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Aventuras de
Mariana
VIAGEM DE AVIÃO
Mariana estava no banco de trás do carro e com cara de preocupada. Ainda não
sabia se estava com coragem suficiente para o que enfrentaria naquele dia. Ela e seus
pais estavam saindo de férias e iriam passear nos Estados Unidos. Durante alguns
meses essa era a conversa dentro de casa, afinal, tinham economizado um bom dinheiro
e iriam realizar o sonho dessa viagem. Porém, é claro, isso envolvia voar de avião, e por
causa disso Mariana estava apreensiva.
- Está tudo bem com você, minha filha? – perguntou o pai enquanto a observava
pelo retrovisor do carro.
- Não sei pai, acho que estou com um pouco de medo. – respondeu Mariana
enrolando nos dedos um dos cachinhos de seu cabelo ruivo.
- Do que, exatamente, você está com medo? – questionou o pai.
- Ah, eu fico pensando no avião. Aquele negócio enorme no ar. E se ele cair? Me
falaram da turbulência que chacoalha ele todinho. E se isso estragar o avião?
- Eu te entendo, minha filha. – disse o pai com um sorriso – Mas pode ficar
tranquila, porque o avião é muito seguro, além das leis que obrigam o pessoal das
companhias aéreas a manterem ele funcionando certinho.
- Mas e se acabar a gasolina? E se ele tremer tanto e acabar caindo?
- Então vou te contar duas coisas muito interessantes: primeiro, o avião já foi feito
para aguentar essas turbulências, além de informar para o piloto quando tem nuvens
muito perigosas a frente, dando tempo suficiente para desviar. Depois, os tanques de
combustível sempre têm mais do que o necessário para chegar no destino, mas, se por
algum motivo ele acabar, o trajeto calculado para o avião sempre conta com um
aeroporto que ele pode ir planando e pousar, mesmo sem combustível. Percebe como é
seguro?
Ao longo de todo o restante do trajeto até o aeroporto Mariana ficou pensando no
que seu pai havia lhe falado. Pensou nos bancos do avião, nas asas e naqueles motores
enormes que ficam embaixo delas, e isso lhe causou espanto. Entendia que uma
mosquinha até conseguiria voar, afinal, é um bichinho leve, mas ao imaginar o avião,
aquela máquina gigantesca no ar, então se enchia de medo.
Enfim chegaram ao estacionamento onde o carro ficaria e uma van os levou ao
aeroporto. O saguão era amplo com um teto bem alto. Pessoas andavam para lá e para
cá. Até que Marina avistou um grupo que estava vestido com uniformes bonitos e
interessantes. Uma das pessoas usava um chapéu diferente que tinha o desenho de
asas na parte da frente. O pai de Mariana disse que aquele era o piloto.
Quando o grupo passou pertinho Mariana chamou:
- Ô moço! Você é piloto?
- Oi garotinha, sou piloto de avião sim. Para onde você está indo? – perguntou o
homem que achou graça naquela pequena menina de cabelos ruivos.
- Estou indo para os Estados Unidos com meus pais. – respondeu ela.
Naquele momento descobriram que ele seria o piloto do voo que os levaria para
os Estados Unidos. Mariana passou a perguntar muitas coisas. Aquele homem
respondeu calmamente as perguntas da menina e apresentou uma parte da tripulação
que estava ali.
Quando ouviu tudo aquilo do próprio piloto Mariana ficou mais tranquila, porque
percebeu que aquele que conduziria o avião era uma pessoa muito experiente e
inteligente.
Já dentro do avião, a menina fez questão de sentar-se na janelinha. Estava em
paz. Admirou-se de como tudo aqui embaixo ficava pequenininho lá de cima. Porém, mal
sabia que haveria de olhar coisas que pareciam minúsculas, mas na verdade eram
imensas.
Ação do dia:
Orar entregando a vida para Jesus e pedindo que Ele nos conduza nessa viagem
até o Céu.
sexta-feira
23 de fevereiro
PONTINHOS GIGANTES
A viagem de avião durou algumas horas. Nesse tempo Mariana revezava entre
ver desenhos na tela que estava a sua frente, olhar pela janelinha, conversar com seus
pais e cochilar um pouco. Após todo esse tempo ouviu o piloto avisando para afivelar os
cintos de segurança, pois iriam pousar no aeroporto de Orlando, nos Estados Unidos.
Depois de pegarem as bagagens saíram para o saguão, esse era ainda maior do
que o do aeroporto do Brasil, porém, as pessoas se comportavam do mesmo modo:
passando de lá para cá, mas agora estavam falando outra língua, o inglês.
Tudo era muito diferente até que Mariana tomou um susto, pois viu um homem
dentro de um grande cubo de vidro. Seus pais também acharam aquilo esquisito e foram
mais perto para conferir, qual não foi a surpresa quando descobriram que não era um
homem de verdade, mas uma escultura chamada “O Viajante” que, de tão realista,
facilmente poderia ser confundida com uma pessoa viva.
Essa estátua estava como sentada no chão com uma perna dobrada e a outra
esticada. O braço se apoiava em um monte de malas e a cabeça se apoiava na mão
desse braço. A estátua estava de olhos fechados e parecia estar dormindo
profundamente, como houvesse adormecido depois de tanto esperar para entrar no
avião. Será que sonhava com uma viagem?
De repente Mariana sentiu uma mulher tocando em suas costas e abraçando
seus pais. Essa era Vera, uma astrônoma amiga que morava nos Estados Unidos.
Durante aquele período eles iriam ficar na casa dela e agora Vera estava ali para levá-
los.
Os adultos no carro conversavam animadamente. Estavam colocando as
conversas em dia. Davam risadas ao lembrarem das situações mais diversas, afinal,
eram amigos de longa data. Já Mariana ficava observando aquelas avenidas largas, o
céu alaranjado pelo entardecer e uma planície verdinha. A casa de Vera ficava mais
afastada da cidade, então, quando chegaram o Sol já havia se posto.
Ao descerem do carro, o esposo de Vera, James, foi quem abriu a porta. Ele
também era astrônomo e havia chegado a pouco tempo da universidade em que dava
aulas. Eles eram um casal encantador e foram logo mostrando toda a casa.
- Aqui tem algo que talvez você goste. – disse Vera dando uma piscadinha de
olho para Mariana.
Então, Vera levou todos até o sótão e ali estava um telescópio. James puxou uma
alça revelando uma abertura no teto. Em seguida, começou a fazer uns ajustes no
telescópio e convidou Mariana:
- Venha, olhe neste local aqui. – disse apontando para uma região do
telescópio onde ficava uma lente.
Então, Mariana se aproximou para olhar e viu uma bolinha que parecia ter um
bambolê em volta. Era o planeta Saturno. Como era lindo!
- Sem o telescópio ele parece só um pontinho brilhante do céu. – disse Vera
apontando para cima em direção a um pequeno ponto que reluzia contra a escuridão da
noite. – Nem parece que é um planeta nove vezes maior do que a Terra.
Mariana ficou maravilhada! Depois James virou o telescópio em direção a Jupiter,
o gigante do nosso sistema solar. Em seguida mostrou um agrupamento de estrelas que
pareciam joias cravejadas no céu. Ficaram muito tempo ali, mas todos estavam
cansados e foram se arrumar para dormir.
Após um bom banho e já de pijama, a casa se silenciou e todos foram deitar-se.
Mariana, de olhos fechado ficou se imaginando em uma viagem pelo espaço.
Conhecendo outros planetas, pousando uma nave em asteroides, rumando para novas
galáxias. Então, pensou sobre a volta de Jesus e como será quando ela for para o Céu.
Com isso em mente adormeceu, e sonhou. Não como aquela estátua, e sim um sonho
feliz no Paraíso que Deus reservou para cada um de nós.
- Mariana, minha filha, acorde. – era sua mãe lhe chamando e fazendo um
cafuné. O dia já havia raiado e o passeio pela NASA a aguardava.
Ação do dia:
Converse com seu colega o que você sonha em fazer quando chegar no Céu.
Orem juntos para Deus os guiar nessa viagem rumo ao Paraíso.
segunda-feira
26 de fevereiro
Ação do dia:
Descreva para o seu amigo ao lado qual foi a situação mais legal que você já
viveu. Em seguida, orem juntos para Jesus os ajudar a chegarem ao Céu e viverem um
momento mais incrível ainda.
terça-feira
27 de fevereiro
UM ÔNIBUS DIFERENTE
Puxando seus pais pela mão, Mariana entrou com eles em uma área circular onde
havia dezenas de fotos. James lhe explicou que aquelas eram fotos de todos os
astronautas que já estiveram no espaço através de programas da NASA. Mariana
pensou como seria legal se um dia ela pudesse ter a sua foto exposta ali também. Nem
parecia que dias atrás estava com medo de voar de avião.
Depois saíram dali e atravessaram toda a área do Jardim dos Foguetes. Com o
céu azul e o Sol brilhando intensamente dava a impressão de que tudo estava mais
divertido. Entraram então em um lugar que tinha uma tela enorme. Foi projetada nessa
sala um filme mostrando várias imagens que os astronautas fizeram da Terra enquanto
estiveram na Estação Espacial Internacional. Era uma imagem mais linda do que a outra!
- Como o nosso planeta parece diferente olhando assim! – pensou ela. – Tudo
está tão calmo.
Na tela surgiram imagens de desertos vistos bem do alto, a cor dourada da areia
era tudo que se podia ver para mostrar que era um deserto. Depois foi mostrada uma
pequena ilha que tinha vários pontinhos brancos no mar ao redor dela. Sua mãe lhe
disse que ali era a Sicília, uma ilha que fica na Itália. Então surgiu o Brasil! Que incrível
era ver o nosso país lá da altura da Estação Espacial. Toda a área era preenchida de
verde em diversos tons, dava pra ver enorme o rio Amazonas, a faixa mais clarinha do
nosso litoral, mas não tinha aquelas linhas separando os países igual nos mapas. Até
ficava difícil saber onde terminava o Brasil e começava o país vizinho.
Foram ver trajes espaciais, algumas réplicas dos robôs que estão em Marte e até
mesmo vários vídeos deste planeta. Ali descobriu que o planeta vermelho parece um
grande deserto e que os robôs que pareciam tão pequenos nas fotos, na verdade são do
tamanho de um carro!
- Lembra daquela pontinha laranja que eu te mostrei? – perguntou Vera olhando
para Mariana.
- Sim. Aquela que você disse do ônibus espacial? – falou Mariana.
- Isso mesmo! Que tal irmos para lá agora?
Todos caminharam para aquele lugar e então passaram por baixo dos
propulsores do ônibus espacial. Era um cilindro laranja do tamanho de um prédio, com
dois outros brancos, um pouco menores, em cada lateral. Então entraram em um prédio
onde estava o ônibus espacial.
- Eu pensei que fosse parecido com um ônibus de verdade. – disse Mariana
intrigada – Isso aí tem jeito de avião.
- Sua dúvida é boa e divertida. – disse Vera – Ele se chama assim porque
carrega pessoas e cargas. Nessa parte da frente, que parece com a
cabine de piloto de avião, iam as pessoas. E nessa parte de trás, que parece um teto
aberto, iam as cargas. Na época da construção da Estação Espacial, era nessa parte de
trás que transportaram cada pedaço para construir aquela estação que hoje já tem o
tamanho de um campo de futebol.
- Quer dizer que os astronautas viajavam nisso? – perguntou a menina.
- Sim. Esse era o veículo que transportava as pessoas, mas foi deixado de lado
em 2011.
- Por quê?
- Porque se tornou muito caro mantê-lo e perceberam que já não era tão seguro
quanto antes. No lugar passaram a usar algumas cápsulas mais seguras para levar as
pessoas para a Estação Espacial.
Mariana, que até ali estava achando tudo muito bonito, ficou um pouco chateada
nesse momento. O ônibus espacial parecia ser uma nave muito legal. Tinha o formato
como de avião, só que mais gordinho. Até parecia ter saído de um desenho. Porém, já
não seria mais usado para levar as pessoas ao espaço.
Mas a aventura não poderia acabar aí, então, resolveram continuar caminhando.
Entraram em uma área com vários aparelhos. Será que eram videogames?
Ação do dia:
Fale para a turma sobre qual pessoa você gostaria muito que estivesse contigo e
com Jesus na nuvem quando você for ao Céu. Faça uma oração pedindo para o Senhor
cuidar dessa pessoa para que ela também esteja no Céu.
quarta-feira
28 de fevereiro
Depois de verem o ônibus espacial foram para uma sala onde haviam vários
monitores. Muitas crianças se encontravam ali. Talvez porque aquilo fosse um grande
videogame, ao menos era o que Mariana pensou que fosse. Afinal, na frente de cada
monitor daquele tinha uma espécie de controle e cada movimento que se fazia naqueles
controles mudava a posição da nave na tela.
As pessoas pareciam gastar um bom tempo ali. Risadas de diversão eram
ouvidas, mas também sons de decepção, como se o que estivessem fazendo fosse
muito difícil. Então, Mariana resolveu se aproximar para descobrir o que exatamente
eram todas aquelas coisas.
Percebeu que na tela, além da imagem de alguma coisa do espaço, tinham vários
números que mudavam constantemente de acordo com os movimentos. Não sabia se
eram pontos para ganhar no jogo, mas queria muito experimentar.
- Pai, deixa eu jogar um pouquinho? – pediu a menina.
- Claro! Vá em frente. Eu só não sei como joga. – disse o pai.
- Pode deixar comigo que eu consigo descobrir, sou boa em videogame.
Mariana escolheu um e começou a mexer para lá e para cá. Mas, apesar de não
entender bem o que estava fazendo, viu que estava perdendo. Tentou mais uma vez e
não conseguiu. Resolveu deixar esse para lá. Sentou-se em outro que tinha imagem da
Estação Espacial e no meio da tela um alvo.
- Tenho certeza que preciso acertar esse alvo. – pensou ela – Mas com faço isso?
Mais uma vez mexia para lá e para cá, mas a imagem rodava para todos os lados
e ela nunca consegui acertar o alvo no meio da tela. Chegou a desconfiar que o jogo
estivesse fazendo aquilo de propósito só para ela não acertar. Parecia que era
impossível ganhar nele.
- Sabe o que é isso? – perguntou James.
- É só um jogo chato que não dá pra ganhar. Tenho certeza de que não tem como
acertar o alvo. – respondeu Mariana um tanto brava.
- É que na verdade não é apenas um jogo. Isso é um simulador.
- Simulador? – falou Mariana sem entender.
- Isso. Esse simulador é um programa que imita o que os astronautas precisam
fazer quando estiverem no espaço para que ao chegarem lá sabiam como resolver.
Afinal, estarão muito longe e qualquer erro pode ser fatal.
- Puxa vida! Eu não sabia.
- E esse que você está tentando jogar é um simulador de ancoragem. Ou seja,
quando os astronautas vão se aproximar da Estação Espacial, eles precisam fazer
algumas manobras para conectar a nave deles com a Estação. Mas, como
eles estão praticamente sem gravidade, qualquer movimentozinho errado fica difícil de
corrigir. – explicou James.
- Ah, então é por isso que eu fiquei girando sem parar aqui.
- Exatamente. Por essas e outras coisas que para ser astronauta é preciso
estudar e treinar bastante.
Mariana compreendeu o porquê de ela não conseguir fazer direito. Ela ainda não
era uma astronauta. Mas ficou com aquilo na cabeça e queria se preparar para um dia ir
para o espaço. Depois de tudo aquilo eles visitaram o restante daquele local da NASA.
Fizeram um passeio de ônibus e viram as plataformas de lançamento.
- Minha filha, está vendo aquela plataforma ali? Com um foguete? – disse o pai
apontando para fora. – Amanhã a gente vai vê-lo decolar.
Um foguete decolando! Parecia que o sonho das estrelas de Mariana estava se
realizando.
Ação do dia:
Faça um compromisso hoje de buscar a Jesus todos os dias para poder se
preparar cada vez mais para quando Ele voltar. Ore hoje pedindo sabedoria a Deus para
realizar isso.
quinta-feira
29 de fevereiro
FOGUETE TAMBÉM DÁ RÉ
Naquela noite Mariana não conseguia dormir direito. Mas não era porque ela
estava com medo, triste ou qualquer coisa assim. Mariana não conseguia dormir direito
porque estava muito ansiosa para ver o lançamento do foguete. Ficou se lembrando de
todas as coisas que viu naquela visita à NASA: o Jardim dos Foguetes, as homenagens
aos astronautas, a maravilha do ônibus espacial, o simulador de ancoragem e até
relembrou de que James havia falado a verdade, pois o Saturn V, o foguete que levou o
homem à Lua, era incrivelmente grande! Mas, como seria aquele que iria ver nesse dia?
Apesar de tudo, Mariana levantou-se primeiro que seus pais e já pulou na cama
deles para acordá-los. Geralmente quando ela fazia isso eles reclamavam, pois não
queriam ser acordados no susto dessa maneira, porém, sabiam que ela tinha motivo. Na
verdade, até mesmo o pai de Mariana estava empolgado com esse lançamento.
Todos se levantaram, tomaram o café da manhã e logo saíram para o local de
onde poderiam assistir ao lançamento.
Quando chegaram lá haviam muitas outras pessoas. Cada uma delas estava com
um binóculo, porque a plataforma de lançamento ficava a quase 7 quilômetros de
distância. Mas lá estava ele, o foguete branco com faixas pretas, todo imponente!
- Pai, a gente trouxe binóculos também? – perguntou Mariana.
- Sim filha, quase ia me esquecendo de te entregar. – respondeu o pai pegando
os binóculos dentro da mochila e entregando para a filha.
- Por que a gente fica tão longe?
- Porque quando o foguete liga os motores faz um som muito alto, - disse o pai - e
ficar muito próximo desse som faz com que a pessoa fique surda, isso se não causar
outros problemas sérios de saúde. Além disso, se acontecer alguma coisa errada no
lançamento e o foguete explodir, não será nada legal estar perto dele.
Realmente a coisa era séria. Mas ao ouvir essas informações Mariana se
contentou e sentou-se na arquibancada observando o rio que ficava entre eles e a
plataforma de lançamento. As pessoas estavam muito felizes e aguardavam com tanta
ansiedade quanto ela para o lançamento. Até que uma voz saiu de uma caixa de som
começou a falar algumas coisas. Mariana percebeu que o lançamento estava próximo.
Então a voz iniciou uma contagem regressiva: Ten! Nine! Eight! Seven! Six! Five! Four!
Three! Two! One! Lift off!
Mariana estava segurando o binóculo olhando atenta para o foguete. Quando a
voz disse aquela última frase uma chama surgiu embaixo do foguete e um barulho soou
muito alto como de um trovão constante. O motor havia sido ligado. Logo o foguete
começou a subir. Subiu rápido! Tão rápido que quase dois minutos depois já era
difícil enxergá-lo e sumiu no céu.
Foi mais ligeiro do que Mariana esperava, porém, ela não estava entendendo o
porquê todo mundo continuava ali como se ainda tivesse outra coisa para acontecer,
afinal, o foguete subiu, a plataforma estava vazia.
- Por que as pessoas continuam aqui, pai?
- Porque o foguete vai voltar. Vamos esperar ainda mais alguns minutos que você
vai ver.
Depois de algum tempo, as pessoas começaram a olhar para cima e apontar para
um pontinho branco que se aproximava com muita velocidade e ia ficando maior.
Mariana percebeu que era o foguete voltando! Parecia cena de filme. Inicialmente ficou
assustada, pois pensou que ele iria se espatifar no chão, mas, como todo mundo estava
empolgado, achou que estava tudo bem. Então, uma chama se acendeu embaixo do
foguete e ele começou a desacelerar, se ajeitou e pousou em pé em uma plataforma que
estava do outro lado. Ela pensou que só veria o foguete subindo, mas não sabia do
espetáculo da volta dele.
Foi uma experiência incrível, mas, outras coisas muito bonitas ainda a
aguardavam naquela cidade.
Ação do dia:
Converse com seu amigo como você imagina que será a volta de Jesus, descreva
todos os detalhes que você tem em mente. Em seguida, orem pedindo para Jesus voltar
logo e coloquem a vida de vocês nas mãos dEle.
sexta-feira
01 de março
PARAÍSO
Depois que assistiram ao lançamento do foguete, eles saíram para almoçar e
voltaram para casa. Então, sentados na sala Mariana ficou ouvindo os adultos
conversarem sobre o espaço, sobre a chegada na Lua, planetas distantes e aquilo tudo
a deixava muito impressionada. Foi quando a mãe de Mariana falou sobre o Céu.
- Fico pensando em como será lindo podermos visitar e ver tantas coisas do
Universo quando chegarmos no Céu. – disse ela com uma expressão imaginativa. – Eu
quero aprender sobre tudo o que puder.
No dia seguinte, Vera e James precisavam sair para trabalhar, mas como Mariana
e seus pais estavam de passeio, resolveram ir a um parque de animais marinhos.
Alugaram um carro e foram para lá. Chegaram bem cedinho para aproveitarem ao
máximo.
Logo que entraram viram uma montanha-russa. Na verdade, o parque tinha
várias, mas Mariana ainda era muito pequena para ir em qualquer uma dessas
montanhas-russas. Assim, foram aproveitar para ver os animais do parque, e perto dali
estava a área das arraias. Dava para alimentá-las e fazer carinho. Tinham um formato
parecendo frigideiras.
Então foi ver os golfinhos e passar a mão neles.
- Os golfinhos têm uma cara engraçada! – disse ela sorrindo. – E a pele deles
parece borracha.
Ao lado começou uma apresentação com outros golfinhos e ele faziam coisas
incríveis como saltar através de aros, jogar a bola de um lado para o outro, além de
acrobacias que enchiam os olhos. Mariana achou os golfinhos muito bonitos! Mas ainda
tinha um outro animal engraçado e fofinho.
A região dos pinguins era gelada, mas não tinha como ser diferente, afinal, os
pinguins vivem em locais muito frios do planeta. Mariana os achou fofinhos e andavam
muito engraçados, balançando-se de um lado para o outro. Pareciam convidados para
uma festa de casamento vestidos de terno. Porém, nem todos os animais pareciam tão
graciosos assim, pois na região dos tubarões ela ficou cara a cara com as feras do
oceano. Animais que ao mesmo tempo em que davam medo, também transmitiam uma
imponência de rei.
- Eu nunca quero nadar ao lado de tubarões. – falou Mariana.
- Mas sabia que nem todos eles são agressivos? – disse o pai. – Na realidade, a
maioria deles é bem dócil, apesar da cara de bravo.
- Que nem o James! Ele parece bravo, mas é muito legal! – falou a menina.
Seus pais deram risada, porque isso era o que todo mundo dizia quando
eles eram mais jovens.
Mas, a principal atração daquele parque eram as baleias orcas. Na apresentação
delas as baleias fizeram muitas gracinhas, até jogaram água na plateia com a cauda.
Mariana saiu encharcada, mas muito feliz, porque foi muito divertido.
Ao final do dia, subiram em uma torre para observar todo o parque.
- Sabe, - Mariana começou dizendo – eu vejo todos esses animais e acho eles
muito lindos. E gosto tanto de passar a mão neles e ficar pertinho.
- Eu também gosto muito. – disse a mãe – Me sinto próxima da natureza assim.
- Mas é isso que me deixa triste também. – falou a menina.
- Como assim? – perguntou a mãe.
- Esses animais tão bonitos ficam presos aqui. Parece que só desse jeito a gente
vai passar a mão e ficar pertinho. Será que não é ruim para eles?
- Não sei exatamente essa resposta. – confessou a mãe – Mas sei de uma coisa:
um dia a gente vai morar no Céu e lá os animais não vão ficar presos para a gente ficar
juntinho deles. Você vai poder ficar pertinho dos golfinhos e das orcas, mesmo elas
sendo livres no mar. E até vai nadar com os tubarões sem medo. Esse parque é bonito,
mas o Céu é muito mais!
Mariana ficou pensando que não vê a hora de ir para o Céu. Subir com Jesus,
talvez não com um foguete, mas na nuvem para morar naquele Paraíso. Sonha com o
dia em que fará essa viagem até as estrelas para morar eternamente nesse lugar
magnífico.
- Sabe mãe – disse ela com uma expressão curiosa – Eu quero ser astronauta e
gosto de animais, será que dá pra ser astronauta veterinária?
Todos riram bastante, porque nunca tinham pensado sobre isso.
Essa aventura de Mariana estava chegando ao fim, mas o que ela quer mesmo é
estar com Jesus no Céu onde a felicidade nunca vai acabar.
Ação do dia:
Faça um desenho de como você imagina que o Céu será. Coloque nesse
desenho todas as coisas mais incríveis que você acredita que terá nesse Paraíso.
Depois, ore com toda a turma agradecendo pela promessa da volta de Jesus e pedindo
para o Senhor nos ajudar nessa caminhada rumo ao nosso lar!
Aventuras de
Mariana
Guga Góes
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