Certa vez, tudo era a mais absoluta escuridão.
Deus, ao perceber que nada acontecia,
enviou um de seus filhos, Fogo, para acabar com a escuridão. Ao chegar, Fogo se
concentrou e, com toda a sua força, lançou sua luz em todas as direções. Quando viu a
obra de seu filho, disse: “Fogo, querido, tu és mesmo especial. Agora, através de ti, não há
mais escuridão”. E voltou-se para uma de suas filhas: “Terra, agora quero que vás e
ocupes este imenso espaço”. “Por que fizestes isso?” - disse Fogo. “Minha luz não foi
suficiente?” - “Calma, Fogo! Tu serás sempre especial mas, se olhares em volta, verás que
nada iluminas. Há apenas o vazio”. Terra, então, entrou vagarosamente no vazio iluminado.
Em cada um de seus lentos passos, depositava rochas e montanhas. Ao final, disse:
“Agora está tudo pronto. Fiz o mais perfeito que pude”. Ao que Deus respondeu - “Tu
fizestes mais do que te pedi, cara filha. Gostaria agora de te ver descansar”. Voltou-se,
então, para seu terceiro filho: “Ar, temos agora montanhas e vales iluminados. Quero que
vás e traga movimento”. E rapidamente, Ar elevou-se a todas as direções. Os ventos fortes
pintavam o espaço com a poeira das rochas em redemoinhos por todos os lados. Ao ver
que tudo ainda estava seco, pegou sua última filha em seu colo, dizendo: “Água, quero te
ver permear todo este mundo”. Diante do pedido de seu pai, Água fez uma chuva
precipitar. Aos poucos, esta chuva foi se tornando intensa. Lagos, rios e oceanos
começaram a se formar nas depressões. Tamanha era a plenitude de Água, que mais
chuva jorrava de suas mãos. Ao ver que sua filha não seria capaz de parar, Deus segurou
suas mãos, dizendo: “Calma, Água. Teu trabalho está feito. Se deixares teus sentimentos
falarem mais alto, poderás destruir tudo o que criamos”. Ao final, os quatro filhos se
juntaram a admirar sua criação, quando Deus lhes disse: “Venham comigo, quero lhes
mostrar algo”. Ao chegarem, Deus lhes falou: “Meus amados, eu jamais lhes pediria para
realizar tamanho trabalho por nada. Cada um de vocês emprestou suas qualidades a este
mundo. Mas é somente agora que o meu trabalho começa”. Ditas estas palavras, do centro
de Deus, começaram a nascer infinitas fagulhas a se espalhar ao longo de tudo o que
existia. Seus filhos ficaram imóveis, estarrecidos, ante a visão que se descortinava.
Inúmeras formas de vida nasciam. O verde das plantas tingia vales e montanhas. Pássaros
riscavam o céu. Flores coloriam planícies. Animais exibiam sua força e beleza por todos os
cantos. A vida estava criada e, com todo amor que era capaz de irradiar, Deus fez nascer a
mais bela e poderosa de suas criaturas. O ser humano. “Homens e mulheres, muito
trabalho lhes espera. Entretanto, o mais importante de todos será conhecer profundamente
seus sentimentos, para que possam aprender a amar e assim, compartilhar de toda a
minha criação banhados na mais plena felicidade”.
Fogo - Que sua luz nos mostre as cores da vida
Terra - Que sua força nos ajude a nunca desistir
Ar - Que sua suavidade nos traga a leveza da vida
Água -
Certa vez, tudo era a mais absoluta escuridão. Deus, ao perceber que nada acontecia,
enviou um de seus filhos, Fogo, para acabar com a escuridão. Ao chegar, Fogo se
concentrou e, com toda a sua força, lançou sua luz em todas as direções. Quando viu a
obra de seu filho, disse: “Fogo, querido, tu és mesmo especial. Agora, através de ti, não há
mais escuridão”. E voltou-se para uma de suas filhas: “Terra, agora quero que vás e
ocupes este imenso espaço”. “Por que fizestes isso?” - disse Fogo. “Minha luz não foi
suficiente?” - “Calma, Fogo! Tu serás sempre especial mas, se olhares em volta, verás que
nada iluminas. Há apenas o vazio”. Terra, então, entrou vagarosamente no vazio iluminado.
Em cada um de seus lentos passos, depositava rochas e montanhas. Ao final, disse:
“Agora está tudo pronto. Fiz o mais perfeito que pude”. Ao que Deus respondeu - “Tu
fizestes mais do que te pedi, cara filha. Gostaria agora de te ver descansar”. Voltou-se,
então, para seu terceiro filho: “Ar, temos agora montanhas e vales iluminados. Quero que
vás e traga movimento”. E rapidamente, Ar elevou-se a todas as direções. Os ventos fortes
pintavam o espaço com a poeira das rochas em redemoinhos por todos os lados. Ao ver
que tudo ainda estava seco, pegou sua última filha em seu colo, dizendo: “Água, quero te
ver permear todo este mundo”. Diante do pedido de seu pai, Água fez uma chuva
precipitar. Aos poucos, esta chuva foi se tornando intensa. Lagos, rios e oceanos
começaram a se formar nas depressões. Tamanha era a plenitude de Água, que mais
chuva jorrava de suas mãos. Ao ver que sua filha não seria capaz de parar, Deus segurou
suas mãos, dizendo: “Calma, Água. Teu trabalho está feito. Se deixares teus sentimentos
falarem mais alto, poderás destruir tudo o que criamos”. Ao final, os quatro filhos se
juntaram a admirar sua criação, quando Deus lhes disse: “Venham comigo, quero lhes
mostrar algo”. Ao chegarem, Deus lhes falou: “Meus amados, eu jamais lhes pediria para
realizar tamanho trabalho por nada. Cada um de vocês emprestou suas qualidades a este
mundo. Mas é somente agora que o meu trabalho começa”. Ditas estas palavras, do centro
de Deus, começaram a nascer infinitas fagulhas a se espalhar ao longo de tudo o que
existia. Seus filhos ficaram imóveis, estarrecidos, ante a visão que se descortinava. A vida
surgia. A vida nascia. A Terra estava enfim, viva!