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"terapia"

PARA TODAS AS MINHAS


DORES

Felipe Nascimento
terapia
PARA TODAS AS MINHAS
DORES
Felipe Nascimento
Não se engane com o nome desta obra, ela não
é um livro de auto ajuda, e sim um desabafo de
alguém que não suportava mais ficar calado.
Tentei ser o melhor de mim para você,
Mas o melhor de mim jamais seria o suficiente,
Para alguém que não sabe o que está a procurar,
Nesse mundo de sombras e arrependimentos.

Felipe Nascimento
fictício
Na saudade que outrora me assombrava,
Lembranças de sorrisos, olhos que fechavam,
Num abraço seguro, guardado em mim, jazia,
Seriam teus ou fictícias ilusões que eu via?

Decorei tua expressão, marcada a fogo na mente,


Agrilhoada ao passado, um sorriso tão ardente,
Hoje, todos os risos que se assemelham aos teus,
São punhais na alma, lembranças de adeus.

Esses braços que me envolviam com carinho,


Seriam teus ou sombras em meu caminho?
Dói admitir, ainda suspiro pelo que fingias ser,
Na saudade, és eterno, um enigma a envolver-me a sofrer.

Em sua vastidão, o poema agora se estende,


Refletindo as lembranças que o coração prende,
No labirinto da saudade, teu fantasma persiste,
Uma memória que o tempo jamais desiste.

Mas no eco dos suspiros, a melancolia se entrelaça,


Lembranças outrora doces, hoje sombras da desgraça,
No vazio da ausência, meu coração chora em segredo,
Por um passado que se foi, num lamento sem remédio.

Felipe Nascimento
Será?
Será?
Será?
Será?
Será?
Será?
Será?
Será?
Será?
Será?
Será que um dia tudo isso irá findar?
egoista
A alvorada me encontra em tormento profundo,
Na noite obscura, sou apenas um eco sem rumo.
Minha mente, silenciosa, reflete o desespero,
Enquanto a dor em meu peito, eterna, não quero.

Com familiares próximos, busquei consolo em vão,


Palavras cruas, como lâminas, ferem meu coração.
"Diga-me, o que te aflige?" perguntam com pesar,
Mas minha tristeza é um enigma que não posso desvendar.

Egoísta, talvez, seja meu sofrer sem razão,


Ninguém entende a escuridão dessa minha estação.
Nossa geração em silêncio sofre sua sina,
Até quando suportaremos essa dor tão divina?

Quando ousamos expressar, somos alvo da ironia,


Palavras frias, desprovidas de empatia.
A dor me consome, devora minha alma com avidez,
Enquanto o mundo à volta se perde na insensatez.

Dizem: "Faça amigos, encontrarás apoio nessa jornada."


Mas em meu caminho, a solidão é a única estrada.
Juventude, dizem, deveria ser leve e pura,
Mas ninguém conhece a profundidade da minha amargura.

"Seja forte", sussurram, como um eco do passado,


Mas a metade oculta da minha dor nunca é revelado.
Li em algum livro esquecido, minha mente se consome,
"Não te sintas insuficiente, és boa, mas o mundo é que é o lúgubre e triste
poema."

Felipe Nascimento

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