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Como esta a vida financeira do seu rebanho?

Muitas vezes tributamos à fé, e a Deus, a responsabilidade da construção de


algo, que se empreendêssemos a partir de nosso esforço em Deus; Deus
seria nossa testemunha e a fé seria nossa maior aliada.

Creio piamente que a palavra de Deus é boa perfeita e agradável.

Ao longo dos 66 livros bíblicos, entendemos que o livro de Atos é um livro que
ainda esta sendo escrito. O livro de Atos dos apóstolos é o inicio da formação
da igreja, conseqüentemente, Atos é a Expressão dos atos da igreja em
formação, esta igreja continua em franco crescimento, aguardando a volta de
Jesus o Cristo, e assim, as escrituras vêm fielmente se cumprindo.

Formação da Igreja

Ao longo da formação da igreja, passando pela igreja primitiva, e desfilando


pela igreja contemporânea, há um fenômeno pouco observado, descrito em
Oséias 4.6 “O povo Deus está sendo destruído, porque lhe falta o
conhecimento” Por quê? Porque o sacerdote rejeitou o conhecimento. E
como resposta a esta negligencia Deus também o rejeitaria, para que não
exercesse mais o sacerdócio diante de d’Ele; “visto que te esqueceste da lei do
teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”.

Aqui temos dois elementos distintos, de um lado a falta do conhecimento em


si, do outro a negligencia, mas algo que me chama a atenção é que o líder, o
sacerdote “rejeitou” o conhecimento.

Esta rejeição não é somente dizer eu rejeito, ou, eu não aceito, mas acima
de tudo, é não valorizar, e muito menos levar em consideração a palavra, que é
a boa perfeita e agradável vontade de Deus para a vida do seu povo.

Costumo dizer que: “Aquilo que aprendemos errado, ensinamos como se


fosse certo.” E não se esqueça, ainda não respondemos a pergunta: Como está
a vida financeira do seu rebanho?
Temos errado por não conhecer as escrituras e nem o poder de Deus,
conseqüentemente, como pastores e lideres, na maioria dos casos, por não
aplicamos em nossas próprias vidas, acabamos também por não aplicar as
ações necessárias para edificação da igreja de forma integral.

Igreja Integral

Por definição, segundo o dicionário, “integral é tudo aquilo que não sofreu
diminuição ou restrição; total, completo.”

Por um lado a igreja vem sofrendo pela diminuição de uma visão integral, por
conseqüência a igreja tem se tornado “restrita”, muitas vezes limitada,
perdendo completude de ação.

Não consigo olhar sem ver os traços da “integralidade” ao longo das


escrituras. A meu ver cada passo dado pelas escrituras, ao longo das eras,
sempre foram dentro de uma visão integral.

O ponto de vista central de uma igreja integral é observar e tratar a partir da


ótica espiritual. Aqui surge a necessidade de nos fazer uma pergunta:
“Quando nos tornamos seres espirituais?” Não ter esta visão de forma clara e
definida, compromete toda a ação e estrutura da igreja em ser resposta de
Deus em sua geração.

Você que é pastor e líder espiritual já pensou a respeito?

Se você é da turma espiritualmente religiosa é bem provável que tenha vindo


a sua mente Jo 1. 11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 12
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; 13 os quais não nasceram do
sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
Dentro desta linha doutrinaria tendemos a dizer que nos tornamos seres
espirituais quando levantamos nossas mãos e em uma confissão publica de fé
reconhecemos a Jesus como nosso senhor e salvador.
Porem a visão de uma vida integral é ampliada quando trazemos o ponto de
origem, não o nosso ponto de entendimento.

Você já deve ter ouvido a seguinte expressão: “Desde que eu me entendo por
gente galinha cisca para trás” isso nos dá o senso de ponto de entendimento!
Supondo que esta pessoa entendeu que galinha ciscava para trás aos 7 anos
de idade, é claro que a muito mais tempo, que o seu tempo de entendimento
a galinha já ciscava para trás.

Seguindo esta mesma linha, se entendermos que nos tornamos espirituais


somente quando reconhecemos a Jesus como nosso Senhor e salvador
evidenciamos que não sabemos a nossa real origem física, e nem espiritual.

Vamos então a um entendimento pratico.

Segundo as escrituras, cada ser se reproduz segundo a sua espécie. Gênesis


1:24 Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua
espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua
espécie. E assim se fez. em meio a todas estas formações qual é a nossa
espécie de origem? Verso 26 Também disse Deus: Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança. 2.7 Então, formou o SENHOR Deus ao
homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem
passou a ser alma vivente.

Não há duvidas de que fomos gerados por Deus. Mas para entendermos o
nosso ponto de origem, primeiro necessitamos de mais uma informação. De
que Deus é constituído? Deus é espírito. É o que diz João 4:24 sendo Deus
Espírito, como e quando de fato nós fomos gerados? Esta é a resposta de
Paulo: “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo.” Ef 1. 4.
Para fechar nosso ciclo de entendimento precisamos ler também Ec 12. 6
antes que se quebre a cadeia de prata, e se despedace o copo de ouro, e se
despedace o cântaro junto à fonte, e se despedace a roda junto ao poço, 7 e
o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu. Paulo
descreve bem a tricotomia em 1Ts 5.23 quando descreve “Que o próprio Deus
da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, a alma e o corpo de
vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo.

“Deus é Espírito e fomos gerados no Senhor antes da fundação do mundo. Se


a presciência de Deus antecede a formação, algo do tipo “penso primeiro e
construo depois” então sim, fomos primeiro formados em espírito, porque
Deus é Espírito. Posteriormente nos foi dado um corpo físico, formado do pó
da terra, para que pudéssemos em fim receber o fôlego de vida e nos
tornássemos uma alma vivente.

Em todo lugar que vamos somos cercados por energia, apesar de o termo
energia ser usado em vários contextos diferentes, o uso científico da palavra
energia tem um significado bem definido e preciso: Potencial inato (guarde
este termo) para executar trabalho ou realizar uma ação. Qualquer coisa que
esteja em movimento com qualquer outro objeto ou aquecendo-o, está
gastando (transferindo) energia.

O que é algo inato? Algo que pertence ao ser desde o seu nascimento;
inerente, natural, congênito. Dentro desta construção as palavras Inato,
Congênito e Inerente formam em si um conjunto de características que
reforçam a estrutura de entendimento de que somos um ser estruturalmente
espiritual... Congênito – Característico do indivíduo desde o ou antes do
nascimento. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso.
Inerente – Que existe como um constitutivo ou uma característica essencial
de alguém ou de algo. Que só existe em relação a um sujeito, a uma maneira
de ser que é intrínseca a este.

Por isso creio que a concepção é o convite explicito de Deus a existência


humana, de alguém que foi chamado à existência, desde antes da formação
do mundo... uma substancia energeticamente ainda informe... mas não sem
nome e muito menos sem propósito.
Isso só é possível porque o Espírito transcende a matéria. Veja o que Davi diz
em seu manifesto de arrependimento no Salmo 139
4 Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda.
7 Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?
13 Pois tu formaste o meu interior tu me teceste no seio de minha mãe.
14 Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me
formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem;
15 os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e
entretecido como nas profundezas da terra.
16 Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram
escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando
nem um deles havia ainda.

Em minha opinião os destaques do Sl 139 intensificam o entendimento do


olhar onisciente de Deus a respeito de todos nós sobre a face da terra. A
materialização de todo aspecto físico é a manifestação viva de tudo o que
Deus visualizou na sua presciência.

É isso que nos faz integralmente espirituais.

Somos espirituais porque todo o plano é espiritual. A terra é espiritual porque


o Espírito pairava sofre a face das águas. O corpo amortecido volta para o pó,
mas o espírito que é uma “centelha” da expressão de Deus, volta para Ele
mesmo, de onde de fato viemos!

Por isso tudo o que nos envolve é espiritual!

A terra se torna sublime e espiritual porque nela habitam os filhos de Deus! A


formação de Adão foi espiritual porque o próprio Deus o formou a sua
imagem e semelhança e lhe soprou nas narinas o seu próprio “Fôlego” (ruah
ou ruach – grego ַ‫“ )רּוח‬fôlego este que inspiramos ate os dias de hoje, o que
denominamos como oxigênio, levado por meio da corrente sanguínea dos pés
ao cérebro, que permeia todos os órgãos do corpo, seria por ventura Deus
circulando internamente em nós? Um vez que podemos passar meses sem
alimento, dias sem água, mas não podemos ficar um momento sem o ar que
respiramos! (sobre isso falaremos em outra oportunidade)”
Seria mera consciência termos como código genético a expressão DNA... Deus
Na Alma? O pó da a “luz” a Adão. Este pó vivificado gerou Maria, por sua vez
Maria a terra virgem da a luz a Emanuel... que quer dizer... “Deus conosco”.

O ciclo sobre terra é fechado, por um homem entrou o pecado no mundo,


como também por um homem a salvação veio a todos.

Porem a vida integral aguarda ansiosamente pelo movimento da igreja viva


que somos nós “A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos
filhos de Deus” Rm 8.19

É a somatória de tudo o que nos trouxe ate aqui que concluo:

Tudo o que envolve a sua vida direta ou indiretamente é espiritual!

 Seus pais foi uma questão espiritual


 Seu nascimento foi espiritual
 Sua formação é espiritual
 Seu casamento é espiritual
 Sua vida sexual é espiritual
 Seus filhos são espirituais
 Sua casa é espiritual
 O ambiente que você vive e anda é espiritual
 Sua formação acadêmica é espiritual
 Seu trabalho é espiritual
 Sua vida financeira é espiritual

Enfim, absolutamente tudo o que te envolve de forma:

 Física
 Mental
 Espiritual

É espiritual!
“A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus”

Esta expressão de Rm 8.19 exprime com absurda propriedade a necessidade


da visão INTEGRAL da igreja. Valorizamos a construção de um ambiente
espiritual por não entendermos que somos espirituais de “fabrica” se
atentarmos para isso, veremos todo ambiente é uma oportunidade de
manifestar o evangelho de Cristo Jesus. Podemos não somente pregar as boas
novas, mas viver as boas novas.

A excelência da vida integral

O que importa de verdade é o entendimento por trás da vida integral.

“Disse Jesus a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens.”


Lucas 5:10

Jesus não disse pescador de Marlim Azul, de truta, baleia nem polvo, mas
homens. Agora pense comigo: “Um Deus que cria a terra com todo o seu eco
sistema, nela e entorno dela para que o homem pudesse coexistir, você acha
mesmo que Deus estaria preocupado em pescar outra cosia que não fosse
homem?

No entanto em meio a homens surge as necessidades Atos 5.42 – 6.7

“E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de


pregar Jesus, o Cristo. Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos
discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as
viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze
convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós
abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei
dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria,
aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos
à oração e ao ministério da palavra. O parecer agradou a toda a comunidade;
e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro,
Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Apresentaram-
nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. Crescia a
palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos;
também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.”

A idéia por trás da visão integral é atender as mesas

Na maioria das vezes a ação da igreja buscando ser a resposta de Deus com
boas novas do evangelho se resume em “Pregar a salvação” este é um ponto,
mas não se resume a este ponto.

O ponto central é fazer convergir nEle todas as coisas... Romanos 11:36


Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele
eternamente. Amém!

Quando Paulo nos diz: “Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de
todos, para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para
ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo
da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei,
como se estivera sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da
lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os
fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, por todos os
meios, chegar a salvar alguns. E eu faço isso por causa do evangelho, para ser
também participante dele.” 1Co 9.19 – 23

Esta é a melhor forma de atender as necessidades.

“Fazer tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns.”

Como? Sendo a resposta de Deus em cada mesa, em cada necessidade!

Não sou contra estudarmos a escrituras, extremamente o contrario. Mas


criamos um “teologia” para fazer estudos e passamos a fazer estudo dos
estudos de Deus. Enquanto o convite na pratica era fazer discípulos. Jo 28.19
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a guardar todas as coisas
que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à
consumação do século. Incorporamos a idéia de que fazer discípulos é levar as
pessoas a fazer um curso de teologia, ou formação de obreiros ou escola de
lideres, quando na verdade a pratica do convite era, é, e sempre será viver em
Cristo, por isso Ele disse que sempre estaria conosco!

Espero que neste ponto a visão integral tenha sido gerada no seu coração.

Diante da visão integral podemos então responder a nossa pergunta, “como


esta a vida financeira da sua igreja?”

Maior deveria ser a nossa preocupação quanto aos dízimos e ofertas. Pense
um pouco, se de um lado há uma preocupação generalizada a cerca dos 10%
dos dízimos em nossas igreja, a pergunta é: o que é maior; os 10% recebido
no gazofilácio ou os 90% que ficam nas mãos de cada ovelha!

Se temos 100 ovelhas fieis que dizimam sobre R$1.000,00, teremos de um


lado R$1.000,00 de dízimos na igreja, e do outro lado teremos R$9.000,00 em
administrações pessoais. Se R$1.000,00 move a nossa preocupação em
relação à administração, qual tem sido a sua preocupação enquanto pastor e
líder na administração do patrimônio maior volume patrimo0nial da igreja?

Uma igreja instruída por pastores que apascenta o seu rebanho com
inteligência elevam o nível de cultura e de entendimento de seu rebanho.
Talento da Igreja

Observe comigo:

Maria quebra aos pés de Jesus, um vidro inteiro de alabastro, fruto de um ano
inteiro de... trabalho! Na parábola dos talentos, o talento referido, não era a
referencia de dons e talentos espirituais, mas sim, uma moeda corrente. Ou
seja, à habilidade em questão, não tinha nada a ver com dons e talentos
“espirituais”, mas sim habilidades administrativas, podemos dizer capacidade
de empreendedorismo. Esta historia esta descrita em Mt 25.14 – 28,
observando os destaques, vejamos... "Pois será como um homem que,
ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens.

Confiado a Igreja

A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a


sua própria capacidade; e, então, partiu. O que recebera cinco talentos saiu
imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo,
o que recebera dois ganhou outros dois. Mas o que recebera um, saindo,
abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor.

Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas


com eles. Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou
outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros
cinco talentos que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel;
foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois
talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei. Disse-lhe o senhor:
Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei;
entra no gozo do teu senhor.

Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que
és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não
espalhaste, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.

Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo


onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que
entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com
juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez.

Uma coisa que me desperta atenção é que, se observarmos uma construção


de narrativa, desde Mt 24 podemos construir o seguinte entendimento.

Mt 24.6 diz: E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras;


vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não
é o fim. E no verso 45... Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o
senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?

Vamos lá...

Verso 24.6, diz que no advento da tribulação muitas coisas iriam acontecer,
mas ainda não era o fim, a meu ver, haveria um recurso disponibilizado para
os fieis descrito no verso 45.

Logo após, no capitulo 25, inicia a parábola das dez virgens, onde segundo a
narrativa, haviam cinco prudentes e cinco nésceis, Mas algo ocorre, as nésceis
estavam despreparadas, e as prudentes disseram, corram, vá onde se vende
azeite, para que comprem azeite, para as suas lâmpadas, pois nós não
podemos dar do nosso azeite. Porem, quando elas partem, o noivo chega.

O grande desafio, é que, se a noiva referida é a representatividade da igreja, a


relação diz que, a igreja não repartiu do seu azeite, e ainda despede as cinco
almas, que também eram noivas, ou seja, existem irmãos que são
abandonados pela falta do nosso azeite, pela nossa falta de recurso.

Contra pondo, veja qual foi à postura do Mestre: Mt 14.

“15 Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é


deserto, e vai adiantada à hora; despede, pois, as multidões para que, indo
pelas aldeias, comprem para si o que comer. 16 Jesus, porém, lhes disse:
Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer. 19 E, tendo
mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães
e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo
partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões. 20 Todos
comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda
doze cestos cheios. 21 E os que comeram foram cerca de cinco mil homens,
além de mulheres e crianças.

Jesus com cinco pães e dois peixes alimenta uma multidão, só de homens
cinco mil. Se, somente a metade dos homens fossem casados e tivessem um
filho cada, teríamos 2500 mil homens solteiros, mais 2500 homens casados,
2500 mulheres, mais 2500 crianças, o que nos levaria a soma de 10 mil
pessoas... Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram
recolheram ainda doze cestos cheios.

Vamos a outra conta básica. Se cada um comeu dois pães e dois peixes de
50gr cada 200gr vezes 10mil pessoas estamos falando de 2toneladas de
alimento, fora os doze cestos cheios. Porem as virgens uma para uma não
conseguiram compartilhar do seu azeite.

E o que mais me chama a atenção é que de Mt 24.6, 45 – 25.1-12, termina em


Mt 25.14 - 28 falando sobre a habilidade da capacidade de obtenção de
recursos. Mt 24 nos fala de tribulação e provisão, Mt 25 nos fala de distração e
da falta de provisão, e termina falando de capacitação dos que multiplicaram
seus talentos, e da negligencia de quem enterrou o seu talento.

Voltemos um pouco ao inicio da nossa introdução; boa parte destes acidentes


poderiam ser evitado se os sacerdotes, pastores e lideres valorizassem o
conhecimento, e melhor, se os aplicassem a vida pratica da igreja.

Talvez estejamos dormindo como todas as virgens que representam a igreja?


Temos despedido a multidão por falta de provisão?

Por erro dos que reconhecem e mesmo assim escolhem enterrar os seus
talentos, por falta da visão integral, por falta de fontes de provisão geramos
uma má formação da noiva, isso é culpa da igreja, é culpa dos sacerdotes
negligentes. Por isso despedimos a muitos por falta de azeite, por falta de
provisão. Por falta de entendimento.
E a pergunta é: “Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor
confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?”

Isaias talvez responderia com facilidade... “Eis-me aqui, envia-me a mim!”


Está é a hora de fato, e de verdade, de nos colocarmos na brecha da
reparação, e construção do entendimento pratico.

Porque não alimentamos a multidão?

1. Negligenciamos – sacerdote – enterrado de talentos


2. Não sabemos – viúva da botija de azeite, mas podemos buscar em Deus
conhecimentos e recursos.
3. Não nos importamos – as virgens prudentes

Venha comigo...

Creio que você conheça a historia de dois Reis 4:2 Eliseu lhe perguntou: Que
te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. Ela respondeu: Tua serva
não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.

Temos na construção deste entendimento três posições

1. Os que fazem... Como no caso dos que multiplicaram seus talentos


2. Os que não sabem o que fazer como a mulher da botija de azeite
3. Os que negligenciam e enterram os seus talentos

Aqui cabe devidas ressalvas...

1. A viúva da botija de azeite, na falta de condições e conhecimento, busca


direção de um homem de Deus, de um profeta, de um pastor, de um
sacerdote.
2. Segundo a tradução original, o profeta responde a viúva: “que posso eu
fazer por ti?” algo do tipo; eu não tenho dinheiro, nem ouro nem prata,
mas o que tenho eu te dou... Eu sou um homem de Deus, eu sou um
profeta, não tenho dinheiro, mas tenho uma semente profética...
“3 Então, disse ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus
vizinhos; vasilhas vazias, não poucas. 4 Então, entra, e fecha a porta
sobre ti e sobre teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas
vasilhas; põe à parte a que estiver cheia.”

Veja o resultado de quem assume a responsabilidade, ao invés de


simplesmente despedir... “5 Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si
e sobre seus filhos; estes lhe chegavam as vasilhas, e ela as enchia. 6
Cheias as vasilhas, disse ela a um dos filhos: Chega-me, aqui, mais uma
vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. E o azeite
parou.”

3. Agora observe a capacidade de um profeta, pastor ou líder instruído...


“7 Então, foi ela e fez saber ao homem de Deus; ele disse: Vai, vende o
azeite e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto.”
a. Libera uma palavra profética
b. Libera uma palavra de orientação administrativa
c. Resgata a estrutura e unidade familiar

Perceba que se Eliseu fosse uma das virgens ou um dos discípulos que
simplesmente diz... não é problema meu, despede, ou manda embora, jamais
seriamos inspirados por esta historia! Jamais acreditaríamos no pode do
milagre da multiplicação.

4. Jesus no casamento em cana da Galileia. João 2.1 Três dias depois,


houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de
Jesus. 2 Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o
casamento. 3 Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não
têm mais vinho. 4 Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo?
Ainda não é chegada a minha hora. 5 Então, ela falou aos serventes:
Fazei tudo o que ele vos disser.
Jesus poderia ter dito eu não tenho nada a ver com isso, mas ao invés
disso ouvimos... 7 Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. De um lado
Eliseu diz... Peça vasilhas não poucas... e Jesus... enchei as talhas.

Antes de seguirmos entenda:


Tão espiritual quanto os dízimos e ofertas, são os 90% que continuam
nas mãos das suas ovelhas. Tão espiritual quanto o culto é o leito
conjugal, a casa, a vida e os negócios, os estudos, ou a faculdade de suas
ovelhas.

Nossas vidas não se tornam espirituais quando aceitamos a Jesus, mas sim por
que somos corpo, alma e espírito! Portanto, sim, a vida financeira de suas
ovelhas faz parte da resposta espiritual do seu pastoreio.

Faz parte da sua competência ser o mentor “corporativo” de seu rebanho.

Talvez, você ainda não tenha adquirido bagagem para tal; receba então a
direção de Getro... Êx 18.19 Ouve, pois, as minhas palavras; eu te
aconselharei, e Deus seja contigo; representa o povo perante Deus, leva as
suas causas a Deus, 20 ensina-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o
caminho em que devem andar e a obra que devem fazer. 21 Procura dentre
o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que
aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem,
chefes de cinqüenta e chefes de dez; 22 para que julguem este povo em todo
tempo. Toda causa grave trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos
julgarão; será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo.

Então nos cabe a pergunta:

Você vai despedir as ovelhas, mandar que elas busquem informações


aleatória no face, no youtube, instagram? Ou você vai dizer para elas... 2 Reis
4:2 Eliseu lhe perguntou: Que te hei de fazer? Eliseu não somente “ora” não
somente libera uma palavra profética, mas instrui. Como Jesus apresenta
estratégias, E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva,
tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os
abençoou.

Tão importante quanto abençoar o seu rebanho com oração, é abençoá-lo


também com a instrução... Esta é a hora de “Forjarmos espadas das nossas
relhas de arado e lanças, das nossas podadeiras; e dizer ao fraco: Eu sou
forte. Joel 3:10

Observe as palavras de Tiago... Tg 2.15 Se um irmão ou uma irmã estiverem


carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, 16 e qualquer
dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo,
lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? 17 Assim, também
a fé, se não tiver obras, por si só está morta. 18 Mas alguém dirá: Tu tens fé,
e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te
mostrarei a minha fé.

Sem duvida nossas orações são extremamente importantes, mas da oração


temos negligenciado por de mais a AÇÃO.

Os dízimos e ofertas, são a expressão espiritual de nossa vida financeira. Mas


pouco tem sido o poder de instrução e formação financeira da igreja.

É de extrema importância e valor nossa vida de oração. Podemos ser exímios


adoradores e péssimos administradores. Como se todo o mais não fosse tão
espiritual quanto à vida em si.
Tão importante quanto ser fiel é ser instruído

Deixe-me contar uma historia.

Tinha uma panificadora, com mais ou menos 15x8 de comprimento. Como na


maioria dos comércios, o caixa ficava a porta, e o balcão lá no fundo.
Inúmeras vezes observava um irmão, que ia ate o meio do salão e voltava ao
caixa, antes de efetuar sua compra. Ele voltava e pedia para trocar o dinheiro.
E toda vez que era possível trocávamos. E assim, após meses nesta
observação, sem coragem para perguntar, ate que a amizade e afeição foram
crescendo, e um dia ele então declara: “Irmão, sabe por que a maioria das
vezes eu peço para trocar o dinheiro? “bom, não sei, mas confesso, que já
pensei algumas vezes em perguntar” – Irmão sou crente, e tenho que
primeiro tirar o meu dízimo, só depois posso fazer as minhas compras.”
Confesso que já imaginava, mas a pergunta que nunca calou em meu intimo
era, não bastava tão somente fazer a compra, que sempre era um valor ao
qual sempre daria para depois de cobrado, retirar o dizimo?

Aprendi a amar e respeitar este irmão, mas ao longo do período em que


estava à frente desta panificadora, sempre o vi entrando da mesma forma,
simples, arrastando chinelo, e percebia que sempre permaneceu na sua
simplicidade e humildade.

Confesso que nunca fui tão fiel quanto este irmão. A ponto de sempre trocar
meu dinheiro, dizimar e ofertar, e somente depois fazer qualquer aquisição.
Mudei, e bom tempo depois voltei ao local, e vi o mesmo irmão passando,
com a mesma batidinha.

Mesmo tendo um senso de fidelidade, muito maior que eu, e da grande


maioria das pessoas que conheço, nunca o vi empreendendo, prosperando,
ou adquirido propriedades. Neste mesmo tempo já investi, já fiz outros
negócios, e o irmãozinho continua lá sendo “somente fiel”.

Por favor me entenda, não quero com este relato denegrir a imagem do
irmão, mas observar a falta de instrução que ocorre na vida deste irmão,
como na maioria das igrejas.
Imagine um pastor, que a partir deste senso de simplicidade e fidelidade,
instruísse estes irmão a empreender e prosperar?

Se ele sendo tão fiel no seu pouco, imagine se ele fosse um empreendedor
dono de fabricas, empresas e dizimando antes de fazer qual quer coisa? Não
tenho duvidas de que este irmão seria um celeiro de oportunidades, mas a
oração não tem chegado junto com a instrução.

Ensinamos o senso de fidelidade, mas negligenciamos o senso de instrução...


multiplicar os ganhos, vender o azeite, viver do restante e inspirar a outros.
Por meio da instrução, nossos dízimos seria mais fartos, e nossas ofertas mais
generosas.

E com a falta de instrução a “igreja” tem perecido. E com isso não tem sido
tão prospera quanto de fato poderia ser.

Mais uma vez, para não esquecermos... Como esta a vida financeira do seu
rebanho?

Se você de fato observasse, que a vida pratica das suas ovelhas é tão ou mais
espiritual que o momento litúrgico da vida, de certo que você valorizaria a
instrução da vida pratica.

Pense... O vidro de alabastro tinha o valor de um ano de salário... se fosse nos


dias de hoje mais de 12mil reais. Quem trabalhou por ele? O jumento que
levou Jesus em uma entrada triunfal em Jerusalém, custou quanto? E por que
não foi oferta de um dos irmãos? O sepulcro fora liberado por José de
Arimatéia, por que não era de nem um irmão?

Por favor não me julgue por um apologético da prosperidade, mas por favor
me responda: Por que não?
Louvamos a Deus pelo testemunho de prosperidade do irmão Dono da
colgate, por exemplo, que passou a dizimar 90% de sua renda, mas porque ele
não pode ser o seu testemunho ou o de uma ou varias das suas ovelhas.

Desate esta semente de prosperidade sobre a sua vida e a vida das suas
ovelhas.

De certo que você deve cobrar, para soar melhor, ensina e inspira a dizimar e
ofertar... deve ter um sem números de campanhas na sua comunidade, e
todas elas com dízimos e ofertas... mas é claro! Mas, porque tem a colheita
dos dízimos e ofertas, e não tem a instrução financeira?

Pense, por que não cobramos de nossos filhos recém nascidos a contribuírem
como as tarefas e ajuda de custo? Porque não tem capacidade para isso, mas
à medida que vão crescendo, os coroamos de instrução, e à medida que
adquirem maturidade e condições, ai sim passamos a exigir que eles
participem e contribuam de acordo com as necessidades.

Quando estes crescem, se tornam empresários, médicos, engenheiros, a


contribuição aumenta, os presentes são melhores, agora podem dar carros,
casas e viagens, por quê? Porque a instrução gera condição.

Agora, mais uma vez pense... Mateus 25:21 Disse-lhe o senhor: Muito bem,
servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no
gozo do teu senhor. Defina para mim; o que é ser fiel sobre o pouco? Aprendi
errado, e acabei por ensinar como certo.

Entendia que a idéia de ser fiel sobre o pouco, era começar pequeno, e por
ser pequeno e estar aprendendo, deveríamos ser fiel neste pouco, mas...
observe: 20 Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou
outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros
cinco talentos que ganhei... 24 Chegando, por fim, o que recebera um
talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não
semeaste e ajuntas onde não espalhaste, 25 receoso, escondi na terra o teu
talento; aqui tens o que é teu. Quem foi fiel? O que ganhou muito, 5 talentos,
ou, o que ganhou pouco um talento?
Foi aqui, que compreendi que, a relação de fidelidade, não se refere ao muito,
ou ao pouco, na relação do que se ganha, mas sim a relação do pouco que
contribuímos, diante do que ganhamos!
Deixe-me ser mais claro com um exemplo: vamos supor que ao final da
prestação de contas cada um deveria tirar o seu dizimo. Qual proporção, cada
um teria que contribuir? 10%! Neste caso o valor de contribuição de cada um,
em relação ao que ganhou 10% em relação aos 90%, 10 é muito ou pouco?
Claro que 10 é muito pouco. Esta sempre será a proporção, de 1 para 9!

Sempre será assim...

10x1 entregamos 1 e ficamos com 9

100x10 entregamos 10 e ficamos com 90

1000x100 entregamos 100 e ficamos com 900

10.000x1.000 entregamos 1.000 e ficamos com 9.000

Sempre será assim, sempre!

Seja fiel no seu pouco... esqueça a relação do valor, e se apegue ao valor da


relação! esta é chave do entendimento!

A armadilha de muitos é que olham para a relação do valor e diz: “com 1000
eu faço x” mas a verdade é que, com 9000 você faz 9000 vezes mais! Seja fiel
no seu pouco...

Outro ponto a se observar é que, quem aprendeu a multiplica o seu talento,


sabe que ele é o agente de milagres. Quem ganhou 5 sabe como ganhar mais
5, mas quem enterra um jamais multiplicara 2.

Deixe contar outra historia.

Certa feita fui convidado a um culto... e claro, houve o momento de dízimos e


ofertas... em meio ao ofertório... “amados temos que pagar isso, isso e isso,
quem pode dar uma oferta de tantão, de tanto, e de tantim? Fiquei
observando um ou outro tantão... alguns tanto e um pouco mais de tantim...

Por conhecer a condição do momento do casal que me convidou, sabia que


não estava muito bem no momento, observei com o marido: Imagino que
você gostaria de ter dado um tantão, mas creio que sua esposa deve ter te
cutucado! Kkk ele surpreso me respondeu: Pastor... o senhor viu que ela me
cutucou mesmo! De fato não vi. Mas sabendo das condições ponderei... Filho,
vendo como vocês estão, imagino que outros um pouco mais, ou um pouco
menos, passam pela mesma situação do momento, e a pergunta que fica é?
De onde tirar mais dinheiro? Quem tem salário é do limite para trás. Mas se
você é um bom empreendedor, com uma empresa faturando é de um limite
para cima...

Ao que fiz uma ilustração... Suponhamos que você, ao invés de tirar do seu
salário fizesse assim, vou comprar 10 pintinhos a 5,00, e vou criar com sobras,
em 45 dias você teria frangos para abate ou ovos para a venda. Suponhamos
agora que estes pintos viraram galinha e poderiam ser vendidas a 40,00 x 10 =
400,00, se você ainda tirasse os 50,00 do investimento você ainda poderia
ofertar 350,00.

Ainda supondo e crendo que a experiência foi positiva, você sabe que em
media a cada 45 a 60 dias você tem um plantel novo. Você não tiraria de uma
quantia, que poderia comprometer o seu orçamento domestico. Ao mesmo
tempo em que, poderia criar uma renda extra, e talvez se tornar um
empresário no ramo avícola.

E se elevássemos esta idéia a um volume de construção significativo? Como?


Inspirando e instruindo. Tal como Eliseu, Jesus, Paulo, Tiago... é seu dever
inspirar, seja confeccionando tendas, ou provando por meio das suas obras,
afinal fé sem obras é morta.

Borá desenterrar seus talentos e semear oportunidades?

É aqui que surge a grande pergunta: Como?


Acréscimo

Por um lado, todos sabem que os recursos financeiros são de grande


importância, como ferramenta, não para a pregação sistêmica do evangelho,
pois; não são os recursos financeiros em si, que atestam a manifestação da
gloria de Deus, seja sobre um individuo ou processo, mas é com a ferramenta
chamada recurso, que viabilizamos ou facilitamos a vida das pessoas ao nosso
redor, e não muito diferente a manutenção e suprimento da obra de Deus e,
santos, fieis, pastores, obreiros, evangelistas, membros, visitantes e
necessitados, mediante a tudo aquilo que requer ou exige algum tipo de
recurso. Mt 14.15 Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram:
O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que,
indo pelas aldeias, comprem para si o que comer. Ou Mc 6.37 Iremos comprar
duzentos denários de pão para lhes dar de comer?

Por um lado necessidades e suprimentos andam de mãos dadas. É inerente ao


ser humano ter necessidades. A prova viva disso é a criação da terra. Toda a
estrutura deste eco sistema fora projetada antes mesmo da nossa existência de
fato. Deus já sabia que necessitaríamos de cada detalhe deste intrínseco eco
sistema. Fauna, flora, estações, animais, abelhas, insetos, sapos, cobras,
elefantes, girafas, peixes, algas, enfim, cada detalhe da nossa distante cadeia
alimentar contribui para o suprimento das necessidades humanas.

Ao longo de toda a escritura, vemos necessidades, recursos e suprimentos,


sendo de alguma forma suprida da parte de Deus, por meio de algo ou alguma
cosia que seja representada por algum tipo de valor “financeiro”. A viúva da
botija de azeite, a construção de um quarto para Eliseu, A viúva da farinha, a
moeda na boca do peixe, que pagou os impostos de Pedro e de Jesus, a pesca
maravilhosa, com direito a barco a pique e 150 grandes peixes, o vaso de
alabastro, o filho de jumenta, o local da ceia, o sepulcro de José de Arimateia,
cedido para o sepultamento de Jesus, a oferta renovada em favor de Paulo. Em
fim, alem da multiplicação dos pães e peixes a lista de necessidades
suprimentos e recursos são enormes.

Se de um lado é fato que não podemos, não devemos e longe está essa obra de
ser uma apologia a prosperidade, mas é fundamental trazer entendimento de
que fora os milagres, todas as demais coisas foram frutos de algum tipo de
recuso próprio ou alheio.
Permita-me um adendo; parece-me que é ate mais “legitimo” um recurso
alheio, pois evidencia a grandeza de Deus e manifestação de seu poder e gloria.
Vejamos o relato sobre o filho de jumenta, para a entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém. Mt 21. 1 Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a
Betfagé, ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: 2
Ide à aldeia que aí está diante de vós e logo achareis presa uma jumenta e, com
ela, um jumentinho. Desprendei-a e trazei-mos. 3 E, se alguém vos disser
alguma coisa, respondei-lhe que o Senhor precisa deles. E logo os enviará.

“Perdoe-me colocar desta forma, sei e entendo que estamos falando da


segunda pessoa da trindade e seu poder e autoridade está acima de que
qualquer protocolo humano!” “Mas, imaginemos na vida real, alguém
chegando à sua chácara, e pegando dois de seus animais, dizendo: ‘O mestre
mandou pegar, mas não se preocupe, já que devolveremos!’ “Mais uma vez
perdoe-me usar está expressão, “soa mais como um roubo” que como um
empréstimo.” Mas o que quero observar com essa cena é que o recurso era
alheio... em tese não era de Jesus, não era dos discípulos, muito menos de um
dos cooperadores, ou ofertantes, mas de uma pessoa que ainda em tese não
sabia que deveria emprestar o par de animais... “E, se alguém vos disser
alguma coisa, respondei-lhe que o Senhor precisa deles”. Diferentemente do
que nos transmite a idéia de Arauna, que ao ver Davi se achegando, lhe dispõe
terra e animais para sacrifício, e Davi, mesmo diante da legitima oferta declara,
“Longe de mim oferecer a Deus algo que não me custe nada.”

Aqui temos uma bela equação; de um lado temos Arauna com posses e
condições de ceder, e do outro lado Davi, com condições financeiras de
comprar.

É com dinheiro que compramos alimento, moradia, transporte, vestuário. E é


também com dinheiro que alugamos imóveis ou cedemos a nossa própria casa
para servirmos a Deus. É também com esse recurso que compramos lanches,
talvez seja aqui que você diga, mas de forma milagrosa Jesus multiplicou o
alimento para algo entorno de 10 mil pessoas a partir de 5 pães e 2 peixes. Sim!
Claro! Tremendo e glorioso, mas de quem eram os 5 pães e dois peixinhos? De
alguma forma alguém adquiriu esses elementos. Comprando ou pescando,
fazendo ou comprando os pães em algum lugar. Fato é que os pães e peixes
não surgiam como o maná!
Uma coisa é certa, desde que nascemos “padecemos” necessidades.
Aproveitando, posso aqui afirmar que de acordo com a capacidade de
amplidão de conhecimento de cada um, a percepção do bom e necessidades
ampliam... ao longo do velho testamento vemos Deus levantando artesãos de
alta capacidade...

Ex 31. 1 Disse mais o SENHOR a Moisés: 2 Eis que chamei pelo nome a Bezalel,
filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, 3 e o enchi do Espírito de Deus, de
habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício, 4 para
elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze, 5 para lapidação
de pedras de engaste, para entalho de madeira, para toda sorte de lavores. 6
Eis que lhe dei por companheiro Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã; e
dei habilidade a todos os homens hábeis, para que me façam tudo o que tenho
ordenado: 7 a tenda da congregação, e a arca do Testemunho, e o
propiciatório que está por cima dela, e todos os pertences da tenda; 8 e a
mesa com os seus utensílios, e o candelabro de ouro puro com todos os seus
utensílios, e o altar do incenso; 9 e o altar do holocausto com todos os seus
utensílios e a bacia com seu suporte; 10 e as vestes finamente tecidas, e as
vestes sagradas do sacerdote Arão, e as vestes de seus filhos, para oficiarem
como sacerdotes; 11 e o óleo da unção e o incenso aromático para o
santuário; eles farão tudo segundo tenho ordenado.

Você acha que a percepção do padrão de requinte e qualidade Bezalel e


Aoliabe eram as mesmas descritas em Ex 1.13 então, os egípcios, com tirania,
faziam servir os filhos de Israel 14 e lhes fizeram amargar a vida com dura
servidão, em barro, e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o
serviço em que na tirania os serviam?

Talvez entre meios a dogmas religiosos adquiridos ao longo das eras, aqui
comece a nossa real divergência de entendimento... uma coisa é fato TODOS
TEMOS NECESSIDADES, circunstancialmente as pessoas mais simples e
humildes defenderão a tese que não necessitamos de tanto recuso assim para
fazermos a obra de Deus!

Primeiro ponto, de fato “não necessitamos” de dinheiro para pregar o


evangelho. Posso sair agora do meu prédio e sair pregando a cada um dos
moradores, posso também sair às ruas e ir pregando a todos pelo caminho. Isso
de fato não me exigira nem um recurso financeiro. Porem, se lembra que parti
do meu prédio? Para ter saído de lá teria que ter tido recuso para a compra
dele. Ou alguém o deveria ter compro e me cedido, se sai às ruas, posso
precisar de um lanche, uma água, e claro que não posso me esquecer de que
necessito de roupas... vamos agora usar a percepção do povo escravizado no
Egito... com que roupa... com que roupa eu vou... com esta mentalidade é bem
provável que eles dirão... se esta limpinha, qualquer uma serve... mas se
usarmos a ótica do artesão por exemplo... com o requinte de detalhes e
percepção, de certo dirá... não saio para evangelizar de qualquer jeito nem
morto!

Ambos querem fazer a obra, mas qual dos dois estam correto? O que ira sair
com vestes simples ou o que sairá com roupas de seda e linho? Os dois estão
certos, o que difere é que cada um deles tem um conjunto de informação que
gera uma percepção diferente tanto de ação quanto de entendimento.

Eu em particular procuro ter uma vida pratica simples e objetiva. Já minha


esposa e meu filho tem todo um ritual... cremes para cabelo, corpo, roupas e
estão certos na óticas deles... via de regra quem fica pronto primeiro na hora
de sair? Eu! Por ser mais pratico. Neste sentido passa a ser natural, que eu ao
ficar pronto primeiro, comece a cobrar de cada um deles a falta de
praticidade... mas via de regra quem saí mais bonito e elegante de casa? Eles!

Assim tem sido a vida de quem defende uma “linha” de prosperidade, contra
pondo quem é adepto a uma vida mais simples. Ressalvo... os dois estão
corretos não nada errado nisso! Nosso grande desafio é que alguns passam a
querer impor sobre o outro a sua linha pessoal de ação, e infelizmente passam
a usar as escrituras para defender a sua linha doutrinaria de pensamento,
como sendo única e legitima.

Nada errado em querer ter uma vida simples e comprar tudo em x parcelas ou
sempre de segunda mão. Como também não há nada de errado em querer ter
um produto x compro a vista! Tudo sempre partira do mesmo principio quem
chegou primeiro? O entendimento de simplicidade ou o desejo de crescimento.

Uma vez entendendo esta base podemos avançar.

Se você deseja enterrar seu talento é uma prerrogativa sua, tudo bem, só não
recebera as recompensas. Mas se você tem a percepção e a capacidade de
multiplicar o seu talento e gerar divisas este é o convite... entrar no gozo do
seu senhor!

Parte da construção deste entendimento depende primeiro de como você se


vê como líder. Como você se vê agora depende de uma construção ou de uma
reconstrução... talvez você esteja envolto em camadas externas e generosa de
simplicidade, mas internamente você luta constantemente para quebrar as
espessas camadas de bloqueios mentais e espirituais que lhe impedem de
romper e crescer.

Penso que existem pessoas que são pontuais para historia. Só poderíamos ter
um Abraão, uma Sara, um Jacó, uma Maria mãe de Jesus. Um Paulo e por ai
vai. Nem todos serão Salomão! Ou Davi! Mas sacerdotes todos somos!
Podemos ser sacerdotes com mentalidade de escravos, ou podemos ser
sacerdotes com mentalidade e requinte de artesãos! O requinte será opção de
escolha... e não se iluda. As duas formas de ver a vida trarão sobre si o nível e
gral de trabalho! Há um preço a ser pago por ser pobre, como também há um
preço a ser pago por se ser prospero e rico.

Segundo, outra coisa que parece que fere os nossos ouvidos é que temos que
escolher ou somos ricos e abdicamos do céu, ou de um padrão de santidade,
ou somos pobres santos com passaporte carimbado rumo ao céu. O pré
requisito, tanto no velho como para o novo testamento é que sem
derramamento de sangue não há remissão de pecado. Adão pecou e um
animal foi imolado para cobrir a sua nudez e o seu pecado. Posteriormente a
isso, todos os sacrifícios pelo pecado tinham a mesma prerrogativa, tornar
santo o que havia pecado. Assim, uma vida por outra vida. Assim a meu ver a
lei com seus rituais e sacrifícios acabaram por cauterizar o coração humano.
Impedindo o Espírito de Deus de agir nas camadas mais profundas do
pecador... para que “arrependimento” se uma pombinha, ou cordeiro resolvem
o problema!

O conflito é que, agora o sacrifício espiava o pecado, mas não regenerava o


coração endurecido pelos efeitos do pecado. Ate que então nos surge o
cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, que quebrou as espessas
camadas da carne decaída e acessou o coração do humano que voltou a se
arrepender de todo o coração!
A bem da verdade é que, não temos que escolher entre sermos cristãos ou
ricos, se esta for a principal interrogação! A principal interrogação é: Se o
dinheiro na vida do cristão está no bolso o no coração! Se é uma ferramenta
que amplia e gera possibilidades, que supre as necessidades, se esta a serviço
do REI, ou se é para o desfrute do bel prazer!

Se o dinheiro estiver no devido lugar, sejamos pobres ou ricos a salvação


estará salva guardada em Cristo Jesus!

O contrario também é verdadeiro... Onde estiver o seu tesouro ai estará o seu


coração! Seja você pobre ou rico! Podemos ser pobres na fogueira das
lamentações ou alto conformados com a escassez, sem contudo viver a
plenitude do propósito de Deus, por sempre achar no seu intimo que falta algo.
Ou podemos ser ricos e passar a confiar em toda nossa riqueza. Igualmente os
dois incorrem em grave erro. Se orgulhar da humildade ou se ensoberbecer
com sua riqueza. Pv 30. 8 Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o
pão que me for necessário; 9 para não suceder que, estando eu farto, te negue
e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o
nome de Deus.

Sempre haverá a controvérsia, se não houver a devida humildade, para lidar


com esta verdade... Ser pobre e fazer a obra de Deus ou ser rico e “bancar” a
obra de Deus! Simples... um semeia, outro rega, mas só um da o crescimento!
Não se trata de quem ou como, mas por quê? Se partirmos da premissa de que
é d’Ele por Ele e para Ele todas as coisas, a diferença básica é... quando você ira
começar... se vais de sp2 LETS GO MEN! Mas se vais suprir as necessidades dos
justos... LET’S GO!

Este material visa guiar-te pelo caminho das possibilidades... Desenterrar o seu
talento e multiplicá-lo para a gloria de Deus! Crendo que podemos contribuir
com dons, talento$, recursos, vida e tempo.

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