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“Caramba…”
O oponente ofegou violentamente e abriu amplamente os olhos.
Riftan imediatamente puxou a espada, sangue vermelho escuro jorrando pela

armadura. Geiron tentou recuar e garantir uma distância segura entre eles, mas
Riftan não lhe deu esse momento. Ao balançar a espada perto do pescoço do
oponente, Geiron, que estava tropeçando enquanto segurava o lado sangrento,
finalmente se ajoelhou e exclamou.
“Eu, eu… me rendo!”
A partida terminou em menos de três minutos após o levantamento das bandeiras.

Os soldados, que estavam parados e maravilhados, correram para tocar as
trombetas para anunciar o fim da partida. Um tremendo rugido de aplausos irrompeu
de todos os lugares.
Riftan observou secamente enquanto os sacerdotes lançavam feitiços de cura

sobre o perdedor e depois virou os olhos para olhar ao redor das arquibancadas. O
brasão do Duque de Croix ficava no topo das arquibancadas, próximo ao assento
onde foi erguida a Bandeira Real. Porém, foi difícil verificar os rostos ali
porque a distância era muito grande e muitas pessoas estavam reunidas.
Além disso, as mulheres usavam véus e coroas sobre a cabeça, o que tornava
mais difícil reconhecê-las. Riftan semicerrou os olhos e depois baixou os olhos,
resignado. Como os outros mercenários haviam dito, os altos nobres ainda não
podiam estar presentes. Ele então saiu da arena.
***
Só naquele dia, Riftan disputou quatro partidas. E como todas as suas lutas
nunca ultrapassavam cinco minutos, ele ganhou o estranho título de “One
Strike Killer Calypse”. No dia seguinte, Riftan franziu o rosto ao ouvir títulos
desprezíveis sendo gritados para ele pela multidão reunida na entrada dos
anfiteatros. De híbrido a caçador de dragões, todos os tipos de apelidos
foram lançados contra ele, mas o estranho título que parecia glorificá-lo tão friamente
era o pior e mais embaraçoso de todos.
“Ei, é verdade que você era um famoso caçador de dragões em Livadon?”
Assim que entrou na sala de espera, recebeu olhares mais severos do que no dia anterior.
Enquanto estava sentado em um banco, ignorando os olhares hostis de todos, um
homem de meia-idade e rosto bronzeado se aproximou de repente para falar com ele. Riftan
franziu a testa como um homem, bem vestido, mas com um ar não refinado o suficiente para
ser um cavaleiro, sentou-se ao lado dele e deu-lhe um sorriso amigável.
“Fui ao bar ontem, todo mundo está comentando sobre você.
Já se espalharam rumores de que você era um caçador de monstros implacável que

capturou dez meio-dragões sozinho.”
“… e quanto a isso?”
O homem, que piscou como se tivesse sido surpreendido pelo seu tom brusco,
continuou a falar calmamente.
“Eu estava curioso sobre você e seu personagem, então vim aqui para te encontrar.
À distância, você parece ter vinte e poucos anos, mas vendo seu rosto de perto, você é
mais jovem do que eu pensava. Quantos anos você poderia ter?
Riftan olhou para ele como se isso não fosse da sua conta. O homem sorriu,
acariciando a barba bem aparada como se o achasse interessante.
“Você deve ser péssimo em socialização. “Suponho que causará muitos problemas
quando você entrar em um grupo.”
“…”
“E suas habilidades de equitação? Parece que você vive como mercenário há muito tempo,
mas você já esteve em campos de batalha? "Você pode andar a cavalo?"
“…Se você não tem nenhum assunto a tratar comigo, por favor, não fale comigo. “Eu
realmente não gosto de pessoas que agem como se tivessem uma amizade próxima comigo.”
Riftan não escondeu seu descontentamento e respondeu friamente.
O homem sorriu levemente, encolheu os ombros e levantou-se.
“Com licença, incomodei uma pessoa que estava prestes a competir.

Por favor, considere meu gesto como um sinal de apoio, estou ansioso por seu desempenho
futuro.”
“…”
"Bem, então, até a próxima."
O homem então caminhou até a área onde os cavaleiros estavam reunidos. Riftan ergueu
uma sobrancelha ao ver o homem puxando conversa com os cavaleiros que estavam na
competição. Ele não parecia um competidor. Ele se perguntou se ele apenas cutucou-o
para animar seu
colegas para cima.
… Entendo, você está verificando os oponentes.
Um leve bufo saiu de seu nariz e Riftan desviou sua atenção do homem. Só então, um soldado
gritou seu nome em voz alta. Ele pegou seu capacete e se levantou.
Sua primeira partida foi com o Cavaleiro Real de Arech.
Enquanto ele caminhava em direção à arena, os olhos de seu oponente pareciam cheios de
desgosto. Era como se ele o tivesse insultado por ter um vira-lata de sangue pagão como
oponente.
Riftan usava seu capacete ao passar pelo cavaleiro que lançava um olhar gelado pelas aberturas.
Riftan semicerrou os olhos para a areia cercada por uma luz brilhante. Parado no meio dela,
procurou a bandeira do duque de Croix.
Então, ele virou a cabeça ao ouvir uma voz beligerante falar.
"Ei você! Você não está sinceramente atrás da Espada do Cavaleiro, está?
Riftan baixou o olhar e o cavaleiro franziu os olhos com desprezo.
“Essa espada pertence aos cavaleiros. “Não é algo que mercenários como você devam
cobiçar.”
Riftan, que franziu a testa com suas palavras absurdas, voltou os olhos para o assento
onde o Papa estava. Uma espada foi erguida em frente ao altar e cercada por
Cavaleiros Sagrados.
Pensando bem, por causa daquela espada, cavaleiros de todo o mundo vieram competir.
Riftan desembainhou a espada e sorriu.
“Você está preocupado em perder o prêmio para um mercenário?”
"Como você ousa…!"
"Tu falas demais. Se você tem algo a dizer, fale com suas habilidades.”
O cavaleiro endureceu friamente o rosto e puxou a espada. "Multar! “Vou explicar para
você com uma espada!”
Riftan ergueu sua espada bastarda para bloquear seus ataques. Suas espadas se chocaram
e faíscas voaram no ar. O rosto do homem se contorceu ligeiramente em descompostura. O
cavaleiro deu um passo para trás, pensando que seria desvantajoso atacar de frente,
mas Riftan não lhe deu nenhuma chance de atacar novamente.
Idiota estúpido, quantas chances você acha que eu lhe daria para empunhar sua espada
contra mim? Depois de recuar, você morrerá naquele momento.
Riftan empurrou impiedosamente a espada do homem para o lado, não perdendo a chance
quando o cavaleiro moveu seu peso ligeiramente para trás. Uma expressão de
constrangimento passou pelo rosto do cavaleiro.
Riftan rapidamente ganhou velocidade e bateu no rosto do homem com o cabo da

espada. A placa do capacete do cavaleiro estava amassada, o sangue jorrando do nariz do
homem como uma fonte, mas ele não parou por aí. Eu tenho
virou a faca e girou-a em direção ao antebraço do cavaleiro, sua lâmina brilhando em

azul quando ele penetrou na armadura e a cravou na metade do braço grosso do
cavaleiro. Um gemido estridente escapou de
a boca do homem.
“…Se você não quer perder um braço, declare sua derrota.”
O rosto do cavaleiro estava distorcido de dor enquanto ele olhava para ele ferozmente.
Riftan empurrou a lâmina mais fundo no braço do homem. Então, o cavaleiro que mordeu
os lábios como se estivesse engolindo um grito, falou inaudivelmente através dos dentes
cerrados.
"Eu su... me rendo."
Riftan desembainhou a espada e corrigiu a postura, assumindo uma postura ereta.

Pouco depois, a multidão gritou em voz alta, “One Shot Killer Calypse” ecoando de
todas as direções. Seu rosto enrugou-se de desgosto.
Quando ele descobrisse quem lhe deu esse título, ele iria dar um tapa na cara daquela
pessoa.
Mesmo que seus oponentes fossem cavaleiros, sua série de vitórias continuou sem
falhar. Até ele mesmo ficou surpreso, ele sempre achou que era muito importante ser um
cavaleiro e não esperava que suas habilidades fossem tão avassaladoras.
“Os resultados são certos! Como pode Sir Calypse, que derrotou um dragão, ser derrotado
por um mero ser humano?”
Ruth engoliu em seco e exclamou triunfante. Faltavam apenas duas partidas para
Riftan vencer, então seria o campeão da competição. O mago, que ganhou muito apostando
muito dinheiro nele, sorria de orelha a orelha.
“Sir Calypse é invencível! De agora em diante, eu certamente o seguirei por aí!”

Diante da declaração barulhenta do mago, Riftan bateu o copo com força contra a
mesa. No entanto, Ruth ficou tão imperturbável e encantada que até distribuiu
descuidadamente copos de cerveja para as pessoas ao redor do bar.
Riftan olhou para ele com os olhos semicerrados e depois suspirou levantando-se.
Enquanto tentava subir para seu quarto, um homem bêbado colocou a mão em seu ombro
do nada e caiu na gargalhada.
“Você duela com tanta habilidade! Neste momento, Balbon está enlouquecendo.
A cidade inteira está entusiasmada com a possibilidade de um plebeu ser o vencedor

depois de várias décadas. Qual é a sensação de ser tão famoso?”
Riftan apenas franziu a testa para o homem e tentou friamente afastar seu braço. Naquele
momento, uma voz agressiva ressoou no canto da taverna.
"Que bando de idiotas! “Um vira-lata com sangue pagão vai tirar nosso tesouro de nós, o
que há de tão bom nisso?!”
De repente, a sala ficou quieta e silenciosa, como se alguém tivesse derramado água
gelada na cabeça de todos. A cabeça de Riftan virou na direção da voz. Três
homens vestidos como guardas estavam sentados em volta de uma pequena mesa, bebendo.
Um deles estava bêbado e apontou para ele.
“O prêmio da competição é a espada de um dos doze cavaleiros de Darian! Como posso

ficar parado quando um tesouro heróico do continente ocidental cai nas mãos de
“Alguém que adora algum tipo de deus do deserto ou pagão?”
"O que você acabou de dizer?!" Ruth levantou-se de um salto, bufando de raiva.
“Sir Calypse não é pagão! Eu o acompanho há mais de um ano e nunca o vi fazer nada
contra a doutrina! Quais são as suas razões para dizer isso?
“Por que eu precisaria de provas? “Já está escrito na cara daquele cara!” O homem
gesticulou com a mão em direção a Riftan e bufou alto. “Como alguém que
fez algo maligno, como caçar e vender partes de monstros, ousa ficar na frente do
Papa?”
“Ei, você tem problemas com pessoas que ganham a vida fazendo isso?”
Os mercenários, que bebiam de um lado da taverna, rugiram e revelaram os

dentes cerrados. O guarda, que tentava defender seus argumentos, encolheu os
ombros e levantou a cabeça novamente para falar.
"Eu disse algo errado?"
"Que maldito bastardo, você está tentando nos irritar?"
Um mercenário esfarrapado e grogue bateu com força o copo de cerveja e ofegou.

À medida que a atmosfera se tornava mais agressiva, os outros guardas sentados ao lado davam
cotoveladas no companheiro, como se quisessem desencorajá-lo.
Só então o homem que causou a comoção olhou em volta como se de repente

tivesse recuperado o juízo. Riftan, que observava silenciosamente a cena se
desenrolar, abriu os lábios para falar.
“Você parece desconfortável comigo ganhando a competição, então vou lhe dar
uma chance de me impedir de vencer. Se você conseguir causar um pequeno
ferimento em meu corpo, eu me retirarei das partidas de amanhã. Você está
pronto para o desafio?"
O homem encolheu os ombros visivelmente e olhou para a espada amarrada à

cintura. Mas ele manteve a boca fechada.
Riftan observou-o enquanto se perguntava se teria coragem de confrontá-lo de

frente após os insultos anunciados publicamente.
Riftan zombou do homem covarde e depois se virou para subir as escadas. Ruth
hesitou e tentou persegui-lo, mas ele se livrou dele com uma expressão amarga.
olhar: ele só se sentiria mais insultado se o bruxo tentasse confortá-lo. Já era

constrangedor o suficiente para ele ter reagido com raiva por causa da besteira que saiu
da boca do guarda.
Ele fechou a porta atrás de si e tirou a armadura, jogando-a para o canto. Os raios azuis
do luar entravam em seu quarto pela janela aberta. Riftan olhou para a lua cheia e
depois desabou na cama.
De repente, ele sentiu um aperto incômodo e um mal-estar no peito: talvez fosse

isso que a garota pensava dele também. Ele tinha experiência mais que suficiente com
insultos e
zombaria, mas ele não aguentava só de pensar que ela pensava o mesmo. Riftan
esfregou o peito e fechou os olhos para escapar do clima desagradável.
No dia seguinte, o estádio estava lotado com mais gente do que no dia anterior.
Na sala de espera restavam apenas quatro homens para competir, incluindo ele e
outros seis homens que atendiam os cavaleiros concorrentes.
Riftan ignorou seus olhares examinadores e sentou-se sozinho no canto da sala de

espera, afiando a espada. Depois de um tempo, um soldado veio chamar seu nome.
Ele usou o capacete na cabeça e caminhou até o corredor que levava à arena. Seu
oponente era um homem de ótimo físico, como o do mercenário chamado Geiron. Riftan
o inspecionou com os olhos semicerrados.
O homem era um jovem cavaleiro com cabelos cacheados laranja, uma pele
avermelhada que vinha de pessoas da região sul, uma estrutura robusta como
descendentes de homens do norte e um par de olhos calmos que não combinavam
muito com seu físico cruel. O cavaleiro olhou para Riftan e sorriu abertamente.
“Irmão, você é muito habilidoso, não é? “Eu estava ansioso para conhecer você desde
o primeiro dia.”
Riftan arqueou uma sobrancelha diante do tom frívolo que não combinava com a imagem
de um cavaleiro. O homem bateu a espada nas próprias costas e continuou a falar.
“Estou lhe dizendo, sou tão agressivo quanto você. Já faz muito tempo que não encontro um
par adequado e quero aproveitar, então fique alerta. Não baixe a guarda, eu não
“Eu quero que isso acabe de maneira tão ruim.”
“…Para alguém que fala muito sobre minhas habilidades, você não parece um oponente tão
decente.”
“Não gosto de pessoas que sobrecarregam desnecessariamente as pessoas como você.”
O homem respondeu, não querendo perder a discussão. Enquanto trocavam palavras insultuosas,
uma trombeta alta soou de repente para anunciar sua entrada. Riftan entrou no meio da
arena e ficou a uma boa distância do cavaleiro. O ânimo de seu oponente mudou
rapidamente, como se ele não fosse um tagarela como mostrou um momento antes.
Riftan estava na ponta dos pés e manteve sua postura focada.
Logo, a bandeira que marcava o início do duelo subiu alto, e aplausos estrondosos ecoaram
da multidão. O cavaleiro certamente não fez papel de bobo enquanto brandia sua longa espada
a uma velocidade tremenda. Riftan bloqueou o golpe com a espada, um forte impacto ressoou
em seus ossos e ele sentiu uma pressão no ombro. Foi como se ele tivesse sido atingido por
uma bala voadora.
"Incrível. Você foi capaz de bloquear meu ataque frontal…”
O homem disse entre os dentes cerrados enquanto empurrava ainda mais a espada e parecia
genuíno com suas palavras de admiração. Riftan ficou igualmente surpreso ao tentar empurrar o
cavaleiro para trás, mas o homem não se mexeu. Foi a primeira vez desde que completou quinze
anos que conheceu alguém quase tão forte quanto ele. Ele cerrou os dentes e firmou os pés com
força, fortalecendo sua postura.
O cavaleiro também cerrou os dentes em retaliação. Cada um deles sabia muito bem que
mesmo um pequeno erro ou baixar a guarda por um momento significaria
o final da partida.
Momentos se passaram enquanto eles se empurravam com as espadas em ângulos

diferentes. De repente, o homem ficou tenso como um arco tenso e mudou de postura. Ele
se movia a uma velocidade que Riftan nunca teria previsto vindo de um homem com seu físico.
Ele bloqueou por pouco a espada que balançou do nada.

No entanto, o homem imediatamente brandiu a espada novamente, sem deixar um
segundo golpe no meio. Sua postura mudou tão rapidamente que foi difícil ter a chance de
realizar um ataque corretamente. Suas lâminas bateram uma contra a outra, produzindo
faíscas e sons estrondosos de ferro batendo uma contra a outra em seus tímpanos.
É perigoso que isto continue.
O som que saiu de sua lâmina foi alarmante. Se os ataques frontais de seu oponente
continuassem, sua espada não aguentaria mais. Riftan bloqueou a espada intimidadora que
voou em sua direção com uma força furiosa e olhou em volta procurando por alguma lacuna.
A espada do cavaleiro era mais longa e grossa que a dele. Não havia outra maneira de derrotá-
lo senão correr os riscos pertinentes.
Riftan ajustou sua postura, deixando seus ataques voarem em uma velocidade assustadora
para o lado do oponente. O cavaleiro também mudou de postura, deslocando o peso do corpo
e balançando a espada sobre a cabeça. Riftan desembainhou a espada por baixo para
bloquear o ataque. Sua lâmina que brilhava em azul ricocheteou na espada de seu
oponente.
isso era duas vezes mais grosso.
Ele não perdeu o momento em que o braço do cavaleiro voou ligeiramente para
cima, revelando uma lacuna. Ele empurrou e foi em direção à sua cabeça, seu oponente
recuperando apressadamente o controle de sua tremenda espada. No entanto, ele chegou
um segundo atrasado para defender o golpe de Riftan.
Sua espada bastarda flanqueava o capacete do oponente. O homem mal conseguiu bloquear
seu ataque. Embora ele não tenha conseguido ferir fatalmente o homem corpulento, ele
conseguiu perturbar sua postura. Riftan não hesitou e bateu nas mãos com o punho da
espada para desarmá-lo e enfiou a lâmina sob a abertura do capacete.
Um pesado silêncio caiu no estádio. O homem olhou para a lâmina apontada para sua
garganta e declarou com um suspiro.
“…Estou derrotado.”
Uma alegria estrondosa irrompeu da plateia. Riftan lentamente deu passos para trás e
puxou a espada. O homem resmungou enquanto tirava o capacete esmagado.
“Droga, minha cabeça está latejando mais do que quando bebi quatro garrafas de cerveja.
Ei, se eu demorasse um segundo para bloquear seu ataque, meu crânio teria sido
quebrado. "Você estava planejando me matar?"
Riftan zombou e embainhou sua espada. “Você não estava planejando o mesmo? Se eu
tivesse sido atingido por um de seus ataques, teria perdido um membro.”
Ele respondeu amargamente, apontando o queixo para
a tremenda claymore do oponente. O homem apenas encolheu os ombros.
“Seria uma pena se eu deixasse você terminar a partida em menos de cinco minutos. “Tenho
que pelo menos arranhar adequadamente sua reputação de ser um assassino de um
só golpe.”
Embora o cavaleiro tenha sido derrotado por um mero mercenário, não parecia estar
profundamente humilhado. Ele mostrou sinais de arrependimento, mas não expressou
nenhuma raiva. Seu oponente virou-se na direção da sala de espera e falou friamente.
“Não se atreva a perder só porque você já me venceu.”

Riftan olhou para as inscrições do cavaleiro em sua armadura, intrigado com sua atitude
excêntrica. Havia um símbolo de um dragão envolto em asas gravado nele. Ele não
reconheceu a qual cavalaria ele pertencia. Por um momento, seus olhos se estreitaram e ele
entrou na sala de espera, perguntando-se por que aquele homem era tão incomum.
***
Comparado com a primeira partida, a final terminou com mais facilidade. Riftan foi o grande
campeão da competição e subiu ao pódio onde o Papa estava sentado.
Um velho elegante com uma longa barba sentado no centro superior, à sua esquerda e à
direita estavam membros da realeza e altos nobres dos sete reinos.
Riftan imediatamente encontrou o duque de Croix entre eles.
Ele só o viu uma vez de longe, mas lembrou-se claramente da atmosfera sombria e única
que ele
emitido. O homem não era de grande físico. Em vez disso, ele era magro, mas elegante e
vestia roupas incrivelmente luxuosas. Seu cabelo castanho-avermelhado escuro havia
desbotado para uma cor cinza desde quando ele o viu uma vez, anos atrás, mas seu rosto
sombrio e solene que dava uma aura implacável não mudou nem um pouco.
Riftan olhou para ele cuidadosamente, depois moveu os olhos para olhar para a esquerda e
para a direita. Não havia sinal da jovem em lugar nenhum. Havia algumas mulheres
vestidas com vestidos elegantes sentadas perto dele, mas todas eram velhas demais para
serem a garota que ele conhecia.
…Ela provavelmente não comeu.
A menina ainda poderia ser muito jovem para participar de tal evento. Riftan desviou a
cabeça, tentando esconder sua decepção.
“Fique de joelhos e mostre seus respeitos!”

Enquanto ele estava a seis passos dos nobres, um paladino ordenou-lhe com uma voz
exclamativa. Riftan ajoelhou-se lentamente e abaixou a cabeça.
Após um momento de silêncio reverente da multidão, uma voz profunda falou.
“Você pode levantar a cabeça.”
Riftan levantou lentamente a cabeça ao comando. Parado diante dele estava o Papa,
inesperadamente alto e imponente. Era difícil adivinhar sua idade com seu rosto branco,
cabelos dourados e intimidantes olhos verdes escuros sob sobrancelhas grossas. Ele
acenou para os cavaleiros que estavam ao lado
até ele e então dois jovens cavaleiros sagrados se aproximaram, carregando uma longa espada.
“Para você, que agora está aqui por derrotar surpreendentemente seus oponentes.
Como prometido, vou recompensá-lo com a Espada do Cavaleiro.” O Papa declarou
solenemente, com uma voz que refletia apenas indiferença. “Diz-se que esta espada estava
na posse de um dos primeiros cavaleiros, Sir Miguel. O punho da espada é feito de couro
de wyvern e a lâmina foi feita por um ferreiro da tribo Umli, fundindo aço e inflexível.”
Riftan estendeu lentamente a mão e pegou a espada. Quando a bainha de couro sem adornos
escorregou ligeiramente, uma lâmina afiada e brilhante apareceu diante de seus olhos. Era
quase inacreditável que uma espada em tão boas condições fosse feita nos tempos antigos.
Ele olhou para ele com admiração e admiração, então um aviso severo irrompeu de repente
de um dos cavaleiros.
“Embainhe a espada agora mesmo!”
O paladino apontou a ponta de uma espada para ele e lançou-lhe um olhar frio.
Riftan humildemente embainhou a espada de volta na bainha. Só então a voz monótona do
papa continuou.
“Esta competição é um evento significativo que serve como forma de decidir quem será o dono
da Espada do Cavaleiro.
Sua vitória nesta composição foi alcançada através da vontade e orientação de Deus...
Por favor, não a manche.
Em vez disso, respeite a espada do Cavaleiro, use-a apenas para causas honrosas.”
Riftan olhou para ele, suspeitando que o homem estava dizendo essas palavras de uma
maneira bastante sarcástica. Contudo, não havia nada nos olhos do Papa a não ser
infinita quietude e compostura. Era como enfrentar uma árvore antiga em forma de humano.
Então, ele agarrou seu cajado cravejado de joias com as duas mãos e levantou-se da
cadeira, exclamando com reverência.
"Que Deus esteja contigo."
Aplausos estrondosos irromperam do público. Riftan olhou para a espada novamente,

as palavras do Papa ecoando estranhamente em sua cabeça. Ele agora entendia as
pessoas que se opunham a contragosto, cuspindo com os dentes cerrados que não era
algo que deveria ser cobiçado por qualquer um. Era precioso e significativo demais para
cair nas mãos de um humilde camponês mercenário.
Riftan levantou-se de sua posição desconfortavelmente, enquanto os nobres espectadores

olhavam para ele com grande curiosidade, como se estivessem testemunhando um
animal raro. Então, ele desceu as escadas, seguindo as instruções do paladino enquanto
ignorava os olhares curiosos de todos. As pessoas se reuniram à sua esquerda e à direita,
jogando pétalas enquanto ele passava.
Finalmente, ele atravessou o corredor escuro, afastando-se dos aplausos do estádio.
Naquele dia, o vencedor da competição recebeu um convite honroso para o banquete dos
nobres, mas Riftan ignorou e não se preocupou em ir. Ele não tinha intenção de se tornar
um espetáculo, sem falar que não tinha roupas que combinassem com a ocasião. Passou
por sua cabeça que a garota poderia vir ao banquete, mas ele não queria mais fazer papel
de bobo.
Ele voltou para a pousada e descansou uma noite, depois saiu do quarto carregando seus pertences
no dia seguinte. Ruth, que estava agachada no topo da escada, esperando, deu um pulo e correu
até ele.
“Ei! Bom dia, senhor Calipse. O tempo de hoje está perfeito para uma viagem!”
Riftan olhou pela janela do corredor. O céu estava nublado e cinzento e as estradas estavam
enevoadas. Ele bufou levemente e passou por Ruth enquanto descia as escadas.
O mago o seguiu naturalmente, conversando alegremente.
“Você sabia que quase arrematei todas as apostas do tabuleiro ontem? Ah! Não se preocupe.
Como prometido, darei a Sir Calypse uma parte justa. “Não vou ser envergonhado e voltar atrás em
minhas palavras.”
Parecia que nada iria estragar o bom humor do mago naquele dia e Riftan suspirou ao sair da
pousada. A névoa fria da manhã envolveu seu corpo.
Ele varreu a franja perfurando os olhos e olhou para a estrada nebulosa, perguntando-se para
onde deveria ir. Enquanto olhava em volta com olhos vagos e sem noção, de repente sentiu
uma presença avançando ferozmente em sua direção.
Riftan rapidamente desembainhou sua espada, bloqueando um golpe forte bem a tempo.
“Como esperado, você tem ótimos sentidos.”
Os olhos de Riftan se estreitaram quando ele ficou cara a cara com o cavaleiro com quem lutou
antes de sua partida final. Embora o homem parecesse aceitar genuinamente sua derrota
antes,
No dia seguinte ele veio correndo do nada. Riftan zombou e acenou com a espada para o cavaleiro,
desconfiado.
“Atacar seu inimigo por trás não é contra a cavalaria de um cavaleiro?”
"É assim mesmo?" O cavaleiro bloqueou seu ataque, um sorriso se formando em seus lábios.
“Sou apenas um novato que recentemente prestou o juramento de cavaleiro, então continuo
esquecendo.”
Riftan se afastou ligeiramente dele e segurou sua espada com força nas mãos.
“Você é o único adversário que favoreci durante o torneio.”
Assim que o cavaleiro terminou de falar suas palavras, Riftan voou do chão para
atacar. O cavaleiro mal bloqueou sua espada que balançava como o vento. O chão foi
esculpido e seu corpo pesado foi empurrado à força alguns passos para trás.
Imediatamente, o rosto de espírito livre do homem se contorceu.
"Como você ousa... você estava pegando leve comigo?"
“…Eu simplesmente não tinha intenção de matar você.”
Ele ouviu um som crepitante e Riftan imediatamente ajustou sua postura. O estilo de
esgrima que ele aprendeu tanto com o estudo quanto com a experiência baseava-se em
perfurar seus oponentes em seus pontos vitais, fazendo-os cair mortos no local, por isso
era irritante para ele enfrentar situações em que tinha que brandir sua espada contra
uma pessoa. enquanto se restringe conscientemente de cortar a respiração do inimigo.
Riftan desviou a grande espada que voava em sua direção a uma velocidade
assustadora e balançou a espada em direção ao pescoço do cavaleiro sem qualquer
hesitação. Naquele momento, uma corrente voou e feriu seu braço. O cavaleiro, que
mal evitou que a cabeça rolasse para fora do corpo, rapidamente se afastou dele. Riftan
rapidamente trocou a espada para a outra mão e olhou na direção de onde vinham as
correntes. Contra a névoa estava um jovem esbelto e o homem de meia-idade que
falou com ele na espera.
sala.
“O que você está fazendo é demais, eu disse que íamos conversar com ele. Por que
você está empunhando sua lâmina contra ele?”
“Eu só queria me divertir um pouco. “Não fiquei satisfeito com o jogo de ontem.”
O cavaleiro que o atacou de repente gemeu ao tocar seu pescoço que estava quase
cortado. Ele parecia fazer parte da empresa que se aproximava.
Riftan avaliou a situação com seus olhos penetrantes, puxando violentamente a corrente
que prendia seu braço.
O homem de físico esguio perdeu o equilíbrio, tropeçando com a força repentina. Riftan
não perdeu o momento e correu para brandir sua espada na oportunidade. No entanto,
o homem de meia-idade interveio para bloquear o ataque e cerrou os dentes. O
homem também era habilidoso e forte.
Isso está começando a me irritar. Ele estalou a língua, procurando a chance de atacar
novamente, mas o homem falou apressadamente.
"Ei! Não estamos aqui para procurar briga. Pare com isso e se acalme.
"É engraçado. Uma pessoa que não quer lutar me ataca de repente?”
Uma expressão profundamente envergonhada tomou conta do rosto do homem. Ele

deu um passo para trás e falou em um tom mais respeitoso.
“Peço desculpas pela grosseria do meu subordinado. Ele é um louco maníaco por
brigas e não consegue evitar quando encontra alguém mais forte que ele.”
Riftan olhou para seu rosto gentil e semicerrou os olhos, virando-se para aquele que
estava ao lado dele. O jovem que jogou a corrente nele e o cavaleiro que o atacou
pareciam não ter intenção de atacar novamente. Ainda assim, não havia como ele
baixar a guarda. Riftan manteve distância deles e falou de uma maneira fria e fria.
"O que você quer de mim?"
“Eu quero que você se junte ao nosso título de cavaleiro. Estou aqui para convidar você.”
Riftan sorriu, zombando, incrédulo. “Essa é a pior forma de convite que já recebi.”
“Bem, acho que esse cara já estava com muita coragem antes mesmo de começarmos a
conversar com ele.”
O homem de meia-idade lançou um olhar severo de advertência para o cavaleiro atrás dele e
continuou a falar com um suspiro.
"Primeiro, permita-me me apresentar. Meu nome é Evan Triden, um cavaleiro que jurou lealdade
à família real de Whedon, membro dos Cavaleiros Remdragon. Aquele cara faminto por
luta ali é Hebaron Nirta, e o que está ao meu lado é Gabel Laxion. “Ambos são membros
dos Cavaleiros Remdragon.”
“…Remdragon?” Foi a primeira vez que ouvi o nome. Quando Riftan arqueou uma sobrancelha,
o homem sorriu suavemente, confessando humildemente. “Os Cavaleiros Remdragon
não são tão famosos. Principalmente, atuamos ativamente em nossas funções na região sul de
Whedon. Embora nossa lealdade seja jurada à família, somos mais uma cavalaria com
liberdade mais ampla. “Estávamos realizando muitas atividades independentes, então nunca
tivemos a oportunidade de fazer nosso nome.”
“Ou porque vocês não são grande coisa.”
Riftan murmurou cinicamente. O cavaleiro chamado Gabel ergueu a cabeça com raiva, mas Sir
Triden manteve a compostura, sorrindo sem sinais de desagrado.
“Sinto muito que você pense em nós assim. “Parece que você não tem um olhar muito
aguçado para as pessoas.”
Riftan mordeu os lábios. Certamente, Hebaron e o cavaleiro no comando, que bloqueou seu
ataque, eram muito habilidosos e poderosos, eram incomparáveis aos cavaleiros que ele
encontrou enquanto vagava como mercenário. Ele manteve sua vigilância e cuspiu suas palavras
duras.
“Sinto muito, mas não estou interessado em beijar os nobres
bundas. Vá encontrar outra pessoa.

“Não servimos nobremente. “Em vez disso, servimos apenas uma pessoa, e essa é Sua
Majestade, o Rei.”
“Não acho que seja diferente.”
“A diferença é como o céu e a terra. Os Cavaleiros Remdragon obedecem apenas aos

comandos do Rei Ruben III.
Ele é o único em Whedon que tem autoridade para nos dar ordens. Nenhum outro nobre nos
dará ordens.”
Riftan bufou. “Mesmo que o que você está dizendo seja verdade, o rei de Whedon favorecerá um
mercenário humilde que carrega o sangue de pagãos?”
“Você não precisa se preocupar com isso. A Majestade parece gostar de você. “Foi ele quem nos
ordenou que recrutássemos você para o título de cavaleiro.”
Os olhos de Riftan se arregalaram com as palavras inesperadas. Ele havia sido convidado
por vários outros senhores para se juntar aos seus exércitos, mas foi a primeira vez que chamou
a atenção de um membro da realeza.
Quando ele começou a mostrar uma pitada de suspeita de que eles poderiam ter um motivo oculto,
Sir Triden continuou a falar em tom calmo.
“Além disso, cerca de trinta por cento dos Cavaleiros Remdragon costumavam ser
mercenários. Hebaron Nirta também foi mercenário no passado. Claro, existem cavaleiros que
são de famílias nobres, inclusive eu, mas isso não implica nenhum privilégio ou status
dentro da cavalaria. As classificações são baseadas apenas em habilidades. Essa é a regra
absoluta do Cavaleiro Remdragon.”
“Isso parece legal.” Riftan comentou friamente. "Você é
dizendo que é possível que os nobres favoreçam os plebeus e tudo o que eles precisam fazer é
provar suas habilidades? Se você pensou que eu ficaria apaixonado por esse tipo de besteira,
você está falando com a pessoa errada.”
“Que razão há para eu mentir para você?”

O homem inclinou a cabeça, genuinamente confuso e o sorriso malicioso de Riftan

desapareceu de seu rosto. Como disse o homem, era verdade que ele era um nobre que
não tinha motivos para enganar os plebeus. Vivendo em um mundo onde até os mentirosos
eram governados por mentiras, poderia ter se tornado impossível para ele aceitar a
palavra de alguém como ela é.
O rosto de Riftan ficou ligeiramente vermelho, envergonhado por ele agir como se
fosse alguém orgulhoso e importante. O homem aproximou-se dele, retomando a
discussão que ele havia manchado com palavras profanas e preenchendo-a com tom
e gestos amigáveis.
“Ouvi dizer que você deixou de ser mercenário, você planeja ir a algum lugar?”
"Na verdade…"
Talvez o cavaleiro tenha notado que a atitude rude de Riftan havia diminuído e sorriu
apontando para a inscrição em sua armadura.
“Não é melhor confiar em algum lugar novo do que passear sozinho? Basicamente,
ingressar em uma cavalaria não é muito diferente de ingressar em um corpo de
mercenários.”
“Os ganhos são diferentes.”
Apesar de sua resposta atrevida, o homem manteve o sorriso.
“Um caçador de monstros de primeira linha como você pode receber um salário
melhor como mercenário. Mas ser um cavaleiro é sinônimo de honra, dá a você a
oportunidade de construir sua terra e seu castelo quando você faz seu nome.”
Riftan fez uma pausa, olhando ferozmente para o homem. Evan Triden tinha uma
expressão desprezivelmente séria escrita em seu rosto. Ele acha que eu sou uma idiota?
Apenas um pequeno número de cavaleiros poderia possuir castelos e terras. Mesmo os

nobres eram frequentemente expulsos das suas propriedades devido a conflitos de herança,
não havia chance de um imigrante de sangue pagão como ele se tornar um senhor. Riftan bufou
sarcasticamente e jogou a bolsa nos ombros.
“Vocês vão congelar até a morte tentando construir honra para si mesmos. Em qualquer assunto
relacionado a isso, não estou interessado.”
“Então o que exatamente fez você participar da competição de espadas?”
O homem franziu a testa para ele como se não entendesse as palavras e ações contraditórias
de Riftan e sentiu suas bochechas queimarem. Ele não podia admitir descaradamente que
passou por todo aquele trabalho só para ver a garota de suas memórias de infância.
Ele olhou para o homem de forma significativa, afirmando com os olhos que não era da sua conta
e se virou para sair. Então, o cavaleiro de cabelos escarlates, que ouvia a conversa em silêncio,
bloqueou seu caminho.
“Se você permite que seu orgulho o impeça de ter a chance de subir de status, você é um
completo imbecil.”
“…Se você não se mover, eu vou cortar você.”
“Não tenho ideia de por que diabos você é tão teimoso. Você não está ciente de que não
existem muitos cavaleiros que tratam mercenários como nós sem humilhá-los? E mesmo que
esses títulos de cavaleiros o aceitem, eles apenas farão com que você faça o trabalho sujo e o
joguem fora como lixo depois de terem usado você.
“Vocês não são exatamente desse tipo?”
Ao comentar com sarcasmo cínico, o cavaleiro abriu a boca como se fosse gritar algo de
frustração, mas em vez disso estalou a língua.
“Não adianta convencer você com palavras. Venha participar e veja por si mesmo. Você não
tem nenhum lugar para ir de qualquer maneira, certo? Irmão, você gritou dizendo que ser
mercenário dá uma vida melhor, mas isso foi quando você estava em um grupo mercenário. Não
há idiota que confiaria um
“Espadachim errante como você com uma grande soma de dinheiro.” O cavaleiro cuspiu apenas
os fatos e a verdade.
“A menos que você se junte a outro grupo mercenário, você não será capaz de ganhar o
dinheiro adequado. Dado isso, seria melhor para você ingressar em um título de cavaleiro. “Eu
garanto a você, quando você se juntar a nós, você vai gostar.”
“Por que eu deveria ouvir um homem que me atacou do nada?”
Riftan retaliou friamente. O cavaleiro riu, nem mesmo
mostrando um sinal de vergonha.
“Vamos deixar isso no passado. Eu só queria ver suas verdadeiras habilidades. A forma como os
duelos foram conduzidos na competição não parece ser do seu gosto, irmão.”
“Também não gosto de ataques de emboscada.”
“Vou observar minhas ações na próxima vez.”
Não há próxima vez. Riftan sentiu os nervos latejando nas laterais da cabeça e se afastou
deles. No entanto, à medida que as ruas cinzentas e enevoadas surgiram, ele começou a se
perguntar o que diabos ele estava tentando evitar. O líder dos cavaleiros abriu a boca, lançando-
lhe um olhar contemplativo e calmo, como se pudesse ler a hesitação de Riftan.
“Provavelmente nossa abordagem é muito repentina.” Ele deu um passo para trás. “Que tal
fazermos isso com outra opção?
Tente passar três meses primeiro como parte dos Cavaleiros Remdragon. Se não for do seu agrado,
você pode sair quando quiser. De qualquer forma, se você ingressar na cavalaria, precisará passar
por um aprendizado, nós o aceitaremos como membro temporário.”
“…que tipo de ordens você me dará nesses três meses?”
“Oh, céus. “Ele é o homem mais teimoso e cínico do mundo!”

O esguio cavaleiro perdeu a paciência e exclamou frustrado. O comandante ergueu a

mão como se quisesse
conteve-o e continuou a falar.
“Você não receberá nenhuma ordem até se tornar um cavaleiro juramentado.

Em vez disso, se você aceitar esta oferta, eu o colocarei sob minhas asas para aprender
táticas básicas e dominar a equitação. A maioria dos cavaleiros aprendizes passam pelo
mesmo processo para serem juramentados como cavaleiros.”
“…….”
“Claro, caberá a você decidir se deseja completar os três meses.

Se acontecer de você não gostar do título de cavaleiro, você pode desistir a qualquer momento e
ir embora, ou ficar se quiser se tornar um cavaleiro de pleno direito. Você não tem nada a
perder."
“…o que faz você querer tanto que eu participe?”
“Digamos apenas que suas habilidades extraordinárias são extremamente cobiçadas.” O

homem acariciou sua barba escura bem cuidada, um sorriso despreocupado exibido em seus
lábios. “Outra razão talvez seja que nosso rei gosta muito de você. Você é uma joia rara. Com
treinamento adequado, não há dúvida de que você poderá se tornar um grande cavaleiro.
Parece também que o rei decidiu que é melhor acolhê-lo antes que outro país possa arrebatá-lo
dele.”
Riftan olhou atentamente nos olhos castanhos do homem, tentando procurar segundas
intenções. No entanto, o homem não exibiu nada, pelo contrário, era vago como neblina e
ilegível.
Riftan apertou os lábios. Ele não conseguia entender o que o estava deixando tão covarde
e nervoso. Como o homem disse, a oferta o beneficiaria. Ele pretendia deixar Balbon
de qualquer maneira e se ele não gostasse dos cavaleiros Remdragon, ele teria a opção de
partir imediatamente.
"…Multar. Aceitarei sua oferta.
Um sorriso satisfeito se espalhou pelo rosto do homem. "Você pensou bem."
Só então o nevoeiro e a névoa desapareceram gradualmente, os raios do sol

espreitando por entre as nuvens. O homem virou-se na direção do grande templo e
falou.
“Então, vou apresentá-lo aos outros membros da cavalaria. Vamos para a pousada onde
estamos residindo.”
Riftan observou as costas do homem e o seguiu sozinho.
Então, o mago, que observava à distância, o seguiu. Só então os cavaleiros se viraram

para questionar Ruth.
“Vocês se conhecem?”
“Sim, sou o mago de Sir Calypse.”
Ruth levantou a cabeça e respondeu rigidamente. Riftan olhou para Ruth como se tivesse
dito algo que não fazia sentido. Desde quando essa sanguessuga se tornou minha feiticeira?
A inquietação tomou conta do rosto jovem do bruxo enquanto ele tentava incansavelmente
se livrar dos homens. Riftan cerrou os dentes. Eu odiava como ele o fazia se sentir
desconfortável.
Droga… Riftan bagunçou o cabelo para trás com força. Claro. Pelo menos esse cara é
confiável, apesar de me incomodar espalhando boatos e conversas irritantes, ele pensou
consigo mesmo enquanto
hesitou e finalmente cuspiu suas palavras sem rodeios.
“Sim, ele é meu mago.”
"Delicioso. Eu estava procurando por um mago de qualquer maneira. Serei atencioso e o

aceitarei também.”
Depois que o homem anunciou com uma voz alegre, o mago começou a falar em vão
sobre suas habilidades. Riftan avançou, irritado com a voz de Ruth falando sobre o
quão excelente bruxo ele era. Riftan orou fervorosamente por um bom presságio enquanto
as nuvens se dissipavam e o sol dourado brilhava fracamente em todas as direções.
***
O tempo passou como um riacho furioso. Riftan estava liderando sua cavalaria pelos
desfiladeiros quando ouviu o uivo agudo de um falcão, fazendo-o parar. A ave era
Agalde, a mensageira real que o favorecia educadamente. Ele voou graciosamente
pelo vale, procurando um apoio para pousar.
Riftan ergueu o braço adicional revestido de armadura. Agalde pousou em seu braço e
agarrou sua manopla. Ele acalmou a criatura com seu toque hábil e afrouxou a
bolsa amarrada em seus tornozelos. Ele tirou um pequeno pedaço de
pergaminho e seus olhos leram as linhas escritas. Uslin Rikaido se aproximou dele,
perguntando com impaciência.
“Como está a situação?”
Riftan amassou o remendo com uma das mãos e respondeu casualmente. “Todos os
remanescentes da frente Nordeste foram exterminados. “Agora recebemos ordens de
retornar a Whedon.”
"Que significa…"
"Nós conseguimos."
Assim que ele terminou de falar, cerca de cento e quarenta cavaleiros gritaram em voz
alta. Riftan tinha um leve sorriso brincando em sua boca. Já fazia meio ano desde que
eles patrulharam as fronteiras eliminando os invasores de Dristan, todos estavam
ansiosos pela ordem de finalmente retornar à sua terra natal. Riftan exclamou em voz
alta.
“Vá para o leste! Depressa, junte-se ao comandante.” Agalde voou vigorosamente de

volta ao céu, como se entendesse suas palavras.
Ele conduziu seu cavalo contra o vento cortante, seguindo o exemplo. Quando finalmente
partiram do longo desfiladeiro, duzentos homens de cavalaria saudaram a visão, cavalgando
pela vasta região selvagem. Riftan suspirou de alívio ao avistar a bandeira azul tremulando
ao vento.
“Felizmente, parece que não houve muitas coincidências.”
“Se você pode ser derrotado por um bando de meros bandidos, você não merece fazer parte
dos Cavaleiros Remdragon.”
Uslin, que agitou seu cavalo ao lado dele, proferiu com voz orgulhosa. Riftan tinha uma
expressão distante no rosto. Já se passaram quatro anos desde que ele se juntou à ordem
dos Cavaleiros Remdragon e desde então a ordem cresceu em um ritmo assustador,
chegando a contar com mais de 400 homens. Eles ganharam fama sendo os
guardiões da frente oriental, chamando a atenção dos nobres. O segundo filho do Conde
Rikaido, uma das famílias mais prestigiadas de Whedon, até
se ofereceu para listar o pedido.
“Quando voltarmos, teremos alguns meses de descanso. Você está planejando ficar
em Anatol novamente?”
Uslin Rikaido olhou para ele de soslaio e perguntou. Riftan respondeu vagamente em um
murmurar.
"Não tenho certeza…"
“Que tal ficar na capital desta vez? Sua Majestade pretende dar a Sir Calypse o título de
Barão. Para que ele conceda isso, a reação do júri central deve ser reduzida…”
“Você está me dizendo para tremer diante dos nobres e obedecer como um cordeiro?”
Riftan soltou uma risada desdenhosa. “Peço desculpas, mas não tenho intenção de fazer
coisas fora do meu gosto só para conseguir um título. “Para mim, basta ser ordenado
cavaleiro e possuir um pedaço de terra.”
“Suas terras nada mais são do que uma concessão formal a Sir Calypse para que ele pudesse
assumir o posto de vice-comandante. Um título adequado e um território melhor…”
“Você é um incômodo.”
Uslin fechou a boca com uma expressão de decepção no rosto.

Riftan pretendia não notar e dirigiu seu cavalo em direção ao comandante.
"Você se machucou em algum lugar?"
“Como você ousa me fazer uma pergunta tão insultuosa?”
Evan Triden, que comandava os cavaleiros, grunhiu e tirou o capacete da cabeça. O falcão que voava
sem rumo no céu pousou graciosamente em seu ombro. O comandante jogou um pedaço de carne em
Agalde e sorriu relaxado.
“Não estou nessa idade para ser tratado assim por você.”
“Os sintomas da sua última lesão ainda não desapareceram completamente.”
“Bem, isso não é nada para mim. Mais cedo ou mais tarde, mostrarei que sou forte e que ainda
tenho poder dentro de mim.”
O comandante respondeu com firmeza, como se tivesse certeza disso, e os ombros tensos de Riftan
relaxaram.
“Estamos indo agora para Drchium?”

“Não, estamos indo para o Castelo Croix. “O duque nos convidou para um banquete de
vitória de um mês.”
Riftan enrijeceu. Ele frequentemente entrava no território do duque, pois estava

frequentemente envolvido em sua disputa com Dristan, mas sempre evitava
desesperadamente ir ao castelo. Ele falou com um flagrante desconforto em
sua expressão.
“Deixei meu feudo vazio por muito tempo. Se a disputa terminar, gostaria de receber
permissão para retornar às minhas terras.”
“Quem disse que a disputa acabou? Ainda há compensações a serem acertadas pelos
danos infligidos e negociações a serem feitas entre Dristan e o duque. Dele
As ordens da Majestade são para retornar somente depois de supervisionarmos

as negociações. De qualquer forma, precisamos ficar por mais ou menos um mês.” Triden
sorriu amargamente ao ver o desconforto de Riftan. “Estou bem ciente de que você
não se sente confortável com o duque. Mas você é um cavaleiro juramentado a Sua
Majestade, o Rei. Se o duque agir de maneira insultuosa, juro fazer uma reclamação formal,
então junte-se a mim só desta vez.”
Riftan não evitou o Castelo Croix por causa da aversão do duque. Foi uma razão bem
diferente que causou sua evitação, mas ele não conseguiu explicar, então apenas
suspirou.
“Como desejar, comandante.”
Triden sorriu e deu um tapinha nos ombros dele. Eles cercaram seus cavalos direto
para o deserto, em direção ao território do duque. Enquanto eles cercavam
indefinidamente, Riftan sentiu um caroço se formar em seu peito. A sensação estranha
ficou mais pronunciada à medida que os portões do território se aproximavam.
Ele olhou para as paredes brancas acinzentadas, segurando com força as rédeas do cavalo.
Pouco depois de se tornar cavaleiro, ele visitou o local sozinho, mas como
assim que os portões do castelo se ergueram sobre ele, uma estranha sensação de
medo pressentimento subiu em seu peito. Ele se virou em vão e fugiu.
Ele ainda não sabia por que e o que exatamente o assustava.

Seria a chance de ver seu padrasto vivendo uma vida miserável? Ou teria medo de
que a única lembrança que o fazia continuar vivendo se despedaçasse diante de
seus olhos como uma miragem? Ele não sabia.
Riftan zombou de si mesmo. Ele não era mais um inocente,
menino imaturo que se agarrou às suas memórias. Já fazia muito tempo que ele havia
parado de consolar sua solidão pensando nela, e não tinha mais vontade de vê-
la.
Às vezes, ele sentia uma estranha saudade ao ver um campo de flores, mas isso
era tudo. Ele agora estava bem ciente de que suas memórias queridas não passavam
de uma mera ilusão dele.
É o melhor…
As memórias tendem a ser glorificadas. Talvez fosse a hora de acordar de suas ilusões.
Os olhos de Riftan vagaram pela mansão do castelo, conduzindo seu cavalo habilmente
pela larga estrada de tijolos. Os agricultores que aravam os campos imediatamente
baixaram a cabeça. Ele os observou atentamente, quando o comandante se virou para
falar com ele.
“Eu sei que você tem aversão aos nobres, mas por favor, seja o mais cuidadoso
possível com suas maneiras. Como você sabe, o Duque de Croix é o líder dos
nobres orientais.
“Nada de bom resultará dele se tornar seu inimigo.”
“Não adianta se preocupar. “Aquele homem me trata menos do que um ser

humano.” Riftan respondeu em tom seco. “Não posso ser seu inimigo quando ele nem
me considera um ser humano igual a ele.”
O líder virou a cabeça para frente, uma expressão amarga escrita em seu rosto.
Eles cruzaram as colinas suaves imediatamente e chegaram à frente dos
portões do Castelo Crox. Os guardas abriram os portões imediatamente, como
se esperassem a sua visita.
"Finalmente! “Posso comer e beber o quanto quiser nos próximos meses.”
Hebaron conduziu seu cavalo atrás do de Riftan e murmurou em antecipação,

enquanto respirava fundo ao entrar no castelo. Foi a primeira vez que ele retornou
aos terrenos do castelo depois de quase 10 anos. Cada vez que ele passava por
uma cena familiar, velhas lembranças surgiam em sua cabeça. Ele olhou para
os arbustos bem alinhados e as flores desabrochando ao longo do caminho
ordenado do castelo. Ao passarem por seu belo e vasto jardim, surgiu o castelo
do Duque de Croix.
“Só ouvi histórias famosas sobre o castelo do duque.
“Realmente, é incrível.”
Até mesmo Uslin, que vinha de uma das famílias nobres mais prestigiadas de
Whedon, exclamou com admiração enquanto passava os olhos pela esplêndida
fortaleza. Desceram dos cavalos e entregaram as rédeas aos criados e subiram
ordenadamente as escadas de mármore que conduziam à entrada. Ao entrarem
pelas portas em arco que tinham pelo menos 20 kvets (cerca de 6 metros) de
altura, um salão dourado iluminado com milhares de velas apareceu diante de
seus olhos.
Riftan levantou a cabeça, seus olhos vagando pelos arredores. Tudo naquele
salão parecia ser o epítome de todo o luxo que as pessoas poderiam imaginar. Um
gigantesco lustre adornado com cristais brancos brilhava e pendia do teto
arqueado, centenas de janelas de vidro cercavam o salão e armaduras
douradas revestiam as paredes de gesso branco. Ele estava folheando-os
com uma expressão meio exausta quando uma voz arrogante ecoou.
“Eu ouvi a notícia da sua vitória. Você passou por um

“muitas dificuldades.” O duque de Croix desceu lentamente as escadas, acompanhado

por seus guardas. “Os Cavaleiros Reais chegaram cedo ontem à noite e estão descansando.
“Eu concederei a todos vocês um quarto também para que possam descansar
confortavelmente.”
"Obrigado por sua hospitalidade."
Triden marchou para frente e cumprimentou educadamente. O duque de Croix olhou para ele
como se quisesse reconhecer a sinceridade do homem e confirmou seus servos.
“Traga os convidados para seus quartos.”
Assim que o homem deu suas ordens, dezenas de servos desceram correndo as escadas e
os cavaleiros os seguiram. Ao atravessarem o grande salão, um grupo de senhoras olhava
para eles da varanda do segundo andar, rindo entre si.
São as esposas dos cavaleiros que vieram assistir ao banquete? Riftan questionou
interiormente e franziu a testa ao ver a maneira como eles olhavam para eles como um
espetáculo. Naquele momento, uma mulher parada no final do corredor chamou sua
atenção.
Riftan parou no meio do caminho. Ele não conseguia ver o rosto dela claramente enquanto
ela se escondia nas sombras escuras, mas foi capaz de reconhecer o cabelo dela que era
da cor de um vinho tinto profundo. Ele engoliu em seco, sua garganta apertando de repente.
Quando ele inconscientemente se aproximou dela, a expressão da mulher se transformou
em perplexidade e se escondeu atrás de uma pílula.
“Senhor Calipse? Qual é o problema?"
Gabel Laxion olhou para ele com curiosidade enquanto ele permanecia rígido com uma
expressão confusa no rosto. Riftan mal recobrou o juízo e se virou.
"…Não é nada."
Poderia ou não ser ela, de qualquer forma, isso não deveria importar para ele. Riftan deu
um passo à frente, gemendo consigo mesmo, que ainda se agarrava às lembranças de 10
anos antes. Porém, ao ir para o quarto descansar, não conseguiu conter a agitação e
o nervosismo.
Ele bagunçou o cabelo com raiva e abriu as janelas. O sol se punha no crepúsculo, a
paisagem que se desenhava à sua frente era o vasto quintal onde puxava carroças
cheias de esterco de cavalo ou lenha. Naquele momento, ocorreu-lhe como sua vida
havia mudado tão dramaticamente.
Quando ele fugiu daquele lugar, nunca lhe passou pela cabeça que algum dia
voltaria para lá como cavaleiro.
“Posso entrar um pouco?”
Enquanto ele estava imerso em seus pensamentos, a voz do comandante soou do

lado de fora da porta. Riftan abriu lentamente a porta para ele. Triden, que agora
estava vestido para uma ocasião, olhou para ele da cabeça aos pés e suspirou.
"Eu sabia que isso ia acontecer. O que diabos você está vestindo?
Riftan olhou para sua roupa e semicerrou os olhos. Sua túnica azul escura, calça
preta e botas de cano alto feitas de couro de vaca eram seu traje mais limpo e
adequado. eu tenho arqueado
uma sobrancelha para o comandante, perguntando-se qual parecia ser o problema.
“Você estava planejando comparecer ao banquete vestido assim?”
Riftan encostou-se no batente da porta e suspirou.
“Eu não estou planejando ir. Você já não sabe que me sinto desconfortável nessas
situações?”
“Calypse, é um banquete de vitória. Em última análise, você é o herói desta vitória.

“Você decapitou Rudgal, que é o líder dos bandidos.”
“Não creio que o anfitrião deste banquete tenha os mesmos pensamentos.”
O comandante manteve uma expressão firme diante de sua resposta cínica.

“Eu já lhe disse várias vezes que entregarei o comando da cavalaria para você. Esta
decisão está de acordo com a vontade dos associados. Para que você consiga minha
posição sem qualquer proposta, temos que agradar aos olhos dos nobres. “Não posso
ceder por você hoje.”
“Eu não sou adequado para ser o comandante. Há outros que têm status melhor do
que eu…”
“Agora, você está tentando quebrar a regra final da cavalaria?”
Triden retaliou com um tom áspero. Riftan mordeu os lábios.
É a regra não escrita dos Cavaleiros Remdragon basear
suas fileiras apenas com base nas habilidades. Mesmo que ele próprio se recusasse a
assumir o cargo de comandante, os outros membros não concordariam facilmente. Riftan
suspirou e finalmente deixou Triden entrar em seu quarto.
"O que você quer que eu faça?"
“Primeiro de tudo, precisamos vestir você.”
Ele sorriu e acenou para o criado que estava esperando no corredor.

Riftan soltou um gemido ao olhar para a pilha de roupas nos braços do menino.
Triden deu um tapinha em seu ombro com a palma da mão forte e riu maliciosamente.
“Embora você seja extremamente anti-social, você tem um rosto bonito que chama a
atenção das pessoas. “Você terá que aprender a usar suas cartas a seu favor.”
"Você está dizendo que quer que eu seja seu rosto?" Riftan franziu a testa
ferozmente.
O comandante bufou e empurrou roupas coloridas para o rosto. “Você tem o péssimo
hábito de distorcer as palavras de forma negativa.
“Não é humilhante vestir-se bem e exibir seu charme para as mulheres.”

“Em vez disso, deixe esse trabalho para Nirta! Seus olhos brilhariam de alegria e representariam
o papel imediatamente.”
Triden soltou um suspiro. “Eu não posso lidar com ele. Outro dia, flertei orgulhosamente com
uma senhora diante dos meus olhos. Então, a noiva da jovem atacou-nos e ficou furiosa.
Poderia ter sido um caso preocupante. Se eu pudesse, não o deixaria entrar no salão de
banquetes hoje.”
“Então Rikaido…”
“Calipse.” O comandante disse seu nome em voz baixa e autoritária.

“Não me faça repetir: não posso ceder por você hoje. Você é o principal contribuidor
para proteger a frente oriental, os nobres orientais são obrigados a prestar homenagem a
você. “Aproveitarei esta oportunidade para tornar seu nome conhecido e gravado nas
mentes dos nobres conservadores.” O homem entregou-lhe meias de seda com expressão
firme. “Então, pare de falar e apenas use-o.”
No final, Riftan não conseguiu superar a persistência do comandante e vestiu as meias brilhantes
que puxou até as panturrilhas e vestiu um manto decorado com bordados coloridos. Como se
não bastasse, o comandante estendeu um chapéu com penas coloridas.
Riftan franziu a testa com uma expressão de desgosto.
“Prefiro me enforcar do que usar isso na cabeça!”
O líder colocou o chapéu na cama, derrotado. Riftan respirou nervosamente e olhou

com desaprovação para seu reflexo no espelho. Ele se sentia como um palhaço vestido assim,
mas Triden concordou alegremente, satisfeito com a forma como ele estava vestido.
“Você não parece menos que qualquer outro nobre quando está vestido assim. Agora, tudo
o que resta a fazer é cortar o discurso rude da sua língua.”
“…Vou tentar manter minha boca fechada tanto quanto possível.”

Riftan concordou sem rodeios e pegou a capa que o servo
ele estava segurando e colocou-o sobre os ombros. A noite havia caído do lado de fora de suas janelas.
Ele então seguiu o comandante até o salão de banquetes e desviou os olhos. Cada canto do castelo
brilhava intensamente, me perguntei quantas velas estavam acesas só para aquele banquete.
Enquanto pensava em coisas sem sentido, o comandante bateu-lhe no ombro e emitiu outro
aviso severo.
“Agora, apresentarei você aos nobres orientais, um por um. Estou lhe dizendo repetidamente,
por favor, tome cuidado com suas maneiras e seja educado.”
“Eu farei o meu melhor.”
Riftan suspirou e entrou no salão de banquetes. Naquele momento, os olhos de todos voaram para ele.
Ele mal conseguiu manter o rosto sério ao ver como as pessoas olhavam para ele como se ele fosse um
espetáculo raro. Centenas de nobres estavam reunidos no salão e o comandante começou a
apresentá-los um por um. Ele se perguntou se realmente precisava agraciar cada olhar de todos
aqueles nobres.
Enquanto procurava desesperadamente uma maneira de escapar das exaustivas

apresentações, o duque de Croix, que estava parado no meio do salão de banquetes, chamou sua
atenção.
Para ser mais preciso, não foi exatamente ele quem chamou sua atenção, mas a mulher com um
vestido verde escuro ao lado do duque.
Riftan sentiu como se alguém tivesse acertado sua cabeça do nada.
Ele havia pensado na possibilidade de conhecê-la, mas estava determinado a não atribuir nenhum
significado profundo a isso.
No entanto, no momento em que seus olhos pousaram no ruivo
garota, sua cabeça instantaneamente ficou em branco.

Ele olhou e passou os olhos pela figura dela. Sua altura chegava ao redor do peito, então ela
ainda era pequena, mas considerando como ela costumava alcançar apenas a cintura,
ela cresceu bastante. A garganta de Riftan estava seca e ele puxou as vestes que pareciam
estar apertando seu pescoço.
“Seria bom dizer formalmente suas saudações ao Duque Croix.”

Talvez sentindo sua súbita agitação, Triden advertiu levemente.
Riftan mal conseguiu acenar com a cabeça. O comandante caminhou orgulhosamente pelo
salão de banquetes, aproximando-se do duque.
“Minha mais profunda gratidão por oferecer um banquete tão suntuoso, Duque Croix.”
“Eu só estava fazendo o que é apropriado para homenagear os heróis que defenderam
esta terra, visconde.”
O duque virou-se graciosamente para eles e ergueu o queixo audaciosamente.

Riftan, que se esqueceu de respirar, observou atentamente enquanto a garota se virava
lentamente na direção deles.
O som dele engolindo sua saliva ressoou alto em seus ouvidos enquanto ele estava
dominado pela agitação. Ele esfregou as palmas das mãos úmidas nas calças e lutou
desesperadamente para não encarar a garota com muita força, mas por mais que tentasse,
seus olhos estavam colados nela como um ímã naturalmente atraído pelo aço.
Seus olhos percorreram seu cabelo meticulosamente trançado
enrolado em um coque, o pescoço longo e esguio, os ombros estreitos e a cintura fina,

acentuados pelo vestido de seda esvoaçante.
A garotinha de suas lembranças sempre teve o cabelo desgrenhado.
Muitas vezes, seu cabelo era trançado em apenas uma ou duas partes e muitas vezes
inchava como uma nuvem, à medida que se enroscava em galhos e arbustos. Ele se
perguntou se aquela mulher de aparência majestosa e a garota que arrastava um carro robusto
bolsa coletando pedras eram a mesma pessoa. Triden falou gentilmente enquanto Riftan
olhava fixamente com uma expressão pasma.
"A senhora que está atrás de você é?"
“Desculpe-me pela introdução tardia. “Ela é minha filha, Maximillian.”
O duque de Croix incentivou-a a dar um passo à frente. Só então a garota que olhava
constantemente para o chão levantou a cabeça. Riftan sentiu um estranho tremor percorrer sua
espinha.
Embora ela tivesse um rosto semelhante ao da garota em suas ilusões, ela cresceu de forma
diferente. Traços da infância eram evidentes em sua testa redonda, bochechas e queixo
estreito, mas sardas marrons que ele nunca tinha visto antes salpicavam a região inferior do
nariz e das maçãs do rosto, como pó dourado. Seus olhos ainda eram grandes e cinzentos como
um lago de inverno, mas agora havia uma tristeza desconhecida neles.
Ele franziu a testa, curioso para saber por que ela estava com uma expressão tão sombria. E
então, no momento em que ela colocou os olhos nele, uma clara expressão de medo tingiu
seus olhos, juntamente com uma expressão meio perdida em seu rosto. Todo o corpo de Riftan
enrijeceu em estado de choque.
Ele nunca imaginou que ela teria medo dele. Afinal, ela era uma garota que investiu
destemidamente contra um monstro do seu tamanho. No entanto, ela estava olhando para ele
com terror, seus ombros tremiam visivelmente, como se ela estivesse olhando para um monstro
escondido. A expressão em seus olhos atingiu seu coração como uma adaga.
“É uma honra conhecê-la, senhorita. “Meu nome é Evan Triden.”
O comandante estendeu a mão e deu-lhe um sorriso suave e tranquilizador.

A garota hesitantemente estendeu a mão e colocou a mão contra a dele. O homem então
curvou-se educadamente e beijou as costas de sua mão.
“Este jovem ao meu lado é meu subordinado, Riftan Calypse.”
Ele a apresentou a Riftan, que estava muito rígido.

"…É um prazer conhecer você."
“P...p-prazer em conhecê-lo.” Seu olhar se voltou para baixo e ela murmurou com voz
trêmula. Sua voz era tão suave que seria difícil entender suas palavras sem prestar atenção
total.
Riftan estava se afogando em um desânimo inimaginável: as fantasias que ele tanto

acalentou por quase uma década desmoronaram como um castelo de areia diante de seus
olhos. Ele dependia dessas lembranças dela, usando-as como uma vontade de viver, mas ela
não conseguia nem olhar para ele nos olhos. Ele se sentia o maior idiota do mundo.
Na verdade… teria sido melhor se não nos encontrássemos novamente.
As ilusões deveriam ter sido deixadas como ilusões e as memórias não deveriam ser nada mais
do que apenas memórias. A voz do duque Croix ressoou de repente enquanto ele era devorado
pelo vazio que sentia.
“Criança, você parece pálido. Você ainda não está se sentindo bem?
As costas da garota se curvaram e então ela balançou a cabeça lentamente. Um suspiro suave
escapou dos lábios do duque.
“Agora que você terminou de cumprimentar os convidados, você pode voltar para o seu quarto
para descansar.”
A garota olhou uma vez para Riftan e Triden, depois fez uma reverência, virando-se lentamente
para sair. O duque, que a encarava com olhar ansioso, lançou um sorriso seco para o
comandante.
“Peço desculpas pela grosseria. “Ela é uma criança reservada, então não se sente
confortável em lugares barulhentos como reuniões.”
“Ela não está na idade certa para ir ao palácio real?”
“Sou eu quem se recusa a mandá-la.” O duque balançou a cabeça e recostou-se como se fosse
um pai generoso.
“Embora ela cumprimente os nobres em certas ocasiões, me preocupa como ela reluta em
aparecer na frente das pessoas. “Eu, sem saber, estraguei-a por hábito, porque senti pena dela
desde que ela perdeu a mãe quando era muito jovem.”
O homem acariciou a barba e estalou levemente a língua.
“Sei que devo ser rigoroso com eles à medida que envelhecem, mas continuo mimando-os sem
perceber.”
“Você tem um grande carinho por sua filha.”
“Como você sabe, só tenho duas filhas. Estou determinado a fazer tudo ao meu alcance para
fazê-los viver como quiserem.”
Riftan seguiu sua figura distante com os olhos enquanto a conversa acontecia.
Embora ele dissesse repetidamente a si mesmo que estava se apegando a uma mera ilusão,
seus olhos a seguiram e ele sentiu como se tivesse acabado de perder um tesouro precioso
para toda a vida. Ele balançou a cabeça, lutando para se livrar de seus sentimentos
amargos.
Logo, o duque de Croix conversou com outras pessoas enquanto Riftan

cumprimentava mecanicamente mais nobres orientais.
Depois, ele sentou-se sozinho em um canto e bebeu taças de vinho, uma após a outra.
Porém, em vez de ficar bêbado, seus pensamentos só ficaram mais claros.
Desconsiderei o fato de que me senti completamente desapontado.
Sentir-me desapontado significava apenas que eu esperava outra coisa. O que você esperava?
Você esperava que ela sorrisse e reconhecesse você? Ou você esperava que ela corasse e
ficasse hipnotizada com sua aparência?
Ele sorriu para si mesmo. Era hora de se libertar das suas fantasias imaturas. Embora
tivesse um título, ele ainda era um pagão mestiço humilde e filho ilegítimo, enquanto ela
era filha de um venerável duque.
Riftan bebeu inúmeras taças de vinho e voltou para seu quarto, adormecendo
instantaneamente. Na manhã seguinte, um
uma dor de cabeça latejante o picou no momento em que ele abriu os olhos. Ele murmurou
palavrões desagradáveis e segurou a cabeça.
Normalmente, tenho evitado beber bebidas alcoólicas, por isso nunca tive ressaca. Ele gemeu
com a dor desconhecida e bebeu um copo cheio de água fria.
No entanto, a dor não foi afugentada. Uma dor surda incomodou suas pálpebras, percorrendo
todo o caminho até as têmporas.
“Porra…”
Que diabos é esse sentimento? Riftan estalou violentamente a língua e lavou o rosto com água
fria, depois trocou de roupa na tentativa de levantar o ânimo. O tempo estava ensolarado,
oposto ao seu humor descontente. Ele caminhou até o labirinto do jardim e olhou para
o céu sem nuvens com desgosto.
Ao sair do castelo e atravessar as colinas largas, uma cabana em ruínas chamou sua
atenção. Ele parou em seus passos e sua garganta parecia ter um espinho preso nela. A
cabana estava relativamente limpa e conservada, provando-se errada com suas expectativas
de que estaria abandonada há muito tempo.
Riftan vasculhou os arredores e espiou a cabana escura pela janela aberta. Havia uma
pequena horta no quintal e cerca de três ou quatro galinhas vagavam dentro da pequena
cerca.
Ele se perguntou se seu padrasto ainda morava lá. Não, talvez outra pessoa tenha
começado a morar aqui depois que meu padrasto foi embora.
De qualquer forma, ele não poderia verificar por si mesmo imediatamente. Ele olhou
novamente para a cabine vazia e se virou hesitantemente. Naquele momento, algo de
repente voou em direção ao seu rosto. Riftan bloqueou e agarrou-o. Um magro
O menino que segurava um arado usado nos campos olhou para ele com um olhar feroz.
“Por que você está bisbilhotando, tentando roubar?!”
Riftan olhou para o garoto que surgiu do nada.
O rosto do garoto estava vermelho enquanto ele bufava, não parecendo ter medo dele.
“Você estava planejando roubar todas as galinhas do meu pai, não é? "Eu sabia!"
"…você mora aqui?"
O menino tentou puxar o arado das mãos de Riftan e gemeu, erguendo o queixo.
“Sim, esta é a nossa casa! Então, você não pode tirar nada daqui sem minha permissão!”
“Eu não vim aqui para roubar.” Riftan respondeu com voz baixa e calma e dobrou os joelhos
para observar o rosto desalinhado da criança.
Seus olhos castanhos e aduncos pareciam familiares. "Qual o nome do seu pai?"
“Por que você deveria saber disso?”
O menino exclamou vigorosamente e arqueou uma sobrancelha. A criança de repente sentiu-

se ameaçada pela sua proximidade e recuou, choramingando. Riftan falou com a voz mais
contida que tinha.
“Eu devo ao homem que morou aqui. “Vim aqui hoje para saldar essa dívida.”
"Esta é nossa casa. “É nosso antes mesmo de eu nascer.”
"Qual é o nome do seu pai?"
O menino hesitou um pouco, mas logo respondeu. "Não vão…"

Esse era o nome de seu padrasto. Riftan perguntou novamente com um tom calmo. "Quantos
anos você tem?"
"…Oito anos de idade."
O menino respondeu em tom menos vigilante, sentindo a mudança de clima.

Riftan levantou-se lentamente e olhou para a cabana de onde fugiu.
Aquela casa estava repleta de lembranças tão amargas e terríveis que o fizeram se
perguntar como seu padrasto conseguiu constituir uma nova família. Foi difícil para ele
imaginar que tivesse feito isso, pois ele próprio não suportava passar uma noite ali e
fugiu.
“…Como está a saúde do seu pai?”
“Ele reclama todos os dias sobre como suas costas doem, mas ele está saudável. “É minha
mãe quem está doente.”
O menino se recuperou rapidamente das suspeitas dele e começou a revelar mais informações.
Riftan franziu a testa com a notícia. “…Sua mãe está doente?”
“Ela está doente desde o dia em que deu à luz minha irmã mais nova. E ainda assim, ela
sai para trabalhar no campo todos os dias enquanto carrega minha irmã nas costas.” o
pequeno
o menino largou o arado e olhou para ele com curiosidade.
“Você é amigo do meu pai?”
Riftan não sabia o que responder, então mordeu os lábios. Ele se sentiu aliviado por
saber que seu padrasto não estava vivendo uma vida miserável, mas estranhamente se
sentiu amargo por dentro e isso o enojou. O homem que ficou preso com sua mãe e ele por
doze anos finalmente conseguiu uma família de verdade: era algo que o deixaria
satisfeito.
Riftan puxou a bolsa pendurada na cintura e estendeu-a para o menino.

Dentro da bolsa havia pelo menos quarenta moedas de ouro.
“Como eu disse antes, devo muito ao seu pai. Dê isso a ele.
“
“Quanto meu pai te emprestou? Sem ter muito dinheiro…
O menino pegou a bolsa e olhou dentro dela com curiosidade. Ele impediu o menino
de tirar as moedas de ouro e avisou-o com cuidado.
“Há dinheiro suficiente para que até sua mãe e seu irmão mais novo possam viver
confortavelmente pelo resto de suas vidas. Se você mostrar esse dinheiro aos outros,
eles podem tirá-lo.” O garotinho protegeu a pesada bolsa de couro e a abraçou contra
o peito, parecendo genuinamente assustado. “Você tem que escondê-lo com cuidado
dentro de sua casa e entregá-lo ao seu pai quando ele voltar. Você pode fazer aquilo?"
“S-sim…”
O menino entendeu perfeitamente e imediatamente correu para a cabana. Riftan

olhou para a figura do menino e depois se virou lentamente. Quando estava prestes
a sair, o menino colocou a cabeça para fora da porta da cabana.
“Senhor, qual é o seu nome? Posso contar ao meu pai quem veio visitar aqui?
“...ele saberá se você contar que foi Riftan.”
"Você não vai conhecer meu pai?"
Riftan balançou a cabeça e foi embora. Ele tentou voltar para o castelo, mas estava
ansioso porque confiou uma quantia excessivamente grande de dinheiro a uma
criança, então apenas se escondeu na floresta e observou a cabana em segredo.
Esperei muito tempo. Finalmente, um homem de costas curvadas subiu a colina com
ferramentas agrícolas amarradas nas costas. Riftan olhou silenciosamente para o
homem cujo rosto estava queimado pelo sol e cujo cabelo estava ficando ralo. Até parece
O menino estava esperando o tempo todo na janela, saiu imediatamente de casa e correu
para o pai como uma flecha.
Riftan se virou e caminhou rapidamente em direção ao castelo. Estranhamente, seu peito

parecia vazio. Não foi ele quem partiu tão sem coração? E, no entanto, por que no fundo do
seu coração ele esperava que aquele fosse um lugar para onde algum dia pudesse
retornar? Agora que não havia mais nada para ele lá, por que ele se sentia tão relutante em
visitá-lo? Uma risada sarcástica saiu de sua boca.
Você esperava que tudo ficasse parado e esperasse por você? Se você tivesse pensado
um pouco assim, então você
nada mais são do que um imbecil arrogante.
Riftan esfregou a testa latejante e caminhou um pouco mais rápido. Tudo o que ele
desejava agora era voltar para seu quarto e descansar. Ele queria dormir e não abrir os olhos
por pelo menos dois dias.
Porém, ao chegar ao Castelo Croix, a vontade de descansar desapareceu

repentinamente. Ele também sentiu que só o incomodaria mais se encontrasse seus colegas
e o comandante. Embora confiasse neles, ele não tinha intenção de mostrar-lhes o seu
lado fraco.
Ele circulou pelo jardim e começou a caminhar pelo caminho da floresta deserta.
A dor latejante em sua cabeça diminuiu gradualmente à medida que ele passava pelos
atalhos que costumava seguir quando carregava carvão ou lenha nas costas quando era
criança.
Ele descansou contra uma árvore, apoiando as costas em seu tronco maravilhoso, parando
um momento para recuperar o fôlego.
De repente, ele percebeu onde realmente estava, seu rosto endurecendo. Riftan
suspirou desanimado, olhando para o anexo branco-acinzentado que espiava através da
densa floresta. Ele não conseguia acreditar que havia percorrido todo o caminho até
aquele lugar. Ele saiu da floresta com os ombros caídos como um homem cansado de
uma longa jornada. O jardim que ele tinha visto inúmeras vezes em suas ilusões se
aproximava cada vez mais.
No entanto, parecia completamente diferente de como eu me lembrava. Ele franziu a

testa vendo o cenário solitário: o canteiro de flores que era exuberante com vários
tipos de flores agora não era nada além de terra varrida com ervas daninhas em
crescimento,
cercado por um estranho silêncio.
…você não visita mais aqui?
Ele se abaixou para pegar uma flor morta, esmigalhando suas pétalas secas com
a ponta dos dedos. Talvez ela eventualmente tenha negligenciado este lugar desde
que parou de ficar no anexo. Riftan riu do fato de que até o lugar onde suas ilusões
aconteciam estava todo vazio. Ele ficou inexpressivo por um momento, esfregando
a nuca, depois se virou lentamente.
Naquele momento, ouvi uma risada estridente vindo de algum lugar. Riftan virou a
cabeça, mas não viu mais ninguém no jardim. Ele ficou inexpressivo em meio
ao vento sombrio, sentindo uma presença à distância, e rapidamente se moveu
em sua direção.
Ao circular pelo anexo, seus olhos encontraram Maximillian Croix, agachado no

chão e brincando com um grande gato. Ele ficou escondido, observando-a. A garota
usava um modesto vestido marrom-avermelhado que estava longe do vestido que
ela deu no banquete. Seu cabelo, que havia sido firmemente trançado e enrolado
para prender cada mecha, agora estava naturalmente desgrenhado e caía
suavemente sobre os ombros.
Seu rosto pálido como marfim tinha um jovem rubor avermelhado.
Uma pontada aguda atingiu seu peito. A cena diante de seus olhos era semelhante
às suas ilusões, mas ele não queria se apaixonar por ela novamente como
um completo idiota. Riftan virou-se apressadamente, ansioso para ser pego.
De repente, uma voz quase incompreensível o deteve.
“V-você… você gosta de mim…?”

Como se fosse detido por uma força poderosa, Riftan não conseguiu evitar olhar para trás
novamente. Ela estava falando com o gato, que estava deitado a seus pés, e tinha uma
expressão solene. Foi uma visão engraçada, mas estranhamente ele não sentiu vontade de
rir.
Um sorriso surgiu nos lábios de Maximillian enquanto o gato se espreguiçava e esfregava o rosto
na barra da saia, como se entendesse a pergunta dela. Ela cuidadosamente embalou o gato em
seus braços e sussurrou para ele como uma criança brincalhona com uma boneca.
“E-então… sempre… você ficará ao meu lado?”
Ela perguntou, com uma voz surpreendentemente instável e lamentável.
Riftan segurou o peito, sentindo uma dormência no canto do coração. A solidão que ela emitia
era tão clara que parecia que ele poderia tocá-la com as mãos. Naquele momento, ele sentiu
como se ela fosse alguém mais próximo do que qualquer outra pessoa. Ele olhou impotente
para o rosto vulnerável dela e depois fugiu.
Olhar para cima só o deixará infeliz. A voz de seu padrasto ecoou em seus ouvidos como se ele
estivesse tendo uma alucinação auditiva. Por que eu esqueci? Eu não deveria ter vindo aqui.
Eu não deveria ter vindo vê-la. Eu não deveria saber que ela ainda está sozinha.
Riftan roçou a borda dos lábios com as mãos trêmulas.
A garota tinha a parte mais suave do seu coração. Ele não deveria ter ido lá e se dado conta de
quão facilmente ela poderia capturar seus sentimentos com um único olhar. A garota estava
profundamente enraizada em seu âmago antes que ele tivesse a chance de se apaixonar por
outra pessoa, antes que ele fosse capaz de defender seu
sentimentos com uma casca dura. E ainda assim, ele temia que seu único conforto e paraíso
se despedaçassem.
Riftan chutou violentamente o chão, furioso por motivos desconhecidos.

O que significa para mim se ela está sozinha ou não? Ele não conseguia entender por que
se sentia assim por uma mulher que vivia em um luxuoso castelo sob a proteção de
um pai rico.
Você esqueceu os olhos assustados com que ela olhou para você?
Pare agora. Até quando você irá se debruçar sobre essas memórias falaciosas?
Ele fugiu do local, sacudindo o turbilhão de confusão que lutava em seu coração.
***
Desde então, ele não ousou se aproximar do anexo do castelo e evitou comparecer aos
banquetes tanto quanto pôde. No entanto, a presença dela continuou a despertar seus
nervos como se ele tivesse um espinho sob as unhas.
Era inacreditável como ele conseguiu encontrá-la tão facilmente em um castelo tão vasto.
Ele conseguia distinguir sem esforço o som dos passos dela, não importava a distância
que ela estivesse, e conseguia entender todas as suas palavras, não perdendo nenhuma
delas, mesmo que fosse pronunciada em um sussurro: todos os seus sentidos pareciam
estar voltados para a existência dela. Apenas olhar para ela à distância deixou todo o seu
ser ansioso.
Riftan estava ciente de quão consciente ele estava em relação a ela, mas
ele não tinha como controlar suas próprias reações. Ele estava perdendo o juízo, lidando
com as sensações desconhecidas que estava sentindo.
Quando ele era jovem, ele nunca pensou nela como alguém que ele cobiçaria
desesperadamente. Quando ele pensava nela, sentia uma afeição gentil.
Sempre que ele a via sorrir, seu coração ficava quente. Mas o que ele sentia agora era
incomparável com então, seus sentimentos eram intensos e apaixonados a ponto de serem
dolorosos. Quando ele pensou nela, ele não sentiu conforto
como ele fez antes. Em vez disso, seu coração parecia meio paralisado e um
estranho desejo cresceu dentro dele. Certa vez, ele se vestiu da maneira mais arrojada
que pôde com a intenção de conversar com ela, mas acabou sendo em vão quando ela
ficou apenas alguns instantes para mostrar o rosto e saiu imediatamente do banquete.
Ele se sentiu um idiota, fixando-se na frente de um espelho por uma hora só para
acabar daquele jeito. Riftan perguntou a Hebaron em um tom indiferente, tentando ao
máximo esconder sua decepção.
“Ei, eu pareço tão assustador?”
Hebaron, que bebia uma taça do melhor vinho como se fosse água, olhou para ele com os
olhos arregalados. Em breve, houve uma sugestão de provocação em seu rosto.
“Eu me pergunto qual senhora lamentável ficou arrepiada quando viu o vice-
comandante?”
Riftan conseguiu manter uma expressão composta. Mesmo que tivesse que morrer, ele
não queria admitir que quase causou isso. Assim que Hebaron se aproximou dele,
Riftan tentou
apagar as memórias de como Maximillian olhou para ele.
Então, ele falou de maneira sarcástica, com a voz baixa.
“O comandante está me importunando para ser sociável.”
“Então é por isso que você está se vestindo tão bonita ultimamente?”
Hebaron sorriu, olhando sua roupa da cabeça aos pés. Riftan agarrou a espada
amarrada à cintura.
"Você quer morrer?"
Hebaron curvou ridiculamente os ombros corpulentos, exagerando seu medo e exibindo

um falso terror no rosto. “O problema não é a aparência do vice-comandante. O
problema é a sua impassibilidade! Tudo o que você precisa fazer é brincar, falar e sorrir!
Basicamente, as pessoas não terão medo de nós quando homens com físicos como o nosso
sorrirem tanto quanto pudermos. Estou com uma cara arrogante, mas as pessoas não se
intimidam comigo, certo?”
Riftan manteve a boca fechada enquanto as palavras de Hebaron faziam sentido. O que ele
disse teria sido suficiente, mas ele não parou por aí. Ele continuou a falar, criticando Riftan.
“Além disso, você tem uma aura sombria ao seu redor. Quando você olha para mim, mesmo
que não diga uma palavra, sinto arrepios. Quem se atreveria a abordar alguém que está
no meio de um salão de baile com olhos afiados como lâminas, como se estivesse no
meio de um campo de batalha? Mesmo cavaleiros bem treinados temem isso, não admira
que as damas se afastem de você.
Suas palavras significavam apenas que seria impossível para ela olhar para ele sem ficar
assustada, a menos que a alma de outra pessoa possuísse seu corpo.
Pela primeira vez, Riftan sentiu inveja do sujeito parecido com um urso. Hebaron tinha cerca
de meio
era mais alto que ele e pesava mais que ele, mas naturalmente podia conversar com
qualquer pessoa quando quisesse. Riftan tomou um gole de vinho, afogando sua amargura.
“Pensando bem, você está pensando profundamente, vice-comandante.”

Hebaron disse do nada, uma expressão satisfeita pintada em seu rosto.
“Você finalmente assumirá a posição de nosso comandante?”
“… não tire conclusões precipitadas.” Riftan cuspiu sem rodeios e levantou-se. As sobrancelhas
grossas de Hebaron franziram enquanto ele parecia tão determinado a recusar
descaradamente a posição.
“A maioria dos homens que se juntaram aos Cavaleiros Remdragon se alistaram porque
admiravam o vice-comandante. Até mesmo Uslin Rikaido, que foi oferecido para ser um
Cavaleiro Real, optou por se juntar a nós. Todo mundo pensa que Riftan Calypse será o
comandante! Até quando você vai pensar em suas origens passadas?”
“…Não faça com que pareça tão fácil.”

Riftan lançou-lhe um olhar feroz. Hebaron Nirta nasceu em uma família aristocrática
decaída e tinha características distintas de um Whedon. Mesmo que ambos fossem
mercenários, ele tinha uma formação melhor do que ele, que tinha o status mais baixo dos
mais baixos. O irritava como o cara falava sobre suas origens de maneira tão casual.
“Há muitos nobres conservadores em Whedon. Não faz sentido se degradar

deliberadamente.”
Hébaron bufou. “De qualquer forma, somos hereges, então não importa o que os nobres digam
sobre nós, só precisamos seguir nosso próprio conjunto de regras.”
Riftan sentiu-se ridicularizado pela lógica ignorantemente simples de Hebaron e deixou

o lotado salão de banquetes sentindo-se enojado. Não era hora de ser patético e desejar uma
mulher, era ridículo da parte dele agir assim quando havia outras coisas importantes em
que pensar. Ele removeu os enfeites pendurados no pescoço e bagunçou violentamente o
cabelo bem cuidado.
O tedioso banquete da vitória deveria terminar dentro de uma semana. Assim que saíram do
Castelo Croix, ele teve que se despedir para sempre do idiota que se vestia de palhaço
só para chamar a atenção de uma garota. Riftan olhou para o céu escuro e virou-se na direção
de seu quarto.
A partir do dia seguinte, Riftan nem se atreveu a chegar perto do salão de banquetes.
Ao vê-lo empunhar sua espada nos campos de treinamento do amanhecer ao pôr do sol, o
comandante suspirou resignado.
“Sim, estive pensando que você está estranhamente bem comportado nas últimas semanas.
Você já está se sentindo um pouco entediado?
“Estamos partindo para Drakium em breve. “Tenho que repolir os movimentos dos
meus braços.”
Ritan murmurou sem rodeios e balançou a espada no ar. Triden, que o observava com os
braços cruzados, desceu as escadas e tirou a espada da bainha amarrada à cintura.
"Bom. Também estou ansioso para duelar. Faz muito tempo,
devemos nós?"
Riftan olhou para ele, suspirando enquanto baixava sua espada bastarda. Ele estava
praticando sem parar há cinco horas e estava encharcado de suor. Ele enxugou o suor da testa
e pegou a capa que havia tirado antes.
“Por favor, não. “Não tenho intenção de torcer ainda mais seu braço.”
“Aigoo, acho que o vice-comandante tem medo de ser humilhado.”
O vice-comandante olhou para a varanda que dava para o campo de treinamento e

balançou a cabeça. Riftan seguiu seu olhar, franzindo a testa ao ver mulheres nobres sentadas
perto das janelas. Durante o dia, quando não havia banquetes, parecia que sua rotina era
assistir ao duelo dos cavaleiros, dar passeios tranquilos ou desfrutar de festas de chá. Porém,
era incomum para Riftan, que nunca esteve ocioso em toda a sua vida.
“Servir as damas é o verdadeiro dever dos cavaleiros. Concederei a essas lindas damas um
duelo divertido.”
“… você está falando bobagem de novo.”
Riftan, que balançava a cabeça diante do absurdo do homem, enrijeceu de repente.

Maximillian Croix, que estava sentado perto da janela do quinto andar, chamou sua atenção.
Mesmo que ela estivesse distante, ele certamente podia sentir seu olhar curioso. De repente,
sua garganta ficou seca.
"…Multar. Vamos passar o tempo e conversar um pouco.”
“Eu realmente gosto da sua arrogância.” Triden tirou o casaco e vestiu uma armadura leve,
ajustando sua postura e dando-lhe um sorriso calmo. “Vale a pena tentar.”
Riftan zombou e ergueu a espada novamente. Triden girou a espada com uma das mãos
e correu em direção a ele a uma velocidade ofuscante. Logo, o som de suas lâminas
colidindo reverberou no ar.
Ting! Ting!
Riftan bloqueou seus ataques ferozes no ar, suprimindo a vontade de ver e ter certeza
de que Maximillian ainda o estava observando. Ele poderia duelar o dia todo se isso
deixasse uma forte impressão em sua pequena cabeça.
Aos poucos foi se tornando irritante para Triden se preocupar sozinho quando seu
oponente não estava realmente se preocupando.
“Onde está seu foco?”
Sentindo que a atenção de Riftan estava em outro lugar, Triden desferiu um golpe
forte. O corpo de Riftan estava nervoso quando ele recebeu o ataque ameaçador
que se aproximava. Ele bloqueou por pouco seu ataque e balançou a espada com
bastante força para contra-atacar. De repente, os lábios de Triden endureceram em uma
linha fina e seus reflexos tornaram-se visivelmente embotados. Riftan percebeu e
rapidamente recuou.
“Droga, eu não queria esticar seu braço.”
Triden olhou para ele com desgosto enquanto Riftan corria para
abaixou a espada e olhou preocupado para o antebraço.
“Quem disse que acabou?” “Ainda posso continuar com a dor.”
“Você vai deixar esse duelo estúpido impedir que seu braço se recupere?”
Riftan retaliou com raiva, irritado consigo mesmo. Ele não conseguiria se perdoar
se o comandante acabasse se machucando por tentar mostrar sua força e habilidades
diante de uma mulher. O braço do comandante ficou mais fraco do que
antes devido a ter sido submetido a
expedições de meses de duração. Riftan olhou seriamente para o pulso do

comandante e abaixou sua postura.
“Seria melhor se você fosse até o mago e lançasse um feitiço de recuperação.”
“Ei, você está se tornando cada vez mais tedioso a cada dia.”
Triden resmungou e embainhou a espada de volta na bainha perto da cintura.

“Eu sou um cavaleiro, então pare de me tratar como um velho fraco.”
“É meu dever como vice-comandante zelar pelo meu superior. Se você não estiver
satisfeito com meu ponto de vista, então você deve se recuperar da lesão o mais
rápido possível.”
Riftan arrastou seu teimoso comandante para visitar um mago e receber

magia de cura. No entanto, apesar de ver o pulso inchado de Triden voltar ao seu
estado normal, isso ainda não o fez se sentir melhor. Ele estava farto de
cometer erros sempre que perdia o autocontrole.
"Pare de franzir a testa assim." Triden bateu nele
ombros e suspirou. “Fui eu quem te convidou para duelar, certo? "Eu ficaria ofendido
se você tivesse pegado leve comigo."
“…os duelos devem ser leves e descontraídos.” Riftan torturou e tirou a mão do
ombro. Triden encolheu os ombros e pegou sua capa.
“Você sempre esteve no campo de batalha desde que se tornou cavaleiro e nunca
descansou tanto tempo. Não é de admirar que você esteja tenso.”
Riftan sentiu suas bochechas esquentarem. O líder parecia ter notado o quão
inquieto ele estava agindo naqueles dias. Triden olhou para ele com olhos
penetrantes e falou.
“Mas pelo menos compareça ao banquete esta noite. Esta noite é o último banquete.
Até agora recebemos hospitalidade; seria apropriado expressar a nossa
gratidão."
“…as negociações para a compensação dos danos de guerra terminaram?”
Triden concordou. “Agora é hora de ir ao palácio real e apresentar um relatório.

Você estará livre por enquanto.
Era normal sentir alívio depois de ouvir essas palavras, mas Riftan apenas sentiu a
solidão e o vazio inundando-o. Ele pronunciou suas palavras com indiferença,
tentando se livrar de seus sentimentos.
"É bom ouvir isso."
O comandante instruiu-o a comparecer repetidamente ao banquete e depois deixou

a enfermaria. Naquela noite, Riftan
ele entrou impotente no salão de banquetes, com uma expressão estóica. Mesmo que
o comandante não o incentivasse a comparecer, teria sido difícil para ele resistir à
tentação de ter pelo menos um vislumbre da garota naquele dia.
Esse dia seria o último, a última noite em que ele poderia acabar com essa confusão.
Seus olhos vagaram pelo magnífico salão, a determinação queimando em seu

coração. Como aquela noite foi o último dia do banquete, o salão foi decorado
mais luxuosamente do que nunca. Uma melodia de alaúde ecoava no vasto salão
dourado, ao seu lado havia longas mesas forradas com abundantes vinhos
perfumados, comida gordurosa e frutas frescas.
Os nobres sentados estavam todos vestidos com roupas luxuosas feitas de

tecidos caros. Na cabeceira das longas mesas estava o duque Croix, que vestia
uma roupa de seda e pele. Sentado ao lado dele estava Maximillian Croix, vestido
com um elegante vestido de veludo. Riftan lutou desesperadamente para evitar
ficar olhando para ela por muito tempo, pedindo uma bebida a um dos criados.
O comandante, que estava sentado à sua frente, sorriu para ele
“Você é obediente apesar de suas reclamações.”

“Não se acostume com isso. Não envergonhei o comandante hoje cedo? “Eu só vim por
enquanto para reconstruir meu prestígio.”
“…Tenho que fazer algo a respeito desse braço inútil em breve.”
Triden disse com um grunhido e franziu a testa. "Apenas espere, vou polir seus modos
rudes em breve."
Riftan escondeu o sorriso contra a taça de vinho. de Triden
A atitude descontraída parecia fazê-lo sentir-se um pouco melhor.
Ele relaxou, comeu e bebeu. Ele até falou com seus companheiros cavaleiros de vez em
quando. Mas nem meia hora depois, sua atenção voltou para a garota sentada ao lado do
duque.
Foi a primeira vez que ela ficou tanto tempo no banquete, mas ela não falou com ninguém.
Ela sentou-se calmamente com uma expressão indiferente que parecia tão fria que ele não
tinha certeza se ela era a mesma garota gentil que brincava ternamente com o gato.
Riftan tomou um gole de vinho e observou-a com atenção. Onde você está sofrendo? Ele
se perguntou enquanto olhava para o rosto dela que estava branco como uma
mancha e seus olhos que afundavam escuros como se fossem forçados a esconder
todas as emoções.
Essa poderia ser a última vez que ele poderia vê-la, ele ansiava por vê-la sorrir pelo menos
uma vez para durar a vida toda, mas estava tão desapontado e preocupado que não
pôde deixar de se mexer inquieto em sua cadeira, hesitando em se aproximar ou não.
ela ou não.
“Você deve estar entediado com o banquete, Sir Calypse.”
A cabeça de Riftan virou-se para a voz inesperada. Uma mulher bonita e atraente com um
vestido rosa sorria para ele. Riftan apenas arqueou uma sobrancelha, mas a mulher
destemidamente lhe lançou um sorriso e corajosamente estendeu a mão para ele.
“Também estou ficando entediado com toda essa conversa. Quero melhorar meu humor, mas
não tenho o parceiro certo. “Você cuidará do meu parceiro de dança?”
Geralmente era incomum uma mulher convidar um homem para dançar primeiro. Riftan ficou
surpreso com a ousadia da mulher, mas o comandante chutou a canela por baixo da mesa. Ele se
levantou com relutância, enquanto o comandante avisava com os olhos que humilharia a
senhora se não aceitasse a oferta.
Um sorriso satisfeito brilhou nos lábios da mulher.
“Ouvi dizer que você participou ativamente do conflito e desempenhou um papel importante.
“Sua majestade deve estar muito orgulhosa de você.”
Enquanto caminhavam desajeitadamente para o meio do baile, a mulher sussurrou baixinho para
ele. Riftan franziu a testa enquanto tentava lembrar seu nome. Apesar de ter sido apresentado a
ele outro dia, ele não conseguia se lembrar de mais nada sobre ela, a não ser que ela era a irmã
mais nova de um cavaleiro. Riftan concordou sem rodeios como resposta.
“É um alívio que tenha acabado, mas é uma pena que tenha durado mais do que o esperado.”
“Sua Majestade é um homem rigoroso?”
“Ele espera muito de seus súditos.”
“Ouvi rumores de que Sua Majestade favorece você especialmente.”
Riftan zombou cinicamente, o rei só estava interessado em suas habilidades.

No entanto, como não encontrou motivos para divulgar essa informação, permaneceu em silêncio.
Apesar de seus maus modos, a mulher conversava e se engajava constantemente durante
a dança. Riftan olhou para Maximilian Croix enquanto girava a mulher. Inesperadamente, ele
encontrou seus olhos enquanto virava a cabeça. Será que ela estava olhando para mim? Riftan era
cansado de si mesmo por ter pensamentos tão expectantes.

Assim que a música mudou, ele se afastou da mulher como um animal escapando de
uma armadilha, mas a mulher foi mais rápida. A nobre mulher cujo nome ele não lembrava
de repente tropeçou em seus braços e encostou-se nele.
“Estou me sentindo um pouco tonto. Devo ter bebido demais. Desejo voltar para o meu
quarto e descansar… você pode me ajudar?”
Ele soltou um suspiro com seu convite descarado. As mulheres nobres o tratavam
exatamente de duas maneiras diferentes. A primeira foi evitá-lo como se ele estivesse
carregando uma praga, e a segunda foi tratá-lo como um cachorro de estimação para brincar na cama.
A mulher agora parecia ser do último tipo.
“Hoje é a última noite do banquete. “Eu quero ter um momento especial.”
Ela lançou-lhe um olhar sedutor, apertando seu corpo flexível contra ele.
Riftan tentou afastá-la friamente, mas não queria causar uma cena, então a acompanhou
para fora do salão de banquetes.
Assim que entraram num corredor escuro e deserto, a mulher atacou-o. Riftan se sentiu
como um cadáver sendo atacado por uma harpia. A mulher envolveu os braços delgados
em volta do pescoço como videiras e lambeu os lábios avidamente. Riftan a interrompeu com
uma carranca.
“Você parece estar totalmente em si. Você pode voltar para o seu quarto sozinho.
"Por que você está sendo chato?" Ela fez beicinho e olhou para ele provocativamente.
Ele olhou para ela ferozmente, como se questionasse sua audácia em tocar naquele assunto.
A mulher continuou a falar como se quisesse adverti-lo. “Não seja tão difícil e rígido. O
que estou dizendo é que vamos brincar um pouco.”
“Peço desculpas, mas não estou interessado nesse tipo de brincadeira. Encontre outra
pessoa."
“Não estou interessado em outras pessoas.” A mulher sorriu languidamente, pressionando-se

contra ele de forma provocativa e acariciando sua bochecha. "É a primeira vez
Já vi alguém tão lindo quanto você. Você é exatamente como aqueles deuses
adorados pelos pagãos malignos. É verdade que a sua espécie conhece 180 formas de
prazer?
Riftan ficou arrepiado com os olhares que ela estava dando a ele. Ele estremeceu com o
pensamento ridículo da mulher e tirou as mãos dele com força.
"Meu tipo? Você está me acusando de apostasia?”
"Eu só estava…"
“Fui nomeado cavaleiro em frente à santa igreja. Você sabia que posso exigir punição
por essas suas palavras insultuosas?
A retaliação fria de Riftan distorceu o rosto da mulher.
“Você é barulhento e o que está dizendo não faz sentido.”
Ela olhou para ele com altivez e se virou.
"Bom. Vá encontrar outra pessoa.
A mulher foi embora presunçosamente. Riftan enxugou os lábios úmidos e alisou a

blusa que estava desgrenhada quando a mulher o puxou para baixo com os braços. Ele
estava de péssimo humor.
Ele não tinha vontade de voltar ao salão de banquetes, mas temia que as pessoas que o
vissem sair pensassem que ele estava se divertindo secretamente com a mulher se não
voltasse. Além disso, Maximillian provavelmente pensaria da mesma forma se não voltasse.
O que isso importa? De qualquer forma, ela não se importa se eu desapareço e chafurdei ou
não com outra mulher. Estou apenas pensando demais nas coisas.
Apesar de dizer essas palavras para si mesmo, ele caminhava em direção ao salão de
banquetes. Riftan alisou o cabelo nervosamente. Ele não gostou de como se sentia inquieto,
como se tivesse sido pego fazendo algo errado no corredor escuro.
“Você acha que é verdade que a filha do duque está procurando candidatos entre os cavaleiros
para ser seu marido?”
Quando estava prestes a sair do corredor escuro e entrar no salão de banquetes, ouviu
homens sussurrando entre si. Riftan lançou um olhar penetrante para os nobres tagarelas.
Dentro do salão de banquetes, as pessoas dançavam sob as velas cintilantes ao som de

um bardo cantando um épico heróico ao som de uma melodia de alaúde. Os
homens sussurrantes parecem estar aproveitando a agitação atual e desfrutando de uma
conversa secreta. Riftan continuou a ouvir. Uma voz lenta e bêbada falou.
“Ela ainda não é muito jovem?”
“Ela tem dezesseis anos e fará dezessete em alguns meses.

Essa é a idade perfeita para se casar.”
Um homem bem vestido respondeu enquanto sorria e colocava os lábios contra a taça de
vinho. “Ela já tem idade suficiente, há rumores de que ela está mostrando o rosto com mais
frequência para encontrar um pretendente.”
“Muitas vezes mostrando o rosto dela?! Ela está sentada um pouco mais do que o normal no
banquete hoje, mas ela sempre literalmente aparece e desaparece num piscar de olhos, hein?
“Isso prova muito então. Você sabe o quanto o duque de Croix mima sua filha mais
velha? Entre os cavaleiros vassalos, apenas alguns deles já viram o rosto dela antes. Mesmo
os seus servos não falam dela. Tudo sobre aquela senhora está velado.
Outro homem entrou na conversa. “Ouvi rumores de que a saúde dela não está muito boa.
O duque de Croix estima tanto a filha que construiu uma enorme capela dentro do castelo e
designou quatro padres de alto escalão para ficarem lá.
“Parece que ela está doente desde criança, então está sendo superprotegida como tal.”
Um homem de aparência relativamente velha disse como se tivesse pena dela. Riftan enrijeceu
ao observar Maximillian Croix mais de perto.
Ela sentou-se ao lado do pai, os olhos observando a bola com uma expressão cansada
e ansiosa.
É por isso que o rosto dela está tão sombrio, porque ela está doente?
A simples ideia de ela estar gravemente doente abriu um buraco em seu coração. As vozes
discretas dos homens continuaram, Riftan as ouviu através de sua voz atordoada.
ouvidos.
“O duque de Croix não tem intenção de enviar sua filha ao palácio real. É por isso que algumas
pessoas dizem que ela está procurando um marido entre os cavaleiros.
“Eu me pergunto se isso tem algo a ver com os conflitos frequentes com Dristan, o fato de o
duque estar procurando um cavaleiro de primeira linha como genro.”
“Você está subestimando as ambições do duque.” Um cavaleiro que ouvia em silêncio, bebendo
vinho, de repente zombou e entrou na conversa. “Não importa o quanto o duque de Croix se
preocupe com sua filha, ela não significará nada comparada à honra e ao poder da família.
Todo mundo sabe que a intenção do duque é formar uma relação de sangue profunda com a
família real, certo?”
“Talvez ele pretenda confiar essa tarefa à sua segunda filha.

Embora ela ainda seja jovem, já existem rumores de que ela possui beleza e habilidades
excepcionais.”
“Isso significa que, se a filha mais velha dele estiver preocupada com sua saúde, ela não poderá
se casar com alguém da família real. “Será difícil para ela produzir meninos saudáveis
para serem futuros herdeiros.”
Riftan cerrou o punho enquanto observava os homens explorando Maximillian com olhos como
uma égua para reprodução.
“É preocupante e pode dar muito trabalho… mas a filha mais velha do duque ainda é uma noiva
atraente. Como filha amada do duque, ela certamente virá com um enorme dote.”
Um homem decrépito que parecia ter mais de trinta anos gemeu e falou. “De que servirá um
dote enorme se ela não puder gerar um herdeiro? Se não houver filhos para repassar sua
riqueza, todas as propriedades e terras acabarão apenas nas mãos da família real.”
“Ei, você deve estar perdendo a cabeça. De qualquer maneira, uma mulher doente não viverá muito.
“Você pode simplesmente ir e conseguir uma nova esposa.”
Riftan olhou para eles intensamente. Ele queria matá-los, arrastá-los para um canto e cortar suas
gargantas para que nunca mais pudessem falar palavras tão absurdas.
Era difícil para ele ficar parado enquanto diziam coisas tão nojentas sobre ela. A simples ideia de
ela ser objeto do desejo de um homem despertou raiva dentro dele e desencadeou fortes
instintos protetores.
Eu desprezei esse sentimento. Ela não pertencia a ele.
Portanto, ele não tinha motivos para ficar com raiva ou desejar protegê-la. Além disso, mesmo que
se esforçasse, o duque de Croix era o governante supremo da região oriental de Whedon e nunca
alcançaria a proteção que deu à sua filha.
Riftan voltou os olhos para o duque que estava sentado ao lado dela como um vigia. O duque era um
homem arrogante, mas pelo menos era um forte protetor para ela. Foi sensato da parte dele
manter sua filha escondida no castelo, longe do alcance daqueles filhos da puta.
Riftan respirou longa e profundamente e virou-se lentamente. Se ele entrasse no salão de

banquetes, provavelmente causaria uma grande comoção. Eu apertei o dele
punhos trêmulos para controlar sua raiva. Ele jurou lembrar-se claramente de
seus rostos e arrancou um ou dois dentes de suas bocas antes de sair do castelo
para poder aliviar a fúria que fervia em seu estômago.
No entanto, ele se perguntou se existiriam apenas aquelas pessoas com intenções

tão repugnantes. Assim que se espalharam os rumores de que o plano do duque de
Croix era escolher o marido de sua filha entre os cavaleiros, todos os cavaleiros
de Whedon teriam os mesmos pensamentos de cobiçá-la. O que o enojou
foi o fato de que ele também ficou tentado a cobiçá-la.
Riftan parou nos degraus que levavam ao jardim e apertou o rosto com
vergonha. Onde diabos eu fui parar? A confusão e a saudade que ele sentia eram
verdadeiramente estranhas e indesejáveis. Mas a ideia de que ela pudesse
encontrar um pretendente no banquete o manteve preso.
Só porque tenho uma posição entre os cavaleiros não significa que sou um dos
candidatos.
Foi o resultado previsível, considerando o olhar temeroso que a garota lhe

lançou e o comportamento desdenhoso do duque de Croix em relação a ele. Mas
então, ele se virou para ir ao salão de banquetes mais uma vez. Obviamente, se ele
voltasse para seu quarto com esses pensamentos lutando em sua cabeça, ele se
reviraria na cama, preocupado com a possibilidade de ela ter arranjado um
marido entre aqueles homens que falavam mal dela. Seria mais fácil para ele ver o
que iria acontecer com seus próprios olhos.
Riftan se virou, esperando que os filhos da puta já tivessem terminado de

conversar e mantivessem suas bocas fechadas. Mas a alguns passos de
distância, o corpo de Riftan enrijeceu como uma pedra. Diante de seus olhos
estava Maximillian, saindo do salão de banquetes cercado por criadas.
Talvez, seus sentidos aguçados que reconheciam cada fibra do seu ser não
conseguissem detectá-la por causa de sua raiva furiosa. Riftan olhou para a mulher
parada à sua frente e piscou como o maior idiota do mundo. No entanto, ela parecia
cem vezes mais perplexa que ele.
A garota, que sempre evitava seu olhar, olhou para ele com uma expressão vazia
e hipnotizada.
Por causa disso, Riftan foi capaz de olhar mais de perto seus grossos cílios castanhos
e seus deslumbrantes olhos cinza-prateados. A luz do lustre ondulou uma faísca
dourada em suas pupilas cor de lago de inverno, e seu rosto de marfim lentamente ficou
da cor de uma beterraba. Foi uma visão emocionante e fascinante. A garota ficou quase
tão vermelha quanto a cor de seu cabelo. Todo o corpo de Riftan parecia imóvel e ele
mal conseguia abrir os lábios.
“… há algum problema?”
Suas palavras soaram rudes mesmo em seus ouvidos e Riftan se amaldiçoou

interiormente. Nas últimas semanas, ele vinha se esforçando tanto para falar com ela,
mas isso era tudo o que ele conseguia dizer.
Maximillian estremeceu visivelmente. Ela rapidamente abaixou a cabeça e antes que ele
pudesse falar mais, ela correu como se estivesse fugindo. A empregada de salto alto riu
enquanto
eles seguiram. Riftan olhou para ela por trás, sentindo-se totalmente
desanimado. Ele não conseguia entender por que ela reagiu assim. Então, ele foi ao salão
do banquete, perguntando-se se algo aconteceu durante o banquete e foi direto sentar-
se com seus semelhantes.
“Aconteceu alguma coisa enquanto eu estava fora?”
Os cavaleiros viraram a cabeça enquanto trocavam taças de vinho. Sentindo o estranho

silêncio, as sobrancelhas de Riftan franziram. Hebaron, que olhou para ele com os
olhos arregalados, sorriu.
“Acho que se aconteceu alguma coisa, foi com o vice-comandante?”
"O que você quer dizer?"

“Tem um espelho em cada cômodo, você voltou aqui sem se olhar?”
Riftan passou a mão pelos cabelos, perguntando-se se seu cabelo estava desgrenhado.
Hebaron, que olhou para ele, assobiou.
“Muito tentador, eu vejo. “Você parece determinado a fazer prisioneiras todas as damas
orientais.”
Riftan franziu a testa com suas palavras estranhamente vagas. “De que besteira você está
falando…”
“Você tem uma mancha de tintura labial na boca.”
Uslin Rikaido, que bebia vinho em silêncio, cuspiu de repente. Riftan limpou os lábios e
viu algo vermelho e
pegajoso nas costas da mão. Uslin suspirou ao ver sua expressão confusa.
“É uma tinta que as mulheres nobres aplicam nos lábios para deixá-los mais vermelhos.”
Riftan piscou os olhos por um momento e saiu, entrando na sala vazia mais próxima.
Assim que ele se viu no espelho, um som de dor saiu de sua boca.
Sem que ele soubesse, quando a mulher o provocou, dois botões caíram de sua blusa e
seu cabelo parecia um ninho de pega. Marcas vermelhas nos lábios manchadas em
seus lábios, queixo e bochecha. Ele parecia um playboy pródigo que perseguia
mulheres de todos os ângulos.
“Porra…”
Isso destruiu completamente sua chance de dar a Maximillian Croix uma impressão melhor
dele. Os ombros de Riftan afundaram em desânimo.
***
Eles foram direto para Drakium no dia seguinte. Riftan olhou com alívio para o
Castelo Croix à medida que ele diminuía em sua visão. Partir lhe permitiria fazer com
que as coisas voltassem a ser como eram antes.
Ele estava determinado a sacudir todas as sombras do seu passado. Ele apagaria
todas as boas lembranças de sua infância, o leve sentimento de culpa e a imagem
horrenda de sua mãe que às vezes o acordava suando frio. Ele viveria como o cavaleiro
chamado Riftan Calypse.
Porém, sua determinação era abalada como um junco contra o vento quando a imagem
da garota surgia em sua mente de vez em quando. Maximillian Croix cresceu e se
tornou uma garota tão adorável que sonhava com ela quase todas as noites.
E esses sonhos o levaram à beira da loucura.
Ele nunca tinha olhado para nenhuma outra mulher antes e não tinha ninguém com
quem compará-la. Ele não conhecia outro padrão de beleza além de seu corpo esguio e
pequeno, seus olhos que pareciam esconder milhares de emoções sob eles, seu nariz e
lábios pequenos, e seu cabelo rico e sedutor que brilhava primorosamente como
fogos de artifício. E essa percepção dele em relação a ela perfurava
constantemente seus nervos como uma agulha.
Riftan continuou a se sentir assim mesmo depois de visitar Drakium para encontrar o
rei e retornar a Anatol. Ele olhou pela janela em direção ao jardim desolado,
enquanto franzia a testa com pensamentos sérios oscilando em sua mente.
Ruth, que estava relatando o progresso da construção enquanto Riftan estava fora
para a expedição, percebeu sua distração e perguntou cuidadosamente.
“Aconteceu alguma coisa desagradável em Drakium?” Riftan, cujos pensamentos

estavam se afastando, levantou a cabeça. O mago suspirou, colocando uma pilha de
remendos sobre a mesa.
“Os nobres conservadores devem ter começado uma discussão novamente.”
Riftan não afirmou nem negou o comentário assertivo de Ruth e pegou um pedaço de
pergaminho. No entanto, as palavras que ele leu não pareceram penetrar em seu
consciência, refletindo em seus pensamentos. Ele massageou as têmporas aquecidas e saltou

da cadeira para sair do escritório.
Seus pensamentos nebulosos e cabeça em chamas gradualmente esfriaram
enquanto eu caminhava pelos corredores frios. Ele deu uma boa olhada no antigo castelo que
lhe foi concedido no primeiro ano de sua nomeação como cavaleiro. O castelo ficou
abandonado por quase cem anos. Apesar de despejar toneladas de fundos nos últimos anos,
era difícil se livrar das ruínas extremas. Riftan inconscientemente comparou seu estado ao
Castelo Croix e sorriu amargamente. Foi como ter um sonho tolo e ser imediatamente trazido de
volta à realidade.
Ele saiu do castelo e cavalgou pela propriedade e contemplou o estado negligenciado de
Anatol. Os agricultores sofriam com a pobreza causada por duendes que frequentemente
roubavam suas colheitas. Apesar de terem pago generosamente pela construção do muro,
o rendimento das suas colheitas diminuiu a cada ano e o seu estado actual não melhorou.
Quanto sangue e suor deveriam ser derramados para tornar esta terra um lugar habitável?
Seus pensamentos racionais gritavam para ele que Anatol nada mais era do que uma terra
monstruosa devoradora de dinheiro.
Em primeiro lugar, só lhe foi concedido pelo rei Ruben para que pudesse receber o título de
cavaleiro vassalo. Ele não tinha nenhum motivo para deixar esta terra sugar sua fortuna e
resgatá-la.
No entanto, Riftan sentiu-se extremamente incomodado por um estranho senso de dever

desde que lhe foi concedida esta terra.
Ver os rostos dos cidadãos de Anatol olhando para ele doeu em sua consciência e
pesou em seu coração ao pensar em como suas vidas dependiam de suas mãos.
Ele não podia deixá-los se defenderem sozinhos, então começou a gastar as economias de sua
vida na construção de muros, mas mesmo isso estava longe de ser suficiente.
Voltei ao castelo com uma expressão preocupada
vendo as cabanas em ruínas, velhas carroças arrastadas pelas estradas de terra lamacentas e
cidadãos malvestidos. Seu humor piorou ainda mais quando o castelo meio em ruínas
apareceu. De repente, ele se perguntou como Maximillian Croix reagiria se visse o Castelo Calypse.
Ela provavelmente ficaria surpresa que existisse um lugar tão miserável neste mundo.
Uma risada derrotada saiu de sua boca: ela ainda era alguém de quem ele não conseguia
se aproximar. Era sensato livrar-se dos pensamentos sobre ela o mais rápido possível. No entanto,
ele não conseguia escapar dos sonhos que pareciam encontrá-lo todas as noites. Ele não
conseguia dominar a si mesmo, que agia como um adolescente sonhador.
“Você saiu para patrulhar o canteiro de obras?”
Ruth, que estava escrevendo algo em um pedaço de pergaminho no escritório de Riftan, perguntou
sem levantar a cabeça e ele simplesmente não respondeu. O mago esfregou a testa; ele tinha
uma expressão exausta enquanto falava com um suspiro.
“Como vocês já devem ter notado, a construção avançou pouco. Vários ataques de
monstros sub-raciais aconteceram enquanto Sir Calypse estava em uma expedição.
Vários trabalhadores morreram e suprimentos de madeira para construção foram perdidos devido
aos incêndios. Nesse ritmo, não seremos capazes de concluir a construção do muro, mesmo depois
de uma decadência.”
“Então, para concluir…?”
Riftan tirou sua capa e exalou profundamente. “Falta-nos mão de obra e materiais para construir.”
“Os fundos também já estão acabando.”
Ruth balançou a cabeça fracamente. “Sir Calypse, é como despejar água em um poço
sem fundo. Nem o Rei Ruben espera que você cuide desta terra! Pare de desperdiçar sua
fortuna com coisas sem sentido e desista de Anatol.”
Riftan se aproximou da mesa sem falar e sem ler as contas.

Ficou claro que os escassos impostos provenientes dos cidadãos de Anatol não poderiam
cobrir as despesas da construção. Ele acariciou o queixo com as mãos ásperas e se
virou novamente.
“Vou levantar os fundos. Você continua supervisionando a construção.
“Será em vão. É tudo um desperdício de fortuna!”
Riftan lançou-lhe um olhar frio. “Eu decido como gastar minha fortuna. Não ultrapasse
seus limites!”
“Mas Sir Calypse é minha fonte de renda, então como posso não interferir? “Estamos prestes
a nos tornar mendigos!”
O mago ergueu as mãos para o céu e chorou amargamente. Riftan estava prestes a bater
nele, mas de alguma forma o conteve. Não era irracional para Ruth correr solta como tal;
na verdade, foi muito difícil reconstruir aquela terra sem roubar todo o ouro que Whedon
possui.
Foda-se, o que mais você não pode fazer?
Ele leu os mapas dispostos em um lado da sala por um longo tempo e depois cuspiu suas
palavras sem rodeios.
“Vou ganhar o dinheiro e trazê-lo. “Continue a construção.”
"Mas…"
“Esta é minha terra e meu castelo. “Não vou jogar fora.”

Riftan suspirou friamente e pegou a capa que havia tirado. “Basta esperar e ver.
Este lugar aparecerá uma dúzia de vezes com os fundos que irei investir nele.”
“Isso levará pelo menos cem anos.”
O mago bufou pessimistamente. Riftan olhou para ele uma vez e voltou para seu
quarto. Ele não tinha certeza de quando um decreto real seria emitido novamente.
Ele teve que financiar a construção tanto quanto pudesse até então.
Assim que amanheceu no dia seguinte, Riftan deixou Anatol com doze homens fiéis.
Os meios de ganhar riqueza para os guerreiros não eram muitos. Algumas das
maneiras de acumular riqueza eram pilhar residências privadas ou travar guerra para
roubar propriedades de outros senhores. No entanto, se cometessem tais
atrocidades, seriam considerados inimigos do Acordo de Paz dos Sete Reinos.
A outra opção, mais viável, era subjugar as subespécies dos dragões.

Vender pedras de mana, escamas e ossos de meio-dragões, wyverns e
basiliscos os ajudaria a sobreviver por pelo menos um ano.
Riftan imediatamente embarcou na segunda abordagem.
Essa opção também foi uma excelente oportunidade para seus subordinados
adquirirem experiência prática. Eles vagaram pelo
região oeste de Whedon por vários meses, subjugando meio-dragões e até monstros
sub-raciais por um preço pago por outros senhores. A certa altura, ele competiu
em outra competição de esgrima perto da fronteira ocidental com o objetivo de ganhar
o prêmio em dinheiro.
Muitas pessoas o criticaram por rebaixar seu título de cavaleiro, mas ele não deu a
mínima. De qualquer forma, ele não passava de um cavaleiro pretensioso aos
olhos dos nobres. Diante disso, de que adiantava restringir suas ações só para não
ofendê-los?
Riftan varreu todo o ouro do sudoeste, realizando todo tipo de trabalho sujo que os nobres
não podiam fazer para salvar sua face e prestígio. Ruth estava exultante com as
atividades de Riftan.
“Nesse ritmo, você será o homem mais rico do sul!”
Riftan olhou para ele com espanto. O mago sentou-se à sua mesa e abriu um baú cheio de
moedas de ouro, encharcado de puro êxtase.
“Você descobriu uma tumba de cem basiliscos? Como você conseguiu encontrar tantos
tesouros?” O mago perguntou com olhos brilhantes e Riftan apenas encolheu os ombros.
“Eu encontrei isso em uma ruína antiga. “Tive sorte.”
“De qualquer forma, o cheiro de ouro é incrível!”
Ruth deu uma risadinha, pesando as moedas de ouro uma por uma em uma
balança. Depois que ele terminou de registrá-los nas contas, os servos colocaram o ouro
de volta no baú e o carregaram para um cofre. Enquanto Riftan observava atentamente,
Ruth de repente
murmurou maravilhado.
“Foi o túmulo de uma antiga rainha que Lord Calypse descobriu? Além das moedas de
ouro, o restante eram joias femininas.”
Riftan estremeceu ligeiramente. Ruth estreitou os olhos enquanto ele inspecionava

a extravagante coroa enfeitada com esmeraldas, rubis, topázios e diamantes.
Ao lado dele havia uma pilha de pulseiras, colares de diamantes, anéis, cocares
de prata e caixas de joias de ouro. Todas elas eram joias femininas.
Ruth os inspecionou por um longo tempo, pesando mentalmente seu valor e resmungou.
“É possível vender essas joias em troca de ouro. É raro alguém presente visitar Anatol…”
“Não tenho intenção de vendê-lo. “Coloque-o no cofre junto com o ouro.”
Riftan pegou uma ameixa da bandeja sobre a mesa e declarou preguiçosamente.

Ruth respondeu e arqueou uma sobrancelha.
“Eles serão mais úteis se os trocarmos por moedas.
Além do enorme custo para construir os muros, você tem ideia de quanto custa apenas
para alimentar os guardas e os criados? É melhor trocá-los por moedas, só para garantir.”
“Temos moeda suficiente para cobrir o custo de operação da propriedade.

Diz-se que pedras e metais preciosos se tornam mais valiosos com o tempo. Se você
está com tanta pressa, vá em frente e venda você mesmo.”
O mago olhou para ele com uma expressão não convencida, mas o ignorou e abaixou a
cabeça novamente, concentrando-se em contar as moedas de ouro, provavelmente
pensando que era muito complicado persuadi-lo.
Riftan suspirou discretamente de alívio e gentilmente pegou a coroa. Ele encontrou

algumas delas nas ruínas antigas, mas se o mago descobrisse que a maioria das joias
eram novas compras suas, ele sofreria uma série de reclamações até que seus tímpanos
fossem perfurados.
Não deveria importar como eu gasto minha própria riqueza.
Ele murmurou interiormente, dando desculpas para críticas invisíveis. Ele não conseguia
descobrir o que havia acontecido com ele que o fez comprar coisas tão inúteis.
Riftan olhou para a coroa e colocou-a de volta na caixa.
Algumas semanas depois, chegou uma mensagem da casa real. À medida que a seca
em Dristan se intensificava, hordas de bandidos começaram a pilhar novamente na
fronteira oriental. Riftan recebeu ordem de participar novamente de uma guerra, menos de
meio ano depois de deixar Croix.
“Não deveria ir junto com você desta vez?”

Ruth perguntou depois de ler o telegrama por muito tempo e coçou o cabelo desgrenhado. Riftan
balançou a cabeça com firmeza e jogou um pedaço de carne para Agalde, que estava sentada no poleiro.
“Você ficará em Anatol para supervisionar a construção.”
“Sou um mago, não um representante do Senhor.” Ruth resmungou, jogando o telegrama no braseiro.
“Que tal conseguir
casado em vez disso? Você pode ter um casamento decente com alguém da nobreza menos
proeminente. “Você terá uma nobre senhora administrando sua propriedade quando estiver fora e ainda
receberá o bônus de um pequeno dote.”
Riftan lançou-lhe um olhar penetrante. “Essa é uma ideia muito aristocrática.”
Ruth apenas encolheu os ombros. “Você agora é um nobre. O próprio rei deu a você o título de
cavaleiro vassalo, o Senhor de Anatol. “Não é incomum que nobres se casem por conveniência.”
A garganta de Riftan parecia sufocada, como se ele tivesse castanhas inteiras presas ao ouvir
palavras tão indiferentes. Isso o fez se perguntar se Maximillian Croisso também se casaria mais cedo ou
mais tarde por conveniência. Uma pontada aguda de dor subiu em seu peito quando ele imaginou um
nobre brilhante de pele branca parado ao lado dela. Riftan rapidamente tirou esses pensamentos
de sua cabeça e se virou para ficar na frente de sua mesa.
“Pare de perder seu tempo com essas merdas e prepare-se para minha partida! Não poderei voltar a
Anatol durante meses. Entretanto, os fundos necessários serão atribuídos.”
“Estou lhe dizendo que não sou um representante de um senhor, sou um mago…!”
“Estou ciente de que você é um bruxo. Eu pago uma quantia enorme por suas pesquisas todos os
anos.”
Com seus comentários crescentes, Ruth imediatamente assumiu uma atitude tímida.
e atitude educada e sentou-se calmamente ao lado da mesa. Riftan engoliu em seco e tirou pilhas de
pergaminhos. Ele tinha responsabilidades esmagadoras; ele teve que obedecer à ordem do rei para
participar de guerras e expedições enquanto supervisionava Anatol. Foi incomparavelmente mais
pesado do que quando ele trabalhava como mercenário.
No entanto, não era hora de se perder em devaneios. Ele pegou uma pena e rabiscou em um
pergaminho sua resposta às ordens do rei, afirmando que se reuniria aos cavaleiros dentro de
uma semana e amarrou-a no tornozelo de Agalde.
Poucos dias depois, Riftan conduziu seus homens de volta à fronteira oriental de Whedon.
Os Cavaleiros Remdragon perseguiram uma horda de bandidos junto com os cavaleiros do Duque de
Croix, então ele imediatamente começou a perseguição e perseguiu seu rastro. Prosseguindo a
longa e tediosa perseguição, ele finalmente conseguiu rastreá-los e exterminar os bandidos que
fugiram com suprimentos de comida roubada. No entanto, a pilhagem continuou após o incidente
e os Cavaleiros Remdragon tiveram que acampar perto da fronteira. Os cavaleiros, que
passaram meses acampados, começaram a reclamar.
“Se ao menos o duque de Croix tivesse sido um pouco sábio e misericordioso, não teríamos que sofrer
assim.” Hebaron cuspiu violentamente enquanto se sentava em frente à fogueira para se aquecer.
“É natural que o povo de Dristan fique furioso quando a rota comercial é bloqueada unilateralmente,
como se extorquir deles uma grande quantidade de indenização por danos já não fosse suficiente.
Essas pessoas já estão sofrendo com a fome…”
Riftan concordou silenciosamente enquanto mastigava um pouco de carne seca. Sem comida e água
suficientes para sobreviver ao inverno que se aproxima, o
os agricultores de Dristan não tiveram escolha e rapidamente se transformaram em bandidos.

Sua missão era manter as fronteiras seguras até que os bandidos congelassem ou morressem de fome
para que não pudessem mais invadir o território do duque.
Hebaron resmungava constantemente enquanto alimentava a fogueira com longos galhos secos.
“Se ao menos o duque de Croisso comercializar alimentos com os mercadores de

Dristan, todos os problemas serão resolvidos! Não precisamos passar o inverno nesta
periferia e aquele homem não se incomodaria com os bandidos, tudo estará resolvido.
Mas por causa de seu orgulho tolo…”
“Chega de reclamações. “Estamos aqui para ajudar o duque de Croix, não para
criticá-lo.”
Riftan falou sem rodeios e levantou-se da cadeira. Ele próprio tinha uma lista
de reclamações sobre o duque, mas se as expressasse abertamente onde vários
cavaleiros e soldados de Croix estavam por perto, isso facilmente causaria um
conflito entre eles.
Riftan pegou seu capacete e carregou-o contra o lado, aproximando-se da frente da

barreira. Os soldados montavam guarda com longas lanças ao longo da alta barreira
feita de troncos empilhados, enquanto os cavaleiros sentavam-se em frente às
tendas armadas, preparando as armas.
Ele subiu a escada que levava à torre de vigia e inspecionou a área ao redor. À primeira
vista, ele podia ver aldeias em ruínas, terras agrícolas queimadas pelos bandidos
e padres preparando corpos sem vida para funerais.
Entre essas pilhas de cadáveres estavam os bandidos que eles haviam
massacrado. Esses cadáveres de criminosos deveriam ser cremados após uma simples
cerimônia de bênção para evitar que se tornassem monstros como lich ou ghouls.
Ele pegou o cantil pendurado na cintura e umedeceu os lábios, depois sorriu. Além
dos monstros, os cavaleiros também tiveram que matar humanos impiedosamente
sob os comandos do monarca. Desde que se tornou cavaleiro, ele estava
entorpecido o suficiente para comer com calma ao lado de uma pilha de cadáveres,
mas, apesar disso, não pôde deixar de sentir uma leve queimação ao ver os devastadores
restos da guerra.
Ele bebeu o resto da água do cantil e jogou-o na grade. A estação do inverno,

uma estação de descanso, pairava sobre a terra enegrecida. Parecia que ele não
conseguiria passar o inverno no Calypse
Castelo novamente. Ele suspirou resignado e inalou o vento seco que cheirava a queimado.
Depois que todos os cadáveres foram eliminados, eles imediatamente começaram a se preparar
para o inverno. Os soldados estocaram diligentemente comida, lenha e água potável para uso de suas
tropas enquanto os cavaleiros patrulhavam as fronteiras em preparação para ataques, exterminando
bandidos e monstros de vez em quando.
Algumas semanas depois, uma notícia inesperada chegou do outro lado da fronteira. A realeza de Dristan,
que permaneceu ignorante apesar dos ataques desenfreados, começou a mediar. Riftan franziu a
testa para a bandeira de Dristan que tremulava contra o vento. Quase 800 soldados acamparam
do outro lado da barreira. Foram informados de que haviam sido enviados para arbitragem, mas na
verdade era praticamente uma ameaça.
Riftan olhou atentamente para os soldados da torre de vigia e desceu apressadamente quando
viu Triden saindo do quartel.
“Qual foi a proposta de Dristan?”
Um dos cavaleiros do duque e um mensageiro de Dristan também saíram do quartel. Riftan olhou para
seus rostos sombrios e voltou-se para Triden novamente.
“Será que eles declararão guerra imediatamente se o abastecimento de alimentos não for aberto?”
“Que mentalidade radical você tem” Triden estremeceu ao se virar em direção ao acampamento dos
Cavaleiros Remdragon. “A realeza de Dristan quer resolver a disputa da forma mais pacífica
possível. O duque de Croix fará com que um exército de cavaleiros reais controle os bandidos quando
o comércio for retomado.”
Os lábios de Riftan se torceram cinicamente. 'Tão pacificamente quanto possível'
também significava que estavam dispostos a usar métodos não pacíficos caso a situação o exigisse.
“Você acha que o duque de Croix concordará com a proposta deles?”
“Teremos que descobrir.”
Triden entrou em sua tenda e pediu a Riftan que o seguisse. Riftan seguiu seus
passos, entrando na tenda que já estava aquecida devido ao sutiã que havia sido aceso. O
comandante então arrastou uma cadeira para perto do fogo e falou com calma.
“Assim que amanhecer amanhã, acompanhe os mensageiros de Dristan e siga para o

Castelo Croix.”
"Você está me nomeando?"
“Você não estará sozinho. Quatro homens dos Cavaleiros Reais e três dos Cavaleiros
Remdragon se juntarão à escolta.
Junto com esses homens, guie os mensageiros de Dristan ao Castelo Croix.”
Depois de quase meio ano, ele retornaria novamente ao ducado de Croix. Ele não pôde
evitar a carranca que se formou em seu rosto enquanto a antecipação e a dissidência
lutavam dentro dele.
Triden ergueu uma sobrancelha.
"O que está errado? Você está desaprovando minhas ordens?
Riftan balançou a cabeça lentamente. "Não. Você tem algum outro pedido?
"Nenhum. Você pode escolher os outros Cavaleiros Remdragon que se juntarão a você.”
Riftan concordou uma vez e saiu da tenda.
No dia seguinte, Riftan preparou-se para partir para Croix com Uslin Rikaido e Gabel
Laxion. Quando o som das trombetas anunciou a sua partida, eles finalmente cruzaram as
barreiras com os Cavaleiros Reais. Então, três cavaleiros de Dristan vestindo mantos vermelhos
conduziram seus cavalos para se aproximarem da frente da barreira.
Riftan fez uma breve declaração e dirigiu-se ao Castelo Crox, evitando qualquer atraso. A propriedade
pôde ser alcançada após dois dias, porém, devido aos dias mais curtos de inverno, não
conseguiram chegar aos portões até a madrugada do terceiro dia.
“Já faz muito tempo que não tomo banho quente e não durmo na cama.”
Gabel murmurou com uma expressão encantada no rosto enquanto sua identidade era verificada nos
portões da frente. Uslin lançou-lhe um olhar furioso.
“Não viemos aqui para descansar. Não relaxe.
“Não seja muito rígido. “É melhor aproveitar as coisas boas quando elas estão lá.”
Gabel olhou para ele com uma expressão descontente nos olhos.
“Não tenho talento para me manter sempre arrumado como Sir Rikaido, então tenho que me refrescar
sempre que tenho oportunidade.”
Ao ouvir as palavras de Gabel, Riftan examinou Uslin com os olhos. Ele tinha certeza de que nunca
tinha visto aquele cara desgrenhado. Uslin Rikaido tinha um talento extraordinário para
manter uma aparência elegante apesar de estar no meio de um campo de batalha. Ele se perguntou
se a sujeira também repelia um homem que nasceu em uma família nobre de prestígio. Enquanto
ele pensava em pensamentos tão ridículos, eles receberam permissão para ultrapassar os
portões.
Riftan conduziu seu cavalo para entrar e enxugou o rosto áspero e manchado. Já fazia um tempo
desde a última vez que ele lavou o rosto, então ele devia estar com uma aparência péssima.
De repente, seu manto bagunçado e seu cabelo desgrenhado o incomodaram imensamente. Ele
zombou de sua vaidade enquanto penteava nervosamente o cabelo grudado na testa.
Quem se importa com minha aparência? Mesmo quando ele se vestia e se apresentava bem, ela ainda
olhava para ele
horrivelmente.
Ela pode desmaiar na hora quando me ver assim.

Riftan sorriu ironicamente com seus pensamentos íntimos. Ao chegarem aos portões
do castelo do duque, os guardas correram para cumprimentá-los. Depois de
entregar-lhes os cavalos, ele conduziu os mensageiros de Dristan e caminhou até o grande salão.
Ao entrarem, um homem de meia-idade que parecia ser mordomo deu um passo à
frente e inclinou a cabeça educadamente.
“Ouvi dizer que vocês, senhores, chegaram das fronteiras. Existe um assunto
urgente?
“Eu vim com os mensageiros de Dristan. “Quero conhecer o duque imediatamente.”
O mordomo pareceu surpreso por um momento, mas concordou calmamente. “Por

favor, siga-me. “Vou levá-lo imediatamente para a recepção.”
Riftan seguiu atrás dele, inconscientemente olhando ao redor, procurando por Maximillian.
As criadas que se reuniram no topo da escada chamaram sua atenção, mas ela não
estava em lugar nenhum. O dia ainda era cedo, então presumi que ela ainda estava
na cama. Ao subir as escadas de mármore revestidas de veludo, senti uma estranha
sensação de alívio e decepção. O mordomo os conduziu a um quarto luxuoso repleto
de tapete vermelho e saiu depois de deixar um aviso.
“Por favor, espere aqui um momento, vou trazer o duque.”
Cada um deles sentou-se nas cadeiras e prendeu a respiração, esperando a chegada

do duque. Após cerca de 20 minutos, o duque de Croix entrou vestindo roupas luxuosas
acompanhado por seus guardas e servos.
“Ouvi dizer que mensageiros vieram de Dristan. O que os traz até aqui?
Ele se sentou em uma cadeira colocada no meio da sala e ergueu o queixo

arrogantemente. Os rostos dos mensageiros endureceram ligeiramente com sua atitude
rude. O mais velho deles abriu a boca e falou tão friamente quanto o duque.
“Viemos para cumprir as ordens de Sua Majestade para resolver as disputas na fronteira.”
O cavaleiro tirou de suas vestes uma carta de pergaminho marcada com o selo da
Família Real Dristan e a estendeu. Um jovem criado que esperava pegou-o apressadamente e
entregou-o ao duque, que desdobrou a carta e passou os olhos por ela. Uma ruga profunda
apareceu em sua testa, como se ele estivesse descontente com o que estava escrito no adesivo.
Após um longo momento de silêncio desconfortável, o duque de Croix finalmente falou. “…

antes de discutirmos os detalhes, acho que você deveria descansar primeiro.” Ele olhou para
a aparência imunda dos cavaleiros e levantou-se enquanto gesticulava para o mordomo.
“Guie os convidados para seus quartos.”
Os cavaleiros deixaram a recepção sem qualquer protesto porque estavam exaustos.

Riftan foi designado para a mesma sala que usava antes. Lá, ele tomou um banho quente
pela primeira vez em cerca de um mês e vestiu roupas novas e limpas, depois saiu do quarto
novamente. Ele caminhou ao redor, vendo guardas e
soldados iniciando o treinamento pela manhã e mulheres que passeavam pelos jardins.
Enquanto observava vagarosamente esse cenário, de repente ele proferiu palavrões.
‘Porra, eu não vim aqui para brincar.’
Riftan amaldiçoou-se e se virou. Ele pretendia contar ao duque de Croix o custo de prolongar o
conflito com as tropas de Dristan acampadas na fronteira, antes que o duque discutisse
seriamente o assunto com os mensageiros.
No entanto, o duque rejeitou categoricamente o seu pedido de audiência, dizendo que estava
demasiado ocupado para lhe arranjar tempo.
O rosto de Riftan endureceu com o tratamento insultuoso. Mesmo o duque não tinha o
direito de desrespeitar os vassalos do rei dessa forma. Riftan silenciosamente se virou
apesar da humilhação que acabara de receber, não querendo criar uma cena expressando
seu descontentamento.
O duque de Croix continuou a rejeitar os seus pedidos e adiou o encontro com os mensageiros,
argumentando que estava demasiado ocupado supervisionando a propriedade. Foi somente
depois do terceiro dia após chegarem ao castelo que eles puderam discutir adequadamente
com ele cara a cara.
Os mensageiros naturalmente assumiram uma atitude autoritária e expressaram o seu

descontentamento. A raiva deles só aumentou ainda mais quando o duque também afirmou que
as exigências de Dristan violavam sua autoridade como Senhor. Ele os provocou ainda mais
quando anunciou que pretendia cobrar indenizações pelos danos do conflito. Como resultado,
os mensageiros do Driftan sentiram-se indignados e as negociações ficaram à beira de uma
espiral descendente rumo à catástrofe.
Riftan registrou todos os acontecimentos e enviou um telegrama ao seu comandante.

Contrariamente às suas expectativas de que o
As negociações seriam concluídas em três ou quatro dias, mas se arrastaram por mais de
uma semana. Ele estava cansado de acordar com o amanhecer azulado do oeste, mas o duque
Croix parecia não estar disposto a ceder às exigências de Dristan. Na pior das
hipóteses, as coisas poderiam explodir numa guerra total.
Riftan imaginou em sua mente a batalha feroz que teria pela frente. Se o Exército Real de
Dristan interviesse, Whedon certamente retaliaria e enviaria reforços adicionais. Nesse
ponto, ele não poderia retornar a Anatol por pelo menos um ano.
Não, talvez eu nunca mais consiga voltar…
Os lábios de Riftan se torceram cinicamente enquanto ele se aproximava das muralhas do

castelo. A guerra que estava por vir poderia decapitar a cabeça de qualquer um com um
erro: ele testemunhou inúmeros homens morrerem de forma insignificante e não era vaidoso o
suficiente para pensar que ninguém no mundo era mais forte do que ele.
Tendo ele próprio tirado inúmeras vidas, ele estava claramente ciente do fato de que sua vida
poderia acabar assim.
Por precaução, Riftan decidiu enviar um telegrama para Anatol e rapidamente

atravessou as florestas onde a luz do amanhecer ainda estava fraca. De repente, ele viu
alguém correndo à distância e parou no meio do caminho. A pessoa não parecia ser
empregada doméstica, ela usava um vestido tão longo que arrastava pelo chão.
O que diabos uma mulher nobre está fazendo tão cedo?
Riftan estreitou os olhos enquanto pensava com desconfiança, observando a mulher.

Então, todo o seu corpo endureceu. Eu tenho
teve um vislumbre claro de cabelos ruivos fluindo através de suas vestes pretas quando a
garota se virou. Ele estava convencido de que só havia uma pessoa no mundo que tinha esse
tipo de cabelo: Maximillian Croix. O cabelo da garota era diferente dos outros ruivos. Seu
cabelo volumoso e ondulado tinha uma cor marrom-avermelhada, tinha uma tonalidade
quase roxa no escuro, e alguns fios brilhavam dourados sob o sol forte.
De repente, seu coração bateu rápido e forte contra as costelas. Foi a primeira vez que a viu
desde que voltou ao Castelo Croix. Riftan estava dividido entre o desejo de conhecê-la e o
desejo de ignorá-la, mas seu conflito não durou muito. Parado rigidamente no local, Riftan
soltou um gemido baixo e perseguiu seu rastro. Mesmo que fosse apenas nos arredores do
castelo, ele não poderia deixá-la vagar sozinha pela floresta escura, não quando ela já
havia sido gravemente ferida antes. Uma leve raiva cresceu dentro dele quando ele se
lembrou do corpo frio dela que foi mordido pelas presas de um monstro venenoso.
Ela não aprendeu a lição mesmo depois que isso aconteceu?
Ele acelerou seus passos, sua mandíbula se contraiu enquanto planejava dar-lhe um
aviso firme. A garota parou de repente e olhou em volta e Riftan estreitou os olhos. Não parecia
que Maximillian o viu parado sob a sombra de uma árvore.
Então, ela começou a se atrapalhar, tirando um pedaço de pergaminho de seus braços e

começou a pronunciar algo em voz baixa.
Que diabos está fazendo?
Riftan franziu a testa enquanto ouvia sua voz melancólica e trêmula.
voz. Sua voz misturava-se intermitentemente ao chilrear dos pássaros e ao farfalhar dos
galhos e folhas contra o vento seco. A voz da garota era tão baixa que ele mal conseguia
entender suas palavras, mas parecia que ela estava recitando poesia. Riftan, que conseguiu
entender a situação atordoado, tinha uma expressão curiosa. Maximillian lia a mesma frase
repetidas vezes com a voz trêmula.
Ele sentiu a frustração que começou a crescer no tom dela e de repente percebeu que
estava presenciando um momento muito particular: ela tinha dificuldades para falar. Sua mão
trêmula roçou seus lábios. Eu já a tinha ouvido gaguejar várias vezes, mas pensei que
era só porque ela se sentia tensa, nervosa ou desconsolada.
Ele andava ansiosamente, como uma fera encalhada. Ele estava pensando que era melhor ele
ir embora tranquilamente, mas ao mesmo tempo não poderia deixá-la sozinha em um lugar
como aquele. Sem saber o que fazer, o corpo de Riftan congelou ao pisar em um galho que
havia caído no chão.
Maximillian, que repetia a mesma palavra como se sua língua estivesse paralisada,
virou-se em sua direção e seus olhos se arregalaram de surpresa ao vê-lo.
O rosto de Riftan estava nublado de vergonha. Embora ela estivesse longe dele, ele podia
distinguir claramente o rosto dela ficando pálido e depois mudando para um vermelho
profundo de vergonha. Seus ombros estreitos enrijeceram de humilhação e seus olhos
tremeram inseguros, como se seu orgulho tivesse sido destruído. Ele abriu os
lábios com urgência, mas não tinha ideia do que dizer, então Riftan apenas deu um passo
para trás enquanto seus lábios se fechavam e abriam.
“Eu... eu estou...”
Maximillian, que estava perdendo o juízo depois de revelar sua fraqueza secreta, rapidamente
se virou e correu em direção ao castelo. Riftan inconscientemente tentou persegui-la, mas parou no
meio do caminho. Ele queria agarrá-la pelo braço naquele instante e dar suas desculpas de
que ele estava lá apenas por acidente, mas ele pensou que isso só a faria se sentir mais
envergonhada. Ele compreendeu perfeitamente como era vergonhoso ter a própria fraqueza
revelada aos outros.
Riftan olhou preguiçosamente para o caminho da floresta de onde ela havia fugido e se virou,
murmurando duras maldições para si mesmo. A oportunidade de pedir desculpas formalmente por
suas ações surgiria mais cedo ou mais tarde. Por enquanto, era melhor deixá-la organizar seus
pensamentos primeiro. Ele caminhou impotente de volta para seu quarto.
No entanto, quando chegou o fim das negociações, ele não conseguia nem ver as sombras
dela. Ele perambulava pelo anexo sempre que tinha tempo, na esperança de encontrá-la por
acaso, mas eventualmente teve que voltar para as fronteiras, não podendo se desculpar pelo
ocorrido naquele dia. Ele se sentiu absolutamente infeliz. As negociações não
produziram resultados significativos e ele até deixou as piores impressões dele para Maximillian
Croix. Riftan acolheu o inverno com o mais terrível sentimento de miséria.
Apesar das tensões crescentes devido à guerra dos sonhos, os olhos da menina que refletiam a
dor não saíram de sua mente. Ele se perguntou por que a dor dela o tocou vividamente quando
havia mais misérias e coisas dolorosas no mundo. No entanto, ele sentiu uma forte vontade de
confortá-la. Ele queria se aproximar dela e confortá-la enquanto a acariciava
costas estreitas. Ele queria dizer a ela que sua gagueira não passava de uma falha
insignificante. Ele pagaria quantias em ouro só para ouvi-la falar.
Riftan sorriu com seus pensamentos tolos. Por trás de sua aparência delicada, ela tinha um forte
sentimento de orgulho, ele foi capaz de reconhecer isso só de ver seu rosto distorcido de vergonha.
Ela pode até se sentir insultada pelo fato de ele ter ousado confortar uma nobre dama. Riftan
tentou desesperadamente tirar a garota da cabeça, ridicularizando-se como tal.
Esse tipo de pensamento valeu a pena, suas fantasias de adolescente, Series,

gradualmente desapareceram à medida que o inverno frio chegou e grandes batalhas começaram com
enormes tropas de bandidos armados cruzando as fronteiras. Tais pensamentos sem

sentido desapareceram automaticamente à medida que as batalhas ferozes continuavam.
Ele se concentrou em liderar os cavaleiros e subjugar os bandidos, no entanto, o inimigo continuou

a atacar habilmente, apesar de perder, diminuindo seus recursos e mão de obra devido aos
contínuos ataques surpresa. Apesar de querer caçar os inimigos para acabar com eles, ele não
poderia cruzar as fronteiras, pois isso provocaria a família real de Dristan.
Percebendo uma crise, os Cavaleiros Reais de Whedon finalmente enviaram outra

mensagem para persuadir o Duque de Croix.
Riftan voltou para Croix depois de dois meses e meio. Desta vez, ele não estava lá apenas para
escoltar os mensageiros, mas também para transmitir a vontade do rei Ruben. Suas
sobrancelhas franziram quando ele se lembrou de estar sobrecarregado com a ordem real de
persuadir o duque de Croix a encerrar a disputa o mais rápido possível. Sua Majestade tinha um
talento extraordinário para colocar tarefas tão tediosas sobre seus ombros.
Isso terminaria muito mais rápido se Sua Majestade fizesse isso sozinho.
Riftan soltou um suspiro insatisfeito ao passar pelos portões. O Castelo Croix teve uma
impressão muito diferente durante o inverno. A grande propriedade, onde normalmente
floresciam jardins, estava agora varrida e sopravam ventos secos, fazendo-a parecer um
tanto sombria. A densa floresta de abetos que cercava o castelo também emitia um frio úmido. Ele
olhou em volta observando enquanto atravessava o que costumava ser o jardim e chegava
à frente do grande salão.
Seu rosto estava sombrio e rígido quando ele entrou no castelo, deixando os cavalos para os
criados.
Ele também estava farto da disputa. Desta vez, ele estava determinado a chegar a uma
negociação sólida com o duque de Croix. Dezenas de vidas de seus homens foram perdidas por
causa do orgulho insuportável do homem, ele queria acabar com qualquer batalha sem sentido
no futuro.
“Vim levar a mensagem do rei ao duque.”

Ele declarou friamente ao mordomo que correu para recebê-los.

O mordomo, que se encolheu com sua atitude autoritária, curvou-se educadamente e conduziu-os
para a recepção. Riftan subiu as escadas, liderando seus cavaleiros.
Ali, parado com as criadas de um lado do corredor, estava Maximillian e seus olhos se arregalaram.
Encontrá-la inesperadamente em seu estado confuso o deixou tonto, como se tivesse sido atacado
do nada.
“Que grande beleza você é.”
Sua cabeça imediatamente se virou para o som que veio ao lado dele. Era a voz de Gabel
Laxion, que olhava para
ela com pura admiração. Riftan olhou para ele com um olhar penetrante, sentindo todos os
nervos de seu corpo à flor da pele, mas continuou a falar atordoado, como se não sentisse o
descontentamento de Riftan.
“Só ouvi histórias sobre como a segunda filha do duque é extraordinariamente bela... Fui pego
de surpresa. Em apenas alguns anos, ela não se tornará a mulher mais bonita do continente
ocidental?”
Riftan piscou os olhos e olhou na direção para onde Gabel estava olhando novamente.
Só então percebeu que não foi Maximillian Croix quem capturou sua admiração, mas sim a garota
de cabelos louros que estava ao seu lado. Ele franziu a testa para a garota com uma atmosfera fria
que parecia esculpida no gelo. Ele não conseguia entender como alguém poderia olhar para
outra mulher quando Maximillian Croix estava por perto.
Gabel não foi o único a olhar para ela com admiração, os outros cavaleiros também ficaram
impressionados com a irmã mais nova de Maximillian. Uslin Rikaido lançou-lhes um olhar
descontente, vendo como eles estavam boquiabertos.
“Estamos aqui para resolver as questões relativas à disputa.
“É patético ficar olhando boquiaberto para as mulheres no meio de uma guerra.”
“Quem está boquiaberto?”

Gabel resmungou com uma expressão envergonhada e fixou sua postura e à

menção de “guerra” seu rosto escureceu instantaneamente. Pouco antes de
chegarem a Croix, eles tiveram que travar uma batalha feroz contra quase
três dúzias de bandidos e Gabel perdeu um de seus queridos aprendizes em
no meio disso. Embora ele tenha declarado sarcasticamente que o aprendiz caído
não era digno de usar a armadura do Cavaleiro Remdragon por ter perdido a vida
para um bando de bandidos, ele pagou por um funeral caro para ele. Gabel
não foi o único que perdeu um aprendiz querido.
Os bandidos de Dristan, que nada mais eram do que um bando armado

desorganizado, transformavam-se rapidamente num exército sistemático. E como um
grupo de ratos num armazém de alimentos, eles continuavam vindo em
bandos de algum lugar, não importa quantos deles eles matassem e os
expulsassem. Era bastante óbvio que eles tinham o apoio da Casa Real de Dristan.
Onde mais poderiam os camponeses, que estavam morrendo de fome, obter cavalos
de guerra poderosos e colocar as mãos em armas de aço? O fato de vinte mil
homens terem se tornado soldados sozinhos e controlados por um determinado
sistema de comando era ameaçador.
"Por aqui."
O mordomo que os guiava os conduziu até o terceiro andar, em vez da recepção.

Riftan o seguiu e deu uma última olhada em Maximillian Croix. Seu rosto de repente
ficou com uma expressão ansiosa e ela se escondeu nas sombras. Riftan
podia ver claramente seus olhos nublados como uma névoa, seu rosto redondo
estava pálido como um fantasma e seu corpo minúsculo vestido com um
vestido simples marrom-avermelhado enrijeceu de nervosismo. Ele desviou o olhar
dela novamente. Ele queria acreditar que a razão pela qual ela olhou para ele
com tanta cautela era porque estava preocupada com as notícias que os cavaleiros trariam.
“Por favor, espere um momento. “Vou pedir permissão ao duque e voltarei.”
O mordomo pediu que esperassem no final de um corredor revestido de mármore e

entrou em uma enorme porta de mogno com pelo menos 10 kvets (cerca de 3
metros). Riftan ficou calmamente em frente à porta do escritório que estava
fechou humilhantemente de cara na última vez, esperando que seu pedido de

audiência fosse atendido.
O duque de Croix permitiu que eles entrassem depois de um longo tempo, deixando
o vapor esfriar o suficiente de sua cabeça, e Riftan passou pela porta vermelha com
seus cavaleiros. O duque sentou-se em uma cadeira requintada adornada com pele
de leão e lançou-lhe um olhar frio com seus olhos verdes.
“Ouvi dizer que você veio trazendo uma mensagem de Sua Majestade.” Ele
cruzou os braços acima da mesa e tinha uma expressão descontente no rosto.
“Como é que ele não enviou um mensageiro direto para o meu castelo?”
“Sua Majestade queria transmitir uma consciência clara do que está acontecendo nas
fronteiras orientais. “Esta é também a razão pela qual reportamos regularmente
a situação.”
Riftan se aproximou da mesa do duque e falou em tom monótono, mas respondeu

sarcasticamente, seu bigode bem cuidado se contraindo.
“Bem, que ordens Sua Majestade lhe deu?”
“Sua Majestade está preocupada com o possível prolongamento da disputa atual.

O Exército Real de Dristan está intervindo e há uma grande chance de que este conflito
se transforme em uma guerra total. “Sua Majestade não deseja que a situação piore.”
“Se for provado que os Royalties de Dristan apoiam os bandidos, então eles serão
puníveis de acordo com o Tratado de Paz.” O duque recostou-se na cadeira e foi
brutalmente torturado. “Não consigo aceitar as pessoas que invadiram o meu território.
Mesmo o rei não deveria impor tal humilhação sobre mim.”
“Então como você punirá os governantes de Dristan?” Riftan rebateu-o

veementemente. “Será você quem liderará um exército até as fronteiras orientais
e colocará o rei Turben na sede do julgamento na Osíria?
O rosto do duque ficou vermelho. “Os outros monarcas dos seis reinos vão me ajudar!”
“O Tratado de Paz é aplicado pelos monarcas dos sete reinos. Você realmente acredita
que esses monarcas levarão o governante de Dristan à justiça?” Riftan continuou a
falar de maneira calma, diminuindo sua hostilidade tanto quanto possível. “Dristan
destruirá o Tratado de Paz dos Sete Reinos e será usado como um meio para
desencadear a guerra. Os reis não pensam que o Santo Papa tenha o direito de julgá-los.”
“Como você ousa… você está tentando me ler agora?”
“Estou apenas transmitindo a vontade dos monarcas.” Apesar da expressão

enfurecida do duque, Riftan permaneceu calmo.
“Sua Majestade disse que ameaçar perturbar a paz é absolutamente inaceitável.

Portanto, encorajo você a encerrar imediatamente este conflito e pôr fim à rivalidade com
Dristan.”
Ele tirou uma carta com o selo real de suas vestes e colocou-a sobre a mesa. Em vez
de pegá-lo, o duque olhou para ele com uma raiva arrepiante em seus olhos verdes claros.
Então, ele exclamou em tom agudo.
“Se você terminou de entregar sua mensagem, vá embora!”
Riftan saiu da sala junto com seus cavaleiros, sem demora. Gabel soltou um longo
suspiro enquanto caminhavam pelo corredor.
“Está tudo bem que você deu a ele essa firmeza de atitude? É melhor ficar fora da linha
de visão dessa pessoa, caso contrário, será problemático…”
“Eu mostrei a ele uma quantidade razoável de respeito.”
Riftan respondeu sem rodeios e desceu as escadas. As mulheres que se reuniram

antes perto dos corrimãos da escada do segundo andar não estavam em lugar nenhum.
Ele momentaneamente olhou para onde Maximillian se escondia e desceu silenciosamente o

lance restante da escada. Ao chegarem ao andar térreo, os criados se aproximaram deles e
os conduziram aos quartos de hóspedes.
“Vamos preparar uma refeição e trazer água para o banho imediatamente.”
Quando os criados saíram, Riftan tirou a armadura e foi até a janela contemplar os jardins. O
pálido sol de inverno lançava uma luz fraca sobre as árvores coníferas verde-escuras, e os
pássaros colhiam sementes nos canteiros de flores onde a grama estava morta e amarela. Ele
abriu as janelas e vasculhou o jardim onde Maximillian costumava passear e suspirou encostado
na parede. Eu senti como se
ele tinha envelhecido três ou quatro anos nos últimos meses. Riftan se jogou na cama e soltou
outro suspiro cansado.
***
O duque finalmente decidiu concordar com as negociações com Dristan, de qualquer maneira não
havia outra opção. Riftan escoltou os mensageiros do duque até as fronteiras onde
negociaram com o Exército Real de Dristan. Enquanto viajavam entre o Castelo Croix e as
fronteiras, chegou a estação das chuvas.
Quando as negociações para acabar com o conflito terminaram sem problemas, o duque convidou
os nobres orientais e os mensageiros de Dristan para um grande banquete. Isto foi realizado
com a intenção de pacificar as queixas dos vassalos que foram afetados por meses de conflito
violento. O salão de banquetes estava decorado de forma mais luxuosa do que nunca, a
comida era temperada com temperos raros e todos os tipos de frutas enchiam infinitamente as
mesas.
Os lábios de Riftan cinicamente puxaram para o lado enquanto ele observava o duque de Croix no
pódio. O homem que foi autoritário durante todo o processo de negociação sentou-se ao
lado dos mensageiros de Dristan, agindo naturalmente de forma amigável e até rindo. No
entanto, o humor desagradável de Riftan desapareceu imediatamente quando ele pôs os
olhos em Maximillian, que estava sentado modestamente ao lado de seu pai.
Ele observou atentamente enquanto ela comia uvas pedaço por pedaço, então tomou um longo
gole de vinho, sentindo sua garganta queimar com a visão. De alguma forma, ela estava
ficando muito mais bonita aos olhos dele cada vez que ele olhava para ela. Recentemente, só de
olhar para ela o fazia sentir dor por dentro. Ele soltou um suspiro perturbado
e chamou um criado para encher seu copo vazio. Hebaron estalou a língua, olhando para a visão
de Riftan.
“Quem te vê assim pode pensar que perdemos. Por que você parece que está morrendo?
“…nós não vencemos exatamente.”
“É uma conquista ter detido 20 mil bandidos com apenas 4 mil soldados e mantido-os
afastados durante meio ano. “As negociações decorreram de forma mais tranquila do que o
esperado e Sua Majestade está satisfeita com os resultados.”
Hebaron murmurou enquanto chupava os dedos pingando sucos da comida gordurosa. “Ninguém
pode negar os esforços louváveis do vice-comandante.
Haverá uma cerimônia anunciando o novo comandante dos cavaleiros quando retornarmos,
então esteja preparado.”
Riftan não respondeu e Hebaron olhou para ele com suspeita nos olhos. “Você não está
pensando em quebrar sua lealdade, está?”
“Assim que eu me tornar o comandante dos Cavaleiros Remdragon, você estará a serviço de
Anatol. Você se contentaria em servir a um senhor de um mero território nos arredores?”
“Por que você está babando agora? De qualquer forma, a maioria dos cavaleiros não está em
posição de adquirir um feudo, sendo bastardos, plebeus, nobres caídos ou filhos segundos nascidos
de famílias nobres menos proeminentes.” Hebaron bufou alto. “Se eu realmente me
importasse com isso, o vice-comandante já estaria com você há muito tempo.”
Riftan queria questionar sarcasticamente a capacidade de Hebaron de fazer isso, mas se conteve.
Hebaron tomou um gole de cerveja e continuou a falar calmamente.
“Além disso, todos sabem que o vice-comandante está se esforçando para reconstruir
aquele pedacinho de terreno. “Estamos todos ansiosos para ficar lá.”
Então, os lábios de Hebaron se puxaram para os lados enquanto ele olhava para o assento
onde Uslin Rikaido estava, o homem olhava para ele com olhos de desaprovação.
“Claro, há alguém que parece esperar que o vice-comandante estabeleça uma posição
no Palácio Drakium.”
“…”
“No entanto, é o vice-comandante quem toma a decisão.
Quanto a nós, já tomamos a decisão de seguir a vontade de Rifan Calypse.”
O homem silenciosamente exigiu uma resposta dele com os olhos e Riftan olhou para sua
taça de vinho com uma expressão ilegível, depois suspirou pesadamente.
“Não tenho intenção de evitá-lo desta vez. Quando o rei Ruben baixar sua espada sobre
mim¹, eu aceitarei.”
Hebaron deu-lhe um sorriso satisfeito e colocou um copo cheio de cerveja na frente dele
com um baque surdo. “Quando o vice-comandante assumir a posição de nosso
comandante, vou tratá-lo com muita gentileza.”
“…Estou ansioso por isso.”
Riftan suspirou e pegou o copo que Hebaron lhe estendeu. Beber com ele geralmente
durava até o final do banquete, às vezes até o amanhecer.
Normalmente, ele teria ficado enojado e rejeitado sua oferta, mas naquele dia Riftan também
estava disposto a desafiá-lo com álcool.
À medida que se tornavam mais turbulentos com o tempo, alguns nobres lançaram-lhes olhares de desdém.
No entanto, ele estava desesperado o suficiente para fazer qualquer coisa tola se pudesse aguentar.
O olhar de Maximillian para ele por um minuto. Riftan engoliu as bebidas que Hebaron
continuou entregando enquanto sentia seu olhar curioso alcançá-lo.
No entanto, como se quisesse ridicularizar tal comportamento patético, ela saiu

silenciosamente do salão de banquetes com suas criadas. Sentindo que seu entusiasmo havia
sido estragado, Riftan largou o copo meio vazio. A ideia de ir atrás dela passou por sua
cabeça por um momento, mas teria sido muito óbvia, pois ele teria perdido o desafio em que
estava envolvido.
Ele tentou se desculpar várias vezes pelo que aconteceu, mas todas as vezes falhou
repetidamente.
Os lábios de Riftan se torceram para o lado quando ele se lembrou de Maximillian, que estava
sempre ocupado fugindo dele no momento em que tentava se aproximar dela. Agora a garota
provavelmente pensaria nele não apenas como um homem intrometido, mas também
como um bêbado e revelador.
Ótimo. Riftan murmurou sarcasticamente e engoliu o resto da bebida.

Quem sabe, talvez seja para melhor.
Não havia chance de ele ficar ao seu lado
de qualquer maneira, e mesmo que fosse esse o caso, Maximillian provavelmente o

desprezaria terrivelmente. Nesse ponto, ele também seria capaz de se livrar de seus sentimentos
tolos. Enchi seu copo novamente. Os melhores vinhos pareciam ter um sabor repugnantemente
amargo.
No amanhecer do dia seguinte, Riftan e os outros cavaleiros partiram para o Palácio

Drakium. Os vassalos do duque ficaram no Castelo Croix por várias semanas, enquanto os
Cavaleiros Reais precisavam ficar de guarda até a partida dos delegados de Dristan. A missão
do Cavaleiro Remdragon era apenas fornecer apoio militar e eles haviam cumprido isso,
então não havia mais razão para permanecer em Croix.
Eles viajavam incessantemente por vastas planícies, passando ocasionalmente por

mercados e vilarejos bem abastecidos entre os arrozais verde-claros que brotavam.
Movendo-se um pouco para o norte, encontraram um enorme rancho onde
milhares de bovinos e ovinos pastavam. Riftan estalou a língua ao perceber o

quão rico o duque era. Os rumores que se espalharam de que o Senhor oriental poderia
ser mais rico que o rei não eram exageros.
Depois de cavalgar pelas terras durante quatro dias inteiros, eles finalmente
alcançaram a muralha norte que fazia fronteira com o território do duque. Além das
magníficas muralhas que se erguiam a quase cem kvet (30 metros), ficavam as
escarpadas Montanhas Callic, marcando o fim das planícies suaves. A capital real
apareceu diante de seus olhos depois de cruzar três ou quatro colinas.
“Quanto tempo você planeja ficar na capital?”
Uslin Rikaido aproximou seu cavalo e perguntou enquanto eles
marchou pelos portões do castelo e viu as ruas cheias de espectadores. Riftan

olhou para ele e respondeu sem rodeios.
“Vou descansar alguns dias aqui e partir imediatamente. Anatol ficou vazio por muito
tempo.”
Uma pitada de insatisfação nublou o rosto de Uslin. “Que tal ficar no palácio por um
mês? Vários nobres visitarão a capital na próxima primavera. Vou apresentá-los a você
para que…”
“Não há necessidade disso. “Não tenho intenção de perder meu tempo com
assuntos sem sentido.”
Riftan o interrompeu, respondendo friamente. Hebaron riu, observando a cena se

desenrolar entre os dois.
“Parece que o jovem mestre da família Rikaido foi rejeitado novamente.”
Uslin olhou para ele ferozmente e balançou as rédeas como um chicote, conduzindo o
cavalo a uma velocidade nervosa. Os servos correram para ajudá-los quando chegaram
ao Palácio Drakium. Depois que Riftan pediu aos guardiões do estábulo que aceitassem
cuidando de seus cavalos que haviam sofrido com a longa jornada, ele foi direto
para a sala do trono.
Depois de alguns momentos, eles se ajoelharam, de frente para o rei em uma sala
magnífica repleta de tapete vermelho. Sentado no trono estava o rei Ruben III, que leu
os relatórios escritos por Triden com um brilho entediado nos olhos e depois os entregou
ao servo que esperava ao lado dele.
Por alguma razão, a aparência do rei parecia mais jovem do que da última vez que o
viu. Sua barba desalinhada havia sido bem raspada e suas bochechas arredondadas
haviam ficado mais finas, tornando suas feições mais distintas e revelando um rosto
que parecia o de alguém na casa dos trinta anos.
Riftan nunca conheceu alguém tão errático e imprevisível como Ruben III em toda a
sua vida. O homem exibiu a vigilância de um homem de noventa anos enquanto era
inconstante quando criança, mas no momento seguinte ele pôde mostrar notável
paciência e generosidade enquanto agia como um homem cruel e chato. Mesmo os
nobres mais velhos do palácio, com cinquenta ou sessenta anos, não conseguiam
respirar confortavelmente na sua presença.
Riftan ergueu os olhos para encontrar seus olhos castanhos dourados, engolindo
um suspiro que bloqueou sua garganta e medindo a atmosfera. O Rei Ruben
finalmente abriu a boca depois de prender a respiração por um longo período de tempo.
“Demorou mais do que eu pensava.”
“É como relatei a Vossa Majestade, as negociações tomaram um rumo difícil, pois

ambas as partes envolveram seus orgulhos.”
Triden argumentou de maneira educada. Ruben III olhou para ele atentamente e
depois sorriu, concordando com sua afirmação.
“A teimosia do duque Croix é realmente notável.
Bem, qual é a situação, os danos?”

“Algumas áreas foram saqueadas pelos bandidos, mas agora estão quase totalmente
restauradas. O número de vítimas permanece o mesmo que o número escrito no
relatório."
O rei coçou o queixo com uma expressão pensativa e assentiu lentamente.
“Não estou completamente satisfeito com o resultado. Porém, considerando que a disputa
poderia ter resultado em uma guerra total, eu diria que você fez um grande esforço.” O rei
murmurou vagamente, suas palavras não elogiavam nem condenavam, depois sorriu
generosamente. “Você sofreu muito trabalho duro.
Você deve estar cansado, fique de pé. Assim que os Cavaleiros Reais chegarem,
recompensarei a todos. Além disso, Riftan Calypse, quanto a você…”
Riftan parou de se levantar, olhando para o rei com uma expressão hesitante.
O rei encostou a bochecha no punho e declarou lentamente.
“Haverá uma cerimônia de nomeação dentro da cavalaria dentro de uma semana, então nem
sonhe em sair imediatamente.”
O rosto de Riftan endureceu. Ele havia previsto que isso aconteceria em sua direção,
mas não esperava que fosse declarado tão cedo.
Além disso, não diretamente na frente do atual comandante.
Ele olhou para Triden, mas o líder apenas bateu em seus ombros com firmeza, sem
dizer nada. O Rei Ruben, que olhou para a cena, acrescentou formalmente.
“Estou ciente das regras e tradições internas dos Cavaleiros Remdragon.

Algum de vocês tem alguma objeção à minha decisão? Todos os cavaleiros ficaram em
silêncio e ele acenou com a mão com uma expressão satisfeita. “Eu não acho que haja
qualquer. Se for esse o caso, prepare-se para a cerimônia de nomeação do cargo.

Agora, vá em frente. “Vocês todos cheiram a cavalos.”
Riftan saiu da sala do trono e perguntou mais uma vez a opinião de seus colegas.
Todos eles transmitiram suas respostas balançando a cabeça silenciosamente. Um
pensamento bastante cínico passou por sua mente: mesmo que alguém não
concordasse com sua nomeação, não ousaria expressá-lo em meio à atmosfera sombria,
mas Riftan se absteve de perguntar duas vezes.
Ele atualmente liderava a classificação entre os Cavaleiros Remdragon e a regra
absoluta e não escrita da cavalaria era ser liderada pelo membro mais forte.
Alguns dias se passaram e a cerimônia de sua nomeação foi realizada na presença do

fidalgo. O rei Ruben dirigiu pessoalmente a cerimônia e o nomeou. Após a penosa
nomeação, foi imediatamente seguida pela cerimônia de aposentadoria de Triden. Em
vez de sentir uma sensação de realização, Riftan sentiu-se vazio e solitário. Ele nunca
quis demonstrar esses sentimentos, mas sentiu como se tivesse sido empurrado para fora
de uma cerca resistente após a partida de Triden, e sua solidão se tornou nada mais vívida.
“Finalmente, estou feliz por finalmente poder ir para casa.”
Triden declarou, olhando para Riftan por cima dos ombros enquanto se preparava para ir
para sua propriedade. O homem parecia realmente alegre. Riftan respondeu sem rodeios,
suprimindo desesperadamente seus verdadeiros sentimentos.
“Estou aliviado por estar me libertando de sua importunação.”
“Hmp, você sabia que eu sei que você não quis dizer isso? “Já posso ver suas fronhas
encharcadas de lágrimas quando eu for embora.”
Triden brincou com ele. Riftan lançou-lhe um olhar irritado e, relutantemente, deu-lhe um
pequeno sorriso.
"Cuide da sua saúde."
"Você também." O visconde Triden montou em seu cavalo e olhou para ele atentamente.
“Você tem o potencial de ser um cavaleiro lendário que entrará para a história se viver
até os trinta anos. Por favor, evite ser tão imprudente.”
“Vou manter isso em mente.”
Triden dirigiu-se para sua propriedade, trazendo dez homens com ele.
Riftan ficou na colina com os cavaleiros e acompanhou-o.
O homem que mudou de vida foi embora sem olhar para trás, como um vento passageiro.
***
Os Cavaleiros Remdragon se adaptaram adequadamente ao seu novo lar. Enquanto eles

assumiam o papel de patrulhar as áreas próximas aos canteiros de obras para derrotar monstros,
Riftan tinha que administrar os fundos imobiliários, descobrindo uma forma de compensar
os cavaleiros, compostos por cerca de trezentos membros.
Quando chegou à conclusão de que o imposto arrecadado da propriedade dificilmente

poderia compensar suas despesas operacionais, ele embarcou em expedições encomendadas
pelos senhores das áreas do sul para subjugar monstros para ganhar dinheiro.
dinheiro. Eram atividades praticamente mercenárias, mas os cavaleiros não davam a mínima.
No entanto, ele não deveria continuar operando o território dessa forma e sujeitar seus
cavaleiros a tais atividades.
Riftan estava sentado à sua mesa, descobrindo maneiras de expandir as receitas fiscais
de Anatol e cumprindo seus deveres como Senhor, quando recebeu um telegrama com o
brasão real.
“O que significa que você parece autoritário?” É outro pedido para você ser despachado?”
Ruth perguntou curiosamente enquanto ele olhava para ele, que ficou sentado em silêncio
e olhou a carta do rei por um longo tempo. Riftan suspirou e estendeu a carta para ele.
O mago leu com uma expressão séria, franzindo as sobrancelhas.
“Um assunto que deveria ser discutido… o que será desta vez?”
Riftan massageou a testa e balançou levemente a cabeça.

"Eu não faço ideia."
Ele se levantou e caminhou até a gaiola, pegou um pombo que conhecia o caminho para a
capital real e colocou-o num poleiro. Ruth franziu a testa com a visão.
“Você não está pensando em ir, está?”
“Eu sou vassalo do rei. “Não posso desobedecer às suas ordens, a menos que tenha
uma razão aceitável para fazê-lo.”
Ruth puxou o cabelo quando o argumento de Riftan fez sentido. “O rei Ruben não está sendo
demais? Ele tem centenas de vassalos
cavaleiros disponíveis, por que ele sempre chama Lorde Calypse?!”
“Vou perguntar a ele desta vez quando for ao Palácio Drakium.”
Riftan respondeu sem sinceridade e pegou um pergaminho do tamanho da palma da mão,

anotando a data de sua partida e o dia previsto de sua chegada e enrolou-o, colocando-o em
uma bolsa de correio.
Sem o conhecimento de Rute, a carta do rei continha vários códigos ocultos que
indicavam a urgência do assunto. Deve ter havido um assunto sério que não deveria ser
conhecido pelo mundo.
“Que tal supervisionar a construção? Você vai deixar isso comigo de novo?
Riftan não respondeu e foi até a janela, amarrando bem a bolsa na perna do pombo. Ruth
então correu para ficar em seu caminho.
"Não! Você não pode ir!
Ruth gritou com firmeza; seus olhos se arregalaram para bloqueá-lo. Riftan olhou para o rosto
determinado de Ruth, evidente que ele não iria recuar e foi até a outra janela e sentou o
pombo. Ruth guinchou em agonia.
Riftan sorriu, sentindo-se estranhamente entusiasmado com sua reação e murmurou.
“Você não pode viver bebendo apenas água doce. Certo?"
Os ombros de Ruth afundaram enquanto ele olhava para o pombo branco
voando vigorosamente para o norte. Embora Riftan tenha sentido um pouco de pena da visão, ele
rapidamente ignorou. Talvez porque também não quisesse esvaziar o castelo.
Ele imediatamente chamou o mordomo para preparar suas coisas e informou aos cavaleiros as ordens
do rei para convocá-lo. Após as discussões, ele decidiu deixar Anatol o mais discretamente
possível com Sir Lombardo e Sir Elliot Caron. Ele não tinha ideia de por que estava sendo convocado,
mas os rumores que se espalhavam em Whedon de que ele havia sido convocado pelo rei às
pressas não trariam nenhum benefício.
“Por favor, envie um mensageiro assim que encontrar algum assunto sério.”
Uslin Rikaido disse com uma expressão firme, despedindo-se deles na manhã seguinte. Não só ele,
mas todos os outros cavaleiros também exibiam uma expressão cautelosa.
“Algo sério deve ter acontecido para ele convocar o comandante tão rapidamente em um momento
como este. Talvez Sua Majestade precise de um cavaleiro que possa patrulhar naturalmente fora da
capital real.” Uslin acrescentou em um tom sério
maneiras.
“Isso também exigiria um cavaleiro realmente habilidoso.”
Riftan montou em seu cavalo, sua mente repassando os possíveis assuntos que fariam o rei convocá-
lo com tanta urgência. Ele pensou em tarefas difamatórias que os cavaleiros comuns
normalmente não poderiam realizar... Nada lhe veio à mente, exceto coisas como investigar a sujeira
ou assassinar aristocratas proeminentes. Ele engoliu os pensamentos cínicos e virou-se
na direção do portão.
“Vou analisar primeiro a situação e depois entrar em contato com você. No

Enquanto isso, cuide bem de Anatol.”
“Deixe isso conosco, não haverá nada com que se preocupar.”
Ele então partiu do castelo com Caron e Lombardo atrás dele, deixando os outros
cavaleiros para trás. Ao passarem pelas aldeias através de campos dourados, um vale
montanhoso vermelho cheio de folhas caídas se estendia à frente deles. Riftan
atravessou as montanhas em grande velocidade, cauteloso com os monstros que
os atacavam. A saída do território de Anatol demorou dois dias, apesar da pressa, pois foram
atacados cinco vezes por lobisomens.
Depois de cruzar as planícies, eles pararam para descansar no território do Conde Robern
por uma noite e depois cavalgaram para o norte por dez dias inteiros. Ao chegar à
capital, ele parecia quase um vagabundo devido aos vários ataques de monstros que teve
que enfrentar. Ele não parecia de forma alguma decente o suficiente para entrar no
Palácio, mas ainda assim foi direto para Drakium, sem causar nenhum atraso. Ao mostrarem
a identificação nos portões, um criado saiu correndo pelos jardins para atendê-los.
“Você chegou mais cedo do que esperávamos.”
Riftan saltou do cavalo e olhou para ele sob o capuz encharcado de chuva. A forte chuva
começou a cair de madrugada, caiu pesadamente sobre os ombros estreitos dos criados.
O homem, que parecia bastante velho, lançou um olhar severo ao dono do estábulo, como
se questionasse por que ele ainda não segurava as rédeas e se virou.
“Por favor, siga-me. “Sua Majestade está esperando.”
O servo os conduziu para um castelo-fortaleza separado localizado perto do campo de

caça oriental e não para o castelo principal e Riftan franziu a testa enquanto eles o
seguiam. Normalmente, ele seria obrigado a reservar um tempo para se vestir e ter uma
aparência decente antes de encontrar o rei. Isso o fez se perguntar por que diabos o rei
estava agindo com tanta pressa, fazendo com que suas preocupações aumentassem gradualmente.
“Apenas Sir Calypse pode entrar na sala. “Vamos guiar os outros dois convidados para outro
lugar para que possam descansar.”
O homem, que há muito tempo subia as escadas em silêncio, anunciou quando

pararam em frente à porta de um quarto no final do corredor do terceiro andar. Riftan
olhou levemente para os cavaleiros e começou a entrar na sala. O calor quente da sala
tocou suavemente seu rosto que estava frio devido à chuva.
Ele ficou parado na porta, examinando lentamente a sala. O Rei Ruben estava
sentado em frente à lareira, lendo um livro.
Riftan estreitou os olhos para a cena, pois o homem parecia mais confortável do que
nunca. Foi uma visão muito vagarosa para uma pessoa que o apressou para um assunto
urgente. O monarca estava vestido com uma túnica marrom escura e calças largas de
cetim, seus cabelos dourados esvoaçavam agradavelmente como a juba de um leão.
“Você parece um cão selvagem na chuva, Calipse.”
Ele levantou lentamente a cabeça depois de virar duas páginas do livro. Riftan
corajosamente deu um passo à frente, pingando água da chuva na sua frente.
“Sua Majestade me pediu para vir o mais rápido possível
recebendo a mensagem. “Corri na chuva e rápido como o vento, como você ordenou.”
“Agradeço sua demonstração de lealdade.” O rei cuspiu sarcasticamente e gesticulou

com um aceno de cabeça para a cadeira à sua frente. “Primeiro, tire a capa e sente-se.
Melhor se aquecer perto do fogo.”
Riftan tirou a capa encharcada de água e pendurou-a na parede, depois sentou-se na

cadeira. Um criado, que estava encostado na parede nas sombras, trouxe-lhes
uma garrafa de vinho e serviu-a num copo. Riftan apenas olhou para ele, mas não
tocou na bebida. Havia uma regra irônica de não beber nada no palácio, pois era difícil
distinguir o cheiro quando misturado com drogas.
“Por favor, não deixe de me dizer qual é o problema.

Qual é o motivo para me convocar?
"Você ainda tem o mesmo temperamento explosivo."
O Rei Reuben recostou-se na cadeira, com o canto dos olhos enrugado. A

expressão em seu rosto não podia ser distinguida, era algo entre estar à beira do
riso e ficar ofendido. Então, como se tivesse decidido pela opção anterior, o
canto dos seus lábios subiu e ele gesticulou para que o criado se afastasse.
"Multar. “Eu também não gosto de longas pretensões, então vou direto ao
ponto.” Quando o servo saiu depois de colocar garrafas de licores e frutas sobre a
mesa, o rei abriu novamente os lábios para falar. “Houve uma reunião realizada
na Osíria sobre o Tratado de Paz entre os Sete Reinos há alguns meses.
Geralmente é uma reunião cerimonial, mas
“Desta vez, houve um assunto sério que foi discutido.”
Riftan esperou que ele continuasse, com uma expressão séria. Ruben, que
tomou um gole de vinho para umedecer os lábios, resumiu com voz calma. “De
acordo com os relatórios dos sumos sacerdotes, há uma grande chance do malvado
rei dos monstros despertar nas Montanhas Lexos.”
Riftan não entendeu imediatamente suas palavras e arqueou uma sobrancelha.

Depois de um momento de raciocínio, um arrepio percorreu sua
espinha ao entender. “Você está dizendo que o Dragão Vermelho vai acordar?”
“Para ser mais preciso, atualmente está acordando.” O rei se corrigiu em tom
calmo e pegou uma garrafa de vinho, enchendo sua taça. “Como você sabe, as
Montanhas Lexos são domínio do dragão há muito tempo.
Ninguém conseguiu pisar na montanha de fogo e romper as barreiras colocadas

por aquele monstro há mais de duzentos anos. Mas há alguns meses,
acontecimentos estranhos começaram a acontecer perto das Montanhas
Lexos.”
“Por acontecimentos estranhos, você quer dizer…”

“Monstros começaram a descer das montanhas e atacaram os humanos.

Isso só pode significar que há algo fermentando dentro das barreiras.
E não é só isso, havia fissuras se formando por toda a cordilheira. Os sacerdotes alegaram
que todos estes são sinais que levam ao despertar do dragão.”
A voz do rei assumiu um tom mais baixo e sombrio. “A Secto se levantará e semeará o mal
nos próximos anos. Precisamos subir
com um contra-ataque antes que isso aconteça.”
O rosto de Riftan escureceu. Ele nunca tinha visto um dragão pessoalmente, mas
apenas ler registros sobre ele lhe deu uma imagem clara de quão aterrorizante era um
monstro. Apenas imaginando isso diante de seus olhos, o imenso monstro com vida quase
infinita, poderes mágicos e respirando fogo sobre o mundo o fez estremecer.
“… é essa a razão pela qual você me convocou?”
O rei acenou levemente com a mão ao ler a tensão escrita no rosto de Riftan.
“Relaxe, não estou pedindo para você derrotar o Dragão Vermelho de uma vez. Eu convoquei
você porque precisava de alguém que pudesse atravessar a geografia do sudeste, tivesse
mais conhecimento sobre monstros e pudesse manter a boca fechada. Preciso de
alguém para reunir informações sobre as Montanhas Lexos antes de formar uma equipe de
expedição. É difícil encontrar um cavaleiro em Whedon que tenha tanta experiência quanto
você.
Além disso, fazer com que os Cavaleiros Reais realizem essa tarefa tem uma
grande probabilidade de atrair a atenção do público.”
O rei esfregou a barba espessa com uma expressão séria. “Haverá um grande clamor se as
notícias sobre o despertar do dragão se espalharem. Tanto quanto possível, quero
manter isso em segredo até que a equipe de expedição seja formada. Você pode ser
aquele que coletará secretamente essa informação?”
Riftan olhou pensativo para o tapete manchado de gotas de chuva e assentiu

lentamente. “Quando você planeja iniciar a expedição?”
“A expedição embarcará daqui a menos de meio ano. O poder mágico de Secto se

recuperará totalmente em cerca de dois ou três anos. “Precisamos encontrar e destruir
o dragão antes que isso aconteça.”
As Montanhas Lexos eram um lugar desconhecido e intocado pelos humanos há quase

duzentos anos. Camadas de barreiras foram construídas pelo dragão e todos os tipos
de monstros ferozes habitavam a área. Romper essas barreiras e derrotar os monstros
seria fora do comum.
“Quantos você espera reunir para a expedição?”
“Cerca de 40 mil pessoas. “Será provavelmente a maior força punitiva em Whedon e

Dristan.”
O rei Ruben levantou-se lentamente do assento e caminhou em direção à janela. Ele

olhou em silêncio para a janela de vidro pingando da chuva torrencial e olhou para o
ambiente cinzento por um longo tempo. Então, ele se virou e declarou.
“Pretendo confiar esta expedição às mãos do duque.”
Os olhos de Riftan se arregalaram com a declaração absurda do rei. Ele cai na

gargalhada, imaginando o nobre carregando uma espada estreita e adornada com
joias em volta da cintura.
“Não vai ser fácil.”
“Não estou desconsiderando sua influência; ele ainda é meu vassalo.
Ele precisará de uma desculpa razoável para desobedecer abertamente a minha
comandos.” O rei sorriu maliciosamente, girando a taça de vinho na mão.
“No entanto, ele não conseguirá encontrar nenhuma desculpa desta vez.
As Montanhas Lexos ficam bem próximas aos territórios do Duque. Ninguém pode
negligenciar o dever de proteger a sua terra enquanto reivindica a propriedade sobre ela. Se
o duque de Croix rejeitar meu comando para liderar a expedição, muitos nobres irão
ridicularizá-lo. “Sua disputa atual com Dristan também lhe trará uma desvantagem.”
“… Será sua honra ou sua vida. Qual será a opção?”
“Ele escolherá sua vida.” Ruben afirmou, certo de suas palavras.
"Eu o conheço bem. Ele coloca sua honra em primeiro lugar, mas nunca colocará sua vida
em risco. “Não será fácil enviar tropas dadas as atuais circunstâncias com Dristan.”
Um sorriso malicioso se espalhou pelos lábios do rei.
“No final, o duque não terá escolha a não ser recorrer à minha misericórdia. Mesmo que ele
consiga encontrar uma saída, isso não me causará nenhum dano. Não seria maravilhoso ver
o homem lutando para escapar dessa situação?”
“…Eu não sabia que você estava profundamente descontente com o duque.”
“Não tenho nenhuma consideração pelo ouro que o Duque de Croix gera. No entanto, estou
profundamente irritado com os conflitos tediosos que ele causa.” O rei caiu de volta
na cadeira e soltou um longo suspiro. “É a terceira vez este ano que a atitude hostil do
duque quase irrompeu numa guerra total.
O poder do duque precisa diminuir um pouco.
“Aproveitarei ao máximo a oportunidade para controlá-lo.”
Riftan engoliu os pensamentos cínicos que passaram por sua mente. Um monstro capaz de
aterrorizar o mundo inteiro está despertando, mas o rei está planejando uma conspiração
política absurda…
Será que tudo o que se passa na mente das pessoas poderosas envolve sempre a luta por
interesses ocultos? Riftan perguntou interiormente com desgosto.
“Posso saber o motivo pelo qual você está me revelando isso?”
“Se for você quem investigará as Montanhas Lexos, terá que entrar no território do
Duque com frequência. Não quero que o duque tenha tempo para planejar as coisas
quando estiver de costas. Tanto quanto possível, quero que você tenha cuidado para
não deixar essa informação chegar aos seus ouvidos.”
Mesmo que se esforçasse para o fazer, era apenas uma questão de tempo até que essa
informação chegasse aos ouvidos do Duque, visto que tinha sido discutida durante a
reunião dos Sete Reinos para o Tratado de Paz. No entanto, em vez de apontar isso,
Riftan assentiu e levantou-se da cadeira.
“Vou me certificar de manter isso em mente.”
“Eu não disse que você poderia se levantar ainda.”
O Rei Reuben grunhiu enquanto usava uma expressão taciturna.
Riftan se curvou e curvou-se respeitosamente.
“Desejo tirar minhas roupas encharcadas de chuva e cortar
conversa aqui. Sua Majestade dará ao seu humilde súdito permissão para descansar?”
O queixo do rei começou a se contorcer como se ele estivesse prestes a se ofender, mas
logo acenou com a mão em resolução. "Multar. “Eu revelei tudo o que pretendo dizer,
você está dispensado.”
Riftan concordou uma vez e pegou seu casaco que estava pendurado na parede e saiu da
sala. O som da chuva ficou mais alto no momento.
Usarei a chuva como desculpa para ficar longe por um ou dois dias.
Ele olhou para o céu nebuloso através das janelas do corredor e acelerou os passos.
Parecia que o inverno seria difícil novamente naquele ano.
***
Montanhas escuras e irregulares apareciam através das florestas densas e densas, como
torres de castelo. Riftan examinou o ambiente enquanto dava tapinhas em Talon, que estava
pisando ansiosamente. Um vento frio e forte soprava de todas as direções e corvos em
busca de presas estavam empoleirados nos galhos nus das árvores. Ele olhou para os
pássaros circulando acima deles com desgosto, parecia que eles estavam espionando
intrusos. O padre que os acompanhava, que ficava olhando em volta o tempo todo, declarou
com uma expressão taciturna.
“Acho que deveríamos voltar. As barreiras são muito fortes, este é o mais longe que podemos
ir.”
“Não podemos voltar quando chegamos até aqui. Se não houver passagem por esse caminho,
deveríamos encontrar outro caminho.”
“Não é usado. Vagamos pela mesma área por quatro dias. Uma magia poderosa está
intervindo, não consigo encontrar o caminho para as montanhas com minha única habilidade.”
Embora estivesse consternado, o padre estava certo. Eles pairaram no mesmo lugar
repetidamente.
Apesar de navegarem cuidadosamente usando o sol como orientação, eles eventualmente

perceberão e se moverão na direção oposta.
Riftan virou a cabeça para olhar os rostos de Elliot Caron e Lombardo.

Nenhum deles parecia mostrar qualquer sinal de exaustão, mas deviam estar cansados de
acampar e lutar frequentemente com monstros por mais de quinze dias. Ele finalmente
suspirou em resignação e virou o cavalo.
"Multar. Vamos voltar para a cidade por enquanto.”
Quando o padre soube que iam sair dali, estendeu os braços para o céu e murmurou uma
oração de agradecimento. Riftan fez vista grossa para a cena e esporeou seu cavalo.
Felizmente, eles conseguiram escapar das florestas rapidamente, como se as forças mágicas
à espreita não tivessem intervindo enquanto voltavam.
"O que fazemos agora?"
Elliot, que mantinha os lábios bem fechados, perguntou quando uma pequena
cidade cercada por muralhas apareceu no sopé das colinas. Riftan respondeu sem
rodeios, conduzindo seu cavalo em direção
os portões.
“Primeiro, vamos esperar a chegada dos outros topógrafos. “Eles podem estar trazendo
novas informações.”
Já se passaram três semanas desde que ele foi enviado para o sudeste, mas tudo o
que descobriu foi a forte magia entrelaçada nas florestas nebulosas que cercam
as Montanhas Lexos. Ele nem conseguiu encontrar uma maneira de atravessar a floresta.
Depois de verificar sua identidade com o porteiro, Riftan entrou na aldeia e se instalou
em uma pousada chamada “Casa do Viajante”. Era um lugar sujo e barulhento, mas
muita informação poderia ser obtida a partir dos 30
mercenários que ficam lá. Eles se sentaram no canto da taverna, enchendo o estômago
com uma comida tão horrível que era adequada para ser dada aos porcos. A maioria
das conversas era composta de palavrões, zombarias e obscenidades. Mas
ocasionalmente ele conseguia ouvir informações úteis que revelavam os tipos de
monstros que apareciam em certas áreas.
No meio da observação dos mercenários, saciando a sede com uma cerveja suave, quatro
homens com físicos zombeteiros entrando na pousada chamaram sua atenção.
Os olhos de Riftan se estreitaram.
Os homens, que pareciam procurar alguém, caminharam em direção à mesa onde ele
estava sentado.
“Você é Sir Riftan Calypse dos Cavaleiros Remdragon?”
O mais velho dos homens perguntou. Riftan olhou-o com cautela da cabeça aos pés. O
homem estava vestido com roupas limpas e armadura fina. “Que propósito você
tem comigo?”
“Ouvi rumores sobre pessoas que parecem cavaleiros vagando pelas fronteiras do
sudeste, então vim aqui para encontrar você. Eu não sabia que você é realmente o
comandante dos Cavaleiros Remdragon…” O homem arrastou uma cadeira ao lado da mesa
sem pedir permissão.
“O que o vassalo do rei está fazendo em um lugar como este? Este é o território do
Duque. “Não é um bom lugar para passear sem qualquer permissão.”
“Você ainda não se apresentou.” Lombardo, que bebia discretamente, proclamou seu
descontentamento.
O homem encolheu os ombros e revelou sua identidade com uma expressão irritada no rosto.
“Eu sou vassalo do duque de Croix; meu nome é Jared Bayern. “Esta propriedade está sob
minha jurisdição.”
“Peço desculpas por não pedir sua compreensão antes de vir aqui.
No entanto, não viemos aqui para causar problemas.”
Riftan respondeu sem rodeios e colocou um copo na frente dele como um gesto de boa
vontade. O homem olhou para a cerveja turva e depois lançou a Riftan um olhar cauteloso.
“Ouvi dizer que você tem vagado pelas florestas enevoadas nas últimas semanas. O que
diabos você está fazendo?
“Você está pensando demais nisso. “Estou aqui apenas para ganhar dinheiro com comissões.”
Riftan bufou levemente e pediu mais comida ao garçom que passava. Jared Bayern o
convidou de volta com um
expressão confusa.
“Comissões…?”
“De caçar monstros. Ouvi rumores de que monstros que aparecem nesta área valem
uma quantia valiosa de dinheiro, então imediatamente liderei meus homens
aqui. Mas foi tudo uma besteira. Nas últimas semanas, não encontrei nada além de goblins e
criaturas mortas-vivas. “Isso não me trouxe nada além de grandes danos.”
Um brilho de contentamento nublou o rosto do homem. “Ouvi rumores sobre você caçando
monstros nas regiões ocidentais… mas não esperava que você viesse até o leste.”
“Não vou encobrir isso, estou em uma situação financeira difícil.”
Riftan cuspiu, sem mostrar nenhum sinal de vergonha, e derramou o resto da cerveja na
boca. O Bayern olhou para ele sem expressão e depois balançou a cabeça.
“Por favor, tenha mais cuidado com suas palavras. Sir Calypse é o vassalo do rei.
Até quando você pretende agir como um mercenário e continuar manchando o nome do rei?”
Elliot agarrou o punho da espada num acesso de raiva pelas advertências

presunçosas do homem. Riftan chutou levemente as botas como aviso e respondeu em tom
taciturno.
“Vou fingir que não ouvi você.”
O cavaleiro tossiu levemente, sentindo a atmosfera tensa.
“De qualquer forma, levantem-se de seus assentos. "Vou levá-lo ao meu castelo."
“Agradeço o favor, mas terei que recusar. “Ainda tenho homens que ainda não retornaram.”
“Direi ao resto do grupo para vir ao meu castelo quando retornarem. Então, por favor, levante-
se agora. O cavaleiro favorito do rei não deveria ficar em um lugar tão miserável.”
Riftan falou palavra por palavra, expressando seu aborrecimento.
“Mais uma vez, terei que recusar. Vim aqui por um assunto pessoal. “Não tenho intenção de
estar em dívida com o duque.”
Uma expressão de constrangimento passou pelo rosto do homem diante de sua recusa teimosa.
Riftan suspirou levemente, adivinhando que havia um motivo oculto em seu
convite.
“Se houver algum favor que você queira me pedir, por favor, diga-me agora.
“Aceitarei com prazer se não for muito difícil, deixe que sirva como meu
pedido de desculpas por vagar pelo seu território.”
“… não é tão difícil favorecer.”
Bayern pegou um copo de cerveja com uma expressão sombria e tomou um gole para
umedecer os lábios, depois fez uma careta como se nunca tivesse tomado uma bebida tão terrível.
Ele rapidamente tirou o lenço, enxugou o canto dos lábios e murmurou.
“Se não for muito pesado, gostaria de pedir que você passasse no Castelo Croix no
caminho de volta e entregasse meu presente de noivado.”
O corpo de Riftan ficou rígido como uma pedra, segurando uma xícara na mão. Seu
coração parecia ter caído por um momento. Ele olhou para o copo vazio com um
olhar distante e lentamente o pediu de volta.
“… presente de noivado?”
“Correm rumores sobre um casamento envolvendo a casa do duque e a

família real. “Desejo estender um pequeno presente para servir de parabéns ao
Senhor.”
“Qual é?”
"Huh?"
Riftan expirou lentamente. “Eu quis dizer qual deles ficou noivo.”
Talvez pensando que ele perguntou por mera curiosidade, o Bayern encolheu
levemente os ombros e respondeu à sua pergunta com indiferença. “Não importa qual
deles ficou noivo.
O importante é que haja uma união entre essas famílias, certo?”
Riftan suprimiu a vontade de agarrá-lo pelo colarinho e fazê-lo lembrar

claramente quem se envolveu com força. Lembrei-me de que Maximillian Croix
teria dificuldade em se casar com alguém da família real porque sua saúde era fraca,
então talvez fosse o irmão mais novo.
No entanto, se por acaso fosse ela…
“Você aceitará o favor que lhe peço?”
Riftan engoliu os palavrões que subiam em sua garganta. Até
embora ele sentisse que estava caindo em uma fogueira, uma voz surpreendentemente
composta saiu de seus lábios.
"Multar. “Vou parar no castelo no caminho de volta.”
"Obrigado. “Desejo visitar e enviar meu presente pessoalmente se puder, mas não
posso deixar o território desprotegido devido ao aumento repentino de ataques de
monstros.” O cavaleiro levantou-se da cadeira com um sorriso tranquilo, como se
estivesse satisfeito em conseguir o favor. “Bem, então, por favor, visite meu castelo
antes de partir.”
Enquanto o Bayern saía com os seus homens, Riftan subiu ao segundo andar para evitar
os olhares curiosos dos mercenários. Elliot Caron rapidamente o perseguiu e questionou.
“Por que você aceitou fazer um favor a um cavaleiro tão rude?”
“Aconteceu que acabou assim. “É uma grande oportunidade para investigar se o duque
notou alguma coisa.”
“Mas… você pode ser submetido a interrogatórios desnecessários.”
“Eu posso me dar ao luxo de lidar com isso.”

Riftan respondeu brevemente ao seu subordinado, cujos olhos estavam cheios de

ansiedade, e entrou em seu quarto.
***
Quando o resto do grupo chegou, Riftan passou pelo Castelo Bayern como prometeu e
levou consigo
vinte e uma peles de raposa e sete rolos de seda, depois seguiram para o Castelo Croix.
Puxar a carroça demorou mais dois dias do que o normal, mas permitiu-lhe entrar na
mansão do duque sem muitas suspeitas. Riftan apenas apontava para a carroça com o
brasão do Bayern sempre que os guardas expressavam dúvidas sobre a sua visita
repentina.
“Eu estava visitando a região sudeste e por acaso aceitei a entrega dos presentes de
noivado para a filha do duque.”
Depois que os guardas verificaram a carroça, os portões foram abertos imediatamente.

Riftan conduziu seus cavaleiros pelos portões magníficos, entrando resolutamente no
Castelo Croix. A pálida luz do sol do inverno brilhava intensamente contra o castelo branco
com uma luz prateada.
"Por favor, venha por aqui."
Soldados carregando longas lanças os escoltaram de ambos os lados enquanto eram

conduzidos ao castelo. Depois de um tempo, o mordomo saiu do castelo e verificou os
presentes que trouxeram na carroça.
“Todos esses são itens valiosos. O duque ficará encantado.
“Esses presentes eram de seu cavaleiro vassalo. “Me pediram apenas para entregá-los.”
Riftan declarou sem rodeios com um aceno de cabeça e desceu do cavalo.
O mordomo fingiu não ouvir suas palavras e continuou calmamente. “A longa viagem deve
ter sido cansativa, vou guiá-los até seus quartos para que possam descansar.”
Os criados vieram correndo atrás das ordens do mordomo. Riftan inconscientemente

moveu os olhos enquanto seguia os servos. Então, ele percebeu quem estava
tentando encontrar e sorriu amargamente para si mesmo.
Para onde diabos sua mente está vagando nesse tipo de situação? Apesar de se
ridicularizar assim, ele não conseguia parar de procurá-la.
“Por favor, me avise se precisar de alguma coisa.”
Assim que Riftan entrou na espaçosa sala com a lareira já acesa, ele removeu sua
armadura peça por peça.
Logo, os criados trouxeram-lhe uma banheira cheia de água quente para banho.
Depois de expulsar todos os criados, que relutavam em abandonar o dever de
cuidar do banho, ele lavou o cabelo e o corpo com sabão, limpando todos os palavrões
e a poeira do corpo. Então, ele tirou a túnica mais limpa que embalou e a vestiu. Só
então, uma batida ressoou na porta.
“Com licença, Senhor Calipse. O duque de Croix convoca você.
“Você vai poupar um momento do seu tempo?”
“Estou no meio de trocar de roupa. Espere um pouco.
Riftan vestiu as calças e pendurou a espada na cintura, depois abriu a porta. O

mordomo lançou-lhe um olhar severo, como se estivesse examinando se sua aparência
era decente o suficiente para comparecer perante o duque, e então começou a liderar o
caminho.
“Entre.”
Riftan então o seguiu até a recepção. Croix estava de pé diante da tapeçaria bordada
com a figura de Isaac e peixes coloridos. Enquanto o mordomo fechava silenciosamente
as portas e as deixava, o duque, que estava olhando pela janela, virou-se lentamente
para encará-lo.
“Já faz um tempo, Calipse. “Ouvi dizer que você entregou os presentes do meu vassalo.”
Ao contrário de sua maneira suave de falar, seus olhos estavam assustadoramente
frios. “Você passou por muitos problemas.”
“Ouvi dizer que há uma celebração dentro de casa.
“Jared Bayern lamenta não poder conhecê-lo pessoalmente e cumprimentá-lo.” Ritan

pretendia não notar seu olhar curioso e respondeu em tom seco. “Acontece que eu
estava passando pela região sudeste e ele me pediu para conceder esse favor a ele.”
“Acontece que você estava passando pelo sudeste, hein…” O duque repetiu suas
palavras sarcasticamente, seus lábios finos se curvando em um sorriso malicioso.
“Fico profundamente curioso para saber por que você passou por aquela área. Pelo
que sei, sua propriedade está localizada no extremo sudoeste.”
“Eu sou um cavaleiro, como você sabe. “Não é da minha natureza ficar parado no
mesmo lugar.” Riftan cuspiu a desculpa que havia preparado com antecedência. “Eu
estava caçando monstros e acabei indo até o leste.”
Os olhos do duque se estreitaram em suspeita. Riftan leu sua expressão, percebendo que
ainda não havia notado o que estava acontecendo nas montanhas Lexos. Se ele soubesse
que o dragão estava acordando de seu sono, ele não teria
razão para convocá-lo e ter essa conversa.
Riftan mudou de assunto, evitando alimentar suas suspeitas. “Eu teria preparado um
presente de felicitações pelo noivado se não estivesse vagando por aí caçando monstros.
Por favor, perdoe-me por ter vindo de mãos vazias.”
“O noivado ainda não foi oficial.” O duque declarou, coçando a barba. “Embora seja
verdade que a Casa Real veio arranjar um casamento, como você sabe, Sua Majestade o
Príncipe tem apenas dez anos. Parece que se espalharam rumores sobre a realização
de uma cerimônia matrimonial depois que o príncipe terminasse seus estudos no exterior,
presentes de noivado chegavam de todos os lados.
“Isso também me colocou em uma situação difícil.”
Riftan teria apostado toda a sua fortuna que o duque espalhara deliberadamente esses
rumores; de outra forma, não haveria maneira de as histórias se espalharem para além das
fronteiras do Palácio Real, mas ele engoliu os pensamentos cínicos e continuou a falar tão
respeitosamente quanto pôde.
“De qualquer forma, é verdade que há o que comemorar.
Já que um bom casamento está destinado à sua filha mais velha…”
“Segunda filha.” O duque imediatamente o corrigiu.
“É minha segunda filha que se casará com alguém da casa real, Rosetta Croix.”
Riftan não percebeu o quão tenso estava até ouvir a resposta do duque. Tentei parecer calmo.
“De qualquer forma, ser casado em uma boa família é algo que vale a pena
a comemorar."
“Agradeço suas gentis palavras.”
O duque soltou um suspiro contido e sentou-se graciosamente numa cadeira de cetim.

Suas suspeitas sobre Riftan vagando pelo sudeste parecem ter se dissipado à medida que
a expressão duvidosa desapareceu de seu rosto.
“Você pode ir em frente e ir embora. “Eu só queria saber o motivo pelo qual você estava
vagando pelo meu território.”
Riftan se virou silenciosamente, mas assim que chegou à porta, seus pés pareciam estar
presos no chão e ele não conseguia se mover. Ele segurou a maçaneta e engoliu
em seco.
Pode ser o irmão mais novo noivo desta vez, mas pode ser uma história diferente no futuro.
Ela era uma mulher nobre de uma família de prestígio, pessoas desejando tê-la como noiva
transborda nesta terra.
Um dia, ela também se casaria com o filho mais velho de uma prestigiada família nobre.
Ele queria poder alcançá-la pelo menos uma vez antes que isso acontecesse. Riftan não
resistiu ao impulso intenso e se virou novamente para encarar o duque, que o encarou
ameaçadoramente, com olhos agourentos.
"O que é?"
“…Tenho um pedido pessoal para lhe fazer, Vossa Graça.” A testa do duque enrugou-
se e suas sobrancelhas franziram-se como minhocas. Ele olhou para Riftan por um longo tempo
com olhos penetrantes, tentando entender suas intenções, então sorriu. “Conte-me sobre isso.”
Apesar de ter recebido permissão, ele não conseguiu encontrar as palavras certas facilmente.
Ele nunca se sentiu tão assustado, mesmo diante do rei. Ele lambeu os lábios remendados,
mal abrindo a boca.
“Eu gostaria de dedicar meu dinheiro… à sua filha mais velha.”
Os olhos do duque se arregalaram com um choque inesperado.
Riftan prendeu a respiração enquanto esperava pela resposta. Essas palavras estavam
sempre passando por sua cabeça, mas ele nunca teve a intenção de que escapassem
de seus lábios. Tradicionalmente, os geths eram juramentos dedicados à esposa ou aos filhos
de um senhor.
Croix estava no meio de uma batalha de nervos com a Casa Real devido ao noivado, oferecer
seu geth à filha mais velha do duque poderia ser interpretado como um ato de deslealdade
à família real. No entanto, ele queria alcançá-la apesar do risco. Mesmo que fosse apenas uma
vez, ele queria beijar a barra do vestido dela e poder chamar seu nome.
Riftan não aguentou mais o longo e pesado silêncio e repetiu sua pergunta. “Você me
permitirá dedicar meu juramento de cavaleiro à sua filha mais velha?”
“…com que intenção você está fazendo este pedido?” O duque questionou, estreitando os
olhos em suspeita.
O rosto de Riftan endureceu. “Um geth só pode ser dado uma vez na vida de um
cavaleiro. Nenhum cavaleiro usará seu geth para realizar outras intenções.”
“Você está dizendo que pretende apenas demonstrar seu respeito puro e honroso
por minha filha?”
O duque de Croix sorriu como se estivesse pasmo. “Eu não posso acreditar.”
"Eu estou apenas…"
“Em primeiro lugar, não acredito que você tenha as honras de um cavaleiro.”
Todo o corpo de Riftan enrijeceu com a humilhação repentina.
O duque pegou sua taça de vinho, umedeceu os lábios e continuou com voz irritada.
“A honra só pode ser transmitida de geração em geração. Só porque você é um pouco

capaz de empunhar uma espada não significa que você a tenha, não é algo que você
possa ganhar da noite para o dia.”
“Eu sou… um cavaleiro que recebeu seu título do governante de Whedon na frente da
igreja. “Não há razão para eu ouvir tais insultos.”
“Não estou tentando insultar você. Estou apenas afirmando a verdade.
Não é justo que você presuma que ganhou a mesma honra que um nobre real só porque
recebeu o favor e a bênção de Sua Majestade.” O duque estalou a língua para ele como
se estivesse genuinamente lamentável. “Você deve estar tentando me usar para construir
sua posição, mas é melhor deixar de lado essas expectativas desesperadoras.
"Não tenho intenção de ter você perto de mim nem de minha filha."
Riftan corou com seus insultos selvagens. Ele sabia desde então que o duque o
desprezava, mas nunca esperou ser ridicularizado tão abertamente. Croix conduziu
sua cabeça para ele arrogantemente enquanto ele ainda estava sem palavras.
“Se isso é tudo que você tem a dizer, saia e vá embora. "Estou cansado."
Riftan cerrou os punhos com tanta força que suas unhas cravaram-se na pele, então ele se virou
e saiu da recepção. Todo o seu corpo tremia de raiva pela humilhação.
Ele desceu as escadas com a mandíbula cerrada com força. Naquele momento, seus olhos
encontraram Maximillian Croix subindo do pé da escada.
Riftan parou no meio do caminho e ficou em pé. Ela também fez uma pausa em seu
movimento como se também o visse e curvou os ombros.
A expressão de medo nos olhos dela atingiu seu coração com mais força do que nunca.
Riftan sentiu a raiva queimando dentro de seu peito se transformando em frustração. Ela ficou
perto da parede com uma expressão aterrorizada. Riftan, que estava olhando para ela, desceu as
escadas.
Ele se sentia como um mendigo miserável que foi expulso enquanto mendigava.
O inverno mais rigoroso de todos os tempos chegou enquanto Riftan persistia em reconstruir
Anatol como um homem possuído por um demônio maligno.
No entanto, não importa o quanto o castelo tenha sido reformado e quantas paredes ele ergueu, ele
não conseguiu recuperar sua auto-estima desmoronada.
Riftan estava no topo das muralhas frontais do castelo, com a mandíbula cerrada enquanto
olhava para a terra congelada. Sempre que ele fechava os olhos, os olhos desdenhosos do
duque Croix brilhavam em suas memórias e sempre que sua cabeça tocava o travesseiro, o
rosto assustado da garota aparecia diante dele. Ele esfregou o rosto com força, sentindo-se
terrivelmente arrependido por tolerar tais insultos lançados contra ele.
Agora ele realmente precisava escapar de suas fantasias fugazes. Ele não tinha permissão
nem para se ajoelhar diante dela. Seus pensamentos inúteis tinham que acabar agora. Riftan
repetiu isso para si mesmo inúmeras vezes. Maximillian Croix não era mais um conforto para sua
solidão, sempre que pensava nela agora sentia uma dor amarga.
Se você nasceu como um lixo no chão, você tem que viver sua vida olhando apenas para o chão.
Olhar para cima não fará de você nada além de miserável.
As palavras de seu padrasto penetraram profundamente em seus ossos. A presença dela o deixou
ainda mais infeliz. Ele viveria o resto de sua vida em um doloroso vazio enquanto não conseguisse
escapar de seu desejo por ela. Somente por causa de uma mulher que ele não poderia ter ao seu
lado, ele teve que sofrer uma solidão insuportável até o dia de sua morte.
Realmente, isso deve parar agora.
Ele não queria mais fazer papel de bobo, jurando nunca mais colocar os pés em Croix. Ele parava de
entrar e sair da propriedade do duque apenas para persegui-la com os olhos e vislumbrar a
mulher que olhava para ele como se ele fosse um inseto.
Riftan desceu das muralhas do castelo e caminhou em direção ao seu castelo desolado, rezando
para que suportar a humilhação que recebeu do duque pudesse gravar uma raiva profunda o
suficiente em seu coração para apagar a presença dela de sua mente….
Vários meses se passaram e à medida que as temperaturas máximas de
o inverno diminuiu e começaram a se espalhar rumores de que o dragão nas montanhas Lexos estava
acordando. À medida que as equipes de expedição eram massacradas nas florestas nebulosas,
cada reino começou a estabelecer tropas para a subjugação do dragão.
Enquanto milhares de soldados acampavam perto da Montanha Lexos, as previsões do Rei Ruben se
concretizaram e uma grande comoção se seguiu. As pessoas ficaram apavoradas, empacotando seus
pertences e migrando para o norte. Uma interminável procissão de plebeus marchou sobre as
terras congeladas, fazendo com que os proprietários enfrentassem uma luta para reprimir os
servos que fugiam.
De todos, foi o duque de Croix quem mais sentiu o cheiro do fogo. A testa de Riftan se
formou ao ler os relatórios trazidos pelos informantes. Quando a ordem de
despacho foi emitida ao duque de Croix, ele reuniu seus vassalos, concordando com
contramedidas. Ele se perguntou como o homem astuto conseguiria escapar dessa situação
difícil.
Os lábios de Riftan ergueram-se cinicamente enquanto ele jogava o pergaminho na fornalha.

As chamas aumentaram, iluminando o quartel em um instante. Ele picou um pouco de
lenha e empilhou-a no fogo, certificando-se de que o remendo se transformaria em
cinzas, e saiu da tenda para olhar o céu onde o amanhecer começara a brilhar.
Uma sombra azulada pairava sobre as florestas nebulosas.
Os senhores das terras ocidentais de Whedon não estavam isentos da ordem de

despacho. Em vez disso, eles foram encarregados de impedir que os monstros
cruzassem as fronteiras.
Centenas de milhares de monstros espreitavam no Lexos
Montanhas e logo tentariam migrar para evitar o monstro mais poderoso. Tornou-se
dever dos senhores impedi-los de invadir as terras de Whedon.
“Sir Calypse, um mensageiro chegou do Castelo Croix.”
Enquanto inspecionava as barreiras construídas temporariamente, um soldado correu

até ele, gritando. Riftan arqueou uma sobrancelha.
“Por que motivo um mensageiro do Castelo Croix me procura?”
“Eu não ouvi os detalhes. O mensageiro insiste em entregar sua mensagem

diretamente para você…”
Os olhos de Riftan se estreitaram e ele falou com uma voz fria. “Diga a ele para
esperar. “Ainda não terminei de patrulhar.”
O soldado pareceu perplexo com a sua resposta, mas Riftan simplesmente o ignorou e foi em
direção à torre de vigia. O sol nascia lentamente sobre os picos escuros das montanhas.
Não muito longe de agora, dezenas de milhares de soldados começariam a marchar para lá,
colocando todas as suas vidas em risco. Não havia como dizer quantos seriam capazes
de voltar vivos.
Ele olhou para os doze picos das montanhas que se erguiam no céu, tomando um gole de
seu frasco para umedecer os lábios.
Centenas de soldados já haviam perdido a vida tentando entrar pelas barreiras do dragão. Ele
não conseguia imaginar quanto mais cadáveres se acumulariam em cima disso no futuro.
“Sir Calypse, o mensageiro está repetidamente exigindo ver
você imediatamente.”
Quando o sol atingiu o meio do céu, o soldado aproximou-se dele novamente, insistindo, e
Riftan franziu a testa. Na verdade, ele estava pensando em ignorar isso, mas queria evitar
causar qualquer problema desnecessário no meio desse tipo de situação, então apenas
soltou um suspiro.
"Eu estou indo agora."
O soldado o conduziu direto ao mensageiro que estava no quartel. O mensageiro do Duque

Croix cumprimentou-o com uma expressão furiosa, tendo esperado quase metade do dia.
“Tenho viajado sem parar por três noites e três dias para conhecê-lo.” Ele ouviu o homem
acariciar sua barba espessa, sem sequer cumprimentá-lo adequadamente. “O duque não ficaria
satisfeito se soubesse que fiquei esperando assim.”
Riftan olhou para ele de forma assustadora. “Recebi ordens do Rei para defender as
fronteiras, impedindo que criaturas malignas invadissem esta terra. você é
dizendo que a mensagem do duque é mais importante que a ordem do rei?”
A boca do homem se abriu como se fosse tentar refutar suas palavras, mas logo a
fechou novamente. Depois de um momento de silêncio, ele falou em tom mais suave.
“Há milhares de soldados acampados aqui. Mesmo com a curta ausência do Senhor,
as defesas não serão quebradas imediatamente.”
“Eu apenas priorizei a tarefa que tinha que fazer.” O rosto de Riftan expressou
aborrecimento. “Em vez de perder tempo reclamando, diga-me o que você precisa. O
que você traz aqui?
“… você deve ter ouvido falar que Sua Majestade confiou o comando da subjugação do
dragão ao duque.” O mensageiro disse em tom moderado, como se reprimisse seu
descontentamento. “Por esse motivo, fui enviado para entregar uma proposta a
Sir Calypse.”
"…uma proposta?"
Riftan perguntou em tom crescente, decidindo recusar imediatamente qualquer

coisa que tivesse a propor. Ele estreitou os olhos, foi realmente espantoso. Depois
de falar tais insultos na cara dele, ele nunca pensou que ouviria uma proposta
dele.
“O que diabos ele está propondo?”
O mensageiro, que segurou a língua por um longo momento, mal abriu a boca,
aparentemente farto da atitude hostil de Riftan.
“Sua excelência… está propondo dar a você sua filha mais velha, Maximillian Croix,
como noiva se Vossa Senhoria assumir o comando da subjugação do dragão.”
"…That?"
A boca de Riftan se abriu inexpressivamente. Ele não entendeu completamente o que

o mensageiro estava dizendo. O mensageiro continuou a falar calmamente diante dele,
meio reprimido.
“Esta é uma missão vital que determinará o destino da região oeste.

“Ele pretende atribuir esta tarefa ao guerreiro mais experiente e capaz, entre outros.”
"…você está falando de mim?"
“Sua excelência tem grande consideração por suas habilidades.”
Os lábios de Riftan se ergueram em um sorriso malicioso. Isso o fez se perguntar o quão

grosso o duque tinha por estar lhe oferecendo uma proposta tão discreta, parecia mais um
insulto. A coisa certa a fazer era sair do quartel naquele instante.
Porém, como se suas pernas estivessem presas, ele permaneceu imóvel. Riftan
esfregou a mão na testa com força. A voz arrogante do mensageiro perfurou sua
cabeça que endureceu como cimento.
“Não é uma grande honra ter a filha mais velha do duque como sua noiva? “É uma proposta
que nunca foi oferecida antes.”
“Então… devo ser grato e dizer obrigado?”
Riftan torturado entre os dentes cerrados. Sua raiva só aumentou com a arrogância do duque,
que tentou tirar vantagem dele e tentou parecer generoso.
Quão ridículo o duque o viu por ter tido a coragem de oferecer isso a ele?
Seus olhos pareciam que ficariam vermelhos de vergonha. O que mais o envergonhou foi que
seus sentimentos vacilaram como se estivessem fora de seu controle.
Ele cerrou os punhos com força. Ele nunca seria capaz de se perdoar pelo dilema que estava
enfrentando. O
nem valia a pena considerar a proposta. Não se tratava apenas de arriscar sua vida
sozinho, o destino dos Cavaleiros Remdragon e de Anatol também estaria por um fio.
Ele forçaria os cavaleiros a seguirem seu comando apenas para satisfazer sua ganância?
Riftan cerrou os dentes com tanta força que parecia que sua mandíbula iria quebrar a
qualquer momento.
Além disso, Maximillian Croix o desprezava. Ela desejaria um noivo melhor, um

homem melhor que não fosse um filho ilegítimo, mestiço, de origem camponesa.
Riftan cuspiu suas palavras, era como se o sangue também saísse junto.
"Eu recuso."
Cuspir essas palavras foi mais difícil do que qualquer coisa que ele passou em toda a
sua vida. Os olhos de Riftan estavam presos no chão silenciosamente, era como se um
enorme buraco tivesse sido perfurado em seu peito. Ao erguer lentamente o olhar, viu o
rosto do mensageiro endurecer de raiva. O homem falou ameaçadoramente.
“Você está recusando a oportunidade de construir uma conexão profunda com a

casa do duque?”
“Tenho uma terra e pessoas pelas quais sou responsável.” Riftan cuspiu insensivelmente.
“Diga isso ao duque. ‘Mantenha sua honra para si mesmo’.”
O homem olhou para ele com frieza e depois levantou-se lentamente da cadeira. “Eu
entregarei sua mensagem a ele. No entanto, você vai se arrepender das palavras que
disse hoje.” O mensageiro começou a se mover em direção à saída e estalou a língua
como se estivesse buzinando. “O duque consegue tudo o que coloca
mente. Teria sido melhor para você ter aceitado a oferta dele obedientemente.”
Riftan abriu a saída para deixá-lo sair do quartel.

O homem abaixou a cabeça e saiu. À medida que o som dos passos do mensageiro
se distanciava, ele sentiu como se estivesse caindo em um lugar distante.
Riftan mordeu os lábios até sangrar, suprimindo a vontade de ir atrás dele

imediatamente.
Correu bem. Realmente, muito bem. Riftan pensou consigo mesmo.
***
“Sempre soube que ele é um ser humano sem vergonha, mas isso está além
da minha imaginação.”
Hebaron, que ouviu falar do que havia acontecido durante o dia, balançou a cabeça
como se o que aconteceu fosse tão absurdo. A proposta do duque rapidamente
se espalhou entre os cavaleiros pela boca dos soldados que guardavam o quartel.
Todos os cavaleiros cuspiram palavras sobre a arrogância do duque.
“Mesmo o Rei Ruben não esperaria que aquele homem fosse tão astuto.”
“Tentando passar seus deveres para os outros… parece que ele não tem
nenhuma vergonha!” Uslin, que estava se aquecendo no calor da fogueira, exclamou
com desprezo. “Fazer alarde da honra de se casar com a filha e oferecer uma proposta
tão arrogante. Filho arrogante da…”
“O duque é velho, então ele devia ter a intenção de ter um
“genro assume suas funções.” Gabel Laxion, que estava sentado ao lado dele
enquanto tomava vinho, soltou um suspiro. “Mas por que ele não teria seus vassalos
como sua opção e faria tal proposta a Sir Calypse?”
“Ele queria evitar ser desprezado por seus vassalos.” Ruth, que olhava silenciosamente
para a fogueira com uma expressão pensativa, falou. “A lealdade absoluta dos
cavaleiros vassalos é vital para proteger os vastos territórios do leste. Não adiantará
nada prolongar sua reação. Além disso, ainda existem vários senhores no oeste de
Dristan que estão de olho no território do duque. Isso traria uma desvantagem para
o enfraquecimento das forças militares do Duque.”
“Então… ele fará com que os Cavaleiros Remdragon resolvam isso para ele?”
Hebaron cresceu liderado como um urso furioso. “Há um limite para tirar sarro das pessoas.”
“O que você acha que ele fará agora?” Elliot perguntou, olhando para Riftan, que estava
sentado assustadoramente quieto. “Agora que o comandante rejeitou a oferta, você acha que ele
tentará oferecer a proposta a outro senhor?”
“Diga a ele para vasculhar todas as terras de Whedon e ver! Que tipo de idiota ficaria feliz
em perder um membro por ele?
Hebaron bufou audivelmente.
Os lábios de Riftan endureceram. Esse idiota será o marido de Maximillian Croix. A simples ideia
de ter outro homem ao lado dela fez seu coração doer como se tivesse sido esfaqueado por
uma faca. Riftan murmurou suas palavras friamente.
“Ele não tem outra opção, então provavelmente passará suas funções para um de seus
cavaleiros vassalos.” Ninguém pensou que qualquer
o homem embarcaria na luta contra o dragão e Riftan pensava o mesmo. Ele continuou a falar
enquanto cutucava a fogueira com um longo galho.
“Então, o duque de Croix não terá outra escolha a não ser depender do exército real mais do
que nunca, isso fará com que o poder do duque no leste enfraqueça, assim como o rei deseja que
aconteça.”
O Rei Ruben já vinha pressionando os nobres do oeste e do norte.

Nenhum senhor desejaria participar de uma expedição em nome do duque Croix, mesmo que
não favorecesse o rei.
Riftan sorriu ironicamente. O duque de Croix estava claramente ciente desse fato, foi por isso
que optou por fazer tal oferta a Riftan, mas rejeitou-a categoricamente. O homem deve ter pensado
que um cavaleiro de origem humilde teria sido seduzido por sua generosa oferta e
arriscado a vida.
Quase aceitei a oferta dele… Riftan zombou de si mesmo e se levantou.
“Chega dessa conversa. Seja o que for que o Duque esteja planejando, devemos
apenas continuar a fazer o que nos foi incumbido de fazer.”
“Você quer que fechemos a boca depois de toda essa humilhação?” Hebaron perguntou em
uma explosão de raiva. “Ele fez uma proposta tão ridícula e ameaçou você como se fosse
ele o insultado! Você quer que aguentemos isso?
“Então, e se eu simplesmente aguentar isso?” Riftan olhou ferozmente para ele. “O que devo
fazer, reunir um exército e lançar um ataque contra o duque?”
Todos ficaram em silêncio com sua reação. Só então ele percebeu que era ele quem
guardava mais raiva
eles. Riftan levantou-se e foi embora antes que qualquer um deles falasse mais. O céu
escuro da noite espalhou uma luz fraca das estrelas acima dele.
Olhando para a pálida lua cheia, Riftan caminhou em direção ao quartel. Uma premonição
sinistra percorreu seus pensamentos, pensando que não conseguiria dormir profundamente
por um tempo. No entanto, um dia, os sentimentos que ele sentia provavelmente
desapareceriam. De qualquer forma, ele não teve outra escolha senão acreditar que
sim.
***
A visita do mensageiro do Duque logo desapareceu da mente dos cavaleiros, eles se

depararam com um problema maior que esse. A magia do dragão tornou-se mais poderosa
com o passar dos dias e o número de monstros que desciam da montanha
aumentava diariamente.
Era difícil pensar na ousadia do duque em uma situação em que eles tinham que acampar
em frente à floresta enevoada dia após noite e lutar contra monstros. Além disso, eles também
tiveram que resolver a escassez de suprimentos e mão de obra, enquanto reuniam informações
nas Montanhas Lexos.
Riftan massageava as têmporas latejantes enquanto escrevia relatórios para enviar ao rei.
Se uma expedição não fosse enviada o mais rápido possível, derrotar o dragão se tornaria
cada vez mais difícil. Os sacerdotes enviados para investigar as barreiras que cercam as
Montanhas Lexos confirmaram que os poderes mágicos do dragão estavam se recuperando
a um ritmo muito mais rápido do que o esperado. Se eles não agissem imediatamente, um
grande desastre certamente falharia
sobre eles. Riftan escreveu assim no relatório e pediu reforços e suprimentos adicionais,
antes de marcá-lo com o carimbo dos cavaleiros.
Na verdade, ele queria convencê-lo de que não era hora de se envolver em uma guerra frívola
de inteligência com o duque Croix, mas estava com medo de causar um alvoroço entre os
assessores do rei. Riftan suspirou profundamente e enrolou o relatório, amarrando-o
firmemente com um barbante. Ao se levantar para entregar seu relatório ao mensageiro,
ele ouviu a voz de Elliot Caron gritar de repente do lado de fora do quartel.
“Senhor Calypse, encontramos um vagabundo escondido no quartel…
“O que devemos fazer com ele?”
Riftan arqueou uma sobrancelha. Não era incomum que armadilhas se escondessem
no quartel na esperança de roubar comida, ele deveria ser capaz de lidar com a pessoa de
acordo com as instruções militares sem precisar informá-la.
Riftan exclamou irritantemente. “Você está me pedindo uma decisão agora porque não
consegue lidar com um ladrão sozinho?”
“Mas… o garotinho está causando confusão por ter conhecido Sir Calypse…”
Os olhos de Riftan se estreitaram. “Ele está procurando por mim?”
"Ele disse para dizer a Sir Calypse que ele é filho de Novan e você saberia."
Riftan saiu do quartel, sua espinha imediatamente esfriando.

“Onde está esse garoto?”
“… ele acabou por ali.”
Caron imediatamente assumiu a liderança e começou a andar.
Riftan franziu a testa quando encontrou o menino ajoelhado perto de uma parede feita de troncos.
Mesmo tendo visto o menino apenas uma vez há alguns anos, ele imediatamente
reconheceu que era filho de seu padrasto. O menino olhou rebeldemente para os
soldados com desafio, como se tentasse esconder seu medo.
Então, quando o viu chegando, pulou do chão.
"Esse é ele! “Eu vim aqui para encontrá-lo!”
“Como você ousa apontar um dedo!”
O soldado gritou e pressionou-o contra o chão com uma das mãos.

Riftan imediatamente conteve o soldado.
“Eu conheço esse garoto. Solte-o.
Quando o soldado deu um passo para trás, o menino tirou a poeira da roupa e se levantou,
erguendo o queixo para olhar para ele. Riftan olhou amargamente para seu rosto pálido e machucado.
“O que diabos você está fazendo em um lugar como este? Você veio aqui sabendo que
acabaria assim se fosse pego escondido no quartel?
“Eu, eu só estava tentando conhecer você…” O garoto imediatamente curvou os ombros

como se estivesse intimidado por sua atitude ameaçadora e logo gritou em desafio. “Eu não
pude evitar! V-você é a razão pela qual meu pai foi preso!
“Esse pirralho, como você ousa levantar a voz!”
O soldado bateu sem piedade na cabeça do menino e o empurrou para que ele se ajoelhasse
no chão. Riftan olhou para o soldado com raiva. O soldado estremeceu e recuou
apressadamente.
Riftan ajudou o menino a se levantar e o incitou com perguntas.

"O que você quer dizer?" Explique em detalhes.”
“Por causa das moedas de ouro que você me deu… meu pai foi falsamente acusado de
roubar…”
O menino não conseguia falar claramente porque estava dominado pela tristeza e
começou a chorar. Riftan proferiu maldições interiormente. Mesmo que não tenha
ouvido a história toda, ele já tinha uma ideia do que havia acontecido.
“Quem foi quem acusou seu pai?”
“Eu não sei. De repente, homens vestidos com armaduras entraram em nossa casa e
arrastaram meu pai para o Castelo Croix. “Ele será enforcado dentro de um mês.”
O menino continuou a falar desesperadamente, engolindo as lágrimas.
“Se você não testemunhar, meu pai vai morrer.”
As costas de Riftan enrijeceram com o terror que instantaneamente se apoderou

dele.
“… como você conseguiu chegar aqui?”
"O que importa? "Meu pai…" O menino, que chorava alto, estremeceu ao ver seu olhar
severo. “Um homem com armadura me trouxe aqui.”
Riftan se virou para olhar para os soldados, mas todos tremeram
suas cabeças. “Não vimos mais ninguém além desse garoto.”
“Estou dizendo a verdade! “Ele me disse que vou te encontrar se vier aqui… ele me
levou para a floresta e depois foi embora.” O menino olhou para ele suplicante.
“Você vai salvar meu pai, certo? “Meu pai não roubou nada, você também sabe disso.”
As mãos de Riftan se fecharam em punho, parecia que seu estômago estava

virando de cabeça para baixo de raiva. O aviso que o mensageiro do duque lhe
deixou ecoou em sua cabeça. Riftan o colocou de pé e reconheceu o soldado que estava
atrás dele.
“Pegue esta criança imediatamente e cure suas feridas.”
"Estou bem! “Primeiro, meu pai…!”
“Nada vai acontecer com seu pai. “Vou agir imediatamente, então você deve ir buscar
tratamento.”
“S-sério? Posso realmente confiar em você?
O menino enxugou os olhos injetados com os punhos, perguntando repetidas vezes.

Riftan não conseguiu olhar diretamente em seus olhos e acenou com a cabeça sem
rodeios, depois caminhou em direção ao local onde havia amarrado o cavalo. Elliot Caron
rapidamente o seguiu.
“Quem é essa criança?” O que diabos está acontecendo?"
Riftan olhou para ele e montou na sela colocada nas costas de seu cavalo. Ele não poderia
sair do acampamento sem dar qualquer explicação. Eu confessei em um
voz pesada.
“Esse menino é filho do meu padrasto.”
"Padrasto?" Elliot perguntou em transe.
Riftan acenou com a cabeça sem rodeios. “Sim, acho que meu padrasto foi incriminado e depois
preso. “Enquanto isso, irei para o Castelo Croix, então, por favor, explique a situação aos
outros.”
Foi então que o rosto de Caron endureceu com uma expressão séria, como se tivesse acabado
de entender a situação. “Foi um esquema do duque?”
"…talvez." Riftan cerrou os dentes e sentou-se na sela.
Caron ficou em seu caminho. “Você não deveria ir sozinho. "Nós devemos acompanhá-lo."
“…este é um assunto pessoal.”
“Sir Calypse é o comandante dos Cavaleiros Remdragon.
“Seu problema também é nosso problema.” Elliot refutou com uma expressão de
raiva incomum.
Riftan agarrou as rédeas e olhou para ele ferozmente. “Saia do caminho agora.”
Elliot cruzou os braços na frente do peito, determinado a não se afastar. “Se outros
membros da cavalaria enfrentarem um problema, Sir Calypse também ficará parado?”
Riftan agarrou as rédeas com força e rangeu os dentes. Ele não gostou da ideia, mas
seria melhor levar seus homens para proteger seu padrasto e sua família.
Eventualmente, ele deixou sua teimosia de lado.
"Multar. Comer."
Caron deu um suspiro de alívio. “Vou informar os outros.”
Ao saber da situação, todos os cavaleiros ficaram ansiosos para acompanhá-lo.

Depois de conter firmemente os cavaleiros que foram todos montados furiosamente,
ele partiu para Croix com Uslin, Elliot, Ruth e três outros escudeiros.
A raiva e a ansiedade assolavam-no enquanto cavalgava rapidamente sobre as

terras congeladas. Riftan esporeou e circulou incansavelmente até que todos os
cavalos ficaram exaustos e chegaram a um riacho para descansar.
“Falando nisso… Como o Duque de Croix encontrou o padrasto de Sir Calypse?”
Elliot perguntou em um tom cuidadoso enquanto abaixava a sela da parte de trás do

cavalo. Riftan pegou seu frasco de água e umedeceu os lábios, depois
respondeu em um tom fortemente sombrio.
“Ele deve ter investigado meu passado.”
O duque de Croix tinha uma ampla fonte de informantes, que se estendia não apenas nas regiões
orientais, mas também no oeste. Se ele descobrisse informações de pessoas que lidavam
com famílias camponesas, descobriria seu passado sem qualquer dificuldade. Além disso,
era amplamente conhecido que ele já foi membro dos Mercenários do Chifre Negro e lá
Foi uma boa chance que ele começou a sondar a partir deles.
Não é difícil encontrar a família de uma criança mestiça que certa vez fugiu do território do duque.
Riftan cerrou os dentes diante dos esquemas perversos do duque e lamentou sua
complacência.
“Você não acha que alguém que estava simplesmente atrás das moedas de ouro o
incriminou?”
“Se for esse o caso, não deveria haver razão para ele trazer aquele garotinho barulhento
para o nosso quartel e deixá-lo lá.”
Uslin rebateu sem rodeios enquanto se sentava de lado e enchia o estômago de carne
seca. Elliot silenciosamente fechou a boca. Encheram a barriga num silêncio pesado e
recomeçaram a viajar a cavalo. Eles continuaram por cinco dias até chegarem à propriedade do
duque, mal tendo descanso suficiente para os cavalos.
Riftan foi primeiro à casa do padrasto. Ao entrar pela porta em ruínas, pedaços
quebrados de panelas de barro, utensílios domésticos, um braseiro tombado e um cobertor
preto emaranhado no chão em um canto chamaram sua atenção, um após o outro. Riftan olhou
ao redor da cabana fria e deu ordens aos cavaleiros que o acompanhavam.
“Desça a aldeia e descubra para onde foram as outras pessoas que moravam aqui. “A esposa
do meu padrasto deve estar carregando uma menininha com ela.”
"Sim senhor."
Riftan observou enquanto os escudeiros corriam em direção à aldeia e depois conduziam

o resto de seus homens colina acima. Os porteiros do Castelo Croix abriram os
portões como se esperassem a sua chegada. Ele passou pelos portões e olhou em
volta atentamente. Havia cavaleiros vestidos com armaduras de metal guardando
as paredes, e ainda mais guardas estavam parados nas laterais da larga estrada
que levava ao grande salão.
Claramente era para ser uma ameaça.
“Que assunto traz o senhor aqui?”
O mordomo avançou para cumprimentá-los quando chegaram à frente do castelo

principal. Riftan desmontou do cavalo e cuspiu suas palavras friamente.
“Eu quero conhecer o duque.”
“Será difícil fazer isso se você vier aqui sem nos informar de antemão.”
À resposta direta do mordomo, Uslin ficou furioso e avançou. Riftan estendeu o braço
para contê-lo e repetiu seu pedido.
“Diga ao duque que estou solicitando uma audiência.”
O mordomo endireitou a postura e olhou para eles com arrogância, depois se

virou lentamente. “Espere aqui um momento.”
Então, ele entrou no corredor, deixando-os parados na entrada.

O rosto de Uslin ficou violentamente distorcido pelo flagrante desrespeito demonstrado
para com eles.
“Esta não é a maneira de tratar os vassalos do rei!”
O cavaleiro que estava de guarda na entrada bufou em resposta ao seu protesto.

“Você veio aqui sem conselho, que tipo de hospitalidade você é
esperando receber? O Castelo Croix é alguma pousada onde você pode entrar e sair
quando quiser?
“Nós somos do rei…!”
“Chega, Uslin.”
Uslin cerrou a mandíbula com a ordem fria de Riftan. Ele também estava furioso
além da imaginação, mas não haveria nada de bom em ser agressivo quando
ele estava em uma situação em que poderia ter que negociar com o duque pela
vida de seu padrasto. Riftan esperou pacientemente a volta do mordomo.
Croix só permitiu uma audiência depois de deixá-los esperando na entrada durante

metade do dia.
"Venha por aqui por favor." O mordomo os conduziu até a sala de recepção sem
sequer se desculpar formalmente por tê-los feito esperar. Riftan fez o possível para
não deixar sua impaciência transparecer.
“O resto deve esperar aqui.”
O mordomo ficou na frente da sala e conduziu Riftan até a recepção. Ele

lançou um leve olhar aos cavaleiros e depois seguiu o mordomo para dentro da sala.
O duque usava seda elegante e sentava-se no meio da luxuosa sala iluminada
por velas. Cavaleiros armados estavam
retos como estátuas em ambos os lados da sala e três criados segurando um vinho
e uma bandeja de comida esperavam em um lado das paredes.
Riftan passou por eles e foi até a frente da mesa de mogno encerado. Naquele
momento, o duque de Croix levantou lentamente a cabeça do pergaminho que lia.
“Certo…” O duque olhou com desdém seus olhos azuis claros para o rosto
manchado de poeira e suor e continuou a falar.
“Por que razão o comandante dos Cavaleiros Remdragon vem ao meu castelo?”
Riftan cerrou os dentes diante da pretensiosa inocência do homem. “A razão pela

qual estou aqui é que o duque realmente não tem uma boa ideia disso?”
“Eu não sou um oráculo. “Como vou saber o motivo pelo qual você veio ao meu
castelo?”
O duque respondeu amargamente e estendeu o copo vazio aos criados. Um jovem

criado correu imediatamente para servir vinho em sua taça. Riftan olhou para ele e
cuspiu suas palavras com os dentes cerrados.
“Ouvi dizer que o duque confundiu um camponês com um ladrão e o

impressionou.”
O duque umedeceu os lábios com vinho e ergueu uma das sobrancelhas

grossas. Riftan continuou a falar da maneira mais calma que conseguiu.
“Fui eu quem deu as moedas de ouro encontradas na casa dele.
Por favor, liberte-o imediatamente.”
O duque continuou a fingir sua inocência. “Mais de cem pessoas estão detidas na
minha prisão. Não tenho ideia de qual deles você pertence, mas todos foram julgados
pouco antes de serem detidos. “Não sei qual é o prisioneiro que você está me dizendo
para libertar.”
“Ele é um camponês chamado Novan.” Riftan respirou fundo por um momento,

recuperando seu autocontrole. “Por favor, realize outro julgamento. Vou testemunhar
por essa pessoa. Cumprir o veredicto de enforcamento sem provas ou
testemunhos suficientes…”
“O comandante dos Cavaleiros Remdragon realmente tem muito tempo em

suas mãos.” O duque cortou as palavras e ergueu os lábios finos sarcasticamente.
“Quero dizer, todo esse esforço para um mero camponês.”
Riftan engoliu os palavrões que chegaram à sua garganta. O duque continuou a falar enquanto
girava seu vinho vagarosamente como um gato brincando com um animal encurralado.
rato.
“Peço desculpas, mas não tenho intenção de fazer isso. Não sou uma pessoa que passa
o tempo perdendo tempo como você.
Uma vez dado o veredicto, não penso em anulá-lo. Se eu fizesse isso, não faria nada
além de ficar sentado diante do júri o dia todo. Ninguém respeitará meu julgamento então.
Por que eu deveria assumir tal risco?”
“Então sua excelência pretende sacrificar a vida de uma pessoa inocente para sua própria
conveniência?”
“Sou eu quem decide quem é inocente e quem não é! Meu
os súditos devem respeitar meu julgamento como seu senhor. Sua Majestade não pode
sequer interferir nesse poder exclusivo que tenho como senhor deste território!
Que direito você tem de interferir?
"Aquela pessoa…!" Riftan levantou a voz, mas de repente fez uma pausa nas palavras.
Palavras que ele nunca pronunciou antes saíram de sua boca de maneira estranha.
"Aquela pessoa…
é o meu pai. Se não houver intenção de realizar outro julgamento, pagarei a fiança dessa
pessoa. Se for considerado necessário, também pagarei a indenização.
Por favor, liberte meu pai.
"Oh meu Deus, isso é lamentável." O duque respondeu casualmente, sem demonstrar qualquer
sinal de choque. “Isso é realmente lamentável.
No entanto, todo prisioneiro deve receber um tratamento justo. Seu suposto pai não deveria
ter exceções. “Quem rouba deve ser enforcado.”
Riftan não conseguiu mais conter sua raiva e bateu com o punho na mesa, deixando
uma marca na madeira de mogno encerada. Os guardas desembainharam as espadas
diante de seu ato ameaçador, mas Riftan rosnou violentamente para o duque, sem
sequer poupá-los de relance.
"O que você quer de mim?"
O sorriso no rosto do duque desapareceu. Ele encostou os ombros na cadeira

forrada de veludo e perguntou de maneira fria.
"Você realmente não tem ideia?"
“Então… se eu não for para a subjugação do dragão em seu lugar,
"Você vai matar meu padrasto?"
“Isso não parece certo.” O duque olhou para ele furiosamente. “Você rejeitou minha
proposta generosa, insultando a mim e minha família. E agora, você invade meu
castelo e exige arrogantemente que eu liberte meu prisioneiro!
Até que ponto devo aturar sua audácia?”
“Pare de vomitar merda! Você prendeu meu padrasto inocente para me ameaçar!
"Insolência!"
Os cavaleiros apontaram as lâminas para sua garganta como se não fossem mais
capazes de tolerar a situação. Riftan olhou para o duque enquanto seus olhos ardiam
de raiva, ignorando a lâmina afiada apontando diretamente para sua artéria. O rosto
do duque de Croix também se contorceu de raiva. Porém, sua expressão logo voltou a
ser azeda, pensando que era inútil derramar sua ira sobre um rato que já estava
preso em uma jarra.
“Tudo o que você disser não importará. “Seu pai camponês será enforcado
amanhã.”
Riftan bateu com o punho na mesa novamente. Apesar de seus modos brutais, o duque de
Croix não piscou. Ele não parecia pensar que houvesse a possibilidade de alguém ousar
machucá-lo e falou de maneira lânguida.
maneiras.
“Se você não quer que isso aconteça, faça-me uma oferta que possa me fazer mudar de
ideia.”
“Se eu… for para a expedição em seu lugar, você libertará meu padrasto?”
“Se você fizer isso…” Croix parou por um momento para tomar um gole de vinho antes
de continuar suas palavras. “Não há nada que eu não possa fazer para perdoar um prisioneiro.
Para um genro isso pelo menos dá para fazer, né?
Riftan fechou os olhos com força. No canto do seu coração, a vozinha do diabo sussurrou e
instou-o a aceitar, ‘não há outra saída’.
Riftan sentiu nojo de si mesmo e cerrou os punhos com tanta força que o sangue escorreu de
suas palmas. Primeiro, pensei que seria sensato ganhar algum tempo.
“Não posso declarar nenhuma decisão neste caso. Já recebi ordens de Sua Majestade para
acampar nas fronteiras. Devo pelo menos consultar Sua Majestade antes…”
“Faça o que quiser.” O duque respondeu com uma voz severa.
“No entanto, a execução prosseguirá conforme programado. “Não tenho motivos para
esperar por você.”
Riftan olhou para ele de forma assassina, mas ele recebeu isso com indiferença.
“Tome sua decisão aqui e agora. Não haverá outra chance. Amanhã, seu pai camponês
será enforcado, então oferecerei a honra de casar minha filha com outro senhor. Não precisa ser
você quem faz isso.”
Os ombros de Riftan tremeram. Raiva, humilhação e todo tipo de emoções

complicadas que não poderiam ser colocadas em prática
palavras rugiram dentro dele. A figura de seu padrasto soluçando no escuro e o rosto aterrorizado
de Maximillian Croix surgiram em sua mente, um após o outro. Ele continuou a tremer
como uma fera presa em uma armadilha.
"Multar."
O duque estreitou os olhos para ele com ceticismo. “Quer dizer que você está
aceitando minha proposta?”
Riftan sentiu vontade de mutilar alguém brutalmente pela primeira vez na vida.
"Isso mesmo." Ele olhou com desdém para o duque enquanto pronunciava cada sílaba com
força tensa. “Vou correr o risco e sair no seu lugar.
Você está satisfeito agora?
“Você pensou bem. “Em breve nos tornaremos sogros, por isso ignorarei particularmente sua
atitude insolente.”
Então, o duque deu ordens ao mordomo que estava parado na porta.

“Leve o convidado para o quarto dele. “Ele deve estar cansado, por hoje é tudo, descanse um
pouco.”
“Por favor, liberte a pessoa da prisão primeiro.”
“Vou perdoá-lo depois da cerimônia de casamento. Não haverá outro compromisso com
isso.” O duque declarou com firmeza.
Riftan olhou para ele e se virou, murmurando palavrões baixinho.
No dia seguinte, o duque de Croix preparou-se inquietantemente para a cerimônia de

casamento antes mesmo do amanhecer. Ele parecia estar ansiosamente determinado a executar
a cerimônia
imediatamente, não lhe dando a chance de mudar de ideia.

Riftan andava ansiosamente pela sala como uma fera presa. Ele sentiu a culpa o
consumindo por colocar um fardo pesado sobre seus subordinados para salvar seu
padrasto. Ele teria se sentido melhor se os cavaleiros o tivessem criticado por suas
escolhas egoístas. No entanto, embora os cavaleiros estivessem extremamente
furiosos com o duque de Croix, eles não reclamaram da decisão de Riftan.
Ele se sentou em uma cadeira e segurou a cabeça latejante entre as mãos. Se ele
estivesse cumprindo seu dever como comandante dos Cavaleiros, seria correto
que ele fechasse os olhos para seu padrasto. No entanto, ele simplesmente não
suportava fazer isso. Ele não conseguia abandoná-lo mais uma vez.
Ele fechou os olhos com força. No dia do funeral de sua mãe, a figura do padrasto chorando
no escuro brincava em sua memória. O homem passou doze anos protegendo-os.
Seria devastador para seu filho ilegítimo matá-lo quando ele mal conseguiu uma família
de verdade.
“A cerimônia de casamento será realizada à tarde.”
O mordomo apareceu ao meio-dia, acompanhado de criados que trouxeram mantos para

vestir e acessórios para vestir.
Riftan olhou com uma expressão contorcida para as roupas de seda e veludo,
fazendo os servos estremecerem e recuarem diante de seu comportamento severo.
No entanto, o mordomo endureceu e nem sequer se mexeu.
“O Sumo Sacerdote presidirá a cerimônia, a Páscoa
nobres servirão como testemunhas. “Devemos nos apressar com os preparativos para
cumprir o cronograma.”
Ele olhou para ele com arrogância, como se achasse pertinente que ele não ousasse
fazer os nobres e o sumo sacerdote esperarem. Riftan pegou as roupas com raiva, ele
queria rasgar alguém em pedaços, mas não esse velho. Ele respondeu de maneira fria,
rangendo os dentes.
“Posso fazer isso sozinho, então me perco.”
O mordomo olhou para ele com ceticismo e humildemente levou os criados para fora com
ele. Riftan tirou a roupa e vestiu-se com as roupas repugnantes que lhe foram
entregues. Ele sentiu a raiva queimar dentro dele ao se ver vestido de maneira
inadequada, como um nobre pretensioso. Ele se afastou do espelho, reprimindo a
vontade que sentia de arrancar a bainha da roupa.
Um momento depois, outra batida na porta. Ele amarrou a espada na cintura e saiu. Os
cavaleiros do Castelo Croix alinhavam-se nos corredores, vestidos com armaduras
completas de aço.
“Viemos para acompanhá-lo até o altar.”
Riftan cerrou a mandíbula, era como se estivessem fazendo um prisioneiro. Apesar disso,
os cavaleiros do duque o escoltaram até o templo localizado no castelo. Ele os seguiu
enquanto lançava todo tipo de maldição dentro de sua mente.
Que o duque de Croix e todos os associados a ele sejam amaldiçoados; seus vassalos,
seus servos, todos eles.
No entanto, no momento em que seus olhos encontraram a figura de Maximillian

Croix parado em frente ao altar, todos os seus pensamentos se dissiparam. Ele ficou
rígido na entrada do templo, olhando distantemente para as costas dela.
Ela estava vestida com um vestido branco tão claro quanto sua pele. Seus olhos
percorreram seu pescoço de marfim, suas costas estreitas e sua cintura esbelta que
parecia caber em um aperto.
Sua saia, que brilhava prateada e fluía como uma nuvem sobre o chão de mármore e
os enfeites de pérolas, brilhava em seu elegante cabelo cor de rosa enrolado.
Seu coração apertou com sua aparência adorável de tirar o fôlego.
Riftan respirou profundamente. Sua mente estava em um estado misto de confusão,

saudade e culpa. Ele não conseguia entender como podia se sentir assim quando
estava em uma situação tão humilhante.
"Por favor, insira."
Quando ele não saiu da entrada, os cavaleiros o incentivaram por trás a dar um
passo à frente. Riftan caminhou lentamente em direção ao altar. Os nobres que estavam
nas laterais do corredor com tapete vermelho lançaram-lhe olhares de desprezo e
simpatia. Riftan os ignorou e ficou ao lado dela.
Maximillian olhou cuidadosamente para ele com seus olhos cinzentos e turvos.
Riftan sentiu como se estivesse caindo em um poço sem fim ao ver seu olhar suave
que parecia que iria quebrar de uma só vez. Ela parecia infeliz e miserável. As ofertas
sacrificadas diante do mais maligno dos demônios não poderiam parecer mais
lamentáveis do que ela. Raiva e tristeza
brotou dentro dele, furioso com intensidade. Se alguém além dele estivesse em sua posição,
ela não teria uma expressão tão aterrorizada no rosto.
Pensando dessa forma, ele chegou a ficar ressentido com ela.
Eu também não queria estar nesta posição. Ele queria tanto argumentar com ela como tal.
Eu também não queria que isso acontecesse. No entanto, ele sabia muito bem que seria
mentira.
“A cerimônia começará agora.”
O sumo sacerdote, que estava no pódio, declarou com voz solene. Riftan se afastou
dela e caminhou em direção à frente do altar. Então, o sumo sacerdote começou a ler
as escrituras em voz baixa.
Os olhos de Riftan se fixaram no anjo esculpido na parte inferior do altar durante
toda a cerimônia, mas todos os seus cinco sentidos foram aguçados com a presença
dela, ele sentiu como se estivesse à beira de ser queimado.
Cada vez que ele inspirava, o cheiro doce vindo de seu corpo enchia seus pulmões e a
manga solta que roçava as costas da mão quase o deixava louco.
“Riftan Calypse, você jura diante de Deus que tomará Maximillian Croix como sua esposa,
cuidará dela e cuidará dela enquanto vocês dois viverem?”
Riftan levantou a cabeça enquanto o sumo sacerdote questionava com uma voz digna.
Todos prenderam a respiração enquanto esperavam por sua resposta. Ele respondeu com
uma voz rouca.
"Juro."
“Maximillian Croix, você jura diante de Deus que tomará Riftan Calypse como seu
marido e o obedecerá enquanto vocês dois viverem?”
Riftan podia sentir seu corpo tenso como se ela estivesse prestes a quebrar.
Maximillian respondeu com uma voz calma e trêmula.
“Eu juro…”
Ele tentou desesperadamente não virar a cabeça para olhar para ela.
Por fim, o padre declarou a união entre os dois e as testemunhas levantaram-se

batendo palmas.
Tudo parecia tão irreal. Riftan enxugou as palmas das mãos molhadas de suor frio
nas calças e observou as pessoas se dirigirem para o salão de banquetes. Ele não
sabia o que deveria dizer a ela.
“O que você está fazendo aí parado? Há uma recepção de casamento esperando.
O duque de Croix disse ao se aproximar dele com um sorriso cruel. Riftan olhou para
ele com intensa hostilidade, mas o duque apenas olhou com calma.
“O casamento ainda não foi concluído. “Eu confio que você cumprirá sua promessa até
o fim.”
A mandíbula de Riftan cerrou e ele rangeu os dentes. No entanto, ele também sabia que
o casamento não estaria completo até depois da recepção e depois que eles
entrassem na sala conjugal, então ele apenas relutantemente seguiu o duque até o
banquete. Ele podia sentir Maximillian seguindo-o silenciosamente, mas ele
não ousei olhar para trás e vê-la. Ele não queria ver a tristeza estampada em seu rosto.
Riftan foi arrastado para o luxuoso salão de banquetes que estava lotado e bebeu
mecanicamente o vinho servido para ele pelo duque. Os acontecimentos foram tão
fugazes que escureceu e seus subordinados entraram no salão. Quando Riftan viu Uslin
sinalizar para ele com um aceno de cabeça, ele pediu para ser dispensado da presença dos
nobres e foi até onde estava. Uslin o conduziu até um canto do salão de banquetes, procurando
um lugar tranquilo para conversar. Quando chegaram a um lugar bastante tranquilo, o
cavaleiro abriu a boca para falar com cautela.
“Os escudeiros encontraram a esposa do seu padrasto.”
O rosto de Riftan endureceu. "Como eles estão?"
“Eles ficaram extremamente apavorados, mas não creio que tenham ficado gravemente
feridos. A menina também está bem.
Riftan deu um suspiro de alívio. Se alguma coisa tivesse acontecido com eles, ele nunca teria
sido capaz de se perdoar.
"Onde eles estão agora?"
“Os escudeiros estão cuidando deles.”
Uslin parou por um momento e depois perguntou a ele. “Você tem certeza de que tudo será
resolvido dessa maneira?”
Os ombros de Riftan enrijeceram ao investigar a torturante questão. Uslin continuou a

investigar nervosamente quando Riftan não respondeu.
"Tem de haver outro jeito. Se pedirmos a Sua Majestade
ajuda…"
“Meu padrasto será executado antes mesmo que a mensagem chegue a Drakium.”
Riftan olhou para ele com olhos semicerrados. "Não se preocupe. Ei
não tenho intenção de arrastar vocês para isso. Assim que o casamento terminar,
renunciarei ao meu cargo de comandante.”
O rosto de Uslin ficou distorcido de raiva. “Não seja ridículo!
Você está planejando ir para as Montanhas Lexos sozinho?
“Eu poderia simplesmente pedir ao duque que me fornecesse um exército.”
“Mesmo assim, ele só lhe dará centenas de idiotas inúteis!”
Uslin respondeu severamente com um grunhido. “Mesmo que ele lhe dê um exército adequado,
os cavaleiros do duque não obedecerão às ordens do comandante. O comandante estará
sozinho nas Montanhas Lexos.”
“Esse é o meu problema para lidar!”
“O problema do comandante também é nosso problema!” Uslin respondeu bruscamente. “Se o

comandante deixar a cavalaria, os cavaleiros voltarão a ser mercenários ou serão
incorporados aos Cavaleiros Reais. De qualquer forma, os Cavaleiros Remdragon acabarão
sendo destruídos. Você pretende nos fazer passar por isso?
Riftan apertou tanto a taça de vinho que ela quase quebrou. Ele também sabia bem o
que aconteceria com os Cavaleiros Remdragon, mas pensou que seria melhor do que ser
arrastado para que eles arriscassem suas vidas.
Uslin continuou a falar como se pudesse ouvir seu
pensamentos.
“Somos cavaleiros. Desisti de morrer pacificamente na minha cama no momento em que fui
nomeado cavaleiro. Se o comandante disser que vai embarcar na subjugação do dragão,
então nós o seguiremos.”
“Mas esses são os seus pensamentos, os pensamentos dos outros podem ser diferentes.”
Riftan jogou sua taça de vinho no chão. “Se ficar difícil quando eu renunciar
como comandante, enviarei uma mensagem ao Visconde Triden. Pretendo perguntar a

todos o que pensam e, se alguém desejar, tomarei as medidas para ajudá-los a serem
incorporados aos Cavaleiros Reais. Subjugar o Dragão é uma jornada perigosa. “Eu não
posso permitir que você arrisque suas vidas por minha causa.”
Uslin abriu a boca como se fosse tentar refutar. mas naquele momento a voz do duque
soou atrás deles.
“Por que suas vozes ficam tão altas em um dia bom como este?”
O rosto de Uslin ficou vermelho de raiva com o comentário descarado do homem. Riftan
falou antes que seu subordinado conseguisse conter seu temperamento explosivo e
começasse a atacar.
“É um problema dentro da cavalaria.”
Um sorriso torto se espalhou pelos lábios do duque enquanto ele pronunciava suas palavras com
frieza, indicando que seja lá o que for, ele não poderia se importar menos com isso.
“Você está me contando uma história tão triste quando ainda não é meu genro.”
Riftan respondeu às suas palavras com um olhar desdenhoso. O duque franziu a testa
como se estivesse chateado com isso, mas logo encolheu os ombros e falou.
“Bem, está tudo bem. Agora é hora de entrar na sala conjugal. Até quando você vai fazer a
noiva esperar?
Então, ele estendeu o braço, conduzindo-o em direção às escadas forradas de velas.

Riftan engoliu em seco. Suas costas suavam com a estranha tensão que sentia.
Os nobres que bebiam seus vinhos espiavam discretamente com expressões

interessadas em seus rostos por trás do duque. Riftan cerrou a mandíbula com força e se
afastou, caminhando lentamente. Ele ouviu Uslin chamando seu nome com urgência
atrás dele, mas não olhou para trás.
Seu coração começou a bater violenta e incontrolavelmente contra o peito enquanto ele subia as
escadas. Riftan repetidamente pensou consigo mesmo que estava tremendo devido à humilhação
que sofreu. No entanto, ele não podia negar a vontade que sentia de fugir como um covarde. Ele
respirou fundo ao chegar à sala e parou na frente dela.
"Entre."
O soldado que guardava a porta pediu-lhe que se apressasse. Riftan olhou para ele ferozmente
e puxou a maçaneta. A luz da lareira brilhava através da pequena abertura da porta. Riftan engoliu em
seco mais uma vez e finalmente abriu a porta o suficiente para entrar na sala. Então, ele viu
Maximillian sentado na cama coberto por um véu dourado.
Riftan fechou a porta apressadamente atrás dele. Ela estava usando um vestido tão fino que o
envergonhou. Ao passar o olhar pela figura esbelta dela delineada pela luz das velas, o calor que
subiu em seu corpo quase forçou Riftan a dar um passo para trás.
Vergonhosamente, sua virilha ficou instantaneamente dura como uma pedra.
Seu rosto se contorceu enquanto ele se afogava em auto-aversão, mas ele não conseguia tirar os
olhos dela. Seu cabelo solto que caía até a cintura brilhava colorido sob a luz e sua pele pálida
corava de uma maneira cobiçosa.
Ele olhou para os lábios carnudos e depois baixou o olhar para o decote profundo. Seus seios de
cor creme estavam meio à mostra sobre o vestido de linho fino e ligeiramente transparente que
ela usava. Seu rosto queimou e sua garganta foi chamuscada.
Ele ficou sem palavras enquanto esperava que ela abrisse a boca e dissesse alguma
coisa. Incapaz de superar sua paciência, ele caminhou nervosamente em direção à mesa onde estava
uma taça de vinho.
Então, Maximillian, que não havia se movido nem um centímetro, começou a tremer como um
pássaro. Riftan sentiu como se alguém tivesse colocado um bloco de gelo no topo de sua cabeça enquanto
Eu olhei para ela. Seus olhos cinzentos imploravam, ela não queria que ele estivesse aqui.
Ter seu coração esfaqueado provavelmente doeria menos do que ele achava certo
agora.
Ele se virou para esconder sua expressão magoada e pegou a taça de vinho. Então, ele
tomou um gole de vinho, ganhando tempo para acalmar os nervos. Seria melhor para
ambos realizar a tarefa mais cedo ou mais tarde.
Riftan virou-se novamente para encará-la e falou de maneira composta,
suprimindo
as emoções de aparecer em seu rosto.
"Tire suas roupas."
Então, ele puxou suas próprias roupas pela cabeça e olhou para ela.
Maximillian piscou inexpressivamente como se não entendesse o que acabara de ouvir.
Os olhos de Riftan franziram a testa com a visão.
Na época em que ele era mercenário, a maioria das prostitutas que se escondiam
secretamente nos quartos das pousadas onde ele se hospedava tiravam a própria roupa.
Era tudo o que ele havia experimentado com as mulheres, elas rastejavam nuas em sua
cama e ele lutava para impedi-las de tirar a roupa.
Riftan virou o corpo para ela e perguntou nervosamente.
“Devo ser eu quem vai tirá-lo?”
Ela respirou fundo, chocada. Seus olhos estavam cheios de medo enquanto ela olhava
fixamente para o corpo exposto à luz. Era muito óbvio que ela não tinha uma boa impressão
da aparência dele. Ele se sentiu como um ogro, vendo a expressão no rosto dela
como se ela estivesse prestes a desmaiar.
“Você está me olhando terrivelmente. Minha aparência realmente não combina com
o seu gosto, não é?”
Ele perguntou de maneira sarcástica, mas secretamente esperava que, mesmo que fosse apenas uma
mentira inocente, ela negasse. Em vez disso, ela apenas gaguejou impassivelmente.
“Eu, eu sou…”
No entanto, nenhuma palavra seguiu sua explicação. Seus lábios se torceram enquanto ele se sentia
amargo e miserável. Ele se perguntou por que se sentia tão decepcionado quando tinha plena consciência
da opinião dela sobre ele, desde que ela deixou de vê-lo. Ela nunca estaria nesta situação se não
fosse pelo duque de Croix. Ele murmurou palavras para si mesmo.
“Claro, não há chance de que um cavaleiro humilde se adequasse à reverenciada filha mais velha
do duque.” Depois que ele cuspiu essas palavras, ele se encolheu. Isso não significava apenas que ele
queria que ela gostasse dele? Riftan então acrescentou apressadamente.
"Tire. “Temos que cumprir nosso dever.”
Seus olhos estavam fixos no chão enquanto ela ficava sentada imóvel. Riftan deu um passo em
direção a Maximillian e levantou cuidadosamente o rosto segurando o queixo. Foi a primeira vez que ele a
tocou desde aquele incidente na infância. As pontas dos dedos dele formigaram ao contato com a pele
macia e parecida com uma pétala. Riftan exalou com força para esconder seus sentimentos enquanto
falava.
“O casamento será inválido se não cumprirmos nossa primeira noite. Você está se recusando a fazer
isso?
Uma clara expressão de dor surgiu em suas pupilas puras e prateadas.
Ele ansiava por abraçá-la e confortá-la enquanto ela tremia lamentavelmente, mas cuspiu friamente suas
palavras como se esses sentimentos os pesassem.
“Diga-me se você quer que eu coloque minhas roupas novamente. Uma vez que começamos, não
podemos parar no meio.”
Ao ouvir seu comentário proposital, ela mordeu os lábios e afrouxou o cinto com as mãos
trêmulas. Riftan prendeu a respiração enquanto ela
tirou tudo um por um e colocou ao lado da cama. Ela demorou muito para mexer nas
alças do vestido antes de finalmente afrouxá-las, pouco antes de ele desmaiar devido à
respiração difícil. Suas costas cor de marfim e ombros redondos ficaram expostos sob
a luz.
Porém, como se não tivesse coragem de revelar mais de sua pele, ela apertou a barra
do vestido com força contra o peito.
Riftan não aguentou mais a tensão que estava prestes a explodir dentro dele e
apressadamente tentou tirar o vestido dela. Ele não queria suportar esta situação difícil
tanto quanto ela. Ele não queria vê-la tremendo como alguém que foi condenado à
morte. Ele estava tão horrorizado consigo mesmo porque mesmo num momento como
aquele, seu corpo estava tão excitado que ele não conseguia controlá-lo. Ele só queria
se apressar e acabar com tudo isso.
“E-espere…” Quando o vestido deslizou até sua cintura, ela cobriu o peito com as mãos.
Riftan fixou os olhos nela.
“Tire as mãos.”
“Por que, as roupas…”
Sua aparência confusa fez os dedos de Riftan se afastarem.
Ele se perguntou se os nobres faziam isso vestidos. Ele tinha visto mercenários empurrando
mulheres contra a parede e fazendo isso com as saias arregaçadas, mas ele ouviu e
estava bem ciente de que as mulheres na verdade não gostavam disso.
Riftan sentiu-se impaciente enquanto tentava constantemente ganhar tempo e depois

perguntou-lhe severamente. “Você quer que eu saia, ou
você não quer que eu faça isso. Decida-se com clareza.
Ela baixou os braços em resignação. Riftan congelou e sentiu sua cabeça ficar sem
sangue. Ela era tão linda que fez seu coração parar de bater. Ele sofria de seduções
agressivas desde a adolescência, a ponto de
que ele ficou cansado de ver corpos nus de mulheres, mas sua mente estava confusa
agora. Eu engoli em voz alta.
Seu corpo estava mais quente do que estaria se estivesse em chamas. Seu olhar percorreu
seus seios redondos, barriga lisa e panturrilhas delgadas. Um gemido reprimido
irrompeu de sua garganta. Realmente não havia como voltar atrás agora. Ele nem sabia se
havia algum desejo de voltar atrás nele.
Ele murmurou como um homem perdido e a acariciou com as mãos trêmulas.

Os ossos de seu corpo pareciam manteiga derretida em um dia de verão. Seu padrasto
estava na prisão por causa dele, e seus subordinados estavam em situação de serem
arrastados para arriscar suas próprias vidas, mas ele era o único agora que estava
experimentando o céu.
Riftan abaixou a cabeça e derramou beijos apaixonados por todo o corpo dela. A mulher com
quem ela sonhou durante todos os anos estava finalmente em seus próprios braços. Ele
não conseguia se controlar. Ele talvez nunca mais consiga tocá-la depois de hoje, talvez
nunca mais consiga vê-la.
Ele não conseguia mais manter seu desejo desesperado e se aprofundou nela. Aquele lugar era
como um paraíso feito de fogo. Ele se sentiu em êxtase com o paraíso doloroso e encantado em
que se encontrava.
Todo o seu corpo estremeceu. Ele tentou o seu melhor para conter seus movimentos e deixá-la
se ajustar a ele, mas não conseguiu.
consegue se controlar, saboreando o prazer pela primeira vez na vida.
Eventualmente, ele começou a se mover como uma fera desenfreada. Sua paixão há
muito enterrada o engolfou como um tsunami e sua força de vontade desabou como um castelo
de areia. Ele sentiu como se estivesse com uma sede terrível e enfiou a língua na boca.
Os gemidos dela fizeram cócegas em sua garganta e todas as suas entranhas pareciam
que estavam prestes a derreter. Seus membros finos e macios, sua pele úmida e suave e seu
doce perfume levaram sua alma embora. Parecia que ele poderia engoli-la inteira, nem mesmo
deixando um fio de cabelo. Riftan gemeu violentamente e despejou todos os seus

desejos dentro dela.
"Eca…"
Ele devia estar tão fora de si que seu cérebro ficou em estado de choque, quando
de repente ele ouviu um som de fungadela. Ele levantou a cabeça e viu lágrimas
brilhando levemente em seu rosto febril. Ele olhou para ela com olhos congelados.
"Porque voce esta chorando?" Ela virou a cabeça para esconder as lágrimas. Ele
apertou o rosto dela e depois virou a bochecha dela para olhar para ele. “Não me
evite.”
Então, ela olhou para ele com olhos turvos cheios de vergonha, confusão e perda.
Riftan girou o rosto e enxugou as lágrimas do rosto.
A vergonha e a auto-aversão também cresceram dentro dele como um incêndio. Ele
a abraçou com força, sentindo um misto de frustração, tristeza e hostilidade.
Memórias de sua infância tomaram conta dele. Ele queria abraçar a garota que parecia
terrivelmente solitária. Eu tenho
queria protegê-la de qualquer um que pudesse prejudicá-la.
O fato de ele ter feito uma bagunça com as próprias mãos em algo que ele apreciou por
tanto tempo era inconcebível.
Riftan a apoiou, agarrando-se a ela com os braços enquanto ela pendia fracamente.
Então, ele murmurou vaziamente enquanto beijava as lágrimas e o suor das têmporas.
“Você é minha esposa agora. Quer você goste ou não, não há como voltar atrás.”
Tudo estava uma bagunça, mas ainda assim, estar nessa situação os uniu. Eu a
beijei nos lábios. Tudo estava bem agora. Embora isso nunca a fizesse desejá-lo pelo
resto da vida, se a sorte estivesse do seu lado, ele pelo menos morreria como seu
marido.
Ele se sentiu culpado por se enterrar nela e virou-se para desviar o olhar. Aquela
noite seria uma lembrança terrível para ela.
Ele estremeceu de forma agourenta, pensando que ela teria que suportar isso para
sempre, esse pensamento repetindo em sua mente uma e outra vez.
Riftan acordou com o som da chuva ecoando em seus ouvidos. Demorou um pouco
para ele voltar a si. Foi a primeira vez que ele se sentiu tão distante e lânguido. Ele
olhou para o teto mal iluminado por um momento, então ouviu sons suaves de respiração
e virou a cabeça assustado em sua direção.
Cabelo ruivo despenteado espalhado como uma nuvem no travesseiro.
Ele respirou fundo ao ver a mulher que havia adormecido em seus braços. Sua pele
úmida e levemente suada agarrou-se a ele e o cheiro de seu corpo entrelaçou-se com o
cheiro do corpo.
o cheiro de relação sexual fez sua mente girar. Riftan piscou os olhos atordoado como
um homem bêbado, então logo percebeu que a estava abraçando com muita força para
deixá-la respirar corretamente e rapidamente puxou seus braços. No entanto, ao
sentir o calafrio rastejando, ele a capturou de volta em seus braços.
Ele podia sentir cada centímetro de seus ossos estreitos além de sua pele macia
e suave.
Ele cuidadosamente afastou o cabelo do rosto dela e apertou suas bochechas com as
mãos trêmulas. Seus cílios castanho-avermelhados, um pouco mais escuros que a
cor de seu cabelo, caíam como penas encharcadas de chuva e os cantos rosados de
seus olhos estavam levemente enrugados. Seu coração doeu como se estivesse
apertado.
Riftan passou as pontas dos dedos pela testa redonda até a ponta do nariz minúsculo e
passou o polegar pelos lábios carnudos. Seu hálito doce fez cócegas em seus
dedos e sua presença perfurou seus ossos.
Mesmo que ele apenas olhasse para ela de longe, ela tinha sido a mulher que o
manteve cativo, nunca sendo capaz de escapar de seu domínio. Agora, ela tinha
tornar-se alguém que ele nunca conseguiu tirar da cabeça até o dia em que morreu.
Seu rosto se contorceu enquanto ele lentamente afastava seu corpo dela. Foi mais doloroso
do que ter sua própria carne rasgada.
Riftan levou o cobertor até o pescoço e sentou-se preguiçosamente na cama, olhando por um
longo tempo para o fogo cada vez mais fraco na fornalha. Ele sabia que era hora de ir
embora, mas seu corpo, pesado como um algodão encharcado, recusou-se a se mover. Ele
esfregou o rosto com força e depois lutou para se levantar. Ele queria ver os olhos dela que
pareciam um lago de inverno mais uma vez, mas achou que ela não gostaria de vê-lo. Item
Seria melhor se ela acordasse sem ele ao seu lado.
Ele enxugou o corpo com uma toalha molhada e pegou a roupa e vestiu-a. Ele estava com
medo de que, se demorasse um pouco, nunca seria capaz de sair. Quando Riftan pegou
sua espada, ele se forçou a lutar contra o desejo de ficar ao seu lado. Então, antes de
sair pela porta, ele deu uma última olhada na mulher que se tornaria sua esposa.
Uma tristeza amarga surgiu dentro dele. Riftan fechou os olhos, abriu a porta e saiu. Em
seguida, a empregada e o padre que montavam guarda em frente à sala entraram nos
aposentos e confirmaram que o casamento foi consumado com sucesso.
“Com isso, o acordo está selado.” O mordomo estendeu-lhe um rolo de remendo. “Esta é uma
carta que o duque escreveu que declara a nomeação do dever para a campanha do dragão.”
Riftan olhou para baixo e agarrou-o. O mordomo então acenou com a cabeça para os soldados
que esperavam no corredor.
“Guie Sir Calypse em direção às masmorras.”
Ele estava prestes a dizer-lhes para cuidarem bem de sua esposa, mas mordeu o lábio.
Ele realmente merecia dizer essas palavras persistentemente por ela?
Riftan engoliu seus pensamentos de desprezo e seguiu os homens com passos

pesados. Ao descer as escadas, ele viu os rostos de seus subordinados enquanto
montavam guarda no local vazio. Eles pareciam como se estivessem prestes a
dizer alguma coisa, mas mantiveram a boca fechada. Passou por seus homens e
atravessou apressadamente o jardim mal iluminado pela madrugada azulada. O céu estava
nebuloso, como se estivesse cheio de nuvens que derramavam chuva gelada de inverno
sobre suas cabeças e ombros.
"Este é o lugar."
O soldado caminhou rapidamente sob a chuva carregando uma tocha acesa e abriu
uma porta em um lado de uma parede grossa, revelando um lance de escadas que
levava a um subsolo escuro. Depois de ordenar que Uslin e Ruth esperassem no chão,
Riftan desceu as escadas com Elliot. Quando o soldado que os guiava chegou ao
fim da escada, destrancou os portões duplos de ferro e pendurou a tocha na parede. Então,
uma cena terrível se desenrolou diante de seus olhos. Ele cerrou os punhos com força.
Carcaças de ratos mortos amontoavam-se no chão úmido como uma lama preta, o
fedor de fezes enchia toda a área, não se sabia se os prisioneiros estavam vivos ou
mortos enquanto todos permaneciam imóveis. Riftan pegou uma tocha e olhou ao
redor da prisão, rangendo os dentes ao ouvir o som abafado que seus pés faziam contra
o chão. Ele ficou cheio de raiva ao descobrir que seu padrasto ficou trancado em um
lugar como aquele por vários dias.
“A pessoa que você procura está na cela mais distante.”
Riftan olhou de forma assassina para o soldado. “Então o que você está fazendo não
nos levando até lá imediatamente?”
O soldado, que se assustou com seu tom implacável, correu apressadamente em direção
ao local. Riftan coletou seu
autocontrole e seguiu seus passos. Ele nunca perdoaria o duque, não importa o quanto
as coisas ficassem complicadas.
“E-ele está aqui.”
O soldado que os conduziu até o final do corredor apontou sua tocha através das barras
de ferro. O prisioneiro lá dentro soluçou e se escondeu no canto. Os olhos de Riftan
congelaram quando ele olhou para a figura do homem. O soldado então abriu a cela e o
ergueu. Através de seu cabelo desgrenhado e careca, revelava um rosto inchado como uma
abóbora.
Riftan engoliu um grunhido. Os olhos do padrasto se arregalaram através das pálpebras

escuras e machucadas. Um som aterrorizado, semelhante a um gemido, irrompeu de seus
lábios rachados. O rosto de Riftan se contorceu ao perceber que estava tentando implorar
por misericórdia.
“...depressa, tire-o daqui.”
Elliot entrou na cela sem qualquer hesitação e apoiou o padrasto em seu nome, enquanto
Riftan ficou parado em estado de choque. Ele se virou, sem ousar tocar no padrasto.
Ao saírem daquele lugar terrível, Ruth, que estava esperando no topo da escada, correu
imediatamente até o padrasto para verificar seu estado.
“É um alívio que nada parece estar faltando.”
Murmurei e soltei um pequeno suspiro de alívio. No entanto, Riftan não sentiu o menor
alívio. Ruth imediatamente lançou magia de cura sobre ele, mas o padrasto nem pareceu
perceber que a dor havia passado.
Riftan olhou
abaixou-se diante da figura de seu padrasto e gritou com os soldados.
“O que você está fazendo sem trazer a carruagem neste momento!”
Depois de um tempo, uma carruagem parou na frente deles. Riftan montou em seu cavalo e
observou seu padrasto entrar na carruagem. A chuva torrencial cobriu o mundo com uma mortalha
branca. Ele olhou para o Castelo Croix enquanto respirava gelado. O enorme castelo que ele
enviou uma vez agora olhava para baixo como se
estava zombando dele. Riftan logo esporeou seu cavalo, olhando para a estrutura
cinzenta que parecia brilhar contra a névoa.
Assim que viram o padrasto, a esposa e a filhinha choraram. Riftan observou-os em silêncio por
trás e entregou ao estalajadeiro uma bolsa com dinheiro e pediu-lhe que trouxesse água para
o banho e uma refeição saudável, depois saiu. A chuva caía mais forte.
“Não é culpa do senhor.” Ruth se aproximou silenciosamente e disse essas palavras

enquanto Riftan olhava atordoado para o céu escuro.
“Mesmo que Sir Calypse não desse essas moedas de ouro, o duque de Croix ainda teria levado
seu padrasto como anfitrião.”
Riftan não respondeu. Ruth suspirou e mudou de assunto depois de ler sua rejeição no
silêncio. "O que você vai fazer agora? Você vai mudar sua família para Anatol?
"Não." Riftan cuspiu secamente, os olhos fixos nas paredes de cimento construídas sobre as
colinas. “Anatol é muito perigoso. “Pretendo mandá-los para a propriedade de Triden.”
Em primeiro lugar, eles não eram uma família que ele pudesse chamar de sua. Riftan
virou a cabeça para ver o padrasto e sua esposa que ainda estavam abraçados, depois falou
em voz baixa.
“Primeiro, temos que nos juntar aos Cavaleiros quando estivermos prontos.
Prepare-se para partir assim que a chuva parar de cair.”
"…Como quiser. Então, colocarei a carruagem em espera.”
Ruth então gentilmente o deixou sozinho. Depois de observar a chuva por mais um
momento, Riftan foi para seu quarto e começou a escrever um telegrama endereçado ao rei. O
rei Reuben certamente ficará furioso, ele acabara de arruinar seu ambicioso plano de
domar o duque de Croix. Ele ficará indignado, foi como se sua lâmina mais confiável cortasse
seu próprio pé.
Riftan franziu a testa ao imaginar o rosto furioso do monarca, mas de repente

percebeu que as palavras que ele havia escrito eram tão oscilantes que ele
mesmo não conseguia reconhecê-las e parou de escrever. Ele arqueou a
sobrancelha e tirou uma nova folha de pergaminho e mergulhou a pena na tinta. No
entanto, as cartas só ficavam confusas. Foi então que ele percebeu que estava
tremendo muito.
Foi devido à sensação de perda que sentiu ou por causa da raiva?
Ele sentiu um arrepio percorrer seus ossos. Então, Riftan se curvou enquanto tremia
e jogou o tinteiro contra a parede enquanto um impulso violento emergia dentro
dele. Líquido preto respingado em todas as direções. Riftan olhou vagamente para
as manchas pretas e logo se sentou, envolvendo a cabeça com as mãos e crescendo
como um animal ferido.
Todo o conforto que ele acalentava em seu coração foi perdido
dentro de um dia. Riftan apertou a cabeça com força e gemeu tristemente, pois não
conseguia nem chorar. Ele estava apenas tentando aliviar sua solidão e encontrar
conforto por alguns momentos, mas nem isso era permitido. Ele apertou o peito
manchado de terra enquanto lutava para se manter firme.
Você não pode cair ainda. Você deve manter sua mente correta.
Ele ainda tinha responsabilidades pelas quais prestar contas.
Riftan repetiu isso desesperadamente para si mesmo. Quando seu tremor

mal diminuiu, o som da chuva batendo na janela parou. Riftan suavizou sua
expressão novamente e abriu a janela para contemplar as paisagens cinzentas e
desoladas.
É hora de partir.
Ele pegou sua espada.
***
Seu padrasto não disse uma palavra enquanto subia na carruagem. Riftan nem tentou
falar com ele. O velho, exausto há vários dias, sentou-se imóvel ao lado da esposa até ver
o filho correndo em sua direção de longe e se levantar da cadeira.
Riftan observou enquanto ele abraçava seu filho com força em seus braços estreitos e
magros e então pedia a Gabel que ficasse ao lado deles.
“Leve-os em segurança para o visconde.”
“… tudo bem se o comandante não for lá pessoalmente?”
Riftan agarrou as rédeas do cavalo, olhando para ele com uma luz fraca nos olhos. “Tenho
um dever que preciso cumprir de agora em diante.”
Uma expressão séria tomou conta das feições de Gabel. Ele entreabriu os lábios como se
fosse perguntar alguma coisa, mas em vez disso abriu um sorriso estranho, consciente
dos olhos do padrasto que olhavam em sua direção.
"Você não tem nada com o que se preocupar. Vou explicar-lhes claramente qual é a
situação e levá-los em segurança para a propriedade do Viscoute. “Sir Triden cuidará bem
deles.”
“…por favor, faça isso a meu favor.”
Gabel baixou a cabeça uma vez e caminhou na direção do padrasto e de sua

família. Riftan olhou para o rosto marcado de seu padrasto e se virou para ir até o
acampamento. Depois de ouvir os relatos do que aconteceu durante sua ausência, ele
escreveu uma carta dirigida ao visconde Triden e reuniu os cavaleiros para informá-
los do que aconteceu em Croix.
Suas reações foram contidas, como se tivessem previsto o que aconteceu depois de
ouvirem que o padrasto de Riftan havia sido trancado nas masmorras de Croix.
“Então, o que você está planejando fazer agora?”

“Embora fosse mais apropriado para mim renunciar ao cargo de comandante dos
Cavaleiros, dadas as atuais circunstâncias, não há quase nenhuma chance de que o Rei
Ruben dê a qualquer um de vocês um título ou feudo.”
Riftan olhou para os rostos de cerca de trinta cavaleiros reunidos enquanto falava com
voz pesada. Os cavaleiros foram classificados de acordo com as habilidades e aqueles
que agora estavam reunidos tinham o direito de expressar suas opiniões. Depois de lhes
proporcionar um momento generoso de contemplação, Riftan continuou a falar
em tom moderado.
“Vou usar qualquer poder que ainda tenha para ajudá-lo a fazer parte de uma
cavalaria. “Isso seria melhor do que se tornarem cavaleiros errantes.”
“Você acha que aqueles que deixarem esta cavalaria com medo de enfrentar o
dragão serão bem-vindos?” Hebaron, que estava encostado em um dos postes,
murmurou cinicamente enquanto endireitava sua postura. “Aqueles que se juntarem
aos Cavaleiros Reais serão considerados covardes e ridicularizados pelo resto de suas
vidas.”
“… pare de exagerar.” Os lábios de Riftan ficaram rígidos. “Mesmo que isso aconteça,
lide com isso mantendo a boca fechada e deixando suas habilidades falarem em
seu nome. Não há razão para esta luta ao ponto de envolver todos vocês.”
“Se o Rei Ruben não tivesse colocado esta subjugação nos territórios ocidentais
para refrear o Duque de Croix, os Cavaleiros Remdragon teriam recebido ordens de
serem destacados para essa missão.” Lombardo, que ficou em silêncio o tempo todo,
falou. “Um cavaleiro é alguém que arriscará sua vida para cumprir seus deveres para
com o monarca. Se temêssemos a morte, não teríamos nos tornado cavaleiros.”
“Arriscar suas vidas em uma luta para cumprir as ordens do Rei e lutar pela segurança
do Duque são duas questões diferentes.”
“Não estamos lutando pelo duque de Croix. “Estamos lutando pela honra dos Cavaleiros
Remdragon!” Uslin refutou em tom áspero enquanto se sentava com os braços
cruzados na frente do peito. “Não há diferença entre partir para
“uma expedição sob o comando de Sua Majestade e seguindo o comandante.”
Riftan ficou um pouco surpreso, já que Uslin era quem tinha maior respeito e lealdade
para com a Família Real.
Depois de dizer essas palavras, o peso na sala mudou significativamente.

Depois de um momento de estranho silêncio, Hebaron pigarreou e bateu nos ombros
de Uslin enquanto tremia.
“Já faz um tempo que o jovem mestre não disse algo com o qual concordo. “Detesto ter
que participar de uma expedição em nome de um homem astuto, mas, afinal, não é uma
má ideia matar um dragão e fazer um nome para nós mesmos em todo o continente.”
“…Pessoas como você geralmente são as primeiras a morrer.”
"That?"
Riftan levantou a mão para impedi-los de brigar.
"Suficiente. “Não se trata de levar em conta suas dignidades.”
“Como diabos você nos vê…!”
“Vou te dar tempo para pensar.” Riftan cortou as palavras de Hebaron e olhou para eles
com severidade.
“Todos devem ter ouvido falar do que aconteceu com os Cavaleiros Sagrados de Osíria,
alguns deles morreram.
Não há como saber como as coisas vão se desenrolar. Isso significa que estaríamos
entrando em um reino imprevisível e infestado de monstros, que aterrorizam todo o
continente, e então os enfrentaremos. Pense cuidadosamente se você está realmente
preparado para arriscar suas vidas.”
Os rostos dos cavaleiros coraram como se não estivessem satisfeitos por terem sua
coragem questionada. No entanto, Riftan saltou da cadeira sem dar-lhes qualquer
oportunidade de protestar ainda mais.
“Ouvirei suas respostas em três dias.” Então, ele saiu direto do quartel.
No dia seguinte, Gabel e seus companheiros chegaram ao quartel de Riftan, prontos

para partir para a propriedade do Visconde.
Riftan entregou-lhe uma carta que escreveu endereçada a Triden e uma bolsa cheia de
moedas de ouro.
“Dê isto ao visconde.”
"Como quiser." Gabel os pegou e prendeu dentro de sua armadura.
Riftan voltou para sua mesa para escrever relatórios endereçados ao rei. Gabel o
observou e perguntou cuidadosamente.
“E a filha do duque?”
Todo o corpo de Riftan enrijeceu. Gabel falou cuidadosamente enquanto Riftan olhava para ele
como se perguntasse do que ele estava falando.
“Essa pessoa é agora… ela não é a esposa de Sir Calypse agora?
Quando o senhor estiver fora, ela deve ser quem supervisiona Anatol.
“Pretendo deixar a gestão de Anatol para o mago.”
“Mas o mago está planejando se juntar à expedição.”
Disse Ruth, que estava sentada calmamente em um canto lendo um livro sobre magia,
e bufou audivelmente. Riftan lançou-lhe um olhar feroz, mas Ruth continuou a falar
sem piscar.
“É ridículo que você pretenda me deixar de fora. Você tem Lady Calypse agora,
então por que diabos eu tenho que agir como representante do Senhor?
Senhora Calipse. Riftan sentiu um leve arrepio quando as palavras ecoaram estranhamente. Os
lóbulos de suas orelhas formigaram, lembrando-se de sua figura nua deitada na cama. Ele lambeu
os lábios e fingiu estar ocupado com um remendo para esconder sua agitação.
Quando ele não tomou uma decisão, Gabel falou rigidamente. “Eu entendo que ela não
é confiável porque é filha do duque.
No entanto, se ela permanecer no Castelo Croix, a dignidade de Sir Calypse ficará manchada.
“No caminho de volta, vou levá-la ao Castelo Calypse.”
Riftan franziu a testa diante do comportamento teimoso do cavaleiro. Os reparos do castelo e as

construções das muralhas já deveriam estar concluídos. No entanto, não foi nada comparado a
Croix. Ele mordeu os lábios, inconscientemente preocupado com o bem-estar dela.
Ele se perguntou se ele era o único que não tinha coragem. Pode ter sido uma cerimônia de
casamento passageira, mas ela era sua esposa, conforme declarado pela igreja. Caso ele não
consiga voltar vivo, ela herdará todas as suas propriedades, seu castelo e território serão dela.
Se eu tivesse um filho...
Riftan esfregou o canto dos olhos com as palmas das mãos diante do súbito lampejo de
pensamento aleatório. Uma mistura de emoção e medo percorreu suas veias. Se ela desse à luz
um filho, essa criança se tornaria o futuro senhor de Anatol. Além disso, ele cresceria sem conhecer
o rosto de seu pai. Riftan engoliu um gemido que subiu pela garganta.
Eu não quero ir embora. Eu realmente não quero ir embora assim.
Ele esperou que as emoções crescentes se acalmassem e então lentamente entreabriu os lábios.
"Multar. Leve-a para o Castelo Calypse.”
Então, ele imediatamente tirou um novo pedaço de remendo, escrevendo instruções

para Rodrigo fazer tudo o que pudesse para garantir que ela viveria confortavelmente, e entregou-
o a Gabel. O cavaleiro guardou a carta em sua armadura e saiu.
Riftan olhou novamente para os relatórios empilhados sobre a mesa. Assim que ele partisse
para a expedição, um dos cavaleiros reais ou os vassalos do duque estariam guardando as
fronteiras. Ele teve que documentar detalhadamente a situação atual, mas sua mente ansiosa
quase nunca estava clara.
“Por que você pelo menos não se despede?” Ruth cantou,
percebendo que sua pena nem estava se movendo. “Esta pode ser a última chance que você
tem. Não se arrependa mais tarde e veja-os partir.”
Tentei descartá-lo, mas ouvi a palavra “última chance”
ficou preso em sua mente. Riftan finalmente se levantou da cadeira, murmurando palavrões.
Ao sair do quartel, ele viu Gabel montado em seu cavalo e dando instruções aos seus
companheiros. A família do padrasto sentou-se lado a lado na próxima carruagem parada.
Riftan observa seu padrasto carregar sua filha, que mal chegava aos joelhos, até a carruagem
e depois se aproximar dele. O padrasto então curvou os ombros e olhou para ele com a visão
turva. Embora suas feridas estivessem completamente curadas, os traços de sofrimento
ainda estavam intactos em seu rosto.
“Peço desculpas por causar problemas a você.”
Uma voz áspera arrastada com um dialeto soou estranhamente em seus ouvidos. O padrasto,
que olhava para ele com uma expressão vaga, como se estivesse conversando com um
estranho, baixou novamente a cabeça e carregou na carruagem um pacote que não
chegava nem para ser chamado de bagagem adequada.
“No entanto, não se preocupe com quaisquer assuntos que me envolvam.
“Alguém que é comandante de cavaleiros deve ter milhares de outras coisas para fazer.”
Riftan olhou silenciosamente para suas costas rígidas e ossudas e para o cabelo branco ralo,
depois assentiu lentamente. No entanto, o padrasto perdeu a resposta enquanto olhava
em nada além do chão. As palavras de seu padrasto dizendo que ele tinha que viver
olhando apenas para o chão em ruínas ecoando em sua cabeça.
Riftan olhou fixamente para as costas curvadas do homem que olhara apenas para o
chão durante toda a vida, depois falou com uma voz sem emoção.
“Esta será a última vez. Não haverá assuntos no futuro que exijam que você me
enfrente.”
Uma expressão de alívio passou pelo rosto enrugado do padrasto.
O velho confirmou a cabeça uma vez, depois embarcou na carruagem e sentou-se.
O próprio Riftan fechou a porta da carruagem e deu um sinal para Gabel.

As rodas da carruagem começaram então a avançar lentamente ao sinal do cavaleiro.
Riftan ficou imóvel enquanto observava a carruagem se afastar com um rastro de

poeira. Um vento frio passou por seu pescoço. Os olhos de Riftan franziram a testa
quando ele sentiu arrepios correrem sob a pálida luz do sol.
Estou realmente sozinho agora.
***
Os cavaleiros se moviam de maneira organizada e imediatamente derrubavam os

gigantes que desciam pela parede rochosa. Os rugidos ferozes dos ogros ecoaram um
após o outro na cordilheira. Riftan empunhou sua espada e contou rapidamente o
número de criaturas: eram cerca de trinta. Era extremamente raro os ogros se reunirem
em um grupo como esse. Ele se perguntou por um momento se eles estavam sendo
controlados pelo dragão, então parou de pensar nisso e gritou para as tropas na
retaguarda.
“Prepare as bestas!”
Enquanto os cavaleiros obstruíam os monstros, soldados bem treinados tiraram as

armas das carroças e posicionaram-nas rapidamente. Assim que o
grandes bestas estavam prontas, Riftan sinalizou para os cavaleiros voltarem.

Quando os cavaleiros recuaram todos de uma vez, dardos gigantescos com mais de 10
kvets (cerca de 3 metros) voaram em direção aos monstros a uma velocidade
assustadora. As longas barras de ferro distorceram as cabeças e o peito dos monstros instantaneamente.
Riftan não perdeu a oportunidade e conduziu seu cavalo em alta velocidade, cortando
a enorme perna de um gigante. Quando o gigante, que tinha pelo menos 15 kvet de altura,
cambaleou e caiu no chão, os outros cavaleiros o seguiram ferozmente e enfiaram
lanças no peito dos gigantes.
Ele ficou atrás das defesas e instruiu os soldados que esperavam a recuperar os dardos,
depois correu direto para o outro ogro. O gigante, com mais do dobro do seu tamanho,
voou até ele a uma velocidade assustadora. Riftan errou por pouco a maça que roçou
sua cabeça e enfiou a espada nas costelas do ogro. O gigante cresceu ruidosamente e
ergueu seus braços de aço em direção ao céu, mas antes que o ataque o alcançasse,
a enorme cabeça do gigante voou no ar.
“O comandante não deve se divertir tanto!” Hebaron brandiu uma espada tão alta quanto ele e
exclamou.
Riftan rapidamente se moveu para o lado, evitando o corpo em colapso do ogro. Quando
o gigante caiu no chão, a terra tremeu e pilhas de pedras rolaram pelas paredes rochosas. Ele
orientou Talon a recuar e rapidamente examinou os arredores. Os soldados já
haviam recuperado todos os dardos do
cadáveres do ogro e os instalou de volta nas bestas. Depois de ordenar que os cavaleiros se
dispersassem mais uma vez, Riftan sinalizou para seus soldados.
"Fogo!"
Dezenas de dardos voaram pelo ar e se alojaram nos corpos maciços dos monstros.
Enquanto os gigantes desciam a encosta da cordilheira, cambaleando e rolando, os
cavaleiros cercaram seus cavalos como o vento, decapitando os monstros com um só
golpe. Por fim, trinta e quatro enormes ogros espalhados contra pilhas de pedras e seus
passos pesados e rugidos altos, que abalavam as montanhas como terremotos, cessaram.
Riftan tirou o capacete manchado com o sangue dos monstros e deslizou

rapidamente pelo vale, agora mergulhado em silêncio. Embora ele não tenha sentido
nenhum outro perigo imediatamente, não havia como saber quando outros monstros
iriam atacar os corpos daqueles monstros ao sentir o cheiro de sangue. Ele
exclamou aos soldados.
“Depressa e recupere as armas! Vamos sair daqui agora mesmo!
Os cavaleiros permaneceram vigilantes enquanto os soldados carregavam as bestas

nas carroças e recuperavam armas como dardos, maças e bolas de corrente.
As sobrancelhas de Riftan franziram enquanto ele olhava para o céu nublado e

enevoado. O clima nas montanhas era instável e imprevisível, teria sido melhor se
chovesse forte, permitindo-lhes descansar um pouco sem preocupações com
monstros. Mas apenas um clima úmido e nublado pairou sobre eles

continuamente durante vários dias.
Riftan respirou fundo, enchendo os pulmões com ar gelado e úmido, e enfiou a

espada de volta na bainha. Talon também parecia cansado da marcha sem fim.
Ele deu um tapinha na nuca do cavalo enquanto ele batia os pés nervosamente,
depois começou a se mover com o exército novamente. Os soldados o seguiram
sem dizer uma palavra.
Uma atmosfera pesada pairava sobre eles. Já se passaram vários meses desde que
a busca pelo covil do dragão começou em grande escala, mas não houve resultados
significativos, em vez disso, apenas levou à diminuição de seu exército.
Riftan escondeu sua agitação enquanto contava o número de carroças

restantes. A expedição estava em sérios apuros: alguns de seus suprimentos
de comida foram destruídos pelos contínuos ataques de monstros e não se sabia
quando seus suprimentos seriam reabastecidos pelas tropas de apoio, para quem
eles haviam deixado marcas para serem localizados por eles.
Ele tinha que fazer alguma coisa, então decidiu motivar seus soldados, gritando com
uma voz poderosa e aumentando a velocidade. “Podemos descansar quando sairmos
este vale! Mantenha seu ânimo por mais um pouco!
Riftan franziu a testa, sentindo o moral da expedição diminuir. Os soldados resistiam

bem, mas a fome e o cansaço tomavam conta deles. A caça era escassa nas regiões
alpinas das montanhas Lexos, e eles travaram quinze batalhas ao longo das semanas,
sobrevivendo com pão amanhecido, carne seca e queijo para apaziguar a fome.
Apenas um punhado de homens conseguia dormir mais de cinco horas seguidas por dia.
Mesmo ele mal conseguia fechar os olhos quando se deitou no chão frio como pedra e
os ventos frios sopraram ferozmente. Os soldados que recolheriam os corpos dos
homens que morreram nos ataques dos monstros muitas vezes murmuravam em vozes
cheias de inveja e tristeza.
"Que você descanse em paz…"
Riftan olhou para o céu severamente. Teria sido melhor que a chuva caísse forte de uma só
vez. A chuva trouxe um sofrimento diferente, mas eles poderiam pelo menos descansar
sem se preocupar em atacar monstros. No entanto, como se os céus estivessem ridicularizando
suas esperanças, as nuvens gradualmente se dissiparam, permitindo que uma luz solar
nebulosa brilhasse acima delas.
Riftan cuspiu palavrões e aumentou a velocidade.
Então Caron, que estava olhando para as fileiras da retaguarda, correu para a frente
e gritou. "Comandante chefe! As fileiras da retaguarda estão começando a ficar para trás.”
“Eles devem resistir até pelo menos sairmos deste vale.”
Riftan exalou decididamente e acelerou através das rochas.
Depois de algumas horas de viagem, a vista sombreada das Montanhas Lexos finalmente se
abriu, permitindo-lhes ver a paisagem com clareza. Riftan escalou uma rocha e olhou para
as cadeias de montanhas íngremes, ladeadas por rochas cinzentas e árvores coníferas
verde-escuras. Eles haviam escalado montanhas tão altas que uma nuvem de névoa
se espalhava sob seus pés como um tapete de lã.
e os picos esculpidos das montanhas estavam logo acima deles. Quanto sangue
foi derramado apenas
passar por essas dúzias de picos?
“Comandante Chefe, quanto mais precisamos ir?”
“Encoraje os soldados. "Vamos descansar lá."
Riftan apontou para a floresta do outro lado da estrada larga. Gabel semicerrou os
olhos como se quisesse medir a distância, depois conduziu seu cavalo de volta
às fileiras.
Quando finalmente chegaram a um local seguro, Riftan ordenou que seus homens descansassem
e que os cavaleiros examinassem a área.
“Não há sinais de monstros.”
“Arme as tendas e faça uma fogueira, coloque guardas de posto. “Vamos descansar aqui
por hoje.”
“Tudo bem?”
“De qualquer forma, não será razoável continuar a busca além daqui. Nossa
prioridade por enquanto é sobreviver até a chegada da tropa de apoio.”
Enquanto os cavaleiros penduravam cordas com sinos presos a eles por todo o
entorno para sentir qualquer ataque, os soldados retiravam dos vagões varas e
panos forrados com betume para construir um acampamento temporário. Riftan
desceu do cavalo e removeu a sela e sua bagagem depois de inspecionar os
arredores minuciosamente.
Talon choramingou e balançou o pescoço.
“Você está aguentando bem.” Riftan acariciou gentilmente a magnífica nuca de

seu cavalo e o conduziu até os arbustos, para que seu forte aliado pudesse pastar
na grama fresca.
Depois de algumas semanas, os soldados finalmente descansaram, então todos tiraram as

armaduras pesadas e os capacetes e sentaram-se ao redor da fogueira enquanto conversavam.
Sobre as fogueiras, prepararam ensopado de ervas, carne seca, batatas secas e pão amanhecido
em panelas grandes, depois sentaram-se nos cobertores, que tinham ficado pretos de poeira,
e começaram a cavar.
“Comandante, faça uma pausa e venha aqui, sente-se. “Você não conseguiu descansar
adequadamente todo esse tempo.” Hebaron, que estava sentado perto do fogo tomando sopa,
exclamou com voz rouca.
Uslin, que estava sentado em silêncio ao lado dele, murmurou com raiva. “É o comandante-
chefe. Até quando você vai parar de chamá-lo de comandante?”
“Comandante, comandante-chefe, tanto faz, é tudo a mesma coisa.” Hebaron grunhiu e

enfiou a cabeça na tigela.
Riftan sentou-se entre eles e comeu sua porção de comida sem qualquer hesitação.
Quando a sopa quente entrou em sua garganta, parecia que seu corpo derreteu apesar do
vento frio. Eles devoraram a sopa como se fosse um banquete, embora ela fosse insípida e
mal temperada.
Enquanto saciava sua fome, seus ouvidos sensíveis captaram o leve toque de uma
campainha. Riftan levantou-se de seu assento e agarrou o punho de sua espada e os outros
cavaleiros também se levantaram de seus assentos.
“Droga, não podemos descansar nem por um segundo. Esta maldita montanha de pedra!”
Hebaron usou seu capacete e cuspiu todo tipo de palavrões.
Riftan ordenou que os homens se preparassem para a batalha e subiu nas costas de Talon sem
sequer montar uma sela, depois correu em direção ao som do sino.
No entanto, não foram monstros que emergiram das árvores, foram soldados vestidos com
roupas com o emblema do Royal Whedon. O alívio percorreu sua espinha e os soldados que o
viram gritaram.
“Encontramos as tropas da expedição de busca!”
Riftan passou por entre as árvores e olhou para as encostas.

Ao longo dos caminhos da montanha havia soldados enfileirados, carregando a bandeira

de Whedon. As tropas de abastecimento haviam chegado.
“Com a chegada deles, podemos respirar.” Eliot, que o seguia, exalou um longo suspiro.
Riftan assentiu e enfiou sua espada bastarda de volta na bainha. “Vá e pegue os suprimentos.”
Os soldados levantaram-se voluntariamente de seus restos mortais e foram ajudar a carregar

as cargas trazidas pelas tropas de abastecimento. A princesa Inês, que estava acompanhada pelo
exército real, cercou seu cavalo na direção deles, com seu manto verde escuro balançando
ao vento.
“Já faz muito tempo.” Ela olhou para os rostos dos cavaleiros e sorriu de alívio. “Todos parecem
bem, parece que não chegamos atrasados.”
“Foi mais tarde do que o esperado.” Riftan foi torturado sem rodeios ao desmontar do cavalo. “As
marcas que deixamos para levá-lo até nós foram apagadas enquanto você nos localizava?”
“Fomos contatados pelas tropas de exploração do leste enquanto estávamos no caminho, o que
nos atrasou, tivemos que investigar alguns assuntos.”
“Eles descobriram alguma coisa?”
A princesa reconheceu ter ouvido em resposta à pergunta de Gabel. “Acho que encontramos o
lugar onde está instalada a fórmula mágica que cria as barreiras que cercam as
Montanhas Lexos.”
Riftan estreitou os olhos com a explicação vaga. “O que você quer dizer com “você acha” que
encontrou?”
“Os Cavaleiros Sagrados de Osyria encontraram uma fórmula mágica que parece formar metade
das barreiras estabelecidas no leste. Depois que os bruxos de Alex inspecionaram a magia, eles
teorizaram que a outra metade da fórmula mágica é provavelmente
instalado em uma área exatamente simétrica. “Demorou mais do que eu esperava para
descobrir a localização deles e conhecer os Cavaleiros de Osyria.”
A princesa desmontou de seu cavalo marrom-avermelhado enquanto explicava

rapidamente, mas Riftan tinha um brilho cuidadoso nos olhos. Dois anos se passaram
desde que ele começou a vagar pelas Montanhas Lexos. Depois de ouvir que eles
finalmente poderiam ter uma chance de localizar o Dragon Lair, Riftan sentiu todo o
seu corpo ficar tenso. Assim que as barreiras fossem removidas, eles seriam capazes
de encontrar o Dragon Lair mais facilmente com a ajuda da magia de rastreamento
dos magos. Como se lesse a expressão sombria no rosto de Riftan, ela sorriu
levemente e falou.
“Vamos descansar e compartilhar os detalhes mais tarde. Nós somos todos
exausto de viajar até aqui.”
Riftan olhou para o rosto corado e encharcado de suor e se virou sem dizer uma
palavra. O céu de repente ficou com uma sombra roxa. Agnes e os magos instalaram
escudos para evitar que monstros se aproximassem de seu acampamento e depois
instruíram os soldados a montarem suas tendas. Os soldados também carregavam
constantemente barris, frutas secas, grandes pedaços de carne, farinha e manteiga
dos suprimentos. Os cantos dos lábios dos cavaleiros se ergueram: já fazia um tempo
que não viam tamanha abundância no fornecimento de alimentos.
“Já faz tanto tempo que não tomo uma bebida!” A voz rouca de Hebaron
ressoou alto.
Riftan tentou dizer-lhe para nem sonhar em beber álcool, mas fechou os lábios. O moral
das tropas havia caído no chão devido à sua peregrinação interminável e implacável,
sem saber quando perderiam suas vidas devido a um ataque repentino de monstros,
então uma pequena recompensa deveria de alguma forma aumentar o ânimo da
expedição. Riftan permitiu que eles festejassem com comida gordurosa e bebessem
álcool, mas os guardas de plantão não deveriam estar embriagados.
“Abstenha-se de beber até perder o juízo. Espero que ninguém perca tolamente a
vida porque está muito fora de si no caso de um ataque repentino.”
Apesar do aviso severo, os sorrisos nos rostos dos cavaleiros não desapareceram. Eles
mereceram a recompensa, pois nos últimos dois anos a expedição os fez levar uma vida
mais contida que a dos monges.
O simples gole de uma cerveja picante, pão com manteiga e carne gordurosa fazia com que se
sentissem como se tivessem alcançado o céu.
Riftan sentou-se amargamente perto do fogo. Naturalmente, a princesa Agnes sentou-se à sua
frente e perguntou sobre o andamento da expedição de busca. Ele encharcou os lábios
com vinho e deu-lhe uma resposta simples.
“Não encontramos nenhuma outra pista especial além do labirinto localizado no centro. De acordo
com a observação do nosso mago, parece que o dragão está usando magia para controlar monstros
sub-raciais. A área estava infestada de ogros, golens e está repleta de mortos-vivos.”
A princesa Agnes olhou para Ruth, que estava cutucando a fogueira em um canto, e fez um
comentário sarcástico. “Talvez o mago do senhor tenha perdido alguma coisa?
“Ele poderia ter descoberto algo mais se tivesse investigado mais a fundo aquele labirinto.”
“Você está sendo muito duro.” Hebaron veio com um enorme barril colocado sobre os ombros
e sentou-se em frente à fogueira. “O que sobraria se você não tivesse as habilidades mágicas do
seu mago?”
“Pelo menos eu teria uma figura esbelta, uma beleza esplêndida e uma inteligência afiada sobrando!”
O mago soltou um gemido audível. A princesa Agnes olhou para Ruth com olhos frios de desprezo e
sentou-se de costas para ele, fingindo que ele não existia.
Riftan fez uma pergunta enquanto pegava a taça que Hebaron lhe ofereceu.
“Onde está a localização da fórmula mágica que forma as barreiras?”
A princesa Agnes pegou um mapa e espalhou-o no chão. "Aqui.

“É mais provável que esteja localizado a meio caminho da montanha mais a oeste.”
“Teremos que voltar um pouco do caminho que percorremos.”
Riftan examinou o mapa, desenhando uma rota em sua cabeça para aproximar o tempo
da viagem. Eles levariam cerca de duas semanas para chegar a esse ponto.
“Assim que as barreiras forem completamente derrubadas, serão enviados reforços de

todo o continente. A Torre dos Magos também prometeu enviar um número generoso de
arquimagos. Eles colocarão barreiras mágicas ao redor das cadeias de montanhas
para evitar que o dragão escape.” A princesa apontou para várias partes do mapa com um
galho de árvore.
“Enquanto falamos agora, os magos da Torre dos Feiticeiros estão instalando fórmulas
mágicas em várias partes das cordilheiras para interromper o fluxo de mana, com a
intenção de enfraquecer os poderes mágicos de Secto. Os Sete Reinos estão formando
uma frente unida para tentar derrotar o dragão, aproveitando seus poderes
enfraquecidos. Como você sabe, a subespécie de dragão possui forte imunidade
mágica, o que os torna resistentes a qualquer ataque mágico.
Um dragão provavelmente seria cem vezes mais resistente à magia. Quando uma batalha
em grande escala começar para subjugar o dragão, os magos cairão para as fileiras da
retaguarda, enquanto os mestres da espada e os sumos sacerdotes que podem lançar
magia divina serão as forças principais. Os Cavaleiros Remdragon também estarão na
vanguarda.”
“Tenho me preparado para essa situação.” Riftan respondeu com compostura e bebeu a
cerveja de uma só vez. “Quantos reforços mais chegarão?”
“Cerca de mil e duzentas pessoas…”
“Apenas cerca de metade deles permanecerá quando chegarmos a Dragon Lair.”
O rosto da princesa ficou nublado com seu comentário cínico. Foram necessários
enormes fundos e mão de obra para apoiar a sua expedição de longo prazo, os monarcas
de cada reino também limitaram o envio de forças de elite e compensaram isso
enviando mercenários e criminosos. A maioria deles não conseguiu suportar o
extremidade da expedição e desertaram ou morreram em batalha por não terem

habilidades. Menos da metade da expedição tinha habilidades refinadas.
Embora Agnes soubesse disso bem, ela murmurou suas palavras como se quisesse
dar uma desculpa. “Os senhores também estão tendo dificuldade em impedir que
os monstros desçam as Montanhas Lexos. “A unidade de Whedon será abalada se
emitirmos um projeto de ordem ou cobrarmos mais impostos.”
“Todo o continente ocidental será condenado se não derrotarmos o dragão.”
A princesa não levantou mais objeções e fechou a boca. Riftan relaxou sua expressão
dura. O fato de a princesa, que era membro da Família Real, ter liderado sozinha um
exército em uma expedição, significava que a realeza de Whedon estava envidando
seus melhores esforços. O problema era que os senhores estavam ocupados transferindo
o fardo uns para os outros.
Riftan cerrou os dentes, lembrando-se do rosto astuto do duque de Croix.

Porém, sua raiva se dispersava rapidamente sempre que pensava nele, ao se lembrar
da mulher que inevitavelmente apareceria em sua mente junto com ele. Uma estranha
sensação de vazio ocuparia então o lugar de sua raiva.
Riftan suprimiu a vontade de perguntar se ela estava bem: tudo o que ouvi sobre ela
depois que ele partiu foi que ela não tinha filhos.
Se ele morresse em batalha, o fio fino que o ligava a ela seria quebrado durante a noite.
Então, ela esqueceria completamente o rosto dele em apenas alguns anos: ele seria
vagamente lembrado por ela como um homem monstruoso que lhe trouxera
experiências desagradáveis e dolorosas.
Riftan escondeu sua expressão amarga, limpando a cerveja dos lábios com as costas da
mão. Ele poderia dizer, apenas pela recusa dela em ir ao Castelo Calypse, o quão humilde
ela o via. Talvez ela até esperasse que ele nunca mais voltasse. Uma dor aguda tomou
conta dele, uma dor que ele estava acostumado a sentir agora.
“Chega de conversa sonhadora.” Hebaron interrompeu repentinamente a

conversa, sentando-se com as longas pernas musculosas esticadas à sua frente.
“Vamos descansar por um dia ou mais.
Discuta os reforços ou a subjugação do dragão enquanto estiver na estrada, não é? "Nós

ainda temos tempo."
“Você está falando sobre apenas tomar uma bebida ou ficar bêbado?”
Hebaron riu do comentário sarcástico feito a ele.
“É a primeira vez que degustamos cerveja em 9 meses. Não quero ouvir mais histórias
que se desviem do gosto de
álcool." Ele estremeceu e gritou por cima do ombro. “Ei, ninguém aqui sabe contar
histórias alegres? Deveria haver alguma diversão em uma festa com bebidas.
“Esta é uma expedição vital que determinará o destino do Continente Ocidental!

“Uma diversão…!”
Hebaron desconsiderou Uslin, que gritava veementemente, e apontou para um dos

cavaleiros aprendizes sentado ao redor da fogueira. “Harman, conte-lhes um pouco sobre
aquela época em que você viajou para o Sul, quando foi enganado por três prostitutas,
teve todo o dinheiro que tinha roubado e depois foi jogado nas ruas completamente
nu.”
“Senhor, você acabou de contar a história toda.” O cavaleiro preocupado murmurou,

como se a sugestão de Hebaron fosse absurda.
“É muito mais engraçado quando você conta. Pare de hesitar, você nunca saberá quando
terá outra chance de se gabar de suas experiências.”
Harman hesitou diante dos apelos de Hebaron, mas acabou se levantando. Riftan
acenou com a cabeça para ele com um suspiro depois que o jovem olhou para ele
como se estivesse pedindo permissão. Então, o rapaz de 20 anos, filho de
comerciante, começou a contar histórias e experiências exageradas que viveu em
viagens pelo mundo.
Riftan observou silenciosamente enquanto os soldados mergulhavam em suas histórias,

como se estivessem tentando esquecer os medos de suas mentes e a exaustão de seus
corpos. Assim como Hebaron disse, Harman era bom em contar histórias. Risos, zombarias
e vaias irromperam de todos os lugares enquanto ele contava a história de como lutou contra
uma centena de ladrões.
“Quem você está enganando?” Você não poderia nem ter lutado contra dois deles!”
“Basta ver e ouvir até o final da história. Estou lhe dizendo, centenas de pagãos do sul
gritaram o nome de Deus enquanto fugiam de mim porque eu os enganei com meu cérebro
superior.”
Os lábios de Riftan se contraíram em um canto: cem viraram centenas. Um dos cavaleiros

zombou de Harman. “As pessoas do Sul não acreditam em Deus; em vez disso, acreditam
que sempre que as pessoas morrem, elas se tornam deuses.”
“Eles acreditam que pessoas virtuosas reencarnam como deuses.” Harman corrigiu.
“As pessoas do Sul acreditam que os humanos reencarnam sempre que morrem. Você
pode nascer como rei ou mendigo, dependendo de como viveu sua vida anterior. Eles
também acreditam que aquelas pessoas que cometeram pecados terríveis renascem para
sofrer terrivelmente como gado.”
Outra rodada de jeans surgiu ao redor deles. No entanto, alguns dos homens pareciam
interessados nas suas declarações.
“Bem, se eu tivesse que basear isso nas crenças deles, eu nasceria como rei na minha
próxima vida.” Um dos cavaleiros falou sarcasticamente e palavrões surgiram de todos os
lugares.
“Vocês reencarnariam como burros!”
“Não, vocês renasceriam como porcos porque todos vocês devoraram comida como porcos.”
A princesa Agnes tinha uma expressão desconfortável no rosto enquanto ouvia silenciosamente
a conversa deles. “Acho que o assunto está ficando um pouco fora de controle.”
“É apenas uma conversa aleatória em uma bebedeira, o que há de errado nisso?”

Hebaron respondeu severamente.
Os lábios da princesa se separaram como se ela estivesse prestes a avisá-los, mas

suspirou profundamente e murmurou. “Por favor, seja mais cauteloso mais tarde, quando você
se juntar aos Cavaleiros Sagrados. Meras histórias como essa poderiam levar a interrogatórios.”
Hebaron bufou audivelmente. “Se você colocar seus soldados na frente do júri por causa de
alguma piada como essa, os Cavaleiros Sagrados serão ridicularizados.”
"Mas ainda…."
“Você não precisa levar tudo tão a sério. “Todo mundo está apenas dizendo essas coisas para
se livrar do medo de enfrentar a morte.” Ruth, que estava desmontando o pão em silêncio, falou.
A princesa lançou-lhe um olhar furioso e depois tomou um gole de vinho, respondendo com
uma expressão tímida. "Tudo bem então. “Faça o que quiser.”
A princesa concordou e gentilmente virou a cabeça.
Os soldados começaram a falar com entusiasmo sobre como nasceriam na próxima vida. Riftan
observou-os rir e conversar pela primeira vez em meses e pensou que, talvez, momentos como
esses nunca mais aconteceriam.
“E você comandante, o que você quer ser na sua próxima vida?”
Hebaron, que parecia ter uma boa quantidade de álcool no organismo, abandonou os títulos
honoríficos e perguntou-lhe exatamente como ele havia falado com ele no passado.
As sobrancelhas de Riftan se juntaram. Ele não queria jogar água fria na conversa acalorada,
mas não conseguia pensar em nada que quisesse ser.
Apesar de se sentir inferior por ter nascido mestiço e ilegítimo, isso não significava que ele
queria se tornar um nobre puro, já que tinha um profundo desprezo pelos nobres. Ele não
achava que queria ser outra pessoa além de quem ele era agora. Talvez ele estivesse
cansado de
estar vivo. Riftan olhou para as chamas da fogueira com olhos distantes. Naquele
momento, palavras absurdas escaparam de sua boca.
"…cabelo."
"That?" Hebaron começou a rir como se o que ele disse fosse completamente ridículo.
"Comandante, você está bêbado?"
Riftan aproximou a xícara dos lábios e riu amargamente.
"Provavelmente…"
***
A expedição seguiu para nordeste sob a direção da Princesa Inês. A respiração de

Riftan saiu branca enquanto ele conduzia cautelosamente seu cavalo para escalar as rochas
congeladas. Menos monstros viviam nas altitudes mais elevadas das montanhas,
mas as estradas tornaram-se exponencialmente mais difíceis e íngremes. Além
disso, a temperatura caiu abaixo de zero, o que piorou a situação.
“A mana nesta área está concentrada em um lado.” Enquanto fazia uma pausa
momentânea, Ruth estava examinando a área e então falou entre os dentes que
batiam. “Não consegui detectar um único mana de fogo nesta área. Parece que algo está
absorvendo todo o calor.”
Agnes tinha uma expressão séria no rosto enquanto olhava para o chão branco e congelado
e estendia uma das palmas das mãos. Ela produziu uma bola de fogo ardente do tamanho
de uma abóbora, mas as chamas foram extintas instantaneamente, como uma vela acesa
contra um vento forte. A princesa apertou os lábios, tentando acender o fogo por várias
tentativas, mas falhou todas as vezes.
“Como se aquela pessoa dissesse algo, parece estar sugando todo o mana do fogo.
“Parece que há um dispositivo mágico especial instalado para absorvê-lo por toda esta
montanha.”
“…significa que encontramos o caminho certo.”

A princesa concordou com a cabeça. “Talvez a mana do fogo esteja sendo

consumida para fortalecer as barreiras.” Ela acariciou o queixo com uma
expressão pensativa e incluiu. “Ou o dragão pode estar consumindo todo o mana desta
área para restaurar seus poderes mágicos. De qualquer forma, deve haver uma pista
escondida em algum lugar desta montanha que nos levará ao Covil do Dragão.”
Riftan olhou atentamente para o céu. Nuvens pairavam na direção norte,

ganhando uma carranca dele. Era impossível escalar os Alpes junto com um exército
de 800 pessoas. Ele olhou para as dezenas de carroças e cavalos cansados e declarou
sua decisão.
“Deste caminho em diante, seremos apenas eu, Ruth e 30
membros de elite dos cavaleiros que deveriam continuar. O resto de vocês deve esperar
aqui.”
"Espere um minuto! Por que você está me excluindo?
Riftan respondeu duramente à pergunta da princesa. “Sua magia é inútil neste lugar.
“Não tenho intenção de carregar uma carga extra.”
A princesa levantou a cabeça como se estivesse furiosa, mas logo reconheceu sua
cabeça, sua expressão se transformando em aborrecimento, como se ela entendesse
que ele tinha razão. Ela mesma sabia que só seria um fardo se não conseguisse lançar
sua magia.
Riftan imediatamente escolheu 30 cavaleiros de elite que o acompanhariam,

incluindo Hebaron, e rapidamente formou um grupo para procurar nas montanhas.
Eles pegaram alguns equipamentos e começaram a subir a montanha rochosa e
irregular. Ruth ficava para trás e atrasava a caminhada, mas não havia como eles
seguirem em frente sem trazer um bruxo, eles não podiam deixá-lo.
“Quanto falta até chegarmos ao ponto que a princesa nos disse para irmos?”
Gabel questionou e Riftan olhou para o céu, tentando estimar a distância que teriam que
percorrer.
“Poderemos alcançá-lo ao pôr do sol se nos movermos sem descansar.”
“Espero que não morramos congelados até lá.”
Ruth agarrou seu manto feito de pele de lobo firmemente em volta dele e cuspiu.
Riftan olhou para ele, franzindo as sobrancelhas ao ver os lábios de Ruth ficando azuis.
O mago parecia ser capaz de resistir ao frio quando eles eram mercenários e permaneceram no
norte, então ele pensou que não encontraria nenhum problema desta vez, mas não parecia ser o
caso. Ruth pegou sua pedra de mana de fogo e esfregou-a nas palmas das mãos, mas a pedra foi
drenada de toda a sua mana, então ele xingou e jogou-a fora com severidade.
'' Pare de ser tolo e se apresse. A energia de mana retornará ao normal assim que a fórmula
mágica que cria a barreira for destruída.”
Os cavaleiros olharam preocupados para Ruth e começaram a avançar novamente.

À medida que avançavam, as encostas tornavam-se menos íngremes e um campo de
neve brilhante se espalhava à sua frente. Riftan pisou na neve, tomando cuidado para não
escorregar. Naquele momento, algo voou sobre sua cabeça. Seus reflexos instintivos o fizeram
sacar a espada e rolar no chão. A terra tremeu de repente como se houvesse um terremoto e
então houve uma sombra escura que pairou sobre suas cabeças. Riftan se posicionou pronto
para a batalha. Um gigante prateado feito de gelo erguia-se sobre as rochas. Ele gritou para os
cavaleiros.
“É um golem! “Todos, evitem!”
O gigante estendeu o braço pesado na direção deles e varreu o campo de neve com um golpe forte.
Os cavaleiros se espalharam, correndo em todas as direções para evitar o ataque.
Riftan ficou perto, escondendo-se atrás de uma pedra e rapidamente jogou um

prenda-se no antebraço do golem. O gigante congelado cambaleou, inclinando-se para o

lado. Os cavaleiros não perderam a oportunidade e lançaram todos os ganchos e
correntes de uma só vez. O gigante tinha cerca de 30 kvet de altura (cerca de 9 metros) e
era uma marionete controlada por magia. Foi instantaneamente envolto em correntes de
aço reforçadas por escamas de meio-dragões.
Riftan não demorou e subiu no corpo do gigante, depois ergueu a espada. A lâmina
que tinha um brilho azulado penetrou profundamente na cabeça do golem. Então, uma
luz branca ofuscante irrompeu de seu enorme corpo feito de gelo.
Riftan não teve chance de evitá-lo. O corpo do golem explodiu e quebrou como vidro.
Riftan rolou contra a neve, protegendo a cabeça e esquivando-se do gelo quebrado. Ele
estava em choque profundo, a tal ponto que todos os seus sentidos desapareceram por um
momento. Ele não tinha ideia de onde estava quando respirou fundo e se levantou
lentamente. À medida que sua visão escurecida retornava gradualmente, uma
paisagem nevada coberta por uma espessa neblina apareceu diante dele. Os
cavaleiros não estavam em lugar nenhum.
“Hébarão! Rute!” Riftan gritou, mas sua voz ecoou vaziamente pelos campos nevados.
As sobrancelhas de Riftan franziram.
Existe algum tipo de magia causando isso? Mesmo se ele fosse pego pela explosão,
ele não teria se afastado tão longe. Riftan examinou os arredores e depois procurou
sinalizadores em sua armadura. No entanto, não importa quantas vezes ele tentou acertar
uma pederneira, nenhuma faísca foi emitida. Eventualmente, ele desistiu de procurar os
outros e começou a caminhar pelo campo de neve. Seria mais rápido ganhar a distância
perdida do que esperar que Ruth o encontrasse.
Ele olhou para o céu densamente nublado e subiu a colina para encontrar a direção
certa, mas para piorar a situação, a neve caiu forte e o vento soprava forte de todas as
direções. Riftan murmurou palavrões, procurando um lugar para se abrigar. Ele viu uma
rocha nebulosa não muito longe dali. Presumi que poderia haver uma caverna, então
ele imediatamente se dirigiu
em direção a. Como ele havia previsto, havia rachaduras entre as rochas.
Ele soltou um suspiro de alívio e entrou. Naquele momento, um arrepio estranho

percorreu todo o seu corpo. Os olhos de Riftan perfuraram a escuridão, sua
expressão se transformando em perplexidade: uma mulher de cabelos escuros
estava pendurada no teto da caverna. Um laço estava enrolado em seu pescoço
esguio e as partes de seu rosto expostas através de seus cabelos desgrenhados
e crespos estavam manchadas com lágrimas feitas de sangue.
Riftan cambaleou e caiu de costas. Era o rosto que ele vira milhares de vezes
em seus pesadelos. Ele imediatamente saiu correndo da caverna, sentindo um peso
nas costas enquanto corria pela neve como se estivesse sendo perseguido por
espíritos malignos. Então, uma mão fria e úmida envolveu seu pescoço e cabelos
escuros encharcados de suor estranhamente agarrados à sua nuca.
Ele lentamente virou a cabeça para olhar. Em seu ombro estava o rosto de
uma mulher, pálido e azulado. Ele estremeceu, jogando o corpo da mulher no chão.
Então, o cadáver se despedaçou e se transformou em um pó branco. Riftan
soluçou duramente.
…é magia de alucinação. Uma vaga trilha de pensamentos percorreu sua

mente paralisada. Ele limpou o rosto com as mãos trêmulas, lutando para
recuperar a compostura.
Tudo aqui é apenas uma ilusão. Tudo isso foi projetado apenas para distrair
nossas mentes.
Ele caminhou novamente pelo campo de neve, repetindo desesperadamente

essas palavras em sua cabeça. No entanto, ele não sabia mais em que direção
estava indo. O vento soprou mais forte, envolvendo os arredores em uma névoa nebulosa.
Riftan olhou fixamente para o mundo pálido, completamente desorientado. Ele não
conseguia nem pensar em mais o que fazer para seguir em frente.
Não fiz tudo que pude? Não lutei o suficiente?
Ele caiu, incapaz de superar a exaustão que pesava sobre seus ombros como uma
pedra de metal.
Os flocos de neve esvoaçantes grudaram-se em seu rosto friamente e o frio penetrou

de sua pele até seus ossos marrons, congelando.
É assim que morro em vão? Ele pensou atordoado, então viu um brilho vermelho que
flutuava através da neve pesada que caía e ele piscou lentamente. A névoa então se
dissipou; uma mulher estava no campo de neve. Seu cabelo balançava como uma chama
contra o vento e seu rosto branco brilhava com a luz que vinha de trás dela. Riftan sentiu
algo batendo em seu peito, arrancando um gemido de seus lábios. Todo o seu corpo
tremia de frustração, tristeza e resignação.
Sempre foi ela, todo esse tempo. Se você procurasse profundamente nos cantos do coração
dele, era ela quem estava lá o tempo todo. Ele se perguntou por que só ela conseguia fazer
seu coração sentir tanta dor. Por que aquela dor era como um espinho preso que não
desaparecia? Parecia que seu coração estava desmoronando.
Ela se aproximou dele lentamente e então estendeu a palma branca e macia para tocar sua
bochecha gelada. Ele olhou com tristeza para o sorriso nos lábios dela. O cabelo dela que
esvoaçava contra o vento fazia cócegas em seu rosto como uma fantasia e ele lambeu os
lábios rachados.
Se eu reencarnasse, quero me tornar seu cabelo. Se ao menos eu pudesse me balançar

em suas costas, tocar suas bochechas de vez em quando quando o vento sopra, talvez
até mesmo seus lábios, então eu estaria...
Olhando para seu sorriso gentil, Riftan fechou os olhos.
***
"Você recuperou a consciência?"
Riftan massageou a testa latejante e semicerrou os olhos. À medida que sua visão se tornava
gradualmente mais clara, o rosto pálido e exausto de Ruth encontrou seus olhos.
Ele virou a cabeça e viu uma fogueira quente acesa, então perguntou a Ruth.
“…Você destruiu a barreira?” Ruth concordou lentamente.

“Havia uma fórmula mágica escondida no torso do golem. “Normalmente não é tão difícil de
desmontar.”
Riftan sentou-se e verificou cada cavaleiro com os olhos. Felizmente, todos pareciam estar ilesos.
Ruth ofereceu-lhe um vinho quente e continuou a falar com orgulho.
“Poderia ter sido um desastre. Parecia que a alucinação mágica iria funcionar assim que o corpo
do golem
foi destruído. Se não fosse por mim, todos teriam morrido congelados devido às alucinações.”
Riftan pegou sua espada e varreu o cabelo que estava preso em seus olhos. Ruth, que havia
colocado uma capa grossa sobre seus ombros, derrubou o muro de terra que ele havia feito
como escudo contra o vento e escalou o campo coberto de neve. A luz do amanhecer perfurou
seus olhos.
Suas sobrancelhas franziram diante da luz pálida e fria. Na encosta da colina branca havia
fragmentos de gelo espalhados como diamantes cintilantes: os restos do corpo do golem.
“…Agora, a batalha final não está longe.”
Hebaron murmurou para si mesmo enquanto se aproximava silenciosamente do seu lado.

Riftan examinou o campo de neve prateado com os olhos, como se estivesse
procurando por alguma coisa. Hebaron colocou a palma da mão grossa em seu ombro e sorriu.
“Vamos voltar para onde a expedição está reunida, comandante. “Precisamos nos apressar
para derrotar o dragão e voltar para casa.”
"…lar." Riftan murmurou baixinho, ecoando a palavra.
Hebaron se aproximou dos cavaleiros e os instruiu a se prepararem para descer da

montanha e Riftan olhou novamente para o campo coberto de neve. Ao passar por cima dela,
o formato de suas pegadas estava claramente
capturado. Então, enquanto olhava para aquelas pegadas, ele de repente

percebeu que estava segurando algo com força na mão esquerda e esticou
os dedos para ver o que era.
A princípio, ele não conseguiu discernir o que era. Só mais tarde ele percebeu que
era a coroa de ferro surrada que ele nunca pudera dar a ela quando eram crianças.
Então, a coroa se desfez em pó branco. Riftan olhou para ele de forma indistinta
e depois espalhou os restos daquela alucinação pelo campo de neve, despedindo-
se das fantasias que ele acalentou por muito tempo em seu coração.
Não vou mais vagar em minhas fantasias. Essa mulher não existe em fantasias,
ela só existe na vida real.
Algo parecia queimar em seu peito. Lambi seus lábios frios e toquei-os. O beijo
gelado que compartilharam nas alucinações parecia permanecer. Agora era hora de
parar de usar fantasias falsas como conforto. Lembrei-me do beijo que
compartilhei com ela, manchado de lágrimas e suor. Na realidade, ela era tão
incrivelmente doce e calorosa que pateticamente perfurou sua língua.
Não há mais necessidade de fantasias. Se eu sobreviver a essa batalha, desta vez

conhecerei você de verdade. Mesmo que demore para meu coração ficar
despedaçado...
Os flocos de neve se espalharam na súbita rajada de vento. Então, Riftan, que

contemplava a paisagem solitária, deu um passo em direção aos cavaleiros
que o esperavam.
Um dia de primavera no Castelo Calypse.
Gabel bagunçou o cabelo com uma das mãos enquanto estava sentado na sala
de conferências dos aposentos dos cavaleiros, separando cartas dos informantes.
Quando Uslin Rikaido partiu para Livadon com alguns membros dos cavaleiros, o
trabalho foi naturalmente dividido entre os cavaleiros que ficaram para trás.
Ele assumiu o trabalho de Elliot Caron sem pensar muito nele, mas depois percebeu que
estava em apuros.
Surpreendeu-o como Elliot administrou uma carga de trabalho tão esmagadora e não ouviu uma
única reclamação dele.
Elliot estava encarregado de supervisionar as armas armazenadas nos armazéns, enquanto

organizava e decodificava documentos criptográficos vindos de todas as partes do reino. Ele
também acompanhava o progresso das habilidades dos cavaleiros de tempos em tempos. Gabel
gemeu ao ouvir um som de dor enquanto olhava para os códigos rabiscados de forma tão
grosseira que eram irreconhecíveis. Quando era o segundo melhor cavaleiro de Lorde Triden,
ele aprendeu códigos militares e matemática, mas não era um aluno muito diligente.
Enquanto tentava decifrar uma carta vinda do norte, Gabel finalmente murmurou
palavrões e jogou sua pena em frustração. Ele leu patches o dia todo e sua cabeça já estava
doendo. Se ele soubesse que isso iria acontecer, ele teria se juntado à expedição por todos
significa.
Eu sou um cavaleiro, não um estudioso. Ele resmungou enquanto saía da cadeira e abria
a janela. Sem perceber, o tempo ficou visivelmente mais quente. Talvez o clima de Livadon fosse
muito mais quente que o de Anatol.
Enquanto os rostos de seus companheiros cavaleiros marchando sob o calor escaldante em
armaduras pesadas passavam por sua mente, seu descontentamento inflado diminuiu e a ansiedade
assumiu o controle.
Não é que ele não confiasse nas habilidades de seus companheiros cavaleiros, mas não havia
como saber em uma guerra, um erro poderia explodir a cabeça de alguém. Já testemunhei
inúmeras situações
com seus colegas cavaleiros seniores, compartilhando situações obscuras de vida ou morte.
Além do mais, com base nos relatórios recebidos dos informantes, não parecia provável que a
guerra terminasse num futuro próximo. Havia a possibilidade de Whedon solicitar reforços
adicionais.
Ele mudou seu olhar para o extremo norte, sua expressão ficando séria. Naquele
momento, ouvi uma batida na porta. Gabel exclamou por cima do ombro.
"Entrar."
“Perdoe-me pela intrusão.”
Quando a porta se abriu, revelou Kyle Hager, um dos cavaleiros aprendizes de

Hebaron Nirta. Gabel soltou um suspiro ao ver sua expressão taciturna, captando
uma ideia do que havia acontecido.
“Lorde Nirta desapareceu de novo?”
“Não o vejo desde o treino desta manhã.” Kyle encolheu os ombros e suspirou em
lamentação. “Está marcado para hoje um treinamento para os guardas gerais.
Há 300 guardas esperando no campo de treinamento, mas não conseguimos
encontrar ninguém que estivesse conduzindo o treinamento…”
“Não há mais ninguém que possa me substituir?”
“Sir Calypse saiu do castelo para trabalhar no canteiro de obras, o resto dos cavaleiros
seniores também saiu para patrulhar as muralhas. Sir Laxion não pode assumir isso?”
Gabel olhou para a pilha de remendos em sua mesa. Ele estava um pouco exausto,
mas não podia negligenciar seus deveres.
Ele balançou sua cabeça.
“Tenho um relatório importante que devo entregar ao comandante esta noite.

Basta pedir a Brimann para assumir por enquanto. “Ele provavelmente estará na torre
de vigia.”
“Sir Jacque Brimann?” Kyle questionou seu tom um pouco confuso, duvidando se não
havia problema em entregar um treinamento estratégico a um cavaleiro que acabara
de ser nomeado.
“Sir Brimann ainda não tem experiência na condução de nenhum treinamento. Tudo bem?”
“Isso servirá como uma boa experiência. Apenas diga a Brimann que eu ordenei que ele
fizesse isso.”
"…Como quiser." Kyle relutantemente e se virou.
Gabel sentiu pena de ver seus ombros caídos e o chamou. “Eu irei para o Salão Principal
daqui a pouco. Se eu encontrar Hebaron por acaso no grande salão, direi a ele para ir para
o campo de treinamento imediatamente.”
“Por favor, faça isso, isso me fará um grande favor.” Kyle disse de forma suplicante, agarrou
a maçaneta e se virou. “Vai ser difícil se ele continuar fazendo isso enquanto Sir Rikaido
não estiver por perto.”
Quando o aprendiz saiu, Gabel sentou-se em frente à mesa e começou a organizar

os remendos. Todos eles continham apenas más notícias. Ele estalou a língua, tirou um
novo rolo de remendo para escrever um relatório e
levantou. Saindo da sala de conferências, ele viu Jacque em pé no pódio, pronunciando

palavras e instruções sem sentido que eram difíceis de entender.
Ele estalou a língua novamente e foi direto para o Salão Principal. Ao subir as escadas
depois de atravessar os jardins espaçosos, viu criados ocupados carregando cargas para o
corredor. Gabel estava prestes a passar por eles sem pensar quando de repente encontrou
Maximillian parado na entrada da cozinha gravando algo e parou no meio do caminho.
Antes que ele percebesse, um sorriso se espalhou em seus lábios. Ela estava contando os
barris empilhados ao lado com os olhos focados. Vendo que ela estava
inconscientemente puxando e mexendo no cabelo, ele percebeu que algo não
estava acertando.
Gabel engoliu uma risada que subia pela garganta. Ela costumava fazer isso com o próprio
cabelo, mas não sabia o motivo pelo qual seu cabelo estava sempre emaranhado.
sempre que ela se olhava no espelho. Ele limpou a garganta suavemente e depois
cumprimentou-a alegremente.
“Saudações, senhora. O tempo de hoje está muito bom, não é?
“Saudações, Sir Laxion…”
Os ombros dela se encolheram de surpresa, mas logo ela lhe deu um sorriso tímido.
Gabel conversou com ela de maneira amigável e olhou atentamente para seu vestido de seda
azul.
“Seu vestido combina muito bem com você. “Você vai para a enfermaria hoje?”
“Hoje é o dia em que… os suprimentos de comida chegam.” Tenho que ter certeza de que
as mercadorias serão entregues de acordo…”
Ela lhe mostrou o livro de contas que segurava em uma das mãos quando uma súbita
expressão de preocupação escureceu seu rosto.
“Alguém… se machucou ou se machucou? Quem precisa receber tratamento…?”
"Não, senhora, só estava perguntando por curiosidade, já que você tem ido à enfermaria nos
últimos dias."
Um leve sorriso dançou em seus lábios. “Tenho muito trabalho a fazer na enfermaria.
Não tenho ideia de como Ruth conseguiu fazer todo o trabalho sozinho antes. Um dia
simplesmente passa… quando você está fazendo medicamentos fitoterápicos.”
Gabel sorriu ao ver o brilho de orgulho em seu rosto. Isso o lembrou da vez em que ela lutou
de frente contra o comandante para reivindicar seu lugar como curandeira do castelo. A
visão do homem mais forte do mundo, Riftan Calypse, perdendo para uma nobre senhora
de aparência frade, foi verdadeiramente inesquecível.
Ele engoliu o sorriso que começou a surgir em seus lábios e tentou manter uma expressão
gentil. “Podemos estar colocando muita pressão sobre a senhora.”
“Eu... estou feliz em poder ajudar.” Ela respondeu sem jeito, suas bochechas ficando vermelhas.
Eu a admirei e fiquei orgulhoso dela por ele quase ter dado um tapinha na cabeça dela.
Gabel cruzou os braços para esconder sua vacilação
dedos. Parecia estranho, ele nunca pensou que se sentiria tão confortável com a filha do duque
de Croix. Ele deu um passo para trás, sentindo-se um pouco em conflito.
"Obrigado por suas palavras. Pois bem, devo fazer minha leitura...”
“Senhora, até verifiquei o armazém, mas os barris ainda não são suficientes para
totalizar a quantidade correta.”
Quando ele estava prestes a se despedir, um servo correu até ela e exclamou. Sua
atenção foi rapidamente atraída para o servo. Depois de fazer algumas perguntas ao servo,
ela lançou um olhar severo para o homem que parecia ser um comerciante.”
“Tenho quase certeza… a mercadoria deve ter sido entregue por engano.
Faltam quatro barris.”
“I-isso não pode ser. Contamos várias vezes enquanto carregávamos as mercadorias.
Alguém deve ter roubado alguma coisa enquanto…”
O comerciante rebateu com uma expressão furiosa, mas viu os olhos dos servos olhando para
ele e rapidamente fechou a boca. Então, ele falou novamente em um tom um pouco mais
respeitoso.
“O mordomo já verificou os números antes e eles foram correspondidos. “Deve estar em

algum lugar do castelo.”
“Os números devem ter errado na... primeira vez que foram contados.
Já mandamos verificar o armazém cinco vezes. Os barris não poderiam ter subitamente...
e-evaporado do nada.
Ela parecia bastante feroz em sua resposta. Uma expressão distinta de decepção estava
estampada no rosto do comerciante.
Gabel estava parado de braços cruzados observando-os brigar, então decidiu que não era sua
função intervir, então se virou. Um pensamento repentino passou por sua mente e suas
costas enrijeceram. Ele olhou através dos barris com um olhar desconfiado.
Um pardal pode simplesmente sair e passar por um moinho? (T/N: É uma expressão coreana
que basicamente diz que em uma fábrica há muita comida e um pardal não pode
simplesmente passar por ela sem conseguir comida para seu próprio interesse.)
Ele olhou distantemente para o teto e então, com um gemido doloroso, se interpôs entre o
comerciante e Lady Calypse.
“Será que Sir Nirta passou pelo Salão Principal esta tarde?”
Os olhos de Max se voltaram para ele com uma nova luz, depois voltaram seu olhar para os
criados. Enquanto trocavam olhares, um dos criados abriu a boca com cautela.
“Passei no salão por volta da hora do almoço. Depois de fazer uma refeição leve na cozinha,
ele subiu para o segundo andar…”
“A que horas os suprimentos de comida chegaram ao corredor?”
O criado percebeu a intenção de suas suspeitas e respondeu hesitante.

“Na hora do almoço...”
Gabel suspirou e perguntou às empregadas. “Para onde aquele cara foi?”
“Ele entrou no maior quarto de hóspedes do segundo andar.”
Gabel subiu direto as escadas, Maximillian Calypse seguiu atrás dele, assim como o comerciante
e alguns servos que ajudaram a carregar as mercadorias.
Pensou em salvar a dignidade dos cavaleiros e afastá-los, mas vendo a determinação do

comerciante em saber toda a história, desistiu.
Item. Ele amaldiçoou interiormente sobre aquele cara que agiu como se fosse seu inimigo
enquanto subia as escadas e abria a porta imediatamente.
Como presumi, Hebaron estava tendo uma grande bebedeira. Gabel rangeu os dentes
quando viu um barril rolando no chão.
Hebaron estava sentado casualmente em frente a uma mesa e bebia, então acenou
para eles, sem mostrar nenhum sinal de vergonha ou choque.
"Ei, você veio como um fantasma."
Gabel ergueu a voz para ele, surpreso. “O que você tem feito em plena luz do dia?
Você se esqueceu do treinamento de hoje para os guardas?”
"Ah, certo."
Os dentes de Gabel cerraram com mais força com sua resposta casual. “O que você quer
dizer com 'Ah, certo!'? Há muito trabalho a ser feito, mas um certo cara chamado
vice-comandante…”
“Nossa, você agora está desempenhando o papel de ser uma tarefa simples quando Rikaido
não está por perto?” Hebaron bufou audivelmente.
“Pare de ser tão barulhento e insensato, isso não combina com você.
Venha aqui, sente-se. O sabor desta bebida é simplesmente…”
“Que palavras descuidadas para dizer em uma situação como esta…!”
“Eh.”
Gabel fechou a boca ao som da tosse intrusiva.
Parado junto à porta estava o comerciante, olhando para os quatro barris de bebida no
chão. Ele lançou um olhar sem graça para Maximillian Calypse.
“Acho que isso acabaria com a verificação do número das mercadorias.”

“Ah... sim. Tudo o que encomendei... parece estar no lugar certo.
Lady Calypse, que estava fora de si, rabiscou sua assinatura no adesivo que continha a lista
de suas ordens, como se tivesse sido trazida de volta à realidade.
Suas bochechas estavam vermelhas de vergonha com o questionamento severo.
“Peço desculpas pelo mal-entendido. Rodrigo… por favor, pague uma boa indenização…
para quem trouxe a mercadoria.”
“Como desejar, senhora.”
O comerciante aceitou o pergaminho assinado e segurou-o em seus braços, sua expressão

parecia que ele estava tentando
segure seu descontentamento. "Sem danos causados. “Estou ansioso pela nossa
próxima transação.”
“C-claro. Espero que a próxima transação… seja mais tranquila.”
Quando o comerciante pegou a bolsa contendo a compensação e saiu, Lady Calypse

rapidamente dispensou os criados e fechou a porta atrás de si, como se quisesse esconder
sua vergonha. Ela atirou em Hebaron com um olhar ressentido. Ele estava tomando
vinho sem pressa, independentemente da comoção que havia causado. Lady Calypse,
que estava olhando para ele com uma expressão questionadora, imediatamente
levantou a voz.
“C-como você pode pegar algo tão deliberadamente… quando o número das mercadorias
encomendadas ainda não foi verificado! Eu pedi aqueles vinhos… caso cheguem
convidados importantes…
bebendo tudo sozinho assim…!”
“Eu não sabia que minha senhora poderia dizer algo tão decepcionante.” Hebaron largou
sua taça de vinho e fez uma expressão triste. “O que você está dizendo é que não sou uma
pessoa preciosa o suficiente para merecer um vinho tão bom.”
“Eu não quis dizer isso... este vinho... eu estava guardando-o para servir quando
os convidados chegassem de lugares distantes... eu sinceramente pedi este bom
vinho para esse tipo de ocasião. Paguei 6 denários por barril.”
Hebaron arregalou os olhos como se estivesse chocado com o preço, depois voltou a
ter uma expressão sombria. “Na verdade, é um desperdício essa bebida só entrar
na minha boca. Como ouso beber um vinho que custa seis denários o barril!
“É-é por isso que… o que estou dizendo é…”
“Aaaah! A culpa é minha pensar que a senhora terá o maior prazer em me tratar bem!
Que coisa presunçosa para mim pensar! “Um cara como eu só merece cerveja
barata!”
Hebaron chorou amargamente. Gabel ficou pasmo com o truque claro que ele
estava tentando fazer. No entanto, Maximillian não sabia do truque hilário e
ridículo.
“Isso não foi realmente o que eu quis dizer. Da última vez... os convidados que
recebemos eram da casa real... Acontece que ouvi dizer que o vinho não era do
agrado deles... então pedi...”
“Entendi!” Hebaron gorjeou.
Ela o interrompeu com urgência. “Já que você entende agora... por favor... não
seja assim. Se Sir Nirta gosta…
então isso me traz alegria também. P-por favor... não hesite... em comer tanto quanto
você quiser.”
“Você está dizendo palavras tão generosas… Na verdade, Lady Calypse é uma
pessoa tão gentil.” Hebaron olhou para ela com uma expressão levemente emocionada
e então naturalmente serviu-se de outra taça de vinho. “Por favor, a senhora deve
sentar-se também. Eu estava ficando sozinho porque estava bebendo sozinho.
Gabel, não fique aí parado e sentado aqui.”
“Jacque Brimann está atualmente assumindo seu cargo e liderando o treinamento.

Você não tem planos de ir ao campo de treinamento e supervisioná-lo?”
“Chegou a hora de ele começar a construir sua experiência
na realização de treinamentos. "Ele vai ficar bem."
Abri um novo barril, sem demonstrar nenhum pingo de culpa.
Os olhos de Maximillian ficaram mais sombrios enquanto o observava.
Hebaron apenas fingiu não notar e os incentivou casualmente.
“Agora, coma e sente-se. Nunca bebi um vinho tão bom em toda a minha vida. Minha senhora
também deve provar.
“E-eu estou... bem. Eu tenho trabalho para fazer...”
“A senhora trabalha demais. Você também tem que relaxar às vezes.”
Ele puxou uma cadeira e colocou-a ao lado dele, piscando como se quisesse incentivá-la a se
sentar. Ela olhou para o vidro e para a porta com uma expressão tímida e depois para ele. Vendo
sua expressão ansiosa, ela pareceu se lembrar do incidente em que se embebedou no
jantar do outono passado, deixando o comandante chateado.
Gabel estremeceu ao se lembrar daquele dia. Hebaron Nirta tinha que ser louco para
sequer pensar em dar uma bebida à senhora, mesmo depois de ser tratado tão duramente
pelo comandante. Ele sentou-se à mesa rapidamente e evitou suas intenções.
"Pare de incomodar a senhora, vou beber com você."
"Você está me perturbando! “Eu só queria que a senhora provasse este bom vinho!”
Os olhos de Gabel se arregalaram, imaginando se o homem já estava bêbado. Não era irracional
para ele chegar a esse estado
pois ele já havia esvaziado um barril inteiro sozinho. Ele balançou a cabeça
fracamente.
“Não beba muito. Se o comandante descobrir isso, você não conseguirá nem levantar
seus próprios ossos!”
“O comandante é muito duro. Não é grande coisa ficar bêbado, mas ele faz barulho com
isso. Se eu fosse você, já teria sufocado com as restrições dele.”
Resmunguei enquanto servi vinho em uma taça. Gabel sentiu água na boca com o perfume
suave e perfumado do vinho. Parecia uma bebida muito boa. Ele torceu o nariz enquanto
fingia estar relutante quando Hebaron lhe ofereceu um copo. Naquele momento, ouvi
uma voz surpreendentemente fria.
“Ri-Riftan simplesmente… tem um forte senso de responsabilidade.”
Gabel foi levado de volta ao modo como ela conseguia falar em um tom tão frio. Então,
ela falou novamente em tom severo, como se quisesse defender o marido. “É que ele não
gosta…
“ficar bêbado como todo mundo.”
Hébaron bufou. “Não é que o comandante não goste de estar bêbado, é porque não
pode. Ele pode beber a noite toda, mas não ficar bêbado. Teve uma vez que tivemos
uma festa com a princesa Agnes e o fizemos beber cinco barris de cerveja para
embebedá-lo, mas sua aparência não mudou nem um pouco. “Ele não é diferente de
um monstro.”
Gabel olhou para ela enquanto segurava o copo perto dos lábios.
O rosto de Maximillian Calypse ficou visivelmente rígido. Ela perguntou com uma voz
que pretendia ser indiferente.
“Você bebia muito… com os príncipes A-Agnes?”

"Claro. Isso é natural para quem já fez longas expedições conosco. A princesa gosta
de sair o tempo todo, nunca perdendo festas com bebidas. É incrível testemunhar a
quantidade de bebida alcoólica que pode entrar naquele corpo pequeno dela. “Sua
Alteza Real e o comandante sempre duram mais.”
Hebaron contou a história alegremente. Gabel percebeu que ele estava fazendo
isso para empurrar Maximillian Calypse e chutou a perna por baixo da mesa. A
senhora não disse uma palavra, depois olhou para o barril de bebida e logo caminhou
em direção à mesa. Ela sentou-se na cadeira e ergueu o queixo teimosamente.
"Eu também posso beber tanto."
"Oh sério?"
Hebaron perguntou provocativamente. Gabel chutou-o na canela mais uma vez, mas
Hebaron nem sequer piscou. Era como se ele estivesse tão bêbado que ficasse tão
estúpido quanto uma pedra para sentir a dor. Ele riu e entregou-lhe uma taça cheia de
vinho.
“Vamos testar?”
“Senhor Nirta, tema as consequências…”
“Agora, agora, pare de incomodar e experimente um pouco. “É um assassino.”
Então, ele caiu na gargalhada e encheu sua taça novamente com vinho.
Só então ele percebeu que Nirta estava
mais bêbado do que ele pensava inicialmente. Gabel pulou da cadeira e soltou um
gemido, planejando agarrá-lo pelo colarinho e arrastá-lo para fora imediatamente, mas
antes que ele pudesse executar seu plano, a senhora engoliu o vinho sem parar para
respirar. Gabel assistiu a cena estupefato.
Lady Calypse, que esvaziou sua grande taça de vinho de uma só vez, estendeu
vigorosamente a taça vazia para Hebaron.
“Mais um copo, por favor.”
“Tanto quanto a senhora desejar.”
Hebaron caiu na gargalhada e tirou vinho do barril. Ela bebeu o segundo copo, sem
deixar uma única gota de líquido. A situação agora estava progredindo para algo que ele
não conseguia resolver. Gabel observou ansiosamente enquanto Hebaron lhe dava
vinho repetidamente e ela bebia tudo em troca. O rosto furioso do comandante brilhou
diante de seus olhos.
Passou pela sua cabeça que seria melhor sair daquele lugar num instante e se salvar
do horror que o aguardava, mas achou que não seria sensato deixar aqueles dois
sozinhos. Gabel a dissuadiu com um tom nervoso.
“M'lady, você bebeu demais. Não exagere e pare agora…”
Ela olhou para ele com raiva. “Não estou exagerando! E-eu ainda estou bem. “I-isso
é n-nada.”
Gabel se contorceu e recostou-se. Ao contrário do que se poderia pensar olhando para

ela, ela era muito teimosa. Ela
trouxe o copo perto dos lábios novamente e bebeu de uma só vez.
“Ei, você está anotando isso tão bem. "Estou impressionado."
Os elogios de Hebaron a fizeram parecer satisfeita. Parecia que ela estava tão bêbada
que nem se importava com o quão estranho era ficar feliz ao ser elogiada com esse tipo de
palavras. Seu rosto estava tão vermelho quanto a cor de seu cabelo.
Se o comandante testemunhasse isso, não seria apenas Hebaron quem acabaria sendo
uma carne morta, mas ele também.
Gabel umedeceu os lábios secos, lembrando-se dos instintos cegos de proteção do

líder para com aquela pequena mulher. Inconsciente de suas palavras, Hebaron
proferia conversas sem sentido de vez em quando.
“Eu não sabia que a senhora era uma pessoa tão ousada. Quando a vi pela primeira vez,
pensei que ela era apenas uma mulher quieta e chata.”
O rosto de Lady Calypse ficou nublado como se ela tivesse ficado ofendida por seus comentários
sensíveis e logo respondeu amargamente. “Minha primeira impressão do S-senhor… também
não foi boa. Você é incrivelmente enorme… você tem um rosto áspero e sua voz é tão
alta…”
Hebaron grunhiu alto e apertou o peito como se ela lhe tivesse infligido um ferimento fatal. Ela
sorriu amplamente, como se estivesse satisfeita com sua grande refutação. Hebaron riu ao
ver e perguntou casualmente.
“Qual foi sua primeira impressão do comandante?”
A senhora inclinou a cabeça para o lado como se não soubesse de quem ele estava falando.
Então, Hebaron rapidamente acrescentou suas palavras.
“Quero dizer, Senhor Calipse. O comandante é quase tão grande quanto eu e tem uma
impressão assustadora.”
A testa de Lady Calypse enrugou-se e franziu as sobrancelhas como se estivesse pensando

profundamente, e logo respondeu gentilmente.
“Ri-Riftan também foi… assustador.”
“O comandante é mais bonito que Sir Nirta. “Não teria sido tão ruim quanto a primeira impressão
que minha senhora teve de Sir Nirta.”
Gabel correu para intervir. Ele queria evitar que a situação ridícula levasse a uma discórdia
conjugal.
No entanto, a senhora balançou a cabeça, segurando o copo com as duas mãos.
“A verdade é… mais do que Sir N-Nirta… Ri-Riftan era muito mais assustador. Ele não tinha
expressão eletrônica… Seus olhos eram t-muito afiados… o jeito que ele fala… é áspero…”
“O comandante é bastante autoritário.” Hebaron concordou e revidou.

“Na verdade, alguém como Uslin Rikaido, que era esguio e de aparência elegante, era
mais popular entre as mulheres do que o comandante.”
“I-isso não é verdade.” Ela olhou para ele como se não estivesse satisfeita com Hebaron
ousando comparar Ritan com outro homem. “R-riftan é… toneladas de vezes mais arrojado!”
“Mas a senhora também não pareceu gostar do comandante no início, certo?”
“I-isso é… porque Riftan parecia me odiar…”
Ela murmurou como se tivesse ficado sem palavras e bebeu o resto do vinho.
Então, ela limpou a boca e gaguejou tanto que ele não conseguiu entender
claramente o que ela estava dizendo.
“E-é p-porque e-é e-intimidador... a-primeira v-vez e-vi-o-vi-ele...

Eu pensei que ele era bonitão.
Os servos estão no castelo C-croix C... conversaram sobre R-Riftan o dia todo.
Eu também espiei p-para l-olhar para ele f-de longe, às-vezes.
Ela confessou abruptamente, seu pescoço ficando totalmente vermelho. Ele o envergonhava
de observá-la. Lady Calypse aproximou o copo dos lábios como que para esconder a
vergonha e percebeu que o copo estava vazio e baixou o braço novamente.
Hebaron pegou seu copo e o encheu novamente.
“Ah… O-obrigado.”
Ela bebeu o vinho até a última gota novamente. Hebaron, que a observava, perguntou em
tom pensativo.
“O comandante agradou a senhora?”
Maximillian Calypse piscou inexpressivamente como se estivesse bêbada e balançou a

cabeça lentamente. “Não tenho certeza. Eu pensei que ele era arrojado... mas ele parecia
é-assustador, na verdade de perto... fiquei nervoso... quando ouvi isso

era
vou... casar com ele... eu queria fugir.
P-porque ele parecia uma pessoa v-violenta...”
“Isso mesmo, o comandante é implacável quando trata seus inimigos, mas nunca foi
cruel com os fracos.”
Gabel rapidamente refutou. Ela assentiu com a cabeça ansiosamente e pegou seu copo.
O vinho transbordou, manchando suas roupas de seda de vermelho, mas ela não
parecia mais consciente disso.
“Eu também sei disso. N-agora... eu percebi... que eu e-entendi mal naquela época. Ri-
Riftan é… n-legal…
k-tipo... a-claro... q-sempre que ele fica com raiva é t-assustador... mas e-ele e-só fica
com-irritado b-porque e-ele se preocupa comigo . S-às vezes... é-é bom f-
sentir isso...”
Então, ela suspirou nervosamente e tomou outro gole de vinho. Seus lábios
suavizaram como se toda a tensão que ela segurava tivesse sido liberada. “N-agora…
Não acho que ele seja tão assustador quanto pensei antes. S-surpreendentemente… ele
tem muitos lados adoráveis…”
Gabel vomitou o vinho que estava bebendo. Hebaron, que havia sido batizado pelo
seu vinho, cuspiu palavrões, mas não pareceu chegar aos seus ouvidos.
Ele perguntou de volta, duvidando do que acabara de ouvir.
“O comandante é… adorável?”
Ele não conseguia acreditar como esse tipo de descrição foi usada para um homem com
mais de 6 kvets (180 cm) e 1 henge (12 cm) de altura, com a boca aberta e inexpressiva.
A senhora gemeu e exclamou. “Q-quando ele dorme, ele é v-muito adorável. E-é fofo
q-quando a parte de trás do seu cabelo fica para fora... E-ele está
as pálpebras estão-suaves e r-relaxadas quando-quando ele está dormindo-e-ele não parece t-tão-
assustador... e-ele parece mais jovem do-que o normal...”
Lady Calypse timidamente mexeu e torceu o cabelo enquanto expressava suas palavras. “E-
e... recentemente, eu notei...
"e-que o cabelo dele está ligeiramente repartido para a-direita... eu a-acho que está lindo."
A boca de Gabel continuou aberta, inexpressiva. Ele estava genuinamente preocupado que ela
pudesse ter enlouquecido por beber demais. Hebaron e ele compartilhavam o mesmo rosto
perplexo.
“É lindo que o cabelo dele esteja repartido para a direita?”
“Separar para o lado esquerdo não vai servir!” Ela exclamou com entusiasmo.
“L-lado esquerdo ou m-meio p-parte… deve ser ligeiramente partido para a direita!”
Ele estava tão sem palavras que seus lábios apenas se contraíram. Ele se perguntou por que de
repente estava ouvindo a história de como o cabelo de seu comandante estava repartido, mas
Maximillian Calypse não parou por aí.
“E-e... quando ele está n-nervoso... ele puxa o cabelo para cima assim... é l-adorável... as mãos
dele são tão grandes e q-quentes. E-quando eu o seguro, ele fica confortável... e e-a voz dele é
tão baixa... que é bom ouvi-lo...”
As orelhas de Gabel ficaram vermelhas quando ele olhou para a porta com olhos preocupados.
Por que estou ouvindo uma coisa tão embaraçosa
confissão? Ele se mexeu na cadeira, mas ela não parecia querer desistir da tortura que estava
lhes dando.
“E-e a cara que ele faz quando sorri... é tão arrojado.

Na verdade... embora ele cause uma impressão legal... e ele realmente pareça
assustador... Ri-Riftan parece mais arrojado quando sorri assim.
“…….”
“E… o peito dele… é tão largo… quando ele me abraça…
é tão bom…”
De repente, Maximillian Calypse, que estava falando até aquele momento, ficou em
silêncio. Gabel, que estava envergonhado, pulou de repente da cadeira, assustado
ao ver o rosto dela ficar pálido. Enquanto ela cambaleava tonta, ela abruptamente
se enrolou na mesa.
“Mm'senhora!”
Eu agarrei seus ombros hesitantemente. Seu coração batia forte, preocupado que
houvesse algo de errado acontecendo com ela por beber excessivamente.
Sério, estou farto dessa maldita pessoa. Gabel olhou feio para Hebaron, que ficou tão
pasmo quanto ele, e abraçou apressadamente a senhora para apoiar sua figura.
Então, de repente ele ouviu um pequeno ronco e baixou o olhar para ela.
Embora parecesse pálida, ela tinha respiração constante e pulso normal.
“… parece que ela adormeceu por beber demais.”
Gabel firmou sua figura, abraçando-a em apoio e soltando um suspiro sem fôlego.
“Se o comandante testemunhar isso agora, ele não concederá uma morte pacífica.”
Mesmo com sua ameaça, Hebaron riu, nem um pouco desanimado.
“Então deveríamos destruir as evidências antes que ele volte.
Depressa, senhora...”
“Depressa… o que você estava planejando fazer com minha esposa?”

A temperatura na sala parecia ter caído abaixo de zero em um instante. Eles

ficaram rígidos e mal conseguiam virar a cabeça para olhar.
Riftan Calypse estava parado com uma expressão parecida com a de um leão que
veio direto das profundezas do inferno.
Gabel engoliu em seco. Seus olhos negros olharam para os barris rolando no chão
e para a mesa bagunçada, antes de seu olhar se deslocar e se fixar em sua
esposa inconsciente que estava embalada nos braços de Gabel. Ouvi um ranger de
dentes grosseiro e de arrepiar os cabelos.
“Você se importa em explicar o que aconteceu?”
“Chegou uma bebida fina e compartilhamos juntos… hahaha.”
Hebaron riu alto como se estivesse tentando de alguma forma encobrir a situação.
Os olhos do comandante apenas escureceram ainda mais. Ele caminhou estranhamente
de maneira lenta e arrebatou Maximillian Calypse dos braços de Gabel. Ele ficou em
conflito com sua atitude hostil e começou a dar desculpas.
“E-eu só estava tentando levar a senhora para o quarto dela porque ela adormeceu!”
“Em primeiro lugar, por que vocês acabaram bebendo com minha esposa até ela
desmaiar?”
Gabel não tinha intenção de defender Hebaron nem um pouco, então não hesitou nem
por um momento e apontou para ele com a ponta do dedo. Riftan abraçou a mulher com
força e olhou para Hebaron como se estivesse prestes a matá-lo.
“Você está cansado de viver, Nirta?”
“Estávamos apenas construindo nossa amizade com alguns drinks, você está
exagerando…”
Hebaron, que estava vaiando levemente, imediatamente fechou a boca ao ver o rosto
de Riftan, que ficava mais violentamente distorcido de raiva a cada segundo.
Pelo menos você sabe quando calar a boca. Gabel brincou interiormente. Riftan olhou
para eles em um silêncio feroz e cerrou os dentes.
“Vocês dois, aguardem nos campos de treinamento. Vamos testar até onde vai essa
merda de construção de amizade.”
“C-comandante eu sou…”
Gabel tentou implorar, mas se virou sem nem ouvir. Apesar de estar com raiva na ponta
da cabeça, ele se movia com cuidado como uma água corrente, com medo de que sua
esposa adormecida se sentisse desconfortável.
Estamos mortos, com certeza.
Gabel olhou fixamente para as costas de seu comandante, e imediatamente

enviou um olhar ressentido para Hebaron. Parecia que ele ainda não estava
totalmente acordado, na verdade Hebaron sorriu, sem entender totalmente a situação.
“Já faz um tempo que não tive uma luta de espadas adequada com o
comandante. “Isso é inesperado.”
Ele olhou para Hebaron enquanto agarrava a espada que havia retirado anteriormente.
Gabel jurou a si mesmo que nunca mais se envolveria em nada com esse bastardo e
Nirta exclamou como se o estivesse perturbando intencionalmente.
“Agora, vamos lutar uma pequena partida com o adorável Sir Calypse cujo cabelo está
ligeiramente repartido para a direita!”
<Fim do Capítulo Especial>

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O oponente ofegou violentamente e abriu amplamente os olhos.

Riftan imediatamente puxou a espada, sangue vermelho escuro jorrando pela

“Eu, eu… me rendo!”

A partida terminou em menos de três minutos após o levantamento das bandeiras.

Riftan observou secamente enquanto os sacerdotes lançavam feitiços de cura

“Ei, é verdade que você era um famoso caçador de dragões em Livadon?”

“Fui ao bar ontem, todo mundo está comentando sobre você.

Já se espalharam rumores de que você era um caçador de monstros implacável que

Riftan não escondeu seu descontentamento e respondeu friamente.

O homem sorriu levemente, encolheu os ombros e levantou-se.

“Com licença, incomodei uma pessoa que estava prestes a competir.

"Bem, então, até a próxima."

colegas para cima.

… Entendo, você está verificando os oponentes.

Sua primeira partida foi com o Cavaleiro Real de Arech.

Então, ele virou a cabeça ao ouvir uma voz beligerante falar.

Riftan baixou o olhar e o cavaleiro franziu os olhos com desprezo.

“Você está preocupado em perder o prêmio para um mercenário?”

"Como você ousa…!"

Riftan rapidamente ganhou velocidade e bateu no rosto do homem com o cabo da

virou a faca e girou-a em direção ao antebraço do cavaleiro, sua lâmina brilhando em

“…Se você não quer perder um braço, declare sua derrota.”

"Eu su... me rendo."

Riftan desembainhou a espada e corrigiu a postura, assumindo uma postura ereta.

“Sir Calypse é invencível! De agora em diante, eu certamente o seguirei por aí!”

A cidade inteira está entusiasmada com a possibilidade de um plebeu ser o vencedor

“O prêmio da competição é a espada de um dos doze cavaleiros de Darian! Como posso

“Alguém que adora algum tipo de deus do deserto ou pagão?”

Os mercenários, que bebiam de um lado da taverna, rugiram e revelaram os

"Eu disse algo errado?"

"Que maldito bastardo, você está tentando nos irritar?"

Um mercenário esfarrapado e grogue bateu com força o copo de cerveja e ofegou.

Só então o homem que causou a comoção olhou em volta como se de repente

O homem encolheu os ombros visivelmente e olhou para a espada amarrada à

Riftan observou-o enquanto se perguntava se teria coragem de confrontá-lo de

olhar: ele só se sentiria mais insultado se o bruxo tentasse confortá-lo. Já era

De repente, ele sentiu um aperto incômodo e um mal-estar no peito: talvez fosse

Riftan ignorou seus olhares examinadores e sentou-se sozinho no canto da sala de

“Eu quero que isso acabe de maneira tão ruim.”

“Não gosto de pessoas que sobrecarregam desnecessariamente as pessoas como você.”

Riftan estava na ponta dos pés e manteve sua postura focada.

"Incrível. Você foi capaz de bloquear meu ataque frontal…”

Momentos se passaram enquanto eles se empurravam com as espadas em ângulos

Ele bloqueou por pouco a espada que balançou do nada.

É perigoso que isto continue.

isso era duas vezes mais grosso.

Ele respondeu amargamente, apontando o queixo para

a tremenda claymore do oponente. O homem apenas encolheu os ombros.

“Não se atreva a perder só porque você já me venceu.”

Riftan imediatamente encontrou o duque de Croix entre eles.

…Ela provavelmente não comeu.

“Fique de joelhos e mostre seus respeitos!”

Após um momento de silêncio reverente da multidão, uma voz profunda falou.

“Você pode levantar a cabeça.”

“Embainhe a espada agora mesmo!”

"Que Deus esteja contigo."

Aplausos estrondosos irromperam do público. Riftan olhou para a espada novamente,

Riftan levantou-se de sua posição desconfortavelmente, enquanto os nobres espectadores

Finalmente, ele atravessou o corredor escuro, afastando-se dos aplausos do estádio.

O mago o seguiu naturalmente, conversando alegremente.

“Como esperado, você tem ótimos sentidos.”

“Atacar seu inimigo por trás não é contra a cavalaria de um cavaleiro?”