Você está na página 1de 29

INTERTEXTUALIDADE

Pode-se definir a
intertextualidade como
sendo a criação de um
texto a partir de um
outro já existente.
É uma interação entre
textos, um diálogo que
se dá entre eles.
EXEMPLOS:
OCORRÊNCIAS
 Literatura

 Pintura

 Publicidade
LITERATURA
Canção do exílio
de Gonçalves Dias
Canção do exílio Que tais não encontro eu cá;

Minha terra tem palmeiras,


Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam, Em cismar –sozinho, à noite–
Não gorjeiam como lá. Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Nosso céu tem mais estrelas, Onde canta o Sabiá.
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida, Não permita Deus que eu morra,
Nossa vida mais amores. Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Em cismar, sozinho, à noite, Que não encontro por cá;
Mais prazer eu encontro lá; Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Canção do exílio
de Murilo Mendes
Canção do exílio

Minha terra tem macieiras da Califórnia


onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.

Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade


PINTURA
As Meninas Cahen d'Anvers" (conhecido como "Rosa e Azul"), pintado por
Renoir em 1881 foi encomendado pelo banqueiro Louis Raphael Cahen
d'Anvers, pai das meninas que aparecem no quadro - Alice e Elisabeth
Cahen d'Anvers. A família do banqueiro não gostou do resultado e o quadro
ficou esquecido, escondido em um lugar qualquer obscuro da casa e só
PUBLICIDADE
Uirapuru de Tarsila do Amaral
MÚSICA
MONTE
CASTELO
Na música o autor une
três diferentes textos,
um bíblico, um poético
e um de própria autoria
para constituir a sua
obra.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;


É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;


É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Refere-se ao soneto 11 de
Luiz Vaz de Camões. Nele há
uma dualidade, um sentimento
profundo e controverso, a
beleza e ao mesmo tempo o
sofrimento que representa o
amor (nesse último caso um
amor inalcançável ou não
correspondido).
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
Estou acordado e todos dormem.
Todos dormem. Todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O autor relata que só através do amor
é possível se conhecer a verdade e
que ele é um sentimento puro do qual
não dá lugar para a inveja e não se
acaba, mas se eterniza.

Ele relata que todos dormem, como


uma morte interior, como uma venda
que foi colocada sobre os olhos, que
consequentemente não conseguem
sentir e extravasar o real sentido do
amor.

Você também pode gostar