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CURSO: FORMAÇÃO PEDAGÓGICA LICENCIATURA EM LETRAS LIBRAS

ACADÊMICO: GUILHERME RODRIGUES DE SOUZA RM: 2055609


DISCIPLINA: POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO DE SURDOS
Data: 26 de fevereiro de 2024

No cenário educacional brasileiro, as políticas de inclusão têm assumido


um papel crucial na promoção da equidade e diversidade. A inclusão de
pessoas surdas é um aspecto relevante desse contexto, sendo fundamental
reconhecer a singularidade linguística e cultural da comunidade surda. A
implementação de políticas de Educação Bilíngue para surdos representa um
avanço significativo, reconhecendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como
língua legítima e promovendo o desenvolvimento acadêmico e social dos
surdos.

A Educação Bilíngue para surdos não se resume apenas à língua de


sinais; envolve também a utilização do português escrito como segunda língua.
Esse enfoque busca garantir não apenas a comunicação efetiva em Libras,
mas também o domínio da língua portuguesa, proporcionando aos surdos
pleno acesso ao conhecimento e à cultura. No entanto, desafios persistem,
como a necessidade de formação adequada de professores e a disponibilidade
de recursos específicos nas instituições de ensino.

A promoção da Educação de Surdos no Brasil também depende da


articulação entre esferas governamentais, escolas e sociedade. A
implementação de práticas inclusivas requer investimentos em infraestrutura,
tecnologia assistiva e adaptações curriculares. Além disso, é essencial
fomentar a sensibilização da sociedade em relação às questões surdas,
combatendo preconceitos e estigmas que ainda permeiam a realidade de
muitos surdos.
O fortalecimento das políticas de inclusão, aliado à promoção da
Educação Bilíngue, contribui não apenas para a formação acadêmica, mas
também para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Ao
reconhecer a diversidade linguística e cultural dos surdos, o Brasil avança na
construção de uma educação que valoriza a pluralidade e respeita os direitos
fundamentais de todos os cidadãos.

No Brasil, as políticas educacionais voltadas para a inclusão de surdos


têm passado por transformações significativas ao longo dos anos. Inicialmente,
predominava um modelo segregacionista, com a prevalência de escolas
especiais, afastando os surdos do convívio com seus pares ouvintes. Contudo,
avanços foram observados com a implementação de políticas inclusivas,
buscando proporcionar um ambiente educacional mais equitativo.

A criação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei


nº 13.146/2015) representou um marco importante nesse contexto, reforçando
a necessidade de garantir acesso, permanência e participação plena dos
surdos no sistema educacional. As escolas inclusivas, com intérpretes de
Libras e adaptações curriculares, têm se tornado mais comuns, contribuindo
para uma experiência educacional mais rica e inclusiva.

Entretanto, desafios persistem, como a formação adequada de


professores para lidar com a diversidade linguística e cultural dos surdos, bem
como a falta de recursos específicos nas escolas. A implementação efetiva das
políticas de inclusão demanda não apenas regulamentações, mas também
investimentos contínuos e capacitação profissional, visando à construção de
uma sociedade mais justa e acessível para todos.

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