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Querendo ser como Deus

Quando Jesus confecciona esta parábola (Lc 15), propositadamente, Ele capricha nos
detalhes, dizendo que o pai tinha 2 filhos que, a pesar da Presença do Pai, adoecem.
A) ... e um dos filhos rompe com o Pai e diz: “quero ir embora, não quero viver dentro
dos teus limites, sob tua autoridade, 2º tua vontade; quero viver do meu jeito. ... na
verdade Pai, eu queria ser como vc!
O que Jesus está descrevendo aqui aconteceu com os nossos ancestrais em Gên. 3:5.
Este é o que chamamos de pecado original: ter inveja de Deus/querer ser como Ele. E
por quê? Por 2 razões: a) Deus faz tudo o que quer e quer tudo o que faz ( Salmo 115:3:
“... fez tudo o que lhe aprouve”), b) Para Ele não há limites.
Rompe com o Pai, rebela-se contra o estado de criatura, que é o grande pecado da
humanidade. Foi este pecado que Jesus, como cordeiro, veio tirar (Jo 1:29). Ninguém
deveria aproximar-se, por exemplo, da mesa do Senhor destituído dessa consciência (1ª
Cor. 11:28).

B) Longe do referencial paterno, tomado por uma ilusão de onipotência, busca o


prazer absoluto (hedonismo), e algumas coisas começam a acontecer:
1º) Destituído de limites, vive de uma forma “DISSOLUTA”, como se não houvesse
amanhã/como se os seus recursos fossem infinitos. Esse viver
dissolutamente/desregradamente é o que a Bíblia chama de “pecados”, consequências
do grande pecado.
2º) E quando assim se vive (dissolutamente), a gente começa a desperdiçar (v. 13):
“disspou”, desperdiçou tudo, tempo, energia, dinheiro, saúde, relacionamentos
afetivos, oportunidades etc.
3º) Depois a gente começa a perder (v. 14), a alegria de viver, a sensibilidade, tornamo-
nos indiferentes etc
4º) Aí, quando a gente pensa que já perdeu tudo, vem o pior, a gente se perde da
gente mesmo; se fere; vira solo duro, sensibilidade, a gente fica sínico, indiferente (15-
17: olhando pra si, disse: “O que é que eu fiz?”.

C) Cristo é o Cordeiro de Deus que tira: a) o pecado: b) o medo de voltar pro Pai, e põe:
a) humildade e coragem para fazermos o caminho de volta, b) sendo nós mesmos, e) e
percebendo o Pai como não percebíamos.
Finalidade: Para que não vivamos mais dissolutamente, devolvendo nossa dignidade, à
segura dos limites impostos. É isso que celebramos na Santa Ceia!

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