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José Osvaldo 1

1
Descargas
Descargas atmosféricas
atmosféricas

A descarga atmosférica, popularmente conhecida


como raio, faísca ou corisco, é um fenômeno
natural que ocorre em todas as regiões da terra.
Na região tropical do planeta, onde está
localizado o Brasil, as descargas ocorrem
geralmente junto com as chuvas.

José Osvaldo 2
2
A
A descarga
descarga éé identificada
identificada por
por duas
duas
características
características::

O trovão, que é o som provocado pela


expansão do ar aquecido pela descarga;

O relâmpago, que é a intensa luminosidade


que aparece no caminho da descarga.
José Osvaldo 3
3
O
O carregamento
carregamento das
das nuvens
nuvens

10 km

2 km

José Osvaldo 4
4
A
A descarga
descarga atmosférica
atmosférica

José Osvaldo 5
5
FILME
FILME 11

José Osvaldo 6
6
FILME
FILME 22

José Osvaldo 7
7
As
Asdescargas
descargaspodem
podemse
seiniciar
iniciarna
nanuvem
nuvemou
ouno
nosolo.
solo.

Descarga descendente Descarga ascendente

José Osvaldo 8
8
Pesquisas
Pesquisas sobre
sobre Descargas
Descargas Atmosféricas
Atmosféricas

Estações de Descargas
Torres Fixas forçadas
rastreamento

José Osvaldo 9
9
Pesquisas
Pesquisas sobre
sobre Descargas
Descargas Atmosféricas
Atmosféricas

Caso 1 Caso 2

Fio condutor
Fio condutor (400 m)
(500 m)
Fio de nylon
(100 m)

José Osvaldo 10
10
Pesquisas
Pesquisas sobre
sobre Descargas
Descargas Atmosféricas
Atmosféricas
Loops 1 e 2

Loops 3 e 4

Rede
28 m telefônica

Base de 53 m
lançamento Container
de medição
46 m

José Osvaldo 11
11
Pesquisas
Pesquisas sobre
sobre Descargas
Descargas Atmosféricas
Atmosféricas

José Osvaldo 12
12
Pesquisas
Pesquisas sobre
sobre Descargas
Descargas Atmosféricas
Atmosféricas

José Osvaldo 13
13
Pesquisas
Pesquisas sobre
sobre Descargas
Descargas Atmosféricas
Atmosféricas

José Osvaldo 14
14
Pesquisas
Pesquisas sobre
sobre Descargas
Descargas Atmosféricas
Atmosféricas

José Osvaldo 15
15
Pesquisas
Pesquisas sobre
sobre Descargas
Descargas Atmosféricas
Atmosféricas

José Osvaldo 16
16
Pesquisas
Pesquisas sobre
sobre Descargas
Descargas Atmosféricas
Atmosféricas

José Osvaldo 17
17
Pesquisas
Pesquisas sobre
sobre Descargas
Descargas Atmosféricas
Atmosféricas

José Osvaldo 18
18
Pesquisas
Pesquisas sobre
sobre Descargas
Descargas Atmosféricas
Atmosféricas

José Osvaldo 19
19
Pesquisa
Pesquisa UFMG/CPqD/UNICAMP
UFMG/CPqD/UNICAMP

Cordoalha de cobre Poste de madeira

Malha de Loop 4
Loop 3
Loop 1 aterramento

Loop 2
Malha de aterramento
53 m 53 m

Base de lançamento
José Osvaldo 20
20
Pesquisa
Pesquisa UFMG/CPqD/UNICAMP
UFMG/CPqD/UNICAMP

Isolador Poste de PVC

Cabo de cobre

Divisor de tensão Estai de Nylon


Casador de
conversor E/O
impedância

Malha de
aterramento

José Osvaldo 21
21
Pesquisa
Pesquisa UFMG/CPqD/UNICAMP
UFMG/CPqD/UNICAMP

José Osvaldo 22
22
Forma
Forma de
de onda
onda típica
típica de
de uma
uma corrente
corrente de
de
descarga
descarga atmosférica
atmosférica

IPICO

0,5.IPICO

tPICO tCAUDA

José Osvaldo 23
23
Descarga
Descarga completa
completa

200 kA
50 kA
7 kA
1 kA

0,5 kA

2 µs 100 µs 5 ms 55 ms 200 ms
José Osvaldo 24
24
Parâmetros
Parâmetros típicos
típicos da
da descarga
descarga atmosférica
atmosférica

IPICO tPICO % abaixo


(kA) (µs) dos valores

3,5 1,0 1,0

34 7,0 50,0

102 30,0 99,0

José Osvaldo 25
25
Descargas
Descargas Múltiplas
Múltiplas

70% + de 1 componente
16% + de 2 componentes
10% + de 3 componentes
04% - 4 ou mais componentes

José Osvaldo 26
26
FILME
FILME 33

José Osvaldo 27
27
Medições
Medições em
em Minas
Minas Gerais
Gerais (CEMIG)
(CEMIG)
Nov
Nov 1985
1985 aa jan
jan 1994
1994

Número total de descargas 63


Número médio de descargas por ano 7
Descargas descendentes 27 (43%)
Descargas negativas 46 (73%)
Descargas positivas 17 (27%)
Número médio de componentes 6,1
Valor médio da primeira componente 41,3 kA
Valor médio das subsequentes 16,0 kA
Densidade de descargas 5,5 des/km2/ano
José Osvaldo 28
28
O
O número
número de
de descargas
descargas

Em toda a terra:
360.000 descargas por hora (100 descargas por
segundo).
Em Minas Gerais:
8 descargas/km2/ano.
Em Belo Horizonte:
5000 descargas por ano.
José Osvaldo 29
29
Nível
Nível ceráunico
ceráunico::
número
número de
de dias
dias de
de trovoada
trovoada por
por ano
ano

Local Nível ceráunico


Alemanha 15 -35
Brasil 4 -140
Austrália 5 -107
África do Sul 5 -100
Itália 11 - 60
França 20 - 30
José Osvaldo 30
30
Densidade
Densidade de
de descargas
descargas ((descargas/ km22//ano)
descargas/ km ano)

Local Densidade de descargas


Minas Gerais 1-9
México 1-9
Austrália 0,2 - 4
África do Sul 1 - 12
Itália 1-4
Alemanha 1 - 5,5

NG= 0,04 x TD 1,25 NG ≈ 0,1 x TD


José Osvaldo 31
31
A
A maioria
maioria das
das descargas
descargas ocorre
ocorre dentro
dentro das
das nuvens
nuvens

José Osvaldo 32
32
Linhas
Linhas de
de energia
energia elétrica
elétrica

José Osvaldo 33
33
Descargas
Descargas nas
nas proximidades
proximidades linhas
linhas de
de energia
energia
elétrica
elétrica ee de
de telecomunicação
telecomunicação

José Osvaldo 34
34
Descargas
Descargas no no campo
campo::
incêndios
incêndios ee fertilização
fertilização do
do solo.
solo.

José Osvaldo 35
35
Acidentes
Acidentes com
com pessoas
pessoas

José Osvaldo 36
36
Acidentes
Acidentes com
com pessoas
pessoas

Tensões de passo

José Osvaldo 37
37
O
O pára-raios
pára-raios

Tipo Franklin;
Tipo Gaiola de Faraday.

José Osvaldo 38
38
SPDA
SPDA
Pára-raios

Cabo

Aterramento
José Osvaldo 39
39
Volume
Volume de
de proteção
proteção de
de um
um pára -raios
pára-raios

Ângulo de
proteção

José Osvaldo 40
40
A
A proteção
proteção dos
dos eletrodomésticos
eletrodomésticos

Protetor de
rede elétrica

José Osvaldo 41
41
A
A proteção
proteção dos
dos eletrodomésticos
eletrodomésticos

Protetor de
rede telefônica

José Osvaldo 42
42
A
A proteção
proteção dos
dos eletrodomésticos
eletrodomésticos

Protetor de Protetor de
rede telefônica rede elétrica

José Osvaldo 43
43
Tensões
Tensões induzidas
induzidas por
por
descargas
descargas atmosféricas
atmosféricas

José Osvaldo 44
44
Problema
Problema

Sistema

José Osvaldo 45
45
Passos
Passos

Modelagem da descarga atmosférica;

Cálculo dos campos eletromagnéticos originados pela


descarga;

Cálculo da propagação dos campos, desde o ponto de


incidência da descarga até o sistema sob estudo;

Cálculo da interação dos campos eletromagnéticos com o


sistema.
José Osvaldo 46
46
Efeito
Efeito da
da resistividade
resistividade do
do solo:
solo:
Sommerfeld
Sommerfeld [1926].
[1926].

I
Ey
Ey
Ex Ex

Resistividade finita
José Osvaldo 47
47
A
A tensão
tensão induzida
induzida por
por uma
uma descarga
descarga
atmosférica
atmosférica em
em uma
uma linha
linha aérea
aérea..

Calculado por Sune Rusck em sua


tese, defendida em 1957.

José Osvaldo 48
48
Modelo
Modelo do
do canal:
canal: Rusck
Rusck

qo

José Osvaldo 49
49
Modelo
Modelo do
do canal:
canal: Linha
Linha de
de transmissão
transmissão

Z
qo

v I

José Osvaldo 50
50
Teoria
Teoria de
de Rusck
Rusck

* A tensão induzida durante o processo de


carregamento e durante o período que antecede a
descarga é uma tensão praticamente eletrostática;
* As tensões induzidas durante o processo de
formação do canal ionizado são de valores
desprezíveis;
* A etapa primordial, na definição dos valores e
forma de onda das tensões induzidas, é a etapa
final da descarga, ou seja, a corrente de retorno.
José Osvaldo 51
51
Teoria
Teoria de
de Rusck
Rusck
Rusck supõe um canal ionizado retilíneo, carregado
uniformemente, sobre um solo condutor perfeito;

No instante em que este canal toca o solo, uma corrente, em


forma de degrau inicia-se no solo, propagando-se com uma
determinada velocidade em direção à nuvem.

Este modelo especifica uma distribuição de cargas e também


especifica uma densidade de corrente no canal. Isto
permite o cálculo dos campos eletromagnéticos gerados
por este sistema, a partir das equações de Maxwell.

José Osvaldo 52
52
Teoria
Teoria de
de Rusck
Rusck

■ Apesar da solução, apresentada por Rusck, ser


para uma corrente de retorno em forma de degrau,
pode-se calcular a tensão induzida por uma
corrente com forma de onda qualquer.

José Osvaldo 53
53
Teoria
Teoria de
de Rusck
Rusck

Em sua tese, Rusck obtem uma expressão analítica para o


cálculo da tensão induzida em uma linha infinita.

h
Io , v
y
José Osvaldo 54
54
Teoria
Teoria de
de Rusck
Rusck

A tensão induzida em uma linha de mais de um fio


só depende da geometria do sistema.

V1 h1
=
h1 h2 V2 h2

José Osvaldo 55
55
Solução
Solução

U1 U2
x

U(x,t) = U1+ U2
U1 = F(x,t)
U2 = F(-x,t)
Para t > r / Vo
José Osvaldo 56
56
F(x,t)
F(x,t)

v v0t − x
F( x , t ) = 30 ⋅ I 0 ⋅ h ⋅ ⋅ 2

v0  v
y +   (v 0 t − x)
2 2

 v0 
 2 
  v 
 x +   (v 0 t − x ) 
 v0 
⋅1 + 
  v  2
  v  2 2

    v 0 t + 1 −   (x + y 2 )  
  v 0   
  v  


  
 0

José Osvaldo 57
57
Para
Para xx == 0,
0, oo valor
valor máximo
máximo de
de U(x,t)
U(x,t) será
será::

 
 
30 ⋅ I 0 ⋅ h  1 v 1 
U max = ⋅ 1 + ⋅ ⋅ 
y  2 v0 1 v  
2

 1−   
 2  v0  

José Osvaldo 58
58
v/voo varia
v/v varia de
de 0,1
0,1 aa 0,5
0,5 então
então::

30 ⋅ I 0 ⋅ h
U max = ⋅ (1,07 − 1,38)
y
Na prática:

30 ⋅ I 0 ⋅ h
U max =
y
José Osvaldo 59
59
Rusck
Rusck xx Nucci
Nucci

x=0m x = 500 m

R=Z R=Z
Ponto de medição
x = 250 m
50 m

José Osvaldo 60
60
Rusck
Rusck xx Nucci
Nucci
Forma
Forma de
de onda
onda da
da corrente
corrente de
de descarga
descarga

Nucci Rusck

José Osvaldo 61
61
Rusck
Rusck xx Nucci
Nucci

José Osvaldo 62
62
Comparação
Comparaçãocom
comvalores
valoresmedidos
medidosna
naÁfrica
Áfricado
doSul.
Sul.

10 km

2,5 km 2,8 km
10 m
2,0 uF Divisor

150 m 250 m

Caso 1 Caso 2
José Osvaldo 63
63
Casos
Casos estudados
estudados

Caso 1 Caso 2

Valor de pico 14 kA 27 kA
da corrente

Forma de onda degrau degrau

Velocidade da 80 m/µs 40 m/µs


corrente

José Osvaldo 64
64
Caso
Caso 11 -- Linha
Linha com
com perdas
perdas

José Osvaldo 65
65
Caso
Caso 22 -- linha
linha com
com perdas
perdas

José Osvaldo 66
66
LEAT
LEATNING
NING

Em contrato assinado entre o CPqD-TELEBRÁS e a


UFMG foi desenvolvido um programa para
microcomputador (LEATNING) que calcula as tensões
induzidas por descargas atmosféricas em redes
eletricas e telefônicas. A rede pode ser composta de
cabos aéreos e subterrâneos.

Este programa foi parte da dissertação de mestrado do


Prof. Ivan José da Silva Lopes.

José Osvaldo 67
67
Exemplos
Exemplos--LEAT
LEATNING
NING

x = - 750 m Z x=0m Z x = 750 m

R=Z h R=Z

José Osvaldo 68
68
Efeito
Efeitodo
dovalor
valorde
depico
picoda
dacorrente
corrente..
("x"
("x"em
emus
usee"y"
"y"em
emkV)
kV)

José Osvaldo 69
69
Efeito
Efeitodadadistância
distânciada
dadescarga
descargaààlinha
linha
("x"
("x"em
emususee"y"
"y"em
emkV)
kV)

José Osvaldo 70
70
Efeito
Efeitodadavelocidade
velocidadedadacorrente.
corrente.
("x"
("x"em
emususee"y"
"y"em
emkV)
kV)

José Osvaldo 71
71
Tensão
Tensãoinduzida
induzidaao
aolongo
longoda
dalinha .
linha.
("x"
("x"em
emus
usee"y"
"y"em
emkV)
kV)

José Osvaldo 72
72
Efeito
Efeitodo
doaterramento
aterramento

1,5 km

ZS

R1 R2 R3 R4 R5 R6

300 m
X = 900 m

IP = 40 kA;
IP , T P , v y = 20 m TP = 5 µs;
v = 30 m/µs.

José Osvaldo 73
73
400
Caso 1
Caso 2
350

300
tensão (kV)

250

200
150

100

50

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
tempo (us)

Caso 1: R1 = R6 = 511 Ω e R2 = R3 = R4 = R5 → ∞.
Caso 2: R1 = R2 = R3 = R4 = R5 = R6 = 400 Ω.
José Osvaldo 74
74
160
Ponto 4
Ponto 6
140

120
tensão (kV)

100

80

60

40

20

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
tempo (us)
Caso 2: R1 = R2 = R3 = R4 = R5 = R6 = 400 Ω.
José Osvaldo 75
75
400
Caso 1
Caso 2
350 Caso 3
300
tensão (kV)

250

200

150

100

50

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
tempo (us)
Caso 1: R1 = R6 = 511 Ω e R2 = R3 = R4 = R5 → ∞.
Caso 2: R1 = R2 = R3 = R4 = R5 = R6 = 400 Ω.
Caso 3: R1 = R2 = R3 = R5 = R6 = 400 Ω e R4 = 45 Ω
José Osvaldo 76
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