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Marcelo Gurgel Carlos da Silva

500 OUESTOES
COMENTADAS
PARA PROVAS E CO N CU RSO S EM
Mar celo Gurgel Car los da Silva

Dout or em Saúde Pública pela Faculdade de


Saúde Pública da USP.

Pós-Doutor em Economia da Saúde pela


Universidade de Barcelona-Espanha.

Prof essor t it ular de Saúde Pública da


Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Professor do Dout orado em Saúde Coletiva


M UECE/ UFC/ Unifor.

Professor do Programa de Pós-Graduação


(Mestrado e Doutorado) em Saúde Coletiva
da UECE.

Coordenador do Comit é de Ética em Pesquisa


do I nstituto de Câncer do Ceará.

Membr o titular da Academia Cearense de


Medicina, da Academia Brasileira de Médicos
Escritores.

Sócio da Sociedade Brasileira de Médicos


Escritores - Regional Ceará e do I nstituto do
Ce a r á ( H i s t ó r i c o , G e o g r á f i c o e
Antropológico).co).
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
Doutor em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP; Pós-Doutor em Economia da Saúde pela Universidade de
Barcelona-Espanha; Professor titular de Saúde Pública da Universidade Estadual do Ceará (UECE); Professor do Doutorado
em Saúde Coletiva AA UECE/ UFC/ Unifor; Professor do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Saúde
Coletiva da UECE; Fundador e ex-coordenador do Mestrado Académico em Saúde Pública e do Curso de Medicina da UECE;
Coordenador do Comité de Ética em Pesquisa do Instituto de Câncer do Ceará; Professor da Escola Cearense de Oncologia do
Instituto de Câncer do Ceará; Médico aposentado da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará; Membro titular da Academia
Cearense de Medicina, da Academia Brasileira de Médicos Escritores. Membro fundador da Academia Cearense
de Médicos Escritores; Sócio da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional Ceará e do Instituto do Ceará
(Histórico, Geográfico e Antropológico).

SA ÚDE PÚBLICA
C f \ f \ QUESTÕES
W W W COMENTADAS
PARA PROVAS E CONCURSOS

2a edição

2016

edit ora

SANAR
2016
© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela
Lei n° 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou
qualquer parte deste livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios
(eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da
obra, bem como às suas características gráficas, sem permissão expressa da Editora.

Título | Saúde pública: 500 questões comentadas para provas e concursos


Editor | Leandro Pinto Lima
Projeto gráfico e diagramação Cendi Coelho
Capa Carlos Batalha
Conselho Editorial j Caio Vinícius Menezes Nunes
Sandra de Quadros Uzêda
Cleber Luz Santos
Paulo Costa Lima

Ficha Catalográfica: Fábio Andrade Gomes - CRB-5/1513

S586q Silva, Marcelo Gurgel Carlos da.


500 questões comentadas para provas
e concursos em saúde pública / Marcelo
Gurgel Carlos da Silva. - Salvador:
SANAR, 2016.
298 p.:il.; 14x21 cm.

ISBN: 978-85-67806-46-4
1. Saúde pública - Problemas, questões,
exercícios. I. Título.
CDU:614

Editora Sanar Ltda.


Av. Prof. Magalhães Neto, 1856 - Pituba,
Condomínio Edifício TKTOWER, sl. 1403,
CEP: 41810-012, Salvador-BA-Brasil
Telefone: 71.3497-7689
www.editorasanar.com.br
atendimento@editorasanar.com.br
APRESENTAÇÃO
Á SEGUN DA EDI ÇÃO

Em novembro de 1990 publicamos "Epidemiologia: Aut o-Avaliação e Re-


visão", que teve o mérit o de ser o primeiro livro de aut o-avaliação do tipo per-
guntas e respostas na área de saúde pública em nosso País.

A obra obteve excelente aceit ação entre sanitaristas e epidemiologistas


brasileiros, sendo dist ribuída quase exclusivament e por mala direta e parte da
divulgação proporcionada pela ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Cole-
tiva entre seus associados e por demanda espont ânea solicitada ao autor.

O interesse despertado por esse livro e a sua indicação em pesquisas sele-


tivas para mestrado e residência médica e concursos públicos levaram ao esgo-
t ament o dos exemplares. Apesar dos insistentes pleitos, com vistas à reimpres-
são do material, optamos pelo caminho mais árduo, contudo gratificante, o da
preparação da segunda edição, passando de 600 para 800 quest ões, lançada
em 1995, com ampla t iragem, que foi igualmente esgotada, com o passar dos
anos. A terceira edição dessa obra foi tornada pública, em 2008, reunindo mil
quest ões do tipo múlt ipla escolha.

Em 1992, lançamos a primeira edição de "Saúde Pública: Aut o-Avaliação


e Revisão", com ót ima repercussão no meio editorial brasileiro, resultando em
figuração nos cat álogos como obra esgotada. O livro foi bastante utilizado por
candidatos a concursos públicos e processos seletivos de todo o País, tendo sido
t ambém integrado à bibliografia recomendada para admissão de alguns cursos
de pós-graduação na área da em Saúde Pública, e, largamente, para o ingresso
em programas de residência médica.

O fato impôs a feitura da segunda edição em 1997, revista e ampliada para


1.000 quest ões, e, posteriormente, pelas mesmas razões, a terceira edição, lan-
çada em 2004, com a incorporação de três novos capít ulos, perfazendo 1.300
quest ões, at é chegar à quarta edição, em 2012, quando alcançou a marca de
1.500 quest ões.
6 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Entre esses dois t ít ulos, demos à est ampa, por conceituadas editoras, uma
série de livros aut o-avaliação e revisão, cobrindo diferentes campos da Saúde
Pública e outras áreas correlatas, cabendo citar as publicações seguintes: Doen-
ças infecciosas e parasit árias (1995), Medicina preventiva (1995), Epidemiologia
do Câncer (1995), Economia da saúde (1996), Tuberculose (1997), Saúde Coleti-
va (1997), Saúde Materno-lnfantil (1998), Princípios e Mét odos Epidemiológicos
(2000), Saúde Ocupacional (2001) e Economia da Saúde - 2.ed. (2003).

O banco de quest ões com respostas comentadas, entre as publicadas e as


ainda inédit as, sob a nossa cust ódia, supera o montante das sete mil. Uma par-
cela considerável desses quesitos figurou, previamente, em provas e exames de
muitos processos seletivos e concursos públicos em que fizemos parte de banca
examinadora.

Em 2014, por solicit ação da Editora Sanar, e em resposta a um nicho es-


pecífico da demanda, trouxemos à publico um livro-sínt ese da Saúde Pública,
compact o porém abrangente, sob o formato de perguntas com respostas co-
mentadas, que visa facilitar o estudo daqueles que, por imperativo do tempo,
t êm necessidades de auferir conheciment os em um curto prazo.

Esta obra "SAÚDE PÚBLICA: 500 quest ões comentadas para provas e
concursos" cont ém cinco cent ennas de quest ões dist ribuídas em dez capít ulos,
cinco deles ompostos por quest ões inédit as e outros cinco perguntas já edit a-
das, devidament e revisadas e atualizadas, quando foi necessário. Os capít ulos
cobrem, inegavelmente, campos e assuntos de maior interesse da Saúde Pública
brasileira, sendo, identicamente, úteis aos sanitaristas, aos profissionais de saú-
de, como enfermeiros, farnacêut icos, fisioterapeutas, médicos, nutricionistas,
odont ólogos et c, bem como às outras categorias profissionais engajadas no
trabalho no setor da saúde.

Os quesitos foram elaborados com base em ampla bibliografia nacional e


estrangeira, porém concedendo prioridade aos problemas de saúde mais preva-
lentes no Brasil, compondo várias modalidades de apresent ação, como exercí-
cios, estudos dirigidos, correlação etc.

As quest ões são todas do tipo teste de múlt ipla escolha, todas com cinco
opções das quais apenas uma é correta; cada quesito é acompanhado de res-
posta comentada e da correspondente referência, na qual o assunto pode ser
verificado ou aprofundado. O nível de complexidade das quest ões é variável: a
maioria delas muito fácil e ao nível de graduação, e parte, de razoável e elevado
grau de dificuldade, que requer a formação em Saúde Pública ou em um deter-
minando campo sanit ário, especificamente.

A primeira edição foi lançada na programação oficial do "VIII Congresso


Brasileiro de Epidemiologia", realizado em Vit ória-ES, em setembro de 2014, e
patrocinado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva-ABRASCO, t endo sido,
dentre centenas de livros, o segundo t ít ulo mais vendido durante o evento.
APRESENTAÇÃO Á SEGUNDA EDIÇÃO

Ao cabo de um ano, a tiragem inicial da obra foi esgotada, o que levou a


feitura de duas reimpressões para dar conta da benfazeja demanda despert ada.
Em que pese o pouco t empo decorrido desde o lançament o, decidiu-se evitar
mais uma reimpressão, partindo-se para a segunda edição a circular no início
de 2016.

Esta nova edição, cotejando com a anterior, foi ampliada para 550 (qui-
nhentas e cinquenta) quest ões, t eve os capít ulos 1 e 3 revistos, com inserção
de novos quesitos, e cont a, ao final, com um novo capít ulo específico focando o
Si st ema Ún i co de Saú d e, um pleit o f or mul ado por vár i os leit ores.

Acreditamos que "SAÚDE PÚBLICA: quest ões comentadas" seguirá me-


recendo a devida at enção, da parte dos profissionais interessados em auferir
conhecimentos de Saúde Pública, para atendimentos de suas necessidades,
moment âneas ou circunstanciais, servindo como instrumento de consulta, para
revisar, atualizar e ampliar o aprendizado conhecimentos em área de vital im-
port ância para a compreensão da realidade sanit ária no Brasil.

Fortaleza, janeiro de 2016.

Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva


PREFACIO

Há alguns anos, escrevi um livro sobre a teoria e a prát ica da epidemiologia.


Ao fim de cada capít ulo, apresentei alguns exercícios. Por limit ações de espaço,
somente poucos exercícios puderam ser inseridos. Recebi muitos coment ários
sobre eles. Afirmaram tratar-se de grande ajuda para consolidar conceitos e apre-
ender detalhes de sua aplicação.

O presente livro do Professor Marcelo Gurgel reúne um número bem maior


de exercícios, somente possível em livro dedicado exclusivamente a eles. Exercí-
cios apresentados e comentados permitem ao aprendiz, isoladamente, resolvê-
-los e logo verificar se as respostas est ão corretas. As tentativas de acerto e erro
são didát icas e estimulantes, pois quem acerta, sente que domina o assunto. Fica
instado a ir adiante. Quem erra e verifica onde e como isso ocorreu tende a reter
esse conhecimento. Aprende a lição e fica igualmente estimulado a ir adiante.

O livro Saúde Pública: Quest ões Comentadas serve tanto para estudo isola-
do quanto para complementar outros livros de saúde pública. O iniciante, que o
utiliza como complemento para estudo de conceitos e mét odos, verá os mesmos
assuntos em diferentes perspectivas. Isso auxilia o estudante a compreender as
aplicações da teoria. Mesmo os profissionais experientes aproveitam o cont eúdo
de livros de exercícios. Por mais experientes que sejam jamais podem ter viven-
ciado toda a gama de sit uações descritas no livro.

O Professor Marcelo Gurgel, com a publicação do seu livro, do qual é autor


único, dá prosseguimento à sua carreira vitoriosa de escritor com incursão em
vários campos. Como autor de livros didát icos de saúde pública ele se destaca
por suas cont ribuições de enorme valor, dedicadas à formação de profissionais
de saúde.

Mauricio Gomes Pereira


Professor Emérito,
Universidade de Brasília.
SUMÁRIO

Capítulo 1

|0 EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 13
Capítulo 2

0 ESTATÍSTICAS DE SAÚDE 59
Capítulo 3

Q3 ADMINISTRAÇÃO E POLÍTICA DE SAÚDE 77


Capítulo 4

1 1 5
03 EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Capítulo 5

01 SAÚDE MATERNO-INFANTIL 133


Capítulo 6

QQ NUTRIÇÃO EM SAÚDE BÁSICA 155


Capítulo 7

0 SAÚDE BUCAL COLETIVA 177


Capítulo 8

Q3 SAÚDE DO TRABALHADOR 205


Capítulo 9
H l SAÚDE AMBIENTAL 227
Capítulo 10
H l SAÚDE DA FAMÍLIA 243

Capítulo 11

03 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 267


Referências 289
CAPÍTUL01

EPIDEMIOLOGIA
BÁSI CA

JJ 01. Do ponto de vista epidemiológico, a descrição de uma doença significa \


notadamente:
A) caracterizar os diferentes períodos da doença quando atinge o indi- 1
víduo.
B) valiar os recursos que são empregados na assist ência aos casos dessa [
doença. !
C) revelar os problemas de saúde-doença em nível coletivo.
D) descrever as caract eríst icas de doenças nos diferentes períodos da j
hist ória. J
E) identificar o seu agente causal. I

Resposta"'
(C) A epidemiologia, nos estudos de dist ribuição das doenças, tem por !
objetivo revelar os problemas de saúde-doença em nível coletivo, pos- 5
sibilitando o detalhamento do perfil epidemiológico da população com ;
vistas à promoção de saúde. J
Ref.: Rouquayrol et ai In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 11-2.

[ j j 02. Dent re os diferent es usos da Epidemiologia, propost os por Morris,


incluem-se:
I) diagnosticar a sit uação da saúde de uma comunidade.
II) identificar possíveis associações causais de doenças.
III) estimar os riscos individuais e as probabilidades de adoecer.
IV) avaliar os serviços de saúde.
Desses usos, est ão mais vinculados ao planejamento em saúde
A) todos (I a IV).
B) somente I, III e IV.
14 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

C) somente I, II e IV.
D) somente I e IV.
E) somente III e IV.

Resposta'-
(B) Morris, classicamente, distinguiu sete usos importantes da Epidemio-
logia; desses usos, quatro estavam mais vinculados ao planejamento em
saúde, a saber: 1. diagnóst ico dos problemas de saúde na comunidade;
2. permite fazer projeções; 3. ident ificação dos grupos mais vulneráveis;
4. mét odos de avaliação (serviços e t écnicas).
Ref.: Armijo. Epidemiologia, p. 37-40.

| "É um conjunto de conceitos, mét odos e formas de ação prát ica que se
aplicam ao conhecimento e t ransformação do processo saúde-doença
na dimensão coletiva ou social".
Essa int erpret ação corresponde ao propósit o da
A) epidemiologia hist órica.
B) epidemiologia analít ica.
C) epidemiologia social.
D) epidemiologia descritiva.
E) epistemiologia marxista.

Resposta'-
(C) A epidemiologia social dá ênfase ao estudo da estrutura sócio-eco-
nômica a fim de explicar o processo saúde-doença de maneira hist órica,
mais abrangente, tendo a epidemiologia como um dos instrumentos de
t ransformação social.
Ref.: Rouquayrol et ai. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 13.

J 04. Das seguint es afirmações relativas à epidemiologia social, assinale a


FALSA.
A) Seus principais idealizadores e pensadores são autores latino-ameri-
canos.
B) Sua visão dialét ica se posiciona favoravelment e à fat alidade do
"natural" e do "tropical".
C) Dá ênfase ao estudo da estrutura sócio-econômica a fim de explicar
o processo saúde-doença de maneira hist órica.
D) Tem a epidemiologia como um dos instrumentos de t ransformação
social.
E) Usa conceit os básicos ext raídos da sociologia, economia, ciência
polít ica e antropologia médica.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 15

Resposta:
(B) A visão dialét ica da epidemiologia se posiciona contra a fatalidade
do "natural" e do "tropical". Os demais enunciados est ão de acordo com
a base dout rinária da epidemiologia social.
Ref.: Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 13.

05. Segundo o modelo de Leavell & Clark, no período da pré-pat ogênese


podem ser aplicadas as seguintes medidas preventivas
A) p r o m o ção da saú d e e pr o t eção específ i ca.
B) diagnóst ico precoce e tratamento imediato.
C) promoção da saúde e diagnóst ico precoce.
D) prot eção específica e diagnóst ico precoce.
E) promoção da saúde, prot eção específica e diagnóst ico precoce.

Resposta'-
(A) No período pré-pat ogênico o nível de aplicação das medidas pre-
ventivas, segundo Leavell & Clark, é o da prevenção primária, feita por
meio da promoção da saúde e da prot eção específica.
Ref.: Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 21-2; Leavell
& Clark. Medicina Preventiva, p. 147.

I Pelo modelo de Leavell & Clark, são medidas de prevenção secundária:


A) a promoção da saúde e a prot eção específica.
B) a prot eção específica e o diagnóst ico precoce e tratamento imediato.
C) o diagnóst ico precoce e tratamento imediato e a limit ação da incapa-
cidade.
D) a limit ação da incapacidade e a reabilit ação.
E) o diagnóst ico precoce e tratamento imediato, a limit ação da incapa-
cidade e a reabilit ação.

Resposta'-
(C) Pelo modelo de Leavell & Clark, o diagnóst ico precoce e tratamento
imediato e a limit ação da incapacidade são medidas preventivas do ní-
vel secundário.
Ref.: Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 21-2; Leavell
& Clark. Medicina Prevent iva, p. 21-3.

| "Éo intervalo de tempo durante o qual o paciente apresenta manifesta-


ções inespecíficas".
Essa definição se aplica ao período:
| 16 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA
1
5
A) de incubação.
B) prodrômico.
C) de transmissibilidade.
D) prê-pat ogênico.
E) pat ogênico.

Resposta'-
(B) O período prodrômico vai desde o aparecimento dos primeiros sin-
tomas e sinais da doença em causa at é que surjam aqueles que lhe são
caract eríst icos, permitindo o diagnóst ico ou, pelo menos, o levanta-
mento de hipót eses diagnosticas em um campo mais restrito.
Ref: Leser etal. Elementos de Epidemiologia Geral. p. 94.

EJ 08. Com relação à história natural da doença, é INCORRETO afirmar que:


A) tem desenvolvimento em dois períodos sequenciados: o pat ológico
e o epidemiológico.
B) no período epidemiológico, o interesse é dirigido para as relações
suscet ível-ambient e.
C no período pat ológico, interessam as modificações que se passam no
organismo vivo.
D) abrange dois domínios interagentes, consecut ivos e mut uament e
exclusivos, que se complet am.
E) o meio ambiente é onde ocorrem as pré-condições, enquanto o meio
interno é o locus da doença.

Resposta'
(A) A história natural da doença, portanto, tem desenvolvimento em dois
períodos sequenciados: o período epidemiológico e o período pat ológi-
co. No primeiro, o interesse é dirigido para as relações suscet ível-ambien-
te; no segundo, interessam as modificações que se passam no organismo
vivo. Abrange, portanto, dois domínios interagentes, consecutivos e mu-
tuamente exclusivos, que se completam: o meio ambiente, onde ocorrem
as pré-condições, e o meio interno, locus da doença, onde se processaria,
de forma progressiva, uma série de modificações bioquímicas, fisiológicas
e hist ológicas, próprias de uma determinada enfermidade.
Ref: Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 13-20.

H l 09. Os estudos de prevalência:


I. identificam somente aqueles casos que est ão vivos e diagnost icáveis
na época da avaliação.
II. não incluem nos casos aqueles que já faleceram.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 17

III. incluem os casos que já foram curados.


IV. permit em uma compr eensão clara da relação t emporal ent re um
fator causal e uma doença.
Está(ão) correta(s) somente
A) a I.
B) a II.
C) l el l .
D) 1,11 e III.

E) I, III e IV.

Resposta:
(C) Os estudos de prevalência identificam somente aqueles casos que
est ão vivos e diagnost icáveis na época da avaliação. Os casos prevalen-
tes podem ser um subgrupo viciado de todos os casos porque eles não
incluem aqueles que j á faleceram ou foram curados. Além disso, est u-
dos de prevalência, comumente, não permitem uma compreensão clara
da relação temporal entre um fator causal e uma doença.
Ref: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 4.ed. p. 87-8.

"O Serviço de Medicina do Trabalho de uma grande fábrica a realiza um


check-up de todos os empregados ao completarem 50 anos de idade. A
avaliação dos resultados durante cinco de anos de implant ação desse
programa revelou que de 500 empregados examinados 100 t inham
lesões elet rocardiográficas sugestivas de infarto do miocárdio, ou seja
20%".
A medida acima relatada trata-se de uma taxa de
A) incidência.
B) prevalência inst ant ânea.
C) prevalência por período.
D) letalidade.
E) incidência-densidade.

Resposta:
(B) A prevalência inst ant ânea ou moment ânea indica a frequência da
doença em um "ponto" de tempo dado, independente de quando co-
meçaram os casos. O "ponto" no caso em análise é completar 50 anos
de idade para se fazer o check-up e as lesões est ão presentes nesse mo-
mento mas j á existiam desde datas indeterminadas.
Ref: Guerrero etal. Epidemiologia, p. 36-51; Lima etal. In: Rouquayrol. Epidemio-
logia & Saúde. 7.ed. p. 36-8.
• 18 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

O 11. Representam uma vantagem das taxas ajustadas:


A) são taxas sint ét icas reais.
B) t êm cálculo fácil para comparações internacionais.
C) operam com subgrupo homogéneos.
D) são t axas det alhadas, út eis para fins epidemiológicos e de Saúde
Pública.
E) as diferenças na composição dos grupos são "removidas", permitindo
! comparações sem vícios.

Resposta'-
(E) As taxas brutas são sint ét icas e reais e de cálculo fácil para compa-
rações internacionais. As taxas específicas se aplicam a subgrupos ho-
mogéneos e são úteis para fins epidemiológicos e de Saúde Pública. As
taxas ajustadas ou padronizadas são afirmações condensadas; nelas, as
diferenças na composição dos grupos são "removidas", a que permite
comparação sem vício.
I Ref.: Mausner & Bahn. Introdução à Epidemiologia, p. 88.

• •M• • M

g j 12. A incidência-densidade é expressa pelo número de casos:


A) novos dividido pelo número total de pessoas-ano em risco.
B) novos e antigos dividido pelo número total de pessoas-ano em risco
C) novos dividido pelo númer o t ot al de pessoas em risco por um
período específico de tempo
D) novos dividido pelo número de pessoas em risco presentes no início
I do acompanhamento
E) novos e ant igos dividido pelo t ot al de pessoas em risco por um
! período específico de tempo.

Resposta' -
(A) "Na tentativa de manter a cont ribuição de cada sujeito proporcio-
nal ao seu intervalo de seguimento, o denominador de uma medida
de incidência-densidade não é as pessoas em risco por um período es-
pecífico de tempo, mas as pessoas-tempo em risco para o evento. Um
indivíduo seguido por 10 anos sem se tornar um caso contribui com 10
pessoas-ano, enquanto que um individuo seguido por um ano contribui
apenas com 1 pessoa-ano para o denominador. A incidência-densidade
é expressa pelo número de casos novos dividido pelo número total de
J pessoas-ano em risco."
Ref.: Fletcher etal. Epidemiologia Clínica. 4.ed. p. 89.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 19

Questões 13 a 21

A figura abaixo ilustra a ocorrência de 10 casos de uma doença (A, B,


J) em um grupo de 100 pessoas seguidas no período de três anos
(2012 a 2014)
2012 2013 , 2014

o
[ o— B

o V C
>D
1 o—
o • E
• F
1 o—
0

j o—

! I
o j

FIG. Ocorrência da doença em 100 pessoas sob risco de 2002 a 2004

Legenda:
o- Início da doença
— Duração da doença

Com base na ilust ração e considerando que a doença deixa imuni-


dade permanente aos seus acometidos, responda as quest ões de 13
a 22.

A
E3 13* prevalência da doença no início de 2012 foi:
A) 0,40%.
B) 4,00%.
C) 4,17%.
D) 6,00%.
E) N.R.A.

Resposta:
(B) No início de 2012 das 100 pessoas em risco, quatro (B, D, F e H) já
estavam doentes, ent ão a taxa de prevalência foi:
4
x 100 = 4%
100

| A prevalência da doença no início de 2013 foi:


A) 4,00%.
B) 6,00%.
20 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

C) 6,38%.
D) 9,00%.
E) N.R.A.

Resposia'-
(B) No início de 2013, havia seis doentes (A, B, F, G, H e I) para cem pes-
soas o que produz a prevalência de:
6
x100 = 6%
100

I A prevalência da doença no final de 2013 foi:


A) 2,00%.
B) 4,00%.
C) 6,00%.
D) 8,00%.
E) N.R.A.
Resposta'-
(C) No final de 2013, t êm-se seis doentes (A, F, G, H, I e J) para as 100
pessoas, o que gera a prevalência de:
6
x100 = 6%
100

33 16. A incidência da doença em 2012 foi:


A) 4,17%.
B) 4,00%.
C) 2,08%.
D) 2,00%
E) N.R.A.

Resposta'-
(C) Em 2012, foram dois casos novos (A e I), mas das 100 pessoas sob
estudo quatro (B, D, F e H) j á se encontravam doentes, portanto, não
estavam mais sob risco de adoecer e o número de expostos é reduzido
a 96; dessa forma, a taxa de incidência foi:

—^ —x 100 = 2,08%
96

031 7 . Os casos incidentes em 2013 foram:


A) C, E, G e J.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 21

B) C, EeJ.
C) C e E.
D) G e J.
E) N.R.A.

Resposta:
(A) Foram quatro casos (C, E, G e J) que tiveram início no ano de 2013.

El 18. A Incidência da doença em 2013 foi:


A) 2,00%.
B) 2,17%.
C) 4,00%.
D) 4,26%.
E) N.R.A.

Resposta:
(D) Aos quatro casos constatados no início de 2012 são agregados os
dois incidentes em 2012 (A e I), de modo que a população sob risco
declina para 94. Assim, para os quatro casos novos (C, E, G e J) tem-se a
seguinte incidência:

• x 100 = 4,26%
94

A prevalência da doença no ano de 2013 foi:


A) 5,00%.
B) 6,00%.
C) 7,00%.
D) 8,00%.
E) 9,00%.

Resposta'-
(E) A prevalência para o ano de 2013 é uma prevalência no período, logo
necessita agregar os casos novos (C,E,G e J) aos já existentes (A,B,F,H e J)
no início do período. Daí, a taxa de prevalência será:
9
x100 = 9%
100

E| 20. A incidência da doença em 2014 foi


A) 6,00%.
B) 4,00%.
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

C) 2,22%.
D) 1,11%.
E) N.R.A.

Resposta:
(E) Como não houve casos novos em 2014, a incidência foi zero.

1. A prevalência da doença no final de 2014 foi:


A) 4,00%.
B) 4,25%.
C) 6,00%.
D) 10,00%.
E) N.R.A.

Resposta:
(A) Ao final de 2014, quatro pessoas (A, G, H e J) continuavam doentes,
o que dá uma prevalência de:
4
x 100 = 4%
100

A incidência acumulada da doença no período de 2012-14 foi:


A) 10,00%.
B) 6,25%.
C) 6,00%.
D) 4,00%.

E) impossível determinar.

Resposta:
(B) A incidência acumulada é dada pela divisão do número de casos
novos surgidos no período 2012-14 pelo número de pessoas expostas
mas livres da doença no início do período. Foram seis casos novos no
período (A, C, E, G, I e J), os quais divididos por 96 (os livres da doença
no início do período) correspondem a 6,25%.

Para maiores esclareciment os sobre as medidas de incidência e de prevalência


torna-se oport una a leitura adicional de Fletcher. Epidemiologia Clínica. 4.ed. p.
83-7 e de Lima etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 36-42.

Uma doença de alta letalidade é aquela em que:


A) a probabilidade de deixar sequelas é elevada.
B) a probabilidade de adoecer é grande.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 23

C) a t axa de mortalidade é alta.


D) a probabilidade de morrer é grande, desde que não inst it uído o t ra-
t ament o eficaz.
E) o risco de morrer entre os doentes é grande.

Resposta:
(E) A letalidade é uma relação entre mortes por determinada doença
nos casos dessa doença. Assim, uma letalidade alta significa que o risco
de morrer entre os doentes é grande.
Ref.: Lima etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 52-3; Laurenti etal.
Estatísticas de Saúde. 2.ed.p. 154.

Se numa localidade, em um determinado ano:

óbitos por tuberculose óbitos por pneumonias


total de óbitos total de óbitos

Ent ão
A) as taxas de mortalidade são iguais para as duas doenças.
B) a tuberculose e as pneumonias t êm a mesma letalidade.
C) a incidência da tuberculose é seguramente maior do que a das pneu-
monias.
D) a incidência das pneumonias é segurament e maior do que a da
tuberculose.
E) N.R.A.

Resposta:
(A) A equação revela que o número de óbit os por tuberculose foi igual
ao de pneumonias. Como esses dados figuram no numerador para o cál-
culo das taxas de mortalidade e da mortalidade proporcional (%), essas
duas medidas são iguais para as duas doenças.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de Saúde. 2.ed.p. 152-4.

| Se a t axa de letalidade da doença A é igual a da doença B, pode-se afir-


mar que:
A) ambas doenças t êm a mesma taxa de mortalidade.
B) as taxas de mortalidade são idênt icas para as duas doenças.
C) o risco de morrer é o mesmo para os acometidos da doença A ou B.
D) as taxas de incidência das duas doenças são iguais.
E) as taxas de prevalência são as mesmas para as duas doenças.
Resposta:
(C) A letalidade é o maior ou menor poder que t em uma doença em
provocar a morte das pessoas que adoeceram por esta doença. A t axa
24 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

mede o risco de morrer entre os acometidos por uma doença, expressa


pela relação óbit os/ casos.
Ref.: Lima etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 52-3.

Questões 26 a 29
"Em um pequeno povoado com 500 habitantes, na segunda semana
de maio, 100 pessoas compareceram a uma festa de casamento, onde
foi servido um jant ar preparado por várias pessoas dessa comunidade.
No dia seguinte, 40 dos participantes adoeceram, tendo um quadro
clínico em que a diarréia era a queixa predominante. Dos 40 homens
presentes, 28 adoeceram e das 20 crianças que foram a festa, 10 t ive-
ram a doença" (Adaptado de OPAS. Princípios de Epidemiologia para
el Control de las Enfermedades Transmisibles).

EJ 26. A taxa de ataque entre os participantes da festa foi:


A) 8%.
B) 20%.
C) 40%.
D) 50%.
E) N.R.A.
Resposta'-
(C) 40
1
' x 100 = 40%
100

3 27. A taxa de ataque nos homens foi:


A) 5,6%.
B) 28%.
C) 40%.
D) 70%.
E) N.R.A.

Resposta'-

( D)
- ^ - x 100 = 70%
40

3 28. A taxa de ataque nas mulheres foi:


A) 2,4%.
B) 12%.
C) 20%.
D) 30%.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 25

E) impossível determinar por falta de dados.

Resposta:
(O 12
x 100 = 20%
60

\ A taxa de ataque nos adultos foi:


A) 6%.
B) 37,5%.
C) 50%.
D) 75%.
E) impossível determinar por falta de dados.

Resposta:

(B) _ J 0 _ x l 0 0 = 3 7 5 %
80

Ref.: OPAS. Princípios de Epidemiologia, p. 214-20.

3 30. Foi est abelecido que o t empo de duração de t odos os casos de uma
doença era: 2,4,3,5,3,6, 7, 5,5 e 4 dias.
Ent ão, a média arit mét ica, a mediana e a moda (em dias) para a duração
da doença são respectivamente:
A) 4,4,4,5 e 5.
B) 4,4,4,5 e 4.
C) 4,3 , 4 e 5.
D) 4,5 ,4,5 e 5.
E) N.R.A.

Resposta:

2+4+3+5+3+6+7+5+5+4 44
(A) Media arit mét ica = = = 4,4
10 10

Mediana: ordenando os números, t êm-se: 2-3-3-4-4-5-5-5-6-7


Como n é par, a mediana é obtida da média dos dois valores centrais:
4+5
=4,5
2

Moda é o valor que mais aparece, no caso é o 5.


Ref.: OPAS. Princípios de Epidemiologia.
26 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

El 31. As medidas est at íst icas adotadas na const rução de diagrama de con-
trole das doenças são:
A) desvio médio e desvio.
B) mediana e desvio padrão.
C) média, mediana e desvio padrão.
D) média e desvio padrão.
E) média, moda e amplit ude de variação.

Resposta'-
(D) Para elaboração de um diagrama de controle das doenças, empre-
gam-se a média dos coeficientes e o desvio padrão dos coeficientes es-
pecíficos da doença por mês ou grupos de semanas epidemiológicas
em uma série temporal de anos não epidêmicos.
Ref.: Forattini. Epidemiologia, p. 161-2; Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemio-
logia & Saúde. 7.ed. p. 98-105.

"É uma alt eração, espacial e t emporalment e delimit ada, do estado de


saúde-doença de uma população, caracterizada por uma elevação pro-
gressivamente crescente, inesperada e descontrolada dos coeficientes
de incidência de determinada doença, ultrapassando e reiterando valo-
res acima do limiar epidêmico preestabelecido". Essa definição, ext raída
de Rouquayrol, M.Z. etal. In: Epidemiologia & Saúde, aplica-se a:
A) pandemia.
B) epidemia.
C) surto epidêmico.
D) endemia.
E) N.R.A.

Resposta'-
(B) A definição vista em Rouquayrol contempla os principais aspectos
que caracterizam a epidemia, como a delimit ação temporal e espacial
e o excedente de risco da doença. Guerrero et ai acrescentam ainda a
fonte comum e a natureza comum da enfermidade.
Ref.: Rouquayrol et ai. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 105; Guer-
rero etal. Epidemiologia, p. 2-22.

171 33. A últ ima fase na evolução de uma epidemia é a de:


A) progressão.
B) est abilização.
C) egressão.
D) regressão.
E) decréscimo da incidência endémica.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 27

Resposta:
(D) A regressão é a últ ima fase na evolução de uma epidemia. Nela o
processo de massa tende a retornar aos valores iniciais de incidência, a
estabilizar-se em um patamar endémico, abaixo ou acima do patamar
inicial, ou a regredir at é a incidência nula, incluída aí a erradicação.
Ref.: Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 110.

34. Na curva epidêmica, a primeira fase da ocorrência epidêmica é a de:A)


incremento inicial de casos.

B) egressão.
C) progressão.
D) incidência máxima.
E) regressão.

(C) Estabelecida a epidemia, o crescimento progressivo da incidência


caracteriza a fase inicial e processo. Esta primeira etapa da ocorrência
epidêmica, chamada de progressão descrita at ravés do ramo ascenden-
te da curva epidêmica, t ermina quando o processo epidêmico atingir o
seu clímax.
Ref.: Rouquayrol etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 109.

Para cada acepção t écnica ordenada abaixo, assinale o t ermo corres-


pondente conforme a seguinte chave: o
A) fonte de infecão.
B) reservat ório de agentes infecciosos.
C) hospedeiro.
D) meio.
E) agente infeccioso.

EJ 35. "Ser humano ou animal, art rópode, planta, solo ou mat éria inanimada
(ou combinação desses) em que um agente infeccioso vive e se mult i-
plica, em condições de dependência primordial para a sobrevivência e
no qual se reproduz de modo a ser transferido a um suscet ível" (OPAS).
Resposta: (B)

E3 36. "É o homem ou outro animal vivo, inclusive aves e art rópodes, que ofe-
reçam, em condições naturais, subst ância ou alojamento a um agente
infeccioso"(OPAS).
Resposta: (C)
28 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

EJ 37. "É a pessoa, animal, objeto ou subst ância da qual um agente infeccioso
passa diretamente a um hospedeiro" (OPAS).
Resposta'- (A)

E[ 38. "Organismo capaz de produzir infecção ou doença infecciosa" (OPAS).


Resposta: (E) As acepções t écnicas observam as definições empregadas por
Chin (ed.).
Ref.: Manual de Controle das Doenças Transmissíveis, p. 517'-27.

Questões 39 a 43
Para cada acepção t écnica ordenada abaixo, assinale o t ermo corres-
pondente conforme a seguinte chave:
A) pessoa infectada.
B) portador.
C) suscet ível.
D) suspeito.
E) N.R.A.

0 39. "Pessoa ou animal que não possui, presumivelmente, resist ência contra
det erminado agente pat ogênico e que por essa razão pode contrair a
doença se posto em contato com este agente" (OPAS).
Resposta: (C)

J 40. "Pessoa cuja hist ória clínica e sintomatologia indicam estar acometida
de doença t ransmissível ou t ê-la em incubação" (OPAS).
Resposta: (D)

J 41. "Pessoa que alberga um agente infeccioso e tem uma doença manifesta,
ou uma infecção inaparente" (OPAS).
Resposta: (A)

^ 42. "Pessoa (ou animal) que alberga agent e infeccioso específico de uma
doença sem apresentar sintomas da mesma e que pode constituir fonte
de infecção para o homem" (OPAS).
Resposta: (B)

"Qualquer pessoa ou animal que est eve em cont at o com pessoa ou


animal infectado, ou ambient e contaminado, de modo a ter tido opor-
tunidade de contrair a infecção" (OPAS).
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 29

(E) As acepções t écnicas est ão de acordo com as definições adotadas


pela OPAS.
Ref: In: Chin (ed.). Manual de Controle das Doenças Transmissíveis, p. 517-27. A
últ ima def inição refere-se a contato.

SJ 44. | Com relação à resist ência do hospedeiro às doenças, é INCORRETO afir-


mar que a imunidade:
A) at i va pode ser adqui r i da nat ur al ment e pel a i n f ecção , co m ou sem
manifest ações clínicas.
B) ativa pode ser adquirida artificialmente pela inoculação na forma de
vacinas.
C) ativa natural ou artificialmente adquirida pode ser duradoura ou não,
dependendo das caract eríst icas do agente e/ ou vacina.
D) passiva pode ser adquirida naturalmente da mãe ou artificialmente
pela inoculação de anticorpos protetores específicos.
E) passiva nat ural ou art ificialment e adquirida é muit o duradoura,
quando promovida por imunoglobulina sérica.

Resposta:
(e) A imunidade pode apresentar-se de duas formas: a) Imunidade at iva:
imunidade adquirida naturalmente pela infecção, com ou sem manifes-
t ações clínicas, ou artificialmente pela inoculação de frações ou produ-
tos de agentes infecciosos, ou do próprio agente morto modificado, ou
de uma forma variante, na forma de vacinas. A imunidade ativa natural
ou artificialmente adquirida pode ser duradoura ou não, dependendo
das caract eríst icas do agente e/ ou vacina; e b) Imunidade passiva: imu-
nidade adquirida naturalmente da mãe ou artificialmente pela inocula-
ção de anticorpos protetores específicos (soro imune de convalescentes
ou imunoglobulina sérica). A imunidade passiva natural ou art ificial-
mente adquirida é pouco duradoura.
Ref: Waldman & Rosa. Vigilância em Saúde Pública, p. 70-1.

Questões 45 a 49
Para cada acepção t écnica da OPAS, ordenada abaixo, assinale o t ermo
correspondente de acordo com a seguinte chave:
A) infecção.
B) infest ação.
C) colonização.
D) cont aminação.
E) N.R.A.
* " MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

^ 45. "É a penet ração, alojament o e, em geral, mult iplicação de um agent e


et iológico animado no organismo de um hospedeiro, produzindo-lhe
danos, com ou sem apareciment o de sintomas clinicament e reconhecí-
veis".

Resposta: (A)

2J 46. "Pode ser ent endida como o alojament o, desenvolviment o e reprodu-


ção de art rópodes na superfície do corpo ou nas roupas de pessoas ou
animais".

Resposta: (B)

23 47. "Ocorre quando o agente est á presente na superfície do organismo em


quantidade mínima, multiplicando-se numa proporção suficiente para
manter-se, mas sem produzir evidência de qualquer reação do hospe-
deiro".

Resposta: (C)

^ 48. "Refere-se à presença de agente na superfície do corpo ou na de objetos


inanimados (fômit es) que podem servir de fonte de infecção".

Resposta: (D)

^ 49. " Doença, humana ou animal, clinicament e manifest a que result a de


uma infecção".

Resposta: (E)
O esquema da cadeia do processo infeccioso procura integrar e det a-
lhar os conceitos de estrutura epidemiológica, de hist ória natural e de
espectro clínico das doenças infecciosas. Nesse ponto, faz-se necessá-
rio conceituar doença infecciosa, que pode ser entendida como uma
doença, humana ou animal, clinicament e manifesta que resulta de uma
infecção. Por sua vez, infecção é a penet ração, alojament o e, em geral,
mult iplicação de um agente et iológico animado no organismo de um
hospedeiro, produzindo-lhe danos, com ou sem apareciment o de sin-
tomas clinicament e reconhecíveis. Em essência, a infecção é uma com-
pet ição vital entre um agente et iológico animado (parasita sensu lato)
e um hospedeiro; é, portanto, uma luta pela sobrevivência entre dois
seres vivos que visam à manut enção de sua espécie.
Existem ainda alguns termos relacionados à infecção, mas que dela di-
ferem, entre eles:
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 31

• Infestação, que pode ser entendida como o alojamento, desenvol-


viment o e reprodução de art rópodes na superfície do corpo ou nas
roupas de pessoas ou animais.
Colonização, que ocorre quando o agente est á presente na superfí-
cie do organismo em quantidade mínima, multiplicando-se numa
proporção suficiente para manter-se, mas sem produzir evidência
de qualquer reação do hospedeiro.
Contaminação, que se refere à presença de agente na superfície do
corpo ou na de objetos inanimados (fômit es) que podem servir de
fonte de infecção.
A const rução do esquema da cadeia do processo infeccioso fundamen-
ta-se na compreensão da infecção como resultante de uma particular
int eração dos diversos fatores do agente, meio e hospedeiro. Mais espe-
cificamente, a infecção ocorreria quando o agente deixa o reservat ório
por diferentes vias de eliminação e, por meio de uma forma convenient e
de t ransmissão, com maior ou menor part icipação do ambient e, intro-
duz-se no novo hospedeiro suscet ível pela via adequada de penet ração.
Ref.: Waldman & Rosa. Vigilância em Saúde Pública, p. 64-5.

Questões 50 a 54
As cinco quest ões que se seguem, referentes a definições usadas em
Epidemiologia, devem ser respondidas de acordo com a chave abaixo:
A) anfixenose.
B) antroponose.
C) antropozoonose.
D) zooantroponose.
E) zoonose.

"Infecção transmitida aos animais, a partir do reservat ório humano".

Resposta: (D)

| "Infecção t ransmissível ao homem, cujo agente t em um ou mais animais


como reservatório".

Resposta: (E)

EJ 52. "Infecção cuja t ransmissão se restringe aos seres humanos e assim estes
representam o papel de reservatórios".

Resposta: (B)
32 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

^ 53. "Infecção cuja t ransmissão se processa de maneira int ercambiável entre


o homem e animais".

Resposta: (A)

E3 54. "Infecção transmitida ao homem, a partir de reservat ório animal".

Resposta: (C)
Forattini reúne, em vasto glossário de termos e expressões usados em
epidemiologia, as seguintes relativas à infecção:
• Anfixenose: infecção cuja t ransmissão se processa de maneira inter-
cambiável entre o homem e animais.

• Antroponose: infecção cuja t ransmissão se restringe aos seres huma-


nos e assim estes representam o papel de reservat órios.

• Antropozoonose: infecção transmitida ao homem, a partir de reser-


vat ório animal.

• Fitonose: infecção t ransmissível ao homem, cujo agente t em vege-


tais como reservat órios.

• Zooantroponose: infecção transmitida aos animais, a partir do reser-


vat ório humano.
• Zoonose: infecção t ransmissível ao homem, cujo agente t em um ou
mais animais como reservat ório.
Ref.: Forattini. Ecologia, epidemiologia e sociedade, p. 465-509.

Questões 55 a 58
Para cada acepção t écnica ordenada abaixo, assinale o t ermo corres-
pondente conforme a seguinte chave:
A) descont aminação.
B) desinfecção.
C) desinfest ação.
D) f umigação.
E) limpeza.

I "Qualquer processo que, mediante o uso de subst âncias gasosas, per-


mite a dest ruição de animais, especialment e art rópodes e roedores"
(OPAS).
Resposta: (D)
EPI DEMI OLOGI A BÁSI CA 33

3 56. "Qualquer processo físico ou químico por meio do qual são dest ruí-
dos ou removidos do corpo de uma pessoa, suas roupas ou seu meio
ambient al, assim como nos animais domést icos, seres animados indese-
jáveis, especialment e art rópodes e roedores" (OPAS).
Resposta: (C)

3 57. " Dest r ui ção de agent es infecciosos sit uados fora do organismo,
mediante aplicação direta de meios físicos ou químicos" (OPAS).
Resposta: (B)

" Remoção, à força de esfregar e lavar com água quent e, sabão ou deter-
gente adequado, ou at ravés de um aspirador, de agentes infecciosos ou
mat éria orgânica que ofereça condições favoráveis à sua sobrevivência
e mult iplicação" (OPAS).
Resposta: (E)
As definições são as que const am em glossário de Chin (ed.). Manual de Controle
das Doenças Transmissíveis, p. 517-27.

^ 59. Quando a cont inuidade na aplicação das medidas profilát icas resultar
em redução da doença a níveis desprezíveis ou dificilmente det ect áveis,
diz-se que houve:
A) controle do problema de saúde pública que representava.
B) eliminação do problema de saúde pública por ele representado.
C) controle da doença enquant o problema de saúde.
D) erradicação do problema de saúde pública.
E) exclusão do problema como prioridade em saúde.

Resposta:
(B) Para Forattini, quando a prevenção se restringe ao nível do organis-
mo, fala-se em prevenção em sentido restrito e quando os meios pre-
ventivos são aplicados à população, o procedimento recebe o nome de
profilaxia ou controle. Afirma ainda que "quando a cont inuidade na
aplicação das medidas profilát icas resultar em redução da doença a ní-
veis desprezíveis, diz-se que houve eliminação do problema de Saúde
Pública por ele representado".
Ref.: Forattini. Ecologia, epidemiologia e sociedade, p. 268-9.

60. Quando os fatores que const it uem a hist ória natural de um agravo são
atingidos de maneira a não mais subsistirem condições para o reapare-
ciment o do mesmo, diz-se que houve:
34

A) profilaxia.
B) controle.
C) eliminação.
D) erradicação.
E) bloqueio epidemiológico.

Resposta:
(D) Na fase de eliminação de um problema de Saúde Pública, embora
t enha havido desaparecimento das manifest ações do agravo, persistem
as condições e os fatores que const it uem a sua hist ória natural. Por fim,
quando at é estes são atingidos, de forma não a não mais subsistirem
condições para o reaparecimento da doença, diz-se que houve erradi-
cação.
Ref.: Forattini. Ecologia, epidemiologia e sociedade, p. 269.

[3 61. "A epidemia bíblica que atingiu os filisteus, segundo se lê nas escrituras,
foi precedida de t ão grande invasão de ratos, que, para apaziguar a ira
divina, foram oferecidas ao Senhor cinco imagens desses animais escul-
turadas em ouro" (Prado, A. A.):
A epidemia acima provavelmente foi a
A) peste bubônica.
B) peste pneumónica.
C) tifo exant emát ico.
D) leptospirose.
E) febre maculosa.

Resposta:
(A) A relação direta com a prévia invasão de ratos leva à ident ificação da
epidemia com a peste bubônica.
Ref.: Prado. As Doenças Através dos Séculos, p. 2.

[3 62. Sobre a hist ória da Epidemiologia, t em-se:


A) em um certo sentido, é possível dizer que a Epidemiologia nasceu
com Galeno.
B) os escritos de Galeno sobre a epilepsia e sobre a morbidade entre os
citas ant ecipam o chamado raciocínio epidemiológico.
C) a t radição esculapiana fez quest ão de sufocar o espírit o da primazia
do indivíduo sobre o grupo, base da democracia grega.
D) os herdeiros de Hipócrat es voltaram-se contra o individualismo, a fim
de assegurarem a supremacia de sua prát ica.
E) N.R.A.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 35

Resposta:
(E) Para Almeida Filho, em um certo sentido é possível dizer que a Epid-
miologia nasceu com Hipócrat es. Os seus escritos sobre a epilepisia e
sobre a morbidade entre os citas ant ecipam o chamado raciocínio epi-
demiológico. Contudo, a t radição esculapiana fez quest ão de conter o
espírit o da primazia do coletivo, base da democracia grega. Logo, se-
gundo aquele autor, os herdeiros de Hipócrat es voltaram-se para o indi-
vidualismo além de fundament ar a supremacia de sua prát ica frente às
dezenas de seitas que na Antiguidade prometiam a saúde para homem.
Também, nesse sentido, a Epidemiologia morreu com Hipócrat es.
Ref.: Almeida Filho. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 6.ed. p. 1.

gj 63. Desde a Ant iguidade, a doença que mais t em flagelado os milit ares,
muitas vezes dizimando exércit os, é a:
A) disenteria.
B) peste.
C) cólera.
D) varíola.
E) malária.

Resposta:
(A) A disenteria e as doenças disenteriformes são verdadeiras epidemias
atingem mult idões e muitas vezes dizimam exércit os. São conhecidas
desde a Antiguidade. Embora a disenteria seja uma epidemia de âm-
bito generalizado, desde os t empos de Xerxes at é a atualidade ela t em
sido um flagelo para os militares. São muitos os registros de campanhas
militares em que as epidemias de disenteria causaram grande repercus-
são pelas baixas entre as tropas; mesmo nas duas últ imas Guerras Mun-
diais, a disenteria representou um verdadeiro flagelo, causando t erríveis
transtornos aos serviços médicos militares.
Ref.: Schreiber & Mathys. Infectio. p. 50.

[3 64. A conquista do México por Hernán Cortez, em 1519, foi ext remament e
facilit ada pela colaboração de uma doença infecciosa; trazida por um
escravo de um oficial espanhol, essa enfermidade se propagou de forma
epidêmica na população asteca, fazendo milhares de vít imas em curto
tempo. Essa doença foi a(o):
A) varíola.
B) varicela.
C) sarampo.
D) sífilis.
E) peste.
36 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

Resposta:
(A) A varíola, que inexistia na América pré-colombiana, propagou-se de
modo dramát ico entre os astecas, produzindo dezenas de milhares de
vít imas fatais no curso de poucas semanas.
Ref.: Prado. As Doenças Através dos Séculos, p. 71.

0 65. A int rodução da sífilis no Cont inent e Europeu deu-se provavelment e


como decorrência:
A) de invasão das tropas cartanigesas de Aníbal.
B) do ret orno das Primeiras Cruzadas, que foram cont aminadas em
Jerusalém.
C) da invasão mourisca à península ibérica.
D) da volta dos conquistadores da América.
E) dos fluxos comerciais entre navegantes das cidades-Estados italianos
para a índia.

Resposta:
(D) Quando, no início da era moderna, os conquistadores voltaram da
América, irrompeu na Europa uma epidemia de sífilis. Após seu apareci-
mento inicial em 1493, em Barcelona, ela ocorreu em toda a Espanha e
por isso se tornou conhecida como a " doença espanhola". Poucos anos
depois, t ambém surgia na Itália e na França e, quando se registraram
os primeiros casos na Alemanha, em 1495, a sífilis tornou-se conhecida
nos terras germânicas como a " doença francesa". Em 1496, a epidemia
espalhou-se para os Países Baixos e, em 1497, alcançou as Ilhas Brit âni-
cas. Apesar de a sífilis ter possivelmente ocorrido na Ásia antes de sua
chegada à Europa, como suspeitam muitos historiadores da Medicina,
parece haver pouca dúvida de que, de volta da América, marinheiros e
soldados levaram a sífilis para o Velho Continente.
Ref.: Schreiber & Mathys. Infectio. p. 50.

0 66. No Novo Mundo, a hanseníase:


A) existia na América pré-colombiana, entre os maias.
B) existia na América pré-colombiana, entre os astecas.
C) existia na América pré-colombiana, entre os incas.
D) foi introduzida com a migração durante as fases de indust rialização.
E) foi introduzida a partir dos conquistadores espanhóis e portugueses
e da import ação de escravos africanos.

Resposta:
(E) A hanseníase foi introduzida no Novo Mundo, a partir das conquistas
espanholas e portuguesas, e da import ação de escravos africanos. Du-
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 37

rante o período da colonização, a América Latina tornou-se, gradat iva-


mente, uma nova área endémica mundial.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Controle de Hanseníase. p. 16.

E3| 67.|| deO clássico estudo epidemiológico que relata a associação entre o câncer
pele da região escrotal e a ocupação de limpador de chaminés foi
desenvolvido no século XVIII por:
A) Edward Jenner.
B) John Snow.
C) William Farr.
D) Rigoni Sterni.
E) Percival Pott.

Resposta:
(E) Foi Sir Percival Pott, médico londrino do século XVIII, quem primeiro
estabeleceu a associação entre a ocupação de limpador de chaminés e
o câncer de pele do escroto. Em Londres, assim como em outras cidades,
o ofício de limpador de chaminés era exercido preferencialmente por
rapazes e adolescentes de const it uição esbelta, os quais trabalhavam
apenas com a "roupa de baixo" (calções da época), onde se acumulavam
resíduos da combust ão da lenha. Depois de alguns anos dessa prát ica,
era comum o aparecimento do câncer do saco escrotal, região que fica-
va em contato mais direto com aqueles resíduos.
Ref.: Armijo. Epidemiologia, p. 58.

|3 68. I fAenómeno
Revolução Industrial e sua economia polít ica trouxeram a noção e o
concreto da força de trabalho. O desgaste da classe t raba-
lhadora deteriorava profundamente suas condições de vida e de saúde,
conforme foi relatado no cél re livro "As Condições da Classe Trabalha-
dora na Inglaterra em 1844", escrito por:
A) Louis.
B) Villermé.
C) Chadwick.
D) Engels.
E) Virchow.

Resposta:
[D) "A revolução industrial e sua economia polít ica trouxeram a noção e
o f enómeno concreto da força de trabalho. O desgaste da classe t raba-
lhadora deteriorava profundamente suas condições de vida e de saúde,
segundo demonstram vários relat órios dos discípulos de Louis, René
Villermé (1782-1863) na França e Edwin Chadwick (1800-1890) na Ingla-
38 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

terra. Nesta mesma linha, posteriormente Friedrich Engels escreveu o


célebre livro As Condições da Classe Trabalhadora na Inglaterra em 1844,
reconhecido por Breilh (1989) como "um dos trabalhos com assinala-
mentos mais decisivos para a formulação da epidemiologia científica".
Ref.: Almeida Filho. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 6.ed. p. 5.

|3 69. John Snow, médico inglês do século XIX, deu grande cont ribuição à
epidemiologia por seus estudos referentes à epidemia de:
A) cólera.
B) peste.
C) sarampo.
D) rubéola.
E) varíola.

Resposta:
(A) John Snow foi indubit avelment e um dos maiores de vultos da ciên-
cia no século passado, tendo prestado cont ribuição valiosa em vários
campos do saber médico, como anestesiologia, neonatologia, obst et rí-
cia, fisiologia etc. Por seus trabalhos e estudos sobre as epidemias de có-
lera, onde demonstrou o brilhantismo de seus raciocínio e int eligência,
foi considerado o pai da Epidemiologia. Apesar do tempo, vale a pena
ler o que escreveu.
Ref.: Snow. In: OPAS - Publ. Cient., 505; Armijo. Epidemiologia, p. 49-58.

[3 70. São doenças que existiam na América pré-colombiana:


A) bouba, bócio endémico e t ripanossomíase sul-americana.
B) febre amarela, varíola e doença de Chagas.
C) peste, tuberculose e malária.
D) malária, varíola e peste.
E) doença de Chagas, peste e tuberculose.

Resposta:
(A) São citadas como component es da nosografia brasileira, em 1500, a
bouba, o bócio endémico, certas parasitoses e dermatoses, febres ines-
pecíficas, disenterias, afecções do aparelho respirat ório como pneumo-
nia e pleuriz, afecções originadas de desvio alimentar, afecções e sinto-
matologia resultantes de envenenament os e mordeduras por animais
venenosos, ferimentos de guerra e acidentais.
Ref.: Santos Filho. Pequena História da Medicina Brasileira, p. 105.

EJ 71. Os estudos epidemiológicos que t êm menor potencial de int rodução de


vícios são os:
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 39

A) de coorte.
B) de casos e controles.
C) ensaios clínicos randomizados
D) transversais.
E) de série de casos.

Resposta:
(C) O ensaio clínico randomizado por sua natureza aleat ória e o seu ca-
ráter experiment al são os que t êm menor potencial de int rodução de
vícios.
Ref.: Lilienfeld & Lilienfeld. Fundamentos de Epidemiologia, p. 231.

Os tipos mais comuns de delineament os de pesquisa relatados na litera-


O72. tura médica nos países desenvolvidos são os estudos:
A) de série de casos.
B) ecológicos.
C) de prevalência.
D) analít icos.
E) experiment ais.

Resposta:
(C) Os estudos de prevalência são os tipos mais comuns de delineamen-
tos de pesquisa relatados na literatura médica, constituindo aproxima-
dament e um t erço dos artigos originais em grandes periódicos médicos.
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clinica. 3.ed. p. 88-9; 4.ed. p. 87.

^ 73. De um estudo de 600 pacientes que rec eram t ransfusão de sangue e


de 700 que não a rec eram, 75 e 15, respect ivament e, desenvolveram
hepatite B durante os t rês anos de seguimento.
O desenho desta pesquisa é

A) série de casos.
B) casos e controles.
C) ecológico.
D) coorte.
E) ensaio clínico.

Resposta:
(D) O carát er prospectivo da invest igação que parte do fator em exposi-
ção e busca o desfecho clínico aponta clarament e para o delineament o
do tipo estudo de coorte.
Ref.: AhIbom & Norell. Introduction to Modem Epidemiology. p. 48-62.
40 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

EJ7 4 . Em um est udo de associação ent re leucemia e exposição a produtos


de pet róleo usou-se o seguint e procediment o: de 50 casos de leu-
cemia aguda consecut ivos registrados no hospit al foi det erminada a
exposição a produtos de pet róleo em hist ória ocupacional; outros 100
pacient es que rec eram t rat ament o no mesmo hospit al por out ras
doenças que não o câncer foram submetidos ao mesmo instrumento de
avaliação (adaptado de Ahlbom & Norell).
O desenho deste estudo foi
A) série de casos.
B) casos e controles.
C) ecológico.
D) coorte.
E) N.R.A.

Resposta:
(B) O carát er retrospectivo da invest igação, ou seja, partiu do desfecho
clínico (no caso, leucemia ou não) e buscou-se a exposição ou não a pro-
dutos de pet róleo em hist ória ocupacional levantada igualmente para
os dois grupos, denota que o desenho do estudo é de casos e controles.
Ref.: Ahlbom & Norell. Introduction to Modem Epidemiology. p. 48-62.

Com o propósit o de est udar o efeito da at ividade física sobre a ocor-


E| 75. rência de doença coronária, um grupo de indivíduos fisicamente ativos
é comparado com outro grupo de indivíduos fisicamente inativos em
relação à prevalência da doença coronária. Considerando que existe a
possibilidade da inatividade física ser, para alguns indivíduos, uma con-
sequência da doença em estudo, ent ão, neste caso, o estudo apresenta
um vício:
A) de seleção.
B) do observador.
C) do observado.
D) do observador e do observado.
E) de informação.

Resposta:
(A) O vício de seleção est á presente se a seleção de indivíduos nos dois
grupos que serão comparados é afetada pela caract eríst ica a ser analisa-
da. No exemplo, a atividade física pode ser para alguns indivíduos uma
consequência da doença coronária, levando a um vício de seleção no
estudo enfocado.
Ref.: Ahlbom & Norell. Introduction to Modem Epidemiology. p. 46.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 41

[3 76. Dietz examinou a efet ividade da cesária post mortem numa t ent at iva
de salvar o b ê, a partir de 105 casos apresentados em relatos de caso
e de 72 de um único est udo na comunidade e encont rou que 57% das
crianças descritas nos relatos de caso sobreviveram e 15% das crianças
do estudo de base comunit ária sobreviveram. Esse contraste pode ser
explicado principalment e:
A) pela maior destreza dos obstetras dos relatos de caso.
B) pela menor compet ência dos obstetras que t rabalham na comuni-
dade.
C) por vícios de seleção, t ant o dos autores de artigos como dos editores
dos periódicos.
D) pelas grandes diferenças em número de casos envolvidos na compa-
ração.
E) diferenças de risco entre os grupos de gestantes.

Resposta:
(C) Amiúde, quando um investigador conclui uma pesquisa que t eve re-
sultados negativos, este se sente desmot ivado a publicar seus achados;
da mesma forma, muitos editores de periódicos relutam em aprovar
para publicação artigos com resultados negativos.
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 3.ed. p. 268-9; 4.ed. p. 243-4.
h op-o\ i k:oo<o u r n Ci Jí ^ ' no 'iOcUMD n.?^'? +>OÍA ;i
E| 77.
As associações baseadas em relatos de casos devem ser:
A) sist emat icament e rejeit adas porque esses est udos não t êm grupo
controle.
B) encaradas como hipót eses a serem testadas com mét odos mais for-
tes.
C) aceitas com rest rições porque t êm controle não pareado.
D) refutadas porque tais pesquisas não t êm validade cient ífica.
E) N.R.A.

Resposta:
(B) Os relatos de casos não t êm grupo controle e são atemporais, o que
reduz sua validade cient ífica, t odavia, seus achados podem compor pis-
tas para invest igação por mét odos de maior validade.
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 2.ed. p. 249-50; 3.ed. p. 218-21.

El 78. Para ser est imado o t amanho da amost ra necessária em um ensaio


clínico randomizado é necessário especificar os seguintes parâmet ros,
EXCETO
A) a diferença nas t axas de resposta a ser det ect ada.
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

B) uma estimativa da t axa de resposta em um dos grupos.


C) o nível de significância est at íst ica (a).
D) o valor do poder desejado (1 -p).
E) a disponibilidade de recursos.

Resposta:
(E) Para ser estimado o t amanho da amostra necessária em um ensaio
clínico randomizado é necessário especificar: a diferença nas taxas de
resposta a ser detectada, uma estimativa da taxa de resposta em um dos
grupos, o nível de significância est at íst ica (a), o valor do poder desejado
(1-P) e se o teste deve ser unicaudal ou bicaudal.
Ref.: Gordis. Epidemiology. p. 101.

|3 79. Com respeito à aleat orização nos ensaios clínicos, assinale a FALSA.
A) Elimina o vício da alocação do tratamento.
B) Pode equilibrar os grupos de tratamento em covariáveis.
C) Garante a validade dos testes de significância usados para comparar
o tratamento.
D) Exclui os fatores de confusão.
E) Aloca as pessoas aos grupos de tratamento usando o jogo de azar.

Resposta:
(D) Nos ensaios clínicos, a aleat orização representa o procedimento de
alocar as pessoas aos grupos de tratamento usando o jogo de azar. A
aleat orização elimina o vício da alocação do tratamento; se o t amanho
da amostra é suficientemente grande, pode equilibrar os grupos de
tratamento em co-variáveis (suscetibilidade, controle dos vícios, fat o-
res prognóst icos); garante a validade dos testes de significância usados
para comparar o tratamento, mas não exclui os fatores de confusão.
Ref.: Jenicek. Epidemiologia: la lógica de la medicina moderna.p. 228-32.

Das afirmativas seguintes sobre ensaios cegos, assinale a correta.


A) A melhor maneira de prot eção contra vícios das idéias preconcebi-
das do investigador e do participante é realizar o ensaio duplo cego.
B) O ensaio é simples cego quando apenas os experimentados conhe-
cem a dist ribuição dos grupos.
C) Nos est udos t riplos cegos os pat rocinadores ou financiadores da
pesquisa intencionalmente ignoram a posição dos participantes no
ensaio.
D) Efetuar ensaios cegos é de menor import ância quando os resultados
t êm que ser avaliados subjet ivament e.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 43

E) Condições graves e desfecho fatal não devem ser trabalhados com


ensaios cegos.

Resposta:
(A) A melhor maneira de prot eção contra vícios das idéias preconcebi-
das do investigador e do participante é realizar o ensaio duplo cego,
onde nem o experimentador nem o participante conhecem o grupo a
que este pertence. O ensaio é simples cego quando apenas os experi-
mentadores conhecem a dist ribuição dos grupos. Nos estudos triplos
cegos t a m b é m os r esponsávei s pela anál i se dos dados ignoram a po-
sição dos participantes no ensaio. Efetuar ensaios cegos é da maior im-
port ância quando os resultados t êm que ser avaliados subjetivamente.
Não é contudo t ão essencial se a medida do resultado for a morte ou um
acidente vascular cerebral.
Ref.: Mausner & Bahn. Introdução à Epidemiologia, p. 287-8.

|3 81. Das seguintes afirmativas sobre o efeito plac o, assinale a correta.


A) Éat ribuível à esperança de que o regime terá um efeito.
B) Édevido ao poder da sugest ão, ou seja, tem necessariamente que ter
um efeito.
C) Équalquer efeito at ribuível às propriedades farmacológicas de pílula,
poção ou procedimento, mas não específicas.
D) Sua prát ica deve ser coibida porque represent a um atraso para a
ciência médica.
E) Pode ser responsável por mais da metade dos muitos efeitos do t ra-
tamento.
Resposta:
(A) O efeito placebo é at ribuível à esperança de que o regime terá um
efeito, isto é, devido ao poder da sugest ão, ou seja, pode aparentar que
tem um efeito. Équalquer efeito at ribuível a pílula, poção ou procedi-
mento, mas não as suas propriedades farmacológicas ou específicas.
Na prát ica, o efeito placebo não é necessariamente uma coisa má. Se
o placebo atua em benefício do paciente, porque não prescrever um
placebo? O efeito placebo pode ser responsável por at é um máximo de
30% de muitos efeitos do tratamento.
Ref.: Jenicek. Epidemiologia: la lógica de la medicina moderna, p. 231.

[3 82. É uma vantagem de estudos t erapêut icos com grupos de controle hist ó-
ricos
A) est ão isentos do vício de seleção.
B) monitora as mudanças import ant es no t empo de outras variáveis
intervenientes.
C) torna mais fácil o cálculo de níveis de significância.
44 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

D) é fácil convencer aos colegas da import ância dos achados.


E) o baixo custo produzido na busca de informações do passado.

Resposta:
(E) Os estudos de int ervenção com grupos de controle hist óricos t êm
vant agem do baixo custo, porém, apresenta debilidades not órias, como:
est ão sujeitos ao vício de seleção; pode haver mudanças importantes no
t empo quanto a outras variáveis intervenientes (padrões de referência,
provas diagnosticas, procedimentos de est adiament o e outros fatores);
é difícil convencer aos colegas da import ância dos achados, em que
pese o baixo custo produzido na busca de informações do passado, é
mais difícil encontrar fundos para esses estudos, em comparação com
os ensaios clínicos randomizados.
Ref.: Jenicek. Epidemiologia: la lógica de la medicina moderna.p. 235.

83. Em um ensaio clínico dito "duplo-cego" a dist ribuição dos indivíduos


aos grupos experiment al e de controle é desconhecida por
A) observado e observador.
B) observado e analista de dados.
C) observador e analista de dados.
D) observador e pesquisador principal.
E) observado, observador e analista de dados.

Resposta:
(A) Um ensaio clínico exige a observação de cada um dos participantes
com respeito ao tratamento que se est á avaliado. Um dos procedimen-
tos que se adota para afastar as fontes de erros nas observações é con-
duzi-lo como "duplo cego", onde o observado (sujeito) e o observador
(pesquisador) ignoram a alocação dos grupos em experiment al e de
controle; no "triplo cego", além do observado e do observador, quem
vai analisar os dados desconhece o grupo ao qual pertence um dado
indivíduo ou mesmo qual a condição de cada grupo.
Ref.: Lilienfeld & Lilienfeld. Fundamentos de Epidemiologia, p. 238; Guerrero etal.
Epidemiologia, p. 124-3.

^ 84. "É um experiment o que utiliza um grupo de indivíduos com um todo


para determinar a efetividade de um medicament o ou de um procedi-
mento". Esta definição aplica-se ao
A) ensaio clínico randomizado.
B) ensaio clínico não randomizado.
C) ensaio na comunidade.
D) quase-experiment o.
E) estudo de coorte.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 45

Resposta'-
(C) Há duas formas básicas de experimentos em epidemiologia: ensaios
clínicos e ensaios na comunidade. Nos ensaios clínicos a eficácia de um
agente ou procedimento preventivo ou t erapêut ico é testada em pes-
soas, individualmente; os ensaios na comunidade utilizam um grupo de
indivíduos como um todo para determinar a efetividade de um medica-
mento ou de um procedimento.
Ref.: Lilienfeld & Lilienfeld. Fundamentos de Epidemiologia, p. 230.

|3 85. O risco at ribuível na população é igual


A) a diferença da incidência entre expostos e não expostos (IE-IÈ).
B) a razão da incidência entre expostos e não expostos (IE/ IÊ).
C) ao risco at ribuível vezes a prevalência da exposição a um fator de
risco.
D) ao risco at ribuível dividido pela prevalência da exposição a um fator
de risco.
E) ao risco relativo dividido pela população em risco.

R»srosU:
(C) O risco at ribuível na população determina a incidência da doença
numa população associada com a ocorrência de um fator de risco. É
uma medida do excesso de incidência de doença em uma comunida-
de, associada com a presença de um fator de risco. É obtido por meio
da mult iplicação do risco at ribuível pela prevalência da exposição a um
fator de risco.
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 3.ed. p. 114-8; 4.ed. p. 109-13.

Q3 86. A fração at ribuível na população é igual ao


A) risco at ribuível mult iplicado pela prevalência da exposição a um
fator de risco.
B) risco at ribuível dividido pela prevalência da doença em estudo.
C) risco relativo vezes a população exposta ao fator risco.
D) risco at ribuível na população multiplicado pela incidência nos expos-
tos.
E) risco at ribuível na população dividido pela incidência total da doença
em uma população.

Resposta'-
(E) A fração at ribuível na população descreve a fração da ocorrência da
doença em uma população que est á associada a um fator de risco. É
obtida dividindo-se o risco at ribuível na população pela incidência total
da doença nessa população.
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 3.ed. p. 114-8; 4.ed. p. 109-13.
46 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Í
i
0 J 87. Dos seguintes riscos relativos (RR) e respectivos intervalos de confiança
de 95% [IC] pode ser considerado fator de risco para uma determinada
doença
A) RR = 0,8;IC [0,6-1,2].
B) RR = 1,0; IC [0,7 -1,4] .
C) RR = 2,1; IC [1,8 -2,4] .
D) RR = 4,0;IC [0,9-5,8].
E) N.R.A.
Resposta:
(C) Quando o risco relativo (RR) supera 1,0, tem-se provavelmente um
fator de risco; a caract erização se se trata de fator de risco, considerando
que não há vícios no desenho e na análise do estudo, depende do inter-
valo de confiança obtido, o qual não deverá conter a unidade. Assim, na
quest ão, os RR = 2,2 e RR = 4,0 atendem ao primeiro requisito, mas so-
mente o primeiro t em intervalo de confiança que não inclui a unidade.
J Ref.: Coutinho. In: Medronho. Epidemiologia, p. 452-3.

03 88. O modelo de causalidade para tuberculose mostra que a exposição ao


bacilo de Koch na t ransmissão da doença.
I A) é condição necessária e suficiente.
B) é condição necessária mas não suficiente.
J C) não é condição necessária e suficiente.
D) fundament a a sua unicausalidade.
E) exemplifica a possibilidade de uma causa isolada ser t ambém sufi-
ciente.

Resposta:
(B) A exposição do bacilo de Koch é condição necessária para o desen-
volvimento da tuberculose; no entanto, a exposição ao bacilo não é su-
ficiente para a inst alação dessa doença.
Ref.: Ahlbom & Norell. Introduction to Modem Epidemiology. p. 34-8.

^ 89. Quanto à Epidemiologia Clínica como disciplina, assinale a FALSA.


A) A epidemiologia clínica é a ciência que faz predições sobre pacientes
individuais contando eventos clínicos em pacientes similares.
B) Usa mét odos cient íficos sólidos, em estudos de grupos de pacientes
! para assegurar que as predições sejam corretas.
C) Seu objetivo é desenvolver e aplicar mét odos de observação clínica
que levem a conclusões válidas.
í D) Suas conclusões tornam-se isentas de erros sist emát icos e/ ou aleat ó-
rios por conta do rigor cient ífico que adota.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 47

E) Éimportante para obter informação de que os clínicos precisam para


tomar decisões acertadas no cuidado de seus pacientes.

Resposta:
(D) "Epidemiologia clínica é a ciência que faz predições sobre pacientes
individuais contando eventos clínicos em pacientes similares e usando
mét odos cient íficos sólidos, em estudos de grupos de pacientes para
assegurar que as predições sejam corretas. O objetivo da epidemiologia
clínica é desenvolver e aplicar mét odos de observação clínica que levem
a co n cl u sõ es vál i das, evi t ando ser enganado por er r o si st emát i co e al ea-
t ório. É uma abordagem importante para obter o tipo de informação
que os clínicos precisam para tomar decisões acertadas no cuidado de
seus pacientes."
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 3.ed. p. 12; 4.ed. p. 21.

El 90. Os eventos clínicos de interesse em Epidemiologia Clínica podem ser


estudados diretamente em
A) seres humanos intactos, somente.
B) animais, somente.
C) partes de seres humanos, somente.
D) seres humanos intactos e animais, somente.
E) seres humanos intactos, partes de seres humanos e animais.

Resposta:
(A) Os eventos clínicos de interesse primário em epidemiologia clínica
são os desfechos clínicos que mais preocupam os pacientes e aqueles
que prestam seu atendimento. São os eventos que os médicos tentam
entender, predizer, interpretar e mudar no cuidado de seus pacientes.
Uma dist inção importante entre Epidemiologia Clínica e as outras ciên-
cias médicas é que os eventos de interesse em epidemiologia clínica só
podem ser estudados diretamente em seres humanos intactos e não em
animais ou em partes de seres humanos, como transmissores humorais,
cultura de tecido, membranas celulares e sequência genét ica.
Ref.: Fletcher. Epidemiologia Clínica. 3.ed. p. 15; 4.ed. p. 22-3.

E| 91. A t ransição epidemiológica nos países em desenvolvimento é caracteri-


zada em geral por uma
A) redução da morbimortalidade por doenças infecciosas e um predo-
mínio de doenças crônico-degenerat ivas.
B) redução da morbimortalidade por doenças crônico-degenerat ivas e
um predomínio das doenças infecciosas.
C) importante redução da morbimortalidade por doenças infecciosas e
crônico-degenerat ivas.
48 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

D) coexist ência de doenças infecciosas e crônico-degenerat ivas como


importantes causas de morbimortalidade.
E) proeminência das mortes por causas maternas e das violências.

Resposta:
(D) O glossário de Epidemiologia, recorrendo a Vermelho, Monteiro
(2002), faz alusão à Transição epidemiológica, com a seguinte descri-
ção: " Mudança nos padrões de mortalidade e morbidade de uma comu-
nidade, concomitantemente à t ransição demográfica. De uma forma
mais abrangente, ela incorpora as mudanças dos padrões de saúde e
doença, mortalidade, fecundidade e estrutura por idades, além dos de-
terminantes socioeconómicos, ecológicos, de estilo de vida e de suas
consequências para os grupos populacionais. Segundo Omram, à me-
dida que os países atingem níveis de desenvolvimento mais elevados,
as melhorias das condições sociais, económicas e de saúde causam a
t ransição de um padrão de expectativa ou esperança de vida baixa,
com altas taxas de mortalidade por doenças infecciosas e parasit árias
em faixas de idade precoces, para um aumento das mortes por doenças
não-t ransmissíveis."
Ref.: Barbosa & Machado. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.692.

0 3 92. A t ransição epi demi ol ógi ca nos países mais desenvolvidos (EUA e
Europa Ocidental) é atualmente caracterizada em geral por
A) coexist ência de doenças infecciosas e crônico-degenerat ivas como
importantes causas de morbimortalidade.
B) redução da morbimortalidade por doenças crônico-degenerat ivas e
um predomínio das doenças infecciosas.
C) importante redução da morbimortalidade por doenças infecciosas e
crônico-degenerat ivas.
D) proeminência de doenças crônico-degenerat ivas, mas com t endên-
cia de est abilização ou de declínio entre algumas doenças cardiovas-
culares.
E) redução da morbimortalidade por doenças infecciosas e um predo-
mínio de doenças crônico-degenerat ivas.

Resposta:
(D) A t ransformação na estrutura et ária da mortalidade associada com a
t ransição demográfica leva à t ransição em sua estrutura de causas que
tem sido denominada de "t ransição epidemiológica" (Omran, 1971 apud
Silva, 1999). Esse autor identificou três fases ou est ágios nessa t ransição:
a idade da peste e da fome, a idade do recuo das epidemias, e a ida-
de das doenças degenerativas e produzidas pelo homem. Olshansky &
Ault (1986 apud Silva, 1999) propuseram uma quarta fase na t ransição
epidemiológica - a idade da " post ergação das doenças degenerativas".
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 49

Esta fase foi sugerida por causa do progressivo declínio nas taxas de
mortalidade por algumas doenças crónicas associadas a firmes ganhos
em esperança de vida nos EUA e em outros países industrializados. Já
em 1996, Omran apud Silva (1999) acrescentou a quinta fase: período de
longevidade paradoxal, emergência de doença enigmát icas e capacita-
ção t ecnológica para a sobrevivência do inapto.
Ref.: Silva. Mortalidade por Causas Evitáveis em Fortaleza, p.39; Vermelho & Mon-
teiro. In: Medronho etal. Epidemiologia, p.92.

[3 93. Sobre as doenças crónicas, considere as afirmativas seguintes:


I. As doenças crónicas apresentam uma evolução de longa duração e
podem ser usadas como sinónimo de não infecciosas, embora.
II. As doenças crônico-degenerat ivas são reconhecidas como as cate-
gorias de afecções como as doenças cardíacas, cerebrovasculares, as
neoplasias, o diabetes etc.
III. Muitas doenças infecciosas podem ser crónicas e algumas delas
apresentam um processo degenerativo.
IV. As doenças não infecciosas são caracterizadas por ausência de micro-
organismos no modelo epidemiológico, pela não transmissibilidade,
pelo longo curso clínico e pela irreversibilidade.
Estão corretas
A) somente II e III.
B) somente I e III.
C) somente I, II e III
D) somente I, II e IV.
E) todas (I a IV)

Resposta:
(C) As doenças crónicas apresentam uma evolução de longa duração e
podem ser usadas como sinónimo de não infecciosas, embora muitas
doenças infecciosas sejam crónicas. As doenças crônico-degenerat ivas
são reconhecidas como as categorias de afecções como as doenças car-
díacas e as cerebrovasculares, as neoplasias, o diabetes, a hipert ensão,
as doenças auto-imunes etc. Mas algumas doenças infecciosas podem
apresentar um processo degenerativo. As doenças não infecciosas são
as patologias caracterizadas por ausência de microorganismos no mo-
delo epidemiológico, pela não transmissibilidade, pelo longo curso clí-
nico e pela reversibilidade.
Ref: Lessa. O adulto brasileiro e as doenças da modernidade; Pereira. Epidemiolo-
gia.

El 94. As doenças crónicas não-t ransmissíveis (DCNT) são caracterizadas por


incluir doenças com curso clínico em geral:
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

A) lento, prolongado e permanente.


B) lento, prolongado e assint omát ico.
C) rápido, prolongado e permanente.
D) rápido, prolongado e assint omát ico.
E) lento, curto e permanente.

Resposta:
(A) As doenças crónicas não-t ransmissíveis (DCNT) são caracterizadas
por incluir doenças com: história natural prolongada; multiplicidade de
fatores de risco complexos; int eração de fatores et iológicos conhecidos
e desconhecidos; longo período de lat ência; longo curso assint omát ico;
curso clínico em geral lento, prolongado e permanente; evolução para
; graus variados de incapacidade ou morte.
Ref.: Lessa. O adulto brasileiro e as doenças da modernidade.

Q3 95. São caract eríst icas gerais das doenças não t ransmissíveis, EXCETO:
A) multiplicidade de fatores de riscos complexos.
B) int eração de fatores et iológicos desconhecidos.
C) curto período de lat ência.
D) longo curso assint omát ico.
E) evolução para incapacidade.

Resposta:
(C) As doenças crónicas não-t ransmissíveis são representadas por um
grupo de doenças com hist ória natural prolongada, caracterizada por:
multiplicidade de fatores de riscos complexos; int eração de fatores et io-
lógicos desconhecidos, longo período de lat ência; longo curso assinto-
mát ico, manifest ações clínicas, em geral de curso crónico, com períodos
de remissão e exacerbação; e evolução para incapacidade.
Ref.: Malta etal. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 273.

0 3 96. São exemplos de doenças não-t ransmissíveis de longo per íodo de


lat ência, longo curso assint omát ico e longa duração clínica:
A) hipert ensão, infarto do miocárdio e leucemias agudas.
B) hipert ensão, infarto do miocárdio e diabetes tipo II.
C) hipert ensão, diabetes melittus não-insulino dependente e osteoartri-
tes.
D) esquizofrenia, diabetes melittus não-insulino dependente e câncer de
pâncreas.
E) esquizofrenia, diabetes melittus não-insulino dependent e e leuce-
mias aguda.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 51

Resposta'-
(C) São exemplos de doenças crónicas não-t ransmissíveis (DCNT) de
longo período de lat ência, longo curso assint omát ico e longa duração
clínica: hipert ensão, diabetes mellitus não-insulino-dependent e, os-
teoartrites e a maioria dos cânceres. São exemplos de DNT de longo
período de lat ência e curta duração clínica: episódios agudos de esqui-
zofrenia e de doença cardiovascular; infarto do miocárdio; câncer de
pâncreas e alguns tipos de leucemias agudas.
Ref.: Silva Jr. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 6.ed. p. 294-5.

0 J 97. A classificação dos fatores de risco (ou determinantes) para as doenças


crónicas não-t ransmissíveis (DCNT) considera como passíveis de serem
modificados pela adoção de ações de promoção da saúde os enquadra-
dos na categoria:
A) comportamentais.
B) constitucionais.
C) patologias ou dist úrbios met abólicos.
D) caract eríst icas socioeconômico-cult urais.
E) N.R.A.

Resposta:
(A) Uma das abordagens da prevenção e controle das DCNT est á cent ra-
da na redução da exposição das pessoas aos fatores determinantes (ou
de risco) com elas associadas. Numa tentativa de sistematizar a classifi-
cação dos fatores de risco (ou determinantes), Bloch (1998) os agrupou
em quatro categorias:
Constitucionais: sexo, idade, raça e fatores heredit ários, portanto não
passíveis de modificação.
Comportamentais: tabagismo, dieta, sedentarismo, ingest ão de álco-
ol e uso de anticoncepcionais orais. São formas de comportamento
e hábit os determinados pelo ambiente psicossocioeconômico do
indivíduo e passíveis de serem modificados pela adoção de ações
de promoção da saúde.
Patologias ou distúrbios metabólicos: hipert ensão arterial (HA), obe-
sidade, hiperlipidemias, diabetes mellitus. Essas patologias est ão en-
tre os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares,
sendo que a obesidade e as hiperlipidemias t ambém o são para diabetes
enquanto doença propriamente dita.
Características socioeconômico-culturais: representadas pelas condi-
ções de inserção social (ocupação, renda, escolaridade, classe social,
ambiente de trabalho e outra como a rede de apoio social). Essas
caract eríst icas são utilizadas tanto para analisar as desigualdades na
52 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

dist ribuição das doenças não-t ransmissíveis, identificando grupos


sob maior risco de adoecer, quanto para subsidiar a formulação de
int ervenções específicas para a prevenção.
Ref.: Gondim & Silva. In: Sampaio & Sabry. Nutrição em doenças crónicas. 2.ed. p.6.

^ 98. A principal atividade para a prevenção e o controle das doenças cróni-


cas não-t ransmissíveis (DCNT) é a(o)
A) monitoramento da prevalência dos seus fatores de risco.
B) ident ificação dos seus fatores et iológicos ou causais.
C) formação de recursos humanos especializados.
D) investimento em infraestrutura médica.
E) adoção de medidas t erapêut icas custo-efetivas.

Resposta:
(A) O monitoramento da prevalência dos fatores de risco para as DCNT
tem assumido o papel de principal atividade para a prevenção e o con-
trole desse grupo. As taxas de prevalência mostram o grau de exposição
da população a determinado fator, permitindo-se dimensionar o peso
de cada um deles e sua t endência, bem como o risco de ocorrência f u-
tura da(s) doença(s).
Ref.: Gondim & Silva. In: Sampaio & Sabry. Nutrição em doenças crónicas. 2.ed.
p.8-9.

A Vigilância Epidemiológica das doenças e agravos não-t ransmissíveis


A) recorre aos mesmos mét odos utilizados para as doenças t ransmissí-
veis.
B) está centrada na not ificação obrigat ória e imediata dos casos suspei-
tos.
C) precisa conhecer cada caso, individualmente, para que sejam adot a-
das as medidas de controle apropriadas.
D) a principal int ervenção preventiva objetiva interromper o mais cedo
possível a cadeia de t ransmissão.
E) o foco cent ral é est abelecer os níveis de exposição aos fatores de
risco.

Resposta:
(E) Entretanto, deve-se ressaltar que para as doenças e agravos não-
-t ransmissíveis a vigilância epidemiológica (VE) se diferencia, tanto em
relação aos mét odos utilizados como em relação aos objetivos. Para as
doenças t ransmissíveis, a vigilância epidemiológica precisa conhecer
cada caso, individualmente, para que sejam adotadas as medidas de
controle apropriadas. Por isso, a VE de doenças t ransmissíveis est á cen-
trada na not ificação obrigat ória e imediata dos casos suspeitos, seguida
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 53

de uma invest igação que visa identificar a fonte da infecção, visto que a
principal int ervenção preventiva objetiva interromper o mais cedo pos-
sível a cadeia de t ransmissão.
Para a VE das DANT não há interesse em que sejam conhecidos casos
individualizados, na medida em que a prevenção não est á centrada na
ação imediata sobre um único agente que produziria a doença, pois
suas etiologias são quase sempre multicausais. Aqui, o foco central é
estabelecer os níveis de exposição aos fatores de risco, que são diver-
sos e, em sua maioria, est ão associados t ambém a diversas d o en ças ao
mesmo tempo. Entretanto, é importante destacar, que, para algumas
doenças de natureza crónica (principalmente alguns tipos de câncer),
t êm sido identificados microrganismos como fatores predisponentes
ou condicionantes, como o papilomavírus e o câncer cérvico-ut erino, o
Helicobacterpylori e a úlcera gást rica, entre outros, sem que, mesmo as-
sim, as medidas preventivas para essas doenças assemelhem-se àquelas
recomendadas para as doenças t ransmissíveis.
Ref.: Silva Jr. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 6.ed. p.300.

EJlOO- A respeito das abordagens met odológicas para estruturar as ações de


vigilância epi demi ol ógi ca em doenças e agravos não-t ransmissíveis
(DANT), marque a FALSA.
A) Est ão centradas no monitoramento da morbidade e da mortalidade
produzidas em sua função.
B) Concentram-se no monitoramento da prevalência da exposição da
população a todos fatores de risco.
C) Para monit orar a ocorrência desses event os, há que se dispor de
dados confiáveis e acessíveis.
D) Há que se ter capacidade t écnica para transformar os dados em infor-
mações.
E) A ação de monitorar exige a escolha de um conjunto de indicadores
que possam capt ar a conjunt ura da sit uação epi demi ol ógi ca da
doença ou agravo.

Resposta:
(B) As abordagens met odológicas para estruturar as ações de vigilân-
cia epidemiológica em doenças e agravos não-t ransmissíveis (DANT)
est ão centradas no monitoramento da morbidade e da mortalidade
produzidas em sua função, assim como da prevalência da exposição
da população aos seus principais fatores de risco. Um dos pressupostos
para monitorar a ocorrência desses eventos é que se disponha de dados
confiáveis e acessíveis, além de capacidade t écnica para t ransformá-los
em informações. A ação de monitorar exige, t ambém, a escolha de um
54 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

conjunto de indicadores que possam captar a conjuntura da sit uação


epidemiológica da doença ou agravo.
Ref.: Silva Jr. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 6.ed. p.303.

0101. "É o estudo de como fatores não-biológicos afetam a saúde dos pacien-
tes". Esse enunciado aplica-se a pesquisa em
A) epidemiologia.
B) ciências sociais.
C) ciências clínicas.
D) serviços de saúde.
E) ciências populacionais.

Resposta:
(D) "A pesquisa em serviços de saúde é o estudo de como fatores
não-biológicos (funcionários e inst it uições clínicas, a maneira como o
serviço é organizado e pago, as crenças dos clínicos e a cooperação dos
pacientes etc.) afetam a saúde dos pacientes."
Ref.: Fletcher etal. Epidemiologia clinica. 4.ed. p.21.

0102. Quanto à Epidemiologia Clínica como disciplina, considere as afirmati-


vas seguintes:
I. A epidemiologia clínica é a ciência que faz predições sobre pacientes
individuais contando eventos clínicos em pacientes similares.
II. Usa mét odos cient íficos sólidos, em estudos de grupos de pacientes
para assegurar que as predições sejam corretas.
III. Seu objetivo é desenvolver e aplicar mét odos de observação clínica
que levem a conclusões válidas.
IV. É importante para obter informação de que os clínicos precisam para
tomar decisões acertadas no cuidado de seus pacientes.
Est ão corretas
A) somente I e H.
B) somente II e III.
C) somente II, III e IV.
D) somente I, III e IV.
E) todas (I a IV).

Resposta:
(E) "Epidemiologia clínica é a ciência que faz predições sobre pacientes
individuais contando eventos clínicos em pacientes similares e usando
mét odos cient íficos sólidos, em estudos de grupos de pacientes para
assegurar que as predições sejam corretas. O objetivo da epidemiologia
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 55

clínica é desenvolver e aplicar mét odos de observação clínica que levem


a conclusões válidas, evitando ser enganado por erro sist emát ico e alea-
t ório. É uma abordagem importante para obter o tipo de informação
que os clínicos precisam para tomar decisões acertadas no cuidado de
seus pacientes."
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p.21.

0103. "A epidemiologia clínica é um subconjunto das ciências populacionais, j


PORQUE nem todos os estudos epi demi ol ógi cos são diret ament e Úteis j
para o cuidado de pacientes individuais". J
Em relação ao enunciado, tem-se
A) a assertiva e a razão est ão certas e relacionadas.
B) a assertiva e a razão est ão certas, mas não relacionadas.
C) a assertiva est á certa e a razão, errada.
D) a assertiva est á errada e a razão, certa.
E) a assertiva e a razão est ão erradas.

Resposta: j
(A) "A epidemiologia clínica é um subconjunto das ciências populacio- [
nais, porque nem todos os estudos epidemiológicos são diretamente !
úteis para o cuidado de pacientes individuais."
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p.21. J

3104. Nos eventos clínicos de interesse em epidemiologia clínica, a limit ação J


na capacidade de desempenhar as atividades normais em casa, no t ra-
balho ou no lazer, enquadra-se nos cinco "Ds" em:
A) Doença.
B) Desenlace.
C) Desconforto.
D) Descontentamento.
i

E) Deficiência funcional.

Resposta:
(E) "Os eventos clínicos de interesse primário em epidemiologia clíni-
ca são os desfechos clínicos que mais preocupam os pacientes e para !
aqueles que se preocupam com eles, como os sintomas, a incapacidade
e a morte." Estes são os eventos que os médicos t ent am entender, pre-
dizer, interpretar e mudar no cuidado de seus pacientes. Os desfechos !
de doenças podem ser dispostos nos cinco "Ds": Desenlace ou morte I
(death), doença (diseasé), desconforto (discomfort), deficiência funcional »
{disability) e descontentamento (disstisfaction). A deficiência funcional
56 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

(disability) a limit ação na capacidade de desempenhar as atividades


normais em casa, no trabalho ou no lazer.
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p.23.

0105. "Pode ocorrer quando se t ent a descobrir se um fator é por si só ima


causa de doença. Se esse fator estiver associado com outro fator, que
est á por sua vez relacionado ao desfecho, o efeito de um pode ser dis-
torcido pelo efeito do outro.". Nesse caso, est á se falando de
A) int eração.
B) sinergismo.
C) confundimento.
D) viés de mont agem.
E) efeito multiplicador.

Resposta:
(C) "O viés de confusão (ou confundimento) pode ocorrer quando se
tenta descobrir se um fator, como um comport ament o ou a exposição a
uma droga, é, por si só ima causa de doença. Se esse fator estiver asso-
ciado ou "andar junt o"com outro fator, que est á por sua vez relacionado
ao desfecho, o efeito de um pode ser confundido ou distorcido pelo
efeito do outro."
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p.27.

0106. A divergência entre a observação em uma amostra e o valor verdadeiro


na população, devida exclusivament e ao acaso, chama-se
A) erro sist emát ico.
B) viés de seleção.
C) viés de aferição.
D) vício aleat ório.
E) variação aleat ória.

Resposta:
(E) "A divergência entre a observação em uma amostra e o valor verda-
deiro na população, devida exclusivamente ao acaso, chama-se varia-
ção aleatória."
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p.28.

0107. Sobre o rastreamento (triagem), marque a afirmativa FALSA.


A) Rastreamento (triagem) é a ident ificação de um doença ou fator de
risco não reconhecido por meio da anamnese, do exame físico, de
um exame laboratorial ou de outros procedimentos que podem ser
aplicados rapidamente em pessoas sint omát icas.
CAP. 1 • EPIDEMIOLOGIA BÁSICA 57

B) Os testes de rastreamento distinguem pessoas que est ão aparent e-


mente bem, mas que apresentam uma doença ou um fator de risco
para uma doença daquelas que não os apresent am.
C) Este tipo de teste é parte de muitas atividades de prevenção primária
e de todas as atividades de prevenção secundária.
D) Se o médico não se dispuser a prosseguir com a invest igação de
resultados anormais e, com possíveis tratamentos, ent ão o teste não
deve ser realizado.
E) Um teste de rastreamento não tem a int enção de ser diagnóst ico, e
raramente o é.

Resposta:
(A) Rastreamento (triagem) é a ident ificação de um doença ou fator de
risco não reconhecido por meio da anamnese (por exemplo, perguntar a
um paciente se ele fuma), do exame físico (como exame de próstata), de
um exame laboratorial (como a det erminação da fenilalanina sérica) ou
de outros procedimentos (como sigmoidoscopia) que podem ser aplica-
dos rapidamente em pessoas assint omát icas. Os testes de rastreamento
distinguem pessoas que est ão aparentemente bem, mas que apresentam
uma doença ou um fator de risco para uma doença daquelas que não os
apresentam. Este tipo de teste é parte de muitas atividades de prevenção
primária e de todas as atividades de prevenção secundária. Um teste de
rastreamento não tem a int enção de ser diagnóst ico, e raramente o é. Se
o médico não se dispuser a prosseguir com a invest igação de resultados
anormais e,com possíveis tratamentos, ent ão o teste não deve ser realizado.
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p.181 -2.

0108. O prognóst ico da doença sem a int ervenção médica é chamado de


A) curso clínico.
B) hist ória natural.
C) evolução natural.
D) curso evolutivo.
E) hist ória clinica.

Resposta:
(B) Prognóst ico de doença pode ser descrito tanto para o curso clínico
quanto para a hist ória natural da enfermidade. O termo curso clínico
tem sido usado para descrever a evolução (prognóst ico) da doença que
chegou ao cuidado médico e é ent ão tratada de uma variedade de ma-
neiras que poderiam afetar o curso subsequente dos eventos. O prog-
nóst ico da doença sem a int ervenção médica é chamado de hist ória
natural da doença.
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p. 131-3.
; 58 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

0 109. São crit érios importantes para se decidir quais doenças que devem ser
incluídas em um exame periódico de saúde:
J I. a carga de sofrimento causada pela doença.
II. a qualidade do teste de rastreamento, se este for realizado.
III. a qualidade da int ervenção para a prevenção primária.
IV. a efet ividade do t rat ament o para a prevenção secundária, após a
condição ser descoberta no rastreamento.
[ Est ão corretos
A) somente I e II.
B) somente II e III.
C) somente II, III e IV.
D) somente I, III e IV.
E) todos (I a IV).

Resposta:
(E) Três crit érios são importantes para se decidir quais doenças que de-
vem ser incluídas em um exame periódico de saúde: (1) a carga de sofri-
mento causada pela doença, (2) a qualidade do teste de rastreamento,
se este for realizado, e (3) a qualidade (efetividade, segurança e custo)
da int ervenção para a prevenção primária (por exemplo, aconselhamen-
to de pacientes sobre a prát ica de sexo seguro) ou a efetividade do t ra-
tamento para a prevenção secundária, após a condição ser descoberta
no rastreamento (por exemplo, tratamento de um câncer de próst at a).
! Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 4.ed. p. 182-3.

0 110. Um bom teste de rastreamento, para reduzir o número de pessoas com


resultados falso-positivos que necessitem posterior invest igação, deve
ter
A) alta acurácia.
B) alta sensibilidade.
C) alta especificidade.
D) alto valor preditivo positivo.
E) alto valor preditivo negativo.

Resposta:
(C) Um bom teste de rastreamento, portanto, deve ter alta especifici-
dade, para reduzir o número de pessoas com resultados falso-positivos
que necessitem posterior invest igação.
Ref.: Fletcher & Fletcher. Epidemiologia clínica. 3.ed. p. 178.
CAPÍTULO 2

ESTATÍSTICAS
DE SA Ú D E

Questões 1 e 2
Baseado na hist ória abaixo relatada, responda as quest ões seguintes:
"Pedreiro, 42 anos, est ava t rabalhando em um andaime, na altura do
3 o andar, quando caiu acident alment e. Foi conduzido ao Hospital de
Pronto Socorro, onde se constatou a gravidade do caso, representada
por coma neur ológico e sinais de hipovolemia. No curso do at endi-
ment o de emer gênci a, decorrida cerca de uma hora da admissão, o
paciente t eve parada cárdio-respirat ória irreversível às manobras res-
sucit at órias. O relatório de aut ópsia identificou traumatismos múlt iplos
(crânio, t órax e membros inferiores) e hemot órax à D".

0 01. A causa básica da morte foi:


A) queda acidental de andaime.
B) politraumatismo.
C) choque hipovolêmico.
D) coma neurológico.
E) hemot órax.

Resposta:
(A) No caso de mortes violentas (acidentes, suicídios, homicídios), por
definição, a causa básica é a "circunst ância do acidente ou violência". Na
quest ão, a circunst ância do acidente, t ambém chamada de causa exter-
na da lesão, foi a "queda acidental de andaime", enquanto que a con-
sequência (politraumatismo, ferimentos etc.) é dita natureza da lesão.
Para o propósit o de est at íst icas de mortalidade segundo causa básica
somente interessa causa ext erna.
Ref.: Laurenti & Melo Jorge. O atestado de óbito, p.30-47.

0 02. A declaração de óbit o deve ser assinada por:


60 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

A) médico do Serviço de Verificação de óbit o.


B) médico do Instituto Médico Legal.
C) médico-perit o do Minist ério do Trabalho.
D) neurologista da equipe médica do Pronto Socorro.
E) médico-socorrist a que coordenou o atendimento ao paciente.

Resposta:
(B) Nos casos de mortes violentas, preencher e assinar as declarações
de óbit os são da responsabilidade dos médicos dos Institutos Médico-
-Legais (IML), após a realização da aut ópsia, conforme dispõem as leis
brasileiras vigentes.
Ref.: Laurenti & Melo Jorge. O atestado de óbito, p.30-47.

Questões 3 a 5

"Paciente do sexo masculino, 33 anos, deu entrada em Pronto Socorro


com um quadro de abdome agudo. Submetido à laparotomia explora-
dora, foi identificada e corrigida cirurgicamente uma perfuração duode-
nal devida a úlcera duodenal. Evoluiu, desfavoravelment e, com mani-
fest ação de peritonite, t endo o paciente feito parada cárdiorrespirat ória
no terceiro dia do pós-operat ório. O paciente era portador t ambém de
valvulopatia mitral reumát ica, já tendo apresentado insuficiência respi-
ratória cardíaca congest iva, mantendo-se ult imament e compensado e
sob medicação".
Com base nessa hist ória, responda as três quest ões que se seguem.

003. A causa básica da morte foi a(o):


A) peritonite.
B) perfuração do duodeno.
C) úlcera duodenal.
D) abdome agudo.
E) valvulopat ia mitral reumát ica.

Resposta: (C)

0 04. A causa imediata da morte foi a:


A) parada cárdiorrespirat ória.
B) peritonite.
C) perfuração do duodeno.
D) úlcera duodenal.
E) valvulopatia mitral reumát ica.

Resposta: (B)
CA P. 2 - EST AT Í ST I CAS DE SAÚDE 61

. No preenchiment o da declaração de óbit o, a valvulopat ia mitral reumá-


tica deve:
A) ser mencionada na parte la como causa imediata da morte.
B) ser mencionada na parte la como causa básica da morte.
C) figurar na parte II como causa contribuinte da morte.
D) ser omit ida, pois não participa da cadeia de eventos que culminou
em morte.
E) N.R.A.
Resposta: (C)
A úlcera duodenal foi a causa básica, pois inicia a sucessão de eventos
que culminou com a morte do paciente: a perfuração duodenal e a pe-
ritonite, esta últ ima se destacando como a causa imediata da morte. A
afecção cardíaca, embora não t enha relação causal com a úlcera duo-
denal, influiu cert ament e para o agravamento do caso ao comprometer
o estado geral do paciente, daí porque a valvulopatia mitral reumát ica
deve figurar na parte II, como causa contribuinte dessa morte.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.66-78; Brasil. Minist ério da Saúde.
Manual de instrução para preenchimento da declaração de óbito, p.23-31; Brasil.
Ministério da Saúde. Manual de procedimentos do sistema de informação de mor-
talidade (SIM).

Questões 6 a 8

"Paciente do sexo feminino, 48 anos, foi internada em hospital devido


a insuficiência cardíaca congest iva, sofrendo parada cárdio-respirat ória
irreversível no curso do terceiro dia de permanência na UTI. Era port a-
dora de dupla lesão mitral, tendo tido febre reumát ica aos 12 anos de
idade. A paciente t ambém apresentava hipert ensão arterial moderada
e há três anos estava sob controle de diabetes mellitus".
Com base nessa hist ória, responda as três quest ões próximas.

0 06. A causa básica de morte foi a(o):


A) hipert ensão arterial.
B) febre reumát ica.
C) dupla lesão mitral.
D) insuficiência cardíaca congest iva.
E) diabetes mellitt/ s.
Resposta: (B)

0 07. A causa imediata da morte foi a(o):


A) parada cárdiorrespirat ória.
62 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

B) febre reumát ica.


C) dupla lesão mitral.
D) insuficiência cardíaca congest iva.
E) hipert ensão arterial.

Resposta: (D)

0 08. No preenchimento da declaração de óbit o, a hipert ensão arterial deve:


A) ser mencionada na parte la como causa imediata da morte.
B) ser mencionada na parte Ic como causa básica da morte.
C) ser mencionada na parte II como causa contribuinte da morte.
D) ser omit ida, pois não concorreu para o desfecho fatal.
E) N.R.A.
Resposta: (C)
A febre reumát ica (parte Ic), ocorrida há 36 anos foi quem desencadeou
o processo, ou seja, a causa básica, resultando em sequela valvular (du-
pla lesão mitral) (parte Ib), produtora do quadro de insuficiência cardía-
ca congestiva, a causa t erminal de morte (parte la). A hipert ensão art e-
rial e o diabetes mellitus participaram agravando o quadro clínico, logo,
figuram como causas contribuintes na parte II da declaração de óbit o.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.66-78.

Questões 9 a 10

Com base na descrição abaixo, responda as duas quest ões seguint es:
" Homem de 65 anos de idade, com hi per t ensão art erial em t rat a-
ment o há alguns anos, que manifest a insuf iciência cardíaca conges-
t iva e insuf iciência renal cr ónica. Quando est á gravement e enfermo
da af ecção car díaca, apresent a um quadro de apendicit e aguda com
rotura de apêndice. A apendicect omia foi sat isfat ória, mas a af ecção
cardíaca se agravou e o pacient e morreu quinze dias após a realiza-
ção daquele procediment o cirúrgico" .

009. A causa básica da morte foi:


A) insuficiência renal hipert ensiva.
B) hipertrofia cardíaca.
C) hipert ensão arterial.
D) insuficiência cardíaca congest iva.
E) apendicite aguda com rotura de apêndice.

Resposta: (C)
CAP. 2 - EST AT Í ST I CAS DE SAÚDE 63

10. Ao preencher a declaração de óbit o, o quadro de apendicite aguda:


A) deve figurar na parte I como causa imediata da morte.
B) pode constar da parte I como causa associada de morte.
C) deve ser registrada como causa básica de morte por tratar-se de con-
dição pat ológica que levou diretamente à morte.
D) deve ser citada na parte II, porque concorreu para a morte embora
não relacionada com a doença que produziu a morte.
E) não precisa ser mencionado porque não part icipou da cadeia de
acontecimentos pat ológicos que conduziram diretamente à morte.

Resposta: (D)
A doença de base foi a hipert ensão arterial que respondeu pelo desen-
volviment o da insuficiência cardíaca congestiva e da insuficiência renal
crónica. O quadro de apendicite figura como int ercorrência que, apesar
de resolvida cirurgicamente, concorreu para o agravamento da condi-
ção cardíaca do paciente, devendo, por conseguinte, ser relacionado na
parte II da declaração de óbit o.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.66-78.

Questões 11 a 12

" Criança de dois anos apresent ou sarampo há duas semanas, com-


plicado por quadro pulmonar e falecendo com broncopneumonia,
confirmado por raio-X. Ao exame físico da criança, verificou-se t ambém
desnut rição".
Com fundament o nesse relato, responda as duas quest ões seguintes.

0 11. Ao preencher a declaração de óbit o, o sarampo deve ser mencionado na


parte:
A) la.
B) Ib.
C) Ic.
D) II.

E) la ou Ib.

Resposta: (B)

0 12. No preenchiment o da declaração de óbit o, a desnut rição deve figurar


na parte:
A) la.
B) Ib.
C) Ic.
64 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

D) II.
E) Ic ou II, opcionalment e.

Resposta: (D)
Na declaração de óbit o, o atestado médico deve ter a seguinte confi-
guração:

Causa da Morte Intervalo


a) broncopneumonia dias
b) sarampo duas semanas

c)
II desnut rição ignorado

Ref.: Laurent i & Mello Jorge. O atestado de óbito, p.30-47; OMS. Certificación
médica de causa de defunción.

0 13. O coeficiente geral de natalidade é definido pela relação entre o número


de nascidos:
A) vivos no período dividido pela população no meio do período.
B) vivosnno período dividido pela população feminina no meio do perí-
odo.
C) vivos e de natimortos no período dividido pela população no meio
do período.
D) vivos e de natimortos no período dividido pela população feminina
no meio do período.
E) vivos no período dividido pelo população gestante no meio do perí-
odo.

Resposta:
(A) O coeficiente ou t axa geral (bruta) de natalidade é definido pela re-
lação:
n° de nascidos vivos, na área A, período t -#w%
- x 100
população da área A, no meio do período
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.149-52.

0 14. O coeficient e de fecundidade global é definido pela relação ent re o


número de nascidos vivos no período dividido pela população:
A) total no meio do período.
B) feminina no meio do período.
C) feminina de 15 a 49 anos no meio do período.
D) feminina de 10 a 54 anos no meio do período.
E) de gestantes durante o período.
CA P. 2 - EST AT Í ST I CAS DE SAÚDE 65

Resposta:
(C) O coeficiente (ou t axa) de fecundidade global é dado pela relação
entre o número de nascidos vivos, na área A, no período t, dividido pela
população feminina de 15 a 49 anos, na área A, na metade do período t.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.149-52; Berquó. In: Santos etal.
p.73-5.

0 15. Razões de masculinidade muito altas (acima de 1.000) nas idades adul-
tas podem ser decorrentes das seguintes condições, EXCETO:
A) emigração feminina.
B) imigração masculina.
C) excessiva mortalidade masculina.
D) super enumeração masculina.
E) subenumeração feminina.

Resposta:
(C) Razões de masculinidade muito altas (acima de 1.000) nas idades
adultas podem ser decorrentes de: emigração feminina; imigração mas-
culina; alguns fatores que provoquem uma alta mortalidade feminina; e
erro na coleta de dados: superenumeração masculina ou subenumera-
ção feminina.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.31-4.

0 16. Com respeito a razão de masculinidade, tem-se:


A) é uma relação entre o número de mulheres de uma população por
1.000 homens dessa população.
B) é obtida mediante a divisão do número de homens pelo número de
mulheres em idade fért il, multiplicado por 1.000.
C) permite a comparação direta da composição, por sexo, de diferentes
populações, independent e do t amanho dessas populações.
D) tende a ser bastante inst ável na população humana.
E) costuma ser superior a 1.000 porque são geradas mais mulheres do
que homens.

Resposta:
(C) A razão de masculinidade é uma relação entre o número de homens
de uma população por 1.000 mulheres da mesma população; é obtida
dividindo o número de homens pelo número de mulheres, mult iplican-
do por 1.000 o resultado. Tem a vant agem de permitir a comparação
direta da composição, por sexo, de diferentes populações, independen-
te do t amanho dessas populações. A razão de masculinidade t ende a
ser bastante est ável na população humana; devendo, idealmente, ser
66 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

de mil homens para mil mulheres. São gerados muito mais homens do
que mulheres.
Ref.: Laurenti et ai Estatísticas de saúde. 2.ed. p.31 -4.

0 17. É uma caract eríst ica de população com dist ribuição et ária de forma
piramidal:
A) a idade média dos habitantes é baixa.
B) a razão de dependência é baixa.
C) é t ípica de países desenvolvidos.
D) registra baixa taxa de natalidade.
E) a mortalidade é alta, sobretudo a infantil.

Resposta:
(E) A forma piramidal para a dist ribuição et ária da população é comu-
mente encontrada nos países subdesenvolvidos e est á relacionada com
as seguintes caract eríst icas: a idade média dos habitantes é baixa; a ra-
zão de dependência é alta devido à grande part icipação dos menores
de 15 anos; exibe alta taxa de natalidade e, concomit ant ement e, alta
taxa de mortalidade, sobretudo a infantil.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.37-45.

0 18. Para o cálculo da razão de dependênci a, o denominador da fração é


composto do número de pessoas:
A) entre 15 e 64 anos de idade.
B) abaixo de 15 anos de idade.
C) com 65 e mais anos de idade.
D) abaixo de 15 anos mais as de 65 e mais anos de idade.
E) não economicament e ativas.

Resposta:
(A) A razão de dependência é definida pelo quocient e entre a "popu-
lação dependent e" (os abaixo de 15 anos e os com 65 e mais anos de
idade) e a " população pot encialment e ativa" (15 a 64 anos de idade).
Ref.: Santos etal. p.37; Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.35-7.

Questões 19 a 23
"Em um det erminado município cearense, segundo o Recenseament o
de 2000, sua popul ação era de 80.400 habit ant es, dos quais 38.400
pert enciam ao sexo masculino. No Censo de 2010, sua população foi de
87.000 habitantes, dos quais 49.000 mulheres".
CA P. 2 - EST AT Í ST I CAS DE SAÚDE 67

Admit indo-se um cresciment o arit mét ico da população, responda as


cinco quest ões a seguir.

0 19. A razão de masculinidade (por 1.000) nos Censos de 2000 e 2010 foi,
respectivamente, de aproximadament e:
A) 478 e 436.
B) 478 e 564.
C) 914 e 775.
D) 1.094 e 1.289.
E) N.R.A.

Resposta: (C)
O assunto relativo a crescimento populacional pode ser visto em livros
de est at íst ica vital e de demografia, como os de Laurenti etal. Estatísti-
cas de saúde. 2.ed. p.45-50 e Santos et al. p.103-55.
n° de homens
A razão de masculinidade (RM) = ; x 1.000
n° de mulheres

Censo de 2000:80.400, . - 38.400. = 42.000 mulheres


habs. homens
38.400
RM = x 1.000 = 914,3 por 1.000 mulheres
42.000

Censo de 2010:87.400,, - 49.400, = 38.000 mulheres


habs. homens
38.000
RM = x 1.000 = 775,5 por 1.000 mulheres
49.000

O crescimento médio anual (em número de habitantes) foi:


A) 600.
B) 660.
C) 6.600.
D) 7.600.
E) impossível determinar.

Resposta: (B)
P2010-P2000 87.000-80.400 6.600
CMA= = = = 660 habs.
2010-2000 10 101

0 21. O crescimento médio mensal (em número de habitantes) foi:


A) 50.
68 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

B) 55.
C) 60.
D) 63.
E) impossível determinar.

Resposta: (B)
„ amã CMA 660
CMM= = = 55habs.
12 12

0 22. A população estimada para 01.07.2007 é de aproximadamente:


A) 84.400 habs.
B) 84.500 habs.
C) 84.600 habs.
D) 84.910 habs.
E) N.R.A.
Resposta: (D)
P1/ 7/ 07 = P1/ 9/ 00 + 7CMA - 2CMM
P
1/ 7/ 07 = 8 0 - 4 0 0 + <7 x 6 6 ° ) " <2 x 55
)
P
1/ 7/ 07 = 84.910 habitantes

0 23. A população projetada para 01.12.2013 é de aproximadament e:


A) 88.200 habs.
B) 88.300 habs.
C) 88.350 habs.
D) 88.485 habs.
E) N.R.A.

Resposta: (D)
P1/ 12/ 13 = P1/ 9/ 10 + 2CMA + 3CMM
P
1 / 12/ 13 = 8 7 - 0 0 0 + <2 x 66
°)+( 3 x 5 5 )

P1 / 1 2 / 1 3 = 88.485 habitantes

0 24. "Éa mort e do produto da concepção antes da expulsão ou ext ração


completa do corpo da mãe, independent e da duração da gest ação".
Essa definição da OMSaplica-se a:
A) natimorto.
B) morte perinatal.
C) morte neonatal precoce.
CAP. 2 - EST AT Í ST I CAS DE SAÚDE 69 |

D) perda fetal.
E) aborto.

Resposta:
(D) Para a OMS, perda fetal é a morte do produto da concepção antes
da expulsão ou ext ração completa do corpo da mãe, independente da
duração da gest ação.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.78-80.

Para a OMS, em termos de duração da gest ação, os abortos correspon-


dem às perdas fetais:
A) antes de 12 semanas.
B) antes de 20 semanas.
Qent re 20 e 27 semanas.
D) de at é 27 semanas.
E) de 28 ou mais semanas.

Resposta:
(D) Para a OMS, as perdas fetais precoces (até 19 semanas) e int ermediá-
rias (20 a 27 semanas de gest ação) constituem o grupo de abortos. As
de 28 ou mais semanas são classificadas como natimorto.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.78-80.

0 26. Por definição, puerpério é o período de:


A) 15 dias que se segue ao parto.
B) 30 dias que se segue ao parto.
C) 42 dias que se segue ao parto.
D) 7 dias antes at é 30 dias do pós-part o.
E) 7 dias antes at é 42 dias pós-part o.
Resposta:
(C) Por definição, puerpério é o período de 42 dias que se segue ao parto.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.147.

Dos indicadores abaixo listados, o que melhor indica a cobert ura e a


assist ência pré-nat al é a(o):
A) mortalidade infantil.
B) mortalidade materna.
C) mortalidade perinatal.
D) natimortalidade.
E) baixo peso ao nascer.
70 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

\ Resposta:
(B) A razão de mortalidade materna expressa com precisão a cobertura
e a assist ência pré-nat al prestada à mulher.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.146-9.
i

0 28. O indicador de Swaroop-Uemura apresenta as vant agens seguintes:


I. simplicidade de cálculo.
II. disponibilidade de dados na maioria dos países.
III. possibilidade de comparabilidade nacional e internacional.
IV. requer dados simples de população.
Est ão corretas:
A) somente I e II.
B) somente III e IV.
C) somente I, II e III.
| D) somente I, II e IV.
E) todas (I a IV).

J Resposta:
(C) O indicador de Swaroop-Uemura apresenta as seguintes vant agens:
a simplicidade de cálculos, a disponibilidade de dados na maioria dos
países, a possibilidade de comparabilidade nacional e internacional e a
dispensa de dados de população; além disso, esse índice t em alto poder
discriminat ório.

Ref.: Barbosa & Machado. In: Rouquayrol. Epidemiologia & saúde. 7.ed. p.680.

029. A mortalidade infantil proporcional indica:


A) a proporção de óbit os de crianças menores de 1 ano no conjunto de
todos os óbit os.
B) a proporção de óbit os de crianças menores de 5 anos no conjunto de
todos os óbit os.
C) a proporção de óbit os de menores de 1 ano entre os nascidos vivos.
D) o risco de morrer nos nascidos vivos.
E) a probabilidade de morrer no primeiro ano de vida entre os recém-
-nascidos.
Resposta:
(A) A mortalidade infantil proporcional indica a proporção de óbit os de
crianças menores de um ano no conjunt o de todas as mortes. Écalcula-
da mediante a divisão do número de óbit os de menores de um ano pelo
total de óbit os e multiplicando-se por 100.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.126-7.
CAP. 2 - EST AT Í ST I CAS DE SAÚDE 71

0 30. A mortalidade neonatal relaciona-se com óbit os de crianças:


A) nas primeiras 24 horas de vida.
B) na primeira semana de vida.
C) nas primeiras quatro semanas de vida.
D) no primeiro mês de vida.
E) N.R.A.
Resposta:
(B) A mor t al i dade inf ant il pode ser subdi vi di da em neonat al , que con-
templa os óbit os ocorridos nas primeiras quatro semanas de vida, e em
infantil t ardia, considerando as perdas de 28 dias a 11 meses de vida, ou
seja, at é a véspera do primeiro aniversário.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.139-45.

0 31. Para cálculo do coeficiente de mortalidade perinatal, no denominador


são representados:
A) os natimortos e os óbit os de at é 27 dias.
B) os nascidos vivos e os óbit os de 7 a 27 dias.
C) as perdas fetais tardias e os óbit os de menores de 7 dias.
D) as perdas fetais tardias e os nascidos vivos.
E) N.R.A.

Resposta:
(C) Para o cálculo da mortalidade perinatal o numerador é composto
das perdas fetais tardias ou nascidos mortos mais as mortes de crianças
nascidas vivas ocorridas at é completar o 7 o dia de vida e o denomina-
dor é representado pelo número de nascidos vivos mais o de perdas
fetais tardias. O período perinatal, pela CID-10, começa em 22 semanas
completas de gest ação (154 dias) e t ermina com sete dias completos do
nascimento.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.145-6.

0 32. Para medir o nível de saúde, e esperança de vida:


A) é um bom indicador de saúde, pois sintetiza o efeito da mortalidade
agindo em todas as idades.
B) é um bom indicador de saúde, porém sofre os efeitos das compara-
ção da população por idade.
C) somente t em validade para comparação quando se faz a padroniza-
ção dos coeficientes.
D) não é um bom indicador de saúde porque sua obt enção é muit o
complexa.
E) não é um bom indicador de saúde porque é de difícil int erpret ação.
72 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

Resposta:
(A) A esperança de vida é um bom indicador de saúde - para alguns, o
melhor - por representar uma medida - resumo, pois sintetiza o efeito
da mort alidade agindo ou at uando em todas as idades. Não sofre os
efeitos da composição da população por idade, o que sucede com os
coeficient es de mort alidade geral e de mort alidade por doenças es-
pecíficas.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.193-6.

0 33. Em um povoado de 8.000 habit ant es ocorreram 200 casos de uma


determinada doença, dos quais 40 faleceram. A taxa de letalidade por
essa doença foi de:
A) 5%.
B) 5 por 1.000.
C) 5 por 10.000.
D) 25 por 1.000.
E) 20%.

Resposta: (B)

Taxa de n o ^ e óbitos no lugar e período


mortalidade = população
— média e j . do. lugar
. ~e período
7~, x 1.000 ou 10.000 etc.

Portanto:
10
Taxa de mortalidade = x 1.000 = 5 por 1.000
2.000

Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.129-32.

0 34. Se em uma det erminada localidade os coeficient es de mort alidade


infantil e infantil tardia foram, respectivamente, de 110 e 75 por 1.000
nascidos vivos, ent ão o coeficiente de mortalidade neonatal por 1.000
nascidos vivos será:
A) 35.
B) 20.
C) 15.
D) entre 15 e 35.
E) impossível de obter com os dados acima.
CAP. 2 - EST AT Í ST I CAS DE SAÚDE 73

Resposta:
(A) Se o coeficiente de mortalidade infantil total é de 110 por 1.000 nas-
cidos vivos e o componente infantil tardio é 75 por 1.000 nascidos vivos,
ent ão, por diferença direta, a mortalidade neonatal é de 35 por 1.000
nascidos vivos.
Ref.: Laurenti etal. Estatísticas de saúde. 2.ed. p.139-42.

Q 35. O Indicador da Qualidade Material de Vida (IQMV) é mont ado com a


combi nação dos seguintes indicadores:
A) mortalidade infant il, esperança de vida à idade de 1 ano e alfabe-
tismo.
B) mortalidade infantil, esperança de vida ao nascer e alfabetismo.
C) mortalidade pré-escolar, esperança de vida ao nascer e alfabetismo.
D) mortalidade pré-escolar, esperança de vida à idade de 1 ano e renda
per capita.
E) mortalidade infantil, esperança de vida à idade de 1 ano e renda per
capita

Resposta:
(A) Proposto por Grant, o Indicador da Qualidade Material de Vida
(IQMV) associa a esperança de vida a um ano de idade à mortalidade
infantil e ao alfabetismo, sendo reconhecido como de bom poder dis-
criminat ório.
Ref.: Laurenti et ai. Estatísticas de saúde, p.170.

0 36. O peso e a altura de um indivíduo são exemplos de variáveis


A) cont ínua e discreta, respectivamente.
B) discreta e cont ínua, respectivamente.
C) quantitativas.
D) discretas.
E) cont ínuas.
Resposta:
(E) As variáveis quantitativas podem ser classificadas em: discretas e
cont ínuas. As discretas são aquelas que, dados dois valores diferentes
quaisquer, entre eles existe um número finito de valores; exs. número de
filhos, de gest ações etc. As cont ínuas são aquelas que, dados dois valo-
res distintos quaisquer, entre eles existe um número infinito de valores;
exs. peso, idade e altura dos indivíduos.
Ref.: Oliveira & Moreira, p.27.
. 74 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

Os dados cont ábeis de uma Secretaria Municipal de Saúde mostram que


70% dos seus gastos, ficam na rubrica de pessoal, 20% para manut enção
e 10% para outros serviços e encargos. O gráfico que melhor representa-
ria a dist ribuição das despesas desse órgão é o:
A) linear simples.
B) barras separadas.
C) polígono de frequência.
D) histograma.
E) setores de círculo.

Resposta'-
(E) Nas séries especificativas a variável é fracionada em espécies; o valor
total é representado por um círculo completo (360°) e suas frações por
setores proporcionais em valores das especificações. No caso, a variá-
vel gastos é fracionada em distintos elementos de despesas (pessoal,
manut enção et c), os quais serão representados proporcionalmente nos
setores de círculo.
Ref.: Oliveira & Moreira, p.48-9.

• 38. São elementos essenciais de uma tabela est at íst ica:


A) t ít ulo, corpo, cabeçalho e fonte.
B) t ít ulo, cabeçalho, fonte e notas.
C) t ít ulo, corpo, cabeçalho e coluna indicadora.
D) corpo, cabeçalho, coluna indicadora e fonte.
E) t ít ulo, corpo, fonte e notas.

Resposta:
(C) Os elementos essenciais de uma tabela são: t ít ulo, corpo, cabeçalho
e coluna indicadora; fonte, notas e chamadas são elementos comple-
mentares de uma t abela.
Ref.: Maletta. Bioestatística. 4.ed. p.198-9.

0 39. São exemplos de medidas de t endência central:


A) média arit mét ica, mediana e amplitude.
B) mediana, moda e variância.
C) média arit mét ica, moda e amplitude.
D) média arit mét ica, mediana e variância.
E) média arit mét ica, mediana e moda.
CA P. 2 - EST AT Í ST I CAS DE SAÚDE 75

Resposta:
(E) As medidas de t endência central, t ambém chamadas de medidas de
posição, estabelecem o valor em torno do qual os dados se distribuem;
são exemplos dessas medidas: a média arit mét ica, a mediana e a moda.
Ref.: Maletta. Bioestatística. 4.ed. p.95-9.

3 40« São exemplos de medidas de dispersão:


A) amplitude, moda e variância.
B) amplitude, mediana e desvio padrão.
C) amplitude, variância e desvio padrão.
D) mediana, variância e desvio padrão.
E) amplitude, moda e variância.
Resposta:
(D) São exemplos de medidas de dispersão ou de variabilidade para
uma amostra: amplitude, variância e desvio padrão.
Ref.: Maletta. Bioestatística. 4.ed. p.113-7.
CAPITULO 3

ADMINISTRAÇÃO E
POLÍ TI CA DE SA ÚD E

^ 01. Dos indicadores listados abaixo, o que é mais influenciado por fatores
sociais e económicos é a
A) mortalidade neonatal.
B) mortalidade neonatal tardia.
C) mortalidade pós-neonat al.
D) mortalidade perinatal.
E) natimortalidade.

Resposta:
(D) A mortalidade infantil é um dos mais sensíveis indicadores de saúde
e, talvez, o mais utilizado dentre os coeficientes de mortalidade. Apre-
senta dois componentes: a mortalidade neonatal ou infantil precoce e
a mortalidade pós-neonat al ou infantil tardia. A neonatal, que corres-
ponde aos óbit os de menores de 28 dias, pode ser dividida em neonatal
precoce (menos de 7 dias) e neonatal tardia (7 a 27 dias). A pós-neonat al
est á relacionada aos óbit os de 28 dias ou mais at é a véspera do primeiro
aniversário; depende fortemente de causas ligadas a fatores ambientais
- causas exógenas, tais como doenças infecciosas e desnut rição, onde as
condições socioeconómicas desempenham decisivo papel.
Ref.: Laurenti etal. Est at íst icas de saúde, p.116-21.

0 02. As fases do diagnóst ico de saúde de uma comunidade obedecem à


seguinte sequência
A) descrição, explicação, avaliação e prognóst ico.
B) explicação, descrição, prognóst ico e avaliação.
C) descrição, explicação, prognóst ico e avaliação.
D) explicação, descrição, avaliação e prognóst ico.
E) descrição, avaliação, prognóst ico e explicação.
78 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Resposta:
(A) As fases do diagnóst ico de saúde de uma comunidade observam a
seguinte sequência: a descrição objetiva da sit uação de saúde expressa
em indicadores; a explicação do nível de saúde face aos fatores condi-
cionantes da sit uação de saúde; a avaliação da sit uação quanto à satis-
fatoriedade e à mutabilidade; o prognóst ico da sit uação de saúde com
base na sua t endência hist órica.
Ref.: Tinoco & Campos. Planejament o e administ ração de saúde, p.86-7.

0 03. Segundo dados do Minist ério da Saúde, as principais causas de morte


no Brasil atualmente são as(os)
A) doenças infecciosas e parasit árias.
B) doenças do aparelho circulat ório.
C) causas externas.
D) neoplasmas.
E) sintomas e afecções mal definidas.

Resposta:
(B) De 1.136.947 óbit os registrados no Brasil em 2010, as doenças do
aparelho circulat ório ocuparam a 1 a posição, com 326.371 mortes
(28,71%); na sequência da part icipação no obit uário tem-se neoplasmas
(178.990), causas externas (143.256), doenças do aparelho respirat ório
(119.114), sintomas, sinais e afecções mal definidas (79.622), doenças
endócrinas, met abólicas e nutricionais (70.276), doenças do aparelho
digestivo (58.061), e doenças infecciosas e parasit árias (48.823).
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Datasus. Sistema de Informação de mort alidade.

| 04. Das doenças redut íveis por imunização, a que responde, at ualment e,
por maior número de mortes no Brasil é a(o)
A) sarampo.
B) t ét ano.
C) coqueluche.
D) difteria.
E) poliomielite aguda.

Resposta:
(B) Em 2000, no Brasil, o t ét ano ocupou a primeira posição entre as
doenças imunopreveníveis com 125 mortes (121 acidentais e 4 neona-
tais). Difteria computou apenas 2 perdas e coqueluche, 18 mortes; não
houve óbit o por poliomielite e sarampo.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Datasus. Sistema de Informação de mort alidade.
CA P. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 79

JJ 05. A medida mais eficaz para reduzir a incidência de gastroenterites no |


Brasil é
A) o aumento do período médio de aleitamento materno.
B) o uso generalizado da terapia de reidrat ação oral.
C) a educação em saúde das famílias.
D) a expansão da rede de saneamento básico.
E) o aumento da cobertura de programas de suplement ação alimentar
das crianças.
Resposta:
(D) Todas as medidas listadas são úteis para o controle das gastroente- |
rites, mas algumas, a exemplo da reidrat ação oral, interferem mais na I
mortalidade por doenças infecciosas intestinais. A baixa cobertura da !
rede de saneamento básico é a principal explicação para o efeito devas- »
tador das gastroenterites em certas áreas do país e a expansão dessa
facilidade será o maior instrumento para o declínio das gastroenterites
no Brasil. A mortalidade proporcional por gastroenterites nos menores J
de cinco anos de idade é mais alta nas regiões de menor cobertura de |
saneamento básico: Norte (4,3%) e Nordeste (3,5%), contrapondo-se a !
Sudeste (1,1%) e Sul (1,3%), onde se tem melhor cobertura de sanea- j
mento.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. IDB 2010; Victora. In: Rouquayrol. Epidemiologia I
& Saúde. 6.ed. í
i
i

Segundo o Minist ério da Saúde, a região brasileira de maior prevalência


0 06. da endemia hansênica é a(o) I
i

A) Amazónia. J
B) Nordeste.
C) Sudeste.
D) Sul.
E) Centro-Oeste.
i

Resposta:
(A) A hanseníase pode ser encontrada em todo o território brasileiro, j
mas a sua dist ribuição é desigual, com áreas de baixa, média e alta en- j
demicidade, e inclusive hiperendêmicas como o estado do Amazonas,
com coeficiente de prevalência superior a 10 casos por mil habitantes. !
O Brasil apresenta t endência decrescente, estatisticamente significati- !
va no t empo para as séries temporais de coeficientes de det ecção. As
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste ainda mant êm taxas em pata- |
mares muito elevados, bem acima da média nacional. A evolução do |
coeficiente de det ecção de casos novos de hanseníase nas regiões, !
de 1990 a 2008, identifica uma maior ocorrência de casos nas regiões !
i
i
i
1
I
80 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Norte e Centro-Oeste, seguidas da região Nordeste. A região Norte, a


de maior endemicidade no País, apresentou, no período 1990 a 2008,
um coeficiente médio de 70,13/ 100.000 habitantes, declinando de
84,40/ 100.000, em 1997, para 54,34/ 100.000, em 2007.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Controle da hanseníase. p.13; idem. Guia de vigi-
lância epidemiológica. 7.ed. p.437; idem. Hanseníase no Brasil, p.7.

0 07. Presentemente, para o Minist ério da Saúde, o problema priorit ário no


Brasil na área da pneumologia sanit ária é (são)
A) o tabagismo.
B) a tuberculose.
C) as infecções respiratórias agudas.
D) as pneumoconioses.
E) as doenças pulmonares obstrutivas crónicas.

Resposta:
(B) A tuberculose ainda persiste como o problema priorit ário na área de
pneumologia sanit ária no Brasil. Entre 1981-85 foram descobertos em
média 86.701 casos de tuberculose por ano; em 1990, foram notificados
74.570 casos; em 1989, o risco de infecção tuberculosa para o país era
estimado em 0,5% ao ano, valor ainda elevado. O Brasil é um dos 22
países priorizados pela OMS, que representam 80% da carga mundial de
TB. Em 2007, o Brasil notificou 72194 casos novos, correspondendo a um
coeficiente de incidência de 38/ 100.000 hab. Destes 41.117 casos novos
foram bacilíferos (casos com baciloscopia de escarro positiva), apresen-
tando um coeficiente de incidência de 41/ 100.000 hab. Estes indicado-
res colocam o Brasil na 19a posição em relação ao número de casos e na
104° posição em relação ao coeficiente de incidência.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Controle da t uberculose. 1.ed. p.19. Brasil. Minis-
t ério da Saúde. Controle da t uberculose. 3.ed. p.6; idem. Manual de recomenda-
ções para o controle da t uberculose no Brasil, p.14.

0 08. Na área da dermatologia sanitária, considerando as altas taxas de prevalên-


cia da enfermidade no Brasil, o programa prioritário é o de controle da(s)
A) hanseníase.
B) aids.
C) pediculoses.
D) doenças venéreas.
E) dermatoses ocupacionais.

Resposta:
(A) A hanseníase, por suas altas taxas de prevalência, é problema prio-
ritário para a dermatologia sanit ária brasileira. Com efeito, o Brasil est á
CA P. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 81

incluído entre os países com alta endemicidade de hanseníase, pois se-


gundo os parâmet ros da OMS se considera como área de alta endemi-
cidade aquelas que apresentam coeficientes de prevalência superiores
a 1,0 caso por mil habitantes. O Brasil apresenta t endência decrescente,
estatisticamente significativa no t empo para as séries temporais de coe-
ficientes de det ecção. Entretanto, no período de 1990 a 2008, esse coe-
ficiente oscilou entre 20,0/ 100.000 habitantes em 1990 e 29,4/ 100.000
habitantes em 2003, apresentando classificação "muito alta", segundo
parâmet ros oficiais. Porém, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
ai nda m an t ê m t axas em pat amar es mui t o el evados.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Controle da hanseníase. p.13; idem. Hanseníase
no Brasil, p.8.

3 09. A medida mais eficaz para reduzir a incidência de sarampo no Brasil t em


sido
A) o diagnóst ico precoce e pronto atendimento dos casos.
B) o controle das complicações da doença.
C) o aumento da cobertura vacinai antissarampo.
D) a melhor dist ribuição da renda nacional.
E) a implement ação de programas de suplement ação alimentar à infân-
cia.

Resposta:
(C) O aumento da cobertura vacinai é a medida mais eficaz para redu-
zir a incidência de sarampo no Brasil. Com efeito, de 1.165 óbit os por
sarampo em 1985 a cont ribuição caiu para apenas 18 mortes em 1993,
graças sobretudo a implement ação da vacinação antissarampo nes-
se período. As demais medidas listadas, como diagnóst ico precoce e
pronto atendimento dos casos, o controle das complicações, a melhor
dist ribuição da renda nacional e a implement ação dos programas de
suplement ação alimentar à infância t êm impacto, em maior ou melhor
grau, para a letalidade e a mortalidade. Dos 8.538 casos suspeitos de sa-
rampo notificados em 2000, 36 (0,4%) foram confirmados, 30 (83%) por
laborat ório. O últ imo surto ocorrera em fevereiro de 2000, com 15 casos,
e o últ imo caso confirmado de sarampo no Brasil ocorreu em março de
2002 e foi importado do Japão. Em 2014, contudo, foram constatados
novos casos de sarampo no Brasil.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Informe Epidemiológico - 1986. p.39-56; idem.
Estat. Mort. - 1985. p.9-10; idem. Estat. Mort. - 1993. p.31-69; idem. Guia de vigi-
lância epidemiológica. 5.ed. p.654.

0 1 0 . A Organização Mundial da Saúde recomenda que os mét odos de exa-


mes usados em check-ups médicos devem dispor de:
82 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

A) alta sensibilidade e baixa especificidade.


B) baixa sensibilidade e alta especificidade.
C) altas sensibilidade e especificidade.
D) baixas sensibilidade e especificidade.
E) N.R.A.

Resposta:
(C) A Organização Mundial da Saúde recomenda que os exames diag-
nóst icos utilizados em check-ups médicos devam apresentar altas sensi-
bilidade e especificidade, ou seja, com poucos resultados falsos positi-
vos e falsos negativos.
Ref: Ahlbom & Norell. p.23-8.

0 11. Em relação ao sarampo, o Minist ério da Saúde det ermina que sejam
notificados
A) todos os casos identificados.
B) todos os casos hospitalizados.
C) apenas os casos que apresentarem complicações.
D) todos os casos diagnosticados, mas com confirmação laboratorial.
E) apenas os casos que resultaram em mortes.

Resposta:
(A) Todos os casos conhecidos de sarampo devem ser notificados, do
nível local para o órgão responsável pela vigilância epidemiológica da
unidade da federação (ou para o nível regional, se este existir).
Ref: Brasil. Minist ério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 5.ed. p.657.

J3 12. A coordenação, regulação e supervisão, direta e à dist ância, do sistema


de atendimento pré-hospit alar deve ser efetuada por
A) equipe multiprofissional.
B) médico, unicamente.
C) médico ou enfermeira, exclusivamente.
D) profissional de saúde, desde que habilitado.
E) diretor para-médico.

Resposta:
(B) De acordo com a Portaria n° 824, de 24 de junho de 1999, do Minist é-
rio da Saúde, é importante frisar e definir que o sistema de atendimento
pré-hospit alar é um serviço médico e, assim, sua coordenação, regula-
ção e supervisão, direta e à dist ância, deve ser efetuada unicamente
por médico.
Ref: Brasil. Minist ério da Saúde. Portaria n° 824, de 24 de junho de 1999.
CA P. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 83

Jj 13. São crit érios considerados como nível pré-hospit alar na área de urgên-
cia-emergência os seguintes, EXCETO
A) at endiment o que procura chegar à vít ima na primeira hora após a
not ificação do agravo.
B) agravo esse que possa levar à deficiência física ou mesmo à morte.
C) é necessário prestar à vít ima atendimento adequado.
D) t ransport e da vít ima a um hospit al devidament e hierarquizado e
integrado ao SUS.
E) N.R.A.

Resposta:
(A) O Minist ério da Saúde considera como nível pré-hospit alar na área
de urgência-emergência aquele atendimento que procura chegar à ví-
tima nos primeiros minutos após ter ocorrido o agravo à sua saúde que
possa levar à deficiência física ou mesmo à morte, sendo necessário,
portanto, prestar-lhe atendimento adequado e transporte a um hospi-
tal devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n° 824, de 24 de junho de 1999.

] 14. O sistema de at endiment o pré-hospit alar define os socorristas como


profissionais não-médicos habilit ados para prest ar at endiment o de
urgência-emergência em nível pré-hospit alar sob
A) supervisão e coordenação médica.
B) supervisão de enfermagem e coordenação médica.
C) delegação médica e coordenação de enfermagem.
D) delegação de enfermagem e coordenação médica.
E) supervisão e coordenação de enfermagem.

Resposta:
(A) O Minist ério da Saúde reconhece que, na urgência-emergência,
principalmente na área do trauma, deverá haver uma ação integrada
com outros profissionais, visando viabilizar a implant ação de serviços
de atendimento pré-hospit alar em nosso país, os chamados socorristas
profissionais não-médicos, habilitados para prestar atendimento de ur-
gência-emergência em nível pré-hospit alar, sob supervisão e coordena-
ção médica.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Portaria n° 824, de 24 de junho de 1999.

O sistema de atendimento pré-hospit alar preceitua que o treinamento


do pessoal envolvido no at endiment o pré-hospit alar, em especial ao
t rauma, deverá ser efet uado em cursos minist rados por inst it uições
ligadas ao Sistema Único de Saúde, envolvendo as escolas médicas e de
enfermagem locais, sob coordenação das
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

A) universidades públicas que mantenham curso médico.


B) escolas médicas ou de enfermagem.
C) escolas de saúde pública.
D) secretarias estaduais e municipais de saúde.
E) secretarias estaduais de educação.

Resposta:
(D) O sistema de atendimento pré-hospit alar preceitua que o t reina-
mento do pessoal envolvido no atendimento pré-hospit alar, em espe-
cial ao t rauma, deverá ser efetuado em cursos ministrados por institui-
ções ligadas ao Sistema Único de Saúde, envolvendo as escolas médicas
e de enfermagens locais, sob coordenação das: secretarias estaduais e
municipais de saúde.
Ref.: Brasil. Minist ério da Saúde. Portaria n° 824, de 24 de junho de 1999.

0 16. A queda da mortalidade infantil, principalmente do componente pós-


-neonatal, no Brasil, entre 1990 e 2010, pode ser at ribuída aos seguintes
fatores, EXCETO
A) o aumento da fecundidade.
B) a melhoria do nível de educação materna.
C) o maior acesso da população à água tratada.
D) o aumento da prevalência do aleitamento materno.
E) o maior acesso ao saneamento e aos serviços de saúde.

Resposta:
(A) "A queda da mortalidade infantil, principalmente do componente
pós-neonat al, é at ribuída a vários fatores, como a queda da fecundida-
de, a melhoria do nível de educação materna, o maior acesso da popu-
lação à água tratada, ao saneamento e aos serviços de saúde, o aumento
da prevalência do aleitamento materno, da imunização, da antibiotico-
terapia e da terapia de reidrat ação oral, entre outras."
Ref.: Leite et al. In: Rouquayrol Epidemiologia & Saúde. 7.ed

0 17. "A sobrevivência dos recém-nascidos est á indiret ament e relacionada


à qualidade dos serviços de saúde de uma dada região ou país POR-
QUANTO sua redução requer investimentos de baixo custo e serviços
hospitalares de padrões t ecnológicos e gerenciais simplificados." Com
respeito ao enunciado acima, tem-se
A) a assertiva e a razão são corretas e relacionadas.
B) a assertiva e a razão são corretas, mas não relacionadas.
C) a assertiva é correta e a razão, errada.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 85

D) a assertiva é errada e a razão, correta.


E) a assertiva e a razão são erradas.

Resposta:
(E) "Em relação à mortalidade neonatal, observa-se uma redução mais
lenta e de difícil consecução. Nos últ imos dez anos, as mortes ocorridas
no período neonatal se tornaram parcela significativa da taxa de mor-
talidade infantil. A sobrevivência dos recém-nascidos est á diretamente
relacionada à assist ência ofertada durante o pré-nat al, o parto e a est ru-
tura de atendimento ao neonato, expressando a qualidade dos serviços
de saúde de uma dada região ou país; e sua redução requer invest imen-
tos de alto custo e serviços hospitalares com excelentes padrões t ecno-
lógicos gerenciais."
Ref.: Leite et al. In: Rouquayrol Epidemiologia & Saúde. 7.ed

O fator de risco isolado mais importante para a mortalidade infantil, no


Brasil, atualmente, é a(o)
A) idade materna.
B) parto cesariano.
C) baixo peso ao nascer.
D) desnut rição materna.
E) baixa cobertura do pré-nat al.

Resposta:
(C) "O baixo peso ao nascer é o fator de risco isolado mais importante
para a mortalidade infantil. É maior nos extremos de idades da mãe e
está em torno de 8% no País: 7,9% em 1996, 8,2% em 2007 e 9,3% em
2008. A prevalência é maior no Sudeste (9,1%) e no Sul (8,7%), o que
pode estar associado a maiores taxas de cesariana."
Ref.: Leite et al. In: Rouquayrol Epidemiologia & Saúde. 7.ed.

A respeito da mortalidade infantil no Brasil, marque a verdadeira.


A) Em 1980, a taxa de mortalidade infantil era superior a 100 por 1.000
nascidos vivos.
B) Os decréscimos anuais da mort alidade infant il aument aram após
1980.
C) As mortes neonatais representaram um t erço da mortalidade infantil
em 2008.
D) As taxas anuais de redução foram menores nas décadas de 1980 e
1990 que no período 2000-08.
E) Entre 2000 e 2008, o decréscimo anual da mortalidade neonatal foi
maior que o da mortalidade pós-neonat al.
86 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Resposta:
(B) Em 1980, a taxa de mortalidade infantil correspondia a 83 óbit os de
menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos. Os decréscimos anuais
da mortalidade infantil aumentaram após 1980; ocorreram 47 mortes
por 1.000 nascidos em 1990, 27 mortes em 2000 e 19 em 2007. As taxas
anuais de redução foram de 5,5%, nas décadas de 1980 e 1990, e de
4,4%, no período 2000-08. O decréscimo anual da mortalidade neona-
tal entre 2000 e 2008 (3,2% ao ano) foi menor que o da mortalidade
pós-neonat al (8,1%); as mortes neonatais representaram 68% da mort a-
lidade infantil em 2008.
Ref.: Leite et al. In: Rouquayrol Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.344.

0 20. Entre 2000 e 2010, o Brasil, segundo o IBGE, registrou a diminuição do


número de filhos por mulher e passou de 2,38 crianças por mãe para
1,9. No contexto atual, a maior e a menor taxa de fecundidade ocorrem,
respectivamente, nas regiões
A) Norte e Sul.
B) Norte e Sudeste.
C) Norte e Centro-Oeste.
D) Nordeste e Sul.
E) Nordeste e Sudeste.

Resposta:
(B) O IBGE t ambém destaca que a queda da mortalidade infantil est á
ligada ao aumento da escolaridade materna e à diminuição do número
de filhos por mulher, observada desde a década de 1960. Entre 2000 e
2010, a taxa de fecundidade registrou queda e passou de 2,38 crianças
por mãe para 1,9. A menor taxa é a do Sudeste (1,7 filho por mulher) e a
maior, no Norte, 2,47.
Ref.: Leite et al. In: Rouquayrol Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.345.

^ 21. No Brasil, a proporção de partos cesáreos elevou-se de 40,2% em 1996


para 50% em 2008, com t endência crescente em todas as regiões, sendo
a mais alta observada na região
A) Sul.
B) Norte.
C) Centro-Oeste.
D) Nordeste.
E) Sudeste.

Resposta:
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 87

(A) No Brasil, a proporção de partos cesáreos elevou-se de 40,2% em


1996 para 50% em 2008, com as maiores taxas na região Sudeste
(55,7%), e t endência crescente em todas as regiões.
Ref.: Leite et al. In: Rouquayrol Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.347.

_
5 3 22. A respeito das causas de morte materna, tem-se
A) toxemia gravídica, complicações do aborto, alt erações placent árias,
hemorragias uterinas são causas obst ét ricas indiretas.
B) nas causas obst ét ricas diretas se incluem as doenças preexistentes
ou que surgem durante o ciclo gravídico-puerperal e que são agrava-
das por ele.
C) as causas obst ét ricas diretas em geral são dificilment e preveníveis
por uma boa assist ência pré-nat al, ao parto e ao puerpério.
D) as causas obst ét ricas indiretas são responsáveis pela maior parte da
mortalidade materna em países subdesenvolvidos.
E) N.R.A.

Resposta:
(E) As causas de morte materna podem ser dist ribuídas em dois grupos:
as obst ét ricas diretas e as indiretas. Toxemia gravídica, complicações do
aborto, alt erações placent árias, hemorragias uterinas são causas obs-
t ét ricas diretas; nas causas obst ét ricas indiretas se incluem as doenças
preexistentes ou que surgem durante o ciclo gravídico-puerperal e que
são agravadas por ele; as causas obst ét ricas diretas em geral são pre-
veníveis por uma boa assist ência pré-nat al, ao parto e ao puerpério; as
causas obst ét ricas diretas são responsáveis pela maior parte da mort ali-
dade materna em países subdesenvolvidos.
Ref.: Fonseca & Laurenti. In: Monteiro et al. Velhos e novos males da saúde no
Brasil. 2.ed. p.187-8.

0 23. Das seguintes afirmativas sobre neoplasias malignas:


I. as est at íst icas de mortalidade servem ainda como substitutos quase
perfeitos para a incidência da maioria dos cânceres.
II. dadas as dificuldades existentes para se obter dados confiáveis sobre
incidência, os estudos epidemiológicos sobre neoplasias são obriga-
dos a depender das est at íst icas de mortalidade.
III. a qualidade de inf ormação sobre a mort alidade por câncer é em
geral melhor do que a relativa a outras causas de morte.
IV. os cânceres não constituem entidade nosológica única, mas sim um
conjunto de enfermidades com comportamentos biológicos, clínicos
e epidemiológicos distintos.
Est ão corretas
A) somente II e III.
88 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

B) somente I e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente I, III e IV.
E) todas (I a IV).

Resposta:
(D) No passado, as est at íst icas de mortalidade serviam como substitutos
quase perfeitos para a incidência da maioria dos cânceres; atualmente,
em virt ude dos progressos t erapêut icos, isso nem sempre é verdade.
Ainda assim, dadas às dificuldades existentes para se obter dados con-
fiáveis sobre incidência, os estudos epidemiológicos sobre neoplasias
são obrigados a depender das est at íst icas de mortalidade. Saliente-se
que a qualidade de informação sobre a mortalidade por câncer é em
geral melhor do que a relativa a outras causas de morte. Vale lembrar
que os cânceres não constituem entidade nosológica única, mas sim um
conjunto de enfermidades com comportamentos biológicos, clínicos e
epidemiológicos distintos.
Ref.: Fonseca. In: Monteiro et al. Velhos e novos males da saúde no Brasil. 2.ed.
p.268.

J 24. Das seguintes doenças, assinale a que não se encontra sob Vigilância da
; Organização Mundial da Saúde.
A) Tifo exant emát ico.
B) Gripe.
C) Sífilis.
I D) Malária.
E) Poliomielite paralít ica.

Resposta'-
(C) Tifo e febre recorrente transmitidos por piolho, poliomielite paralít i-
ca, malária e gripe são doenças mantidas sob Vigilância da OMS, confor-
me foi estabelecido pela 22 a Assembléia Mundial da Saúde.
Ref.: Benenson. OPAS- Publ. Cient., 442. p.XXV.

0 25. A saúde colet iva privilegia, nos seus modos de análise, quat ro dos
seguintes focos de tomada de decisão, EXCETO
A) as polít icas (formas de dist ribuição do poder, eleição de prioridades,
perspectivas de inclusão social e visão de saúde).
B) as prát icas (ações institucionais, profissionais e relacionais; permea-
bilidade às culturas, produção de conheciment o).
C) as t écnicas (organização e regulação dos recursos e processos produ-
tivos).
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 89

D) as ações (respeito às prát icas de saúde convencionais).


E) os instrumentos (os meios para a int ervenção).

Resposta:
(D) A saúde coletiva privilegia, nos seus modos de análise, quatro fo-
cos de t omada de decisão; as polít icas (formas de dist ribuição do poder,
eleição de prioridades, perspectivas de inclusão social e visão de saúde);
as prát icas (ações institucionais, profissionais e relacionais; permeabili-
dade às culturas, produção de conheciment o); as t écnicas (organização
e regulação dos recursos e processos produtivos) e os instrumentos (os
meios para a int ervenção).
Ref.: Carvalho & Ceccim. In: Campos.Tratado de Saúde Coletiva. p. 150; idem 2.ed.
p. 139.

0 26. Das seguintes afirmativas sobre Planejamento em Saúde:


I. O planejamento pode ser considerado uma ferramenta da adminis- ]
t ração. í
II. O planejamento t ambém ajuda a mobilizar vontades.
III. O planejamento expressa interface com a polít ica de saúde.
IV. O planejamento corresponde a um modo de explicit ação do que vai
ser feito, quando, onde, como, com quem e para quê.
Est ão corretas J
A) somente I e li.
B) somente III e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente I, III e IV.
E) todas (I a IV)

Resposta:
(E) O planejamento pode ser considerado t ambém uma ferramenta da !
administ ração. 0 planejamento t ambém ajuda a mobilizar vontades. O
planejamento corresponde ainda a um modo de explicit ação do que «
vai ser feito, quando, onde, como, com quem e para quê. Esta é a sua in-
terface com a polít ica de saúde. E para uma sociedade que se pretende J
democrát ica, essa forma de explicit ação de uma polít ica é fundament al
para que os cidadãos e suas organizações próprias acompanhem a ação !
do governo e cobrem a concret ização das medidas anunciadas.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p. 768; idem 2.ed. p. 828.

0 27. Ao se admitir o planejamento como um processo, de acordo com Matus


(1996), no momento est rat égico
i 90 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

A) se identificam e se explicam os problemas presentes em uma dada


! sit uação.
B) se observam as oportunidades para ação, respondendo às perguntas
J quais problemas e porque ocorrem.
C) definem-se os objetivos, as metas, as atividades e os recursos neces-
sários, correspondendo ao que deve ser feito.
D) trata-se de estabelecer o desenho e os cursos de ação para a supera-
J ção de obst áculos.
E) caracteriza-se pelo fazer, quando a ação se realiza em toda a comple-
xidade do real.

\ Resposta:
(D) Ao se admitir o planejamento como um processo, destacam-se
quatro momentos fundament ais: explicativo, normativo, est rat égico e
t át ico-operacional (Matus, 1996). No momento explicativo se identifi-
cam e se explicam os problemas presentes em uma dada sit uação e se
observam as oportunidades para ação, respondendo às perguntas quais
(problemas) e porquê (ocorrem). No momento normativo definem-se
os objetivos, as metas, as atividades e os recursos necessários, corres-
pondendo ao que deve ser feito. No momento est rat égico trata-se de
estabelecer o desenho e os cursos de ação para a superação de obst á-
culos, expressando um balanço entre o que deve ser e o que pode ser
feito. E o momento t át ico-operacional caracteriza-se pelo fazer, quando
a ação se realiza em toda a complexidade do real, requerendo ajustes,
adapt ações, flexibilidade, informações, acompanhament o e avaliação.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p. 771-2; idem 2.ed. p. 830-1.

1 _ _ _ _ _ _

J 28. Com respeito aos aspectos t écnicos do planejamento, marque a afirma-


tiva FALSA.
A) Entre os produtos do trabalho decorrentes do planejamento podem
ser ressaltados o plano, o programa e o projeto.
B) O plano diz respeito ao que fazer de uma dada organização, reu-
nindo um conjunto de objetivos e ações e expressando uma polít ica,
explicitada ou não.
C) O programa estabelece de modo articulado objetivos, atividades e
recursos de caráter mais t emporários, representando certo det alha-
mento de componentes de um plano.
D) O projet o t rat a-se de um desdobrament o mais específ ico de um
plano ou programa, at é mesmo para t ornar exequível ou viável
algum dos seus component es.
E) um plano pode ser composto de programas e projetos, ao passo que
um programa pode envolver um conjunto de projetos e ações.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 91 j

Resposta:
(C) Entre os produtos do trabalho decorrentes do planejamento podem J
ser ressaltados o plano, o programa e o projeto. O plano diz respeito ao í
que fazer de uma dada organização, reunindo um conjunto de objetivos I
e ações e expressando uma polít ica, explicitada ou não. O programa es- %
tabelece de modo articulado objetivos, atividades e recursos de carát er |
mais permanentes, representando certo det alhament o de componen- |
tes de um plano ou, na ausência deste, definindo com mais precisão o J
que fazer, como, com quem, com que meios e as formas de organização, \
acompanhament o e de avaliação. No caso de projeto, trata-se de um
desdobramento mais específico de um plano ou programa, at é mesmo í
para tornar exequível ou viável algum dos seus component es (proje- j
to dinamizador), cujos objetivos, atividades e recursos t êm escopo e ;
t empo mais reduzidos. Desse modo, um plano pode ser composto de ;
programas e projetos, ao passo que um programa pode envolver um |
conjunto de projetos e ações.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p. 772-3; idem 2.ed. p. 832-3.
i
i
O primeiro passo no momento da análise da sit uação de saúde quando \
0 29. do processo de elaboração do plano municipal de saúde consiste em

A) priorização dos problemas de saúde.


B) ident ificação dos problemas de saúde. J
C) caract erização da população.
D) const rução da rede explicativa dos problemas de saúde priorizados. j
E) apr esent ação da análise da sit uação ao Conselho Municipal de !
Saúde.

Resposta: \
(C) Os primeiros passos do processo de elaboração do plano municipal |
de saúde compõem o momento análise da sit uação de saúde. Sequen- [
cialmente, esses passos são: caract erização da população; ident ificação {
dos problemas de saúde; priorização dos problemas de saúde; const ru- I
ção da rede explicativa dos problemas de saúde priorizados; e apresen- !
t ação da análise da sit uação ao Conselho Municipal de Saúde.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p.774; idem 2.ed. p. 834.
i
0 30. O planejamento estatal t em sua origem sist emát ica
A) na União Soviét ica após a 1 a Guerra Mundial. |
B) nos países do bloco comunist a, depois da 2 a Grande Guerra.
C) nos países de economia de mercado, aos a crise de 1929.
D) nos países ditos subdesenvolvidos, na década de 1950. J
E) na China, com a implant ação do comunismo, após a vit ória de Mao !
Tsé-Tung.
92 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

Resposta'-
(A) O planejamento estatal t em sua origem sist emát ica na antiga União
Soviét ica após a I a Guerra Mundial, devido à necessidade de reconst ru-
ção. Segundo Dias (2003), depois da 2 a Grande Guerra, é que foi est endi-
do para os demais países do bloco comunist a. Os países de economia de
mercado somente passaram a adotar o planejamento em momentos de
crise quando a " mão invisível" do mercado não era suficiente para tirar
da crise como a de 1929. Apenas na década de 1950 alguns países ditos
subdesenvolvidos começaram a adot á-lo.
Ref.: Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde, p.468.

0 31. Sobre o planejamento est rat égico, marque a afirmativa FALSA.


A) A sua grande novidade é considerar que existe o poder.
B) O poder faz parte do planejamento.
C) É considerado um processo dinâmico, sequencial, com prazos fixos.
D) Adot a a ideia de moment os (explicat ivo, normat ivo, est rat égico e
t át ico-operacional).

E) Os momentos não t êm uma sequência definida.

Resposta'-
(C) A grande novidade do planejamento est rat égico é considerar que
existe o poder. Este poder faz parte do planejamento. Outra novidade
do planejamento est rat égico é considerá-lo um processo dinâmico, e
não um processo estanque, sequencial, com prazos fixos como no pla-
nejamento normativo. Ent ão a ideia de etapas sequenciais: diagnóst ico,
elaboração do plano, execução e avaliação é subst it uída pela ideia de
momentos (explicativo, normativo, est rat égico e t át ico-operacional). Os
momentos não t êm uma sequência definida, mas que pode inesperada-
mente voltar ou avançar conforme os fatos det erminem.
Ref.: Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde, p.469.

] 32. "Concentra-se em evidenciar e medir em que grau os propósit os foram


alcançados e as metas iniciais atingidas." Nesse caso est á-se diante de
um tipo de avaliação centrada
A) nos objetivos.
B) na administ ração.
C) nos consumidores.
D) na experiência.
E) nos participantes.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 93

Resposta:
(A)"Wort hen etal. (2004) propõem a classificação em seis tipos de ava-
liação, segundo estejam centradas respectivamente: nos objetivos, na
administ ração, nos consumidores, em especialistas, em adversários, nos
participantes.
A avaliação centrada em objetivos concentra-se em evidenciar e medir
em que grau os propósit os foram alcançados e as metas iniciais at ingi-
das. A discrepância entre o previsto e o realizado será a informação pri-
vilegiada para orientar a tomada de decisões. A avaliação centralizada
na administ ração, por sua vez, enfoca as necessidades de informações
das pessoas que t omam decisões, circunscrevendo o processo ao int e-
resse dos gestores."
Ref.: Furtado. In: Campos et al. Tratado de saúde coletiva. 2ed, p.780.

I A acredit ação dos hospitais e o julgament o de artigos cient íficos para


publicação são exemplo de avaliação centrada
A) nos adversários.
B) na administ ração.
C) nos consumidores.
D) em especialistas.
E) nos participantes.

Resposta:
(D) "A avaliação centrada na experiência e em especialistas baseia-se na
premissa de qualidade do julgament o de detentores do conheciment o
sobre um dado programa ou outro objeto avaliado. Normalmente so-
mos muito mais analisados por este tipo de avaliação do que supomos.
A acredit ação dos hospitais o julgament o de artigos cient íficos para pu-
blicação, de projetos cient íficos para obt enção de financiamentos, den-
tre outros, são exemplos de avaliação dessa natureza."
Ref.: Furtado. In: Campos et al. Tratado de saúde coletiva. 2ed, p.780-1.

34. " Têm como objet ivo compreender e considerar a complexidade de


um programa ou serviço, levando-se em conta as realidades múlt iplas
aí envolvidas, com especial int eresse no cont ext o e na ut ilização de
metodologias compreensivas." Nesse caso est á-se diante de um tipo de
avaliação centrada
A) nos objetivos.
B) na experiência.
C) na administ ração.
D) nos consumidores.
E) nos grupos de interesse.
94 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Resposta'-
(E) As avaliações centradas nos grupos de interesse t êm como objetivo
compreender e considerar a complexidade de um programa ou serviço,
levando-se em conta as realidades múlt iplas aí envolvidas, com especial
interesse no contexto e na ut ilização de metodologias compreensivas.
Ref.: Furtado. In: Campos et al. Tratado de saúde coletiva. 2ed, p.780-1.

Ao se admitir o planejament o como um processo, de acordo com Matus


(1996), no momento normativo
A) se identificam e se explicam os problemas presentes em uma dada
sit uação.
B) se observam as oport unidades para ação, respondendo às perguntas
quais problemas e porque ocorrem.
C) definem-se os objetivos, as metas, as atividades e os recursos neces-
sários, correspondendo ao que deve ser feito.
D) trata-se de estabelecer o desenho e os cursos de ação para a supera-
ção de obst áculos.
E) caracteriza-se pelo fazer, quando a ação se realiza em toda a comple-
xidade do real.

Resposta'-
(C) Ao se admitir o planejamento como um processo, destacam-se qua-
tro momentos fundament ais: explicativo, normativo, est rat égico e t át i-
co-operacional (Matus, 1996). No momento explicativo se identificam
e se explicam os problemas presentes em uma dada sit uação e se ob-
servam as oportunidades para ação, respondendo às perguntas quais
(problemas) e porquê (ocorrem). No momento normativo definem-se
os objetivos, as metas, as atividades e os recursos necessários, corres-
pondendo ao que deve ser feito. No momento est rat égico trata-se de
estabelecer o desenho e os cursos de ação para a superação de obst á-
culos, expressando um balanço entre o que deve ser e o que pode ser
feito. E o momento t át ico-operacional caracteriza-se pelo fazer, quando
a ação se realiza em toda a complexidade do real, requerendo ajustes,
adapt ações, flexibilidade, informações, acompanhament o e avaliação.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p. 771-2.

36. "Diz respeito ao que fazer de uma dada organização, reunindo um con-
junt o de objetivos e ações e expressando uma polít ica, explicitada ou
não". Nesse caso, no que concerne aos produtos do trabalho decorren-
tes do planejamento, est á se falando de
A) plano.
B) programa.
j
I
CAP. 3 - ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 95

C) diretriz. J
D) projeto.
E) projeto.

Resposta:
(A) Entre os produtos do trabalho decorrentes do planejament o podem 1
ser ressaltados o plano, o programa e o projeto. O plano diz respeito ao !
que fazer de uma dada organização, reunindo um conjunt o de objetivos !
e ações e expressando uma polít ica, explicitada ou não. O programa es- »
tabelece de modo articulado objetivos, atividades e recursos de carát er
mais permanentes, representando certo det alhament o de componen-
tes de um plano ou, na ausência deste, definindo com mais precisão o [
que fazer, como, com quem, com que meios e as formas de organização, !
acompanhament o e de avaliação. No caso de projeto, trata-se de um
desdobrament o mais específico de um plano ou programa, at é mesmo «
para tornar exequível ou viável algum dos seus component es (proje-
to dinamizador), cujos objetivos, atividades e recursos t êm escopo e
t empo mais reduzidos. Desse modo, um plano pode ser composto de [
programas e projetos, ao passo que um programa pode envolver um !
conjunto de projetos e ações.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p. 772-3.

0 37. Os primeiros passos do processo de elaboração do plano municipal de


saúde compõem o moment o
A) análise da sit uação de saúde.
B) definição de polít icas (objetivos).
C) desenho das est rat égias.
D) elaboração do orçament o.
E) N.R.A.
Resposta-
(A) Os primeiros passos do processo de elaboração do plano municipal
de saúde compõem o moment o análise da sit uação de saúde.
Ref.: Paim. In: Campos. Tratado de Saúde Coletiva. p.774; idem 2.ed. p. 834.

0 38. A seguridade social, nos termos da Const it uição de 1988, é compost a


por t rês áreas dist int as, art iculadas ent re si em razão de princípios e
objetivos comuns. Essas áreas são
A) saúde, educação e trabalho.
B) saúde, educação e assist ência social.
C) saúde, trabalho e assist ência social.
D) saúde, previdência e assist ência social.
E) trabalho, previdência e assist ência social.
96 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

Resposta:
(D) A Const it uição de 1988 criou a seguridade social composta por três
áreas distintas: saúde, previdência e assist ência social, articuladas entre
si em razão de princípios e objetivos comuns, como os elencados no art.
194 da CF.
Ref.: Andrade et al. In:. Epidemiologia & Saúde, yrol p.486.

0 39. No marco regulat ório da saúde brasileira, a def inição e cont eúdo da
região de saúde foi inst it uída por
A) Lei 8.080, de 1990.
B) Lei 8.142, de 1990.
C) NOAS-SUS 01/ 2001.
D) NOAS-SUS 01/ 2002.
E) Decreto 7.508, de 2011.

Resposta:
(E) Um novo marco regulat ório surgiu em 2011. A partir da edição do
Decreto 7.508, de 2011, vários aspectos da organização do SUS foram
readequados, ou melhor, estruturados de modo a garantir segurança
jurídica, eficácia, institucionalidade, equidade regional, solidariedade
sist émica ao SUS. Importante destacar no Decreto as suas inovações
estruturais- organizativas como: a) a definição da integralidade da as-
sist ência à saúde com a criação da Relação Nacional de Ações e Serviços
de Saúde (RENASES); b) a definição e cont eúdo da região de saúde; c) o
mapa da saúde como element o essencial do planejamento integrado
da saúde; etc...
Ref.: Andrade et al. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde, p.489.

J3 40. No Brasil, em 1980, a partir de uma art iculação entre setores do Minis-
t ério da Saúde e da assist ência médica previdenciária, foi proposto um
programa, que pretendia est ender os benefícios experiment ados aos
centros urbanos de maior porte e minimizar o efeito da crise previdenci-
ária. Essa medida, que aprofundou o d ate polít ico dentro do setor em
favor da efetiva universalização da assist ência médica, foi a denominada
por
A) PIASS.
B) Prevsaúde.
C) Plano Conasp.
D) Ações Integradas de Saúde.
E) Sistema Único Descentralizado de Saúde.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 97

Resposta:
(B) No Brasil, em 1980, a partir de uma art iculação entre setores do Mi-
nist ério da Saúde e da assist ência médica previdenciária, foi proposto
o Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde (Prevsaúde), que
pretendia estender os benefícios experiment ados aos centros urbanos
de maior porte e minimizar o efeito da crise previdenciária. Essa medi-
da aprofundou o debate polít ico dentro do setor em favor da efetiva
universalização da assist ência médica, embora não se tivesse alcançado
sua aprovação.
Ref.: Giovanella & Mendonça. In: Giovanella. Políticas e Sistemas de Saúde no
Brasil, p. 598; idem 2.ed. p. 514.

0 41. Na gest ão do risco sanit ário, a invest igação de surtos alimentares, even-
tos adversos, danos a agravos à saúde é uma ação de responsabilidade
da vigilância sanit ária
A) municipal, exclusivament e.
B) estadual, exclusivament e.
C) federal, exclusivament e.
D) estadual e municipal.
E) federal, estadual e municipal.

Resposta:
(D) Na gest ão do risco sanit ário, a invest igação de surtos alimentares,
eventos adversos, danos a agravos à saúde é uma ação da vigilância sa-
nitária de responsabilidade da vigilância sanit ária estadual e municipal.
Ref.: Silva & Pepe. In: Giovanella. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 842;
idem 2.ed. p. 733.

Na gest ão do risco sanit ário, o controle de produtos nos portos, aero-


portos e fronteiras é uma ação de responsabilidade da
A) vigilância sanit ária municipal.
B) vigilância sanit ária est adual.
C) Polícia Federal.
D) Anvisa.
E) vigilância sanit ária estadual e municipal, em conjunto.

Resposta:
(D) Na gest ão do risco sanit ário, o controle de produtos nos portos, ae-
roportos e fronteiras é uma ação da vigilância sanit ária de responsabili-
dade da Agência Nacional de Vigilância Sanit ária (Anvisa).
Ref.: Silva & Pepe. In: Giovanella. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 842;
idem 2.ed. p. 733.
" ° MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

0 43. "Hospital especializado ou com especialidades, dest inado a prest ar


assist ência a clientes em outras especialidades médicas além das bási-
cas".
Essa definição aplica-se a
A) hospital de base.
B) hospital geral.
C) hospital regional.
D) hospital secundário.
E) hospital t erciário.

Resposta:
(E) 0 hospital t erciário é um hospital especializado ou com especialida-
des, destinado a prestar assist ência a clientes em outras especialidades
médicas além das básicas.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia básica em Saúde, p.14.

0 44. Em relação ao hospital filantrópico, assinale a FALSA.


A) Pode ser de natureza pública ou privada.
B) Reserva à população carente serviços gratuitos.
C) Não remunera os membros de sua diretoria.
D) Não pode distribuir dividendos aos membros de seus órgãos consul-
tivos.
E) Seus resultados financeiros revertem exclusivament e à manut enção
da inst it uição.

Resposta:
(A) Hospital filantrópico é um hospital privado, que reserva para a popu-
lação carente serviços gratuitos, respeitando a legislação em vigor. Não
remunera os membros de sua diretoria nem de seus órgãos consultivos,
e os resultados financeiros revertem exclusivament e à manut enção da
inst it uição.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia básica em saúde, p.13.

0 45, Não é uma caract eríst ica de um hospital beneficente


A) é de natureza pública, inst it uído e mantido por cont ribuições e doa-
ções públicas.
B) é destinado à prest ação de serviços a seus associados, e os atos de
sua const it uição especificam a sua client ela.
C) não remunera os membros de sua diretoria.
D) aplica integralmente os seus recursos na manut enção e no desenvol-
viment o dos seus objetivos sociais.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 99

E) no caso de ext inção, seus bens revertem em proveito de outras insti-


t uições do mesmo género ou do poder público.

Resposta:
(A) O hospital beneficente é um hospital privado, inst it uído e mantido
por cont ribuições e doações particulares, destinado à prest ação de ser-
viços a seus associados, cujos atos de const it uição especificam sua clien-
tela. Não remunera os membros de sua diretoria, aplica integralmente
os seus recursos na manut enção e desenvolviment o dos seus objetivos
sociais, e seus bens, no caso de sua ext inção, revertem em proveito de
outras inst it uições do mesmo género ou do poder público.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia básica em saúde, p.12.

0 46. "Éo número de leitos efet ivament e funcionant es no hospital, respeitada


a legislação em vigor".
Essa definição, adotada pelo Minist ério da Saúde, refere-se a
A) capacidade hospitalar máxima.
B) disponibilidade de leitos.
C) capacidade hospitalar de operação.
D) capacidade hospitalar funcional.
E) capacidade hospitalar de emergência.

Resposta:
(C) Em relação à capacidade dos hospitais o Minist ério da Saúde adota
a seguinte t erminologia:
• Capacidade hospitalar: número máximo de leitos que, comporta o
estabelecimento, respeitada a legislação em vigor.
• Capacidade hospitalar de emergência: número de leitos que, efe-
t ivament e, poderão ser colocados no hospital, em circunst âncias
anormais ou de calamidade pública, com aproveitamento das áreas
consideradas utilizadas.
• Capacidade hospitalar de operação: número de leitos efet ivamen-
te funcionant es no hospital, respeitada a legislação em vigor.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia básica em saúde. p.9.

0 47. A expressão "óbit o hospitalar específico" corresponde ao óbit o que


A) se verifica no hospital, após o registro do doente.
B) se verifica após 48 horas de int ernação de um doente.
C) decorreu de uma infecção adquirida no hospital.
D) decorreu de alguma causa de natureza hospitalar.
E) ocorrido no hospital e com causa especificada.
< 100 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

! Resposta'-
(B) A expressão "óbito hospitalar específico" corresponde ao óbit o que
se verifica após 48 horas de int ernação de um doente. As est at íst icas
hospitalares cost umam distribuir os óbit os hospitalares em antes e de-
pois das 48 horas, interpretando que para os últ imos haveria decorrido
t empo razoável de at uação das condutas diagnosticas e t erapêut icas
indicadas ao paciente.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia básica em saúde, p.17.

0 48. O leito de curt a per manência é o leito hospitalar cuja ut ilização não
ultrapassa a média de permanência de
A) 3 dias.
B) 7 dias.
C) 15 dias.
D) 30 dias.
E) 45 dias.

Resposta'-
(D) O leito hospitalar é dito de curta permanência quando sua ut ilização
não ultrapassa a média de permanência de trinta dias; acima desse valor
é considerado de longa permanência.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia básica em saúde, p.16.
i
| 49. As est at íst icas hospitalares medem
A) correta e integralmente toda a morbidade da população de sua área
de referência.
B) só a morbidade das doenças que levam à morte.
C) apenas a morbidade daquelas doenças que levam à morte.
D) exclusivament e a morbidade dos casos submetidos a cirurgia.
E) em geral só a morbidade da população que foi hospitalizada.

! Resposta:
(E) As est at íst icas hospitalares apresentam a rest rição de serem seletivas
(somente fornecem informações a respeito das doenças que exigiriam
hospit alização) e parciais (mesmo as pessoas portadoras de doenças
que exigiriam hospit alização podem por várias razões não ter sido hos-
pitalizadas). As est at íst icas hospitalares não representam a morbidade
; global de uma comunidade.
Ref.: Laurenti et al. Estatísticas de saúde, p.81-2.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 101

A t axa de mort alidade operat ória (TMO) é a relação percent ual ent re
o número de óbit os operat órios em determinado período e o número
total de atos cirúrgicos no mesmo período. Nos óbit os operat órios são
inclusos os
A) pré-operat órios, t ransoperat órios e pós-operat órios.
B) t ransoperat órios e pós-operat órios, somente.
C) pré-operat órios e t ransoperat órios, somente.
D) pós-operat órios, somente.
E) t ransoperat órios, somente.

Resposta:
(B) A t axa de mortalidade operat ória (TMO) é a relação percentual en-
tre o número de óbit os operat órios (t ransoperat órios e pós-operat órios)
em determinado período e o número total de atos cirúrgicos no mesmo
período. Nos óbit os operat órios são exclusos os pré-operat órios.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde.Terminologia Básica de Saúde.

0 51. A relação percentual entre o número de óbit os ocorridos no hospital


após 48 horas de int ernação, em determinado período, e o número de
pacient es egressos (por altas e/ ou óbit os) no mesmo período é cha-
mada de
A) taxa de mortalidade geral hospitalar.
B) taxa de mortalidade institucional.
C) taxa de mortalidade específica hospitalar.
D) taxa de mortalidade intra-hospitalar.
E) N.R.A.

Resposta:
(D) A relação percentual entre o número de óbit os ocorridos no hospital
após 48 horas de int ernação, em determinado período, e o número de
pacientes egressos (por altas e/ ou óbit os) no mesmo período é chama-
da de taxa de mortalidade institucional.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Terminologia Básica de Saúde.

0 52. A relação percentual entre o número de pacientes-dia, em determinado


período, e o número de leitos/ dia no mesmo período é chamada de
A) taxa de ocupação hospitalar.
B) média de permanência.
C) índice de renovação.
D) taxa de giro.
E) N.R.A.
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

Resposta:
(A) A relação percentual entre o número de pacientes-dia, em det ermi-
nado período, e o número de leitos/ dia no mesmo período é chamada
de t axa de ocupação hospitalar.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde.Terminologia Básica de Saúde..

0 53. "Um conjunt o de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos


à saúde e de int ervir nos problemas sanit ários decorrent es do meio
ambiente, da produção e circulação de bens e da prest ação de serviços
de interesse da saúde, abrangendo o controle de bens de consumo que,
direta ou indiret ament e, se relacionem com a saúde, compreendidas
todas as etapas e processos, da produção ao consumo, e o controle da
prest ação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a
saúde".
O texto acima corresponde a
A) vigilância sanit ária.
B) vigilância epidemiológica.
C) assist ência t erapêut ica integral.
D) vigilância nutricional.
E) promoção da saúde.

Resposta:
(A) A Lei N° 8.080, de 19 de setembro de 1990, em seu § 1 o do Art. 6 o ,
conceitua:
§ Io Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eli-
minar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sani-
tários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacio-
nem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção
ao consumo; e
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indireta-
mente com a saúde.
Ref.: Carvalho & Santos. Sistema Único de Saúde, p.72-5.

54. "Um conjunt o de ações que proporcionam o conheciment o, a det ec-


ção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores det erminant es e
condicionant es de saúde individual ou colet iva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças
ou agravos".
O texto acima corresponde a
A) vigilância sanit ária.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 103

B) vigilância epidemiológica.
C) assist ência t erapêut ica integral.-
D) vigilância nutricional.
E) promoção da saúde.

Resposta:
(B) A Lei N° 8.080, de 19 de setembro de 1990, em seu § 2 o do Art. 6 o ,
conceitua:
§ 2° Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que
proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mu-
dança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com afinalidadede recomendar e adotar as medidas de prevenção
e controle das doenças ou agravos.
Ref.: Carvalho & Santos. Sistema Único de Saúde, p.72-5.

0 55. Refere-se ao estudo económico do setor saúde em geral, do ponto de


vista de suas relações com outros setores socioeconómicos
A) Economia da Saúde.
B) Economia Médica.
C) Macroeconomia da Saúde
D) Microeconomia da Saúde.
E) Economia Aplicada à Saúde.

Resposta:
(C) A macroeconomia da saúde refere-se ao estudo económico do setor
saúde em geral, do ponto de vista de suas relações com outros setores
sócio-econômicos.
Ref.: OMS. Economia Aplicada a la Sanidad. p.14.

3 56. Refere-se ao estudo económico de cada um dos componentes do setor


saúde
A) Economia da Saúde.
B) Economia Médica.
C) Macroeconomia da Saúde.
D) Microeconomia da Saúde.
E) Economia Aplicada à Saúde.

Resposta:
(D) A microeconomia da saúde refere-se ao estudo económico de cada
um dos component es do setor saúde.
Ref.: OMS. Economia Aplicada a la Sanidad. p.31.
104 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

0 57, São em geral caract eríst icas do "mercado de serviços de saúde" EXCETO
A) rest rição ao acesso de produtores.
B) desconheciment o das reais necessidades de saúde da ampla maioria
dos consumidores.
C) prát ica da discriminação dos preços dos serviços ofertados.
D) deseconomia ao se prestar atendimento gratuito aos carentes.
E) N.R.A.

Resposta:
(E) As peculiaridades do "mercado de serviços de saúde" colidem com
os postulados básicos das "leis de mercado". São caract eríst icas próprias
do "mercado de serviços de saúde, entre outras, as seguintes: a restrição
ao acesso de produtores, o desconheciment o das reais necessidades de
saúde da larga maioria dos consumidores, a prát ica da discriminação
dos preços dos serviços oferecidos e a deseconomia ao se prestar at en-
dimento gratuito aos carentes etc.
Ref.: Duarte de Araújo. As peculiaridades do mercado de serviços de saúde.

0 58. A demanda por serviços de saúde é função da(o):


I. renda pessoal,
li. preço dos serviços.
III. import ância que os indivíduos atribuem aos serviços.
IV. t ribut ação governament al.
Est ão corretas
A) somente I e II.
B) somente I e III.
C) somente II e III.
D) somente I, II e III.
E) todas (I a IV).

Resposta:
(D) O conceito de demanda é estritamente económico, significando "o
volume de bens e serviços que a comunidade est á disposta a adquirir a
determinados preços". Nesse sentido, a demanda por serviços de saúde
é função da renda pessoal, do preço dos serviços e da import ância que
os indivíduos atribuem aos mesmos.
Ref.: Duarte de Araújo. As peculiaridades do mercado de serviços de saúde.

0 59. A propaganda e a compet ição de preços dos serviços de saúde são


A) mal vistas e geralmente condenadas.
B) somente se just ificam em economias capitalistas.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 105

C) válidas porque o setor de saúde é de livre concorrência.


D) concorrem para a redução dos preços e a melhoria dos serviços ofe-
recidos.
E) prát icas recomendadas por exigência do livre mercado.

Resposta:
(A) Mecanismos considerados normais no mercado de bens e serviços,
tais como a propaganda e a compet ição de preços, são, no caso da
saúde, mal vistos e at é mesmo expressamente condenados pelo Código
de Ética Médica.
Ref.: Duarte de Araújo. As peculiaridades do mercado de serviços de saúde.

2| 60. "A pesquisa médica que resulta em vastas economias de escala somente
pode ser custeada pelo poder público PORQUE é invariavelment e um
tipo de gasto sem nenhum benefício marginal privado".
Em relação ao enunciado acima, tem-se
A) a assertiva e a razão est ão corretas e relacionadas.
B) a assertiva e a razão est ão corretas, mas não são relacionadas.
C) a assertiva est á correta e a razão, errada.
D) a assertiva est á errada e a razão, correta.
E) a assertiva e a razão est ão erradas.

Resposta:
(E) Toda a pesquisa médica que resulta em vastas economias externas
somente pode ser custeada sem nenhum benefício marginal privado,
salvo no caso especial da indúst ria farmacêut ica.
Ref.: Duarte de Araújo. As peculiaridades do mercado de serviços de saúde.

0 61. Com referência ao círculo vicioso da pobreza e da doença (Molina &


Adriazola), assinale a INCORRETA.
A) As doenças aument am o nível de pobreza que concorre para a menor
energia e menor capacidade produtiva.
B) A baixa produção é resultante da combinação de salários baixos e
menores energia e capacidade do trabalhador.
C) Os baixos salários conduzem a deficiências em aliment ação, educa-
ção e habit ação que favorecem o surgimento de doenças.
D) A baixa inversão em saneament o e pr evenção suscit a o apareci-
mento de mais doenças.
E) As doenças incapacitam e reduzem a sobrevida do indivíduo, deter-
minando a baixa produção.
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Resposta:
(B) Molina & Adriasola conceberam o círculo vicioso da pobreza e doen-
ça, onde mostram que doenças geram a pobreza que diminui a energia
e capacidade produtiva, o que leva a baixa produção, e como conse-
quência disso os salários baixos, os quais proporcionam aliment ação,
educação e habit ação inadequadas, fatores que por sua vez favorecem
o surgimento de doenças; a presença de doenças est á associada à baixa
inversão em saneamento e prevenção, suscitando o aparecimento de
mais doenças que conduzem à incapacidade e menor sobrevida do in-
divíduo que se traduz em produção baixa.
Ref.: Tinoco & Campos; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.564.

62. Com respeito ao círculo da saúde e do bem-estar, de Tinoco & Campos,


considere as seguintes afirmativas:
I. saúde gera a riqueza, que aument a a energia e capacidade produ-
t iva.
II. como consequência da alta produção de bens e serviços, os salários
são altos, propiciando aliment ação abundante, educação suficiente
e habit ação adequada.
III. aliment ação abundant e, educação suficiente e habit ação adequada
são fatores que propiciam à saúde.
IV. a condição de maior nível de saúde est á associada a grandes inves-
timentos em cuidados de saúde, proporcionando mais saúde.
Est ão corretas
A) apenas I e II.
B) apenas Ne III.
C) apenas I e III.
D) apenas I, Melli.
E) todas (l a IV).

Resposta:
(D) Em oposição à proposição de Molina & Adriasola, Tinoco & Campos
(1984) propuseram o círculo da saúde e do bem-estar, onde mostram
que saúde gera a riqueza, que aument a a energia e capacidade produtiva,
o que conduz à alta produção de bens e serviços e, como decorrência dis-
so, aos salários altos, que patrocinam alimentação abundante, educação
suficiente e habitação adequada, fatores que por seu turno propiciam
à saúde; a condição de maior nível de saúde est á associada a grandes
investimentos em saúde pública e medicina preventiva, proporcionando
mais saúde, que leva à menor incapacidade e maior sobrevida do indiví-
duo, que se consubstancia em produção alta (TINOCO & CAMPOS, 1984).
Ref.: Tinoco & Campos; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.564.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 107

São variáveis explicat ivas para o aument o dos gast os per capit a em
saúde, EXCETO
A) melhoras de salário do pessoal de saúde.
B) aument o da prevalência das doenças crónicas.
C) as mudanças nos costumes sociais e na organização familiar.
E) a redução da mortalidade por doenças infecciosas e carenciais.
E) os fortes avanços na produtividade por pessoa empregada no setor
saúde.

Rôsposta'-
(E) Ort ún (1992) lista as seguintes hipót eses explicativas do crescimento
do gasto sanit ário per capita: a) as mudanças na mortalidade e morbi-
dade (subst it uição das doenças infecciosas e carenciais pelas crónicas e
degenerativas); b) o envelheciment o da população, que leva a aumento
da prevalência das doenças crónicas; c) o papel do Estado em tutelar a
saúde como direito do cidadão; d) a maior especialização e as conse-
quentes melhoras de salário do pessoal de saúde; e) os frágeis avanços
na produtividade por pessoa empregada no setor saúde; f) os interes-
ses das indúst rias farmacêut ica e eletromedicina para abrir e assegurar
novos mercados; g) as mudanças nos costumes sociais e na organização
familiar; e h) o aumento na renda "per capita".
Ref.: Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.564.

[ Das afirmat ivas sobre saúde e desenvolviment o económi co que se


seguem:
. os gastos com saúde devem ser vistos como despesas de consumo
II. os gast os com educação devem ser ident ificados como forma de
investimento
III. o rendimento de programas educacionais é ampliado quando é rea-
lizado conjunt ament e com programas do setor saúde
IV. a qualidade dos recursos humanos t em impor t ância secundár ia
para o desenvolviment o económico, pois este fundament alment e
depende do insumo capital

Está(ão) correta(s) somente

A) a II.
B) a III
C) Nelli.
D) I, II e III.
E) II, III e IV.
108 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

Resposta:
(C) Os gastos em saúde e em educação não são meras despesas de con-
sumo, devendo ser reconhecidos como formas de investimento volt a-
do ao capital humano. O rendimento de investimentos efetuados em
programas educacionais é sobretudo majorado quando é realizado de
maneira conjunta com programas de saúde; exemplo disso é a combi-
nação de programas de nut rição com os de educação, induzindo um
valor ou resultado final superior ao efeito esperado da soma de cada
programa se aplicado isoladamente. A qualidade dos recursos é de vital
import ância para o desenvolvimento económico, pois a dest inação ou
concent ração de recursos no fator capital não produzirá o desenvolvi-
mento almejado caso não existam recursos humanos em quantidade
e qualidade suficientes para ot imização do capital envolvido. Modelos
economét ricos, do tipo função Cobb-Douglas, suportam amplament e a
idéia do fator trabalho para a garantia do desenvolvimento económico.
Ref.: Duarte de Araújo. Saúde e desenvolvimento económico; Duarte de Araújo.
Importância dos recursos humanos para o desenvolvimento; Silva. In: Rou-
quayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.564.

0 65. Das seguintes afirmativas sobre custos diretos em saúde:


I. incluem os custos relacionados à prest ação de serviços de saúde,
como screening, diagnóst ico e tratamento.
II. podem incluir custos at ribuíveis de alguns serviços sociais.
III. podem ser categorizados em visíveis e invisíveis.
IV. os custos especificados nos orçament os de serviços formais de saúde
são rotulados como diretos visíveis.
Est ão corretas
A) somente I e III.
B) somente II e IV.
C) somente I, III e IV.
D) somente I, Nelli.
E) todas (I a IV).

Resposta:
(E) Os custos diretos em saúde são aqueles diretamente incorridos na
prest ação de serviços de saúde, como rastreamento, diagnóst ico e t ra-
tamento, e os custos at ribuíveis de alguns serviços sociais. Podem ser
classificados em visíveis e invisíveis. Os custos especificados nos orça-
mentos formais de saúde são exemplos de custos diretos visíveis.
Ref.: Griffths; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.567.

| Os custos de serviços de saúde fornecidos sem pagament o ou pagos


informalmente por familiares de pacientes são classificados como custo
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 109

A) direto visível.
B) direto invisível.
C) indireto visível.
D) indireto invisível.
E) social.

Resposta:
(B) Os custos de serviços de saúde propiciados sem pagamento ou pa-
gos informalmente por familiares dos pacientes, organizações volunt á-
rias etc. são classificados como custo direto invisível.
Ref.: Griffths; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.567.

Das afirmativas seguintes sobre custos indiretos em saúde:


I. são oriundos das consequências de condições particulares, doenças
e suas sequelas, morte, função reduzida etc.
II. podem ser classificados em visíveis e invisíveis
III. os custos visíveis são principalmente medidos em termos de perdas
da produção económica
IV. os custos visíveis excluem valores imputados a produtos não comer-
cializáveis como serviços domést icos ou agricultura de subsist ência
Est ão corretas
A) somente I e II.
. ...
B) somente I e III.
C) somente I, II e III.
D) somente II, III e IV.
E) todas (I a IV).
Resposta:
(C) Os custos indiretos em saúde são oriundos indiretamente das con-
sequências de condições particulares, doenças e suas sequelas, mor-
te, morbidade, função reduzida etc. Podem ser divididos em visíveis e
invisíveis. Os custos indiretos visíveis são aferidos principalmente em
termos de perdas da produção económica e usualmente incorporam
valores imputados a produtos não comercializáveis, como serviços do-
mést icos ou agricultura de subsist ência.
Ref.: Griffths; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.567.

0 68. "São custos largamente subjetivos int angíveis, tais como os custos de
reações psíquicas, difíceis de calcular". Para a análise económica, esse é
um custo do tipo
A) direto visível.
B) direto invisível.
110 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

C) indireto visível.
D) indireto invisível.
E) social.

Resposta:
(D) Os custos indiretos invisíveis são amplament e subjetivos "int angí-
veis", a exemplo dos custos de reações psíquicas como dor, desconforto,
ansiedade, estigma et c, os quais são difíceis de calcular, porém podem
ter valores implícit os, passíveis de dedução para a tomada de decisão.
Ref.: Griffths; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.567.

0 69. "Relaciona-se a benefícios derivados da ut ilização de recursos em sua


melhor alternativa de uso". Essa afirmativa Aplica-se a
A) taxa de retorno social.
B) custo-oportunidade.
C) taxa interna de retorno.
D) custo-marginal.
E) custo-rentabilidade.

Resposta:
(B) O custo-oportunidade relaciona-se a benefícios derivados da utili-
zação de recursos em sua melhor alternativa de uso. É, portanto, uma
medida do sacrifício feito pelo uso de recursos em um dado programa.
Ref.: Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.567.

0 70. O processo pelo qual os custos de programas, alternativas ou opções


são comparados com suas consequências em termos de melhora da
saúde ou de economia de recursos é dito
A) razão benefício/ cust o.
B) avaliação económica.
C) análise de sensibilidade.
D) precificação em saúde.
E) N.R.A.

Resposta:
(B) Avaliação económica é um processo pelo qual os custos de progra-
mas, alternativas ou opções são comparados com suas consequências
em termos de melhora da saúde ou de economia de recursos. É t ambém
conhecida como estudo de rentabilidade. Engloba uma família de t écni-
cas, incluindo análise de custo-efetividade, análise de cust o-benefício e
análise de custo-utilidade.
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 111

Ref.: Mills & Drummond. p.432-7; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde.
7.ed. p.570.

QUESTÕES71 a 75
As próximas cinco quest ões se referem a t écnicas adotadas para ava-
liação económica em saúde e devem ser respondidas de acordo com a
chave seguinte:
A) análise de cust o-benefício.
B) análise de custo-efetividade.
C) análise de custo-utilidade.
D) análise de sensibilidade.
E) análise de risco-benefício.

0 71. "É um tipo de análise que simplesmente quantifica as vantagens e riscos


de diferentes programas e est rat égias, não expressando os pós e con-
tras em termos monet ários"
0 1 . / C l

Resposta: (E)

Q 72. "É uma forma de avaliação económica onde os custos são expressos em
t ermos monet ários, mas parte de suas consequências é expressa em
unidades de utilidade"

Resposta: (C)

0 73. " Técnica conhecida por ter em cont a as incert ezas em verificar se as
modif icações plausíveis do valor das principais variáveis poderiam
modificar as conclusões de uma análise"

Usfosla: (D)

0 74. "É uma forma de avaliação económica onde todos os custos e benefícios
são expressos em termos monet ários"

Resposta: (A)

"É uma forma de avaliação económica onde os custos são expressos em


termos monet ários, mas parte de suas consequências é expressa em
unidades físicas"

Resposta: (B)
A avaliação económica é um processo pelo qual os custos de progra-
mas, alternativas ou opções são confrontados com suas consequências
112 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

em termos de melhoria da saúde ou de economia de recursos. São vá-


rias as t écnicas aplicadas para avaliação económica em saúde. A análise
de custo-benefício é uma forma de avaliação económica onde todos
os custos e benefícios são expressos em termos monet ários. A análi-
se de custo-efetividade é uma forma de avaliação económica onde os
custos são expressos em termos monet ários, porém algumas de suas
consequências expressas em unidades físicas (e.g. anos de vida ganhos,
casos detectados). Na análise de custo-utilidade, a avaliação expressa
os custos em termos monet ários, contudo parte de suas consequências
se expressa em unidades de utilidade (e.g. "anos de vida ajustados pela
qualidade" ou "dias saudáveis de vida"). A análise de sensibilidade é
uma t écnica que leva em conta as incertezas em verificar se as modifica-
ções plausíveis do valor das principais variáveis poderiam modificar as
conclusões de uma análise. A análise de risco-benefício é um tipo de
análise que simplesmente quantifica as vantagens e riscos de diferentes
programas e est rat égias, não expressando os prós e contras em termos
monet ários.
Ref.: Griffths; Mills & Drummond. p.432-7; Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia &
Saúde. 7.ed. p.570-2.

0 76. "É um procedimento utilizado na avaliação económica de programas


que visa testar até que ponto as variações nos pressupostos e na infor-
mação de base podem afetar as conclusões". Trata-se de
A) análise de sensibilidade.
B) análise de oportunidade.
C) análise da incerteza.
D) árvore de decisão.
E) tomada de decisão.

Resposta:
(A) A análise de sensibilidade é um procedimento utilizado na avaliação
económica de programas que visa testar at é que ponto as variações nos
pressupostos e na informação de base podem afetar as conclusões. É
comum, por exemplo, compararem-se os efeitos do uso de taxas dife-
rentes na at ualização de benefícios e custos.
Ref.: Silva. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.570-2.

0 77. Com respeito aos "anos de vida ajust ados pela qualidade", assinale a
FALSA.
A) É uma medida que reflete a qualidade de vida ganha em programas
de saúde
B) Éuma medida que reflete a quantidade de vida ganha em programas
de saúde
CAP. 3 • ADMI NI STRAÇÃO E POLÍ TI CA DE SAÚDE 113

C) É usualment e uma medida derivada de avaliações feitas do valor


relativo ou "utilidade" do status de saúde definido
D) As avaliações devem ser feitas por profissionais de saúde
E) As avaliações são obtidas por entrevistas com indivíduos ou at ravés
de reuniões de consenso

Resposta:
(D) Os anos de vida ajustados pela qualidade (Quality-adjusted life-year) \
são uma medida que reflete tanto a qualidade como a quantidade de «
vida ganha de programas de saúde. É usualmente derivada de avalia- j
ções feitas de valor relativo ou "utilidade" de status de saúde definidos.
Essas avaliações podem ser realizadas por profissionais, pacientes ou o
público em geral e são obtidas por entrevistas individuais ou at ravés de !
reuniões de consenso.
Ref.: Griffths; Mills & Drummond. p.432-4.
i
i
0 78. São fatores responsáveis pela elevação dos custos do setor saúde nas ;
últ imas décadas, EXCETO
A) ext ensão horizontal e vertical da cobertura.
B) envelhecimento da estrutura etária da população.
C) aumento da import ância das doenças infectocontagiosas.
D) mudanças no campo da tecnologia médica. j
i
E) estruturas securit árias.
-bmud 3 àobsn* *nsq <màú sb u&mm zòb oistst èb zomfm *o Hl J
Resposta:
i
(C) As principais causas listadas como fatores de elevação dos custos do j
setor saúde, ao longo da fase áurea do Welfare State, são: ext ensão ho- |
rizontal e vertical de cobertura; envelhecimento da estrutura etária da J
população, t ransformações nas estruturas de morbimortalidade, com a
perda de import ância das doenças infecto-contagiosas na estrutura de
mortalidade e morbidade e sua subst it uição por doenças crônico-dege-
nerativas; mudanças no campo da tecnologia médica, nas funções de
produção em saúde e seus impactos na produtividade; fatores sócio-e- j
conômicos e culturais; e estruturas securit árias.
Ref.: Medici. Economia e financiamento da saúde, p.30-3.
0 79. A Emenda Const it ucional n° 29 (EC-29), sancionada por meio da Lei
Complementar N° 141, de 13 de janeiro de 2012, obriga a União a aplicar
na saúde o valor empenhado
A) no ano anterior, mais a variação da inflação, medida pelo IPCA.
B) no ano anterior, mais a variação nominal do Produto Interno Bruto
(PIB).
114 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

C) no ano anterior, mais a variação nominal do Produto Nacional Bruto


(PNB).
D) nos dois anos anteriores, acrescido da correção da inflação específica
da saúde.
E) nos dois anos anteriores, acrescido da correção monet ária identifi-
cada no período.

Resposta:
(B) A Emenda Constitucional No. 29 (EC-29), sancionada, com alguns
vetos, pela Presidência da República, por meio da Lei Complementar N°
141, de 13 de janeiro de 2012, obriga a União a aplicar na saúde o valor
empenhado no ano anterior, mais a variação nominal do Produto Inter-
no Bruto (PIB). Já os estados e o Distrito Federal deverão investir 12% de
sua receita, enquanto os municípios devem investir 15%.
Ref.: Andrade et al. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.490.

0 80. A Lei Complementar 141, de 13 de janeiro de 2012, que regulamenta a


Const it uição Federal, art. 198, alterada pela EC 29/ 2000, tem por finali-
dade definir:
I. os percentuais da União que devem ser aplicados em saúde obriga-
toriamente.
II. os percentuais dos estados e municípios que devem ser aplicados
em saúde obrigatoriamente.
III. os crit érios de rateio dos recursos da União para estados e municí-
pios e dos estados para os municípios.
IV. a fiscalização, controle e avaliação do gasto com saúde.
Est ão corretas
A) apenas I e II.
B) apenas II e III.
C) apenas I, III e IV.
D) apenas I, II e III.
E) todas (I a IV).

Resposta:
(E) Finalmente, deve-se apontar para a lei complementar 141, de 13 de
janeiro de 2012, que regulamenta a Const it uição Federal, art. 198, alte-
rada pela EC 29/ 2000. A lei complementar t em por finalidade definir: a)
os percentuais da União que devem ser aplicados em saúde obrigato-
riamente; b) os percentuais dos estados e municípios; c) os critérios de
rateio dos recursos da União para estados e municípios e dos estados
para os municípios; e d) a fiscalização, controle e avaliação do gasto com
saúde.
Ref.: Andrade et al. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p.490.
CAPÍTULO 4

ED U CA ÇÃ O
EM SAÚDE

2J 01. A int rodução da propaganda e educação na t écnica rotineira de ação da


Saúde Pública brasileira é at ribuída à reforma :
A) Osvaldo Cruz.
B) Carlos Chagas.
C) Barros Barreto.
D) Almeida Machado.
E) N.R.A.

Resposta:
(B) Marco importante da evolução da saúde pública brasileira foi a refor-
ma Carlos Chagas que, reorganizando os serviços de saúde pública pelo
Decreto Legislativo N° 3.987, de 2 de janeiro de 1920, criou o Depar-
tamento Nacional de Saúde Pública. Na administ ração, Carlos Chagas
ocorreu a int rodução da propaganda e educação sanit ária na t écnica
rotineira de ação, ao cont rário do crit ério puramente fiscal e policial at é
ent ão utilizado.
Ref.: Rodrigues. Fundamentos de administração sanitária, p.31.

0 02. De acordo com a Const it uição Brasileira de 1988, da receita de impostos


da União o Governo Federal deverá dispor para o Setor Educação:
A) 3%.
B) 5%.
C) 12%.
D) 18%.
E) 25%.

Resposta:
(D) A Const it uição Federal de 1988, consoante Artigo 212 da Seção I
- da Educação Capít ulo III do Tít ulo VII, determina que 18% da receita
116 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

resultante de impostos da União sejam destinados ao Setor Educação.


Para os municípios brasileiros, a alocação de recursos para a educação,
conforme estipula a Const it uição retromencionada, deverá comprome-
ter 25% de suas arrecadações t ribut árias.
Ref.: Brasil. Constituição Federal.

0 03. De acordo com a Const it uição Brasileira de 1988, das arrecadações t ri-
but árias municipais, o município deverá dispor para o Setor Educação:
A) 5%.
B) 12%.
C) 18%.
D) 25%.
E) 30%.

Resposta:
(D) A Const it uição Federal de 1988, conforme o Artigo 212 da Seção I -
da Educação - Capít ulo III do Tít ulo VII, dispõe que para os municípios
brasileiros, a alocação de recursos para a educação, deverá fixar 25% de
suas arrecadações t ribut árias.
Ref.: Brasil. Constituição Federal.

0 04 Nos indicadores sociais e económicos relacionados com a saúde, a OMS,


em sua proposta de indicadores para acompanhar os progressos de
" Saúde Para Todos no Ano 2000", recomendava na área de educação:
A) a proporção de crianças do primeiro ano escolar que alcança a uni-
versidade.
B) a proporção de crianças do primeiro ano escolar que alcança a escola
secundária.
C) o índice de alfabetismo de adultos.
D) o número de t écnicos por 1.000 habitantes.
E) a taxa de repet ência no primeiro ano escolar.
Resposta:
(C) Nos progressos para a " Saúde Para Todos", provavelmente, se farão
sentir profundamente dois fatores sociais que, em geral, não se conside-
ram como partes integrantes do Setor Saúde: a educação e a moradia.
Um possível indicador da cont ribuição da educação à saúde é o índice
de alfabetismo, comument e definido como percentagem da população
de 15 ou mais anos que sabe ler e escrever em qualquer idioma; outros
possíveis indicadores educacionais são: número (%) de alunos de 5 a 19
anos matriculados nas escolas, número de alunos por professor e gastos
por aluno.
Ref.: OMS. Saúde para todos no ano 2000. p.19,26.
CAP. 4 - EDUCAÇÃO EM SAÚDE 117

0 05. A área de educação est á representada no Indicador de Qualidade Mate-


rial da Vida (IQMV) por:
A) percentagem de população de 5 a 19 anos matriculadas nas escolas.
B) n° de t écnicos por 1.000 habitantes.
C) percentagem de alfabetismo da população adult a.
D) t axa de repet ência no primeiro ano escolar.
E) n° de alunos que chegam à universidade entre os que ingressaram na
escola primária.
Resposta:
(C) A procura de um indicador ideal que traduzisse por um valor nu-
mérico © "nível de vida" ou, em menor abrangência, o nível de saúde de
uma população sempre foi uma meta de estudiosos da área da saúde e
da economia. Grant propôs o uso de um indicador que reúne de forma
combinada os valores da mortalidade infantil, da esperança de vida à
idade de um ano e da t axa de alfabetismo; é conhecido por Indicador de
Qualidade Material de Vida (IQMV) e tem recebido ampla aceit ação em
vários organismos internacionais.
Ref.: Laurenti. In: Gonçalves, p.93-7.

0 06. Segundo Morris, dentre os diferentes usos da Epidemiologia incluem-


-se:
I. ident ificação de grupos mais vulneráveis.
II. ajuda a completar o quadro clínico.
III. ident ificação de novas síndromes.
IV. ident ificação dos fatores et iológicos.
Desses usos, est ão mais vinculados à educação médica
A) somente III e IV.
B) somente II e III.
C) somente II, III e IV.
D) somente I, III e IV.
E) todos (I a IV).

Resposta:
(C) Classicamente, Morris distinguiu sete usos importantes da Epide-
miologia; desses usos, três estavam mais vinculados à Educação Médica,
a saber: 1. ajuda a completar o quadro clínico; 2. ident ificação de novas
síndromes; 3. ident ificação dos fatores et iológicos. A ident ificação de
grupos mais vulneráveis relaciona-se mais ao planejamento em saúde.
Ref.: Armijo. Epidemiologia, p.37-40.
118 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

0 07. A educação do público e do empresariado, no sentido de que empre-


guem o reabilitado é uma medida preventiva de nível:
A) primária - promoção da saúde.
B) primária - prot eção específica.
C) secundária - pronto atendimento com reabilit ação.
D) secundária - limit ação da invalidez.
E) terciária - reabilit ação.

Resposta:
(E) Conforme os níveis de aplicação das medidas preventivas, propostos
por Leavell & Clark, a educação do público e dos empresários no senti-
do de que empreguem o reabilitado é uma medida preventiva de nível
t erciário - a reabilit ação.
Ref.: Leavell & Clark. Medicina preventiva, p.18-24.

0 08. Para o câncer mamário, a educação em massa para a prát ica do aut oe-
xame da mama é uma medida preventiva de nível:
A) primário - promoção da saúde.
B) primário - prot eção específica.
C) primário - diagnóst ico inicial.
D) secundário - diagnóst ico e tratamento precoces.
E) secundário - diagnóst ico precoce e limit ação da incapacidade.

Resposta:
(D) 0" aut oexame da mama"na educação pública é um exemplo dramá-
tico de esforço para realizar diagnóst icos precoces de um tipo específico
de câncer, at ravés de uma t écnica de educação em massa. Por meio de
filmes, cartazes, panfletos et c, a significação de tumores palpáveis na
mama é explicada e é ensinada a t écnica de autoexame periódico, sis-
t emát ico e efetivo. As mulheres são encorajadas, na descoberta de uma
qualquer massa suspeita, a procurar imediata consulta médica com-
petente. Segundo o modelo de Leavell & Clark, esta é uma medida de
prevenção secundária, situada no subnível de diagnóst ico e tratamento
precoces.
Ref.: Leavell & Clark. Medicina preventiva, p.293-300.

0 09. Os objetivos educacionais t êm que ser fixados em função:


A) dos retornos financeiros produzidos no país.
B) da capacidade dos ganhos de capit al.
C) dos interesses das elites intelectuais da sociedade.
D) das det erminações das autoridades e das classes sociais dominantes.
E) dos objetivos económicos e sociais de uma nação.
CAP. 4 • EDUCAÇÃO EM SAÚDE 119

Resposta:
(E) É reconhecido que a educação t em alto valor económico, promoven-
do o desenvolviment o de uma nação at ravés de modificações sociais,
sendo fator fundament al na meta de governantes, polít icos e sociólo-
gos. Vale salientar que os objetivos educacionais t êm que ser fixados em
função dos objetivos económicos e sociais de uma nação.
Ref.: Moraes. Medicina preventiva, p.101.

Das seguintes af irmações a respeito de saúde e de educação:


I. existem estreitas relações entre educação e saúde.
II. ambas são direitos do homem universalmente conhecidos e aceitos.
III. como aspect os da vida humana, saúde e educação t êm objet ivos
distintos.
IV. o progresso em um deles, saúde ou educação, independe do que se
realiza no outro.
Est ão corretas:
A) somente I e III.
B) somente I e II.
C) somente II e III.
D) somente I, II e III.
E) todas (I a IV).

Resposta'-
(B) Existem relações estreitas entre educação e saúde. Ambas são direi-
tos humanos conhecidos e aceitos universalmente. Como aspectos da
vida humana, saúde e educação t êm idênt icos objetivos. O progresso
em um desses setores depende do que se realiza no outro, e o desenvol-
viment o de ambos é essencial para o desenvolvimento nacional.
Ref.: Moraes. Medicina preventiva, p.101.

2i ii. "É o processo pelo qual pessoas ou grupos de pessoas aprendem a pro-
mover, manter ou restaurar a saúde".
Essa definição aplica-se a:
A) t écnica educacional.
B) educação em serviço de saúde.
C) consciência sanit ária.
D) educação sanit ária.
E) N.R.A.

Resposta:
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

(D) É a definição de educação sanit ária adotada pela OPAS, que inclui
entre os seus sinónimos, educação para a saúde, educação para o públi-
co. É uma definição concisa, porém abrangente.
Ref.: Benenson. OPAS - Publ. Cient., 442 p.385. Outras definições podem ser
vistas em Rodrigues. Fundamentos de administração sanitária, p. 321-8; Kloetzel.
As bases da medicina preventiva, p.306; Leavell & Clark. Medicina preventiva, p.
568-72 e Moraes. Medicina preventiva, p.101 -2.

A educação sanit ária é de fundament al import ância pois:


I. concorre para o bem-estar individual e coletivo.
II. tem função exclusiva preventiva.
III. ensina o indivíduo e a comunidade o que fazer para preservar saúde.
IV. é útil t ambém à população infantil e juvenil.
Est ão corretas:
A) somente I e III.
B) somente I e II.
C) somente II e III.
D) somente I, III e IV.
E) N.R.A.

Resposta:
(D) A educação sanit ária é de fundament al import ância, pois, de modo
irrefut ável, concorre para o bem-estar individual ou coletivo. Tem fun-
ção preventiva e orientadora como t ambém criadora e pode corrigir
comportamentos e prát icas delet érias à saúde humana. Ensina o indi-
víduo e a comunidade o que pode ser feito para preservar a saúde. Tem
import ância não somente para o adulto mas t ambém para a população
infantil e juvenil.
Ref.: Moraes. Medicina preventiva, p.102.

J 13. Das seguintes afirmativas sobre a educação para a saúde:


I. hoje as principais causas de doenças e morte prematura nos países
desenvolvidos se relacionam com estilo de vida moderno.
II. a at uação polít ica que modifica o ambient e social é t ão efet iva
quanto a int ervenção mudando o ambient e físico.
III. at ualment e, a maior part e da responsabilidade da prevenção das
doenças é coletiva.
IV. seu objetivo central é ajudar a eleger acert adament e as opções de
saúde.
Est ão corretas:
A) somente I e II.
B) somente II e IV.
CAP. 4 - EDUCAÇÃO EM SAÚDE 121

C) somente I e IV.
D) somente I, II e IV.
E) todas (I a IV).
Resposta:
(C) No século XIX, as principais causas de doenças eram do meio am-
biente. Hoje as principais causas de doenças e morte prematura nos paí-
ses desenvolvidos se relacionam com estilo de vida moderno. A at uação
polít ica que modifica o ambient e social, e.g. aument ando o preço do
tabaco, não é t ão efetiva como foi no século XIX mudando o ambiente
físico. Atualmente, a maior parte da responsabilidade é individual e o
objetivo da educação para a saúde é ajudar a eleger acert adament e as
opções de saúde.
Rer.: Gray & Fowler. Fundamentos de medicina preventiva, p.29.

3 14. São objetivos da educação sanit ária:


I. despertar interesse pela saúde.
II. fornecer conheciment o sobre a saúde.
III. promover a prát ica da saúde.
IV. melhorar a conduta com a saúde.
Est ão corretos:
A) somente I e II.
B) somente II e III.
C) somente I, II e III.
D) somente I, III e IV.
E) todos (I a IV)
Resposta:
(E) Os objetivos da educação sanit ária são: despertar interesse pela saú-
de; fornecer conheciment os sobre a saúde; promover a prát ica da saú-
de; melhorar a conduta com a saúde.
Ref.: Moraes. Medicina preventiva, p.102.

0 15. O objetivo fundament al da educação para a saúde consiste em:


A) superar a ignorância individual para mudar o estilo de vida.
B) propiciar o conheciment o para modificar a condut a.
C) apresentar fatos concretos que preencham o vazio de conhecimen-
tos.
D) apresentar os fatos para que o indivíduo t enda a modificar suas cren-
ças e prát icas.
E) introduzir e discutir em grupos a adoção de comportamentos saudá-
veis.

Resposta:
122

(D) Em outros tempos, o objetivo da educação parecia bastante simples:


consistia em superar a ignorância, assumindo que quando o indivíduo
conhece os riscos que corre, muda seu estilo de vida. Por azar, tal suposi-
ção era errónea: não é suficiente o conheciment o isolado para modificar
a condut a. Os educadores advert em agora que as pessoas não são sim-
plesmente ignorantes O indivíduo médio t em bem estabelecidas uma
série de crenças e atitudes para sua saúde e seu estilo de vida que lhe
são sat isfat órias. O objetivo da educação para a saúde não é simples-
mente apresentar fatos que preencham um vazio e sim apresentar os
fatos de forma tal que o indivíduo tenda a modificar suas crenças.
Ref.: Gray & Fowler. Fundamentos de medicina preventiva, p.29.

Questões 16 a 20

As cinco quest ões seguintes referentes às fases de atividades da edu-


cação sanit ária devem ser respondidas com a seguinte chave de clas-
sificação:
A) sensibilização.
B) publicidade.
C) trabalho educativo.
D) mot ivação.
E) N.R.A.

0 16. "Fase em que se dá uma explicação mais detalhada de pontos já enume-


rados".
Resposta: (B)

0 17. "Consiste em atrair e manter a at enção do indivíduo para a aquisição de


conhecimentos sobre determinados assuntos".
t
Resposta: (D)
i

0 18. "Processo pelo qual o indivíduo e a comunidade adquirem consciência


de certos fatos".
Resposta: (A)

0 19. "Necessita de contatos pessoais ou diálogo entre a pessoa que presta a


informação e as que recebem".

Resposta: (Q

0 20. "É a etapa mais simples da atividade de educação sanitária".


CAP. 4 • EDUCAÇÃO EM SAÚDE 123

Resposta: (A)
A educação sanit ária é feita por etapas, sendo a mais simples a de sen-
sibilização, processo pelo qual o indivíduo e a comunidade adquirem
consciência de certos fatos. A fase seguinte é a publicidade, quando
ent ão se dá uma explicação mais detalhada dos pontos j á enumerados.
A terceira fase é a do trabalho educativo, em que são necessários con-
tatos pessoais ou diálogo entre a pessoa que proporciona a informação
e aquelas que recebem. A últ ima fase é a da mot ivação ou indução,
que consiste em atrair e manter a at enção do indivíduo para a aquisição
de conhecimentos sobre det erminado assunto.
Ref.: Moraes. Medicina preventiva, p.102.

0 21. Entre os mét odos para a educação da saúde, o meio mais usual de
comunicação, persuasivo, convincent e, e que permit e esclareciment o
quando necessário é a(o):
A) palavra falada.
B) palavra escrita.
C) audiovisual.
D) atividade de grupo.
E) N.R.A.

Resposta:
(A) Os mét odos empregados na educação sanit ária são os mesmos da
educação tradicional, além de possuírem caract eríst icas das t écnicas de
propaganda e publicidade. Os meios para a educação em saúde são: a
palavra falada, a palavra escrita, os meios audiovisuais e as atividades de
grupo. A palavra falada é o meio mais usual de comunicação, persuasi-
vo, convincent e, permitindo esclarecimentos quando necessário.
Ref.: Moraes. Medicina preventiva, p.105.

3 22. Em relação ao educador em saúde, assinale a FALSA.


A) É da sua compet ência liderar e coordenar o programa específico.
B) Para desempenhar com eficiência suas tarefas, necessita de qualifica-
ção e formação simplificada.
C) Deve estar familiarizado com fundament os de pedagogia, psicolo-
gia, antropologia cult ural, economia e ciências polít icas.
D) Deverá ser portador de diploma de Saúde Pública.
E) É sua responsabilidade habilitar nas t écnicas mais indicadas em Edu-
cação em Saúde os demais membros da equipe de Saúde Pública.

Resposta:
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

(B) A educação em saúde, do ponto de vista administrativo, é uma


atividade atributiva de todo e qualquer servidor da saúde pública, va-
riando a qualidade e a oportunidade exercê-la, com o preparo e o nível
intelectual de cada um. Ao educador compet irá, em especial, liderar e
coordenar o programa respectivo, pesquisando, orientando, treinando,
organizando e indicando a metodologia a adotar.
Para desempenhar com eficiência suas tarefas, o educador necessita de
qualificação e formação muito complexa. Além de estar familiarizado
com fundament os de pedagogia, psicologia, antropologia cultural, eco-
nomia e ciências polít icas, deverá ser portador de diploma de Saúde Pú-
blica para estar preparado para participar das atividades do seu campo
específico, sem perder, contudo, a visão panorâmica da ação polivalente
da Saúde Pública.
Ref.: Rodrigues. Fundamentos de administração sanitária. 323-4.

23. Das seguintes afirmativas referentes aos objetivos de um desenho curri-


cular na área de saúde:
I. são component es secundários, ainda que import ant es no desenho
curricular.
II. definem programas explorando a complexidade e a diversidade de
mat éria em Educação em Saúde.
III. comunicam a essência do programa, mas não sugerem est rat égias
instrucionais.
IV. são um crit ério para professores e administradores avaliarem o rendi-
mento do estudante e a eficácia do programa.
Est ão corretas:
A) somente I e III.
B) somente II e IV.
C) somente I, II e IV.
D) somente II, III e IV.
E) todas (I a IV).

Resposta'-
(B) Os objetivos são component es importantes e necessários do dese-
nho curricular. Eles definem programas, explorando a complexidade e a
diversidade da mat éria em educação em saúde. Comunicam a essência
de um programa e sugerem est rat égias institucionais. São um crit ério
pelo qual professores e administradores avaliam o rendimento do est u-
dante e a eficácia do programa.
Ref.: Ames ef al. p.68.
CAP. 4 • EDUCAÇÃO EM SAÚDE 125

3 24. Para a coleta de dados, com vistas a avaliação educacional, a t écnica do


quest ionário apresenta as seguintes vant agens, EXCETO:
A) não é cara.
B) pode ser anónima.
C) pode explorar grande amplit ude de t ópicos.
D) pode atingir um grande número de pessoas.
E) flexível e adapt ável.

Resposta:
(E) As cinco principais t écnicas de coleta de dados comument e usadas
em avaliação são: quest ionários, entrevistas, observação, testes e docu-
mentos/ registros/ materiais.
A t écnica do quest ionário t em as seguintes vant agens: não é cara; pode
ser anónima; pode explorar grande amplit ude de t ópicos; pode atingir
um grande número de pessoas. Flexibilidade e adapt ação são vant a-
gens da entrevista, já que o quest ionário é estruturado e inflexível.
Ref.: Ames etal. p.167-8.

025. A observação, como t écnica de avaliação, t em as seguintes desvant a-


gens, EXCETO:
A) é cara.
B) requer entrevistadores qualificados.
C) aberta a bias (vícios).
D) pode causar condições artificiais.
E) dificuldade para sintetizar os dados.

Resposta:
(B) Como t écnica de avaliação, a observação t em as seguintes desvan-
tagens: pot encialment e disruptiva ou pode causar condições artificiais;
é cara; requer observadores qualificados; aberta a bias; dificuldade para
sintetizar os dados. Não há entrevistadores nessa t écnica.
Ref.: Ames etal. p.167-8.

JJ 26. A Educação pode influenciar o comport ament o das pessoas pelos


seguintes caminhos, EXCETO:
A) expandindo as oport unidades para o indivíduo.
B) aument ando o conheciment o do mundo e as opções que ele ofe-
rece.
C) construindo a aut oconfiança.
D) aument ando a qualificação e as capacidades específicas.
E) N.R.A.
126 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

Resposta:
(E) Geralmente a Educação emerge de estudos epidemiológicos como
uma poderosa e persuasiva correlata de saúde e saúde relativa a com-
portamento. A Educação influencia o comport ament o em ao menos
quatro caminhos: expandindo as oportunidades para o indivíduo; au-
mentando o conheciment o do mundo e as opções que ele oferece;
construindo a aut oconfiança; aument ando a qualificação e as capaci-
dades específicas.
Ref.: Green etal. In: Holand etal. p.190.

Questões 27 a 31

As próximas cinco quest ões são referentes às qualidades de um inst ru-


mento de medida para avaliação em educação e devem ser respondidas
com a seguinte chave:
A) fidelidade.
B) pert inência.
C) validade.
D) objetividade.
E) equidade.

J 27. "Grau de concordância entre as perguntas propostas no exame e o con-


t eúdo do ensino".
Resposta: (E)

3 28. "Grau de precisão com que o instrumento mede o que tem por objeto
medir".
Resposta: (C)

3 29. " Const ância com a qual um instrumento mede uma variável dada".
Resposta: (A)

3 30. "Grau de concordância ent re os j uízos apont ados, por examinadores


independentes, sobre o que constitui uma boa resposta para cada um
dos elementos de um instrumento de medida".
Resposta: (D)

3 31. "Grau de respeito dos crit érios estabelecidos na seleção das perguntas
para que estejam de acordo com os fins dos instrumentos de medida".
CAP. 4 • EDUCAÇÃO EM SAÚDE 127

Resposta: (B)
A avaliação em educação é um processo sist emát ico que permite ao do-
cente, entre outras coisas, " medir" at é que ponto o estudante t em alcan-
çado os objetivos educativos. A avaliação implica sempre em medidas
(quantitativas) e um juízo de valor.
Para efetuar medidas é preciso dispor de instrumentos de medidas
que respondam a certas qualidades. As certas qualidades principais de
um instrumento de medida (exame) são a validade, a fidelidade, a obje-
tividade e a pert inência.
A validade é o grau de precisão com que o teste utilizado mede ver-
dadeirament e aquilo para o qual foi desenhado como instrumento de
medida.
A fidelidade é a const ância com a qual um instrumento mede uma va-
riável dada.
A objetividade é o grau de concordância entre os juízos aportados por
examinadores independentes e compet ent es sobre o que constitui uma
boa resposta para cada um dos element os de um instrumento de me-
dida.
A pert inência é o grau de respeito dos crit érios estabelecidos na sele-
ção das perguntas (itens) para que estejam de acordo com os fins do
instrumento de medida.
A equidade é o grau de concordância entre as perguntas propostas no
exame e o cont eúdo dos ensinament os.
Existem outras qualidades, a saber: comodidade, equilíbrio, especifici-
dade, discriminação, eficiência, t empo etc.
Ref.: Guilbert. Guia pedagógica para el personal de salud. p.233-7.

0 32. São vant agens de uma aula magist ral para est udant es de medicina,
EXCETO:
A) alta recepção da informação.
B) economia de t empo dos professores e de meios.
C) presença do professor ("espetáculo").
D) pode ser dirigida a um grupo numeroso de estudantes.
E) dá sensação de segurança.

Resposta:
(A) A aula magistral tem como vant agens: economia aparente de t em-
po (para os docentes) e de meios; presença do professor ("espetáculo");
dirige-se a um grupo numeroso de estudantes; dá sensação de seguran-
ça. São suas desvantagens: mant ém o estudante em uma sit uação de
passividade; não facilita a aprendizagem de solução de problemas; não
128 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

permite controlar o progresso da aprendizagem; não respeita o ritmo


individual de aprendizagem; baixa recepção da informação.
Ref.: Guilbert. Guia pedagógica para el personal de salud. p.340.

0 33. São desvantagens do ensino médico sob a forma de internato, EXCETO:


A) custos elevados de pessoal, gastos de transporte e material.
B) põe, às vezes, o doente em uma sit uação difícil ou penosa.
C) baixa recepção da informação.
D) baixa padronização.
E) exige uma planificação muito cuidadosa.

Resposta:
(C) O ensino médico sob a forma de internato, com rodízios e visita às
enfermarias, t em os seguintes inconvenientes:
1. custos elevados de pessoal, gastos de transporte e material.
2. põe, às vezes, o enfermo em uma sit uação difícil ou penosa.
3. baixa padronização. Com efeito, é difícil que todos os estudantes
realizem as mesmas atividades de aprendizagem e que a "amostra"
dessas sit uações cubra todos os objetivos importantes.
4. como sua ut ilização t em estreitas limit ações exige um planejament o
muito cuidadoso.
Ref.: Guilbert. Guia pedagógica para el personal de salud. p.340.

0 34. Uma quest ão do tipo múlt ipla escolha é recomendada, segundo o crit é-
rio de dificuldade, quando esse índice situa-se entre
A) 10%e90%.
B) 15%e85%.
C) 30% e 70%.
D) 40% e 60%.
E) 50%e60%.

Resposta:
(E) Pelo crit ério de dificuldade, uma quest ão do tipo múlt ipla escolha é
recomendável quando a percentagem de acertos fica entre 50 e 60% e
aceit ável quando t em valores entre 30 e 70%; alguns autores conside-
ram aceit ável valores compreendidos entre 35 e 80%.
Ref.: Guilbert. Guia pedagógica para el personal de salud. p.460-2.
CAP. 4 - EDUCAÇÃO EM SAÚDE 129

2| 35. As opções seguintes revelam o índice de dificuldade (DIF) e o índice de


discriminação (DIS) que foram obtidos em quesitos de múlt ipla escolha
sobre Medicina Social de um concurso para Residência Médica de um
Hospital Universit ário. Assinale o melhor quesito com base nesses dois
crit érios.
A) DIF 79,49% e DIS 0,36.
B) DIF 19,23% e DIS 0,13.
C) DIF 57,69%e DIS 0,23.
D) DIF 58,97% e DIS 0,46.
E) DIF 34,62% e DIS 0,13.

Resposta:
(D) Uma quest ão de múlt ipla escolha é recomendada quando seu índice
de dificuldade se coloca entre 50 e 60%; no caso, as opções "c" e "d" são
recomendadas. O índice de discriminação permite determinar em que
medida uma pergunta é bastante seletiva para distinguir um grupo for-
te de um grupo fraco de estudantes. A classificação das perguntas com
base nos valores do índice de discriminação é a que se segue: 0,35 ou
mais (pergunta excelent e), 0,25 a 0,34 (pergunta boa), 0,15 a 0,24 (per-
gunta limite: para revisar) e menos de 0,15 (má pergunta: eliminar); as
opções "a" e "d" são aprovadas nesse crit ério. Conjugando as qualidades
resta apenas a opção "d".
Vale salientar que nesse processo seletivo, das 20 quest ões de Medicina
Social apenas quatro seriam recomendadas e quatro t ambém foram ex-
celentes/ boas no índice de discriminação, porém somente duas preen-
chiam adequadament e ambos crit érios.
Ref.: Guilbert. Guia pedagógica para el personal de salud. p.460-2; SIEBRA.

0 36. Das seguintes afirmativas sobre mét odos e meios em educação para a
saúde:
l a educação para a saúde t em diversas maneiras de se realizar e a ela
fazem referência seus mét odos.
II. o meio pode ser ent endido como sinónimo de canal at ravés do qual
se t ransmit em as mensagens.
III. os conceitos de mét odos e meios são inst rument os sem finalidade
em si mesmos.
IV. o meio depende do mét odo e este, por sua vez, do programa efet u-
ado conforme modelos e paradigmas.
Est ão corretas:
A) soment e I e II.
B) somente II e III.
C) somente I, II e III.
130 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

D) somente I, II e IV.
E) todas (1 a IV).

Resposta:
(E) A educação para a saúde t em diversas maneiras de se realizar e a
ela fazem referência seus mét odos. O meio pode ser ent endido como
sinónimo de canal at ravés do qual se t ransmit em as mensagens. Ambos
conceitos são instrumentos sem finalidade em si mesmos, já que o meio
depende do mét odo e este, por sua vez, do programa efetuado confor-
me modelos e paradigmas.
Ref.: Sánchez Moreno etal. In: Navarro. Salud pública, p.509.

0 37. Com referência aos mét odos e meios em educação para a saúde, assi-
nale a correta.
A) Os mét odos podem ser classificados em unidirecionais, bidirecionais
e multidirecionais.
B) São classificados em diretos e indiretos, conforme a capacidade do
receptor da mensagem para fazer chegar ao emissor do efeit o do
mesmo.
C) Um cartaz em uma parede é um meio que corresponde a um mét odo
direto ou unidirecional.
D) O diálogo é um meio indireto ou bidirecional, j á que a informação
circula entre docente e discípulo em ambos os sentidos.
E) Em princípio, é evident e a preferência pelos mét odos indiretos nos
programas participativos.

Resposta:
(B) Os mét odos podem ser classificados em unidirecionais e bidirecio-
nais ou, em termos análogos, em diretos e indiretos, fazendo referência
à capacidade do receptor da mensagem para fazer chegar ao emissor
do efeito do mesmo. Por exemplo, um cartaz em uma parede é um meio
que corresponde a um mét odo indireto ou unidirecional, enquant o
que o diálogo é direto ou bidirecional, j á que a informação circula entre
docente e discípulo em ambos os sentidos. Em princípio, é evident e a
preferência pelos mét odos diretos nos programas participativos, ainda
que não seja exclusiva, já que é evident e a import ância, por exemplo, de
uma carta enviada por correio para convocar uma reunião.
Ref.: Sánchez Moreno etal. In: Navarro. Salud pública, p.509.

0 38. Dentre os mét odos diretos em educação para a saúde podem se dist in-
guir os seguintes meios, EXCETO:
A) diálogo.
B) cartaz.
CAP. 4 • EDUCAÇÃO EM SAÚDE 131

C) aula.
D) conversa.
E) discussão em grupo.

Resposta:
(B) Dentre os mét odos diretos em educação para a saúde podem se dis-
tinguir os seguintes meios: o diálogo, a aula, a conversa e a discussão
em grupo. Nos mét odos indiretos visuais podem ser citados: cartazes,
folhetos, fotografias, diapositivos, cartas e impressos.
Ref.: Sánchez Moreno etal. In: Navarro. Salud pública, p.509.

J 39. Com respeito às metodologias quantitativas de avaliação em educação


para a saúde, assinale a correta.
A) Têm mais relação com a avaliação de produto e com a format iva.
B) Caracterizam-se por sua preocupação pelo controle das variáveis e
pela medida dos resultados.
C) A medida dos result ados, expressos comument e numericament e,
não t em maior import ância.
D) Buscam a explicação causal derivada de hipót eses dadas mediante a
ut ilização de desenhos não experiment ais.
E) Destacam-se os seguintes mét odos gerais: análise de sistemas, ava-
liação por objetivos e modelo de avaliação responsiva.

Resposta:
(B) As metodologias quantitativas de avaliação em educação para a
saúde t êm mais relação com a avaliação de produto e com a somat i-
va. Caracterizam-se por sua preocupação pelo controle das variáveis e
pela medida dos resultados, expressos, com frequência, numericamen-
te. Buscam a explicação causal derivada de hipót eses dadas mediante a
ut ilização de desenhos experimentais ou pseudoexperimentais e dados
objetivos. Destacam-se os seguintes mét odos gerais: análise de siste-
mas, avaliação por objetivos e avaliação com informação para a tomada
de decisão.
Ref.: Sánchez Moreno etal. In: Navarro. Salud pública, p.515-6.

0 40. Com respeito às metodologias qualit at ivas de avaliação em educação


para a saúde, assinale a correta.
A) Têm mais relação com a avaliação de processo e com a somativa.
B) Seu interesse radica na descrição dos fatos observados para interpre-
t á-los e compreendê-los no contexto global em que se produzem.
C) A medida dos resultados, expressos com frequência numericament e,
tem maior import ância.
132 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
""í

D) Buscam a explicação causal e, int encionalment e, não modificar os


f enómenos.
E) Dest acam-se os seguint es mét odos gerais: análise de sist emas,
modelo de avaliação baseado na capacidade de percepção qualit a-
tiva e avaliação livre de objetivos.

Resposta:
(B) As metodologias qualitativas de avaliação em educação para a saú-
de t êm mais relação com a avaliação de processo e com a format iva. Seu
interesse radica na descrição dos fatos observados para int erpret á-los e
compreendê-los no cont ext o global em que se produzem, com o fim de
explicar e, presumivelment e, modificar os f enómenos. Destacam-se os
seguintes mét odos gerais: avaliação iluminat iva, modelo de avaliação
responsiva, modelo de avaliação baseado na capacidade de percepção
qualitativa ou de crít ica art íst ica, avaliação livre de objetivos ou sem re-
ferência a metas e outros modelos.
Ref.: Sánchez Moreno etal. In: Navarro. Salud pública, p.516-7.
CAPÍTULO 5

SAÚ D E
MATERNO-INFANTIL

FT1 01. A Organização das Nações Unidas (ONU) define juvent ude como a faixa
et ária entre os:
A) 10 e 19 anos.
B) 14e21 anos.
C) 15 e 24 anos.
D) 15 e 29 anos.
E) 20 e 39 anos.

Resposta:
(C) "Em relação às faixas et árias, a Organização das Nações Unidas (ONU)
define juvent ude {youth, em inglês) como a fase entre os 15 e 24 anos de
idade, porém deixa a possibilidade de que diferentes nações definam o
termo de outra maneira."
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.541.

J] 02. A queda da mort alidade infantil no Brasil, nas últ imas décadas, prin-
cipalment e do component e pós-neonat al, pode ser at ribuída a vários
fatores, EXCETO:
A) queda das taxas de fecundidade.
B) melhoria do nível de educação mat erna.
C) maior acesso da população a água t rat ada.
D) aument o da prevalência do aleitamento materno.
E) t ransferência de renda do Programa Bolsa-Família.

Resposta:
(E) A queda da mortalidade infantil no país, principalmente do com-
ponente pós-neonat al, é at ribuída a vários fatores, como queda da fe-
cundidade, melhoria do nível de educação materna, maior acesso da
população a água t rat ada, saneamento e serviços de saúde, aument o
134 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

da prevalência do aleitamento materno, imunização, antibioticoterapia


e terapia de reidrat ação oral, entre outras (Leal & Szwarcwald, 1996)
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.542.

0 03. Quanto à mortalidade neonatal no Brasil, nas últ imas décadas, obser-
vam-se:
A) t endência à est abilização ou mesmo aument o da t axa de mort ali-
dade neonatal e elevada proporção de óbit os evit áveis.
B) t endência à est abilização ou mesmo aument o da t axa de mort ali-
dade neonatal e pequena proporção de óbit os evit áveis.
C) t endência à est abilização da t axa de mortalidade neonatal e elevada
proporção de óbit os evit áveis.
D) t endência à est abilização da taxa de mortalidade neonatal e pequena
proporção de óbit os evit áveis.
E) t endência à redução da taxa de mortalidade neonatal e elevada pro-
porção de óbit os evit áveis.

Resposta:
(A) Quanto à mortalidade neonatal, em nosso meio há dois f enómenos
marcantes: t endência à est abilização ou mesmo aument o da taxa de
mortalidade neonatal e elevada proporção de óbit os evit áveis. O con-
texto desfavorável de dificuldades de acesso, iniquidade e precarieda-
de da assist ência perinatal explica esses f enómenos, com concent ração
dos óbit os nos grupos sociais de baixa renda.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.542.

04. No Brasil, evidenciando a estreita relação entre os óbit os e a assist ência


ao parto e nasciment o, a maior parte dos óbit os neonatais ocorre no
período:
A) antenatal precoce.
B) neonatal precoce.
C) neonatal tardio.
D) infantil tardio.
E) pós-neonat al.

Resposta:
(B) No Brasil, a maior parte dos óbit os neonatais ocorre no período neo-
natal precoce, evidenciando a estreita relação entre os óbit os e a as-
sist ência ao parto e nascimento, que é predominantemente hospitalar,
com poucas exceções em algumas localidades.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.542.
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 135

I 05. As principais causas da mort alidade infantil registradas no Brasil, em


2010, foram as(os):
A) doenças do aparelho respirat ório.
B) doenças infecciosas e parasit árias.
C) afecções originadas no período perinatal.
D) malformações congénit as e anomalias cromossômicas.
E) sintomas, sinais e achados anormais em exame clínico e laboratorial.

Resposta:
(C) Em 2010, as cinco principais causas de morte em menores de 1
ano foram: afecções originadas no período perinatal (23.664 mortes),
malformações congénit as e anomalias cromossômicas (7.709 mortes),
doenças infecciosas e parasit árias (1.950 mortes), doenças do aparelho
respirat ório (1.936 mortes) e sintomas, sinais e achados anormais em
exame clínico e laboratorial (1.440 mortes).
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.542-3.

06. As principais causas da mortalidade infantil tardia registradas no Brasil,


em 2010, foram as(os):
A) doenças do aparelho respirat ório.
B) doenças infecciosas e parasit árias.
C) afecções originadas no período perinatal.
D) malformações congénit as e anomalias cromossômicas.
E) sintomas, sinais e achados anormais em exame clínico e laboratorial.

Resposta:
(D) Quando consideramos as faixas et árias (de 0 a 6 dias, 7 a 27 dias e
28 a 364 dias), na faixa et ária de 28 a 364 dias (infantil tardia), a mais fre-
quente causa de óbit o foram as malformações congénit as e anomalias
cromossômicas (MS, 2010).
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.543.

I 07. As principais causas da mort alidade pré-escolar registradas no Brasil,


em 2010, foram as:
A) causas externas.
B) doenças do sistema nervoso.
C) doenças do aparelho respirat ório.
D) doenças infecciosas e parasit árias.
E) malformações congénit as e anomalias cromossômicas.
136 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

Resposta:
(A) Na faixa etária de 1 a 4 anos, as cinco principais causas de morte
foram: causas externas (1.493 mortes), doenças do aparelho respirat ório
(1.108 mortes), doenças infecciosas e parasit árias (904 mortes), malfor-
mações congénit as e anomalias cromossômicas (703 mortes) e doenças
do sistema nervoso (648 mortes).
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.543.

0 08. Nos menores de 15 anos, a faixa et ária que concentrou mais int ernações
hospitalares no SUS pela AIH (Aut orização de Int ernação Hospitalar), no
Brasil,em 2010,foi a de:
A) menores de 1 ano.
B) 1 a 4 anos.
C) 5 a 7 anos.
D) 8 e 10 anos.
E) 10 e 14 anos.

Resposta:
(B) Ainda é elevada a morbidade na criança, quando comparada a ou-
tras faixas et árias (por exemplo, a adolescência). Analisando a morbida-
de a partir das int ernações hospitalares no SUS pela AIH (Aut orização
de Int ernação Hospitalar), no ano de 2010, ocorreram 1.710.205 inter-
nações em crianças do nascimento at é os 9 anos, sendo 568.889 (33,3%)
na faixa et ária de menores de 1 ano, 709.317 (41,5%) na faixa et ária de
1 a 4 anos e 431.999 (25,2%) na faixa et ária de 5 a 9 anos; 349.682, de
10 a 14 anos. Doenças do aparelho respirat ório foram responsáveis por
608.681 int ernações (35,6%) e as doenças infecciosas e parasit árias, por
372.272 int ernações (21,8%), constituindo as duas principais causas de
int ernação nessa faixa et ária.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.545.

0 09. As principais causas de int ernações hospitalares pelo SUS, em crianças


menores de 1 ano de idade, registradas no Brasil, em 2010, foram as:
A) doenças do aparelho digestivo.
B) doenças do aparelho respirat ório.
C) doenças infecciosas e parasit árias.
D) afecções originadas no período perinatal.
E) malformações congénit as e anomalias cromossômicas.

Resposta:
(D) Considerando a faixa et ária de menores de 1 ano, as cinco principais
causas de int ernação foram: afecções originadas no período perinatal
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 137

(194.572 int ernações), doenças do aparelho respirat ório (187.189 inter-


nações), doenças do aparelho digestivo (180.683 int ernações), doenças
infecciosas e parasit árias (90.147 int ernações), malformações congéni-
tas e anomalias cromossômicas (15.768 int ernações)
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.545.

0 10. As principais causas de int ernações hospitalares pelo SUS, em crianças


pré-escolares (de 1 a 4 anos de idade), registradas no Brasil, em 2010,
foram as:
A) causas externas.
B) doenças do aparelho digestivo.
C) doenças do aparelho respirat ório.
D) doenças infecciosas e parasit árias.
E) doenças do aparelho genit urinário.

Resposta:
(C) Na faixa et ária de 1 a 4 anos, as cinco principais causas de int ernação
foram: doenças do aparelho respirat ório (298.335 int ernações), doenças
infecciosas e parasit árias (191.862 int ernações), doenças do aparelho
digestivo (44.461 int ernações), causas externas (31.690 int ernações) e
doenças do aparelho genit urinário (31.137 int ernações).
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.545.
•í X i t x j y ul. zj

0 11. Qual dentre as seguintes afirmativas sobre os determinantes da mort a-


lidade infantil e perinatal é FALSA?
A) Os determinantes proximais constituem as causas diretas dos óbit os.
B) Os determinantes proximais est ão relacionados com as variáveis bio-
lógicas referentes à mãe e ao recém-nascido.
C) Os determinantes int ermediários são incapazes de interferir nos fat o-
res de risco biológicos.
D) Os det erminant es i nt er medi ár i os, represent ados pelo cuidado
médico, são assist ência ao pré-nat al e ao parto e assist ência hospita-
lar.
E) Entre os determinantes distais, os fatores sociais e económicos são os
mais importantes.

Resposta:
(C) Para análise de fatores de risco, os determinantes da mortalidade
foram classificados em: proximais, int ermediários e distais. Os det ermi-
nantes proximais constituem as causas diretas dos óbit os; est ão relacio-
nados com as variáveis biológicas referentes à mãe e ao recém-nascido.
Os determinantes int ermediários, capazes de interferir nos fatores de
risco biológicos, são representados pelo cuidado médico: assist ência
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

ao pré-nat al e ao parto e assist ência hospitalar. Entre os determinantes


distais, os fatores sociais e económicos são os mais importantes, por sua
capacidade de influenciar os fatores biológicos e dificultar o acesso a
uma assist ência adequada à gestante durante o pré-nat al a ao nasci-
mento da criança.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.545.

12. Qual dent re as seguint es afirmat ivas sobre a mort alidade infant il é
FALSA?
A) A mortalidade neonatal est á relacionada com a qualidade de vida.
B) O componente mais associado à qualidade de vida é o pós-neonat al.
C) A redução da mortalidade neonatal é mais difícil do que a pós-neo-
natal.
A mortalidade neonatal est á relacionada com fatores biológicos e a
assist ência pré-nat al, parto e recém-nascido.
Quando a taxa de mortalidade infantil é alta, a mortalidade neonatal
é, frequent ement e, o component e mais elevado.

Resposta:
(E) A mortalidade infantil apresenta dois componentes, o neonatal e o
pós-neonat al. O mais associado à qualidade de vida é o pós-neonat al.
Quando a taxa de mortalidade infantil é alta, a mortalidade pós-neona-
tal é, frequent ement e, o component e mais elevado (MS, 2009). A mor-
talidade neonatal est á relacionada com a qualidade de vida e t ambém
com fatores biológicos e a assist ência pré-nat al, parto e recém-nascido.
Portanto, a redução da mortalidade neonatal é mais difícil do que a pós-
-neonatal.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.546.

13. "As int ervenções com maior impact o nas mortes neonat ais são mais
dependentes de pessoas com habilidades do que de tecnologia e bens,
daí PORQUE a escassez de profissionais treinados é o maior problema
para ampliação da at enção clínica adequada em países com altas taxas
de mortalidade neonatal." Com base nessa descrição, assinale a opção
correta.
A) A assertiva e a explicação são verdadeiras e se just ificam.
B) A assertiva e a explicação são verdadeiras, mas não se just ificam.
C) A assertiva é verdadeira e a explicação é falsa.
D) A assertiva é falsa e a explicação verdadeira.
E) A assertiva e a explicação são falsas.
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 139

Resposta:
(A) As int ervenções com maior impacto nas mortes neonatais são mais
dependentes de pessoas com habilidades do que de tecnologia e bens,
sendo a escassez de profissionais treinados o maior problema para am-
pliação da at enção clínica adequada em países com altas taxas de mor-
talidade neonatal, constituindo o investimento na formação dos profis-
sionais uma importante est rat égia para redução desses óbit os.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.546.

0 14. Para a redução da mortalidade e morbidade infantil, torna-se priorit ária


a implant ação de um conjunto de est rat égias, merecendo destaque:
L a implant ação de uma rede de serviços regionalizada e hierarquizada
que garanta a cont inuidade da assist ência desde a gest ação at é o
momento do parto.
II. a reest rut uração das unidades neonatais, possibilitando o uso de t ec-
nologias efetivas e de baixo custo como, por exemplo, o surfactante.
III. o investimento na educação permanente dos profissionais das uni-
dades neonatais, utilizando modelos educacionais tradicionais que
promovam a reflexão t eórica.
Está(ão) correta(s):
A) todas (I, II e III).
B) somente I e II.
C) somente I e III.
D) somente l i e III.
E) somente a I.

Resposta:
(B) Para redução da mortalidade e morbidade infantil, torna-se priorit á-
ria a implant ação de um conjunto de est rat égias, merecendo destaque:
a implant ação de uma rede de serviços regionalizada e hierarquizada
que garanta a continuidade da assist ência desde a gest ação at é o mo-
mento do parto; a reest rut uração das unidades neonatais, possibilitan-
do o uso de tecnologias efetivas e de baixo custo como, por exemplo, o
surfactante; o investimento na educação permanente dos profissionais
das unidades neonatais, utilizando modelos educacionais inovadores
que promovam a reflexão sobre a prát ica, implicando mudanças de
comport ament o e melhoria da assist ência ofertada.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.548.

0 15. A região brasileira que apresenta a maior mortalidade proporcional (%)


em adolescente é a:
A) Norte.
140

[ B) Nordeste.
C) Centro-Oeste.
D) Sul.
E) Sudeste.

Resposta:
(B) No Brasil, a taxa de mortalidade na adolescência (dos 10 aos 19 anos
de idade) é baixa, quando comparada a outras faixas et árias. Em 2010, a
taxa de mortalidade na adolescência foi de 72,2 por 100 mil habitantes
e correspondeu a 2,17% do total de mortes (MS, 2010). No entanto, essa
taxa é elevada quando comparada à taxa de mortalidade na adolescên-
cia em países de alta renda.
A mortalidade (%) geral nessa faixa et ária é crescente com a idade (me-
nor nas faixas etárias mais jovens), sendo maior no sexo masculino e nas
regiões geográficas menos desenvolvidas do país (Norte: 4,1%; Nordes-
te: 2,9%; Centro-Oeste: 2,7%; Sul: 1,8%; Sudeste: 1,6%).
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.549.

0 16. As principais causas da mort alidade em adolescent es registradas no


Brasil, em 2010, foram as(os):
A) neoplasias.
B) causas externas.
j C) doenças do sistema nervoso.
D) doenças do aparelho respirat ório.
J E) doenças do aparelho circulat ório.

Resposta:
(B) A maior relevância da t axa de mortalidade na adolescência no Brasil
est á nas causas que a det erminam. Em 2010, ocorreram 24.671 mortes
de adolescentes, sendo 5.721 (23,2%) na faixa etária de 10 a 14 anos e
18.950 (76,8%) na faixa et ária de 15 a 19 anos. As causas externas corres-
pondem a 65,8%das causas de morte em adolescentes e t ambém foram
a principal causa de morte na ampla faixa etária de 1 a 39 anos.
Ainda em 2010, as cinco principais causas de morte em adolescentes,
em ordem decrescente de frequência, foram: causas externas (16.232
mortes), neoplasias (1.615 mortes), doenças do sistema nervoso (1.123
mortes), doenças do aparelho respirat ório (898 mortes) e doenças do
aparelho circulat ório (891 mortes).
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.549.
i

0 17. Qual dent re as seguintes afirmat ivas sobre a mort alidade por causas
externas em adolescentes no Brasil, é FALSA?
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 141

A) As causas ext ernas correspondem a um t erço das causas de morte


em adolescentes.
B) O risco de morte entre os adolescentes é de três a cinco vezes maior
no grupo de 15 a 19 anos.
C) A mortalidade por causas externas no adolescente brasileiro cresce
acentuadamente com a idade.
D) Dentre todas as causas externas, os acidentes de transporte, segui-
dos dos homicídios sobressaíram at é a década de 1980.
E) Nos anos 1990, ocorreu uma inversão na composição dos óbit os por
causas externas, quando os óbit os por homicídios passaram a predo-
minar sobre os acidentes de t rânsit o.

Resposta:
(A) As causas externas correspondem a 65,8% das causas de morte em
adolescentes. A mortalidade por causas externas no adolescente brasi-
leiro cresce acentuadamente com a idade e o risco de morte é de três a
cinco vezes maior no grupo de 15 a 19 anos. Dentre todas as causas ex-
ternas (homicídios, acidentes de transporte, suicídios, eventos com in-
t enção indeterminada e demais causas externas), os acidentes de t rans-
porte, seguidos dos homicídios sobressaíram at é a década de 1980. Nos
anos 1990, ocorreu uma inversão na composição dos óbit os por causas
externas: a predominância, que antes era de mortes por acidentes de
t rânsit o, passou a ser de homicídios.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.549.

18. As principais causas de int ernações hospitalares pelo SUS, em adoles-


centes, registradas no Brasil, em 2010, foram decorrentes de:
A) causas externas.
B) gravidez, parto e puerpério.
C) doenças do sistema digest ório.
D) doenças do aparelho respirat ório.
E) doenças do aparelho genit urinário.

Resposta:
(B) Analisando a morbidade a partir das int ernações hospitalares no SUS
pela AIH, no ano de 2010, ocorreram 1.218.509 int ernações em adoles-
centes, sendo 349.682 (28,7%) na faixa et ária de 10 a 14 anos e 868.827
(71,3%) na faixa etária de 15 a 19 anos. Gravidez, parto e puerpério fo-
ram responsáveis por 557.983 int ernações (45,8%) e as causas externas,
por 128.017 int ernações (10,5%), constituindo as duas principais causas
em adolescentes. Cerca de dois t erços das int ernações ocorrem no sexo
feminino. Enquanto no sexo feminino o percentual mais elevado foi de-
vido a int ernações por gravidez, parto e puerpério (que correspondem
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

a quase 70% das causas), no sexo masculino o percentual mais elevado


foi devido a causas externas.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.549.

19. Qual dentre as seguintes afirmativas sobre a gravidez em adolescentes


no Brasil é FALSA?
A) Mais de 20% de todos os nasciment os vivos no país são filhos de
adolescentes.
B) Em 2006, mais de um t erço das jovens, com idade entre 15 e 19 anos,
estavam ou já t inham estado grávidas.
C) A principal causa de int ernações de adolescentes do sexo feminino
no SUS é a gravidez, parto e puerpério.
D) A gravidez e a maternidade na adolescência configuram sit uações de
vulnerabilidade a riscos biológicos e psicossociais.
E) As adolescent es pobres e as negras são as que apresent am maior
risco de morte em decorrência da gravidez e do parto.

Resposta:
(B) Ainda em 2006, mais de 23% das jovens com idade entre 15 e 19
anos estavam ou já t inham estado grávidas. A gravidez e a maternidade
na adolescência configuram sit uações de vulnerabilidade a riscos bio-
lógicos e psicossociais. Hoje a principal causa de int ernações de ado-
lescentes do sexo feminino no SUS é a gravidez, parto e puerpério, e
mais de 20% de todos os nascimentos vivos no país são filhos de ado-
lescentes. A adolescente grávida brasileira é, em geral, oriunda de um
contexto de desvantagem social e económica, e as adolescentes pobres
e as negras são as que apresentam maior risco de morte em decorrência
da gravidez e do parto.
Ref.: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.551.

i. Sobre as ações est rat égicas de prevenção em saúde da criança, consi-


dere as seguintes afirmativas:
I. Evidências cient íficas atuais mostram que investimentos em ações
que priorizem a saúde e o desenvolvimento saudável da criança, em
especial nos 2 anos iniciais da vida, resultam em imensos benefícios
a longo prazo, ou seja, nas idades mais avançadas.
II. Os 6 meses que antecedem o nascimento e os 2 primeiros anos de
vida são cruciais na det erminação da saúde das crianças maiores, do
futuro adolescente e do adulto.
III. Ações est rat égicas de prevenção de doenças e de agravos devem
priorizar gestantes e crianças nos 4 primeiros anos de vida.
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 143

IV. Além de resultarem em melhor saúde para as crianças maiores, ado-


lescentes e adultos, com tais ações menos recursos t erão de ser des-
pendidos no futuro para o controle de várias doenças.
Estão corretas:
A) todas (I a IV).
B) somente I, II e IV.
C) somente I, He III.
D) somente II e IV.
E) somente I e IV.
Resposta:
(B) Na maioria das vezes, entretanto, os recursos são insuficientes para
as necessidades existentes. Portanto, faz-se necessário priorizar. Evidên-
cias cient íficas atuais mostram que investimentos em ações que priori-
zem a saúde e o desenvolvimento saudável da criança, em especial nos
2 anos iniciais da vida, resultam em imensos benefícios a longo prazo,
ou seja, nas idades mais avançadas. Os 6 meses que antecedem o nas-
cimento e os 2 primeiros anos de vida são cruciais na det erminação da
saúde das crianças maiores, do futuro adolescente e do adulto. Assim,
ações est rat égicas de prevenção de doenças e de agravos devem prio-
rizar gestantes e crianças nos 2 primeiros anos de vida. Além de resulta-
rem em melhor saúde para as crianças maiores, adolescentes e adultos,
menos recursos t erão de ser despendidos no futuro para o controle de
várias doenças.
Ref: Cunha etal. In: Paim & Almeida-Filho. Saúde Coletiva. p.551.

I. A medicina de família é bastante adequada para o fornecimento de t ra-


tamento obst ét rico centralizado na família. Nesse tocante, considere as
seguintes afirmativas sobre as oportunidades de ações dos médicos de
família:

I. conhecer dinâmicas clínica e psicossocial da família antes da gesta-


ção.
II. fornecer apoio à família durante a gest ação.
III. esclarecer as dúvidas sobre trabalho de parto e parto.
IV. tratar a família que se encontra em período de t ransição, impondo os
ajustes às novas regras.
Estão corretas:
A) todas (I a IV).
B) somente I, II e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente II e III.
E) somente I e III.
i

; 144 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

Resposta:
(C) "A medicina de família é bastante adequada para o fornecimento
de tratamento obst ét rico centralizado na família. Os médicos de famí-
lia t êm a oportunidade de conhecer dinâmicas clínica e psicossocial da
família antes da gest ação, fornecer apoio à família durante a gest ação,
esclarecer as dúvidas sobre trabalho de parto e parto, tratar a família
que se encontra em período de t ransição e ajudá-la a ajustar-se às novas
regras."
Ref.: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 474.

"A realização de testes sorológicos para toxoplasmose durante a gesta-


ção costuma ser út il, DEVIDO à facilidade em estabelecer a exist ência
de uma infecção primária." Com base nessa descrição, assinale a opção
correta.
A) A assertiva e a explicação são verdadeiras e se just ificam.
B) A assertiva e a explicação são verdadeiras, mas não se just ificam.
C) A assertiva é verdadeira e a explicação é falsa.
D) A assertiva é falsa e a explicação verdadeira.
E) A assertiva e a explicação são falsas.

Resposta:
(E) Na toxoplasmose, o" pat ógeno Toxoplasma gonc/ / 7dissemina-se atra-
vés da ingest ão de oócit os encontrados na carne crua ou nas fezes de
gatos infectados. A infecção aguda costuma provocar sinais e sintomas
vagos e inespecíficos, incluindo febre, fadiga e linfadenopatia. Oito por
cento das crianças nascidas de mães que cont raíram infecção primária
são gravemente afetadas, com complicações que incluem retardo men-
tal, coriorretinite e perda auditiva sensorineural. A realização de testes
sorológicos durante a gest ação não costuma ser útil, devido a dificulda-
de em estabelecer a exist ência de uma infecção primária. Se os t ít ulos
pré-concepção forem conhecidos, uma mulher imunizada não estaria
em risco, e uma não imunizada seria aconselhada a evitar contato ínt i-
mo com gatos ou seus filhotes. Entretanto, o custo do rastreamento ge-
neralizado é significativo, não sendo, no momento, recomendado para
todas as mulheres na consulta antes da concepção."
Ref.: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 476.

0 23. A obesidade extrema em gestantes aumenta o risco das seguintes con-


dições clínicas, EXCETO:
A) hipert ensão.
B) diabete gestacional.
C) microssomia do nascituro.
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 145

D) distocia do ombro.
E) trabalho de parto prolongado disfuncional.

Resposta:
(C) A obesidade extrema em gestantes aumenta o risco de diabete ges-
tacional, hipert ensão, macrossomia, trabalho de parto prolongado dis-
funcional e distocia do ombro.
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 479.

^ 24. Qual dentre as seguintes afirmativas sobre a obesidade em gestantes é


FALSA?
A) Perda ponderal é, comument e, adequada durante a gravidez.
B) Para uma mulher obesa, recomenda-se um ganho ponderal de 6,8 kg
ou menos.
C) Caso deseje-se um ganho ponderal mínimo, deve-se recomendar
uma dieta de 1.800 calorias.
D) As mulheres devem ser encorajadas a consumir uma dieta nutritiva e
equilibrada, incluindo alimentos ricos em prot eínas e lat icínios.
E) A suplement ação com vitaminas e minerais não é indicada para as
mulheres que consomem diet as equilibradas, excet o para ferro e
ácido fólico.
Resposta:
(A) "Para uma mulher obesa, recomenda-se um ganho ponderal de 6,8
kg (15 libras) ou menos. Perda ponderal nunca é adequada durante a
gravidez. Caso deseje-se um ganho ponderal mínimo, deve-se recomen-
dar uma dieta de 1.800 calorias. As mulheres devem ser encorajadas a
consumir uma dieta nutritiva e equilibrada, incluindo cereais integrais
e pães, vegetais e frutas, alimentos ricos em prot eínas e lat icínios. Uma
dieta saudável é conseguida a partir de muitas perspectivas culturais, e
seu ponto de início deve incluir os alimentos que a paciente conhece e
gosta. A suplement ação com vitaminas e minerais não é indicada para
as mulheres que consomem dietas equilibradas, exceto para ferro e áci-
do fólico."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 479.

0 25. Qual dentre as seguintes afirmativas sobre a ultra-sonografia obst ét rica


é FALSA?
A) A ultra-sonografia continua a ser uma t écnica muito útil na gest ação
de alto risco.
B) A ultra-sonografia é necessária antes da amniocentese para localiza-
ção da placenta, do cordão umbilical e do feto.
146 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

C) As mulheres com evolução subót ima de gest ação devem ser consi-
deradas candidatas a ultra-sonografia precoce e exames repetidos.
D) As mulheres gest ant es que apresent am sangrament o vaginal não
devem ser submet idas a ult ra-sonografia, pois pode aument ar a
perda sanguínea.
E) As mulheres que desenvolvem complicações da gravidez at ual (p.
ex., pré-eclâmpsia, suspeita de redução ou aumento do crescimento
fetal, diabete) devem ser submetidas a ultra-sonografia.

Resposta:
(D) "A ultra-sonografia continua a ser uma t écnica muito útil na gest ação
de alto risco.Todas as mulheres com evolução subót ima de gest ação de-
vem ser consideradas candidatas a ultra-sonografia precoce e exames
repetidos. Além disso, as mulheres que desenvolvem complicações da
gravidez atual (p. ex., sangramento vaginal, pré-eclâmpsia, suspeita de
redução ou aumento do crescimento fetal, diabete) devem ser subme-
tidas a ultra-sonografia. A US t ambém é necessária antes da amniocen-
tese para localização da placenta, do cordão umbilical e do feto e para
direção da agulha; antes de versão ext erna e, em raras ocasiões, para
avaliação da posição fetal."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 483.

0 26. "A ultra-sonografia é recomendada, em programas de Saúde Pública,


para det erminação do sexo fetal, PORQUE é importante para identificar
os frequentes dist úrbios heredit ários ligados ao sexo." Com base nessa
const rução, assinale a opção correta.
A) A assertiva e a explicação são verdadeiras e se just ificam.
B) A assertiva e a explicação são verdadeiras, mas não se just ificam.
C) A assertiva é verdadeira e a explicação é falsa.
D) A assertiva é falsa e a explicação verdadeira.
E) A assertiva e a explicação são falsas.

Resposta'-
(E) A US não é recomendada para det erminação do sexo fetal, a menos
que seja importante devido a um dist úrbio heredit ário ligado ao sexo.
I Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 483.

0 27. Sobre os efeitos da hipert ensão crónica na gest ação, marque a correta.
A) A gravidez pode piorar a hipert ensão crónica, e a hipert ensão crónica
afeta indiretamente o feto.
B) Em geral, a gravidez é um estado fisiológico caracterizado pela cons-
t rição vascular.
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 147

C) Algumas mulheres com hipert ensão relat ivament e branda not am


um efeito benéfico no final da gravidez.
D) Devem ser obtidas medidas frequentes da pressão sanguínea, sem-
pre com a paciente em decúbit o lateral direito.
E) Qualquer aumento da pressão arterial é um sinal de mau prognós-
tico para a mãe e para o feto.

Resposta:
(E) " Hipert ensão crónica est á associada a muitas gest ações. A gravidez
pode piorar a doença, e a doença afeta diretamente o feto. Em geral, a
gravidez é um estado fisiológico caracterizado pelo relaxamento vascu-
lar. Portanto, algumas mulheres com hipert ensão relativamente branda
notam um efeito benéfico durante o início e meio da gravidez. Entre-
tanto, à medida que a gest ação cont inua, a pressão sanguínea retorna
tipicamente aos níveis pré-gest ação, e ocorre hipert ensão induzida pela
gest ação (HIG) e toxemia estabelecida nas mulheres com hipert ensão
crónica com uma velocidade maior do que nas mulheres que não são
hipertensas. Devem ser obtidas medidas frequentes da pressão sanguí-
nea - sempre com a paciente em decúbit o lateral esquerdo. Qualquer
aumento da PA é um sinal de mau prognóst ico para a mãe e para o feto."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 485.

jjj 28. Qual dentre as seguintes afirmativas sobre dist úrbios intestinais na gra-
videz é FALSA?
A) Uma discret a aver são à comida é comum durant e as primei-
ras semanas de gravidez, mas rarament e est e é um problema
importante.
B) Em um pequeno percentual de gestantes, ocorre uma forma grave
de doença gastrointestinal relacionada com a gest ação, denominada
hiperêmese gravídica.
C) A hiperêmese gravídica caracteriza-se por perda ponderal, alcalose
met abólica e desequilíbrio elet rolít ico.
D) A hiperêmese gravídica requer hospit alização imediata e tratamento
com líquidos intravenosos para segurança da paciente e do feto.
E) De acordo com a literatura médica, não foram encont radas bases
orgânicas para a hiperêmese gravídica.

Resposta:
(C) "Embora uma discreta aversão à comida seja comum durante as pri-
meiras semanas de gravidez, raramente este é um problema importante.
Entretanto, em um pequeno percentual de gestantes, ocorre uma forma
grave de doença gastrointestinal relacionada com a gest ação, denomi-
nada hiperêmese gravídica. Caracteriza-se por perda ponderal, acidose
e desequilíbrio elet rolít ico. Énecessário hospit alização imediata e trata-
148 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

mento com líquidos intravenosos para segurança da paciente e do feto.


A paciente deve receber apoio do médico e da equipe de enfermagem,
devendo retornar gradualmente a uma dieta normal. A maioria das pa-
cientes pode ser tratada e, em alguns dias, receber alta sem quaisquer
recorrências. Não foram encontradas bases orgânicas para esta doença.
O suporte é provavelmente a principal caract eríst ica do tratamento. Os
ant iemét icos costumam ser utilizados, apesar de não existirem evidên-
cias de que contribuam para o tratamento."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 485.

0 29. Os microrganismos pat ológicos mais comuns da infecção na gravidez


são, em geral, os bastonetes Gram-negativos aeróbicos
A) Fscherichia coli, Klebsielia e espécies de Proteus.
B) Escherichia coli, Streptococcus faecalis e espécies de Proteus.
C) Escherichia coli, Klebsielia e estreptococos do grupo B.
D) Streptococcus faecalis, Klebsielia e Pseudomonas.
E) estreptococos do grupo B e Pseudomonas.

Resposta:
(A) "Dois a oito por cento das mulheres, grávidas ou não, t erão bact eriú-
ria assint omát ica. Um a dois por cento das gestantes desenvolverá pie-
lonefrite, um percentual mais elevado que entre as mulheres que não
est ão grávidas, porque as mudanças na gest ação provocam estase e
dilat ação do trato urinário superior. Os microrganismos pat ológicos co-
muns são, em geral, bastonetes Gram-negativos aeróbicos {Escherichia
coli, Klebsielia e espécies de Proteus), bem como cocos Gram-positivos
como Streptococcus faecalis. Os estreptococos do grupo B e Pseudomo-
nas são causas menos frequentes de infecção na gravidez."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 486.

0 30. Sobre o diabete gestacional, considere as seguintes afirmativas:


I. Recomenda-se que todas as gestantes sejam submetidas a rastrea-
mento para diabete gestacional.
II. Tipicament e, este teste é realizado administ rando-se uma dose de
ataque de 50g de glicose a uma mulher, que não esteja em jejum,
entre a vigésima sexta e vigésima oitava semana de gest ação.
III. Se a glicemia for superior a 125mg/ dL uma hora após a ingesta da
dose de ataque da glicose, a paciente deve ser submetida ao teste de
t olerância à glicose em 3 horas.
IV. Se os resultados forem anormais, a paciente deve ser imediatamente
aconselhada e colocada sob a rigorosa dieta oficialmente recomen-
dada.
Estão corretas:
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 149

A) todas (I a IV).
B) somente I, II e IV.
C) somente I, II e III.
™ L II III

D) somente II e III.
E) somente I e III.
Resposta:
(B) "Hoje em dia, recomenda-se que todas as gestantes sejam subme-
tidas a rastreamento para diabete gestacional. Tipicamente, este teste
é realizado administrando-se uma dose de ataque de 50g de glicose a
uma mulher, que não esteja em jejum, entre a vigésima sexta e vigésima
oitava semana de gest ação. Se a glicemia for superior a 135mg/ dL uma
hora após a ingesta da dose de ataque da glicose, a paciente deve ser
submetida ao teste de t olerância à glicose em 3 horas. Se os resulta-
dos forem anormais, a paciente deve ser imediatamente aconselhada
e colocada sob a rigorosa dieta recomendada pela American Diabetes
Association. A paciente deve ser monitorada de forma rigorosa e, se o
controle da glicose não for obtido em 2 semanas, deve ser colocada em
uso de insulina. As mulheres que apresentaram diabete gestacional pré-
via ou que t êm forte hist ória familiar devem ser testadas mais cedo."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 488.

0 31. Na mulher recent ement e diagnost icada com diabet e gest acional é
importante acompanhar o crescimento fetal de forma cuidadosa após a:
A) vigésima semana de gest ação.
B) vigésima quarta semana de gest ação.
C) vigésima oitava semana de gest ação.
D) t rigésima segunda semana de gest ação.
E) t rigésima sexta semana de gest ação.

Resposta:
(C) "Macrossomia fetal é a complicação mais comum do diabete gest a-
cional. Como o aument o do peso fetal é maior após a vigésima oitava
semana, não é importante solicitar ultra-sonografia para det erminação
do t amanho fetal antes desta data. Entretanto, na mulher recent emen-
te diagnosticada com diabete gestacional é importante acompanhar o
crescimento fetal de forma cuidadosa após a vigésima oitava semana."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 488.

Qual dentre as seguintes afirmativas sobre a hepatite em gestantes é


FALSA?
A) Todos os tipos são encontrados na gravidez, mas a hepatite do tipo B
é a mais problemát ica.
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

B) O feto e a mãe costumam sobreviver sem sequelas se o suporte nutri-


cional for adequado.
C) O suporte nutricional é o elemento mais importante no tratamento
de todos os tipos de hepatite na gravidez.
D) A hepatite B fulminante aguda não pode ser facilmente diferenciada
da necrose gordurosa do f ígado que ocorre rarament e no final da
gest ação.
E) A hepatite C (não-A, não-B) t ambém ocorre na gravidez, exist indo
evidências de que essa doença é mais grave nas gestantes do que
nas não-gest ant es.

Resposta:
(E) "A hepatite é uma doença comum nos EUA. Todos os tipos são en-
contrados na gravidez, mas a hepatite do tipo B é a mais problemát ica.
O suporte nutricional é o elemento mais importante no tratamento de
todos os tipos de hepatite na gravidez. O feto e a mãe costumam sobre-
viver sem sequelas se o suporte nutricional for adequado. A hepatite
B fulminante aguda é a única exceção à regra. Esta doença não pode
ser facilmente diferenciada da necrose gordurosa do f ígado que ocorre
raramente no final da gest ação. A hepatite C (não-A, não-B) t ambém
ocorre na gravidez. Não existem evidências de que a doença seja mais
grave nas gestantes do que nas não-gest ant es."
Ref.: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 489.

33. Sobre a rotura prematura da bolsa das águas, marque a correta.


A) A rotura premat ura da bolsa das águas é definida como rotura 6
horas ou mais antes do início do trabalho de parto.
B) A rotura prematura da bolsa das águas ocorre em 15 a 20% de todas
as gest ações.
C) O médico de família precisa ter um esquema racional e claro para
lidar com este evento incomum.
D) As pacientes devem ser encaminhadas para o hospital para avaliação
e document ação da rotura da bolsa das águas.
E) Já foram realizados grandes estudos avaliando o tratamento ambula-
torial dessa condição, com resultados promissores.

Resposta:
(D) "A rotura prematura da bolsa das águas, definida como rotura 2 ho-
ras ou mais antes do início do trabalho de parto, ocorre em 5 a 10%
de todas as gest ações. Mais de 60% dos casos ocorrem nas pacientes a
termo. O médico de família precisa ter um esquema racional e claro para
lidar com este evento comum. Todas as pacientes devem ser encami-
nhadas para o hospital para avaliação e document ação da rotura da bol-
sa das águas. Embora muitas pacientes só entrem em contato com seus
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 151 '

médicos várias horas após a rotura, o tratamento exige que o médico


registre a rotura da bolsa e avalie a dilat ação cervical. A hist ória é precisa
em 90% dos casos. Entretanto, algumas pacientes pensam que ocorreu
rotura da bolsa quando, na realidade, esta não existiu, confundindo as
secreções vaginais ou a urina com rotura da bolsa. Não foram realizados
grandes estudos avaliando o tratamento ambulatorial desta condição."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 490.

PB 34. A toxemia gravídica é caracterizada por hipert ensão materna acompa-


nhada de:
A) prot einúria, lento ganho ponderal e edema.
B) prot einúria, rápido ganho ponderal e edema.
C) convulsão, rápido ganho ponderal e edema.
D) prot einúria, lento ganho ponderal e convulsão.
E) prot einúria, rápido ganho ponderal e convulsão.

Resposta:
(B) Apesar de ser estudada há séculos, a toxemia gravídica ainda não é
totalmente compreendida. Essa doença, caracterizada por hipert ensão
materna, prot einúria, rápido ganho ponderal e edema, pode permane-
cer branda, ou pode evoluir complet ament e para atividade convulsiva
materna, perda fetal e morte materna.
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 491.

0 35. Sobre a toxemia gravídica, considere as seguintes afirmativas:


I. A toxemia pode ocorrer em qualquer momento na gravidez.
II. A toxemia é comum após a 28 a semana de gest ação.
III. A t oxemia que ocorre antes da 28 a semana de gest ação pode ser
decorrente de gest ação múlt ipla.
IV. A toxemia que ocorre antes da 28 a semana de gest ação é, mais ami-
úde, decorrente de doença t rofoblást ica gestacional.
Est ão corretas
A) todas (I a IV).
B) somente I, II e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente II e III.
E) somente I e III.

Resposta:
(A) "A toxemia gravídica pode ocorrer em qualquer momento na gra-
videz, embora seja mais comum após a 28 a semana de gest ação. A t o-
152 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

xemia que ocorre antes deste período é, mais amiúde, decorrente de


doença t rofoblást ica gestacional ou de gest ação múlt ipla."
Ref.: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 491.

0 36. "A t oxemia gr avídica precoce t em um pr ognóst ico part icularment e


sombrio PORQUE a gestante não cost uma apresentar sinais ou sint o-
mas nas fases iniciais da doença." Com base nessa const rução, assinale a
opção correta.
A) A assertiva e a explicação são verdadeiras e se just ificam.
B) A assertiva e a explicação são verdadeiras, mas não se just ificam.
C) A assertiva é verdadeira e a explicação é falsa.
D) A assertiva é falsa e a explicação verdadeira.
E) A assertiva e a explicação são falsas.

Resposta:
(E) A toxemia gravídica precoce tem um prognóst ico particularmente
sombrio porque a gestante não costuma apresentar sinais ou sintomas
nas fases iniciais da doença.
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 491.

0 37. Além do parto de feto, o tratamento da toxemia gravídica consiste em:


A) repouso ao leito, de preferência em decúbit o lateral vent ral.
B) repouso ao leito, de preferência em decúbit o lateral direito.
C) repouso ao leito, de preferência em decúbit o lateral esquerdo.
D) monitoramento dos níveis pressóricos, e uso de anti-hipertensivos.
E) atividade física limitada, com a de sal e/ ou água, e o uso de diurét i-
cos.

Resposta:
(C) "A atividade física das pacientes com suspeita de toxemia deve ser
limitada. Comprovou-se que as mulheres nos est ágios iniciais da doen-
ça que são colocadas em repouso ao leito e que não recebem nenhu-
ma outra int ervenção clínica em geral não apresentam exacerbação da
doença e, algumas vezes, t êm remissão. No momento, o repouso ao lei-
to, de preferência em decúbit o lateral esquerdo, é o único tratamento
para a doença, além do parto de feto. No passado, recomendava-se a
restrição de sal e/ ou água, assim como o uso de diurét icos. Atualmente,
sabe-se que a toxemia provoca hipovolemia intravascular, e que a res-
t rição de água e de sal, assim como o uso de diurét icos, servem apenas
para exacerbar a doença."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 491.
CAP. 5 • SAÚDE MATERNO-I NFANTI L 153

0 38. Em alguns casos, a toxemia da gravidez progride rapidamente e ocorre


a síndrome HELLP, que é caracterizada por
A) sinais de hemólise, enzimas hepát icas elevadas e elevado nível de
plaquetas.
B) sinais de hemólise, enzimas hepát icas elevadas e baixo nível de pla-
quetas.
C) sinais de hemólise, enzimas hepát icas baixas e baixo nível de plaque-
tas.
D) prot einúria, enzimas hepát icas elevadas e convulsão.

E) prot einúria, baixo nível de plaquetas e convulsão.

Resposta:
(B) "Em alguns casos, a toxemia da gravidez progride rapidamente e
ocorre a síndrome HELLP. Este acrónimo foi desenvolvido após a obser-
vação de sinais de hemólise, enzimas hepát icas elevadas e baixo nível
de plaquetas. As pacientes com síndrome HELLP t êm anemia, enzimas
hepát icas acent uadament e anormais e rápida queda no nível de pla-
quetas."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 492.

0 39. Qual dentre as seguintes afirmativas sobre a placenta prévia é FALSA?


A) O sangrament o no t erceiro t rimest re é uma compl i cação rara da
gravidez, podendo ser resultante de placenta prévia ou de descola-
mento da placenta.
B) A placenta prévia é uma condição potencialmente fatal parar a mãe
e para o feto.
C) A monit orização elet rônica da mãe e do feto deve ser iniciada na
hospit alização.
D) Se a placenta não estiver baixa, realiza-se o exame vaginal.
E) A placenta prévia total exige a realização de cesariana.

Resposta:
(A) O sangramento no terceiro trimestre "é uma complicação comum
da gravidez e é, amiúde, resultante de placenta prévia ou de descola-
mento da placenta. A placenta prévia é uma condição potencialmente
fatal parar a mãe e para o feto. A monit orização elet rônica da mãe e
do feto deve ser iniciada na hospit alização. Quando a ultra-sonografia
foi realizada durante o tratamento pré-nat al, o diagnóst ico de placenta
prévia pode ser excluído se a mulher apresentava sangramento vaginal
quando entrou na sala de parto. Se a placenta não estiver baixa, realiza-
-se o exame vaginal. Entretanto, se a ultra-sonografia não foi realizada, o
exame vaginal deve ser adiado porque um dedo pode ser colocado de
forma inadvertida na placenta e provocar hemorragia grave, com possí-
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

vel morte fetal e materna. A placenta prévia total exige a realização de


cesariana."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 493.

40. Qual dentre as seguintes afirmativas sobre o deslocamento da placenta


é FALSA?
A) O deslocament o da placent a t ambém é uma condição pot encial-
mente fatal para a mãe e para o feto.
B) Dependendo da porção da placenta que se descolou da parede ut e-
rina, o feto pode ser pouco afetado ou pode morrer.
C) A monit orização elet rônica da mãe e do feto deve ser iniciada na
hospit alização.
D) Algumas vezes, a área da separação da placenta pode ser ident ifi-
cada fazendo-se uma ultra-sonografia na sala de parto.
E) Ocasionalmente, a placenta prévia total exige a realização de cesa-
riana.

Resposta:
(E) "O deslocamento da placenta t ambém é uma condição pot encial-
mente fatal para a mãe e para o feto. Dependendo da porção da placen-
ta que se descolou da parede uterina, o feto pode ser pouco afetado ou
pode morrer. Algumas vezes, a área da separação da placenta pode ser
identificada fazendo-se uma ultra-sonografia na sala de parto. Em ge-
ral, o principal sintoma é a dor e os sinais consistem em tetania uterina
e sangramento vaginal. Grandes hematomas ret roplacent ários podem
ocorrer com sequest ração de sangue, depleção dos fatores de coagula-
ção e rápida inst alação de CID. Deve-se considerar a realização imediata
do parto, tendo à mão hemoderivados."
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 493.
CAPÍTULO 6

N U T RI ÇÃ O EM
SAÚDE BÁSICA

Considerando as int errelações conceituais entre saúde e nut rição é cor-


reto afirmar que:
A) o estado de saúde inclui necessariamente o estado de nut rição.
B) o estado de saúde pode event ualment e incluir o estado de nut rição.
C) o estado de nut rição inclui necessariamente o estado de saúde.
D) o estado de nut rição pode event ualment e incluir o estado de saúde.
E) em termos conceituais não há int errelação entre saúde e nut rição.

Resposta:
(A) Embora considerados como conceitos separados ou como termos
disjuntivos, por conta do uso vulgar ou mesmo erudito, convém assina-
lar que o estado de saúde inclui, necessariamente, o estado de nut rição,
já que seria inadmissível a primeira condição sem a segunda. A saúde
seria a expressão genérica, enquanto a nut rição representaria um as-
pecto específico, particular, do conceito de saúde. A separação dos dois
termos é, portanto, artificiosa, justificando-se apenas pela circunst ância
de se ressaltar o subconjunt o nut rição do conjunto maior, saúde."
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.389.

0 02. Considerando a int errelação da aliment ação com o estado nutricional


do indivíduo, é correto afirmar que:
A) uma aliment ação completa em energia e nutrientes assegura aut o-
maticamente que se alcance ou se mantenha um estado nutricional
adequado.
B) somada à part icipação de outros fat ores, a aliment ação cont ribui
para que se alcance ou se mantenha um estado nutricional sat isfat ó-
rio, bastando apenas que forneça quantidade adequada de energia.
C) somada à part icipação de out ros fat ores, a aliment ação cont ribui
para que se alcance ou se mantenha um estado nutricional sat isfat ó-
156 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

rio, bastando apenas que forneça quantidade adequada de nut rien-


tes em geral.
D) somada à part icipação de outros fat ores, a aliment ação cont ribui
para que se alcance ou se mantenha um estado nutricional sat isfat ó-
rio, devendo fornecer quantidade adequada de energia e nutrientes
em geral.
E) a aliment ação não interfere no estado nutricional, pois outros fatores
ambientais t ornam irrisória tal part icipação.

Resposta:
(D) "Se bem que a aliment ação não seja, em si, condição suficiente para
definir o estado nutricional, torna-se, no entanto, o requisito necessá-
rio. Em outras palavras: se uma boa aliment ação não assegura, de for-
ma aut omát ica, uma boa nut rição, por conta de fatores intervenientes
de diversas ordens, por outro lado não se pode alcançar ou manter um
estado nutricional sat isfat ório sem uma aliment ação suficiente, ade-
quada, completa e harmónica em seus vários constituintes - energia e
nutrientes. Esta condição estabelece a conveniência de se conhecerem
princípios e funções gerais e específicas que os alimentos e seus compo-
nentes químicos cumprem no organismo humano."
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.390.

3 03. Raros aliment os podem ser considerados complet os, pelo menos em
alguma fase da vida. Um deles é o:
A) leite de vaca integral.
B) leite de vaca desnatado.
C) ovo de galinha.
D) leite materno.
E) leite de soja.

Resposta:
(D) "Por outra parte, são raros os alimentos completos, u seja, que at en-
dem, simult aneament e, a todas as demandas fisiológicas da nut rição.
O leite materno, nos primeiros meses de vida, singulariza um exemplo
excepcional, nesse sentido. Estas caract eríst icas impõem a necessidade
de uma aliment ação variada, de modo que a diversificação possa resul-
tar na oferta combinada de toda a variedade de nutrientes necessários
ao organismo."
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.390.

3 04. São conceituados como alimentos fontes de calorias vazias:


A) aqueles que possuem apenas carboidratos e prot eínas em sua com-
posição.
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDE BÁSICA 157

B) aqueles que possuem apenas carboidratos em sua composição.


C) aqueles que possuem apenas prot eínas em sua composição.
D) quaisquer alimentos que não possuam vit aminas e minerais.
E) todos os alimentos ricos em fibras.

Resposta:
(B) "Em f unção do papel que desempenham, os nutrientes se dist ri-
buem em três categorias básicas: plást icos, energét icos e reguladores.
Esta divisão não significa que um único nutriente não possa cumprir,
simult ânea ou sequencialment e, mais de uma ou mesmo as três fun-
ções clássicas. Sob um aspecto mais pragmát ico do que conceit uai, a
classificação indica, apenas, a caract eríst ica funcional dominant e. Esta
observação se aplica, com mais razão ainda, aos alimentos. São raros os
produtos que apenas representam um component e nutricional, como
os açúcares industrializados, conhecidos como fontes de "calorias va-
zias", por não apresent arem, além dos carboidratos, outras subst âncias
nutricionais. Por outra parte, são raros os alimentos completos, ou seja,
que at endem, simult aneament e, a todas as demandas fisiológicas da
nutrição."
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.390.

0 05. Um nutriente que, dentre outras funções, atua como precursor de nia-
cina é:
A) lipídio
B) fibra solúvel.
C) prot eína.
D) zinco.
E) licopeno.

Resposta:
(C)"As prot eínas, cadeias complexas formadas pela combinação de ami-
noácidos, exercem, basicamente, funções plást icas, como constituintes
principais do protoplasma e núcleo das células. No entanto, são utili-
zadas t ambém como fontes energét icas (4,1 calorias por grama, como
os hidratos de carbono) ou como reguladoras de f unções orgânicas, na
formação de hormônios, ou, ainda, como precursores de vit aminas -
caso da niacina, ou vit amina PP, que pode ser produzida a partir de um
aminoácido, o t ript ófano."
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.390.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e


da Mulher, realizada em 2006, a região brasileira que apresenta a maior
158 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

prevalência de baixa estatura para as idades, em crianças menores de 5


anos, é a:
A) Norte.
B) Nordeste.
C) Centro-Oeste.
D) Sul.
E) Sudeste.

Resposta:
(A) Os resultados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Crian-
ça e da Mulher, realizada em 2006, referentes à avaliação ant ropomé-
trica da criança brasileira, apontam que a prevalência de baixa estatura
para as idades de crianças menores de 5 anos na população brasileira
foi de 7% em 2006. A dist ribuição espacial dessa prevalência indica fre-
quência máxima do problema na Região Norte (15%) e pouca variação
entre as demais regiões (6% nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Su-
deste e 8% na Região Sul).
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.108.

0 07. De acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e


da Mulher, realizada no Brasil em 2006, os déficit s de peso em relação à
altura, identificados em crianças menores de 5 anos:
A) foram altos na região Nordeste.
B) foram elevados na região Norte.
C) variaram de 3% a 6%, nas regiões brasileiras.
D) oscilaram de 4% a 7%, nos estratos populacionais.
E) indicaram um equilíbrio adequado entre o acúmulo de massa corpo-
ral e o crescimento linear das crianças.

Resposta:
(E) Déficit s de peso em relação à altura, indicativos de casos agudos de
desnut rição quando sua frequência ultrapassa 2% a 3%, foram encon-
trados em apenas 1,5% das crianças brasileiras menores de 5 anos, não
ultrapassando 2% em qualquer região ou estrato social da população.
Tal sit uação indica um equilíbrio adequado entre o acúmulo de massa
corporal e o crescimento linear das crianças, apont ando para o virt ual
controle de formas agudas de deficiência energét ica em todo o País.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.108.

0 08. Segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da


Mulher, realizada em 2006, as regiões brasileiras que apresent am a
menor e a maior prevalência de excesso de peso em relação à altura, em
crianças menores de 5 anos, são, respectivamente, a
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDE BÁSICA 159

A) Sul e a Norte.
B) Sul e a Nordeste.
C) Sudeste e a Norte.
D) Sudeste e a Nordeste.
E) Centro-Oeste e a Norte.

Resposta:
(A) Sit uações de excesso de peso em relação à altura foram encontradas
em 7% das crianças brasileiras menores de 5 anos, variando de 6% na
Região Norte a 9% na Região Sul, indicando exposição moderada à obe-
sidade infantil em todas as regiões do País.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.108.

0 09. As avaliações da prevalência dos déficit s de crescimento, em compara-


ções preliminares das PNDS (Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde),
de 1996 e 2006, indicam redução de cerca de 50% na prevalência de
baixa estatura na infância no Brasil. A região brasileira que experimen-
t ou a maior ret ração relat iva dessa prevalência de baixa est at ura na
infância foi a:
A) Norte.
B) Nordeste.
C) Centro-Oeste.
D) Sul.
E) Sudeste.

Resposta'-
(B) Avaliações da prevalência dos déficit s de crescimento, em compara-
ções preliminares das PNDS de 1996 e 2006, indicam redução de cerca
de 50% na prevalência de baixa estatura na infância no Brasil: de 13%
para 7%. Na Região Nordeste, a redução foi excepcionalment e elevada,
chegando a 67% (de 22,1% para 5,9%). Na Região Centro-Oeste, a redu-
ção foi de aproximadament e 50% (de 1 1 % para 6%). Nas áreas urbanas
da Região Norte, as únicas estudadas nessa região em 1996, a redução
do referido indicador foi mais modesta, em torno de 30% (de 2 1 % para
14%). Nas Regiões Sul e Sudeste, os dados indicam estabilidade est at ís-
tica das prevalências.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.108-9.

0 10. Sobre as ações de vigilância nutricional e o monitoramento do cresci-


mento, considere as seguintes afirmativas:
I. A vigilância nut ricional e o monit orament o do cresciment o objet i-
vam promover e proteger a saúde da criança.
160 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

II. A vigilância nutricional e o monit orament o do cresciment o podem


evit ar que desvios do cresciment o possam compromet er a saúde
atual e a qualidade de vida fut ura.
III. Estudos sobre a epidemiologia do estado nutricional t êm dado mais
at enção ao peso e ao índice de massa corpórea do que à altura.
IV. A alt ura t ambém t em sido associada a vários desfechos, mas não
entre as causas de mortalidade.
Est ão corretas:
A) todas (I a IV).
B) somente I, II e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente II e III.
E) soment e I e III.

Resposta:
(C) A vigilância nutricional e o monitoramento do crescimento objet i-
vam promover e proteger a saúde da criança e, quando necessário, por
meio de diagnóst ico e t rat ament o precoce para sub ou sobrealiment a-
ção, evitar que desvios do crescimento possam comprometer sua saúde
atual e sua qualidade de vida futura.
Estudos sobre a epidemiologia do estado nutricional t êm dado mais
at enção ao peso e ao índice de massa corpórea do que à altura, porém a
altura t ambém t em sido associada a vários desfechos e causas de mor-
talidade.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.109.

0 11. Qual é at ualment e a caract eríst ica ant ropomét rica mais representativa
do quadro epidemiológico da desnut rição no Brasil?
A) Sobrepeso.
B) Déficit estatural.
C) Déficit ponderal.
D) Obesidade mórbida.
E) Baixo peso ao nascer.

Resposta:
(B) "O déficit estatural representa at ualment e a caract eríst ica ant ropo-
mét rica mais representativa do quadro epidemiológico da desnut rição
no Brasil (ROMANI; LIRA, 2004)."
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.109.
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDE BÁSICA 161

Jj 12. A Caderneta de Saúde da Criança, adotada pelo Minist ério da Saúde no


Brasil, utiliza como parâmet ros para avaliação do crescimento de crian-
ças (menores de 10 anos) os seguintes gráficos, EXCETO:
A) perímet ro cefálico (de zero a 2 anos).
B) peso para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos).
C) perímet ro braquial para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de
5 a 10 anos).
D) comprimento/ estatura para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e
de 5 a 10 anos).
E) índice de massa corporal (IMC) para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a
5 anos e de 5 a 10 anos).

Resposta:
(C) A Caderneta de Saúde da Criança utiliza como parâmet ros para ava-
liação do crescimento de crianças (menores de 10 anos) os seguintes
gráficos: perímet ro cefálico (de zero a 2 anos), peso para a idade (de
zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos), comprimento/ estatura
para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos), índice de
massa corporal (IMC) para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de
5 a 10 anos).
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.109.

0 13. Para crianças menores de 2 anos, que apresent em magreza ou peso


baixo para a idade, o Minist ério da Saúde do Brasil adota as seguintes
recomendações, EXCETO:
A) Investigar possíveis causas, com at enção especial para o desmame.
B) Tratar as int ercorrências clínicas, se houver.
C) Orientar a mãe sobre a aliment ação complement ar adequada para a
idade.
D) Se a criança não ganhar peso, solicit ar seu acompanhament o no
NASF, se disponível.
E) Orientar o retorno da criança no intervalo máximo de 15 dias.

Resposta:
(B) A seguir, serão apresentadas algumas considerações sobre o manejo
de sit uações de desvio no crescimento da criança com at é 5 anos de
idade (BRASIL, 2001) O Minist ério da Saúde do Brasil adota as seguin-
tes recomendações para crianças menores de 2 anos, que apresent em
magreza ou peso baixo para a idade: Investigue possíveis causas, com
at enção especial para o desmame; Oriente a mãe sobre a aliment ação
complement ar adequada para a idade; Se a criança não ganhar peso,
solicite seu acompanhament o no Nasf, se tal possibilidade estiver dis-
ponível; e Oriente o retorno da criança no intervalo máximo de 15 dias.
162 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

Tratar as int ercorrências clínicas, se houver, não figura entre as recomen-


dações do Minist ério da Saúde do Brasil, às crianças menores de 2 anos
de idade.
Ref.:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.111.

0 14. Para crianças maiores de 2 anos, que apresent em magreza ou peso


baixo para a idade, o Minist ério da Saúde do Brasil adota as seguintes
recomendações, EXCETO:
A) Investigar possíveis causas, com at enção especial para a aliment a-
ção, para as int ercorrências infecciosas, os cuidados com a criança, o
afeto e a higiene.
B) Tratar as int ercorrências clínicas, se houver.
C) Orientar a mãe sobre a aliment ação complement ar adequada para a
idade.
D) Solicitar o acompanhament o da criança no NASF, se tal possibilidade
estiver disponível.
E) Orientar a família para que a criança realize nova consulta com inter-
valo máximo de 15 dias.

Resposta:
(C) A seguir, serão apresentadas algumas considerações sobre o manejo
de sit uações de desvio no crescimento da criança com at é 5 anos de
idade (BRASIL, 2001) O Minist ério da Saúde do Brasil adota as seguin-
tes recomendações para crianças maiores de 2 anos, que apresent em
magreza ou peso baixo para a idade: Investigue possíveis causas, com
at enção especial para a aliment ação, para as int ercorrências infecciosas,
os cuidados com a criança, o afeto e a higiene; Trate as int ercorrências
clínicas, se houver; Solicite o acompanhament o da criança no Nasf, se
tal possibilidade estiver disponível; Encaminhe a criança para o serviço
social, se isso for necessário; Oriente a família para que a criança realize
nova consulta com intervalo máximo de 15 dias. Orientar a mãe sobre
a aliment ação complement ar adequada para a idade não é recomen-
dado, pelo Minist ério da Saúde do Brasil, às crianças maiores de 2 anos
de idade.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.111.

] 15. " Bebés pré-t ermo (nascidos com menos de 37 semanas de gest ação)
com peso adequado para a idade gest acional t êm bom pr ognóst ico
(excet uando-se os de menos de 1.000g), especialment e aqueles que
vivem em condições ambientais favoráveis, PORQUE tais crianças apre-
sentam crescimento pós-nat al compensat ório, chegando ao peso nor-
mal para a idade ainda durante o primeiro ano de vida."Com base nessa
descrição, assinale a opção correta.
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDE BÁSICA 163

A) A assertiva e a explicação são verdadeiras e se just ificam.


B) A assertiva e a explicação são verdadeiras, mas não se just ificam.
C) A assertiva é verdadeira e a explicação é falsa.
D) A assertiva é falsa e a explicação verdadeira.
E) A assertiva e a explicação são falsas.

Resposta:
(A) "Embora toda criança com peso de nascimento inferior a 2.500g
seja considerada de risco, bebés pré-t ermo (nascidos com menos de
37 semanas de gest ação) com peso adequado para a idade gestacional
t êm melhor prognóst ico (excetuando-se os de menos de 1.000g), espe-
cialmente aqueles que vivem em condições ambientais favoráveis. Tais
crianças apresentam crescimento pós-nat al compensat ório, chegando
ao peso normal para a idade ainda durante o primeiro ano de vida."
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.113.

J 16. As crianças com baixa estatura para a idade t endem a ter:


I menor rendimento escolar no futuro.
II. redução da produtividade económica.
III. menor alt ura.
IV. no caso das mulheres, descendentes com menor peso ao nascer.
Est ão corretas:
A) todas (I a IV).
B) somente I, II e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente II e III.
E) somente I e III.

Resposta:
(A) "As crianças com baixa estatura para a idade t endem a ter menor
rendimento escolar no futuro, redução da produtividade económica,
menor altura e, no caso das mulheres, descendentes com menor peso
ao nascer."
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.113.

0 17. Qual dentre as seguintes afirmativas sobre o aconselhamento em ama-


ment ação, é FALSA?
A) Os profissionais de saúde devem disponibilizar o t empo que for
necessário para dar apoio à mãe e ao seu bebé durante o início e a
manut enção da amament ação.
B) O aconselhament o comport ament al e a educação para a prát ica de
aleitamento materno são procedimentos recomendados.
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

C) O aconselhament o e a educação para o aleitamento materno devem


ser iniciados na primeira consulta do terceiro trimestre do pré-nat al.
D) O apoio à amament ação deve ser disponibilizado independent e-
ment e do local de prest ação de cuidados.
E) As mães devem receber informações de como buscar suporte à prá-
tica de amamentar.

Resposta:
(C) Os profissionais de saúde devem disponibilizar o t empo que for ne-
cessário para dar apoio à mãe e ao seu bebé durante o início e a ma-
nut enção da amament ação. O aconselhament o comport ament al e a
educação para a prát ica de aleit ament o materno são procedimentos
recomendados. Eles podem ser iniciados desde a primeira consulta de
pré-nat al. O apoio à amament ação deve ser disponibilizado indepen-
dent ement e do local de prest ação de cuidados. Além disso, as mães
devem receber informações de como buscar suporte à prát ica de ama-
mentar.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.135.

18. Sobre as ações de aconselhament o em amament ação, considere as


seguintes afirmativas:
I. A f requência e a dur ação ilimit ada (livre demanda) das mamadas
devem ser incentivadas.
II. A mãe deve ser orient ada sobre os sinais que indicam que o bebé
est á pronto para mamar, não sendo necessário esperar o choro do
bebé.
III. Os profissionais devem conversar sobre a experiência de amament ar
e identificar as dificuldades da amament ação.
IV. A depressão materna pós-part o é fator de risco para desmame pre-
coce, o que reforça a import ância de que o profissional de saúde
esteja atento para os sinais de depressão puerperal.
Est ão corretas:
A) todas (I a IV).
B) somente I, II e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente II, III e IV.
E) somente I e III.

Resposta:
(A) A frequência e a duração ilimitada (livre demanda) das mamadas
devem ser incentivadas. A mãe deve ser orientada sobre os sinais que
indicam que o bebé est á pronto para mamar (moviment o dos olhos, da
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDEBÁSICA 165

cabeça, sinais de procura com a língua para fora, agit ação dos braços,
mãos na boca, et c), não sendo necessário esperar o choro do bebê.
Os profissionais devem conversar sobre a experiência de amament ar e
identificar as dificuldades da amament ação. A depressão materna pós-
-parto é fator de risco para desmame precoce, o que reforça a impor-
t ância de que o profissional de saúde esteja atento para os sinais de
depressão puerperal.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.135.

19. Com relação à int rodução de alimentos complementares, na dieta dos


lactentes, é INCORRETO afirmar.
A) A criança que é aliment ada soment e com leit e mat erno at é os 6
meses de vida apresenta menor morbidade.
B) A criança que é aliment ada soment e com leit e mat erno at é os 6
meses de vida apresenta maiores efeitos benéficos à sua saúde.
C) Existem evidências de que não há vant agens em se iniciar antes dos
6 meses de idade, salvo em alguns casos individuais.
D) A int rodução de alimentos complement ares, antes dos 6 meses de
idade, pode trazer prejuízos à saúde da criança.
E) Cumpridos os quat ro primeiros meses de aleit ament o mat erno
exclusivo, as mães devem receber informações sobre a adoção de
alimentos complement ares.

Resposta:
(E) A criança que é aliment ada somente com leite materno at é os 6 me-
ses de vida apresenta menor morbidade. Além disso, maiores são os
efeitos benéficos à sua saúde. Existem evidências de que não há vant a-
gens em se iniciar os alimentos complementares antes dos 6 meses (sal-
vo em alguns casos individuais), o que pode, inclusive, trazer prejuízos
à saúde da criança.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.136.

020. O aleit ament o mat erno t raz diversos benef ícios para o bebê, como
diminuição de morbidade, especificament e relacionada às infecções
seguintes, EXCETO:
A) meningite bacteriana.
B) enterocolite necrosante.
C) otite média.
D) infecção do trato urinário.
E) sepse de início precoce em recém-nascidos a termo.

Resposta:
166 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

(E) O aleitamento materno traz diversos benefícios para o bebê, como


diminuição de morbidade, especificamente relacionada às infecções
como: meningite bacteriana, bact eremia, diarreia, infecção no trato
respirat ório, enterocolite necrosante, otite média, infecção do trato
urinário e sepse de início tardio em recém-nascidos pré-t ermo. Alguns
estudos sugerem diminuição das taxas de morte súbit a do lactente. O
aleitamento materno reduz o risco de hospit alização por vírus sincicial
respirat ório (VSR).
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.136.

Com relação à redução de alergias, na vigência do aleitamento materno,


marque a afirmativa FALSA.
A) O aleitamento materno exclusivo reduz o risco de asma e de sibilos
recorrentes.
B) O aleit ament o materno protege contra o desenvolviment o de der-
matite at ópica.
C) A exposição a pequenas doses de leite de vaca durante os primeiros
dias de vida parece aumentar o risco de alergia ao leite de vaca.
D) A exposição a pequenas doses de leite de vaca durante os primeiros
dias de vida afeta a incidência de doenças at ópicas no futuro.
E) Os efeitos benéficos do aleitamento materno observados em todas
as crianças são particularmente evidentes em crianças com hist ória
familiar de doenças at ópicas.

Resposta:
(D) Com relação à redução de alergias, na vigência do aleitamento ma-
terno, sabe-se que: o aleitamento materno exclusivo reduz o risco de
asma e de sibilos recorrentes; o aleitamento materno protege contra o
desenvolvimento de dermatite at ópica; a exposição à pequenas doses
de leite de vaca durante os primeiros dias de vida parece aumentar o
risco de alergia ao leite de vaca, mas não afeta a incidência de doenças
at ópicas no futuro; e os efeitos benéficos do aleitamento materno ob-
servados em todas as crianças são particularmente evidentes em crian-
ças com hist ória familiar de doenças at ópicas.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.136-7.

0 22. O aleitamento materno pode aportar os seguintes benefícios futuros ao


bebê, com a EXCEÇÃO de:
A) melhor nut rição.
B) redução do nanismo hipofisário.
C) melhor desenvolviment o da cavidade bucal.
D) efeito positivo no desenvolvimento intelectual.
E) diminuição do risco de hipert ensão, colesterol alto e diabetes.
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDEBÁSICA 167

Resposta:
(B) O aleitamento materno pode aportar diversos benefícios futuros ao
bebê, como: redução da obesidade; diminuição do risco de hipert ensão,
colesterol alto e diabetes; melhor nut rição; efeito positivo no desenvol-
viment o intelectual; e melhor desenvolvimento da cavidade bucal.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.136-7.

23. O início precoce do aleitamento materno sem rest rições produz os efei-
tos seguintes, EXCETO:
A) favorece a recuperação mais rápida do peso de nascimento.
B) diminui a perda de peso inicial do recém-nascido.
C) promove uma "descida do leite" mais lenta e gradual.
D) estabiliza os níveis de glicose do recém-nascido.
E) diminui a incidência de hiperbilirrubinemia.

Resposta:
(C) O início precoce do aleitamento materno sem rest rições diminui a
perda de peso inicial do recém-nascido, favorece a recuperação mais
rápida do peso de nascimento, promove uma "descida do leite" mais rá-
pida, aument a a duração do aleitamento materno, estabiliza os níveis de
glicose do recém-nascido, diminui a incidência de hiperbilirrubinemia e
previne ingurgitamento mamário.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.136-7.

0 24. O aleitamento materno traz benefício à puérpera ao promover a invo-


lução uterina mais rápida e redução na hemorragia uterina pós-part o,
devido à liberação de:
A) cortisol.
B) estradiol.
C) ocitocina.
D) prolactina.
E) progesterona.

Resposta:
(C) O aleitamento materno traz benefício à puérpera ao promover a in-
volução uterina mais rápida e redução na hemorragia uterina pós-part o,
devido à liberação de ocitocina.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.137.

0 25. O aleitamento materno traz para a mãe os efeitos benefícios seguintes,


EXCETO:
A) maior int eração mãe-bebê.
168 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

B) benefício relativo aos aspectos económicos.


C) perda mais rápida do peso acumulado na gest ação.
D) auxílio na redução do intervalo entre as gest ações.
E) praticidade, pois o leite materno est á sempre pronto para ser consu-
mido.

Resposta:
(D) O aleitamento materno traz para a mãe os efeitos benefícios se-
guintes: perda mais rápida do peso acumulado na gest ação; auxílio no
aument o do intervalo entre as gest ações; maior int eração mãe-bebê;
benefício relativo aos aspectos económicos, uma vez que o leite mater-
no não t em custos; praticidade, pois o leite materno est á sempre pronto
para ser consumido; e diminuição do risco de câncer de mama e ovário.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.137.

0 26. Em qual das seguintes condições o aleitamento materno não deve ser
recomendado?
A) Mães infectadas pelo HIV.
B) Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2.
C) Mães portadoras crónicas de doença de Chagas.
D) Criança portadora de galactosemia e fenilcet onúria.
E) Mães sob tratamento com alguns ant ineoplásicos e radiofármacos.

Resposta:
(C) São poucas as sit uações em que pode haver indicação médica para a
subst it uição parcial ou total do leite materno.
Nas seguintes sit uações, o aleitamento materno não deve ser recomenda-
do: mães infectadas pelo HIV; mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 (vírus
linfot rópico humano de linf ócit osT); uso de medicamentos incompat í-
veis com a amament ação. Alguns fármacos são citados como cont rain-
dicações absolutas ou relativas ao aleitamento, como, por exemplo, os
ant ineoplásicos e radiofármacos; criança portadora de galactosemia,
doença do xarope de bordo e fenilcet onúria.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.137-8.

0 27. Em algumas sit uações maternas, recomenda-se a interrupção temporá-


ria da amamentação. Com relação a essa condição, para int errupção do
aleitamento materno, marque a afirmativa FALSA.
A) Doença de Chagas na fase aguda da doença ou quando houver san-
gramento mamilar evidente.
B) Inf ecção her pét ica, quando há vesículas localizadas na pele da
mama. A amament ação deve ser mantida na mama sadia.
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDE BÁSICA 169

C) Abscesso mamário, at é que ele t enha sido drenado e a antibioticote-


rapia iniciada. A amament ação deve ser mantida na mama sadia.
D) Consumo de drogas de abuso: recomenda-se a int errupção t empo-
rária do aleit ament o materno, com ordenha do leite, que pode ser
oferecido ao bebê após est erilização.
E) Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do
parto ou at é dois dias após o parto, recomenda-se o isolamento da
mãe at é que as lesões adquiram a forma de crosta.
Rasposéa'-
(D) Já nas seguintes sit uações maternas, recomenda-se a interrupção
temporária da amamentação: infecção herpét ica, quando há vesículas
localizadas na pele da mama. A amament ação deve ser mantida na
mama sadia; varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias
antes do parto ou at é dois dias após o parto, recomenda-se o isolamen-
t o da mãe at é que as lesões adquiram a forma de crosta. A criança deve
receber imunoglobulina humana antivaricela zoster (Ighavz), que deve
ser administrada em at é 96 horas do nascimento, devendo ser aplica-
da o mais precocemente possível; doença de Chagas na fase aguda da
doença ou quando houver sangramento mamilar evidente; abscesso
mamário, at é que ele t enha sido drenado e a antibioticoterapia iniciada.
A amament ação deve ser mantida na mama sadia; e consumo de drogas
de abuso: recomenda-se a int errupção t emporária do aleitamento ma-
terno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado. O t empo reco-
mendado de int errupção da amament ação varia dependendo da droga.
Ref.:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.138.

Sobre a tuberculose e a amament ação, considere as seguintes afirmat i-


vas:
L Recomenda-se que as mães não tratadas ou ainda bacilíferas ama-
ment em com o uso de máscaras e restrinjam o contato próximo com
a criança por causa da t ransmissão potencial por meio das got ículas
do trato respirat ório.
II. No caso anterior, o recém-nascido deve receber isoniazida na dose
de 10mg/ kg/ dia por t rês meses. Após tal período, deve-se fazer teste
t uberculínico (PPD).
. Se o t est e t uberculínico for reator, a doença deve ser pesquisada
especialmente em relação ao acomet iment o pulmonar. Se a criança
tiver cont raído a doença, a t erapêut ica deve ser reavaliada.
IV. Se o teste t uberculínico for não reator, pode-se suspender a medica-
ção e a criança deve receber a vacina BCG.
Est ão corretas:
A) todas (I a IV).
170 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

B) somente I, II e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente II, III e IV.
E) somente I e III.

Resposta:
(A) No caso de tuberculose materna, recomenda-se que as mães não
tratadas ou ainda bacilíferas (nas duas primeiras semanas após o iní-
cio do tratamento) amament em com o uso de máscaras e restrinjam o
contato próximo com a criança por causa da t ransmissão potencial por
meio das got ículas do trato respirat ório. Neste caso, o recém-nascido
deve receber isoniazida na dose de 10mg/ kg/ dia por três meses. Após
tal período, deve-se fazer teste t uberculínico (PPD): se o teste for reator,
a doença deve ser pesquisada especialmente em relação ao acomet i-
mento pulmonar. Se a criança tiver cont raído a doença, a t erapêut ica
deve ser reavaliada. Caso a criança não a tenha cont raído, deve-se man-
ter a dosagem de isoniazida por mais três meses; e se o teste t ubercu-
línico for não reator, pode-se suspender a medicação e a criança deve
receber a vacina BCG.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.139.

y| 29. Em qual das seguintes condições maternas o aleitamento materno não


deve ser contraindicado?
A) Infecção pelo HIV.
B) Hanseníase.
C) Hepatite B.
D) Consumo de cigarros.
E) Consumo de álcool.

Resposta:
! (A) Nas seguintes condições maternas, o aleitamento materno não deve
ser contraindicado:
• Hanseníase: por se t rat ar de doença cuja t ransmissão depende de
contato prolongado da criança com a mãe sem tratamento e consi-
derando-se que a primeira dose de rifampicina é suficiente para que
a mãe não seja mais bacilífera, deve-se mant er a amament ação e
! iniciar o tratamento da mãe.
• Hepatite B: a vacina e a administ ração de imunoglobulina específica
(HBIG) após o nasciment o prat icament e eliminam qualquer risco
t eórico de t ransmissão da doença via leite materno.
• Hepatite C: a prevenção de fissuras mamilares em lactantes HCV posi-
tivas é importante, uma vez que não se sabe se o contato da criança
com o sangue materno favorece a t ransmissão da doença.
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDE BÁSICA 171

• Consumo de cigarros: acredita-se que os benefícios do leite materno


para a criança superem os possíveis malefícios da exposição à nico-
tina via leite materno. Por isso, o cigarro não é uma cont raindicação à
amament ação. Para minimizar os efeitos do cigarro para as crianças,
as mulheres que não conseguirem parar de fumar devem ser orien-
t adas a reduzir ao máximo possível o número de cigarros. Se não
for possível a cessação do t abagismo, elas devem procurar fumar
após as mamadas. Além disso, devem ser orientadas a não fumar no
mesmo ambiente onde est á a criança.
• Consumo de álcool: assim como para o fumo, deve-se desestimular
a ingest ão de álcool para as mulheres que est ão amamentando. No
ent ant o, é considerado compat ível com a amament ação um con-
sumo eventual moderado de álcool (0,5g de álcool por quilo de peso
da mãe por dia, o que corresponde a aproximadamente um cálice de
vinho ou duas latas de cerveja.
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.139.

0 30. Segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da


Mulher, realizada em 2006, as regiões brasileiras que apresent am a
maior e a menor prevalência de anemia, em crianças menores de 5 anos,
são, respectivamente, a:
A) Norte e a Sul.
B) Norte e a Sudeste.
C) Nordeste e a Norte.
D) Nordeste e a Sudeste.
E) Centro-Oeste e a Norte.

Resposta:
(C) Apesar das medidas individuais e populacionais adotadas no País,
mant ém-se a elevada prevalência de anemia. A Pesquisa Nacional de
Demografia e Saúde da Criança e da Mulher, realizada em 2006, identifi-
cou que a Região Nordeste apresenta a maior prevalência de anemia em
crianças menores de 5 anos (25,5%), e a Norte, a menor (10,4%).
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.145.

0 31. Com relação aos achados sobre a prevalência de anemia, da Pesquisa


Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher, realizada em
2006, no Brasil, marque a afirmativa FALSA.
A) Apesar das medidas individuais e populacionais adotadas no País,
mant ém-se a elevada prevalência de anemia.
B) A prevalência de anemia não mostrou associação com a cor da pele,
nem com a ordem de nascimento da criança.
172 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

C) A pesquisa apont a maior prevalência de anemia em crianças com


idade inferior a 24 meses, quando comparadas às crianças com ida-
des entre 24 e 59 meses.
D) Houve associação estatisticamente significante entre a classificação
económica e a prevalência de anemia, observando-se menor porcen-
tagem de crianças anêmicas nas classes A e B.
E) Quanto à sit uação do domicílio, observou-se que as crianças mora-
doras de áreas rurais apresent aram menor prevalência de anemia
quando comparadas com as crianças nas áreas urbanas.

Resposta:
(D) Apesar das medidas individuais e populacionais adotadas no País,
mant ém-se a elevada prevalência de anemia. A Pesquisa Nacional de
Demografia e Saúde da Criança e da Mulher, realizada em 2006, identifi-
cou que "embora não t enha sido observada associação est at íst ica entre
a classificação económica e a prevalência de anemia, observa-se menor
porcentagem de crianças anêmicas nas classes A e B. A prevalência de
anemia não mostrou associação com a corda pele, nem com a ordem de
nascimento da criança. A pesquisa aponta maior prevalência de anemia
em crianças com idade inferior a 24 meses (24,1 %) , quando comparadas
às crianças com idades entre 24 e 59 meses (19,5%). Quanto à sit uação
do domicílio, observou-se que as crianças moradoras de áreas rurais
apresentaram menor prevalência de anemia quando comparadas com
as crianças nas áreas urbanas."
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.145.

32. É import ant e conhecer os aliment os que favorecem ou prejudicam a


absorção para incluí-los ou não nas refeições ricas em ferro, como o
almoço e o jantar. Dentre os abaixo relacionados, são fatores que facili-
tam a absorção do ferro:
A) ácido ascórbico e ácidos orgânicos.
B) ácido ascórbico e polifenóis.
C) ácidos orgânicos e cálcio.
D) ácido ascórbico e cálcio.
E) cálcio e polifenóis.

Resposta:
(A) É importante conhecer os alimentos que favorecem ou prejudicam
a absorção para incluí-los ou não nas refeições ricas em ferro, como o
almoço e o jantar. O período de intervalo é de 2 horas, para não haver
int erferência.
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDEBÁSICA 173

São fatores que facilitam a absorção do ferro: ácido ascórbico (presente


nos sucos cít ricos); ácidos orgânicos (presentes na casca de feijão, nos
cereais crus e nos farelos).
São fatores que prejudicam a absorção do ferro: cálcio (presente no leite
e em seus derivados) = que afeta, t ambém, a forma heme; polifenóis
(presentes nos chás e na cafeína).
Ref:: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.146.

Os pontos de corte de hemoglobina e hemat ócrit o para determinar a


condição de anemia em indivíduos de 6 (seis) meses a 5 (cinco) anos de
idade, são, respectivamente:
A) 9g/ dLe34%.
B) 11g/ dLe33%.
C) 11g/ dLe36%.
D) 12g/ dLe36%
E) 12g/ dLe39%.

Resposta'-
(B) Os pontos de corte da hemoglobina e do hemat ócrit o, para discrimi-
nar a condição de anemia em crianças de 6 (seis) meses a 5 (cinco) anos
de idade, são, respectivamente, 11g/ dL e 33%.
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.399.

O ponto de corte da hemoglobina (em g/ dL de sangue) para discriminar


condição de anemia em gestantes é:
A) 9.
B) 10.
C) 11.
D) 12.
E) 13.

Resposta:
(C) O ponto de corte da hemoglobina para discriminar condição de ane-
mia em gestantes é definido em 12 g/ dL de sangue.
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.399.

035. Um comportamento associado ao estilo de vida que t em sido identifi-


cado como envolvido no aumento das necessidades diárias de vit amina
Cé:
A) etilismo.
B) tabagismo.
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

C) sedentarismo.
D) vida sexual ativa.
E) higiene pessoal precária.

Resposta:
(B) Os fumantes devem aumentar a ingest ão de vit amina C em 50%.
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.393-4.

0 36. Os sintomas blefarite, estomatite angular, queilose e glossite, que usu-


almente ocorrem concomit ant ement e, são caract eríst icos da seguinte
doença carencial:
A) hipovitaminose A.
B) arriboflavinose.
C) escorbuto.
D) beri-beri.
E) pelagra.
Resposta:
(B) "A arriboflavinose, oriunda da deficiência prolongada no consumo
da vitamina B2. Apesar do variado quadro clínico (blefarite, estomatite
angular, queilose, glossite), sua import ância pat ológica e epidemiológi-
ca é reduzida." p.394.
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed.

0 37. O correspondente pat ológico do raquitismo infantil entre adultos é:


A) raquitismo adulto.
B) ost eomalácia.
C) osteosarcoma.
D) osteoporose.
E) osteopenia.
Resposta:
(B) "O raquitismo infantil e seu correspondente pat ológico no adulto,
a ost eomalácia, constituindo hoje, felizmente, um problema cada vez
menos frequente. A deficiência de vit amina D (ergosterol) é o principal
fator et iológico do raquitismo."
Ref: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.394.

Para se det erminar se uma área é endémica para bócio, o segment o


populacional investigado, considerado grupo vulnerável indicador, é
representado por:
A) pré-escolares.
B) escolares.
CAP. 6 • NUTRIÇÃOEM SAÚDE BÃSICA 175

C) gestantes.
D) idosos.
E) tabagistas.

Resposta:
(B) "O indicador mais representativo da deficiência de iodo é o aumento
da glândula t ireóide, ou seja, o bócio expresso em termos de prevalên-
cia e de graus de hiperplasia ou de severidade. Assume-se que uma área
é endémica quando 10% ou mais dos escolares (grupo vulnerável indi-
cador, ou GVI) são portadores de bócio."
Ref.: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.402-4.

jjj 39. O Kwashiorkor é uma manifest ação nutricional que se refere a:


A) marasmo.
B) obesidade.
C) sobrepeso.
D) desnut rição edematosa.
E) síndrome de Cushing.

Resposta:
(D) A desnut rição energét ico-prot éica (DEP) em seus diferentes est á-
gios, desde as formas mais leves, expressas em déficit s discretos do cres-
cimento ou pequenas perdas de peso, at é as manifest ações mais graves,
como o kwashiorkor (desnut rição edematosa) e o marasmo. É uma das
mais difundidas das doenças carenciais, constituindo um dos maiores
problemas de saúde coletiva do mundo.
O marasmo, caracterizado por emagrecimento extremo, e o kwashior-
kor, tipificado pelo edema dos membros inferiores e que se pode est en-
der a outras partes do corpo, configuram as formas clínicas mais avan-
çadas da DEP.
Ref.: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.394-8.

O indicador ant ropomét rico a ser obtido junt o às crianças ingressantes


nas escolas públicas, recomendado como uma forma fácil de est abele-
cer a provável cartografia da desnut rição em diferentes espaços geogr á-
ficos, mesmo ainda não sendo conclusivo, é:
A) peso.
B) altura.
C) prega cut ânea triciptal.
D) índice de massa corporal.
E) circunferência da cintura.
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

Resposta:
(B) "A altura de crianças ingressantes nas escolas públicas (habitual-
mente aos 7 anos de idade) tem sido recomendada como uma forma
fácil de estabelecer a provável cartografia da desnut rição em diferentes
espaços geográficos, partindo-se do pressuposto de que o crescimento
estatural constitui um bom indicador para sinalizar as áreas de risco. No
entanto, as experiências brasileiras não são conclusivas a este respeito.
Ref.: Batista Filho. In: Rouquayrol & Almeida. Epidemiologia & Saúde. 6ed. p.396.
CAPÍTULO 7

SAÚ D E B U C A L
COLETIVA

Sobre as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, do Minist ério da


Saúde (2004), considere as seguintes afirmativas:
apont am para uma reorganização da at enção em saúde bucal em
todos os níveis de at enção.
II. São dirigidas ao desenvolvimento de ações intersetoriais.
III. Têm o conceito do cuidado como eixo de reorient ação do modelo,
respondendo a uma concepção de saúde não centrada somente na
assist ência aos doentes.
IV. Têm o foco na promoção da boa qualidade de vida e int ervenção nos
fatores que a colocam em risco, incorporando ações programát icas
de uma forma mais abrangente.
Est ão corretas:
A) somente I e II.
B) somente III e IV.
C) somente I, II e III.
D) soment eI,lieIV.
E) todas (I a IV).

Resposta:
(E) Em janeiro de 2004, o Minist ério da Saúde elaborou o documento
"Diretrizes da Polít ica Nacional de Saúde Bucal". Estas diretrizes apon-
tam para uma reorganização da at enção em saúde bucal em todos os ní-
veis de at enção e para o desenvolvimento de ações intersetoriais, tendo
o conceito do cuidado como eixo de reorient ação do modelo, respon-
dendo a uma concepção de saúde não centrada somente na assist ência
aos doentes, mas, sobretudo, na promoção da boa qualidade de vida e
int ervenção nos fatores que a colocam em risco, incorporando ações
programát icas de uma forma mais abrangente.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal, p.13.
178 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

0 São dest aques das Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, do


Ministério da Saúde (2004), EXCETO:
A) o cuidado como eixo de reorient ação do modelo.
B) a Humanização do processo de trabalho.
C) a co-responsabilização dos serviços.
D) o desenvolvimento de ações voltadas para as linhas do cuidado.
E) a rest rição de ações complement ares volt adas para as condições
especiais de vida.

Resposta:
(E) Destacam-se nas Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, do Mi-
nistério da Saúde (2004), os seguintes aspectos: o cuidado como eixo de
reorient ação do modelo; a Humanização do processo de trabalho; a co-
-responsabilização dos serviços; o desenvolvimento de ações voltadas
para as linhas do cuidado, como por exemplo, da criança, do adolescen-
te, do adulto, do idoso; e o desenvolvimento de ações complementares
e imprescindíveis voltadas para as condições especiais de vida como
saúde da mulher, saúde do trabalhador, portadores de necessidades es-
peciais, hipertensos, diabét icos, dentre outras.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal, p.13.

J 03. São indicadores de saúde bucal do Pacto da At enção Básica 2006,


segundo a Portaria n° 493/ GM, de 10 de março de 2006, EXCETO:
A) cobertura de primeira consulta odont ológica programát ica.
B) proporção de domicílios com abastecimento de água fluoretada.
C) cobertura da ação coletiva escovação dental supervisionada.
D) média de procedimentos odont ológicos básicos individuais.
E) proporção de procedimentos odont ológicos especializados em rela-
ção às ações odont ológicas individuais.

Resposta:
(B) Os quatro indicadores de saúde bucal do Pacto da At enção Básica
2006, segundo a Portaria n° 493/ GM, de 10 de março de 2006, são:
• Cobertura de primeira consulta odont ológica programát ica: é o
percentual de pessoas que receberam uma primeira consulta odon-
t ológica programát ica, realizada com finalidade de diagnóst ico e,
necessariamente, elaboração de um plano prevent ivo-t erapêut i-
co (PPT), para atender as necessidades detectadas. Não se refere a
atendimentos eventuais como os de urgência/ emergência que não
tem seguimento previsto.
• Cobertura da ação coletiva escovação dental supervisionada: Éo
percentual de pessoas que participaram da ação coletiva escovação
CAP. 7- S AÚDE BUCAL COLETI VA 179

dental supervisionada. Tal ação é dirigida, necessariamente, a um


grupo de indivíduos, e não a ação individual em que atividades
educativas são realizadas no âmbit o clínico para uma única pessoa.
Expressa o percentual de cobertura correspondente a média de pes-
soas que tiveram acesso à escovação dental com orient ação/ super-
visão de um profissional treinado, considerando o mês ou meses em
que se realizou a atividade, em determinado local e ano, visando à
prevenção de doenças bucais, mais especificamente cárie dent ária e
doença periodontal.
M édia de procedimentos odont ológicos básicos individuais:
Consiste no número médio de procedimentos odont ológicos bási-
cos, clínicos e/ ou cirúrgicos, realizados por indivíduo, na população
residente em determinado local e período. Possibilita análise com-
parativa com dados epidemiológicos, estimando-se assim, em que
medida os serviços odont ológicos básicos do SUS est ão responden-
do às necessidades de assist ência odont ológica básica de det ermi-
nada população.
Proporção de procedimentos odont ológicos especializados em
relação às ações odont ológicas individuais: Consiste na propor-
ção de procedimentos odont ológicos especializados em relação
às demais ações individuais odont ológicas realizadas no âmbit o
do SUS. Possibilita a análise comparativa com dados epidemioló-
gicos, estimando-se em que medida de serviços odont ológicos do
SUS est á respondendo às necessidades da população aos serviços
odont ológicos especializados, o grau de at enção e a integralidade
do cuidado.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal, p.17-8.

0 04. De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, que trata
das compet ências específicas dos t rabalhadores de saúde bucal, que
atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da Família, são
Compet ências do Cirurgião-Dent ist a, EXCETO:
A) realizar diagnóst ico com a finalidade de obter o perfil epidemioló-
gico para o planejamento e a programação em saúde bucal.
B) realizar os procedimentos clínicos da At enção Básica em saúde bucal,
incluindo atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambula-
toriais.
C) realizar a at enção integral em saúde bucal individual e colet iva, a
todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com
planejamento local, com resolubilidade.
D) encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis
de assist ência, transferindo a esses níveis sua responsabilização pelo
acompanhament o do usuário e o segmento do tratamento.
180 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

E) coordenar e participar de ações coletivas volt adas à promoção da


saúde e à prevenção de doenças bucais.

Resposta:
(D) De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, as
compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal (cirurgiões-
-dentistas, t écnicos em higiene dental e auxiliares de consult ório den-
tário) que atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da
Família, são, dentre outras, das compet ências do Cirurgião-Dent ist a as
seguintes:
/ - Realizar diagnóstico com afinalidadede obter o perfil epidemiológico
para o planejamento e a programação em saúde bucal.
II - Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal,
incluindo atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambuiatoriais.
III - Realizar a atenção integral em saúde bucal (proteção da saúde, pre-
venção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção
da saúde) individual e coletiva, a todas as famílias, a indivíduos e a grupos
específicos, de acordo com planejamento local, com resolubilidade.
IV - Encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de
assistência, mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do
usuário e o segmento do tratamento.
V- Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde
e à prevenção de doenças bucais.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal, p.19-20.

0 05. De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, que


trata das compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal,
que atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da Família,
considere as seguintes afirmativas sobre as compet ências do Cirurgião-
-Dentista:
I. acompanhar, apoiar e desenvolver at ividades referent es à saúde
bucal com os demais membros da Equipe Saúde da Família, bus-
cando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
II. contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do
THD, ACD e ESF.
III. realizar supervisão t écnica doTHD e ACD.
IV. participar do gerenciament o dos insumos necessários para o ade-
quado funcionament o da USF.
Est ão corretas:
A) somente I e II.
B) somente III e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente I, II e IV.
CAP. 7- S AÚDE BUCAL COLETI VA 181

E) todas (I a IV).

Resposta.'-
(E) De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, as
compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal (cirurgiões-
-dentistas, t écnicos em higiene dental e auxiliares de consult ório den-
tário) que atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da
Família, são, dentre outras, das compet ências do Cirurgião-Dent ist a as
seguintes:
VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal
com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar
e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
VII - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do THD,
ACDeESF.
VIII - Realizar supervisão técnica do THD e ACD.
IX- Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da USF.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal, p.19-20.

23 06. De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, que trata
das compet ências específicas dos t rabalhadores de saúde bucal, que
atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da Família, são
compet ências do Técnico em Higiene Dental (THD), EXCETO:
A) realizar a at enção int egral em saúde bucal individual e colet iva a
todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, segundo pro-
gramação e de acordo com suas compet ências t écnicas e legais.
B) coordenar e realizar a manut enção e a conservação dos equipamen-
tos odont ológicos.
C) acompanhar, apoiar e desenvolver at ividades referent es à saúde
bucal com os demais membros da Equipe Saúde da Família, bus-
cando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
D) apoiar as at ividades dos ACD e dos ACS nas ações de prevenção e
promoção da saúde bucal.
E) coordenar o gerenciament o dos insumos necessários para o ade-
quado funcionament o da USF.

Resposta'-
(E) De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, as
compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal (cirurgiões-
-dentistas, t écnicos em higiene dental e auxiliares de consult ório den-
tário) que at uam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da
Família, são, dentre outras, das compet ências do Técnico em Higiene
Dental (THD) as seguintes:
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

I - Realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção, prevenção, assis-


tência e reabilitação) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos
e a grupos específicos, segundo programação e de acordo com suas compe-
tências técnicas e legais.
II - Coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos
odontológicos.
III - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal
com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar
e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
IV - Apoiar as atividades dos ACD e dos ACSnas ações de prevenção e pro-
moção da saúde bucal.
V-Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da USF.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal. p.20.

0 De acordo com a Port aria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, que


trata das compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal,
que atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da Família,
considere as seguintes afirmativas sobre as compet ências do Auxiliar de
Consult ório Dent ário (ACD):
I. realizar ações de pr omoção e prevenção em saúde bucal para as
famílias, grupos e indivíduos, mediante planejamento local e proto-
colos de at enção à saúde.
II. proceder à desinfecção e à est erilização de materiais e instrumentos
utilizados.
III. preparar e organizar instrumental e materiais necessários.
IV. instrumentalizar e auxiliar o cirurgião dentista e/ ou o THD nos proce-
dimentos clínicos.
Est ão corretas:
A) somente I e II.
B) somente III e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente I, II e IV.
E) todas (I a IV).

Rôsposta:
(E) De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, as
compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal (cirurgiões-
-dentistas, t écnicos em higiene dental e auxiliares de consult ório den-
tário) que atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da
Família, são, dentre outras, das compet ências do Auxiliar de Consult ório
Dent ário (ACD) as seguintes:
CAP. 7 • SAÚDE BUCAL COLETI VA 183

/ - Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias,


grupos e indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de atenção
à saúde.
II - Proceder à desinfecção e à esterilização de materiais e instrumentos uti-
lizados.
III - Preparar e organizar instrumental e materiais necessários.
IV - Instrumentalizar e auxiliar o cirurgião dentista e/ ou o THD nos procedi-
mentos clínicos.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal, p.20-1.

08. De acordo com a Port aria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, que
trata das compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal,
que atuam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da Família,
considere as seguintes afirmativas sobre as compet ências do Auxiliar de
Consult ório Dent ário (ACD):
I. cuidar da manut enção e conservação dos equipamentos odont oló-
gicos.
II. organizar a agenda clínica.
III. acompanhar, apoiar e desenvolver at ividades referent es à saúde
bucal com os demais membros da Equipe Saúde da Família, bus-
cando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
IV. participar do gerenciament o dos insumos necessários para o ade-
quado funcionament o da USF.
Est ão corretas:
A) somente I e II.
B) somente III e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente I, II e IV.
E) todas (I a IV).

Resposta:
(E) De acordo com a Portaria n° 648/ GM, de 28 de março de 2006, as
compet ências específicas dos trabalhadores de saúde bucal (cirurgiões-
-dentistas, t écnicos em higiene dental e auxiliares de consult ório den-
tário) que at uam na at enção básica por meio da Est rat égia Saúde da
Família, são, dentre outras, das compet ências do Auxiliar de Consult ório
Dent ário (ACD) as seguintes:
V- Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos.
VI - Organizar a agenda clínica.
VII - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal
com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar
e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
184 MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

VIII - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequa-


do funcionamento da USF.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal, p.20-1.

De acordo com as Diretrizes do Política Nacional de Saúde Bucal, a reo-


rient ação do modelo de at enção em saúde bucal t em os seguint es
pressupostos, EXCETO:
A) assumir o compromisso de qualif icação da at enção básica, garan-
tindo qualidade e resolutividade, na dependência da est rat égia ado-
tada pelo município para sua organização.
B) garantir uma rede de at enção básica articulada com toda a rede de
serviços e como parte indissociável dessa.
C) assegurar a int egralidade nas ações de saúde bucal, art iculando o
individual com o colet ivo, a promoção e a prevenção com o t rat a-
mento e a recuperação da saúde da população adscrita.
D) utilizar a epidemiologia e as inf ormações sobre o t errit ório subsi-
diando o planejamento.
E) acompanhar o impacto das ações de saúde bucal por meio de indi-
cadores adequados, o que implica a exist ência de registros fáceis,
confiáveis e cont ínuos.
Resposta:
(A) De acordo com as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, a
reorient ação do modelo de at enção em saúde bucal t em, dentre outros,
os seguintes pressupostos:
1. Assumir o compromisso de qualificação da at enção básica, garan-
t indo qualidade e resolutividade, independent ement e da est rat égia
adotada pelo município para sua organização;
2. Garantir uma rede de at enção básica articulada com toda a rede de
serviços e como parte indissociável dessa;
3. Assegurar a integralidade nas ações de saúde bucal, articulando o
individual com o coletivo, a promoção e a prevenção com o t rat a-
mento e a recuperação da saúde da população adscrita, não des-
cuidando da necessária at enção a qualquer cidadão em sit uação de
urgência;
4. Utilizar a epidemiologia e as informações sobre o t errit ório subsi-
diando o planejamento - deve-se buscar que as ações sejam pre-
cedidas de um diagnóst ico das condições de saúde-doença das
populações, at ravés da abordagem familiar e das relações que se
estabelecem no t errit ório onde se desenvolve a prát ica de saúde;
5. Acompanhar o impacto das ações de saúde bucal por meio de in-
dicadores adequados, o que implica a exist ência de registros fáceis,
confiáveis e cont ínuos; etc.
CAP. 7 • SAÚDE BUCAL COLETI VA 185

6. Centrar a at uação na Vigilância à Saúde, incorporando prát icas con-


t ínuas de avaliação e acompanhament o dos danos, riscos e deter-
minantes do processo saúde-doença, at uação intersetorial e ações
sobre o t errit ório;
7. Incorporar a Saúde da Família como uma importante est rat égia na
reorganização da at enção básica;
8. Definir polít ica de educação permanent e para os trabalhadores em
saúde bucal, com o objetivo de implementar projetos de mudança
na formação t écnica, de graduação e pós-graduação para que at en-
dam às necessidades da população e aos princípios do SUS. Est abe-
lecer responsabilidades entre as esferas de governo, com mecanis-
mos de cooperação t écnica e financeira, visando à formação imedia-
ta de pessoal auxiliar, para possibilitar a implant ação das equipes
de saúde bucal na ESF. Nos Estados em que os Pólos de Educação
Permanente estiverem implantados, a educação continuada dos t ra-
balhadores em saúde bucal deve ser dar at ravés deles;
9. Estabelecer polít ica de financiamento para o desenvolviment o de
ações visando à reorient ação do modelo de at enção.
10. Definir uma agenda de pesquisa cient ífica com o objetivo de inves-
tigar os principais problemas relativos à saúde bucal, bem como de-
senvolver novos produtos e tecnologias necessários à expansão das
ações dos serviços públicos de saúde bucal, em todos os níveis de
at enção.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.
p.A
i.4-5.

0 10. De acordo com as recomendações das Diretrizes da Política Nacional de


Saúde Bucal, para a educação permanente dos trabalhadores em saúde
bucal, tendo em conta a reorient ação do modelo de at enção em saúde
bucal, considere as seguintes afirmativas:
I. definir polít ica de educação permanent e para os trabalhadores em
saúde bucal, com o objetivo de implement ar projetos de mudança
na formação t écnica, de graduação e pós-graduação para que at en-
dam às necessidades da população e aos princípios do SUS.
II. est abelecer responsabilidades ent re as esferas de governo, com
mecanismos de cooperação t écnica e financeira, visando à formação
imediata de pessoal auxiliar, para possibilitar a implant ação das equi-
pes de saúde bucal na ESF.
III. nos Estados em que os Pólos de Educação Permanent e est iverem
implant ados, a educação cont inuada dos t rabalhadores em saúde
bucal deve ser dar at ravés deles.
MARCELO GURGEL CARLOSDA SILVA

IV. Apoiar o financiamento est udant il de académicos de odont ologia


pert encent es a Universidades e outras organizações de ensino que
direcionarem seus currículos para ênfase na Saúde Bucal Colet iva.
Est ão corretas:
A) somente I e H.
B) somente III e IV.
C) somente I, II e III.
D) somente I, II e IV.
E) todas (I a IV).

Resposta:
(C) De acordo com as recomendações das Diretrizes da Política Nacio-
nal de Saúde Bucal, para a educação permanent e dos trabalhadores em
saúde bucal, tendo em conta a reorient ação do modelo de at enção em
saúde bucal, foram considerados os seguintes element os: a) Definir po-
lítica de educação permanent e para os trabalhadores em saúde bucal,
com o objetivo de implement ar projetos de mudança na formação t éc-
nica, de graduação e pós-graduação para que at endam às necessidades
da população e aos princípios do SUS. b) Estabelecer responsabilidades
entre as esferas de governo, com mecanismos de cooperação t écnica e
financeira, visando à f ormação imediata de pessoal auxiliar, para pos-
sibilitar a implant ação das equipes de saúde bucal na ESF. C) Nos Esta-
dos em que os Pólos de Educação Permanente est iverem implantados,
a educação continuada dos trabalhadores em saúde bucal deve ser dar
at ravés deles.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.
p.5-6.

11. De acordo com as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, além


dos expressos no t ext o const it ucional (universalidade, integralidade e
equidade), desenvolviment o de ações na perspect iva do cuidado em
saúde bucal observa vários princípios, como: Gest ão Participativa, Ét ica,
Acesso, Acolhiment o et c. Com relação ao Acesso, esse princípio pro-
clama:
A) garantir o acesso universal para a assist ência e dar at enção a t oda
demanda expressa, desenvolvendo ações coletivas a partir de sit ua-
ções individuais, dentro das disponibilidades de recursos t écnicos.
B) facilit ar o acesso universal para a assi st ênci a e dar at enção à
demanda, expressa ou reprimida, oferecendo ações coletivas a partir
de sit uações individuais e vice-versa, em f unção das disponibilidades
financeiras.
CAP. 7 • SAÚDE BUCAL COLETI VA 187

C) buscar o acesso, quando viável, para a assist ência e dar at enção a


toda demanda reprimida, desenvolvendo ações coletivas a partir de
sit uações individuais, considerando a limit ação dos recursos.
D) buscar o acesso universal para a assist ência e dar at enção a t oda
demanda expressa ou reprimida, desenvolvendo ações colet ivas a
partir de sit uações individuais e vice-versa.
E) garantir o acesso, quando possível, para a assist ência e dar at enção
a toda demanda expressa, desenvolvendo ações coletivas a partir de
sit uações individuais e vice-versa.
Resposta:
(D) De acordo com as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, além
dos expressos no t ext o constitucional (universalidade, integralidade e
equidade), desenvolviment o de ações na perspectiva do cuidado em
saúde bucal observa vários princípios, como: Gest ão Participativa, Ét ica,
Acesso, Acolhimento, Vínculo e Responsabilidade Profissional.
Com relação ao Acesso, esse princípio proclama buscar o acesso univer-
sal para a assist ência e dar at enção a toda demanda expressa ou repri-
mida, desenvolvendo ações coletivas a partir de sit uações individuais e
vice-versa e assumindo a responsabilidade por todos os problemas de
saúde da população de um det erminado espaço geográfico.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.
p.5-6.

112. De acordo com as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, além


dos expressos no t ext o const it ucional (universalidade, integralidade e
equidade), desenvolviment o de ações na perspect iva do cuidado em
saúde bucal observa vários princípios, como: Gest ão Participativa, Ét ica,
Acesso, Acolhimento etc. Com relação ao Acolhimento, marque alt erna-
tiva INCORRETA.:
A) É garantido por uma equipe multiprofissional, nos atos de receber,
escutar, orientar, atender, encaminhar e acompanhar.
B) Caract eriza o primeiro ato de cuidado junt o aos usuários, cont ri-
buindo para o aument o da resolutividade.
C) Desenvolve ações para o usuário considerando-o em sua integrali-
dade bio-psico-social.
D) Pressupõe que o serviço de saúde seja organizado de forma profis-
sional-centrada.
E) Significa a base da humanização das relações.

Resposta:
(D) De acordo com as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, além
dos expressos no texto constitucional (universalidade, integralidade e
188 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

equidade), desenvolviment o de ações na perspectiva do cuidado em


saúde bucal observa vários princípios, como: Gest ão Participativa, Ét ica,
Acesso, Acolhimento, Vínculo e Responsabilidade Profissional.
Com relação ao Acolhimento, esse princípio explicita: desenvolver ações
para o usuário considerando-o em sua integralidade bio-psico-social.
Acolhimento pressupõe que o serviço de saúde seja organizado de for-
ma usuário-cent rada, garantido por uma equipe multiprofissional, nos
atos de receber, escutar, orientar, atender, encaminhar e acompanhar.
Significa a base da humanização das relações e caracteriza o primeiro
ato de cuidado junt o aos usuários, contribuindo para o aument o da re-
solutividade.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.
p.5-6.

0 13. De acordo com as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, no que


diz respeito à Higiene Bucal Supervisionada (HBS), marque alternativa
INCORRETA.
A) A higiene bucal é um component e fundament al da higiene corporal
das pessoas, mas realizá-la adequadament e requer aprendizado.
B) Uma das possibilidades desse aprendizado é o desenvolviment o de
atividades de higiene bucal supervisionada (HBS), pelos serviços de
saúde, nos mais diferentes espaços sociais.
C) A higiene bucal supervisionada visa à prevenção da cárie e da gengi-
vite, por meio do emprego do dent ifrício fluoretado.
D) Recomenda-se cautela na definição de t écnicas "corretas" e "erradas",
evitando-se est igmat izações.
E) A higiene bucal supervisionada deve ser desenvolvida preferencial-
mente pelos profissionais auxiliares da equipe de saúde bucal.

Resposta:
(C) A higiene bucal é um component e fundament al da higiene corporal
das pessoas. Mas realizá-la adequadament e requer aprendizado. Uma
das possibilidades para esse aprendizado é o desenvolviment o de ativi-
dades de higiene bucal supervisionada (HBS), pelos serviços de saúde,
nos mais diferentes espaços sociais. A HBS visa à prevenção da cárie -
quando for empregado dent ifrício fluoretado - e da gengivite, at ravés
do controle continuado de placa pelo paciente com supervisão pro-
fissional, adequando a higienização à motricidade do indivíduo. Reco-
menda-se cautela na definição de t écnicas "corretas" e "erradas", evit an-
do-se est igmat izações. A HBS deve ser desenvolvida preferencialmente
pelos profissionais auxiliares da equipe de saúde bucal. Sua finalidade é
a busca da autonomia com vistas ao autocuidado.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.
p.10.
CAP. 7 • SAÚDE BUCAL COLETIVA 189

De aco r d o co m as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, a ut i l i -


zação d a ap l i cação t ó p i ca d e f l ú o r (ATF) co m ab r an g ên ci a u n i ver sal é
r eco m en d ad a p ar a p o p u l açõ es n as q u ai s se co n st at e u m a o u m ai s d as
seg u i n t es si t u açõ es, EXCETO:
A) exp o si ção à ág u a d e ab ast eci m en t o sem f lúo r.
B) exp o si ção à ág u a d e ab ast eci m en t o co n t en d o n at u r al m en t e b ai xo s
t eo r es d e f l úo r (at é 0,54 p p m F).
C) exp o si ção a f l úo r n a ág u a há m en o s d e 5 an o s.
D) CPOD m ai o r q u e 2 ao s 12 an o s d e i d ad e.
E) m e n o s d e 3 0 % d o s i n d i v í d u o s d o g r u p o s ã o l i v r e s d e c á r i e a o s 1 2
an o s d e i d ad e.

Resposta:
(D) A ap l i cação t ó p i ca d e f l úo r (ATF) vi sa à p r even ção e co n t r o l e d a cár i e,
at r avés d a u t i l i zação d e p r o d u t o s f l u o r ad o s (so l u çõ es p ar a b o ch ech o s,
g el - f l u o r et ad o e ver n i z f l u o r et ad o ), e m açõ es co l et i vas. Para i nst i t ui r a
ATF r eco m en d a- se l evar e m co n si d er ação a si t u ação ep i d em i o l ó g i ca
(risco ) d e d i f er en t es g r u p o s p o p u l aci o n ai s d o l o cal o n d e a ação será r ea-
l i zad a. A u t i l i zação d e ATF co m ab r an g ên ci a u n i ver sal é r eco m en d ad a
p ar a p o p u l açõ es n as q u ai s se co n st at e u m a o u m ai s d as seg u i n t es si -
t u açõ es: a) exp o si ção à ág u a d e ab ast eci m en t o sem f l ú o r ; b) exp o si ção
à ág u a d e ab ast eci m en t o co n t en d o n at u r al m en t e b ai xo s t eo r es d e f l úo r
(at é 0,54 p p m F); c) exp o si ção a f l úo r na ág u a há m en o s d e 5 an o s; d )
CPOD m ai o r q u e 3 ao s 12 an o s d e i d ad e; e) m en o s d e 3 0 % d o s i nd i ví-
d u o s d o g r u p o são livres d e cár i e ao s 12 an o s d e i d ad e.
Ref.: Brasil. M inist ério da Saúde. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.
p.10.

0 15. De aco r d o co m as r eco m en d açõ es d as Diretrizes da Política Nacional de


Saúde Bucal, p ar a a p r even ção e co n t r o l e d o cân cer b u cal na r ed e d e
at en ção b ási ca, co n si d er e as seg u i n t es af i r m at i vas:
I. r eal i zar r o t i n ei r am en t e exam es p r even t i vo s p ar a d et ecção p r eco ce
d o cân cer b u cal , g ar an t i n d o - se a co n t i n u i d ad e d a at en ção , e m t o d o s
o s n ívei s d e co m p l exi d ad e, m ed i an t e n eg o ci ação e p act u ação co m
r ep r esen t an t es d as t r ês esf er as d e g o ver n o .
II. o f er ecer o p o r t u n i d ad e s d e i d en t i f i cação d e l esõ es b u cai s (b u sca
at i va) seja e m vi si t as d o m i ci l i ar es o u e m m o m en t o s d e cam p an h as
esp eci f i cas.
III. aco m p an h ar caso s su sp ei t o s e co n f i r m ad o s at r avés d a d ef i n i ção e,
se n ecessár i o , cr i ação d e u m ser vi ço d e r ef er ên ci a, g ar an t i n d o - se o
t r at am en t o e r eab i l i t ação .
IV. est ab el ecer p ar cer i as p ar a a p r ev en ção , d i ag n ó st i co , t r at am en t o e
r ecu p er ação d o cân cer b u cal co m Un i ver si d ad es e o u t r as o r g an i za-
çõ es.
) MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Est ão co r r et as:
A) so m en t e I e H.
B) so m en t e III e IV.
C) so m en t e I, II e III.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).

Resposta:
(E) À at en ção b ási ca co m p et e assu m i r a r esp o n sab i l i d ad e p el a d et ecção
d as n ecessi d ad es, p r o vi d en ci ar o s en cam i n h am en t o s r eq u er i d o s e m
cad a caso e m o n i t o r ar a evo l u ção d a r eab i l i t ação , b em co m o aco m p a-
n h ar e m an t er a r eab i l i t ação no p er ío d o p ó s- t r at am en t o . Co n si d er an -
d o a co m p l exi d ad e d o s p r o b l em as q u e d e m an d am à r ed e d e at en ção
b ási ca e a n ecessi d ad e d e b uscar - se co n t i n u am en t e f o r m as d e am p l i ar
a o f er t a e q u al i d ad e d o s ser vi ço s p r est ad o s, r eco m en d a- se a o r g an i za-
ção e d esen vo l vi m en t o d as seg u i n t es açõ es d e p r even ção e co n t r o l e
d o cân cer b u cal na r ed e d e at en ção b ási ca: a) realizar r o t i n ei r am en t e
exam es p r even t i vo s p ar a d et ecção p r eco ce d o cân cer b u cal , g ar an t i n -
d o - se a co n t i n u i d ad e d a at en ção , em t o d o s o s nívei s d e co m p l exi d ad e,
m ed i an t e n eg o ci ação e p act u ação co m r ep r esen t an t es d as t r ês esf e-
ras d e g o ver n o ; b) o f er ecer o p o r t u n i d ad es d e i d en t i f i cação d e l esõ es
b u cai s (b u sca at i va) seja e m vi si t as d o m i ci l i ar es o u em m o m en t o s d e
cam p an h as esp ecíf i cas (p o r exem p l o : vaci n ação d e i d o so s); c) aco m -
p an h ar caso s su sp ei t o s e co n f i r m ad o s at r avés d a d ef i n i ção e, se n eces-
sári o , cr i ação d e u m ser vi ço d e r ef er ên ci a, g ar an t i n d o - se o t r at am en t o
e r eab i l i t ação ; d ) est ab el ecer p ar cer i as p ar a a p r even ção , d i ag n ó st i co ,
t r at am en t o e r ecu p er ação d o cân cer b u cal co m Un i ver si d ad es e o u t r as
o r g an i zaçõ es.
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.
p .11- 2.

16. São d i r et r i zes b ási cas p ar a o t r ab al h o em Od o n t o l o g i a:


A) i n t eg r ação i n st i t u ci o n al , h i er aq u i zação , d escen t r al i zação e r eg i o n al i -
zação .
B) u n i ver sal i zação , h i er aq u i zação , d escen t r al i zação e i n t eg r ação i n st i t u -
ci o n al .
C) u n i ver sal i zação , cen t r al i zação , i n t eg r ação i n st i t u ci o n al e r eg i o n al i za-
ção .
D) u n i ver sal i zação , d esco n cen t r ação , i n t eg r ação i n st i t u ci o n al e r eg i o n a-
l i zação .
E) u n i ver sal i zação , d escen t r al i zação , i n t eg r ação i n st i t u ci o n al e r eg i o n a-
l i zação .
191

Resposta:
(D) Qu at r o são as d i r et r i zes b ási cas p ar a o t r ab al h o e m Od o n t o l o g i a:
u n i ver sal i zação , d escen t r al i zação , i n t eg r ação i n st i t u ci o n al e r eg i o n al i za-
ção . O p r i n cíp i o g l o b al d e q u e q u an t o m ai s cen t r al i zad o f o r u m si st em a
d e saú d e m en o r será a su a ef i cáci a é i n t ei r am en t e ap l i cável ao s ser vi ço s
o d o n t o l ó g i co s. A cen t r al i zação o u o cen t r al i sm o p r o d u z so l u çõ es p a-
d r o n i zad as q u e m u i t as vezes d esco n si d er am as q u est õ es l o cai s e p o r
isso r esu l t am e m f r acasso na i m p l em en t ação d e açõ es.
Ref.: Pinto. Saúde Bucal Coletiva. p.99.

J 17. Em O d o n t o l o g i a, est ab el ecem - se p r i o r i d ad es p r i n ci p al m en t e q u an t o


ao s seg u i n t es asp ect o s, EXCETO:

A) g r u p o s p o p u l aci o n ai s p o r f ai xa et ár i a.
B) g r u p o s p o p u l aci o n ai s p o r si t u ação eco n ó m i ca.
C) cu st o t o t al d o s p r o ced i m en t o s.
D) t i p o d e ser vi ço .
E) d an o s.

Resposta:
(C) Em Od o n t o l o g i a, est ab el ecem - se p r i o r i d ad es p r i n ci p al m en t e q u an -
t o ao d an o ; g r u p o s p o p u l aci o n ai s p o r f ai xa et ár i a e p o r si t u ação eco n ó -
m i ca; t i p o d e ser vi ço .
Ref.: Pint o. Saúde Bucal Coletiva. p.19.

23 18. "A cár i e d en t ár i a, q u an d o o co r r e e m cr i an ças m en o r es d e 3 an o s, t o r-


na- se u m i m p o r t an t e al er t a d e r i sco , PORQUE há m ai o r p r o b ab i l i d ad e
d e q u e as cr i an ças d esen v o l v am cár i e n a d en t i ção d ecíd u a e t a m b é m
n a d en t i ção p er m an en t e." Co m b ase n essa d escr i ção , assi n al e a o p ção
co r r et a.
A) A asser t i va e a exp l i cação são ver d ad ei r as e se j u st i f i cam .
B) A asser t i va e a exp l i cação são ver d ad ei r as, m as n ão se j u st i f i cam .
C) A asser t i va é ver d ad ei r a e a exp l i cação é f al sa.
D) A asser t i va é f al sa e a exp l i cação ver d ad ei r a.
E) A asser t i va e a exp l i cação são f al sas.

Resposta:
(A) Um a d as p r i n ci p ai s d o en ças b u cai s, a cár i e d en t ár i a, q u an d o o co r r e
e m cr i an ças m en o r es d e 3 an o s, t o r n a- se u m i m p o r t an t e al er t a d e r i sco ,
p o i s há m ai o r p r o b ab i l i d ad e d e q u e as cr i an ças d esen v o l v am cár i e na
d en t i ção d ecíd u a e t am b é m na d en t i ção p er m an en t e.
Ref.: Brasil. M inistério da Saúde. Saúde da Criança, p .171.
192 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

0 19. So b r e a cár i e d en t ár i a e m cr i an ças m en o r es d e 3 an o s, co n si d er e as


seg u i n t es af i r m at i vas:

I. Os r el at ó r i o s q u e i n vest i g am p ad r õ es d e cár i e p r eco ce e am am e n t a-


ção n o t u r n a su g er em q u e o l ei t e p er m an ece est ag n ad o so b r e e ao
r ed o r d o d en t e q u an d o a cr i an ça cai n o so n o .
II. N o p er ío d o d o so n o , o co r r e ai n d a a d i m i n u i ção d o r ef l exo d e d eg l u -
t i ção e o d ecl ín i o d a secr eção sal i var.
III. O d ecl ín i o d a secr eção sal i var i n t en si f i ca a f o r m ação d e p l aca e acar -
ret a u m a g r an d e r ed u ção d o seu " p H" , o q u e se t o r n a u m f at o r cau sal
à su a evo l u ção .
IV. A m am ad ei r a p o d e b l o q u ear t o t al m en t e o acesso d a sal i va às su p er -
f íci es d en t ai s, o q u e au m en t ar i a a car i o g en i ci d ad e d o al i m en t o i n g e-
r i d o , p el o seu m ai o r t e m p o d e p er m an ên ci a n a b o ca.
Est ão co r r et as:
A) so m en t e I e II.
B) so m en t e III e IV.
C) so m en t e I, II e III.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).

Resposta:
(E) Os r el at ó r i o s q u e i n vest i g am p ad r õ es d e cár i e p r eco ce e am am e n t a-
ção n o t u r n a su g er em q u e o leit e p er m an ece est ag n ad o so b r e e ao r ed o r
d o d en t e q u an d o a cr i an ça cai n o so n o . N est e p er ío d o , o co r r e ai n d a a
d i m i n u i ção d o r ef l exo d e d eg l u t i ção e o d ecl ín i o d a secr eção sal i var. Isso
i n t en si f i ca a f o r m ação d e p l aca e acar r et a u m a g r an d e r ed u ção d o seu
" p H" , o q u e se t o r n a u m f at o r cau sal à su a evo l u ção . Ou t r a exp l i cação
est ar i a n o f at o d e q u e a m am ad ei r a p o d e b l o q u ear t o t al m en t e o aces-
so d a sal i va às su p er f íci es d en t ai s, p r i n ci p al m en t e d a ar cad a su p er i o r , o
q u e au m en t ar i a a car i o g en i ci d ad e d o al i m en t o i n g er i d o , p el o seu m ai o r
t em p o d e p er m an ên ci a na b o ca.
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o da Saúde. Saúde da Criança, p .171.

0 20. A American Academy ofPediatrics r eco m en d a q u e a p r i m ei r a co n su l t a


o d o n t o l ó g i ca d o b eb ê seja f ei t a:

A) ao s set e d i as d e v i d a.
B) q u an d o a cr i an ça co m p l et a u m m ês d e vi d a.
C) ao t ér m i n o d o al ei t am en t o m at er n o , en t r e 4 e 6 m eses d e vi d a.
D) ao p r i m ei r o si n al d a e r u p ç ão d o p r i m ei r o d e n t e (em g e r al , ao s 6
m eses).
E) en t r e o n asci m en t o d o p r i m ei r o d en t e (g er al m en t e ao s 6 m eses) e o s
12 m eses d e i d ad e.
CAP. 7 -SAÚDE BUCAL COLETIVA 193

Resposta'-
(E) A American Academy of Pediatrics Reco m en d a- se q u e a p r i m ei r a co n -
sul t a o d o n t o l ó g i ca d o b eb ê seja f ei t a en t r e o n asci m en t o d o p r i m ei r o
d en t e (g er al m en t e ao s 6 m eses) e o s 12 m eses d e i d ad e. Cr i an ças q u e
são l evad as ao ci r u r g i ão - d en t i st a at é o p r i m ei r o an o d e vi d a ap r esen -
t am m en o r es ch an ces d e r eceb er t r at am en t o o d o n t o l ó g i co em er g en -
cial e d e f azer co n su l t as o d o n t o l ó g i cas d e u r g ên ci a ao l o n g o d a i n f ân ci a.
Ap ó s a p r i m ei r a co n su l t a, a eq u i p e d e saú d e b u cal f ar á u m a p r o g r am a-
ção d e vi si t as p er i ó d i cas p ar a a cr i an ça, e m f u n ção d e seu p erf il d e risco .
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o da Saúde. Saúde da Criança, p.172.

O m ai s c o m u m é q u e o s d en t es d ecíd u o s (d e leit e) co m ecem a er u p ci o -


n a r e m t o r n o d o s:
A) 4 m eses d e v i d a .
B) 6 m eses d e vi d a.
C) 8 m eses d e vi d a.
;*->v y%.oxxki%3 u [-} yXfX f> : XTXK4& X ÍO
D) 10 m eses d e vi d a.
E) 12 m eses d e vi d a.
A /
Resposta'-
(B) A p r i m ei r a i n f o r m ação i m p o r t an t e é so b r e a cr o n o l o g i a d a er u p ção
d en t ár i a (q u an d o o s d en t es n ascem ). O m ai s c o m u m é q u e o s d en t es
d ecíd u o s (d e leit e) co m e ce m a er u p ci o n ar em t o r n o d o s 6 m eses. Po -
r ém , é p o ssível q u e haj a r et ar d o na er u p ção , o q u e n ão d eve ser m o t i vo
d e p r eo cu p ação se el a aco n t ecer at é o s 12 m eses.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, p.172.

3 1 22. Em rel ação à er u p ção d o s d en t es d ecíd u o s, m ar q u e a IN CORRETA.


A) É p o ssível q u e haja r et ar d o na er u p ção , o q u e n ão d eve ser m o t i vo d e
p r eo cu p ação se el a aco n t ecer at é o s 10 m eses.
B) Ap ó s u m an o d e i d ad e d a cr i an ça, se n ão o co r r eu a er u p ção , é n ecessá-
rio invest ig ar o caso , p ois exist e a p o ssi b i l i d ad e d e o co rrer an o d o n t i a.
C) Tam b ém p o d e o co r r er d e o b eb ê n ascer co m d en t es (caso d e d en t es
nat ais) o u vi r a t ê- l o s no p r i m ei r o m ês (caso d e d en t es n eo n at ai s).
D) Os d en t es nat ais e o s d en t es n eo n at ai s p r eci sam ser ext r aíd o s, p o i s
sua i n ser ção é ap en as na g en g i va.
E) Os d en t es n at ai s e n eo n at ai s p o d e m p r ej u d i car a a m a m e n t a ç ã o
nat ur al e ap r esen t am o risco d e ser asp i r ad o s p ar a o p u l m ão .

Resposta'-
(A) É p o ssível q u e haja r et ar d o na er u p ção , o q u e n ão d eve ser m o t i vo
d e p r eo cu p ação se el a aco n t ecer at é os 12 m eses. Ap ó s u m an o d e i d ad e
j 194 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

d a cr i an ça, se n ão o co r r eu a er u p ção , é n ecessár i o i n vest i g ar o caso , p o i s


exi st e a p o ssi b i l i d ad e (rara) d e o co r r er an o d o n t i a (au sên ci a d o s d en t es).
Tam b é m p o d e o co r r er d e o b eb ê n ascer c o m d en t es (caso d e d en t es
nat ai s) o u vi r a t ê- l o s n o p r i m ei r o m ês (caso d e d en t es n eo n at ai s). El es
p r eci sam ser ext r aíd o s, p o i s su a i n ser ção é ap en as n a g en g i v a. Po r t al
r azão , p o d em p r ej u d i car a am am e n t ação n at u r al e ap r esen t am o ri sco
d e ser asp i r ad o s p ar a o p u l m ão .
Re f : Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e . Saúde da Criança, p .172.

23 P o rv o l t a d o s 2 4
23 « " m eses ap ar ecem o s m o l ar es d ecíd u o s, o q u e vai exi g i r
m ai o r es cu i d ad o s d e l i m p eza (i n t r o d u ção o b r i g at ó r i a d a esco va d en t al ),
PO RQ UE esses d en t es ap r e se n t am su l co s r et en t i vo s d e p l aca b act e-
J ri ana." Co m b ase n essa d escr i ção , assi n al e a o p ção co r r et a.

A) A asser t i va e a exp l i cação são ver d ad ei r as e se j u st i f i cam .


B) A asser t i va e a exp l i cação são ver d ad ei r as, m as n ão se j u st i f i cam .
C) A asser t i va é ver d ad ei r a e a exp l i cação é f al sa.
J D) A asser t i va é f al sa e a exp l i cação ver d ad ei r a.
E) A asser t i va e a exp l i cação são f al sas.

[ Resposta:
(D) Po r vo l t a d o s 18 m eses ap ar ecem o s m o l ar es d ecíd u o s, o q u e vai exi -
I g i r m ai o r es cu i d ad o s d e l i m p eza (i n t r o d u ção o b r i g at ó r i a d a esco va d en -
t al), p o i s est es d en t es ap r esen t am su l co s r et en t i vo s d e p l aca b act er i an a.
Re f : Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e . Saúde da Criança, p .172.

0 24. A d en t i ção d ecíd u a, q u e co n st a d e 10 d en t es su p er i o r es e 10 i n f er i o r es,


d eve est ar co m p l et a ao s:
A) 18 m eses d e vi d a.
B) 24 m eses d e vi d a.
C) 36 m eses d e vi d a.
D) 4 2 m eses d e vi d a.
E) 48 m eses d e vi d a.

Resposta:
(C) Ao s 36 m eses, d eve est ar co m p l et a a d en t i ção d ecíd u a, q u e co n st a
d e 10 d en t es su p er i o r es e 10 i n f er i o r es.
Re f : Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e . Saúde da Criança, p .172.
i

FT1 25. Em r el ação ao h áb i t o d o u so d e b i co s e ch u p et as, m ar q u e a IN CORRETA.


A) D ev e- se d e se st i m u l ar o h áb i t o d o u so d e b i co s e c h u p e t as, p o i s
a su cção d a c h u p e t a o u d a m am ad e i r a p o d e acar r et ar al t er açõ es
b u cai s e m cr i an ças.
CAP. 7 -SAÚDE BUCAL COLETIVA 195

B) Para se evi t ar o u so d a ch u p et a, d eve- se r eco m en d ar a t écn i ca co r-


ret a d e am am en t ação , n ão r et i r an d o a cr i an ça d o sei o l o g o q u e el a j á
est ej a sat i sf ei t a.
C) Caso o h áb i t o j á est ej a i n st al ad o , d ev e- se p r o cu r ar r em o v ê- l o o
q u an t o an t es p ara p r even i r as al t er açõ es e p o ssi b i l i t ar su a r ever são
n at u r al .
D) Caso o h áb i t o j á est ej a i n st al ad o , d ev e- se p r o cu r ar r em o v ê- l o o
q u an t o an t es p ara p r even i r as al t er açõ es e p o ssi b i l i t ar su a r ever são
n at u r al .
E) Reco m en d a- se q u e a m ãe au m en t e o f u r o p ar a d ar al i m en t o s m ai s
esp esso s, evi t an d o o em p r eg o d e co l h er o u co p o .

Resposta:
(E) Deve- se d esest i m u l ar o h áb i t o d o u so d e b i co s e ch u p et as, p o i s a
su cção d a ch u p et a o u d a m am ad ei r a p o d e acar r et ar al t er açõ es b u cai s
em cr i an ças, co m o m ás o cl u sõ es e al t er açõ es n o p ad r ão d e d eg l u t i ção .
Para se evi t ar o u so d a ch u p et a, d eve- se r eco m en d ar a t écn i ca co r r et a
d e am am en t ação , n ão r et i r an d o a cr i an ça d o sei o l o g o q u e el a j á est ej a
sat i sf ei t a, esp eci al m en t e se el a co n t i n u ar su g an d o . Caso o h áb i t o j á es-
t eja i n st al ad o , d eve- se p r o cu r ar r em o vê- l o o q u an t o an t es p ar a p r eve-
nir as al t er açõ es e p o ssi b i l i t ar su a r ever são n at u r al . En q u an t o o h áb i t o
est i ver i n st al ad o , o r i en t a- se o u so d e b i co d e m am ad ei r a cu r t o e co m
o ri f íci o p eq u en o e r eco m en d a- se q u e a m ãe n ão au m en t e o f u r o p ar a
d ar al i m en t o s m ai s esp esso s. Est es d e v e m ser o f er eci d o s co m co l h er o u
co p o .
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. Saúde da Criança, p .174.

23 26. A f l u o r et ação d as ág u as d e ab ast eci m en t o p ú b l i co t em si d o u m a i m p o r -


t an t e m ed i d a d e p r o m o ção d e saú d e, sen d o r esp o n sável p el a q u ed a
no s ín d i ces d e cár i e t an t o n o Brasil co m o n o m u n d o . Seg u n d o a Ame-
rican Academy of Pediatrics Dentistry, e m l o cai s o n d e exi st a ág u a d e
ab ast eci m en t o f l u o r et ad a, o uso d e su p l em en t ação d e f l úo r:
A) é r eco m en d ad o n o p r é- n at al , so m en t e.
B) é r eco m en d ad o n a p u er i cu l t u r a, so m en t e.
C) é r eco m en d ad o n o p r é- nat al e n a p u er i cu l t u r a.
D) é r eco m en d ad o às cr i an ças d e 3 a 6 an o s d e i d ad e.
E) não é r eco m en d ad o n o p r é- nat al e n em na p u er i cu l t u r a.

Resposta:
(E) A f l u o r et ação d as ág u as d e ab ast eci m en t o p ú b l i co t em si d o u m a i m -
p o r t an t e m ed i d a d e p r o m o ção d e saú d e, sen d o r esp o n sável p el a q u ed a
no s ín d i ces d e cári e t an t o n o Brasil co m o n o m u n d o . Sen d o est a a f o n t e
p r i n ci p al d e i n g est ão d e f lúo r, n ão se r eco m en d a o u so d e su p l em en t a-
ção d e f l úo r n o p r é- nat al e n e m n a p u er i cu l t u r a e m lo cais o n d e exi st a
196 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

ág u a d e ab ast eci m en t o f l u o r et ad a {American Academy ofPediatric Den-


tistry,2(m.
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e . Saúde da Criança, p .174.

23 27. So b r e as er u p çõ es d en t ár i as, co n si d er e as seg u i n t es af i r m at i vas:


I. Do s 3 ao s 6 an o s n ão o co r r em er u p çõ es d en t ár i as, n em esf o l i ação
(q u ed a) d o s d en t es d e l ei t e.
II. Em t o r n o d o s 6 an o s, h á u m i m p o r t an t e f at o q u e d eve ser d o co n h e-
ci m en t o d o s p ai s/ cu i d ad o r es: a erupção do primeiro molar perma-
nente.
III. O p r i m ei r o m o l ar p er m an en t e é, am i ú d e, co n f u n d i d o co m d en t e d e
leit e, e m f u n ção d o f at o d e n e n h u m t er caíd o p ar a q u e el e er u p ci o -
n asse.
IV. 0 p r i m ei r o m o l ar p er m an en t e é u m g u i a p ar a o est ab el eci m en t o d e
u m a o cl u são h ar m o n i o sa.
Est ão co r r et as:
A) so m en t e I e II.
B) so m en t e III e IV.
C) so m en t e I, II e III.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).

Resposta:
(E) Do s 3 ao s 6 an o s n ão o co r r em er u p çõ es d en t ár i as, n e m esf o l i ação
(q u ed a) d o s d en t es d e leit e. Em t o r n o d o s 6 an o s, há u m i m p o r t an t e f at o
q u e d eve ser d o co n h eci m en t o d o s p ai s/ cu i d ad o r es: a erupção do pri-
meiro molar permanente, q u e n asce at r ás d o ú l t i m o d en t e d e leit e. M u i -
t as vezes co n f u n d i d o co m d en t e d e leit e (em f u n ção d o f at o d e n e n h u m
t er caíd o p ar a q u e el e er u p ci o n asse), o p r i m ei r o m o l ar p er m an en t e, o u
m o l ar d o s 6 an o s, é u m g u i a p ar a o est ab el eci m en t o d e u m a o cl u são
h ar m o n i o sa.
Ref .: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e . Saúde da Criança, p .176.

[ 2 28. As t r o cas d en t ár i as, d e d ecíd u o s a p er m an en t e, i n i ci am - se t o r n o d o s :


A) 4 a 5 an o s, c o m e ç an d o p el o s i n ci si vo s su p er i o r es, seg u i d o s p el o s
i nf er i o r es.
B) 4 a 5 an o s, c o m e ç a n d o p el o s i n ci si vo s i n f er i o r es, seg u i d o s p el o s
su p er i o r es.
C) 6 a 7 an o s, c o m e ç an d o p el o s i n ci si vo s su p er i o r es, seg u i d o s p el o s
i nf er i o r es.
D) 6 a 7 an o s, c o m e ç a n d o p el o s i n ci si vo s i n f er i o r es, seg u i d o s p el o s
su p er i o r es.
CAP. 7 • SAÚDE BUCAL COLETIVA 197

E) 7 a 8 an o s, c o m e ç a n d o p el o s i n ci si vo s i n f er i o r es, seg u i d o s p el o s
su p er i o r es.

Resposta'-
(D) Em t o r n o d o s 6 a 7 an o s, i n i ci am - se as t r o cas d en t ár i as. Os p r i m ei -
ros d en t es q u e são t r o cad o s são o s i nci si vo s i nf er i o r es, seg u i d o s p el o s
su p er i o r es.
Ref .: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e . Saúde da Criança, p .176.

^3 A r e sp e i t o d a e t i o p a t o g e n i a d a c á r i e d e n t á r i a , m a r q u e a I N CO RRET A .

A) O p ap el d a su cr o se e o u t r o s açú car es, n a co l o n i zação e at i vi d ad es


m et ab ó l i cas d e b act ér i as car i o g ên i cas n a p l aca d en t ár i a t e m si d o
b em est ab el eci d o .
B) Cr i an ças, cu j o s d en t es são d e er u p ção r ecen t e, são m ai s vu l n er ávei s
às cár i es.
C) Ad o çan t es não cal ó r i co s, co m o sacar i n a, ci cl am at o e asp ar t am e, n ão
são m et ab o l i zad o s a áci d o s p o r m i cr o o r g an i sm o s o r ai s.
D) Ad o çan t es n ão cal ó r i co s, co m o sacar i n a, ci cl am at o e asp ar t am e, n ão
são car i o g ên i co s.
E) Do p o n t o d e vi st a d a saú d e o r al , a su cr o se é su p er i o r a sacar i n a, ci cl a-
m at o e asp ar t am e co m o ad o çan t e.

Resposta:
(E) O p ap el d a su cr o se e o u t r o s açú car es n a co l o n i zação e at i vi d ad es
m et ab ó l i cas d e b act ér i a car i o g ên i ca n a p l aca d en t ár i a t e m si d o b e m
est ab el eci d o . Cr i an ças cu j o s d en t es d e er u p ção são m ai s vu l n er ávei s
às cár i es d ever i am p o r t an t o m i n i m i zar seu uso d e d o ces car r eg ad o s d e
açú car al t am en t e r ef i n ad o . Ad o çan t es n ão cal ó r i co s, co m o sacar i n a, ci -
cl am at o e asp ar t am e, n ão são m et ab o l i zad o s à áci d o p o r m i cr o - o r g an i s-
m o s o rais e en t ão n ão são car i o g ên i co s. Do p o n t o d e vi st a d e saú d e o r al ,
est es são b em su p er i o r es à su cr o se co m o ad o çan t e.
Ref .: Gr e e n e & Gr een e. I n : W o o l f et al. p .3 2 1 .

Co m r ef er ênci a à cár i e d a m am ad ei r a, sab e- se q u e:


A) est á asso ci ad a ao u so f r eq u en t e d e m am ad ei r a q u an d o a cr i an ça
aco r d a.
B) é u m a f o r m a esp ecíf i ca d e cár i e l eve d o s d en t es p r i m ár i o s e m i n f an -
t es.
C) af et a u su al m e n t e as su p er f íci es p o st er i o r es (l i n g u ai s) d o s d en t es
i nci si vo s m axi l ar es.
D) As cavi d ad es ap ar ecem p r i m ei r o n a l i nha d e g en g i va, co m o am ar e-
las, l esõ es d escal ci f i cad as.
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

E) N o s caso s avan çad o s, as co r o as d o s q u at r o i n ci si vo s m axi l ar es p o d em


ser co m p l et am en t e d est r u íd as.

Resposta.:
(E) Al ei t am en t o m at er n o ad libitum o u m am ad ei r a p ar a acal m ar , m ai s
q u e p ar a al i m en t ar , a cr i an ça o u u so f r eq u en t e d e m am ad ei r a à h o r a d e
d o r m i r p o d em au m en t ar o risco d e cár i e e m d en t es p r i m ár i o s. A cár i e
d a m a- m ad ei r a, t am b é m co n h eci d a p o r al g u n s co m o cár i e r am p an t e,
é u m a f o r m a esp ecíf i ca d e cár i e g r ave d o s d en t es p r i m ár i o s n a i n f ân ci a.

Af et a u su al m en t e às su p er f íci es l ab i ai s (vest i b u l ar es) d o s d en t es i n ci so s


m axi l ar es, q u e , p o r o u t r o l ad o , são r ar am en t e at i n g i d o s p o r cár i es. As
cavi d ad es ap ar ecem p r i m ei r am en t e n a l i n h a d a g en g i va co m o b r an cas,
l esõ es d escal ci f i cad as. N o s caso s avan çad o s, as co r o as d o s q u at r o s i nci -
si vo s m axi l ar es p o d em ser co m p l et am en t e d est r u íd as, d ei xan d o co t o s
car i ad o s m ar r o m - en eg r eci d o s.
Re f : Gr e e n e & Gr e e n e . ln:Wo o lf etal. p .321.

31. So b r e a cár i e d a m am ad ei r a, m ar q u e a IN CORRETA.

A) Par ece ser cau sad a p o r m ú l t i p l o s f at o r es.


B) Os i n ci so s i nf er i o r es u su al m en t e p er m an ecem sad i o s.
C) A p r i n ci p al est r at ég i a p ar a p r even ção é al er t ar o s p ai s so b r e a co n d i -
ção e su as cau sas.
D) Os i n ci si vo s m axi l ar es, sen d o o s p r i m ei r o s a i r r o m p er em , são su j ei t o s
a m ai o r d u r ação d e h áb i t o s car i o g ên i co s.
E) To d o e q u al q u er d en t e p o d e ser af et ad o , d esd e q u e o u so d a m am a-
d ei r a se p r o l o n g u e d ep o i s d o s d o i s an o s d e i d ad e.

Resposta:
(E) A cár i e d a m am ad ei r a p ar ece ser cau sad a p o r m ú l t i p l o s f at o r es, i n -
cl u i n d o a cr o n o l o g i a d e er u p ção d o s d en t es p r i m ár i o s, o p ad r ão m u s-
cu l ar d e su cção i n f an t i l , a t r an sm i ssão ver t i cal d e cer t as b act ér i as d a
m ãe e a d u r ação d e h áb i t o d a al i m en t ação e su cção . Os i n ci si vo s m a-
xi l ar es, sen d o o s p r i m ei r o s a i r r o m p er em , são su j ei t o s a m ai o r d u r ação
d o s h áb i t o s car i o g ên i co s. Ou t r o s d en t es p o d em vi r a ser af et ad o s se o
h áb i t o al i m en t ar é co n t i n u ad o al ém d o s 18 m eses a d o i s an o s d e i d ad e.
Os i n ci si vo s i n f er i o r es, t al vez p r o t eg i d o s p el a l ín g u a d u r an t e a su cção
e l i m p o s p o r sal i va d as g l ân d u l as sal i var es m an d i b u l ar es, u su al m en t e
p er m an ecem sad i o s.

A p r i n ci p al est r at ég i a p ar a p r even i r a cár i e d e m am ad ei r a é al er t ar o s


f u t u r o s e n o vo s p ais so b r e a co n d i ção e su as cau sas.
Re f : Gr e e n e & Gr e e n e . ln:Wo o lf etal. p .321- 2.
CAP. 7 -SAÚDE BUCAL COLETIVA 199

O ín d i ce CPO, no q u e d i z r esp ei t o à cár i e d en t ár i a, exp r essa a hi st ó r i a


p r eg r essa e at u al d a saú d e d en t ár i a. No caso , a hi st ó ri a at ual é co n f er i d a
p o r:
A) P, El e O.
B) C, O e E.
C) El e C.
D) O e E.
E) El e O.

Resposta-

(C) Os cr i t ér i o s m ai s co m u m en t e em p r eg ad o s em Od o n t o l o g i a en car am
ap en as a i n t eg r i d ad e d o d en t e em si , d esco n si d er an d o as est r u t u r as p e-
r i o d o n t ai s. O índ i ce CPO (car i ad o s, p er d i d o s e o b t u r ad o s) exp r essa a
hi st ó ri a p r eg r essa e at u al d a saú d e d en t ár i a no q u e d i z r esp ei t o à cár i e
d en t ár i a. Os p er d i d o s (P) en g l o b am o s ext r aíd o s (E) e o s d e ext r ação
i n d i cad a (El ); O e E f o r m am a hi st ó ri a p r eg r essa e El e C a hi st ó ri a at u al .
Ref: Kloet zel. p.272.

E S 33. O ín d i ce b ási co p ara f o r n ecer u m a i d éi a d a p r eval ên ci a d a cári e d en t al é


o CPO- D à i d ad e d e 12 an o s. Sem p r e q u e p o ssível , co n v ém co m p l et á- l o
co m o CPO- D ao s:
A) 6 , 9 , 1 5 , 1 8 e 35- 44 an o s.
B) 6 , 1 5 , 1 8 e 35- 44 an o s.
C) 9 , 1 5 , 1 8 e 35- 44 an o s.
D) 1 5 ,1 8 e 35- 44 an o s.
E) 18, 35- 44 e 65- 74 an o s.

Resposta:
(B) O ín d i ce CPO- D ao s 12 an o s é f u n d am en t al p ar a f o r n ecer u m a i d éi a
so b r e p r eval ên ci a b ai xa, m o d er ad a o u al t a d a cár i e d en t al . Sem p r e q u e
p o ssível , co n v ém co m p l et á- l o co m o CPO- D ao s 6 , 1 5 , 1 8 e 35- 44 an o s,
est r at i f i can d o p el o s seu s co m p o n en t es (C, P, O), d e aco r d o co m o p a-
d r ão d e d i ag n ó st i co seg u i d o p el a OM S (1997).
Ref: Pinto. Saúde Bucal Coletiva. p.24.

0 34. Den t r e as m ed i d as p r ev en t i v as p ar a as cár i es d en t ár i as, si t u ad as n o


p er ío d o d a p at o g ên ese, seg u n d o o m o d el o d e Leavel l & Cl ar k, EXCETO:
A) ed u cação em saú d e p ar a a h i g i en e o r al .
B) b o m p ad r ão d e n u t r i ção .
C) b o a h i g i en e o r al .
D) esco var o s d en t es ap ó s as r ef ei çõ es.
E) exam es o rais p er i ó d i co s d et al h ad o s co m raios- X.
200 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Resposta:
(E) As q u at r o p r i m ei r as m ed i d as l i st ad as p er t en cem ao nível p r i m ár i o ,
co r r esp o n d en d o ao p er ío d o p r é- p at o g ên i co . A ú l t i m a m ed i d a é u m a
f o r m a d e p r even ção secu n d ár i a, si t u ad a ao nível d a p at o g ên ese, q u an -
d o a cár i e d en t al j á é cl i n i cam en t e m an i f est a.
Ref: Leavell & Clark. Medicina Preventiva, p .326- 35.

0 35. Do s seg u i n t es m ét o d o s d e f l u o r et ação , assi n al e o q u e, exp er i m en t al -


m en t e, p r o p o r ci o n a a m ai o r r ed u ção d e cár i e d en t al .
A) Su p l em en t ação d i et ét i ca d e f l úo r so b a f o r m a d e d r ág eas o u t ab l e-
t es.
B) Su p l em en t ação d e al i m en t o s rico s e m f lúo r.
C) Ap l i cação t ó p i ca d e f l úo r p o r d en t i st as.
D) Fl u o r et ação d a ág u a d e b eb er.
E) Past a d e d en t es f l u o r et ad a.

Resposta:
(A) A r ed u ção d e cár i e co m nível ó t i m o d e f l u o r et ação d a ág u a d e b eb er
é d e cer ca d e 30- 60%. A su p l em en t ação d i et ét i ca d e f l úo r so b a f o r m a
d e d r ág eas, t ab l et es et c. p ar a cr i an ças em co m u n i d ad es co m ág u a n ão
f l u o r et ad a o u co m f l u o r et ação su b - ó t i m a t em m o st r ad o u m a r ed u ção
d e cer ca d e 5 5 % d e cár i e d en t al . Fl úo r t ó p i co ap l i cad o p o r d en t i st as re-
d u z as cár i es e m 1 5 % e o uso d e p ast a d en t i f r íci a co m f l úo r r ed uzi r á
3- 5% d as cár i es. N ão se ut iliza su p l em en t ação d e al i m en t o s rico s em
f l úo r co m o m ed i d a d e co n t r o l e d a cár i e d en t ár i a.
Ref: Blain & Trask. In: Hudson etal. p .329- 1.

E 3 36. So b r e a at u ação an t i car i o g ên i ca d o f lúo r, m ar q u e a IN CORRETA.


A) O d ecl ín i o em cár i es d en t ár i as em p aíses d esen vo l vi d o s é p r i n ci p al -
m en t e at r i b u íd o ao au m en t o d o u so d e f l úo r so b vár i as f o r m as d e
ap r esen t ação .
B) O f lúo r, q u an d o e m co n t at o co m a p l aca b act er i an a, t en d e a ser b ac-
t er i ci d a ao s m i cr ó b i o s d a p l aca.
C) O esm al t e f l u o r et ad o é m u i t o m ai s r esi st ent e à so l u b i l i d ad e- áci d a d o
p r o cesso car i o g ên i co .
D) O f l úo r em co n t at o co m a p l aca r ed u z a vi r u l ên ci a d o s m i cr ó b i o s d a
p l aca b act er i an a.
E) O f l ú o r al cal i n i za a su p er f íci e d o d en t e, i m p ed i n d o a f o r m ação d a
p l aca b act er i an a.
CAP. 7 -SAÚDE BUCAL COLETIVA 201

Resposta:
(E) O d ecl ín i o e m cár i es d en t ár i as e m p aíses d esen vo l vi d o s, co m o o s
EUA, é p r i n ci p al m en t e at r i b u íd o ao au m en t o d e uso d e flúor so b vár i as
f o r m as d e ap r esen t ação . O esm al t e f l u o r et ad o é m u i t o m ai s r esi st en t e
à so l u b i l i d ad e- áci d a d o p r o cesso car i o g ên i co . Tam b é m o f lúo r, q u an d o
e m co n t at o co m a p l aca b act er i an a, t en d e a ser b act er i ci d a ao s m i cr ó -
b i o s na p l aca e assi m r ed u zi n d o su a vi r u l ên ci a.
Ref.: Blain & Trask. In: Hudson etal. p.328- 9.

São f at o r es l i m i t am a u t i l i d ad e d a f l u o r et ação d o sal co m o u m m eca-


n i sm o p ar a r ed u ção d as cár i es d en t ár i as:

I. b ai xa ef i cáci a, b em i nf eri o r ao o b ser vad o co m a f l u o r et ação d a ág u a


d e ab ast eci m en t o .
II. o co n su m o d e sal var i a co n si d er avel m en t e nas p o p u l açõ es.
III. em al g u n s p aíses exi st em g r an d es esf o r ço s p ar a d i m i n u i r o co n su m o
d e sal p o r o u t r as r azõ es d e saú d e.
IV. as d i f i cu l d ad es t écn i cas p ara a su p l em en t ação d o f l ú o r t o r n an d o o
p r eço final d o sal exo r b i t an t e.
Est ão co r r et as:
A) so m en t e l e l l .
B) so m en t e III e IV.
C) so m en t e II e III.
D) so m en t e I, III e IV.
E) t o d as (I a IV).

Resposta:
(C) Os est u d o s f ei t o s co m a u t i l i zação d e sal f l u o r et ad o r ep o r t ar am r ed u -
çõ es d e 50- 60% d as cár i es d en t ár i as, p r at i cam en t e as m esm as d a f l u o -
r et ação d a ág u a. O f l ú o r i n g er i d o co m sal é u m m ecan i sm o ef i caz p ar a
r ed u ção d as cár i es d en t ár i as. No en t an t o , l am en t avel m en t e, o co n su m o
d e sal var i a co n si d er avel m en t e, e e m al g u n s p aíses exi st em g r an d es es-
f o r ço s p ar a d i m i n u i r o co n su m o d e sal p o r o u t r as r azõ es d e saú d e. Esses
d o i s f at o r es l i m i t am a u t i l i d ad e d a f l u o r et ação d o sal co m o u m m ecan i s-
m o p ara r ed u ção d as cár i es d en t ár i as.
Ref.: Greene & Wycoff. In: Holand etal. p .283.

Efl 38. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e saú d e o ral em i d o so s, m ar q u e a INCOR-


RETA.

A) a m á n u t r i ção é cau sa, e m si e p o r si , d e g en g i vi t e e d o en ça p er i o d o n -


t al.
B) a i n g est ão f r eq u en t e d e al i m en t o s ad er en t es rico s e m su cr o se d eve
ser evi t ad a p o r aq u el es q u e co n ser v am d en t es n at u r ai s.
202 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

C) exi st e risco ad i ci o n al d e d esen vo l vi m en t o d e cár i es d en t ár i as so b r e


as su p er f íci es d as raízes exp o st as p o r r ecessão d e g en g i va.
D) A p er i o d o n t i t e p o d e r esu l t ar e m d et er i o r ação d o s m ecan i sm o s d e
d ef esa d o s h o sp ed ei r o s, t o r n an d o a p esso a m ai s vu l n er ável às i n f ec-
çõ es.
E) d o en ça cr ó n i ca o u t r at am en t o q u e i n t er f er em na n u t r i ção ad eq u ad a
p o d em au m en t ar o risco d e r áp i d a p er d a d o o sso d e su st en t ação d o s
d en t es p o r p er i o d o n t i t e.

Resposta:
(A) Fr eq u en t e i n g est a d e al i m en t o s ad er en t es rico s e m su cr o se d eve
ser evi t ad a p o r i d o so s q u e co n ser v am o s d en t es n at u r ai s. Há u m risco
ad i ci o n al d e d esen vo l vi m en t o d e cár i es so b r e as su p er f íci es d e raízes
exp o st as p o r r ecessão d e g en g i va. A m á n u t r i ção , e m si e p o r si , n ão
cau sa g en g i vi t e o u d o en ça p er i o d o n t al , p o r ém , el a p o d e r esul t ar e m
d et er i o r ação d o s m ecan i sm o s d e d ef esa d o s h o sp ed ei r o s, t o r n an d o a
p esso a m ai s vu l n er ável às i n f ecçõ es. Id o so s q u e so f r em d o en ças cr ó n i -
cas, o u aq u el as q u e est ão r eceb en d o t er ap i as q u e i n t er f er em n a n u t r i -
ção ad eq u ad a, t ê m risco au m en t ad o d e m ai s r áp i d a p er d a d o o sso d e
su st en t ação d o s d en t es cau sad a p o r p er i o d o n t i t e avan çad a.
Ref.: Gr e e n e & Gr een e. I n : Woolf et al. p .323.

23 39. So b r e saú d e p er i o d o n t al , assi n al e a co r r et a.

A) Gen g i vi t e e p er i o d o n t i t e são f o r m as i ni ci ai s d e d o en ça p er i o d o n t al .
B) A g en g i vi t e é i n co m u m e m cr i an ças e ad o l escen t es.
C) A g en g i vi t e p o d e se exacer b ar d u r an t e a i d ad e ad u l t a.
D) A p er i o d o n t i t e é i n co m u m an t es d a i d ad e ad u l t a.
E) A p er i o d o n t i t e j u ven i l p o d e l evar r ap i d am en t e à p er d a d e d en t es.

Resposta:
(E) A g en g i vi t e, u m a f o r m a p r eco ce d e d o en ça p er i o d o n t al , est á p r e-
sen t e n a m ai o r i a d as cr i an ças e d o s ad o l escen t es e p o d e ser exacer b ad a
d u r an t e a p u b er d ad e. A p er i o d o n t i t e, u m a f o r m a avan çad a d a d o en ça
p er i o d o n t al , é i n co m u m an t es d a i d ad e ad u l t a. A l g u m as f o r m as raras,
co n t u d o , p o d em ser sér i as d u r an t e a ad o l escên ci a; a p er i o d o n t i t e j u v e-
nil p o d e l evar à r áp i d a p er d a ó ssea e d o s d en t es.
Ref.: Gr e e n e & Gr e e n e . I n : Woolf et al. p .325.

E m
23 40- r el ação ao s asp ect o s ep i d em i o l ó g i co s d as cr i an ças af et ad as p o r
l áb i o l ep o r i n o e fissura p al at i n a, m ar q u e a IN CORRETA.

A) A asso ci ação co m o u t r o s d ef ei t o s co n g én i t o s é ext r em am en t e r ar a.


B) A i d ad e d o s p ai s p ar ece p o si t i vam en t e co r r el aci o n ad a c o m a o co r -
r ên ci a d e d ef ei t o s.
CAP. 7 -SAÚDE BUCAL COLETIVA 203

C) Cr i an ças n asci d as co m t ai s d ef ei t o s t êm m ai s b ai xo p eso ao n ascer


q u e as cr i an ças n o r m ai s.
D) Em am b o s sexo s, o l áb i o l ep o r i n o é d u as vezes m ai s f r eq u en t e n o
l ad o esq u er d o q u e n o d i r ei t o .
E) Gém eo s h o m o zi g ó t i co s exi b em m ai o r co n co r d ân ci a d e d ef ei t o s q u e
os h et er o zi g ó t i co s.

Resposta'-
(A) Para l áb i o l ep o r i n o e fissura p al at i n a, o s g ém eo s h o m o zi g ó t i co s exi -
bem m a i o r c o n c o r d â n c i a d e d e f e i t o s q u e o s h e t e r o zi g ó t i c o s, a i n d a q u e
aq u el a co n co r d ân ci a seja i nf eri o r a 5 0 %. A i d ad e d o s p ai s p ar ece p o -
si t i vam en t e co r r el aci o n ad a co m a o co r r ên ci a d e d ef ei t o s. Em b o r a n ão
f o r t em en t e, cr i an ças n asci d as co m t ai s d ef ei t o s t êm m ai s b ai xo p eso ao
n ascer q u e as cr i an ças n o r m ai s e p r esu m i vel m en t e u m p er ío d o g est a-
ci o n al m ai s cu r t o . As fissuras d e l áb i o e p al at o o co r r em co m u m a var i e-
d ad e d e o u t r o s d ef ei t o s co n g én i t o s. Em am b o s o s sexo s, a fissura l ab i al
é d u as vezes m ai s c o m u m n o l ad o esq u er d o q u e n o d i r ei t o .
Ref.: Ro t h m an . In : Cl ar k & M acM ah o n . Preventive and Community Medicine, p.169.
CAPITULO 8

SAÚDE DO
TRABALH ADOR

33 0 1 .As b ases d a M ed i ci n a So ci al e d a M ed i ci n a d o Tr ab al h o est ão est ab el e-


ci d as n o livro i n t i t u l ad o De Morbis Artificum Diatriba (Tr at ad o so b r e as
Do en ças d o s Tr ab al h ad o r es) p u b l i cad o p o r :
A) Hi p ó cr at es.
B) Pl íni o , o Vel h o .
C) Par acel so .
D) Ram azzi n i .
E) Ag r íco l a.

Resposta'-
(D) Em 1700, o m éd i co i t al i ano Ber n ar d i n o Ram azzi n i (1633- 1714), p r o -
f esso r d a Facu l d ad e d e M ed i ci n a em M ó d en a, na It ál i a, p u b l i co u seu
livro i n t i t u l ad o De Morbis Artificum Diatriba (Tr at ad o so b r e as Do en ças
d o s Tr ab al h ad o r es), no q u al r eu n i u o b ser vaçõ es so b r e o p ap el d o t r a-
b al h ad o r no vi ver, no ad o ecer e m o r r er d as p esso as, est ab el ecen d o as
b ases d a M ed i ci n a So ci al e d a M ed i ci n a d o Tr ab al h o .
Ref.: Santana et ai. In: Paim & Almeida. Saúde Coletiva. p.513.

Q3 02.| Descr eveu d e m o d o b r i l h an t e a vi d a d a cl asse o p er ár i a e d e su as l ut as


p o r m el h o r es co n d i çõ es d e t r ab al h o , q u e cu l m i n ar am co m a i n t er ven -
ção d o Est ad o so b r e essa q u est ão . Est á se f al an d o d e:
A) Fr i ed r i ch En g el s.
B) Ru d o l f Vi r ch o w .
C) Wi l l i am Farr.
D) A d am Sm i t h .
E) Karl M ar x.
206 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Resposta'-
(A) Fr i ed r i ch En g el s d escr eveu d e m o d o b r i l h an t e a vi d a d a cl asse o p e-
rária e d e suas lut as p o r m el h o r es co n d i çõ es d e t r ab al h o , q u e cu l m i n a-
r am co m a i n t er ven ção d o Est ad o so b r e essa q u est ão .
Ref : San t an a etal. In: Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .514.

^ 1 03. So b r e o m o d el o d e at en ção à saú d e d o s t r ab al h ad o r es, m ar q u e a o p ção


FALSA.
A) Or g ani za- se co m u m a p rát i ca d e saú d e i nt eg r al .
B) São i nd i sso ci ávei s as açõ es d e p r o m o ção , p r o t eção , vi g i l ân ci a e assis-
t ên ci a à saú d e.
C) Inclui a r eab i l i t ação e a p ar t i ci p ação d o s t r ab al h ad o r es co m o suj ei t o s
so ci ai s.
D) As açõ es d e saú d e são co n d u zi d as p o r eq u i p es m u l t i p r o f i ssi o n ai s
q u e at u am i n t er d i sci p l i n ar m en t e.
E) O seu f o co est á nas açõ es d e n at u r eza i n d i vi d u ai s, d el i n ead as a p art i r
d o esf o r ço o r g an i zad o d a so ci ed ad e e p r o t ag o n i sm o d e t r ab al h ad o -
res.

Resposta:
(E) " Seg u i n d o o p ar ad i g m a d a Saú d e Co l et i va, o m o d el o d e at en ção à
saú d e d o s t r ab al h ad o r es se o r g an i za co m u m a p r át i ca d e saú d e i n t eg r al .
Isso si g ni f i ca q u e são i nd i sso ci ávei s as açõ es d e p r o m o ção , p r o t eção , vi -
g i l ân ci a e assi st ênci a à saú d e, i n cl u i n d o a r eab i l i t ação e a p ar t i ci p ação
d o s t r ab al h ad o r es co m o suj ei t o s so ci ai s, e m t o d as essas d i m en sõ es.
As açõ es d e saú d e são co n d u zi d as p o r eq u i p es m u l t i p r o f i ssi o n ai s q u e
at u am i n t er d i sci p l i n ar m en t e, e o f o co est á nas açõ es d e n at u r eza co l et i -
vas, d el i n ead as a p art ir d o esf o rço o r g an i zad o d a so ci ed ad e e p r o t ag o -
n i sm o d e t r ab al h ad o r es."
Ref : San t an a et ai. I n : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .514.

0 04. So b r e o m o d el o d e at en ção à saú d e d o s t r ab al h ad o r es, co n si d er e as


af i r m açõ es seg u i n t es:
I. Bu scam - se as m el h o r i as d as co n d i çõ es d e vi d a e d e t r ab al h o , a r ed u -
ção d o s p r o b l em as d e saú d e r el aci o n ad o s o u n ão co m o t r ab al h o ,
p o r m ei o d a p r even ção d o s ag r avo s à saú d e e a p r o m o ção d a saú d e.
II. Desco n si d er a o t r ab al h o co m o o p o r t u n i d ad e d e saú d e e b em - est ar
p ara o s t r ab al h ad o r es.
III. Ent r e o s p r i n cíp i o s q u e em b asam a Saú d e d o Tr ab al h ad o r (ST), d est a-
ca- se o d i r ei t o d o s t r ab al h ad o r es à p r o t eção so ci al , n a d ep en d ên ci a
d o t i p o d e vín cu l o d o t r ab al h o .
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 207

IV. In cl u i o d i r ei t o à r ecu sa d o t r ab al h o p er i g o so e/ o u i n sal u b r e, q u e


p r essu p õ e a i n f o r m ação e a su st en t ação p o l ít i ca p o r suas o r g an i za-
çõ es r ep r esen t at i vas.
Est ão co r r et as:
A) so m en t e II e HL
B) so m en t e I e IV.
C) so m en t e I, III e IV.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d a s (I a I V ) .

Resposta:
(B) " Bu scam - se as m el h o r i as d as co n d i çõ es d e vi d a e d e t r ab al h o , a r e-
d u ção d o s p r o b l em as d e saú d e r el aci o n ad o s o u n ão co m o t r ab al h o , p o r
m ei o d a p r even ção d o s ag r avo s à saú d e e a p r o m o ção d a saú d e, co n si -
d er an d o o t r ab al h o co m o o p o r t u n i d ad e d e saú d e e b em - est ar p ar a o s
t r ab al h ad o r es. Ent re o s p r i n cíp i o s q u e em b asam a Saú d e d o Tr ab al h a-
d o r (ST), d est aca- se o d i r ei t o d o s t r ab al h ad o r es à p r o t eção so ci al , i n d e-
p en d en t em en t e d o t i p o d e vín cu l o d o t r ab al h o - se f o r m al , i n f o r m al ,
servi d o r, m ilit ar, em p r eg ad o d o m ést i co , d en t r e o u t r o s - d e d i sp o r d e
u m am b i en t e d e t r ab al h o sau d ável e seg u r o . In cl u i , t am b é m , o d i r ei t o
à recusa d o t r ab al h o p er i g o so e/ o u i n sal u b r e, q u e p r essu p õ e a inf or-
m ação e a su st en t ação p o l ít i ca p o r su as o r g an i zaçõ es r ep r esent at i vas."
Ref: Santana etal. In: Paim & Almeida. Saúde Coletiva. p.514-5.

Quest ões 5 a 7

Al g u m as d as p r i nci p ai s car act er íst i cas d o s d i f er en t es m o d el o s d e o r g a-


n i zação d o cu i d ad o à saú d e d o t r ab al h ad o r est ão m escl ad as e en u m e-
rad as:
(1) Fo co em açõ es cl ín i cas, b i o l o g i ci st a, i n d i vi d u ai s, cu r at i vas, assi st en -
ci al i st as, e açõ es d e sel eção / m an u t en ção d a h i g i d ez d a f o r ça d o
t r ab al h o .
(2) Am p l i a o esco p o d o s d et er m i n an t es d a saú d e, i n cl u i n d o asp ect o s
m acr o sso ci ai s e p o l ít i co s, eco n ó m i co s, am b i en t ai s e b i o l ó g i co s, co m
ab o r d ag en s t r an sd i sci p l i n ar es e i nt er set o r i ai s.
(3) Açõ es p r even t i vas q u an d o exi st em são d i st an t es d as cu r at i vas e
r eat i vas, i.e., d esen cad ead as ap ó s a o co r r ên ci a d e p r o b l em as.
(4) En f o q u e cen t r ad o n o co n t r o l e d o i n d i vi d u o , d o am b i en t e e d o ad o -
eci m en t o , seg u i n d o u m a " r aci o n al i d ad e cient if ica" .
(5) Ên f ase n a sel eção d e ap t o s p ar a o t r ab al h o e n o m o n i t o r am en t o d a
saú d e.
(6) Ên f ase na p r even ção p r i m ár i a (causas) não se l i m i t an d o ao am b i en t e
d e t r ab al h o , m as co n si d er a a t o t al i d ad e d a vi d a d o t r ab al h ad o r .
i
j 208 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

(7) Co n t r o l e e g est ão d a f al t as (ab sen t eísm o ), vi san d o à p r o nt a reab ili-


t ação .

(8) Direit o d o t r ab al h ad o r ao co n h eci m en t o e a r ecusa ao t r ab al h o i nsa-


l ub r e e i n seg u r o .

(9) O t r ab al h ad o r é o b j et o d as açõ es d e saú d e, e n ão o suj ei t o d as d eci -


sõ es. Su a exp er i ên ci a e o p i n i ão são p o u co co n si d er ad as.

Q3 05. Seg u em o s p ar âm et r o s d o m o d el o d a M ed i ci n a d o Tr ab al h o , as i d ent i f i -


cad as co m o s n ú m er o s:
A) ( 1 ) ,( 3 ) e ( 9 ) .
B) (4), (5) e (7).
C) (2), ( 6 ) e ( 8 ) .
D) (2), ( 5 ) e ( 9 ) .
E) 0 ) , ( 6 ) e ( 7 ) .

Resposta:
(A) As p r i nci p ai s car act er íst i cas d o s m o d el o s d e o r g an i zação d o cu i d ad o
à saú d e d o t r ab al h ad o r seg u i n d o o s p ar âm et r o s d a M ed i ci n a d o Tr a-
b al h o são :

1. Fo co e m açõ es cl ín i cas, b i o l o g i ci st a, i n d i vi d u ai s, cu r at i vas, assi st en -


ci al i st as, e açõ es d e sel eção / m an u t en ção d a h i g i d ez d a f o rça d o t r a-
b al h o .

2. Açõ es p r even t i vas q u an d o exi st em são d i st an t es d as cu r at i vas e rea-


t i vas, i.e., d esen cad ead as ap ó s a o co r r ên ci a d e p r o b l em as.

3. O m éd i co t em p ap el cen t r al e o f o co é a assi st ênci a m éd i ca.

4. A em p r esa o f er ece ser vi ço s m éd i co s vi san d o ao co n t r o l e, d en t r e o u -


t ro s, d o est ab el eci m en t o d e vín cu l o o cu p aci o n al p ara o s ag r avo s à
saú d e.

5. Visa ao co n t r o l e d a d o en ça e à p r o n t a r eab i l i t ação .

6. O t r ab al h ad o r é o b j et o d as açõ es d e saú d e, e n ão o suj ei t o d as d eci -


sõ es. Su a exp er i ên ci a e o p i n i ão são p o u co co n si d er ad as.
Re f : San t an a etal. I n : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .515.

^ 06. Seg u em o s p ar âm et r o s d o m o d el o d a Saú d e Ocu p aci o n al , as i d ent i f i ca-


d as co m o s n ú m er o s:
A) (1), ( 3 ) e ( 9 ) .
B) ( 4 ) ,( 5 ) e ( 7 ) .
C) ( 2 ) ,( 6 ) e ( 8 ) .
D) (4), ( 5 ) e ( 9 ) .
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 209

E) (5), (6) e (7).

Resposta'-
(B) As p r i nci p ai s car act er íst i cas d o s m o d el o s d e o r g an i zação d o cu i d ad o
à saú d e d o t r ab al h ad o r seg u i n d o o s p ar âm et r o s d a Sa ú d e Ocu p aci o n al
são:
1. Fo co n a i n t er ven ção so b r e o am b i en t e vi san d o g ar ant i r a p r o d u ção
e a p r o d u t i vi d ad e

2. En f o q u e c e n t r a d o n o c o n t r o l e d o i n d i v i d u o , d o a m b i e n t e e d o a d o -
eci m en t o , seg u i n d o u m a " r aci o n al i d ad e cient if ica" .

3. Ab o r d ag em m u l t i d i sci p l i n ar i n co r p o r an d o sab er es e p rat i cas d e o u -


t ras d i sci p l i n as (To xi co l o g i a, Hi g i en e, Er g o n o m i a e a En g en h ar i a d e
Seg u r an ça no Tr ab al h o ).

4. Ên f ase n a sel eção d e ap t o s p ara o t r ab al h o e n o m o n i t o r am en t o d a


saú d e.

5. Co n t r o l e e g est ão d a f al t as (ab sen t eísm o ), vi san d o à p r o nt a reab i l i -


t ação .

6. O t r ab al h ad o r é o b j et o d as açõ es d e saú d e, e n ão o suj ei t o d as d eci -


sõ es.
Ref.: San t an a etal. In : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .515.

23 ° 7 ' Seg u em o s p ar âm et r o s d o m o d el o d a Saú d e d o Tr ab al h ad o r , as i d ent i f i -


cad as co m o s n ú m er o s:
A) (1), (3) e (9).
B) (4), (5) e (7).
C) ( 2 ) ,( 6 ) e ( 8 ) .
D) (2), ( 5 ) e ( 6 ) .
E) ( 2 ) ,( 6 ) e ( 7 ) .

Resposta'-
(C) As p r i n ci p ai s car act er íst i cas d o s m o d el o s d e o r g an i zação d o cu i d ad o
à saú d e d o t r ab al h ad o r seg u i n d o o s p ar âm et r o s d a Sa ú d e d o Tr ab al h a-
d o r são :

1. Fo co n o p r o cesso p r o d u t i vo , p r o cesso d e t r ab al h o é a cat eg o r i a ex-


p l i cat i va cen t r al .

2. Am p l i a o esco p o d o s d et er m i n an t es d a saú d e, i n cl u i n d o asp ect o s


m acr o sso ci ai s e p o l ít i co s, eco n ó m i co s, am b i en t ai s e b i o l ó g i co s, co m
ab o r d ag en s t r an sd i sci p l i n ar es e i nt erset o ri ai s.

3. Ênf ase e m açõ es co l et i vas e n a p ar t i ci p ação d o s t r ab al h ad o r es.


210 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

4. Ên f ase na p r even ção p r i m ár i a (causas) n ão se l i m i t an d o ao am b i en t e


d e t r ab al h o , m as co n si d er a a t o t al i d ad e d a vi d a d o t r ab al h ad o r .

5. Di rei t o d o t r ab al h ad o r ao co n h eci m en t o e a r ecu sa ao t r ab al h o i nsa-


l u b r e e i n seg u r o .

6. O t r ab al h ad o r é p ar t i ci p e e suj ei t o d as açõ es d a saú d e.

Ref: San t an a etal. In: Pai m & A l m ei d a. Saúde Coletiva. p .515.

^ 08. Na cl assi f i cação d as d o en ças d e aco r d o co m sua r el ação co m o t r ab al h o ,


seg u n d o Sch i l l i n g (1984), são exem p l o s d o Gr u p o I - Tr ab al h o co m o
cau sa n ecessár i a:

A) i n t o xi cação p o r ch u m b o , si l i co se, aci d en t es d e t r ab al h o t íp i co s.


B) d o en ças o st eo m u scu l ar es, si l i co se, aci d en t es d e t r ab al h o t íp i co s.
C) d er m at i t e d e co n t at o , d o en ças m en t ai s, aci d en t es d e t r ab al h o t íp i -
co s.
D) var i zes d e m em b r o s i nf er i o r es, si l i co se, aci d en t es d e t r ab al h o t íp i co s.
E) i n t o xi cação p o r ch u m b o , d er m at i t e d e co n t at o , var i zes d e m em b r o s
i nf er i o r es.

Resposta:
(A) A cl assi f i cação d as d o en ças d e aco r d o co m su a r el ação co m o t r a-
b al h o , seg u n d o Sch i l l i n g (1984), é co m p o st a p o r t rês g r u p o s. No Gr u -
p o I - Tr ab al h o co m o cau sa n ecessár i a, i n cl u em - se o s ag r avo s à saú d e,
no s q u ai s f at o r es p r esen t es n o t r ab al h o são co n d i ção n ecessár i a p ara a
o co r r ên ci a, co m o : i n t o xi cação p o r ch u m b o , si l i co se e aci d en t es d e t r a-
b al h o t íp i co s. São ag r avo s r ar am en t e cau sad o s p o r exp o si çõ es n ão o cu -
p aci o n ai s, co m o na b i ssi n o se, u m a p n eu m o p at i a cau sad a p el a p o ei r a
d o al g o d ão .
Ref: San t an a etal. In: Pai m & A l m ei d a. Saúde Coletiva. p.516.

J J 09. Na cl assi f i cação d as d o en ças d e aco r d o co m sua r el ação co m o t r ab al h o ,


seg u n d o Sch i l l i n g , são exem p l o s d o Gr u p o II - Tr ab al h o co m f at o r co n -
t r i b u t i vo , m as não n ecessár i o :

A) d o en ças o st eo m u scu l ar es, var i zes d e m e m b r o s i n f er i o r es, al g u n s


cân cer es.
B) i n t o xi cação p o r ch u m b o , var i zes d e m em b r o s i nf er i o r es, al g u n s cân -
cer es.
C) d o en ças o st eo m u scu l ar es, i n t o xi cação p o r ch u m b o , al g u n s cân cer es.
D) d o en ças o st eo m u scu l ar es, var i zes d e m em b r o s i nf er i o r es, asm a.
E) asm a, var i zes d e m em b r o s i nf er i o r es, d er m at i t e d e co n t at o .
CAP. 8 -SAÚDE DO TRABALHADOR 211

Resposta-
(A) A cl assi f i cação d as d o en ças d e aco r d o co m su a r el ação co m o t r ab a-
lho, seg u n d o Sch i l l i n g (1984), é co m p o st a p o r t r ês g r u p o s. O Gr u p o II -
Tr ab al h o co m f at o r co n t r i b u t i vo , m as n ão n ecessár i o , ab r an g e d o en ças
o u aci d en t es q u e t êm su a o co r r ên ci a, g r avi d ad e o u evo l u ção m o d i f i ca-
d as p o r f at o r es p r esen t es no t r ab al h o , a exem p l o d a h i p er t en são ar t er i al
em m o t o r i st as. São o u t r o s exem p l o s: d o en ças o st eo m u scu l ar es, var i zes
d e m em b r o s i nf eri o res e al g u n s cân cer es.
z
Ref : San t an a etal. In : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .516.

^ 10. Na cl assi f i cação d as d o en ças d e aco r d o co m sua r el ação co m o t r ab al h o ,


seg u n d o Sch i l l i n g , são exem p l o s d o Gr u p o III - Tr ab al h o co m o p r o vo ca-
d o r d e u m d i st ú r b i o l at ent e o u ag r avad o r d e u m a d o en ça j á est ab el e-
ci d a:
A) d o en ças o st eo m u scu l ar es, var i zes d e m em b r o s i n f er i o r es, d o en ças
m en t ai s.
B) var i zes d e m em b r o s i nf eri o res, d er m at i t e d e co n t at o , d o en ças m en -
t ai s.
C) d o en ças o st eo m u scu l ar es, d er m at i t e d e co n t at o , d o en ças m en t ai s.
D) asm a, d er m at i t e d e co n t at o , var i zes d e m em b r o s i nf eri o res.
E) asm a, d er m at i t e d e co n t at o , d o en ças m en t ai s.

Resposta:
(E) A cl assi f i cação d as d o en ças d e aco r d o co m su a r el ação co m o t r a-
b al h o , seg u n d o Sch i l l i n g (1984), é co m p o st a p o r t rês g r u p o s. No Gr u p o
III - Tr ab al h o co m o p r o vo cad o r d e u m d i st ú r b i o l at ent e o u ag r avad o r
d e u m a d o en ça j á est ab el eci d a, est ão o s ag r avo s n o s q uai s o t r ab al h o
é p r o vo cad o r d e u m d i st ú r b i o l at ent e o u at u a co m o ag r avad o r d e u m a
d o en ça o u co n d i ção p r eexi st en t e, co m o n as cri ses d e asm a e m p ad ei -
ros p r evi am en t e sen si b i l i zad o s, d esen cad ead as p el a exp o si ção à f ar i n h a
d e t ri g o .. São o u t r o s exem p l o s: asm a, d er m at i t e d e co n t at o e d o en ças
m en t ai s.
Ref : San t an a etal. In : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .516.

No Brasi l , t r ad i ci o n al m en t e, a t ar ef a d e est ab el ecer u m a r el ação en t r e a


d o en ça q u e o t r ab al h ad o r ap r esen t a e seu t r ab al h o t em sid o at r i b u íd a,
no âm b i t o p r evi d en ci ár i o , ao s:
A) cl íni co s g er ai s.
B) p eri t o s m éd i co s.
C) m éd i co s d o t r ab al h o .
D) m éd i co s sani t ar i st as.
E) m éd i co s d as seg u r ad o r as.
212 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Resposta'-
(B) Tr ad i ci o n al m en t e, n o Br asi l , a t ar ef a d e est ab el ecer u m a r el ação en -
t re a d o en ça q u e o t r ab al h ad o r ap r esen t a e seu t r ab al h o t em si d o at ri-
b u íd a ao s m éd i co s d o t r ab al h o e, n o âm b i t o p r evi d en ci ár i o , ao s p er i t o s
m éd i co s.
Re f : San t an a etal. I n : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .516.

m 12. A m ai s i m p o r t an t e f er r am en t a p ara o est ab el eci m en t o d a rel ação cau sal


en t r e o t r ab al h o e o ad o eci m en t o ap r esen t ad o p el o t r ab al h ad o r é:
A) o exam e cl íni co .
B) a hi st ó ri a o cu p aci o n al .
C) a evi d ên ci a l ab o r at o r i al .
D) a vi g i l ân ci a ep i d em i o l ó g i ca.
E) a vi st o r i a d o am b i en t e l ab o r al .

Resposta:
(B) A m ai s i m p o r t an t e f er r am en t a p ara o est ab el eci m en t o d a r el ação
causal en t r e o t r ab al h o e o ad o eci m en t o ap r esen t ad o p el o t r ab al h ad o r
é a hi st ó ri a o cu p aci o n al .
Re f : San t an a etal. I n : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .516.

13. O Pl an o d e Ação Gl o b al e m Saú d e d o s Tr ab al h ad o r es p r o p o st o p el a


OM S, d e 2007, ap r esen t ava o s seg u i n t es o b j et i vo s, EXCETO:
A) p r o m o ver e p r o t eg er a saú d e d o s t r ab al h ad o r es.
B) p r o d uzi r e d i vu l g ar evi d ên ci as p ar a a ação e a p r át i ca.
C) est ab el ecer i n st r u m en t o s d e p o l ít i cas e n o r m as p ar a a saú d e d o s
t r ab al h ad o r es.
D) p r o m o ver m el h o r i a d o r en d i m en t o f u n ci o n al d o s t r ab al h ad o r es n o
am b i en t e l ab o r al .
E) i n co r p o r ar a saú d e d o s t r ab al h ad o r es a o u t r as p o l ít i cas d est i n ad as a
al can çar a saú d e d o s t r ab al h ad o r es p ar a t o d o s.

Resposta:
(D) " O Pl an o d e Ação Gl o b al em Saú d e d o s Tr ab al h ad o r es p r o p o st o p el a
OM S, d e 2007, ap r esen t ava o s seg u i n t es o b j et i vo s: (a) est ab el ecer ins-
t r u m en t o s d e p o l ít i cas e n o r m as p ar a a saú d e d o s t r ab al h ad o r es; (b )
p r o m o ver e p r o t eg er a saú d e d o s t r ab al h ad o r es; (c) p r o m o ver m el h o r i a
d o d esem p en h o e acesso d o s t r ab al h ad o r es ao s ser vi ço s d e saú d e; (d )
p r o d uzi r e d i vu l g ar evi d ên ci as p ar a a ação e a p r át i ca; (e) i n co r p o r ar a
saú d e d o s t r ab al h ad o r es a o ut r as p o l ít i cas d est i n ad as a al can çar a saú d e
d o s t r ab al h ad o r es p ar a t o d o s."
Ref : San t an a etal. I n : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .518.
CAP. 8 -SAÚDE DO TRABALHADOR 213

So b r e a Vi g i l ânci a e m Saú d e d o Tr ab al h ad o r (Vi sat ), co n si d er e as af i r m a-


çõ es seg u i n t es:
I. En f o ca t an t o a p r o d u ção d e co n h eci m en t o co m o as i n t er ven çõ es n o s
p r o cesso s d e t r ab al h o e aval i ação d o i m p act o d essas açõ es.
II. In cl u i o m o n i t o r am en t o ep i d em i o l ó g i co d o s ag r avo s r el aci o n ad o s
co m o t r ab al h o .
III. Ab r an g e o s f at o r es d e risco e d esf ech o s e m saú d e e a an ál i se d a si t u -
ação d e saú d e co m ên f ase n o p erf il p r o d u t i vo e n o t er r i t ó r i o .
IV. A v a l i a as i n t e r v e n ç õ e s n o s p r o c e s s o s d e t r a b a l h o , v i s a n d o à s u p e r a -
ção d o s p r o b l em as q u e af et am a saú d e.

Es t ã o c o r r e t a s: :
A) so m en t e II e III.
¥o.mmo ,o&xo:u

B) so m en t e II, III e IV.


C) so m en t e I, III e IV.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).

Resposta-
(E) " En t r e as açõ es t écn i cas i m p o r t an t es n o cam p o d a ST d est aca- se a
Vi g i l ân ci a e m Saú d e d o Tr ab al h ad o r (Vi sat ), q u e en f o ca t an t o a p r o d u -
ção d e co n h eci m en t o co m o as i n t er ven çõ es n o s p r o cesso s d e t r ab al h o
e aval i ação d o i m p act o d essas açõ es. Incl ui o m o n i t o r am en t o ep i d em i o -
l ó g i co d o s ag r avo s r el aci o n ad o s co m o t r ab al h o d as co n d i çõ es d e t r a-
b al h o , ab r an g en d o o s f at o r es d e risco e d esf ech o s e m saú d e, a an ál i se
d a si t u ação d e saú d e co m ên f ase n o p erf il p r o d u t i vo e n o t er r i t ó r i o , e as
i n t er ven çõ es n o s p r o cesso s d e t r ab al h o , vi san d o à su p er ação d o s p r o -
b l em as q u e af et am a saúd e."
Re f : San t an a etal. In : Pai m & A l m e i d a. Saúde Coletiva. p .519.

I A p r o p o st a d e b an i m en t o d o am i an t o , em p r o cesso s p r o d u t i vo s exi st en -
t es, t em si d o j u st i f i cad a p o r ser o am i an t o u m co n h eci d o f at o r d e risco
p ar a:
A) vár i o s t i p o s d e cân cer e a asb est o se.
B) m eso t el i o m a p l eur al e a si l i co se.
C) cân cer d e p u l m ão e a b ag aço se.
D) sar co i d o se e a asb est o se.
E) si d er o se e a si l i co se.

Resposta:
(A) N as açõ es t écn i cas i m p o r t an t es n o cam p o d a ST d est aca- se a Vi g i -
l ânci a e m Saú d e d o Tr ab al h ad o r (Vi sat ), q u e en f o ca t an t o a p r o d u ção
d e co n h eci m en t o co m o as i n t er ven çõ es n o s p r o cesso s d e t r ab al h o e
214 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

aval i ação d o i m p act o d essas açõ es. N isso , inclui- se a r eco m en d ação
d a el i m i n ação d e exp o si çõ es e f at o res d e risco em p r o cesso s d e p r o d u -
ção j á exi st en t es. Co m o exem p l o t em - se a p r o p o st a d e b an i m en t o d o
am i an t o , em p r o cesso s p r o d u t i vo s exi st en t es, t em si d o j u st i f i cad a p o r
ser o am i an t o u m co n h eci d o f at o r d e risco p ara vár i o s t i p o s d e cân cer
e a asb est o se.
Ref: San t an a etal. In : Pai m & Al m ei d a. Saúde Coletiva. p.520.

2316. As d i ver sas f o r m as d e asb est o são ag en t es o cu p aci o n ai s r eco n h eci d o s


co m o asso ci ad o s co m o cân cer d e p u l m ão :
A) l ar i n g e, m am a, o vár i o e m eso t el i o m as.
B) p u l m ão , m am a, o vár i o e l i n f o m as.
C) p u l m ão , l ar i n g e, o vár i o e m eso t el i o m as.
D) p u l m ão , est ô m ag o , o vár i o e m eso t el i o m as.
E) p u l m ão , l ar i ng e, est ô m ag o e l i n f o m as.

Resposta:
(C) A r evi são d a IARC, d e 2012, ref o rça a exi st ên ci a d e evi d ên ci a su f i ci en -
t e p ara a car ci n o g en i ci d ad e, em h u m an o s, d e t o d as as f o r m as d e asb es-
t o (cri so t i l a, cr o ci d o l i t a, am o si t a, act i n o l i t a, t r em o l i t a e ant o f i l i t a, co m o
ag en t es o cu p aci o n ai s r eco n h eci d am en t e asso ci ad o s co m o cân cer d e
p u l m ão , l ar i n g e, o vár i o e m eso t el i o m as).
Ref: Al g r an t i etal. In: M en d es. Patologia do Trabalho, p.1.265.

j 17. Co m r ef er ênci as às r ad i açõ es i o n i zan t es, m ar q u e a al t er n at i va FALSA.


A) co m eçar am a ser ut i l i zad as p ara d i ag n ó st i co cl ín i co no início d esd e o
sécu l o XIX.
B) são aq u el as q u e ext r aem ío ns d a m at ér i a ao i n ci d i r em so b r e a m esm a
p r o d u zi n d o ío ns.
C) p o d em se o r i g i nar d e ap ar el h o s, co m o raios- X e acel er ad o r es l i n ea-
res.
D) as r ad i açõ es d e ef ei t o s so m át i co s p r o d u zem l esõ es nas cél u l as irra-
d i ad as e p o d em ser t r an sm i t i d as h er ed i t ar i am en t e.
E) o seu risco est á p r esen t e em áreas q u e f azem o uso d e eq u i p am en t o s
d e d i ag n ó st i co e d e i m ag en s m éd i cas em t em p o r eal , co m o cen t r o
ci r úr g i co e UTI.

Resposta:
(D) As r ad i açõ es i o n i zan t es t êm si d o ut i l i zad as p ara d i ag n ó st i co cl ín i co
d esd e o sécu l o p assad o . Rad i açõ es i o n i zan t es são aq u el as q u e ext r aem
el ét r o n d a m at ér i a ao i n ci d i r em so b r e a m esm a, p r o d u zi n d o ío ns. Ex.: as
p ar t ícu l as, al f a, b et a, n eu t r o n s, as p r o d u zi d as p o r o n d as el et r o m ag n é-
t i cas, as o r i g i n ad as d e ap ar el h o s co m o raios- X e acel er ad o r es l i near es.
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 215

Os ef ei t o s b i o l ó g i co s d as r ad i açõ es i o n i zan t es p o d em ser h er ed i t ár i o s e


so m át i co s. Os ef ei t o s so m át i co s p r o d u zem l esõ es nas cél u l as i r r ad i ad as,
q u e n ão se t r an sm i t em h er ed i t ar i am en t e.
No am b i en t e ho sp i t al ar, o s risco s i n er en t es às r ad i açõ es i o n i zan t es se
r el aci o n am as ár eas d o r ad i o d i ag n ó st i co e r ad i o t er ap i a, m as p o d em es-
t ar p r esen t es e m ár eas q u e u sam eq u i p am en t o s d e d i ag n ó st i co e d e
i m ag en s m éd i cas em t em p o real, co m o cen t r o ci r ú r g i co e UTI.
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o da Saúde. Segurança no ambiente hospitalar, p.32.

^ 18. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e as r ad i açõ es n ão - i o n i zan t es, m ar q u e a


co r r et a.:
r - •" -; ~ • . - ' - _ " . . " • - "*
A) Cau sam exci t ação d o s át o m o s d o m at er i al ab so r v en t e e p o ssu em
en er g i a su f i ci en t e p ar a ret irar seu s el ét r o n s d as ó r b i t as q u e o cu p am .
B) Em am b i en t es h o sp i t al ar es, p o d em ser u sad as so b as f o r m as d e l u z
u l t r avi o l et a, luz i n f r aver m el h a e laser.
C) O laser p o d e ser p er i g o so q u an d o ut i l i zad o e m u n i d ad es ci r ú r g i cas
d e co r t e, p o i s f az uso d e p o t en t es f o n t es d e en er g i a nucl ear .
D) A r ad i ação i n f r aver m el h a é u sad a p ar a est er i l i zação e r ep r esen t a u m
risco no am b i en t e h o sp i t al ar p o r cau sa d e seu s aq u eced o r es.
E) A r ad i ação i n f r av er m el h a t e m p e q u e n o p o t en ci al p ar a p r o v o car
q u ei m ad u r as.

Resposta:
(B) As r ad i açõ es n ão - i o n i zan t es cau sam exci t ação d o s át o m o s d o m a-
t eri al ab so r ven t e m as n ão p o ssu em en er g i a su f i ci en t e p ara ret irar seu s
el ét r o n s d as ó r b i t as q u e o cu p am .
No am b i en t e ho sp i t al ar, seu r eco n h eci m en t o p r i m ár i o p o d e ser r ep r e-
sen t ad o p o r: p r o cesso d e est er i l i zação q u e f az uso d a l u z u l t r avi o l et a,
luz i n f r aver m el h a em p r eg ad a e m f i si o t er ap i a e p r o ced i m en t o s ci r ú r g i -
co s n a f o r m a d e laser, t ai s f o r m as d e r ad i ação p o d em t r azer risco s ao
p aci en t e e a f u n ci o n ár i o s.
O laser p o d e ser p er i g o so q u an d o ut i l i zad o e m u n i d ad es ci r úr g i cas d e
co r t e, p o i s f az u so d e p o t en t es f o n t es d e cal o r ; p o d e co m f aci l i d ad e
cau sar q u ei m ad u r as n a p el e e no s o l h o s.
A r ad i ação i n f r aver m el h a é ut i l i zad a p ar a aq u eci m en t o e si g ni f i ca u m
risco n o am b i en t e h o sp i t al ar p o r cau sa d e seu s aq u eced o r es e o p o t en -
cial p ar a p r o vo car q u ei m ad u r as.
Ref: Brasi l . M i ni st ér i o da Saúde. Segurança no ambiente hospitalar, p.36-7.

Para o M i n i st ér i o d o Tr ab al h o e Em p r eg o d o Br asi l , são exem p l o s d e


ag en t es er g o n ó m i co s p ar a risco s am b i en t ai s:
A) r uíd o , vi b r ação e p r essõ es an o r m ai s.
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

B) t r ab al h o n o t u r n o , r i t m o excessi vo e ar r an j o f ísi co .
C) t em p er at u r as ext r em as, i l u m i n ação d ef i ci en t e e u m i d ad e.
D) t r ei n am en t o i n ad eq u ad o , ar m azen am en t o i n ad eq u ad o e at en ção e
r esp o n sab i l i d ad e.
E) t r ei n am en t o i n ad eq u ad o / i n exi st en t e, t r ab al h o s e m t u r n o s e n o t u r -
n o s e r i t m o excessi vo .

Resposta:
(E) A N o r m a Reg u l am en t ad o r a N° 9 (N R- 9) - Ri sco s Am b i en t ai s - cl as-
sif ica o s ri sco s am b i en t ai s seg u n d o ag en t es e m : q u ím i co s, f ísi co s, b i o -
l ó g i co s, er g o n ó m i co s e m ecân i co s. São m en ci o n ad o s co m o ag en t es
er g o n ó m i co s: t r ab al h o f ísi co p esad o , p o st u r as i n co r r et as, t r ei n am en t o
i n ad eq u ad o / i n exi st en t e, t r ab al h o s e m t u r n o s e n o t u r n o s, at en ção e res-
p o n sab i l i d ad e, m o n o t o n i a e r i t m o excessi vo .
Ref : IOB. Segurança e saúde no trabalho, p .93.

20. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e d er m at o se o cu p aci o n al , m ar q u e a al t er-

n at i va FALSA.

A) Der m at o se o cu p aci o n al é t o d a al t er ação d e p el e, m u co sas e an exo s


d esd e q u e d i r et am en t e cau sad a o u ag r avad a p o r t u d o aq u i l o q u e
seja u t i l i zad o na at i vi d ad e p r o f i ssi o n al .
B) São e n u m e r ad o s c o m o co n d i ci o n ad o r es d e d er m at o ses o cu p aci o -
nais as cau sas d i r et as e o s f at o r es p r ed i sp o n en t es o u cau sas i n d i r e-
t as.
C) Ag en t es b i o l ó g i co s, f ísi co s e q u ím i co s p o d em ser cau sas d i r et as d e
d er m at o ses o cu p aci o n ai s.
D) Os ag en t es q u ím i co s c o m p õ e m o g r an d e g r u p o d as su b st ân ci as cau -
sad o r as d e d er m at o ses.
E) Os p r i n ci p ai s ag en t es f ísi co s cap azes d e p r o d u zi r d er m at o ses o cu -
p aci o n ai s são : cal o r , f r i o , el et r i ci d ad e, r ad i açõ es i o n i zan t es e n ão
i o n i zan t es, ag en t es m ecân i co s, vi b r açõ es, m i cr o o n d as, laser.

Resposta:
(A) Der m at o se o cu p aci o n al é t o d a al t er ação d a p el e, m u co sas e an exo s
d i r et a o u i n d i r et am en t e cau sad a, co n d i ci o n ad a, m an t i d a o u ag r avad a
p o r t u d o aq u i l o q u e seja u t i l i zad o na at i vi d ad e p r o f i ssi o n al o u exi st a n o
am b i en t e d e t r ab al h o .

Do i s g r an d es g r u p o s d e f at o r es p o d em ser ar r o l ad o s co m o co n d i ci o n a-
d o r es d e d er m at o ses o cu p aci o n ai s: o s f at o r es p r ed i sp o n en t es o u cau -
sas i n d i r et as; e as cau sas d i r et as: co n st i t u íd as p o r ag en t es b i o l ó g i co s,
f ísi co s, q u ím i co s.
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 217

Os p r i n ci p ai s ag en t es f ísi co s cap azes d e p r o d u zi r d er m at o ses o cu p aci o -


nais são : calo r, f ri o , el et r i ci d ad e, r ad i açõ es i o n i zan t es e n ão i o n i zan t es,
ag en t es m ecân i co s, vi b r açõ es, m i cr o o n d as, laser.
Os ag en t es q u ím i co s co m p õ e m o g r an d e g r u p o d as su b st ân ci as cau sa-
d o r as d e d er m at o ses. Cer ca d e 8 0 % d as d er m at o ses o cu p aci o n ai s são
p r o vo cad as p o r ag en t es q u ím i co s, su b st ân ci as o r g ân i cas o u i n o r g ân i -
cas, i rri t ant es e sen si b i l i zan t es.
Ref: Ali. In: M en d es. Patologia do Trabalho, p.1.342- 8.

Das seg u i n t es af i r m at i vas r el aci o n ad as ao s f at o r es p r ed i sp o n en t es d as


d er m at o ses o cu p aci o n ai s, m ar q u e a FALSA.
A) São f at o r es p r ed i sp o n en t es às d er m at o ses o cu p aci o n ai s: i d ad e, sexo ,
et n i a, cl i m a et c.
B) Tr ab al h ad o r es j o v en s e m en o s exp er i en t es co st u m am ser m ai s af et a-
d o s.
C) N eg r o s ap r esen t am r esp o st as q u el o i d i an as c o m m ai o r f r eq u ên ci a
q u e b r an co s.
D) H o m en s e m u l h er es são i g u al m en t e af et ad o s, p o r ém as m u l h er es
ap r esen t am q u ad r o s m ai s g r aves e d e r em i ssão m ai s l en t a.
E) Tem p er at u r a e u m i d ad e i n f l u en ci am o ap ar eci m en t o d e d er m at o ses
co m o p i o d er m i t es, m i l i ár i a e i n f ecçõ es f ú n g i cas.

Resposta:
(D) São f at o r es p r ed i sp o n en t es às d er m at o ses o cu p aci o n ai s: i d ad e,
sexo , et n i a, cl i m a et c. Qu an t o à i d ad e, t r ab al h ad o r es j o ven s e m en o s
exp er i en t es co st u m am ser m ai s af et ad o s. H o m en s e m u l h er es são i g u al -
m en t e af et ad o s, p o r ém as m u l h er es ap r esen t am q u ad r o s m en o s g r aves
e d e r em i ssão m ai s r áp i d a. Os n eg r o s r evel am r esp o st as q u el o i d i an as
co m m ai o r f r eq u ên ci a q u e b r an co s. Tem p er at u r a e u m i d ad e i n f l u en -
ci am o su r g i m en t o d e d er m at o ses, co m o p i o d er m i t es, m i l i ári a e i nf ec-
çõ es f ú n g i cas.
Ref: Ali. In : M en d es. Patologia do Trabalho, p.1.342.

Q 22 . Das af i r m at i vas seg u i n t es rel at i vas a an t eced en t es m ó r b i d o s co m o p r e-


d i sp o n en t es d as d er m at o ses o cu p aci o n ai s, m ar q u e a IN CORRETA.
A) Po r t ad o r es d e d er m at i t e at ó p i ca t o l er am m al a u m i d ad e e am b i en t es
co m el evad a t em p er at u r a.
B) Po r t ad o r es d e d er m at i t e at ó p i ca são m en o s su scet ívei s d e d esen vo l -
ver d er m at i t e p o r co n t at o p o r i rri t ação p r i m ár i a.
C) Po r t ad o r es d e d er m at o ses p r eg r essas o u em at i vi d ad e são m ai s p r o -
p en so s a d esen vo l ver d er m at o se o cu p aci o n al .
218 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

D) Po r t ad o r es d e acn e e eczem a seb o r r ei co p o d em ag r avar sua d er m a-


t o se q u an d o exp o st o s a ó l eo s, cer as e g r axas.
E) O at ó p i co d ev e evi t ar o t r ab al h o e m am b i en t e q u en t e, ú m i d o o u
em co n t at o co m ó l eo s, g r axas, cer as e o u t r as su b st ân ci as q u ím i cas
p o t en ci al m en t e i r r i t ant es.

Resposta:
(B) Po r t ad o r es d e d er m at i t e at ó p i ca são m ai s su scet ívei s d e d esen vo l ver
d er m at i t e d e co n t at o p o r i rri t ação p r i m ár i a e t o l er am m al a u m i d ad e
e am b i en t es co m el evad a t em p er at u r a; p o r t ad o r es d e d er m at o ses p r e-
g r essas o u em at i vi d ad e são m ai s p r o p en so s a d esen vo l ver d er m at o se
o cu p aci o n al . Po r t ad o r es d e acn e e eczem a seb o r r ei co p o d em ag r avar
su a d er m at o se q u an d o exp o st o s a ó l eo s, cer as e g r axas. O at ó p i co d eve
evi t ar o t r ab al h o em am b i en t e q u en t e, ú m i d o o u e m co n t at o co m ó l eo s,
g r axas, cer as e o u t r as su b st ân ci as q u ím i cas p o t en ci al m en t e i r r i t ant es.
Ref.: Ali. In: M en d es. Patologia do Trabalho, p .1.341.

23 23. Da exp o si ção o cu p aci o n al ao cr o m o , co n si d er e as af i r m açõ es seg u i n t es:


j. Os sais d e cr o m o t o m am p ar t e at i va no d esen cad eam en t o d e d i ver-
sas d er m at o ses: ú l cer as, d er m at i t es d e co n t at o et c.
II. N íveis el evad o s d e n évo as d e áci d o cr ô m i co p o d em resul t ar em p er-
f u r ação d o sep t o nasal d o o p er ár i o exp o st o .
III. Da exp o si ção d o s p u l m õ es às n évo as d e áci d o cr ô m i co , p o d e resul t ar
au m en t o d a i n ci d ên ci a d o car ci n o m a b r o n co g ên i co .
IV. O cr o m o h exaval en t e é i rri t ant e p ar a o t eg u m en t o e as n évo as vi as
aér eas su p er i o r es.

Es t ã o c o r r e t a s:
A) so m en t e II e NI.
B) so m en t e II, III e IV.
C) so m en t e I, III e IV.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).

Resposta:
(E) Os sais d e cr o m o t o m am p ar t e at i va no d esen cad eam en t o d e d i ver -
sas d er m at o ses: ú l cer as, d er m at i t es d e co n t at o e t c ; nívei s el evad o s d e
n évo as d e áci d o cr ô m i co p o d em resul t ar em p er f u r ação d o sep t o nasal
d o o p er ár i o exp o st o e d a exp o si ção d o s p u l m õ es às n évo as d e áci d o
cr ô m i co , au m en t o d a i n ci d ên ci a d o car ci n o m a b r o n co g ên i co . O cr o m o
h exaval en t e é i rri t ant e p ar a o t eg u m en t o e as n évo as vi as aér eas su -
p er i o r es. A ação i rri t ant e d as n évo as d e áci d o cr ô m i co nas vi as aér eas
su p er i o r es p o d e d esen cad ear cri ses asm át i cas em o p er ár i o s su scet ívei s.
Ref.: Ali. In: M en d es. Patologia do Trabalho, p .1.369- 70.
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 219

So b r e as d o en ças o st eo m u scu l ar es r el aci o n ad as ao t r ab al h o (D O RT),


m ar q u e a IN CORRETA.
A) São d i st ú r b i o s d e o r i g em o cu p aci o n al o u n ão o cu p aci o n al .
B) Para a Or g an i zação M u n d i al d e Saú d e, as DORT são d e et i o l o g i a m u l -
t i f at o r i al .
C) O am b i en t e d e t r ab al h o e o m o d o co m o est e t r ab al h o se d esen vo l ve
são f at o r es co n t r i b u i n t es d i r et o s.
D) I n ú m er o s f at o r es p o d e m se asso ci ar p ar a o ap ar e ci m e n t o d essas
d o en ças d o t r ab al h o .
E) A exi st ên ci a d e m u i t o s co n cei t o s e d ef i n i çõ es d as DORT d i f i cu l t a a
cam p ar ação d o s est u d o s ep i d em i o l ó g i co s.

Resposta:
(A) As d o en ças o st eo m u scu l ar es r el aci o n ad as ao t r ab al h o (DORT) são ,
p o r d ef i n i ção , d e n at u r eza o cu p aci o n al . Para a OM S, as DORT são d e
et i o l o g i a m u l t i f at o r i al . O am b i en t e d e t r ab al h o e o m o d o co m o est e t r a-
b al h o se d esen vo l ve são f at o r es q u e co n t r i b u em d i r et am en t e. Al ém d o s
f at o r es ci t ad o s, i n ú m er o s o u t r o s f at o r es p o d em se asso ci ar p ar a o ap ar e-
ci m en t o d a d o en ça d o t r ab al h o . A exi st ên ci a d e m u i t o s co n cei t o s e d e-
finições d as DORT d i f i cul t a a cam p ar ação d o s est u d o s ep i d em i o l ó g i co s.
Ref.: Ch e r e m & Co i m b r a. I n : M en d es. Patologia do Trabalho, p .1392.

0 25. Para o cál cu l o d o co ef i ci en t e d e g r avi d ad e d o s aci d en t es d e t r ab al h o , o


d en o m i n ad o r é co n st i t u íd o d e n ° d e
A) em p r eg ad o s co m car t ei r a d e t r ab al h o assi n ad a.
B) p esso as eco n o m i cam en t e at i vas.
C) seg u r ad o s d a Pr evi d ên ci a So ci al .
D) h o r as/ h o m em t r ab al h ad as.
E) p esso as e m i d ad e at i va.

Resposta:
(D) Para o cál cu l o d o co ef i ci en t e d e g r avi d ad e d o s aci d en t es d e t r ab a-
lho, o n u m er ad o r é co m p o st o d o n ° d e d i as p er d i d o s p o r aci d en t es d e
t r ab al h o + o n ° d e d i as d eb i t ad o s a t ai s aci d en t es e o d en o m i n ad o r é
i n t eg r ad o p el o n ° d e h o r as/ h o m em t r ab al h ad as.
Ref.: Ca r m o etal. I n : M e n d e s. Patologia do Trabalho, p .452: Bi n d er e A l m e i d a. I n :
M en d es. Patologia do Trabalho, p.701 - 5.

Quest ões 26 a 30

As ci n co q u est õ es seg u i n t es são r el aci o n ad as a i n d i cad o r es u sad o s e m


aci d en t es d e t r ab al h o e d ev em ser r esp o n d i d as co m a ch ave:
A) i n ci d ên ci a acu m u l ad a.
220 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

i
i
;

! B) d en si d ad e d e i n ci d ên ci a.
C) co ef i ci en t e d e m o r t al i d ad e.
; D) co ef i ci en t e d e l et al i d ad e.
E) co ef i ci en t e d e g r avi d ad e.

"É u m i n d i cad o r q u e t em p o r o b j et i vo p er m i t i r a aval i ação q u an t i t at i va


d as p er d as acar r et ad as p el o s aci d en t es d e t r ab al h o co n se q u e n t e s à
i n cap aci t ação t em p o r ár i a d as vít i m as d est es event o s" .

Resposta'- (E)

23 27. " É o i n d i cad o r q u e m ed e a cap aci d ad e d e u m ag r avo à saú d e l evar ao


ó b i t o ; o u , n o p r esen t e caso , a cap aci d ad e d e m at ar d o s aci d en t es d e
t r ab al h o (em i n t er val o d e t em p o d ef i ni d o )" .

Resposta: (D)

El 28. " Rep r esen t a u m i n d i cad o r m ai s acu r ad o p ar a m ed i r a o co r r ên ci a d e


aci d en t es d o t r ab al h o , r ef l et i nd o a vel o ci d ad e co m q u e p ar t e d a p o p u -
l ação est u d ad a acid ent a- se" .

Resposta: (B)

23 29. "É cal cu l ad o p o r n° d e aci d en t es d e t r ab al h o f at ai s/ n° d e aci d en t es d e


t r ab al h o o co r r i d o s, m u l t i p l i cad o p o r 100".

Resposta: (D)

0 30. "A d i n âm i ca d a p o p u l ação t r ab al h ad o r a e m e st u d o n o i n t er v al o d e


t em p o é t o m ad a em co n si d er ação p ar a co m p o r o seu d en o m i n ad o r " .

Resposta: (B)
O co ef i ci en t e d e g r avi d ad e é u m i n d i cad o r q u e t em p o r o b j et i vo p er m i -
t ir a aval i ação q u an t i t at i va d as p er d as acar r et ad as p el o s aci d en t es d e
t r ab al h o co n seq u en t es à i n cap aci t ação t em p o r ár i a d as vít i m as d est es
even t o s.
A l et al i d ad e é o i n d i cad o r q u e m ed e a cap aci d ad e d e u m ag r avo à saú d e
l evar ao ó b i t o ; no p r esen t e caso , a cap aci d ad e d e m at ar d o s aci d en t es
d e t r ab al h o (em i n t er val o d e t em p o d ef i n i d o ). Esse co ef i ci en t e é cal cu -
l ad o p o r n° d e aci d en t es d e t r ab al h o f at ai s/ n° d e aci d en t es d e t r ab al h o
o co r r i d o s, m u l t i p l i cad o p o r 100.
A d en si d ad e d e i n ci d ên ci a r ep r esen t a u m i n d i cad o r m ai s acu r ad o p ar a
m ed i r a o co r r ên ci a d e aci d en t es d o t r ab al h o , r ef l et i n d o a vel o ci d ad e
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 221

co m q u e p ar t e d a p o p u l ação est u d ad a aci d en t a- se. A d i n âm i ca d a p o -


p u l ação t r ab al h ad o r a e m est u d o n o i n t er val o d e t e m p o é t o m ad a e m
co n si d er ação p ar a co m p o r o d en o m i n ad o r .
Ref.: Car m o etal. In : M e n d e s. Patologia do Trabalho, p .451- 3; Bi n d er e A l m e i d a. I n :
M en d es. Patologia do Trabalho, p.701 - 5.

^ 3 1 . Po r co n v en ção , n o cál cu l o d o co ef i ci en t e d e g r avi d ad e d e aci d en t es d e


t r ab al h o à p er d a d a au d i ção b i l at er al d e v e m ser d eb i t ad o s:

A) 300 d i as.
B) 600 d i as.
C) 1.800 d i as.
D) 3.000 d i as.
E) 6.000 d i as.
• • •• • .j --• XX O Í ^ v-y -:-y- - • v-\ nsfl 6 £ | j • ~-
Resposta:
(D) Po r co n ven ção , est ab el eceu - se u m val o r em p ír i co (val o r e m d i as)
co n seq u en t e às p er d as an at ó m i cas e f u n ci o n ai s d eco r r en t es d e aci d en -
t es d e t r ab al h o ; são exem p l o s e m d i as d eb i t ad o s às seg u i n t es p er d as:
vi são d e u m o l h o (1.800 d i as), vi são b i l at er al (6.000), au d i ção b i l at er al
(3.000), au d i ção u n i l at er al (600), m ão (3.000), b r aço aci m a d o co t o vel o
(4.500), b r aço ab ai xo d e co t o vel o (3.600), p o l eg ar (600 d i as) et c.
Ref.: Lau r en t i & Ro d r i g u es. I n : Fu n d acen t r o . p.162.

^ 32. N o " M ap a d e Ri sco " d e u m h o sp i t al , as ár eas i d en t i f i cad as c o m r i sco


am b i en t al p o r ag en t es q u ím i co s são r ep r esen t ad as p o r u m cír cu l o :

A) v er m el h o .
B) m ar r o m .
C) am ar el o .
D) l ar anj a
E) p r et o

Resposta:
(A) A Po r t ar i a N ° 5, d e 17/ 08/ 92, d o M i n i st ér i o d o Tr ab al h o , est ab el e-
ceu a o b r i g at o r i ed ad e d a CIPA d e co n f ecci o n ar o " M ap a d e Risco". Os
risco s d e v e m ser si m b o l i zad o s d e t r ês t am an h o s (d i âm et r o s): p eq u en o
(2,5 c m ) , m éd i o (5 cm ) e g r an d e (10 c m ) , co n f o r m e a su a g r avi d ad e, e
e m co r es d e aco r d o o t i p o d e r i sco : ag en t es f ísi co s (ver d e), ag en t es q u í-
m i co s (ver m el h o ), ag en t es b i o l ó g i co s (m ar r o m ), ag en t es er g o n ó m i co s
(am ar el o ), ag en t es m ecân i co s (azu l ), ri sco s lo cais (l ar anj a) e ri sco s o p e-
r aci o n ai s (p r et o ).
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. Segurança no ambiente hospitalar, p.22.
222 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

2jJ 33. A exp o si ção d o p aci en t e é m ed i d a e m t er m o s d a d o se d e r ad i ação


ab so r vi d a. N esse caso , a u n i d ad e d e m ed i d a d a d o se r eceb i d a é:
A) r ad .
B) r em .
C) r ad i o n
D) b eq u er el .
E) Ro en t g en (R).

! Resposta:
(A) A u n i d ad e q u e m ed e a r ad i ação em i t i d a p el a f o n t e é o Ro en t g en
(R). A exp o si ção d o p aci en t e é m ed i d a em t er m o s d a d o se d e r ad i ação
ab so r vi d a o u rad s (r ad ). Os r ad i o l o g i st as, r ad i o t er ap eu t as e t écn i co s d e
raios- X são exp o st o s à r ad i ação en q u an t o t r ab al h am co m o s p aci en t es
o u d i r et am en t e co m o s eq u i p am en t o s; n esse caso , a u n i d ad e d e d o se
r eceb i d a é d en o m i n ad a d o se eq u i val en t e (d o i n g l ês, " r ad i at i o n eq u i va-
li l ent m an " ) (r em ).
Ref.: Brasi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. Segurança no ambiente hospitalar, p .33.
i

^ 34. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e d o en ças p r o f i ssi o n ai s e d o en ças d o


t r ab al h o , n o s t er m o s p r evi st o s d a l eg i sl ação p r evi d en ci ár i a d o Br asi l ,
m ar q u e a IN CORRETA.
A) As d o en ças p r o f i ssi o nai s são t am b é m d en o m i n ad as er g o p at i as, t ec-
n o p at i as o u d o en ças p r o f i ssi o nai s t íp i cas.
B) As d o en ças p r o f i ssi o nai s são aq u el as p r o d u zi d as o u d esen cad ead as
p el o exer cíci o d e t r ab al h o p ecu l i ar a d et er m i n ad as at i vi d ad es, e m
f u n ção d o risco esp ecíf i co d i r et o .
C) As d o en ças p r o f i ssi o n ai s n ecessi t am d e co m p r o v ação d o n exo d e
í cau sal i d ad e co m o t r ab al h o .
D) As d o en ças d o t r ab al h o são t a m b é m d en o m i n ad as m eso p at i as o u
m o l ést i as p r o f i ssi o nai s at íp i cas.
E) As d o en ças d o t r ab al h o são aq u el as p r o d u zi d as, d esen cad ead as o u
ag r avad as p o r co n d i çõ es esp eci ai s d e t r ab al h o .

Resposta:
(C) Para a Pr evi d ên ci a So ci al b r asi l ei r a, as d o en ças p r o f i ssi o nai s t am b é m
d en o m i n ad as er g o p at i as, t er m o p at i as o u d o en ças p r o f i ssi o nai s t íp i cas,
são aq u el as p r o d u zi d as o u d esen cad ead as p el o exer cíci o d e t r ab al h o
p ecu l i ar a d et er m i n ad as at i vi d ad es, em f u n ção d o risco esp ecíf i co d i -
ret o . Co m o são co n si d er ad as t íp i cas d e d et er m i n ad as o cu p açõ es, n ão
é n ecessár i o co m p r o var o n exo d e cau sal i d ad e co m o t r ab al h o . Para
a Pr evi d ên ci a So ci al b rasi l ei ra as d o en ças d o t r ab al h o , t am b é m d en o -
m i n ad as m eso p at i as o u m o l ést i as p r o f i ssi o nai s at íp i cas, são aq u el as
p r o d u zi d as, d esen cad ead as o u ag r avad as p o r co n d i çõ es esp eci ai s d e
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 223

t r ab al h o . Po r r esu l t ar em d e risco esp ecíf i co i n d i r et o e ser em cl assi f i ca-


d as co m o at íp i cas, exi g em co m p r o vação d o n exo d a cau sal i d ad e co m o
t r ab al h o . Tam b é m são co n si d er ad as as d o en ças o r i u n d as d e co n t am i -
n ação aci d en t al n o exer cíci o d o t r ab al h o e as en f er m i d ad es en d ém i cas
ad q u i r i d as p o r exp o si ção o u co n t at o d i r et o d et er m i n ad o p el a n at u r eza
d o t r ab al h o .
Ref.: Car m o etal. In : M en d es. Patologia do Trabalho, p .437.

23 35. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e a n o t i f i cação d o aci d en t e d e t r ab al h o ,


m ar q u e a I N CO RRETA .
A) O em p r eg ad o r é o b r i g ad o a no t i f i car à Pr evi d ên ci a So ci al a o co r r ên -
cia d e aci d en t e d e t r ab al h o at r avés d a em i ssão d a CAT at é o p r i m ei r o
d i a út il seg u i n t e ao d a o co r r ên ci a.
B) O em p r eg ad o r é o b r i g ad o a n o t i f i cação d e i m ed i at o à au t o r i d ad e
p o l i ci al co m p et en t e e m caso d e aci d en t e d e t r ab al h o f at al .
C) O em p r eg ad o r p o d e, o p ci o n al m en t e, no t i f i car o s caso s d e d o en ças
p r o f i ssi o nai s o u d o t r ab al h o .
D) Na f al t a d e co m u n i cação p o r p ar t e d a em p r esa, o p r ó p r i o aci d en t ad o
p o d e em i t i r a CAT.
E) Na f al t a d e co m u n i cação p o r p ar t e d a em p r esa, o s d ep en d en t es d o
aci d en t ad o p o d em em i t i r a CAT.

Resposta:
(C) A n o t i f i cação d e aci d en t e d o t r ab al h o é est ab el eci d a p el a Lei N °
8.213, d e 2 4 .0 7 .9 1 , r eg u l am en t ad a p el o Decr et o N ° 6 1 1 , d e 21.07.92. O
em p r eg ad o r é o b r i g ad o , so b p en a d e m u l t a, a no t i f i car à Pr evi d ên ci a So -
cial a o co r r ên ci a d e aci d en t e d e t r ab al h o at r avés d a em i ssão d a Co m u -
n i cação d e Aci d en t e d o Tr ab al h o (CAT), at é o p r i m ei r o d i a út il seg u i n t e
ao d a o co r r ên ci a e d e i m ed i at o à au t o r i d ad e p o l i ci al co m p et en t e, e m
caso d e aci d en t e f at al . Q u an d o se t r at ar d e d o en ça p r o f i ssi o nal o u d o
t r ab al h o , co n si d er a- se co m o d i a d o aci d en t e a d at a d o i níci o d a i n ca-
p aci d ad e p ar a o t r ab al h o o u o d i a e m q u e f o r r eal i zad o o d i ag n ó st i co ,
p r eval ecen d o o q u e f o r p r i m ei r o . Na f al t a d e n o t i f i cação d a p ar t e d a e m -
p r esa, p o d er ão em i t i r a CAT o p r ó p r i o aci d en t ad o , seu s d ep en d en t es,
a en t i d ad e si n d i cal co m p et en t e, o m éd i co q u e o assi st i u o u q u al q u er
au t o r i d ad e p ú b l i ca.
Ref .: Bi n d er & A l m e i d a. I n : M e n d e s. Patologia do Trabalho, p .706- 7.

0 36. São ser vi ço s d e saú d e cl assi f i cad o s p el o M i n i st ér i o d o Tr ab al h o (NR- 4)


co m g r au d e risco 2 o s ser vi ço s:
A) vet er i n ár i o s.
B) d e l ab o r at ó r i o .
C) o d o n t o l ó g i co s.
I 224 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
I

D) m éd i co - h o sp i t al ar es.
E) d e fisioterapia e r eab i l i t ação .

Resposta:
(E) De aco r d o co m o q u ad r o I d a NR- 4, p ar a as at i vi d ad es d e ser vi ço s d e
saú d e são at r i b u íd o s o s seg u i n t es g r au s d e ri sco : 3, p ar a o s ser vi ço s m é-
d i co - h o sp i t al ar es, d e l ab o r at ó r i o , o d o n t o l ó g i co s e vet er i n ár i o s; 2, p ar a
ser vi ço s d e fisioterapia e r eab i l i t ação ; e 1, p ar a ser vi ço s d e p r o m o ção d e
p l an o s d e assi st ên ci a m éd i ca e o d o n t o l ó g i ca e p ar a o s ser vi ço s d e saú d e
n ão esp eci f i cad o s o u n ão cl assi f i cad o s.
Ref.: IOB. Segurança e saúde no trabalho, p.50.
i
Q3 37. Um a i n d ú st r i a m et al ú r g i ca (g r au d e r i sco = 4) c o m 6 0 0 e m p r e g ad o s
r eq u er :
A) u m m éd i co d o t r ab al h o , e m t em p o p ar ci al .
B) u m m éd i co d o t r ab al h o , e m t em p o i n t eg r al .
C) d o i s m éd i co s d o t r ab al h o , em t em p o p ar ci al .
D) d o i s m éd i co s d o t r ab al h o , e m t e m p o i n t eg r al .
E) ap en as t r ês t écn i co s d e seg u r an ça d o t r ab al h o .

Resposta:
(B) De aco r d o co m a NR- 4 d o M i n i st ér i o d o Tr ab al h o , as at i vi d ad es co m
g r au d e risco 4, a exem p l o d a m et al u r g i a, q u e t en h am d e 101 a 250 o u
d e 251 a 500 em p r eg ad o s, n ecessi t am d e u m m éd i co d o t r ab al h o e m
t em p o p ar ci al (m ín i m o d e t r ês h o r as); se a em p r esa t i ver d e 301 a 1.000
em p r eg ad o s, n ecessi t ar á d e u m m éd i co d o t r ab al h o em t em p o i n t eg r al .
Ref.: IOB. Segurança e saúde no trabalho, p.21 e 5 2 .

Q 3 38. No Br asi l , u m h o sp i t al q u e p o ssu a d e 1.001 a 2 0 0 0 em p r eg ad o s d ev e


co n t ar c o m :
A) u m m éd i co d o t r ab al h o , e m t em p o p ar ci al .
B) u m m éd i co d o t r ab al h o , e m t em p o i n t eg r al .
C) d o i s m éd i co s d o t r ab al h o , e m t e m p o p ar ci al .
D) d o i s m éd i co s d o t r ab al h o , em t em p o i n t eg r al .
E) t rês t écn i co s d e seg u r an ça d o t r ab al h o .

Resposta:
(B) De aco r d o co m a N o r m a Reg u l am en t ad o r a- 4 (N R- 4), q u e co n si d er a
o am b i en t e h o sp i t al ar co m o g r au d e risco 3, u m h o sp i t al q u e p o ssu a d e
501 a 1.000 em p r eg ad o s d eve co n t ar c o m : u m m éd i co d o t r ab al h o (t em -
p o p ar ci al ), u m en g en h ei r o d o t r ab al h o (t em p o p ar ci al ), u m a en f er m ei r a
CAP. 8 • SAÚDE DO TRABALHADOR 225

d o t r ab al h o e t rês t écn i co s d e seg u r an ça d o t r ab al h o . Caso t en h a en t r e


1.001 a 2000 em p r eg ad o s, r eq u er er á u m m éd i co d o t r ab al h o (t em p o
i n t eg r al ), u m en g en h ei r o d o t r ab al h o (t em p o i n t eg r al ), u m a en f er m ei r a
d o t r ab al h o e q u at r o t écn i co s d e seg u r an ça d o t r ab al h o .
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o da Saúde. Segurança no ambiente hospitalar, p.22.

^ 39. As em p r esas d e v e m co n t r i b u i r p ar a o f i n an ci am en t o d a c o m p l e m e n -
t ação d as p r est açõ es p o r aci d en t es d o t r ab al h o c o m u m a p er cen t a-
g em i n ci d en t e so b r e o t o t al d as r em u n er açõ es p ag as o u cr ed i t ad as d o
m ês, co n f o r m e a cl assi f i cação d e risco q u e ap r esen t am . Desse m o d o , a
em p r esa cu j a at i vi d ad e p r ep o n d er an t e t em risco d e aci d en t e d e t r ab a-
l ho co n si d er ad o g r ave p ar t i ci p a c o m :

A) 0,2%.
B) 0,5%.
C) 1 % .
D) 2%.
E) 3 %.

Resposta:
(E) De aco r d o co m a Lei N° 8.212, d e 2 4 .0 7 .9 1 , Ar t . 2 2 , t em - se q u e p ar a
o financiamento d e co m p l em en t ação d as p r est açõ es p o r aci d en t e d o
t r ab al h o co m p er cen t u ai s i n ci d en t es so b r e o t o t al d as r em u n er açõ es
p ag as o u cr ed i t ad as, n o d eco r r er d o m ês, ao s seg u r ad o s em p r eg ad o s e
t r ab al h ad o r es avu l so s, co n f o r m e o risco d e aci d en t e d o t r ab al h o em su a
at i vi d ad e p r ep o n d er an t e, a sab er : l eve (1 %), m éd i o (2%) e g r ave (3 %).
Ref.: C.L.T. Legislação Complementar IOB I-3.

Q3 40. As i n d ú st r i as q u e p r o v o cam d esco n f o r t o n a v i zi n h an ça, p o r cau sa d e


r u íd o s d evi d o s à n at u r eza d e seu t r ab al h o , são cl assi f i cad as co m r ef e-
r ênci a ao ef ei t o na vi zi n h an ça co m o :
A) i n có m o d as.
B) i n sal u b r es.
C) p er i g o sas.
D) p o l u en t es.
E) co n t am i n ad o s.

Resposta-
(A) Seg u n d o a cl assi f i cação m ai s co r r en t e, as i n d ú st r i as q u an t o ao seu
ef ei t o n a vi zi n h an ça p o d em ser i n có m o d as, i n sal u b r es e p er i g o sas. As
i n c ó m o d a s são as q u e p r o vo cam d esco n f o r t o na vi zi n h an ça, p o r cau sa
d e r u íd o s d evi d o s à n at u r eza d e seu t r ab al h o ; as i n sal u b r es são as q u e
1
226 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
4 — - ~

p o d em af et ar à saú d e d o s q u e n el as t r ab al h am o u d o s q u e m o r am na
vi zi n h an ça, d evi d o ao t i p o d o s p r o d u t o s m an i p u l ad o s, às o p er açõ es ut i -
l i zad as no p r o cesso i n d u st r i al o u ao s r esíd u o s; as p er i g o sas são aq u e-
las q u e p o d em af et ar a seg u r an ça e a vi d a d o s q u e nel as t r ab al h am o u
m o r am na vi zi n h an ça d evi d o ao s t i p o s d e p r o d u t o s m an i p u l ad o s, ao s
p r o cesso s i n d u st r i ai s u t i l i zad o s o u ao s r esíd u o s.
Ref.: Brasi l . M i n i st ér i o da Saúde. FNS. Manual de Saneamento, p.204.
CAPÍTULO 9

SAÚDE
AM BIEN TAL

33 01. So b o asp ect o san i t ár i o , o ab ast eci m en t o d e ág u a vi sa :


A) au m en t ar a vi d a m éd i a p el a d i m i n u i ção d a m o r t al i d ad e.
B) au m en t ar a vi d a p r o d u t i va d o i n d i víd u o .
C) i m p l an t ar h áb i t o s h i g i én i co s na p o p u l ação .
D) f aci l i t ar a i n st al ação d e i n d ú st r i as.
E) f aci l i t ar o co m b at e a i n cên d i o s.

Resposta:
(A) So b o asp ect o san i t ár i o , o ab ast eci m en t o d e ág u a vi sa: au m en t ar a
vi d a m éd i a p el a d i m i n u i ção d a m o r t al i d ad e.
Ref.: Brasil. FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.36.

j j 02. São at i vi d ad es b ási cas d e san eam en t o , EXCETO:


A) ab ast eci m en t o d e ág u a.
B) d i sp o si ção d e d ej et o s e ág u as ser vi d as.
C) d i sp o si ção d e lixo .
D) co n t r o l e d e an i m ai s e vet o r es d e d o en ças.
E) N.R.A.

Resposta:
(E) São at i vi d ad es b ási cas d e san eam en t o , d en t r e o u t r as: ab ast eci m en t o
d e ág u a, d i sp o si ção d e d ej et o s e ág u as ser vi d as, d i sp o si ção d e lixo e
co n t r o l e d e an i m ai s e vet o r es d e d o en ças.
Ref.: M ot a. In: Rouquayrol. Epidemiologia & saúde. 7.ed. p. 392- 4.

A
EEI 93- ág u a q u e co n t ém g er m en s p at o g ên i co s é cl assi f i cad a co m o :
A) i n f est ad a.
• 228 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

J B) p o l u íd a.
C) co n t am i n ad a,
j D) i n sal u b r e.
E) i n f ect ad a.

Resposta'-
(C) A ág u a q u e co n t ém g er m en s p at o g ên i co s é cl assi f i cad a co m o co n -
| t am i n ad a.
Ref.: M o t a. In : Ro u q u ayr o l . Epidemiologia & saúde. 7.ed . p. 390.

^3 °4' E m u m a
Est ação d e Tr at am en t o d e Ág u a (E.T.A.) co n ven ci o n al , o t r at a-
m en t o é f ei t o p o r p r o cesso s o b ser van d o a seg u i n t e seq u ên ci a:
A) aer ação , m i st u r a r áp i d a, f l o cu l ação , d ecan t ação , f i l t r ação e d esi n f ec-
ção .
B) aer ação , m i st u r a r áp i d a, f l o cu l ação , d ecan t ação , d esi n f ecção e filtra-
ção .
C) aer ação , m i st u r a r áp i d a, d ecan t ação , f l o cu l ação , d esi n f ecção e filtra-
ção .
D) aer ação , m i st u r a r áp i d a, d ecan t ação , f l o cu l ação , filtração e d esi n f ec-
ção .
E) m i st u r a r áp i d a, aer ação , f l o cu l ação , d ecan t ação , filtração e d esi n f ec-
í Ça o -
Resposta:
(A) Em u m a Est ação d e Tr at am en t o d e Ág u a (E.T.A.) co n ven ci o n al o t r a-
t am en t o é f ei t o p o r p r o cesso s n a seq u ên ci a seg u i n t e: aer ação , m i st u r a
r áp i d a, f l o cu l ação , d ecan t ação , filtração e d esi n f eção .
I Ref .: M o t a. I n : Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 7.ed . p. 3 9 4 - 5 .

^3 °5- S a o
exem p l o s d e d o en ças d e vei cu l ação h íd r i ca:
A) t ét an o , sar am p o , d i ar r éi as i n f ecci o sas e p n eu m o n i a.
B) f eb r e t i f ó i d e, am eb íase e d i ar r ei as i n f ecci o sas.
C) d i f t er i a, cár i e d en t al , an ci l o st o m íase e t ét an o .
í D) síf ilis, co q u el u ch e, am eb íase e esq u i st o sso m o se.
E) am eb íase, an ci l o st o m o se, esq u i st o sso m o se e d i f t er i a.

J Resposta:
(B) Feb r e t i f ó i d e, am eb íase e d i ar r éi as i n f ecci o sas são d o en ças p r i n ci p al -
! m en t e d e vei cu l ação h íd r i ca.
Ref.: Br asi l . FN S. Manual de Saneamento. 3.ed . p .36- 8.
CAP. 9-SAÚDE AMBIENTAL 229

A ág u a p r ó p r i a p ara o co n su m o n ão d eve p o ssui r o d o r e sab o r ab j et á-


vei s. Para o s p ad r õ es d e p o t ab i l i d ad e esse é u m r eq ui si t o d e o r d em :
A) o r g an o l ép t i ca.
B) f ísi ca.
C) q u ím i ca.
D) b i o l ó g i ca.
E) N.R.A.

Resposta:
(A) Em t er m o s d e p o t ab i l i d ad e, o d o r e sab o r são r eq ui si t o s d e o r d em
o r g an o l ét i cas d a ág u a.
Ref.: Brasi l . FN S. Manual de Saneamento. 3.ed. p.42-3.

13 07. A ág u a q u e co n t ém su b st ân ci as q u e m o d i f i cam su as car act er íst i cas e a


t o r n am i m p r ó p r i a p ar a o co n su m o é cl assi f i cad a co m o :
A) p o t ável .
B) p o l u íd a.
C) co n t am i n ad a.
D) sal o b r a.
E) i n f ect ad a.

Resposta:
(B) A ág u a q u e co n t ém su b st ân ci as q u e m o d i f i cam su as car act er íst i cas e
a t o r n am i m p r ó p r i a p ar a o co n su m o é cl assi f i cad a co m o p o l u íd a.
Ref.: M o t a. In : Ro u q u ayr o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed . p. 4 0 7 .

A m e
^3 d i d a e m p .p .m . (p ar t e p o r m i l h õ es) q u e era d e uso c o m u m n o p as-
sad o é eq u i val en t e a:
A) m g / L.
B) m g %
C) m g / 100.
D) g / L
E) g / 100

Resposta:
(A) A m ed i d a e m p .p .m . (p ar t e p o r m i l h ão ) er a d e u so co r r en t e, m as
at u al m en t e é r eco m en d ad a a m ed i d a e m m g / L, q u e l h e é eq u i val en t e.
Ref .: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e . FN S. Manual de Saneamento. 2.ed . p.17.

09 C o m
E3 * r ef er ênci a às car act er íst i cas d a ág u a, assi n al e a FALSA.
A) Cl o r et o s, sul f at o s e b i car b o n at o s d e cál ci o e m ag n ési o são su b st ân -
ci as cau sad o r as d a d u r eza d a ág u a.
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

B) As ág u as m ai s d u r as co n so m em m ai s sab ão .
C) As ág u as m ai s d u r as são i n co n ven i en t es p ara a i n d ú st r i a.
D) As ág u as d e p H el evad o são co r r o si vas ao m aq u i n ár i o i n d u st r i al .
E) Al cal i n i d ad e e d u r eza são m ed i d as em eq u i val en t es a Ca C0 3 .

Resposta:
(D) Os cl o r et o s, sul f at o s e b i car b o n at o s d e cál ci o e m ag n ési o são exem -
p l o s d e su b st ân ci as cau sad o r as d e d u r eza d a ág u a. As ág u as m ai s d u r as
co n so m em m ai s sab ão e são i n co n ven i en t es p ar a a i n d ú st r i a, p o i s cau -
sam i n cr u st açõ es nas cal d ei r as e p o d em cau sar d an o s e exp l o sõ es.
A ág u a d e p H b ai xo (áci d a) é co r r o si va e a d e p H el evad o (al cal i na) é i n -
cr u st at i va. Al cal i n i d ad e e d u r eza são m ed i d as e m eq u i val en t es a Ca C0 3 .
Ref.: Brasil. FN S. Manual de Saneamento. 3.ed. p.42- 3.

t 4 Para sab er se exi st e co n t am i n ação f ecal d a ág u a d eve- se:


A) q u an t i f i car o o xi g én i o co n su m i d o .
B) d et er m i n ar o t eo r d e Ca C0 3 .
C) p esq u i sar b act ér i as co l i f o r m es.
D) d et ect ar co m p o st o s n i t r o g en ad o s.
E) N.R.A.

Resposta:
(C) Por cau sa d a g r an d e d i f i cu l d ad e p ar a a i d en t i f i cação d o s vár i o s o r g a-
n i sm o s p at o g ên i co s en co n t r ad o s na ág u a, d á- se p r ef er ên ci a a m ét o d o s
q u e p er m i t am a i d en t i f i cação d e b act ér i as d o " g r u p o co l i f o r m e" as q u ai s,
p o r ser em h ab i t an t es n o r m ai s d o i n t est i n o h u m an o , exi st em o b r i g at o -
r i am en t e em ág u as p o l u íd as p o r m at ér i a f ecal .
Ref.: Brasi l . FN S. Manual de Saneamento. 3.ed. p.42- 3.

11. O p ad r ão est ab el eci d o p el o M i n i st ér i o d a Saú d e p ar a a ág u a ser co n si -


d er ad a p o t ável d et er m i n a:
A) a au sên ci a ab so l u t a d e co l i f o r m es.
B) au sên ci a rel at i va d e co l i f o r m es.
C) o m áxi m o d e 1 co l i / l OOm L.
D) o l i m i t e d e at é 5 co l i f o r m es p o r 100m L.
E) o m áxi m o d e 1 co li p o r t r ês am o st r as exam i n ad as.

Resposta:
(C) O p ad r ão d e p o t ab i l i d ad e est ab el eci d o p el o M i n i st ér i o d a Saú d e fixa
o m áxi m o d e 1 coli p o r 100 ml_ p ar a q u e a ág u a seja co n si d er ad a p o t á-
vel . Ocasi o n al m en t e, u m a am o st r a p o d e ap r esen t ar at é 4 co l i f o r m es p o r
CAP. 9-SAÚDE AMBIENTAL 231

100 m L, d esd e q u e isso n ão o co r r a e m am o st r as co n secu t i vas o u e m


m ai s d o q u e 1 0 % d as am o st r as exam i n ad as.
Ref .: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. FN S. Manual de Saneamento. 2.ed . p .19.

| Fazem p ar t e d o si st em a p ú b l i co d e ab ast eci m en t o d ' ág u a, as seg u i n t es


et ap as, EXCETO:
A) r eser vação .
B) cap t ação .
C) t r at am en t o .
D) d i st r i b u i ção .
E) ab d u ção .

Resposta:
(E) Fazem p ar t e d o si st em a p ú b l i co d e ab ast eci m en t o d ' ág u a, as seg u i n -
t es et ap as: cap t ação , ad u ção , t r at am en t o , r eser vação e d i st r i b u i ção .
Ref.: M o t a. I n : Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 7.ed . p. 3 9 4 - 5 .

" É o co n j u n t o d e eq u i p am en t o e i n st al açõ es u t i l i zad o p ar a a t o m ad a d e


ág u a d o m an an ci al c o m a f i n al i d ad e d e lançá- la n o si st em a d e ab ast e-
ci m ent o " . Est a p ar t e co n st i t u t i va d o Si st em a d e Ab ast eci m en t o d e Ág u a
co r r esp o n d e a:
A) f o n t e.
B) cap t ação .
C) ad u ção .
D) r eser vação .
E) d i st r i b u i ção .

Resposta:
(B) N o Si st em a d e Ab ast eci m en t o d e Á g u a, a cap t ação é o co n j u n t o d e
eq u i p am en t o e i n st al açõ es ut i l i zad o p ar a a t o m ad a d e ág u a d o m an an -
cial co m a f i n al i d ad e d e lançá- la n o si st em a d e ab ast eci m en t o .
Ref.: M o t a. I n : Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 7.ed . p. 3 9 4 - 5 .

O m ét o d o m ai s seg u r o d e t r at am en t o p ar a a ág u a d e b eb er e m ár eas
d esp r o vi d as d e r ecu r so s é a:
A) f er vu r a.
B) aer ação .
C) sed i m en t ação si m p l es.
D) f i l t r ação si m p l es.
E) f i l t r ação r áp i d a.
232 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Resposta:
(A) O m ét o d o m ai s seg u r o d e t r at am en t o p ar a a ág u a d e b eb er , e m
ár eas d esp r o vi d as d e o u t r o s r ecu r so s, é a f er vu r a. A f er vu r a d a ág u a d e
b eb er é u m h áb i t o q u e d ever i a ser p r at i cad o p el a p o p u l ação q u an d o a
q u al i d ad e d a ág u a n ão m er eça co n f i an ça e em ép o cas d e su r t o s o u d e
em er g ên ci a.
Ref.: Br asi l . FNS. Manual de Saneamento. 3.ed . p.87.

| ^ Co m o d esi n f et an t e, o cl o r o :

A) é n o ci vo ao h o m e m n a d o sag em r eq u er i d a p ar a d esi n f ecção .

B) é d e cu st o r el at i vam en t e al t o .

C) al t er a o u t r as q u al i d ad es d a ág u a, d ep o i s d e ap l i cad o .

D) n ão é t o l er ad o p el a g r an d e m ai o r i a d a p o p u l ação .

E) d ei xa u m r esi d u al at i vo na ág u a.

Resposta:
(E) O cl o r o é co n si d er ad o u m b o m d esi n f et an t e p o r q u e: r eal m en t e
ag e so b r e as b act ér i as p r esen t es na ág u a; n ão é n o ci vo ao h o m e m na
d o sag em r eq u er i d a p ar a d esi n f ecção ; é eco n ó m i co ; n ão al t er a o u t r as
q u al i d ad es d a ág u a, d ep o i s d e ap l i cad o ; é d e ap l i cação f áci l ; d ei xa u m
r esi d u al at i vo n a ág u a; é t o l er ad o p el a g r an d e m ai o r i a d a p o p u l ação .
Ref.: Br asi l . FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.104- 5.

| Em si t u ação d e em er g ên ci a o u cal am i d ad e p ú b l i ca e na f al t a d e m ed i -
d o r es e d e f aci l i d ad es d e l ab o r at ó r i o , o cl o r o r esi d u al p ar a o co n su m o
h u m an o p o d e ser t est ad o co m o r t o l i d i n a. O t est e co n si st e e m en ch er
u m co p o b r an co e l i m p o at é u m t er ço co m ág u a e ad i ci o n ar n essa ág u a
d e 15 a 20 g o t as d e o r t o l i d i n a. Q u an d o r esul t ar e m co r am ar el o - al ar an -
j ad a si g ni f i ca q u e

A) i n exi st e cl o r o r esi d u al na am o st r a.

B) o n ível d e cl o r o est á o i d eal p ar a g ar an t i r a p o t ab i l i d ad e d e ág u a.

C) é n ecessár i o ref azer a cl o r ação .

D) o t eo r d e cl o r o est á m ai o r d o q u e o n ecessár i o .

E) h o u ve er r o n a execu ção d o t est e.

Resposta:
(D) Q u an d o o t est e co m o r t o l i d i n a r esul t ar e m co r am ar el o - al ar an j ad a
si g ni f i ca q u e o t eo r d e cl o r o est á aci m a d e 1,0 m g % , o u sej a, m ai s cl o r o
q u e o n ecessár i o .
Ref.: Br asi l . M i n i st ér i o da Saúde. FNS. Manual de Saneamento. 2.ed. p .212.
CAP. 9 -SAÚDE AMBIENTAL 233

| A fluoretação d a ág u a é u m m ét o d o p ar a a:
A) d i m i n u i ção d a p o p u l ação b act er i an a.
B) p r even ção d o cr esci m en t o d e b act ér i as.
C) p r even ção d a f o r m ação d e t o xi n as b act er i an as,
D) l i m i t ação d a m u l t i p l i cação d e vír u s.
E) N.R.A.

Resposta:
( E) A f l u o r e t a ç ã o d a á g u a d e s t i n a - s e à p r e v e n ç ã o d a c á r i e d e n t a l , p e l a
ação p r o t et o r a q u e o f l úo r exer ce n o s d en t es.
Ref.: Brasil. FN S. Manual de Saneamento. 3.ed . p .107.

| O nível i d eal d e f l o ur et o em su p r i m en t o p ú b l i co d e ág u a é d e ap r o xi m a-
d am en t e:
A) 0 ,5 p p m .
B) 1,0p p m .
C) 1,5p p m .
D) 2,0p p m .
E) 3,0p p m .
oy X}t o»":*t?--• ;. y^ zyyy^ yoyzyyy orv-ciy •* árX
Resposta:
(B) A co n cen t r ação i d eal d e f l u o r et o na ág u a é d e ap r o xi m ad am en t e
1,0m g %; t eo r ab ai xo d e 0 ,5 m g % asso ci a- se à m ai o r o co r r ên ci a d e cár i es
d en t ár i as e t eo r aci m a d e 1,2m g % est á r el aci o n ad o co m esm al t e m an -
ch ad o .
Ref.: Leavel l & Cl ar k. Medicina Preventiva, p.329.

J3 19. Co m o p r o p ó si t o d e r ed u zi r a i n ci d ên ci a d e cár i e d en t al , a ap l i cação


t ó p i ca d e f l úo r d eve ser:
A) ut i l i zad a em t o d o s o s esco l ar es e p r é- esco l ar es.
B) d e uso g en er al i zad o , i n d ep en d en t e d a i d ad e d as p esso as.
C) r eco m en d ad a ap en as à p o p u l ação i n f an t i l d e b ai xa r en d a p o r q u e
t em m ai s f at o r es car i o g ên i co s.
D) am p l i ad a a t o d o s o s se g m e n t o s i n f an t i s p o r q u e seu i m p act o e m
Saú d e Pú b l i ca é su p er i o r ao al can çad o p el a f l u o r et ação d a ág u a d e
ab ast eci m en t o p ú b l i co .
E) N.R.A.

Resposta:
(E) A ap l i cação t ó p i ca d o f l úo r é r eco m en d ad a p r ef er en ci al m en t e à p o -
p u l ação d e 3 a 12 an o s.
Ref.: Pinto. Saúde bucal.
234 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

QS| 20. So b o asp ect o san i t ár i o , o d est i n o ad eq u ad o d o s d ej et o s h u m an o s vi sa


I f u n d am en t al m en t e:
A) co n t r o l ar e p r even i r d o en ças r el aci o n ad as a d ej et o s h u m an o s.
B) evi t ar a p o l u i ção d o so l o e d o s m an an ci ai s d e ab ast e c i m e n t o d e
J ág u a.
C) evi t ar o co n t at o d e vet o r es co m as f ezes.
D) p r o p i ci ar a i n st i t u i ção d e h áb i t o s h i g i én i co s n a p o p u l ação .
E) p r o m o ver o co n f o r t o e at en d er ao sen so est ét i co .

I Resposta:
| (A) O d est i n o ad eq u ad o d o s d ej et o s h u m an o s, so b o asp ect o san i t ár i o ,
vi sa f u n d am en t al m en t e co n t r o l ar e p r even i r d o en ças a el es r el aci o n a-
das.

J . As so l u çõ es a ser em ad o t ad as d ev em b u scar o s seg u i n t es o b j et i vo s:


evi t ar a p o l u i ção d o so l o e d o s m an an ci ai s d e ab ast eci m en t o d e ág u a;
evi t ar o co n t at o d e vet o r es co m as f ezes; p r o p i ci ar a i n st i t u i ção d e h á-
b i t o s h i g i én i co s na p o p u l ação ; p r o m o ver o co n f o r t o e at en d er ao sen so
est ét i co .
Ref.: Br asi l . FN S. Manual de Saneamento. 3.ed. p .153.
i

QJ3' 21. So b o asp ect o eco n ó m i co , o d est i n o ad eq u ad o d o s d ej et o s h u m an o s


vi sa e m p r i m ei r o l ug ar :
A) p r eser var a cap aci d ad e d e p r o d u ção d o h o m e m .
B) d i m i n u i r as d esp esas r ef er en t es ao t r at am en t o d as d o en ças evi t ávei s.
C) r ed uzi r o cu st o d o t r at am en t o d a ág u a d e ab ast eci m en t o .
D) p r o m o ver o t u r i sm o p ar a o b t er au m en t o d a r en d a.
E) p r eser var a f au n a aq u át i ca.

Resposta:
(A) A o co r r ên ci a d e d o en ças o casi o n ad as p el a f al t a d e co n d i çõ es ad e-
q u ad as d e d est i n o d o s d ej et o s p o d e l evar o h o m e m à i n at i vi d ad e o u
r ed uzi r su a p o t en ci al i d ad e p ar a o t r ab al h o , t r an sf o r m an d o - o d e u n i d a-
d e d e p r o d u ção em so b r ecar g a à so ci ed ad e. Dessa f o r m a, d o p o n t o d e
vi st a eco n ó m i co , o d est i n o ap r o p r i ad o d o s d ej et o s h u m an o s vi sa e m
p r i m ei r o lug ar, p r eser var a cap aci d ad e d e p r o d u ção d o h o m e m . Ou t r o s
asp ect o s t am b é m são co n si d er ad o s co m o : au m en t ar a vi d a m éd i a d o
h o m e m , p el a r ed u ção d a m o r t al i d ad e e m co n seq u ên ci a d a r ed u ção d o s
caso s d e d o en ças; d i m i n u i r as d esp esas r ef er en t es ao t r at am en t o d as
d o en ças evi t ávei s; r ed uzi r o cu st o d o t r at am en t o d a ág u a d e ab ast eci -
m en t o , at r avés d a p r even ção d a p o l u i ção d o s m an an ci ai s; co n t r o l ar a
p o l u i ção d as ág u as e d o s lo cais d e r ecr eação co m o o b j et i vo d e p r o m o -
ver o t u r i sm o p ara o b t er au m en t o d a r en d a; p r eser var a f au n a aq u át i ca,
esp eci al m en t e os cr i ad o u r o s d e p ei xes.
Ref.: Br asi l . FN S. Manual de Saneamento. 3.ed. p.153- 4.
CAP. 9 . SAÚDE AMBIENTAL 235

22. A d i st ân ci a m ín i m a d e seg u r an ça q u e d eve ser m an t i d a en t r e a f o ssa


seca e o s p o ço s e f o n t es m an an ci ai s é d e:
A) 5 m et r o s.
B) 10 m et r o s.
C) 15 m et r o s.
D) 12 m et r o s.
E) 25 m et r o s.

Resposta'-

(D) A f o ssa sép t i ca é co n st i t u íd a d e d o i s co m p ar t i m en t o s: o t an q u e sép -


t i co e o su m i d o u r o e est e d eve d i st ar p el o m en o s 20 m et r o s d e p o ço s e
d e o ut r as co l eçõ es d e ág u a, d even d o - se au m en t ar est a d i st ân ci a, t an t o
q u an t o p o ssível .
Ref.: M o t a. I n : Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed . p .415- 7.

J 23. No m ei o u r b an o a m el h o r so l u ção p ar a o d est i n o d e excr et as é a(o ):


A) f o ssa sép t i ca.
B) f o ssa seca.
C) f o ssa est an q u e.
D) si st em a p ú b l i co d e esg o t o .
E) N.R.A.

Resposta'-
(D) O co n t at o d o h o m e m co m o s d ej et o s será evi t ad o se f o r em ad o t a-
d as so l u çõ es san i t ar i am en t e co r r et as p ar a o d est i n o d e excr et as. Dest e
m o d o , d eve ser evi t ad o o l an çam en t o n o so l o , e m val as ab er t as, d i r et a-
m en t e n a ág u a o u e m f o ssas m al co n st r u íd as, q u e cau sam a co n t am i n a-
ção d o l enço l f r eát i co (f o ssas n eg r as).
As so l u çõ es p ara a d i sp o si ção d o s excr et as p o d em ser co l et i vas o u i nd i -
vi d u ai s. N o m ei o u r b an o , a o p ção co r r et a é o si st em a p ú b l i co d e esg o t o
sani t ár i o .
Ref .: M o t a. I n : Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed . .p .413- 7.

^3 24. É u m a so l u ção sani t ár i a i n d i vi d u al ut i l i zável q u an d o exi st e ág u a en ca-


n ad a e n ão se d i sp õ e d e red e d e esg o t o s:
A) p r i vad a co m f o ssa seca.
B) p r i vad a co m f o ssa est an q u e.
C) p r i vad a co m f o ssa d e f er m en t ação .
D) t an q u e sép t i co .
E) p r i vad a q u ím i ca.
236
4

J Resposta:
(D) São so l u çõ es sani t ár i as i n d i vi d u ai s p ara d est i n o d o s d ej et o s q u an d o
não exi st e ág u a en can ad a: p r i vad a co m f o ssa seca, p r i vad a co m f o ssa
est an q u e, p r i vad a co m f o ssa d e f er m en t ação e p r i vad a q u ím i ca. Exi s-
t i n d o ág u a en can ad a n o d o m i cíl i o , p o d e ser ut i l i zad a p r i vad a d e vaso
sani t ár i o , p o r ém , q u an d o a l o cal i d ad e n ão d i sp õ e d e red e d e esg o t o s,
o ef l u en t e d o vaso san i t ár i o é co n d u zi d o a: t an q u e sép t i co e t an q u e
! I m h o f f o u O M S.
Ref: Brasi l . FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.164.
i
i
25
20 ' Lag o as d e o xi d ação são ut i l i zad as p ar a:
A) ar m azen am en t o d a ág u a d e ab ast eci m en t o .
B) t r at am en t o d a ág u a a ser u sad a n o co n su m o h u m an o .
C) t r at am en t o d e ág u a u sad a p o r i n d ú st r i as.
D) t r at am en t o d e esg o t o s.
E) d est i n o final d o lixo .

Resposta:
(D) Lag o as d e o xi d ação o u est ab i l i zação são u m t i p o d e t r at am en t o
d o esg o t o u san d o u m p r o cesso n at u r al , f ácil e b ar at o , q u e co n si st em
b asi cam en t e em l ag o as d e p o u ca p r o f u n d i d ad e o n d e são l an çad o s o s
ef l u en t es q u e, at r avés d e p r o cesso s aer ó b i co e an aer ó b i co , são o xi d a-
! d o s, i nf i l t r and o no t er r en o e se evap o r an d o em p ar t e.
Ref: Brasi l . FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.197.

J3 26. " Ti p o d e t r at am en t o d e ef l u en t e q u e co n si st e d e val as d e 1 a 1,5 m et r o s


d e p r o f u n d i d ad e o n d e ci r cul a o esg o t o q u e é r evo l vi d o e d r en ad o at r a-
vés d e p ás o u esco vas girat órias" . Essa d escr i ção ap l i ca- se a:

A) t an q u e sép t i co .
! B) t an q u e Im ho f f .
C) val as d e o xi d ação .
J D) val as d e o xi g en ação .
E) l ag o as d e d esest ab i l i zação .

Resposta:
(C) As val as d e o xi d ação são val as d e 1 a 1,5 m et r o s d e p r o f u n d i d ad e
o n d e ci r cul a o esg o t o q u e é r evo l vi d o e d r en ad o at r avés d e p ás o u es-
! co vas g i r at ó r i as.
Ref: Brasi l . M i ni st ér i o da Saúde. FNS. Manual de Saneamento. 2.ed. p.134.

KB1 27. A m el h o r m an ei r a d e r ed uzi r a q u an t i d ad e d e m o scas em u m a co m u n i -


d ad e é p o r i n t er m éd i o d e:
CAP. 9 -SAÚDE AMBIENTAL 237

A) ap l i cação d e i nset i ci d as d e ação r esi d u al .


B) uso d e i n i m i g o s n at u r ai s, co m o sap o s e p ássar o s.
C) ed u cação sani t ár i a d a p o p u l ação , co m vi st as à h i g i en e i n d i vi d u al .
D) co n t r o l e ad eq u ad o d o lixo .
E) af ast am en t o ad eq u ad o d o s d ej et o s.

Resposta:
(D) Os r esíd uo s só l i d o s f avo r ecem à p r o l i f er ação d e m o sq u i t o s, m o scas,
b ar at as e rat o s. O co n t r o l e d esses an i m ai s est á m u i t o asso ci ad o à hi g i e-
n e d o am b i en t e, d est acan d o - se o aco n d i ci o n am en t o , co l et a e d est i n o
final d o lixo .
Est u d o r eal i zad o p el a Or g an i zação Pan - Am er i can a d e Saú d e co n st at o u
q u e, p o r m ei o d e u m a co r r et a so l u ção d o p r o b l em a d o lixo , é p o ssível
acab ar co m 9 0 % d as m o scas, 6 5 % d o s rat o s e 4 0 % d o s m o sq u i t o s.
Ref : M o t a. I n : Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed . p .417- 8.

| 28. Na zo n a r u r al o u e m l o cal i d ad es u r b an as q u e n ão p o ssu em si st em a


p ú b l i co d e co l et a d o lixo , p o d em ser co m u m en t e ut i l i zad o s o s seg u i n t es
m ét o d o s d e d est i n o final, EXCETO:
A) en t er r am en t o .
B) at erro sani t ár i o .
C) co n f i n am en t o .
D) f er m en t ação .
E) i n ci n er ação r u d i m en t ar .

(B) Na zo n a rural , o u e m l o cal i d ad es u r b an as q u e n ão p o ssu em si st e-


m a p ú b l i co d e co l et a d e lixo a f ase seg u i n t e à d o aco n d i ci o n am en t o
d o m i ci l i ar é o d est i n o final, d i ar i am en t e, em p r eg an d o - se o s seg u i n t es
m ét o d o s: en t er r am en t o , co n f i n am en t o , i n ci n er ação r u d i m en t ar e f er-
m en t ação .
Ref : Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. FN S. Manual de Saneamento. 2.ed . p .141- 2.

29. Em zo n as u r b an as q u e n ão p o ssu em ser vi ço p ú b l i co d e co l et a d o s resí-


d u o s só l i d o s, o d est i n o final d o lixo p o d e o co r r er p o r m ei o d as seg u i n t es
o p çõ es, EXCETO:
A) co m p o st ag em .
B) en t er r am en t o .
C) i n ci n er ação .
D) f er m en t ação .
E) d i sp o si ção e m d ep ó si t o s co l et i vo s.
238 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Resposta:
(A) N o m ei o rural , o u e m zo n as u r b an as q u e n ão p o ssu em ser vi ço p ú -
b l i co d e co l et a d o s r esíd u o s só l i d o s, o d est i n o final d o lixo p o d e o co r r er
p o r i n t er m éd i o d as seg u i n t es o p çõ es: d i sp o si ção e m d ep ó si t o s co l et i -
vo s {containers), en t er r am en t o , i n ci n er ação e f er m en t ação .
Ref.: M o t a. In: Ro u q u ay r o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed. p. 4 2 1 - 2 .

30 A
^3 * d eco m p o si ção an aer ó b i ca d o s r esíd uo s em at erro s sani t ár i o s resul t a
na f o r m ação d e u m l íq u i d o , q u e acr esci d o d as ág u as d e ch u vas, co n st i -
t ui o :
A) co m p o st o .
B) ch o r u m e.
C) ad u b o o r g ân i co .
D) lixo l i q uef ei t o .
E) f er m en t o .

Resposta:
(B) A d eco m p o si ção an aer ó b i ca d o s r esíd uo s e m at erro s sani t ári o s r e-
sul t a n a f o r m ação d e u m l íq ui d o , q u e acr esci d o d as ág u as d e ch u vas,
co n st i t u i o ch o r u m e, c o m g r an d e q u an t i d ad e d e m at ér i as o r g ân i ca e
o u t r o s p o l u en t es.
Ref.: M o t a. In: Ro u q u ayr o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed. p. 420.

Q3 31- Qual é o p r o cesso r eco m en d ad o d e d est i n o final d o s r esíd uo s só l i d o s,


p r i n ci p al m en t e p ara ci d ad es co m g r an d e p r o d u ção d e lixo , o n d e é difí-
cil d i sp o r- se d e áreas p ar a a d est i n ação d esses r esíd uo s?
A) At er r o sani t ár i o .
B) En t er r am en t o .
C) In ci n er ação .
D) Reci cl ag em .

E) Tr an sf o r m ação em co m p o st o .

Resposta:
(C) A i n ci n er ação é o p r o cesso r eco m en d ad o d e d est i n o final d o s r e-
síd uo s só l i d o s, p r i n ci p al m en t e p ara ci d ad es co m g r an d e p r o d u ção d e
lixo , o n d e é d if ícil d i sp o r- se d e ár eas p ara a d est i n ação d esses r esíd uo s.
Ref.: M o t a. In: Ro u q u ayr o l . Epidemiologia & saúde. 5.ed. p. 4 2 1 .

0 | 32. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e at erro san i t ár i o :


I. é o en t er r am en t o p l an ej ad o d o lixo e co n t r o l ad o t ecn i cam en t e d e
m o d o a evi t ar a p r o l i f er ação d e m o scas e d e rat o s e o ut r o s p er i g o s.
CAP. 9 -SAÚDE AMBIENTAL 239

II. co nsi st e nas su cessi vas co m p act ação e r eco b r i m en t o d i ári o s d o lixo
co m t er r a.
III. o s t er r en o s r ecu p er ad o s co m at er r o s san i t ár i o s p o d em ser vi r p ar a
r eceb er est r u t u r as p esad as.
IV. eco n o m i cam en t e, é i n t er essan t e q u an d o se t êm d ep r essõ es p r ó xi -
m as a ci d ad es, q u e p o d em ser r ecu p er ad as.
Est ão co r r et as:
A) so m en t e I e II.
B) so m en t e III e IV.
C) so m en t e I, II e IV.
D) so m en t e I, II e III.
E) t o d as (I a IV).

Resposta:
(C) O at er r o sani t ár i o é o en t er r am en t o p l an ej ad o d o lixo e co n t r o l ad o
t ecn i cam en t e d e m o d o a evi t ar a p ro l i f eração d e m o scas, rat o s e o u t r o s
p er i g o s. Co n si st e nas su cessi vas co m p act ação e r eco b r i m en t o s d i ári o s
d o lixo co m t er r a. Qu an d o t ecn i cam en t e execu t ad o , co n st i t u i b o m d es-
t i n o final d o lixo , so b o p o n t o d e vi st a sani t ár i o , sem p r e q u e n ão exi st e
p er i g o d e p o l u i ção d o s m an an ci ai s d e ab ast eci m en t o d e ág u a. Os t er-
reno s r ecu p er ad o s co m at erro s sani t ár i o s p o d em servi r p ara p r aças d e
esp o r t es, p ar q u es e t c , p o r ém n ão se p r est am p ar a r eceb er est r u t u r as
p esad as. Eco n o m i cam en t e, é i n t er essan t e q u an d o se t êm d ep r essõ es
p r ó xi m as a ci d ad es, q u e p o d em ser r ecu p er ad as.
Ref.: Brasi l . FN S. Manual de Saneamento. 3.ed . p .241- 3.

Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e o uso d e i n ci n er ad o r es d e lixo , assi n al e


a FALSA.
A) Po d e t r azer van t ag em e m g r an d es ci d ad es p el a eco n o m i a d e t r an s-
p o r t e.
B) A i n st al ação d e i n ci n er ad o r es é car a.
C) A m an u t en ção e a o p er ação são caras e exi g em esp eci al i zação .
D) É u m si st em a q u e o f er ece g r an d e el ast i ci d ad e p o r co n t a d a escal a d e
t o n el ag em d o s i n ci n er ad o r es d i sp o n ívei s.
E) A r ecu p er ação d o g ast o co m o ap r o vei t am en t o d o cal o r r esu l t an t e
d e q u ei m a d o lixo é p r o b l em át i ca.

Resposta:
(D) A i n ci n er ação d o lixo p o d e t r azer van t ag en s em g r an d es ci d ad es,
p el a eco n o m i a d o t r an sp o r t e, q u an d o o i n ci n er ad o r é est r at eg i cam en -
t e l o cal i zad o . A i n st al ação d e i n ci n er ad o r es é car a e sua m an u t en ção e
o p er ação d i sp en d i o sas, exi g i n d o esp eci al i zação f u n ci o n al . É u m si st em a
d e p o u ca el ast i ci d ad e, d ad o q u e a escal a d e t o n el ag em d e i n ci n er ad o -
> 240 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

J res d i sp o n ívei s no m er cad o é d esco n t ín u a, au m en t an d o b r u scam en t e.


A r ecu p er ação d o g ast o co m o ap r o vei t am en t o d o cal o r r esu l t an t e d a
q u ei m a d o lixo é p r o b l em át i ca, p el a var i ação d o v o l u m e e d a q u al i d ad e
em u m a m esm a ci d ad e.
J Ref.: Brasi l . M i n i st ér i o da Saúde. FNS. Manual de Saneamento. 2.ed. p.147.

Q3 34. A m ed i d a t em p o r ár i a m ai s ef i ci en t e p ara o co n t r o l e d e rat o s é a(o ):


A) uso d e rat o ei ras,
í B) f u m i g ação .
C) uso d e i n i m i g o s n at u r ai s.
D) en v en en am en t o .
E) su p r essão d e al i m en t o s.

Resposta:
(D) O en v en en am en t o é a m ai s ef i ci en t e m ed i d a t em p o r ár i a d e co n t r o -
le d e rat o s. Co n si st e e m ad i ci o n ar u m a su b st ân ci a ven en o sa p ara rat o s
(r o d en t i ci d a) a al i m en t o s só l i d o s o u à ág u a.
Ref.: Brasi l . FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.302- 5.

35 S ã o
2 3 * m ed i d as p er m an en t es p ar a co n t r o l e d e rat o s, EXCETO:
A) co n st r u ção à p r o va d e r at o s.
B) el i m i n ação d e ab er t u r as.
C) el i m i n ação d e ab r i g o s e d e n i n h o s.
D) su p r essão d e al i m en t o s.
E) N.R.A.

Resposta:
(E) As m ed i d as d e co n t r o l e d e rat o s p o d em ser p er m an en t es e t em p o -
rárias. As p r i m ei r as são m ai s ef i ci en t es e b asei am - se em d o i s p r i n cíp i o s:
n ecessi d ad e d o rat o d e al i m en t ar - se e d e ab r i g ar - se. São m ed i d as p er-
m an en t es: co n st r u ção à p r o va d e rat o s, el i m i n ação d e ab er t u r as, el i m i -
í n ação d e ab r i g o s e d e n i n h o s e su p r essão d e al i m en t o s.
Ref.: Brasi l . FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.296- 8.

03 36. Den t r e os seg u i n t es r o d en t i ci d as, o m ai s seg u r o é a(o ):


! A) cila v er m el h a.
B) w ar f ar i n .
C) an t u .
D) 1.080.
E) est r i cn i n a.
CAP. 9 -SAÚDE AMBIENTAL 241

Resposta:
(B) Os r o d en t i ci d as an t i co ag u l an t es co m o o w ar f ar i n são os m ai s seg u -
ros p ara o h o m e m e o s an i m ai s d o m ést i co s, t en d o i n cl u si ve an t íd o t o s
ef i cazes se n ecessár i o for.
Ref.: Brasil. FNS. Manual de Saneamento. 3.ed. p.303.

| São d esv an t ag en s d o su l f at o d e t ál i o co m o r o d en t i ci d a as seg u i n t es,


EXCETO:
A) o s r o ed o r es d esen vo l vem t o l er ân ci a.
B) o h o m e m p o d e ab so r ver p el a p el e.
C) é p er i g o so ao h o m e m e car o .
D) n ão se co n h ece an t íd o t o esp ecíf i co .
E) o h o m e m n ão o d i st i n g u e p o r n ão t er ch ei r o n em sab o r.

Resposta:
(A) O sul f at o d e t ál i o p o d e ser ab so r vi d o p el a p el e e p o r isso d eve- se
usar l uva d e b o r r ach a q u an d o d o seu em p r eg o ; o h o m e m n ão o d i s-
t i n g u e p o r n ão t er ch ei r o o u sab o r ; é p er i g o so e car o ; não se co n h ece
an t íd o t o esp ecíf i co ; o s r o ed o r es n ão d esen vo l vem t o l er ân ci a.
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. FNS. Manual de Saneamento. 2.ed. p.176- 8.

^ 38. So b a ação d o w ar f ar i n , a m o r t e d o s r o ed o r es é d evi d a a:

A) ar r i t m i a car d íaca.
B) h em o r r ag i a i n t er n a.
C) ed em a p u l m o n ar .
D) n eu r o t o xi ci d ad e.
E) p aral i si a i n t est i n al .

Resposta:
(B) O w ar f ar i n n ão é p er ceb i d o p el o s rat o s q u e, p el o co n t r ár i o , p ar ecem
ap r eci á- l o . Devi d o à su a ação an t i co ag u l an t e, o rat o m o r r e d e h em o r r a-
g ia i n t er n a, l o n g e d o l o cal .
Ref.: Brasil. Ministério da Saúde. FNS. Manual de Saneamento. 2.ed. p.177- 8.

30. A m o sca d o m ést i ca na t r an sm i ssão d e d o en ças exer ce u m p ap el :

A) excl u si vam en t e d e vet o r b i o l ó g i co .


B) excl u si vam en t e d e vet o r m ecân i co .
C) d e vet o r m ecân i co e m g eral e even t u al m en t e d e vet o r b i o l ó g i co d e
al g u m as d o en ças.
D) d e vet o r b i o l ó g i co e m g er al e even t u al m en t e d e vet o r m ecân i co d e
al g u m as d o en ças.
242 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

E) i r r el evan t e, p o is n ão há co m p r o vação d e q u e ef et i vam en t e t r an sm i t a


d o en ças.

Resposta'-
(B) Ao p o u sar o u p assear so b r e m at ér i as f ecai s o u so b r e m at er i ai s co n -
t am i n ad o s, as m o scas p o d em i ng eri r g er m en s p at o g ên i co s o u ret ê- lo s
nas su as p at as e no s seu s p el o s. Assi m , esses g er m en s p o d em ser t r an s-
p o r t ad o s d e f o r m a excl u si vam en t e m ecân i ca p ar a o s al i m en t o s e o s
ut ensíl i o s e at r avés d est es ch eg ar ao h o m e m .
Ref.: Brasil. FN S. Manual de Saneamento. 3.ed . p.272- 4.

40 E n t r e o s
^3 - m é t o d o s d e co n t r o l e d e m o sq u i t o s, a p e t r o l ag e m é u m a
m ed i d a d e:
A) p r o t eção i n d i vi d u al ao h o m e m .
B) p r o t eção co l et i va ao h o m e m .
C) co m b at e ao m o sq u i t o em sua f ase aq u át i ca p el a d est r u i ção d as lar-
vas.
D) co m b at e ao m o sq u i t o em sua f ase aq u át i ca p el a d est r u i ção d o s cr i a-
d o u r o s.

E) co m b at e ao m o sq u i t o e m sua f ase al ad a p el a d est r u i ção d as l ar vas.

Resposta'-
(C) A p et r o l ag em é u m a m ed i d a d e co n t r o l e d e m o sq u i t o em sua f ase
aq u át i ca p el a d est r u i ção d e suas l ar vas. Tem r esul t ad o s t em p o r ár i o s,
m as ap r esen t a a van t ag em d a p o ssi b i l i d ad e d e ser u sad a i n cl u si ve em
p eq u en as co l eçõ es d e ág u a. No Brasi l , usa- se ó l eo d i esel e q u er o sen e,
q u e se evap o r am f aci l m en t e, e p o r isso d evem ser u sad o s j u n t o co m
ó l eo q u ei m ad o .
Ref.: Brasil. FN S. Manual de Saneamento. 3.ed . p.278.
CAPÍTUL010

SAÚDE
DA FAM ÍLIA

B3< | O Pr o g r am a Saú d e d a Fam íl i a n asce, em m ar ço d e 1994, co m o p r o p ó -


sit o d e co n t r i b u i r na m u d an ça d o m o d el o d e at en ção à saú d e, t en d o
su ced i d o :
A) o Pr o g r am a d e Ag en t es Co m u n i t ár i o d e Saú d e - PACS.
B) as Açõ es In t eg r ad as d e Saú d e - AIS.
C) o s Si st em as Lo cai s d e Saú d e - SILOS.
D) o PREVSAÚDE.
E) o Pl an o CON ASP.

Resposta:
(A) " Co m o p r o p ó si t o d e co n t r i b u i r na m u d an ça d o m o d el o d e at en ção à
saú d e, n asce em m ar ço d e 1994, o Pr o g r am a d e Saú d e d a Fam íl i a, co m o
u m a est r at ég i a, cu j o an t ecesso r foi o Pr o g r am a d e Ag en t es Co m u n i t ár i o
d e Saú d e - PACS, em 1 9 9 1 , cap az d e aj u d ar na p r o m o ção d a saú d e e a
m el h o r i a d a q u al i d ad e d e vi d a d o s i n d i víd u o s, f am íl i as e co m u n i d ad es,
vi n cu l ad as a eq u i p e m u l t i p r o f i ssi o n al , e m u m t erri t ó ri o d ef i ni d o ."
Ref.: M endonça & Sousa. Estratégia Saúde da Família no Brasil, p.13.

02. No caso b rasileiro o t er m o At en ção Bási ca em Saú d e si g ni f i ca o p r i m ei r o


n ível d e at en ção à saú d e e su st en t a- se no p r i n cíp i o c o m p r e e n d i d o
co m o a ar t i cu l ação d e açõ es d e p r o m o ção d a saú d e e p r even ção , t r at a-
m en t o e r eab i l i t ação d e d o en ças e ag r avo s. Esse p r i n cíp i o é:
A) o Ser vi ço d e Pr i m ei r o Co n t at o .
B) a In t eg r al i d ad e.
C) aTer r i t o r i al i zação .
D) a Ad scr i ção d e Cl i en t el a.
E) a Cen t r al i d ad e.
244 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Resposta'-
(B) " No caso b rasileiro o t er m o At en ção Bási ca si g ni f i ca o p r i m ei r o nível
d e at en ção à saú d e e sust ent a- se no p r i n cíp i o d a i n t eg r al i d ad e, co m -
p r een d i d o co m o a ar t i cu l ação d e açõ es d e p r o m o ção d a saú d e e p r e-
ven ção , t r at am en t o e r eab i l i t ação d e d o en ças e ag ravo s."
Ref.: M en d o n ça & So u sa. Estratégia Saúde da Família no Brasil, p.15.

Co m r ef er ênci a à Est r at ég i a Saú d e d a Fam íl i a, é co r r et o d i zer q u e:


A) p r eser va a co n cep ção usual d e p r o g r am as, t r ad i ci o n al m en t e co n ce-
b i d o s no M i ni st ér i o d a Saú d e.
B) lim it a- se no t em p o , no esp aço g eo g r áf i co o u em g r u p o s p o p u l aci o -
nais, m as n ão se r est r i ng e a al g u n s p ro f i ssi o nai s.
C) t rat a- se d e u m a i n t er ven ção ver t i cal e p ar al el a às at i vi d ad es d o s ser-
vi ço s d e saú d e rest rit a a al g u m as u n i d ad es d e saú d e.
D) as eq u i p es d e saú d e se co - r esp o n sab i l i zam p o r cu i d ar d e sei s m i l
p esso as o u m il f am íl i as, p ara f azer a vi g i l ân ci a d o s p r o cesso s saú d e-
- d o en ça.
E) car act er i za- se co m o u m a est r at ég i a q u e p o ssi b i l i t a a i n t eg r ação e
p r o m o ve a o r g an i zação d as açõ es e ser vi ço s d e saú d e, em u m t er r i -
t ó r i o d ef i n i d o .

Resposta:
(E) " M ui t o em b o r a, h i st o r i cam en t e r o t u l ad o co m o u m p r o g r am a, a Es-
t r at ég i a Saú d e d a Fam íl i a f o g e à co n cep ção usual d e p r o g r am as, t r ad i -
ci o n al m en t e co n ceb i d o s no M i ni st ér i o d a Saú d e, e o u t r o s g est o r es p ú -
b l i co s. N ão se t rat a d e u m a i n t er ven ção ver t i cal e p ar al el a às at i vi d ad es
d o s ser vi ço s d e saú d e, n ão se l i m i t a no t em p o , no esp aço g eo g r áf i co
o u em g r u p o s p o p u l aci o n ai s, não se r est r i ng e a al g u n s p r o f i ssi o nai s,
t am p o u co a al g u m as u n i d ad es d e saú d e. Pelo co n t r ár i o , car act er i za- se
co m o u m a est r at ég i a q u e p o ssi b i l i t a a i n t eg r ação e p r o m o ve a o r g an i -
zação d as açõ es e ser vi ço s d e saú d e, em u m t erri t ó ri o d ef i n i d o , o n d e
as eq u i p es d e saú d e se co - r esp o n sab i l i zam p o r cu i d ar d e q u at r o m i l e
q u i n h en t as p esso as o u m i l f am íl i as, p ar a f azer a vi g i l ân ci a d o s p r o cesso s
saú d e- d o en ça."
Ref.: M en d o n ça & So u sa. Estratégia Saúde da Família no Brasil, p.28.

H l 04. A Est r at ég i a Saú d e d a Fam íl i a enr aíza- se em t o d o s o s m u n i cíp i o s b r a-


si l ei r o s, p o r q u e seu s val o r es e p r i n cíp i o s o r i en t ad o r es são u n i ver sai s.
D el a, d en t r e as seg u i n t es, f azem p ar t e d e su as b ases o r g an i zat i vas,
EXCETO:
A) ad scr i ção d e cl i en t el a.
B) t er r i t o r i al i zação .
CAP. 1 0 . SAÚDE DA FAMÍLIA 245

C) d i ag n ó st i co d a si t u ação d e saú d e d a p o p u l ação .


D) p l an ej am en t o b asead o na r eal i d ad e l o cal .
E) co m p l exi d ad e d o at en d i m en t o , co m h i er ar q u i zação d as açõ es.

Resposta:
(E) "A p r át i ca evi d en ci a q u e a ESF enr aíza- se em t o d o s os m u n i cíp i o s
b rasi l ei ro s, p o r q u e seus val o r es e p r i n cíp i o s o r i en t ad o r es são u n i ver sai s,
l o g o , cab e d en t r o d as ci d ad es d e p eq u en o , m éd i o e g r an d e p o r t e, p ara
al ém d as reg i õ es m et r o p o l i t an as e d as cap i t ai s. Af i n al , suas b ases o r g a-
ni zat i vas p o d em ser r esu m i d as:
• Adscrição de clientela - é a d ef i n i ção p reci sa d o t er r i t ó r i o d e at u ação .

• Territorialização - é o m ap eam en t o d a ár ea, co m p r een d en d o seg -


m en t o p o p u l aci o n al d et er m i n ad o .

• Diagnóstico da situação de saúde da população - r ep r esen t a o cad as-


t r am en t o d as f am íl i as e d o s i n d i víd u o s, g er an d o d ad o s q u e p o ssi b i -
l i t em a anál i se d a si t u ação d e saú d e d o t erri t ó ri o .

• Planejamento baseado na realidade local - Pr o g r am ação d as at i vi -


d ad es seg u n d o cri t éri o s d e risco à saú d e, p r i o r i zan d o so l u ção d o s
p r o b l em as."
Ref.: M en d o n ça & So u sa. Estratégia Saúde da Família no Brasil, p .34.

J 3 05. As b ases d a at u ação d as Eq u i p es d a Saú d e d a Fam íl i a se exp r essam no s


seg u i n t es el em en t o s, EXCETO:
A) p l an ej am en t o d as açõ es.
B) p r o m o ção e vi g i l ân ci a à saú d e.
C) t r ab al h o i nt er d i sci p l i nar em eq u i p e.
D) ab o r d ag em i nt eg ral d a f am íl i a.
E) ver t i cal i zação d o at en d i m en t o .

Resposta:
(E)" As b ases d a at u ação d as Eq u i p es d a Saú d e d a Fam íl i a se exp r essam :
No p l an e j am e n t o d as açõ es, co m a co - r esp o n sab i l i d ad e d e co n h ecer
o s f at o res d et er m i n an t es d o p r o cesso saú d e- d o en ça; est ab el ecer p r i o -
r i d ad es e t r açar est r at ég i as d e en f r en t am en t o p ara o s p r o b l em as d e-
t ect ad o s; co n h ecer o p erf il ep i d em i o l ó g i co d a p o p u l ação ; e est i m u l ar
a p ar t i ci p ação d a co m u n i d ad e n o p l an ej am en t o , execu ção e aval i ação
d as açõ es d e saú d e.

Na p r o m o çã o e v i g i l ân ci a à saú d e, co n h ecen d o o s f at o r es q u e d et er-


m i n am a q u al i d ad e d e vi d a d a co m u n i d ad e d e seu t er r i t ó r i o ; ar t i cu l an -
d o - se co m o u t r o s set o r es e i nst i t ui çõ es lo cais e ar t i cu l an d o o s m o vi -
m en t o s so ci ai s o r g an i zad o s, b u scan d o i nt eg rar açõ es q u e co n t r i b u am
p ara m el h o r ar a q u al i d ad e d e vi d a d a co m u n i d ad e.
246 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

No t r ab al h o i n t er d i sci p l i n ar e m eq u i p e, co n h ecen d o e an al i san d o o


t r ab al h o d e t o d a a eq u i p e, ver i f i can d o as at r i b u i çõ es esp ecíf i cas d a cad a
p ro f i ssi o nal e i d en t i f i can d o as açõ es co m u n s a t o d o s o s co m p o n en t es
d a eq u i p e; co m p ar t i l h an d o co n h eci m en t o s e i n f o r m açõ es p ar a o b o m
d esem p en h o d o t r ab al h o em eq u i p e; e p ar t i ci p ad o d a f o r m ação e d o
t r ei n am en t o d o p esso al auxi l i ar, vo l u n t ár i o s e est ag i ár i o s d e cu r so s o u
d e o ut r o s ser vi ço s p r ep ar an d o - o s p ar a i d ent i f i car e at u ar no s p r i n ci p ai s
p r o b l em as d e saú d e d a p o p u l ação .
Na a b o r d a g e m i n t eg r al d a f am í l i a, co m p r een d er a f am íl i a d e f o r m a
i nt eg ral e si st ém i ca, co m o esp aço d e d esen vo l vi m en t o i n d i vi d u al e d e
g r u p o , d i n âm i co e p assível d e cr i ses; i d en t i f i can d o a r el ação d a f am í-
lia co m a co m u n i d ad e e o s p r o cesso s d e vi o l ên ci a f am i l i ar, se h o u ver , e
ab o r d á- l o s d e f o r m a i n t eg r al , o r g an i zad a, co m a p ar t i ci p ação d as d i f e-
rent es d i sci p l i n as e set o r es e d e aco r d o co m os p r ecei t o s leg ais e ét i co s
exi st ent es."
Ref.: M en d o n ça & So u sa. Estratégia Saúde da Família no Brasil, p.41 - 2.

Q3 06. Qu ai s são , d e aco r d o co m o M i n i st ér i o d a Saú d e, o s p r i n cíp i o s f u n d a-


m en t ai s d a at en ção b ási ca n o Brasil?
A) In t eg r al i d ad e, q u al i d ad e, eq u i d ad e e p ar t i ci p ação so ci al .
B) In t eg r al i d ad e, q u al i d ad e, i g u al d ad e e p ar t i ci p ação so ci al .
C) In t eg r al i d ad e, q u al i d ad e, eq u i d ad e e at u ação co m u n i t ár i a.
D) Un i ver sal i d ad e, q u al i d ad e, eq u i d ad e e p ar t i ci p ação so ci al .
E) Un i ver sal i d ad e, i n t eg r al i d ad e, eq u i d ad e e p ar t i ci p ação so ci al .

Resposta'-
(A) De aco r d o co m o M i ni st ér i o d a Saú d e, o s p r i n cíp i o s f u n d am en t ai s
d a at en ção b ási ca no Brasil são : i n t eg r al i d ad e, q u al i d ad e, eq u i d ad e e
p ar t i ci p ação so ci al .
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o d a Saú d e. Caderno de Atenção Básica.

07. As eq u i p es Saú d e d a Fam íl i a est ab el ecem vín cu l o co m a p o p u l ação ,


p o ssi b i l i t an d o o co m p r o m i sso e a co - r esp o n sab i l i d ad e d est es p ro f i ssi o -
nais co m o s u su ár i o s e a co m u n i d ad e m ed i an t e:
A) o Ser vi ço d e Pr i m ei r o Co n t at o .
B) a In t eg r al i d ad e.
C) aTer r i t o r i al i zação .
D) a Ad scr i ção d e Cl i en t el a.
E) a ab o r d ag em i nt eg ral d a f am íl i a.

Resposta'-
(D) " M ed i an t e a ad st r i ção d e cl i en t el a, as eq u i p es Saú d e d a Fam íl i a es-
t ab el ecem vín cu l o co m a p o p u l ação , p o ssi b i l i t an d o o co m p r o m i sso e a
CAP. 1 0 -SAÚDE DA FAMÍLIA 247

co - r esp o n sab i l i d ad e d est es p ro f i ssi o nai s co m o s u su ár i o s e a co m u n i d a-


d e. Seu d esaf i o é o d e am p l i ar su as f r o nt ei r as d e at u ação vi san d o u m a
m ai o r r eso l u b i l i d ad e d a at en ção , o n d e a Saú d e d a Fam íl i a é co m p r een -
d i d a co m o a est r at ég i a p r i n ci p al p ar a m u d an ça d est e m o d el o , q u e d e-
ver á sem p r e se i nt eg r ar a t o d o o co n t ext o d e r eo r g an i zação d o si st em a
d e saúd e."
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o da Saúde. Caderno de Atenção Básica.

WH 08. De a c o r d o c o m o M i n i st é r i o d a Sa ú d e , n o q u e co n cer n e à at uação


Saú d e d a Fam íl i a, co n si d er e as seg u i n t es af i r m at i vas:
I. A Saú d e d a Fam íl i a é en t en d i d a co m o u m a est r at ég i a d e r eo r i en t a-
ção d o m o d el o assi st en ci al , o p er aci o n al i zad a m ed i an t e a i m p l an t a-
ção d e eq u i p es m u l t i p r o f i ssi o n ai s em u n i d ad es b ási cas d e saú d e.
II. Essas eq u i p es m u l t i p r o f i ssi o n ai s são r esp o n sávei s p el o aco m p an h a-
m en t o d e u m n ú m er o d ef i n i d o d e f am íl i as, l o cal i zad as em u m a ár ea
g eo g r áf i ca d el i m i t ad a.
III. As eq u i p es at u am co m açõ es d e p r o m o ção d a saú d e, p r even ção ,
r ecu p er ação , r eab i l i t ação d e d o en ças e ag r avo s m ai s f r eq u en t es, e na
m an u t en ção d a saú d e d est a co m u n i d ad e.
IV. A r esp o n sab i l i d ad e p el o aco m p an h am en t o d as f am íl i as co l o ca p ar a
as eq u i p es saú d e d a f am íl i a a n ecessi d ad e d e ul t r ap assar o s l i m i t es
cl assi cam en t e d ef i n i d o s p ar a a at en ção b ási ca n o Br asi l , esp eci al -
m en t e n o co n t ext o d o SUS.
Est ão co r r et as:
A) so m en t e I e II.
B) so m en t e II e III.
C) so m en t e I, III e IV.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).

Resposta:
(E)" A Saú d e d a Fam íl i a é en t en d i d a co m o u m a est r at ég i a d e r eo r i en t a-
ção d o m o d el o assi st en ci al , o p er aci o n al i zad a m ed i an t e a i m p l an t ação
d e eq u i p es m u l t i p r o f i ssi o n ai s em u n i d ad es b ási cas d e saú d e. Est as eq u i -
p es são r esp o n sávei s p el o aco m p an h am en t o d e u m n ú m er o d ef i n i d o
d e f am íl i as, l o cal i zad as em u m a ár ea g eo g r áf i ca d el i m i t ad a. As eq u i p es
at u am co m açõ es d e p r o m o ção d a saú d e, p r even ção , r ecu p er ação , rea-
b i l i t ação d e d o en ças e ag r avo s m ai s f r eq u en t es, e na m an u t en ção d a
saú d e d est a co m u n i d ad e. A r esp o n sab i l i d ad e p el o aco m p an h am en t o
d as f am íl i as co l o ca p ar a as eq u i p es saú d e d a f am íl i a a n ecessi d ad e d e
ul t r ap assar o s l i m i t es cl assi cam en t e d ef i n i d o s p ar a a at en ção b ási ca n o
Brasil, esp eci al m en t e no co n t ext o d o SUS."
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o da Saúde. Caderno de Atenção Básica.
248 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

^3 09. Co m r esp ei t o a est r at ég i a d e Saú d e d a Fam íl i a, m ar q u e a al t er n at i va


FALSA.
A) In i ci ad o e m 1994, a Saú d e d a Fam íl i a ap r esen t o u u m cr esci m en t o
exp r essi vo no s ú l t i m o s an o s.
B) A vel o ci d ad e d e exp an são d a Saú d e d a Fam íl i a co m p r o va a ad esão
d e g est o r es est ad u ai s e m u n i ci p ai s ao s seu s p r i n cíp i o s.
C) A est r at ég i a d e Saú d e d a Fam íl i a é u m p ro j et o d i n am i zad o r d o SUS,
co n d i ci o n ad a p el a evo l u ção h i st ó r i ca e o r g an i zação d o si st em a d e
saú d e no Brasi l .
D) A co n so l i d ação d essa est r at ég i a p r eci sa ser su st en t ad a p o r u m p r o -
cesso q u e p er m i t a a r eal su b st i t u i ção d a r ed e b ási ca d e ser v i ço s
t r ad i ci o n ai s no âm b i t o d o s m u n i cíp i o s.
E) Co m o d eco r r ên ci a d a est r at ég i a d e Saú d e d a Fam íl i a, a p r o d u ção d e
r esu l t ad o s p o si t i vo s no s i n d i cad o r es d e saú d e e d e q u al i d ad e d e vi d a
d a p o p u l ação assi st i d a ai n d a n ão foi ver i f i cad a.

Rôsposta'-
(E) "A est r at ég i a d e Saú d e d a Fam íl i a é u m p ro j et o d i n am i zad o r d o SUS,
co n d i ci o n ad a p el a evo l u ção hi st ó r i ca e o r g an i zação d o si st em a d e saú -
d e no Brasi l . A vel o ci d ad e d e exp an são d a Saú d e d a Fam íl i a co m p r o va a
ad esão d e g est o r es est ad u ai s e m u n i ci p ai s ao s seu s p r i n cíp i o s. In i ci ad o
em 1994, ap r esen t o u u m cr esci m en t o exp r essi vo no s ú l t i m o s an o s. A
co n so l i d ação d essa est r at ég i a p r eci sa, en t r et an t o , ser su st en t ad a p o r
u m p r o cesso q u e p er m i t a a real su b st i t u i ção d a r ed e b ási ca d e ser vi ço s
t r ad i ci o n ai s n o âm b i t o d o s m u n i cíp i o s e p ela cap aci d ad e d e p r o d u ção
d e r esu l t ad o s p o si t i vo s no s i n d i cad o r es d e saú d e e d e q u al i d ad e d e vi d a
d a p o p u l ação assi st i d a."
"A Saúde da Família como estratégia estruturante dos sistemas municipais
de saúde tem provocado um importante movimento com o intuito de re-
ordenar o modelo de atenção no SUS. Busca maior racionalidade na utili-
zação dos demais níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos
nos principais indicadores de saúde das populações assistidas às equipes
saúde da família/
Ref.: Brasi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. Caderno de Atenção Básica.

WH 10. As eq u i p es Saú d e d a Fam íl i a d ev em ser co m p o st as, no m ín i m o , p o r :


A) u m m éd i co d e f am íl i a, u m en f er m ei r o , u m au xi l i ar d e en f er m ag em e
4 ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e.
B) u m m éd i co d e f am íl i a, u m en f er m ei r o , u m au xi l i ar d e en f er m ag em e
6 ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e.
C) u m m éd i co d e f am íl i a, d o i s en f er m ei r o s, u m au xi l i ar d e en f er m ag em
e 6 ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e.
CAP. 1 0 . SAÚDE DA FAMÍLIA 249

: D) u m m éd i co d e f am íl i a, u m en f er m ei r o , u m t écn i co d e en f er m ag em ,
u m au xi l i ar d e en f er m ag em e 8 ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e.
E) d o i s m éd i co s d e f am íl i a, d o i s en f er m ei r o s, u m au xi l i ar d e en f er m a-
g em e 10 ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e.

Resposta:
(B) " 0 t r ab al h o d e eq u i p es d a Saú d e d a Fam íl i a é o el em en t o - ch ave p ar a
a b u sca p er m an en t e d e co m u n i cação e t r o ca d e exp er i ên ci as e co n h eci -
m en t o s en t r e o s i n t eg r an t es d a eq u i p e e d esses co m o sab er p o p u l ar d o
A g en t e C o m u n i t á r i o d e Saú d e. As e q u i p e s s ã o c o m p o s t a s , n o m í n i m o ,
p o r u m m éd i co d e f am íl i a, u m en f er m ei r o , u m au xi l i ar d e en f er m ag em e
6 ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e. Q u an d o am p l i ad a, co n t a ai n d a c o m :
u m d en t i st a, u m au xi l i ar d e co n su l t ó r i o d en t ár i o e u m t écn i co e m h i g i e-
n e d en t al ."
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o d a Saú d e. Caderno de Atenção Básica.

3 1.1> Co m r esp ei t o ao Pr o g r am a d e Ag en t es Co m u n i t ár i o s d e Saú d e (PACS),


m ar q u e a al t er n at i va FALSA.
A) O Pr o g r am a d e Ag en t es Co m u n i t ár i o s d e Saú d e é ho j e co n si d er ad o
p ar t e d a Saú d e d a Fam íl i a.
B) N o s m u n i cíp i o s o n d e h á so m en t e o PACS, est e p o d e ser co n si d er ad o
u m p r o g r am a d e t r an si ção p ar a a Saú d e d a Fam íl i a.
C) N o PACS, as açõ es d o s ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e são ac o m -
p an h ad as e o r i en t ad as p o r u m m éd i co d e f am íl i a, l o t ad o e m u m a
u n i d ad e b ási ca d e saú d e.
D) Os ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e p o d em est ar l i g ad o s a u m a u n i -
d ad e b ási ca d e saú d e ai n d a n ão o r g an i zad a n a l ó g i ca d a Saú d e d a
Fam íl i a.
E) Os ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e p o d em ser l i g ad o s a u m a u n i d ad e
b ási ca d e Saú d e d a Fam íl i a co m o m em b r o d a eq u i p e m u l t i p r o f i ssi o -
nal.

Resposta:
(C) "O Pr o g r am a d e Ag en t es Co m u n i t ár i o s d e Saú d e é ho je co n si d er ad o
p ar t e d a Saú d e d a Fam íl i a. N o s m u n i cíp i o s o n d e h á so m en t e o PACS,
est e p o d e ser co n si d er ad o u m p r o g r am a d e t r an si ção p ara a Saú d e
d a Fam íl i a. No PACS, as açõ es d o s ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e são
aco m p an h ad as e o r i en t ad as p o r u m en f er m ei r o / su p er vi so r l o t ad o e m
u m a u n i d ad e b ási ca d e saú d e. Os ag en t es co m u n i t ár i o s d e saú d e p o -
d em ser en co n t r ad o s e m d u as si t u açõ es d i st i n t as e m r el ação à r ed e d o
SUS: a) l i g ad o s a u m a u n i d ad e b ási ca d e saú d e ai n d a n ão o r g an i zad a n a
l ó g i ca d a Saú d e d a Fam íl i a; e b) l i g ad o s a u m a u n i d ad e b ási ca d e Saú d e
d a Fam íl i a co m o m em b r o d a eq u i p e m u l t i p r o f i ssi o n al . At u al m en t e, e n -
co n t r am - se e m at i vi d ad e n o p aís 2 0 4 m i l ACS, est an d o p r esen t es t an t o
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

em co m u n i d ad es rurais e p eri f eri as u r b an as q u an t o e m m u n i cíp i o s al t a-


m en t e u r b an i zad o s e i nd ust r i al i zad o s."
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o d a Saú d e. Caderno de Atenção Básica.

2 2 1 1 2 . Na m at r i z d e r esp o n sab i l i d ad es d as esf eras g est o r as em at en ção b ási ca,


o r d en ar a f o r m ação d e r ecu r so s h u m an o s é d a co m p et ên ci a:
A) f ed er al , so m en t e.
B) est ad u al , so m en t e.
C) m u n i ci p al , so m en t e.
D) f ed er al e est ad u al , co m p ar t i l h ad a.
E) f ed er al , est ad u al e m u n i ci p al , co m p ar t i l h ad a.

Resposta:
(A) Na matriz de responsabilidades das esferas gestoras em atenção
básica, o r d en ar a f o r m ação d e r ecur so s h u m an o s é d a co m p et ên ci a ex-
clusiva do Governo Federal.
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o d a Saú d e. Caderno de Atenção Básica.

3JJ 13. Na m at r i z d e r esp o n sab i l i d ad es d as esf eras g est o r as em at en ção b ási ca,
co n t r at u al i zar o t r ab al h o em at en ção b ási ca é d a co m p et ên ci a:
A) f ed er al , so m en t e.
B) est ad u al , so m en t e.
C) m u n i ci p al , so m en t e.
D) m u n i ci p al e est ad u al , co m p ar t i l h ad a.
E) f ed er al , est ad u al e m u n i ci p al , co m p ar t i l h ad a.

Resposta:
(C) Na matriz de responsabilidades das esferas gestoras em atenção
básica, co n t r at u al i zar o t r ab al h o em at en ção b ási ca é d a co m p et ên ci a
exclusiva dos Governos M u n i ci p ai s.
Ref.: Brasi l . M i ni st ér i o d a Saú d e. Caderno de Atenção Básica.

3 14. São at r i b u i çõ es no âm b i t o d a m acr o f u n ção d e r eg u l ação d o s g est o r es


est ad u ai s d o SUS as seg u i n t es, EXCETO:
A) r eg u l ação d e si st em as m u n i ci p ai s.
B) ap o i o à ar t i cu l ação i n t er m u n i ci p al .
C) i m p l an t ação d e m ecan i sm o s d e r eg u l ação d a assi st ên ci a.
D) co o r d en ação d e r ed es d e r ef er ênci a d e car át er i n t er m u n i ci p al .
E) r eg u l ação d e m er cad o s e m saú d e (p l an o s p r i vad o s, i n su m o s).

Resposta:
(E) São at r i b u i çõ es na m acr o f u n ção d e r eg u l ação d o s g est o r es est ad u ai s
d o SUS: r eg u l ação d e si st em as m u n i ci p ai s; co o r d en ação d e r ed es d e re-
CAP. 1 0 -SAÚDE DA FAMÍLIA 251

f er ên ci a d e car át er i n t er m u n i ci p al ; ap o i o à ar t i cu l ação i n t er m u n i ci p al ;
co o r d en ação d a Pr o g r am ação Pact u ad a e In t eg r ad a (PPI) n o est ad o ;
i m p l an t ação d e m ecan i sm o s d e r eg u l ação d a assi st ên ci a (ex.: cen t r ai s,
p r o t o co l o s); r eg u l ação sani t ár i a (no s caso s p er t i n en t es); aval i ação d o s
r esu l t ad o s d as p o l ít i cas est ad u ai s; e aval i ação d o d esem p en h o d o s sis-
t em as m u n i ci p ai s. A r eg u l ação d e m er cad o s em saú d e (p l an o s p r i vad o s,
i n su m o s) é d a esf er a d a g est ão f ed er al .
Ref : N o r o n h a et al. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 4 4 8 .

^3 I5* A s
Co m i ssõ es In t er g est o r es Bi p ar t i t es (CIBs) f o r am cr i ad as f o r m al m en t e
p o r:
A) Pact o p el a Saú d e.
B) N OAS 2001/ 2002.
C) N OB 96.
D) N OB 9 3 .
E) N OB 91/ 92.

Resposta:
(C) As Co m i ssõ es In t er g est o r es Bi p ar t i t es (CIBs) f o r am cr i ad as f o r m al -
m en t e p el a N o r m a Op er aci o n al Bási ca d e 1993. Est a n o r m a est ab el ece
o CIB co m o " i n st ân ci a p r i vi l eg i ad a d e n eg o ci ação e d eci são q u an t o ao s
asp ect o s o p er aci o n ai s d o SUS", r essal t an d o o s asp ect o s r el aci o n ad o s ao
p r o cesso d e d escen t r al i zação no âm b i t o est ad u al (Br asi l , 1993). Im p l an -
t ad as a p art i r d e 1993, em cad a est ad o há u m a CIB, f o r m ad a p ar i t ar i a-
m en t e p o r r ep r esen t an t es d o g o ver n o est ad u al i n d i cad o s p el o secr et á-
rio d e est ad o d e Saú d e e r ep r esen t an t es d o s secr et ár i o s m u n i ci p ai s d e
Saú d e i n d i cad o s p el o Co sem s d e cad a est ad o .
Ref : N o r o n h a ef al. In : Gi o van el l a. Politicas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 4 5 0 .

33 I6' A s
co n f er ên ci as d e Saú d e t êm co m o o b j et i vo p r i n ci p al a d ef i n i ção d e
d i r et r i zes g er ai s p ar a a p o l ít i ca d e saú d e, d ev en d o ser r eal i zad as n aci o -
n al m en t e a cad a:
A) d o i s an o s.
B) t rês an o s.
C) q u at r o an o s.
D) seis an o s.
E) o i t o an o s.

Resposta:
(C) "As co n f er ên ci as d e Saú d e t êm co m o o b j et i vo p r i n ci p al a d ef i n i ção
d e d i r et r i zes g er ai s p ar a a p o l ít i ca d e saú d e, d ev en d o ser r eal i zad as n a-
ci o n al m en t e a cad a q u at r o an o s e co n t ar co m am p l a p ar t i ci p ação d a
so ci ed ad e, co m r ep r esen t ação d e u su ár i o s p ari t ári a à d o s d em ai s seg -
I MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

m en t o s (r ep r esen t an t es d o Po d er Po l ít i co , d o s p r o f i ssi o nai s d e saú d e,


d o s p r est ad o r es d e ser vi ço ). A 9 a Co n f er ên ci a N aci o n al d e Saú d e r eco -
m en d o u q u e a p er i o d i ci d ad e d as co n f er ên ci as m u n i ci p al f o sse b i an u al e
q u e as est ad u ai s, à sem el h an ça d as n aci o n ai s, f o ssem r eal i zad as a cad a
q u at r o an o s, m ed i an t e co n vo cação d o Po d er Execu t i vo co r r esp o n d en -
t e."
Ref.: N o r o n h a et al. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 4 5 2 .

117. Das seg u i n t es af i r m at i v as so b r e o s Co n se l h o s d e Saú d e , m ar q u e a


FALSA.
A) São co l eg i ad o s d e car át er p er m an en t e e d el i b er at i vo , f o r m ad o s e m
cad a esf er a p o r r ep r esen t an t es d o g o ver n o , p r o f i ssi o n ai s d e saú d e,
p r est ad o r es d e ser vi ço s e u su ár i o s.
B) O g r u p o d e r ep r esen t an t es d o s u su ár i o s d eve co n st i t u i r no m ín i m o
u m t er ço d o s co n sel h ei r o s.
C) Su as at r i b u i çõ es são at u ar na f o r m ação d e est r at ég i as e n o co n t r o l e
d a execu ção d as p o l ít i cas d e saú d e.
D) Na f o r m u l ação d e p o l ít i cas, a at u ação d o s co n sel h o s d eve ser p r o p o -
si t i va, i n t er ag i n d o co m o g est o r d o SUS e co m o Po d er Leg i sl at i vo .
E) Deve exer cer o co n t r o l e d e execu ção d as p o l ít i cas p o r m ei o d o aco m -
p an h am en t o p er m an en t e d as açõ es i m p l em en t ad as e sua co er ên ci a
co m o s p r i n cíp i o s d o SUS e as n ecessi d ad es d e saú d e d a p o p u l ação .

Resposta:
(B) " Os Co n sel h o s d e Saú d e são co l eg i ad o s d e car át er p er m an en t e e
d el i b er at i vo , f o r m ad o s e m cad a esf er a p o r r ep r esen t an t es d o g o ver n o ,
p r o f i ssi o nai s d e saú d e, p r est ad o r es d e ser vi ço s e u su ár i o s, sen d o q u e
est e ú l t i m o g r u p o d eve co n st i t u i r no m ín i m o m et ad e d o s co n sel h ei r o s.
Su as at r i b u i çõ es são at u ar na f o r m ação d e est r at ég i as e no co n t r o l e d a
execu ção d as p o l ít i cas d e saú d e. Na f o r m u l ação d e p o l ít i cas, a at u ação
d o s co n sel h o s d eve ser p r o p o si t i va, i n t er ag i n d o co m o g est o r d o SUS
n aq u el a esf er a (q u e t em assen t o n o Co n sel h o d e Saú d e) e co m o Po -
d er Leg i sl at i vo . Já e m r el ação ao co n t r o l e d e execu ção d as p o l ít i cas,
est e d eve ser exer ci d o p o r m ei o d o aco m p an h am en t o p er m an en t e d as
açõ es i m p l em en t ad as e su a co er ên ci a co m o s p r i n cíp i o s d o SUS e as
n ecessi d ad es d e saú d e d a p o p u l ação ."
Ref : N o r o n h a et al. In: Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 4 5 2 .

18. São ap o n t ad as co m o d i f i cu l d ad es na i m p l em en t ação d o SUS n o ei xo


est r at ég i co d o s r ecur so s h u m an o s, EXCETO:
A) d i st o r çõ es na f o r m ação d o s p r o f i ssi o nai s d e saú d e.
B) h et er o g en ei d ad e e m est ad o s e m u n i cíp i o s na co n st i t u i ção d e eq u i -
p es t écn i cas nas secr et ar i as d e Saú d e.
CAP. 1 0 . SAÚDE DA FAMÍLIA 253

C) d i f i cu l d ad es d e est ad o e m u n i cíp i o s na co n t r at ação d e p r o f i ssi o nai s


d e saú d e.
D) d i st r i b u i ção d esi g u al e eq u i t at i va d e p r o f i ssi o nai s d e saú d e n o t er r i -
t ó r i o n aci o n al .

E) au m en t o d a p r ecar i zação d as r el açõ es d e t r ab al h o na saú d e.

Resposta:
(D) São ap o n t ad as co m o d i f i cu l d ad es na i m p l em en t ação d o SUS n o ei xo
est r at ég i co d o s r ecu r so s h u m an o s: d i st o r çõ es na f o r m ação d o s p ro f is-
si o nai s d e saú d e; h et er o g en ei d ad e en t r e o s d i ver so s est ad o s e m u n i -
cíp i o s na co n st i t u i ção d e eq u i p es t écn i cas nas secr et ar i as d e Saú d e;
d i f i cu l d ad es d e est ad o e m u n i cíp i o s na co n t r at ação d e p r o f i ssi o nai s d e
saú d e, ag r avad as p el a co n j u n t u r a d e Ref o r m a d o Est ad o , co m p r essõ es
p ar a r ed u ção d e g ast o s co m p esso al ; d i st r i b u i ção d esi g u al e i n eq u i t at i -
va d e p r o f i ssi o nai s d e saú d e no t er r i t ó r i o n aci o n al ; e au m en t o d a p r eca-
r i zação d as r el açõ es d e t r ab al h o na saú d e.
Ref : N o r o n h a etal. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 4 6 8 .

J 19. São ap o n t ad as co m o d i f i cu l d ad es na i m p l em en t ação d o SUS n o ei xo


est r at ég i co d o d esen vo l vi m en t o ci en t íf i co e t ecn o l ó g i co e p r o d u ção d e
i n su m o s p ar a a saú d e, EXCETO:
A) d ef asag em t ecn o l ó g i ca e vár i o s seg m en t o s r el evan t es p ar a a saú d e e
u so i n ad eq u ad o d e t ecn o l o g i as em o u t r o s.
B est ag n ação d a i n d ú st r i a n aci o n al n o s an o s 1 9 9 0 , at i n g i n d o vár i o s
seg m en t o s d a saú d e.
C) al t a d ep en d ên ci a d e i m p o r t açõ es {déficit co m er ci al r el at i vo a i n su -
m o s d a saú d e).
D) cu st o s el evad o s d e i n su m o s, e m r azão d as car act er íst i cas d as em p r e-
sas t r an sn aci o n ai s e d a ap r o vação d a Lei Br asi l ei r a d e Pr o p r i ed ad e
In t el ect u al .
E) i n cap aci d ad e n aci o n al d e p r o d u ção e m al g u m as ár eas (m ed i cam en -
t o s, vaci n as), i n cl u si ve no set o r p ú b l i co (Fi o cr u z, Bu t an t an ).

Resposta:
(E) São assi n al ad as co m o d i f i cu l d ad es na i m p l em en t ação d o SUS n o
ei xo est r at ég i co d o d esen vo l vi m en t o ci ent íf i co e t ecn o l ó g i co e p r o d u -
ção d e i n su m o s p ar a a saú d e: d ef asag em t ecn o l ó g i ca e vár i o s seg m en -
t o s r el evan t es p ar a a saú d e e uso i n ad eq u ad o d e t ecn o l o g i as e m o u t r o s;
est ag n ação d a i n d ú st r i a n aci o n al no s an o s 1990, at i n g i n d o vár i o s seg -
m en t o s d a saú d e; al t a d ep en d ên ci a d e i m p o r t açõ es {déficit co m er ci al
rel at i vo a i n su m o s d a saú d e); cu st o s el evad o s d e i n su m o s, em r azão d as
car act er íst i cas d as em p r esas t r an sn aci o n ai s e d a ap r o vação d a Lei Brasi -
leira d e Pr o p r i ed ad e In t el ect u al (em 1996). A p r eser vação d a cap aci d a-
d e n aci o n al d e p r o d u ção e m al g u m as ár eas (m ed i cam en t o s, vaci n as),
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

i n cl u si ve no set o r p ú b l i co (Fi o cr uz, Bu t an t an ) é t i d a co m o u m avan ço na


i m p l em en t ação d o SUS.
Ref.: N o r o n h a etal. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 4 6 9 .

20. A Saú d e d a Fam íl i a, ap o i ad a em d el i b er ação d o Co n sel h o N aci o n al d e


Saú d e, f oi p r i m ei r am en t e exp l i ci t ad a, co m o est r at ég i a, e m :
A) Pact o p el a Saú d e.
B) N OAS 2001/ 2002.
C) N OB 96.
D) N OB 9 3 .
E) N OB 91/ 92

Respostar-
(C) " Co m o est r at ég i a, a Saú d e d a Fam íl i a f oi exp l i ci t ad a na N o r m a Op e-
r aci o n al Bási ca d o SUS d e 1996 (N OB SUS 01/ 96), ap o i ad a em d el i b er a-
ção d o Co n sel h o N aci o n al d e Saú d e, q u e i n d i cava a r et o m ad a d a d i scu s-
são e m t o r n o d o m o d el o d e at en ção a ser co n st r u íd o . Tal at o n o r m at i vo
d i sci p l i n o u o p r o cesso d e o r g an i zação d o s ser vi ço s seg u n d o cam p o s d e
at en ção assi st en ci ai s, d e i n t er ven çõ es am b i en t ai s e d e p o l ít i cas ext r a-
- set o ri ai s, e m u m a co n cep ção am p l i ad a d e at en ção à saú d e e d e i nt e-
g r al i d ad e d as açõ es."
Ref.: Gi o van el l a & M en d o n ça. In : Gi o van el l a. Politicas e Sistemas de Saúde no Brasil.
p. 6 0 2 .

21. A at en ção b ási ca em saú d e assu m i u a car act er i zação d e p r i m ei r o n ível


d e at en ção a p art i r d o (a):
A) Pact o p el a Saú d e.
B) N OAS 2001/ 2002.
C) N OB 96.
D) N OB 9 3 .
E) N OB 91/ 92.

Resposta'-
(C) "A p art i r d a N OB 96, a at en ção b ási ca e m saú d e assu m i u a car act er i -
zação d e p r i m ei r o nível d e at en ção , o u sej a, " u m co n j u n t o d e açõ es, d e
car át er i n d i vi d u al e co l et i vo , si t u ad as no p r i m ei r o nível d e ed u cação d o s
si st em as d e saú d e, vo l t ad as p ara a p r o m o ção d a saú d e, a p r even ção d e
ag r avo s, o t r at am en t o e a r eab i l i t ação " (Br asi l , 1998). Tam b ém ap o n t ava
p ar a a i n co r p o r ação d e n o vas t ecn o l o g i as e p ar a a m u d an ça no s m ét o -
d o s d e p r o g r am ar e p l anej ar essas açõ es."
Ref.: Gi o van el l a & M en d o n ça. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil.
p. 6 0 2 .
CAP. 1 0 -SAÚDE DA FAMÍLIA 255

A Est r at ég i a d e Saú d e d a Fam íl i a en cer r a e m sua co n cep ção m u d an ças


na d i m en são o r g an i zaci o n al d o m o d el o assi st en ci al ao :
L co n st i t u i r a Eq u i p e d e Saú d e d a Fam íl i a, m u l t i p r o f i ssi o n al e r esp o n sá-
vel p el a at en ção à saú d e d a p o p u l ação d e d et er m i n ad o t er r i t ó r i o .
II. d ef i n i r o esp eci al i st a e m Saú d e d a Fam íl i a c o m o o p r o f i ssi o n al
m éd i co d a at en ção b ási ca.
III. i nst i t ui r n o vo s p r o f i ssi o n ai s, o s Ag en t es Co m u n i t ár i o s d e Saú d e, vo l -
t ad o s p ar a a at u ação co m u n i t ár i a, am p l i an d o a at u ação d a eq u i p e
so b r e o s d et er m i n an t es m ai s g er ai s d o p r o cesso saú d e- en f er m i d ad e.
Est á(ão ) co r r et a(s):
A) ap en as a I.
B) ap en as I e II.
C) ap en as I e III.
D) ap en as II e III.
E) t o d as (I, II, e III).

Resposta'-
(C) "A est r at ég i a d e Saú d e d a Fam íl i a en cer r a e m su a co n cep ção m u -
d an ças na d i m en são o r g an i zaci o n al d o m o d el o assi st en ci al ao : co n st i -
t ui r a Eq u i p e d e Saú d e d a Fam íl i a, m u l t i p r o f i ssi o n al e r esp o n sável p el a J
at en ção à saú d e d a p o p u l ação d e d et er m i n ad o t er r i t ó r i o ; d ef i ni r o g e- \
ner al i st a co m o o p r o f i ssi o nal m éd i co d a at en ção b ási ca; e i nst i t ui r n o vo s I
p r o f i ssi o n ai s, o s ACS, vo l t ad o s p ar a a at u ação co m u n i t ár i a, am p l i an d o !
assi m a at u ação d a eq u i p e so b r e o s d et er m i n an t es m ai s g er ai s d o p r o - j
cesso saú d e- en f er m i d ad e."
Ref : Gi o van el l a & M e n d o n ça. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil. \
p. 6 0 4 . !
j
13 23. O Cen t r o d e At en ção Psi co sso ci al (CAPS) é u m a m o d al i d ad e d e ser vi ço s [
cr i ad a p ar a at en d er d e f o r m a i n t en si va às p esso as co m u m so f r i m en t o I
p síq u i co co n si d er ad o :
A) i n t en so e, e m g er al , p er si st en t e. !
B) ag u d o e, e m g er al , o casi o n al .
C) i n t en so e, e m g er al , p assag ei r o .
D) i n t en so e, às vezes, r ep et i t i vo . 1
s
E) ag u d o e, e m g er al , t r an si t ó r i o .
J
Resposta'- [
i
(A) O Cen t r o d e At en ção Psi co sso ci al (CAPS) é u m a m o d al i d ad e d e ser- I
vi ço s cr i ad a p ar a at en d er d e f o r m a i n t en si va às p esso as co m u m so f r i - !
m en t o p síq u i co co n si d er ad o i n t en so e, e m g er al , p er si st en t e. Para q u e !
u m ser vi ço p o ssa al m ej ar u m a at en ção q u e seja su b st i t u t i va ao h o sp i t al «
>
256 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

p si q u i át r i co , é n ecessár i o o f er ecer u m a p o ssi b i l i d ad e d e acesso e d e cu i -


d ad o m ai s f r eq u en t es e p er m an en t es.
Ref : A m ar an t e. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 749.

33 24. São car act e r íst i cas d e u m se r v i ço d e at e n ç ão p si co sso ci al " f o r t e" ,


EXCETO:
A) at u ar co m b ase n o t er r i t ó r i o .
B) at u ar n o sen t i d o d e co m p l em en t ar o m o d el o asilar.
C) f u n ci o n ar 24 h o r as, i n cl u si ve sáb ad o s, d o m i n g o s e f er i ad o s.
D) i n t er vi r d e f o r m a i n t er set o r i al , i st o é, at i v an d o r ecu r so s d e vár i o s
set o r es so ci ai s.
E) d i sp o n i b i l i zar o f er t a d i n âm i ca e d i ver si f i cad a d e r ecu r so s e est r at é-
g i as t r an s e m u l t i d i sci p l i n ar .

Resposta:
(B) " Um d o s m ai o r es p r o b l em as d as p o l ít i cas d e saú d e m en t al n as d éca-
d as an t er i o r es est ava n o f at o d e q u e a al t er n at i va assi st en ci al ao s h o s-
p it ais er am o s am b u l at ó r i o s e o s cen t r o s d e saú d e m en t al , ser vi ço s d e
b ai xa r eso l u t i vi d ad e. In exi st i am ser vi ço s d e n at u r eza p si co sso ci al q u e,
na exp er i ên ci a i t al i an a, p assar am a ser co n h eci d o s co m o ser vi ço s f or-
t es, d evi d o a su a flexibilidade, m o b i l i d ad e t er r i t o r i al , o f er t a d i ver si f i cad a
d e cu i d ad o s e d e est r at ég i as assi st enci ai s." " São car act er íst i cas d e u m
ser vi ço d e at en ção p si co sso ci al " f o rt e" : at u ar n o sen t i d o d e su b st i t u i r o
m o d el o asi l ar ; d i sp o n i b i l i zar o f er t a d i n âm i ca e d i ver si f i cad a d e r ecu r so s
e est r at ég i as t r an s e m u l t i d i sci p l i n ar ; f u n ci o n ar 24 h o r as, i n cl u si ve sá-
b ad o s, d o m i n g o s e f er i ad o s; at u ar co m b ase no t er r i t ó r i o ; e i n t er vi r d e
f o r m a i n t er set o r i al , ist o é, at i van d o r ecu r so s d e vár i o s set o r es so ciais."
Ref : Am ar an t e. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 749 e 7 5 1 .

^ 25. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e a n o r m a san i t ár i a:


I. é o r eco n h eci m en t o so ci al d a exi st ên ci a d o risco e a n ecessi d ad e d o
seu co n t r o l e.
II. est ab el ece q u ai s são o s r i sco s acei t ávei s, seg u n d o o m o m e n t o e o
co n h eci m en t o acu m u l ad o .
III. p ar a o Est ad o , p r essi o n ad o p el a so ci ed ad e cap i t al i st a, é est ab el eci d a
co m o p r é- r eq u i si t o m ín i m o .
IV. ela p ar t e d a p r em i ssa d e q u e n ão exi st e risco zer o .
Est ão co r r et as:
A) ap en as I e III.
B) ap en as II e IV.
C) ap en as I, II e III.
D) ap en as I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).
CAP. 1 0 -SAÚDE DA FAMÍLIA 257

Resposta:
(E) " N est e sen t i d o , a n o r m a san i t ár i a é o r eco n h eci m en t o so ci al d a exi s-
t ên ci a d o risco e a n ecessi d ad e d o seu co n t r o l e. Est ab el ece, ai n d a, q u ai s
são o s ri sco s acei t ávei s, seg u n d o o m o m en t o e o co n h eci m en t o acu -
m u l ad o . Para o Est ad o , p r essi o n ad o p el a so ci ed ad e cap i t al i st a, a no r-
m a san i t ár i a é est ab el eci d a co m o p r é- r eq u i si t o m ín i m o , p o is p ar t e d a
p r em i ssa d e q u e n ão exi st e risco zer o . Po r ém , a n o r m a vai d ep en d er : d o
g r au d e d esen vo l vi m en t o d as f o r ças p r o d u t i vas; d o n ível d e exi g ên ci a e
co n h eci m en t o d a so ci ed ad e co n su m i d o r a; d o co n h eci m en t o t écn i co -
- ci ent íf i co d o s esp eci al i st as en vo l vi d o s n a f o r m u l ação ; e d o p o d er co n s-
t i t u íd o e m t r açar p o l ít i cas d e Est ad o ."
Ref : Si l va & Pep e. In : Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 836- 7.

26. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e o exer cíci o d a vi g i l ân ci a san i t ár i a, m ar -


q u e a FALSA.
A) c o m o ação t íp i ca d o Est ad o , o p r o f i ssi o n al d a saú d e q u e t r ab al h a
n est a ár ea est á su b m et i d o ao s p r i n cíp i o s d a ad m i n i st r ação p ú b l i ca.
B) O p r i n cíp i o d a su p r em aci a d o i n t er esse p ú b l i co so b r e o p r i vad o d á à
ad m i n i st r ação cer t as p r er r o g at i vas e p r i vi l ég i o s.
C) É n o u so d o p o d er d e p o l íci a q u e a ad m i n i st r ação p ú b l i ca e xp e d e
r eg u l am en t o s, n o r m as e m ed i d as rest ri t i vas d e d i r ei t o i n d i vi d u al e m
b en ef íci o d o b em - est ar g er al .
D) Em su a ação , o p r o f i ssi o nal d eve seg u i r o s m an d am en t o s d a lei e as
n o r m as j u r íd i cas, caso co n t r ár i o seu at o p o d e t o r n ar - se i n vál i d o .
E) O p r o f i ssi o n al d a vi g i l ân ci a san i t ár i a é u m ag en t e p ú b l i co , q u e d eve
est ar i n vest i d o n a f u n ção , p o d e n d o , e v e n t u al m e n t e , ser " t er cei r i -
zad o "

9O ISXji
Resposta:
(E) " En t r et an t o , co m o ação t íp i ca d o Est ad o , q u e p o d e rest ri ng i r o d i r ei -
t o p r i vad o e m p ro l d o b e m p ú b l i co , o p r o f i ssi o nal d a saú d e q u e t r ab a-
l ha n est a ár ea est á su b m et i d o ao s p r i n cíp i o s d a ad m i n i st r ação p ú b l i ca.
O p r i n cíp i o d a su p r em aci a d o i n t er esse p ú b l i co so b r e o p r i vad o d á à

ad m i n i st r ação cer t as p r er r o g at i vas e p r i vi l ég i o s, t en d o e m vi st a o at en -
d i m en t o d o i n t er esse p ú b l i co , q u e n ão p o d e ced er d i an t e d o i n t er esse
i n d i vi d u al . É n o uso d o p o d er d e p o l íci a q u e a ad m i n i st r ação p ú b l i ca ex-
p ed e r eg u l am en t o s, n o r m as e m ed i d as rest ri t i vas d e d i r ei t o i n d i vi d u al
e m b en ef íci o d o b em - est ar g er al . U m o u t r o i m p o r t an t e p r i n cíp i o é o
d a l eg al i d ad e, o u sej a, e m su a ação , o p r o f i ssi o nal d eve seg u i r o s m an -

-
d am en t o s d a lei e as n o r m as j u r íd i cas, caso co n t r ár i o seu at o p o d e t o r-
nar- se i n vál i d o . Assi m , u m a car act er íst i ca i m p o r t an t e d o t r ab al h o n est e
(Su b )SN VS é q u e o p r o f i ssi o nal d a vi g i l ân ci a san i t ár i a é u m ag en t e p ú -
b l i co , q u e d eve est ar i n vest i d o na f u n ção : el e n ão p o d e ser " t er cei r i zad o "
258 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA
i
i

(De Set a & Pep e, 2006). Est a é u m a i m p o r t an t e d i f er en ça d as açõ es d a


vi g i l ân ci a san i t ár i a e m r el ação às d em ai s açõ es d a assi st ên ci a à saúd e."
Ref : Si l va & Pep e. In: Gi o van el l a. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 837.

Q3 27. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e o m éd i co d e f am íl i a, co m o esp eci al i -


d ad e no s EUA, m ar q u e a co r r et a.
A) O m é d i co d e f am íl i a f o r n ece t r at am e n t o ab r an g e n t e e co n t í n u o ,
d e f o r m a p er so n al i zad a ao s d e t o d as as i d ad es e a su as f am íl i as, na
d ep en d ên ci a d a exi st ên ci a d e d o en ça o u d a n at u r eza d a q u ei xa i ni -
I ci ai .
B) Os m éd i co s d e f am íl i a acei t am a r esp o n sab i l i d ad e d e t rat ar as n eces-
si d ad es d e saú d e p ar ci ai s d e u m i n d i víd u o en q u an t o m an t êm u m a
r el ação d e i n t i m i d ad e e d e co n f i an ça co m o p aci en t e.
C) O m é d i co d e f am íl i a at en d e a cer ca d e 6 0 % d as n ecessi d ad es d e
saú d e d o p aci en t e; p ar a o s 4 0 % r est an t es, o m éd i co sel eci o n a d e
f o r m a ad eq u ad a o u t r o s m éd i co s o u o u t r o s p r o f i ssi o n ai s d e saú d e
p ar a reaval i á- l o s.
D) Os esf o r ço s d e t o d o s o s p r o f i ssi o nai s d e saú d e são co o r d en ad o s p el o
m éd i co d e f am íl i a, q u e t em a r esp o n sab i l i d ad e co n t ín u a p el o t r at a-
m en t o d o p aci en t e.
E) O m éd i co d e f am íl i a d eve ser d esest i m u l ad o a p ar t i ci p ar d e si st em a
d e r ef er ên ci a e d e co n t r ar r ef er ên ci a d e seu s p aci en t es.

Resposta:
(D) " O m éd i co d e f am íl i a f o r n ece t r at am en t o ab r an g en t e e co n t ín u o , d e
f o r m a p er so n al i zad a ao s d e t o d as as i d ad es e a su as f am íl i as, i n d ep en -
d en t e d a exi st ên ci a d e d o en ça o u d a n at u r eza d a q u ei xa i n i ci al . Os m é-
d i co s d e f am íl i a acei t am a r esp o n sab i l i d ad e d e t rat ar as n ecessi d ad es d e
saú d e t o t ai s d e u m i n d i víd u o en q u an t o m an t êm u m a r el ação d e i n t i m i -
d ad e e d e co n f i an ça co m o p aci en t e. O m éd i co d e f am íl i a at en d e a cer ca
d e 9 5 % d as n ecessi d ad es d e saú d e d o p aci en t e; p ar a o s 5% r est an t es, o
m éd i co sel eci o n a d e f o r m a ad eq u ad a o u t r o s m éd i co s o u o u t r o s p ro f is-
si o nai s d e saú d e p ara r eaval i á- l o s. Os esf o r ço s d e t o d o s o s p r o f i ssi o nai s
d e saú d e são co o r d en ad o s p el o m éd i co d e f am íl i a, q u e t em a r esp o n sa-
b i l i d ad e co n t ín u a p el o t r at am en t o d o p acient e" .
Ref : Rakel . In: Rakel . Tratado de medicina de família. 5.ed . p. 3- 17.

[3 28. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e a m ed i ci n a d e f am íl i a, co m o esp eci al i -


d ad e no s EUA, m ar q u e a FALSA.
A) A p r even ção e o r eco n h eci m en t o p r eco ce d a d o en ça são car act er íst i -
cas essen ci ai s d essa d i sci p l i n a.
B) A m ed i ci n a d e f am íl i a f u n d am en t a- se na cap aci d ad e d e asseg u r ar a
t r i ag em d o s caso s p ar a o si st em a d e r ef er ên ci a.
CAP. 1 0 -SAÚDE DA FAMÍLIA 259

C) A m ed i ci n a d e f am íl i a é a so m a d o s co n h eci m en t o s e h ab i l i d ad es q u e
co n st i t u em a d i sci p l i n a m éd i ca; q u an d o ap l i cad o s ao t r at am en t o d o s
p aci en t es e d e su as f am íl i as.
D) A m ed i ci n a d e f am íl i a en f at i za a r esp o n sab i l i d ad e p el a assi st ên ci a
g l o b al à saú d e - d o p r i m ei r o co n t at o e aval i ação i n i ci al ao t r at a-
m en t o co n t ín u o d o s p r o b l em as cr ó n i co s.
E) A co o r d en ação e a i n t eg r ação d e t o d o s o s ser vi ço s d e saú d e n ecessá-
rios co m a m en o r f r ag m en t ação p o ssível , e a cap aci d ad e d e t r at ar a
m ai o r i a d o s p r o b l em as cl ín i co s, p er m i t em q u e o s m éd i co s d e f am íl i a
f o r n eçam u m t r at am en t o d e saú d e cu st o - ef et i vo .

Resposta:
(B) "A m ed i ci n a d e f am íl i a é a so m a d o s co n h eci m en t o s e h ab i l i d ad es
q u e co n st i t u em a d i sci p l i n a m éd i ca; q u an d o ap l i cad o s ao t r at am en t o
d o s p aci en t es e d e su as f am íl i as, est a d i sci p l i n a t o r n a- se a esp eci al i d ad e
co n h eci d a co m o m ed i ci n a d e f am íl i a. A m ed i ci n a d e f am íl i a en f at i za a
r esp o n sab i l i d ad e p el a assi st ên ci a g l o b al à saú d e - d o p r i m ei r o co n t at o
e aval i ação inicial ao t r at am en t o co n t ín u o d o s p r o b l em as cr ó n i co s. A
p r even ção e o r eco n h eci m en t o p r eco ce d a d o en ça são car act er íst i cas
essen ci ai s d essa d i sci p l i n a. A co o r d en ação e a i n t eg r ação d e t o d o s o s
ser vi ço s d e saú d e n ecessár i o s co m a m en o r f r ag m en t ação p o ssível , e
a cap aci d ad e d e t rat ar a m ai o r i a d o s p r o b l em as cl ín i co s, p er m i t em q u e
o s m éd i co s d e f am íl i a f o r n eçam u m t r at am en t o d e saú d e cust o - ef icaz" .
Ref: Rakel. In: Rakel. Tratado de medicina de família. 5.ed. p. 3- 17.
1
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d Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e a m ed i ci n a d e f am íl i a, co m o esp eci al i -
d ad e no s EUA:
I. A m ed i ci n a d e f am íl i a é u m a esp eci al i d ad e q u e co m p ar t i l h a c o m
o u t r as d i sci p l i n as cl ín i cas em p o u cas ár eas co m u n s.
II. A m ed i ci n a d e f am íl i a i n co r p o r a o co n h eci m en t o co m p ar t i l h ad o e
u t i l i zan d o - o d e f o r m a ú n i ca p ar a real i zar o t r at am en t o cl ín i co secu n -
d ár i o .
III. A m ed i ci n a d e f am íl i a en f at i za o co n h eci m en t o d e ár eas co m o d i n â-
m i ca f am i l i ar , r el açõ es i n t er p esso ai s, aco n sel h am en t o e p si co t er ap i a.
IV. O f u n d am en t o d a esp eci al i d ad e co n t i n u a a ser cl ín i co , co m o f o co
p r i m ár i o d i r eci o n ad o ao t r at am en t o cl ín i co d e i n d i víd u o s sad i o s.
Est ão co r r et as:
A) so m en t e I e II.
B) so m en t e H e III.
C) so m en t e I, III e IV.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Resposta:
(E) "A m ed i ci n a d e f am íl i a é u m a esp eci al i d ad e q u e co m p ar t i l h a co m o u -
t ras d i sci p l i n as cl ín i cas m u i t as ár eas, i n co r p o r an d o esse co n h eci m en t o
co m p ar t i l h ad o e u t i l i zan d o - o d e f o r m a ú n i ca p ar a realizar o t r at am en t o
cl ín i co p r i m ár i o . Al ém d e co m p ar t i l h ar a i n f o r m ação co m o u t r as esp e-
ci al i d ad es cl ín i cas, a m ed i ci n a d e f am íl i a en f at i za o co n h eci m en t o d e
ár eas co m o d i n âm i ca f am i l i ar , r el açõ es i n t er p esso ai s, aco n sel h am en t o
e p si co t er ap i a. En t r et an t o , o f u n d am en t o d a esp eci al i d ad e co n t i n u a a
ser cl ín i co , co m o f o co p r i m ár i o d i r eci o n ad o ao t r at am en t o cl ín i co d e
i n d i víd u o s d o ent es" .
Ref : Rakel . In : Rakel . Tratado de medicina de família. 5.ed . p. 3- 17.

30. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e a m ed i ci n a d e f am íl i a, co m o esp eci al i -


d ad e no s EUA, m ar q u e a FALSA.
A) A m ed i ci n a d e f am íl i a é a esp eci al i d ad e q u e i n t eg r a as ci ên ci as b i o l ó -
g i ca, cl ín i ca e co m p o r t am en t al .
B) O esco p o d a p r át i ca f am i l i ar ab r an g e t o d as as i d ad es, a m b o s o s
sexo s, cad a si st em a d e ó r g ão s e t o d as as en t i d ad es m ó r b i d as.
C) A m ed i ci n a d e f am íl i a é u m a esp eci al i d ad e cl íni ca q u e f o r n ece t r at a-
m en t o d e saú d e co n t ín u o e ab r an g en t e p ara o i n d i víd u o e a f am íl i a.
D) A m ed i ci n a d e f am íl i a é u m a esp eci al i d ad e q u e d eve ser r eser vad a
ao s m éd i co s q u e n ão o b t i v e r am t ít u l o d e esp eci al i st a e m o u t r as
ár eas.
E) A m ed i ci n a d e f am íl i a é o r esu l t ad o d a exp r essão evo l u íd a e m el h o -
rad a d a p r át i ca d a cl ín i ca g er al , e é d ef i n i d a d e f o r m a ú n i ca no co n -
t ext o f am i l i ar .

Resposta:
(D) "A m ed i ci n a d e f am íl i a é u m a esp eci al i d ad e cl ín i ca q u e f o r n ece t r a-
t am en t o d e saú d e co n t ín u o e ab r an g en t e p ar a o i n d i víd u o e a f am íl i a.
É a esp eci al i d ad e q u e i n t eg r a as ci ên ci as b i o l ó g i ca, cl ín i ca e co m p o r t a-
m en t al . O esco p o d a p r át i ca f am i l i ar ab r an g e t o d as as i d ad es, am b o s
o s sexo s, cad a si st em a d e ó r g ão s e t o d as as en t i d ad es m ó r b i d as. A m e-
d i ci n a d e f am íl i a é o r esu l t ad o d a exp r essão evo l u íd a e m el h o r ad a d a
p r át i ca d a cl ín i ca g er al , e é d ef i n i d a d e f o r m a ú n i ca no co n t ext o f am i l i ar
(AAFP, 1993)" .
Ref : Rakel . In : Rakel . Tratado de medicina de família. 5.ed . p. 3- 17.

1. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e o m éd i co d e f am íl i a, co m o esp eci al i -


d ad e no s EUA, m ar q u e a FALSA.
A) Os m éd i co s d e f am íl i a p o ssu em at i t u d es, h ab i l i d ad es e co n h eci m en -
t o s si n g u l ar es q u e o s q u al i f i cam p ar a f o r n ecer t r at am en t o cl ín i co
CAP. 1 0 -SAÚDE DA FAMÍLIA 261

co n t ín u o e ab r an g en t e, m an u t en ção d a saú d e e ser vi ço s p r even t i vo s


p ar a cad a m em b r o d a f am íl i a.
B) Os m éd i co s d e f am íl i a, p o r sua exp er i ên ci a e i n t er açõ es co m a f am í-
lia, n ão d ev em se en vo l ver co m a so l i ci t ação d e p ar ecer es, ser vi ço s
d e saú d e e r ecu r so s d a co m u n i d ad e.
C) O f o r n e c i m e n t o d e t r at am e n t o cl ín i co co n t í n u o p o r m éd i co s d e
f am íl i a i n d ep en d en t e d o sexo , i d ad e o u t i p o d e p r o b l em a, seja est e
b i o l ó g i co , co m p o r t am en t al o u so ci al .
D) Os m éd i co s d e f am íl i a são m ai s b em q u al i f i cad o s p ar a ser vi r co m o
ad vo g ad o s d e cad a p aci en t e e m t o d o s o s p r o b l em as r el aci o n ad o s
co m a saú d e.
E) O m éd i co d e f am íl i a é o m éd i co ed u cad o e t r ei n ad o na d i sci p l i n a d a
m ed i ci n a f am i l i ar - u m a esp eci al i d ad e cl íni ca b ast an t e ab r an g en t e.

Resposta:
(B) " O m éd i co d e f am íl i a é o m éd i co ed u cad o e t r ei n ad o na d i sci p l i n a
d a m ed i ci n a f am i l i ar - u m a esp eci al i d ad e cl íni ca b ast an t e ab r an g en t e.
Os m éd i co s d e f am íl i a p o ssu em at i t u d es, h ab i l i d ad es e co n h eci m en t o s
si n g u l ar es q u e os q u al i f i cam p ar a f o r n ecer t r at am en t o cl ín i co co n t ín u o
e ab r an g en t e, m an u t en ção d a saú d e e ser vi ço s p r even t i vo s p ar a cad a
m em b r o d a f am íl i a, i n d ep en d en t e d o sexo , i d ad e o u t i p o d e p r o b l em a,
seja est e b i o l ó g i co , co m p o r t am en t al o u so ci al . Esses esp eci al i st as, d e-
vi d o a su a exp er i ên ci a e i n t er açõ es co m a f am íl i a, são m ai s b em q ual i f i -
cad o s p ar a ser vi r co m o ad vo g ad o s d e cad a p aci en t e em t o d o s o s p r o -
b l em as r el aci o n ad o s co m a saú d e, i n cl u i n d o a so l i ci t ação ad eq u ad a d e
p ar ecer es, ser vi ço s d e saú d e e r ecu r so s d a co m u n i d ad e (AAFP, 1993)" .
Ref: Rakel. In: Rakel. Tratado de medicina de família. 5.ed. p. 3-17.

3 32. A r esp ei t o d o t r at am en t o p r i m ár i o , d e aco r d o co m a American Academy


of Family Physcians (AAFP) d o s EUA, é co r r et o af i r m ar .
A) É aq u el e f o r n eci d o p el o s m éd i co s esp eci f i cam en t e t r ei n ad o s e h ab i -
l i t ad o s p ar a u m p r i m ei r o co n t at o ab r an g en t e e p ar a t r at am en t o co n -
t ín u o d o s i n d i víd u o s co m q u al q u er si n al , si n t o m a o u p r eo cu p ação d e
saú d e n ão d i ag n o st i cad o s, l i m i t ad o p el a o r i g em d o p r o b l em a.
B) Incl ui p r o m o ção d a saú d e, p r even ção d e d o en ças, aco n sel h am en t o ,
o r i en t ação d o p aci en t e, d i ag n ó st i co e t r at am en t o d e d o en ças ag u -
d as e cr ó n i cas e m vár i o s am b i en t es, excet o o s h o sp i t al ar es.
C) É i n st i t u íd o e co n d u zi d o p o r u m m éd i co q u e so l i ci t a a o u t r o s p r o -
f i ssi o n ai s d e saú d e p ar ecer es o u q u e e n c am i n h a o p aci en t e p ar a
t r at am en t o em cen t r o s esp eci al i zad o s.
D) Tem a d esvan t ag em d e en car ecer o si st em a d e saú d e p o r q u e é p o u co
cu st o - ef et i vo d evi d o à f al t a d e co o r d en ação d o s ser vi ço s d e saú d e e
à livre esco l h a d o s p r o f i ssi o nai s.
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

E) O t r at am en t o p r i m ár i o p r o m o ve u m a co m u n i cação m éd i co - p aci en t e,
em b o r a p o u co - ef et i va, en co r aj a a at r ação d o p aci en t e co m o p ar cei r o
no t r at am en t o d e saú d e.

Resposta:
(C) "O t r at am en t o p r i m ár i o é aq u el e f o r n eci d o p el o s m éd i co s esp eci f i -
cam en t e t r ei n ad o s e h ab i l i t ad o s p ar a u m p r i m ei r o co n t at o ab r an g en t e
e p ara t r at am en t o co n t ín u o d o s i n d i víd u o s co m q u al q u er si n al , si n t o m a
o u p r eo cu p ação d e saú d e n ão d i ag n o st i cad o s (o p aci en t e " i n d i f er en ci a-
d o " ), n ão l i m i t ad o p el a o r i g em d o p r o b l em a (b i o l ó g i ca, co m p o r t am en -
t al o u so ci al ), p el o si st em a d e ó r g ão s, p el o sexo o u p el o d i ag n ó st i co . O
t r at am en t o p r i m ár i o i ncl ui p r o m o ção d a saú d e, p r even ção d e d o en ças,
aco n sel h am en t o , o r i en t ação d o p aci en t e, d i ag n ó st i co e t r at am en t o d e
d o en ças ag u d as e cr ó n i cas em vár i o s am b i en t es (p o r exem p l o , co n su l -
t ó r i o , h o sp i t al , UTI, t r at am en t o p r o l o n g ad o , t r at am en t o d o m i ci l i ar , cr e-
ch es). O t r at am en t o p r i m ár i o é i n st i t u íd o e co n d u zi d o p o r u m m éd i co
q u e so l i ci t a a o u t r o s p r o f i ssi o nai s d e saú d e p ar ecer es o u q u e en cam i n h a
o p aci en t e p ar a t r at am en t o em cen t r o s esp eci al i zad o s. O t r at am en t o
p r i m ár i o p r o t eg e o p aci en t e no si st em a d e saú d e p o r q u e é cu st o - ef i caz
(g raças à co o r d en ação d o s ser vi ço s d e saú d e). O t r at am en t o p r i m ár i o
p r o m o ve u m a co m u n i cação m éd i co - p aci en t e ef i caz e en co r aj a a at r a-
ção d o p aci en t e co m o p ar cei r o n o t r at am en t o d e saú d e (AAFP, 1994)".
Ref: Rakel. In: Rakel. Tratado de medicina de família. 5.ed. p. 3- 17.

33. De aco r d o c o m o American Board of Family Practice (ABFP) d o s EUA,


o t r at am e n t o p r i m ár i o é u m a f o r m a d e t r at am e n t o q u e ab r an g e as
seg u i n t es f u n çõ es:
I. É o " p r i m ei r o co n t at o " , se r v i n d o c o m o p o r t a d e e n t r ad a p ar a o
p aci en t e no si st em a d e saú d e.
II. Pr o m o ve co n t i n u i d ad e ao t rat ar o s p aci en t es p o r u m g r an d e p er ío d o
d e t em p o , t an t o na d o en ça co m o na saú d e.
III. Ser ve co m o u m a f u n ção co o r d en ad o r a p ar a t o d as as n ecessi d ad es
d e saú d e d o p aci en t e.
IV. Assu m e a r esp o n sab i l i d ad e co n t ín u a p el o aco m p an h am en t o i n d i vi -
d u al d o p aci en t e e p el o s p r o b l em as d e saú d e d a co m u n i d ad e.

Est ão co r r et as:
A) so m en t e I e II.
B) so m en t e II e III.
C) so m en t e I, III e IV.
D) so m en t e I, II e IV.
E) t o d as (I a IV).
263

Resposta:
(E) " De aco r d o co m o American Board of Family Practice (ABFP) d o s EUA,
o t r at am en t o p r i m ár i o é u m a f o r m a d e t r at am en t o q u e ab r an g e as se-
g u i n t es f u n çõ es: 1. É o " p r i m ei r o co nt at o " , ser vi n d o co m o p o r t a d e en -
t r ad a p ar a o p aci en t e no si st em a d e saú d e; 2. Pr o m o ve co n t i n u i d ad e ao
t rat ar o s p aci en t es p o r u m g r an d e p er ío d o d e t em p o , t an t o na d o en ça
co m o na saú d e; 3. É u m t r at am en t o ab r an g en t e, d i f er en ci an d o - se d e
t o d as as p r i n ci p ai s d i sci p l i n as t r ad i ci o n ai s p o r seu co n t eú d o f u n ci o n al ;
4. Ser ve co m o u m a f u n ção co o r d en ad o r a p ar a t o d as as n ecessi d ad es d e
saú d e d o p aci en t e; 5. A ssu m e a r esp o n sab i l i d ad e co n t ín u a p el o aco m -
p an h am en t o i n d i vi d u al d o p aci en t e e p el o s p r o b l em as d e saú d e d a co -
m u n i d ad e; 6. É u m t i p o d e t r at am en t o al t am en t e p er so n al i zad o .
Ref: Rakel. In: Rakel. Tratado de medicina de família. 5.ed. p. 3-17.

34, A p ó s- m at u r i d ad e é d ef i n i d a co m o u m a g est ação q u e p assa d e:


A) 38 sem an as.
B) 40 sem an as.
C) 42 sem an as.
D) 44 sem an as.
E) 46 sem an as.

Resposta:
(C) A p ó s- m at u r i d ad e é d ef i n i d a co m o u m a g est ação q u e p assa d e 42
sem an as. As p r o vas an t en at ai s d ev em ser i ni ci ad as n est e p o n t o .
Ref: Noller & Wertheimer. In: Rakel. Medicina de Família, p. 481.

^ 35. Qu al d en t r e as seg u i n t es af i r m at i vas so b r e o r ast r eam en t o d o cân cer


cer vi cal é FALSA?
A) O r ast r eam en t o d e Pap an i co l ao u p r o vo u ser ef i caz na r ed u ção d e
m o r t es p o r cân cer d o co l o u t er i n o .
B) O r ast r eam en t o d e Pap an i co l ao u p er m i t i u a i d en t i f i cação e t r at a-
m en t o d e l esõ es p r é- m al i g n as e p r o cesso s m al i g n o s em u m a f ase
i ni ci al .

C) As m o r t es p o r cân cer d o co l o u t er i n o d i m i n u ír am , aco m p an h an d o a


r ed u ção d a i n ci d ên ci a d e p ap i l o m avír u s h u m an o (HPV).
D) O t est e d e Pap an i co l ao u é u m excel en t e t est e d e r ast r eam en t o p o r-
q u e é f ácil d e realizar, r el at i vam en t e b ar at o , b em acei t o p el as p aci en -
t es.
E) O t est e d e Pap an i co l ao u é ad eq u ad am en t e sen sível , exi b i n d o u m a
b ai xa t axa d e r esu l t ad o s f al so - p o si t i vo s em u m a p o p u l ação n ão sel e-
ci o n ad a.
264 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

Resposta:
(C) " O r ast r eam en t o d e Pap an i co l ao u p r o vo u ser ef i caz n a r ed u ção d e
m o r t es p o r cân cer d o co l o u t er i n o , p er m i t i n d o i d en t i f i cação e t r at am en -
t o d e l esõ es p r é- m al i g n as e p r o cesso s m al i g n o s e m u m a f ase i n i ci al . As
m o r t es d i m i n u ír am ap esar d o au m en t o d a i n ci d ên ci a d e p ap i l o m avír u s
h u m an o (HPV), ag o r a b e m est ab el eci d o co m o u m f at o r d e risco p ar a
cân cer d o co l o u t er i n o . O t est e d e Pap é u m excel en t e t est e d e r ast r ea-
m en t o p o r q u e é f ácil d e realizar, r el at i vam en t e b ar at o , b em acei t o p e-
las p aci en t es, e ad eq u ad am en t e sen sível , exi b i n d o u m a b ai xa t axa d e
r esu l t ad o s f al so - p o si t i vo s e m u m a p o p u l ação n ão sel eci o n ad a; al ém
d i sso , o t r at am en t o d a d o en ça p r eco ce é ef i caz. O t est e d e Pap est á en -
t re as m o d al i d ad es d e r ast r eam en t o d e m el h o r r el ação cu st o - b en ef íci o
em p r eg ad as co m u m en t e, co m su a m ai o r ef i cáci a e m m u l h er es j o v en s
sexu al m en t e at ivas."
Ref.: M cl n t y r e- Sel t m an & M at so n . I n : Rak el . Medicina de Família, p. 6 2 7 .

23 36. São f at o r es d e risco est ab el eci d o s p ara n eo p l asi a m al i g n a d e co l o u t e-


ri no , EXCETO:
A) t ab ag i sm o .
B) i níci o d e at i vi d ad e sexu al an t es d o s 25 an o s.
C) m ai s d e d o i s p ar cei r o s sexu ai s d u r an t e a vi d a.
D) i n f ecção p o r HPV o u p ar cei r o co m a i n f ecção .
E) i n f ecção p o r HIV o u o u t r o s est ad o s i m u n o d ep r i m i d o s.

! Resposta:
(B) São f at o r es d e risco p ar a n eo p l asi a d e co l o u t er i n o : i n f ecção p o r HPV
o u p ar cei r o co m a i n f ecção ; esf r eg aço d e Pap an o r m al p r évi o ; m ai s d e
d o i s p ar cei r o s sexu ai s d u r an t e a vi d a, o u p arcei ro (s) co m m ai s d e d o i s
p ar cei r o s; i níci o d e at i vi d ad e sexu al an t es d o s 20 an o s; t ab ag i sm o ; i nf ec-
ção p o r HIV o u o u t r o s est ad o s i m u n o d ep r i m i d o s.
Re f : M cl n t y r e- Sel t m an & M at so n . I n : Rak el . Medicina de Família, p. 6 2 7 .
i
i
23 37. " O ad en o car ci n o m a est á sen d o d i ag n o st i cad o e m u m a p er cen t ag em
cr escen t e d e cân cer es d e co l o u t er i n o PORQUE o s esf r eg aço s d e Pap an i -
co l ao u são u m a t écn i ca d e r ast r eam en t o ef i caz p ar a est e t i p o d e câncer."
Co m b ase n essa co n st r u ção , assi n al e a o p ção co r r et a.
A) A asser t i va e a exp l i cação são ver d ad ei r as e se j u st i f i cam .
B) A asser t i va e a exp l i cação são ver d ad ei r as, m as n ão se j u st i f i cam .
C) A asser t i va é ver d ad ei r a e a exp l i cação é f al sa.
D) A asser t i va é f al sa e a exp l i cação ver d ad ei r a.
E) A asser t i va e a exp l i cação são f al sas.
CAP. 1 0 -SAÚDE DA FAMÍLIA 265

Resposta:
(C) O ad en o car ci n o m a est á sen d o d i ag n o st i cad o e m u m a p er cen t ag em
cr escen t e d e cân cer es d e co l o u t er i n o ; n e m o s esf r eg aço s d e Pap n e m
a co l p o sco p i a é u m a t écn i ca d e r ast r eam en t o ef i caz p ar a est e t i p o d e
cân cer .
Ref .: M cl n t y r e- Sel t m an & M at so n . In : Rak el . Medicina de Família, p. 6 2 7 .

38. So b r e a co l p o sco p i a, co n si d er e as seg u i n t es af i r m at i vas:


I A c o l p o sc o p i a é u m a t écn i ca u sad a p ar a e x a m e a m p l i a d o d a p o r ç ão
vi sível d o t r at o g en i t al f e m i n i n o q u an d o a p o ssi b i l i d ad e d e u m a
l esão f oi i d en t i f i cad a p o r r ast r eam en t o .
II. Seu b en ef íci o p r i m ár i o é p er m i t i r a d ef i n i ção d e an o r m al i d ad e s
d et ect ad as p el o t est e d e Pap an i co l ao u .
III. El a p er m i t e, e m vár i o s caso s, evi t ar a m o r b i d ad e d e u m a co n i zação
cer vi cal .
IV. É u m a t écn i ca d e r ast r eam en t o ef i caz p ar a o ad en o car ci n o m a d e co l o
u t er i n o .
Est ão co r r et as:
A) t o d as (I a IV).
B) so m en t e I, II e IV.
C) so m en t e I, II e I
D) so m en t e II e III.
E) so m en t e I e III.

Resposta:
( C)" A co l p o sco p i a é u m a t écn i ca u sad a p ar a exam e am p l i ad o d a p o r ção
vi sível d o t r at o g en i t al f em i n i n o (ist o é, a v u l v a, vag i n a e co l o u t er i n o )
q u an d o a p o ssi b i l i d ad e d e u m a l esão f oi i d en t i f i cad a p o r r ast r eam en t o .
Seu b en ef íci o p r i m ár i o é p er m i t i r a d ef i n i ção d e an o r m al i d ad es d et ec-
t ad as p el o t est e Pap e, e m vár i o s caso s, evi t ar a m o r b i d ad e d e u m a co -
n i zação cer vi cal ."
Ref .: M cl n t y r e- Sel t m an & M at so n . I n : Rak el . Medicina de Família, p. 6 3 0 .

[3 39. A p r eval ên ci a d e i n f ecção p o r p ap i l o m avír u s h u m an o (HPV) e m m u l h e-


res au m en t a co m a i d ad e d u r an t e o s an o s r ep r o d u t i vo s, sen d o a i d ad e
m áxi m a d e aq u i si ção en t r e:
A) 15 e 20 an o s.
B) 20 e 25 an o s.
C) 25 e 30 an o s.
D) 30 e 35 an o s
E) 35 e 4 0 an o s.
1

Resposta'-
(C) " São co n h eci d o s m ai s d e 60 t i p o s d e p ap i l o m avír u s h u m an o (HPV)
q u e i n f ect am o h o m e m , i n cl u i n d o m ai s d e 10 q u e af et am o t r at o g en i t al
inf erio r. A p r eval ên ci a d e i n f ecção p o r HPV em m u l h er es au m en t a co m a
i d ad e d u r an t e o s an o s r ep r o d u t i vo s, sen d o a i d ad e m áxi m a d e aq u i si ção
en t r e 20 e 25 an o s. É d if ícil d et er m i n ar a p r eval ên ci a exat a e m u m a d e-
t er m i n ad a p o p u l ação , p o r q u e as est i m at i vas var i am m u i t o co m o t est e
5 d i ag n ó st i co usad o ."
Re f : M cl n t y r e- Sel t m an & M at so n . I n : Rak el . Medicina de Família, p. 6 3 1 .

i
^ 3 40. O p ap i l o m avír u s h u m an o (HPV) f o i i m p l i cad o co m o o ag en t e sexu al -
m en t e t r an sm i ssível r esp o n sável p r i m ar i am en t e p el o cân cer d e co l o
u t er i n o . O ADN d o HPV é d et ect ad o e m m ai s d e 9 0 % d o s cân cer es d o
J co l o u t er i n o , sen d o d et er m i n ad o s t i p o s d e " alt o r i sco " o s:
A) 6 , 1 1 , 1 6 e 18.
B) 6 , 1 1 , 1 6 e 3 1 .
C) 1 1 , 1 6 , 1 8 e 3 3 .
D) 1 1 ,1 6 ,1 8 e 3 1 .
E) 1 6 ,1 8 ,3 1 e 3 3 .

\ Resposta'-
(E)" 0 HPV f o i i m p l i cad o co m o o ag en t e sexu al m en t e t r an sm i ssível res-
p o n sável p r i m ar i am en t e p el o cân cer d e co l o u t er i n o . O ADN d o HPV é
d et ect ad o e m m ai s d e 9 0 % d o s cân cer es d o co l o u t er i n o , co m d et er m i -
n ad o s t i p o s d e " alt o r i sco " co m o o s t i p o s 1 6 ,1 8 ,3 1 e 33 d esp r o p o r ci o n al -
m en t e p r esen t es. En t r et an t o , a i n f ecção p o r HPV i so l ad a p o d e n ão ser
su f i ci en t e p ar a i n d u zi r n eo p l asi a. Par ece q u e ap en as cer ca d e 1 0 % d as
m u l h er es co m t est e p o si t i vo p ar a ADN d o HPV d esen vo l vem d o en ça. Os
co f at o r es q u e p ar ecem p ar t i ci p ar d a t r an sf o r m ação n eo p l ási ca i n cl u em
m et ab ó l i t o s d a f u m aça d o ci g ar r o , o u t r o s ag en t es i n f ecci o so s (vírus her-
p es si m p l es, ci t o m eg al o vír u s e o u t r o s), d ef i ci ên ci as al i m en t ar es, d ef ei -
t o s i m u n es e ef ei t o s h o r m o n ai s."
Re f : M cl n t y r e- Sel t m an & M at so n . I n : Rak el . Medicina de Família, p. 6 3 1 .
CAPÍTULO 11

SISTEMA ÚNICO
DE SAÚDE

3[ 0 1 . A VIII Co n f er ên ci a N aci o n al d e Saú d e, r eal i zad a em m ar ço d e 1986, d a


q u al saír am as d i r et r i zes g er ai s p ar a a Ref o r m a San i t ár i a, ap r esen t o u
co m o t em as b ási co s
A) saú d e co m o d i r ei t o d e ci d ad an i a, r ef o r m u l ação d o Si st em a N aci o n al
d e Saú d e e f i n an ci am en t o d o set o r saú d e.
B) saú d e co m o d i r ei t o d e ci d ad an i a, d escen t r al i zação ad m i n i st r at i va e
o r g an i zação d o s ser vi ço s d e saú d e.
C) d escen t r al i zação ad m i n i st r at i va e o r g an i zação d o s ser vi ço s d e saú d e.
D) r eg i o n al i zação e h i er ar q u i zação d o s ser vi ço s d e saú d e.
E) N.R.A.

Resposta:
(A) A VIII Co n f er ên ci a N aci o n al d e Saú d e, r eal i zad a e m Brasília d e 17 a 21
d e m ar ço d e 1986 e d a q u al saír am as d i r et r i zes g er ai s p ar a a p r o p o st a
d a Ref o r m a San i t ár i a, ad o t o u co m o t em as b ási co s: saú d e co m o d i r ei t o
i n er en t e à ci d ad an i a e à p er so n al i d ad e, r ef o r m u l ação d o Si st em a N aci o -
nal d e Saú d e e f i n an ci am en t o d o Set o r Saú d e.
Ref: Br asi l . Co n f er ên ci a N aci o n al d e Saú d e , 8 a . p.411- 2.

U 02. A Co n st i t u i ção b r asi l ei r a d e 1988 p r o p õ e assi st ên ci a à saú d e c o m o


eq u ân i m e q u an d o est ab el ece
A) saú d e c o m o d i r ei t o so ci al (Tít u l o II, Cap . II, Ar t . 6 o ) e a r est ab el ece
co m o d i r ei t o d e t o d o s e d ever d o Est ad o (Tít u l o VIII, Cap . II, Seção II,
Ar t . 196).
B) ved a a p r esen ça d e cap i t al est r an g ei r o na assi st ên ci a (Tít u l o VIII, Cap .
II, Seção II, Ar t . 199).
C) as açõ es d e saú d e c o m o d e r el evân ci a p ú b l i ca (Tít u l o VIII, Cap . II,
Seção II, Ar t . 197)
268 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

D) o q u e a p r ev i d ên ci a p ú b l i ca co b r e e asseg u r a (Tít u l o VIII, Cap . II,


Seção III, Ar t . 201).
E) as r eg r as d a ap o sen t ad o r i a p ú b l i ca e p r i vad a (Tít u l o VIII, Cap II, Seção
III, Ar t . 202).

Resposta:
(A) A Co n st i t u i ção d e 1988 p r o p õ e assi st ên ci a à saú d e eq u ân i m e q u an -
d o est ab el ece saú d e co m o d i r ei t o so ci al (Tít u l o II, Cap II, Ar t 6 o ) e a rees-
t ab el ece co m o d i r ei t o d e t o d o s e d ever d o Est ad o (Tít u l o VIII, Cap II, Se-
ção II, Ar t 196).
Ref.: Br asi l . Co n st i t u i ção b r asi l ei r a d e 1 9 8 8 .

23 03. O Si st em a Ún i co d e Saú d e, ap r o vad o e m 1988 p el a Assem b l éi a N aci o n al


Co n st i t u i n t e, est ab el ece q u e:
I. a saú d e é u m d i r ei t o d e t o d o s e d ever d o Est ad o .
II. as açõ es e ser vi ço s d e saú d e são d e r el evân ci a p ú b l i ca, cab en d o ao
p o d er p ú b l i co d i sp o r , no s t er m o s d a l ei , so b r e su a r eg u l am en t ação ,
f i scal i zação e co n t r o l e.
III. é ved ad a a d est i n ação d e r ecu r so s p ú b l i co s p ar a au xíl i o s o u su b ven -
çõ es a i n st i t u i çõ es p r i vad as co m fins l u cr at i vo s.
Est á(ão ) co r r et a(s)
A) so m en t e a II.
B) so m en t e I e II.
C) so m en t e II e III.
D) so m en t e I e III.
E) t o d as (I a III).

Resposta:
(E) Da Seção II - Da Saú d e - q u e i nt eg r a o Cap ít u l o II - Da Seg u r i d ad e So -
cial - Tít u l o VIII - Da O r d em So ci al , p o d em ser, en t r e o u t r o s, d est acad o s
o s seg u i n t es ar t i g o s:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, assegurado mediante
políticas sociais e económicas que visem à redução do risco de doença e de
outros aqravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao
Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscali-
zação e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de
terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
Parág. 2o - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou sub-
venções às instituições privadas com fins lucrativos.
Ref.: Br asi l . Co n st i t u i ção Fed er al .
CAP. 1 1 • SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 269

i Das seg u i n t es at r i b u i çõ es:


\] execu t ar as açõ es d e vi g i l ân ci a san i t ár i a e ep i d em i o l ó g i ca.
II. p ar t i ci p ar d a f o r m u l ação d a p o l ít i ca e d a e xe c u ç ão d as açõ es d e
san eam en t o b ási co .
III. fiscalizar e i n sp eci o n ar al i m en t o s.
IV. co l ab o r ar n a p r o t eção d o m ei o am b i en t e.
São d a co m p et ên ci a d o Si st em a Ún i co d e Saú d e
A) t o d as (I a IV).
B) so m en t e I, II e I I I .
C) so m en t e I, III e IV.
D) so m en t e II, III e IV.
E) so m en t e I e III.

Resposta:
(A) Co n f o r m e esp eci f i ca o Ar t i g o 200 d a Co n st i t u i ção Fed er al são t am -
b ém , en t r e o u t r o s en car g o s, d a co m p et ên ci a d o Si st em a Ún i co d e Saú -
d e: execu t ar as açõ es d e vi g i l ân ci a san i t ár i a, p ar t i ci p ar d a f o r m u l ação
d a p o l ít i ca e d a execu ção d as açõ es d e san eam en t o b ási co , fiscalizar e
i n sp eci o n ar al i m en t o s, co l ab o r ar n a p r o t eção d o m ei o am b i en t e et c.
Ref : Brasil. Const it uição Federal.

^ 05. Co n f o r m e d i sp õ e a Seção II - Saú d e d o Cap ít u l o II d a Seg u r i d ad e So ci al


e Tít u l o VIII d a Or d em So ci al d a Co n st i t u i ção vi g en t e n o p aís, as i n st i t u i -
çõ es p r i vad as d e Assi st ên ci a à Saú d e n o Si st em a Ún i co d e Saú d e
A) exer cem u m p ap el essen ci al .
B) p o d em p ar t i ci p ar d e f o r m a co m p l em en t ar .
C) d ev em ser ext i n t as p r o g r essi vam en t e.
D) t i ver am o s d i r ei t o s asseg u r ad o s às exi st en t es, sen d o ved ad o o su r g i -
m en t o d e n o vas i n i ci at i vas.
E) t i ver am t r at am en t o sem el h an t e ao d est i n ad o às en t i d ad es filantrópi-
cas.

Resposta:
(B) Em r el ação à i ni ci at i va p r i vad a n o Set o r Saú d e, a Co n st i t u i ção b r asi -
leira vi g en t e est i p u l a:
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
Parág. Io - As instituições privadas poderão participar de forma comple-
mentar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante con-
trato de direito público ou convénio, tendo preferência as entidades filan-
trópicas e as sem fins lucrativos.

Ref: Brasil. Const it uição Federal.


270 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

23 06. De aco r d o co m o i nci so I d o ar t . 198 d a Co n st i t u i ção Fed er al , a d i r eção


d o Si st em a Ún i co d e Saú d e (SUS) é ú n i ca, sen d o exer ci d a no âm b i t o d o s
M u n i cíp i o s, p el o (a)
A) Pr ef ei t ur a M u n i ci p al .
B) Co n sel h o M u n i ci p al d e Saú d e.
C) Fu n d o M u n i ci p al d e Saú d e.
D) Co n f er ên ci a M u n i ci p al d e Saú d e.
E) Secr et ar i a d e Saú d e d o m u n i cíp i o o u ó r g ão eq u i val en t e.

Rôsposía'-
(E) Seg u n d o a Lei Or g ân i ca d a Saú d e (Lei N° 8.080, d e 19 d e set em b r o d e
1990), em seu Ar t . 9 o , t em - se:
Art. 9o A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o
inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera
de governo pelos seguintes órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federai, pela respectiva Secretaria de
Saúde ou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente.
Re f : Car v al h o & San t o s. Si st em a Ún i co d e Saú d e , p .89- 110.

23 07. De aco r d o co m o i nci so II d o ar t . 198 d a Co n st i t u i ção Fed er al , a d i r eção


d o Si st em a Ún i co d e Saú d e (SUS) é ú n i ca, sen d o exer ci d a no âm b i t o d o s
Est ad o s, p el o (a)
A) Go ver n o d o Est ad o .
B) Co n sel h o Est ad u al d e Saú d e.
C) Co n f er ên ci a Est ad u al d e Saú d e.
D) Co n sel h o N aci o n al d e Secr et ár i o s d e Saú d e.
E) Secr et ar i a d e Saú d e d o Est ad o o u ó r g ão eq u i val en t e.

Rôsposta.:
(E) Seg u n d o a Lei Or g ân i ca d a Saú d e (Lei N° 8.080, d e 19 d e set em b r o d e
1990), e m seu Ar t . 9 o , t em - se:
Art. 9o A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o
inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera
de governo pelos seguintes órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
li - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de
Saúde ou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente.
Re f : Car v al h o & San t o s. Si st em a Ún i co d e Saú d e , p .89- 110.
CAP. 1 1 - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 271

^ 08. Den t r e o s p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS est ab el eci d o s n a Lei Or g ân i ca


d a Saú d e, co n st a a
A) ên f ase n a d escen t r al i zação d o s ser vi ço s d e assi st ên ci a p ara o s est a-
d o s.
B) i g u al d ad e n a assi st ên ci a à saú d e , m as p r i v i l eg i an d o as c am ad as
so ci ai s d esf avo r eci d as.
C) cen t r al i zação p o l ít i co - ad m i n i st r at i va, c o m d i r eção co n j u n t a d as t r ês
esf eras d e g o ver n o .
D) d escen t r al i zação p o l ít i co - ad m i n i st r at i va, co m d i r eção ú n i ca e m cad a
esf era d e g o ver n o .
E) u n i v er sal i d ad e d e acesso e m t o d o s o s n ívei s d e assi st ên ci a, c o m
exceção d a alt a co m p l exi d ad e.

Rôsposia'-
(D) São p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS est ab el eci d o s n a Lei Or g ân i ca d a
Saú d e: a u n i ver sal i d ad e d e acesso e m t o d o s o s nívei s d e assi st ên ci a; a
i g u al d ad e n a assi st ên ci a à saú d e, sem p r eco n cei t o s o u p r i vi l ég i o s d e
q u al q u er esp éci e; a i n t eg r al i d ad e d a assi st ên ci a; a p ar t i ci p ação d a co -
m u n i d ad e; e a d escen t r al i zação p o l ít i co - ad m i n i st r at i va, co m d i r eção
ú n i ca e m cad a esf era d e g o ver n o c o m : a) ên f ase n a d escen t r al i zação
d o s ser vi ço s p ara o s m u n i cíp i o s; b ) r eg i o n al i zação e h i er ar q u i zação d a
red e d e ser vi ço s d e saú d e.
Ref : N o r o n h a et al . I n : Gi o v an el l a et al . Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p.
4 3 9 - 4 0 ; i d e m 2.ed . p. 367- 9.

J 09. " Pr i n cíp i o f u n d am en t ad o n o f at o d e q u e é p o ssível reso lver, co m ef i cá-


ci a sat i sf at ó r i a, d et er m i n ad o s co n j u n t o s d e p r o b l em as d e saú d e c o m
f u n çõ es d e p r o d u ção d e d i st i n t as co m p l exi d ad e e, p o r t an t o , c o m d i f e-
r ent es cu st o s so ci ai s escal o n ad o s p o r nívei s d e at uação " .
Esse p r i n cíp i o o r g an i zat i vo - assi st en ci al d o Di st ri t o San i t ár i o é a(o )
A) co r esp o n sab i l i d ad e.
B) h i er ar q u i zação .
C) i n t er co m p l em en t ar i ed ad e.
D) i n t eg r al i d ad e.
E) ad scr i ção .

Resposta'-
(B) M en d es p r o p õ e o s seg u i n t es p r i n cíp i o s o r g an i zat i vo s - assi st en ci ai s,
d o Di st ri t o San i t ár i o : t . i m p act o ; 2 . o r i en t ação p o r p r o b l em as; 3 . int er-
set o r i al i d ad e; 4 . p l an ej am en t o e p r o g r am ação l o cal ; 5 . Au t o r i d ad e San i -
t ári a l o cal ; 6 . co r esp o n sab i l i d ad e; 7 . h i er ar q u i zação ; 8 . i n t er co m p l em en -
t ar i ed ad e; 9 . i n t eg r al i d ad e; 1 0 . ad scr i ção ; 1 1 . h et er o g en ei d ad e; e 1 2 .
r eal i d ad e. O en u n ci ad o d a q u est ão , n o caso , ref ere- se a h i er ar q u i zação .
Ref : M e n d e s. I n : M e n d e s. Di st r i t o san i t ár i o , p .143- 158.
| 272 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

23 10. " São a est r u t u r a p o l ít i co - ad m i n i st r at i va m ín i m a, q u e, ao o r g an i zar t o d o s


o s r ecur so s exi st en t es, p ú b l i co s e p r i vad o s, é cap az d e d ar r esp o st as às
n ecessi d ad es e d e m an d as d o co n j u n t o d e p o p u l ação , at é o g r au q u e
seja co n si d er ad o co m o eq u i t at i vo e j u st o em u m a d et er m i n ad a so ci e-
d ad e" .

Esse en u n ci ad o ap l i ca- se a
A) Si st em a d e Saú d e.
B) Di st ri t o San i t ár i o .
C) Si st em a M u n i ci p al d e Saú d e.
D) SILOS.
E) N.R.A.

Rôsposéa'-
(D) Os Si st em as Lo cai s d e Saú d e (SILOS) su r g em co m o m o d el o est r at ég i -
co o r i en t ad o p ar a co o r d en ação d e t o d o s o s r ecu r so s d e saú d e exi st en -
t es em u m âm b i t o g eo g r áf i co , co m o fim d e d ar so l u ção às n ecessi d ad es
reais d a co m u n i d ad e. So b u m a p r o p o st a d e d i vi são d e t r ab al h o b asead a
e m u m cr i t ér i o q u e é p o l ít i co , g eo g r áf i co e d em o g r áf i co .
Em r esu m o , p o d e- se d i zer q u e o s " SILOS são a est r u t u r a p o l ít i co - ad m i -
ni st r at i va m ín i m a, q u e ao o r g an i zar t o d o s o s r ecu r so s exi st en t es, p ú b l i -
co s e p r i vad o s, é cap az d e d ar r esp o st as às n ecessi d ad es e d em an d as d o
co n j u n t o d e p o p u l ação , at é o g r au q u e seja co n si d er ad o co m o eq u i t at i -
vo e j u st o e m u m a d et er m i n ad a so ci ed ad e" .
Ref .: OPAS. SILOS. La ad m i n i st r aci ó n est r at ég i ca, p. 27- 8.

^ 11. A m u d an ç a m ai s si g n i f i cat i va n o asp ect o p o l ít i co - ad m i n i st r at i vo d a


r ef o r m a d o Si st em a d e Saú d e no Brasil f oi a
A) d escen t r al i zação co m ên f ase na m u n i ci p al i zação d a g est ão d o s ser vi -
ço s e açõ es.
B) d escen t r al i zação co m co m an d o ú n i co n o p l an o f ed er al .
C) r eg i o n al i zação e h i er ar q u i zação d o s ser vi ço s.
D) p ar t i ci p ação co m u n i t ár i a nas t r ês esf er as ad m i n i st r at i vas.
E) i n t eg r al i zação d as açõ es e r ecu r so s, c o m b ase n o p l an e j am e n t o
ascen d en t e.

Rôsposía'-
(A) A D escen t r al i zação co m ên f ase na m u n i ci p al i zação d a g est ão d o s
ser vi ço s e açõ es d e saú d e se co n st i t u i u na m u d an ça m ai s si g n i f i cat i va
no asp ect o p o l ít i co - ad m i n i st r at i vo d a r ef o r m a d o Si st em a d e Saú d e n o
Brasi l . As d ef i n i çõ es n o r m at i vas ap o n t am co m n i t i d ez q u e a b ase d o sis-
t em a d e saú d e seria m u n i ci p al ao at r i b u i r ao m u n i cíp i o a r esp o n sab i -
l i d ad e p el a p r est ação d i r et a d a m ai o r i a d o s ser vi ço s. O i m p er at i vo d a
d i r eção ú n i ca e m cad a esf er a d e g o ver n o m o st r o u a n ecessi d ad e d e su -
CAP. 1 1 - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 273

p erar a d esar t i cu l ação en t r e o s ser vi ço s e co n st r u i r a co o r d en ação d as


açõ es so b d i r eção d e u m ú n i co g est o r e m cad a esp aço p o l ít i co - i nst i t u-
ci o n al - o secr et ár i o m u n i ci p al d e saú d e n o âm b i t o d o m u n i cíp i o , o se-
cr et ár i o est ad u al n o âm b i t o d o est ad o e o m i n i st r o d a saú d e n o âm b i t o
d a Un i ão .
Ref .: Vasco n cel o s & Pasch e. I n : Cam p o s. Tr at ad o d e Saú d e Co l et i va. p. 5 3 6 ; i d e m
2.ed . p .566- 7.

BI 12. O SUS t e m co m o o b j et i vo p r i n ci p al f o r m u l ar e i m p l em en t ar a p o l ít i ca
n aci o n al d e saú d e d est i n ad a a:
I. p r o m o ver co n d i çõ es d e vi d a sau d ável .
II. p r even i r ri sco s, d o en ças e ag r avo s à saú d e d a p o p u l ação .
III. asseg u r ar o acesso eq u i t at i vo ao co n j u n t o d o s ser vi ço s assi st en ci ai s
p ara g ar an t i r at en ção à saú d e.
Est á(ão ) co r r et a(s)
A) ap en as a I.
B) ap en as I e II.
C) ap en as I e III.
D) ap en as II e III.
E) t o d as (I, II e III).

Rôsposía:
(E) O SUS t em co m o o b j et i vo p r i n ci p al f o r m u l ar e i m p l em en t ar a p o l ít i ca
n aci o n al d e saú d e d est i n ad a a p r o m o ver co n d i çõ es d e vi d a sau d ável , a
p r even i r ri sco s, d o en ças e ag r avo s à saú d e d a p o p u l ação , e asseg u r ar o
acesso eq u i t at i vo ao co n j u n t o d o s ser vi ço s assi st en ci ai s p ar a g ar an t i r
at en ção à saú d e.
Re f : Vasco n cel o s & Pasch e. I n : Cam p o s. Tr at ad o d e Saú d e Co l et i va. p. 5 3 8 ; i d e m
2.ed . p. 5 6 8 .

|2 13. Qu al é a lei q u e r eg u l a, e m t o d o o t er r i t ó r i o n aci o n al , as açõ es e ser vi ço s


d e saú d e, execu t ad o s i so l ad a o u co n j u n t am e n t e , e m car át er p e r m a-
n en t e o u even t u al , p o r p esso as n at u r ai s o u j u r íd i cas d e d i r ei t o Pú b l i co
o u p r i vad o ?
A) Lei N ° 6.229, d e 17 d e j u l h o d e 1975.
B) Lei N ° 6.439, d e 01 d e set em b r o d e 1977.
C) Lei N ° 8.080, d e 19 d e set em b r o d e 1990.
D) Lei N ° 8.142, d e 28 d e d ezem b r o d e 1990.
E) Lei N ° 8.689, d e 27 d e j u l h o d e 1993.

Resposta'-
. 274 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

(C) A Lei N° 8.080, d e 19 d e set em b r o d e 1990, r eg u l a, e m t o d o o t er r i -


t ó r i o n aci o n al , as açõ es e ser vi ço s d e saú d e, execu t ad o s i so l ad a o u co n -
j u n t am en t e, em car át er p er m an en t e o u even t u al , p o r p esso as n at u r ai s
o u j u r íd i cas d e d i r ei t o p ú b l i co o u p r i vad o ,
j Ref.: Car v al h o & San t o s. Si st em a Ún i co d e Saú d e .

2| 14. São p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS est ab el eci d o s na Lei Or g ân i ca d a


! Saú d e, o s seg u i n t es a EXCEÇÃO d e
| A) i n t eg r al i d ad e d a assi st ên ci a.
B) p ar t i ci p ação d a co m u n i d ad e.
C) u n i ver sal i d ad e d e acesso em t o d o s o s nívei s d e assi st ên ci a.
D) i g u al d ad e na assi st ên ci a à saú d e, sem p r eco n cei t o s o u p r i vi l ég i o s.
E) cen t r al i zação p o l ít i co - ad m i n i st r at i va, co m d i r eção ú n i ca e m cad a
J esf era d e g o ver n o .

Rôsposia'-
(E) São p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS est ab el eci d o s na Lei Or g ân i ca d a
Saú d e: a u n i ver sal i d ad e d e acesso em t o d o s o s nívei s d e assi st ên ci a; a
i g u al d ad e na assi st ên ci a à saú d e, sem p r eco n cei t o s o u p r i vi l ég i o s d e
q u al q u er esp éci e; a i n t eg r al i d ad e d a assi st ên ci a; a p ar t i ci p ação d a co -
m u n i d ad e; e a d escen t r al i zação p o l ít i co - ad m i n i st r at i va, co m d i r eção
ú n i ca em cad a esf era d e g o ver n o co m : a) ên f ase na d escen t r al i zação
d o s ser vi ço s p ar a o s m u n i cíp i o s; b) r eg i o n al i zação e h i er ar q u i zação d a
red e d e ser vi ço s d e saú d e. N ão há p eo p o si ção d e cen t r al i zação p o l ít i co -
- ad m i n i st r at i va, co m d i r eção ú n i ca em cad a esf era d e g o ver n o .
Ref.: N o r o n h a et al . In : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 4 3 9 -
4 0 ; i d e m 2 .ed . p .367- 9.

J ] 15. Den t r e o s p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS est ab el eci d o s na Lei Or g ân i ca


d a Saú d e, a d escen t r al i zação p o l ít i co - ad m i n i st r at i va, co m d i r eção ú n i ca
e m cad a esf er a, co m :
I. ên f ase na d escen t r al i zação d o s ser vi ço s p ara o s m u n i cíp i o s,
í II. r eg i o n al i zação d a r ed e d e ser vi ço s d e saú d e.
; III. h i er ar q u i zação d a r ed e d e ser vi ço s d e saú d e.
Est á(ão ) co r r et a(s)
A) ap en as a I.
I B) ap en as I e II.
; C) ap en as I e III.
D) ap en as l i e III.
E) t o d as (I, II, e III).
CAP. 1 1 -SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 275

fosposia'-
(E) Den t r e o s p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS est ab el eci d o s na Lei Or g â-
ni ca d a Saú d e, a d escen t r al i zação p o l ít i co - ad m i n i st r at i va, co m d i r eção
ú n i ca e m cad a esf er a, c o m : a) ên f ase na d escen t r al i zação d o s ser vi ço s
p ar a o s m u n i cíp i o s; b ) r eg i o n al i zação e h i er ar q u i zação d a r ed e d e ser-
vi ço s d e saú d e.
Re f : N o r o n h a et al . I n : et al . I n : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l ,
p. 4 4 0 ; i d e m 2 .ed . p. 367- 9.

2316. Nas d i sp o si çõ es g er ai s d a Lei Or g ân i ca d a Saú d e (LOS), a saú d e é co n -


si d er ad a u m d i r ei t o f u n d am e n t al d o ser h u m an o , d e v e n d o o Est ad o
p r o ver as co n d i çõ es i n d i sp en sávei s ao seu p l en o exer cíci o . Para i sso ,
seg u n d o a LOS, o d ever d o Est ad o d e g ar ant i r a saú d e co n si st e
A) n o co m p ar t i l h am e n t o d as i n t er v en çõ es d e saú d e d as p esso as, d a
f am íl i a, d as em p r esas e d a so ci ed ad e.
B) n a f o r m u l ação e e xe cu ção d e p o l ít i cas e co n ó m i cas e so ci ai s q u e
vi sem à r ed u ção d e risco s d e d o en ças e d e o u t r o s ag r avo s.
C) n a el ab o r ação e r eal i zação d e p o l ít i cas p ú b l i cas d e p r o m o ção d a
saú d e d i r eci o n ad a às cau sas eco n ó m i cas e so ci ai s d as d o en ças.
D) n o est ab el eci m en t o d e co n d i çõ es q u e asseg u r em acesso i n t eg r al
e i g u al i t ár i o às açõ es e ao s ser vi ço s d e p r even ção d e d o en ças q u e
co n f i g u r em p r o b l em as d e Saú d e Pú b l i ca.
E) n a el ab o r ação e r eal i zação d e p o l ít i cas p ú b l i cas d e p r o t eção d a
saú d e d i r eci o n ad a ao s p r o b l em as p r i o r i t ár i o s q u e af et am o s m ai o r es
co n t i n g en t es p o p u l aci o n ai s, so b r et u d o d o s i n t eg r an t es d as cl asses
so ci ai s m ai s d esf o r eci d as.

Rôsposía:
(B) N as d i sp o si çõ es g er ai s d a Lei Or g ân i ca d a Saú d e (Lei N° 8.080, d e 19
d e set em b r o d e 1990), e m seu Ar t . 2 o , est i p u l a:
Art. 2o A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado
prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ Io O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execu-
ção de políticas económicas e sociais que visem à redução de riscos de doen-
ças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem
acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção,
proteção e recuperação.
§ 2o O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas
e da sociedade.
Re f : Car v al h o & San t o s. Si st em a Ún i co d e Saú d e, p .55- 61.
276 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

1
23 17- Em 9 9 0 , foi ed i t ad a a Lei 8.080 d i sp o n d o so b r e a o r g an i zação ad m i n i s-
t r at i va e san i t ár i a d o SUS, sen d o co m p l em en t ad a, no m esm o an o , p el a
Lei 8.142, q u e t r at o u d e d o i s t em as vet ad o s na Lei 8.080, a sab er
A) a f o r m ação d e r ecu r so s h u m an o s p ar a o SUS e as t r an sf er ên ci as d e
r ecur so s financeiros d a Un i ão p ar a o s en t es su b n aci o n ai s.
B) a p ar t i ci p ação d a co m u n i d ad e e as t r an sf er ên ci as d e r ecur so s finan-
cei ro s d a Un i ão p ar a o s en t es su b n aci o n ai s.
C) o f u n ci o n am en t o d o s Co n sel h o s M u n i ci p ai s d e Saú d e e a est r at ég i a
d e h i er ar q u i zação d o s ser vi ço s d e saú d e.
D) o f u n ci o n am en t o d o s Co n sel h o s M u n i ci p ai s d e Saú d e e a a f o r m ação
d e r ecu r so s h u m an o s p ar a o SUS
E) a p ar t i ci p ação d a co m u n i d ad e e a r eg u l ação d o s Co n só r ci o s M u n i ci -
p ais d e Saú d e.

Resposta:
(B) Em 1990, f oi ed i t ad a a Lei 8.080 d i sp o n d o so b r e a o r g an i zação ad -
m i n i st r at i va e san i t ár i a d o SUS, sen d o co m p l em en t ad a, no m esm o an o ,
p el a Lei 8.142, q u e t r at o u d e d o i s t em as vet ad o s na Lei 8.080: a p ar t i -
ci p ação d a co m u n i d ad e e as t r an sf er ên ci as d e r ecu r so s financeiros da
Un i ão p ar a o s en t es su b n aci o n ai s.
Re f : A n d r ad e et ai . In : Ro u q u ay r o l . Ep i d em i o l o g i a & Saú d e. p. 4 8 6 .

2J 18. A r eg u l ação d o SUS en vo l ve seg u i n t es âm b i t o s p r i n ci p ai s, EXCETO


A) a r eg u l ação so b r e p r est ad o r es d e ser vi ço s.
B) a r eg u l ação d e si st em as d e saú d e.
C) a r eg u l ação san i t ár i a.
D) a r eg u l ação d e m er cad o s em saú d e.
E) N.R.A.

Resposta:
(E) A r eg u l ação d o SUS en vo l ve q u at r o âm b i t o s p r i n ci p ai s: 1) a r eg u l a-
ção so b r e p r est ad o r es d e ser vi ço s; 2) a r eg u l ação d e si st em as d e saú d e;
3) a r eg u l ação san i t ár i a; 4) a r eg u l ação d e m er cad o s em saú d e.
Re f : N o r o n h a et al . In : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 4 4 5 ;
i d e m 2.ed . p .373.

3 19. A t r an sp ar ên ci a no p l an ej am en t o e na p r est ação d e co n t as d as açõ es


p ú b l i cas d esen vo l vi d as, co m o u m d o s d ever es d o Est ad o , en q u ad r a- se
no s p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS, no t o can t e a
A) i n t eg r al i d ad e d a assi st ên ci a.
B) p ar t i ci p ação d a co m u n i d ad e.
C) u n i ver sal i d ad e d e acesso .
CAP. 1 1 - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 277

D) i g u al d ad e n a assi st ên ci a.
E) h i er ar q u i zação d e açõ es e ser vi ço s.

Resposta:
(B) A t r an sp ar ên ci a n o p l an ej am en t o e n a p r est ação d e co n t as d as açõ es
p ú b l i cas d esen vo l vi d as, co m o u m d o s d ever es d o Est ad o , en q u ad r a- se
no s p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS, n o t o can t e à p ar t i ci p ação d a co m u -
n i d ad e.
Ref.: Noronha et al. In: Giovanella. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil, p. 443;
idem 2.ed . p .370.

20. | A r eal i zação d e i n vest i m en t o s p ara r ed u ção d e d esi g u al d ad es, d e co n -


f o r m i d ad e co m a r eg u l am en t ação d o SUS, é, p o r p r i n cíp i o , u m a at r i b u i -
ção d e g est o r n o âm b i t o
A) m u n i ci p al , ap en as.
B) est ad u al , ap en as.
C) f ed er al , ap en as.
D) f ed er al e est ad u al , ap en as.
E) f ed er al , est ad u al e m u n i ci p al .

Resposta:
(D) A r eal i zação d e i n vest i m en t o s p ar a r ed u ção d e d esi g u al d ad es, d e
co n f o r m i d ad e co m a r eg u l am en t ação d o SUS, é, p o r p r i n cíp i o , u m a at ri -
b u i ção d e g est o r n o âm b i t o f ed er al e est ad u al .
Ref.: N o r o n h a et al . I n : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 4 4 8 - 9 ;
i d em 2.ed . p .375.

BB 2 i . " Acesso a u m co n j u n t o ar t i cu l ad o e co n t ín u o d e açõ es e ser vi ço s reso -


l u t i vo s, p r even t i vo s e cu r at i vo s, i n d i vi d u ai s e co l et i vo s, d e d i f er en t es
co m p l exi d ad es e cu st o s, q u e r ed u zam o risco d e d o en ças e ag r avo s e
p r o p o r ci o n em o cu i d ad o à saúd e" .

Esse t ext o , co m o u m d o s d i r ei t o s d o s ci d ad ão s, en cai xa- se, en t r e o s


p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS, co m o
-
A) u n i ver sal i d ad e n o acesso .
B) i g u al d ad e n a assi st ên ci a.
C) i n t eg r al i d ad e n a assi st ên ci a.
D) d escen t r al i zação d o s ser vi ço s d e saú d e.
E) h i er ar q u i zação d o s ser vi ço s d e saú d e.

Resposta:
278 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

(C) Den t r e o s p r i n cíp i o s e d i r et r i zes d o SUS est ab el eci d o s na Lei Or g ân i -


ca d a Saú d e, o Acesso a u m co n j u n t o ar t i cu l ad o e co n t ín u o d e açõ es e
ser vi ço s r eso l u t i vo s, p r even t i vo s e cu r at i vo s, i n d i vi d u ai s e co l et i vo s, d e
d i f er en t es co m p l exi d ad es e cu st o s, q u e r ed u zam o risco d e d o en ças e
ag r avo s e p r o p o r ci o n em o cu i d ad o à saú d e. Ele car act er i za a i nt eg r al i -
d ad e na assi st ên ci a.
Re f : N o r o n h a et al . In : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 4 4 2 ;
i d em 2.ed . p. 3 7 0 .
i

^ 22. A r aci o n al i d ad e si st ém i ca d a r eg u l ação d o p r o cesso d e d escen t r al i zação


n o SUS vi n cu l ad a às d ef i n i çõ es d o co n j u n t o d e açõ es e ser vi ço s a ser em
co n t em p l ad o s no p r o cesso d e r eg i o n al i zação d a saú d e co n d u zi d o s n o
âm b i t o est ad u al co m p act u ação en t r e o s g est o r es foi i nst i t uíd a p o r
A) Pact o s p el a Saú d e.
B) N OAS 2001/ 2002.
C) N OB 96.
D) N OB 9 3 .
E) N OB 91/ 92.

Resposta'-
(A) A r aci o n al i d ad e si st ém i ca d a r eg u l ação d o p r o cesso d e d escen t r al i -
zação no SUS vi n cu l ad a às d ef i n i çõ es d o co n j u n t o d e açõ es e ser vi ço s a
ser em co n t em p l ad o s no p r o cesso d e r eg i o n al i zação d a saú d e co n d u zi -
d o s no âm b i t o est ad u al co m p act u ação en t r e o s g est o r es foi i nst i t uíd a
p el o s Pact o s p el a Saú d e.
Re f : N o r o n h a et al . In : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 4 6 0 ;
i d em 2.ed . p .386.

BB 23. A N o r m a Op er aci o n al d a Assi st ên ci a à Saú d e - N OAS- SUS 01/ 2002:


A) foi i n st i t u íd a p ela Po r t ar i a n.° 3 7 3 / GM , d e 13 d e m ar ço d e 2002.
B) am p l i a as r esp o n sab i l i d ad es d o s est ad o s na At en ção Bási ca d e Saú d e.
C) p r o ced e à at u al i zação d o s cri t éri o s d e h ab i l i t ação d e est ad o s e m u n i -
cíp i o s.
D) est ab el ece o p r o cesso d e m u n i ci p al i zação co m o est r at ég i a d e hierar-
q u i zação d o s ser vi ço s d e saú d e e d e b u sca d e m ai o r eq u i d ad e.
E) cri a m ecan i sm o s p ar a o f o r t al eci m en t o d a cap aci d ad e d e financia-
m en t o d o Si st em a Ún i co d e Saú d e, vi a i m p l an t ação d a CPM F.

I Resposta'-
(C) Seg u n d o a N o r m a Op er aci o n al d a Assi st ên ci a à Saú d e - N OAS- SUS
01/ 2002 (Po rt ari a n.° 3 7 3 / GM , d e 27 d e f ever ei r o d e 2002), reza em seu :
Art. Io Aprovar, na forma do Anexo desta Portaria, a Norma Operacional da
Assistência à Saúde - NOAS-SUS 01/ 2002, que amplia as responsabilidades
CAP. 1 1 - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 279

dos municípios na Atenção Básica; estabelece o processo de regionaliza-


ção como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de
maior equidade; cria mecanismos para o fortalecimento da capacidade de
gestão do Sistema Único de Saúde e procede à atualização dos critérios de
habilitação de estados e municípios.
Ref .: Br asi l . M i n i st ér i o d a Saú d e. N OAS- SUS 0 1 / 2 0 0 2

I 24. Se g u n d o a N o r m a O p er aci o n al d a Assi st ên ci a à Saú d e - N OAS- SUS


01/ 2002, a assi st ênci a d e alt a co m p l exi d ad e será p r o g r am ad a n o âm b i t o
r eg i o n al / est ad u al , e e m al g u n s caso s m acr o r r eg i o n al , t en d o e m vi st a as
seg u i n t es car act er íst i cas esp eci ai s d esse g r u p o :
I. alt a d en si d ad e t ecn o l ó g i ca e al t o cu st o .
II. alt a eco n o m i a d e escal a.
III. alt a escassez d e p ro f i ssi o nai s esp eci al i zad o s.
IV. co n cen t r ação e m esp eci al i st as e m m u i t o s m u n i cíp i o s.
Est ão co r r et as
A) so m en t e I e III.
B) so m en t e II e IV.
C) so m en t e I, II e IV.
D) so m en t e I, II e III.
E) t o d as (I a IV).

Resposta:
(D) A assi st ên ci a d e alt a co m p l exi d ad e será p r o g r am ad a n o âm b i t o r e-
g i o n al / est ad u al , e e m al g u n s caso s m acr o r r eg i o n al , t en d o e m vi st a as
car act er íst i cas esp eci ai s d esse g r u p o - alt a d en si d ad e t ecn o l ó g i ca e al t o
cu st o , eco n o m i a d e escal a, escassez d e p ro f i ssi o nai s esp eci al i zad o s e
co n cen t r ação d e o f er t a e m p o u co s m u n i cíp i o s.
Ref.: BRA SI L M i n i st ér i o da Saú d e. N OAS- SUS 0 1 / 2 0 0 2

23 25. O M o d el o e m Def esa d a Vi d a, p r o p o st o p el o Lab o r at ó r i o d e Pl an ej a-


m en t o e Ad m i n i st r ação e m Saú d e- LA PA , d a Un i cam p , f u n d am en t a- se
no s seg u i n t es p r i n cíp i o s:
I. g est ão d em o cr át i ca.
II. saú d e co m o d i rei t o d e ci d ad an i a.
III. ser vi ço p ú b l i co d e saú d e vo l t ad o p ar a a d ef esa d a vi d a i n d i vi d u al e
co l et i va.
IV. g er ên ci a d a u n i d ad e b ási ca r eal i zad a p o r m éd i co s sani t ar i st as.
Est ão co r r et as
A) so m en t e I e II.
B) so m en t e II e III.
C) so m en t e I e III.
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

D) so m en t e I, II e III.
E) t o d as (I a IV).

Resposta:
(D) O M o d el o em Def esa d a Vi d a, p r o p o st o p el o Lab o r at ó r i o d e Pl an ej a-
m en t o e Ad m i n i st r ação em Saú d e- LAPA, d a Un i ver si d ad e d e Cam p i n as-
Un i cam p , f u n d am en t a- se no s seg u i n t es p r i n cíp i o s: g est ão d em o cr át i ca;
saú d e co m o d i rei t o d e ci d ad an i a; ser vi ço p ú b l i co d e saú d e vo l t ad o p ara
a d ef esa d a vi d a i n d i vi d u al e co l et i va.
Re f : A n d r ad e et al . In : Ro u q u ay r o l . Ep i d em i o l o g i a & Saú d e. p. 4 7 6 .

26. " Ap r esen t a d i r et r i zes e d ef i n e a r esp o n sab i l i d ad e san i t ár i a p ar a m u n i -


cíp i o s, est ad o s, Di st r i t o Fed er al e Un i ão , e sp e ci al m e n t e e m r el ação
à r eg i o n al i zação , p l an ej am en t o e p r o g r am ação , r eg u l ação , co n t r o l e,
aval i ação , au d i t o r i a, p ar t i ci p ação e co n t r o l e so ci al , g est ão d o t r ab al h o
e ed u cação na saúd e" . N esse caso , o i n st r u m en t o aci m a d escr i t o co r r es-
p o n d e ao
A) Pact o p el a Vi d a.
B) Pact o em Def esa d o SUS.
C) Pact o d e Gest ão .
D) Pl an o N aci o nal d e Saú d e.
E) Pl an ej am en t o Est r at ég i co d e Saú d e.

Resposta:
(C) 0 e m p e n h o d e est r u t u r ar o SUS t em seu s m ér i t o s. Ap ó s u m t r ab al h o
d e d i scu ssão en t r e t écn i co s e d i r i g en t es d essas i n st ân ci as, f o r am ap r o va-
d o s p el a CIT (26/ 1/ 2006) e p el o Co n sel h o N aci o nal d e Saú d e (9/ 2/ 2006).
O Pact o p el a Vi d a esp eci f i ca d i ret ri zes o u o b j et i vo s e m et as p ar a seis
p r i o r i d ad es: Saú d e d o i d o so ; Co n t r o l e d o cân cer d o co l o d o út er o e d a
m am a; Red u ção d a m o r t al i d ad e i nf ant i l e m at er n a; Fo r t al eci m en t o d a
cap aci d ad e d e r esp o st as às d o en ças em er g en ci ai s e en d em i as, co m ên -
f ase na d en g u e, h an sen íase, t u b er cu l o se, m al ár i a e i n f l u en za; Pr o m o ção
d a Saú d e; e Fo r t al eci m en t o d a At en ção Bási ca. O Pact o em Def esa d o
SUS exp r essa o s co m p r o m i sso s d o s g est o s d o SUS co m a co n so l i d a-
ção d a Ref o r m a Sani t ár i a Br asi l ei r a, i n d i can d o i ni ci at i vas e açõ es. Já o
Pact o d e Gest ão ap r esen t a d i r et r i zes e d ef i n e a r esp o n sab i l i d ad e san i -
t ári a p ara m u n i cíp i o s, est ad o s, Di st ri t o Fed er al e Un i ão , esp eci al m en t e
em r el ação à r eg i o n al i zação , p l an ej am en t o e p r o g r am ação , r eg u l ação ,
co n t r o l e, aval i ação , au d i t o r i a, p ar t i ci p ação e co n t r o l e so ci al , g est ão d o
t r ab al h o e ed u cação na saú d e. O Pl an o N aci o nal d e Saú d e exp l i ci t a as
i ni ci at i vas p ri o ri t ári as d o M i ni st ér i o d a Saú d e e ap r esen t a u m a est r u t u -
ra co m p o st a d e i n t r o d u ção (p r o cesso , est r u t u r a e em b asam en t o l eg al ),
p r i n cíp i o s, an ál i se si t u aci o n al d a saú d e, o b j et i vo s e d i ret ri zes (co m as
r esp ect i vas m et as), g est ão , m o n i t o r am en t o e aval i ação .
CAP. 1 1 • SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 281

Ref.: Pai m . In: Cam p o s. Tr at ad o d e Saú d e Co l et i v a. p. 7 7 6 ; i d em 2.ed . p. 8 3 5 .

O Pact o p el a Vi d a esp eci f i ca d i r et r i zes o u o b j et i vo s e m et as p ar a as


seg u i n t es p r i o r i d ad es, EXCETO
A) saú d e d o i d o so .
B) co n t r o l e d o cân cer d o co r p o d o út ero e d a m am a.
C) r ed u ção d a m o r t al i d ad e i nf ant i l e m at er n a.
D) p r o m o ção d a saú d e.
E) f o r t a l e c i m e n t o d a a t e n ç ã o b á s i c a .

Resposta:
(B) O Pact o p el a Vi d a esp eci f i ca d i ret ri zes o u o b j et i vo s e m et as p ar a seis
p r i o r i d ad es: 1 Saú d e d o i d o so ; 2 Co n t r o l e d o cân cer d o co l o d o út er o e
d a m am a; 3 Red u ção d a m o r t al i d ad e i nf ant i l e m at er n a; 4 Fo r t al eci m en -
t o d a cap aci d ad e d e r esp o st as às d o en ças em er g en ci ai s e en d em i as,
co m ên f ase na d en g u e, h an sen íase, t u b er cu l o se, m al ár i a e i n f l u en za; 5
Pr o m o ção d a saú d e; e 6 Fo r t al eci m en t o d a at en ção b ási ca.
Ref.: Pai m . In: Cam p o s. Tr at ad o d e Saú d e Co l et i va. p. 7 7 6 .

28. O Pl ano N aci o nal d e Saú d e exp l i ci t a as i ni ci at i vas p ri o ri t ári as d o M i ni s-


t ér i o d a Saú d e e ap r esen t a u m a est r u t u r a co m p o st a d e i n t r o d u ção ,
p r i n cíp i o s, an ál i se si t u aci o n al d a saú d e, o b j et i vo s e d i r et r i zes, g est ão ,
m o n i t o r am en t o e aval i ação . Seu s o b j et i vo s, d i r et r i zes e m et as en co n -
t r am - se d i r i g i d o s p ara o s t ó p i co s seg u i n t es, EXCETO
A) co n d i çõ es d e saú d e d a p o p u l ação .
B) set o r d e saú d e su p l em en t ar .
C) l i nhas d e at en ção à saú d e.
D) i n vest i m en t o e m saú d e.
E) g est ão e m saú d e.

Resposta:
(B) O Pl an o N aci o nal d e Saú d e exp l i ci t a as i ni ci at i vas p ri o ri t ári as d o
M i ni st ér i o d a Saú d e e ap r esen t a u m a est r u t u r a co m p o st a d e i n t r o d u -
ção (p r o cesso , est r u t u r a e em b asam en t o l eg al ), p r i n cíp i o s, an ál i se si -
t u aci o n al d a saú d e, o b j et i vo s e d i r et r i zes (co m as r esp ect i vas m et as),
g est ão , m o n i t o r am en t o e aval i ação . Seu s o b j et i vo s, d i ret ri zes e m et as
en co n t r am - se d i r i g i d o s p ara ci n co t ó p i co s: l i nhas d e at en ção à saú d e;
co n d i çõ es d e saú d e d a p o p u l ação ; set o r saú d e; g est ão em saú d e; e i n -
vest i m en t o e m saú d e.
Ref.: Pai m . In: Cam p o s. Tr at ad o d e Saú d e Co l et i v a. p. 7 7 6 ; i d em 2.ed . p. 8 3 6 .
282 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

2| 29. A p r o p o st a d e Ci d ad es Sau d ávei s en f at i za co m o p r i n ci p al est r at ég i a d e


ar t i cu l ação p o l ít i ca e o p er aci o n al na p r o m o ção d e saú d e.
A) o t er r i t o r i al i zação .
B) o p l an ej am en t o est r at ég i co .
C) a i n t er set o r i al i d ad e.
D) a d escen t r al i zação d as açõ es.
E) a p ar t i ci p ação co m u n i t ár i a.

Resposta:
(C) In t er set o r i al i d ad e co m est r at ég i a p r i n ci p al : a p r o p o st a d e Ci d ad es
Sau d ávei s en f at i za a i n t er set o r i al i d ad e co m o p r i n ci p al est r at ég i a d e ar-
t i cu l ação p o l ít i ca e o p er aci o n al na p r o m o ção d e saú d e.
Ref.: A n d r ad e et al . In : Ro u q u ay r o l . Ep i d em i o l o g i a & Saú d e. p. 4 7 8 .

^ 30. As p r i nci p ai s u n i d ad es co m p o n en t es d o Si st em a N aci o nal d e Vi g i l ânci a


Sani t ár i a q u e est r u t u r am sua o p er aci o n al i zação , no nível f ed er al são
A) a A g ê n ci a N aci o n al d e Vi g i l ân ci a San i t ár i a (An vi sa) e o I n st i t u t o
N aci o nal d e Co n t r o l e d e Qu al i d ad e em Saú d e (IN CQS).
B) a Ag ên ci a N aci o nal d e Saú d e Su p l em en t ar (ANS) e o Inst i t ut o N aci o -
nal d e Co n t r o l e d e Qu al i d ad e em Saú d e (IN CQS).
C) a Fu n d ação Inst i t ut o Osw al d o Cr u z (Fi o cruz) e o Inst i t ut o N aci o nal d e
Co n t r o l e d e Qu al i d ad e em Saú d e (IN CQS).
D) a Ag ên ci a N aci o nal d e Vi g i l ânci a Sani t ár i a (Anvi sa) e a Fu n d ação Ins-
t i t ut o Osw al d o Cr u z (Fi o cr uz).
E) o M i n i st ér i o d a Saú d e e a Ag ên ci a N aci o n al d e Vi g i l ân ci a San i t ár i a
(An vi sa).

Resposta:
(A) "As p r i n ci p ai s u n i d ad es co m p o n en t es d o Si st em a N aci o nal d e Vi -
g i l ânci a Sani t ár i a q u e est r u t u r am sua o p er aci o n al i zação : a) No nível
f ed er al : Ag ên ci a N aci o nal d e Vi g i l ânci a Sani t ár i a (Anvi sa) e o Inst i t ut o
N aci o nal d e Co n t r o l e d e Qu al i d ad e em Saú d e (IN CQS). b) Nível est ad u al :
o s 2 7 ó r g ão s d a vi g i l ân ci a sani t ár i a d as secr et ar i as est ad u ai s d e saú d e
q u e t am b é m co n t am co m su p o r t e l ab o rat o ri al cen t r al em cad a u n i d ad e
d a f ed er ação co m g r an d es d i f er en ças d e cap aci d ad e t écn i ca e an al ít i ca,
c) Nível m u n i ci p al : ser vi ço s d e vi g i l ân ci a sani t ár i a o r g an i zad o s o u açõ es
d esen vo l vi d as ar t i cu l ad as co m o u t r as ár eas d a vi g i l ân ci a sani t ári a em
esp eci al a ep i d em i o l ó g i ca co m d en o m i n açõ es o r g an i zaci o n ai s d i ver sas,
co m o vi g i l ân ci a d a saú d e, p r o t eção à saú d e, en t r e o ut ras."
Ref .: Veci n a N et o et al . In : Ca m p o s et al . Tr at ad o d e saú d e co l et i va. 2.ed . p. 7 5 1 .

2 | 3 1 . A f i n al i d ad e i n st i t u ci o n al d a Ag ên ci a N aci o n al d e Vi g i l ân ci a San i t ár i a
(Anvi sa) no Brasil é
CAP. 1 1 - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 283

A) p r o m o ver a p r o t eção d a saú d e d a p o p u l ação , r eal i zan d o p ar a isso as


at i vi d ad es d e co n t r o l e sani t ár i o e d e co n t r o l e d e p o r t o s, aer o p o r t o s
e f r o n t ei r as.
B) p r o t eg er a saú d e d a p o p u l ação , r eal i zan d o p ara t an t o as at i vi d ad es
d e vi g i l ân ci a ep i d em i o l ó g i ca e d e co n t r o l e d e p o r t o s, aer o p o r t o s e
f r o nt ei r as.
C) co o r d en ar as açõ es d e Vi g i l ânci a Sani t ár i a execu t ad as p elas u n i d ad es
d e vi g i l ân ci a est ad u ai s e m u n i ci p ai s d e saú d e.
D) el ab o r ar leis, p o r t ar i as e n o r m as r eg ul at ó r i as d a Vi g i l ânci a Sani t ár i a
no p aís, n o co n t ext o d a l eg i sl ação san i t ár i a.
E) co n t r o l ar a co m er ci al i zação d e p r o d u t o s e ser vi ço s su b m et i d o s à
vi g i l ân ci a san i t ár i a.

Resposta:
(A) "A f i n al i d ad e i n st i t u ci o n al d a An vi sa é p r o m o ver a p r o t eção d a saú d e
d a p o p u l ação , r eal i zan d o p ara isso as at i vi d ad es d e co n t r o l e san i t ár i o ,
d a p r o d u ção e d a co m er ci al i zação d e p r o d u t o s e ser vi ço s su b m et i d o s à
vi g i l ân ci a sani t ári a e d e co n t r o l e d e p o r t o s, aer o p o r t o s e f r o nt ei r as. Seu
co n t r at o d e g est ão é u m i n st r u m en t o p ar a a aval i ação d a at u ação ad m i -
ni st rat i va d a ag ên ci a, p r o p o st o e n eg o ci ad o p el o d i ret o r p r esi d en t e ao
m i ni st r o d a Saúd e."
Ref.: Veci n a N et o et al . In : Cam p o s et al . Tr at ad o d e saú d e co l et i va. 2.ed . p. 7 5 2 .

^ 32. A au t o n o m i a f i n an cei r a d a A g ên ci a N aci o n al d e Vi g i l ân ci a San i t ár i a


(An vi sa) é g ar an t i d a esp eci al m en t e p el a co n st i t u i ção d a r ecei t a c o m
b ase n as seg u i n t es f o n t es:
I. d o p r o d u t o r esul t ant e d a ar r ecad ação d a t axa d e f i scal i zação d e vi g i -
l ânci a san i t ár i a.
II. n a r et r i b u i ção p o r ser vi ço s d e q u al q u er n at u r eza p r est ad o s a t er cei -
ros.
III. n o p r o d u t o d a ar r ecad ação d as r ecei t as d e m u l t as r esu l t an t es d as
açõ es f i scal i zad o r as.
IV. n o s r ep asses m o n et ár i o s d o s ó r g ão s d a vi g i l ân ci a sani t ári a d as secr e-
t ar i as est ad u ai s e m u n i ci p ai s d e saú d e.
Est ão co r r et as
A) ap en as I e II.
B) ap en as III e IV.
C) ap en as I, II e III.
D) ap en as I, III e IV.
E) t o d as (I a IV).

Resposta:
> 284 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

(C) "A au t o n o m i a f i n an cei r a d a An vi sa é g ar an t i d a esp eci al m en t e p el a


co n st i t u i ção d a recei t a co m b ase nas seg u i n t es f o n t es: d o p r o d u t o re-
su l t an t e d a ar r ecad ação d a t axa d e f i scal i zação d e vi g i l ân ci a san i t ár i a,
na r et r i b u i ção p o r ser vi ço s d e q u al q u er n at u r eza p r est ad o s a t er cei r o s,
no p r o d u t o d a ar r ecad ação d as recei t as d e m u l t as r esul t ant es d as açõ es
f i scal i zad o r as, al ém d e o u t r as f o n t es (Lei Fed er al 9.782/ 99)."
Ref.: Veci n a N et o et al . In : Cam p o s et al . Tr at ad o d e saú d e co l et i va. 2.ed . p. 7 5 2 .

^ 33. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e a Vi g i l ânci a San i t ár i a, m ar q u e a FALSA.


A) A vi g i l ân ci a sani t ári a d eve at en d er ao p r i ncíp i o ét i co d a i n f o r m ação e
d a co m u n i cação so ci al .
B) A i n f o r m ação g er a a p o ssi b i l i d ad e d e esco l h a e d e t o m ad a d e d eci -
| são p el a so ci ed ad e.
C) A i n f o r m ação p o d e p r o m o ver a p ar t i ci p ação p o p u l ar na d i scu ssão d e
p o l ít i cas e est ab el eci m en t o s d e d i r et r i zes.
D) O ci d ad ão t em o d i r ei t o d e ser i n f o r m ad o so b r e o s r i sco s, so b r e a
q u al i d ad e e a ef i cáci a d e p r o d u t o s e ser vi ço s.
E) É d ef i n i d a co m o o co n j u n t o ar t i cu l ad o d e i n t er ven çõ es vo l t ad as p ar a
o co n t r o l e d as d o en ças t r an sm i ssívei s.

! Resposta:
(E) "A vi g i l ân ci a sani t ári a d eve at en d er ao p r i n cíp i o ét i co d a i n f o r m ação
e d a co m u n i cação so ci al . O ci d ad ão t em o d i rei t o d e ser i n f o r m ad o so -
b re o s ri sco s, so b r e a q u al i d ad e e a ef i cáci a d e p r o d u t o s e ser vi ço s. A
i n f o r m ação g er a a p o ssi b i l i d ad e d e esco l h a e d e t o m ad a d e d eci são p el a
so ci ed ad e e p o d e p r o m o ver a p ar t i ci p ação p o p u l ar na d i scu ssão d e p o -
lít icas e est ab el eci m en t o s d e d iret rizes."
Ref.: Veci n a N et o et al . In : Cam p o s et al . Tr at ad o d e saú d e co l et i va. 2.ed . p. 7 6 1 .
i

3 34. A r eg u l am en t ação e co o r d en ação d o Si st em a N aci o n al d e Vi g i l ân ci a


Sani t ár i a no Brasil é u m a r esp o n sab i l i d ad e
A) d i ret a d o M i ni st ér i o d a Saú d e.
B) d i ret a d a An vi sa.
! C) i nd i ret a d o M i ni st ér i o d a Saú d e.
D) i nd i ret a d a An vi sa.
! E) d i ret a d o M i ni st ér i o d a Saú d e e d a An vi sa.

Resposta:
(B) O co m p o n en t e f ed er al f oi r ef o r m u l ad o co m a su b st i t u i ção d e u m a
secr et ar i a d a ad m i n i st r ação d i r et a p ara u m a au t ar q u i a esp eci al co m o
ag ên ci a r eg u l at ó r i a, m an t en d o sua vi n cu l ação ao M i ni st ér i o d a Saú d e,
m as co m i n d ep en d ên ci a ad m i n i st r at i va, est ab i l i d ad e d e seus d i r i g en t es
e au t o n o m i a f i n an cei r a. A An vi sa t em co m o f u n ção a r eg u l am en t ação
CAP. 1 1 -SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 285

e co o r d en ação d o Si st em a N aci o nal d e Vi g i l ânci a Sani t ár i a e t am b é m


execu t a açõ es d e co n t r o l e.
Ref.: Veci n a N et o et al . In : Cam p o s. Tr at ad o d e Saú d e Co l et i va. p. 7 0 0 - 1 ; i d em 2 .ed .
p. 751- 2.

E U 35. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e a Vi g i l ânci a San i t ár i a, m ar q u e a FALSA.


A) Co n st i t u i - se u m a d as p r át i cas m ai s co m p l exas e an t i g as d a Saú d e
Pú b l i ca.
B) Su a s a ç õ e s s ã o , e s s e n c i a l m e n t e , d e n a t u r e z a p r e v e n t i v a .

C) Suas açõ es o b j et i vam a p r o m o ção , p r o t eção e r ecu p er ação d a saú d e.


D) Al i nha- se, ad eq u ad am en t e, co m o m o d el o m éd i co - assi st en ci al .
E) É d ef i n i d a co m o o co n j u n t o ar t i cu l ad o d e i n t er ven çõ es vo l t ad as p ara
o co n t r o l e d as cau sa e d o s risco s sani t ár i o s.

Resposta:
(D) A Vi g i l ân ci a Sani t ár i a se co n st i t u i u m a d as p rát i cas m ai s co m p l exas e
ant i g as d a Saú d e Pú b l i ca, p o is suas açõ es, essen ci al m en t e d e n at u r eza
p r even t i va, o b j et i vam a p r o m o ção , p r o t eção e r ecu p er ação d a saú d e. A
Vi g i l ânci a Sani t ár i a é d ef i n i d a co m o o co n j u n t o ar t i cu l ad o d e i n t er ven -
çõ es vo l t ad as p ara o co n t r o l e d as cau sa e d o s risco s sani t ár i o s. Sit ua- se
l o n g e d o m o d el o m éd i co - assi st en ci al : o d a m er a p r est ação d e ser vi ço s
assi st enci ai s. Ao co n t r ár i o , p o d e ser en t en d i d a co m o cam p o d e p r át i ca,
d e carát er est at al , q u e se ut iliza d a est r at ég i a d a p r o m o ção d a saú d e.
Ref.: Si l va & Pep e. I n : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 8 3 1 - 3 .

03 36. A Ag ên ci a N aci o nal d e Vi g i l ânci a Sani t ár i a (Anvi sa) é u m a


A) au t ar q u i a, l i g ad a ao M i ni st ér i o d a Saú d e, co m au t o n o m i a ad m i n i st r a-
t i va e f i n an cei r a.
B) f u n d ação , l i g ad a ao M i ni st ér i o d a Saú d e, co m au t o n o m i a ad m i n i st r a-
t i va e f i n an cei r a.
C) au t ar q u i a, l i g ad a ao M i n i st ér i o d a Saú d e, c o m au t o n o m i a ap en as
ad m i n i st r at i va.
D) au t ar q u i a, l i g ad a ao M i n i st ér i o d a Saú d e, c o m au t o n o m i a ap en as
f i n an cei r a.
E) f u n d ação , l i g ad a ao M i ni st ér i o d a Saú d e, sem au t o n o m i a ad m i n i st r a-
t i va e f i n an cei r a.

Resposta:
(A) A Ag ên ci a N aci o nal d e Vi g i l ânci a Sani t ár i a (Anvi sa) é u m a au t ar q u i a,
e, em b o r a l i g ad a ao M i ni st ér i o d a Saú d e, t em au t o n o m i a ad m i n i st r at i va
e f i n an cei r a.
Ref.: Si l va & Pep e. In : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 8 3 8 .
286 MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

7. Das seg u i n t es af i r m at i vas so b r e o In st i t u t o N aci o n al d e Co n t r o l e d e


Qu al i d ad e em Saú d e, m ar q u e a FALSA.
A) At u a co m o ó r g ão d e ref erênci a n aci o n al p ara as q u est õ es t ecn o l ó g i -
cas n o r m at i vas d e i nt er esse d a vi g i l ân ci a san i t ár i a.
B) É o l ab o r at ó r i o co m a m ai o r cap aci d ad e anal ít i ca i nst al ad a no Brasi l ,
ser vi n d o t am b é m d e ap o i o ao s Lacen .
C) A t e n d e ao s p r o g r am as e sp e ci ai s, an al i san d o i m u n o b i o l ó g i c o s,
h em o d er i vad o s, kits d i ag n ó st i co s p ar a HIV et c.
D) Execu t a, em car át er esp eci al , q u al q u er co n su l t o r i a o u p r est ação d e
ser vi ço p ar a o set o r p r i vad o .
E) Di sp õ e d e u m p r o g r am a d e p ó s- g r ad u ação esp ecíf i co p ara a área d a
vi g i l ân ci a san i t ár i a.

Resposta:
(D) O Inst i t ut o N aci o nal d e Co n t r o l e d e Qu al i d ad e em Saú d e (INCQS)
d a Fi o cr uz at u a co m o ó r g ão d e ref erênci a n aci o n al p ara as q u est õ es
t ecn o l ó g i cas n o r m at i vas, rel at i vas à aval i ação d a q u al i d ad e d e i n su m o s,
p r o d u t o s, am b i en t es e ser vi ço s vi n cu l ad o s à vi g i l ân ci a san i t ár i a. É o la-
b o r at ó r i o co m a m ai o r cap aci d ad e an al ít i ca i n st al ad a no Brasi l . Tr ab a-
l h an d o excl u si vam en t e p ara o SN VS e o M i ni st ér i o d a Saú d e, at en d e ao s
p r o g r am as esp eci ai s, an al i san d o i m u n o b i o l ó g i co s, h em o d er i vad o s, kits
d i ag n ó st i co s p ara HIV et c. Não execu t a q u al q u er co n su l t o r i a o u p res-
t ação d e ser vi ço p ara o set o r p r i vad o , p rát i ca co m u m em al g u n s d o s
Lacen . Di sp õ e d e u m p r o g r am a d e p ó s- g r ad u ação esp ecíf i co p ara a área
d a vi g i l ân ci a san i t ár i a.
Ref.: Si l va & Pep e. In : Gi o v an el l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 8 3 9 ;
i d em 2.ed . p. 7 2 7 .

^ 38. O Cen t r o d e At en ção Psi co sso ci al (CAPS) d o t i p o ll-i é p r o g r am ad o p ara


m u n i cíp i o s co m p o p u l ação
A) en t r e 70.000 a 200.000 h ab i t an t es, d ev en d o f u n ci o n ar d as 8 às 18
ho r as, d e seg u n d a a sext a- f ei r a.
B) aci m a d e 100.000 h ab i t an t es, d even d o f u n ci o n ar d e seg u n d a a sext a,
d as 8 às 18 ho r as, p o d en d o t er u m t ercei r o p er ío d o at é às 21 h.
C) aci m a d e 200.000 h ab i t an t es, d even d o f u n ci o n ar d e seg u n d a a sext a,
d as 8 às 18 ho r as, p o d en d o t er u m t ercei r o p er ío d o at é às 21 h.
D) aci m a d e 100.000 h ab i t an t es, d even d o f u n ci o n ar d u r an t e as 24 h o r as,
d i ar i am en t e, excet o f er i ad o s e fins d e sem an a.
E) aci m a d e 200.000 h ab i t an t es, d even d o f u n ci o n ar d u r an t e as 24 h o r as,
d i ar i am en t e, i n cl u si ve f er i ad o s e fins d e sem an a.

Resposta:
287

(C) O Cen t r o d e At en ção Psi co sso ci al (CAPS) d o t i p o ll- i, d est i n ad o a


cr i an ças e ad o l escen t es, é p r o g r am ad o p ara m u n i cíp i o s co m p o p u l ação
aci m a d e 200.000 h ab i t an t es, d even d o f u n ci o n ar d e seg u n d a a sext a,
d as 8 às 18 h o r as, p o d en d o t er u m t er cei r o p er ío d o at é às 21 h.
Ref .: A m a r a n t e . I n : Gi o v an e l l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 7 4 8 ;
i d em 2.ed . p. 6 4 6 .

O Cen t r o d e At en ção Psi co sso ci al (CAPS) d o t i p o ll- ad é p r o g r am ad o


p ara m u n i cíp i o s co m p o p u l ação
A) en t r e 70.000 a 200.000 h ab i t an t es, d ev en d o f u n ci o n ar d as 8 às 18
ho r as, d e seg u n d a a sext a.
B) aci m a d e 100.000 h ab i t an t es, d even d o f u n ci o n ar d e seg u n d a a sext a,
d as 8 às 18 ho r as, p o d en d o t er u m t er cei r o p er ío d o at é às 21 h.
C) aci m a d e 200.000 h ab i t an t es, d ev en d o f u n ci o n ar d e seg u n d a a sext a,
d as 8 às 18 ho r as, p o d en d o t er u m t er cei r o p er ío d o at é às 21 h.
D) aci m a d e 100.000 h ab i t an t es, d even d o f u n ci o n ar d u r an t e as 24 h o r as,
d i ar i am en t e, excet o f er i ad o s e fins d e sem an a.
E) aci m a d e 200.000 h ab i t an t es, d even d o f u n ci o n ar d u r an t e as 24 h o r as,
d i ar i am en t e, i n cl u si ve f er i ad o s e fins d e sem an a.

Resposta:
(B) O Cen t r o d e At en ção Psi co sso ci al (CAPS) d o t i p o ll- ad é p r o g r am ad o
p ara m u n i cíp i o s co m p o p u l ação aci m a d e 100.000 h ab i t an t es, d even d o
f u n ci o n ar d e seg u n d a a sext a, d as 8 às 18 ho r as, p o d en d o t er u m t er cei -
ro p er ío d o at é às 21 h.
Ref .: A m a r a n t e . I n : Gi o v an e l l a. Po l ít i cas e Si st em as d e Saú d e n o Br asi l , p. 7 4 8 ;
i d em 2.ed . p. 6 4 6 .

|| A u n i d ad e d e saú d e d a f am íl i a at u a co m b ase nas seg u i n t es d i r et r i zes:


j. el ei ção d a f am íl i a e seu esp aço so ci al co m o n ú cl eo b ási co d e at en d i -
m en t o à saú d e.
II. t r ab al h o d e eq u i p es m u l t i p r o f i ssi o n ai s.
IN. ad scr i ção d e cl i en t el a.
IV. carát er su b st i t u t i vo , co m p l em en t ar i ed ad e e h i er ar q u i zação .
Est ão co r r et as
A) so m en t e I e II.
B) so m en t e I e III
C) so m en t e II, III e IV.
D) so m en t e I, III e IV.
E) t o d as (I a IV).

Resposta:
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA

(E) A u n i d ad e d e saú d e d a f am íl i a at u a co m b ase nas seg u i n t es d i r et r i -


zes:
1. Eleição da família e seu espaço social como núcleo básico de aborda-
gem no atendimento à saúde.

2. Trabalho de equipes multiprofissionais - i n t eg r al i d ad e d a assi st ên ci a,


h u m an i zação d as p r át i cas, est ab el eci m en t o d e vín cu l o s, r esp ei t o
ao s val o r es e cr en ças, d em o cr at i zação d o sab er e est ím u l o a p ar t i ci -
p ação so ci al .

3. Adscrição de clientela: m ap eam en t o d as áreas d e at u ação d as eq u i -


p es e cad ast r am en t o d as f am íl i as.

4. Caráter substitutivo, complementariedade e hierarquização: a u n i d ad e


d e saú d e d a f am íl i a é d est i n ad a a r eal i zação d e at en ção co n t ín u a
nas esp eci al i d ad es b ási cas. Deve f azer p ar t e d o si st em a lo cal co m o
p o r t a d e en t r ad a, su b st i t u i n d o as p rát i cas d e saú d e co n ven ci o n ai s
p o r u m a n o va p r át i ca, cen t r ad a no s p r i n cíp i o s d a vi g i l ân ci a d a saú -
d e, vo l t ad a p ara o d esen vo l vi m en t o d e açõ es d e p r o m o ção , p r o t e-
ção e r ecu p er ação . A u n i d ad e d e saú d e d a f am íl i a não d eve est ar
i so l ad a, e si m r ep r esen t ar u m d o s co m p o n en t es d e u m a p o l ít i ca d e
co m p l em en t ar i ed ad e d o si st em a lo cal d e saú d e. Um si st em a ef i caz
d eve ser h i er ar q u i zad o , g ar an t i n d o a ref erênci a e co nt r a- r ef er ênci a
p ara o s d em ai s n ívei s, co n f o r m e a n ecessi d ad e d e m ai o r co m p l exi -
d ad e d e açõ es p ar a r eso l u ção d o s p r o b l em as i d en t i f i cad o s.

Ref : A q u i n o . M an u al d o t r e i n am e n t o i n t r o d u t ó r i o d as eq u i p es d e saú d e. p .23.


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7. SAÚDE BUCAL COLETI VA
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