APOSTILA DE ESTUDO
Reconhecer as relações entre partes de um texto,
Leia o texto
A dor de crescer
Período de passagem, tempo de agitação e
turbulências. Um fenômeno psicológico e social,
que terá diferentes particularidades de acordo
com o ambiente social e cultural. Do latim ad, que
quer dizer para, e olescer, que significa crescer,
mas também adoecer, enfermar. Todas essas
definições, por mais verdadeiras que sejam,
foram formuladas por adultos.
"Adolescer dói" − dizem as psicanalistas
[Margarete, Ana Maria e Yeda] – "porque é um
período de grandes transformações. Há um
sofrimento emocional com as mudanças
biológicas e mentais que ocorrem nessa fase. É a
morte da criança para o nascimento do adulto.
Portanto, trata-se de uma passagem de perdas e
ganhos e isso nem sempre é entendido pelos
adultos."
Margarete, Ana Maria e Yeda decidiram criar o
"Ponto de Referência" exatamente para isso.
Para facilitar a vida tanto dos adolescentes
quanto das pessoas que os rodeiam, como
pais e professores. "Estamos tentando resgatar o
sentido da palavra diálogo" – enfatiza Yeda –
"quando os dois falam, os dois ouvem sempre
concordando um com o outro, nem sempre
acatando. Nosso objetivo maior talvez seja o
resgate da interlocução, com direito, inclusive, a
interrupções."
Frutos de uma educação autoritária, os pais de
hoje se queixam de estar vivendo a tão
alardeada ditadura dos filhos. Contrapondo o
autoritarismo, muitos enveredaram pelo caminho
da liberdade generalizada e essa tem sido a
grande dúvida dos pais que procuram o "Ponto
de Referência": proibir ou permitir? "O que
propomos aqui" − afirma Margarete −"é a
consciência da liberdade. Nem o vale-tudo e nem
a proibição total. Tivemos acesso a centros
semelhantes ao nosso na Espanha e em
Portugal, onde o setor público funciona bem e dá
muito apoio a esse tipo de trabalho porque já
descobriram a importância de uma adolescência
vivida com um mínimo de equilíbrio. Já que o
processo de passagem é inevitável, que ele seja
feito com menos dor para todosos envolvidos".
MIRTES Helena. In: Estado de Minas, 16 jun. 1996.
D16.Estabelecer relação entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-las. Paraná - 2011)
01. No texto, o argumento que comprova a ideia
de ser a adolescência um período de passagem
é — Então vamos lá dentro, mostre tudo.
(A) adolescentes sofrem mudanças biológicas e
mentais.
(B) filhos devem ter consciência do significado de
liberdade.
(C) pais reclamam da ditadura de seus filhos.
(D) psicólogos tentam recuperar o valor do
diálogo.
D14.
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua
continuidade. (Salto - 2013)
02.No trecho, ―Já que o processo de passagem
é inevitável, que ele seja feito com menos dor
para todos os envolvidos”,o termo destacado
refere-se a
(A) processo.
(B) envolvidos.
(C) inevitável.
(D) passagem.
D9 - Identificar o gênero de diferentes textos (Salto - 2013)
03.O texto “A dor de crescer” pertence ao gênero
(A) crônica.
(B) artigo de opinião.
(C) reportagem.
(D) noticia.
D10 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
(Salto – 2013)
04.O texto A dor de crescer tem a finalidade de
(A) informar sobre as mudanças que ocorrem na
fase da adolescência.
(B) criticar o período de passagem da
adolescência.
(C) ensinar como passar a fase da adolescência
sem problemas.
(D) alertar sobre as mudanças que podem
ocorrer na fase adulta.
Assaltos insólitos
Assalto não tem graça nenhuma, mas alguns,
contados depois, até que são engraçados. É
igual a certos incidentes de viagem, que, quando
acontecem, deixam a gente aborrecidíssima, mas
depois, narrados aos amigos num jantar, passam
a ter sabor de anedota.
Uma vez me contaram de um cidadão que foi
assaltado em sua casa. Até aí, nada demais.
Tem gente que é assaltada na rua, no ônibus, no
escritório, até dentro de igrejas e hospitais, mas
muitos o são na própria casa. O que não diminui
o desconforto da situação.
Pois lá estava o dito-cujo em sua casa, mas
vestido em roupa de trabalho, pois resolvera dar
uma pintura na garagem e na cozinha. As
crianças haviam saído com a mulher para fazer
compras e o marido se entregava a essa
terapêutica atividade, quando, da garagem, vê
adentrar pelo jardim dois indivíduos suspeitos.
Mal teve tempo de tomar uma atitude e já ouvia:
— É um assalto, fica quieto senão leva chumbo.
Ele já se preparava para toda sorte de tragédias
quando um dos ladrões pergunta:
— Cadê o patrão?
Num rasgo de criatividade, respondeu:
— Saiu, foi com a família ao mercado, mas já
volta.
Fingindo-se, então, de empregado de si mesmo,
e ao mesmo tempo para livrar sua cara, começou
a dizer:
— Se quiserem levar, podem levar tudo, estou
me lixando, não gosto desse patrão. Paga mal, é
um pão-duro. Por que não levam aquele rádio
ali? Olha, se eu fosse vocês levava aquele som
também. Na cozinha tem uma batedeira ótima da
patroa. Não querem uns discos? Dinheiro não
tem, pois ouvi dizerem que botam tudo no banco,
mas ali dentro do armário tem uma porção de
caixas de bombons, que o patrão é tarado por
bombom.
Os ladrões recolheram tudo o que o falso
empregado indicou e saíram apressados.
Daí a pouco chegavam a mulher e os filhos.
Sentado na sala, o marido ria, ria, tanto nervoso
quanto aliviado do próprio assalto que ajudara a
fazer contra si mesmo.
SANTANNA Affonso Romano. PORTA DE COLÉGIO E OUTRAS CRÔNICAS São
Paulo:Ática 1995. (Coleção Para gostar de ler.)
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
05.No trecho”e o marido se entregara a essa
terapêutica atividade”. a expressão destacada
substitui
(A) fazer compras. (B) ir ao mercado.
(C) narrar anedotas. (D) pintar a casa.
D9.Reconhecer o gênero discursivo.
06. O texto ―Assaltos insólitos‖ é uma
(A) resenha. (B) crônica.
(C) novela. (D) noticia.
D17.Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas
marcadas por conjunções, advérbios etc. (Salto - 2013)
07. No texto a expressão ”Pois lá estava o dito-
cujo em sua casa” o termo destacado indica
(A) tempo. (B) causa.
(C) lugar. (D) condição.
D23 – Identificar os níveis de linguagem e/ou marcas que
evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. (Salto - 2013)
08. No texto a expressão ―Paga mal, é um pão-
duro‖ índica uma linguagem
(A) formal. (B) técnica.
(C) regional. (D) informal.
O Encontro
Em redor, o vasto campo. Mergulhado em névoa
branda, o verde era pálido e opaco. Contra o céu,
erguiam-se os negros penhascos tão retos que
pareciam recortados a faca. Espetado na ponta
da pedra mais alta, o sol espiava atrás de uma
nuvem.
“Onde, meu Deus?! – perguntava a mim mesma
– Onde vi esta mesma paisagem, numa tarde
assim igual ?”
Era a primeira vez que eu pisava naquele lugar.
Nas minhas andanças pelas redondezas, jamais
fora além do vale. Mas nesse dia, sem nenhum
cansaço, transpus a colina e cheguei ao campo.
Que calma! E que desolação. Tudo aquilo – disso
estava bem certa – era completamente inédito
pra mim. Mas por que então o quadro se
identificava, em todas as minúcias, a uma
imagem semelhante lá nas profundezas da minha
memória? Voltei-me para o bosque que se
estendia à minha direita. Esse bosque eu
também já conhecera com sua folhagem cor de
brasa dentro de uma névoa dourada. “Já vi tudo
isto, já vi... Mas onde? E quando?”
Fui andando em direção aos penhascos.
Atravessei o campo. E cheguei à boca do abismo
cavado entre as pedras. Um vapor denso subia
como um hálito daquela garganta de cujo fundo
insondável vinha um remotíssimo som de água
corrente. Aquele som eu também conhecia.
Fechei os olhos. “Mas se nunca estive aqui!
Sonhei, foi isso? Percorri em sonho estes lugares
e agora os encontros palpáveis, reais? Por uma
dessas extraordinárias coincidências teria eu
antecipado aquele passeio enquanto dormia ?”
Sacudi a cabeça, não, a lembrança – tão antiga
quanto viva – escapava da inconsciência de um
simples sonho.[...]
D20- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da
pontuação e de outras notações.
09.Na frase ”Já vi tudo isso, já vi...Mas onde?”, o
uso das reticências sugere
(A) impaciência. (B) impossibilidade.
(C) incerteza. (D) irritação.
D3 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
10.No trecho, ”Mas por que então o quadro se
identificava, em todas as minúcias, a uma
imagem semelhante lá nas profundezas da minha
memória ?”o termo destacado significa
(A) colina. (B) detalhes.
(C) partes. (D) redondeza.
Magia das árvores
Eu já lhe disse que as árvores fazem frutos do
nada e isso é a mais pura magia. Pense agora
como as árvores são grandes e fortes, velhas e
generosas e só pedem em troca um pouquinho
de luz, água, ar e terra. É tanto por tão pouco!
Quase toda a magia da árvore vem da raiz. Sob a
terra, todas as árvores se unem. É como se
estivessem de mãos dadas. Você pode aprender
muito sobre paciência estudando as raízes. Elas
vão penetrando no solo devagarinho, vencendo a
resistência mesmo dos solos mais duros. Aos
poucos vão crescendo até acharem água. Não
erram nunca a direção. Pedi uma vez a um velho
pinheiro que me explicasse por que as raízes
nunca se enganam quando procuram água e ele
me disse que as outras árvores que já acharam
água ajudam as que ainda estão procurando.
— E se a árvore estiver plantada sozinha num
prado?
— As árvores se comunicam entre si, não importa
a distância. Na verdade, nenhuma árvore está
sozinha. Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-
se disso.
Máqui. Magia das árvores. São Paulo: FTD, 1992.
D21Reconhecer o efeito decorrente do emprego de recursos
estilísticos e morfossintáticos.
11.No trecho ”Ninguém está sozinho. Jamais.
Lembre-se disso”, as frases curtas produzem o
efeito de
(A) continuidade. (B) dúvida.
(C) ênfase. (D) hesitação.
D14 Reconhecer as relações entre partes de um texto, (C) contentamento em relação à pessoa que
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua
continuidade. (Salto - 2013) ama.
12.No trecho ”Você pode aprender muito sobre (D) aproximação em relação à pessoa que ama.
paciência estudando as raízes. Elas vão Texto 1
penetrando no solo devagarinho, vencendo a Mãe de todos nós
resistência mesmo dos solos mais duros”, o Marcelo Barros
termo destacado refere-se a Ao consagrar o 22 de abril como Dia da Terra, a
(A) árvores. (B) raízes. Organização das Nações Unidas parece deixar
(C) mãos. (D) velhas. claro que a Terra e os bens naturais são mais do
Leia a tirinha. que mercadorias. É urgente insistir nisso.
Segundo Ricardo Abramovay, professor da
USP,”a extração de recursos da superfície
terrestre cresceu oito vezes durante o século 20
e atingiu um total de 60 bilhões de toneladas
anuais, a partir apenas do peso físico de quatro
elementos: minérios, materiais de construção,
combustíveis fósseis e Biomassa”.
Essa atenção da ONU à Terra se liga a um
movimento mundial que elaborou a Carta da
Terra, que enuncia, como que, direitos da Terra
D3 Inferir o sentido de palavra ou expressão. que devem ser respeitados para que se garanta a
13.No 1º quadrinho, a fala do personagem pode vida no Planeta. Ao consagrar um dia à Mãe
ser substituída por Terra, as Nações Unidas aderiram às expressões
(A) ”Quer namorar comigo?” religiosas das culturas indígenas, que olham a
(B) “Você é muito bonita para mim!” Terra como mãe carinhosa que
(C) “Você é muito simpática!” permanentemente cuida da vida de todo ser vivo.
(D) “Você é muito humilde!” Nos países andinos, os índios não bebem vinho
Quero Te Encontrar ou água sem derramar um gole por terra como
Buchecha brinde à Pacha Mama.
Quando você vem pra passar o fim de semana Nas últimas décadas, a partir dos trabalhos do
Eu finjo estar tudo bem, cientista James Lovelook, a própria ciência
Mesmo duro ou com grana começou a ver a Terra como um organismo vivo
É que você ignora e inteligente que reage ao meio ambiente e cria
Tudo que eu faço condições propícias para a vida. Leonardo Boff
Depois vai embora fala da Terra como Gaia, nome com o qual os
Desatando os nossos laços. antigos gregos denominavam como deusa a mãe
Quero te encontrar Terra. Não se trata de propor uma volta à religião
Quero te amar antiga, mas de resgatar uma cultura amorosa e
Você pra mim é tudo de respeito ao nosso Planeta e a tudo que o
Minha terra, meu céu, meu mar. envolve. (...)Fonte: Disponível em: http://www.brasildefato.com.br/node/9420.
Quero te encontrar Texto 2
Quero te amar Terra, Nosso Lar
Você pra mim é tudo A humanidade é parte de um vasto universo em
Minha terra, meu céu, meu mar. evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma
D23Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas
comunidade de vida incomparável. As forças da
linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor(SEDUC)
natureza fazem da existência uma aventura
14.A frase em que há expressões próprias da
exigente e incerta, mas a Terra providenciou as
gíria é
condições essenciais para a evolução da vida. A
(A) “Quando você vem...”
capacidade de recuperação da comunidade de
(B) “Mesmo duro ou com grana.”
vida e o bem-estar da humanidade dependem da
(C) “... Minha terra, meu céu, meu mar.”
preservação de uma biosfera saudável com todos
(D) “...Desatando os nossos laços.”
D1Localizar informação explícita seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de
15.No texto ”Quero Te Encontrar” o eu-lírico plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar
demonstra limpo. O meio ambiente global com seus recursos
(A) fingimento em relação à pessoa que ama. finitos é uma preocupação comum de todos os
(B) distanciamento em relação à pessoa que povos. A proteção da vitalidade, diversidade e
ama. beleza da Terra é um dever sagrado.
D13. Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação — Quem?
na comparação de textos de um mesmo tema. (SEDUCGO/2012)
— O “puliça”.
16.Os dois textos acima consideram o Planeta
Um pouco surpreso, o chefe continua:
Terra
— O que ele está fazendo aí?
(A) uma mercadoria que todos têm direito.
— Ele tá conversando com o papai, com a
(B) uma religião iniciada pelos antigos gregos.
mamãe e com o “bombelo”...
(C) um bem individual que está sendo destruído.
Ouvindo um grande barulho do outro lado da
(D) um bem coletivo que necessita de cuidados.
D21 Reconhecer o efeito decorrente do emprego de recursos linha, o chefe pergunta assustado:
estilísticos e morfossintáticos. (SEDUC – GO/2012) — Que barulho é esse?
17. Nesses dois textos, as opiniões dos autores — É o “licópito”.
sobre o planeta Terra são — Um helicóptero?
(A) complementares. (B) divergentes. — É. Ele “tlosse” uma equipe de busca.
(C) excludentes. (D) iguais. — Minha nossa! O que está acontecendo aí? – o
Belém do Pará chefe pergunta, já desesperado.
Bembelelém! E a voz sussurra com um risinho safado:
Viva Belém! — Eles tão me “puculando”.
Belém do Pará porto moderno integrado na Fonte: http://criancas.uol.com.br/piadas/piadas_criancas.
equatorial D3 Inferir o sentido de palavra ou expressão. (Av. Goiás)
Beleza eterna da paisagem 19.Nesse texto, a palavra “sussurrando” indica
Bembelelém! que o menino falava
Viva Belém! (A) agitado. (B) assustado
Cidade pomar (C) baixo. (D) sério.
D23 Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas
(Obrigou a polícia a classificar um tipo novo de linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor.(Av. Goiás)
delinquente: 20.Na frase”- Tem mais alguém aí?”, o verbo
O apedrejador de mangueiras) empregado representa uma marca de
Bembelelém! (A) registro oral formal.
Viva Belém! (B) registro oral informal.
Belém do Pará onde as avenidas se chamam (C) falar regional.
Estradas: (D) falar caipira.
Estrada de São Jerônimo Pedro, o Homem da Flor...
Estrada de Nazaré (...) BANDEIRA, Manuel.Os melhores poemas de Manuel Bandeira. Seleção Francisco de Assis
(Stanislaw Ponte Preta)
D21 Reconhecer o efeito decorrente do emprego de recursos
Quando anoitece, Pedro pega a sua clássica
estilísticos e morfossintáticos. (AV. Goiás)
As palavras ―Bembelelém, Belém‖, com cestinha, enche de flores, cujas hastes teve o
repetição de sons semelhantes sugerem cuidado de enrolar em papel prateado, e sai do
(A) brincadeira com palavras. barraco rumo à Copacabana, onde fica até alta
(B) evocação do repicar de sinos. madrugada, entrando nos bares - em todos os
(C) homenagem a Belém do Pará. bares, porque Pedro conhece todos - vendendo
(D) leveza da estrutura do poema. rosas.
Sumiço Quando a cesta fica vazia, Pedro conta a féria e
Desesperado, o chefe olha para o relógio, e já vai comer qualquer coisa no botequim mais
não acreditando que um funcionário chegaria a próximo. Depois volta para casa como qualquer
tempo de fornecer uma informação funcionário público que tivesse cumprido
importantíssima para uma reunião, liga para o tal: zelosamente sua tarefa, na repartição a que
— Alô! – atende uma voz de criança, quase serve.
sussurrando. Conversei uma vez com Pedro - o homem da flor.
— Alô. Seu papai está? Já o vinha observando quando era o caso de
— Tá... – ainda sussurrando. estar num bar em que ele entrava. Vira-o chegar
— Posso falar com ele? e dirigir-se às mesas em que havia um casal.
— Não. – disse a criança bem baixinho. Pedia licença e estendia a cesta sobre a mesa.
Meio sem graça, o chefe tenta falar com algum Psicologia aplicada, dirão vocês, pois qual
outro adulto: homem que se nega a oferecer flor à moça que o
— E a sua mamãe? Está aí? acompanha, quando se lhe apresenta a
— Tá. oportunidade? Sim, talvez Pedro seja um bom
— Ela pode falar comigo? psicólogo mas, mais que isso, é um romântico.
— Não. Ela tá ocupada. Quando o homem mete a mão no bolso e
— Tem mais alguém aí? pergunta quanto custa a flor, depois de ofertá-la à
— Tem... – sussurra. companheira, Pedro responde com um sorriso:
-Dá o que o senhor quiser, moço. Flor não tem
preço.
Como eu ia dizendo, conversei uma vez com
Pedro e, desse dia em diante, temos conversado
muitas vezes. Ele sabe de coisas. Sabe, por
exemplo, Que a rosa branca encanta as
mulheres morenas, enquanto as louras,
invariavelmente, preferem rosas vermelhas. Fiel
às suas observações, é incapaz de oferecer
rosas brancas às mulheres louras, ou vice versa.
Se entra num bar e as flores de sua cesta são
todas de uma só cor, não coincidindo com o
gosto comum às mulheres presentes, nem chega
a oferecer sua mercadoria. Vira as costas e sai
em demanda de outro bar, onde estejam
mulheres louras, ou morenas, se for o caso.
O pequeno buquê de violetas - quando as há - é
carinhosamente arrumado pelas suas mãos
grossas de operário, assim como também as
hastes prateadas das rosas. Saibam todos os
que se fizeram fregueses de Pedro - o homem da
flor - que aquele papel prateado artisticamente
preso na haste das rosas e que tanto encantava
as moças foi antes um comum papel de maços
de cigarros vazios, que o próprio Pedro recolheu
por aí, nas suas andanças pela madrugada.
Sei que Pedro ama sua profissão, tira dela o seu
sustento, mas acima de tudo esforça-se
por dignificá-la. Não vê que seria um mero
mercador de flores!
Lembro-me da vez em que, entrando pelo escuro
do bar, trouxe nas mãos a última rosa
branca para a moça morena que bebia calada
entre dois homens. Quando os três levantaram a
cabeça ante a sua presença, pudemos notar - eu,
ele e as demais pessoas presentes - que a moça
era linda, de uma beleza comovente, suave, mas
impressionante.
Pedro estendeu-lhe a rosa sem dizer uma
palavra e, quando um dos rapazes quis pagar
lhe, respondeu que absolutamente era nada.
Dava-se por muito feliz por Ter tido a
oportunidade de oferecer aquela flor à moça que
lá estava. E sem ousar olhar novamente pra ela,
e disse:
- Mais flores eu daria se mais flores eu tivesse!
Assim é Pedro - o homem da flor.
Discreto, sorridente e amável, mesmo na sua
pobreza. Vende flores quase sempre e oferece
flores quando se emociona. Foi o que aconteceu
na noite em que, mal chegado à Copacabana, viu
o povo que rodeava o corpo do homem morto,
vítima de um mal súbito. Só depois que soube
que Pedro o conhecia do tempo em que era
porteiro de um bar no Lido. Na hora não. Na hora
ninguém compreendeu, embora todos se
comovessem com seu gesto, ali abaixado a
colocar todas as suas flores sobre as mãos do
homem morto. Pois foi o que Pedro fez, voltando
em seguida para a sua favela do Esqueleto.
Naquela noite, não trabalhou.
Fonte: http://saresp.fde.sp.gov.br/2005/Arquivos/Provas_EF_2005/8%C2%B0s%C3%A9rie%20EF%20tarde.pdf
D1 Localizar informação explícita. (SARESP/2005)
21.A personagem Pedro vendia flores em
(A) bares de Copacabana.
(B) favelas no Esqueleto.
(C) portarias no Lido.
(D) repartições públicas
D8 – Formular hipóteses sobre o conteúdo do texto (SARESP)
22.No segundo parágrafo, o narrador relata o
sucesso da venda de flores quando Pedro
(A) enrola as hastes em papel prateado.
(B) enrola as hastes das flores e sai.
(C) entra nos bares e fica até de madrugada na
rua.
(D) conta o dinheiro e vai comer
D6 – Distinguir fato de opinião relativa ao fato. (SARESP/2005)
23.O fato que origina a crônica é a observação
do narrador sobre
(A) o comportamento do vendedor.
(B) a disposição das mesas do bar.
(C) o mistério das mulheres.
D) a organização das flores no cesto
D11 – Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e
o conflito gerador.(SARESP/2005)
24.O narrador apresenta a fala do personagem
na seguinte passagem:
(A)”Conversei uma vez com Pedro – o homem da
flor”.
(B)”Sim, talvez seja um bom psicólogo”.
(C)”- Mais flores daria se mais flores tivesse”.
(D) “Assim é Pedro - o homem da flor”.
D11 – Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa
e o conflito gerador. (SARESP/2005)
25.O narrador conta a trajetória profissional de
seu personagem com
(A) hostilidade e arrogância.
(B) tristeza e arrependimento.
(C) espanto e simpatia.
(D) ironia e desprezo
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão. (SARESP/2005)
26.Do trecho “Naquela noite não trabalhou”,
pode-se deduzir que a personagem
(A) deixara todas as suas flores no chão.
(B) era uma pessoa cheia de amargura
(C) estava cansado de vender flores
(D) ficara triste com a morte do colega.
Por que o mundo está tão desorientado
Domenico de Mais
Se eu tivesse de indicar qual denominador
comum psicológico caracteriza a sociedade atual
no mundo inteiro, não teria dúvida. Alguns povos
são dominadores, outros, submissos; alguns são
tímidos, outros agressivos. Há os desorganizados
e os extremamente metódicos. Alguns são laicos
e outros fundamentalistas. Também existem os
povos voltados para a modernidade e outros que
são tradicionalistas. No entanto, todos os povos
do mundo estão, hoje, desorientados.
O que leva a essa desorientação é a rapidez e a
multiplicidade das mudanças. Seis séculos antes de
Cristo, quando as transformações ocorriam
lentamente, Heráclito escreveu: "É na mudança que
as coisas se assentam". Mas poderíamos dizer isso
hoje? A invenção das técnicas para dominar o fogo,
o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio na
Mesopotâmia, as grandes descobertas científicas e
geográficas realizadas entre os séculos XII e XVI
representam saltos. No entanto, nenhuma dessas
mudanças se realizou em espaço de tempo inferior
à vida média de uma pessoa
Nenhum ser humano pôde assistir ao processo
inteiro.
Hoje as coisas são diferentes. Ao longo de
poucas décadas, passamos de uma economia
industrial centrada na produção de automóveis e
de eletrodomésticos a uma economia pós-
industrial centrada na produção de serviços,
informação, símbolos, valores e estética.
Passamos de uma cultura moderna de livros e de
jornais a uma pós-moderna feita de televisão e
internet. Saímos do poder exercido por capitães
da indústria para o de cientistas, artistas e da
mídia de massa. (...)
É como se, de improviso, uma imensa avalanche,
uma enorme massa d‘água, uma erupção
vulcânica e um terremoto se abatessem de uma
só vez sobre uma região tranquila, aterrorizando
seus habitantes. Alguns desses habitantes talvez
até contassem com a destruição, mas a grande
maioria foi surpreendida durante o sono e vive
agora na maior desorientação. (...)
Quem está desorientado passa, de fato, por uma
profunda sensação de crise, e quem se
sente em crise deixa de projetar o próprio futuro.
Quando uma pessoa, uma família ou um país
renuncia a projetar seu futuro, outro o projetará
no lugar deles. E não fará por bondade altruísta,
mas em proveito próprio.
(Revista Época, p. 92, 13/09/2007)
D6 – Distinguir fato de opinião relativa ao fato. (SARESP/2003)
27.“Passamos de uma cultura moderna de livros
e de jornais a uma pós-moderna feita de
televisão e internet”. Indique o trecho em que o
autor emite uma opinião a respeito da
constatação apresentada acima:
(A) ―Saímos do poder exercido por capitães da
indústria para o de cientistas, artistas e da mídia
de massa.‘‘
(B) “E não fará por bondade altruísta, mas em
proveito próprio”.
(C) “No entanto, nenhuma dessas mudanças se
realizou em espaço de tempo inferior à vida
média de uma pessoa”.
(D)Ӄ como se, de improviso, uma imensa
avalanche (...) se abatessem de uma só vez
sobre uma região tranquila, aterrorizando seus
habitantes”.
Câncer
As novas frentes de ataque
A ciência chega finalmente à fase de atacar o mal
pela raiz sem efeito colateral.
A luta contra o câncer teve grandes vitórias nas
últimas décadas do século 20, mas deve-se
admitir que houve também muitas esperanças de
cura não concretizadas. Após sucessivas
promessas de terapias revolucionárias, o século
21 começou com a notícia de uma droga
comprovadamente capaz de bloquear pela raiz a
gênese de células tumorais. Ela foi anunciada em
maio deste ano, na cidade de San Francisco, no
EUA, em uma reunião com a presença de cerca
de 26 mil médicos e pesquisadores. A genética,
que já vinha sendo usada contra o câncer em
diagnósticos e avaliações de risco, conseguiu,
pela primeira vez, realizar o sonho das drogas
“inteligentes”: impedir a formação de tumores.
Com essas drogas, será possível combater a
doença sem debilitar o organismo, como ocorre
na radioterapia e na quimioterapia convencional.
O próximo passo é assegurar que as células
cancerosas não se tornem resistentes à
medicação. São, portanto, várias frentes de
ataque. Além das mais de 400 drogas em testes,
aposta-se no que já vinha dando
certo, como a prevenção e o diagnóstico precoce.
Revista Galileu. Julho de 2001, p. 41.
D17 – Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas
marcadas por conjunções, advérbios etc. (SAEB/2011)
28.O conectivo “portanto”, (l.12), estabelece com
as ideias que o antecedem uma relação de
(A) adversidade.
(B) conclusão.
(C) comparação.
(D) finalidade.
D10 – Identificar o propósito comunicativo em diferentes
gêneros (Salto - 2013)
29.O texto acima tem a finalidade de
(A) informar que a ciências teve um grande
avanço na cura do câncer.
(B) divulgar a grande vitória da luta contra o
câncer nas últimas décadas.
(C) criticar o tratamento do câncer realizado
pelos médicos no século 20.
(D) apresentar pesquisa sobre o tratamento
D14 – Reconhecer as relações entre partes de um texto,
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua
continuidade de câncer realizado na Europa. (Salto - 2013)
30.No trecho”Após sucessivas promessas de
terapias revolucionárias, o século 21começou
com a notícia de uma droga capaz de bloquear
pela raiz a gênese de células tumorais. Ela foi
anunciada em maio deste ano, na cidade de San
Francisco, no EUA...” o termo destacado refere-
se a
(A) terapia. (B) gênese.
(C) luta. (D) droga. Copa do Mundo no Brasil. Dessa forma,
Especial Copa 2014 - Planejar é preciso podemos afirmar que
A decisão do Brasil em sediar a Copa do Mundo (A) Aldo Azevedo defende que os recursos do
de 2014 se divide em opiniões favoráveis e governo federal é uma forma de melhorar a
contrárias quanto ao fato do país receber infraestrutura das cidades que serão sede do
grandes eventos. Investir quantias que iriam ser evento.
destinadas para finalidades sociais mais (B) o Presidente Lula destaca que a aplicação de
emergenciais ou de maior relevância para a recursos do governo divulgará a grandeza do
população, visando viabilizar a realização dos país e irá elevar a autoestima do brasileiro.
jogos, gera um paradoxo em um país que busca C) a CBF apoia o Presidente Lula, enfatizando a
se destacar internacionalmente, mas que no seu importância da participação do Estado como
interior convive com uma enorme desigualdade organizador dos preparativos para a Copa.
social. (D) Cléber Bernucci acredita que países que
Para o jornalista esportivo Flávio Benvenuto, a destinam recursos para a realização de Copas
aplicação de recursos do governo federal em têm prejuízos em seus sistemas viários.
eventos esportivos de grande porte é uma forma
de melhorar a infraestrutura das cidades que
serão sedes do evento: “O governo terá de fazer
obras que facilitem o escoamento do trânsito,
melhorias nos setores urbanísticos, contenção da
violência e reformas em estádios que
promoverão a criação de empregos temporários
e agirão no desenvolvimento social e tecnológico
no Brasil”.
D19– Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de
Aldo Azevedo, especialista em Sociologia do palavras, frases ou expressões. (Goiás/2011)
Esporte e professor da UnB, acredita que o Pan- 32.Nessa tirinha, a palavra BLAM indica o
Americano 2007 irá trazer boas lições para os (A) barulho de um relâmpago.
organizadores do projeto da Copa do Mundo no (B) grito do bichinho que estava no livro.
Brasil quanto ao orçamento e desperdício de (C) som do livro se fechando.
recursos: ―Durante a realização das obras no (D) susto do homem vendo o bichinho.
Rio de Janeiro, Droga: uma "doença degenerativa" que está
foram destinados cerca de R$ 3,5 bilhões de debilitando o "organismo social" em que
reais para a concretização do evento que vivemos.
inicialmente havia sido orçado em R$ 300 O consumo de drogas está cada vez mais
milhões‖, ressalta o professor. presente em nosso dia a dia, isso por que a
A respeito da realização da Copa de 2014 no circulação e o tráfico desse entorpecente se
Brasil, o presidente Lula, em nome do Governo intensificaram enormemente nas últimas décadas
Federal, enfatiza que a aplicação de recursos por mais que as autoridades tenham investido
públicos é uma forma de divulgar a grandeza do bastante no combate a entrada deste “vírus” que
país e melhorar a autoestima do brasileiro. Já a afeta toda e qualquer pessoa independentemente
CBF, espera que o Estado apenas haja como um de classe social.
facilitador e indutor, deixando o capital privado Os usuários são indivíduos que, na maioria das
tomar conta dos preparativos da competição. vezes, não possuem boas condições financeiras
Cléber Bernucci, jornalista da rede SportTV, o que os levam a viverem em um verdadeiro
acredita que o planejamento é fundamental para inferno de desolações que é o mundo de
o Projeto 2014 vingar:‘‘ Já tivemos exemplos de fantasias dos dependentes químicos.
países como o México, o Chile e mais Infelizmente, as sociedades em geral julgam
recentemente Japão e Alemanha, que superficialmente os drogados sem saberem das
destinaram recursos para a realização das Copas suas intimidades e história de vida, as quais
e melhoraram seus sistemas viários, deixaram estão diretamente ligadas ao convívio familiar.
seus estádios mais modernos e criaram um Geralmente, os viciados químicos foram
sentimento de zelo pelo patrimônio construído‖, e induzidos por amigos ou conhecidos a usarem
conclui: “A Copa passa mas o legado fica”. drogas, uma vez que estas lhes conferem uma
Postado por Alexandre AzankFonte: http://opiniaofc.blogspot.com.br/2007/08/especial-
copa-2014-planejar-preciso.html. sensação momentânea de prazer e bem estar.
Mas, posso afirmar com certeza que após os
31.O texto “Especial Copa 2014 - Planejar é
efeitos alucinantes dos entorpecentes as
preciso” mostra diversas opiniões a respeito do
consequências são devastadoras e duradouras.
investimento de recursos para a realização da
Aliás, o uso de drogas proporciona, sem dúvida
alguma, mais desvantagens para quem consome
do que vantagens, se bem que esta última não
existe para quem usa drogas, isso é
simplesmente indiscutível.
Creio que não preciso entrar em detalhes a
respeito desse argumento, afinal de contas esta
não é a minha intenção, pois, suponho que todos
ou quase todos sabem sobre as consequências
do uso contínuo de drogas em geral. Só
lembrando aos leitores que semanticamente a
palavra droga já define por completo a sua
futilidade.
É importante lembrar também que conflitos
familiares passam a ser constantes nos lares de
qualquer família que possui pelo menos um dos
membros dependente das drogas.
Para finalizar quero deixar claro que o uso de
drogas não só no Brasil, mas em todo o mundo
está virando uma epidemia sem controle. Aliás, já
virou uma “doença degenerativa” que está
sufocando e debilitando, de certa forma, o
“organismo social" em que vivemos. Em outras
palavras, as autoridades devem e podem investir
mais em políticas públicas e campanhas
educativas voltadas ao combate tanto do tráfico
como do uso de drogas, sobretudo em locais
públicos. Afinal de contas os “donos” do poder
também são seres humanos que,
consequentemente, fazem parte desse
organismo social que, como uma joia preciosa,
devemos zelá-lo e protegê-lo, pois é usufruto de
todos, inclusive das novas gerações. Acredito
que em primeiro plano deve-se investir
principalmente em educação que é o combustível
que move todo e país, estado ou cidade.
Marcondes Torres, estudante e blogueiro desde
janeiro
D20 Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da
pontuação e de outras notações (Salto - 2013)
33.As aspas têm como função destacar uma
parte do texto, delimitar citações ou realçar uma
palavra ou expressão. A aspa utilizada pelo autor
na palavra ―donos‖ indica que
(A) há preocupação dos governantes em
combater as doenças degenerativas.
(B) os governantes estão incluídos no organismo
social e devem zelar por ele.
(C) o poder público deve investir em políticas
públicas ao combate do tráfico de uso de drogas.
(D) o poder público não está investindo em
politicas públicas ao combate do tráfico de uso de
drogas.
D15– Identificar a tese de um texto. (Salto - 2013)
34.A tese defendida pelo autor é:
(A) A insuficiência de investimento feito pelas
autoridades no combate ao uso de drogas.
(B) O consumo de drogas tem se intensificado
como um ―vírus‖ nas últimas décadas, apesar
de todo investimento das
das autoridades em seu combate.
(C) A falta de investimento pelas autoridades tem
aumentado o número de usuários de drogas.
(D) Os usuários de drogas são indivíduos que na
maioria das vezes não possuem boas condições
financeiras.
D9– Reconhecer gênero discursivo (Salto - 2013)
35.O texto Droga: uma "doença degenerativa"
que está debilitando o "organismo social" em
que vivemos é um
(A) artigo de opinião. (B) editorial.
(C) resenha. (D) crônica.
Texto I
A moda e a publicidade
Ana Sánchez de la Nieta
[…]
Se antes os ídolos da juventude eram os
desportistas e os atores de cinema, agora são as
modelos. [...]. Se, no passado, as mulheres
queriam presidir Bancos, dirigir empresas ou
pilotar aviões, hoje muitas só sonham em desfilar
pela passarela e ser capa da”Vogue”.
A vida de modelo apresenta-se para muitas
adolescentes como o cúmulo da felicidade:
beleza, fama, êxito e dinheiro. [...]
[...] Os aspectos relacionados com o físico são
engrandecidos. Esta é uma constante da
chamada civilização da imagem, imperante na
atualidade. [...] O tipo de atração que hoje impera
é o de uma magreza extrema. Esta é a causa
principal de uma enfermidade que ganha cada
vez mais importância na adolescência: a
anorexia, uma perturbação psíquica que leva a
uma distorção, a uma
falsa percepção de si mesmo. Na maioria dos
casos, esta enfermidade costuma começar com o
desejo de emagrecer. Se alguém se julga gordo
sente-se rejeitado por esta razão. Pouco a pouco
deixa de ingerir alimentos e perde peso. No
entanto, a pessoa continua a considerar-se
gorda, persiste a insegurança e começa a sentir-
se incapaz de comer. Esta enfermidade leva a
desequilíbrios psíquicos que podem acompanhar
a pessoa para o resto da sua vida e em não raras
ocasiões provoca a morte. Fonte:://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo3
Texto II
D13. Reconhecer diferentes formas de tratar uma
informação na comparação de textos de um mesmo
tema. (SME – RJ/2010)
36.Comparando os dois textos, pode-se dizer que
tratam do mesmo tema, porém
(A) o texto I informa sobre o problema da
anorexia e o II, de forma humorística, faz uma
crítica à magreza das modelos.
(B) o texto I critica as modelos por seguirem a
civilização da imagem e o II, defende a
perspectiva da civilização da imagem.
(C) o texto I defende as modelos que sofrem de
anorexia e o texto II, indica os problemas mais
comuns das modelos.
(D) o texto I explica os problemas decorrentes da
anorexia e o texto II, elogia a magreza extrema
das modelos.
D10 Identificar o propósito comunicativo em diferentes
gêneros.
37.O texto A moda e a publicidade tem a
finalidade de
(A) informar sobre o problema da anorexia, uma
enfermidade que ganha cada vez mais
importância na adolescência.
(B) divulgar sobre o problema da anorexia, uma
enfermidade que ganha cada vez mais
importância na adolescência.
(C) relatar sobre o problema da anorexia, uma
enfermidade que ganha cada vez mais
importância na adolescência.
(D) criticar sobre o problema da anorexia, uma
enfermidade que ganha cada vez mais
importância na adolescência.
Fácil assim?
Samy Santos
“A polícia quando quer, faz”. Por trás dessa
máxima se esconde o senso comum, falta de
pessoal e estrutura adequada para coibir a
criminalidade. A expressão do primeiro período
desse texto já está ―consagrada‖ no meio
social, visto que parte considerável da população
só vê a polícia como uma Instituição corrupta e
inoperante.
Esse debate volta à tona em razão dos
acontecimentos recentes. O delegado de
Camaçari, Cleiton Silva, foi morto numa tentativa
de assalto, e em menos de 12 horas todos os
bandidos que participaram do crime já haviam
sido presos.
O Estado brasileiro não oferece condições
adequadas de trabalho aos policiais, uma vez
que não há pessoal suficiente, treinamento
rigoroso, faltam viaturas, apoio logístico,
armamento e todo aparato responsável em
oportunizar uma atuação mais competente e
eficaz. Assim, é no mínimo incoerente exigir tanto
da polícia brasileira.
Não é objetivo desta discussão, no entanto,
mascarar e tampouco esconder falhas da polícia
que independem da falta de condições de
trabalho ofertadas pelo Estado, como abuso de
autoridade, corrupção, atividades ilícitas ou
violência gratuita, mas o de enfatizar que há
sérias razões que impedem e limitam o trabalho
da polícia brasileira.
Nesse ínterim, surge o questionamento: por qual
razão a polícia consegue dar resposta rápida a
criminalidade apenas em alguns casos? Como a
falta de estrutura é singular na Instituição,
sempre se acaba dando prioridade a alguns
casos, tal prioridade é mais notável em crimes
cometidos contra policiais, autoridades, pessoas
de social ou ainda que causam grande comoção
popular.
Dessa forma, o foco da discussão deveria ser
outro. A questão a ser discutida não é,
certamente, a resposta rápida que a polícia tem
dado em alguns casos, porém a implementação
de medidas que possibilite que tal Instituição aja
sempre de forma rápida e eficiente.
A violência alcançou níveis insustentáveis no
Brasil, e os crimes cometidos não fazem
acepção de pessoa, religião, etnia, gênero ou
conta bancária. É preciso, então, que o Estado
faça investimentos em áreas sensíveis, como
segurança pública, saúde, educação,
entretenimento, cultura, cidadania e emprego. As
ações elencadas aqui não contribuirão apenas
para amenizar a criminalidade, mas para elevar
os níveis de desenvolvimento do país. É hora de
avançar.
Posted in Atualidades, Coluna Samy Santos, Notícias, Polícia, Política | Tags: Artigo de Opinião, Bahia,
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D5. Identificar o tema ou assunto de um texto.
38.Em um texto de opinião a ―Tese‖ é a ideia
defendida pelo autor. A alternativa que resume a
tese do autor é
(A) “A polícia quando quer faz.”;
(B) “Esse debate volta à tona em razão dos
acontecimentos recentes;”
(C) “É hora de avançar;”
(D) “É no mínimo incoerente exigir tanto da
polícia brasileira.”
D16.Estabelecer relação entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-las.
39. O principal argumento do autor para sustentar
sua tese é:
(A) Crimes cometidos contra policiais,
autoridades, pessoas de representatividade
social, ou ainda que causam grande comoção
popular.
(B) Implementação de medidas que possibilite
que tal instituição aja de forma rápida e eficiente.
(C) É preciso investir na saúde.
(D) Após 12 horas todos os bandidos sempre são
presos
D8 – Formular hipóteses sobre o conteúdo do texto.
40. De acordo com o autor os motivos que
causam a violência é:
(A) A falta de segurança pública, saúde,
educação, entretenimento, cultura, cidadania e
emprego.
(B) Pessoa com representatividade social.
(C) Não exigir muito da polícia brasileira.
(D) Falta de viaturas e armamento.
D9 – Reconhecer gênero discursivo (Salto - 2013)
O texto “Fácil Assim?” pertence ao gênero
(A) artigo de opinião. (B) artigo cientifico.
(C) editorial. (D) crônica.
D17 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no
texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
42. No trecho” Não é objetivo desta discussão, no
entanto, mascarar e tampouco esconder falhas
da polícia que independem da falta de condições
de trabalho”[...]‘‘ o termo em destaque provoca no
leitor o efeito de sentido de
(A) contradição. (B) explicação.
(C) conclusão. (D) adição.
D6.Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
43. De acordo com a leitura do texto, podemos
afirmar que a posição do autor em relação ao fato
apresentado é:
(A) A polícia sempre resolve todos os problemas.
(B) A polícia, conforme a expressão utilizada
“quando quer faz”.
(C) Defende a ideia de uma alternativa diferente
para solucionar os problemas.
(D) Pensa que não há solução para a corrupção
na polícia.
O menino e o arco-íris
Era uma vez um menino curioso e entediado.
Começou assustando-se com as cadeiras, as
mesas e os demais objetos domésticos.
Apalpava-os, mordia-os e jogava-os no chão:
esperava certamente uma resposta que os
objetos não lhe davam. Descobriu alguns objetos
mais interessantes que os sapatos: os copos –
estes, quando atirados ao chão, quebravam-se.
Já era alguma coisa, pelo menos não
permaneciam os mesmos depois da ação. Mas
logo o menino (que era profundamente
entediado) cansou-se dos copos: no fim de tudo
era vidro e só vidro.
Mais tarde pôde passar para o quintal e
descobriu as galinhas e as plantas. Já eram mais
interessantes, sobretudo as galinhas, que
falavam uma língua incompreensível e bicavam a
terra.
Conheceu o peru, a galinha d´Angola e o pavão.
Mas logo se acostumou a todos eles, e continuou
entediado como sempre.
Não pensava, não indagava com palavras, mas
explorava sem cessar a realidade.
Quando pôde sair à rua, teve novas esperanças:
um dia escapou e percorreu o maior espaço
possível, ruas, praças, largos onde meninos
jogavam futebol, viu igrejas, automóveis e um
trator que modificava um terreno. Perdeu-se.
Fugiu outra vez para ver o trator trabalhando.
Mas eis que o trabalho do trator deu na
banalidade: canteiros para flores convencionais,
um coreto etc. E o menino cansou-se da rua,
voltou para o seu quintal.
O tédio levou o menino aos jogos de azar, aos
banhos de mar e às viagens para a outra
margem do rio. A margem de lá era igual à de cá.
O menino cresceu e, no amor como no cinema,
não encontrou o que procurava. Um dia,
passando por um córrego, viu que as águas eram
coloridas.
Desceu pela margem, examinou: eram coloridas!
Desde então, todos os dias dava um jeito de ir
ver as cores do córrego. Mas quando alguém
lhe disse que o colorido das águas provinha de
uma lavanderia próxima, começou a gritar que
não, que as águas vinham do arco-íris. Foi
recolhido ao manicômio.
E daí?
(GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris. São Paulo: Ática, 2001. p. 5)
D14 – Reconhecer as relações entre partes de um texto,
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua
continuidade (SARESP/2010)
44.Na expressão ”Mas logo se acostumou a
todos eles”, o termo destacado refere-se a
(A) animais no quintal. (B) cadeiras e mesas.
(C) sapatos e copos. (D) jogos de azar.
D5 – Identificar o tema ou assunto de um texto. (SARESP/2010)
45.O tema do texto é
(A) a curiosidade. (B) a insatisfação.
(C) a natureza. (D) a saudade.
D8 – Formular hipóteses sobre o conteúdo do texto.
(SARESP/2010)
46. De acordo com o texto, o menino procurava,
desde criança, por
(A) alguma coisa surpreendente.
(B) galinhas e plantas interessantes.
(C) um arco-íris.
(D) banhos de mar.
D11 – Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e
o conflito gerador. (SARESP/2010)
47.”E daí?” A frase final do texto demonstra que a
opinião do narrador sobre o destino do menino é
de
(A) pena e desespero.
(B) simpatia e aprovação.
(C) indiferença e conformismo.
(D) esperança e simpatia.
D20 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da
pontuação e de outras notações (SARESP/2010)
48.No trecho “Desceu pela margem, examinou:
eram coloridas!” o ponto de exclamação indica
(A) o tédio do menino.
(B) a surpresa do menino.
(C) a dúvida do narrador.
(D) o comentário do narrador.
D9 – Reconhecer gênero discursivo. (SARESP/2010)
49.O texto acima é
(A) uma crônica. (B) uma notícia.
(C) um informativo. (D) uma fábula.
Tudo vai melhorar!
Numa feira de agropecuária, um fazendeiro do
Mato Grosso do Sul encontrou-se com um
Fazendeiro do estado do Tocantins:
O Fazendeiro do Mato Grosso do Sul
perguntou:
- Cumpadre! Se o senhor não se importa deu
perguntar, Qual é o tamanho da sua fazenda?
O Fazendeiro do Tocantins respondeu:
- Oía cumpadre! Acho que deve di dar aí uns
quatrocentos hectare é piquinina! E a sua?
Como o fazendeiro do Mato Grosso do Sul era
daquele tipo meio arrogante e cheio de mania de
grandeza ele foi logo esnobando o outro
fazendeiro dizendo:
- Cumpadre! O senhor sabe que eu nunca me
interessei de contá eu só sei que eu saio de
manhã bem cedinho e quando é meio dia eu
ainda nem cheguei na metade da propriedade.
Respondeu o fazendeiro do Mato Grosso.
O fazendeiro do Tocantins, comovido, deu uns
tapinhas nas costas do fazendeiro do Mato
Grosso e disse:
- Eu sei cumpadre!... Eu sei! No começo eu
também andava de carroça...Squenta não!...
Guenta firme cumpadre! Tenho certeza que tudo
vai melhorar! Edilson Rodrigues Silva acesso 03/09/2012
D2 – Inferir informação em texto verbal.
50. A partir da leitura do texto pode–se inferir
que, o meio de transporte que o fazendeiro do
Mato Grosso do Sul utilizava para andar em sua
fazenda era
(A) carro esporte (B) carroça.
(C) moto. (D) bicicleta.
D23 – Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas
linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor.
51. No texto as palavras, ―Cumpadre, Oía,
piquinina, contá, squenta, guenta‖ usadas pelos
fazendeiros do Tocantins e do Mato Grosso do
Sul é uma linguagem
(A) científica. (B) formal.
(C) informal. (D) técnica.
Alta Velocidade
Já fazia um bom tempo que aquele policial
estava de olho naquele motorista apressadinho.
Ele pensou:
Amanhã esse cara não vai me escapar. Vou
pará-lo e lhe darei uma multa daquelas bem
salgadas. O engraçadinho não perde por
esperar.
No dia seguinte o policial fez o sinal para que o
motorista infrator parasse. O motorista atendeu
prontamente e parou o veículo. Sem perder
tempo o policial foi logo dizendo:
- hãm!...hãm! Bonito heim! Até que enfim nos
encontramos. Por acaso o senhor sabia que já
faz um bom tempo que eu estava a
sua espera. - Puxa vida seu policial!
Sinceramente, sinto muito! Eu juro que eu não
sabia, só fiquei sabendo disso há alguns minutos
atrás e, como o senhor mesmo viu, eu vim o mais
rápido que pude... Edilson Rodrigues Silva – acesso 3/09/2012
D21 – Reconhecer o efeito decorrente do emprego de recursos
estilísticos e morfossintáticos
52. No texto os termos “apressadinho” e
“engraçadinho” foram utilizados no sentido de
(A) desprezo. (B) vingança.
(C) emoção. (D) tristeza.
D9 – Reconhecer gênero discursivo.
53. O texto acima é
(A) uma crônica. (B) um conto.
(C) uma novela. (D) uma notícia.
O mato
Veio o vento frio, e depois o temporal noturno, e
depois da lenta chuva que passou toda a manhã
caindo e ainda voltou algumas vezes durante o
dia, a cidade entardeceu em brumas. Então o
homem esqueceu o trabalho e as promissórias,
esqueceu a condução e o telefone e o asfalto, e
saiu andando lentamente por aquele morro
coberto de um mato viçoso, perto de sua casa. O
capim cheio de água molhava seu sapato e as
pernas da calça; o mato escurecia sem
vagalumes nem grilos.
Pôs a mão no tronco de uma árvore pequena,
sacudiu um pouco, e recebeu nos cabelos e na
cara as gotas de água como se fosse uma
bênção. Ali perto mesmo a cidade murmurava,
estalava com seus ruídos vespertinos, ranger de
bondes, buzinar impaciente de carros, vozes
indistintas; mas
ele via apenas algumas árvores, um canto de
mato, uma pedra escura. Ali perto, dentro de uma
casa fechada, um telefone batia, silenciava, batia
outra vez, interminável, paciente, melancólico.
Alguém com certeza já sem esperança, insistia
em querer falar com alguém.
Por um instante, o homem voltou seu
pensamento para a cidade e sua vida. Aquele
telefone tocando em vão era um dos milhões de
atos falhados da vida urbana. Pensou no
desgaste nervoso dessa vida, nos desencontros,
nas incertezas, no jogo de ambições e vaidades,
na procura de amor e
de importância, na caça ao dinheiro e aos
prazeres. Ainda bem que de todas as grandes
cidades do mundo o Rio é a única a permitir a
evasão fácil para o mar e a floresta. Ele estava ali
num desses limites entre a cidade dos homens e
a natureza pura; ainda pensava em seus
problemas urbanos —mas um camaleão correu
de súbito, um passarinho piou triste em algum
ramo, e o homem ficou atento àquela humilde
vida animal e também à vida silenciosa e úmida
das árvores, e à pedra escura, com sua pele de
musgo e seu misterioso coração mineral.
E pouco a pouco ele foi sentindo uma paz
naquele começo de escuridão, sentiu vontade de
deitar e dormir entre a erva úmida, de se tornar
um confuso ser vegetal, num grande sossego,
farto de terra e de água; ficaria verde, emitiria
raízes e folhas, seu tronco seria um tronco
escuro, grosso, seus ramos formariam copa
densa, e ele seria, sem angústia nem amo, sem
desejo nem tristeza, fone, quieto, imóvel, feliz.
(Rubem Braga)
1 pão médio sal a gosto
Modo de Preparo:
Coloque em uma tigela o atum, o azeite de oliva,
a pimenta-do-reino e o sal. Mexa vigorosamente
com uma colher até obter uma mistura
homogênea.
Reserve. Lave a maçã, seque-a, corte em fatias
finas e coloque-as em outra tigela. Regue-as com
o vinagre e reserve. Lave as folhas de alface,
seque-as com toalha de papel. Reserve. Abra o
pão no sentido horizontal. Em uma das metades,
disponha as folhas de alface e as maçãs.
Espalhe a pasta de atum e feche o sanduíche.
Fonte: http://cozinhamultimidia.blogspot.com/2009/06/carlos.html)

D9 – Reconhecer gênero discursivo. D12 – Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e

opiniões na comparação entre textos
54. O texto “O mato” é uma
56. Comparando os dois textos pode-se afirmar
(A) novela. (B) noticia.
que:
(C) crônica. (D) reportagem.
D17 – Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas
(A) o texto I explica de forma objetiva como
marcadas por conjunções, advérbios etc. preparar o croquete de galinha e o II, explica de
55. O termo ali (2º parágrafo) no texto indica forma subjetiva o modo de preparar o sanduiche.
(A) tempo. (B) lugar. (B) o texto I apresenta as quantidades para fazer
(C) causa. (D) modo. o croquete de galinha estão especificadas e o II,
TEXTO I não especifica quantidades para fazer o
Poema culinário Sanduíche de atum com maçã.
Carlos Drummond de Andrade (C) o texto I apresenta os ingredientes para fazer
No croquete de galinha, o croquete de galinha de forma literária e o II,
A cebola batidinha apresenta de forma não-literária.
Com duas folhas de louro (D) o texto I está escrito em forma de prosa e o
Vale mais do que um tesouro texto II está escrito em forma de versos.
Também dois dentes de alho Formular perguntas sobre o cotidiano
Nunca serão espantalho. Entender não significa apenas reconhecer o
(Ao contrário) E três tomates, assunto, mas desenvolver uma relação entre os
Em vez de causar dislates, seus saberes e as informações externas ao
Sem peles e sem sementes, próprio assunto.
São ajudas pertinentes Ler o mundo, decifrá-lo e reconstruí-lo, é ideal
Ao lado do sal, da salsa, para o desenvolvimento não só de textos, mas
(A receita nunca é falsa) também da vida. O ser humano deveria ter um
Todos boiam na manteiga olhar atento para o que o rodeia, de forma a
De natural doce e meiga. comparar, relacionar e inferir sobre suas leituras,
E para maior deleite, filmes, papos entre amigos, revistas de qualidade
Um copo e meio de leite. e trazer tudo isso para seu universo pessoal.
Ah, me esqueci: três ovos Infelizmente, a fase dos porquês ficou isolada em
Bem graúdos e bem novos nossa infância e deixamos de indagar sobre os
Junto à farinha de rosca mistérios da vida. Questionar é o início da
(Espante-se logo a mosca) aprendizagem. [...]
Mais a pitada de óleo, Se o mundo onde nos encontramos não nos dá
Sem se manchar o linóleo, respostas, procuramos em outros mundos, em
E mais farinha de trigo...Ai, meu Deus, outros meios, mas, se nos calamos, tornamo-nos
deixa comigo! mudos intelectualmente.
TEXTO II Formular perguntas sobre os vários fatos de
Sanduíche de atum com maçã nosso cotidiano e buscar respostas nas mais
Ingredientes diversas fontes ideológicas, culturais e filosóficas
1 lata pequena de atum é crucial, pois são essas informações que irão
1 colher (sopa) de azeite de oliva fundamentar o texto.
1 pitada de pimenta-do-reino branca Língua Portuguesa – Especial Redação.São Paulo: Editora Segmento, 2008. p. 43.
D15.Identificar a tese de um texto. (Goiás/2011)
1 maçã fuji 57.O autor desse texto defende a ideia
1 colher (sopa) de vinagre de vinho branco 4 (A) da busca de informações diariamente.
folhas de alface crespa
(B) da necessidade de questionamento 59.No final desse texto, a expressão ”parece
constante. imaginação” sugere que as pessoas muito
(C) de atentar para o conhecimento que há nos necessitadas
filmes. (A) incomodam a sociedade.
(D) de discutir com amigos assuntos variados. (B) precisam de ajuda material.
UM DIA DE PROFESSOR (C) provocam sentimento de culpa.
„„E Dom Pedro tirou a espada e gritou...” (D) são socialmente invisíveis.
"E Dom Pedro tirou a espada e gritou...» Eu Valsinha
Iecionava para crianças de 7 anos. O Vinícius de Moraes - Chico Buarque
desenho do personagem He-man, com sua Um dia ele chegou tão diferente
poderosa espada de Greyskull, era febre entre a Do seu jeito de sempre chegar
garotada. Olhou-a dum jeito muito mais quente
Na semana da Pátria, eu estava empolgadíssima, Do que sempre costumava olhar
falando sobre a Independência do Brasil. E não maldisse a vida tanto
Contava sobre a chegada de Dom Pedro às Quanto era seu jeito de sempre falar
margens do riacho do Ipiranga, onde havia E nem deixou-a só num canto
ocorrido o grito da Independência. Diante da Pra seu grande espanto
classe atenta, eu gesticulava, dando um colorido Convidou-a pra rodar
especial ao episodio: Então ela se fez bonita
— Dom Pedro, indignado, tirou a espada e Como há muito tempo não queria ousar
disse... Com seu vestido decotado
Nesse momento, um aluno se antecipou e, do Cheirando a guardado
meio da sala, gritou: De tanto esperar.
— Pelos poderes de Greyskull !!! Depois os dois deram-se os braços
Parei espantada, olhei para ele e cai na Como há muito tempo
gargalhada acompanhada, é claro, pelo Não se usava dar
restante da classe. FELISIMINA DALVA TEIXEIRA, dalvafelis@uol.com.br E cheios de ternura e graça
D22 -Reconhecer efeitos de humor e ironia Foram para a praça
58. Nesse texto, o humor é provocado E começaram a se abraçar.
(A) pela atitude desinibida da professora. E ali dançaram tanta dança
(B) pela frase atribuída a Dom Pedro. Que a vizinhança toda despertou
(C) pelo gesto heroico de Dom Pedro. E foi tanta felicidade
(D) pelo desempenho dos estudantes na sala. Que toda a cidade
Além da imaginação Enfim se iluminou
Tem gente passando fome. E foram tantos beijos loucos
E não é a fome que você imagina Tantos gritos roucos
entre uma refeição e outra. Como não se ouvia mais
Tem gente sentindo frio. Que o mundo compreendeu
E não é o frio que você imagina E o dia amanheceu em paz.
entre o chuveiro e a toalha. D9- Identificar o gênero discursivo.
Tem gente muito doente. 60. O texto ‗‗Valsinha‘‘, de Chico Buarque e
E não é a doença que você imagina Vinícius de Moraes é
entre a receita e a aspirina. (A) um poema (B) um conto.
Tem gente sem esperança. (C) uma crônica. (D) uma resenha.
E não é o desalento que você imagina Eu sei, mas não devia Marina Colasanti
entre o pesadelo e o despertar. Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
Tem gente pelos cantos. A gente se acostuma a morar em apartamentos
E não são os cantos que você imagina de fundos e a não ter outra vista que não seja as
entre o passeio e a casa. janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se
Tem gente sem dinheiro. acostuma a não olhar para fora. E, porque não
E não é a falta que você imagina olha para fora, logo se acostuma a não abrir de
entre o presente e a mesada. todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas,
Tem gente pedindo ajuda. logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à
E não é aquela que você imagina medida que se acostuma, esquece o sol,
entre a escola e a novela. esquece o ar, esquece a amplidão.
Tem gente que existe e parece A gente se acostuma a acordar de manhã
imaginação. sobressaltado porque está na hora. A tomar o
TAVARES, Ulisses. Viva a poesia viva. São Paulo: Saraiva, 1977. p.5(SIMAVE)
D2 - Inferir uma informação em texto verbal.
café correndo porque está atrasado. A ler o jornal
no ônibus porque não pode perder o tempo da
viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no
ônibus porque está cansado. A deitar cedo e
dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre
a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos
e que haja números para os mortos. E, aceitando
os números, aceita não acreditar nas
negociações de paz. E, não acreditando nas
negociações de paz, aceita ler todo dia da
guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e
ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir
para as pessoas sem receber um sorriso de
volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser
visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que
deseja e o de que necessita. E a lutar para
ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar
menos do que precisa. E a fazer fila para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem. E a
saber que cada vez pagar mais. E a procurar
mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para
ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver
cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A
ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao
cinema e engolir publicidade. A ser instigado,
conduzido, desnorteado, lançado na infindável
catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas
fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os
olhos levam na luz natural. Às bactérias da água
potável. À contaminação da água do mar. À lenta
morte dos rios. Se acostuma a não ouvir
passarinho, a não ter galo de madrugada, a
temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no
pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não
sofrer. Em doses pequenas, tentando não
perceber, vai afastando uma dor aqui, um
ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema
está cheio, a gente senta na primeira fila e torce
um pouco o pescoço. Se a praia está
contaminada, a gente molha só os pés e sua no
resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente
se consola pensando no fim de semana. E se no
fim de semana não há muito o que fazer a gente
vai dormir
cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre
sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na
aspereza, para preservar a pele. Se acostuma
para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-
se de faca e baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida. Que
aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto
acostumar, se perde de si mesma.
Fonte: Disponível em < http://www.releituras.com/mcolasanti_eusei.asp> Acesso em 06/02
D9 – Reconhecer gênero discursivo
61. O texto, Eu sei, mas não devia, é um(a)
(A) conto. (B) romance.
(C) crônica. (D) editorial.
O texto na era digital
Houve um tempo em que o hábito de manter
cadernos de anotações era algo bastante
corriqueiro. Os chamados de ”livros de lugares-
comuns” eram utilizados pelos leitores para o
registro de trechos e passagens interessantes
com que se deparavam em suas leituras. Mas,
além de transcrições, esses cadernos também
reuniam apontamentos sobre a vida cotidiana.
Essas informações eram agrupadas e
reorganizadas à medida que novos excertos iam
sendo acrescidos. O
hábito espalhou-se e muitos escritores famosos
cultivaram essa maneira não linear e
fragmentada de veicular informações.
Hoje, essa tradição de escrita parece mais viva
do que nunca, impulsionada por novas
tecnologias e pela comunicação em rede. Não é
exagero afirmar que e-mails, blogs e redes de
relacionamento já deixaram uma marca relevante
na produção textual contemporânea. A internet
tornou os textos mais naturais e coloquiais,
embora não seja a única responsável por essas
mudanças.
Com cada vez mais usuários — o acesso a redes
no Brasil aumentou 35% entre 2008 e 2009— a
internet está criando novos hábitos de
comunicação entre as pessoas, que acabam se
adaptando às facilidades da nova tecnologia. Isso
vale tanto para a leitura, em vista da profusão de
textos veiculados na rede, quanto para a escrita,
principal meio de expressão do internauta (pelo
menos até que as conversas “via voz” se tornem
mais corriqueiras).
Ao contrário da minha opinião, há quem veja
nessa torrente de informações que jorra na
internet um fator negativo, dificultando nossa
concentração em textos de fôlego como
romances. O crítico de tecnologia Nicholas Carr
defende a tese de que a navegação na internet
está interferindo em nossa capacidade de leitura,
dando a entender que a experiência de ler
proporcionada pela internet é bastante
superficial.
O escritor Michel Laub aprova os novos hábitos
de leitura incutidos pela tecnologia. Para ele, a
propensão a mensagens mais curtas em sites e
blogs não nos tornou necessariamente mais
dispersos ou desatentos. Ao contrário, lê-se mais
do que antigamente:
— Os que leem textos mais longos e difíceis são esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A
uma minoria como sempre foram. Mas o chuva de canivetes. [...]”
restante das pessoas, que há uma década não lia Todas as frases do texto começam com "a
nada, hoje trabalha com o texto escrito boa parte chuva". Esse recurso é utilizado para
do tempo, e isso cria um certo hábito de leitura, (A) provocar a percepção do ritmo e da
mesmo que diluído — afirma. Embora não se sonoridade.
possa afirmar categoricamente que a internet (B) provocar uma sensação de relaxamento dos
favoreceu o desenvolvimento de uma ―cultura sentidos.
letrada‖, com ênfase em informações profundas e (C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da
relevantes, ela reforçou o peso da palavra escrita chuva.
no cotidiano das pessoas. (D) sugerir a intensidade e a continuidade da
MURANO, Edgard. Revista Língua. São Paulo: Segmento, ano 5, n. 64, fev. 2011. Adaptado.
D14 – Reconhecer as relações entre partes de um texto, chuva.
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua Línguas são assunto de Estado
continuidade
Diferentes nações escolhem diferentes soluções
62. No trecho, “Embora não se possa afirmar para o problema da penetração do
categoricamente que a internet favoreceu o idioma estrangeiro, dependendo, entre outras
desenvolvimento de uma ―cultura letrada‖, com coisas, da realidade social do país. Mas, em
ênfase em informações profundas e relevantes, todas elas, a linguagem é tratada como questão
ela reforçou o peso da palavra escrita no de Estado. As nações procuram normatizar e
cotidiano das pessoas‖, o termo destacado refere regular os idiomas que utilizam, visando o
– se a processo de identidade nacional.
(A) pessoas. (B) informação. A França, por exemplo, possui, além do francês,
(C) cultura. (D) internet. algumas outras línguas minoritárias faladas pela
RETRATO população como o bretão, o catalão e o basco.
Eu não tinha este rosto de hoje, Há, na França, várias organizações dedicadas à
assim calmo, assim triste, assim magro, língua francesa e à sua defesa contra os
nem estes olhos tão vazios, “estrangeirismos”. A legislação sobre o idioma
nem o lábio amargo. francês é bastante detalhada. [...]
Eu não tinha estas mãos sem força, Nos Estados Unidos, além do inglês, o espanhol
tão paradas e frias e mortas; é amplamente falado, em decorrência da forte
eu não tinha este coração presença de imigrantes hispano-americanos. [...]
que nem se mostra. O tratamento do tema nos Estados Unidos é bem
Eu não dei por esta mudança, mais flexível que na França. A Constituição norte-
Tão simples, tão certa, tão fácil: americana, por exemplo, não estabelece o inglês
— Em que espelho ficou perdida como língua oficial [...]
a minha face? Isso não impede que haja tentativas de se adotar
MEIRELES, Cecília: poesia. Por Darcy Damasceno. Rio de Janeiro, Agir, 1974. p 19-20.
leis restritivas – como a proposição 227 na
D5 - Identificar o tema ou assunto de um texto.
63. O tema do texto é Califórnia, que, se aprovada, obrigará todas as
(A) a consciência súbita sobre o envelhecimento. escolas daquele estado a ministrar as aulas em
(B) a decepção por encontrar-se já fragilizada. inglês.
(C) a falta de alternativa face ao envelhecimento. O espanhol é hoje a segunda língua mais falada
(D) a recordação de uma época de juventude. nos Estados Unidos. [...] A mistura entre inglês e
D3.Inferir o sentido de palavra ou expressão. espanhol atingiu tal nível que já se cunhou um
64. No verso: Eu não tinha estas mãos sem novo termo para descrevê-la: o spanglish.
forças ... Podemos inferir: D10 – Identificar o propósito comunicativo em diferentes
gêneros. (Salto - 2013)
(A) as forças das mãos acabaram por causa da 66. A finalidade do texto ”Línguas são assunto
idade. de Estado” é
(B) as mãos não tinham forças na juventude. (A) analisar os idiomas de diferentes nações.
(C) as mãos tinham forças na juventude. (B) apresentar informações sobre os idiomas
(D) as forças das mãos não se acabaram. (C) criticar legislação dos Estados Unidos.
D21 – Reconhecer o efeito decorrente do emprego de recursos
estilísticos e morfossintáticos (D) defender o estrangeirismo no Brasil.
65. Leia: ”A chuva derrubou as pontes. A chuva D14 – Reconhecer as relações entre partes de um texto,
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua
transbordou os rios. A chuva molhou os continuidade(Salto-2013)
transeuntes. A chuva encharcou as praças. A 67.No trecho “Diferentes nações escolhem
chuva enferrujou as máquinas. A chuva diferentes soluções para o problema da
enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de penetração do idioma estrangeiro, dependendo,
terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva entre outras coisas, da realidade social do país.
Mas, em todas elas, a linguagem é tratada como
questão de Estado.” o termo em destaque refere-
se a
(A) coisas. (B) línguas.
(C) estados. (D) nações.
O silêncio do rouxinol
[...]
Na época de Salomão, o melhor dos reis, um
homem comprou um rouxinol que possuía uma
voz excepcional. Colocou-o numa gaiola em que
nada faltava ao pássaro e na qual ele cantava,
horas a fio, para encanto da vizinhança.
Certo dia, em que a gaiola havia sido
transportada para uma varanda, outro pássaro se
aproximou, disse qualquer coisa ao rouxinol e
voou. A partir desse momento, o incomparável
rouxinol emudeceu.
Desesperado, o homem levou seu pássaro à
presença do profeta Salomão, que conhecia a
linguagem dos animais, e lhe pediu que
perguntasse ao pássaro o motivo de seu silêncio.
O rouxinol disse a Salomão:
– Antigamente eu não conhecia nem caçador,
nem gaiola. Depois me apresentaram a uma
armadilha, com uma isca bem apetitosa, e caí
nela, levado pelo meu desejo. O caçador de
pássaros levou-me, vendeu-me no mercado,
longe da minha família, e fui parar na gaiola
deste homem que aí está. Comecei a me
lamentar noite e dia, lamentos que este homem
tomava por cantos de gratidão e alegria. Até o dia
em que outro pássaro veio me dizer: ―Pare de
chorar, porque é por causa dos seus gemidos
que eles o mantêm nessa gaiola‖. Então, decidi
me calar.
Salomão traduziu essas poucas frases para o
proprietário do pássaro. O homem se
perguntou: ―De que adianta manter preso um
rouxinol, se ele não canta?‖. E lhe devolveu a
liberdade.
CARRIÈRE. Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos
filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2
D11 – Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e
o conflito gerador. (Salto-2013)
68.No texto, o que gera o conflito da narrativa é o
fato de o rouxinol
(A) calar-se após receber a visita de outro
pássaro.
(B) possuir uma voz excepcional.
(C) encantar a vizinhança com sua música.
(D) ser transportado para uma varanda.
STF rejeita Mandado de Segurança contra
Mais Médicos Gabriel Mandel
O ministro Ricardo Lewandowski, presidente em
exercício do Supremo Tribunal Federal,
rejeitou liminarmente Mandado de Segurança
impetrado pela Associação Médica Brasileira
(AMB) contra o programa Mais Médicos, criado
pelo governo federal para levar profissionais
brasileiros ou estrangeiros às cidades com alta
demanda de profissionais.
Ainda sem analisar o mérito, o ministro apontou
que a AMB parece pedir a declaração de
inconstitucionalidade da Medida Provisória 621,
que criou o Mais Médicos. Entretanto, ele
argumentou que o Mandado de Segurança não é
o recurso adequada para isso.
Além disso, ele aponta que o STF não costuma
analisar o mérito das políticas públicas,
principalmente no que diz respeito aos critérios
de oportunidade e conveniência. Em sua decisão,
ele diz que o Mais Médicos ―configura uma
política pública da maior importância social‖,
principalmente por conta da carência de
profissionais.
Para Lewandowski está configurado o princípio
de periculum in mora inverso ao pedido. Ou seja,
o perigo na demora do fato existe, mas é
favorável à população. O ministro indica que o
Supremo só analisa os requisitos de relevância e
urgência em casos de flagrante abuso de poder
ou desvio de finalidade, o que não ficou
configurado no caso.
Lewandowski determinou que a AMB adote as
providências cabíveis para a promoção da
citação dos litisconsortes passivos em até 30
dias, sob risco de extinção do processo.
O ministro ainda registra que os profissionais
brasileiros terão prioridade no preenchimento
das vagas, podendo inclusive escolher as
cidades em que preferem exercer a profissão.
Além disso, cita ele, o Brasil teve déficit de 54 mil
graduados em Medicina entre 2003 e 2011,
consequência da abertura de 147 mil postos de
trabalho e da formação de 93 mil estudantes.
Ele destaca o baixo número de médicos no país
(1,8 para cada mil habitantes), distante do
registrado na Argentina, Uruguai, Austrália e
países da Europa. O percentual de profissionais
formados no exterior (17,6%) também fica longe
da Inglaterra, país em que 40% dos médicos
terminaram a faculdade em outro país.
A AMB alega que ao não exigir a revalidação do
diploma obtido no exterior, o Mais Médicos
desrespeita o direito ao livre exercício profissional
mediante as qualificações necessárias, como
consta do artigo 5º, inciso XIII da Constituição.
O Mandado de Segurança também questiona o
artigo 37, inciso II da Constituição, uma vez
que o programa permitiria a médicos estrangeiros
trabalhar no Brasil sem o devido concurso de
títulos ou títulos e prova. Além disso, a categoria
aponta que não estão definidos os pressupostos
de relevância e urgência, requisitos necessários
para a edição de Medida Provisória.
Fontes: http://www.conjur.com.br/2013-jul-26/lewandowski-rejeita-mandado-seguranca-programa-medicos.
D13 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
na comparação de textos de um mesmo tema. (Salto-2013)
69.O texto acima apresenta opiniões distintas
sobre o programa Mais Médicos, a partir
das informações pode-se afirmar que
(A) para o ministro Lewandowski, o programa
Mais Médicos é uma política pública de grande
importância para a sociedade, já a AMB afirma
que os profissionais brasileiros terão prioridade
no preenchimento das vagas.
(B) a AMB e o ministro Lewandowski são
favoráveis à implantação do programa Mais
Médicos, que pretende levar profissionais
brasileiros ou estrangeiros às cidades com alta
demanda de profissionais.
(C) a AMB e o ministro Lewandowski são
contrários à implantação do programa Mais
Médicos, que pretende levar profissionais
brasileiros ou estrangeiros às cidades com alta
demanda de profissionais.
(D) para o ministro Lewandowski, o programa
Mais Médicos configura uma política pública de
maior importância social, já a AMB alega que o
programa desrespeita o direito ao livre exercício
profissional.
D8 – Formular hipóteses sobre o conteúdo do texto.
70.Associação Médica Brasileira (AMB) é contra
o programa Mais Médicos porque
(A) não exige a revalidação do diploma obtido no
exterior que desrespeita o direito ao livre
exercício profissional mediante as qualificações
necessárias.
(B) configura uma política pública da maior
importância social, principalmente por conta da
carência de profissionais.
(C) permite aos profissionais estrangeiros
prioridade no preenchimento das vagas
oferecidas.
(D) a quantidade de médicos é suficiente para
suprir a alta demanda de profissionais no Brasil.
D23 – Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas
linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor. (Salto-
2013)
71.Os termos “impetrar, Mandado de Segurança,
periculum in mora e litisconsortes”, geralmente,
são utilizados por profissionais da área de
(A) saúde. (B) justiça.
(C) educação. (D) comércio.
A carregadora de pedras
Desde que conquistou o direito à jornada dupla
de trabalho, a chamada mulher moderna ainda
parece estar longe de conseguir desfazer o mal-
entendido que provocou ao brigar pela igualdade
profissional com os homens. Não era bem isso:
mas no afã de se libertar de outras
opressões, ela acabou partindo para o mercado
de trabalho como se ele fosse a solução de todos
os problemas – financeiros, conjugais, maternais
e muitos outros ais. E pagou o preço da
precipitação, claro.
Agora não adianta chorar sobre o leite derramado
- até porque a maior parte das vezes continua
sendo ela que vai limpar, ah, ah. Mas, falando
sério, todas sabemos que há muito a fazer para
promover alguns ajustes e atualizações nessa
relação de direitos e deveres de homens e
mulheres. Como falar sobre isso ajuda, vamos lá.
Em primeiro lugar, a questão do tempo livre. Que
não existe, de fato. Aquele ditado que
enquanto se descansa carrega pedras foi feito
para ela.
Trabalhe fora ou dentro de casa, a mulher
dificilmente se livra da carga das tarefas
domésticas – mesmo que não se envolva
pessoalmente. Costuma ser dela a
responsabilidade pela arregimentação de
empregadas, faxineiras, babás, jardineiros,
lavadeiras, passadeiras, prestadores
de serviços em geral, sem falar no abastecimento
da casa. Quando dá tudo certo, ainda vai. Só
que, se alguma coisa der errado, a cobrança da
família será terrível. No vasto histórico da luta
feminina, muitas mulheres conseguiram
autorização de seus maridos para trabalhar fora
com a condição de que, antes de tudo,
garantissem que os afazeres domésticos seriam
cumpridos sem alteração.
Apesar de triste, o pacto legitimou, com um preço
altíssimo, um sem número de vitórias pessoais.
Aquelas – raras – que por acaso tenham se
livrado da dupla jornada costumam permanecer,
por sua vez, exercendo, no doce organograma do
lar, as funções de mãe supervisora nas folgas,
feriados e fins de semana.
Depois, com o desaparecimento gradual da
parceria patroa/empregada doméstica, homens e
mulheres terão, mais cedo do que se pensa, que
lidar com a administração do caos doméstico.
Sem privilégios. E a primeira providência para
esse futuro cor-de-rosa começa com a educação
progressista dos filhos, os novos maridos e
esposas que, tal quais os personagens do
desenho animado Os Jetsons, contarão com uma
boa ajuda de um arsenal de maravilhas
eletrônicas – entre elas, uma empregada robô.
Que não enguiça. Porque, se enguiçar, já sabem
quem vai mandar consertar. Ou não? Sônia Biondo
D5- Identificar o tema ou assunto de um texto. (Salto-2013)
72.O tema do texto “A carregadora de pedras” é
(A) a conquista da dupla jornada de trabalho das
mulheres.
(B) o desaparecimento gradual da parceria
patroa/empregada.
(C) a sobrecarga de trabalho da mulher moderna.
(D) a briga da mulher moderna pela igualdade
profissional.
D2.Inferir informação em texto verbal. (Salto-2013)
73.A partir da leitura do texto podemos afirmar
que a chamada mulher moderna
(A) apesar de conquistar a igualdade profissional
não solucionou seus problemas.
(B) conquistou igualdade profissional com os
homens e se livrou das tarefas domésticas.
(C) descansa nos horários de folga, e se livra do
doce organograma do lar.
(D) partiu para o mercado de trabalho para
resolver todos os seus problemas.
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão. (Salto-2013)
74. No texto, a expressão”... não adianta chorar
sobre o leite derramado” tem o sentido de
(A) se o leite, literalmente, for derramado às
mulheres que irão limpar.
(B) que o direito de igualdade foi adquirido,
porém foi mal-entendido.
(C) que as mulheres podem reclamar o
cumprimento dos seus direitos adquiridos.
(D) que a solicitação feita pelas mulheres foi
atendida e não há como mudá-la.
Estimulantes, o alívio imediato
Às vezes, o cansaço é tão grande que a vontade
que dá é a de tirar um cochilo ali mesmo: na
mesa do escritório, bem na frente do computador.
Se os alimentos energéticos reduzem o cansaço
físico, os estimulantes combatem a fadiga
mental. Os principais representantes do gênero
são o chá
e o café. ―Uma xícara de chá ou de café logo
após a refeição não só melhora a digestão, como
também proporciona um pique extra para
enfrentar o período da tarde‖, garante Tamara
Mazaracki.
Tanto o chá como o café são ricos em cafeína,
um estimulante que reduz a fadiga e melhora a
concentração. Mas, para algumas pessoas, três
ou quatro xícaras de café por dia já são
suficientes para causar efeitos prejudiciais ao
organismo, como ansiedade e irritação. Na
dúvida, vale a pena conferir: uma xícara de chá
contém de 50 a 80 mg de cafeína, enquanto uma
lata de refrigerante, de 40 a 75 mg. Uma xícara
de café forte pode chegar a 200 mg da
substância. Ao chá e café, a nutricionista Gisele
Lemos acrescentaria o bom e velho chocolate.
―Os alimentos estimulantes são considerados
infalíveis, porque proporcionam um
revigoramento mental, quase instantâneo‖,
justifica.
Já a nutricionista Letícia Pacheco recomenda o
ainda pouco conhecido suco de clorofila. Vale
lembrar que qualquer vegetal verde tem clorofila
em sua composição. Por isso mesmo, a lista de
opções é grande e inclui folhas de couve, talos
de brócolis e hortelã. Você pode misturá-las com
frutas, como limão, abacaxi ou laranja.
D8 – Formular hipóteses sobre o conteúdo do texto. (SAERO)
Viva Saúde. n 76. Escala. p. 17.
75. De acordo com esse texto, o suco de clorofila
é recomendado, porque
(A) reduz a fadiga mental das pessoas.
(B) possui várias opções de preparos.
(C) é composto de vegetais verdes.
(D) é pouco conhecido pelas pessoas.
D22 – Reconhecer efeitos de humor e ironia. (Salto-2013)
76.O humor da tirinha está no fato de
(A) Helga realizar o pedido do marido.
(B) Hagar estar chateado por não dormir.
(C) Hagar solicitar um sanduiche a esposa.
(D) Helga e Hagar estarem com sono.
O protagonismo das manifestações está no
social e não no Facebook
Marcos Hiller
Ao pensarmos sobre o que está acontecendo
hoje no Brasil, devemos ter um cuidado
extremo para não cairmos em análises simplistas
das manifestações e de todas essas
movimentações sociais a que assistimos diante
de nossas janelas, televisores e telas de
smartphones. Muitas das coisas que ando lendo
colocam, por exemplo, o Facebook como um
fator fundamental e protagonista do que estamos
presenciando. Eu não parto dessa lógica. Colocar
o Facebook como ferramenta principal de tudo
isso que é, para mim, um argumento míope, raso
e inconsistente.
O próprio uso do termo revolução, que aparece
em textos, comentários e opiniões nas mídias e,
sobretudo nas nossas timelines, deve ser
repensado. Será que estamos diante de uma
revolução?
Acho que não, e ainda é muito cedo para concluir
isso. Compreender essas interações mediadas
pelas tecnologias digitais tem sido para mim uma
questão central para a reflexão da sociedade
contemporânea na medida em que se
evidenciam transformações de ordem social,
cultural, política e econômica.
Olhando no retrovisor da História, tivemos sim
uma revolução da escrita no Oriente Médio no
século V, ou então a revolução da imprensa de
Johannes Gutemberg no século 15 e até mesmo
a tão estudada Revolução Industrial no século
retrasado. Revolução significa ruptura. Significa
que antes era de uma forma e depois ficou de
outra. Na própria Revolução Industrial coloca-se
equivocadamente a máquina como o
protagonista do acontecimento. O protagonismo
está na apropriação social das pessoas sobre o
surgimento da máquina, e não na máquina. É o
mesmo que colocar, equivocadamente, o
microblog Twitter como protagonista do que
vimos acontecer na chamada Primavera Árabe. A
queda de governos no Oriente Médio foi causada
pelas pessoas e pela apropriação social das
pessoas sobre essas redes sociais digitais.
Sempre no social.
Vive-se hoje uma nova revolução? Uma
revolução, ainda em curso, implementada pelas
tecnologias digitais e ocasionando importantes
transformações no interior dos distintos aspectos
da sociedade? Há quem acredite que sim, que há
uma revolução. Eu não partilho dessa opinião.
Podemos ver contundentes transformações em
todos os campos sociais, econômicos, políticos e
culturais. Diferentemente de outras
manifestações similares no Brasil e no mundo,
desta vez, vemos produtos culturais sendo
apropriados pelas pessoas (sempre pelas
pessoas) como, por exemplo, a música da banda
O Rappa (Vem pra rua), utilizada em um filme
publicitário da montadora Fiat e com o mote da
Copa do Mundo, mas que já virou uma espécie
de hino desses levantes. Ou então a máscara
branca do grupo Anonymous sendo utilizada
como símbolo central e mascarando e
ocultando rostos de muitas pessoas. Sem falar
dos cartazes com frases de protesto e dizeres
bem humorados.
Neste texto, eu coloco a minha reflexão sobre o
que estamos vendo, e opto pela não adoção do
termo revolução para classificar essas
transformações que evidenciamos. Os
argumentos de algumas pessoas carregam um
tom radicalmente revolucionário, fazendo crer
que tudo aquilo que antes era passado passa a
ser agora de forma diferente, antagonizando e
contradizendo o que
passou. Se não existisse Facebook, estaria
acontecendo toda essa mobilização social nas
ruas?
Certamente sim.
Não é uma página de Web, na verdade uma
grande mídia originada em um dormitório de
Harvard, que deve ser colocada no centro dessas
transformações sociais, políticas e econômicas
que podem estar por vir. Tudo bem que o
Facebook e outras plataformas podem é
contribuir de forma interessante no sentido de
articular encontros e mobilizar pessoas. Mas os
atores principais dessa história toda são e
sempre serão as pessoas, o povo, o social. Ora,
nem metade do Brasil possui acesso à internet, e
cerca de um terço do país acessa o Facebook,
sendo que, desses, cerca de 30 milhões
acessam o site de Mark Zuckerberg na palma da
mão. O fato é que ainda é muito cedo para prever
o que resultará de toda essa mobilização. O
preço das passagens já voltaram ao valor
anterior. Mas o que realmente está por vir, eu
não me arrisco a prever.
Fonte:http://www.jb.com.br/sociedade-aberta/noticias/2013/06/26/o-protagonismo-das-manifestacoes-esta-
D7.Diferenciar a informação principal das secundárias em um
texto.
77.O texto “O protagonismo das manifestações
está no social e não no Facebook” trata
principalmente
(A) do facebook como protagonista das
manifestações que estão sendo presenciadas no
Brasil.
(B) da revolução industrial que aconteceu no
século retrasado, tendo o microblog Twitter como
protagonista.
(C) das plataformas que devem contribuir de
forma interessante no sentido de articular
encontros e mobilizar pessoas.
(D) dos atores responsáveis pelas manifestações
que são: as pessoas, o povo, o social.
D6.Distinguir fato de opinião relativa ao fato. (Salto-2013)
78.A partir da leitura do texto pode-se afirmar que
é fato
(A) a inexistência das redes sociais nas
manifestações.
(B) a existência das redes sociais nas
manifestações.
(C) a aparecimento das revoluções a partir do
Facebook.
(D) o Facebook como principal responsável pelas
manifestações.
D17 – Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas
marcadas por conjunções, advérbios etc. (Salto-2013)
79.Os termos mas (4º parágrafo) e Se (5º
parágrafo) indicam
(A) condição e causa.
(B) causa e oposição.
(C) condição e oposição.
(D) oposição e condição.
 que se não forem seguidos atentamente pela
população, podem resultar em graves doenças
da pele como o câncer (em seu efeito cumulativo)
e queimaduras (em curto prazo).
De acordo com o presidente da SBD/TO,
Gustavo Alpino, no Tocantins os cuidados com o
sol precisam ser dobrados, já que o Estado está
bem próximo da linha do Equador.
“Nessa época é possível observar que o clima
está bem mais quente e seco, os riscos são
ainda maiores por conta do aumento da
incidência dos raios ultravioletas. Sempre que
possível, evite sair nos horários em que o sol
estiver a pino, das 9h às 16h. Prefira sair de
manhãzinha ou ao entardecer.”
D22 – Reconhecer efeitos de humor e ironia. (Caed)
Alertas
80.Nesse texto, o efeito do humor está
- Uso do filtro solar à partir dos seis meses de
(A) na expressão do cachorro dormindo.
idade;
(B) na interpretação feita por Franjinha.
- Bebês mais novos devem ficar protegidos e à
(C) no comentário da mãe no segundo quadrinho.
sombra;
(D) no fato do menino dormir com o cachorro.
- O banho de sol recomendado pelos pediatras
A namorada
deve ser fora da faixa de horário das 9h às 16h;
Manoel de Barros
neste intervalo de horário, mesmo à sombra,
Havia um muro alto entre nossas casas.
crianças e adultos devem manter a proteção com
Difícil de mandar recado para ela.
filtro solar;
Não havia e-mail.
- Use um Fator de Proteção Solar (FPS) 30 ou
O pai era uma onça.
maior;
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
- Mantenha a proteção mesmo à sombra porque
um cordão
os raios nocivos também refletem na areia ou na
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
água;
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
- Reaplique o protetor solar a cada hora. Por
Era uma glória!
mais que determinados produtos garantam horas
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos
de proteção, o efeito de proteção vai diminuindo
da goiabeira
com o passar do tempo;
E então era agonia.
- Pessoas de pele negra têm uma proteção
No tempo do onça era assim.
Fonte: Disponível em: http://www.releituras.com/manoeldebarros_namorada.asp. Acesso natural da pele, mas ainda assim precisam dos
D1.Localizar informação explicita. mesmos cuidados;
81. No texto os bilhetes eram amarrados numa - Fique atento àquelas partes do corpo que
pedra presa por um também são sensíveis: mãos, orelhas, pés;
(A) cordão. (B) fita. - A pele leva de dois a três dias para liberar a
(C) galho. (D) goiabeira. melanina, por isso tenha paciência para ver os
Sociedade Brasileira de Dermatologia do resultados do efeito ―bronze‖;
Tocantins emite alerta para os cuidados com - Além da desidratação, um bronzeamento
a pele intenso pode causar febre, desmaio, pressão
A partir dos próximos dias, os raios ultravioleta A sanguínea perigosamente baixa e batida irregular
e B, que provocam o câncer da pele e aceleram o do coração;
seu envelhecimento, estarão mais intensos no - O principal local de ocorrência do câncer da
Tocantins. De acordo com último levantamento pele é a face, por isso, dobre a proteção com
do satélite CPTEC, do Instituto Nacional de bonés e chapéus;
Pesquisas Espaciais (INPE), o índice no - Abuse da água, frutas e sucos e no pós sol
Tocantins estará variando entre 8 e 10 pontos na hidrate a sua pele com produtos específicos.
escala de sexta-feira até domingo. Este índice é - Cuidado com alimentos que possam queimar e
considerado muito alto e perigoso, por considerar manchar a pele (ex: limão).
que uma parcela expressiva da população está Fique atento às manchas e pintas na pele. Elas
intensamente envolvida nas programações da podem apresentar alguma irregularidade na
temporada de praias. forma, coloração e no tamanho. Caso note
A Sociedade Brasileira de Dermatologia do alguma dessas alterações, procure
Tocantins (SBD/TO) alerta para alguns cuidados, imediatamente um médico dermatologista.
Cuidado! Observe se o médico procurado faz informação, mas sedentos da água doce do rio
parte da Sociedade Brasileira de Dermatologia do conhecimento.
Fontes: (www.sbd.org.br). http://conexaoto.com.br/2013/07/12/sociedade-brasileira-de-dermatologia-do-toca
D14 – Reconhecer as relações entre partes de um texto,
D9 – Reconhecer gênero discursivo. identificando os recursos coesivos que contribuem para sua
82.O texto “Sociedade Brasileira de Dermatologia continuidade(Salto-2013)
do Tocantins emite alerta para 84.No trecho,” É que, travestida do sinônimo de
os cuidados com a pele” pertence ao gênero sabedoria, ela (Informação) vem
(A) reportagem. (B) entrevista. tomando sorrateiramente o lugar da peça-chave
(C) ensaio. (D) artigo. no desenvolvimento humano, que é o
D21.Reconhecer o efeito decorrente do emprego de recursos conhecimento. Este que, para ser incorporado,
estilísticos e morfossintáticos(Salto-2013)
tem que ser o suficiente, ao contrário da
83.No texto, o uso da palavra “manhã” no
informação, que nada mais é do que uma
diminutivo foi utilizado para
partícula do verdadeiro saber‖, o termo em
(A) prolongar o horário de pegar sol no Tocantins.
destaque refere-se
(B) aumentar o período para tomar sol nas
(A) a sabedoria. (B) a informação.
praias.
(C) ao conhecimento. (D) ao desenvolvimento.
(C) diminuir o período da “manhã” literalmente. D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de
(D) alertar sobre o horário adequado para tomar palavras, frases ou expressões. (Salto-2013)
sol. 85.No trecho, ”É que, travestida do sinônimo de
Quando muito é pouco sabedoria, ela vem tomando
Ronaldo Coelho Teixeira sorrateiramente o lugar da peça-chave no
Na aurora do Século XXI, a grande vedete é a desenvolvimento humano, que é o
informação e a internet é o gigolô. Isso conhecimento”, o termo destacado significa que a
aconteceu depois da invenção do computador no informação vem tomando
século passado, que proporcionou caminhos mil (A) disfarçadamente o lugar do conhecimento.
a informação, fazendo com que esta se tornasse (B) rapidamente o lugar do conhecimento.
o pivô da era da Globalização em que vivemos. (C) lentamente o lugar do conhecimento.
De carona na rede mundial de computadores e (D) tecnicamente o lugar do conhecimento.
no avanço tecnológico e o consequente
barateamento dos serviços gráficos, houve uma
proliferação de revistas e jornais nas bancas.
Hoje, ao chegarmos numa delas, geralmente
ficamos perdidos e indecisos diante da grande
variedade de impressos de um mesmo
segmento.
Só que há um paradoxo nessa explosão de
informação. É que, travestida do sinônimo de
sabedoria, ela vem tomando sorrateiramente o
lugar da peça-chave no desenvolvimento
humano, que é o conhecimento. Este que, para
ser incorporado, tem que ser o suficiente, ao
contrário da informação, que nada mais é do que
uma partícula do verdadeiro saber.
Assim, derivada do conhecimento, a D4 – Interpretar textos não verbais e textos que articulam
aprendizagem provoca a realização da ação, o elementos verbais e não verbais. (Salto-2013
que não acontece com a informação. E como 86. A partir da leitura da charge e das imagens
resultado, sabemos cada vez mais um pouco de percebe-se que
tudo, mas, como consequência, não sabemos ao (A) há semelhança na ação do bandido e o alto
menos o necessário de algo. E tome preço do combustível.
(B) a mulher percebeu que havia dois assaltantes
dependência de terceiros para se resolver
no posto de combustível.
pequenos desafios que antes sequer assim
(C) ambos os personagens notaram diferença
poderiam ser chamados. Situamento diante das entre o ladrão e o frentista do posto.
questões – sociais, principalmente? Impossível. (D) o assalto que a passageira se refere é o
E o saldo não poderia ser outro: a cada dia mesmo percebido pelo motorista.
agimos menos perplexos e embasbacados diante
de tanta informação que nos cerca e nos atordoa.
Enquanto isso, a gigante nau humana segue à
deriva, com navegantes afogados num mar de
 Texto II

D4 – Interpretar textos não verbais e textos que articulam

elementos verbais e não verbais
87. De acordo com o cartum, o último aluno que
estava no fundo da sala, compreendeu que a
professora durante a chamada estava se D12.Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e
opiniões na comparação entre textos
referindo
(A) ao número 38. (B) a um revólver. 89. A partir da leitura dos textos (I e II) pode-se
(C) a uma piada. (D) a presença. afirmar que
(A) o texto I trata da violência na zona urbana,
enquanto o texto II fala da violência no poder
público.
(B) o texto I fala da violência contra seres
humanos, ao passo que o texto II trata da
violência como progresso de um país.
(C) o texto I retrata a violência no interior de um
país, enquanto o texto II retrata a atitude dos
88. A partir da leitura do texto e da imagem políticos em relação a violência ao ser humano.
conclui-se que (D) o texto I trata da violência no interior de um
(A) os peixes abandonaram seu habitat, porque país, enquanto o texto II trata da violência como
temeram o cachorrinho. progresso.
(B) o cachorrinho não se surpreendeu com a D5 – Identificar o tema ou assunto de um texto.
atitude dos peixes. 90. Observando a expressão do rosto do
(C) os peixes resolveram passear pelas matas, personagem de chapéu do texto I percebe-se que
sem motivo algum. ele
(D) os peixes buscaram outro habitat devido a (A) tem clareza do significado da palavra
água estar bastante poluída progresso.
Texto I (B) tem clareza do significado da palavra
violência.
(C) sabia que o progresso ia chegar a sua
fazenda.
(D) sabia que a violência ia chegar a sua
fazenda.
D1 – Localizar informação explicita. ler e se divertir? Pois até o
91. A partir da leitura da charge pode-se deduzir dia 30, o Museu da Limpeza Urbana
que Casa de Banho D. João VI
(A) o bandido deve ser preso independente do
Está promovendo um troca-troca
crime cometido e da idade.
(B) o bandido deve ser preso independente do literário imperdível.
cargo que ocupa e do saldo bancário. Para começar a ler lá
(C) o bandido deve ser preso independente do mesmo, o museu oferece a
salário que ganha e da idade que tem. sua biblioteca, num
(D) o bandido deve ser preso independente da cantinho especial. O
classe social que pertence e da idade. endereço do museu é Praia
do Caju 385, e a biblioteca
está aberta de terça a sexta, sempre
alguém que dê atenção a ele de novo?
Que tal trocá-lo
por outro – e, assim,
ganhar outra história para
mesmo, o museu oferece a
sua biblioteca, num
cantinho especial. O
endereço do museu é Praia do Caju,
385, e a biblioteca está aberta de terça
a sexta feira, sempre das 9h às 16h.
GLOBINHO – Sábado, 21 de março de 2009.
D4.Interpretar textos não verbais e textos que articulam D10.Identificar o propósito comunicativo em diferentes
elementos verbais e não verbais. gêneros.
92. A partir da leitura da tirinha e da expressão 94. O texto “Troca” tem a finalidade de
do rosto de Magali, observa-se que ela (A) causar emoção no leitor.
demonstra (B) apresentar um ponto de vista.
(A) alegria. (C) tristeza. (C) dar informações sobre um evento.
(B) aborrecimento. (D) indiferença. (D) vender um produto pouco divulgado.
O drama das paixões platônicas na D1.Localizar informação explicita.

adolescência 95. O texto faz menção a uma

Bruno foi aprovado por três dos sentidos de
Camila: visão, olfato e audição. Por isso, ela
precisa conquistá-lo de qualquer maneira.
Matriculada na 8ª série, a garota está
determinada a ganhar o gato do 3º ano do Ensino
Médio e, para isso, conta com os conselhos de
Tati, uma especialista na arte da azaração. A
tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos
para Lúcia justo, a maior “crânio” da escola. E
agora, o que fazer? Camila entra em dieta
espartana e segue as leis da conquista
elaboradas pela amiga.
REVISTA ESCOLA, março 2004, p. 63(Prof. Francisco Antônio de Paula)
D2 – Inferir informação em texto verbal.
93. A partir da leitura do texto pode-se deduzir
que Bruno
(A) chama a atenção das meninas.
(B) é mestre na arte de conquistar
(C) pode ser conquistado facilmente.
(D) tem muitos dotes intelectuais.
TROCA DE LIVROS
Sabe aquele livro que você já leu
várias vezes e está paradão
lá na estante, esperando
alguém que dê atenção a ele de novo?
Que tal trocá-lo
por outro – e, assim,
ganhar outra história para
(A) visita a biblioteca.
(B) visita ao museu.
(C) troca de livros.
(D) venda de livros.
Formular perguntas sobre o cotidiano
Entender não significa apenas reconhecer o
assunto, mas desenvolver uma relação entre os
seus saberes e as informações externas ao
próprio assunto.
Ler o mundo, decifrá-lo e reconstruí-lo, é ideal
para o desenvolvimento não só de textos, mas
também da vida. O ser humano deveria ter um
olhar atento para o que o rodeia, de forma a
comparar, relacionar e inferir sobre suas leituras,
filmes, papos entre amigos, revistas de qualidade
e trazer tudo isso para seu universo pessoal.
Infelizmente, a fase dos porquês ficou isolada em
nossa infância e deixamos de indagar sobre os
mistérios da vida. Questionar é o início da
aprendizagem. [...]
Se o mundo onde nos encontramos não nos dá
respostas, procuramos em outros mundos, em
outros meios, mas, se nos calamos, tornamo-nos
mudos intelectualmente.
Formular perguntas sobre os vários fatos de
nosso cotidiano e buscar respostas nas mais
diversas fontes ideológicas, culturais e filosóficas (B) a investigação rigorosa das causas da morte
é crucial, pois são essas informações que irão de 19 cortadores de cana desde 2004.
fundamentar o texto. (C) o compromisso dos empresários em garantir
Língua Portuguesa – Especial Redação.São Paulo: Editora Segmento, 2008. p. 43.
D15. Identificar a tese de um texto. (SEDUC/MG)
condições de trabalho para os cortadores de
96.O autor desse texto defende a ideia cana.
(A) da busca de informações diariamente. (D) a implementação de medidas restritivas para
(B) da necessidade de questionamento reduzir a terceirização da mão-de-obra no corte
constante. de cana.
(C) de atentar para o conhecimento que há nos TEXTO I
filmes. NAMORO DESMANCHADO
(D) de discutir com amigos assuntos variados. Pedro Bandeira
O ALTO PREÇO DO ETANOL Já não tenho namorada
A imagem de modernidade e inovação que o e nem ligo para isso
Brasil projetou internacionalmente em razão do é melhor ficar sozinho
uso combustível do etanol é incompatível com as namorar só dá enguiço.
condições desumanas que são submetidos de Eu conheço meus colegas
modo geral os cortadores de cana, que têm uma sei que
vida útil de trabalho comparável a dos escravos, vão argumentar
como indica pesquisa da UNESP divulgada hoje que pra não ser mais criança
pela Folha. é preciso namorar.
Segundo o estudo, a pressão pelo aumento da Mas a outra só gostava
produtividade reduziu de 15 para 12 anos o de conversa e de passeio
período em que um cortador de cana é capaz de
e queria que eu ficasse
desenvolver sua atividade.
de mãos dadas n recreio.
Esse lapso de tempo é semelhante ao registrado
entre os escravos que trabalhavam na agricultura E ali, sentado e quieto
no Brasil antes de 1850, quando o tráfico de no recreio da escola
pessoas na África foi proibido. de mãos dadas feito bobo
A professora Maria Aparecida de Moraes Silva, vendo a turma jogar bola
responsável pela pesquisa, estima que os Gosto mesmo é de brincar
cortadores de cana andem de oito a nove faça chuva ou faça sol
quilômetros por dia, colhendo até 15 toneladas namorar não quero mais.
do produto– o Ministério do Trabalho recomenda Eu prefiro o futebol.
o limite diário de 10 toneladas. Em decorrência TEXTO II
das más condições a que são submetidos, pelo A NAMORADA
menos 19 mortes de trabalhadores do setor Manoel de Barros
foram registradas desde 2004. Havia um muro alto entre nossas casas.
A projeção brasileira no desenvolvimento de Difícil de mandar recado para ela.
combustíveis alternativos não pode ser obtida Não havia e-mail.
com a dilapidação da vida dos cortadores de O pai era uma onça.
cana, para usar o termo adotado pela A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
pesquisadora. um cordão
Preocupadas com a repercussão das mortes, E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
usinas produtoras de álcool começaram a rever o Se a namorada respondesse pela mesma
método de contratação dos cortadores de cana, pedra
que normalmente são terceirizados. Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos
Os empresários que recebem os crescentes
galhos da goiabeira
lucros de atividade têm a responsabilidade de
E então era agonia.
zelar pelas condições de trabalho de seus No tempo do onça era assim.
empregados – sejam eles contratados direta ou Texto extraído do livro "Tratado geral dasgrandezas do ínfimo",
indiretamente. Do contrário, o Brasil continuará a Editora Record - Rio de.
D12 – Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e
ser o país dos lamentáveis contrastes, opiniões na comparação entre textos(Salto-2013)
produzindo combustível do século 21 com base 98. Em relação aos textos acima pode - se
em estatísticas sociais do século 19. afirmar que
(Folha de S. Paulo, 29 abr.2007) (A) o texto I fala do namoro com bilhetes fixados
D15. Identificar a tese de um texto. (Col. Expoente/2010).
na pedra, já texto o II fala que a criança prefere
97.O editorial da Folha de S. Paulo defende
jogar futebol a namorar.
(A) uma atuação mais eficiente do Ministério do (B) o texto I fala do namoro na infância, enquanto
Trabalho na fiscalização das condições de o texto II fala que namorar só dá enguiço é
trabalho na agricultura. melhor ficar sozinho.
(C) o texto I trata do namoro de antigamente, já o
texto II fala da atualidade.
(D) o texto I e o texto II falam de namoro com
pontos de vista diferentes.
A namorada
Manoel de Barros
Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos
da goiabeira
E então era agonia.
No tempo da onça era assim.
http://www.releituras.com/manoeldebarros_namorada.asp. Acesso em
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de
palavras, frases ou expressões
99. No trecho “O pai era uma onça,” a palavra
destacada sugere que o pai era
(A) violento. (B) esperto.
(C) rápido. (D) rígido.
Português popular
O Brasil anda mesmo em alta no mundo, e a
Língua Portuguesa não fica atrás em
popularidade.
Segundo a coluna do jornalista Anselmo Góis, no
jornal O Globo, o Comitê Olímpico
Internacional (COI) ofereceu aos seus 300
funcionários duas opções ―linguísticas‖: a
chance de aprender a língua russa – por causa
dos Jogos de Inverno em Sogi, que serão
realizados em 2014 – e o português – haja vista a
proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016 com
sede no Rio de Janeiro.
Resultado: apenas 5 pessoas, em meio aos 300
funcionários do COI, escolheram estudar russo.
Em contrapartida, os outros 200 preferiram
estudar a língua falada no Brasil.
Nosso idioma vai muito bem, obrigado.
Língua Portuguesa, ano 4, n. 53, mar. 2010, p. 11. SAERS)
D16.Estabelecer relação entre tese e os argumentos oferecidos
para sustentá-la.
100. O argumento utilizado pelo autor para
sustentar a tese é
(A) “O Brasil anda mesmo em alta no mundo, e a
Língua Portuguesa não fica atrás em
popularidade.”
(B) “... o Comitê Olímpico Internacional (COI)
ofereceu aos seus 300 funcionários duas opções
linguísticas‘:...”.
(C) “... haja vista a proximidade dos Jogos
Olímpicos de 2016 com sede no Rio de Janeiro.”.
(D) “... apenas 5 pessoas, em meio aos 300
funcionários do COI, escolheram estudar russo.”
PAISAGEM URBANA
São cinco horas da manhã e a garoa fina cai
branca como leite, fria como gelo. Milhões de
gotinhas d‘água brilham em trilhos de ferro.
“Bom dia”, diz Um Homem para o Outro Homem.
”Bom dia, por quê?”, pensa o Outro, olhando para
o Um. Um Homem quieto e parado é um poste,
que espera o trem na estação quase
vazia. [...]
A máquina aparece na curva e vem lenta, grave,
forte, grande, imensa. Para a máquina, desce um
branco, uma mulata, o gordo e o magro, dois
meninos maluquinhos. Chegada de uns, partida
de outros. No meio de um cheiro áspero de
fumaça e óleo diesel, o Outro Homem entra no
trem.
Um homem continua um poste. Rígido. Concreto.
E é só quando uma moça desce a escada do
vagão carregando uma mala, cabelo preso com
fita e olhar de busca, que o homem-poste tem um
sobressalto. Os olhares se encontram. O trem vai
e os olhares vêm. O mundo é assim... Outro
Homem se foi. Um Homem está feliz.
FERNANDES, Maria ; HAILER, Marco Antônio. Alp novo: Análise
D19.Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de
palavras, frases ou expressões.
101. Ao usar a expressão ”homem-poste”, o autor
sugere que o homem está
(A) cansado de esperar o trem.
(B) desligado da realidade.
(C) observando o movimento.
(D) preocupado com a vida.
1º Quadrinho – O que é Magali? Por que está me
olhando assim?
- Tô pensando.
2º Quadrinho – Quando eu crescer, quero ser do
seu tamanho.
- Verdade, pra quê?
3º Quadrinho –Pra alcançar os biscoitos do
armário!
D11.Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e o
conflito gerador. (SEDUC/GO
102.O fato que deu origem a essa história foi
(A) a curiosidade da mãe sobre o lugar onde
estão os biscoitos.
(B) a vontade da menina de comer biscoitos que
estão em lugar alto.
(C) o desejo da mãe de que a menina cresça
rápido.
(D) o lugar impróprio onde ficam os armários da
casa.
 descontraído, para tornar-se perfeito intérprete da
D19 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de Paixão na hora certa. Além do mais, até a
uma palavra ou expressão.
chegada a Jerusalém, Jesus era jovial e
103. A expressão destacada na frase “ - Nem
costumava ir a festas.
lenço, nem Lourenço. Não sou lenço de
Ele não atendeu às ponderações, acabou
Ninguém. A menos que...” indica que o político
destituído do papel, abandonou a família, e dizem
(A) pode aceitar o cargo, sob certas condições.
que se alimenta de gafanhotos no agreste.
(B) foi interrompido e não conseguiu terminar a ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei. 2ª ed. Rio de Janeiro: Record,
frase. D9. Diferenciar a informação principal das secundárias em um
texto. (PROVA/SAEB)
(C) tomará a decisão por conta própria.
105.A principal informação no texto
(D) está despreparado para o cargo.
―Necessidade de alegria‖ é
Leia o texto abaixo:
(A) A arte de representar exige compenetração.
“No Antigo Egito, o gato foi honrado e enaltecido,
(B) O ator pode exagerar em contenção e
sendo considerado como um animal santo.
silêncio.
Nesta mesma época, a gata transformou-se na
(C) O ator precisa ser alegre.
representação da Deusa Bastet, fêmea do deus
(D) É necessário aperfeiçoar-se.
Sol Rá. [...] Na Europa, o gato se desenvolveu
PELO EXEMPLO
com as conquistas romanas. Ele foi admirado
Falar do meio ambiente não é só falar de árvores,
pela sua beleza e dupla personalidade (ora um
plantas, animais, da poluição do ar e da água...
selvagem independente, ora um animal doce e
Falar em meio ambiente é também falar de
afável), e apreciado ainda no século XI quando o
crianças e seu comportamento.
rato negro invadiu a Europa. No século XIII
Você já parou para pensar que somos exemplos
desenvolveram-se as superstições e o gato
para elas? Principalmente se você tem uma
passou de criatura adorada a infernal, associada
criança em casa, você se torna um espelho. Se
aos cultos pagãos e à
fosse só o batom, que a menina, desde cedo,
feitiçaria. A igreja lhe virou as costas. [...] No
ensaia usar, ou a gravata e os sapatos, que o
século XVIII ele voltou majestoso e em perfeito
menino teima em pegar emprestado, tudo bem –
acordo com os poetas, pintores e escritores que
estes são hábitos saudáveis e que revelam que
prestam homenagem à graça e à beleza de seu
você é um modelo para aquele ser que está sob
corpo.”
Fonte: Revista DC. Diário Catarinense, 25 de abril 1999. seus cuidados.
D9. Diferenciar a informação principal das secundárias em um Mas e os hábitos que não são saudáveis? Você,
texto. (PARANÁ/2009) como pai ou responsável, obedece sempre o
104. A informação principal que se destaca no sinal vermelho, a velocidade estabelecida para a
texto é rua? Você cede a sua vez? Você separa os
(A) A trajetória do gato ao longo da história. resíduos em casa, recicláveis dos não-
(B) Justificar a importância dos gatos e dos ratos. recicláveis? Você substituiu as lâmpadas
(C) Descrever a história dos ratos ao longo dos tradicionais por fluorescentes ou por lâmpadas do
tempos. tipo “led” e explica esse gesto para sua criança?
(D) Citar superstições acerca dos gatos. Pois saiba que cada pequeno gesto seu não
Necessidade de alegria passará despercebido por ela. Os pequenos,
O ator que fazia o papel de Cristo no espetáculo inclusive, nos corrigem ou nos chamam a
de Nova Jerusalém ficou tão compenetrado da atenção!
magnitude da tarefa que, de ano para ano, mais Marilusa Colombo, bióloga. Seleções Reader‘s Digest. Outubro 2010 p. 29.
exigia de si mesmo, tanto na representação como D9. Diferenciar a informação principal das secundárias em um
texto. (Prova Brasil)
na vida rotineira.
106.Em relação ao tema, a informação principal
Não que pretendesse copiar o modelo divino,
do texto refere-se ao fato de que
mas sentia necessidade de aperfeiçoar-se
(A) as crianças percebem cada pequeno gesto.
moralmente, jamais se permitindo a prática de
(B) as crianças têm alguns hábitos saudáveis.
ações menos nobres. E exagerou em contenção
(C) as lâmpadas tradicionais devem ser
e silêncio.
substituídas.
Sua vida tornou-se complicada, pois os amigos
(D) os resíduos caseiros devem ser separados.
de bar o estranhavam, os colegas de trabalho no
escritório da Empetur (Empresa Pernambucana
de Turismo) passaram a olhá-lo com espanto, e
em casa a mulher reclamava do seu alheamento.
No sexto ano de encenação do drama sacro,
estava irreconhecível. Emagrecera, tinha
expressão sombria no olhar, e repetia
maquinalmente as palavras tradicionais. Seu
desempenho deixou a desejar.
Foi advertido pela Empetur e pela crítica: devia
ser durante o ano um homem alegre,

D22 - Identificar efeitos de humor e ironia,(SAERO)
107. Esse texto é engraçado, porque
(A) o menino fez uma bola de chiclete enorme.
(B) o chiclete estourou fazendo muito barulho.
(C) o chiclete grudou em todo o rosto do menino.
(D) o menino achou que seu rosto estava ao
contrário.
As Amazônias
Esse tapete de florestas com rios azuis que os
astronautas viram é a Amazônia. Ela cobre mais
da metade do território brasileiro. Quem viaja
pela região, não cansa de admirar as belezas da
maior floresta tropical do mundo. No início era
assim: água e céu.
É mata que não tem mais fim. Mata contínua,
com árvores muito altas, cortada pelo Amazonas,
o maior rio do planeta. São mais de mil rios
desaguando no Amazonas. É água que não
acaba mais.
SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.
D19 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de
palavras, frases ou expressão. . (Prova Brasil)
108. No texto, o uso da expressão ―água que
não acaba mais revela
(A) admiração pelo tamanho do rio.
(B) ambição pela riqueza da região.
(C) medo da violência das águas.
(D) surpresa pela localização do rio.
D22 - Identificar efeitos de humor e ironia. (SAEP)
109. Nesse texto, o tom irônico está presente
(A) na primeira observação do menino.
(B) na expressão concentrada do gato.
(C) no que o menino acha da natureza.
(D) no que o gato pensou sobre os sapatos.
LÍNGUA ESTÁ VIVA
Ivana Traversim
Na gramática, como muitos sabem e outros nem
tanto, existe a exceção da exceção. Isso não
quer dizer que vale tudo na hora de falar ou
escrever. Há normas sobre as quais não
podemos passar, mas existem também as
preferências de determinado autor – regras que
não são regras, apenas opções. De vez em
quando aparece alguém querendo fazer dessas
escolhas uma regra.
Geralmente são os que não estão bem inteirados
da língua e buscam soluções rápidas nos guias
práticos de redação. Nada contra. O problema é
julgar inquestionáveis as informações que esses
manuais contêm, esquecendo-se de que eles
estão, na maioria dos casos, sendo práticos –
deixando para as gramáticas a explicação dos
fundamentos da língua portuguesa.
Com informação, vocabulário e o auxílio da
gramática, você tem plenas condições de
escrever um bom texto. Mas, antes de se
aventurar, considere quem vai ler o que você
escreveu. A galera da faculdade, o pessoal da
empresa ou a turma da balada? As linguagens
são diferentes.
Afinal, a língua está viva, renovando-se sem
parar, circulando em todos os lugares, em todos
os momentos do seu dia. Estar antenado, ir no
embalo, baixar um arquivo, clicar no ícone – mais
que expressões – são maneiras de se inserir num
grupo, de socializar-se. (Você S/A, jun. 2003.)
D16 - Estabelecer relação entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-las. (SAEP)
110.A tese da dinamicidade da língua comprova-
se pelo fato de que
(A) as regras gramaticais podem transformar-se
em exceção.
(B) a gramática permite que as regras se tornem
opções.
(C) a língua se manifesta em variados contextos
e situações.
(D) os manuais de redação são práticos para
criar ideias.
TEXTO I
TIO PÁDUA
Tio Pádua e tia Marina moravam em Brasília.
Foram um dos primeiros. Mudaram-se para lá no
final dos anos 50. Quando Dirani, a filha mais
velha, fez dezoito anos, ele saiu pelo Brasil afora
atrás de um primo pra casar com ela. Encontrou
Jairo, que morava em Marília. Estão juntos e
felizes até hoje. Jairo e Dirani casaram-se em
1961. Fico pensando se os casamentos
arranjados não têm mais chances de dar certo do
que os desarranjados.
TEXTO II
O CASAMENTO E O AMOR NA IDADE MÉDIA
(FRAGMENTO)
Nos séculos IX e X, as uniões matrimoniais eram
constantemente combinadas sem o
consentimento da mulher, que, na maioria das
vezes, era muito jovem. Sua pouca idade era um
dos motivos da falta de importância que os pais
davam a sua opinião. Diziam que estavam
conseguindo o melhor para ela. Essa total falta
de importância dada à opinião da mulher
resultava muitas vezes em raptos. Como o
consentimento da mulher não era exigido, o
raptor garantia o casamento e ela deveria
permanecer ligada a ele, o que era bastante
difícil, pois os homens não davam importância à
fidelidade. Isso acontecia talvez principalmente
pelo fato de a mulher não poder exigir nada do
homem e de não haver uma conduta moral que
proibisse tal ato.
D13 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
na comparação de textos de um mesmo tema. (SAEP)
111.Sobre o "casamento arranjado", o texto I e o
texto II apresentam opiniões
(A) complementares.
(B) duvidosas.
(C) opostas.
(D) preconceituosas.
MARIA VAI COM AS OUTRAS EM AÇÃO
Os mesmos que hoje adotam Dunga como
queridinho, em redes sociais e no twitter,[...]
serão os que voltar-se-ão contra o técnico da
Seleção em caso de fracasso. E o farão sem dó
nem piedade. É uma legião de maria vai com as
outras, cujo cérebro não resiste à manutenção de
uma opinião própria.
Seus conceitos e preconceitos migram de forma
proporcional à capacidade neuronal de raciocínio:
quase nula. Podem cobrar depois.
Fontes:http://wp.clicrbs.com.br/castiel/2010/06/24/maria-vai-com-as-
outras-
D14 – Distinguir fato da opinião relativa a esse fato.
112. Segundo o texto, a expressão ―Maria vai
com as outras‖ significa pessoas que
(A) têm pouca capacidade de raciocínio.
(B) adoram o técnico da seleção.
(C) falam mal do Dunga.
(D) seguem a opinião dos outros.
Histórias em esmolas
Fragmento.
Quando aqui chegaram, os portugueses traziam
bugigangas para oferecer aos índios.
Desde então, a história do Brasil é uma história
de esmolas dos poderosos para os humildes.
Ao mesmo tempo em que matavam os índios, os
colonizadores distribuíam esmolas para eles.
A independência também foi uma esmola: no
lugar de um presidente brasileiro, eleito por
nosso povo, tivemos um imperador, filho do rei da
metrópole.
A libertação dos escravos foi incompleta como
uma esmola: não distribuíram as terras, não
colocaram seus filhos na escola. Deram-lhes uma
esmola de liberdade.
Nossa república foi proclamada, mas de um
modo insuficiente, como uma esmola. Foi
proclamada, não constituída. Para proclamá-la,
bastou um marechal, em cima de um cavalo, com
sua espada, em um dia de novembro no Rio de
Janeiro, mas para construí-la são necessários
milhões de professores, em dezenas de milhares
de escolas espalhadas por todo o território,
durante muitas décadas.
BUARQUE, Cristovam. Os instrangeiros. Rio de Janeiro: Garamond,
D7. Diferenciar a informação principal das secundárias em um
texto. (SPAECE).
113.O fragmento que contém a principal
informação desse texto é
(A) “Quando aqui chegaram, os portugueses
traziam bugigangas para os índios.”
(B) “... a história do Brasil é uma história de
esmolas dos poderosos para os humildes.”
(C) “... no lugar de um presidente brasileiro, eleito
por nosso povo, tivemos um imperador...”
(D) “Nossa república foi proclamada, mas de um
modo insuficiente, como uma esmola.”
Texto 1
CARTA A EL-REI D. MANUEL
[...] E dali houvemos vista d‘homens, que
andavam pela praia, de 7 ou 8, segundo os
navios pequenos disseram, por chegarem
primeiro. [...] A feição deles é serem pardos,
maneira d‘avermelhados, de bons rostos e bons
narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma
cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir
nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca
disso com tanta inocência como têm em mostrar
o rosto [...] Nela até agora não pudemos saber
que haja ouro, nem prata, nem nenhuma cousa
de metal, nem de ferro; nem lho vimos. A terra,
porém, em si, é de muito bons ares, assim frios e
temperados como os d‘Antre Doiro e Minho,
porque neste tempo d‘agora assim os achávamos
como os de lá.
Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é
graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á
nela tudo por bem das águas que tem.
Mas o melhor fruto que nela se pode fazer me
parece que será salvar esta gente. E esta deve
ser a principal semente que Vossa Alteza em ela
deve lançar.
CAMINHA, Pero Vaz de. Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento do Brasil.

Texto 2
Índios
Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não
tinha.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano de chão
De linho nobre e pura seda [...]
Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente [...]
Nos deram espelhos e vimos um mundo
doente – Tentei chorar e não consegui.
RUSSO, Renato. Legião Urbana. Dois.
D13 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
na comparação de textos de um mesmo tema. . (SADEAM)
114. Levando em consideração o tema “Índios”,
qual é a principal diferença de opinião presente
nesses textos?
(A) O Texto 1 apresenta os índios como seres
exóticos, e o Texto 2 como enganados.
(B) O Texto 2 apresenta uma crítica aos índios, e
o Texto 1 um elogio aos colonizadores.
(C) O Texto 1 relata a vida dos índios, e o Texto2
critica a vida dos indígenas colonizados.
(D) O Texto 2 relata um fato histórico sobre os
índios, e o Texto 1 como isso tudo aconteceu.
ASA BRANCA
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu
Por que tamanha judiação.
Que brasileiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d‘água, perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão.
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse: adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração.
Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar, ah! Pro meu sertão.
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro, não chove não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração.
Luis Gonzaga e Humberto Teixeira. Luiz Gonzaga.
D5 - Identificar o tema ou assunto de um texto.
115. Qual é o tema do texto?
(A) A solidão dos sertanejos
(B) a fauna sertaneja
(C) A seca do sertão.
(D) A vegetação do sertão.
Leia o texto e responda a questão
Quando vim da minha terra,
não vim, perdi-me no espaço,
na ilusão de ter saído.
Ai de mim, nunca saí.
(Carlos D. de Andrade, no poema A Ilusão do Migrante)
D4 - Inferir uma informação em texto verbal.
116. Infere-se do texto que o autor
(A) não saiu de sua terra.
(B) não queria sair de sua terra, mas foi obrigado.
(C) logo esqueceu sua terra.
(D) saiu de sua terra apenas fisicamente.
D1. Localizar informações em texto.
Rondó do Capitão
Bão balalão,
Senhor capitão.
Tirai este peso
Do meu coração.
Não é de tristeza,
Não é de aflição:
É só de esperança,
Senhor capitão!
A leve esperança,
A aérea esperança…
Aérea, pois não!
Peso mais pesado
Não existe não.
Ah, livrai-me dele,
Senhor capitão!
https://peregrinacultural.wordpress.com/2012/11/19/rondo-do-capitao-
D1.Localizar informação em texto.
117.Leia novamente o terceiro verso. O peso que
deverá ser tirado é o da
(A) aflição.
(B) desalento.
(C) nostalgia.
(D) tristeza.
D6- Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
118.Leia uma notícia sobre uma americana de 18
anos que colocou à prova dicas de moda, beleza
e paquera da revista Seventeen.
Super Seventeen me
Está com dificuldades na hora da paquera? Eis
o tipo de dica que a revista norte americana
Seventeen dá a suas jovens leitoras: ―peça a
um garoto que passe protetor solar nas suas
costas .
Foi por duvidar da eficácia de certos
―mandamentos ditados por revistas de
comportamento jovem que Jamie Kelles, 18,
resolveu submetê-los a uma prova de fogo.
Durante um mês, ela seguiu à risca as instruções
da Seventeen. ―Usei bastante salto. Foi
impraticável. Não sei em que mundo os leitores
da Seventeen vivem, disse, em entrevista ao
Folhateen.
No fim do mês, a conclusão: ―Essas revistas
olham as adolescentes como um grupo uniforme,
com interesses bem limitados, como moda,
maquiagem e garotos. Mas Jamie não deixa de
reconhecer que a revista tenta aumentar a
autoestima das leitoras. ―Acho que eles têm
boas intenções, mas são meio hipócritas.‖ A
hipocrisia, para ela, reside numa contradição:
apesar de proclamar que as meninas aceitem
seus corpos, a revista só usa modelos
magrinhas. (Folha de São Paulo, 12 jul. 2010. Adaptado)
Para a leitora, as revistas americanas para
adolescentes apresentam um ponto de vista
(A) contraditório, já que seus modelos possuem
uma variada aparência física, e isso não condiz
com os adolescentes americanos.
(B) inconsistente, pois, ao mesmo tempo que
busca aumentar a autoestima dos adolescentes,
também é hipócrita.
(C) limitado, já que enxerga os adolescentes
como um grupo diferente que só se comporta
usando seus mandamentos.
(D) proveitoso, porque proporciona aos
adolescentes muitas dicas, as quais podem ser
utilizadas no dia a dia.
D6- Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
119.Leia o texto abaixo
A proa do Fujikawa Maru, um navio de guerra
japonês afundado em 1944, encontra-se
repleta de corais moles, gorgônias parecendo
leques e algumas anêmonas. Os corais do
mastro são espetaculares. Há partes quebradas
do parapeito da proa e outras que foram
raspadas com o crescimento dos corais. À noite,
esses organismos estendem seus minúsculos
tentáculos – ou pólipos – para alimentarem-se do
plâncton, que consiste numa sopa de pequenos
organismos dispersos na água do mar.
(Revista Horizonte Geográfico, 1996, n. 44. p. 42.)
Há uma marca da opinião do enunciador desse
texto no trecho
(A) a proa do navio encontra-se repleta de corais
moles.
(B) há partes quebradas no parapeito da proa.
(C) há partes raspadas com o crescimento de
corais.
(D) os corais do mastro são espetaculares.
D6- Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
120.Leia o texto abaixo:
Há saída para os jovens
O Brasil tem hoje um grande exército de
jovens na faixa etária de 15 a 24 anos
aguardando uma possibilidade de apresentar ao
mercado de trabalho o seu potencial. O maior
drama deste exército juvenil é a ausência de
vagas oferecidas àqueles que procuram o seu
primeiro emprego. [...]
Além disso, parte das vagas oferecidas aos
jovens são ocupadas por adultos, já que o
desemprego também afeta gravemente os chefes
de família, que desesperados, aceitam
qualquer coisa. [...]
Apesar de tudo [...], há saídas para os jovens
[...]. Por não haver alternativas individuais para
todos, apenas para alguns, o país precisa de um
projeto nacional de desenvolvimento que viabilize
o crescimento econômico em mais de 5,5% ao
ano e por toda uma década.
Fonte: http://www.estudeonline.net/revisao_detalhe.aspx?cod=259
O trecho do texto que revela uma opinião é
(A) [...] o país precisa de um projeto nacional de
desenvolvimento[...]
(B) [...] parte das vagas oferecidas aos jovens
são ocupadas por adultos[...]
(C) O Brasil tem hoje um grande exército de
jovens[...]
(D) [...] o desemprego também afeta gravemente
os chefes de família
D6- Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
121.Leia o texto abaixo:
Mulher é atropelada e põe a culpa no
Google Maps
Nos Estados Unidos, quase tudo pode render
uma ação judicial. O processo movido pela
americana Lauren Rosenberg, vítima de um
atropelamento em uma rodovia no Estado de
Utah, seria mais um caso de reparação por
danos, mas ela quer receber US$ 100 mil (cerca
de R$183,5 mil) não só do motorista que a
atingiu, Patrick Harwood, mas também da
empresa Google.
Segundo o jornal inglês The Guardian,
Lauren tentou atravessar uma estrada estadual
sem passeio para pedestres, à noite, e foi
atingida por um carro, em 19 de janeiro de
2009.Ela alega ter seguido as indicações do site
Google Maps.
O advogado Allen Young entrou com a ação
judicial na semana passada. Ele argumenta
que o site foi "descuidado e negligente" ao indicar
a travessia de uma via expressa. "As pessoas
confiam nas instruções (dadas pelo Google
Maps). Ela acreditou que era seguro atravessar a
pista."
Ao indicar uma rota, o serviço do Google dá
um alerta: "Essa rota pode não ter calçadas
ou passeio para pedestres". Procurada pelo
Guardian, a empresa não quis comentar o caso,
que ainda vai dar o que falar.
http://www.diariopopular.com.br
O trecho do texto que expressa uma opinião é
(A) “Nos Estados Unidos, quase tudo pode
render uma ação judicial”.
(B) "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio
para pedestres".
(C) “Ele argumenta que o site foi "descuidado e
negligente" [...]
(D) “Procurada pelo Guardian, a empresa não
quis comentar o caso”.
D6- Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
Não se perca na rede
A Internet é o maior arquivo público do mundo.
De futebol a física nuclear, de cinema a
biologia, de religião a sexo, sempre há centenas
de sites sobre qualquer assunto. Mas essa
avalanche de informações pode atrapalhar.
Como chegar ao que se quer sem perder tempo?
É para isso que foram criados os sistemas de
busca. Porta de entrada na rede para boa parte
dos usuários, eles são um filão tão bom que já
existem às centenas também. Qual deles
escolher?
Depende do seu objetivo de busca.
Há vários tipos. Alguns são genéricos, feitos
para uso no mundo todo (Google, por
exemplo). Use esse site para pesquisar temas
universais. Outros são nacionais ou estrangeiros
com versões específicas para o Brasil (Cadê,
Yahoo e Altavista).
Disponível em: <http://galileu.globo.com/edic/116/rep_internet.htm>.
121. O artigo foi escrito por Paulo D. Amaro. Ele
misturou informações e análises do fato. O
período que apresenta uma opinião do autor é
(A) foram criados sistemas de busca.
(B) essa avalanche de informações pode
atrapalhar.
(C) sempre há centenas de sites sobre qualquer
assunto.
(D) A internet é o maior arquivo público do
mundo.
D6- Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
122. Leia o texto abaixo:
Cidadania, direito de ter direitos
Cidadania é o direito de ter uma ideia e
poder expressá-la. É poder votar em quem quiser
sem constrangimento. [...] Há detalhes que
parecem insignificantes, mas revelam estágios de
cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito,
não jogar papel na rua, não destruir telefones
públicos. Por trás desse comportamento está o
respeito à coisa pública. [...] Foi uma conquista
dura. Muita gente lutou e morreu para que
tivéssemos o direito de votar.
DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de papel. São Paulo: Ed. Ática, 1998.
O trecho que indica uma opinião em relação à
cidadania é
(A) ...é o direito de ter uma ideia e poder
expressá-la...
(B) ...É poder votar em quem quiser...
(C) ...revelam estágios de cidadania...
(D) ...Foi uma conquista dura...
D17- Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no
texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
Câncer
As novas frentes de ataque
A ciência chega finalmente à fase de atacar o mal
pela raiz sem efeito colateral.
A luta contra o câncer teve grandes vitórias nas
últimas décadas do século 20, mas deve-se
admitir que houve também muitas esperanças de
cura não concretizadas. Após sucessivas
promessas de terapias revolucionárias, o século
21 começou com a notícia de uma droga
comprovadamente capaz de bloquear pela raiz a
gênese de células tumorais. Ela foi anunciada em
maio deste ano, na cidade de San Francisco, no
EUA, em uma reunião com a presença de cerca
de 26 mil médicos e pesquisadores. A genética,
que já vinha sendo usada contra o câncer em
diagnósticos e avaliações de risco, conseguiu,
pela primeira vez, realizar o sonho das drogas
―inteligentes: impedir a formação de tumores.
Com essas drogas, será possível combater a
doença sem debilitar o organismo, como ocorre
na radioterapia e na quimioterapia convencional.
O próximo passo é assegurar que as células
cancerosas não se tornem resistentes à
medicação. São, portanto, várias frentes de
ataque. Além das mais de 400 drogas em testes,
aposta-se no que já vinha dando certo, como a
prevenção e o diagnóstico precoce. Revista Galileu. Julho de 2001,
123.O conectivo ―portanto estabelece com as
ideias que o antecedem uma relação de:
(A) Adversidade. (B) Comparação.
(C) Conclusão. (D) Finalidade.
D17- Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no
texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
124.Leia o texto abaixo:
O Quiromante
Há muitos anos atrás, havia um rapaz cigano
que, nas horas vagas, ficava lendo as linhas
das mãos das pessoas.
O pai dele, que era muito austero no que
dizia respeito à tradição cigana de somente as
mulheres lerem as mãos, dizia sempre para ele
não fazer isso, que não era ofício de homem, que
fosse fazer tachos, tocar música, comerciar
cavalos.
E o jovem cigano teimava em ser quiromante.
Até que um dia ele foi ler a sorte de uma pessoa e,
quando ela se virou de frente, ele viu, assustado,
que ela não tinha mãos.
A partir daí, abandonou a quiromancia.
PEREIRA, Cristina da Costa. Lendas e histórias ciganas. Rio de Janeiro: Imago, 1991.
O trecho ―A partir daí, abandonou a quiromancia
apresenta, com relação ao que foi dito no
parágrafo anterior, o sentido de
(A) comparação. (B) condição.
(C) consequência. (D) finalidade.
D17- Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no
texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
Necessidade de alegria
O ator que fazia o papel de Cristo no
espetáculo de Nova Jerusalém ficou tão
compenetrado da magnitude da tarefa que, de
ano para ano, mais exigia de si mesmo, tanto na
representação como na vida rotineira.
Não que pretendesse copiar o modelo divino,
mas sentia necessidade de aperfeiçoar-se
moralmente, jamais se permitindo a prática de
ações menos nobres. E exagerou em contenção
e silêncio.
Sua vida tornou-se complicada, pois os amigos
de bar o entranhavam, os colegas de trabalho no
escritório da Empetur (Empresa Pernambucana
de Turismo) passaram a olhá-lo com espanto, e
em casa a mulher reclamava do seu alheamento.
No sexto ano de encenação do drama sacro,
estava irreconhecível. Emagrecera, tinha
expressão sombria no olhar, e repetia
maquinalmente as palavras tradicionais. Seu
desempenho deixou a desejar.
Foi advertido pela Empetur e pela crítica: devia
ser durante o ano um homem alegre,
descontraído, para torna- se perfeito intérprete da
Paixão na hora certa. Além do mais, até a
chegada a Jerusalém, Jesus era jovial e
costumava ir a festas.
Ele não atendeu às ponderações, acabou
destituído do papel, abandonou a família, e dizem
que se alimenta de gafanhotos no agreste.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei. 2ª ed. Rio de Janeiro:
Record, 1998.p.
125.Qual é a informação principal no texto
―Necessidade de alegria?
(A) A arte de representar exige
compenetração.
(B) O ator pode exagerar em contenção e
silêncio.
(C) O ator precisa ser alegre.
(D) É necessário aperfeiçoar-se.
D17- Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no
texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
126.Leia o texto abaixo:
Os pancararés
Conhecedores de cada canto da região em que
viveram os cangaceiros, os pancararés, quando a
volante passava, ajudavam a esconder Lampião
e seu bando. Hoje, uma comunidade
remanescente dos pancararés vive na Baixa do
Chico, um pequeno povoado situado no interior
do Raso da Catarina. Embora as condições de
vida sejam bastante simples, os moradores
parecem saudáveis. Vivem em casas rústicas de
pau-a-pique e recebem água de um poço
artesiano porque a região é árida e agreste.
Dedicam-se a pequenas lavouras de milho e
feijão e à criação de gado.
www.almg.gov.br/revistalegis/saofrancisco/população.
No trecho ―...quando a volante passava,
ajudavam a esconder Lampião e seu bando, a
expressão destacada demonstra uma
circunstância de
(A) dúvida. (B) condição.
(C) tempo. (D) comparação.
D17- Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no
texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
127.Leia o texto abaixo:
No “Sossego”
Não era feio o lugar, mas não era belo. Tinha,
entretanto, o aspecto tranquilo e satisfeito de
quem se julga bem com a sua sorte. A casa
erguia-se sobre um socalco, uma espécie de
degrau, formando a subida para a maior altura de
uma pequena colina que lhe corria nos fundos.
Em frente, por entre os bambus da cerca, olhava
uma planície a morrer nas montanhas que se
viam ao longe; um regato de águas paradas e
sujas cortava-a paralelamente à testada da casa;
mais adiante, o trem passava vincando a planície
com a fita clara de sua linha capinada; um
carreiro, com casas, de um e de outro lado, saia
da esquerda e ia ter à estação, atravessando o
regato e serpeando pelo plano. A habitação de
Quaresma tinha assim um amplo horizonte,
olhando para o levante, a "Noruega", e era
também risonha e graciosa nos seus muros
caiados. Edificada com a desoladora indigência
arquitetônica das nossas casas de campo,
possuía, porém, vastas salas, amplos quartos,
todos com janelas, e uma varanda com uma
colunata heterodoxa. Além desta principal, o sítio
do "Sossego", como se chamava, tinha outras
construções: a velha casa da farinha, que ainda
tinha o forno intacto e a roda desmontada, e uma
estrebaria coberta de sapê.
No trecho “Em frente, por entre os bambus da
cerca, olhava uma planície...” a expressão
destacada indica uma circunstância de:
(A) causa (B) lugar
(C) modo (D) tempo
D17- Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no
texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
As enchentes de minha infância
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com
uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava
os que moravam do outro lado da rua, onde as
casas dão fundos para o rio. Como a casa dos
Martins, como a casa dos Leão, que depois foi
dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com
varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda
manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a
enchente. As águas barrentas subiam primeiro
até a altura da cerca dos fundos, depois às
bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam
pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o
volume do rio cresceu tanto que a família
defronte teve medo. Então vinham todos dormir
em nossa casa. Isso para nós era uma festa,
aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela
intimidade improvisada e alegre.
Parecia que as pessoas ficavam todas
contentes, riam muito; como se fazia café e se
tomava café tarde da noite! E às vezes o rio
atravessava a rua, entrava pelo se tomava café
tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a
rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que
nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e
mais. Sim, éramos a favor da enchente,
ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal
saltando da cama, íamos correndo para ver que o
rio baixara um palmo – aquilo era uma traição,
uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava
alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do
Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava
águas nas cabeceiras, então dormíamos
sonhando que a enchente ia outra vez crescer,
queríamos sempre que aquela fosse a maior de
todas as enchentes. BRAGA, Rubem. Ai de ti,
Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.
128.Que função desempenha a expressão
destacada no texto “... o volume do rio cresceu
TANTO
QUE a família defronte teve medo.”(2º parágrafo)
(A) adição de ideias.
(B) comparação entre dois fatos.
(C) consequência de um fato
(D) finalidade de um fato enunciado.
D23- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
129.Leia o texto abaixo
Pressa
Só tenho tempo pras manchetes no metrô
E o que acontece na novela
Alguém me conta no corredor
Escolho os filmes que eu não vejo no elevador
Pelas estrelas que eu encontro
Na crítica do leitor
Eu tenho pressa
E tanta coisa me interessa Mas, pelo menos neste inverno, uma festa dupla
Mas nada tanto assim vai esquentar a cidade. Durante todo mês de
Eu me concentro em apostilas coisa tão normal julho, a Dobradinha reúne no Fosfobox a turma
Leio os roteiros de viagem enquanto rola da Crush e da Rebolation Party. E, a partir de
comercial hoje, com um atrativo a mais: abrindo os
Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal trabalhos, nesta e nas próximas duas semanas,
Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal cada um dos três finalistas do concurso
Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa Megazine na Pista, que a revista promoveu em
Mas nada tanto assim maio, em parceria com a rádio Multishow FM.
Bruno e Leoni Fortunato. Greatest Hits‘ 80. WEA O Globo. Megazine. 13/7/2010.
Identifica-se um termo da linguagem informal em: 131.A frase do texto que melhor expressa a
(A) “leio os roteiros de viagem enquanto rola o linguagem do jovem atual é
comercial”. (A) “[...] uma festa dupla vai esquentar a cidade.”
(B) “Conheço quase o mundo inteiro por cartão (B) “Bora dar um dance hoje?”
posta”! (C) “Já tem programa para hoje à noite?”
(C) “Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo (D) “[... ]a revista promoveu em maio em parceria
mal”. com a rádio Multishow.
(D) “Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa D23- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
mas nada tanto assim”.
D23- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e Cuitelinho
o interlocutor de um texto. Cheguei na beira do porto onde as ondas se
130.Leia o texto abaixo: 'espaia'
Fico Assim Sem Você As 'garça' dá meia volta e senta na beira da praia
Claudinho e Buchecha E o cuitelinho não gosta, que o botão de rosa
Avião sem asa, fogueira sem brasa caia
Sou eu assim sem você Ai quando eu vim da minha terra despedir da
[...] 'parentaia'
Amor sem beijinho Eu entrei no Mato Grosso bem em terras
Buchecha sem Claudinho paraguaias
Sou eu assim sem você lá tinha revolução, enfrentei forte 'bataia'
Circo sem palhaço, A tua saudade corta como aço de 'navaia'
Namoro sem abraço o coração fica 'afrito', uma bate a outra 'faia'
Sou eu assim sem você Os 'zoio' se enchem d'água que até a vista se
Tô louco pra te ver chegar 'atrapaia'
Tô louco pra te ter nas mãos A tua saudade corta como aço de 'navaia'
Deitar no teu abraço o coração fica 'afrito', uma bate a outra 'faia'
Retomar o pedaço Os 'zoio' se enchem d'água que até a vista se
Que falta no meu coração 'atrapaia'
Eu não existo longe de você Paulo Vanzolini / Antônio Xandó http://letras.terra.com.br/almir-sater/649536/
E a solidão é o meu pior castigo 132.O texto apresenta muitas marcas da língua
Eu conto as horas oral. O trecho que confirma essa afirmativa é
Pra poder te ver (A) ―Cheguei na beira do porto
Mas o relógio tá de mal comigo (B) ―Eu entrei no Mato Grosso!
Por quê? Por quê? (C) ―A tua saudade corta.
[...] Fonte: http://letras.terra.com.br/claudinho-e-buchecha (D) ―Os 'zoio' se enchem d'água.
Os versos que indicam o uso da linguagem D23- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
informal, caracterizando a proximidade entre os o interlocutor de um texto.
interlocutores, são Leia o texto abaixo
(A) (...)”Circo sem palhaço, Namoro sem abraço” ―Oi, André!
(...) O pessoal aqui em casa até que se vira: meu
(B) (...) “Sou eu assim sem você Tô louco pra te pai e minha mãe trabalham, meu irmão tá
ver chegar Tô louco pra te ter nas mãos.” tirando faculdade, minha irmã mais velha também
(C) (...)”Retomar o pedaço Que falta no meu trabalha, só vejo eles de noite. Mas minha
coração” (...) irmã mais moça nem trabalha nem estuda, então
(D) (...)”Eu não existo longe você E a solidão é o toda hora a gente esbarra uma na outra. Sabe o
meu pior castigo” (...) Por quê? Por quê? que é que ela diz? Que é ela que manda em
D23- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e mim, vê se pode. Não posso trazer nenhuma
o interlocutor de um texto. colega aqui: ela cisma que criança faz bagunça
Bora dar um dance hoje? em casa. Não posso nunca ir na casa de
Festa Dobradinha une Crush, Rebolation Party ninguém: ela sai, passa a chave na porta, diz que
e finalistas do Magazine na Pista do Fosfobox vai comprar comida (ela vai é namorar) e eu fico
Já tem programa para hoje à noite? Difícil, aqui trancada pra atender telefone e dizer que ela
né?! A terça-feira costuma ser beeeem caída. não demora. Bem que eu queria pular a janela,
mas nem isso dá pé: sexto andar.
[...] comovem, reacendem a esperança e estimulam
Aí eu inventei que o Roberto (um grã-fino que ela o desejo de empenhar-se para amar e viver
quer namorar) tinha falado mal dela. plenamente.
[...] Não era pra eu ter inventado nada; saiu sem Esperamos que este livro se torne seu melhor
querer. Sai sempre sem querer, o que é que eu amigo, disponível sempre que você precisar e
posso fazer? E dá sempre confusão, é tão ruim! pronto para contar uma história que vai aquecer o
Escuta aqui, André, você me faz um favor? seu coração. www.saraiva.com.br
Para com essa mania de telegrama e me diz o 135.O leitor a quem se dirige o texto é um
que é que eu faço pra não dar mais confusão. (A) pesquisador. (B) professor.
POR FAVOR, sim? (C) adolescente. (D) pai de família.
NUNES, Lygia Bojunga. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Agir, 1991. D23- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
133.O trecho que exemplifica o uso da linguagem o interlocutor de um texto.
informal, enfatizando a intimidade entre os
interlocutores é
(A) ―... meu pai e minha mãe trabalham...
(B) ― Não posso trazer nenhum colega aqui:
(C) ―... mas nem isso dá pé...
(D) ― POR FAVOR, sim?
D23- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
Terra seca (Ary Barroso)
O nêgo tá, moiado de suó
Trabáia, trabáia, nêgo / Trabáia, trabáia nêgo
(refrão)
As mãos do nêgo tá que é calo só
Trabáia, trabáia nêgo
Ai ―meu sinhô‖ nêgo tá véio
Não aguenta essa terra tão dura, tão seca,
poeirenta...
O nêgo pede licença prá falá
O nêgo não pode mais trabaiá
Quando o nêgo chegou por aqui
Era mais vivo e ligeiro que o saci
Varava estes rios, estas matas, estes campos
sem fim
Nêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mim
Mas o tempo passou 136.Esse texto é direcionado aos
Essa terra secou... ô ô (A) alunos.
A velhice chegou e o brinquedo quebrou.... (B) diretores.
Sinhô, nêgo véio tem pena de ter-se acabado (C) pais.
Sinhô, nêgo véio carrega este corpo cansado (D) professores
cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/terra-seca.html D23- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
134.O traço da linguagem informal utilizada pelos o interlocutor de um texto.
escravos está indicado no seguinte trecho: PUBLICIDADE
(A) ―Não aguenta esta terra tão dura, tão seca, Tchau, tchau
poeirenta... Nunca foi tão fácil secar uma espinha
(B) ―O nêgo não pode mais trabaiá. A gente acha que cuidar da pele dá trabalho. Que
(C) ―Era mais vivo e ligeiro do que o saci. nada! Chato mesmo é encarar aquela
(D) ―estes campos sem fim. Espinha que insiste em aparecer na cara da gente nas
D23- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
horas mais impróprias: o primeiro dia de aula ou o
Leia o texto abaixo: encontro com o menino que a gente está a fim. Pele
Este livro foi feito sob medida para você, com bem cuidada dá uma levantada incrível no visual, né?
histórias que retratam o universo dos Então, mãos à obra com a linha Clearskin da Avon,
adolescentes e que, na maioria das vezes, são que tem oito produtos que facilitam a nossa vida.
contadas pelos próprios adolescentes. Você vai Além de combaterem a acne (eles são feitos com
rir e chorar ao ler sobre a descoberta da ácido glicólico, um poderoso derivado da
verdadeira amizade, a perda do primeiro amor e cana-de-açúcar), eles deixam a pele super hidratada.
Borgatto, Ana; Bertin, Terezinha, Marchezi, Vera. Tudo é linguagem.
as delicadas relações entre pais e filhos. 137.Encontramos o registro de linguagem formal
Cada uma dessas histórias contém algum em
significado especial. Eles falam da luta dos A) ― A gente acha que cuidar da pele dá
jovens para crescer e realizar seus sonhos, trabalho.
superando a timidez, o medo do julgamento dos
outros e seus próprios limites. Também alegram,
B) ― Chato mesmo é encarar aquela espinha
que insiste em aparecer na cara da gente.
C) ― (...) o encontro com o menino que a gente
está a fim.
D) ― Além de combaterem a acne (eles são
feitos com ácido glicólico, um poderoso derivado
da cana-de-açúcar), eles deixam a pele super
hidratada.
D18 – Reconhecer o sentido do texto e suas partes sem a
presença de marcas coesivas
Leia o texto abaixo referente à questão 6.
O MITO DO AUTOMÓVEL
O automóvel é o símbolo máximo das
sociedades modernas. A demanda de
automóveis teve um aumento tão rápido que em
apenas algumas décadas transformou a indústria
automobilística num dos motores da economia de
mercado. Mas isso ocorreu porque os carros
satisfazem inúmeras necessidades, anseios e
fantasias dos homens e das mulheres de hoje –
em especial o sonho da liberdade de
movimentos. Qual será o futuro desse fruto do
casamento do sonho com a técnica? Não
corremos talvez o risco de ver nossa liberdade de
possuir um carro vir a transformar-se em
escravidão a esse mesmo carro? (Correio da UNESCO.
Fundação Getúlio Vargas)
138.Ao empregar o verbo na primeira pessoa do
plural em ―Não corremos talvez o risco de ver
nossa liberdade...”, o autor do texto refere-se
(A) a ele e mais uma pessoa.
(B) a apenas ele mesmo.
(C) a ele e a todos da sociedade moderna.
(D) às pessoas que integram a sociedade
moderna.
D18 – Reconhecer o sentido do texto e suas partes sem a
presença de marcas coesivas
139.O verbo ser refere-se a
(A) psicossomáticos.
(B) problemas.
(C) saúde.
(D) cabeça.
D16- Estabelecer a relações entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-la.
Leia o texto abaixo:
O diabo e a política
Sempre que leio os jornais, lembro uma
historinha que nem sei mais quem me contou.
Naquela aldeia, todos roubavam de todos,
matava-se, fornicava-se, jurava-se em falso,
todos caluniavam todos. Horrorizado com os
baixos costumes, o frade da aldeia resolveu dar o
fora, pegou as sandálias, o bordão e se mandou.
Pouco adiante, já fora dos muros da aldeia,
encontrou o Diabo encostado numa árvore,
chapéu de palha cobrindo seus chifres. Tomava
água de coco por um canudinho, na mais
completa sombra e água fresca desde que se
revoltara contra o Senhor, no início dos tempos.
O frade ficou admirado e interpelou o Diabo:
— O que está fazendo aí nesta boa vida? Eu
sempre pensei que você estaria lá na aldeia,
infernizando a vida dos outros. Tudo de ruim que
anda por lá era obra sua – assim eu pensava até
agora. Vejo que estava enganado. Você não quer
nada com o trabalho. Além de Diabo, você é um
vagabundo!
Sem pressa, acabando de tomar o seu coco
pelo canudinho, o Diabo olhou para o frade com
pena:
— Para quê? Trabalho desde o início dos
tempos para desgraçar os homens e confesso
que ando cansado. Mas não tinha outro jeito.
Obrigação é obrigação, sempre procurei dar
conta do recado. Mas agora, lá na aldeia, o
pessoal resolveu se politizar. É partido pra lá,
partido pra cá, todos têm razão, denúncias,
inquéritos, invocam a ética, a transparência, é um
pega-pracapar generalizado, eu estava sobrando,
não precisavam mais de mim para serem o que
são, viverem no inferno em que vivem. Jogou o
coco fora e botou um charuto na boca. Não
precisou de fósforo, bastou dar uma baforada e
de suas entranhas saiu o fogo que acendeu o
charuto:
— Tem sido assim em todas as aldeias. Quando
entra a política eu dou o fora, não
precisam mais de mim.
CONY, Carlos Heitor, Folha online. 29 de nov. 2005. (P090208A8)
140.A política desgraça os homens mais que o
diabo.
O argumento que defende essa ideia é
(A) ―Você não quer nada com o trabalho. Além
de Diabo, você é um vagabundo!
(B)―Trabalho desde o início dos tempos para
desgraçar os homens e confesso que
andocansado.
(C) ―Obrigação é obrigação, sempre procurei
dar conta do recado.”
(D) “Quando entra a política eu dou o fora, não
precisam mais de mim.”
D16- Estabelecer a relações entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-la.
Leia o texto abaixo para responder a questão
Os filhos podem dormir com os pais?
Maria Tereza – Se é eventual, tudo bem.
Quando é sistemático, prejudica a intimidade do
casal. De qualquer forma, é importante perceber
as motivações subjacentes ao pedido e descobrir
outras maneiras aceitáveis de atendê-las. Por
vezes, a criança está com medo, insegura, ou
sente que tem poucas oportunidades de contato
com os pais. Podem ser criados recursos
próprios para lidar com seus medos e
inseguranças, fazendo ela se sentir mais
competente.
Posternak – Este hábito é bem frequente.
Tem a ver com comodismo – é mais rápido
atender ao pedido dos filhos que aguentar birra
no meio da madrugada; e com culpa ―
coitadinho, eu saio quando ainda dorme e volto
quando já está dormindo. O que falta são limites
claros e concretos. A criança que ―sacaneia‖ os
pais para dormir também o faz para comer,
escolher roupa ou aceitar as saídas familiares.
ISTOÉ, setembro de 2003 -1772.
141.O argumento usado para mostrar que os pais
agem por comodismo encontra-se na alternativa
(A) A birra na madrugada é pior
(B) A criança tem motivações subjacentes
(C) O fato é muitas vezes eventual
(D) Os limites estão claros
D16- Estabelecer a relações entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-la.
Leia o texto abaixo:
O namoro na adolescência
Um namoro, para acontecer de forma positiva,
precisa de vários ingredientes: a começar pela
família, que não seja muito rígida e atrasada nos
seus valores, seja conversável, e, ao mesmo
tempo, tenha limites muito claros de
comportamento. O adolescente precisa disto,
para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver
com o próprio adolescente e suas condições
internas, que determinarão suas necessidades e
a própria escolha. São fatores inconscientes, que
fazem com que a Mariazinha se encante com o
jeito tímido do João e não dê pelota para o herói
da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a
relação harmoniosa ou não entre os pais do
adolescente, também influenciarão o seu
namoro. Um relacionamento em que um dos
parceiros vem de um lar em crise, é, de saída,
dose de leão para o outro, que passa a ser
utilizado como anteparo de todas as dores e
frustrações.
Geralmente, esta carga é demais para o
outro parceiro, que também enfrenta suas crises
pelas próprias condições de adolescente. Entrar
em contato com a outra pessoa, senti-la, ouvi –la,
depender dela afetivamente e, ao mesmo tempo,
não massacrá-la de exigências, e não ter medo
de se entregar, é tarefa difícil em qualquer idade.
Mas é assim que começa este aprendizado de
relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida
toda.
SUPLICY, Marta. A condição da mulher. São Paulo: Brasiliense, 1984.
142.Para um namoro acontecer de forma
positiva, o adolescente precisa do apoio da
família. O argumento que defende essa ideia é
(A) a família é o anteparo das frustrações.
(B) a família tem uma relação harmoniosa.
(C) o adolescente segue o exemplo da família.
(D) o apoio da família dá segurança ao jovem.
D16- Estabelecer a relações entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-la.
Amor à primeira vista
Papel, plástico, alumínio. Modernas
embalagens industrializadas são essencialmente
confeccionadas com essas três matérias-primas.
Mas o resultado está longe de ser monótono.
Desde que os especialistas em vendas
descobriram que a embalagem é um dos
primeiros fatores que influenciam a escola do
consumidor, ela passou a ser estudada com mais
atenção. Atualmente, estampa cores forte, letras
garrafais e formatos curiosos na tentativa de
chamar atenção nas prateleiras dos
supermercados. Produtos infantis, por exemplo,
apelam para desenhos animados, ou super-
heróis da moda para derrubar a concorrência.
Provavelmente é o caso do achocolatado que
você toma de manhã, do queijinho suíço do meio
da tarde e até mesmo da sopinha da noite.
Essas embalagens despertam o interesse dos
consumidores de tal forma que, muitas vezes
eles levam o produto para casa mais porque
gostaram de sua roupagem do que pelo fato de
apreciarem um conteúdo[...]
143.Um argumento que sustenta a tese de que
―a embalagem agora é uma forma de conquistar
o consumidor‖ é que
(A) a embalagem passou a ser mais bem
cuidada.
(B) a embalagem tem formatos muito curiosos.
(C) a embalagem objetiva vestir bem os produtos.
(D) os consumidores são atraídos pela
embalagem
D16- Estabelecer a relações entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-la.
Leia o texto abaixo:
A dor de crescer
Período de passagem, tempo de agitação e
turbulências. Um fenômeno psicológico e social,
que terá diferentes particularidades de acordo
com o ambiente social e cultural. Do latim ad, que
quer dizer para, e olescer, que significa crescer,
mas também adoecer, enfermar. Todas essas
definições, por mais verdadeiras que sejam,
foram formuladas por adultos.
"Adolescer dói" dizem as psicanalistas
[Margarete, Ana Maria e Yeda] – "porque é um
período de grandes transformações. Há um
sofrimento emocional com as mudanças
biológicas e mentais que ocorrem nessa fase. É a
morte da criança para o nascimento do adulto.
Portanto, trata-se de uma passagem de perdas e
ganhos e isso nem sempre é entendido pelos
adultos."
Margarete, Ana Maria e Yeda decidiram criar
o "Ponto de Referência" exatamente para isso.
Para facilitar a vida tanto dos adolescentes
quanto das pessoas que os rodeiam, como pais e
professores. "Estamos tentando resgatar o
sentido da palavra diálogo" – enfatiza Yeda
–"quando os dois falam, os dois ouvem sempre
concordando um com o outro, nem sempre 145.O Argumento que defende a tese de se viver
acatando. bem com pouco é:
Nosso objetivo maior talvez seja o resgate da (A) valorizar apenas objetos que tenham maior
interlocução, com direito, inclusive, a presença no cotidiano, com destaque para o
interrupções." Frutos de uma educação cotidiano, com destaque para o conforto,
autoritária, os pais de hoje se queixam de estar evitando o acúmulo de itens.
vivendo a tão alardeada ditadura dos filhos. (B) fazer parte do Movimento Viridiano.
Contrapondo o autoritarismo, muitos (C) somente valorizar os objetos que não sejam
enveredaram pelo caminho da liberdade confortáveis.
generalizada e essa tem sido a grande dúvida (D) abrir mão do carro.
dos pais que procuram o "Ponto de Referência": D16- Estabelecer a relações entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-la.
proibir ou permitir? "O que propomos aqui" afirma
Leia o texto e responda à questão.
Margarete "é a consciência da liberdade. Nemo
Japoneses bem-vindos
vale-tudo e nem a proibição total. Tivemos
Segundo uma pesquisa do instituto TNS
acesso a centros semelhantes ao nosso na
Infratest, que ouviu 4.500 funcionários de hotéis
Espanha e em Portugal, onde o setor público
em 27 países, o melhor turista é o japonês. Ele é
funciona bem e dá muito apoio a esse tipo de
mais organizado, bem-educado, quieto e
trabalho porque já descobriram a importância de
satisfeito. Dá boas gorjetas e se esforça para
uma adolescência vivida com um mínimo de
falar a língua local.
equilíbrio. Já que o processo de passagem é
Os brasileiros ficaram em 19º lugar. Na
inevitável, que ele seja feito com menos dor para
lanterna, os gregos (25º) os espanhóis (26º) e os
todos os envolvidos".
franceses (27º). Segundo a pesquisa, os
144.No texto, o argumento que comprova a ideia
franceses falam alto demais e estão quase
de ser a adolescência um período de passagem
sempre de mau humor.
é MASSON,Celso.Japoneses bem vindos.Revista Época,n.555.São Paul9

146.Segundo o texto, o japonês é o melhor turista

(A) adolescentes sofrem mudanças biológicas e
entre os 27 países analisados. Alguns dos
mentais.
argumentos que defendem a tese é que:
(B) filhos devem ter consciência do significado de
(A) os ingleses são mal-humorados.
liberdade.
(B) os brasileiros são os piores turistas que os
(C) pais reclamam da ditadura de seus filhos.
espanhóis
(D) psicólogos tentam recuperar o valor do
(C) os gregos e os espanhóis também são
diálogo.
quietos e satisfeitos.
Leia a reportagem abaixo e responda ao que é
(D) Os japoneses são bem educados, dão boas
pedido.
D16- Estabelecer a relações entre a tese e os argumentos gorjetas e se esforçam para falar o idioma local
oferecidos para sustentá-la. D7- Diferenciar a informação principal das secundárias de um
texto.
Viver bem com pouco
Leia o texto abaixo.
Foi-se a era de esbanjar e ostentar. A nova
Nota Técnica
ordem global impõe consumir com parcimônia e
O Brasil vai monitorar a partir de segunda-feira
priorizar a recompensa emocional.
(4) alimentos vindos do Japão, informa nota
O americano David Bruno é hoje o maior
técnica conjunta da Agência Nacional de
divulgador do lema ―pouco é bom. Ele ficou
Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da
famoso por manter um blog no qual vai se
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),
despedindo de tudo o que juntou na vida – até
divulgada nesta quinta-feira (31).
que consiga viver com apenas 100 objetos. A
O objetivo das autoridades brasileiras é evitar
visão é parecida com a do Movimento Viridiano,
que alimentos possivelmente contaminados por
um grupo de ecologistas (viridiano vem de verde)
alto índice de radiação emitida pela usina nuclear
criado há dez anos pelo jornalista Bruce Sterling,
de Fukushima, afetada pelo tsunami do dia 11 de
de São Francisco. Sterling prega a valorização
março, entrem no país.
dos objetos que têm maior presença no nosso dia
De acordo com a nota, a importação de alimentos
a dia, caso do colchão, onde todos deveriam
japoneses ao Brasil estará condicionada à
passar oito horas diárias, ou um terço da vida.
apresentação de declaração das autoridades
O mesmo vale para os sapatos e a cadeira de
sanitárias do Japão de que os produtos não
trabalho, que devem ser confortáveis o suficiente
contêm níveis de radiação acima dos limites
para não causar incômodo algum. Em relação ao
permitidos.
automóvel, a filosofia Viridiana afirma que ele g1.globo.com, 01/04/2011.

147.Na notícia acima, a principal informação

deve ser relegado a um segundo plano, uma vez
aparece na frase
que é usado em deslocamentos curtos, poucas
(A) ...informa nota técnica conjunta da ...ANVISA
vezes ao dia. Abrir mão do carro ou de outros
e...MAPA, divulgada nesta quinta-feira(31).
bens que pareciam imprescindíveis pode ser
(B) O objetivo das autoridades brasileiras é evitar
mais fácil do que parece.
que alimentos possivelmente contaminados...
VERA.Andrés;MASSON,Celso;VICÁRIA,Luciana.Viver bem com pouco.Revista
Época,nº555

entrem no país.
(C) “O Brasil vai monitorar, a partir de segunda-
feira os alimentos vindos do Japão...”
(D) a importação de alimentos japoneses ao
Brasil estará condicionada à apresentação de
declaração das autoridades sanitárias do Japão...
D7- Diferenciar a informação principal das secundárias de um
texto.
Animais no espaço
Vários animais viajaram pelo espaço como
astronautas. Os russos já usaram cachorros em
suas experiências.
Eles têm o sistema cardíaco parecido com o dos
seres humanos. Estudando o que acontece com
eles, os cientistas descobrem quais problemas
podem acontecer com as pessoas.
A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o
primeiro ser vivo a ir ao espaço, em novembro de
1957, quatro anos antes do primeiro homem, o
astronauta Gagarin. Os norte-americanos gostam
de fazer experiências científicas espaciais com
macacos, pois o corpo deles se parece com o
humano. O chimpanzé é o preferido porque é
inteligente e convive melhor com o homem do
que as outras espécies de macacos. Ele aprende
a comer alimentos sintéticos e não se incomoda
com a roupa espacial.
Além disso, os macacos são treinados e
podem fazer tarefas a bordo, como acionar os
comandos das naves, quando as luzes coloridas
acendem no painel, por exemplo.
Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o
espaço, em novembro de 1961, a bordo da nave
Mercury/Atlas 5. A nave de Enos teve problemas,
mas ele voltou são e salvo, depois de ter
trabalhado direitinho. Seu único erro foi ter
comido muito depressa as pastilhas de banana
durante as refeições. (Folha de São Paulo, 26 de janeiro de 1996)
148.No texto - Animais no espaço , uma das
informações principais é
(A) A cadela Laika (...) foi o primeiro ser vivo a ir
ao espaço.
(B) Os russos já usavam cachorros em suas
experiência.
(C) “Vários animais viajaram pelo espaço como
astronautas”.
(D) Enos foi o mais famoso macaco a viajar para
o espaço.
D7- Diferenciar a informação principal das secundárias de um
texto.
Leia o texto abaixo:
Cerca de 20 mil se despedem do poeta Patativa
Foi decretado feriado ontem em Assaré
(623Km de Fortaleza) para a população local
homenagear o principal poeta popular do Brasil,
Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do
Assaré, que morreu anteontem, aos 93 anos.
As homenagens começaram logo depois da
morte, às 18h30. Parte da população (de 20 mil
habitantes) acampou durante toda a madrugada
na frente da casa do poeta.
(...) À tarde, como o número de visitantes
aumentou muito, o velório foi transferido para a
catedral da cidade, onde sanfoneiros repetiam A
Triste Partida, poema cantado por Luiz Gonzaga.
O cearense Fagner também gravou a música,
mas preferiu cantar ontem o poema Vaca Estrela e
Boi Fubá para homenageá-lo em missa assistida
por cerca de 10 mil pessoas.
O enterro aconteceu às 17h, no cemitério São
João Batista. A PM calcula que passaram pelo
funeral cerca de 20 mil pessoas. O Estado do
Ceará decretou luto de três dias. Beltrão, Eliana Santos;
Gordilho, Terezinha. Novo
149.O fragmento que contém a informação
principal do texto é
(A) Foi decretado feriado ontem em Assaré para
a população local homenagear o principal poeta
popular do Brasil, Antônio Gonçalves da Silva, o
Patativa do Assaré, que morreu anteontem aos
93 anos.
(B) À tarde, como o número de visitantes
aumentou muito, o velório foi transferido para a
catedral da cidade, onde sanfoneiros repetiam A
Triste Partida, poema cantado por Luiz Gonzaga.
(C) O cearense Fagner também gravou a música,
mas preferiu cantar ontem o poema Vaca Estrela
e Boi Fubá para homenageá-lo em missa
assistida por cerca de 10 mil pessoas.
(D) O enterro aconteceu às 17h, no cemitério São
João Batista. A PM calcula que passaram pelo
funeral cerca de 20 mil pessoas. O Estado do
Ceará decretou luto de três dias.
D7- Diferenciar a informação principal das secundárias de um
texto.
Leia o texto abaixo:
SALÕES ESPECIALIZADOS EM CRIANÇAS
SÃO COLORIDOS E FAZEM FESTAS
Cores, brilhos e até brinquedos são atrações
de salões especiais.
Nova moda é fazer festa com cabeleireiros e
manicures
Cores, brilhos e brinquedos não faltam nos
salões de beleza dedicados às crianças. Além de
terem espaço para corte de cabelo, produção de
penteados, manicure, pedicure e maquiagem,
eles realizam festas de aniversário para grupos
de meninas e meninos. Na comemoração, tem
bolo, refrigerante e, é claro, muitos tratamentos
de beleza. Segundo um dos salões
especializados, que atende crianças desde os
seis anos de idade há cerca de dois anos.
A maior parte do público, entretanto, é formada
por meninas e meninos de 8 a 11 anos. ''Todos
os profissionais são especializados em
tratamentos infantis e seguem os cuidados
necessários'', conta uma das sócias, Joyce
Chame. ''Mesmo que as crianças peçam, não
fazemos reflexos e escovas progressivas, por
exemplo pois são procedimentos mais
agressivos.'' Além de atender no salão localizado
em um shopping carioca, os profissionais do
Fashion Mix são contratados para participar de
festas externas, onde produzem os pequenos
convidados. Viviane Neto, diretora operacional do
salão Blitz Mania, em São Paulo (também
especializado no público infantil), diz que, ao 151.Segundo a autora, “um dos piores crimes
contrário do que muita gente pensa, os meninos que se podem cometer” é
também são vaidosos _e representam grande A) a venda de narcóticos.
parte de seus clientes. ''Eles cortam o cabelo com B) a venda abusiva de remédios.
mais frequência, porque gostam de deixá-lo em C) a falsificação dos remédios.
ordem'', comenta. Segundo ela, o movimento D) a receita de remédios falsos.
maior em seu estabelecimento é registrado aos D1 – Localizar informação explícita.
sábados, quando cerca de 250 crianças são Manguezal: um dos habitats mais ricos do
atendidas. Entre segunda e sexta-feira, o número planeta
de clientes varia entre 30 e 50. A vaidade infantil Se você também acha que o manguezal é um
está tão em alta que até salões famosos, lugar feio, cheio de mosquitos e fedorento está
especializados em adultos, abriram espaço para na hora de rever suas ideias. Afinal, o número de
clientes mais novos. Em São Paulo, um grande admiradores desse ambiente só aumenta, e você
salão implantou o ''Beauty for Teen'', para as precisa saber por quê. O manguezal é um dos
crianças comemorarem seus aniversários em mais ricos ambientes do planeta, possui uma
grupos de, no máximo, 22 pessoas. No pacote, grande concentração de vida, sustentada por
estão incluídos serviços de lavagem, escola, nutrientes trazidos dos rios e das folhas que
manicure e enfeites para cabelos como dread caem das árvores. Se você reparar bem, verá
(espécies de rolos) e strass (brilhantes). A que ele tem ainda localização privilegiada: quase
aniversariante ainda recebe pedicure, massagem sempre existe em regiões muito iluminadas pela
relaxante e banho com pétalas de rosas, leite e luz do sol e, eventualmente, se localiza em áreas
ervas. SCARAZZATI,Luciane.Disponível em:HTTP://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,AA1374686
onde o rio se encontra com o mar. Por causa da
150.As informações principais e secundaria que quantidade de sedimentos- restos de plantas e
podem ser extraídas do texto estão presentes outros organismos- misturados à água salgada, o
respectivamente: solo dos manguezais tem aparência de lama.
(A) no espaço reservado para corte de cabelo, Mas dele resulta uma floresta exuberante capaz
produção de penteados para o público infanto de sobreviver naquele solo inundado
juvenil; no fato de a maior parte deste público ser constantemente pela maré e com muita
composto por meninas e meninos de 8 a 11 concentração de sal. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/
anos, 152.Esse texto trata de
(B) na realização de festas para meninas e A) uma região iluminada
meninos dentro dos salões de beleza; bolo, B) uma floresta muito exuberante.
refrigerante e muitos tratamentos de beleza C) um rico ambiente do planeta.
também estão presentes na festa. D) um solo inundado pela maré.
D1 – Localizar informação explícita.
(C) na vaidade infantil, que esta em alta até
Leia o texto abaixo:
mesmo em salões famosos; no fato de a
Seja Criativo: Fuja das Desculpas Manjadas
aniversariante ainda contar com os serviços de
Entrevista com teens, pais e psicólogos mostram
pedicure, massagem relaxante e banho de
que os adolescentes dizem sempre a mesma
pétalas de rosas.
coisa quando voltam tarde de uma festa.
(D) na realização de festas de aniversário para
Conheça seis desculpas entre as mais usadas.
grupos de meninas e meninos em salões de
Uma sugestão: evite-as. Os pais não acreditam.
beleza, na afirmação de que nem todos os
— Nós tivemos que ajudar uma senhora que
profissionais são especializados em tratamentos
estava passando muito mal. Até o socorro
infantis e seguem os cuidados necessários.
D1 – Localizar informação explícita. chegar... A gente não podia deixar a pobre
Como opera a máfia que transformou o Brasil velhinha sozinha, não é?
num dos campeões da fraude de medicamentos. — O pai do amigo que ia me trazer bateu o carro.
É um dos piores crimes que se podem cometer. Mas não se preocupem, ninguém se machucou!
As vítimas são homens, mulheres e crianças — Cheguei um minuto depois do ônibus ter
doentes — presas fáceis, capturadas na partido. Aí tive de ficar horas esperando uma
esperança de recuperar a saúde perdida. A máfia carona... — Você acredita que o meu relógio
dos medicamentos falsos é mais cruel do que as parou e eu nem percebi?
quadrilhas de narcotraficantes. Quando alguém — Mas vocês disseram que hoje eu podia chegar
decide cheirar cocaína, tem absoluta consciência tarde, não se lembram?
do que coloca no corpo adentro. Às vítimas dos — Eu tentei avisar que ia me atrasar, mas o
que falsificam remédios não é dada oportunidade telefone daqui só dava ocupado!
de escolha. Para o doente, o remédio é 153.De acordo com o texto, os pais não
compulsório. Ou ele toma o que o médico lhe acreditam em:
receitou ou passará a correr risco de piorar ou (A) adolescentes. (B) psicólogos.
até morrer. Nunca como hoje os brasileiros (C) pesquisas. (D) desculpas.
D1 – Localizar informação explícita.
entraram numa farmácia com tanta reserva.
Leia o texto abaixo:
Minha Sombra
De manhã a minha sombra com meu papagaio e o Moradores aprovam adoção de mulheres na linha
meu macaco começam a me arremedar. 107
E quando eu saio a minha sombra vai comigo Batom, lápis nos olhos, brincos. Foi a essa
Fazendo o que eu faço seguindo os meus passos. mistura que a empresa Amigos Unidos apelou
Depois é meio-dia. E a minha sombra fica do para contornar as constantes reclamações dos
tamaninho de quando eu era menino. moradores da Urca contra os motoristas da linha
Depois é tardinha. E a minha sombra tão comprida 107 (Central-Urca). Háum mês, a empresa
brinca de pernas de pau. Minha sombra, eu só removeu sete mulheres de outros trajetos para
queria ter o humor que você tem, formar um time de primeira linha. “O público da
Ter a sua meninice, ser igualzinho a você. E de Urca é muito exigente.” Os passageiros
noite quando escrevo, fazer como você faz, como reclamavam que os motoristas homens não
eu fazia em criança:
paravam no ponto e dirigiam de forma perigosa.
Minha sombra você põe a sua mão por baixo da
“Agora só recebemos elogios”, contou o gerente
minha mão, vai cobrindo o rascunho dos meus
de Recursos Humanos da empresa, Mario
poemas sem saber ler e escrever.
LIMA, Jorge de. Minha Sombra In: Obra Completa. 19. ed. Rio de Janeiro: José Aguillar Ltda., 1958. Mattos.
154.De acordo com o texto, a sombra imita o Elogios que, às vezes, não se limitam ao
menino: desempenho profissional. “Hoje (ontem), um
A) de manhã. B) ao meio-dia. homem falou que queria ser o meu volante”,
C) à tardinha. D) à noite. contou a motorista Ana Paula da Silva, 24 anos.
D1 – Localizar informação explícita.
Na empresa há três meses, Ana Paula da Silva
Leia o texto e responda e responda a questão faz da profissão uma forma de dar carinho a
abaixo. idosos e deficientes – os que mais têm
Naquela sexta-feira, à meia noite, teria lugar a dificuldades para entrar nos ônibus. “Às vezes,
13ª Convenção Internacional das Bruxas, numa levanto para ajudar alguém a descer. Já parei o
ilha super remota no Centro do Umbigo do carro para atravessar a rua com um deficiente
Mundo, muito, muito longe. visual”, contou.
Os preparativos para a grande reunião iam Casada com um motorista de ônibus, Márcia
adiantados. A maioria das bruxas participantes já Cristina Pereira, 38 anos, não enfrenta
se encontrava no local — cada qual mais feia e dificuldades com os colegas de profissão, ainda
assustadora que a outra, representando seu país que reconheça que, no começo, a desconfiança
de origem. Todas estavam muito alvoroçadas, ou não foi pequena. “Eles me dão força. Recebo
quase todas, ainda faltavam duas, das mais muitos elogios”, disse. Ao contrário de Márcia, a
prestigiadas: a inglesa e a russa. motorista Janaína de Lima, 32 anos, diz que se
Estavam atrasadas de tanto se enfeiarem para o relaciona bem com todos os colegas, mas acha
evento. Quando se deram conta da demora, que já há competição. “Falta muito para os
alarmadíssimas, dispararam a toda, cada uma homens se relacionarem bem com os idosos e
em seu veículo particular, para o distante deficientes”, comparou. Morador da Urca há 25
conclave. A noite era tempestuosa, escura como anos, Ednei Bernardes aprovou a adoção de
breu, com raios e trovões em festival motoristas mulheres no bairro. “Elas respeitam
desenfreado. mais as pessoas e as leis de trânsito”, resumiu.
Naquela pressa toda, à luz instantânea de JB, 23/07/02 – Cidade. C1.

formidável relâmpago, as bruxas afobadas 156.Um dos usuários do ônibus concluiu: “Elas
perceberam de súbito que estavam em rota de respeitam muito mais as pessoas e as leis do
colisão, em perigo iminente de se chocarem em trânsito. “Tal afirmativa, no contexto, permite
pleno voo! Um impacto que seria pior do que a concluir que
erupção de 13 vulcões! E então, na última fração A) as empresas de ônibus preferem os serviços
de segundo antes da batida fatal, as duas da mulher.
frearam violentamente seus veículos! Mas tão de B) os homens são grosseiros e desrespeitam as
repente que a possante vassoura da bruxa leis de trânsito.
inglesa se assustou e empinou como um cavalo C) os idosos e deficientes passam a receber um
xucro, quase derrubando sua dona. Enquanto tratamento melhor.
isso a bruxa russa conseguiu desviar seu famoso D) os homens criam mais problemas com colegas
pilão para um voo rasante, por pouco não de profissão.
D2 – Inferir informação em texto verbal.
raspando o chão!
BELINY, Tatiana. In. Era uma vez: 23 poemas, canções, contos e outros textos para enriquecer o repertório dos seus alunos. Revista
Nova Escola, edição especial, vol. 4. p 16.
O Homem que entrou pelo cano
155.Porque a vassoura da bruxa inglesa empinou Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio
como um cavalo xucro? incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se
A) porque ela saiu apressadíssima. acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou
B) porque ela freou violentamente. quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares.
C) porque a noite era tempestuosa. Vez ou outra um desvio, era uma seção que
D) porque a bruxa russa desviou seu pilão. terminava em torneira.
D2 – Inferir informação em texto verbal.
Motoristas de batom conquistam a Urca
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou
monótono. O cano por dentro não era
interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher.
Uma criança brincava. Então percebeu que as
engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua
volta era um branco imenso, uma água límpida. E
a cara da menina aparecia redonda e grande, a
olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um
homem dentro da pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A
menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu
pelo esgoto.
157.O conto cria uma expectativa no leitor pela
situação incomum criada pelo enredo. O
resultado não foi o esperado porque
A) a menina agiu como se fosse um fato normal.
B) o homem demonstrou pouco interesse em sair
do cano.
C) as engrenagens da tubulação não
funcionaram.
D) a mãe não manifestou nenhum interesse pelo
fato.
D2 – Inferir informação em texto verbal.
O Drama das Paixões Platônicas na
Adolescência
Bruno foi aprovado por três dos sentidos de
Camila: visão, olfato e audição. Por isso, ela
precisa conquistá-lo de qualquer maneira.
Matriculada na 8ª série, a garota está
determinada a ganhar o gato do 3º ano do Ensino
Médio e, para isso, conta com os conselhos de
Tati, uma especialista na arte da azaração. A
tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos
para Lúcia - justo a maior "crânio" da escola.
E agora, o que fazer? Camila entra em dieta
espartana e segue as leis da conquista
elaboradas pela amiga. Revista Escola, março 2004, p. 63
Pode-se deduzir do texto que Bruno:
A) chama a atenção das meninas.
B) é mestre na arte de conquistar.
C) pode ser conquistado facilmente.
D) tem muitos dotes intelectuais.
D2 – Inferir informação em texto verbal.
Leia o texto para responder a questão abaixo:
O FIM DE SAPOS, RÃS E PERERECAS
“Para muita gente, sapos, rãs e pererecas podem
lá não ter graça. Mas os anfíbios são essenciais
à vida de florestas, restingas e lagoas, só para
citar alguns ambientes. E o problema é que estão
desaparecendo sem que cientistas saibam
explicar o porquê. O fenômeno é conhecido há
anos, mas tem se agravado muito. Sobram
explicações — vírus, redução de habitat e
mudanças climáticas, por exemplo — mas ainda
não há resposta para o mistério, cuja
consequência é o aumento do desequilíbrio
ambiental. Para tentar encontrar uma solução,
cientistas começaram a se reunir no Rio.”
O Globo. Rio de Janeiro, 23/06/2003.
158.Ao se referir ao desaparecimento de sapos,
rãs e pererecas, o texto alerta para
A) o perigo de alguns ambientes ameaçados.
B) a falta de explicação dos cientistas.
C) as explicações do mistério da natureza.
D) o perigo do desequilíbrio do meio ambiente.
D2 – Inferir informação em texto verbal.
Leia o texto para responder a questão abaixo:
Viva o povo brasileiro
O país tem fama de não cuidar da ecologia. Vide
as queimadas na Amazônia. Além disso, em
reciclagem de vidros o Brasil foi reprovado num
ranking do Instituto Worldwatch. Assim, parece
soar estranho o país bater o recorde mundial em
reciclagem de latas. De cada 100 latinhas de
bebida, 65 voltam para a indústria. É que há
125.000 brasileiros suando na coleta de latas
usadas. Esse exército de subempregados
embolsou 80 milhões de dólares em 1998.
VEJA. São Paulo: Ed. Abril. Ano 32, nº 17, 28 abr. 1999.
159.O sucesso na reciclagem de latas tem como
causa
A) o problema das queimadas na Amazônia.
B) a reciclagem nacional de vidros.
C) o trabalho das pessoas subempregadas.
D) o investimento em moeda estrangeira.
D2 – Inferir informação em texto verbal.
Leia o texto para responder a questão abaixo:
Os Asteroides
Entre Marte e Júpiter encontramos uma faixa de
pequenos corpos, provavelmente originados em
explosões planetárias, que gravitam em torno do
Sol. O maior destes asteroides pode ser visto a
olho nu e recebe o nome de Vesta.
Calcula-se em mais de 1.600 o número de
asteroides existentes.
NOVO ATLAS GEOGRÁFICO MUNDIAL. São Paulo: Editora Michelany Ltda, 1993.
160.De acordo com o texto, a definição de
asteroide é
A) Corpos formados por restos de planetas.
B) Planetas situados entre Marte e Júpiter.
C) Atividade de gravitar em torno do Sol.
D) Explosões de gases existentes na Terra.
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão.
Entrevista com Luís Fernando Veríssimo
Repórter: Com este romance, você criou seis
livros policiais. O que o atrai no gênero?
Veríssimo: O romance policial é sempre uma
leitura atraente. Se há um crime e uma
investigação, sempre é possível “prender” o
leitor. De certa maneira, o primeiro passo de um
livro, que é o contato com o leitor, já está contido
na ideia de espiar os passos dados até a solução
de um mistério.
Língua Portuguesa. São Paulo: Editora Segmento, 2009. P. 16.
161.A expressão “prender o leitor, tem o sentido
de
A) aprisionamento. B) urgência.
C) atração. D) compromisso.
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão.
Realidade com muita fantasia
Nascido em 1937, o gaúcho Moacyr Scliar é um
homem versátil: médico e escritor, igualmente
atuante nas duas áreas. Dono de uma obra
literária extensa, é ainda um biógrafo de mão
cheia e colaborador assíduo de diversos jornais
brasileiros. Seus livros para jovens e adultos são
sucesso de público e de crítica e alguns já foram medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra
publicados no exterior. feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo.
Muito atento às situações-limite que desagradam ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994.
à vida humana, Scliar combina em seus textos 164.No trecho "O príncipe NEM LIGOU e a bruxa
indícios de uma realidade bastante concreta com ficou muito brava", a expressão destacada
cenas absolutamente fantásticas. A convivência significa que:
entre realismo e fantasia é harmoniosa e dela A) não deu atenção ao pedido de casamento.
nascem os desfechos surpreendentes das B) não entendeu o pedido de casamento.
histórias. C) não respondeu à bruxa.
Em sua obra, são frequentes questões de D) não acreditou na bruxa.
identidade judaica, do cotidiano da medicina e do D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão.
mundo da mídia, como, por exemplo, acontece Leia o texto abaixo:
no conto “O dia em que matamos James Cagney” Duas Almas
Para Gostar de Ler, volume 27. Histórias sobre Ética. Ática, 1999. Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada,
162.A expressão sublinhada em “é ainda um entra, e sob este teto encontrarás carinho: eu
biógrafo de mão cheia” (ℓ. 2) e (ℓ. 3) significa que nunca fui amado, e vivo tão sozinho, vives
Scliar é sozinha sempre, e nunca foste amada...
A) crítico e detalhista. A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,
B) inteligente e ultrapassado. e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
C) criativo e inconsequente. Entra, ao menos até que as curvas do caminho
D) habilidoso e talentoso. se banhem no esplendor nascente da alvorada.
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão. E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa,
Leia o texto abaixo: essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,
Realidade com muita fantasia Podes partir de novo, ó nômade formosa! Já não
Nascido em 1937, o gaúcho Moacyr Scliar é um serei tão só, nem irás tão sozinha. Há de ficar
homem versátil: médico e escritor, igualmente comigo uma saudade tua... Hás de levar contigo
atuante nas duas áreas. Dono de uma obra uma saudade minha...
literária extensa, é ainda um biógrafo de mão WAMOSY, Alceu. Livro dos Sonetos. L&PM.
cheia e colaborador assíduo de diversos jornais 165.No verso "e a minha alcova tem a tepidez de
brasileiros. Seus livros para jovens e adultos são um ninho" (v. 6), a expressão sublinhada dá
sucesso de público e de crítica e alguns já foram sentido de um lugar:
publicados no exterior. A) aconchegante. B) belo.
Muito atento às situações-limite que desagradam C) brando. D) elegante.
à vida humana, Scliar combina em seus textos D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão.
indícios de uma realidade bastante concreta com Leia o texto abaixo.
cenas absolutamente fantásticas. A convivência
entre realismo e fantasia é harmoniosa e dela
nascem os desfechos surpreendentes das
histórias.
Em sua obra, são frequentes questões de
identidade judaica, do cotidiano da medicina e do
mundo da mídia, como, por exemplo, acontece
no conto “O dia em que matamos James
Cagney”.
Para Gostar de Ler, volume 27. Histórias sobre Ética. Ática, 1999.
163.A expressão sublinhada em “é ainda um
biógrafo de mão cheia” (ℓ. 2) e (ℓ. 3) significa que
Scliar é
A) crítico e detalhista.
B) criativo e inconsequente.
C) habilidoso e talentoso.
D) inteligente e ultrapassado.
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão.
Leia o texto abaixo:
O Sapo
Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as
moças se apaixonavam. Por ele também se
166.No trecho “Oh, meu anjo...”, a palavra
apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em
destacada sugere
casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou
A) admiração.
muito brava. "Se não vai casar comigo não vai se
B) impaciência.
casar com ninguém mais!" Olhou fundo nos olhos
C) invocação.
dele e disse: "Você vai virar um sapo!" Ao ouvir
D) saudação.
esta palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão
Leia o texto para responder a questão abaixo

D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão

169.Na figura acima, a relação entre o slogan
“Tem um gatinho solto nas ruas” e a imagem
ocorre de forma peça publicitária:
A) irônica B) incoerente
C) redundante D) afetiva

167.O uso da expressão “finalmente”, no

primeiro quadrinho, indica que a arrumação foi:
A) completa.
B) corrida.
C) demorada.
D) mal feita.
D4 – Interpretar textos verbais e textos que articulam elementos
verbais e não-verbais.

170.O comportamento da personagem Pina

no terceiro quadrinho sugere
(A) caridade. (B) entusiasmo.
168.A charge mostra que o trabalhador (C) gratidão. (D) interesse.
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão
A) recebe muito dinheiro e pode poupar bastante.
B) recebe pouco no 13º salário e tem muito que
Leia a tirinha e responda:
pagar.
C) recebe muito no 13º salário e tem muito que
pagar.
D) recebe muito no 13º salário e tem pouco o que
pagar.
D4 – Interpretar textos verbais e textos que articulam elementos
verbais e não-verbais.
Leia o texto para responder a questão abaixo:

171.No segundo quadrinho, chico Bento diz:
“Hum... Zé da Roça!” indica
A) dúvida B) irritação
C) raiva D) curiosidade
D5- Identificar o tema ou assunto de um texto.
Longe de pendurar a chuteira
Quem solta a voz para anunciar que “o Maraca é
o nosso” sabe o que está dizendo. Sentado do
lado oficial do Vasco (esquerdo) ou do Flamengo
(direito), o torcedor que aguarda uma semana ou
mais para vibrar pelo time do coração se sente
em casa no Estádio Jornalista Mário Filho,
popularmente conhecido como Maracanã (nome
de um pássaro). Essa íntima relação provocada
pelos quase 200 mil metros quadrados de
complexo de lazer começou há 59 anos, quando
o jornalista Mário Filho iniciou sua batalha em
prol a construção de um mega estádio para a
Copa do Mundo de 1950. Assim como a linha da
história, que, por vezes, parece repetir, o
Maracanã, inaugurado em estado inacabado para
a partida entre jogadores de São Paulo e do Rio
(3 a 1 para os paulistas), está prestes a respirar
novos ares e entrar, novamente, para a história
em 2014, quando o Brasil abrigará a Copa o
Mundo.
CALIXTO, Bruno. Tribuna de Minas. Quarta-feira. 22 jul. 2009.Caderno 2. P. 6.
172.O assunto do texto é
A) a Copa do Mundo.
B) a história do estádio.
C) a reforma do estádio.
D) o nome do Maracanã.
D5- Identificar o tema ou assunto de um texto.
O ouro da biotecnologia
Até os bebês sabem que o patrimônio natural do
Brasil é imenso. Regiões como a Amazônia, o
Pantanal e a Mata Atlântica - ou o que restou
dela - são invejadas no mundo todo por sua
biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o
do cerrado e o da caatinga têm mais riqueza de
fauna e flora do que se costuma pensar. A
quantidade de água doce, madeira, minérios e
outros bens naturais é amplamente citada nas
escolas, nos jornais e nas conversas. O problema
é que tal exaltação ufanista (“Abençoado por
Deus e bonito por natureza”) é diretamente
proporcional à desatenção e ao desconhecimento
que ainda vigoram sobre essas riquezas.
Estamos entrando numa era em que, muito mais
do que nos tempos coloniais (quando pau-brasil,
ouro, borracha etc. eram levados em estado
bruto para a Europa), a exploração comercial da
natureza deu um salto de intensidade e
refinamento. Essa revolução tem um nome:
biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por
exemplo, deixará em breve de ser uma enorme
fonte “potencial” de alimentos, cosméticos,
remédios e outros subprodutos: ela o será de fato
- e de forma sustentável. Outro exemplo: os
créditos de carbono, que terão de ser comprados
do Brasil por países que poluem mais do que
podem, poderão significar forte entrada de
divisas.
Com sua pesquisa científica carente, indefinição
quanto à legislação e dificuldades nas questões
de patenteamento, o Brasil não consegue
transformar essa riqueza natural em riqueza
financeira. Diversos produtos autóctones, como o
cupuaçu, já foram registrados por estrangeiros -
que nos obrigarão a pagar pelo uso de um bem
original daqui, caso queiramos (e saibamos)
produzir algo em escala com ele. Além disso, a
biopirataria segue crescente. Até mesmo os
índios deixam que plantas e animais sejam
levados ilegalmente para o exterior, onde
provavelmente serão vendidos a peso de ouro.
Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a
nova realidade econômica global, ou continuará
perdendo dinheiro como fruta no chão.
173.Uma frase que resume a ideia principal do
texto é:
A) A Amazônia deixará de ser fonte potencial de
alimentos.
B) O Brasil não transforma riqueza natural em
financeira.
C) Os Índios deixam animais e plantas serem
levados.
D) Os estrangeiros registraram diversos produtos.
D5- Identificar o tema ou assunto de um texto.
Leia o texto abaixo:
Vínculos, As Equações da Matemática da Vida.
Quando você forma um vínculo com alguém,
forma uma aliança. Não é à toa que o uso de
alianças é um dos símbolos mais antigos e
universais do casamento. O círculo dá a noção
de ligação, de fluxo, de continuidade. Quando se
forma um vínculo, a energia flui. E o vínculo só se
mantém vivo se essa energia continuar fluindo.
Essa é a ideia de mutualidade, de troca. Nessa
caminhada da vida, ora andamos de mãos
dadas, em sintonia, deixando a energia fluir, ora
nos distanciamos.
Desvios sempre existem. Podemos nos perder
em um deles e nos reencontrar logo adiante. A
busca é permanente. O que não se pode é ficar
constantemente fora de sintonia.
Antigamente, dizia-se que as pessoas
procuravam se completar através do outro,
buscando sua metade no mundo. A equação era:
1/2 + 1/2 = 1.
"Para eu ser feliz para sempre na vida, tenho que
ser a metade do outro." Naquela loteria do
casamento, tirar a sorte grande era achar a sua maior floresta tropical do mundo. No início era
cara-metade. assim: água e céu.
Com o passar do tempo, as pessoas foram É mata que não tem mais fim. Mata contínua,
desenvolvendo um sentido de individualização com árvores muito altas, cortada pelo amazonas,
maior e a equação mudou. Ficou: 1 + 1 = 1. "Eu o maior rio do planeta. São mais de mil rios
tenho que ser eu, uma pessoa inteira, com todas desaguando no Amazonas. É água que não
as minhas qualidades, meus defeitos, minhas acaba mais.
limitações. Vou formar uma unidade com meu SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.
companheiro, que também é um ser inteiro." Mas 175.O texto trata:
depois que esses dois seres inteiros se A) da importância econômica do rio Amazonas.
encontravam, era comum fundirem-se, ficarem B) das características da região Amazônica.
grudados num casamento fechado, tradicional. C) de um roteiro turístico da região do Amazonas.
Anulavam-se mutuamente. D) do levantamento da vegetação amazônica.
D5- Identificar o tema ou assunto de um texto.
Com a revolução sexual e os movimentos de
Leia o texto abaixo:
libertação feminina, o processo de individuação
Como se produzem frutas fora de época?
que vinha acontecendo se radicalizou. E a
Você se lembra do tempo em que era preciso
equação mudou de novo: 1 + 1 = 1 + 1.
esperar o outono para comer morango e o
Era o "cada um na sua". "Eu tenho que resolver
inverno para chupar laranjas? Se não, é porque
os meus problemas, cuidar da minha própria
faz muito tempo mesmo: hoje em dia, essas
vida. Você deve fazer o mesmo. Na minha
frutas estão no supermercado o ano inteiro. Poda
independência total e autossuficiência absoluta,
e irrigação se juntaram à genética e à química e
caso com você, que também é assim." Em nome
permitem que os agricultores acelerem ou
dessa independência, no entanto, faltou sintonia,
retardem o ciclo natural das plantas. Hoje, as
cumplicidade e compromisso afetivo. É a
frutas são de todas as épocas.
segunda crise do casamento que acompanhamos
A manga, por exemplo, graças a substâncias
nas décadas de 70 e 80.
químicas como paiobutazol e ethefon, tem uma
Atualmente, após todas essas experiências, eu
produção uniforme ao longo do ano. O produtor
sinto as pessoas procurando outro tipo de
pode até adequar a colheita ao período mais
equação: 1 + 1 = 3. Para a aritmética ela pode
propício para o mercado interno ou externo. Além
não ter lógica, mas faz sentido do ponto de vista
do calendário, a agricultura moderna também
emocional e existencial. Existem você, eu e a
ignora a geografia: a maçã, fã do frio, já dá na
nossa relação. O vínculo entre nós é algo
Bahia. Fruto de cruzamentos genéticos, a
diferente de uma simples somatória de nós dois.
variedade Eva suporta trocadilhos e o calor
Nessa proposta de casamento, o que é meu é
nordestino desde 2004.
meu, o que é seu é seu e o que é nosso é nosso.
“Os produtores aprenderam a explorar nossos
Talvez aí esteja a grande mágica que hoje
climas e solos e passaram a produzir a mesma
buscamos, a de preservar a individualidade sem
fruta em várias regiões”, explica Anita Gutierrez,
destruir o vínculo afetivo. Tenho que preservar o
engenheira agrônoma da Companhia de
meu eu, meu processo de descoberta, realização
Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, a
e crescimento, sem destruir a relação. Por outro
CEAGESP. O que não significa que não exista
lado, tenho que preservar o vínculo sem destruir
sazonalidade: ainda há variação no volume de
a individualidade, sem me anular. Acho que
algumas frutas e verduras por culpa de estiagem,
assim talvez possamos chegar ao ano 2000 um
excesso de chuvas ou frio fora do comum. Ainda
pouco menos divididos entre a sede de
falta podar o clima.
expressão individual e a fome de amor e de SILVA, Michele. Revista Superinteressante.Ed. 264. Abril: abr. 2009. p. 46.

partilhar a vida. Um pouco mais inteiros e felizes. 175.Esse texto trata

Para isso, temos que compartilhar com nossos A) da agricultura moderna, que produz frutas o
companheiros de uma verdadeira intimidade. Ser ano inteiro.
íntimo é ser próximo, é estar estreitamente ligado B) dos morangos, que devem ser cultivados no
por laços de afeição e confiança. outono.
MATARAZZO, Maria Helena. Amar É Preciso. 22. ed. São Paulo: Editora Gente, 1992, p. 19-21
C) do calendário agrícola, que determina a
174.O texto trata PRINCIPALMENTE,
produção.
A) da exatidão da matemática da vida.
D) das ações do clima, que interferem na
B) dos movimentos de libertação feminina.
produção
C) da loteria do sucesso no casamento. D6- Distinguir fato de opinião relativa ao fato.
D) do casamento no passado e no presente Não se perca na rede
D5- Identificar o tema ou assunto de um texto.
A Internet é o maior arquivo público do mundo.
Leia o texto abaixo:
De futebol a física nuclear, de cinema a biologia,
As Amazônias
de religião a sexo, sempre há centenas de sites
Esse tapete de florestas com rios azuis que os
sobre qualquer assunto. Mas essa avalanche de
astronautas viram é a Amazônia. Ela cobre mais
informações pode atrapalhar. Como chegar ao
da metade do território brasileiro. Quem viaja
que se quer sem perder tempo? É para isso que
pela região não cansa de admirar as belezas da
foram criados os sistemas de busca. Porta de B)” ... a gente ia toda manhã lá no quintal
entrada na rede para boa parte dos usuários, deles...” .
eles são um filão tão bom que já existem às C) “...vinham todos dormir em nossa casa”.
centenas também. Qual deles escolher? D) ”.. às vezes o rio atravessava rua, ...”.
Depende do seu objetivo de busca. D6- Distinguir fato de opinião relativa ao fato.
Há vários tipos. Alguns são genéricos, feitos para Leia o texto abaixo:
uso no mundo todo (Google, por exemplo). Use As enchentes de minha infância
esse site para pesquisar temas universais. Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com
Outros são nacionais ou estrangeiros com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava
versões específicas para o Brasil (Cadê, Yahoo e os que moravam do outro lado da rua, onde as
Altavista). São ideais para achar páginas casas dão fundos para o rio. Como a casa dos
“com.br”. Martins, como a casa dos Leão, que depois foi
Disponível em: <http://galileu.globo.com/edic/116/rep_internet.htm>. Acesso em Julho /2008. dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com
176.O artigo foi escrito por Paulo D’Amaro. Ele varanda fresquinha dando para o rio.
misturou informações e análises do fato. O Quando começavam as chuvas a gente ia toda
período que apresenta uma opinião do autor é manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a
A) “foram criados sistemas de busca.” enchente. As águas barrentas subiam primeiro
B) “essa avalanche de informações pode até a altura da cerca dos fundos, depois às
atrapalhar.” bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam
C) “sempre há centenas de sites sobre qualquer pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o
assunto.” volume do rio cresceu tanto que a família
D) “A internet é o maior arquivo público do defronte teve medo.
mundo.” Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso
D6- Distinguir fato de opinião relativa ao fato.
para nós era uma festa, aquela faina de arrumar
As enchentes de minha infância
camas nas salas, aquela intimidade improvisada
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com
e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas
uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava
contentes, riam muito; como se fazia café e se
os que moravam do outro lado da rua, onde as
tomava café tarde da noite! E às vezes o rio
casas dão fundos para o rio. Como a casa dos
atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e
Martins, como a casa dos Leão, que depois foi
me lembro que nós, os meninos, torcíamos para
dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com
ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da
varanda fresquinha dando para o rio.
enchente, ficávamos tristes de manhãzinha
Quando começavam as chuvas a gente ia toda
quando, mal saltando da cama, íamos correndo
manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a
para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era
enchente. As águas barrentas subiam primeiro
uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às
até a altura da cerca dos fundos, depois às
vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá,
bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam
para cima do Castelo, tinha caído chuva muita,
pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o
anunciava águas nas cabeceiras, então
volume do rio cresceu tanto que a família
dormíamos sonhando que a enchente ia outra
defronte teve medo.
vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso
a maior de todas as enchentes.
para nós era uma festa, aquela faina de arrumar BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed.Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.

camas nas salas, aquela intimidade improvisada 178.A expressão que revela uma opinião sobre o
e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas fato “... vinham todos dormir em nossa casa” (ℓ.
contentes, riam muito; como se fazia café e se 10), é
tomava café tarde da noite! E às vezes o rio A) “Às vezes chegava alguém a cavalo...”
atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e B) “E às vezes o rio atravessava a rua...”
me lembro que nós, os meninos, torcíamos para C) “e se tomava café tarde da noite!”
ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da D) “Isso para nós era uma festa...”
enchente, ficávamos tristes de manhãzinha D6- Distinguir fato de opinião relativa ao fato.
quando, mal saltando da cama, íamos correndo Leia o texto para responder a questão abaixo:
para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era No mundo dos sinais
uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem,
vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, cheios de espinhos. Mulungus e aroeiras expõem
para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, seus galhos queimados e retorcidos, sem folhas,
anunciava águas nas cabeceiras, então sem flores, sem frutos.
dormíamos sonhando que a enchente ia outra Sinais de seca brava, terrível!
vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante,
a maior de todas as enchentes. chamando os companheiros e o gado.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157. Toque de saída. Toque de estrada. Lá vão eles,
177.Em relação à descrição da casa do autor, há deixando no estradão as marcas de sua
uma opinião em: passagem. TV Cultura, Jornal do Telecurso.
A) “Sim, nossa casa era muito bonita”.
178.A opinião do autor em relação ao fato A) têm pouca capacidade de raciocínio.
comentado está em B) adoram o técnico da seleção .
A) “os mandacarus se erguem” C) falam mal do Dunga.
B) “aroeiras expõem seus galhos” D) seguem a opinião dos outros.
C) “Sinais de seca brava, terrível!!” D7- Diferenciar informação principal e das secundárias de um
texto.
D) “Toque de saída. Toque de entrada”.
D6- Distinguir fato de opinião relativa ao fato.
Pai, vou ser doutor... em rock
Leia o texto para responder a questão abaixo: Agora ele virou carreira acadêmica. Um curso
Mulher é atropelada e põe a culpa no Google superior vai formar músicos produtores do gênero
Maps musical.
Nos Estados Unidos, quase tudo pode render Quando foi anunciado o processo seletivo para a
uma ação judicial. O processo movido pela primeira turma, de 2007, houve estranheza tanto
americana Lauren Rosenberg, vítima de um nos meios acadêmicos como entre os músicos
atropelamento em uma rodovia no Estado de profissionais.
Utah, seria mais um caso de reparação por Os primeiros questionaram a seriedade de um
danos, mas ela quer receber US$ 100 mil (cerca curso superior para headbangers, grunges e
de R$ 183,5 mil) não só do motorista que a neopunks. Já os roqueiros se insurgiram contra o
atingiu, Patrick Harwood, mas também da possível enquadramento de um tipo de música
empresa Google. irreverente por natureza.
Segundo o jornal inglês The Guardian, Lauren É possível que alguns pais se descabelem. Mas
tentou atravessar uma estrada estadual sem o rock universitário não é coisa de quem não
passeio para pedestres, à noite, e foi atingida por quer estudar. O curso envolve a formação
um carro, em 19 de janeiro de 2009. cultural dos amantes das guitarras distorcidas.
Ela alega ter seguido as indicações do site No início, eles vão degustar vários tipos de
Google Maps. música. O objetivo é superar preconceitos pelo
O advogado Allen Young entrou com a ação acesso a discos e à pesquisa.
judicial na semana passada. Ele argumenta que Pai, vou ser doutor... em rock . “Mente Aberta”. In Época, 18 dez. 2006, p.140.

o site foi "descuidado e negligente" ao indicar a 181.A informação principal desse texto é sobre
travessia de uma via expressa. "As pessoas A) a discriminação contra o rock universitário.
confiam nas instruções (dadas pelo Google B) a superação de preconceitos pelo acesso a
Maps). Ela acreditou que era seguro atravessar a discos e à pesquisa.
pista." C) a criação do curso superior em rock.
Ao indicar uma rota, o serviço do Google dá um D) o envolvimento dos amantes das guitarras
alerta: "Essa rota pode não ter calçadas ou distorcidas.
D7- Diferenciar informação principal e das secundárias de um
passeio para pedestres". Procurada pelo texto.
Guardian, a empresa não quis comentar o caso, Necessidade de alegria
que ainda vai dar o que falar. O ator que fazia o papel de Cristo no espetáculo
http://www.diariopopular.com.br
179.O trecho do texto que expressa uma opinião de Nova Jerusalém ficou tão compenetrado da
é magnitude da tarefa que, de ano para ano, mais
A) “Nos Estados Unidos, quase tudo pode render exigia de si mesmo, tanto na representação como
uma ação judicial.” na vida rotineira.
B) "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio Não que pretendesse copiar o modelo divino,
para pedestres". mas sentia necessidade de aperfeiçoar-se
C) “Ele argumenta que o site foi "descuidado e moralmente, jamais se permitindo a prática de
negligente" [...]” ações menos nobres. E exagerou em contenção
D) “Procurada pelo Guardian, a empresa não e silêncio.
quis comentar o caso” Sua vida tornou-se complicada, pois os amigos
D6- Distinguir fato de opinião relativa ao fato. de bar o estranhavam, os colegas de trabalho no
Leia o texto para responder a questão abaixo: escritório da Empetur (Empresa Pernambucana
Maria vai com as outras em ação de Turismo) passaram a olhá-lo com espanto, e
Os mesmos que hoje adotam Dunga como em casa a mulher reclamava do seu alheamento.
queridinho, em redes sociais e no twitter,[...] No sexto ano de encenação do drama sacro,
serão os que voltar-se-ão contra o técnico da estava irreconhecível. Emagrecera, tinha
Seleção em caso de fracasso. expressão sombria no olhar, e repetia
E o farão sem dó nem piedade. É uma legião de maquinalmente as palavras tradicionais. Seu
maria vai com as outras, cujo cérebro não resiste desempenho deixou a desejar.
à manutenção de uma opinião própria. Foi advertido pela Empetur e pela crítica: devia
Seus conceitos e preconceitos migram de forma ser durante o ano um homem alegre,
proporcional à capacidade neuronal de raciocínio: descontraído, para tornar-se perfeito intérprete da
quase nula. Podem cobrar depois. Paixão na hora certa. Além do mais, até a
http://wp.clicrbs.com.br/castiel/2010/06/24/maria-vai-com-as-outras-eletronicos/?topo=77,2,18
chegada a Jerusalém, Jesus era jovial e
180.Segundo o texto, a expressão “Maria vai com
costumava ir a festas.
as outras” significa pessoas que
Ele não atendeu às ponderações, acabou C) “Vários animais viajaram pelo espaço como
destituído do papel, abandonou a família, e dizem astronautas”.
que se alimenta de gafanhotos no agreste. D) “Enos foi o mais famoso macaco a viajar para
ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei. 2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 56.
o espaço”.
182.Qual é a informação principal no texto D7- Diferenciar informação principal e das secundárias de um
“Necessidade de alegria”? texto.
A) A arte de representar exige compenetração. Leia o texto
B) O ator pode exagerar em contenção e silêncio. A sombra do meio-dia
C) O ator precisa ser alegre. A Sombra do Meio-Dia é o belo título de um
D) É necessário aperfeiçoar-se. romance lançado recentemente, de autoria do
D7- Diferenciar informação principal e das secundárias de um diplomata Sérgio Danese. O livro trata da glória
texto.
(efêmera) e da desgraça (duradoura) de um
Leia o texto abaixo e responda à questão.
ghost-writer, ou redator-fantasma – aquele que
escreve discursos para outros. A glória do ghost-
writer de Danese adveio do dinheiro e da
ascensão profissional e social que lhe
proporcionaram os serviços prestados ao patrão
– um ricaço feito senador e ministro, ilimitado nas
ambições e limitado nos escrúpulos como soem
ser as figuras de sua laia. A desgraça, da
183.Esse texto serve para
sufocação de seu talento literário, ou daquilo que
A) dar uma notícia. B) deixar um recado.
gostaria que fosse talento literário, posto a
C) fazer um convite. D) vender um produto.
D7- Diferenciar informação principal e das secundárias de um serviço de outrem, e ainda mais um outrem como
texto. aquele. As exigências do patrão, aos poucos,
Leia o texto para responder a questão abaixo: tornam-se acachapantes. Não são apenas
Animais no espaço discursos que ele encomenda. É uma carta de
Vários animais viajaram pelo espaço como amor a uma bela que deseja como amante. Ou
astronautas. um conto, com que acrescentar, às delícias do
Os russos já usaram cachorros em suas dinheiro e do poder, a glória literária. Nosso
experiências. Eles têm o sistema cardíaco escritor de aluguel vai se exaurindo. É a própria
parecido com o dos seres humanos. Estudando o personalidade que lhe vai sendo sugada pelo
que acontece com eles, os cientistas descobrem insaciável senhorio. Na forma de palavras, frases
quais problemas podem acontecer com as e parágrafos, é a alma que põe em continuada
pessoas. venda.
A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o Roberto Pompeu de Toledo, Revista VEJA, ed.1843, 3 de março de 2004. Ensaio p. 110.

primeiro ser vivo a ir ao espaço, em novembro de 184.O fragmento que contém a informação
1957, quatro anos antes do primeiro homem, o principal do texto é
astronauta Gagarin. (A) “A Sombra do Meio-Dia [...] diplomata Sérgio
Os norte-americanos gostam de fazer Danese.” (l. 1-2)
experiências científicas espaciais com macacos, (B) “O livro trata da glória (efêmera) e da
pois o corpo deles se parece com o humano. O desgraça (duradoura) de um ghost-writer.” (l. 2).
chimpanzé é o preferido porque é inteligente e (C) “Não são apenas discursos que ele
convive melhor com o homem do que as outras encomenda.” (l. 7)
espécies de macacos. Ele aprende a comer (D) “Nosso escritor de aluguel vai se exaurindo.”
alimentos sintéticos e não se incomoda com a (l. 9)
D9- Reconhecer gênero discursivo
roupa espacial. Por quê?
Além disso, os macacos são treinados e podem Por que nascemos para amar, se vamos morrer?
fazer tarefas a bordo, como acionar os comandos Por que morrer, se amamos?
das naves, quando as luzes coloridas acendem Por que falta sentido
no painel, por exemplo. Enos foi o mais famoso Ao sentido de viver, amar, morrer?
macaco a viajar para o espaço, em novembro de ( Disponível em: http://br.geocities.com.edterranova/drummond29.htm )
1961, a bordo da nave Mercury/Atlas 5. A nave 185.Esse texto é um
de Enos teve problemas, mas ele voltou são e A) conto. B) artigo.
salvo, depois de ter trabalhado direitinho. Seu C) bilhete. D) poema
único erro foi ter comido muito depressa as D10- Identificar o propósito comunicativo em diferentes
gêneros.
pastilhas de banana durante as refeições.
(Folha de São Paulo, 26 de janeiro de 1996) Galeria de fotos- Pira Olímpica
183.No texto “Animais no espaço”, uma das 08/0/08- Pira Olímpica é acesa pelo ex-ginasta
informações principais é chinês Li Ning. O atleta caminhou suspenso
A) “A cadela Laika (...) foi o primeiro ser vivo a ir sobre um telão no teto do estádio que simulava a
ao espaço”. abertura de um pergaminho. Impressionante.
B) “Os russos já usavam cachorros em suas Disponível em: http://noticias.br.com/fotos?
D9- Reconhecer gênero discursivo
experiência”.
186.Esse texto tem a finalidade de
A) advertir. B) alertar.
C) comover. D) informar
D9- Reconhecer gênero discursivo
A antiga Roma ressurge em cada detalhe
Dos 20.000 habitantes de Pompéia, só dois
escaparam da fulminante erupção do vulcão
Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C. Varrida do
mapa em horas, a cidade só foi encontrada em
1748, debaixo de 6 metros de cinzas. Por ironia,
a catástrofe salvou Pompéia dos conquistadores
e preservou-a para o futuro, como uma joia
arqueológica. Para quem já esteve lá, a visita é
inesquecível.
A profusão de dados sobre a cidade permitiu ao
Laboratório de Realidade Virtual Avançada da
Universidade Carnegie Mellon, nos Estados
Unidos, criar imagens minuciosas, com apoio do
instituto Americano de Arqueologia. Milhares de
detalhes arquitetônicos tornaram-se visíveis. As
imagens mostram até que nas casas dos ricos se
comia pão branco, de farinha de trigo, enquanto
na dos pobres comia-se pão preto, de centeio.
Outro megaprojeto, para ser concluído em 2020,
da Universidade da Califórnia, trata da
restauração virtual da história de Roma, desde os
primeiros habitantes, no século XV a.C., até a
decadência, no século V. Guias turísticos virtuais
conduzirão o visitante por paisagens animadas
por figurantes. Edifícios, monumentos, ruas,
aquedutos, termas e sepulturas desfilarão,
interativamente. Será possível percorrer vinte
séculos da história num dia. E ver com os
próprios olhos tudo aquilo que a literatura
esforçou-se para contar com palavras.
Revista Superinteressante, dezembro de 1998, p. 63.
186.A finalidade principal do texto é
A) convencer. B) relatar
C) informar. D) instruir.
D10- Identificar o propósito comunicativo em diferentes
gêneros
Leia o texto abaixo:
A antiga Roma ressurge em cada detalhe
Dos 20.000 habitantes de Pompéia, só dois
escaparam da fulminante erupção do vulcão
Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C. Varrida do
mapa em horas, a cidade só foi encontrada em
1748, debaixo de 6 metros de cinzas. Por ironia,
a catástrofe salvou Pompéia dos conquistadores
e preservou-a para o futuro, como uma jóia
arqueológica. Para quem já esteve lá, a visita é
inesquecível.
A profusão de dados sobre a cidade permitiu ao
Laboratório de Realidade Virtual Avançada da
Universidade Carnegie Mellon, nos Estados
Unidos, criar imagens minuciosas, com apoio do
instituto Americano de Arqueologia. Milhares de
detalhes arquitetônicos tornaram-se visíveis. As
imagens mostram até que nas casas dos ricos se
comia pão branco, de farinha de trigo, enquanto
na dos pobres comia-se pão preto, de centeio.
Outro megaprojeto, para ser concluído em 2020,
da Universidade da Califórnia, trata da
restauração virtual da história de Roma, desde os
primeiros habitantes, no século XV a.C., até a
decadência, no século V. Guias turísticos virtuais
conduzirão o visitante por paisagens animadas
por figurantes. Edifícios, monumentos, ruas,
aquedutos, termas e sepulturas desfilarão,
interativamente. Será possível percorrer vinte
séculos da história num dia. E ver com os
próprios olhos tudo aquilo que a literatura
esforçou-se para contar com palavras.
Revista Superinteressante, dezembro de 1998, p. 63 .
187.A finalidade principal do texto é
A) convencer.
B) relatar.
C) descrever.
D) informar.
D10- Identificar o propósito comunicativo em diferentes
gêneros
Leia o texto abaixo:
MAR MORTO
Para quem não sabe nadar, entrar na água do
mar ou na piscina é sempre complicado. Precisa
de colo de alguém ou de bóia de plástico.
Mas existe um mar em que nada afunda, de tanto
sal que existe em sua água. Esse mar fica entre
dois países do Oriente, Israel e a Jordânia, e se
chama Mar Morto. Na verdade, não é um mar: é
um grande lago, onde deságua o rio Jordão. Ele
está 392 metros abaixo do nível do mar, e é o
ponto mais baixo de toda a superfície do planeta.
De tão grande, parece mesmo um mar: tem 85
quilômetros de comprimento e 17 quilômetros de
largura. É tanto sal em suas águas que não tem
peixe, alga ou camarão que consiga viver ali
dentro.
Por isso o nome de Mar Morto.
A lama que existe no fundo faz muito bem para a
pele e tem propriedades medicinais. As pessoas
vão ao Mar Morto também para fazer tratamento
de beleza com lama! Não é preciso mergulhar no
sal para ir atrás dessa poção mágica de beleza.
Perto dali, existem lojinhas que vendem sabonete
feito com a lama do fundo do lago. O Mar Morto é
realmente um lugar diferente!
Só vendo para acreditar.
Disponível em: <www.recreioonline.com.br> Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
188.No trecho “... que consiga viver ali dentro.”, a
palavra destacada indica
A) tempo. B) modo.
C) lugar. D) intensidade.
D10- Identificar o propósito comunicativo em diferentes
gêneros
Leia o texto e responda a questão.
A SURDEZ NA INFÂNCIA
Podemos classificar as perdas auditivas como
congênitas (presentes no momento do
nascimento) ou adquiridas (contraídas após o
nascimento). Os problemas de aprendizagem e
agressividade infantil podem estar ligados a
problemas auditivos. A construção da linguagem
está intimamente ligada a compreensão do
conjunto de elementos simbólicos que dependem
basicamente de uma boa audição. Ela é a chave
para a linguagem oral, que, por sua vez, forma a
base da comunicação escrita.
Uma pequena diminuição da audição pode
acarretar sérios problemas no desenvolvimento
da criança, tais como: problemas afetivos,
distúrbios escolares, de atenção e concentração,
inquietação e dificuldades de socialização. A
surdez na criança pequena (de 0 a 3 anos) tem
consequências muito mais graves que no adulto.
Existem algumas maneiras simples de saber se a
criança já possui problemas auditivos como:
bater palmas próximo ao ouvido, falar baixo o
nome da criança e observar se ela atende, usar
alguns instrumentos sonoros (agogô, tambor,
apito), bater com força a porta ou na mesa e,
dessa forma, poder avaliar as reações da
criança.
COELHO. Cláudio. A surdez na infância. O Globo, Rio de Janeiro. 13/04/2003.
p. 6. Jornal da Família.
189. Qual é seu problema?
O objetivo desse texto é:
A) comprovar que as perdas auditivas são
irrelevantes.
B) comprovar que a surdez ainda é uma doença
incurável.
C) mostrar as maneiras de saber se a criança
ouve bem.
D) alertar o leitor para os perigos da surdez na
infância.
D11- Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e o
conflito gerador.
O Mato
Veio o vento frio, e depois o temporal noturno, e
depois da lenta chuva que passou toda a manhã
caindo e ainda voltou algumas vezes durante o
dia, a cidade entardeceu em brumas. Então o
homem esqueceu o trabalho e as promissórias,
esqueceu a condução e o telefone e o asfalto, e
saiu andando lentamente por aquele morro
coberto de um mato viçoso, perto de sua casa. O
capim cheio de água molhava seu sapato e as
pernas da calça; o mato escurecia sem vaga-
lumes nem grilos.
Pôs a mão no tronco de uma árvore pequena,
sacudiu um pouco, e recebeu nos cabelos e na
cara as gotas de água como se fosse uma
bênção. Ali perto mesmo a cidade murmurava,
estava com seus ruídos vespertinos, ranger de
bondes, buzinar impaciente de carros, vozes
indistintas; mas ele via apenas algumas árvores,
um canto de mato, uma pedra escura. Ali perto,
dentro de uma casa fechada, um telefone batia,
silenciava, batia outra vez, interminável, paciente,
melancólico. Alguém, com certeza já sem
esperança, insistia em querer falar com alguém.
Por um instante o homem voltou seu pensamento
para a cidade e sua vida. Aquele telefone
tocando em vão era um dos milhões de atos
falhados da vida urbana. Pensou no desgaste
nervoso dessa vida, nos desencontros, nas
incertezas, no jogo de ambições e vaidades, na
procura de amor e de importância, na caça ao
dinheiro e aos prazeres. Ainda bem que de todas
as grandes cidades do mundo o rio é a única a
permitir a evasão fácil para o mar e a floresta. Ele
estava ali num desses limites entre a cidade dos
homens e a natureza pura; ainda pensava em
seus problemas urbanos - mas um camaleão
correu de súbito, um passarinho piou triste em
algum ramo, e o homem ficou atento àquela
humilde vida animal e também à vida silenciosa e
úmida das árvores, e à pedra escura, com sua
pele de musgo e seu misterioso coração mineral
.ARRIGUCCI, Jr. Os melhores contos de Rubem Braga. São Paulo: Editora Global Ltda, 1985.
190.No texto, o elemento que gera a história
narrada é
A) a preocupação do homem com os problemas
alheios.
B) a proximidade entre a casa do homem e o
morro com mato viçoso.
C) o desejo do homem de buscar alento próximo
da natureza..
D) os ruídos vespertinos da cidade, com seus
murmúrios constantes.
D11- Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e o
conflito gerador.
O que dizem as camisetas
Aparecem tantas camisetas com inscrições, que
a gente estranha ao deparar com uma que nada
escrito.
- Que é que ele está anunciando? – indagou o
cabo eleitoral, apreensivo. – Será que faz
propaganda do voto em branco? Devia ser
proibido!
- O cidadão é livre de usar a camiseta que quiser
– ponderou um senhor moderado.
- Em tempo de eleição, nunca – retrucou o outro.
– Ou o cidadão manifesta sua preferência politica
ou é um sabotador do processo de abertura
democrática.
- O voto é secreto.
- É secreto, mas a camiseta não é, muito pelo
contrário. Ainda há gente neste país que não
assume a sua responsabilidade cívica, se
esconde feito avestruz e...
- Ah, pelo que vejo o amigo não aprova as
pessoas que gostam de usar uma camiseta
limpinha,
sem inscrição, na cor natural que saiu da fábrica.
DRUMMOOND, Carlos. Moça deitada na grama. Rio de Janeiro: Record, 1987, pag 38-
191.O conflito em torno do qual se desenvolve a
narrativa foi o fato de
A) muitas pessoas não assumirem sua
responsabilidade cívica.
B) alguém aparecer com uma camiseta sem
nenhuma inscrição.
C) um senhor comentar que o cidadão goza de
total liberdade.
D) alguém comentar que a camiseta ao contrário
do voto, não é secreta.
D12- Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias na
comparação entre textos.
Texto I
“Sou completamente a favor da flexibilização das
relações trabalhistas, pois a velhíssima legislação
brasileira, além de anacrônica, vem
comprometendo seriamente a nossa
competitividade em nível global.”
Texto II
“É uma falácia dizer que com a eliminação dos
direitos trabalhistas se criarão mais empregos. O
trabalhador brasileiro já é por demais castigado
para suportar mais essa provocação.”
O Povo, 17 abr. 1997
192.Os textos acima tratam do mesmo assunto,
ou seja, da relação entre patrão e empregado. Os
dois se diferenciam, porém, pela abordagem
temática. O texto II em relação ao texto I
apresenta uma
A) ironia D) aceitação
B) semelhança.
C) oposição.
D12- Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias na
comparação entre textos.
Texto I
Telenovelas empobrecem o país
Parece que não há vida inteligente na telenovela
brasileira. O que se assiste todos os dias às 6, 7
ou 8 horas da noite é algo muito pior do que os
mais baratos filmes “B” americanos. Os diálogos
são péssimos. As atuações, sofríveis. Três
minutos em frente a qualquer novela são capazes
de me deixar absolutamente entediado – nada
pode ser mais previsível. Antunes Filho. Veja, 11/mar/96.
Texto II
Novela é cultura
Veja – Novela de televisão aliena?
Maria Aparecida – Claro que não. Considerar a
telenovela um produto cultural alienante é um
tremendo preconceito da universidade. Quem
acha que novela aliena está na verdade
chamando o povo de débil mental. Bobagem
imaginar que alguém é induzido a pensar que a
vida é um mar de rosas só por causa de um
enredo açucarado. A telenovela brasileira é um
produto cultural de alta qualidade técnica, e
algumas delas são verdadeira obras de arte.
Veja, 24/jan/96.
193.Com relação ao tema “telenovela”
A) nos textos I e II, encontra-se a mesma opinião
sobre a telenovela.
B) no texto I, compara-se a qualidade das
novelas aos melhores filmes americanos.
C) no texto II, algumas telenovelas brasileiras são
consideradas obras de arte.
D) no texto II a autora considera a telenovela
como algo alienante.
D13- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
na comparação de textos de um mesmo tema.
Texto I
Monte Castelo
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor, eu nada seria.
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade;
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É um ter com quem nos mata lealdade,
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado, e todos dormem, todos dormem,
todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
Legião Urbana. As quatro estações. EMI, 1989 – Adaptação de Renato Russo: I Coríntios
13 e So- neto 11, de Luís de Camões.
Texto II
Soneto 11
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís Vaz de Camões. Obras completas. Lisboa: Sá da Costa, 1971.
194.O texto I difere do texto II
A) na constatação de que o amor pode levar até
à morte.
B) na exaltação da dor causada pelo sofrimento
amoroso.
C) na expressão da beleza do sentimento dos
que amam.
D) na rejeição da aceitação passiva do
sofrimento amoroso.
D13- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
na comparação de textos de um mesmo tema.
Texto I
Tio Pádua
Tio Pádua e tia Marina moravam em Brasília.
Foram um dos primeiros. Mudaram-se para lá no
final dos anos 50. Quando Dirani, a filha mais
velha, fez dezoito anos, ele saiu pelo Brasil afora
atrás de um primo pra casar com ela. Encontrou
Jairo, que morava em Marília. Estão juntos e
felizes até hoje. Jairo e Dirani casaram-se em
1961. Fico pensando se os casamentos
arranjados não têm mais chances de dar certo do
que os desarranjados.
Ivana Arruda Leite. Tio Pádua. Internet: http://www.doidivana.zip net. Acesso em
07/01/2007.
Texto II clonagem seria um meio de resolver esse
O casamento e o amor na Idade Média problema!
(fragmento) Já pensou quantas pessoas seriam salvas por
Nos séculos IX e X, as uniões matrimoniais eram esse meio? Não há dúvida de que existem muitas
constantemente combinadas sem o questões a serem respondidas e muitos riscos a
consentimento da mulher, que, na maioria das serem corridos, mas o melhor que temos a fazer
vezes, era muito jovem. Sua pouca idade era um é nos prepararmos para tudo o que der e vier,
dos motivos da falta de importância que os pais aprendendo a lidar com os avanços científicos
davam a sua opinião. Diziam que estavam que atualmente se realizam. Acredito que não
conseguindo o melhor para ela. Essa total falta gostaríamos de parar no tempo. Pelo contrário,
de importância dada à opinião da mulher temos de avançar!”
Fabiana C.F. Aguiar, 16 anos, São Paulo, SP. (Revista Atrevida nº 34)
resultava muitas vezes em raptos. Como o
consentimento da mulher não era exigido, o 196.Ao se compararem os textos I e II, pode-se
raptor garantia o casamento e ela deveria afirmar que
permanecer ligada a ele, o que era bastante A) em I, há a negação da existência de pessoas
difícil, pois os homens não davam importância à diferentes; em II, afirma-se que a clonagem é
fidelidade. Isso acontecia talvez principalmente uma sofisticação.
pelo fato de a mulher não poder exigir nada do B) em I, há a afirmação de que a clonagem se
homem e de não haver uma conduta moral que constitui em distanciamento dos seres humanos;
proibisse tal ato. em II, a solução para a aproximação dos seres
Ingo Muniz Sabage. O casamento e o amor na Idade Média. Internet: humanos.
<http://www.milenio.com.br/ingo/ideias/hist/casament.htm>. Acesso em 07/01/2007 (com
adaptações). C) em I, há indícios de que a humanidade ficará
195.Sobre o “casamento arranjado”, o texto I e o incomodada com a clonagem; em II, há a
texto II apresentam opiniões afirmação de que é preciso seguir os avanços
A) complementares. B) opostas. científicos.
C) semelhantes. D) preconceituosas. D) em I, discute-se o conceito de que a clonagem
D13- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação produz cópias perfeitas; em II, afirma-se que a
na comparação de textos de um mesmo tema.
clonagem é a solução para muitos dos problemas
Leia os textos para responder a questão abaixo:
humanos.
Texto I D13- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
Você é a favor de clones humanos? na comparação de textos de um mesmo tema.
“Sou contra. Engana-se quem pensa que o clone Leia os textos para responder a questão abaixo:
seria uma cópia perfeita de um ser humano. Ele Texto I
teria a aparência, mas não a mesma O ESPELHO
personalidade. Já pensou um clone do Bon Jovi Marcello Migliaccio
que detestasse música e se tornasse Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a
matemático, passando horas e horas falando baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico.
sobre Hipotenusa, raiz quadrada e subtração? E, num país em que os domicílios sem televisão
Ou o clone do Brad Pitt se tornando padre? Ou o são cada vez mais raros, o que não falta é
do Tom Cavalcante se tornando um executivo especialista no assunto. Se um dia fomos uma
sério e o do Maguila estudando balé? Estranho, pátria de 100 milhões de técnicos de futebol,
não? Mas esses clones não seriam eles, e, sim, a hoje, mais do que nunca, temos um considerável
sua imagem em forma de outra pessoa. No rebanho de briosos críticos televisivos.
mundo, ninguém é igual. Prova disso são os [..]
gêmeos idênticos, tão parecidos e com gostos Mas, quando os "especialistas" criticam a TV,
tão diferentes. estão olhando para o próprio umbigo. Feita à
Os clones seriam como as fitas piratas: não nossa imagem e semelhança, ela é resultado do
teriam o mesmo valor original. Se eu fosse um que somos enquanto rebanho globalizado. [...]
clone, me sentiria muito mal cada vez que Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam
alguém falasse: ‘olha lá o clone da fulana’. No pensamentos mais nobres e que não se sentem
fundo, no fundo, eu não passaria de uma cópia.”. representados no vídeo.
Alexandra F. Rosa, 16 anos, Francisco Morato, SP.(Revista Atrevida nº 34)
[...]Folha de S. Paulo, 19/10/2003.
Texto II Texto II
Você é a favor de clones humanos? A influência negativa da televisão para as
“Sou a favor! O mundo tem de aprender a lidar crianças
com a realidade e as inovações que acontecem. Jussara de Barros
Ou seja, precisa se sofisticar e encontrar Bem diziam os Titãs, grupo de rock nacional,
caminhos para seus problemas. Assistimos à quando cantavam que “a televisão me deixou
televisão, lemos jornais e vemos que existem burro demais”. A verdade é que, ao pé da letra
muitas pessoas que, para sobreviver, precisam dessa música, a televisão coloca-nos dentro de
de doadores de órgãos. Presenciamos jaulas, como animais. Assim, paralisa o
atualmente aqui no Brasil e também em outros desenvolvimento de pensamentos críticos e
países a tristeza que é a falta de doadores. A avaliativos que se desenvolvem em outras
formas de diversão, além de influenciar crianças
e adolescentes com cenas de violência, maldade,
psicopatia e sexo explícito a todo o momento e
sem qualquer responsabilidade.
Fonte: http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao
Vocabulário
“in” [inglês] – na moda
brioso – orgulhoso, vaidoso
onipresente – que está presente em todos os
lugares.
197.Os textos divergem sobre o mesmo tema: a
influência da televisão. A afirmação do texto 1
que contradiz o texto 2 é
A) “Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a
baixaria, desancar o onipresente
eletrodoméstico.”
B) “Feita à nossa imagem e semelhança, ela [a
TV] é resultado do que somos [...].”
C) “E, num país em que os domicílios sem
televisão são cada vez mais raros, o que não
falta é especialista no assunto.”
D) “Aqui e ali, alguns vão argumentar que
cultivam pensamentos mais nobres [...].”
D13- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
na comparação de textos de um mesmo tema.
Leia o texto para responder a questão a seguir:
198.A comparação entre os textos I e II nos
permite afirmar que
A) em I, há a valorização do amor dos
enamorados e do amor ao time preferido; em II, é
exaltado o amor à torcida organizada.
B) em I, há a expressão sobre a facilidade dos
enamorados torcerem pelo mesmo time; em II, é
indicada a dificuldade de um relacionamento de
namorados de torcidas diferentes.
C) em I, há a abordagem da alegria daqueles que
amam e torcem para mesmo time; em II, são
apresentadas as frustrações oriundas da mesma
torcida.
D) em I, há a revelação do sentimento negativo
em relação ao time do amado; em II, é exaltada a
coincidência entre amor e futebol.
D14- Reconhecer as relações entre partes de um texto,
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua
continuidade.
A floresta do contrário
Todas as florestas existem antes dos homens.
Elas estão lá e então o homem chega, vai
destruindo, derruba as árvores, começa a
construir prédios, casas, tudo com muito tijolo e
concreto. E poluição também.
Mas nesta floresta aconteceu o contrário. O que
havia antes era uma cidade dos homens, dessas
bem poluídas, feia, suja, meio neurótica.
Então as árvores foram chegando, ocupando
novamente o espaço, conseguiram expulsar toda
aquela sujeira e se instalaram no lugar.
É o que se poderia chamar de vingança da
natureza – foi assim que terminou seu relato o
amigo beija-flor.
Por isso ele estava tão feliz, beijocando todas as
flores – aliás, um colibri bem assanhado, passava
flor por ali, ele já sapecava um beijão.
Agora o Nan havia entendido por que uma ou
outra árvore tinha parede por dentro, e ele achou
bem melhor assim.
Algumas árvores chegaram a engolir casas
inteiras.
Era um lugar muito bonito, gostoso de se ficar.
Só que o Nan não podia, precisava partir sem
demora. Foi se despedir do colibri, mas ele já
estava namorando apertado a uma outra
florzinha, era melhor não atrapalhar.
LIMA, Ricardo da Cunha. Em busca do tesouro de Magritte. São Paulo: FTD, 1988.
199.No trecho “Elas estão lá e então o homem
chega,” (ℓ. 2), a palavra destacada refere-se a
A) flores B) casas.
C) florestas D) árvores.
D14- Reconhecer as relações entre partes de um texto,
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua
continuidade.
Sermão do Mandato
O primeiro remédio que dizíamos, é o tempo.
Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo
gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o
tempo a colunas de mármore, quanto mais a
corações de cera? São as afeições como as
vidas, que não há mais certo de haverem de
durar pouco, que terem durado muito. São como
as linhas, que partem do centro para a
circunferência, que tanto mais continuadas, tanto
menos unidas. Por isso os Antigos sabiamente
pintaram o amor menino; porque não há amor tão
robusto que chegue a ser velho. De todos os
instrumentos com que o armou a natureza, o
desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já
não atira; embota-lhe as setas, com que já não
fere; abre-lhe os olhos, com que vê o que não
via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e
foge. A razão natural de toda esta diferença, é
porque o tempo tira a novidade às cousas,
descobre-lhe defeitos, enfastia lhe o gosto, e
basta que sejam usadas para não serem as
mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto E a tua pele, morena
mais amor? O mesmo amor é a causa de não Como é azul o oceano
amar, e o de ter amado muito, de amar menos. E a lagoa, serena
VIEIRA, Antônio. Sermão do Mandato. In: Sermões. 8. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1980.
Como um tempo de alegria
200.Em “...para não serem as mesmas...” (ℓ.12),
Por trás do terror me acena
a expressão destacada refere-se a
E a noite carrega o dia
A) afeições. B) asas.
No seu colo de açucena
C) cousas. D) linhas.
D14- Reconhecer as relações entre partes de um texto,
— sei que dois e dois são quatro
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua Sei que a vida vale a pena
continuidade. Mesmo que o pão seja caro
Leia o texto abaixo. E a liberdade pequena.
POP II – PARCERIAS COM PAVAROTTI Fonte: http://www.pensador.info/autor/Ferreira_Gullar/

Os duetos de Luciano Pavarotti (1935-2007) já 203.A repetição da expressão “como dois e dois
são um clássico do pop artístico mundial. Mas é a são quatro” no primeiro verso das estrofes 1 e 4 e
primeira vez que eles saem juntos e revelam no título do poema reforça a ideia de
momentos preciosos em interpretações díspares, A) certeza absoluta de que vale a pena viver.
sim, mas sempre interessantes. De Elton John a B) esperança frente às dificuldades da vida.
Bono, passando por Eurythmics e Frank Sinatra C) facilidade para conseguir o pão de cada dia.
(com quem canta My Way), a voz dos outros D) dificuldade para conseguir o pão de cada dia
D17- Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas
digladia-se com o espantoso alcance da de marcadas por conjunções, advérbios, etc.
Pavarotti. “Sua voz clara e original foi um modelo Leia o Texto:
para os tenores do pós-guerra”, escreve o New Acho uma boa ideia abrir as escolas no fim de
York Times, “em performances carismáticas”, afi semana, mas os alunos devem ser
rma a BBC. supervisionados por alguém responsável pelos
Pavarotti – The Duets, Luciano Pavarotti, Eric Clapton, Bono, Elton John e Sting entre outros.
Revista da Semana, nº 46. São Paulo: Editora Abril, novembro 2008. p 21.
jogos ou qualquer opção de lazer que se ofereça
201.No trecho “(com quem canta My Way)”, a
no dia. A comunidade poderia interagir e
expressão destacada refere-se a
participar de atividades interessantes. Poderiam
A) Elton John. B) Bono.
ser feitas gincanas, festas e até churrascos
C) Eurythmics. D) Frank Sinatra.
D14- Reconhecer as relações entre partes de um texto, dentro da escola.
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua (Juliana Araújo e Souza) (Correio Braziliense, 10/02/2003, Gabarito. p. 2.)
continuidade. 204.Em “A comunidade poderia interagir e
Leia o texto para responder a questão abaixo: participar de atividades interessantes.” (ℓ. 3, 4), a
Linguagem Publicitária palavra destacada indica
[...] A) alternância. B) oposição.
Ao contrário do panorama caótico do mundo C) adição. D) explicação.
apresentado nos noticiários dos jornais, a D17- Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas
marcadas por conjunções, advérbios, etc.
mensagem publicitária cria e exibe um mundo
Câncer
perfeito e ideal [...] Tudo são luzes, calor e
As novas frentes de ataque
encanto, numa beleza perfeita e não perecível.
A ciência chega finalmente à fase de atacar o mal
[...]
pela raiz sem efeito colateral.
Como bem definiu certa vez um gerente de uma
A luta contra o câncer teve grandes vitórias nas
grande agência francesa, publicidade é
últimas décadas do século 20, mas deve-se
“encontrar algo de extraordinário para falar sobre
admitir que houve também muitas esperanças de
coisas banais”.
cura não concretizadas. Após sucessivas
[...]
CARVALHO, Nelly de. A linguagem da sedução.São Paulo: Ática, 1996.In: CEREJA,William Roberto e promessas de terapias revolucionárias, o século
MAGALHÃES, Thereza. Português Linguagens. São Paulo: Atual, 2006.
21 começou com a notícia de uma droga
202.No trecho “Ao contrário do panorama caótico
comprovadamente capaz de bloquear pela raiz a
do mundo apresentado nos noticiários dos
gênese de células tumorais. Ela foi anunciada em
jornais, a mensagem publicitária cria e exibe um
maio deste ano, na cidade de San Francisco, no
mundo perfeito e ideal [...]”, a palavra destacada
EUA, em uma reunião com a presença de cerca
está no mesmo campo de significado de
de 26 mil médicos e pesquisadores. A genética,
A) confuso. B) perfeito.
que já vinha sendo usada contra o câncer em
C) ideal. D) encanto.
D14- Reconhecer as relações entre partes de um texto, diagnósticos e avaliações de risco, conseguiu,
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua pela primeira vez, realizar o sonho das drogas
continuidade. “inteligentes”: impedir a formação de tumores.
Leia o texto para responder a questão abaixo: Com essas drogas, será possível combater a
Dois e Dois são Quatro doença sem debilitar o organismo, como ocorre
Ferreira Gullar
Como dois e dois são quatro na radioterapia e na quimioterapia convencional.
Sei que a vida vale a pena O próximo passo é assegurar que as células
Embora o pão seja caro cancerosas não se tornem resistentes à
E a liberdade pequena medicação. São, portanto, várias frentes de
Como teus olhos são claros ataque. Além das mais de 400 drogas em testes,
aposta-se no que já vinha dando certo, como a
prevenção e o diagnóstico precoce.
Revista Galileu. Julho de 2001, p. 41.
O conectivo “portanto”, (ℓ. 13), estabelece com as
ideias que o antecedem uma relação de
A) adversidade. C) comparação.
B) conclusão. D) causa
Item 72
Leia o texto para responder a questão abaixo:
A CHUVA
A chuva derrubou as pontes. A chuva
transbordou os rios. A chuva molhou os
transeuntes. A chuva encharcou as praças. A
chuva enferrujou as máquinas. A chuva
enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de
terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva
esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A
chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A
chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho
prateado. A chuva de retas paralelas sobre a
terra curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas.
A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o
incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A
chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o
pára-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva
tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva
encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas.
A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as
plantas. A chuva senhora da lama.
A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva
empenou os móveis. A chuva amarelou os livros.
A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque
seco. A chuva e seu ruído de vidro. A chuva
inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva
multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A
chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A
chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no
telhado. A chuva regou o gramado. A chuva
arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A
chuva secou ao sol.
Todas as frases do texto começam com "a
chuva". Esse recurso é utilizado para
A) provocar a percepção do ritmo e da
sonoridade.
B) provocar uma sensação de relaxamento dos
sentidos.
C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da
chuva.
D) sugerir a intensidade e a continuidade da
chuva.
Item 73
Leia o texto abaixo.
A gansa dos ovos de ouro
(Fábula de Esopo recontada por Ana Maria
Machado)
Era uma vez um casal de camponeses que tinha
uma gansa muito especial. De vez em quando,
quase todo dia, ela botava um ovo de ouro. Era
uma sorte enorme, mas em pouco tempo ele
começaram achar que podiam ficar muito mais
ricos se ela pusesse um ovo daqueles por hora
ou a todo momento que eles quisessem. Falavam
nisso sem parar, imaginando o que fariam com
tanto ouro.
- Que bobagem a gente ficar esperando que todo
dia saia dessa gansa um pouquinho... Ela deve
ter dentro dela um jeito especial de fabricar ouro.
Isso era o que a gente precisava.
- Isso mesmo. Deve ter uma maquininha, um
aparelho, alguma coisa assim. Se a gente pegar
pra nós, não precisa mais da gansa.
- E... Era melhor ter tudo de uma vez. E ficar
muito rico.
E resolveram matar a gansa para pegar todo o
ouro.
Mas dentro não tinha nada diferente das outras
gansas que eles já tinham visto – só carne, tripa,
gordura...
E eles não pegaram mais ouro. Nem mesmo
ganharam um ovo de ouro, nunca mais.
205.A palavra Isso marcada no texto se refere a:
A) Um pouquinho de tempo de que o casal
precisava para cuidar da gansa.
B) A bobagem de achar que dentro da gansa
tinha ouro.
C) Um modo de produzir ouro.
D) Uma maneira menos cruel de matar a gansa.
D17- Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas
marcadas por conjunções, advérbios, etc.
Leia o texto abaixo.
Domingo em Porto Alegre
(Fragmento)
Enquanto Luiza termina de pôr a criançada a
jeito, ele confere o dinheiro que separou e o
prende num clipe. Tudo em ordem para o grande
dia. Passa a mão na bolsa das merendas e se
apresenta na porta do quarto.
─ Tá na hora, pessoal.
─ Já vai, já vai, - diz a mulher.
Mariana quer levar o bruxo de pano, Marta não
consegue afivelar a sandalinha, Marietinha quer
fazer xixi e Luiza se multiplica em torno delas.
─ Espero vocês lá em baixo.
Luiza se volta.
─ Por favor, vamos descer todos juntos.
Todos juntos, como uma família, papai e mamãe
de braços dados à frente do pequeno cortejo de
meninas de tranças.
─ Chama um carro – o passeio de táxi também
faz parte do domingo. As meninas vão com a
mãe no banco de trás. Na frente, ele espicha as
pernas, recosta a nuca, que conforto um
automóvel e o chofer não é como o do ônibus,
mudo e mal-humorado, e até puxa conversa.
─ Dia bonito, não?
─ Pelo menos isso.
─ É, a vida tá dureza...
Dureza é apelido e do Alto Petrópolis ao Bom Fim
viajam nesse tom, tom de domingo e na sua
opinião não é verdade que esse país já tá com a
vela?
Na calçada, Luiza lhe passa o braço e comenta
que o choferzinho era meio corredor. Ele
concorda e acha também que era meio
comunista.
E caminham. Queria era estar debaixo do fogão.
Nas vitrinas do Bom Fim vão olhando os ternos Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
da sala, as mesinhas de centro, os quartos que – O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira
sonham comprar um dia. Luiza se encanta num namorada.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
abajur dourado, que lindo, ficaria tão bem ao lado
208.No poema, o uso dos diminutivos “porquinho”
da poltrona azul. E caminham. [...]
FARACO, Sérgio. Majestic hotel. Porto Alegre: L&PM, 1991, p. 47. (v. 2), “bichinho” (v. 4), “limpinhos” (v. 6) e
206.O uso da palavra chofer (l. 21) no diminutivo “ternurinhas” (v. 9) indica
revela um tom de A) afetividade. B) deboche.
A) confiança. B) desprezo. C) desconsideração. D) insatisfação.
D17- Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas
C) intimidade. D) nervosismo. marcadas por conjunções, advérbios, etc.
D17- Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas
marcadas por conjunções, advérbios, etc. Leia o texto abaixo.
Leia o texto abaixo e responda.
Grampo na linha
Me grampearam! A voz era cavernosa:
– Senhor Domingos?
– Sim.
– Nós grampeamos seu telefone.
– O quê? Quem está falando?
– O senhor vai receber a fita já-já.
Desligou, e eu ainda estava pensando quem
poderia me passar um trote assim, tocou a
campainha. Era um mototaxista, que nem tirou o
capacete:
– Senhor Domingos? Para o senhor. 209.A disposição das últimas palavras desse
Me deixou nas mãos uma caixinha e se foi. Abri, texto sugerem
é uma fita que começa com a voz cavernosa A) dor.
avisando: você vai ouvir agora trechos B) giro.
selecionados de algumas conversas ao telefone. C) queda.
Ouça bem se não são conversas com-pro-me-te- D) volta.
D19- Reconhecer o efeito de sentido da escolha de palavras ou
do-ras... – a voz solta amplas reticências, em expressões.
seguida vêm as gravações: [...] Leite
Conspiração Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram de
– Pellegrini? quando a gente comprava leite em garrafa, na
– Não, o papa! Você não ligou pro Vaticano? leiteria da esquina? (...)Mas vocês não se
Sabe que hora é? lembram de nada, pô! Vai ver nem sabem o que
– Certo, certo... é vaca. Nem o que é leite. Estou falando isso
(Atenção – a voz cavernosa interrompe a porque agora mesmo peguei um pacote de leite −
conversa. – É claro que essa história de papa e leite em pacote, imagina Tereza! − na porta dos
Vaticano é uma senha, pois o assunto é grave, é fundos e estava escrito que é pasterizado ou
coisa de sociedade secreta ou grupo terrorista! E pasteurizado, sei lá, tem vitamina, é garantido
continua a conversa... [...] pela embromatologia, foi enriquecido e o
– Hein, Pellegrini? – a voz cavernosa e vitoriosa. escambau.
– Quanto acha que vale essa fita? E o que acha Será que isso é mesmo leite? No dicionário diz
que a gente devia fazer com ela?... que leite é outra coisa: “líquido branco, contendo
PELLEGRINI, Domingos. Ladrão que rouba ladrão e outras crônicas. In: Para gostar de ler.
São Paulo: Ática, 2005. V. 33. * Adaptado:Reforma Ortográfica. água, proteína, açúcar e sais minerais”. Um
207.Nesse texto, a escrita da palavra “com-pro- alimento pra ninguém botar defeito. O ser
me-te-do-ras” (ℓ. 12) sugere humano o usa há mais de 5.000 mil anos. É o
A) crítica. B) gravidade. único alimento só alimento. A carne serve pro
C) hesitação. D) musicalidade. animal andar, a fruta serve para fazer outra fruta,
D17- Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas o ovo serve pra fazer outra galinha (...) O leite é
marcadas por conjunções, advérbios, etc.
só leite. Ou toma ou bota fora.
Leia o texto abaixo.
Esse aqui examinando bem, é só pra botar fora.
Porquinho-da-índia
Tem chumbo, tem benzina, tem mais água do
Quando eu tinha seis anos
que leite, tem serragem, sou capaz de jurar que
Ganhei um porquinho-da-índia.
nem vaca tem por trás desse negócio.
Que dor de cabeça me dava
Depois o pessoal ainda acha estranho que os
Porque o bichinho só queria estar debaixo do
meninos não gostem de leite. Mas, como não
fogão!
gostam? Não gostam como? Nunca tomaram!
Levava ele pra sala
Múúúúúúú!
Pra os lugares mais limpinhos Millôr Fernandes. O Estado de São Paulo. 22/08/1999.
Ele não gostava:
210.Ao criar a palavra “embromatologia” (ℓ. 6), o
autor pretendeu ser
A) formal. B) sério
C) irônico D) cordial.
D19- Reconhecer o efeito de sentido da escolha de palavras ou
expressões
A beleza total
A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a
própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante
de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas
da casa e muito menos as visitas. Não ousavam
abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era
impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro,
que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços.
A moça já não podia sair à rua, pois os veículos
paravam à revelia dos condutores, e estes, por
sua vez, perdiam toda capacidade de ação.
Houve um engarrafamento monstro, que durou
uma semana, embora Gertrudes houvesse
voltado logo para casa.
O Senado aprovou lei de emergência, proibindo
Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia
confinada num salão em que só penetrava sua
mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto
de Gertrudes sobre o peito.
Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim,
este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E
era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de
ar puro, acabou sem condições de vida, e um dia
cerrou os olhos para sempre. Sua beleza saiu do
corpo e ficou pairando, imortal. O corpo já então
enfezado de Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a
beleza de Gertrudes continuou cintilando no
salão fechado a sete chaves.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985.
211.Em que oração, adaptada do texto, o verbo
personificou um objeto?
A) O espelho partiu-se em mil estilhaços.
B) Os veículos paravam contra a vontade dos
condutores.
C) O Senado aprovou uma lei em regime de
urgência.
D) Os espelhos pasmavam diante do rosto de
Gertrude
D19- Reconhecer o efeito de sentido da escolha de palavras ou
expressões
Leia o texto para responder a questão abaixo:
In: O GLOBO. Rio de Janeiro. 22 de fevereiro de 1990
212.A expressão “sambe mas não dance”
significa
A) Divirta-se sem se expor ao perigo.
B) Brinque muito no carnaval.
C) É perigoso dirigir fantasiado.
D) É preciso beber para usar fantasia.
Leia o texto abaixo e responda.
Disponível em: <http://www.portal.saude.gov.br/portal/saude>. Acesso em: 28 mar. 10.
213.Nesse texto, a palavra “Previna-se” indica
A) um elogio. B) um protesto.
C) uma ordem. D) uma orientação.
D19- Reconhecer o efeito de sentido da escolha de palavras ou
expressões
.Leia o texto e responda.
Camelô caprichado
“Senhoras, senhoritas, cavalheiros! —
estudantes, professores, jornalistas, escritores,
poetas, juízes — todos os que vivem da pena,
para a pena, pela pena! – esta é a caneta ideal, a
melhor caneta do mundo (marca Ciclone!), do
maior contrabando jamais apreendido pela
Guardamoria! (E custa apenas 100 cruzeiros!).
“Esta é uma caneta especial que escreve de
baixo para cima, de cima para baixo, de trás para
diante e de diante para trás! — (Observem!)
Escreve em qualquer idioma, sem o menor erro
de gramática! (E apenas por 100 cruzeiros!).
“Esta caneta não congela com o frio nem ferve
com o calor; resiste à umidade e pressão; pode ir
à Lua e ao fundo do mar, sendo a caneta
preferida pelos cosmonautas e escafandristas.
Uma caneta para as grandes ocasiões:
inalterável ao salto, à carreira, ao mergulho e ao
vôo! A caneta dos craques! Nas cores mais
modernas e elegantes: verde, vermelha, roxa...
(apreciem) para combinar com o seu automóvel!
Com a sua gravata! Com os seus olhos!... (Por
100 cruzeiros!)
“Esta caneta privilegiada: a caneta marca
Ciclone, munida de um curioso estratagema,
permite mudar a cor da escrita, com o uso de
duas tintas, o que facilita a indicação de grifos,
títulos, citações de frases latinas, versos e
pensamento inseridos nos textos em apreço! A
um simples toque, uma pressão invisível (assim!)
a caneta passa a escrever em vermelho ou azul,
roxo ou cor-de-abóbora, conforme a fantasia do
seu portador. (E custa apenas 100 cruzeiros!).
“Adquirindo-se uma destas maravilhosas
canetas, pode-se dominar qualquer hesitação da
escrita: a caneta Ciclone escreve por si! chocolate!). Não como gordura (é claro que
Acabaram-se as dúvidas sobre crase, o lugar dos maionese não falta no meu sanduíche com
pronomes, as vírgulas e o acento circunflexo! batata frita, mas tudo light...) nem tomo muito refri
Diante do erro, a caneta pára, emperra – pois (celulite!!!). Procuro manter a forma. Às vezes
não é uma caneta vulgar, de bomba ou pistão, sinto vontade de fazer tudo ao contrário: comer,
mas uma caneta atômica, sensível, radioativa, (E comer, comer... Sair da aula de ginástica,
custa apenas 100 cruzeiros: a melhor caneta, do suando, e tomar três garrafas de refrigerante
maior contrabando). geladinho. Pedir cheese bacon com um mundo
(MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. 2ª ed. Rio de Janeiro. Record, 1996. p.22-23)
de maionese.
214.A expressão “todos os que vivem da pena,
Engraçado isso. As pessoas exigem que a gente
para pena, pela pena”, refere-se a:
faça um tipo e o pior é que a gente acaba
A) todos aqueles que querem uma caneta
fazendo. Que droga! Será que o mundo feminino
colorida.
inteiro tem que ser igual? Parecer com a Luíza
B) todos aqueles que têm o sentimento de pena.
Brunet ou com a Bruna Lombardi ou sei lá com
C) todos aqueles que têm a escrita como ofício.
quem? Será que tem que ser assim mesmo?
D) todos aqueles que compram em camelôs.
D20- Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da Por que um monte de garotas que eu conheço
pontuação e outras notações. vivem cheias de complexos? Umas porque são
A culpa é do dono? mais gordinhas. Outras porque os cabelos são
A reportagem “Eles estão soltos” (17 de janeiro), crespos ou porque são um pouquinho narigudas.
sobre os cães da raça pit bull que passeiam Eu não sei como me sentiria se fosse gorda, ou
livremente pelas praias cariocas, deixou leitores magricela, ou nariguda, ou dentuça, ou tudo
indignados com a defesa que seus criadores junto. Talvez sofresse, odiasse comprar roupas,
fazem de seus animais. Um deles dizia que os não fosse a festas... Não mesmo! Bobagem!
cães só se tornam agressivos quando algum Minha mãe sempre diz que beleza é “um conceito
movimento os assusta. Sandro MegalePizzo, de muito relativo”. O que pode ser bonito pra uns,
São Carlos, retruca que é difícil saber quais de pode não ser pra outros. Ela também fala sempre
nossos movimentos “assustariam” um pit bull. De que existem coisas muito mais importantes que
Siegen, na Alemanha, a leitora Regina Castro tornam uma mulher atraente: inteligência e
Schaefer diz que pergunta a si mesma que tipo charme, por exemplo. Acho que minha mãe está
de gente pode ter como animal de estimação um coberta de razão!
cachorro que é capaz de matar e desfigurar Pois bem, eu sou Clara. Com um pouco de tudo
pessoas. Veja, Abril. 28/2/2001. e muito de nada.
215.O que sugere o uso de aspas na palavra RODRIGUES, Juciara. Difícil decisão. São Paulo: Atual, 1996.

“assustariam”? 216.No trecho “...nem tomo muito refri

A) raiva. B) ironia. (celulite!!!).” (ℓ.25), a repetição do “ponto de
C) medo. D) insegurança. exclamação” sugere que a personagem tem
D20- Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da A) incerteza quanto às causas da celulite.
pontuação e outras notações. B) medo da ação do refrigerante.
C) horror ao aparecimento da celulite.
Leia o texto abaixo: D) preconceito contra os efeitos da celulite.
Eu sou Clara D20- Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da
pontuação e outras notações.
Sabe, toda a vez que me olho no espelho,
ultimamente, vejo o quanto eu mudei por fora.
Tudo cresceu: minha altura, meus cabelos lisos e
pretos, meus seios. Meu corpo tomou novas
formas: cintura, coxas, bumbum. Meus olhos
(grandes e pretos) estão com um ar mais ousado.
Um brilho diferente. Eu gosto dos meus olhos.
São bonitos. Também gosto dos meus dentes, da
minha franja... Meu grande problema são as
orelhas. Acho orelha uma coisa horrorosa, não
sei por que (nunca vi ninguém com uma orelha
bonitona, bem-feita). Ainda bem que cabelo
cobre orelha!
Chego à conclusão de que tenho mais coisas que
gosto do que desgosto em mim. Isso é bom,
muito bom. Se a gente não gostar da gente,
quem é que vai gostar? (Ouvi isso em algum
lugar...) Pra eu me gostar assim, tenho que me
esforçar um monte.
Tomo o maior cuidado com a pele por causa das
malditas espinhas (babo quando vejo um
Leia o texto para responder a questão abaixo: 218.A repetição da expressão “eu quero”, em
No terceiro quadrinho, os pontos de exclamação diversos versos, tem por objetivo
reforçam ideia de A) fazer associações de sentido
A) comoção. B) contentamento. B) apresentar explicações novas..
C) desinteresse. D) surpresa. C) reforçar a expressão dos desejos.
D20- Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da D) detalhar sonhos e pretensões.
pontuação e outras notações.
D21- Reconhecer o efeito decorrente do emprego de
Leia o texto para responder a questão abaixo: recursos estilísticos e morfossintáticos.
Boa Ação A chuva
(...) De repente, zapt, a cusparada veio lá do alto A chuva derrubou as pontes. A chuva
do edifício e varreu-lhe o braço direito que nem transbordou os rios. A chuva molhou os
onda de ressaca. Horror, nojo, revolta: no meio transeuntes. A chuva encharcou as praças. A
das três sensações, o triste consolo de não ter chuva enferrujou as máquinas. A chuva
sido no rosto, nem mesmo no vestido. enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de
Como limpar “aquilo” sem se sujar mais? Teve terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva
ímpeto de atravessar a rua, a praia, meter-se de esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A
ponta cabeça no mar. Depois veio a ideia de chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A
entrar no primeiro edifício, apertar a primeira chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho
campainha, rogar em pranto à dona da casa: “Me prateado. A chuva de retas paralelas sobre a
salve desta imundície!” terra curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Boa ação. In: Seleta em prosa e
verso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971.
A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o
217.O uso das aspas no trecho “Me salve desta incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A
imundície!” revela chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o
A) a revolta pela situação vivida. para brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva
B) a intenção de fala do personagem. tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva
C) o destaque dado a palavras do texto. encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas.
D) o estranhamento da personagem diante do A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as
fato. plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem
D21- Reconhecer o efeito decorrente do emprego de pena. A chuva apenas. A chuva empenou os
recursos estilísticos e morfossintáticos. móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva
Você não entende nada corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A
Quando eu chego em casa nada me consola chuva e seu ruído de vidro. A chuva inchou o
Você está sempre aflita brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva
Com lágrimas nos olhos de cortar cebola multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A
Você é tão bonita chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A
Você traz coca cola chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no
Eu tomo telhado. A chuva regou o gramado. A chuva
Você bota a mesa arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A
Eu como eu como eu como eu como eu como chuva secou ao sol.
Você ANTUNES, Arnaldo. As coisas. São Paulo: Iluminuras, 1996.
Não tá entendendo quase nada do que eu digo 219.Todas as frases do texto começam com “a
Eu quero é ir-me embora chuva”. Esse recurso é utilizado para
Eu quero dar o fora A) provocar a percepção do ritmo e da
E quero que você venha comigo sonoridade.
Eu me sento B) provocar uma sensação de relaxamento dos
Eu fumo sentidos.
Eu como C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da
Eu não aguento chuva.
Você está tão curtida D) sugerir a intensidade e a continuidade da
Eu quero é tocar fogo nesse apartamento chuva.
Você não acredita D22- Reconhecer efeitos de humor e ironia

Traz meu café com suíta Prova falsa

Eu tomo Quem teve a ideia foi o padrinho da caçula — ele
Bota a sobremesa me conta. Trouxe o cachorro de presente e logo
Eu como eu como eu como eu como eu como a família inteira se apaixonou pelo bicho. Ele até
Você que não é contra isso de se ter um animalzinho
Tem que saber que eu quero é correr mundo em casa, desde que seja obediente e com um
Correr perigo mínimo de educação.
Eu quero é ir-me embora — Mas o cachorro era um chato — desabafou.
Eu quero dar o fora Desses cachorrinhos de caça, cheios de
E quero que você venha comigo. nhenhenhém, que comem comidinha especial,
(VELOSO, Caetano. Literatura Comentada: Você Não Entende Nada. 2 Ed. Nova Cultura. precisam de muitos cuidados, enfim, um chato de
1998)
galocha. E, como se isto não bastasse, implicava Não conseguindo ver nada, disse, pedindo
com o dono da casa. passagem:
— Vivia de rabo abanando para todo mundo, mas — Eu sou irmão da vítima.
quando eu entrava em casa vinha logo com Todos olharam e logo o deixaram passar.
aquele latido fininho e antipático, de cachorro de Quando chegou ao centro da multidão, notou que
francesa. ali estava um burro que tinha acabado de ser
Ainda por cima era puxa-saco. Lembrava certos atropelado e, sem graça, gaguejou dizendo ao
políticos da oposição, que espinafram o ministro, soldado:
mas quando estão com o ministro, ficam mais por — Ora essa, o parente é seu.
baixo que tapete de porão. Quando cruzavam Revista Seleções. Rir é o melhor remédio. 12/98, p.91.
num corredor ou qualquer outra dependência da 222.No texto, o traço de humor está no fato de
casa, o desgraçado rosnava ameaçador, mas A) o cabo e um soldado terem dobrado a
quando a patroa estava perto, abanava o esquina.
rabinho, fingindo-se seu amigo. B) o cabo ter ido verificar do que se tratava.
— Quando eu reclamava, dizendo que o cachorro C) todos terem olhado para o cabo.
era um cínico, minha mulher brigava comigo, D) ter sido um burro a vítima do atropelamento.
D23- Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas
dizendo que nunca houve cachorro fingido e eu é linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor.
que implicava com o “pobrezinho”. 13 de Dezembro
Num rápido balanço poderia assinalar: o cachorro Passei de carro pela Esplanada e vi a multidão.
comeu oito meias suas, roeu a manga de um Estranhei aquilo. O motorista me lembrou: “Hoje
paletó de casemira inglesa, rasgara diversos é 13 de dezembro, Dia de Santa Luzia. A igreja
livros, não podia ver um pé de sapato que dela está cheia, ela protege os olhos da gente”.
arrastava para locais incríveis. A vida lá em sua Agradeci a informação, mas fiquei inquieto.
casa estava se tornando insuportável. Estava Bolas, o 13 de dezembro tinha alguma coisa a
vendo a hora em que se desquitava por causa ver comigo e nada com Santa Luzia e sua
daquele bicho cretino. Tentou mandá-lo embora eficácia nas doenças que ainda não tenho. O que
umas vinte vezes e era uma choradeira das seria?
crianças e uma espinafração da mulher. Aniversário de um amigo? Uma data
— Você é um desalmado — disse ela, uma vez. inconfessável, que tivesse marcado um
Venceu a guerra fria com o cachorro graças à má relacionamento para o bom ou para o pior?
educação do adversário. O cãozinho começou a Não lembrava de nada de importante naquele
fazer pipi onde não devia. Várias vezes dia, mas ele piscava dentro de mim. E as horas
exemplado, prosseguiu no feio vício. Fez se passaram iluminadas pelo intermitente piscar
diversas vezes no tapete da sala. Fez duas na da luzinha vermelha dentro de mim. 13 de
boneca da filha maior. Quatro ou cinco vezes fez dezembro! Preciso tomar um desses tonificantes
nos brinquedos da caçula. E tudo culminou com o da memória, vivo em parte dela e não posso ter
pipi que fez em cima do vestido novo de sua brancos assim, um dia importante e não me
mulher. lembro por quê.
— Aí mandaram o cachorro embora? — Somente à noite, quando não era mais 13 de
perguntei. dezembro, ao fechar o livro que estava lendo, de
— Mandaram. Mas eu fiz questão de dá-lo de repente a luz parou de piscar e iluminou com
presente a um amigo que adora cachorros. Ele nitidez a cena noturna: eu chegando no prédio
está levando um vidão em sua nova residência. em que morava, no Leme, a Kombi que saiu dos
— Ué... mas você não o detestava? Como é que fundos da garagem, o homem que se aproximou
ainda arranjou essa sopa pra ele? e me avisou que o comandante do 1º Exército
— Problema de consciência — explicou: O pipi queria falar comigo.
não era dele. Eram 11 horas da noite, estranhei aquele convite,
E suspirou cheio de remorso. nada tinha a falar com o general Sarmento e não
PONTE PRETA, Stanislaw. Para gostar de ler. Gol de padre e outras crônicas. São Paulo:
Ática, 1998. v. 23. p. 24-25. acreditava que ele tivesse alguma coisa a falar
220.O que gera humor no texto é o fato de comigo.
A) a mulher dizer que nunca houve cachorro Mas o homem insistiu. E outro homem que saíra
fingido. da Kombi já entrava dentro do meu carro, com
B) o cachorro fazer pipi onde não devia. uma pequena metralhadora. Naquela mesma
C) o dono da casa achar o cachorro um chato. hora, a mesma cena se repetia pelo Brasil afora,
D) o pipi feito no vestido novo não ser do o governo baixara o AI-5, eu nem ouvira o
cachorro. decreto lido no rádio. Num motel da Barra, eu
D22- Reconhecer efeitos de humor e ironia
estivera à toa na vida, e meu amor me chamara e
O cabo e o soldado
eu não vira a banda passar.
Um cabo e um soldado de serviço dobravam a
Tantos anos depois, ninguém me chama nem me
esquina, quando perceberam que a multidão
convida para falar com o comandante do 1º
fechada em círculo observava algo. O cabo foi
Exército. O País talvez tenha melhorado, mas eu
logo verificar do que se tratava.
certamente piorei.
CONY, Carlos Heitor. Folha de São Paulo. 16/12/2001.
223.A fala do motorista (ℓ. 2) é exemplo de
linguagem
A) culta. B) vulgar.
C) regional. D) coloquial.
D23- Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas
linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor.
O homem que entrou pelo cano
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio
incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se
acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou
quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares.
Vez ou outra um desvio, era uma seção que
terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou
monótono. O cano por dentro não era
interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher.
Uma criança brincava.
Então percebeu que as engrenagens giravam e
caiu numa pia. À sua volta era um branco
imenso, uma água límpida. E a cara da menina
aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada.
Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da
pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A
menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu
pelo esgoto.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.
224.Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da
pia.” (ℓ. 9), o verbo empregado representa, no
contexto, uma marca de
A) registro oral formal. B) registro oral informal.
C) falar regional. D) falar caipira.
D23- Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas
linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor.
Leia o texto abaixo:
A velha Contrabandista
Diz que era uma velhinha que sabia andar de
lambreta. Todo dia ela passava na fronteira
montada na lambreta, com um bruto saco atrás
da lambreta. O pessoal da alfândega – tudo
malandro velho – começou a desconfiar da
velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o
saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela
parar. A velhinha parou e então o fiscal
perguntou assim pra ela:
– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por
aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo
a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe
restavam e mais os outros, que ela adquirira no
odontologista, e respondeu:
– É areia! [...]
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a
velhinha passasse um dia com areia e no outro
com muamba, dentro daquele maldito saco. [...]
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega
com quarenta anos de serviço.
Manjo essa coisa de contrabando pra burro.
Ninguém me tira da cabeça que a senhora é
contrabandista.
– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha.
E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
– Eu prometo à senhora que deixo a senhora
passar. Não dou parte, não apreendo, não conto
nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer:
qual é o contrabando que a senhora está
passando por aqui todos os dias?
– O senhor promete que não “espia”? – quis
saber a velhinha.
– Juro – respondeu o fiscal.
– É lambreta.
Disponível em: <http://pt.shvoong.com/books/1647797-velha-contrabandista/> Acesso em: 22 out. 2010.
225.Esse texto é engraçado porque
A) o policial estava desconfiado da velhinha.
B) o objeto contrabandeado era a lambreta.
C) a velhinha tinha poucos dentes na boca.
D) a velhinha carregava um saco de areia.
D23- Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas
linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor.
Leia o texto abaixo.
Três de Julho – 1957
Agradeço a Deus a alegria de estar à frente do
governo de Montes Claros na passagem do
primeiro centenário da criação desta cidade.
Nestes dias de festas, o meu pensamento se
volta para aqueles que plantaram nos chapadões
sertanejos a semente da cidade querida — que
é, hoje, motivo de orgulho para todos nós.
Saudemos com emoção os pioneiros do
progresso de Montes Claros. A sombra tutelar
daqueles que vieram antes de nós — que
lutaram e sofreram sob os nossos céus lavados e
límpidos — Montes Claros cresce. É através da
lição dos batalhadores de ontem, que
recolhemos o exemplo e o estimulo que nos dão
coragem e fé para o prosseguimento da jornada.
Na comemoração do centenário da cidade,
queremos abraçar todos os filhos desta terra. O
nosso abraço é também para aqueles que vieram
de longe e vivem entre nós, amando e servindo a
cidade generosa e hospitaleira, que os acolheu
com carinho. Aos visitantes ora entre nós e que
prestigiam, com a sua presença, a celebração de
centenário de Montes Claros o nosso
agradecimento e a nossa saudação afetuosa.
Cem anos. Rejuvenescida, palpitante de seiva e
de vigor, cheia de vida, atinge a cidade de
Montes Claros o seu primeiro centenário.
Nesta oportunidade, renovemos o compromisso
de bem servi-la.
Geraldo Athayde – Prefeito Municipal de Montes Claros.
226.Observando a linguagem do texto, podemos
dizer que:
A) é a mais adequada para ser usada por todos
os brasileiros.
B) a língua sofre variações nos grupos sociais, no
tempo e no espaço.
C) é muito usada no cotidiano dos professores
das escolas brasileiras.
D) normalmente é empregada por jornalistas em
jornais impressos.
D11 – Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e
o conflito gerador.
Leia o texto abaixo.
50 anos de cortesia
Um casal tomava café no dia das suas bodas de
ouro. A mulher passou a manteiga na casca do
pão e deu para o seu marido, ficando com o
miolo.
Ela pensava:” Sempre quis comer o que mais
gosto do pão, que é o miolo, mas como amo
demais o meu marido e ele gosta dele, durante
estes 50 anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje
quero satisfazer o meu desejo”.
Quando o marido recebeu a casca do pão com
manteiga, o rosto dele se abriu num enorme
sorriso, e lhe disse:
- Muito obrigado por este presente, meu amor.
Durante 50 anos, sempre quis comer a
casca do pão, mas como você gostava tanto
dela, eu jamais ousei pedir !
<http://pessoal.educacional.com.br/up/4380001/881679/t1322.asp>.
227.Qual foi o fato que fez com que essa história
acontecesse?
A) a mulher querer comer o miolo do pão.
B) a mulher dar ao marido a casca do pão.
C) o marido agradecer o presente.
D) o marido adorar casca de pão.
D11 – Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e
o conflito gerador.
Leia o texto e responda.
O problema da narrativa se resolve quando
A) o Cebolinha resolve fazer uma massagem.
B) o Cebolinha sai da massagem cheio de dor.
C) a Mônica dá ―aquele‖ abraço no Cebolinha.
D) a Mônica fica sem entender o que aconteceu.
D11 – Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e
o conflito gerador
Leia o texto abaixo e responda.
OSÓRIO. Revista Imprensa, ago. 1997, p.40.
228.No trecho ―”Tá bom, mamãe!”, a expressão
destacada revela que a linguagem de Gabi é
A) desrespeitosa.
B) desafiadora.
C) informal.
D) regional.
D11 – Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e
o conflito gerador
Leia o texto abaixo e responda.
Irmão de enxurrada
Fico lembrando dele esperneando no berço.
Ele era uma coisica ainda mais estranha do que
é hoje. Não, muito mais estranha: hoje ele é
gente, fala, acha coisas sobre mim, sobre os
outros irmãos, sobre a dona da padaria. Antes
ele era... um...um montinho que se mexia
também estranhamente. Eu ficava horas olhando
para ele.
[...] Teve um tempo em que ele engatinhava.
Rodava pela casa toda, gugu pra cá, dadá pra lá,
passando debaixo dos móveis, debaixo das
pernas da gente – um saco!
[...] E um dia que ele engoliu a cabeça de
um bonequinho do ―Forte Apache‖? Ou foi o
rabinho de um cavalo? Não lembro exatamente o
que foi que ele engoliu, mas lembro do
problemão que foi. [...] Minha mãe veio correndo,
porque eu gritei do meu quarto...
CISALPINO, Murilo. In: Ricardo Ramos. Irmão mais velho, irmãomais novo. São Paulo: Atual,1992. p. 64-71.
229.Nesse texto, o narrador é
A) a dona da padaria.
B) a mãe do bebê.
C) o irmão mais velho.
D) o pequeno bebê.
D14 – Reconhecer as relações entre partes de um texto,
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua
continuidade
Leia o texto abaixo.
Pra dar no pé
Pedro Antônio de Oliveira
Da varanda lá de casa, eu a avistava: linda,
exuberante e charmosa. Nela moravam: bem-te-vi,
pintassilgo, pombo, juriti, marimbondo e formiga
alpinista. Papagaio de seda também!
Desses do mês de julho que, em vez de ficar
requebrando no céu, decidem embaraçar a rabiola
nos galhos mais altos e ficar por ali mesmo. Teve
um que gostou tanto de morar na árvore que nunca
Alma carioca com influência norte-
americana, é assim que podemos definir essa
manifestação artístico-musical, que se solidificou
no nosso país no final dos anos cinquenta.
Com sua maneira peculiar de “cantar
falando”, traço marcante herdado do jazz
americano, [...] encantou o Brasil com o seu jeito
novo de tocar.
Hoje, ela é um dos gêneros musicais
brasileiros mais conhecidos mundialmente,
particularmente eternizada por ícones como João
Gilberto, Antônio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes e Luiz Bonfá.

mais foi embora. MAIA; Karina; DANTAS, Miguel. Disponível em: <http://www.revistafoco-rn.com/mosaico_consulta.php?id=3>. Acesso em: 1 jun. 2011.

232.Esse texto refere-se

No meio do ano, começavam a aparecer
pequenas flores naquele pé de manga. Os frutos só
A) à bossa nova.
chegavam em meados de dezembro. As chuvas do B) à marcha carnavalesca.
fim de tarde, muitas vezes, aprontavam: jogavam C) ao partido-alto.
no chão as suculentas frutas. Umas se D) ao samba de breque.
esborrachavam feio na lama. A dona Tina, na Leia o texto abaixo.
D6 – Distinguir fato de opinião relativa ao fato.
manhã seguinte, distribuía tudo entre a vizinhança.
Iracema
Era bom...
Revista CHC, n. 197, p.19, dez. 2008. Fragmento.
Além, muito além daquela serra, que ainda
230.Na frase “Da varanda lá de casa, eu a azula no horizonte, nasceu Iracema.
avistava: linda, exuberante e charmosa.”, o Iracema, a virgem dos lábios de mel, que
tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna
pronome destacado se refere à
e mais longos que seu talhe de palmeira.
A) árvore frutífera. B) casa do narrador.
O favo da jati não era doce como seu sorriso;
C) varanda da casa. D) rabiola do
nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito
papagaio.
perfumado.
D14 – Reconhecer as relações entre partes de um texto,
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua Mais rápida que a ema selvagem, a morena
continuidade virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde
Leia o texto abaixo. campeava sua guerreira tribo, da grande nação
Menina apaixonada oferece tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava
um coração cheio de vento apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as
onde quem quiser pode soprar primeiras águas.
três sementes de sonho. Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um
O coração da menina claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da
ilumina as noites escuras oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. [...]
como se fosse um farol. ALENCAR, José de. Iracema. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br> Acesso em: 29 jul. 2009.
É um coração como todos os outros: Fragmento.
às vezes diz sim 233.O trecho desse texto que apresenta uma
às vezes diz não opinião sobre Iracema é:
às vezes diz sim A)”...além daquela serra[...]nasceu Iracema”.(1)
às vezes diz não B) “O favo da jati não era doce como seu
e tem sempre uma enorme sorriso;...”. ( . 4)
fome de sol. C)“... ela repousava em um claro da floresta.”(9)
MURRAY, Roseana. Classificados poéticos. Miguilim.
D) “Banhava-lhe o corpo a sombra da
231.A repetição dos versos “às vezes diz sim /
oiticica,...”. ( . 9-10)
às vezes diz não” pretende provocar no leitor a
A letra e a música
sensação de
Quando nos encontramos
A) desarmonia em relação à estrutura dos
Dizemo-nos sempre as mesmas palavras que
versos. todos os amantes dizem...
B) humor em relação a algo sugerido a respeito Mas que nos importa que as nossas palavras
da menina. sejam as mesmas de sempre?
C) oposição em relação aos versos anteriores. A música e outra! QUINTANA, Mario. A cor do invisível. 2a ed. Sao Paulo: lobo, 1994. p. 96

D) movimento e ritmo em relação às batidas do 234.No primeiro verso “Quando nos

coração da menina. encontramos”, a expressão destacada estabelece
D7.Diferenciar a informação principal das secundárias em um uma relação de (A) finalidade. (B)
texto.
causalidade.
Leia o texto abaixo.
 (C) temporalidade.
D23 – Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas
linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor
Leia o texto e, a seguir, responda.
Disponível em: <http://www.cosecsmg.org.br/portal/index.php/co
235.No trecho “Deixe a gripe pra lá”, a expressão
“pra lá” é um exemplo de linguagem
(A) informal, porque é uma expressão popular,
utilizada nas conversas do dia a dia.
(B) formal, pois é utilizada em textos escritos que
exigem o uso desse tipo de linguagem.
(C) formal, já que expressões populares e gírias
fazem parte desse tipo de linguagem.
(D) informal, haja vista essa expressão ser
exigida nos textos escritos que requerem o uso
desse tipo de linguagem.
Leia o texto e, a seguir responda as questões.
Feliz Aniversário
A família foi pouco a pouco chegando. Os que
vieram de Olaria estavam muito bem vestidos
porque a visita significava ao mesmo tempo um
passeio a Copacabana. A nora de Olaria
apareceu de azul-marinho, com enfeite de paetês
e um drapeado disfarçando a barriga sem cinta.
O marido não veio por razões óbvias: não queria
ver os irmãos. Mas mandara sua mulher para que
nem todos os laços fossem cortados − e esta
vinha com o seu melhor vestido para mostrar que
não precisava de nenhum deles, acompanhada
dos três filhos: duas meninas já de peito
nascendo, infantilizadas em babados cor-de-rosa
e anáguas engomadas, e o menino acovardado
pelo terno novo e pela gravata.
Tendo Zilda − a filha com quem a aniversariante
morava − disposto cadeiras unidas ao longo das
paredes, como numa festa em que se vai dançar,
a nora de Olaria, depois de cumprimentar com
cara fechada aos de casa, aboletou-se numa das
cadeiras e emudeceu, a boca em bico, mantendo
sua posição de ultrajada. “Vim para não deixar de
vir”, dissera ela a Zilda, e em seguida sentara-se
ofendida. As duas mocinhas de cor-de-rosa e o
menino, amarelos e de cabelo penteado, não
sabiam bem que atitude tomar e ficaram de pé ao
lado da mãe, impressionados com seu vestido
azul-marinho e com os paetês.
Depois veio a nora de Ipanema com dois netos e
a babá. O marido viria depois. E como Zilda − a
única mulher entre os seis irmãos homens e a
única que, estava decidido já havia anos, tinha
espaço e tempo para alojar a aniversariante – e
(D) proporcionalidade. como Zilda estava na cozinha a ultimar com a
empregada os croquetes e sanduíches, ficaram:
a nora de Olaria empertigada com seus filhos de
coração inquieto ao lado; a nora de Ipanema na
fila oposta das cadeiras, fingindo ocupar-se com
o bebê para não encarar a concunhada de Olaria;
a babá ociosa e uniformizada, com a boca
aberta.
[...]
E quando a mesa estava imunda, as mães
enervadas com o barulho que os filhos faziam,
enquanto as avós se recostavam complacentes
nas cadeiras, então fecharam a inútil luz do
corredor para acender a vela do bolo, uma vela
grande com um papelzinho colado onde estava
escrito “89”. Mas ninguém elogiou a ideia de
Zilda, e ela se perguntou angustiada se eles não
estariam pensando que fora por economia de
velas − ninguém se lembrando de que ninguém
havia contribuído com uma caixa de fósforos
sequer para a comida da festa que ela, Zilda,
servia como uma escrava, os pés exaustos e o
coração revoltado. Então acenderam a vela.
[...] Disponível em: <http://www.releituras.com/clispector_ aniversario.asp>. Acesso em: 16 maio 2018.
D2 – Inferir informação em texto verbal.
236.No trecho “Vim para não deixar de vir”, a fala
da nora que veio de Olaria e o contexto do texto
como um todo permitem inferir que ela estava
Clarice Lispector (A) contrariada por ter ido à festa.
(B) confortável ao conversar com Zilda.
(C) entusiasmada por ir ao aniversário da
sogra.
(D) emocionada por estar em meio aos
parentes.
D8 – Formular hipóteses sobre o conteúdo do texto.
237.Em qual dos trechos há o estabelecimento
de uma relação de consequência e causa?
(A) “Os que vieram de Olaria estavam muito
bem vestidos porque a visita significava ao
mesmo tempo um passeio a Copacabana.”.
(B) “A nora de Olaria apareceu de azul-marinho,
com enfeite de paetês e um drapeado
disfarçando a barriga sem cinta.”.
(C) “Tendo Zilda − a filha com quem a
aniversariante morava − disposto cadeiras
unidas ao longo das paredes, [...].”.
(D) “As duas mocinhas de cor-de-rosa e o
menino, amarelos e de cabelo penteado,
não sabiam bem que atitude tomar [...].”.
D14 – Reconhecer as relações entre partes de um texto,
identificando os recursos coesivos que contribuem para sua
continuidade
238.No trecho “Mas ninguém elogiou a ideia de
Zilda, e ela se perguntou angustiada se eles não
estariam pensando que fora por economia de
velas [...]”., o termo “ela” refere-se à
(A) nora de Ipanema.
(B) nora de Olaria.
(C) Zilda.
(D) babá.
“Só sei que nada sei. E o fato de saber isso me coloca em
vantagens sobre aqueles que sabem alguma coisa”