.
Resposta-
(A) A cl assi f i cação d as d o en ças d e aco r d o co m su a r el ação co m o t r ab a-
lho, seg u n d o Sch i l l i n g (1984), é co m p o st a p o r t r ês g r u p o s. O Gr u p o II -
Tr ab al h o co m f at o r co n t r i b u t i vo , m as n ão n ecessár i o , ab r an g e d o en ças
o u aci d en t es q u e t êm su a o co r r ên ci a, g r avi d ad e o u evo l u ção m o d i f i ca-
d as p o r f at o r es p r esen t es no t r ab al h o , a exem p l o d a h i p er t en são ar t er i al
em m o t o r i st as. São o u t r o s exem p l o s: d o en ças o st eo m u scu l ar es, var i zes
d e m em b r o s i nf eri o res e al g u n s cân cer es.
z
Ref : San t an a etal. In : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .516.
Resposta:
(E) A cl assi f i cação d as d o en ças d e aco r d o co m su a r el ação co m o t r a-
b al h o , seg u n d o Sch i l l i n g (1984), é co m p o st a p o r t rês g r u p o s. No Gr u p o
III - Tr ab al h o co m o p r o vo cad o r d e u m d i st ú r b i o l at ent e o u ag r avad o r
d e u m a d o en ça j á est ab el eci d a, est ão o s ag r avo s n o s q uai s o t r ab al h o
é p r o vo cad o r d e u m d i st ú r b i o l at ent e o u at u a co m o ag r avad o r d e u m a
d o en ça o u co n d i ção p r eexi st en t e, co m o n as cri ses d e asm a e m p ad ei -
ros p r evi am en t e sen si b i l i zad o s, d esen cad ead as p el a exp o si ção à f ar i n h a
d e t ri g o .. São o u t r o s exem p l o s: asm a, d er m at i t e d e co n t at o e d o en ças
m en t ai s.
Ref : San t an a etal. In : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .516.
Resposta'-
(B) Tr ad i ci o n al m en t e, n o Br asi l , a t ar ef a d e est ab el ecer u m a r el ação en -
t re a d o en ça q u e o t r ab al h ad o r ap r esen t a e seu t r ab al h o t em si d o at ri-
b u íd a ao s m éd i co s d o t r ab al h o e, n o âm b i t o p r evi d en ci ár i o , ao s p er i t o s
m éd i co s.
Re f : San t an a etal. I n : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .516.
Resposta:
(B) A m ai s i m p o r t an t e f er r am en t a p ara o est ab el eci m en t o d a r el ação
causal en t r e o t r ab al h o e o ad o eci m en t o ap r esen t ad o p el o t r ab al h ad o r
é a hi st ó ri a o cu p aci o n al .
Re f : San t an a etal. I n : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .516.
Resposta:
(D) " O Pl an o d e Ação Gl o b al em Saú d e d o s Tr ab al h ad o r es p r o p o st o p el a
OM S, d e 2007, ap r esen t ava o s seg u i n t es o b j et i vo s: (a) est ab el ecer ins-
t r u m en t o s d e p o l ít i cas e n o r m as p ar a a saú d e d o s t r ab al h ad o r es; (b )
p r o m o ver e p r o t eg er a saú d e d o s t r ab al h ad o r es; (c) p r o m o ver m el h o r i a
d o d esem p en h o e acesso d o s t r ab al h ad o r es ao s ser vi ço s d e saú d e; (d )
p r o d uzi r e d i vu l g ar evi d ên ci as p ar a a ação e a p r át i ca; (e) i n co r p o r ar a
saú d e d o s t r ab al h ad o r es a o ut r as p o l ít i cas d est i n ad as a al can çar a saú d e
d o s t r ab al h ad o r es p ar a t o d o s."
Ref : San t an a etal. I n : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .518.
CAP. 8 -SAÚDE DO TRABALHADOR 213
Es t ã o c o r r e t a s: :
A) so m en t e II e III.
¥o.mmo ,o&xo:u
Resposta-
(E) " En t r e as açõ es t écn i cas i m p o r t an t es n o cam p o d a ST d est aca- se a
Vi g i l ân ci a e m Saú d e d o Tr ab al h ad o r (Vi sat ), q u e en f o ca t an t o a p r o d u -
ção d e co n h eci m en t o co m o as i n t er ven çõ es n o s p r o cesso s d e t r ab al h o
e aval i ação d o i m p act o d essas açõ es. Incl ui o m o n i t o r am en t o ep i d em i o -
l ó g i co d o s ag r avo s r el aci o n ad o s co m o t r ab al h o d as co n d i çõ es d e t r a-
b al h o , ab r an g en d o o s f at o r es d e risco e d esf ech o s e m saú d e, a an ál i se
d a si t u ação d e saú d e co m ên f ase n o p erf il p r o d u t i vo e n o t er r i t ó r i o , e as
i n t er ven çõ es n o s p r o cesso s d e t r ab al h o , vi san d o à su p er ação d o s p r o -
b l em as q u e af et am a saúd e."
Re f : San t an a etal. In : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .519.
I A p r o p o st a d e b an i m en t o d o am i an t o , em p r o cesso s p r o d u t i vo s exi st en -
t es, t em si d o j u st i f i cad a p o r ser o am i an t o u m co n h eci d o f at o r d e risco
p ar a:
A) vár i o s t i p o s d e cân cer e a asb est o se.
B) m eso t el i o m a p l eur al e a si l i co se.
C) cân cer d e p u l m ão e a b ag aço se.
D) sar co i d o se e a asb est o se.
E) si d er o se e a si l i co se.
Resposta:
(A) N as açõ es t écn i cas i m p o r t an t es n o cam p o d a ST d est aca- se a Vi g i -
l ânci a e m Saú d e d o Tr ab al h ad o r (Vi sat ), q u e en f o ca t an t o a p r o d u ção
d e co n h eci m en t o co m o as i n t er ven çõ es n o s p r o cesso s d e t r ab al h o e
214 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
aval i ação d o i m p act o d essas açõ es. N isso , inclui- se a r eco m en d ação
d a el i m i n ação d e exp o si çõ es e f at o res d e risco em p r o cesso s d e p r o d u -
ção j á exi st en t es. Co m o exem p l o t em - se a p r o p o st a d e b an i m en t o d o
am i an t o , em p r o cesso s p r o d u t i vo s exi st en t es, t em si d o j u st i f i cad a p o r
ser o am i an t o u m co n h eci d o f at o r d e risco p ara vár i o s t i p o s d e cân cer
e a asb est o se.
Ref: San t an a etal. In : Pai m & Al m ei d a. Saúde Coletiva. p.520.
Resposta:
(C) A r evi são d a IARC, d e 2012, ref o rça a exi st ên ci a d e evi d ên ci a su f i ci en -
t e p ara a car ci n o g en i ci d ad e, em h u m an o s, d e t o d as as f o r m as d e asb es-
t o (cri so t i l a, cr o ci d o l i t a, am o si t a, act i n o l i t a, t r em o l i t a e ant o f i l i t a, co m o
ag en t es o cu p aci o n ai s r eco n h eci d am en t e asso ci ad o s co m o cân cer d e
p u l m ão , l ar i n g e, o vár i o e m eso t el i o m as).
Ref: Al g r an t i etal. In: M en d es. Patologia do Trabalho, p.1.265.
Resposta:
(D) As r ad i açõ es i o n i zan t es t êm si d o ut i l i zad as p ara d i ag n ó st i co cl ín i co
d esd e o sécu l o p assad o . Rad i açõ es i o n i zan t es são aq u el as q u e ext r aem
el ét r o n d a m at ér i a ao i n ci d i r em so b r e a m esm a, p r o d u zi n d o ío ns. Ex.: as
p ar t ícu l as, al f a, b et a, n eu t r o n s, as p r o d u zi d as p o r o n d as el et r o m ag n é-
t i cas, as o r i g i n ad as d e ap ar el h o s co m o raios- X e acel er ad o r es l i near es.
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 215
Resposta:
(B) As r ad i açõ es n ão - i o n i zan t es cau sam exci t ação d o s át o m o s d o m a-
t eri al ab so r ven t e m as n ão p o ssu em en er g i a su f i ci en t e p ara ret irar seu s
el ét r o n s d as ó r b i t as q u e o cu p am .
No am b i en t e ho sp i t al ar, seu r eco n h eci m en t o p r i m ár i o p o d e ser r ep r e-
sen t ad o p o r: p r o cesso d e est er i l i zação q u e f az uso d a l u z u l t r avi o l et a,
luz i n f r aver m el h a em p r eg ad a e m f i si o t er ap i a e p r o ced i m en t o s ci r ú r g i -
co s n a f o r m a d e laser, t ai s f o r m as d e r ad i ação p o d em t r azer risco s ao
p aci en t e e a f u n ci o n ár i o s.
O laser p o d e ser p er i g o so q u an d o ut i l i zad o e m u n i d ad es ci r úr g i cas d e
co r t e, p o i s f az u so d e p o t en t es f o n t es d e cal o r ; p o d e co m f aci l i d ad e
cau sar q u ei m ad u r as n a p el e e no s o l h o s.
A r ad i ação i n f r aver m el h a é ut i l i zad a p ar a aq u eci m en t o e si g ni f i ca u m
risco n o am b i en t e h o sp i t al ar p o r cau sa d e seu s aq u eced o r es e o p o t en -
cial p ar a p r o vo car q u ei m ad u r as.
Ref: Brasi l . M i ni st ér i o da Saúde. Segurança no ambiente hospitalar, p.36-7.
B) t r ab al h o n o t u r n o , r i t m o excessi vo e ar r an j o f ísi co .
C) t em p er at u r as ext r em as, i l u m i n ação d ef i ci en t e e u m i d ad e.
D) t r ei n am en t o i n ad eq u ad o , ar m azen am en t o i n ad eq u ad o e at en ção e
r esp o n sab i l i d ad e.
E) t r ei n am en t o i n ad eq u ad o / i n exi st en t e, t r ab al h o s e m t u r n o s e n o t u r -
n o s e r i t m o excessi vo .
Resposta:
(E) A N o r m a Reg u l am en t ad o r a N° 9 (N R- 9) - Ri sco s Am b i en t ai s - cl as-
sif ica o s ri sco s am b i en t ai s seg u n d o ag en t es e m : q u ím i co s, f ísi co s, b i o -
l ó g i co s, er g o n ó m i co s e m ecân i co s. São m en ci o n ad o s co m o ag en t es
er g o n ó m i co s: t r ab al h o f ísi co p esad o , p o st u r as i n co r r et as, t r ei n am en t o
i n ad eq u ad o / i n exi st en t e, t r ab al h o s e m t u r n o s e n o t u r n o s, at en ção e res-
p o n sab i l i d ad e, m o n o t o n i a e r i t m o excessi vo .
Ref : IOB. Segurança e saúde no trabalho, p .93.
n at i va FALSA.
Resposta:
(A) Der m at o se o cu p aci o n al é t o d a al t er ação d a p el e, m u co sas e an exo s
d i r et a o u i n d i r et am en t e cau sad a, co n d i ci o n ad a, m an t i d a o u ag r avad a
p o r t u d o aq u i l o q u e seja u t i l i zad o na at i vi d ad e p r o f i ssi o n al o u exi st a n o
am b i en t e d e t r ab al h o .
Do i s g r an d es g r u p o s d e f at o r es p o d em ser ar r o l ad o s co m o co n d i ci o n a-
d o r es d e d er m at o ses o cu p aci o n ai s: o s f at o r es p r ed i sp o n en t es o u cau -
sas i n d i r et as; e as cau sas d i r et as: co n st i t u íd as p o r ag en t es b i o l ó g i co s,
f ísi co s, q u ím i co s.
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 217
Resposta:
(D) São f at o r es p r ed i sp o n en t es às d er m at o ses o cu p aci o n ai s: i d ad e,
sexo , et n i a, cl i m a et c. Qu an t o à i d ad e, t r ab al h ad o r es j o ven s e m en o s
exp er i en t es co st u m am ser m ai s af et ad o s. H o m en s e m u l h er es são i g u al -
m en t e af et ad o s, p o r ém as m u l h er es ap r esen t am q u ad r o s m en o s g r aves
e d e r em i ssão m ai s r áp i d a. Os n eg r o s r evel am r esp o st as q u el o i d i an as
co m m ai o r f r eq u ên ci a q u e b r an co s. Tem p er at u r a e u m i d ad e i n f l u en -
ci am o su r g i m en t o d e d er m at o ses, co m o p i o d er m i t es, m i l i ári a e i nf ec-
çõ es f ú n g i cas.
Ref: Ali. In : M en d es. Patologia do Trabalho, p.1.342.
Resposta:
(B) Po r t ad o r es d e d er m at i t e at ó p i ca são m ai s su scet ívei s d e d esen vo l ver
d er m at i t e d e co n t at o p o r i rri t ação p r i m ár i a e t o l er am m al a u m i d ad e
e am b i en t es co m el evad a t em p er at u r a; p o r t ad o r es d e d er m at o ses p r e-
g r essas o u em at i vi d ad e são m ai s p r o p en so s a d esen vo l ver d er m at o se
o cu p aci o n al . Po r t ad o r es d e acn e e eczem a seb o r r ei co p o d em ag r avar
su a d er m at o se q u an d o exp o st o s a ó l eo s, cer as e g r axas. O at ó p i co d eve
evi t ar o t r ab al h o em am b i en t e q u en t e, ú m i d o o u e m co n t at o co m ó l eo s,
g r axas, cer as e o u t r as su b st ân ci as q u ím i cas p o t en ci al m en t e i r r i t ant es.
Ref.: Ali. In: M en d es. Patologia do Trabalho, p .1.341.
Es t ã o c o r r e t a s:
A) so m en t e II e NI.
B) so m en t e II, III e IV.
C) so m en t e I, III e IV.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).
Resposta:
(E) Os sais d e cr o m o t o m am p ar t e at i va no d esen cad eam en t o d e d i ver -
sas d er m at o ses: ú l cer as, d er m at i t es d e co n t at o e t c ; nívei s el evad o s d e
n évo as d e áci d o cr ô m i co p o d em resul t ar em p er f u r ação d o sep t o nasal
d o o p er ár i o exp o st o e d a exp o si ção d o s p u l m õ es às n évo as d e áci d o
cr ô m i co , au m en t o d a i n ci d ên ci a d o car ci n o m a b r o n co g ên i co . O cr o m o
h exaval en t e é i rri t ant e p ar a o t eg u m en t o e as n évo as vi as aér eas su -
p er i o r es. A ação i rri t ant e d as n évo as d e áci d o cr ô m i co nas vi as aér eas
su p er i o r es p o d e d esen cad ear cri ses asm át i cas em o p er ár i o s su scet ívei s.
Ref.: Ali. In: M en d es. Patologia do Trabalho, p .1.369- 70.
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 219
Resposta:
(A) As d o en ças o st eo m u scu l ar es r el aci o n ad as ao t r ab al h o (DORT) são ,
p o r d ef i n i ção , d e n at u r eza o cu p aci o n al . Para a OM S, as DORT são d e
et i o l o g i a m u l t i f at o r i al . O am b i en t e d e t r ab al h o e o m o d o co m o est e t r a-
b al h o se d esen vo l ve são f at o r es q u e co n t r i b u em d i r et am en t e. Al ém d o s
f at o r es ci t ad o s, i n ú m er o s o u t r o s f at o r es p o d em se asso ci ar p ar a o ap ar e-
ci m en t o d a d o en ça d o t r ab al h o . A exi st ên ci a d e m u i t o s co n cei t o s e d e-
finições d as DORT d i f i cul t a a cam p ar ação d o s est u d o s ep i d em i o l ó g i co s.
Ref.: Ch e r e m & Co i m b r a. I n : M en d es. Patologia do Trabalho, p .1392.
Resposta:
(D) Para o cál cu l o d o co ef i ci en t e d e g r avi d ad e d o s aci d en t es d e t r ab a-
lho, o n u m er ad o r é co m p o st o d o n ° d e d i as p er d i d o s p o r aci d en t es d e
t r ab al h o + o n ° d e d i as d eb i t ad o s a t ai s aci d en t es e o d en o m i n ad o r é
i n t eg r ad o p el o n ° d e h o r as/ h o m em t r ab al h ad as.
Ref.: Ca r m o etal. I n : M e n d e s. Patologia do Trabalho, p .452: Bi n d er e A l m e i d a. I n :
M en d es. Patologia do Trabalho, p.701 - 5.
Quest ões 26 a 30
i
i
;
! B) d en si d ad e d e i n ci d ên ci a.
C) co ef i ci en t e d e m o r t al i d ad e.
; D) co ef i ci en t e d e l et al i d ad e.
E) co ef i ci en t e d e g r avi d ad e.
Resposta'- (E)
Resposta: (D)
Resposta: (B)
Resposta: (D)
Resposta: (B)
O co ef i ci en t e d e g r avi d ad e é u m i n d i cad o r q u e t em p o r o b j et i vo p er m i -
t ir a aval i ação q u an t i t at i va d as p er d as acar r et ad as p el o s aci d en t es d e
t r ab al h o co n seq u en t es à i n cap aci t ação t em p o r ár i a d as vít i m as d est es
even t o s.
A l et al i d ad e é o i n d i cad o r q u e m ed e a cap aci d ad e d e u m ag r avo à saú d e
l evar ao ó b i t o ; no p r esen t e caso , a cap aci d ad e d e m at ar d o s aci d en t es
d e t r ab al h o (em i n t er val o d e t em p o d ef i n i d o ). Esse co ef i ci en t e é cal cu -
l ad o p o r n° d e aci d en t es d e t r ab al h o f at ai s/ n° d e aci d en t es d e t r ab al h o
o co r r i d o s, m u l t i p l i cad o p o r 100.
A d en si d ad e d e i n ci d ên ci a r ep r esen t a u m i n d i cad o r m ai s acu r ad o p ar a
m ed i r a o co r r ên ci a d e aci d en t es d o t r ab al h o , r ef l et i n d o a vel o ci d ad e
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 221
A) 300 d i as.
B) 600 d i as.
C) 1.800 d i as.
D) 3.000 d i as.
E) 6.000 d i as.
• • •• • .j --• XX O Í ^ v-y -:-y- - • v-\ nsfl 6 £ | j • ~-
Resposta:
(D) Po r co n ven ção , est ab el eceu - se u m val o r em p ír i co (val o r e m d i as)
co n seq u en t e às p er d as an at ó m i cas e f u n ci o n ai s d eco r r en t es d e aci d en -
t es d e t r ab al h o ; são exem p l o s e m d i as d eb i t ad o s às seg u i n t es p er d as:
vi são d e u m o l h o (1.800 d i as), vi são b i l at er al (6.000), au d i ção b i l at er al
(3.000), au d i ção u n i l at er al (600), m ão (3.000), b r aço aci m a d o co t o vel o
(4.500), b r aço ab ai xo d e co t o vel o (3.600), p o l eg ar (600 d i as) et c.
Ref.: Lau r en t i & Ro d r i g u es. I n : Fu n d acen t r o . p.162.
A) v er m el h o .
B) m ar r o m .
C) am ar el o .
D) l ar anj a
E) p r et o
Resposta:
(A) A Po r t ar i a N ° 5, d e 17/ 08/ 92, d o M i n i st ér i o d o Tr ab al h o , est ab el e-
ceu a o b r i g at o r i ed ad e d a CIPA d e co n f ecci o n ar o " M ap a d e Risco". Os
risco s d e v e m ser si m b o l i zad o s d e t r ês t am an h o s (d i âm et r o s): p eq u en o
(2,5 c m ) , m éd i o (5 cm ) e g r an d e (10 c m ) , co n f o r m e a su a g r avi d ad e, e
e m co r es d e aco r d o o t i p o d e r i sco : ag en t es f ísi co s (ver d e), ag en t es q u í-
m i co s (ver m el h o ), ag en t es b i o l ó g i co s (m ar r o m ), ag en t es er g o n ó m i co s
(am ar el o ), ag en t es m ecân i co s (azu l ), ri sco s lo cais (l ar anj a) e ri sco s o p e-
r aci o n ai s (p r et o ).
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. Segurança no ambiente hospitalar, p.22.
222 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
! Resposta:
(A) A u n i d ad e q u e m ed e a r ad i ação em i t i d a p el a f o n t e é o Ro en t g en
(R). A exp o si ção d o p aci en t e é m ed i d a em t er m o s d a d o se d e r ad i ação
ab so r vi d a o u rad s (r ad ). Os r ad i o l o g i st as, r ad i o t er ap eu t as e t écn i co s d e
raios- X são exp o st o s à r ad i ação en q u an t o t r ab al h am co m o s p aci en t es
o u d i r et am en t e co m o s eq u i p am en t o s; n esse caso , a u n i d ad e d e d o se
r eceb i d a é d en o m i n ad a d o se eq u i val en t e (d o i n g l ês, " r ad i at i o n eq u i va-
li l ent m an " ) (r em ).
Ref.: Brasi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. Segurança no ambiente hospitalar, p .33.
i
Resposta:
(C) Para a Pr evi d ên ci a So ci al b r asi l ei r a, as d o en ças p r o f i ssi o nai s t am b é m
d en o m i n ad as er g o p at i as, t er m o p at i as o u d o en ças p r o f i ssi o nai s t íp i cas,
são aq u el as p r o d u zi d as o u d esen cad ead as p el o exer cíci o d e t r ab al h o
p ecu l i ar a d et er m i n ad as at i vi d ad es, em f u n ção d o risco esp ecíf i co d i -
ret o . Co m o são co n si d er ad as t íp i cas d e d et er m i n ad as o cu p açõ es, n ão
é n ecessár i o co m p r o var o n exo d e cau sal i d ad e co m o t r ab al h o . Para
a Pr evi d ên ci a So ci al b rasi l ei ra as d o en ças d o t r ab al h o , t am b é m d en o -
m i n ad as m eso p at i as o u m o l ést i as p r o f i ssi o nai s at íp i cas, são aq u el as
p r o d u zi d as, d esen cad ead as o u ag r avad as p o r co n d i çõ es esp eci ai s d e
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 223
Resposta:
(C) A n o t i f i cação d e aci d en t e d o t r ab al h o é est ab el eci d a p el a Lei N °
8.213, d e 2 4 .0 7 .9 1 , r eg u l am en t ad a p el o Decr et o N ° 6 1 1 , d e 21.07.92. O
em p r eg ad o r é o b r i g ad o , so b p en a d e m u l t a, a no t i f i car à Pr evi d ên ci a So -
cial a o co r r ên ci a d e aci d en t e d e t r ab al h o at r avés d a em i ssão d a Co m u -
n i cação d e Aci d en t e d o Tr ab al h o (CAT), at é o p r i m ei r o d i a út il seg u i n t e
ao d a o co r r ên ci a e d e i m ed i at o à au t o r i d ad e p o l i ci al co m p et en t e, e m
caso d e aci d en t e f at al . Q u an d o se t r at ar d e d o en ça p r o f i ssi o nal o u d o
t r ab al h o , co n si d er a- se co m o d i a d o aci d en t e a d at a d o i níci o d a i n ca-
p aci d ad e p ar a o t r ab al h o o u o d i a e m q u e f o r r eal i zad o o d i ag n ó st i co ,
p r eval ecen d o o q u e f o r p r i m ei r o . Na f al t a d e n o t i f i cação d a p ar t e d a e m -
p r esa, p o d er ão em i t i r a CAT o p r ó p r i o aci d en t ad o , seu s d ep en d en t es,
a en t i d ad e si n d i cal co m p et en t e, o m éd i co q u e o assi st i u o u q u al q u er
au t o r i d ad e p ú b l i ca.
Ref .: Bi n d er & A l m e i d a. I n : M e n d e s. Patologia do Trabalho, p .706- 7.
D) m éd i co - h o sp i t al ar es.
E) d e fisioterapia e r eab i l i t ação .
Resposta:
(E) De aco r d o co m o q u ad r o I d a NR- 4, p ar a as at i vi d ad es d e ser vi ço s d e
saú d e são at r i b u íd o s o s seg u i n t es g r au s d e ri sco : 3, p ar a o s ser vi ço s m é-
d i co - h o sp i t al ar es, d e l ab o r at ó r i o , o d o n t o l ó g i co s e vet er i n ár i o s; 2, p ar a
ser vi ço s d e fisioterapia e r eab i l i t ação ; e 1, p ar a ser vi ço s d e p r o m o ção d e
p l an o s d e assi st ên ci a m éd i ca e o d o n t o l ó g i ca e p ar a o s ser vi ço s d e saú d e
n ão esp eci f i cad o s o u n ão cl assi f i cad o s.
Ref.: IOB. Segurança e saúde no trabalho, p.50.
i
Q3 37. Um a i n d ú st r i a m et al ú r g i ca (g r au d e r i sco = 4) c o m 6 0 0 e m p r e g ad o s
r eq u er :
A) u m m éd i co d o t r ab al h o , e m t em p o p ar ci al .
B) u m m éd i co d o t r ab al h o , e m t em p o i n t eg r al .
C) d o i s m éd i co s d o t r ab al h o , em t em p o p ar ci al .
D) d o i s m éd i co s d o t r ab al h o , e m t e m p o i n t eg r al .
E) ap en as t r ês t écn i co s d e seg u r an ça d o t r ab al h o .
Resposta:
(B) De aco r d o co m a NR- 4 d o M i n i st ér i o d o Tr ab al h o , as at i vi d ad es co m
g r au d e risco 4, a exem p l o d a m et al u r g i a, q u e t en h am d e 101 a 250 o u
d e 251 a 500 em p r eg ad o s, n ecessi t am d e u m m éd i co d o t r ab al h o e m
t em p o p ar ci al (m ín i m o d e t r ês h o r as); se a em p r esa t i ver d e 301 a 1.000
em p r eg ad o s, n ecessi t ar á d e u m m éd i co d o t r ab al h o em t em p o i n t eg r al .
Ref.: IOB. Segurança e saúde no trabalho, p.21 e 5 2 .
Resposta:
(B) De aco r d o co m a N o r m a Reg u l am en t ad o r a- 4 (N R- 4), q u e co n si d er a
o am b i en t e h o sp i t al ar co m o g r au d e risco 3, u m h o sp i t al q u e p o ssu a d e
501 a 1.000 em p r eg ad o s d eve co n t ar c o m : u m m éd i co d o t r ab al h o (t em -
p o p ar ci al ), u m en g en h ei r o d o t r ab al h o (t em p o p ar ci al ), u m a en f er m ei r a
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 225
^ 39. As em p r esas d e v e m co n t r i b u i r p ar a o f i n an ci am en t o d a c o m p l e m e n -
t ação d as p r est açõ es p o r aci d en t es d o t r ab al h o c o m u m a p er cen t a-
g em i n ci d en t e so b r e o t o t al d as r em u n er açõ es p ag as o u cr ed i t ad as d o
m ês, co n f o r m e a cl assi f i cação d e risco q u e ap r esen t am . Desse m o d o , a
em p r esa cu j a at i vi d ad e p r ep o n d er an t e t em risco d e aci d en t e d e t r ab a-
l ho co n si d er ad o g r ave p ar t i ci p a c o m :
A) 0,2%.
B) 0,5%.
C) 1 % .
D) 2%.
E) 3 %.
Resposta:
(E) De aco r d o co m a Lei N° 8.212, d e 2 4 .0 7 .9 1 , Ar t . 2 2 , t em - se q u e p ar a
o financiamento d e co m p l em en t ação d as p r est açõ es p o r aci d en t e d o
t r ab al h o co m p er cen t u ai s i n ci d en t es so b r e o t o t al d as r em u n er açõ es
p ag as o u cr ed i t ad as, n o d eco r r er d o m ês, ao s seg u r ad o s em p r eg ad o s e
t r ab al h ad o r es avu l so s, co n f o r m e o risco d e aci d en t e d o t r ab al h o em su a
at i vi d ad e p r ep o n d er an t e, a sab er : l eve (1 %), m éd i o (2%) e g r ave (3 %).
Ref.: C.L.T. Legislação Complementar IOB I-3.
Resposta-
(A) Seg u n d o a cl assi f i cação m ai s co r r en t e, as i n d ú st r i as q u an t o ao seu
ef ei t o n a vi zi n h an ça p o d em ser i n có m o d as, i n sal u b r es e p er i g o sas. As
i n c ó m o d a s são as q u e p r o vo cam d esco n f o r t o na vi zi n h an ça, p o r cau sa
d e r u íd o s d evi d o s à n at u r eza d e seu t r ab al h o ; as i n sal u b r es são as q u e
1
226 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
4 — - ~
p o d em af et ar à saú d e d o s q u e n el as t r ab al h am o u d o s q u e m o r am na
vi zi n h an ça, d evi d o ao t i p o d o s p r o d u t o s m an i p u l ad o s, às o p er açõ es ut i -
l i zad as no p r o cesso i n d u st r i al o u ao s r esíd u o s; as p er i g o sas são aq u e-
las q u e p o d em af et ar a seg u r an ça e a vi d a d o s q u e nel as t r ab al h am o u
m o r am na vi zi n h an ça d evi d o ao s t i p o s d e p r o d u t o s m an i p u l ad o s, ao s
p r o cesso s i n d u st r i ai s u t i l i zad o s o u ao s r esíd u o s.
Ref.: Brasi l . M i n i st ér i o da Saúde. FNS. Manual de Saneamento, p.204.
CAPÍTULO 9
SAÚDE
AM BIEN TAL
Resposta:
(A) So b o asp ect o san i t ár i o , o ab ast eci m en t o d e ág u a vi sa: au m en t ar a
vi d a m éd i a p el a d i m i n u i ção d a m o r t al i d ad e.
Ref.: Brasil. FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.36.
Resposta:
(E) São at i vi d ad es b ási cas d e san eam en t o , d en t r e o u t r as: ab ast eci m en t o
d e ág u a, d i sp o si ção d e d ej et o s e ág u as ser vi d as, d i sp o si ção d e lixo e
co n t r o l e d e an i m ai s e vet o r es d e d o en ças.
Ref.: M ot a. In: Rouquayrol. Epidemiologia & saúde. 7.ed. p. 392- 4.
A
EEI 93- ág u a q u e co n t ém g er m en s p at o g ên i co s é cl assi f i cad a co m o :
A) i n f est ad a.
• 228 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
J B) p o l u íd a.
C) co n t am i n ad a,
j D) i n sal u b r e.
E) i n f ect ad a.
Resposta'-
(C) A ág u a q u e co n t ém g er m en s p at o g ên i co s é cl assi f i cad a co m o co n -
| t am i n ad a.
Ref.: M o t a. In : Ro u q u ayr o l . Epidemiologia & saúde. 7.ed . p. 390.
^3 °4' E m u m a
Est ação d e Tr at am en t o d e Ág u a (E.T.A.) co n ven ci o n al , o t r at a-
m en t o é f ei t o p o r p r o cesso s o b ser van d o a seg u i n t e seq u ên ci a:
A) aer ação , m i st u r a r áp i d a, f l o cu l ação , d ecan t ação , f i l t r ação e d esi n f ec-
ção .
B) aer ação , m i st u r a r áp i d a, f l o cu l ação , d ecan t ação , d esi n f ecção e filtra-
ção .
C) aer ação , m i st u r a r áp i d a, d ecan t ação , f l o cu l ação , d esi n f ecção e filtra-
ção .
D) aer ação , m i st u r a r áp i d a, d ecan t ação , f l o cu l ação , filtração e d esi n f ec-
ção .
E) m i st u r a r áp i d a, aer ação , f l o cu l ação , d ecan t ação , filtração e d esi n f ec-
í Ça o -
Resposta:
(A) Em u m a Est ação d e Tr at am en t o d e Ág u a (E.T.A.) co n ven ci o n al o t r a-
t am en t o é f ei t o p o r p r o cesso s n a seq u ên ci a seg u i n t e: aer ação , m i st u r a
r áp i d a, f l o cu l ação , d ecan t ação , filtração e d esi n f eção .
I Ref .: M o t a. I n : Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 7.ed . p. 3 9 4 - 5 .
^3 °5- S a o
exem p l o s d e d o en ças d e vei cu l ação h íd r i ca:
A) t ét an o , sar am p o , d i ar r éi as i n f ecci o sas e p n eu m o n i a.
B) f eb r e t i f ó i d e, am eb íase e d i ar r ei as i n f ecci o sas.
C) d i f t er i a, cár i e d en t al , an ci l o st o m íase e t ét an o .
í D) síf ilis, co q u el u ch e, am eb íase e esq u i st o sso m o se.
E) am eb íase, an ci l o st o m o se, esq u i st o sso m o se e d i f t er i a.
J Resposta:
(B) Feb r e t i f ó i d e, am eb íase e d i ar r éi as i n f ecci o sas são d o en ças p r i n ci p al -
! m en t e d e vei cu l ação h íd r i ca.
Ref.: Br asi l . FN S. Manual de Saneamento. 3.ed . p .36- 8.
CAP. 9-SAÚDE AMBIENTAL 229
Resposta:
(A) Em t er m o s d e p o t ab i l i d ad e, o d o r e sab o r são r eq ui si t o s d e o r d em
o r g an o l ét i cas d a ág u a.
Ref.: Brasi l . FN S. Manual de Saneamento. 3.ed. p.42-3.
•
Resposta:
(B) A ág u a q u e co n t ém su b st ân ci as q u e m o d i f i cam su as car act er íst i cas e
a t o r n am i m p r ó p r i a p ar a o co n su m o é cl assi f i cad a co m o p o l u íd a.
Ref.: M o t a. In : Ro u q u ayr o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed . p. 4 0 7 .
A m e
^3 d i d a e m p .p .m . (p ar t e p o r m i l h õ es) q u e era d e uso c o m u m n o p as-
sad o é eq u i val en t e a:
A) m g / L.
B) m g %
C) m g / 100.
D) g / L
E) g / 100
Resposta:
(A) A m ed i d a e m p .p .m . (p ar t e p o r m i l h ão ) er a d e u so co r r en t e, m as
at u al m en t e é r eco m en d ad a a m ed i d a e m m g / L, q u e l h e é eq u i val en t e.
Ref .: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e . FN S. Manual de Saneamento. 2.ed . p.17.
09 C o m
E3 * r ef er ênci a às car act er íst i cas d a ág u a, assi n al e a FALSA.
A) Cl o r et o s, sul f at o s e b i car b o n at o s d e cál ci o e m ag n ési o são su b st ân -
ci as cau sad o r as d a d u r eza d a ág u a.
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
B) As ág u as m ai s d u r as co n so m em m ai s sab ão .
C) As ág u as m ai s d u r as são i n co n ven i en t es p ara a i n d ú st r i a.
D) As ág u as d e p H el evad o são co r r o si vas ao m aq u i n ár i o i n d u st r i al .
E) Al cal i n i d ad e e d u r eza são m ed i d as em eq u i val en t es a Ca C0 3 .
Resposta:
(D) Os cl o r et o s, sul f at o s e b i car b o n at o s d e cál ci o e m ag n ési o são exem -
p l o s d e su b st ân ci as cau sad o r as d e d u r eza d a ág u a. As ág u as m ai s d u r as
co n so m em m ai s sab ão e são i n co n ven i en t es p ar a a i n d ú st r i a, p o i s cau -
sam i n cr u st açõ es nas cal d ei r as e p o d em cau sar d an o s e exp l o sõ es.
A ág u a d e p H b ai xo (áci d a) é co r r o si va e a d e p H el evad o (al cal i na) é i n -
cr u st at i va. Al cal i n i d ad e e d u r eza são m ed i d as e m eq u i val en t es a Ca C0 3 .
Ref.: Brasil. FN S. Manual de Saneamento. 3.ed. p.42- 3.
Resposta:
(C) Por cau sa d a g r an d e d i f i cu l d ad e p ar a a i d en t i f i cação d o s vár i o s o r g a-
n i sm o s p at o g ên i co s en co n t r ad o s na ág u a, d á- se p r ef er ên ci a a m ét o d o s
q u e p er m i t am a i d en t i f i cação d e b act ér i as d o " g r u p o co l i f o r m e" as q u ai s,
p o r ser em h ab i t an t es n o r m ai s d o i n t est i n o h u m an o , exi st em o b r i g at o -
r i am en t e em ág u as p o l u íd as p o r m at ér i a f ecal .
Ref.: Brasi l . FN S. Manual de Saneamento. 3.ed. p.42- 3.
Resposta:
(C) O p ad r ão d e p o t ab i l i d ad e est ab el eci d o p el o M i n i st ér i o d a Saú d e fixa
o m áxi m o d e 1 coli p o r 100 ml_ p ar a q u e a ág u a seja co n si d er ad a p o t á-
vel . Ocasi o n al m en t e, u m a am o st r a p o d e ap r esen t ar at é 4 co l i f o r m es p o r
CAP. 9-SAÚDE AMBIENTAL 231
Resposta:
(E) Fazem p ar t e d o si st em a p ú b l i co d e ab ast eci m en t o d ' ág u a, as seg u i n -
t es et ap as: cap t ação , ad u ção , t r at am en t o , r eser vação e d i st r i b u i ção .
Ref.: M o t a. I n : Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 7.ed . p. 3 9 4 - 5 .
Resposta:
(B) N o Si st em a d e Ab ast eci m en t o d e Á g u a, a cap t ação é o co n j u n t o d e
eq u i p am en t o e i n st al açõ es ut i l i zad o p ar a a t o m ad a d e ág u a d o m an an -
cial co m a f i n al i d ad e d e lançá- la n o si st em a d e ab ast eci m en t o .
Ref.: M o t a. I n : Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 7.ed . p. 3 9 4 - 5 .
O m ét o d o m ai s seg u r o d e t r at am en t o p ar a a ág u a d e b eb er e m ár eas
d esp r o vi d as d e r ecu r so s é a:
A) f er vu r a.
B) aer ação .
C) sed i m en t ação si m p l es.
D) f i l t r ação si m p l es.
E) f i l t r ação r áp i d a.
232 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(A) O m ét o d o m ai s seg u r o d e t r at am en t o p ar a a ág u a d e b eb er , e m
ár eas d esp r o vi d as d e o u t r o s r ecu r so s, é a f er vu r a. A f er vu r a d a ág u a d e
b eb er é u m h áb i t o q u e d ever i a ser p r at i cad o p el a p o p u l ação q u an d o a
q u al i d ad e d a ág u a n ão m er eça co n f i an ça e em ép o cas d e su r t o s o u d e
em er g ên ci a.
Ref.: Br asi l . FNS. Manual de Saneamento. 3.ed . p.87.
| ^ Co m o d esi n f et an t e, o cl o r o :
B) é d e cu st o r el at i vam en t e al t o .
C) al t er a o u t r as q u al i d ad es d a ág u a, d ep o i s d e ap l i cad o .
D) n ão é t o l er ad o p el a g r an d e m ai o r i a d a p o p u l ação .
E) d ei xa u m r esi d u al at i vo na ág u a.
Resposta:
(E) O cl o r o é co n si d er ad o u m b o m d esi n f et an t e p o r q u e: r eal m en t e
ag e so b r e as b act ér i as p r esen t es na ág u a; n ão é n o ci vo ao h o m e m na
d o sag em r eq u er i d a p ar a d esi n f ecção ; é eco n ó m i co ; n ão al t er a o u t r as
q u al i d ad es d a ág u a, d ep o i s d e ap l i cad o ; é d e ap l i cação f áci l ; d ei xa u m
r esi d u al at i vo n a ág u a; é t o l er ad o p el a g r an d e m ai o r i a d a p o p u l ação .
Ref.: Br asi l . FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.104- 5.
| Em si t u ação d e em er g ên ci a o u cal am i d ad e p ú b l i ca e na f al t a d e m ed i -
d o r es e d e f aci l i d ad es d e l ab o r at ó r i o , o cl o r o r esi d u al p ar a o co n su m o
h u m an o p o d e ser t est ad o co m o r t o l i d i n a. O t est e co n si st e e m en ch er
u m co p o b r an co e l i m p o at é u m t er ço co m ág u a e ad i ci o n ar n essa ág u a
d e 15 a 20 g o t as d e o r t o l i d i n a. Q u an d o r esul t ar e m co r am ar el o - al ar an -
j ad a si g ni f i ca q u e
A) i n exi st e cl o r o r esi d u al na am o st r a.
D) o t eo r d e cl o r o est á m ai o r d o q u e o n ecessár i o .
Resposta:
(D) Q u an d o o t est e co m o r t o l i d i n a r esul t ar e m co r am ar el o - al ar an j ad a
si g ni f i ca q u e o t eo r d e cl o r o est á aci m a d e 1,0 m g % , o u sej a, m ai s cl o r o
q u e o n ecessár i o .
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o da Saúde. FNS. Manual de Saneamento. 2.ed. p .212.
CAP. 9 -SAÚDE AMBIENTAL 233
| A fluoretação d a ág u a é u m m ét o d o p ar a a:
A) d i m i n u i ção d a p o p u l ação b act er i an a.
B) p r even ção d o cr esci m en t o d e b act ér i as.
C) p r even ção d a f o r m ação d e t o xi n as b act er i an as,
D) l i m i t ação d a m u l t i p l i cação d e vír u s.
E) N.R.A.
Resposta:
( E) A f l u o r e t a ç ã o d a á g u a d e s t i n a - s e à p r e v e n ç ã o d a c á r i e d e n t a l , p e l a
ação p r o t et o r a q u e o f l úo r exer ce n o s d en t es.
Ref.: Brasil. FN S. Manual de Saneamento. 3.ed . p .107.
| O nível i d eal d e f l o ur et o em su p r i m en t o p ú b l i co d e ág u a é d e ap r o xi m a-
d am en t e:
A) 0 ,5 p p m .
B) 1,0p p m .
C) 1,5p p m .
D) 2,0p p m .
E) 3,0p p m .
oy X}t o»":*t?--• ;. y^ zyyy^ yoyzyyy orv-ciy •* árX
Resposta:
(B) A co n cen t r ação i d eal d e f l u o r et o na ág u a é d e ap r o xi m ad am en t e
1,0m g %; t eo r ab ai xo d e 0 ,5 m g % asso ci a- se à m ai o r o co r r ên ci a d e cár i es
d en t ár i as e t eo r aci m a d e 1,2m g % est á r el aci o n ad o co m esm al t e m an -
ch ad o .
Ref.: Leavel l & Cl ar k. Medicina Preventiva, p.329.
Resposta:
(E) A ap l i cação t ó p i ca d o f l úo r é r eco m en d ad a p r ef er en ci al m en t e à p o -
p u l ação d e 3 a 12 an o s.
Ref.: Pinto. Saúde bucal.
234 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
I Resposta:
| (A) O d est i n o ad eq u ad o d o s d ej et o s h u m an o s, so b o asp ect o san i t ár i o ,
vi sa f u n d am en t al m en t e co n t r o l ar e p r even i r d o en ças a el es r el aci o n a-
das.
Resposta:
(A) A o co r r ên ci a d e d o en ças o casi o n ad as p el a f al t a d e co n d i çõ es ad e-
q u ad as d e d est i n o d o s d ej et o s p o d e l evar o h o m e m à i n at i vi d ad e o u
r ed uzi r su a p o t en ci al i d ad e p ar a o t r ab al h o , t r an sf o r m an d o - o d e u n i d a-
d e d e p r o d u ção em so b r ecar g a à so ci ed ad e. Dessa f o r m a, d o p o n t o d e
vi st a eco n ó m i co , o d est i n o ap r o p r i ad o d o s d ej et o s h u m an o s vi sa e m
p r i m ei r o lug ar, p r eser var a cap aci d ad e d e p r o d u ção d o h o m e m . Ou t r o s
asp ect o s t am b é m são co n si d er ad o s co m o : au m en t ar a vi d a m éd i a d o
h o m e m , p el a r ed u ção d a m o r t al i d ad e e m co n seq u ên ci a d a r ed u ção d o s
caso s d e d o en ças; d i m i n u i r as d esp esas r ef er en t es ao t r at am en t o d as
d o en ças evi t ávei s; r ed uzi r o cu st o d o t r at am en t o d a ág u a d e ab ast eci -
m en t o , at r avés d a p r even ção d a p o l u i ção d o s m an an ci ai s; co n t r o l ar a
p o l u i ção d as ág u as e d o s lo cais d e r ecr eação co m o o b j et i vo d e p r o m o -
ver o t u r i sm o p ara o b t er au m en t o d a r en d a; p r eser var a f au n a aq u át i ca,
esp eci al m en t e os cr i ad o u r o s d e p ei xes.
Ref.: Br asi l . FN S. Manual de Saneamento. 3.ed. p.153- 4.
CAP. 9 . SAÚDE AMBIENTAL 235
Resposta'-
Resposta'-
(D) O co n t at o d o h o m e m co m o s d ej et o s será evi t ad o se f o r em ad o t a-
d as so l u çõ es san i t ar i am en t e co r r et as p ar a o d est i n o d e excr et as. Dest e
m o d o , d eve ser evi t ad o o l an çam en t o n o so l o , e m val as ab er t as, d i r et a-
m en t e n a ág u a o u e m f o ssas m al co n st r u íd as, q u e cau sam a co n t am i n a-
ção d o l enço l f r eát i co (f o ssas n eg r as).
As so l u çõ es p ara a d i sp o si ção d o s excr et as p o d em ser co l et i vas o u i nd i -
vi d u ai s. N o m ei o u r b an o , a o p ção co r r et a é o si st em a p ú b l i co d e esg o t o
sani t ár i o .
Ref .: M o t a. I n : Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed . .p .413- 7.
J Resposta:
(D) São so l u çõ es sani t ár i as i n d i vi d u ai s p ara d est i n o d o s d ej et o s q u an d o
não exi st e ág u a en can ad a: p r i vad a co m f o ssa seca, p r i vad a co m f o ssa
est an q u e, p r i vad a co m f o ssa d e f er m en t ação e p r i vad a q u ím i ca. Exi s-
t i n d o ág u a en can ad a n o d o m i cíl i o , p o d e ser ut i l i zad a p r i vad a d e vaso
sani t ár i o , p o r ém , q u an d o a l o cal i d ad e n ão d i sp õ e d e red e d e esg o t o s,
o ef l u en t e d o vaso san i t ár i o é co n d u zi d o a: t an q u e sép t i co e t an q u e
! I m h o f f o u O M S.
Ref: Brasi l . FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.164.
i
i
25
20 ' Lag o as d e o xi d ação são ut i l i zad as p ar a:
A) ar m azen am en t o d a ág u a d e ab ast eci m en t o .
B) t r at am en t o d a ág u a a ser u sad a n o co n su m o h u m an o .
C) t r at am en t o d e ág u a u sad a p o r i n d ú st r i as.
D) t r at am en t o d e esg o t o s.
E) d est i n o final d o lixo .
Resposta:
(D) Lag o as d e o xi d ação o u est ab i l i zação são u m t i p o d e t r at am en t o
d o esg o t o u san d o u m p r o cesso n at u r al , f ácil e b ar at o , q u e co n si st em
b asi cam en t e em l ag o as d e p o u ca p r o f u n d i d ad e o n d e são l an çad o s o s
ef l u en t es q u e, at r avés d e p r o cesso s aer ó b i co e an aer ó b i co , são o xi d a-
! d o s, i nf i l t r and o no t er r en o e se evap o r an d o em p ar t e.
Ref: Brasi l . FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.197.
A) t an q u e sép t i co .
! B) t an q u e Im ho f f .
C) val as d e o xi d ação .
J D) val as d e o xi g en ação .
E) l ag o as d e d esest ab i l i zação .
Resposta:
(C) As val as d e o xi d ação são val as d e 1 a 1,5 m et r o s d e p r o f u n d i d ad e
o n d e ci r cul a o esg o t o q u e é r evo l vi d o e d r en ad o at r avés d e p ás o u es-
! co vas g i r at ó r i as.
Ref: Brasi l . M i ni st ér i o da Saúde. FNS. Manual de Saneamento. 2.ed. p.134.
Resposta:
(D) Os r esíd uo s só l i d o s f avo r ecem à p r o l i f er ação d e m o sq u i t o s, m o scas,
b ar at as e rat o s. O co n t r o l e d esses an i m ai s est á m u i t o asso ci ad o à hi g i e-
n e d o am b i en t e, d est acan d o - se o aco n d i ci o n am en t o , co l et a e d est i n o
final d o lixo .
Est u d o r eal i zad o p el a Or g an i zação Pan - Am er i can a d e Saú d e co n st at o u
q u e, p o r m ei o d e u m a co r r et a so l u ção d o p r o b l em a d o lixo , é p o ssível
acab ar co m 9 0 % d as m o scas, 6 5 % d o s rat o s e 4 0 % d o s m o sq u i t o s.
Ref : M o t a. I n : Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed . p .417- 8.
Resposta:
(A) N o m ei o rural , o u e m zo n as u r b an as q u e n ão p o ssu em ser vi ço p ú -
b l i co d e co l et a d o s r esíd u o s só l i d o s, o d est i n o final d o lixo p o d e o co r r er
p o r i n t er m éd i o d as seg u i n t es o p çõ es: d i sp o si ção e m d ep ó si t o s co l et i -
vo s {containers), en t er r am en t o , i n ci n er ação e f er m en t ação .
Ref.: M o t a. In: Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed. p. 4 2 1 - 2 .
30 A
^3 * d eco m p o si ção an aer ó b i ca d o s r esíd uo s em at erro s sani t ár i o s resul t a
na f o r m ação d e u m l íq u i d o , q u e acr esci d o d as ág u as d e ch u vas, co n st i -
t ui o :
A) co m p o st o .
B) ch o r u m e.
C) ad u b o o r g ân i co .
D) lixo l i q uef ei t o .
E) f er m en t o .
Resposta:
(B) A d eco m p o si ção an aer ó b i ca d o s r esíd uo s e m at erro s sani t ári o s r e-
sul t a n a f o r m ação d e u m l íq ui d o , q u e acr esci d o d as ág u as d e ch u vas,
co n st i t u i o ch o r u m e, c o m g r an d e q u an t i d ad e d e m at ér i as o r g ân i ca e
o u t r o s p o l u en t es.
Ref.: M o t a. In: Ro u q u ayr o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed. p. 420.
E) Tr an sf o r m ação em co m p o st o .
Resposta:
(C) A i n ci n er ação é o p r o cesso r eco m en d ad o d e d est i n o final d o s r e-
síd uo s só l i d o s, p r i n ci p al m en t e p ara ci d ad es co m g r an d e p r o d u ção d e
lixo , o n d e é d if ícil d i sp o r- se d e ár eas p ara a d est i n ação d esses r esíd uo s.
Ref.: M o t a. In: Ro u q u ayr o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed. p. 4 2 1 .
II. co nsi st e nas su cessi vas co m p act ação e r eco b r i m en t o d i ári o s d o lixo
co m t er r a.
III. o s t er r en o s r ecu p er ad o s co m at er r o s san i t ár i o s p o d em ser vi r p ar a
r eceb er est r u t u r as p esad as.
IV. eco n o m i cam en t e, é i n t er essan t e q u an d o se t êm d ep r essõ es p r ó xi -
m as a ci d ad es, q u e p o d em ser r ecu p er ad as.
Est ão co r r et as:
A) so m en t e I e II.
B) so m en t e III e IV.
C) so m en t e I, II e IV.
D) so m en t e I, II e III.
E) t o d as (I a IV).
Resposta:
(C) O at er r o sani t ár i o é o en t er r am en t o p l an ej ad o d o lixo e co n t r o l ad o
t ecn i cam en t e d e m o d o a evi t ar a p ro l i f eração d e m o scas, rat o s e o u t r o s
p er i g o s. Co n si st e nas su cessi vas co m p act ação e r eco b r i m en t o s d i ári o s
d o lixo co m t er r a. Qu an d o t ecn i cam en t e execu t ad o , co n st i t u i b o m d es-
t i n o final d o lixo , so b o p o n t o d e vi st a sani t ár i o , sem p r e q u e n ão exi st e
p er i g o d e p o l u i ção d o s m an an ci ai s d e ab ast eci m en t o d e ág u a. Os t er-
reno s r ecu p er ad o s co m at erro s sani t ár i o s p o d em servi r p ara p r aças d e
esp o r t es, p ar q u es e t c , p o r ém n ão se p r est am p ar a r eceb er est r u t u r as
p esad as. Eco n o m i cam en t e, é i n t er essan t e q u an d o se t êm d ep r essõ es
p r ó xi m as a ci d ad es, q u e p o d em ser r ecu p er ad as.
Ref.: Brasi l . FN S. Manual de Saneamento. 3.ed . p .241- 3.
Resposta:
(D) A i n ci n er ação d o lixo p o d e t r azer van t ag en s em g r an d es ci d ad es,
p el a eco n o m i a d o t r an sp o r t e, q u an d o o i n ci n er ad o r é est r at eg i cam en -
t e l o cal i zad o . A i n st al ação d e i n ci n er ad o r es é car a e sua m an u t en ção e
o p er ação d i sp en d i o sas, exi g i n d o esp eci al i zação f u n ci o n al . É u m si st em a
d e p o u ca el ast i ci d ad e, d ad o q u e a escal a d e t o n el ag em d e i n ci n er ad o -
> 240 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(D) O en v en en am en t o é a m ai s ef i ci en t e m ed i d a t em p o r ár i a d e co n t r o -
le d e rat o s. Co n si st e e m ad i ci o n ar u m a su b st ân ci a ven en o sa p ara rat o s
(r o d en t i ci d a) a al i m en t o s só l i d o s o u à ág u a.
Ref.: Brasi l . FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.302- 5.
35 S ã o
2 3 * m ed i d as p er m an en t es p ar a co n t r o l e d e rat o s, EXCETO:
A) co n st r u ção à p r o va d e r at o s.
B) el i m i n ação d e ab er t u r as.
C) el i m i n ação d e ab r i g o s e d e n i n h o s.
D) su p r essão d e al i m en t o s.
E) N.R.A.
Resposta:
(E) As m ed i d as d e co n t r o l e d e rat o s p o d em ser p er m an en t es e t em p o -
rárias. As p r i m ei r as são m ai s ef i ci en t es e b asei am - se em d o i s p r i n cíp i o s:
n ecessi d ad e d o rat o d e al i m en t ar - se e d e ab r i g ar - se. São m ed i d as p er-
m an en t es: co n st r u ção à p r o va d e rat o s, el i m i n ação d e ab er t u r as, el i m i -
í n ação d e ab r i g o s e d e n i n h o s e su p r essão d e al i m en t o s.
Ref.: Brasi l . FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.296- 8.
Resposta:
(B) Os r o d en t i ci d as an t i co ag u l an t es co m o o w ar f ar i n são os m ai s seg u -
ros p ara o h o m e m e o s an i m ai s d o m ést i co s, t en d o i n cl u si ve an t íd o t o s
ef i cazes se n ecessár i o for.
Ref.: Brasil. FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.303.
Resposta:
(A) O sul f at o d e t ál i o p o d e ser ab so r vi d o p el a p el e e p o r isso d eve- se
usar l uva d e b o r r ach a q u an d o d o seu em p r eg o ; o h o m e m n ão o d i s-
t i n g u e p o r n ão t er ch ei r o o u sab o r ; é p er i g o so e car o ; não se co n h ece
an t íd o t o esp ecíf i co ; o s r o ed o r es n ão d esen vo l vem t o l er ân ci a.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. FNS. Manual de Saneamento. 2.ed. p.176- 8.
A) ar r i t m i a car d íaca.
B) h em o r r ag i a i n t er n a.
C) ed em a p u l m o n ar .
D) n eu r o t o xi ci d ad e.
E) p aral i si a i n t est i n al .
Resposta:
(B) O w ar f ar i n n ão é p er ceb i d o p el o s rat o s q u e, p el o co n t r ár i o , p ar ecem
ap r eci á- l o . Devi d o à su a ação an t i co ag u l an t e, o rat o m o r r e d e h em o r r a-
g ia i n t er n a, l o n g e d o l o cal .
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. FNS. Manual de Saneamento. 2.ed. p.177- 8.
Resposta'-
(B) Ao p o u sar o u p assear so b r e m at ér i as f ecai s o u so b r e m at er i ai s co n -
t am i n ad o s, as m o scas p o d em i ng eri r g er m en s p at o g ên i co s o u ret ê- lo s
nas su as p at as e no s seu s p el o s. Assi m , esses g er m en s p o d em ser t r an s-
p o r t ad o s d e f o r m a excl u si vam en t e m ecân i ca p ar a o s al i m en t o s e o s
ut ensíl i o s e at r avés d est es ch eg ar ao h o m e m .
Ref.: Brasil. FN S. Manual de Saneamento. 3.ed . p.272- 4.
40 E n t r e o s
^3 - m é t o d o s d e co n t r o l e d e m o sq u i t o s, a p e t r o l ag e m é u m a
m ed i d a d e:
A) p r o t eção i n d i vi d u al ao h o m e m .
B) p r o t eção co l et i va ao h o m e m .
C) co m b at e ao m o sq u i t o em sua f ase aq u át i ca p el a d est r u i ção d as lar-
vas.
D) co m b at e ao m o sq u i t o em sua f ase aq u át i ca p el a d est r u i ção d o s cr i a-
d o u r o s.
Resposta'-
(C) A p et r o l ag em é u m a m ed i d a d e co n t r o l e d e m o sq u i t o em sua f ase
aq u át i ca p el a d est r u i ção d e suas l ar vas. Tem r esul t ad o s t em p o r ár i o s,
m as ap r esen t a a van t ag em d a p o ssi b i l i d ad e d e ser u sad a i n cl u si ve em
p eq u en as co l eçõ es d e ág u a. No Brasi l , usa- se ó l eo d i esel e q u er o sen e,
q u e se evap o r am f aci l m en t e, e p o r isso d evem ser u sad o s j u n t o co m
ó l eo q u ei m ad o .
Ref.: Brasil. FN S. Manual de Saneamento. 3.ed . p.278.
CAPÍTUL010
SAÚDE
DA FAM ÍLIA
Resposta:
(A) " Co m o p r o p ó si t o d e co n t r i b u i r na m u d an ça d o m o d el o d e at en ção à
saú d e, n asce em m ar ço d e 1994, o Pr o g r am a d e Saú d e d a Fam íl i a, co m o
u m a est r at ég i a, cu j o an t ecesso r foi o Pr o g r am a d e Ag en t es Co m u n i t ár i o
d e Saú d e - PACS, em 1 9 9 1 , cap az d e aj u d ar na p r o m o ção d a saú d e e a
m el h o r i a d a q u al i d ad e d e vi d a d o s i n d i víd u o s, f am íl i as e co m u n i d ad es,
vi n cu l ad as a eq u i p e m u l t i p r o f i ssi o n al , e m u m t erri t ó ri o d ef i ni d o ."
Ref.: M endonça & Sousa. Estratégia Saúde da Família no Brasil, p.13.
Resposta'-
(B) " No caso b rasileiro o t er m o At en ção Bási ca si g ni f i ca o p r i m ei r o nível
d e at en ção à saú d e e sust ent a- se no p r i n cíp i o d a i n t eg r al i d ad e, co m -
p r een d i d o co m o a ar t i cu l ação d e açõ es d e p r o m o ção d a saú d e e p r e-
ven ção , t r at am en t o e r eab i l i t ação d e d o en ças e ag ravo s."
Ref.: M en d o n ça & So u sa. Estratégia Saúde da Família no Brasil, p.15.
Resposta:
(E) " M ui t o em b o r a, h i st o r i cam en t e r o t u l ad o co m o u m p r o g r am a, a Es-
t r at ég i a Saú d e d a Fam íl i a f o g e à co n cep ção usual d e p r o g r am as, t r ad i -
ci o n al m en t e co n ceb i d o s no M i ni st ér i o d a Saú d e, e o u t r o s g est o r es p ú -
b l i co s. N ão se t rat a d e u m a i n t er ven ção ver t i cal e p ar al el a às at i vi d ad es
d o s ser vi ço s d e saú d e, n ão se l i m i t a no t em p o , no esp aço g eo g r áf i co
o u em g r u p o s p o p u l aci o n ai s, não se r est r i ng e a al g u n s p r o f i ssi o nai s,
t am p o u co a al g u m as u n i d ad es d e saú d e. Pelo co n t r ár i o , car act er i za- se
co m o u m a est r at ég i a q u e p o ssi b i l i t a a i n t eg r ação e p r o m o ve a o r g an i -
zação d as açõ es e ser vi ço s d e saú d e, em u m t erri t ó ri o d ef i n i d o , o n d e
as eq u i p es d e saú d e se co - r esp o n sab i l i zam p o r cu i d ar d e q u at r o m i l e
q u i n h en t as p esso as o u m i l f am íl i as, p ar a f azer a vi g i l ân ci a d o s p r o cesso s
saú d e- d o en ça."
Ref.: M en d o n ça & So u sa. Estratégia Saúde da Família no Brasil, p.28.
Resposta:
(E) "A p r át i ca evi d en ci a q u e a ESF enr aíza- se em t o d o s os m u n i cíp i o s
b rasi l ei ro s, p o r q u e seus val o r es e p r i n cíp i o s o r i en t ad o r es são u n i ver sai s,
l o g o , cab e d en t r o d as ci d ad es d e p eq u en o , m éd i o e g r an d e p o r t e, p ara
al ém d as reg i õ es m et r o p o l i t an as e d as cap i t ai s. Af i n al , suas b ases o r g a-
ni zat i vas p o d em ser r esu m i d as:
• Adscrição de clientela - é a d ef i n i ção p reci sa d o t er r i t ó r i o d e at u ação .
Resposta:
(E)" As b ases d a at u ação d as Eq u i p es d a Saú d e d a Fam íl i a se exp r essam :
No p l an e j am e n t o d as açõ es, co m a co - r esp o n sab i l i d ad e d e co n h ecer
o s f at o res d et er m i n an t es d o p r o cesso saú d e- d o en ça; est ab el ecer p r i o -
r i d ad es e t r açar est r at ég i as d e en f r en t am en t o p ara o s p r o b l em as d e-
t ect ad o s; co n h ecer o p erf il ep i d em i o l ó g i co d a p o p u l ação ; e est i m u l ar
a p ar t i ci p ação d a co m u n i d ad e n o p l an ej am en t o , execu ção e aval i ação
d as açõ es d e saú d e.
Resposta'-
(A) De aco r d o co m o M i ni st ér i o d a Saú d e, o s p r i n cíp i o s f u n d am en t ai s
d a at en ção b ási ca no Brasil são : i n t eg r al i d ad e, q u al i d ad e, eq u i d ad e e
p ar t i ci p ação so ci al .
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o d a Saú d e. Caderno de Atenção Básica.
Resposta'-
(D) " M ed i an t e a ad st r i ção d e cl i en t el a, as eq u i p es Saú d e d a Fam íl i a es-
t ab el ecem vín cu l o co m a p o p u l ação , p o ssi b i l i t an d o o co m p r o m i sso e a
CAP. 1 0 -SAÚDE DA FAMÍLIA 247
Resposta:
(E)" A Saú d e d a Fam íl i a é en t en d i d a co m o u m a est r at ég i a d e r eo r i en t a-
ção d o m o d el o assi st en ci al , o p er aci o n al i zad a m ed i an t e a i m p l an t ação
d e eq u i p es m u l t i p r o f i ssi o n ai s em u n i d ad es b ási cas d e saú d e. Est as eq u i -
p es são r esp o n sávei s p el o aco m p an h am en t o d e u m n ú m er o d ef i n i d o
d e f am íl i as, l o cal i zad as em u m a ár ea g eo g r áf i ca d el i m i t ad a. As eq u i p es
at u am co m açõ es d e p r o m o ção d a saú d e, p r even ção , r ecu p er ação , rea-
b i l i t ação d e d o en ças e ag r avo s m ai s f r eq u en t es, e na m an u t en ção d a
saú d e d est a co m u n i d ad e. A r esp o n sab i l i d ad e p el o aco m p an h am en t o
d as f am íl i as co l o ca p ar a as eq u i p es saú d e d a f am íl i a a n ecessi d ad e d e
ul t r ap assar o s l i m i t es cl assi cam en t e d ef i n i d o s p ar a a at en ção b ási ca n o
Brasil, esp eci al m en t e no co n t ext o d o SUS."
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o da Saúde. Caderno de Atenção Básica.
248 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Rôsposta'-
(E) "A est r at ég i a d e Saú d e d a Fam íl i a é u m p ro j et o d i n am i zad o r d o SUS,
co n d i ci o n ad a p el a evo l u ção hi st ó r i ca e o r g an i zação d o si st em a d e saú -
d e no Brasi l . A vel o ci d ad e d e exp an são d a Saú d e d a Fam íl i a co m p r o va a
ad esão d e g est o r es est ad u ai s e m u n i ci p ai s ao s seu s p r i n cíp i o s. In i ci ad o
em 1994, ap r esen t o u u m cr esci m en t o exp r essi vo no s ú l t i m o s an o s. A
co n so l i d ação d essa est r at ég i a p r eci sa, en t r et an t o , ser su st en t ad a p o r
u m p r o cesso q u e p er m i t a a real su b st i t u i ção d a r ed e b ási ca d e ser vi ço s
t r ad i ci o n ai s n o âm b i t o d o s m u n i cíp i o s e p ela cap aci d ad e d e p r o d u ção
d e r esu l t ad o s p o si t i vo s no s i n d i cad o r es d e saú d e e d e q u al i d ad e d e vi d a
d a p o p u l ação assi st i d a."
"A Saúde da Família como estratégia estruturante dos sistemas municipais
de saúde tem provocado um importante movimento com o intuito de re-
ordenar o modelo de atenção no SUS. Busca maior racionalidade na utili-
zação dos demais níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos
nos principais indicadores de saúde das populações assistidas às equipes
saúde da família/
Ref.: Brasi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. Caderno de Atenção Básica.
: D) u m m éd i co d e f am íl i a, u m en f er m ei r o , u m t écn i co d e en f er m ag em ,
u m au xi l i ar d e en f er m ag em e 8 ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e.
E) d o i s m éd i co s d e f am íl i a, d o i s en f er m ei r o s, u m au xi l i ar d e en f er m a-
g em e 10 ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e.
Resposta:
(B) " 0 t r ab al h o d e eq u i p es d a Saú d e d a Fam íl i a é o el em en t o - ch ave p ar a
a b u sca p er m an en t e d e co m u n i cação e t r o ca d e exp er i ên ci as e co n h eci -
m en t o s en t r e o s i n t eg r an t es d a eq u i p e e d esses co m o sab er p o p u l ar d o
A g en t e C o m u n i t á r i o d e Saú d e. As e q u i p e s s ã o c o m p o s t a s , n o m í n i m o ,
p o r u m m éd i co d e f am íl i a, u m en f er m ei r o , u m au xi l i ar d e en f er m ag em e
6 ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e. Q u an d o am p l i ad a, co n t a ai n d a c o m :
u m d en t i st a, u m au xi l i ar d e co n su l t ó r i o d en t ár i o e u m t écn i co e m h i g i e-
n e d en t al ."
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o d a Saú d e. Caderno de Atenção Básica.
Resposta:
(C) "O Pr o g r am a d e Ag en t es Co m u n i t ár i o s d e Saú d e é ho je co n si d er ad o
p ar t e d a Saú d e d a Fam íl i a. N o s m u n i cíp i o s o n d e h á so m en t e o PACS,
est e p o d e ser co n si d er ad o u m p r o g r am a d e t r an si ção p ara a Saú d e
d a Fam íl i a. No PACS, as açõ es d o s ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e são
aco m p an h ad as e o r i en t ad as p o r u m en f er m ei r o / su p er vi so r l o t ad o e m
u m a u n i d ad e b ási ca d e saú d e. Os ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e p o -
d em ser en co n t r ad o s e m d u as si t u açõ es d i st i n t as e m r el ação à r ed e d o
SUS: a) l i g ad o s a u m a u n i d ad e b ási ca d e saú d e ai n d a n ão o r g an i zad a n a
l ó g i ca d a Saú d e d a Fam íl i a; e b) l i g ad o s a u m a u n i d ad e b ási ca d e Saú d e
d a Fam íl i a co m o m em b r o d a eq u i p e m u l t i p r o f i ssi o n al . At u al m en t e, e n -
co n t r am - se e m at i vi d ad e n o p aís 2 0 4 m i l ACS, est an d o p r esen t es t an t o
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(A) Na matriz de responsabilidades das esferas gestoras em atenção
básica, o r d en ar a f o r m ação d e r ecur so s h u m an o s é d a co m p et ên ci a ex-
clusiva do Governo Federal.
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o d a Saú d e. Caderno de Atenção Básica.
3JJ 13. Na m at r i z d e r esp o n sab i l i d ad es d as esf eras g est o r as em at en ção b ási ca,
co n t r at u al i zar o t r ab al h o em at en ção b ási ca é d a co m p et ên ci a:
A) f ed er al , so m en t e.
B) est ad u al , so m en t e.
C) m u n i ci p al , so m en t e.
D) m u n i ci p al e est ad u al , co m p ar t i l h ad a.
E) f ed er al , est ad u al e m u n i ci p al , co m p ar t i l h ad a.
Resposta:
(C) Na matriz de responsabilidades das esferas gestoras em atenção
básica, co n t r at u al i zar o t r ab al h o em at en ção b ási ca é d a co m p et ên ci a
exclusiva dos Governos M u n i ci p ai s.
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o d a Saú d e. Caderno de Atenção Básica.
Resposta:
(E) São at r i b u i çõ es na m acr o f u n ção d e r eg u l ação d o s g est o r es est ad u ai s
d o SUS: r eg u l ação d e si st em as m u n i ci p ai s; co o r d en ação d e r ed es d e re-
CAP. 1 0 -SAÚDE DA FAMÍLIA 251
f er ên ci a d e car át er i n t er m u n i ci p al ; ap o i o à ar t i cu l ação i n t er m u n i ci p al ;
co o r d en ação d a Pr o g r am ação Pact u ad a e In t eg r ad a (PPI) n o est ad o ;
i m p l an t ação d e m ecan i sm o s d e r eg u l ação d a assi st ên ci a (ex.: cen t r ai s,
p r o t o co l o s); r eg u l ação sani t ár i a (no s caso s p er t i n en t es); aval i ação d o s
r esu l t ad o s d as p o l ít i cas est ad u ai s; e aval i ação d o d esem p en h o d o s sis-
t em as m u n i ci p ai s. A r eg u l ação d e m er cad o s em saú d e (p l an o s p r i vad o s,
i n su m o s) é d a esf er a d a g est ão f ed er al .
Ref : N o r o n h a et al. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 4 4 8 .
^3 I5* A s
Co m i ssõ es In t er g est o r es Bi p ar t i t es (CIBs) f o r am cr i ad as f o r m al m en t e
p o r:
A) Pact o p el a Saú d e.
B) N OAS 2001/ 2002.
C) N OB 96.
D) N OB 9 3 .
E) N OB 91/ 92.
Resposta:
(C) As Co m i ssõ es In t er g est o r es Bi p ar t i t es (CIBs) f o r am cr i ad as f o r m al -
m en t e p el a N o r m a Op er aci o n al Bási ca d e 1993. Est a n o r m a est ab el ece
o CIB co m o " i n st ân ci a p r i vi l eg i ad a d e n eg o ci ação e d eci são q u an t o ao s
asp ect o s o p er aci o n ai s d o SUS", r essal t an d o o s asp ect o s r el aci o n ad o s ao
p r o cesso d e d escen t r al i zação no âm b i t o est ad u al (Br asi l , 1993). Im p l an -
t ad as a p art i r d e 1993, em cad a est ad o há u m a CIB, f o r m ad a p ar i t ar i a-
m en t e p o r r ep r esen t an t es d o g o ver n o est ad u al i n d i cad o s p el o secr et á-
rio d e est ad o d e Saú d e e r ep r esen t an t es d o s secr et ár i o s m u n i ci p ai s d e
Saú d e i n d i cad o s p el o Co sem s d e cad a est ad o .
Ref : N o r o n h a ef al. In : Gi o van el l a. Politicas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 4 5 0 .
33 I6' A s
co n f er ên ci as d e Saú d e t êm co m o o b j et i vo p r i n ci p al a d ef i n i ção d e
d i r et r i zes g er ai s p ar a a p o l ít i ca d e saú d e, d ev en d o ser r eal i zad as n aci o -
n al m en t e a cad a:
A) d o i s an o s.
B) t rês an o s.
C) q u at r o an o s.
D) seis an o s.
E) o i t o an o s.
Resposta:
(C) "As co n f er ên ci as d e Saú d e t êm co m o o b j et i vo p r i n ci p al a d ef i n i ção
d e d i r et r i zes g er ai s p ar a a p o l ít i ca d e saú d e, d ev en d o ser r eal i zad as n a-
ci o n al m en t e a cad a q u at r o an o s e co n t ar co m am p l a p ar t i ci p ação d a
so ci ed ad e, co m r ep r esen t ação d e u su ár i o s p ari t ári a à d o s d em ai s seg -
I MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(B) " Os Co n sel h o s d e Saú d e são co l eg i ad o s d e car át er p er m an en t e e
d el i b er at i vo , f o r m ad o s e m cad a esf er a p o r r ep r esen t an t es d o g o ver n o ,
p r o f i ssi o nai s d e saú d e, p r est ad o r es d e ser vi ço s e u su ár i o s, sen d o q u e
est e ú l t i m o g r u p o d eve co n st i t u i r no m ín i m o m et ad e d o s co n sel h ei r o s.
Su as at r i b u i çõ es são at u ar na f o r m ação d e est r at ég i as e no co n t r o l e d a
execu ção d as p o l ít i cas d e saú d e. Na f o r m u l ação d e p o l ít i cas, a at u ação
d o s co n sel h o s d eve ser p r o p o si t i va, i n t er ag i n d o co m o g est o r d o SUS
n aq u el a esf er a (q u e t em assen t o n o Co n sel h o d e Saú d e) e co m o Po -
d er Leg i sl at i vo . Já e m r el ação ao co n t r o l e d e execu ção d as p o l ít i cas,
est e d eve ser exer ci d o p o r m ei o d o aco m p an h am en t o p er m an en t e d as
açõ es i m p l em en t ad as e su a co er ên ci a co m o s p r i n cíp i o s d o SUS e as
n ecessi d ad es d e saú d e d a p o p u l ação ."
Ref : N o r o n h a et al. In: Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 4 5 2 .
Resposta:
(D) São ap o n t ad as co m o d i f i cu l d ad es na i m p l em en t ação d o SUS n o ei xo
est r at ég i co d o s r ecu r so s h u m an o s: d i st o r çõ es na f o r m ação d o s p ro f is-
si o nai s d e saú d e; h et er o g en ei d ad e en t r e o s d i ver so s est ad o s e m u n i -
cíp i o s na co n st i t u i ção d e eq u i p es t écn i cas nas secr et ar i as d e Saú d e;
d i f i cu l d ad es d e est ad o e m u n i cíp i o s na co n t r at ação d e p r o f i ssi o nai s d e
saú d e, ag r avad as p el a co n j u n t u r a d e Ref o r m a d o Est ad o , co m p r essõ es
p ar a r ed u ção d e g ast o s co m p esso al ; d i st r i b u i ção d esi g u al e i n eq u i t at i -
va d e p r o f i ssi o nai s d e saú d e no t er r i t ó r i o n aci o n al ; e au m en t o d a p r eca-
r i zação d as r el açõ es d e t r ab al h o na saú d e.
Ref : N o r o n h a etal. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 4 6 8 .
Resposta:
(E) São assi n al ad as co m o d i f i cu l d ad es na i m p l em en t ação d o SUS n o
ei xo est r at ég i co d o d esen vo l vi m en t o ci ent íf i co e t ecn o l ó g i co e p r o d u -
ção d e i n su m o s p ar a a saú d e: d ef asag em t ecn o l ó g i ca e vár i o s seg m en -
t o s r el evan t es p ar a a saú d e e uso i n ad eq u ad o d e t ecn o l o g i as e m o u t r o s;
est ag n ação d a i n d ú st r i a n aci o n al no s an o s 1990, at i n g i n d o vár i o s seg -
m en t o s d a saú d e; al t a d ep en d ên ci a d e i m p o r t açõ es {déficit co m er ci al
rel at i vo a i n su m o s d a saú d e); cu st o s el evad o s d e i n su m o s, em r azão d as
car act er íst i cas d as em p r esas t r an sn aci o n ai s e d a ap r o vação d a Lei Brasi -
leira d e Pr o p r i ed ad e In t el ect u al (em 1996). A p r eser vação d a cap aci d a-
d e n aci o n al d e p r o d u ção e m al g u m as ár eas (m ed i cam en t o s, vaci n as),
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Respostar-
(C) " Co m o est r at ég i a, a Saú d e d a Fam íl i a f oi exp l i ci t ad a na N o r m a Op e-
r aci o n al Bási ca d o SUS d e 1996 (N OB SUS 01/ 96), ap o i ad a em d el i b er a-
ção d o Co n sel h o N aci o n al d e Saú d e, q u e i n d i cava a r et o m ad a d a d i scu s-
são e m t o r n o d o m o d el o d e at en ção a ser co n st r u íd o . Tal at o n o r m at i vo
d i sci p l i n o u o p r o cesso d e o r g an i zação d o s ser vi ço s seg u n d o cam p o s d e
at en ção assi st en ci ai s, d e i n t er ven çõ es am b i en t ai s e d e p o l ít i cas ext r a-
- set o ri ai s, e m u m a co n cep ção am p l i ad a d e at en ção à saú d e e d e i nt e-
g r al i d ad e d as açõ es."
Ref.: Gi o van el l a & M en d o n ça. In : Gi o van el l a. Politicas e Sistemas de Saúde no Brasil.
p. 6 0 2 .
Resposta'-
(C) "A p art i r d a N OB 96, a at en ção b ási ca e m saú d e assu m i u a car act er i -
zação d e p r i m ei r o nível d e at en ção , o u sej a, " u m co n j u n t o d e açõ es, d e
car át er i n d i vi d u al e co l et i vo , si t u ad as no p r i m ei r o nível d e ed u cação d o s
si st em as d e saú d e, vo l t ad as p ara a p r o m o ção d a saú d e, a p r even ção d e
ag r avo s, o t r at am en t o e a r eab i l i t ação " (Br asi l , 1998). Tam b ém ap o n t ava
p ar a a i n co r p o r ação d e n o vas t ecn o l o g i as e p ar a a m u d an ça no s m ét o -
d o s d e p r o g r am ar e p l anej ar essas açõ es."
Ref.: Gi o van el l a & M en d o n ça. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil.
p. 6 0 2 .
CAP. 1 0 -SAÚDE DA FAMÍLIA 255
Resposta'-
(C) "A est r at ég i a d e Saú d e d a Fam íl i a en cer r a e m su a co n cep ção m u -
d an ças na d i m en são o r g an i zaci o n al d o m o d el o assi st en ci al ao : co n st i -
t ui r a Eq u i p e d e Saú d e d a Fam íl i a, m u l t i p r o f i ssi o n al e r esp o n sável p el a J
at en ção à saú d e d a p o p u l ação d e d et er m i n ad o t er r i t ó r i o ; d ef i ni r o g e- \
ner al i st a co m o o p r o f i ssi o nal m éd i co d a at en ção b ási ca; e i nst i t ui r n o vo s I
p r o f i ssi o n ai s, o s ACS, vo l t ad o s p ar a a at u ação co m u n i t ár i a, am p l i an d o !
assi m a at u ação d a eq u i p e so b r e o s d et er m i n an t es m ai s g er ai s d o p r o - j
cesso saú d e- en f er m i d ad e."
Ref : Gi o van el l a & M e n d o n ça. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil. \
p. 6 0 4 . !
j
13 23. O Cen t r o d e At en ção Psi co sso ci al (CAPS) é u m a m o d al i d ad e d e ser vi ço s [
cr i ad a p ar a at en d er d e f o r m a i n t en si va às p esso as co m u m so f r i m en t o I
p síq u i co co n si d er ad o :
A) i n t en so e, e m g er al , p er si st en t e. !
B) ag u d o e, e m g er al , o casi o n al .
C) i n t en so e, e m g er al , p assag ei r o .
D) i n t en so e, às vezes, r ep et i t i vo . 1
s
E) ag u d o e, e m g er al , t r an si t ó r i o .
J
Resposta'- [
i
(A) O Cen t r o d e At en ção Psi co sso ci al (CAPS) é u m a m o d al i d ad e d e ser- I
vi ço s cr i ad a p ar a at en d er d e f o r m a i n t en si va às p esso as co m u m so f r i - !
m en t o p síq u i co co n si d er ad o i n t en so e, e m g er al , p er si st en t e. Para q u e !
u m ser vi ço p o ssa al m ej ar u m a at en ção q u e seja su b st i t u t i va ao h o sp i t al «
>
256 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(B) " Um d o s m ai o r es p r o b l em as d as p o l ít i cas d e saú d e m en t al n as d éca-
d as an t er i o r es est ava n o f at o d e q u e a al t er n at i va assi st en ci al ao s h o s-
p it ais er am o s am b u l at ó r i o s e o s cen t r o s d e saú d e m en t al , ser vi ço s d e
b ai xa r eso l u t i vi d ad e. In exi st i am ser vi ço s d e n at u r eza p si co sso ci al q u e,
na exp er i ên ci a i t al i an a, p assar am a ser co n h eci d o s co m o ser vi ço s f or-
t es, d evi d o a su a flexibilidade, m o b i l i d ad e t er r i t o r i al , o f er t a d i ver si f i cad a
d e cu i d ad o s e d e est r at ég i as assi st enci ai s." " São car act er íst i cas d e u m
ser vi ço d e at en ção p si co sso ci al " f o rt e" : at u ar n o sen t i d o d e su b st i t u i r o
m o d el o asi l ar ; d i sp o n i b i l i zar o f er t a d i n âm i ca e d i ver si f i cad a d e r ecu r so s
e est r at ég i as t r an s e m u l t i d i sci p l i n ar ; f u n ci o n ar 24 h o r as, i n cl u si ve sá-
b ad o s, d o m i n g o s e f er i ad o s; at u ar co m b ase no t er r i t ó r i o ; e i n t er vi r d e
f o r m a i n t er set o r i al , ist o é, at i van d o r ecu r so s d e vár i o s set o r es so ciais."
Ref : Am ar an t e. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 749 e 7 5 1 .
Resposta:
(E) " N est e sen t i d o , a n o r m a san i t ár i a é o r eco n h eci m en t o so ci al d a exi s-
t ên ci a d o risco e a n ecessi d ad e d o seu co n t r o l e. Est ab el ece, ai n d a, q u ai s
são o s ri sco s acei t ávei s, seg u n d o o m o m en t o e o co n h eci m en t o acu -
m u l ad o . Para o Est ad o , p r essi o n ad o p el a so ci ed ad e cap i t al i st a, a no r-
m a san i t ár i a é est ab el eci d a co m o p r é- r eq u i si t o m ín i m o , p o is p ar t e d a
p r em i ssa d e q u e n ão exi st e risco zer o . Po r ém , a n o r m a vai d ep en d er : d o
g r au d e d esen vo l vi m en t o d as f o r ças p r o d u t i vas; d o n ível d e exi g ên ci a e
co n h eci m en t o d a so ci ed ad e co n su m i d o r a; d o co n h eci m en t o t écn i co -
- ci ent íf i co d o s esp eci al i st as en vo l vi d o s n a f o r m u l ação ; e d o p o d er co n s-
t i t u íd o e m t r açar p o l ít i cas d e Est ad o ."
Ref : Si l va & Pep e. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 836- 7.
-
d am en t o s d a lei e as n o r m as j u r íd i cas, caso co n t r ár i o seu at o p o d e t o r-
nar- se i n vál i d o . Assi m , u m a car act er íst i ca i m p o r t an t e d o t r ab al h o n est e
(Su b )SN VS é q u e o p r o f i ssi o nal d a vi g i l ân ci a san i t ár i a é u m ag en t e p ú -
b l i co , q u e d eve est ar i n vest i d o na f u n ção : el e n ão p o d e ser " t er cei r i zad o "
258 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
i
i
Resposta:
(D) " O m éd i co d e f am íl i a f o r n ece t r at am en t o ab r an g en t e e co n t ín u o , d e
f o r m a p er so n al i zad a ao s d e t o d as as i d ad es e a su as f am íl i as, i n d ep en -
d en t e d a exi st ên ci a d e d o en ça o u d a n at u r eza d a q u ei xa i n i ci al . Os m é-
d i co s d e f am íl i a acei t am a r esp o n sab i l i d ad e d e t rat ar as n ecessi d ad es d e
saú d e t o t ai s d e u m i n d i víd u o en q u an t o m an t êm u m a r el ação d e i n t i m i -
d ad e e d e co n f i an ça co m o p aci en t e. O m éd i co d e f am íl i a at en d e a cer ca
d e 9 5 % d as n ecessi d ad es d e saú d e d o p aci en t e; p ar a o s 5% r est an t es, o
m éd i co sel eci o n a d e f o r m a ad eq u ad a o u t r o s m éd i co s o u o u t r o s p ro f is-
si o nai s d e saú d e p ara r eaval i á- l o s. Os esf o r ço s d e t o d o s o s p r o f i ssi o nai s
d e saú d e são co o r d en ad o s p el o m éd i co d e f am íl i a, q u e t em a r esp o n sa-
b i l i d ad e co n t ín u a p el o t r at am en t o d o p acient e" .
Ref : Rakel . In: Rakel . Tratado de medicina de família. 5.ed . p. 3- 17.
C) A m ed i ci n a d e f am íl i a é a so m a d o s co n h eci m en t o s e h ab i l i d ad es q u e
co n st i t u em a d i sci p l i n a m éd i ca; q u an d o ap l i cad o s ao t r at am en t o d o s
p aci en t es e d e su as f am íl i as.
D) A m ed i ci n a d e f am íl i a en f at i za a r esp o n sab i l i d ad e p el a assi st ên ci a
g l o b al à saú d e - d o p r i m ei r o co n t at o e aval i ação i n i ci al ao t r at a-
m en t o co n t ín u o d o s p r o b l em as cr ó n i co s.
E) A co o r d en ação e a i n t eg r ação d e t o d o s o s ser vi ço s d e saú d e n ecessá-
rios co m a m en o r f r ag m en t ação p o ssível , e a cap aci d ad e d e t r at ar a
m ai o r i a d o s p r o b l em as cl ín i co s, p er m i t em q u e o s m éd i co s d e f am íl i a
f o r n eçam u m t r at am en t o d e saú d e cu st o - ef et i vo .
Resposta:
(B) "A m ed i ci n a d e f am íl i a é a so m a d o s co n h eci m en t o s e h ab i l i d ad es
q u e co n st i t u em a d i sci p l i n a m éd i ca; q u an d o ap l i cad o s ao t r at am en t o
d o s p aci en t es e d e su as f am íl i as, est a d i sci p l i n a t o r n a- se a esp eci al i d ad e
co n h eci d a co m o m ed i ci n a d e f am íl i a. A m ed i ci n a d e f am íl i a en f at i za a
r esp o n sab i l i d ad e p el a assi st ên ci a g l o b al à saú d e - d o p r i m ei r o co n t at o
e aval i ação inicial ao t r at am en t o co n t ín u o d o s p r o b l em as cr ó n i co s. A
p r even ção e o r eco n h eci m en t o p r eco ce d a d o en ça são car act er íst i cas
essen ci ai s d essa d i sci p l i n a. A co o r d en ação e a i n t eg r ação d e t o d o s o s
ser vi ço s d e saú d e n ecessár i o s co m a m en o r f r ag m en t ação p o ssível , e
a cap aci d ad e d e t rat ar a m ai o r i a d o s p r o b l em as cl ín i co s, p er m i t em q u e
o s m éd i co s d e f am íl i a f o r n eçam u m t r at am en t o d e saú d e cust o - ef icaz" .
Ref: Rakel. In: Rakel. Tratado de medicina de família. 5.ed. p. 3- 17.
1
h . .-. vi .* " ' v*' * • . c •. - - •. f- ,
d Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e a m ed i ci n a d e f am íl i a, co m o esp eci al i -
d ad e no s EUA:
I. A m ed i ci n a d e f am íl i a é u m a esp eci al i d ad e q u e co m p ar t i l h a c o m
o u t r as d i sci p l i n as cl ín i cas em p o u cas ár eas co m u n s.
II. A m ed i ci n a d e f am íl i a i n co r p o r a o co n h eci m en t o co m p ar t i l h ad o e
u t i l i zan d o - o d e f o r m a ú n i ca p ar a real i zar o t r at am en t o cl ín i co secu n -
d ár i o .
III. A m ed i ci n a d e f am íl i a en f at i za o co n h eci m en t o d e ár eas co m o d i n â-
m i ca f am i l i ar , r el açõ es i n t er p esso ai s, aco n sel h am en t o e p si co t er ap i a.
IV. O f u n d am en t o d a esp eci al i d ad e co n t i n u a a ser cl ín i co , co m o f o co
p r i m ár i o d i r eci o n ad o ao t r at am en t o cl ín i co d e i n d i víd u o s sad i o s.
Est ão co r r et as:
A) so m en t e I e II.
B) so m en t e H e III.
C) so m en t e I, III e IV.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(E) "A m ed i ci n a d e f am íl i a é u m a esp eci al i d ad e q u e co m p ar t i l h a co m o u -
t ras d i sci p l i n as cl ín i cas m u i t as ár eas, i n co r p o r an d o esse co n h eci m en t o
co m p ar t i l h ad o e u t i l i zan d o - o d e f o r m a ú n i ca p ar a realizar o t r at am en t o
cl ín i co p r i m ár i o . Al ém d e co m p ar t i l h ar a i n f o r m ação co m o u t r as esp e-
ci al i d ad es cl ín i cas, a m ed i ci n a d e f am íl i a en f at i za o co n h eci m en t o d e
ár eas co m o d i n âm i ca f am i l i ar , r el açõ es i n t er p esso ai s, aco n sel h am en t o
e p si co t er ap i a. En t r et an t o , o f u n d am en t o d a esp eci al i d ad e co n t i n u a a
ser cl ín i co , co m o f o co p r i m ár i o d i r eci o n ad o ao t r at am en t o cl ín i co d e
i n d i víd u o s d o ent es" .
Ref : Rakel . In : Rakel . Tratado de medicina de família. 5.ed . p. 3- 17.
Resposta:
(D) "A m ed i ci n a d e f am íl i a é u m a esp eci al i d ad e cl ín i ca q u e f o r n ece t r a-
t am en t o d e saú d e co n t ín u o e ab r an g en t e p ar a o i n d i víd u o e a f am íl i a.
É a esp eci al i d ad e q u e i n t eg r a as ci ên ci as b i o l ó g i ca, cl ín i ca e co m p o r t a-
m en t al . O esco p o d a p r át i ca f am i l i ar ab r an g e t o d as as i d ad es, am b o s
o s sexo s, cad a si st em a d e ó r g ão s e t o d as as en t i d ad es m ó r b i d as. A m e-
d i ci n a d e f am íl i a é o r esu l t ad o d a exp r essão evo l u íd a e m el h o r ad a d a
p r át i ca d a cl ín i ca g er al , e é d ef i n i d a d e f o r m a ú n i ca no co n t ext o f am i l i ar
(AAFP, 1993)" .
Ref : Rakel . In : Rakel . Tratado de medicina de família. 5.ed . p. 3- 17.
Resposta:
(B) " O m éd i co d e f am íl i a é o m éd i co ed u cad o e t r ei n ad o na d i sci p l i n a
d a m ed i ci n a f am i l i ar - u m a esp eci al i d ad e cl íni ca b ast an t e ab r an g en t e.
Os m éd i co s d e f am íl i a p o ssu em at i t u d es, h ab i l i d ad es e co n h eci m en t o s
si n g u l ar es q u e os q u al i f i cam p ar a f o r n ecer t r at am en t o cl ín i co co n t ín u o
e ab r an g en t e, m an u t en ção d a saú d e e ser vi ço s p r even t i vo s p ar a cad a
m em b r o d a f am íl i a, i n d ep en d en t e d o sexo , i d ad e o u t i p o d e p r o b l em a,
seja est e b i o l ó g i co , co m p o r t am en t al o u so ci al . Esses esp eci al i st as, d e-
vi d o a su a exp er i ên ci a e i n t er açõ es co m a f am íl i a, são m ai s b em q ual i f i -
cad o s p ar a ser vi r co m o ad vo g ad o s d e cad a p aci en t e em t o d o s o s p r o -
b l em as r el aci o n ad o s co m a saú d e, i n cl u i n d o a so l i ci t ação ad eq u ad a d e
p ar ecer es, ser vi ço s d e saú d e e r ecu r so s d a co m u n i d ad e (AAFP, 1993)" .
Ref: Rakel. In: Rakel. Tratado de medicina de família. 5.ed. p. 3-17.
E) O t r at am en t o p r i m ár i o p r o m o ve u m a co m u n i cação m éd i co - p aci en t e,
em b o r a p o u co - ef et i va, en co r aj a a at r ação d o p aci en t e co m o p ar cei r o
no t r at am en t o d e saú d e.
Resposta:
(C) "O t r at am en t o p r i m ár i o é aq u el e f o r n eci d o p el o s m éd i co s esp eci f i -
cam en t e t r ei n ad o s e h ab i l i t ad o s p ar a u m p r i m ei r o co n t at o ab r an g en t e
e p ara t r at am en t o co n t ín u o d o s i n d i víd u o s co m q u al q u er si n al , si n t o m a
o u p r eo cu p ação d e saú d e n ão d i ag n o st i cad o s (o p aci en t e " i n d i f er en ci a-
d o " ), n ão l i m i t ad o p el a o r i g em d o p r o b l em a (b i o l ó g i ca, co m p o r t am en -
t al o u so ci al ), p el o si st em a d e ó r g ão s, p el o sexo o u p el o d i ag n ó st i co . O
t r at am en t o p r i m ár i o i ncl ui p r o m o ção d a saú d e, p r even ção d e d o en ças,
aco n sel h am en t o , o r i en t ação d o p aci en t e, d i ag n ó st i co e t r at am en t o d e
d o en ças ag u d as e cr ó n i cas em vár i o s am b i en t es (p o r exem p l o , co n su l -
t ó r i o , h o sp i t al , UTI, t r at am en t o p r o l o n g ad o , t r at am en t o d o m i ci l i ar , cr e-
ch es). O t r at am en t o p r i m ár i o é i n st i t u íd o e co n d u zi d o p o r u m m éd i co
q u e so l i ci t a a o u t r o s p r o f i ssi o nai s d e saú d e p ar ecer es o u q u e en cam i n h a
o p aci en t e p ar a t r at am en t o em cen t r o s esp eci al i zad o s. O t r at am en t o
p r i m ár i o p r o t eg e o p aci en t e no si st em a d e saú d e p o r q u e é cu st o - ef i caz
(g raças à co o r d en ação d o s ser vi ço s d e saú d e). O t r at am en t o p r i m ár i o
p r o m o ve u m a co m u n i cação m éd i co - p aci en t e ef i caz e en co r aj a a at r a-
ção d o p aci en t e co m o p ar cei r o n o t r at am en t o d e saú d e (AAFP, 1994)".
Ref: Rakel. In: Rakel. Tratado de medicina de família. 5.ed. p. 3- 17.
Est ão co r r et as:
A) so m en t e I e II.
B) so m en t e II e III.
C) so m en t e I, III e IV.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).
263
Resposta:
(E) " De aco r d o co m o American Board of Family Practice (ABFP) d o s EUA,
o t r at am en t o p r i m ár i o é u m a f o r m a d e t r at am en t o q u e ab r an g e as se-
g u i n t es f u n çõ es: 1. É o " p r i m ei r o co nt at o " , ser vi n d o co m o p o r t a d e en -
t r ad a p ar a o p aci en t e no si st em a d e saú d e; 2. Pr o m o ve co n t i n u i d ad e ao
t rat ar o s p aci en t es p o r u m g r an d e p er ío d o d e t em p o , t an t o na d o en ça
co m o na saú d e; 3. É u m t r at am en t o ab r an g en t e, d i f er en ci an d o - se d e
t o d as as p r i n ci p ai s d i sci p l i n as t r ad i ci o n ai s p o r seu co n t eú d o f u n ci o n al ;
4. Ser ve co m o u m a f u n ção co o r d en ad o r a p ar a t o d as as n ecessi d ad es d e
saú d e d o p aci en t e; 5. A ssu m e a r esp o n sab i l i d ad e co n t ín u a p el o aco m -
p an h am en t o i n d i vi d u al d o p aci en t e e p el o s p r o b l em as d e saú d e d a co -
m u n i d ad e; 6. É u m t i p o d e t r at am en t o al t am en t e p er so n al i zad o .
Ref: Rakel. In: Rakel. Tratado de medicina de família. 5.ed. p. 3-17.
Resposta:
(C) A p ó s- m at u r i d ad e é d ef i n i d a co m o u m a g est ação q u e p assa d e 42
sem an as. As p r o vas an t en at ai s d ev em ser i ni ci ad as n est e p o n t o .
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 481.
Resposta:
(C) " O r ast r eam en t o d e Pap an i co l ao u p r o vo u ser ef i caz n a r ed u ção d e
m o r t es p o r cân cer d o co l o u t er i n o , p er m i t i n d o i d en t i f i cação e t r at am en -
t o d e l esõ es p r é- m al i g n as e p r o cesso s m al i g n o s e m u m a f ase i n i ci al . As
m o r t es d i m i n u ír am ap esar d o au m en t o d a i n ci d ên ci a d e p ap i l o m avír u s
h u m an o (HPV), ag o r a b e m est ab el eci d o co m o u m f at o r d e risco p ar a
cân cer d o co l o u t er i n o . O t est e d e Pap é u m excel en t e t est e d e r ast r ea-
m en t o p o r q u e é f ácil d e realizar, r el at i vam en t e b ar at o , b em acei t o p e-
las p aci en t es, e ad eq u ad am en t e sen sível , exi b i n d o u m a b ai xa t axa d e
r esu l t ad o s f al so - p o si t i vo s e m u m a p o p u l ação n ão sel eci o n ad a; al ém
d i sso , o t r at am en t o d a d o en ça p r eco ce é ef i caz. O t est e d e Pap est á en -
t re as m o d al i d ad es d e r ast r eam en t o d e m el h o r r el ação cu st o - b en ef íci o
em p r eg ad as co m u m en t e, co m su a m ai o r ef i cáci a e m m u l h er es j o v en s
sexu al m en t e at ivas."
Ref.: M cl n t y r e- Sel t m an & M at so n . I n : Rak el . Medicina de Família, p. 6 2 7 .
! Resposta:
(B) São f at o r es d e risco p ar a n eo p l asi a d e co l o u t er i n o : i n f ecção p o r HPV
o u p ar cei r o co m a i n f ecção ; esf r eg aço d e Pap an o r m al p r évi o ; m ai s d e
d o i s p ar cei r o s sexu ai s d u r an t e a vi d a, o u p arcei ro (s) co m m ai s d e d o i s
p ar cei r o s; i níci o d e at i vi d ad e sexu al an t es d o s 20 an o s; t ab ag i sm o ; i nf ec-
ção p o r HIV o u o u t r o s est ad o s i m u n o d ep r i m i d o s.
Re f : M cl n t y r e- Sel t m an & M at so n . I n : Rak el . Medicina de Família, p. 6 2 7 .
i
i
23 37. " O ad en o car ci n o m a est á sen d o d i ag n o st i cad o e m u m a p er cen t ag em
cr escen t e d e cân cer es d e co l o u t er i n o PORQUE o s esf r eg aço s d e Pap an i -
co l ao u são u m a t écn i ca d e r ast r eam en t o ef i caz p ar a est e t i p o d e câncer."
Co m b ase n essa co n st r u ção , assi n al e a o p ção co r r et a.
A) A asser t i va e a exp l i cação são ver d ad ei r as e se j u st i f i cam .
B) A asser t i va e a exp l i cação são ver d ad ei r as, m as n ão se j u st i f i cam .
C) A asser t i va é ver d ad ei r a e a exp l i cação é f al sa.
D) A asser t i va é f al sa e a exp l i cação ver d ad ei r a.
E) A asser t i va e a exp l i cação são f al sas.
CAP. 1 0 -SAÚDE DA FAMÍLIA 265
Resposta:
(C) O ad en o car ci n o m a est á sen d o d i ag n o st i cad o e m u m a p er cen t ag em
cr escen t e d e cân cer es d e co l o u t er i n o ; n e m o s esf r eg aço s d e Pap n e m
a co l p o sco p i a é u m a t écn i ca d e r ast r eam en t o ef i caz p ar a est e t i p o d e
cân cer .
Ref .: M cl n t y r e- Sel t m an & M at so n . In : Rak el . Medicina de Família, p. 6 2 7 .
Resposta:
( C)" A co l p o sco p i a é u m a t écn i ca u sad a p ar a exam e am p l i ad o d a p o r ção
vi sível d o t r at o g en i t al f em i n i n o (ist o é, a v u l v a, vag i n a e co l o u t er i n o )
q u an d o a p o ssi b i l i d ad e d e u m a l esão f oi i d en t i f i cad a p o r r ast r eam en t o .
Seu b en ef íci o p r i m ár i o é p er m i t i r a d ef i n i ção d e an o r m al i d ad es d et ec-
t ad as p el o t est e Pap e, e m vár i o s caso s, evi t ar a m o r b i d ad e d e u m a co -
n i zação cer vi cal ."
Ref .: M cl n t y r e- Sel t m an & M at so n . I n : Rak el . Medicina de Família, p. 6 3 0 .
Resposta'-
(C) " São co n h eci d o s m ai s d e 60 t i p o s d e p ap i l o m avír u s h u m an o (HPV)
q u e i n f ect am o h o m e m , i n cl u i n d o m ai s d e 10 q u e af et am o t r at o g en i t al
inf erio r. A p r eval ên ci a d e i n f ecção p o r HPV em m u l h er es au m en t a co m a
i d ad e d u r an t e o s an o s r ep r o d u t i vo s, sen d o a i d ad e m áxi m a d e aq u i si ção
en t r e 20 e 25 an o s. É d if ícil d et er m i n ar a p r eval ên ci a exat a e m u m a d e-
t er m i n ad a p o p u l ação , p o r q u e as est i m at i vas var i am m u i t o co m o t est e
5 d i ag n ó st i co usad o ."
Re f : M cl n t y r e- Sel t m an & M at so n . I n : Rak el . Medicina de Família, p. 6 3 1 .
i
^ 3 40. O p ap i l o m avír u s h u m an o (HPV) f o i i m p l i cad o co m o o ag en t e sexu al -
m en t e t r an sm i ssível r esp o n sável p r i m ar i am en t e p el o cân cer d e co l o
u t er i n o . O ADN d o HPV é d et ect ad o e m m ai s d e 9 0 % d o s cân cer es d o
J co l o u t er i n o , sen d o d et er m i n ad o s t i p o s d e " alt o r i sco " o s:
A) 6 , 1 1 , 1 6 e 18.
B) 6 , 1 1 , 1 6 e 3 1 .
C) 1 1 , 1 6 , 1 8 e 3 3 .
D) 1 1 ,1 6 ,1 8 e 3 1 .
E) 1 6 ,1 8 ,3 1 e 3 3 .
\ Resposta'-
(E)" 0 HPV f o i i m p l i cad o co m o o ag en t e sexu al m en t e t r an sm i ssível res-
p o n sável p r i m ar i am en t e p el o cân cer d e co l o u t er i n o . O ADN d o HPV é
d et ect ad o e m m ai s d e 9 0 % d o s cân cer es d o co l o u t er i n o , co m d et er m i -
n ad o s t i p o s d e " alt o r i sco " co m o o s t i p o s 1 6 ,1 8 ,3 1 e 33 d esp r o p o r ci o n al -
m en t e p r esen t es. En t r et an t o , a i n f ecção p o r HPV i so l ad a p o d e n ão ser
su f i ci en t e p ar a i n d u zi r n eo p l asi a. Par ece q u e ap en as cer ca d e 1 0 % d as
m u l h er es co m t est e p o si t i vo p ar a ADN d o HPV d esen vo l vem d o en ça. Os
co f at o r es q u e p ar ecem p ar t i ci p ar d a t r an sf o r m ação n eo p l ási ca i n cl u em
m et ab ó l i t o s d a f u m aça d o ci g ar r o , o u t r o s ag en t es i n f ecci o so s (vírus her-
p es si m p l es, ci t o m eg al o vír u s e o u t r o s), d ef i ci ên ci as al i m en t ar es, d ef ei -
t o s i m u n es e ef ei t o s h o r m o n ai s."
Re f : M cl n t y r e- Sel t m an & M at so n . I n : Rak el . Medicina de Família, p. 6 3 1 .
CAPÍTULO 11
SISTEMA ÚNICO
DE SAÚDE
Resposta:
(A) A VIII Co n f er ên ci a N aci o n al d e Saú d e, r eal i zad a e m Brasília d e 17 a 21
d e m ar ço d e 1986 e d a q u al saír am as d i r et r i zes g er ai s p ar a a p r o p o st a
d a Ref o r m a San i t ár i a, ad o t o u co m o t em as b ási co s: saú d e co m o d i r ei t o
i n er en t e à ci d ad an i a e à p er so n al i d ad e, r ef o r m u l ação d o Si st em a N aci o -
nal d e Saú d e e f i n an ci am en t o d o Set o r Saú d e.
Ref: Br asi l . Co n f er ên ci a N aci o n al d e Saú d e , 8 a . p.411- 2.
Resposta:
(A) A Co n st i t u i ção d e 1988 p r o p õ e assi st ên ci a à saú d e eq u ân i m e q u an -
d o est ab el ece saú d e co m o d i r ei t o so ci al (Tít u l o II, Cap II, Ar t 6 o ) e a rees-
t ab el ece co m o d i r ei t o d e t o d o s e d ever d o Est ad o (Tít u l o VIII, Cap II, Se-
ção II, Ar t 196).
Ref.: Br asi l . Co n st i t u i ção b r asi l ei r a d e 1 9 8 8 .
Resposta:
(E) Da Seção II - Da Saú d e - q u e i nt eg r a o Cap ít u l o II - Da Seg u r i d ad e So -
cial - Tít u l o VIII - Da O r d em So ci al , p o d em ser, en t r e o u t r o s, d est acad o s
o s seg u i n t es ar t i g o s:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, assegurado mediante
políticas sociais e económicas que visem à redução do risco de doença e de
outros aqravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao
Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscali-
zação e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de
terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
Parág. 2o - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou sub-
venções às instituições privadas com fins lucrativos.
Ref.: Br asi l . Co n st i t u i ção Fed er al .
CAP. 1 1 • SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 269
Resposta:
(A) Co n f o r m e esp eci f i ca o Ar t i g o 200 d a Co n st i t u i ção Fed er al são t am -
b ém , en t r e o u t r o s en car g o s, d a co m p et ên ci a d o Si st em a Ún i co d e Saú -
d e: execu t ar as açõ es d e vi g i l ân ci a san i t ár i a, p ar t i ci p ar d a f o r m u l ação
d a p o l ít i ca e d a execu ção d as açõ es d e san eam en t o b ási co , fiscalizar e
i n sp eci o n ar al i m en t o s, co l ab o r ar n a p r o t eção d o m ei o am b i en t e et c.
Ref : Brasil. Const it uição Federal.
Resposta:
(B) Em r el ação à i ni ci at i va p r i vad a n o Set o r Saú d e, a Co n st i t u i ção b r asi -
leira vi g en t e est i p u l a:
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
Parág. Io - As instituições privadas poderão participar de forma comple-
mentar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante con-
trato de direito público ou convénio, tendo preferência as entidades filan-
trópicas e as sem fins lucrativos.
Rôsposía'-
(E) Seg u n d o a Lei Or g ân i ca d a Saú d e (Lei N° 8.080, d e 19 d e set em b r o d e
1990), em seu Ar t . 9 o , t em - se:
Art. 9o A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o
inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera
de governo pelos seguintes órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federai, pela respectiva Secretaria de
Saúde ou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente.
Re f : Car v al h o & San t o s. Si st em a Ún i co d e Saú d e , p .89- 110.
Rôsposta.:
(E) Seg u n d o a Lei Or g ân i ca d a Saú d e (Lei N° 8.080, d e 19 d e set em b r o d e
1990), e m seu Ar t . 9 o , t em - se:
Art. 9o A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o
inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera
de governo pelos seguintes órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
li - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de
Saúde ou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente.
Re f : Car v al h o & San t o s. Si st em a Ún i co d e Saú d e , p .89- 110.
CAP. 1 1 - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 271
Rôsposia'-
(D) São p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS est ab el eci d o s n a Lei Or g ân i ca d a
Saú d e: a u n i ver sal i d ad e d e acesso e m t o d o s o s nívei s d e assi st ên ci a; a
i g u al d ad e n a assi st ên ci a à saú d e, sem p r eco n cei t o s o u p r i vi l ég i o s d e
q u al q u er esp éci e; a i n t eg r al i d ad e d a assi st ên ci a; a p ar t i ci p ação d a co -
m u n i d ad e; e a d escen t r al i zação p o l ít i co - ad m i n i st r at i va, co m d i r eção
ú n i ca e m cad a esf era d e g o ver n o c o m : a) ên f ase n a d escen t r al i zação
d o s ser vi ço s p ara o s m u n i cíp i o s; b ) r eg i o n al i zação e h i er ar q u i zação d a
red e d e ser vi ço s d e saú d e.
Ref : N o r o n h a et al . I n : Gi o v an el l a et al . Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p.
4 3 9 - 4 0 ; i d e m 2.ed . p. 367- 9.
Resposta'-
(B) M en d es p r o p õ e o s seg u i n t es p r i n cíp i o s o r g an i zat i vo s - assi st en ci ai s,
d o Di st ri t o San i t ár i o : t . i m p act o ; 2 . o r i en t ação p o r p r o b l em as; 3 . int er-
set o r i al i d ad e; 4 . p l an ej am en t o e p r o g r am ação l o cal ; 5 . Au t o r i d ad e San i -
t ári a l o cal ; 6 . co r esp o n sab i l i d ad e; 7 . h i er ar q u i zação ; 8 . i n t er co m p l em en -
t ar i ed ad e; 9 . i n t eg r al i d ad e; 1 0 . ad scr i ção ; 1 1 . h et er o g en ei d ad e; e 1 2 .
r eal i d ad e. O en u n ci ad o d a q u est ão , n o caso , ref ere- se a h i er ar q u i zação .
Ref : M e n d e s. I n : M e n d e s. Di st r i t o san i t ár i o , p .143- 158.
| 272 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Esse en u n ci ad o ap l i ca- se a
A) Si st em a d e Saú d e.
B) Di st ri t o San i t ár i o .
C) Si st em a M u n i ci p al d e Saú d e.
D) SILOS.
E) N.R.A.
Rôsposéa'-
(D) Os Si st em as Lo cai s d e Saú d e (SILOS) su r g em co m o m o d el o est r at ég i -
co o r i en t ad o p ar a co o r d en ação d e t o d o s o s r ecu r so s d e saú d e exi st en -
t es em u m âm b i t o g eo g r áf i co , co m o fim d e d ar so l u ção às n ecessi d ad es
reais d a co m u n i d ad e. So b u m a p r o p o st a d e d i vi são d e t r ab al h o b asead a
e m u m cr i t ér i o q u e é p o l ít i co , g eo g r áf i co e d em o g r áf i co .
Em r esu m o , p o d e- se d i zer q u e o s " SILOS são a est r u t u r a p o l ít i co - ad m i -
ni st r at i va m ín i m a, q u e ao o r g an i zar t o d o s o s r ecu r so s exi st en t es, p ú b l i -
co s e p r i vad o s, é cap az d e d ar r esp o st as às n ecessi d ad es e d em an d as d o
co n j u n t o d e p o p u l ação , at é o g r au q u e seja co n si d er ad o co m o eq u i t at i -
vo e j u st o e m u m a d et er m i n ad a so ci ed ad e" .
Ref .: OPAS. SILOS. La ad m i n i st r aci ó n est r at ég i ca, p. 27- 8.
Rôsposía'-
(A) A D escen t r al i zação co m ên f ase na m u n i ci p al i zação d a g est ão d o s
ser vi ço s e açõ es d e saú d e se co n st i t u i u na m u d an ça m ai s si g n i f i cat i va
no asp ect o p o l ít i co - ad m i n i st r at i vo d a r ef o r m a d o Si st em a d e Saú d e n o
Brasi l . As d ef i n i çõ es n o r m at i vas ap o n t am co m n i t i d ez q u e a b ase d o sis-
t em a d e saú d e seria m u n i ci p al ao at r i b u i r ao m u n i cíp i o a r esp o n sab i -
l i d ad e p el a p r est ação d i r et a d a m ai o r i a d o s ser vi ço s. O i m p er at i vo d a
d i r eção ú n i ca e m cad a esf er a d e g o ver n o m o st r o u a n ecessi d ad e d e su -
CAP. 1 1 - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 273
BI 12. O SUS t e m co m o o b j et i vo p r i n ci p al f o r m u l ar e i m p l em en t ar a p o l ít i ca
n aci o n al d e saú d e d est i n ad a a:
I. p r o m o ver co n d i çõ es d e vi d a sau d ável .
II. p r even i r ri sco s, d o en ças e ag r avo s à saú d e d a p o p u l ação .
III. asseg u r ar o acesso eq u i t at i vo ao co n j u n t o d o s ser vi ço s assi st en ci ai s
p ara g ar an t i r at en ção à saú d e.
Est á(ão ) co r r et a(s)
A) ap en as a I.
B) ap en as I e II.
C) ap en as I e III.
D) ap en as II e III.
E) t o d as (I, II e III).
Rôsposía:
(E) O SUS t em co m o o b j et i vo p r i n ci p al f o r m u l ar e i m p l em en t ar a p o l ít i ca
n aci o n al d e saú d e d est i n ad a a p r o m o ver co n d i çõ es d e vi d a sau d ável , a
p r even i r ri sco s, d o en ças e ag r avo s à saú d e d a p o p u l ação , e asseg u r ar o
acesso eq u i t at i vo ao co n j u n t o d o s ser vi ço s assi st en ci ai s p ar a g ar an t i r
at en ção à saú d e.
Re f : Vasco n cel o s & Pasch e. I n : Cam p o s. Tr at ad o d e Saú d e Co l et i va. p. 5 3 8 ; i d e m
2.ed . p. 5 6 8 .
Resposta'-
. 274 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Rôsposia'-
(E) São p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS est ab el eci d o s na Lei Or g ân i ca d a
Saú d e: a u n i ver sal i d ad e d e acesso em t o d o s o s nívei s d e assi st ên ci a; a
i g u al d ad e na assi st ên ci a à saú d e, sem p r eco n cei t o s o u p r i vi l ég i o s d e
q u al q u er esp éci e; a i n t eg r al i d ad e d a assi st ên ci a; a p ar t i ci p ação d a co -
m u n i d ad e; e a d escen t r al i zação p o l ít i co - ad m i n i st r at i va, co m d i r eção
ú n i ca em cad a esf era d e g o ver n o co m : a) ên f ase na d escen t r al i zação
d o s ser vi ço s p ar a o s m u n i cíp i o s; b) r eg i o n al i zação e h i er ar q u i zação d a
red e d e ser vi ço s d e saú d e. N ão há p eo p o si ção d e cen t r al i zação p o l ít i co -
- ad m i n i st r at i va, co m d i r eção ú n i ca em cad a esf era d e g o ver n o .
Ref.: N o r o n h a et al . In : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 4 3 9 -
4 0 ; i d e m 2 .ed . p .367- 9.
fosposia'-
(E) Den t r e o s p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS est ab el eci d o s na Lei Or g â-
ni ca d a Saú d e, a d escen t r al i zação p o l ít i co - ad m i n i st r at i va, co m d i r eção
ú n i ca e m cad a esf er a, c o m : a) ên f ase na d escen t r al i zação d o s ser vi ço s
p ar a o s m u n i cíp i o s; b ) r eg i o n al i zação e h i er ar q u i zação d a r ed e d e ser-
vi ço s d e saú d e.
Re f : N o r o n h a et al . I n : et al . I n : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l ,
p. 4 4 0 ; i d e m 2 .ed . p. 367- 9.
Rôsposía:
(B) N as d i sp o si çõ es g er ai s d a Lei Or g ân i ca d a Saú d e (Lei N° 8.080, d e 19
d e set em b r o d e 1990), e m seu Ar t . 2 o , est i p u l a:
Art. 2o A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado
prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ Io O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execu-
ção de políticas económicas e sociais que visem à redução de riscos de doen-
ças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem
acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção,
proteção e recuperação.
§ 2o O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas
e da sociedade.
Re f : Car v al h o & San t o s. Si st em a Ún i co d e Saú d e, p .55- 61.
276 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
1
23 17- Em 9 9 0 , foi ed i t ad a a Lei 8.080 d i sp o n d o so b r e a o r g an i zação ad m i n i s-
t r at i va e san i t ár i a d o SUS, sen d o co m p l em en t ad a, no m esm o an o , p el a
Lei 8.142, q u e t r at o u d e d o i s t em as vet ad o s na Lei 8.080, a sab er
A) a f o r m ação d e r ecu r so s h u m an o s p ar a o SUS e as t r an sf er ên ci as d e
r ecur so s financeiros d a Un i ão p ar a o s en t es su b n aci o n ai s.
B) a p ar t i ci p ação d a co m u n i d ad e e as t r an sf er ên ci as d e r ecur so s finan-
cei ro s d a Un i ão p ar a o s en t es su b n aci o n ai s.
C) o f u n ci o n am en t o d o s Co n sel h o s M u n i ci p ai s d e Saú d e e a est r at ég i a
d e h i er ar q u i zação d o s ser vi ço s d e saú d e.
D) o f u n ci o n am en t o d o s Co n sel h o s M u n i ci p ai s d e Saú d e e a a f o r m ação
d e r ecu r so s h u m an o s p ar a o SUS
E) a p ar t i ci p ação d a co m u n i d ad e e a r eg u l ação d o s Co n só r ci o s M u n i ci -
p ais d e Saú d e.
Resposta:
(B) Em 1990, f oi ed i t ad a a Lei 8.080 d i sp o n d o so b r e a o r g an i zação ad -
m i n i st r at i va e san i t ár i a d o SUS, sen d o co m p l em en t ad a, no m esm o an o ,
p el a Lei 8.142, q u e t r at o u d e d o i s t em as vet ad o s na Lei 8.080: a p ar t i -
ci p ação d a co m u n i d ad e e as t r an sf er ên ci as d e r ecu r so s financeiros da
Un i ão p ar a o s en t es su b n aci o n ai s.
Re f : A n d r ad e et ai . In : Ro u q u ay r o l . Ep i d em i o l o g i a & Saú d e. p. 4 8 6 .
Resposta:
(E) A r eg u l ação d o SUS en vo l ve q u at r o âm b i t o s p r i n ci p ai s: 1) a r eg u l a-
ção so b r e p r est ad o r es d e ser vi ço s; 2) a r eg u l ação d e si st em as d e saú d e;
3) a r eg u l ação san i t ár i a; 4) a r eg u l ação d e m er cad o s em saú d e.
Re f : N o r o n h a et al . In : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 4 4 5 ;
i d e m 2.ed . p .373.
D) i g u al d ad e n a assi st ên ci a.
E) h i er ar q u i zação d e açõ es e ser vi ço s.
Resposta:
(B) A t r an sp ar ên ci a n o p l an ej am en t o e n a p r est ação d e co n t as d as açõ es
p ú b l i cas d esen vo l vi d as, co m o u m d o s d ever es d o Est ad o , en q u ad r a- se
no s p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS, n o t o can t e à p ar t i ci p ação d a co m u -
n i d ad e.
Ref.: Noronha et al. In: Giovanella. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 443;
idem 2.ed . p .370.
Resposta:
(D) A r eal i zação d e i n vest i m en t o s p ar a r ed u ção d e d esi g u al d ad es, d e
co n f o r m i d ad e co m a r eg u l am en t ação d o SUS, é, p o r p r i n cíp i o , u m a at ri -
b u i ção d e g est o r n o âm b i t o f ed er al e est ad u al .
Ref.: N o r o n h a et al . I n : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 4 4 8 - 9 ;
i d em 2.ed . p .375.
Resposta:
278 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta'-
(A) A r aci o n al i d ad e si st ém i ca d a r eg u l ação d o p r o cesso d e d escen t r al i -
zação no SUS vi n cu l ad a às d ef i n i çõ es d o co n j u n t o d e açõ es e ser vi ço s a
ser em co n t em p l ad o s no p r o cesso d e r eg i o n al i zação d a saú d e co n d u zi -
d o s no âm b i t o est ad u al co m p act u ação en t r e o s g est o r es foi i nst i t uíd a
p el o s Pact o s p el a Saú d e.
Re f : N o r o n h a et al . In : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 4 6 0 ;
i d em 2.ed . p .386.
I Resposta'-
(C) Seg u n d o a N o r m a Op er aci o n al d a Assi st ên ci a à Saú d e - N OAS- SUS
01/ 2002 (Po rt ari a n.° 3 7 3 / GM , d e 27 d e f ever ei r o d e 2002), reza em seu :
Art. Io Aprovar, na forma do Anexo desta Portaria, a Norma Operacional da
Assistência à Saúde - NOAS-SUS 01/ 2002, que amplia as responsabilidades
CAP. 1 1 - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 279
Resposta:
(D) A assi st ên ci a d e alt a co m p l exi d ad e será p r o g r am ad a n o âm b i t o r e-
g i o n al / est ad u al , e e m al g u n s caso s m acr o r r eg i o n al , t en d o e m vi st a as
car act er íst i cas esp eci ai s d esse g r u p o - alt a d en si d ad e t ecn o l ó g i ca e al t o
cu st o , eco n o m i a d e escal a, escassez d e p ro f i ssi o nai s esp eci al i zad o s e
co n cen t r ação d e o f er t a e m p o u co s m u n i cíp i o s.
Ref.: BRA SI L M i n i st ér i o da Saú d e. N OAS- SUS 0 1 / 2 0 0 2
D) so m en t e I, II e III.
E) t o d as (I a IV).
Resposta:
(D) O M o d el o em Def esa d a Vi d a, p r o p o st o p el o Lab o r at ó r i o d e Pl an ej a-
m en t o e Ad m i n i st r ação em Saú d e- LAPA, d a Un i ver si d ad e d e Cam p i n as-
Un i cam p , f u n d am en t a- se no s seg u i n t es p r i n cíp i o s: g est ão d em o cr át i ca;
saú d e co m o d i rei t o d e ci d ad an i a; ser vi ço p ú b l i co d e saú d e vo l t ad o p ara
a d ef esa d a vi d a i n d i vi d u al e co l et i va.
Re f : A n d r ad e et al . In : Ro u q u ay r o l . Ep i d em i o l o g i a & Saú d e. p. 4 7 6 .
Resposta:
(C) 0 e m p e n h o d e est r u t u r ar o SUS t em seu s m ér i t o s. Ap ó s u m t r ab al h o
d e d i scu ssão en t r e t écn i co s e d i r i g en t es d essas i n st ân ci as, f o r am ap r o va-
d o s p el a CIT (26/ 1/ 2006) e p el o Co n sel h o N aci o nal d e Saú d e (9/ 2/ 2006).
O Pact o p el a Vi d a esp eci f i ca d i ret ri zes o u o b j et i vo s e m et as p ar a seis
p r i o r i d ad es: Saú d e d o i d o so ; Co n t r o l e d o cân cer d o co l o d o út er o e d a
m am a; Red u ção d a m o r t al i d ad e i nf ant i l e m at er n a; Fo r t al eci m en t o d a
cap aci d ad e d e r esp o st as às d o en ças em er g en ci ai s e en d em i as, co m ên -
f ase na d en g u e, h an sen íase, t u b er cu l o se, m al ár i a e i n f l u en za; Pr o m o ção
d a Saú d e; e Fo r t al eci m en t o d a At en ção Bási ca. O Pact o em Def esa d o
SUS exp r essa o s co m p r o m i sso s d o s g est o s d o SUS co m a co n so l i d a-
ção d a Ref o r m a Sani t ár i a Br asi l ei r a, i n d i can d o i ni ci at i vas e açõ es. Já o
Pact o d e Gest ão ap r esen t a d i r et r i zes e d ef i n e a r esp o n sab i l i d ad e san i -
t ári a p ara m u n i cíp i o s, est ad o s, Di st ri t o Fed er al e Un i ão , esp eci al m en t e
em r el ação à r eg i o n al i zação , p l an ej am en t o e p r o g r am ação , r eg u l ação ,
co n t r o l e, aval i ação , au d i t o r i a, p ar t i ci p ação e co n t r o l e so ci al , g est ão d o
t r ab al h o e ed u cação na saú d e. O Pl an o N aci o nal d e Saú d e exp l i ci t a as
i ni ci at i vas p ri o ri t ári as d o M i ni st ér i o d a Saú d e e ap r esen t a u m a est r u t u -
ra co m p o st a d e i n t r o d u ção (p r o cesso , est r u t u r a e em b asam en t o l eg al ),
p r i n cíp i o s, an ál i se si t u aci o n al d a saú d e, o b j et i vo s e d i ret ri zes (co m as
r esp ect i vas m et as), g est ão , m o n i t o r am en t o e aval i ação .
CAP. 1 1 • SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 281
Resposta:
(B) O Pact o p el a Vi d a esp eci f i ca d i ret ri zes o u o b j et i vo s e m et as p ar a seis
p r i o r i d ad es: 1 Saú d e d o i d o so ; 2 Co n t r o l e d o cân cer d o co l o d o út er o e
d a m am a; 3 Red u ção d a m o r t al i d ad e i nf ant i l e m at er n a; 4 Fo r t al eci m en -
t o d a cap aci d ad e d e r esp o st as às d o en ças em er g en ci ai s e en d em i as,
co m ên f ase na d en g u e, h an sen íase, t u b er cu l o se, m al ár i a e i n f l u en za; 5
Pr o m o ção d a saú d e; e 6 Fo r t al eci m en t o d a at en ção b ási ca.
Ref.: Pai m . In: Cam p o s. Tr at ad o d e Saú d e Co l et i va. p. 7 7 6 .
Resposta:
(B) O Pl an o N aci o nal d e Saú d e exp l i ci t a as i ni ci at i vas p ri o ri t ári as d o
M i ni st ér i o d a Saú d e e ap r esen t a u m a est r u t u r a co m p o st a d e i n t r o d u -
ção (p r o cesso , est r u t u r a e em b asam en t o l eg al ), p r i n cíp i o s, an ál i se si -
t u aci o n al d a saú d e, o b j et i vo s e d i r et r i zes (co m as r esp ect i vas m et as),
g est ão , m o n i t o r am en t o e aval i ação . Seu s o b j et i vo s, d i ret ri zes e m et as
en co n t r am - se d i r i g i d o s p ara ci n co t ó p i co s: l i nhas d e at en ção à saú d e;
co n d i çõ es d e saú d e d a p o p u l ação ; set o r saú d e; g est ão em saú d e; e i n -
vest i m en t o e m saú d e.
Ref.: Pai m . In: Cam p o s. Tr at ad o d e Saú d e Co l et i v a. p. 7 7 6 ; i d em 2.ed . p. 8 3 6 .
282 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(C) In t er set o r i al i d ad e co m est r at ég i a p r i n ci p al : a p r o p o st a d e Ci d ad es
Sau d ávei s en f at i za a i n t er set o r i al i d ad e co m o p r i n ci p al est r at ég i a d e ar-
t i cu l ação p o l ít i ca e o p er aci o n al na p r o m o ção d e saú d e.
Ref.: A n d r ad e et al . In : Ro u q u ay r o l . Ep i d em i o l o g i a & Saú d e. p. 4 7 8 .
Resposta:
(A) "As p r i n ci p ai s u n i d ad es co m p o n en t es d o Si st em a N aci o nal d e Vi -
g i l ânci a Sani t ár i a q u e est r u t u r am sua o p er aci o n al i zação : a) No nível
f ed er al : Ag ên ci a N aci o nal d e Vi g i l ânci a Sani t ár i a (Anvi sa) e o Inst i t ut o
N aci o nal d e Co n t r o l e d e Qu al i d ad e em Saú d e (IN CQS). b) Nível est ad u al :
o s 2 7 ó r g ão s d a vi g i l ân ci a sani t ár i a d as secr et ar i as est ad u ai s d e saú d e
q u e t am b é m co n t am co m su p o r t e l ab o rat o ri al cen t r al em cad a u n i d ad e
d a f ed er ação co m g r an d es d i f er en ças d e cap aci d ad e t écn i ca e an al ít i ca,
c) Nível m u n i ci p al : ser vi ço s d e vi g i l ân ci a sani t ár i a o r g an i zad o s o u açõ es
d esen vo l vi d as ar t i cu l ad as co m o u t r as ár eas d a vi g i l ân ci a sani t ári a em
esp eci al a ep i d em i o l ó g i ca co m d en o m i n açõ es o r g an i zaci o n ai s d i ver sas,
co m o vi g i l ân ci a d a saú d e, p r o t eção à saú d e, en t r e o ut ras."
Ref .: Veci n a N et o et al . In : Ca m p o s et al . Tr at ad o d e saú d e co l et i va. 2.ed . p. 7 5 1 .
2 | 3 1 . A f i n al i d ad e i n st i t u ci o n al d a Ag ên ci a N aci o n al d e Vi g i l ân ci a San i t ár i a
(Anvi sa) no Brasil é
CAP. 1 1 - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 283
Resposta:
(A) "A f i n al i d ad e i n st i t u ci o n al d a An vi sa é p r o m o ver a p r o t eção d a saú d e
d a p o p u l ação , r eal i zan d o p ara isso as at i vi d ad es d e co n t r o l e san i t ár i o ,
d a p r o d u ção e d a co m er ci al i zação d e p r o d u t o s e ser vi ço s su b m et i d o s à
vi g i l ân ci a sani t ári a e d e co n t r o l e d e p o r t o s, aer o p o r t o s e f r o nt ei r as. Seu
co n t r at o d e g est ão é u m i n st r u m en t o p ar a a aval i ação d a at u ação ad m i -
ni st rat i va d a ag ên ci a, p r o p o st o e n eg o ci ad o p el o d i ret o r p r esi d en t e ao
m i ni st r o d a Saúd e."
Ref.: Veci n a N et o et al . In : Cam p o s et al . Tr at ad o d e saú d e co l et i va. 2.ed . p. 7 5 2 .
Resposta:
> 284 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
! Resposta:
(E) "A vi g i l ân ci a sani t ári a d eve at en d er ao p r i n cíp i o ét i co d a i n f o r m ação
e d a co m u n i cação so ci al . O ci d ad ão t em o d i rei t o d e ser i n f o r m ad o so -
b re o s ri sco s, so b r e a q u al i d ad e e a ef i cáci a d e p r o d u t o s e ser vi ço s. A
i n f o r m ação g er a a p o ssi b i l i d ad e d e esco l h a e d e t o m ad a d e d eci são p el a
so ci ed ad e e p o d e p r o m o ver a p ar t i ci p ação p o p u l ar na d i scu ssão d e p o -
lít icas e est ab el eci m en t o s d e d iret rizes."
Ref.: Veci n a N et o et al . In : Cam p o s et al . Tr at ad o d e saú d e co l et i va. 2.ed . p. 7 6 1 .
i
Resposta:
(B) O co m p o n en t e f ed er al f oi r ef o r m u l ad o co m a su b st i t u i ção d e u m a
secr et ar i a d a ad m i n i st r ação d i r et a p ara u m a au t ar q u i a esp eci al co m o
ag ên ci a r eg u l at ó r i a, m an t en d o sua vi n cu l ação ao M i ni st ér i o d a Saú d e,
m as co m i n d ep en d ên ci a ad m i n i st r at i va, est ab i l i d ad e d e seus d i r i g en t es
e au t o n o m i a f i n an cei r a. A An vi sa t em co m o f u n ção a r eg u l am en t ação
CAP. 1 1 -SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 285
Resposta:
(D) A Vi g i l ân ci a Sani t ár i a se co n st i t u i u m a d as p rát i cas m ai s co m p l exas e
ant i g as d a Saú d e Pú b l i ca, p o is suas açõ es, essen ci al m en t e d e n at u r eza
p r even t i va, o b j et i vam a p r o m o ção , p r o t eção e r ecu p er ação d a saú d e. A
Vi g i l ânci a Sani t ár i a é d ef i n i d a co m o o co n j u n t o ar t i cu l ad o d e i n t er ven -
çõ es vo l t ad as p ara o co n t r o l e d as cau sa e d o s risco s sani t ár i o s. Sit ua- se
l o n g e d o m o d el o m éd i co - assi st en ci al : o d a m er a p r est ação d e ser vi ço s
assi st enci ai s. Ao co n t r ár i o , p o d e ser en t en d i d a co m o cam p o d e p r át i ca,
d e carát er est at al , q u e se ut iliza d a est r at ég i a d a p r o m o ção d a saú d e.
Ref.: Si l va & Pep e. I n : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 8 3 1 - 3 .
Resposta:
(A) A Ag ên ci a N aci o nal d e Vi g i l ânci a Sani t ár i a (Anvi sa) é u m a au t ar q u i a,
e, em b o r a l i g ad a ao M i ni st ér i o d a Saú d e, t em au t o n o m i a ad m i n i st r at i va
e f i n an cei r a.
Ref.: Si l va & Pep e. In : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 8 3 8 .
286 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
Resposta:
(D) O Inst i t ut o N aci o nal d e Co n t r o l e d e Qu al i d ad e em Saú d e (INCQS)
d a Fi o cr uz at u a co m o ó r g ão d e ref erênci a n aci o n al p ara as q u est õ es
t ecn o l ó g i cas n o r m at i vas, rel at i vas à aval i ação d a q u al i d ad e d e i n su m o s,
p r o d u t o s, am b i en t es e ser vi ço s vi n cu l ad o s à vi g i l ân ci a san i t ár i a. É o la-
b o r at ó r i o co m a m ai o r cap aci d ad e an al ít i ca i n st al ad a no Brasi l . Tr ab a-
l h an d o excl u si vam en t e p ara o SN VS e o M i ni st ér i o d a Saú d e, at en d e ao s
p r o g r am as esp eci ai s, an al i san d o i m u n o b i o l ó g i co s, h em o d er i vad o s, kits
d i ag n ó st i co s p ara HIV et c. Não execu t a q u al q u er co n su l t o r i a o u p res-
t ação d e ser vi ço p ara o set o r p r i vad o , p rát i ca co m u m em al g u n s d o s
Lacen . Di sp õ e d e u m p r o g r am a d e p ó s- g r ad u ação esp ecíf i co p ara a área
d a vi g i l ân ci a san i t ár i a.
Ref.: Si l va & Pep e. In : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 8 3 9 ;
i d em 2.ed . p. 7 2 7 .
Resposta:
287
Resposta:
(B) O Cen t r o d e At en ção Psi co sso ci al (CAPS) d o t i p o ll- ad é p r o g r am ad o
p ara m u n i cíp i o s co m p o p u l ação aci m a d e 100.000 h ab i t an t es, d even d o
f u n ci o n ar d e seg u n d a a sext a, d as 8 às 18 ho r as, p o d en d o t er u m t er cei -
ro p er ío d o at é às 21 h.
Ref .: A m a r a n t e . I n : Gi o v an e l l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 7 4 8 ;
i d em 2.ed . p. 6 4 6 .
Resposta:
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
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