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FÁBULAS

A fábula é uma
narrativa figurada, na
qual as personagens são
geralmente animais que
possuem características
humanas. Pode ser
escrita em prosa ou em
verso e é sustentada
sempre por uma lição de
moral, constatada na
conclusão da história.
Por ser exposta também oralmente, a fábula
apresenta diversas versões de uma mesma história e, por
este motivo, dá-se ênfase em um princípio ou outro,
dependendo da intenção do escritor ou interlocutor.

TIPOS DE PERSONAGENS
Protagonista
O protagonista é a personagem principal, seja ela
um herói ou um vilão. Não importa qual seja seu
objetivo na história, o que importa é se a narração se
foca naquele personagem ou não. De vezes em vezes
poderão haver mais de um personagem principal, onde
duas personagens irão dividir a atenção do leitor, cada um
mostrando seu ponto de vista e no final se encontrando
(ou não).
Adjuvante
O adjuvante, mais conhecido como coadjuvante, é a
personagem que ajuda o protagonista. A mesma coisa vale
para ele, não importa o que ele seja, o que importa é que suas
ações não sejam as focadas na história e que estejam
viradas ao protagonista.
Antagonista
O antagonista é a personagem que tenta impedir que o
protagonista consiga realizar seu objetivo, seja viver feliz
seja conquistar uma cidade. Nem sempre o antagonista é o
vilão, ele simplesmente tem uma opinião contrária ao do
protagonista.
Nota: O antagonista pode ser tanto um ser vivo quanto um
grupo de pessoas ou um objeto, desde que este atrapalhe o
protagonista!
A fábula está presente em nosso meio há
muito tempo e, desde então, é utilizada com fins
educacionais. Muitos provérbios populares vieram
da moral contida nesta narrativa alegórica, como
por exemplo: “A pressa é inimiga da perfeição” em
“A lebre e a tartaruga” e “Um amigo na hora da
necessidade é um amigo de verdade” em “A
cigarra e as formigas”.
Portanto, sempre que redigir uma fábula
lembre-se de ter um ensinamento em mente.
Além disso, o diálogo deve estar presente, uma
vez que trata-se de uma narrativa.
TIPOS DE NARRADOR:
O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a
história da qual participa também como personagem.
Ele tem uma relação íntima com os outros elementos
da narrativa. Sua maneira de contar é fortemente
marcada por características subjetivas, emocionais.
Essa proximidade com o MUNDO narrado revela
fatos e situações que um NARRADOR de fora não
poderia conhecer ao mesmo tempo essa mesma
proximidade faz com que a narrativa seja parcial,
impregnada pelo ponto de vista do narrador.
O narrador-observador conta a história do lado de fora, na
3ª pessoa, sem participar das ações. Ele conhece todos os
fatos e por não participar deles, narra com certa
neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com
imparcialidade. Não tem conhecimento íntimo dos
personagens nem das ações vivenciadas.
O narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa, às
vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa. Ele
conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo, sabe o
que passa no íntimo das personagens, conhece suas emoções
e pensamentos.
Ele é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo
de consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece o
narrador faz uso do discurso indireto livre. Assim o enredo se
torna plenamente conhecido, os antecedentes das ações,
suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro e suas
conseqüências.
O lobo e a sua sombra
Um Lobo saiu de sua
toca num fim de tarde, bem
disposto e com grande
apetite. E enquanto ele
corria, a luz do sol poente
batia sobre seu corpo,
fazendo sua sombra aparecer
refletida no chão.
O lobo e a sua sombra
E como a sombra de uma coisa é sempre bem
maior que a própria coisa, ao ver aquilo, exclamou
vaidoso: “Ora, ora, veja só o quanto grande eu sou!
Imagine eu, com todo esse tamanho, e ainda
tendo que fugir de um insignificante Leão! Eu o
mostrarei, quando o encontrar, se Ele ou Eu,
afinal, quem de verdade é o rei dos animais!”
E enquanto estava distraído envolto em seus
pensamentos e gabando a si mesmo, um Leão pulou
sobre ele e o capturou.
O lobo e a sua sombra
Ele então exclamou com tardio
arrependimento: “Coitado de mim! Minha
exagerada autoestima foi a causa da minha
perdição.”

Moral da História:
Não permita que suas fantasias o façam esquecer da
realidade.
Autor: Esopo
Biografia de Esopo
Esopo foi um
fabulista grego, nascido
na Trácia (região da Ásia
Menor), do século VI a.C..
Personagem quase
mítico, sabe-se que foi
um escravo libertado
pelo seu último senhor, o
filósofo Janto (Xanto).
Acredita-se que Esopo tenha vivido no
século 6 antes de Cristo. Provavelmente foi
capturado em uma guerra e virou escravo
na Grécia. Mas não há provas históricas de
que ele tenha existido. O que não dá para
negar é que há mais de 300 histórias, com
características semelhantes, que podem ter
sido escritas ou reescritas e divulgadas por
ele.
Considerado o maior representante do
estilo literário "Fábulas", possuía o dom da
palavra e a habilidade de contar histórias
curtas retratando animais e a natureza e que
invariavelmente terminavam com tiradas
morais. As suas fábulas inspiraram Jean de La
Fontaine e foram objeto de milhares de
citações através da história (Heródoto,
Aristófanes, Platão, além de diversos filósofos
e autores gregos).
Os Viajantes e o Urso
Um dia dois viajantes dera de cara
com um urso. O primeiro se salvou
escalando uma árvore, mas o outro,
sabendo que não ia consguir vencer sozinho
o urso, se jogou no chão e fingui-se de
morto. O urso se aproximou dele e
começou a cheirar sua orelha, mas,
convencido de que estava morto, foi
embora.
Os Viajantes e o Urso
O amigo começou a descer da
árvore e perguntou:
-O que o urso estava
cochichando em seu ouvido?
-Ora, ele só me disse para
pensar duas vezes antes de sair por aí
viajando com gente que abandona os
amigos na hora do perigo.
Moral da história:
A desgraça põe à prova a
sinceridade e a amizade
Autor: Esopo

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