A União Africana

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A União Africana (UA)

É uma organização continental que agrupa os Estados africanos com o objectivo de promover a
unidade, a cooperação, o desenvolvimento econômico e a paz no continente africano. Ele foi
fundado em 26 de maio de 2001 em Addis Abeba, na Etiópia, substituindo a Organização da
Unidade Africana (OUA), que havia sido estabelecida em 1963. A UA é o principal organismo
político e de tomada de decisões na África. Aqui há alguns pontos importantes sobre a União
Africana: 1. **Objetivos:** A UA tem uma série de objectivos fundamentais, que incluem a
promoção da unidade e a solidariedade entre os Estados africanos, a defesa da sobriedade e da
integridade territorial dos países africanos, o fomento do desenvolvimento sustentável e a
erradicação da pobreza, a promoção dos direitos humanos e a democracia, e a prevenção e
resolução de conflitos no continente. 2. **Órgãos Principais:** a UA conta com vários órgãos.

União Africana (UA) é a organização internacional consistindo de 55 países que promove a


integração entre os países do continente africano nos mais diferentes aspectos. A UA foi
anunciada na Declaração de Sirte em Sirte, Líbia, a 9 de Setembro de 1999. O Bloco foi
fundado a 26 de Maio de 2001 em Adis Abeba, Etiópia, e lançado a 9 de Julho de 2002 em
Durban, África do Sul[1] e sucessora da Organização da Unidade Africana, criada em 1963, é
baseada no modelo da União Europeia (mas actualmente com actuação mais próxima a da
Comunidade das Nações), ajuda na promoção da democracia, direitos humanos e
desenvolvimento económico na África, especialmente no aumento dos investimentos
estrangeiros por meio do programa Nova Parceria para o Desenvolvimento da África. Seu
primeiro presidente foi o sul-africano Thabo Mbeki.

O secretariado da UA, a Comissão da União Africana, tem base em Adis Abeba. A maior cidade
na UA é em Lagos, Nigéria, enquanto a maior aglomeração urbana é no Cairo, Egipto. A União
Africana tem mais de 1.3 mil milhões de pessoas e uma área de cerca de 29 milhões km2 e
inclui monumentos mundiais famosos, como o Saara e o Nilo.[2] As principais línguas de
trabalho são Árabe, Inglês, Francês, Português, Espanhol, e suaíli. Dentro da União Africana,
existem organismos oficiais, como o Conselho de Paz e Segurança e o Parlamento Pan-
Africano.

Visão geral

Os objectivos da UA são os seguintes:

 Alcançar maior unidade, coesão e solidariedade entre os países e nações africanas.


 Defender a soberania, integridade territorial e independência dos seus Estados-
Membros.
 Acelerar a integração política e sócio-económica do continente.
 Promover e defender posições africanas comuns em problemas de interesses para o
continente e as suas pessoas.
 Encorajar cooperação internacional, tendo em conta a Carta das Nações Unidas e a
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
 Promover paz, segurança, e estabilidade no continente.
 Promover princípios e instituições democráticas, participação popular e boa
governação.
 Promover e proteger os direitos humanos e dos povos de acordo com a Carta Africana
dos Direitos Humanos e dos Povos e outros instrumentos de direitos humanos
relevantes.
 Estabelecer as condições necessárias que permite o continente ter o seu papel justo na
economia global e em negociações internacionais.
 Promover desenvolvimento sustentável a níveis económicos, sociais e culturais como
também a integração das economias africanas.
 Promover cooperações em todos os campos de actividade humana para aumentar os
padrões de vida das pessoas africanas.
 Coordenar e harmonizar as políticas entre Comunidades Económicas Regionais
existentes e futuras, para a realização gradual de objectivos da União.
 Avançar o desenvolvimento do continente promovendo pesquisa em todos os campos,
em particular na ciência e tecnologia.
 Trabalhar com parceiros internacionais relevantes na erradicação de doenças evitáveis e
a promoção de boa saúde no continente.

A União Africana é composta por tanto organismo políticos como administrativos. O órgão com
o maior poder de decisão é a Assembleia da União Africana, composta por todos os chefes de
estado ou governo dos estados-membros da UA. A Assembleia é presidida por Félix Tshisekedi,
Presidente da República Democrática do Congo. A UA também tem um órgão representativo, o
Parlamento Pan-Africano, que consiste de 265 membros eleitos pelas legislaturas dos estados-
membros da UA. O seu presidente é Roger Nkodo Dang.

A 15 de Julho de 2012, Nkosazana Dlamini-Zuma ganhou um voto fortemente contestado para


se tornar na primeira chefe da Comissão da União Africana, substituindo Jean Ping, do Gabão.

Outras estruturas da UA são hospedadas por diferentes estados-membros:


a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos baseia-se em Banjul, Gâmbia; e

a Nova Parceria para o Desenvolvimento da África e os Secretariados APRM e o Pan-Africano


são em Midrand, África do Sul

A primeira intervenção da UA num estado-membro foi o destacamento em Maio de 2003 de


uma força de paz de soldados da África do Sul, Etiópia, e Moçambique para Burundi para
supervisionar a implementação de vários acordos. Tropas da UA também foram destacadas para
o Sudão para manter a paz durante o Conflito de Darfur, antes da missão ser passada para as
Nações Unidas a 1 de Janeiro de 2008 via UNAMID. A UA também mandou uma missão de
manutenção de paz para a Somália, consistindo de tropas de Uganda e Burundi.

A UA adoptou um número de novos documentos importantes estabelecendo normas a um nível


continental, para suplementar os que já existiam quando foi criada. Este incluem a Convenção
da União Africana para Prevenir e Combater Corrupção (2003), a Carta Africana sobre
Democracia, Eleições e Governação (2007), Nova Parceria para o Desenvolvimento da África
(NEPAD) e a sua associada Declaração de Democracia, Governação Política, Económica e
Corporativa.

Economia

Ver artigo principal: Economia da África

A Zona de Comércio Livre Continental Africana foi criada entre 54 das 55 nações da UA, com
comércio a começar a partir de 1 de Janeiro de 2021.

Os objectivos futuros da UA incluem uma união aduaneira, um mercado comum, um banco


central, e uma moeda única, assim estabelecendo união económica e monetária.

a Dados externos de 2016. b Dados externos de 2015. c Dados externos de 2015. d Total UA
usado para indicadores 1 a 3; média ponderada UA usada para indicador 4; média não
ponderada UA usada para indicadores 5 a 12.
Tal como a sua antecessora, a Organização da Unidade Africana, a UA promove a integração
regional como forma de desenvolvimento económico.

Como cada bloco é autónomo, uma crise inicial em um pilar não afectará directamente os outros
que sustentam o programa de integração continental.

Em 10 de Junho de 2015, foi ratificado, em encontro da UA no Cairo, a união dos países que
formam a COMESA, EAC e SADC para a formação de uma zona de livre comércio única,
buscando um Mercado comum. Essa comunidade deve entrar em vigor em 2017, a chamada.[3]

Zona Tripartida de Livre Comércio (ZTLC)

Esse é, portanto, o primeiro passo de união dos pilares antes existentes, visando a unificação
geral dos mercados africanos.

Cultura

Símbolos

O emblema da União Africana consiste de um laço dourado com pequenos anéis vermelhos
interligados, dos quais folhas de palmeiras sobem à volta de um círculo exterior dourado e uma
círculo interior verde, dentro do qual tem uma representação dourada de África. Os anéis
vermelhos interligados representam a solidariedade africana e o sangue derramado pela
libertação de África; as folhas de palmeira, para a paz; o ouro, para a riqueza de África e o
futuro brilhante; o verde, para as esperanças e aspirações africanas. Para simbolizar a unidade
africana, a silhueta de África é desenhada sem fronteiras internas.

A União Africana adoptou a sua nova bandeira na 14ª Sessão Ordinário da Assembleia dos
Chefes de Estado e Governo em Adis Abeba em 2010. Durante a 8ª Cimeira da União Africana
que teve lugar em Adis Abeba de 29 a 30 de Janeiro de 2007, os Chefes de Estados e Governo
decidiram lançar uma competição para a selecção de uma nova bandeira da União. Eles
prescreveram um fundo verde com uma bandeira simbolizando a esperança de África e estrelas
para representar Estados-Membros.

Decorrente desta decisão, a Comissão da União Africana organizou uma competição para a
selecção de uma nova bandeira para a União Africana. A Comissão recebeu um total de 106
entradas propostas por cidadãos de 19 países africanos e 2 da Diáspora. As propostas foram
examinadas por um painel de especialistas escolhidos pela Comissão e seleccionaram das cinco
regiões africanas para pré-selecção de acordo com as direcções principais dadas pelos Chefes de
Estado e Governo.

Na 13ª Sessão Ordinária da Assembleia, os Chefes de Estado e Governo examinaram o relatório


do Painel e seleccionaram uma das propostas. A bandeira faz agora parte da parafernália da
União Africana e substituiu a antiga.

A antiga bandeira da União Africana tem uma risca horizontal verde larga, um banda de ouro
estreita, o emblema da União Africana no centro uma risca branca larga, outra banda dourada
estreita e uma risca verde larga final. Outra vez, o verde e o dourado simbolizam as esperanças e
aspirações de África como também a sua riqueza e futuro brilhante, e o branco representa a
pureza do desejo de África de amigos pelo mundo. A bandeira levou à criação de "cores
nacionais" de África, dourado e verde (ás vezes com branco). Estas cores são visíveis de uma
maneira ou outra nas bandeiras de muitas nações africanas. Juntas as cores verde, dourado, e
vermelho constituem as cores pan-africanas.

A União Africana adoptou o hino "Vamos Todos Unir-nos e Celebrar-mos Juntos".

Celebração

Dia de África, anteriormente conhecido como Dia africano da Liberdade e Dia africano de
Liberação, é uma comemoração anual em relação à fundação da Organização da Unidade
Africana, a 25 de Maio de 1963, e ocorrendo na mesma data do mês cada ano. Outras
celebrações incluem:

O Festival Fez de Música Mundial Sagrada: uma celebração que dura uma semana para
harmonia entre culturas com dança, música marroquina, exibições de arte e filmes.

O Festival de Ostras Knysna: situado em Knysna e focado à volta do desporto, comida e do seu
património de ostras.

Festival do Lago das Estrelas: uma celebração de três dias situada no Lago Malawi,
apresentando música africana e dando boas vindas a pessoas de todo o mundo.
Fête du Vodoun: também conhecido como Festival Ouidah Voodoo. Centra-se à volta dos seus
rituais em templos de vodu, com entretenimento que inclui corridas de cavalos e actuações de
tambor tradicional.

Umhlanga: é maioritariamente um evento privado para mulheres jovens mas nos sextos e
sétimos dias as tradição são feitas publicamente.

Festival Cultural Turkana do Lago Marsabit: situado no Quénia e celebra harmonia entre tribos
com a sua cultura, canções, dança e fatos tradicionais.

Enkutatash é a palavra para o Ano Novo Etíope em amárico, a língua oficial da Etiópia. Ocorre
a 11 de Setembro no Calendário Gregoriana; excepto para o ano que precede um ano bissexto,
quando ocorre a 12 de Setembro.

Questões atuais

A UA enfrenta vários desafios, incluindo problemas de saúde como combater a malária e a


epidemia da SIDA/VIH; questões políticas como confrontar regimes antidemocráticos e mediar
em várias guerras civis; questões económicas como melhorar a qualidade de vida de milhões de
africanos empobrecidos e sem educação; questões ecológicas como lidar com as fomes
recorrentes, desertificação, e falta de sustentabilidade ecológica; como também questões legais
quanto ao Saara Ocidental.

Saúde

SIDA em África

A UA tem sido activa em abordar a pandemia de SIDA em África. Em 2001, a UA estabeleceu


o Observatório de SIDA de África para coordenar e mobilizar uma resposta continental. A
África subsariana, especialmente a África oriental e austral, é a área mais afectada no mundial.
Embora esta região seja o lar de apenas 6.2% da população mundial, também é onde se encontra
metade da população infectada com SIDA. Enquanto que a medida da taxa prevalência da SIDA
se tem provado metodologicamente difícil, mais de 20% da população sexualmente activa de
muitos países da África austral pode estar infectada, com África do Sul, Botswana, Quénia,
Namíbia, e Zimbabwe com uma previsão de declínio da expectativa de vida por uma média de
6.5 anos. A pandemia tem tido implicações enormes para a economia do continente, reduzindo
as taxas de crescimento económico por 2–4% por África.
Em Julho de 2007, a UA aprovou duas novas iniciativas para combater a crise da SIDA,
incluindo um impulso para recrutar, treinar e integrar dois milhões de trabalhares de saúde da
comunidade nos sistemas de saúde do continente.

Em Janeiro de 2012, a Assembleia da União Africana pediu que a Comissão da União Africana
elaborasse "um plano de responsabilidade partilhada para recorrer aos esforços africanos para o
financiamento viável de saúde com o apoio de parceiros tradicionais e emergente para abordar a
resposta da dependência de SIDA". Uma vez criado, o plano (como é oficialmente conhecido)
forneceu um grupo de soluções que iriam aprimorar a responsabilidade partilhada e
solidariedade global para respostas à SIDA, TB, e Malária em África em 2015. O plano foi
organizado em três pilares: financiamento diversificado, acesso de medicamentos, e governação
de saúde melhorado. O plano responsabilizou os interveniente pela realização destas soluções
entre 2012 e 2015.

O primeiro pilar, financiamento diversificado, assegura que os países começam a desenvolver


planos de sustentabilidade financeira específica nacional com objectivos claro, e identificar e
maximizar oportunidades para diversificar fontes de financiamento para aumentar a alocação de
recursos domésticos para a SIDA e outras doenças.

O segundo pilar, acesso a medicação acessível e com qualidade assegurada, tenta promover e
facilitar investimento nos principais fabricantes de medicamentos em África, acelerando e
fortalecendo harmonização reguladora de medicação, e criar legislação que poderia ajudar a
proteger o conhecimento dos investigadores que desenvolvem estes medicamentos que salvam
vidas

O terceiro pilar, governação e liderança melhoradas, tenta investir em programas que apoiam
pessoas e comunidades para combater VIH e assegurar a liderança a todos os níveis é
mobilizada para implementar o plano. Há várias organizações que irão assegurar a
implementação harmoniosa do plano, incluindo NEPAD, UNAIDS, OMS, e vários outros
parceiro da ONU.

Corrupção

Daniel Batidam, um membro do conselho conselheiro de anti-corrupção da União Africana,


demitiu-se depois de declarar que a organização tinha "múltiplas irregularidades" e que
"problemas têm aparecido repetidamente" no que toca à corrupção. A União Africana
rapidamente aceitou a sua demissão, com Batidam a dizer que era um sinal que má gestão
quanto à corrupção vai "continuar como sempre".
Numa história publicada a 12 de Março de 2020, funcionários da UA alegaram que o presidente
da Comissão, Moussa Faki Mahamat, era culpado de corrupção e nepotismo, como também por
executar um "cartel do estilo máfia" que opera com impunidade. As alegações estavam contidas
num memorando vazado ao Mail & Guardian sul-africano. Isto seguiu alegações de assédio
sexual levantadas em fins de 2018.

Líbia

Em 2011, quando o conflito na Líbia começou, a União Africana foi inicialmente criticada por
fazer pouco para impedir a escalada do conflito. Adicionalmente, a UA hesitou em escolher um
lado. Não ficou claro se a UA apoiava o regime libanês ou os rebeldes. Isto ocorreu como
violações de vários direitos humanos foram perpetuados contra membros do regime libanês.
Percebeu-se mais tarde que a hesitação da UA foi devido à sua falta de capacidade e inabilidade
de se envolver em reformas democráticas.

A UA tentou mediar nas fases inicias da Guerra Civil Líbia (2011), formando um comité ad hoc
de cinco presidentes (Presidente congolês Denis Sassou Nguesso, presidente maliano Amadou
Toumani Touré, presidente mauritano Mohammed Ould Abdelaziz, presidente sul-africano
Jacob Zuma, e o presidente ugandês Yoweri Museveni) para negociar tréguas. No entanto, o
começo da intervenção militar liderada pela OTAN em Março 2011 impediu o comité de viajar
até à Líbia para se encontrar com o líder líbio Muammar al-Gaddafi. Como um órgão, a UA
discordou fortemente da decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas de criar uma
zona de exclusão aérea sobre a Líbia, embora alguns estados-membros, como o Botswana,
Gabão, Zâmbia, e outros expressaram apoio pela resolução.

Como resultado da derrota de Gaddafi na batalha de Trípoli (a batalha que decidiu a guerra), em
agosto de 2011, a Liga Árabe votou para recolher o Conselho Nacional de Transição anti-
Gaddafi como o governo legítimo do país, a pender eleições. O conselho tem sido reconhecido
por vários estados-membros da UA, incluindo dois membros da Liga Árabe. No entanto, o
Conselho de Paz e Segurança da UA votou em 26 de agosto de 2011 para não o reconhecer,
insistindo num cessar-fogo e na formação de um governo de unidade nacional por ambos os
lados. Um número de estados-membros da UA liderados pela Etiópia, Nigéria, e Ruanda
pediram que a UA reconhece-se o CNT como a autoridade governativa interina da Líbia, e
vários outros estados-membros da AU reconhecer o CNT independentemente da decisão do
Conselho de Paz e Segurança. No entanto, os estados-membros da UA Argélia e Zimbabwe têm
indicado que não reconhecem o CNT, e a África do Sul também expressou objecções.

A 20 de Setembro de 2011, a União Africana oficialmente reconheceu o Conselho Nacional de


Transição como o representante legítimo da Líbia.

Na Líbia pós-Gaddafi, a União Africana acredita que ainda tem uma responsilidade importante
para o país apesar da sua falha em contribuir para o conflito quando ele originou. Embora a
União Africana esteja lá para manter a paz, não é uma solução a longo prazo. O objectivo como
declarado pela UA, é estabelecer um governo líbio que é viável para assegurar paz na Líbia.
Para ter algum nível de pá na Líbia, a UA tem de moderar conversações de paz que estão
destinadas a conseguir cedências e acomodações de partilha de poder.

Exército

Togo

Em resposta à morte de Gnassingbé Eyadéma, Presidente do Togo, a 5 de fevereiro de 2005, os


líderes da UA descreveram a nomeação do seu filho, Faure Gnassingbé, à presidência como um
golpe militar. A constituição de Togo pede que o presidente do parlamento suceda ao presidente
no caso da sua morte. Por lei, o presidente do parlamento deve convocar eleições nacionais para
escolher um presidente novo dentro de sessenta dias. O protesto da UA forouc Gnassingbé a
convocar eleições. Sob fortes alegações de fraude eleitoral, ele foi oficialmente eleito presidente
a 4 de Maio de 2005.

Mauritânia

A 3 de agosto de 2005, um golpe em Mauritânia levou a União Africana a suspender o país de


todas as actividades organizacionais. O Conselho Militar que ficou com o controlo de
Mauritânia prometeu convocar eleições dentro de dois aos. Estas aconteceram em inícios de
2007, a primeira vez que o país convocou eleições em que houve um consenso dos padrões
aceitáveis. Depois das eleições, um novo golpe derrubou o governo eleito em 2007. A UA mais
uma vez suspendeu a Mauritânia do órgão continental. A suspensão foi mais uma vez levantada
em 2009 depois da junta militar concordar com a oposição para organizar eleições.

Mali

Em Março de 2012, um golpe militar foi realizado no Mali, quando uma aliança de forças
Touareg e forças islâmicas conquistaram o norte, resultando numa chegada ao poder os
Islamistas. Isto resultou nas mortes de centenas de soldados malianos e a perda de controlo dos
seus campos e posições. Depois de uma intervenção militar com a ajuda de tropas francesas, a
região ficou no controlo do exército maliano. Para reinstalar autoridades locais, a UA ajudou a
formar um governo cuidador, apoiando-o e convocando eleições no Mali em Julho de 2013.

Em 2013, uma cimeira da União Africana foi realizada e foi decidido que a União Africana iria
aumentar a sua presença militar no Mali. A UA decidiu fazer isto por causa do crescimento das
tensões entre as forças da al-Qaeda e o exército do Mali. Houve vários grupos rebeldes que
disputavam pelo controlo de partes do Mali. Estes grupos incluem o Movimento Nacional de
Libertação do Azauade, a Frente Nacional para a Liberação do Azauade, Ganda Koy, Ganda
Izo, Ansar ad-Din, e Al-Qaeda no Al-Qaeda no Magrebe Islâmico. As forças da UA têm sido
encarregadas com as missões de contra-insurgência no Mali como também de regular eleições
presidenciais para assegurar uma transição harmoniosa do poder quanto possível.

Focos de 2021

Uma eleição disputada em dezembro de 2020 levou à intensificação da Guerra Civil na


República Centro-Africana, desalojando 200,000 pessoas. Os pacificadores das Nações Unidas,
incluindo soldados da Rússia e do Ruanda, têm mantido rebeldes fora de Bangui, mas os
rebeldes controlo muito do resto do país. A UA não enviou pacificadores para as áreas por falta
de um acordo em como lidar com a situação: o Chade e a República do Congo apoiam os
rebeldes e França, a República Democrática do Congo tem ligações à Rússia; Ruanda e Angola
apoiam o governo.

A Guerra do Tigré na Etiópia deixou milhões a necessitar de auxílio humanitário. Diz-se que as
tropas eritreias apoiam o governo etíope, e têm existido conflitos da fronteira com o Sudão. A
relação entre o Sudão e a Etiópia complica-se mais pelo projecto Represa do Renascimento, que
afecta directamente o Egipto.

Conflitos regionais e pacificação

Um dos objectivos da UA é "promover paz, segurança, e estabilidade no continente". Entre os


seus princípios está "resolução pacífica de conflitos entre os estados-membros da União pelos
meios apropriados como pode ser decidido pela Assembleia". O órgão principal encarregado
com implementar estes objectivos e princípios é o Conselho de Paz e Segurança. O CPS tem o
poder, entre outras coisas, de autorizar missões de apoio à paz, para impor sanções no caso de
mudança inconstitucional de governo, e para "ter iniciativas e acções que ache apropriadas" em
resposta a potenciais ou atuais conflitos. o CPS é um órgão de tomada de decisão no seu próprio
direito, e as suas decisões são vinculativas nos estados-membros.
Artigo 4 do Ato Constitutivo, repetido no artigo 4 do Protocolo para o Ato Constitutivo no CPS,
também reconhece o directo da União para intervir num estado-membro nas circunstâncias de
crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade. Qualquer decisão para intervir num
estado membro sob o artigo 4 do Ato Constitutivo serão feito pela Assembleia na recomendação
do CPS.

Desde que se juntou em 2004, o CPS tem sido activo em relação ás crises em Darfur, Comores,
República Democrática do Congo, Burundi, Costa do Marfim e outros países. Também adoptou
resoluções criando operações de manutenção da paz da UA na Somália e em Darfur, e impondo
sanções contra pessoas prejudicando paz e segurança (como proibições de viagens e
congelamento de bens contra líderes da rebelião em Comores). O conselho está no processo de
vigiar o estabelecimento de uma "força de reserva" para servir como uma força permanente na
manutenção da paz africana.

A tratado de fundação da UA também chamou pelo estabelecimento da Paz Africana e


Arquitectura de Segurança, incluindo a Força de Reserva Africana, que é destacada em
emergências. Isso significa, em casos de genocídio ou outra violações sérias de direitos
humanos, uma missão pode ser lançada contra os desejos do governo do país, desde que seja
aprovada pela Assembleia Geral da UA. Nas missões passadas de manutenção de paz da UA, o
conceito ainda não tinha sido aplicado, forças tiveram que ser mobilizadas de estados-membros

Darfur, Sudão

Em resposta ao Conflito de Darfur no Sudão, a UA destacou 7,000 apaziguadores, muitos de


Ruanda e da Nigéria, para Darfur. Enquanto uma conferência de doadores em Adis Abeba em
2005 ajudou a arrecadar fundos para sustentar os apaziguadores por esse ano e em 2006, em
Julho de 2006 a UA disse que iria sair no fim de Setembro quando seu mandato expira. Críticos
dos apaziguadores da UA, incluindo o Dr. Eric Reeves, têm dito que estas forças são
grandemente ineficazes devido à falta de fundos, pessoas, e experiência. Monitorizar uma área
mais ou menos do tamanha da França tem tornado mais difícil sustentar uma missão efectiva.
Em Junho de 2006, o Congresso dos Estados Unidos apropriou $173 milhões para a força da
UA. Alguns, como a Rede de Intervenção de Genocídio, têm chamado por intervenção da ONU
ou da OTAN para aumentar e/ou substituir os apaziguadores da UA. A ONU considerou
destacar uma força, embora não fosse provável entrar no país até pelo menos Outubro de 2007.
A missão subfinanciada e mal equipada da UA iria expirar a 31 de Dezembro de 2006 mas foi
estendida até 30 de Junho de 2007 e fundiu com a Missão das Nações Unidas e da União
Africana em Darfur em Outubro de 2007. Em Julho de 2009, a União Africana cessou
cooperação com o Tribunal Penal Internacional, recusando-se a reconhecer o mandato de prisão
internacional emitido contra o líder do Sudão, Omar al-Bashir, que tinha sido indiciado em 2008
por crimes de guerra.

A UA teve dificuldades em ter um papel estratégico nas conversas de independência e no


processo de reconciliação no Sudão do Sul, devido a interesses esmagadores de poderes
africanos e não africanos, a sua influência ainda é limitada e não consistente.

Somália

Do início dos anos 90 até 2000, a Somália não tinha um governo central funcional. Um acordo
de paz que visava acabar com a guerra civil que começou após o colapso do regime Siad Barre,
foi assinado em 2006 depois de muitos anos de conversações de paz. No entanto, o novo
governo foi quase imediatamente ameaçado por mais violência. Em Fevereiro de 2007, a União
Africana e a União Europeia trabalharam em conjunto para estabelecer a Missão da União
Africana para a Somália. O propósito da Missão era criar uma fundação que iria
esperançosamente dar apoio aos mais vulneráveis da Somália e manter a paz na região. Eles
estavam encarregados com tudo desde proteger instituições federais para facilitar operações de
ajuda humanitária. Muita da oposição da AU vem de um grupo islamista extremista chamado
Al-Shabaab. Para reforçar temporariamente a base militar do governo, a começar em Março de
2007, soldados da UA começaram a chegar em Mogadíscio como parte de uma força de
apaziguamento que tencionava pela UA ter 8,000 soldados. A Eritreia reconvocou os seus
embaixadores à União Africana a 20 de Novembro de 2009 depois de a União Africana
convocar o Conselho de Segurança das Nações Unidas para impor sanções devido ao alegado
apoio a islamistas somali que tentavam derrubar o Governo Federal de Transição da República
da Somália, o governo internacionalmente reconhecido da Somália que presidia o cargo da
Somália na União Africana. A 22 de Dezembro de 2009, o Conselho de Segurança das Nações
Unidas passou a resolução 1907, que impôs um embarque de armas na Eritreia, proibições de
viagem de líderes eritreus, e congelamento de bens de oficiais eritreus. A Eritreia criticou
fortemente a resolução. Em Janeiro de 2011, a Eritreia reestabeleceu a sua missão à UA em
Adis Abeba.

No outono de 2011, as forças da Missão da União Africana para a Somália, junto com forças
quenianas e etíopes, lançaram um conjunto de ataques ofensivos contra o al-Shabaab. Nestes
ataques, as forças da Missão foram capazes de recuperar cidades chave incluindo a capital
somali de Mogadíscio. Em Setembro de 2013. o cientista política Ethan Bueno de Mesquita
argumentou que com a ajuda das forças da Missão, eles tinham tornado "para o al-Shabaab
quase impossível a detenção de território até as antigas fortalezas no sul da Somália". Embora
muito progresso tenha sido feito rumo à paz na região, devia notar-se que as forças da União
Africana ainda são atacadas regularmente. Apesar da Missão ser eficaz, é vastamente
subfinanciada e muitos forças não têm os recursos necessários. Financiamento para ajuda
humanitária e a formação de exército tende a ser vastamente prejudicado.

Anjuã, Comores

Uma invasão bem sucedida em 2008 de Anjuã pela UA e pelas forças de Comores para parar o
presidente auto-declarado Mohamed Bacar, cuja reeleição em 2007 foi declarada ilegal. Antes
da invasão, a França ajudou a transportar tropas da Tanzânia mas a sua posição no desacordo foi
questionada quando um helicóptero da polícia francesa foi suspeita de tentar esgueirar Bacar em
exílio francês. A primeira onda de tropas aterrou na Baía de Anjuã em 25 de Março e assumiu
controlo do campo aérea em Ouani, visando localizar e remover Bacar do cargo. No mesmo dia,
o aeroporto, capital, e segunda cidade foram invadidos e o palácio presidencial desertado. Bacar
fugiu e procuro exílio na França. O governo de Comores exigiu o seu regresso, para poder
determinar o seu destino. Muitos dos principais apoiantes de Bacar foram presos no fim de
Março, incluindo Caabi El-Yachroutu Mohamed e Ibrahim Halidi. O pedido de exílio de Bacar
foi rejeitado a 15 de maio, como a França concordou em cooperar com a exigência do governo
de Comores. Nas eleições de 29 de Junho, Moussa Toybou ganhou as eleições.

Disputa das Ilhas Chagos

A soberania do Arquipélago de Chagos no oceano índico é disputado entre o Reino Unido e


Maurícia. Em Fevereiro de 2019, o Tribunal Internacional de Justiça em Haia emitiu um parecer
consultivo dizendo que o Reino Unido tem o dever de transferir o arquipélago a Maurícia. A 22
de Maio de 2019, a Assembleia Geral das Nações Unidas debateu e adoptou uma resolução que
afirmava que o arquipélago "forma uma parte integral do território de Maurícia." A União
Africana solicitou que o Reino Unido cumprisse a resolução da ONU, pedindo que eles se
retirassem das Ilhas Chagos. O Reino Unido não reconhece a soberania de Maurícia sobre o
arquipélago.

História

As fundações históricas da União Africana originaram no Primeiro Congresso de Independência


Estados Africanos, realizado em Acra, Gana, de 15 a 22 de Abril de 1958. A conferência visava
formar o Dia de África, para marcar o movimento de libertação todos os anos relativamente a
vontade do povo africano de se libertarem da ditadura estrangeira, como também das
subsequentes tentativas de unir África, incluindo a Organização da Unidade Africana (OAU),
que foi estabelecida a 25 de Maio de 1963, e a Comunidade Económica Africana em 1981.
Críticos discutem que a OAU fez particularmente pouco para proteger os direitos e liberdades
dos cidadãos africanos dos seus líderes políticos, frequentemente chamando-lhe o "Clube dos
Ditadores".

A ideia de criar a UA foi reavivada em meados dos anos 90 sob a liderança do chefe de estado
do Líbano, Muammar al-Gaddafi: os chefes de estado e governo da OAU emitiram a Declaração
de Sirte a 9 de Setembro de 1999, pedindo pelo estabelecimento de uma União Africana. A
Declaração foi seguida pelas cimeiras em Lomé em 2000, quando o Ato Constitutivo da União
Africana foi adoptado, e em Lusaca em 2001, quando o plano para a implementação da União
Africana foi adoptado. Durante o mesmo período, a iniciativa para o estabelecimento da Nova
Parceria para o Desenvolvimento da África, também foi estabelecida.

A União Africana foi lançada em Durban a 9 de Julho de 2002, pelo seu primeiro presidente, o
antigo chefe de estado da África do Sul, Thabo Mbeki, na primeira sessão da Assembleia da
União Africana. A segunda sessão da Assembleia foi em Maputo em 2003, e a terceira sessão
em Adis Abeba a 6 de Julho de 2004.

Desde 2010, a União Africana observa o estabelecimento de uma agência espacial africana em
conjunto.

Barack Obama foi o primeiro presidente em funções dos Estados Unidos a falar em frente da
União Africana em Adis Aeba, a 29 de Julho de 2015. Com o seu discurso, ele encorajou o
mundo a aumentar laços económicos via investimentos e comércio com o continente, e louvou
os progressos feitos na educação, infra-estrutura e economia. Mas também criticou a falta de
democracia e líderes que se recusam a deixar o cargo, discriminação contra minorias (incluindo
pessoas LGBT, grupos religiosos e etnicidades) e corrupção. Ele sugeriu uma democratização
intensificada e comércio livre, para aumentar significativamente a qualidade de vida dos
africanos.

Geografia

Os estados-membros da União Africana cobrem a maioria da África continental, com excepção


dos vários territórios mantidos por Espanha (Ceuta, Melilha, e Ilhote de Vélez de la Gomera).
Além disso, países europeus têm dependências entre as ilhas offshore de África: Espanha (as
Canárias e as ilhas de Plazas de soberanía); França (Mayotte, Réunion, e as Ilhas Esparsas);
Portugal (os Açores, Madeira e as Ilhas Selvagens); e o Reino Unido (Santa Helena, Ascensão e
Tristão da Cunha). Consequentemente, a geografia da União Africana é vastamente diversa,
incluindo o deserto mais quente do mundo (o Saara), grandes selvas e savanas, e o maior rio do
mundo (o Nilo).

A União Africana tem uma área de 29,922,059 kms de costa. A grande maioria desta área é na
África Continental, enquanto os únicos territórios significativos fora da parte continental são as
ilhas de Madagáscar (o maior microcontinente e a quarta maior ilha) e a Península de Sinai
(geograficamente parte da Ásia), representando pouco menos de 2% da área total.

Demografia

População

A população total da União Africana, em 2017, estimava-se ser mais de 1.25 mil milhões, com
uma taxa de crescimento de mais de 2.5% p.a.

Línguas

As línguas oficiais da União Africana são árabe, inglês, Francês, português, espanhol, suaíli, e
"qualquer outra língua africana". As principais línguas de trabalho da União africana são o
inglês e o francês. Em menor grau o português e o árabe são usados. O Ato Constitutivo, por
exemplo, está escrito em inglês, francês e árabe, enquanto que o protocolo de alteração do Ato
Constitutivo está escrito em inglês, francês e português. Como de 2020, o website da UA está
disponível na sua totalidade em inglês, parcialmente em francês e minimamente em árabe.[4] As
versões em português e suaíli foram adicionadas como "em breve" em Abril de 2019.[5][6]

Segundo o Ato Constitutivo da União Africana,[7]


As línguas de trabalho da União e de todas as suas instituições deverão ser, se possível, línguas
africanas, árabe, inglês, francês e português.

Um protocolo de alteração do Ato Constitutivo foi adoptado em 2003 e a partir de Abril de 2020
foi ratificado por 30 dos 37 estados-membros precisos para a maioria de dois terços. Mudaria o
artigo acima para,

As línguas oficiais da União e de todas as suas instituições deverão ser árabe, inglês, francês,
português, espanhol, kiswahili e qualquer outra língua africana.

O Conselho Executivo deverá determinar o processo e modalidades práticas para o uso das
línguas oficiais como línguas de trabalho.

Fundada em 2001 sob os auspícios da UA, a Academia Africana de Línguas promove o uso e
perpetuação de línguas africanas entre pessoas africanas. Em 2004 Joaquim Chissano de
Moçambique dirigiu-se à assembleia em suaíli, mas teve que traduzir as suas palavras. A UA
declarou 2006 como o Ano das Línguas Africanas. 2006 também marcou o 55º aniversário
desde que o Gana fundou o Departamento de Línguas de Gana, originalmente conhecido como
Departamento de Literatura de Vernáculo da Costa Dourada.

Políticas

A União Africana possui vários órgãos para regular o funcionamento da entidade e as relações
entre seus membros. Alguns exemplos são a Assembleia, o Conselho Executivo e a Comissão
da UA.

Parlamento Pan-Africano (PAP)

Para se tornar no mais elevado órgão legislativo da União Africana. Baseia-se em Midrand,
Joanesburgo, África do Sul. O Parlamento é composto por 265 representantes eleitos de todos
os 55 estados da UA, e tenciona fornecer participação popular e civil-social nos processos de
governação democrática. O seu presidente é Roger Nkodo Dang, de Camarões.
Assembleia da União Africana

Composto por chefes de estado e governo dos estados da UA, a Assembleia é actualmente o
supremo órgão governante da União Africana. Está a gradualmente regredir alguns dos seus
poderes de decisão para o Parlamento. Encontra-se uma vez por ano e faz as suas decisões por
consenso ou por uma maioria de dois terços. O presidente da UA é o presidente Macky Sall,
presidente do Senegal.

Comissão da União Africana (ou Autoridade)

O secretariado da União Africana, composto por dez comissários e equipa de apoio, sediado em
Adis Abeba, Etiópia. E como o seu homólogo europeu, a Comissão Europeia, é responsável
pela administração e coordenação das actividades e reuniões da UA.

Tribunal de Justiça da União Africana

O Ato Constitutivo fornece a um Tribunal de Justiça para reger em disputas sobre a


interpretação de tratados da UA. Um protocolo para criar este Tribunal de Justiça foi adoptado
em 2003 e entrou em força em 2009. Foi, no entanto, substituído por um protocolo criando um
Tribunal Africano de Justiça e Direitos Humanos, que irá incorporar o já estabelecido Tribunal
Africano dos Direitos Humanos e dos Povos e têm duas câmaras: uma para os assuntos legais
gerais e outra para as decisões dos tratados de direitos humanos.

Conselho Executivo

Composto por ministros designados por governos dos estados membros. Decide assuntos como
comércio estrangeiro, segurança social, comida, agricultura e comunicações, é responsabilizável
para a Assembleia, e prepara material para a Assembleia discutir e aprovar. É presidido por
Shawn Makuyana do Zimbabwe (2015– ).

Comité de Representantes Permanentes da União Africana

Consistindo de representantes permanentes nomeados de estados-membros, o Comité prepara o


trabalho para o Conselho Executivo, semelhante ao papel do Comité de Representantes
Permanentes na União Europeia.

Conselho de Paz e Segurança (PSC)

Proposto na Cimeira de Lusaca em 2001 e foi estabelecido em 2004 sob o protocolo do Ato
Constitutivo adoptado pela Assembleia da UA em Julho de 2002. O protocolo define o PSC
como um arranjo colectivo de segurança e aviso prévio para facilitar uma resposta
atempadamente e eficazmente a situações de conflito e crise em África. Outras
responsabilidades conferidas ao PSC pelo protocolo incluem prevenção, gestão e resolução de
conflitos, paz de pós-conflito, construir e desenvolver políticas comuns de defesa. O PSC tem
quinze membros eleitos numa base regional pela Assembleia. Semelhante em intenção e
operação à Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Conselho Económico, Social e Cultural

Um órgão conselheiro composto por representantes profissionais e cívicos, semelhante ao


Comité Económico e Social Europeu. O Presidente do ECOSOCC, eleito em 2008, é o
advogado dos Camarões Akere Muna da União de Advogados Pan-Africanos (PALU).

Comités Técnicos Especializados


Tanto o Tratado de Abuja como o Ato Constitutivo permitem que os Comités Técnicos
Especializados sejam estabelecidos, compostos por ministros africanos para aconselhar a
Assembleia. Em prática, eles nunca foram instituídos. Os dez temas propostos são:

Assuntos de Economia Rural e Agricultura;

Assuntos Monetários e Financeiros;

Comércio, Alfândega, e Imigração

Indústria, Ciência e Tecnologia;

Energia, Recursos Naturais e Ambiente;

Transporte, Comunicações, e Turismo;

Saúde;

Trabalho, e Assuntos Sociais;

Educação, Cultura, e Recursos Humanos.

Outros órgãos possuem importância secundária. A Comissão da União Africana é o órgão


responsável pela execução das decisões da Assembleia; é dirigido por Nkosazana Dlamini-
Zuma da África do Sul, um Vice-Presidente e composto por oito Comissários, cada um
responsável por uma área de actividade.

Outros órgãos importantes são o Tribunal Judicial da União Africana, cujos estatutos serão
submetidos à Cimeira de Maputo.

Instituições financeiras

Banco Central Africano – Abuja, Nigéria

Banco de Investimento Africano – Trípoli, Líbia

Fundo Monetário Africano – Iaundé, Camarões


Estas instituições ainda não foram estabelecidas; no entanto, os Comités Directivos que
trabalham na sua fundação já foram constituídos. Eventualmente, a UA pretender ter apenas
uma moeda (o Afro)

Saúde

Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças de África, fundado em 2016 e lançado em


2017. É sediado em Adis Abeba, Etiópia.

Direitos Humanos

A Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, existindo desde 1986, é estabelecido
sob a Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos invés do Ato Constitutivo da União
Constitutivo. É o primeiro órgão africano de direitos humanos, com a responsabilidade de
monitorizar e promover conformidade com a Carta Africana. O Tribunal Africano dos Direitos
Humanos e dos Povos foi estabelecido em 2006 para suplementar o trabalho da comissão. Esta
planeado que o Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos se funda com o Tribunal
de Justiça da União Africana.

Governo

O tópico principal de debate na cimeira da UA a Julho de 2007, em Acra, Gana, foi a criação de
um governo da União, com o objectivo de se aproximarem de serem Estados Unidos da África.
Um estudo sobre o Governo da União foi adoptado em fins de 2006, e propõe várias opções
para "completar" o projecto da União Africana. Existem divisões entre os estados africanos nas
propostas, com alguns (notavelmente a Líbia) seguindo uma visão maximalista levando a um
governo comum com um exército da UA; e outros (especialmente os estados africanos do sul)
apoiando invés um reforço das estruturas existentes, com algumas reformas para lidar com os
desafios administrativos e políticos em elaborar a Comissão da UA e outros órgãos realmente
eficazes.
Depois de um debate acalorado em Acra, a Assembleia de Chefes de Estado e Governo
concordou na forma de uma declaração para rever o estado dos assuntos da UA procurando
determinar a sua prontidão quanto a um Governo da União. Em particular, a Assembleia
concordou em:

Acelerar a integração económica e política do continente africano, incluindo a formação de um


Governo de África da União;

Conduzir uma auditoria das instituições e órgãos da UA;

Rever a relação entre a UA e as Comunidades Económicas Regionais;

Encontrar maneiras de fortalecer a UA e elaborar um prazo para estabelecer um Governo de


África da União.

A declaração finalmente destacou a "importância de envolver o povo africano, incluindo


africanos na diáspora, nos processos que levam à formação de um Governo da União."

Depois desta decisão, um painel de pessoas eminentes foi elaborada para conduzir a "análise da
auditoria". A equipa da análise começou o seu trabalho a 1 de Setembro de 2007. A análise foi
apresentada à Assembleia de Chefes de Estado e Governo na cimeira Janeiro de 2008 em Adis
Abeba. Nenhuma decisão final foi tomada nas recomendações, no entanto, um comité de dez
chefes de estado foi apontado para considerar a análise e comunicar à cimeira de Julho de 2008
no Egipto. Na cimeira de Julho de 2008, uma decisão foi outra vez deferida, para um debate
"final" na cimeira de Janeiro de 2009 em Adis Abeba.

Papel da União Africana

Um dos debates principais em relação à conquista de uma integração continental maior é a


prioridade relativa que deve ser dada à integração do continente como uma unidade ou
integração das sub-regiões. O Plano de Acção para o Desenvolvimento de África de Lagos de
1980 e o tratado de 1991 para estabelecer a Comunidade Económica Africana (também referida
como o Tratado de Abuja), propôs a criação de Comunidades Económicas Regionais (CERs)
como base para a integração africana, com um calendário para a integração regional e depois
continental ocorrer.
Actualmente, existem oito CERs reconhecidas pela UA, cada uma estabelecida sob um tratado
regional separado. São:

a União do Magrebe Árabe

o Mercado Comum da África Oriental e Austral

a Comunidade dos Estados do Sahel-Saara

a Comunidade da África Oriental

a Comunidade Económica dos Estados da África Central

a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental

a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento

a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral

A adesão de várias das comunidades sobrepõe-se, e a sua racionalização tem sido discutida à
vários anos—e formou o tema da cimeira de Banjul de 2006. Na cimeira de Acra a Julho de
2007, a Assembleia decidiu finalmente adoptar o Protocolo de Relações entre a União Africana
e as Comunidades Económicas Regionais. Este protocolo é suposto facilitar a harmonização de
políticas e assegurar conformidade com o calendário do Tratado de Abuja e do Plano de Acção
de Lagos.

Selecção do presidente

Em 2006, a UA decidiu criar um Comité "para considerar a implementação de um sistema de


rotação entre as regiões" em relação à presidência. Controvérsia surgiu na cimeira de 2006
quando o Sudão anunciou a sua candidatura para a presidência da UA, como um representante
da região de África Oriental. Vários estados-membros recusaram-se a apoiar o Sudão por causa
das tensões em Darfur. O Sudão acabou por desistir da candidatura e o Presidente Denis Sassou
Nguesso da República do Congo foi eleito para o mandato de um ano. Na cimeira de Janeiro de
2007, Sassou Nguesso foi substituído pelo Presidente John Agyekum Kufuor do Gana, apesar
de outra tentativa do Sudão para o cargo. O ano de 2007 foi o 50º aniversário da independência
do Gana, um momento simbólico para o país ter o cargo da UA—e para hospedar a cimeira a
meio do ano a qual o Governo da União proposto foi também discutido. Em Janeiro de 2008, o
Presidente Jakaya Kikwete da Tanzânia ficou com o cargo, representando a região da África
Oriental e assim aparentemente acabar com a tentativa do Sudão de ficar com o cargo—pelo
menos até a rotação voltar para a África Oriental. O actual presidente é Macky Sall, Presidente
do Senegal, cujo mandato começou a 5 de Fevereiro de 2022.

Lista de presidentes

Ver lista: Lista dos presidentes da Organização da Unidade Africana e da União Africana

Sede

A principal capital administrativa da União Africana é em Adis Abeba, onde a Comissão da


União Africana é sediada. Um novo complexo da sede, o Complexo de Escritórios e Centro de
Conferências da UA, foi inaugurado a 28 de Janeiro de 2012. durante a 18ª cimeira da UA. O
complexo foi construído pela Corporação de Engenharia de Construção do Estado da China
como um presente do governo chinês, e acomoda, entre outras instalações, um plenário com
2,500 lugares e uma torre de escritórios com 20 andares. A torre tem 99.9m para simbolizar a
data de 9 de Setembro de 1999, quando a Organização da Unidade Africana votou para se tornar
na União Africana. O edifício custou $200 milhões para construir.

Acusações de espionagem

A 26 de Janeiro de 2018, cinco anos depois da completação da construção da Sede da UA, o


jornal francês Le Monde publicou um artigo declarando que o governo chinês tinha posto
escutas no edifício, instalando dispositivos nas paredes e mobília e colocando um sistema
computacional para copiar informação dos servidores no Shanghai diário. O governo chinês
negou terem posto escutas, dizendo que as acusações eram "completamente infundadas e
ridículas". O Primeiro Ministro da Etiópia Hailemariam Desalegn rejeitou o relatório francês.
Moussa Faki Mahamat, chefe da Comissão da União Africanam, disse que as alegações no
relatório do Le Monde eram falsas. "Estas são alegações totalmente falsas e eu acredito que nós
devemos ignorá-las completamente." A União Africana substituiu os seus servidos fornecidos
pela China e começaram a encriptar as suas comunicações depois do acontecimento.
Indicadores

A tabela seguinte mostra vários dados dos estados membros da UA, incluindo área, população,
produção económica e desigualdade de rendimentos, como também vários índices, incluindo
desenvolvimento humano, viabilidade do estado, percepção de corrupção, liberdade económica,
estado de paz, liberdade de imprensa e nível democrático.

Migração

Em 2018, a União Africana adoptou o Protocolo do Movimento Livre. Este protocolo permite o
movimento livre das pessoas entre países que fazem parte da União Africana.

O artigo 14 do Protocolo para o tratado que estabelece a comunidade económica africana


relacionado com o movimento livre de pessoas, direito de residência, e direito de
estabelecimentos discute o movimento livre de trabalhadores.

A União Africana também tem uma Estrutura da Política de Migração para África.

Deslocamento forçado de pessoas e grupos também tem sido uma área de foco para a UA–mais
de trinta estados ratificaram a Convenção de Campala, o único tratado continental que se foca
em pessoas internamente deslocadas no mundo.

Começando de 2016, a União Africana introduziu passaportes continentais.

Relações estrangeiras

Os estados-membros individuais da União Africana coordenam políticas estrangeiras por esta


agência, além de conduzirem as suas próprias relações internacionais numa base de estado-a-
estado. A UA representa os interesses do povo Africano em organizações intergovernamentais
(OIGs); por exemplo, é um observador permanente na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Tanto a União Africana como as Nações Unidas trabalham em conjunto para abordar assuntos
de preocupações comuns em várias áreas. A Missão da União Africana para as Nações Unidas
aspira servir como uma ponte entre as duas organizações.

Adesão à UA sobrepõe-se com outras OIGs, e ocasionalmente, estas organizações terceiras e a


UA coordenam em assuntos de política pública. A União Africana mantém representação
diplomática especial com os Estados Unidos e com a União Europeia.

Relações África–Caraíbas

Muitas nações caribenhas têm procurado aprofundar laços com o continente de África. O bloco
da União Africana tem-se referido à Caraíbas como uma potencial "Sexta Região" da União
Africana. Alguns estados caribenhos já se moveram para se juntarem a instituições de África
incluindo Barbados que se tornou um membro do Banco de Importação e Exportação Africano.
E o Banco de Desenvolvimento Caribenho assinou um acordo de parceria estratégico de
cooperação com o Banco de Desenvolvimento Africano.

Relações África–China

Um dos principais parceiros económicos do continente tem sido República popular da China. O
Fórum de Cooperação China–África (FCCA) é o principal mecanismo de coordenação multi-
lateral entre os países africanos e a China. Desde que se juntou ao FCCA em 2012, a União
Africana tem tido um maior papel de coordenação, embora cada país africana no FCCA
continue a representar-se individualmente.

Relações África–UE

Para a Comissão Europeia, a relação da União Europeia com África é uma prioridade
fundamental. A futura visão da parceria África-UE da Comissão Europeia e o Serviço de Acção
Externa Europeia está delineado na Comunicação Conjunta "Rumo a uma Estratégia
Compreensiva com África". Propõe colaborar em:

Transição Verde e Acesso Energético


Transformação Digital

Crescimento Sustentável e Trabalhos

Paz, Segurança e Governo

Migração e Mobilidade

A 2 de Dezembro de 2020, cinco Grupos de Estratégia de Fundação África-Europa foram


estabelecidos nas áreas de Sistemas de Saúde, Digital, Agricultura e Comida Sustentável,
Conectividade de energia Sustentável e Transporte. Foi feito em conjunto com um consórcio
composto por Amigos da Europa, Fundação Mo Ibrahim e IPEMED.

Em relação a reforçar a resiliência, paz, segurança e governo, a União Africana e a União


Europeia reconhecem que resiliência, paz, segurança e governo estão todos intimamente
ligados. Paz e segurança são elementos importante para desenvolvimento sustentável,
prosperidade e resiliência das sociedades. Para assegurar paz e segurança, trabalhou com a
Instalação de Paz Africana. Esta foi substituída em 2021 pela Instalação de Paz Europeia. A UA
e a UA também colaboram em promover gestão de recursos sustentáveis, resiliência ambiental,
e mitigação da mudança climática. A Iniciativa de Adaptação de África também está a ser
apoiada pela União Europeia.

Relações África–Rússia

A Rússia hospedou a primeira cimeira de chefes de estado da África-Rússia de 23 a 24 de


Outubro de 2019, Representantes de todos os 54 estados africanos, incluindo 43 chefes de
estado ou governo, estiveram na cimeira. A segunda cimeira é suposto acontecer este este ano,
sendo que ainda não existe uma data ou local determinados.

Relações África–Turquia

As relações Turquia–África têm ganho impulso substancial desde a declaração da Turquia como
um parceiro estratégico do continente pela União Africana em Janeiro de 2008. Desde 2008,
várias grandes cimeira e reuniões tem acontecido entre a Turquia e a UA. A primeira cimeira foi
A cimeira de Cooperação Turquia–África, em Istambul em agosto de 2008.
Desde 2020, a Turquia tem embaixadas em 42 países e conselheiros comerciais em 26 países no
continente africana. A transportadora aérea Turkish Airlines também voa para 35 destinos no
continente.

Relações África–Estados Unidos

Em 2017, Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, emitiu uma ordem executiva para
banir cidadãos de sete países com ligações suspeitas a terrorismo de entrarem nos Estados
Unidos. Três deles eram países africanos, e membros da UA. Durante a 28ª Cimeira da União
Africana, líderes africanos criticaram o banimento como eles expressaram preocupações
crescentes para o futuro da economia africana sob a liderança do Presidente Trump e políticas
subsequentes.

Línguas

A União Africana promove o uso de línguas africanas sempre que é possível nos seus trabalhos
oficiais. As línguas oficiais são árabe, francês, inglês, espanhol, português, suaíli e qualquer
outra língua de origem africana.

Membros

Ao todo, a União Africana possui 54 membros, todos sendo de África e de ilhas africanas, como
é o estado parcialmente reconhecido da República Árabe Saaraui Democrática, Marrocos
retirou-se em 1984 da organização pois alegava soberania pelo Saara Ocidental República
Árabe Saaraui Democrática, no entanto, a 30 de Janeiro de 2017, a UA o admitiu como um
estado membro. A candidatura de 2005 da Somalilândia para se juntar à UA ainda está
pendente.

Mali foi suspenso da União Africana a 19 de agosto de 2020 após um golpe militar. A 9 de
Outubro, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana levantou a suspensão imposta ao
Mali de todas as actividades do órgão pan-africano, citando os progressos feitos por ele no
retorno à democracia. O país foi novamente suspenso a 1 de Junho de 2021 após o segundo
golpe militar em nove meses.

A Guiné também foi suspensa pela União Africana a 10 de Setembro de 2021 depois que um
golpe militar depôs o presidente do país, Alpha Condé.
O Sudão também foi suspenso pela organização a 27 de Outubro de 2021 depois que um golpe
militar depôs o governo civil liderado pelo primeiro-ministro Abdalla Hamdok.

Burkina Faso foi suspenso da UA no dia 31 de Janeiro de 2022 logo após o golpe de Estado que
depôs Roch Marc Christian Kaboré do governo burquinês no dia 23 de Janeiro.

África do Sul

Angola

Argélia

Benim

Botswana

Burundi

Cabo Verde Cabo Verde

Camarões

Chade

Comores

Costa do Marfim

Djibouti

Egipto

Eritreia

Essuatíni

Etiópia

Gabão

Gâmbia

Gana

Guiné-Bissau

Guiné Equatorial

Lesoto

Libéria

Líbia
Madagáscar

Malawi

Marrocos

Ilhas Maurícias

Mauritânia

Moçambique

Namíbia

Níger

Nigéria

Quênia

República Árabe Saaraui Democrática

República Centro-Africana

República Democrática do Congo

República do Congo

Ruanda

São Tomé e Príncipe

Seicheles

Senegal

Serra Leoa

Somália

Sudão do Sul

Tanzânia

Togo

Tunísia

Uganda

Zâmbia

Zimbabwe

Suspensos
Burquina Fasso

Guiné

Mali

Sudão

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