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Capítulo 16

Mitos e equívocos comuns sobre os chacras


A seguir são relacionados alguns dos mitos e equívocos mais comuns sobre os chacras.

A aparência dos chacras já é bem conhecida: Não há uma teoria unificada dos chacras,
de tal forma que não existe um consenso quanto as suas formas, tamanhos, cores,
significados, localização, órgãos e emoções relacionados ou até mesmo quanto a melhor
forma de equilibrá-los. Não obstante, não faltam pessoas que se investem de grande
autoridade e são taxativos quanto a suas afirmações sobre esse assunto.

Abertura dos chacras: Existe muita literatura disponível sobre como abrir ou ativar um
ou mais chacras como, por exemplo, o frontochacra, nesse caso, para desenvolver a
clarividência. Contudo, esse procedimento, via de regra, é difícil e demorado.
Normalmente são necessários anos de exercícios constantes para “abrir” um chacra e,
por vezes, os exercícios não bastam. Pode ser preciso a mudança de consciência quanto
valores, crenças pessoais e sentimentos também.

Alinhamento dos chacras: Os chacras de uma pessoa não “desalinham”, mas ficam
obstruídos devido à mudanças na dinâmica bioenergética pessoal. Por exemplo,
pensamentos e sentimentos negativos tendem a obstruir os chacras. Então o
“alinhamento” deve ser entendido como desbloqueio de chacras.

Associação dos chacras: Com frequência, autores ocidentais associam os chacras a


certos defeitos corporais, alimentos, metais, minerais, pedras, ervas, planetas, caminho
do Yoga, carta do tarô, sephira da cabala e até arcanjos do cristianismo. Nenhuma
dessas associações pode ser encontrada nos textos originais sobre os chacras, escritos
na Índia ou Tibet e, dificilmente, poderão ser generalizados para todas as pessoas. Na
melhor das hipóteses, podem se referir a experiências pessoais dos autores em
contextos que experimentaram.

Cada chacra tem seu próprio bija-mantra: Os bija-mantras são associados aos cinco
elementos ou Panchamahabhutas (éter, ar, fogo, água e terra.) e esses podem ser
associados, pela pessoa que for usá-los, a qualquer um dos chacras.

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Chacras devem estar sempre equilibrados: A dinâmica da vida humana torna isso
praticamente impossível. Os chacras são responsivos, em outras palavras, a sua
condição muda constantemente de acordo com fatores físicos, psicológicos e
bioenergéticos. Assim, em certos momentos estarão “mais abertos” e em outros “mais
fechados”.

Chacra do coração: O cardiochacra é alinhado com a coluna vertebral, portanto, está


situado no centro do peito e não em cima do coração como algumas pessoas acreditam.
Sobre o coração existe um outro chacra.

Chacras inferiores precisam ser ativados primeiro: A ideia dessa proposição é que os
chacras superiores “que são mais nobres” somente podem ser trabalhados quando os
chacras inferiores “menos nobres” tiverem sido trabalhados. Uma recomendação que
não faz muito sentido, pois todos os chacras devem ser trabalhados o tempo todo.

Chacras tem cores específicas: Definir cores fixas para cada chacra é um erro pois, essas
podem variar conforme o contexto bioenergético. Em geral, para um clarividente,
quando desobstruídos os chacras apresentam-se com coloração branca.

Chacras transcendentais ou transpessoais: Seriam chacras localizados fora do corpo,


flutuando acima da cabeça. Trata-se de invenção ocidental recente que não faz sentido,
pois todos os chacras precisam se conectar aos nadis existentes dentro da estrutura do
holossoma que inclui o corpo físico.

Instrumentos: Instrumentos como pêndulos, aurameter e até pedras coloridas são


usados com frequência por terapeutas no intuito de medir, desobstruir ou “alinhar”
chacras. Contudo, esses instrumentos nada podem fazer. Somente as energias do
terapeuta podem, conforme o caso, provocar essa desobstrução. No máximo, esses
instrumentos podem servir para focalizar as energias emanadas pelo terapeuta.

Número de chacras principais: O número de chacras principais é uma convenção. Não


há consenso, muito menos base científica para chamá-los de principais. Existem
sistemas com 5, 6, 7 ou mais chacras principais.

Somente os chacras superiores devem ser ativados: Devido aos preconceitos


ocidentais, há pessoas que supervalorizam os chacras superiores desprezando os
demais. Buscam, portando, trabalhar apenas os primeiros ignorando que o crescimento
espiritual requer a harmonia de todos os processos bioenergéticos.

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