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dos sacerdotes. Inclinou-se com os adoradores para orar e Sua voz uniu-se à deles em
cânticos de louvor.
A cada tarde e manhã, um cordeiro era oferecido sobre o altar. O ato representava o
sacrifício do Salvador. Enquanto os olhos do menino Jesus observavam a vítima inocente,
o Espírito Santo fazia-O compreender o significado daquela morte. Sabia que Ele próprio,
como o Cordeiro de Deus, devia morrer pelos pecados dos homens.
Com tais pensamentos em mente, Jesus preferia ficar a sós. Desse modo, não
permaneceu com Seus pais no templo, e quando regressaram, não estava com eles.
O Menino Brilhante
Em uma sala anexa ao templo havia uma escola dirigida pelos rabinos e foi para
aquele lugar que Jesus se dirigiu depois de algum tempo. Assentou-se com outras
crianças de sua idade ao pés dos grandes mestres e ouviu suas palavras.
Os judeus tinham muitas idéias erradas acerca do Messias. Jesus sabia disso, mas não
contradizia os homens cultos. Fazia perguntas a respeito do que os profetas haviam
escrito como alguém que desejava aprender.
O capítulo 53 de Isaías fala a respeito da morte do Salvador e Jesus leu esse texto e
perguntou aos rabis acerca do seu significado.
Os mestres não puderam responder. Começaram, então, a fazer perguntas a Jesus e
se surpreenderam com o conhecimento que tinha das Escrituras.
Viram que Sua compreensão da Bíblia era muito melhor do que a deles. Perceberam
que seus ensinos estavam errados, mas não estavam dispostos a crer em algo diferente.
Jesus portava-se com tanta modéstia e cortesia que não puderam contrariá-Lo.
Queriam mantê-Lo como aluno para ensiná-Lo a explicar a Bíblia como eles faziam.
Quando José e Maria deixaram Jerusalém para
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retornar ao lar, não perceberam a ausência de Jesus. Pensaram que ele estivesse na
companhia de algum de seus amigos.
Mas ao pararem para acampar à noite, sentiram falta da Sua cooperação. Procuraram
por Ele entre os grupos, mas em vão.
José e Maria sentiram um grande temor. Lembraram-se de que Herodes havia
tentado matar Jesus em Sua infância e temeram que algum mal Lhe tivesse acontecido.
Com o coração entristecido, voltaram a Jerusalém, mas não puderam achar o
menino, senão depois de três dias.
Grande foi a alegria ao reencontrá-Lo, embora Maria o repreendesse por tê-los
deixado. Ela disse:
"Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à Tua procura.
"Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na
casa de Meu Pai?" Luc. 2:48 e 49.
Ao falar essas palavras, Jesus apontou para o céu. Em seu rosto havia uma luz que os
deixou admirados. Jesus sabia que era o Filho de Deus e Ele estivera fazendo o trabalho
para o qual Deus O enviara ao mundo.
Maria jamais se esqueceu dessas palavras. Nos anos seguintes, ela compreendeu
melhor seu maravilhoso significado.
A Melhor Companhia
José e Maria amavam a Jesus, embora o fato de tê-lo perdido demonstrasse certa
negligência da parte deles. Haviam-se esquecido da obra que Deus lhes havia confiado.
Bastou-lhes um dia de negligência para perderem Jesus.
Do mesmo modo hoje muitos perdem a companhia de Jesus. Quando não
apreciamos pensar nEle ou orar a Ele, quando nos ocupamos em conversas fúteis,
desagradáveis ou más, separamo-nos de Cristo. Sem Ele, sentimo-nos tristes e solitários.