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Por àquelas vezes que não nos temos comprometido
com o reinado de Jesus, entregando o Coração até o
final por aqueles que mais necessitam.
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Ofereço-me a ti para fazer e sofrer em favor deles
quanto te queira e ainda para morrer e dar meu sangue
por eles se for necessário, e se tu me exigis-
se. Por minha vez, peço perdão, com toda a humildade
possível, a todos os que tenho ofendido em toda minha
vida e entrego-me a ti para oferecer-lhes a satisfação
devida. (O. C. I, 535 - 540-545)
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Jesus ao compartilhar a vida cotidiana com os mais
simples, logrou ganhar o apreço e o respeito de mui-
tos. No entanto, isso não teria sido possível se no Co-
ração do Mestre não reinasse a admirável virtude de
entregar-se pelos demais e aprofundar a certeza de que
Deus é verdadeiramente “Pai de todos”.
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Ao dizer: “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito”,
falavas por ti e por mim à vez, encomendando - lhe
meu ser juntamente como o teu, e dirigindo este rogo
a teu Pai, que também é o meu, em teu nome e no
meu para na hora em que eu deixe meu corpo, e todo
ele com o mesmo amor com que oravas por ti mesmo.
Por isso, sem dúvida, ao falar a teu Pai, lhe dissestes:
“Pai”, e não, “Meu Pai”, para manifestar-nos que, em
tais circunstâncias, não o consideravas como teu Pai
pessoal e exclusivo, senão como Pai Comum e univer-
sal de todos teus irmãos.
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Jesus conhecia profundamente o Coração do ser hu-
mano; que por cima das estruturas da lei judaica,o
Mestre aproximava-se da realidade do marginalizado, o
escravo, o pecador, como fosse seu irmão. Nas Vésperas
de sua Paixão, Jesus sabia o sentimento que invadia o
Coração de Judas, mas, não o condenou. Embora a es-
curidão de sua vida o tivesse separado da luz, Jesus mo-
rria por ele também; o que ele menos desejava é que
seu amigo ficasse submergido no pecado.
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Bom Jesus, por teu testamento me tens dado tua Mãe
queridíssima, e as vezes me tens entregue, não já em
qualidade de servo ou de escravo, senão de filho. Por
conseguinte, se já não sou o servidor de Maria senão
seu filho, Maria, mais que minha senhora e minha
Rainha soberana, tem de ser minha Mãe querida. Que
amor, que bondade inefável, que todos os seres da
criação te bendigam e te adorem por tão grandes
amostras de amor por mim, infeliz pecador.
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Por minha parte, também eu lhe peço com toda minha
alma, pelo infinito amor que lhe professa e pelo que
Ela tem, e pelo mesmo amor com que tu lhe deste teus
amigos e teus filhos, que de agora em diante os olhe
como filhos de seu Coração e que tenha a bem servires
de Mãe. (O. C. I, 537. 541)
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Por um ideal há que estar disposto a dar a vida, foi a
convicção de Jesus cada vez que saía ao encontro de
seus irmãos. Ao sentir próxima a experiência da cruz,
o Mestre quis viver um encontro diferente com seus
amigos; e estando ali, sabe que um dos seus o entrega-
ria. Jesus assumiu a cruz convencido de sua opção de
vida, e a mudança da traição, quis doar sua dignidade,
sua liberdade, um Pai e uma Mãe para toda
a humanidade.
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Não cabe, pois, a menor dúvida de que na véspera e no
dia de tua morte nos deste quanto tinhas em maior es-
tima e afeto: nos destes teu eterno Pai para que fosse
nosso Pai, pedindo - lhe que nos amasse o mesmo que
a ti com amor paternal; nos deste, em qualidade de
mãe, a tua própria Mãe; nos deste teu Santíssi-
mo Corpo na Eucaristia e teu Espírito divino ao expi-
rar na cruz; nos deste teu Sangue precioso sem reser-
var-te nem uma só gota; nos deste tua vida, teus méri-
tos, teus sofrimentos, tua humanidade e tua divindade,
segundo tuas próprias palavras: “Eu dou minha vida por
minhas ovelhas” e “a glória que me deste, a elas se as
tem dado” (Jn. 10, 15 e 17, 22).
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Em honra e união do amor onipotente com o que me
encomendaste a teu Pai o último dia de tua vida, e com
o que lhe pediste para meus grandes benefícios e abun-
dantes bênçãos, e com o que me deste tudo o que tin-
has em maior consideração demonstrando-me
por palavra e obra teu amor e ordenando-me amar a
meu próximo como tu mesmo o amas, em honra, repi-
to, e em união deste mesmo amor, eu te encomendo a
todos os que tu sabes que devo recomendar-te de ma-
neira especial, e te peço para eles tudo o que tu pediste
para a teu Pai no último dia de tua vida.
Amén.
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A Eucaristia é a forma como Jesus manifesta que está
no meio de nós; não só na contemplação de sua
Páscoa, senão na experiência de compartilhar a vida
com os demais, sentindo-nos filhos de um mesmo Pai.
A grandeza de Jesus ao propor o amor como princípio
e fim da vida e a relação cristã foi deixar-nos um prin-
cípio para construir o Reino de Deus, o Reino de liber-
dade.
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A qual de seus anjos tem dito Deus: Tu és sacerdote pa-
ra sempre a maneira do verdadeiro Melquisedec Sal.
110 (109), quer dizer da maneira de meu Filho Jesus
Cristo? A qual de seus arcanjos e principados tem dito
o Filho de Deus: Tudo o que ligares na terra ficará liga-
do no céu? (Mt. 16 19).
Amén.
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Jesus, Deus, benção de todos, te adoro no Monte das
Oliveiras, nos últimos momentos de tua permanência
na terra, quando te disponhas a subir aos céus. Adoro-
te no instante supremo em que deste tua santa bênção
a tua Sacratíssima Mãe, a teus apóstolos e a teus discí-
pulos; adoro o amor infinito e as disposições de tua al-
ma santa, que acompanharam tão emocionante cena,
segundo a lemos no santo Evangelho (Lc. 24, 50).
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É o último dia da vida temporal de nosso Senhor Jesus
Cristo. É Jesus, nosso Deus e Senhor, que agoniza e
morre na cruz.
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Coloquemo-nos de joelhos diante de Jesus, que agoniza
e morre na cruz. Roguemos-lhes que nos dê sua santa
bênção antes de sair deste mundo. Que sua bênção des-
trua em nós todo pecado e toda inclinação para o mal.
Bendiga nosso corpo e nosso espírito, nossos olhos e
ouvidos, nossa língua, nossas mãos e nossos pés, nossa
memória, entendimento e vontade para que de agora
em diante nos sirvamos deles só para sua glória.
(OC 3,392-394)
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São João Eudes em seu ideal de formar Jesus, tem claro
que a morte do cristão deve ser uma forma de honrar
o sacrifício Cristo, razão pela qual o santo francês esfo-
rça-se em trabalhar pelo mesmo Reino e está disposto
a morrer fazendo-o. Está minha vida cristã focada em
construir o Reino que Jesus apresentou e estou dispos-
to a morrer por ele?
22
Maria, a Mãe de Jesus, com sua vida, é caminho seguro
para o cristão que quer aproximar-se de Jesus. Descu-
bramos hoje a maneira tão perfeita em que estão uni-
dos e como podem ser um protótipo de unidade para
todos os que queremos fazer viver e reinar Jesus em
nosso coração.
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Pai das misericórdias e Deus de todo consolo: Que Co-
rações são os que assim tens crucificados? Como não
prestas tua assistência a teu único Filho e a tua amável
Filha e humildíssima Serva? Como destrói com eles a
lei que estabeleceste de que sobre teu altar não sacrifi-
que-se no mesmo dia o cordeiro e sua mãe? Porque no
mesmo dia, 26 a mesma hora, na mesma cruz e com os
mesmos cravos, tens cravado o Filho único da desolada
Maria e ao Coração virginal da inocente Mãe… E que
não queres que tenha outro carrasco seu martírio,
senão o amor que a teu Unigênito tens, nem que, em
tão cruéis tormentos, falte a este bondoso Filho, a vista
dos sofrimentos desta digníssima Mãe para mais afligir-
lhe e atormentar-lhe? Louvores e bênçãos imortais se-
jam dadas meu Deus, ao amor incompreensível que
tens aos pecadores! Graças infinitas e eternas por todas
as obras deste divino amor!
(O. C.VIII, 234SS)
24
Este é um dia de silêncio e espera; Deus não rende-se
frente a cultura da morte e manifestará com glória sua
presença viva para recriar a cultura do encontro. De
que maneira preparo meu Coração para sair ao encon-
tro dos demais e anunciar que a luz sobrepassa toda es-
curidão?
Maria. Ele nos tem dado para ser depois Dele nossa su-
periora e Mãe. Agradeçamos-lhe por havê-la eleita por
sua Mãe e por havê-la dado como Mãe nossa. Peçamos
perdão a este Filho já esta Mãe por nossas ingratidões e
ofensas. Demo-nos a Jesus, Filho de Maria, e roguemos
-lhes nos preenchas de afeto filial para esta sagrada
Mãe. Ofereçamo-nos a Maria, Mãe de Jesus, rogando-
lhe que exerça nesta comunidade o poder que sobre ela
tem recebido para conduzi-la e animá-la em tudo, e pa-
ra fazer viver e reinar nela a vontade de Deus e o Espí-
rito de seu Filho.
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A Ressurreição de Jesus foi o acontecimento para que
os discípulos compreendessem plenamente a proposta
de vida que Ele tinha. No momento de experimentar a
presença do Senhor, recordaram seu ensinamento, vin-
cularam-se na fraternidade e se animaram a fazer o que
Ele fazia, com a esperança de que outros também ex-
perimentassem que a verdadeira Ressurreição de Cris-
to realiza-se no Coração que está disposto a ser curado.
26
Bem sei, Jesus, que por teu amor para comigo e pelo
zelo que tens por tua glória, desejas ardentemente ser
amado e glorificado em mim. Daí que tens um desejo
infinito de atrair-me a ti no céu para viver em mim
perfeitamente e estabelecer em mim, em plenitude, o
reino de tua glória e de teu amor.
28
Peço-te que as últimas coisas que me
sucedam sejam uma homenagem as
coisas últimas que tiveram lugar em ti;
que meu último suspiro honre teu
último suspiro e seja um ato de
puríssimo e perfeito amor a ti.
(O. C. I, 437)
Diretor:
Pe. Álvaro Duarte Torres CJM
Desenho e compilação:
Jorge Luis Baquero - Hermes Flórez Pérez
Tradução:
Geovani Ferreira 29