Em uma vila distante e próspera, um homem vê uma oportunidade fácil de alcançar as
riquezas e ambições, conhecido como Darius e junto a um grupo de com mesmos interesses formaram um grupo de bandidos que constantemente viajavam de vila a vila saqueando os habitantes locais. Durante mais um desses saques, uma vila se mostrou mais agitada do que de costume, em frente ao Darius haviam dois habitantes incomuns. Um deles era um homem de meia idade, calvo, vestindo uma katana no torço e um kimono bem limpo e o outro o que parecia ser uma criança, magra, pequena, mal vestida e de cabelos completamentes negros. - Como você consegue ser tão decepcionante Hiei, era para ser um guerreiro, mas ao invés disso aquela mocreia me presenteou com um fracote covarde e estupido, possui 12 anos e nem consegue dizer uma palavra!. Gritava o homem de meia idade enquanto dava tapas e beliscões na criança Hiei. Darius por sua vez não era o homem mais paciente ouvindo a gritaria colocou a mão em sua katana. - fiquem quietos, é melhor nos darem tudo o que tem antes que me irrite. Disse Darius - Você acha que tenho medo de você! Não me faça rir idiota sou descedente de caçadores, o sangue deles correm às minhas veias. O homem de meia idade começa a desembainhar sua katana em resposta. O confronto é breve e previsível, o homem de meia idade era arrogante mas nem de longe esteve em um combate de verdade, Darius por outro lado possuía 1,93 de altura e tinha uma força considerável. Em um choque de espadas a katana do homem de meia idade se partiu em duas e o ataque de Darius travou seu kimono que não estava mais tão limpo. Os companheiros de Darius o aplaudiram. A criança Hiei por outro lado não demonstrou reação, ficou chocado, pelo menos foi o que Darius pensou quando tentou desviar o olhar do garoto antes de começar a chorar, o que não o fez. Hiei tirou das mãos do homem, uma katana quebrada. - Katana. Darius se vira para o garoto surpreso, pensava que poderia ser um engano, mas aquelas poderiam ter sido as primeiras palavras do garoto. O garoto apontava sua arma quebrada para Darius com uma postura quase perfeita do homem que acabara de derrotar. Não havia nenhuma intenção de matar uma criança, mas de forma instintiva Darius fica em posição de combate. A luta foi mais breve do que a anterior, mas com um resultado inesperado. Darius estava no chão com cortes profundos enquanto Hiei estava completamente intacto, todos que riam agora estavam sérios, pois Hiei estava com sua katana no pescoço de Darius. Hiei vê a afeição de Darius, ele inicialmente estava chocado, mas não durou, pouco a pouco, começou a chorar, sabia que a morte estava próxima e era inevitável não havia como seus companheiros ajudarem antes que o garoto o mate, estava perdido. O garoto Hiei largou sua katana partida e tomou da mão de Darius sua katana que era maior que o garoto. Então Hiei simplesmente deu as costas e partiu. Darius por sua vez parou de chorar e tanto ele como outros bandidos o seguiram para onde quer que Hiei fosse. Os anos passaram e Hiei crescia assim como o grupo que acompanhava, Hiei não parecia se sentir confortável em grandes grupos, mas mesmo quando ele tentava correr para despistar os que o seguiam ele era rapidamente encontrado, aos poucos se acostumou e começou a ficar cada vez mais dependente daquele grupo de bandidos assim como o grupo se tornava dependente dele. O grupo de bandido passou a ser conhecido principalmente por seu líder tão incomum, ele não saqueava nem matava ao invés disso passou a enfrentar outros grupos de bandidos e eram sempre recompensados e financiados pelas vilas próximas. O grupo de bandidos eventualmente se revoltam com a liderança de Hiei, mas sempre que o desafiavam perdiam. Hiei nunca conheceu o gosto da derrota, sempre que era desafiado ele derrotou sem matar, às vezes sem nem causar um ferimento sequer. Darius o acompanhou durante todo o tempo, cuidou do garoto, ensinou ele a falar, cuidou quando ele adoecia, enfim o tratava praticamente como seu filho, mesmo sempre o chamando de Hiei ou chefe. Em mais uma das vilas rumores diziam sobre desaparecimentos repentinos causados por um Oni, Hiei nunca ouvira falar sobre Onis com exceção de uma menção de seu antigo velho, claro que eram apenas história contadas com exageros de como seus ancestrais lutaram contra essa criaturas malignas, pensava se tratar de uma mentira assim como o velho se gabava sobre ser um excelente espadachim. Hiei investigou junto a dezenas de homens que o seguiam e obedeciam tudo que dizia, nunca havia visto um Oni anteriormente, mas quando encontrou não havia dúvidas que se tratava de um demônio, possuía garras, pele pálida e uma aparência grotesca de Geisha. Nunca sentiu medo ao desembainhar sua espada, até aquele momento, havia poucas coisas capazes de fazer Hiei hesitar. Os ex-bandidos que acompanharam Hiei até aquele momento se dividiram entre aqueles que fugiram desesperados e aqueles que ficaram paralisados de medo. Hiei como antes de tudo começar: Sozinho. A luta foi breve e trágica em poucos instantes Hiei estava cheio de furos das garras do Oni, mas sem desistir ele faz vários ataques que não causam o menor dano. Em um choque entre a sua katana e as garras do Oni, a katana se quebra em duas. Estava perdido, ia morrer, Hiei nunca pensou na própria mortalidade até aquele instante. Quando o Oni estava para finalizar em uma diabólica risada abafada, Darius entra em sua frente rasgando seu braço. Quando percebeu Hiei estava cercado novamente por um grande número de companheiros que atacaram o Oni ao mesmo tempo em um ataque desesperado. Foi então que Hiei aprendeu a ter coragem em meio ao medo, nunca havia coragem em nenhum de seus confrontos até ser capaz de sentir o medo, pela primeira vez Hiei fala em um grito alto o bastante para todos ouvirem. - Seus idiotas! Como ousam atacar meu adversário! Vocês saem daqui antes que eu tenha que brigar com todos vocês!!! Hiei grita até ficar sem fôlego Em seguida todos seus entes bandidos começam a sair, o Oni tenta atacá-los, mas é parado pela katana partida de Hiei. Todos fugiram, menos Darius que mesmo com o braço mutilado se mantia na luta. - Sei o que você estava fazendo chefe, mas não sou tão idiota como os outros, sei que você pode morrer se lutar, então fuja vou tentar atrasa-lo. Darius empunha sua espada enquanto entra na frente de Hiei. - Não posso. Responder Hiei de forma seca - Então vamos morrer. Diz Darius sorrindo Em um momento Darius desvia o olhar da criatura e vê os olhos de Hiei cheios de lágrimas, então sem dizer mais nada ele corre junto aos outros e antes de se afastar o suficiente consegue ouvir uma última frase de Hiei. - Te vejo em casa, pai. A luta volta a acontecer entre Hiei e o Oni a batalha parece durar por horas, mas Hiei desconhecia da capacidade regenerativa do Oni enquanto ele ficava mais lento a cada golpe, era apenas uma questão de tempo. Nos últimos momentos Hiei executa uma última manobra se desviando do golpe das garras e executando um ataque em direção a seu pescoço e sua katana se parte uma 2° vez sem causar qualquer dano por fim é perfurado, estava pronto para morrer. Em meio a perda de consciência vê o que se parece com uma sombra e o som do pescoço do Oni se partindo e uma voz distante. - Nada mal para alguém que não é um caçador. Ao acordar, o Oni se foi, suas feridas foram tratadas e em meio a floresta ele não volta a se encontrar com seus homens ou Darius, mas procura descobrir quem era aquela voz que o salvou e o que seria um caçador.