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Alegacoes de Recurso de Agravo Tony Jussa Macario
Alegacoes de Recurso de Agravo Tony Jussa Macario
VENERANDOS JUÍZES
DESEMBARGADORES DO TRIBUNAL
SUPERIOR DE RECURSO DE NAMPULA
António Jussa João Macário,, recorrente nos autos acima identificados, tendo sido
notificado do despacho que admite o recurso vem a V.ex. a nos termos do artigo 743
do código de processo civil (CPC) apresentar as suas
Alegações;
Nos termos e pelos seguintes fundamentos.
1. °
O tribunal a quo, por despacho de fls.56 dos autos, do qual recorre veio nomear como
fiel depositaria a senhora Beatriz Nilam Cangi, ordenando que se feche a residência
supostamente pertencente ao executado.
2. °
Ora, o posicionamento do tribunal das fls, acima citado a quo, não pode subsistir, pois
dele esta subjacente uma errada interpretação da lei e dos factos, conforme
demonstraremos mais abaixo.
3. °
O tribunal; não ignora que nos termos do artigo 342.º do C. Civil “àquele que invocar
um direito cabe fazer a prova dos factos constitutivos do direito alegado,” pois,
4. °
O imóvel em alusão não faz parte da esfera patrimonial do executado/recorrente,
pertence a terceiro como consta do registo a seu favor como facilmente se pode provar
com os documentos referidos. (Vide anexo doc.1).
5. °
Donde resulta que nem deve, sequer, a penhora ser executada e seguir a venda de asta
publica, porquanto estamos em face de um facto extintivo do efeito jurídico
pretendido.
6. °
A aquisição do imóvel foi muito antes do presente processo, é que se leva adiante a
nomeação de fiel depositário, o que periga a segurança jurídica.
7. °
Da análise da presente despacho das fls 16 e 56 dos autos resulta que o tribunal
“condenada na entrega de penhora de um imóvel de pessoa alheia”. mesmo depois do
executados por diversas vezes dar a conhecer que não é da sua pertença
8. °
Assim,
È inexistente qualquer direito da requerente sobre os imóveis em causa, pretendendo
com os documentos que juntou iludir este douto tribunal.
9. °
Ora,
Salvo o devido respeito, julgamos que há um equívoco na intenção de nomear fiel
depositário e entrega do imóvel de terceiro.
Conforme ensina, Carlos Mondlane, op. cit, em comentários ao artigo 233.º do CPC,
a modalidade mais importante da citação é a pessoal, ou seja, a efectuada pelo oficial
de justiça na própria pessoa do executado ou do seu representante.
14.°
Ora,rodas as citação nao foram feita na pessoa do executado, considera-se feita com
preterição de formalidades essenciais, equivalendo a falta de citação, que é por
conseguinte nulo todo processado posterior, nos termos da al. b) do n.º 2 do artigo
195.º do CPC. Para além de que,
CONCLUSÃO:
Pelas razões acima expostas, o executado recorrente vem nos termos
do n.º do artigo 755.º CPC e com mui douto suprimento de V.Excia,
requerer o Presente agravo, com fundamento no erro em relação ao
objecto (imóvel) a ser judicialmente vendido, uma vez que ofende a
posse do embargante terceiro. Em que os presentes AGRAVOS devem
ser aceites por provados e, em consequência, seja decretada a
improcedência da venda judicial do imóvel ora em causa, por se tratar
de bens de terceiro de boa-fé.
P.D.
O Mandatário