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Como um monstro ele não sentia piedade, não havia mais dor ou tristeza em seus
olhos. Apenas o desejo de vingança o movia, como se uma entidade sombria estivesse
habitando seu corpo. Ele continuava avançando, ceifando vidas a cada golpe da
espada. Não havia mais um ser humano ali, apenas uma besta ensandecida que só
cpnhecoa a violência e a morte.
A frenesi perdurou por vários minutos, no festival de Adepoin, parecia que o
espadachim estava possuído pelo próprio deus da vingança. A plateia, tomada pelo
medo, sentia que o chão tremia sob os pés daquela ameaça incontrolável que parecia
um demônio. O guerreiro esbanjou uma brutalidade sem precedentes, desferindo
golpes tão mortais que faziam a multidão recuar e gritar. Cada membro que ele
decepava, cada órgão que ele expunha, era uma cena chocante que ficaria gravada nas
mentes dos espectadores.
O espadachim estava imerso em um estado de fúria absoluta, tão cego pela sua
vingança que parecia não ter mais controle sobre si mesmo. Seus golpes eram precisos
e letais, rasgando a carne e esmagando ossos como se fossem palha.
Um dos homens fincou uma naginata nas costas do espadachim, mas com as mãos ele
quebrou a ponta de madeira e, em um movimento rápido, se virou e matou o rapaz,
cravando a lâmina de sua naginata em seu pescoço. Os soldados que tentaram intervir
agora eram alvos de uma perseguição mortal, caindo um após o outro sob o golpe da
espada. O espadachim atravessou a katana na cabeça do último soldado e o empalou
na parede da arena.
Então, ao avistar o portão de entrada, mais 12 samurais da guarda surgiram. Sem
hesitar, o espadachim puxou sua katana e correu em direção a eles, pronto para
continuar a luta. No entanto, seu corpo não aguentou o esforço e entrou em colapso. A
raiva que o movia até então foi o gatilho para que seus músculos falhassem, entrando
em cataplexia, fazendo-o cair de joelhos, no final, até mesmo ele foi vencido pela
própria fúria que o alimentava.
Por que...?
Por que eu nasci...
Eu mereço morrer.
Sangue começou a escorrer pelo seu rosto, e seus olhos se encheram de um vermelho
escarlate. Foi quando uma mão veio ao seu auxílio, segurando sua testa.
"Você irá jogar sua vida fora, Takezo? Vai jogar tudo fora?", disse Takuan, com
voz firme. "Essa vida não é para você, meu amigo. Há um propósito maior para
sua existência."
Takezo, ainda tonto e ensanguentado, olhou para Takuan com incredulidade. O monge
partiu as cordas que seguravam os braços do espadachim e o ajudou a levantar.
"Não há luz para aqueles que não conhecem a escuridão. Viva e resista às
sombras. E a claridade virá em sua direção", disse Takuan, com a voz carregada
de sabedoria e serenidade.
O sol nascia, batendo no pico daquele morro e aquecendo o corpo do espadachim,
que sentia suas energias se esvaírem. Ainda aturdido, ele ouviu as palavras do monge
com atenção.
"Abençoe aqueles que morreram, faça com que suas partidas tenham
significado, que eles tenham morrido por aquele que é invencível sob o sol",
continuou Takuan, elevando sua voz com um tom mais forte e solene.
"Takezo morreu aqui hoje, mas nunca se esqueça de onde veio. Carregue seus
desejos e lembranças consigo", disse Takuan, colocando uma das mãos no
ombro do espadachim, como um gesto de consolo e encorajamento.
"De agora em diante, você se chamará Roronoa Zoro", completou o orc, e o
espadachim ergueu a sobrancelha em questionamento diante da escolha do
nome.
"O que foi? Era o nome do meu cachorro.", justificou o monge sorrindo.
Ajudando o rapaz, ele pegou o pano que Zoro carregava consigo, a roupa de Kuina, o
enrolando em volta da testa do jovem, escondendo a ferida profunda que ele mesmo
havia causado. O jovem sentiu uma estranha sensação em seu peito, como se uma
chama tivesse sido novamente acesa. Ele olhou para o sol nascente e, pela primeira vez
em muito tempo, sentiu uma pequena faísca em seu coração.
Durante alguns meses, Zoro permaneceu próximo ao templo, onde Takuan o
transmitiu alguns ensinamentos, a fim de ajudá-lo a encontrar respostas para seus
traumas e perguntas. Embaixo da queda d’água, Takuan o ensinou a meditar, deixando-
o sobre a água enquanto pensamentos sobre sua imaturidade e arrogância fluíam com
a correnteza. Durante o treinamento, Takuan enfatizou a importância da concentração
e da disciplina, ensinando-o como usá-las para aprimorar suas habilidades. Zoro
aprendeu a controlar sua respiração e acalmar sua mente. Foi ensinado a Zoro a
cultivar uma conexão mais profunda com sua alma, a entender a energia e a força que
dela provém e a usá-las para aprimorar suas habilidades com a espada. Após um ano
de treinamento, Zoro havia se transformado.
Na primavera do seu vigésimo primeiro ano, Takezo renasceu como Zoro. Takuan
apareceu para se despedir, entregando algumas vestimentas ao rapaz.
“Você tem noção de onde irá agora?” perguntou Takuan.
“Para lugar nenhum, apenas vagarei sem destino.”, respondeu Zoro.
Apertando a katana de Jisai firmemente em sua mão, ele partiu.
Em sua primeira parada, Zoro se deparou com uma lutadora jovem e importuna, com
a qual ele acabou criando um laço. Ele embarcou em diversas aventuras, incluindo a
entrada na guilda dos aventureiros. Foi nessa jornada que Zoro teve um encontro
fatídico com o espadachim escarlate, conhecido como Zorav.
Zorav mostrou uma técnica de combate sem igual, deixando o espadachim de cabelos
verdes assustado com a diferença insuperável de suas forças. Zoro conseguiu acertar
apenas um golpe e, no restante do combate, foi totalmente humilhado. Diante da
morte iminente e perdendo sua amada katana dada por seu mestre, Zoro teve sua
determinação e força de vontade ainda mais fortificadas. Ele se submeteu a um
treinamento ainda mais árduo, aprimorando sua técnica e aperfeiçoando sua
habilidade com a espada. A desventura de um alquimista, a batalha contra o kraken, e
outros acontecimentos em sua vida, foram cruciais para que ele pudesse conhecer o
mundo e explodir seu potencial de força em um nível jamais visto antes. Atravessando
essas lapidações, talvez ele se aproxime cada vez mais do seu sonho de se tornar
invencível sob o sol.