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1. OS FATORES INTERNOS DA CRISE Pouco depois de 1200, todo o sistema politico do Oriente Préximo que tinha se mantido muito estavel durante diversos séculos desmoronou bruscamente devido prssio de invasores externos provindos do Ocidente. A historiografia moderna conten- ‘use durante muito tempo com a explicacao externa e migratéria da crise, mas depois Comecou a questionar-se se isso era suficiente para explicar uma mudanga tio dristica. Acre do século XII redesenha o mapa politico, a distribuicao dos assentamentos, as formas da cultura material, as relagdes sociais € as ideologias. Nao é por acaso que na Priodizagao tecnolégica realizada nos oitocentos a crise do século XII separa o perfodo 49Bronze do perfodo do Ferro, Existe a conviegiio de que 0 choque dos invasores sobre as formagies estatais teve * thciciae essas consequeéncias porque os Estados jéestavam, de algoma aoe ados” internamy resisténcia. Os fatores extel Ps mi 1 numérico reduzido 5), Em vez de causas, (0 passam a ser en cn, etmamente de sua capaci de fro Povos oo esto presentes certamente, mas ae Pam a aa 6u reinterpretados como fatores ti ae ios pelos como consequéncias, € de orige! ing a como um aspecto dele. : Bronze 7, NOS & crescente crise demogrifica 0 “nam Fae, Os planaltos semidridos da Transjor “Stamenege 80s Na Anatdlia e na Siria, grandes lacs gncentram-se nos vales irrigados; no eH "Btificg, intida a metade. Esta crise devese, sob se ours jésa0 baitash OM ro fst & das taxa de naalidades PO! 38 7 endacind merng nes PeOddtivos e sociais também prese"e yi dos eM "8 foi acentuada por fatores politicos. Apes#t « regides, durante Mesopotamia te ndonadas € 08 3° a Mesopotimi 0 norte da Mes , ae inuigio do nivel adimi retudo, id oe nas Om orrida em varia ania eda Alta cidades s30 abal Coy cios no quiseram redimensionar suas pretena., materia, 0 jos), ecorrendo a arrecadagOes mais pesagn °° Ute, 5, so a Ingio produtiva jem dificuldlade. A presenga 0,4! ac a submisio de reyes inteiras 30 pagimene sy constituem estratégias utilizadas pelog Bad no : me ida Ss os pal fhumanos€ P de vida (que, ali ram arruinando a popu al, também mil as deportagies, sio jogadas nas costas das re internacion ary externo, as NUMETOS ; Gc pn saan rie 6 30 fouls nas Cmte Og aan a Guersse deportayies, despovoamento ¢ cre Docu prin a um problemas endémicos no periog ee Bronze mas gue particularmente em meaclos do séeulo XI epois no Final da sea ms apelos dos diimos tes htitas a seus tims vasalos, para ghey fh O intervengio do Egito “para manter em vida o miserivel page 2 agio de muita gravidade. Além disso, a sequéncia q le Hae aqui te, que era situa angustiosos qualquer custo, ou a ti, mostram uma situ: ; ide Al dt, Ph Jégica de Gérdio registra por volta de 1200 alg cnoge aterrivel carestia que assolou a Anatolia ja em dificuldades. Na Baixa Mesopotimia progres colapso da rede de cana provocou uma crise na agricultuta, abana. do ao pastoreio seminémade as regides pantanosas, assim como as semistids de, tras regides. A degradagao da paisagem e do espaco agrario, ao espeticulo das grandes cidades do Bronze Médio reduzidas a recintos amuralhados vazios na estepe, assomay crise do comércio caravaneiro, que encontrava dificuldades cada vez maiotes para ats vessar regides sempre mais amplas fora do controle palaciano. As dificuldades demogréficas e produtivas acompanhavam a crise socal queen um plano légico e cronolégico, pode ser considerada a causa primeira de todo 0 colap- $0. Jé discorremos a respeito das alienagées de terras, e da consequente escravidio pr dividas. O fim da solidariedade no ambito familiar e da aldeia produz fendmenos de enriquecimento (dos membros da aristocracia palaciana), de rufnas, de separacio ds membros de um mesmo nticleo familiar (mulher ¢ filhos penhorados por divas. de fugas de devedores inadimplentes escravizados ou na iminéncia de sé-lo. A escravizasio da populagio das aldeias contribui para o enfraquecimento da demografia, da motie io para produzir e da adesio popular & autoridade real. JA vimos que 0 rei do Bronze Tardio deixa de se preocupar com a ruina econdm: ca da populacio rural e nao publica mais editos de remissao. Em vez disso, ele 8 &" guece por meio de uma politica miope de ganhos rdpidos e de solidariedade de chase. nD no ambito familiar, 0 fim da solidariedade tradicional manitestas¢ a ieee “ insert Sina que exigem dos fills um comportamento tet ; de sen can a condicao Para 0 acesso & heranga. Tudo isso wind percent gem crescente de ai nes mee an ‘e ee a analist do globalmente mostes a ae mas escassos. Porém, 0 mesmo Es levae™ contl? necessidades de salvaguardar as cori ee cael de politica, pars mares ras condigdes minimas de sobrevivéncia 5 ' cede Tem fungao todo o mecanismo de concentraga0 Por parte dos grupos privilegiad ‘giados. setica Separayao entre classe dirigente Me igeoldgico, de “imagens”. 0 rj Mose rratva se um bom pal da populayso € prefere cuidar de ee cor gem pilidade guerreira, no luxo relinade ee oH ces Ne 189 reconhece mais no tela frases ini sorinha ua eam ° aternay ; ao ter —s ¢ race Psd fag dante de dificuklades insuporre ne Re se gs debe AS mumerosas Fugas levam o Estado nn moan eae tratados de extradigio com procedimentos de busca, ca foe ments fugas nao se voltam para outros Estados palacianon mes ate Mas para regis fora do controle palaciano. Os espacos de estepes ou de montanhas cobs soso lugar prefrido para os Fugitivos. Pbertas de bosques tor Esses espagos No esto “vazios", io ambientes frequentados por grupos tans: sams de past0res, que 05 paldcis consideram como “bandos” pel ato de eaen pede seu controle, asaltarem as caravanas ¢ acolherem 0s fugitives O prupe erik ieee aos fugitivos um polo alternativo, um modelo no palaciano de crganinagio sociopolitica, impossivel de ser encontrado nas aldeias em via de —s A wal ‘hredade com o palacio, que est comprometida, pode tornarse até mesmo uma so- lidariedade contra o palacio. Para os fugitivos, individualmente ou em pequenos gru- po, esa nova solidariedade envolve um deslocamento isco, uma vida clandestina ms quando aldeias inteiras rompem com o palécio passando & solidariedade tial, vromamsse habinu” sem precisar sair de onde esto. Desvencilham-se do excessivo peso fxale politico mudando 0 polo de atragio, de soidariedade e de obediénciae deiran doo Estado palaciano sem recursos materiais e humanos. 2. AS MIGRAGOES DOS POVOS terioragao socioecondmica € politica tinham éximo foi invadido po ta olugao que a crise reve nas regiGes octéerr potdimica (nio atingida sna, Na Mesopotimias Quando os processos internos de det ‘tingido niveis preocupantes, 0 Oriente P ban origem externa. Se compararmos a €v' 4 ‘ lafetadas pela onda externa) com 0 que ocorreu na area mes¢ Pela acio dos invasores) é possivel avaliar 0 peso dessa ago exe iti e cul" — demogréfica e econdmica prolongase Por sécutlos, € 0 sc a eran ’lmantém suas caracter(sticas tradicionais, enquan? nas pie s ot ideold. 'pre, Si i cunl be “'Pte, Siria e Palestina) acontecem mudangas radicais de cn gas tinguio® Lidades étnicass P no sect uma onda de migr® iO gi) fav opener ome peer ferou © Oriente Proximo. : i i i afetou 4 “et boxy coral que o movimento migratrio que ® eo votinba qual 7 i cAnica, ume ‘hg ‘ha sua origem na peninsula balcdnica, e 0 . passa pelo ai 2 conoragae o.com 0 Oriente Proximo. Esse movimento” de maritima, »ginha se tornado, hid muito, parte das relace «co orientale a equinco orien! ea eae $Telacieg Meier gies ivorineas dlo Oriente Préximo € do Egitg, ge Pig, apciais CONT AS TEE fanicl idido e i a i 6 scat com ET unalo miceaicd vio em reins atone es mais import Jutinados mediante alguma forma de hepens nda Ivez ay f ino de Akhiyawa (isto &, da Acaia), ultramaring 7 elementos micéni Ma Gre BeMonia ps te urbanos, Mas CE hrititas conhecanr um te ean corto do qual se MO inne onsiderada €c 0 das cog die politica pode ser considerada como um “grande ) al se movimentm Os loponeso cratic Menor, Essa en I ; c ms oriental, Ela possufa alguns de no proximo-oriental. Ela p guns de seus tragos on, ‘tt, i e) a Pas rani, m linear B, um simples reflexo da organizacio admin Mion stat a Je passagem para as regides nfo urbanizadas dy Eun do sistema politico como O8 Ar gMiVOS € e servi ¢ ximo-oriental) PH dy Mediterrineo central. ‘As relagdes do mundo micénico com as costas do Levante e do Egit e axlo, comers, distanciando-se do que ocorria no Bronze Tardio préxim aspectos diplomiticos, politicos ¢ “administrativos” do comércig, muito modestos, prevalecendo uma atividade de fato, desempenhada por a privados (ou que atuam de forma privada em relagio aos palicios). Um de seus i tados mais evidentes é a volumosa exportagao de ceramica micénica para a Tegiio cos teira anatélia, para a SiriaPalestina e até para capitais egipcias. O comércio acontecy geralmente de forma pacifica, e envolvia varias frotas (a ou as frotas micénicas assy spalestinas, a cipriota e a egipcia). No entanto, havia grupos de piratas que atacavar 3 embarcagdes em trinsito € 0s centros costeiros, com téticas semelhantes 3s utilzlis por certos grupos ndmades contra o comércio em terra firme. A fronteira ente pias ria e atividades bélicas organizadas, entre isengao dos palacios € sua cumplicidade, nem sempre é clara. Ja nos séculos XV (Madduwatta) e XIV (el-Amarna) existem noticias de semelhante cumplicidade, e a 4rea envolvida é, sobretudo, a costa meridional da Ant tolia (da Licia 4 Cilicia) que conseguia evitar 0 controle hitita devido as suas condigies geogrificas (com os montes do Tauro junto ao mar) ¢ que continuard sendo uma ts aM, Soe 1O-Orienta| Nesse caso, OS de piratas até 0 periodo classico. Na segunda metade do século XIII, hd mais indicios de agitagio no Medivetis oriental. O episddio mais importante é 0 envolvimento de populagdes mediers® na incursio dos Hbios contra o Egito que € rechacada pelo faraé Merenptah em 8 de 1230, Dessa “coalisio” faziam parte os eqwesh (aqueus), os hukka (lcios.¢# "°°: “povos do mar’ teresh, shekelesh e sherdana. Apenas o tiltimo jé era conhes ° periodo amarniano) como grupo de mercendrios que agiam no Egito ¢ m a“ ia dae ed Merenptah tem tragos em comum com a pose Ne € na atividade hee Por enquanto, enquadra-se mais na expanse "ira ik do Mediterraneo a de grupos de especialistas (sherdana) 00 Um segundo eps shiva (CHIP Pei no ate glume Them torno de aco, Alashiya cna Wm PPE on ‘ma regional do Bronze Tardio. Era cons! Jo dew’ abt ante, pois abastecia toda a reyix, 7°8'80 com cobre (o re; ha TE (0 rei de Permanecide sem Usarit como espa, ae yolitt ne . I de cong gt Pigs politicas da ilha,calver interessad ose assim uma poténcia que incomodava » impé, r ; mPs om! car uma ameaca para as rotas maritimas entr vce agree 5 ‘ Fi ea Ciliciae a Sj r im rerceito indicio, que provém da arqueologia, ¢ licia ea Siri ae + €a prese +filisteia” na Palest ‘fa Presenca de elementos tf j cultura “filsteia” na Palestina (sarcofayos antropoides de clementos tipi- jo (bem datado) da invasao. Portanto, parece que grupos d ae que precede o 7 —— . srupos de filistey oe eras ent si, COMO OCOCrra COM OS sherdana rnc — Pape 7 , - . éculo ante! ga percenrios a servigo do Egito raméssida,sobretudo pars come nea on ; . 0 i lesinas formando ricleos consistentes que deisam seus etigon ae en fio is man 5 vestigios arqueolig ‘Ainvasio, portanto, nado foi totalmente inesperada, mas surgiad eae oa . me ada, piu de repente no ini odo século XII, gerando panico nos palécios do Oriente Proximo. que buscaram fr a . aed reticamente formas de defesa adequadas reagdes 4 altura. Sobre a invasio temos dois locos de documentos: as inscricdes € os relevos utilizados na celebragio da vitsria de gamsé Il (8° ano = 1199) sobre os invasores, dando-nos detalhes sobre sua composicio sobre 0 desenrolar dos acontecimentos; um grupo de cartas da Ugarit que refletem osangustiosos preparativos para resistir ao ataque. Os textos de Ramses II], conhecidos imais tempo € com uma narraco mais detalhada sobre o epissdio, constituem uma importante base para a reconstruco histérica da invasio. Porém, as cartas de Ugarit > espaco pa *CONQUIstaE Alashiva 905 fluxos de imi a exilar perso. devia refletir as sic mBFaMtes micénios, ita, €m particular por ia. fomecem uma visio mais realista, sem as distorgSes comemorativas que limitam a cre- ibilidade das inscrigdes do farad. Encontramos nas cartas de Ugarit os primeiros indicios dos invasores, descritos como um modesto grupo de embarcagGes que provocavam destruigdes nas costas sirias. Uzarit e Alashiya trocaram informacées € conselhos, provavelmente devido ao fato de anbos dependerem dos hititas, seus principais fornecedores de embarcagies. Os apelos 5 contra o inimigo comum foram apoio ao grande rei. A defesa com ais de Lukka, justamente ios hititas. No doreihitita para que houvesse uma reuniao de forga: aendidos por Ugarit, que enviou barcos € tropas ¢m ‘205 invasores foi organizada o mais a oeste possivel, no P: ‘ "i ida do Egeu, com a evidente intencio de proreger todos 0° KT Santo, seja porque os choques foram desfavoraveis & armada impes ihe esi sores conseguiram se infiltrar e contornar as linhas defers ° peer “Sores avancaram até as regides costeiras da Cilicia, de Chip: ops Acsta altura, @ Por néo terem defesas adequadas, nem barcos da guerre “na : ~ possibilidade de salvagao era protegerse M™* ccidacdes a hadlas,€ agar 4 Jas pe- assay Psagem dos invasores. Porém, tanto Ugarit como out sc 'n’asores, que evidentemente conseguitam™ desteuir ue 8 it, escritas. Por Wer b se 4, 1 apos 8m das cartas de Ramsés Hl, escritas 4? J, ou porque Os foram destrue anterior’, foo farad, uma “confederagao” de povos mediterraneos (lis egund 4 - invadi 7 cA oe danuna € weshesh), apds terem invadido e destruido UM ands 4 free lesh, do império hitita (Hatti, Qode, ou seja, a Cilicia, Arzawa, - Outre, i [siya/Chipe, eKarkemish it & a Siti setegn S24 ado invadir © proprio Egita, Og 2" tithes invasone ee territorio: sul-ocidental, A! na costa de Amurru € amea ° ‘El: ud s adornos de plumas (filisteus) ou ae tos em detalhe com seus tipico: com suas tipicas armas (espada: , senmbém sobre carros puxados por bois, acompanhados de seus urensy uma concomitante invasdo em massa pela costa ¢ pelo mar. Os eBipcios : tado os invasores em uma batalha naval, impedindo seu desembarque gy. 2 completamente. Muitos elementos da celebragao egipcia podem ser cong tn como recursos literérios que como reflexo dos fatos: assim, 05 conceitos 4, "21 e de “comple” sio tipicos das narragdes egipcias. Nesse caso, 0 episdig qa dicado como o auge do confronto com o inimigo é, evidentemente, fcticig im uma localizagio € um desenvolvimento pontual dos fatos). E provavel que ge quisesse sintetizar em um tinico marcante episddio uma série de lutas tito in “heroicas”) entre pequenos niicleos de invasores, por mar e por terra, conta. sas egipcias na Siria, na Palestina € no Delta ~ um quadro no muito dives do. é apresentado nas cartas de Ugarit, ainda mais porque, ao atingir a Paesinaeg ta, a invasio jd devia ter perdido muito de sua forga e de seus prdprios componns, A invasio ocorreu, certamente, e de forma muito compacta e repentina,o ques © panico que se depreende das cartas ugariticas ¢ 0 sentido de alivio que aparece 2a inscrigées comemorativas de Ramsés III. No entanto, os fatos nao devem ter tido adi mensio apresentada pelo faraé que quer destacar seu papel (heroico e tranguilizais de baluarte tinico no enfrentamento dos invasores. A contraposi¢ao explicita que Ramsés III presenta entre um império hitita gx sucumbiu diante da invasio e um império egipcio que conseguiu impedila, ¢ px mente verdadeira. O Egito permaneceu incdlume, mas as possessdes sirio-palestinas® ram perdidas, ¢ € na Palestina que se instala 0 grupo de invasores mais numero filisteus. Mais tarde, veremos 05 filisteus ocuparem uma “pentapole” (Gaza, Asso Ascalon, Gat e Akkaron) que coincide com 0 territério costeiro que vai da fron com o Egito até 3 altura de Jerusalém. Mais ao norte em diregio ao Carmelo seis lam os zeker. As informagées textuais so complementadas pelos dados argued relativos as destruigdes de centros costeiros e ao surgimento da cerimica saubmien aniloga & filisteia. Algumas regides sofreram destruigdes mais violentas (cidades " Ugarit ¢ Alalakh despareceram para sempre), outras receberam grupos 4 os (Chipre. Cilicia, Amuq), outras foram protegidas (costa libanesa de Biblos 2° she udo os que CS s longas, pequenos escudos redondos) gy Sh ? 90Dre aang Jo ynmer dos invasores nao devia ser muito alto, sobret ae elo oS me | ane Es ; mar. Com o tempo, todos os imigrantes foram integrados (do pon? jo, sua colinguis “ Ted ‘ inguistico) pela populacio preexistente. Porém, no momento da ima” ass pancass militar, ae 1 no Sua Coesdo social e sua determinagio permitiram que des eae or funy Abatlha navalentre Ramses II € 05 “povos do mar” (ecevord nar” (retevo do temploe Medinet Habu na cultura material ralhadas, fortalecess ig e inf 1 . que fortalecessem sua posigdo € qu influenciassem Jos “povos do mar” das regides envolvi i : ras enol ‘das. © papel do Egito parece ambiguo: 0 uso ¢ no mercenarios prec el coo meen prevede € depois acompanha o dréstico epissilio da invasio, € € ads tenham permitido que os filisteus se estabelecesserm Palestina es a administragio de territorios que sobs sprit uindo suas proprias guarnigdes, cedendoth inho, uma administrayio muito bem aa ae tha mas condig6es de assumir sozi ee s oo duettineo eno caminho contririo dos invasores, as causas dle sua HNP ol devem ser buscadas em algum processo ou 3710 03 regito baleint feds, mas de qualquer mane M9 Filjsweus € dos grupos asoctades m2 4, Limitandosnos 308 28Pe ww ee aia at nfo abondavarm Orient PENS at een tgs, oNeentrages. Portanto, podiam abastecet eae eralurgia 9 bon Meat Producao distribufdos em toda a se ie hid grandes © UM comércin Zoi] que ligasse 25 poucas KS taf Ks Armas © armamentos ilios em Chipre Figura 6. Utilizacio do bronze e do ferro para a produgio de armas e utensilios em na Palestina C, do século XII a0 X 10 ” X sé. 2 75 94 % » 4 4 a a “ ” aD jo | x6 uni oa aecomncedteestane 28 coOH1OS Ue producto, A pay yk al Pr oa vad inde "382m do Period do on 10 amber ose in “i ; sano, localizados em peauenar ine Mineratéria, que ets aA on ern 638 muito dames as em locais ainda enc al aoa io da prospeccio miners eo ocidental, casa xan He aM Sm tt deve rome ws 8 EH 7 CONTA, So peas S espalhadas de mi- ada cp: Alan disso, a8 instalaes neces Me adequadlas a0s niveis Ja ver eonhecidos 0s procetimentostécnicos deve a ieagio i as ips CASSIS GU Os utlizadoy na aa PU ee 1 aan de pequenos artes das alas ou be bone, clr ae agecta descnvolvida nas oficinas palacanas pec metaunga do yore. to" : ° im, pode-se dize ado ferro, ale de fornecer ferr Pode-se dizer que a ctl amentas € armas muito mais duras que as di Fee caratctiz se por una maior cifusio no terrtério por uma maior aces iil Ij Os granules monopslins regionais abastecidos pelo eficiente comércio alaiang seam ubstitutos por uma extragio e fabricagio mais ampla, catacterizandese come va metal rts “awtdrqurica” € mais acessive Adifusao do alfabeto, apesar de sua especificidade, tem uma trajetdria semelhan- se Tambéin neste caso se trata de uma “invengao” cujos elementos tedricos e primeiras wam do Bronze | rio sério-palestino, Porém, a permanéncia das esco- acdministrativas palacianas, ligadas & transmissao e ao uso do caneiforme sikébico, tinha impedido a difusdio do alfabeto, que por sua simplicidade se alcaies a lisde escribas ¢ as escola prevava a uina accitagio social muito maior que as complicadas escritas ideogréfico- slibicas, que exigiam longos (¢ custoses) anos de estudo. A dificuldade de aprendiza- tum favia com que apenas os membros das classes privilegiadas tivessem acesso 3 es «iva, esttingindo o ambiente dos escribas, defendido com unhas e dentes devido 20s rrvlyios econdmicos ¢ ao prestigio auferidos. A difusio do alfabeto deuse no mo- mato em que a queda dos pakicios provocou a destruigio de arquivos ¢ biblioteca a Jiperso da classe dos escribas, € 0 desaparecimento do préprio promotor da atividade administrativa, que cra o pa lacio real. asta com aeviden- ticos que surgirao i ee i + empregados 0s pel cm ambiente diverso do administrative, € continua 3 wr erie cae Marginais que j4 usavam essa escrita antes da crise: certi roa Os em “oma de flechas e de langas, pequens graft Cassinanu tapas reais na dif ‘tam Fi ie bet ji jos exe! Nia, e depois em inserigdes Funerdrias € VOUNaS cuy ‘vo so sera rexomado alfabero € 8u@ aoe apt seri POF co sio os graft! 1 para um uso 5 do Bronze Tardio contr Agrande difusio da escrita nos palicio: ‘erro. Os textos alfabét eesea a ‘ Scawser da escrita no primeiro period do Fi ter mie oS uso comum, mais abundante. - Psi inscrigies alfabéticas em Gstrace ot ile de difusio nfo profissional. Um exe? cm lugares de culto, monumentos € outros lug Uhura Pe sterdio. A eset! "* Cunciforme dos escribas do Bronze Tardio. Porém, 2 Nov! impensivel Visi ‘ antes - pode ser dividi- ta também Karatepe — Hasan Reyli e An oy, Way Be © Bee. Sefire 2 Td aig Upatie 2 Alba Hani ratlouts 2 Ham ition e@ © Qadesh A, Biblos x@ ~—Kamid cl-Loz A @ASarepra Ruweie@ * Huo @m @Shigmona pa! Tabor Megiddo a Ataanak’s a, Bet Shan Hl @ Fel Zeror Tell es-Sarem Deir Alla Mi Tel Qasile ‘Sichem 3 lbet Sartah 3 Gener, « Telllen-Nasbe il Meer eS *Raddanak Ber Sheimesh * Gerusalemme ¥ I Wi elKhadr Tell el-Hesi kish, .o 4 o WW Khirbet el-Kom WO Tell Gemife oe En Gedi A Tell Apgiul “* * Nagila * % Babs'a ‘Qubus WSlayda Ang KK Bersheba I” gp ee 4 Protocananeu @ Fenicio antigo © Aramaico ane? sbraico antige © Qad’esh Barnea gy wie Figura u7, A difusao das primeiras escritas alfabéticas na Siria-Palestina (séculos XIV-VIII)- Cre € Reestruturacig [ave | xvsee | vise. ‘wae Ssharabico |, Se pee pe Pee Ah Ee tk | Xe || re "¢ g0o8 99 \995| 5 1 ae ne Keb SN | 4 sj 1 | | 1 oe ya Y) D | og a “ Hla g REA) A PAA a of FP | y vy . aa \ d | a 1 x o ea 1| ¥ = am | Eolwr = te | vat Fi ok) ee wr ely Vrax rk BB) O @ |e |o gine » & a | oR 4 2 t \ | | re ke CYoy 717 \ 7 nm m 27-R| ce | ee Z 1 sit Lee] oF yas | 7 IA som ae) #177 | 7 {\ | LO F 4 Lefj a [fe “tall eS ° © ° nje % "LE | we , ) ’ ° ack | 8 Tle t LP | 9 | ta Tet | Boo pe A P 5 ; F | | | 4 5 BE ie ae| 447 a4 ee 7 ie we ow w ale | ames x ia tix + x & | * et ura ng Difusio e evolucdo do alfabeto no mundo seme” ae — daem dui tradicionais ¢ complexos, enqui na, na Anatolia e no Egeu, ou seja, 9 t sreonatitaas Higaclas a uma evidente heranga do passado, ; Cy revitalizar esse pasado. Presi, am importantes consequéncias na p sonas: a Mesopotimia (e também o Egito) permaneceu ligad, anto a escrita alfabetica se difundiu na gigi may as areas inovadoras ~ com excecio qos nt Fae, as j hititas hieroglific: de tentativa explicita de Outras inovagdes téenicas tiver: ; eventos € na exploracio agropastoril da regio, Tratase *Spria dist ambito do Oriente Préxi também, ne, s ocorridos no ambito do Oriente Prdximo, que receberse F 5 L " . jo no perfodo da crise do século XII. Hé todo um coments NO de gio dos assenta caso, de progressos lento: forte impulso e valori : 0 novidades técnicas com impacto territorial que ganha destaque no inicio do Petodg q Ferro, Um primeiro caso € a construgio de terragos em areas de colinas ¢ encowas a montanhas, que permitiu o cultivo (arboricultura e, sobretudo, olivicultura,associngy, & cerealicultura) em regides que no periodo do Bronze tinham permanecido cobera, por bosques € pastagens estivas. A construsio de terragos passa pelo desmatamenr, abrindo clareiras nas montanhas e tornando a utilizagao desses espagos, antes sazong] permanente. Igualmente importante é a retomada e o aperfeigoamento de técnicas de irrigacdo dos terrenos dridos, particularmente os leitos de uddi, com técnicas de repre. samento de dgua por meio de diques transversais e sistemas de canais, que se difundi, sobretudo, na “fronteira” sudoeste (Arabia setentrional, Transjordania, Neguev ¢ Sinai) No ambiente iraniano-arménio do norte, por sua vez, surgiu um novo método de iti gaco, os dos ganat subterraneos, que levam Agua para lugares distantes evitandoacie poraciio. Essas técnicas de tratamento hidrico em regides semidridas e montanhosassio herdeiras das primeiras e milenares técnicas hidréulicas que tinham sido utilizadas em regides aluvionais, produzindo uma grande ampliagio da regido agricola. A escavagio de pogos mais profundos também foi facilitada por ferramentas de fe ro. Essa atividade pode ter sido incentivada por dificuldades climéticas de curta durayio, mas acabou ampliando os espagos de pastagens em regides semidridas. A documentayio epigrafica nao registra a andnima obra de escavacio de pogos por tribos de pastores, ms as realizadas pelos reis, e € significativo que durante a passagem do Bronze Tardio 30 Pe riodo do Ferro se escavem tantos pogos tanto no Egito como na Assiria. Um problema relacionado € o de impermeabilizar os pogos de forma mais eficiente do que ocorti2 periodo do Bronze, a fim de garantir as cidades e ds fortalezas reservas de gua pi! ce i ; eens redo © ano. Escavagio de pogos, técnicas de re eee eee weaunenro pais das cidades constituem um cony ro ais bem esclarecido pela arqueologia, mas podese # que no final do segundo milénio houve Enfim, ha a introducio em | dos. Ambos jé eram velhos conhe te 0 periodo do Bronze, importantes progressos nessa direydo arga escala do camelo e do dromedirio dome cidos, € esporadicamente utilizados também re do camelo corresponde a em niveis historicamente irrelevantes. A area os a 20 deserte slog earns alts terras iranianas (e centro-asisticas), € a d0 drome Hio-ardbico, de tal forma que ambos se encontravam muito proxil™®: CMe Metin a area mais urbanizada. Sua domestica jr", mas fora d mens e mercadorias em aml Sto a nsporte de ho fe carn Nte deségnst Jem passat varios dias sem beber Sértcg venguane PE leon or mei ne is (realizados al - ‘ Mle abastecimento de agua, € centros de cultiva imens > “Crescente ades parao tran ; ado que esses animais pod + serpecsain beber a cada dois dias Assim, tornase poss ive rege uma rede de caravanas, € QuE anes permanec; penas em reas cultivavels). Agora os os possibilid cdlesértico, ros, capririos € Ovi ay odsis distantes P dos fluxos comere Jescanso & *€tothan, V0 det, lugares de d ; ent de du, ccentos dec talggs etamareras, Aer sso, 8 6008 jevada p cio esupenay ti are sctuiam o nico meio de transporte do perfodo do Bronze. Além darn." cx i igav: i ff ORs dy : pica, sobretudo a que ligava o interior da Siria ao Higi, . * a eamfyém hava as rotas que aravessavamy © deserto interno do Ira, = » re pabém naquela regido. Para completar 0 quadro,€ preciso lembray an. * final do periodo do Bronze, iniciow-se a utilizagio do cavalo momtado c io apens 1 relatos aos carros) para o transporte rapido de mensagelros, Este us0 se gener vou no periodo do Ferro dando origem a uma nova especializagio e técnica de con, te substituindo 0 uso do carro de guerra. E é preciso lembrar também que o cameo « xe renal 0 dromedrio) rorna-se um instrumento precioso para o combate, ip tan to para atacar formagées de infantaria, mas como meio de incursio e de fuga ripida Ss efeitos dessasinovagdes sobre a organizagao territorial foram importants Po um lado, as regides de colinas € montanhas que até entao tinham permanecido 3 mar. tem dos acontecimentos histricos importantes se inorporam ao assentamento esi ae las e pequenas cidades. De outro lado, volta a ser ocupadio, com assentamen sericolas estivels, grande parte dos planaltosinternos que j tinha sido habitada duran soe Bronze Antigo e que foi abandonada progressivamente, Enfim, ao teritro am pliado de assentamento estivel soma-se outa faixa marginal consttuida pels res frequentacas pelas caravanas. No conjunto, a distribuigdo dos assentamentos do Brox ve Tardio, com zonas de concentracdes restritas € extensos espaGos vazios, transforms vse em uma ocupacio espalhada por todo o territério, ainda que com diferentes nits caravanas da peninsula ara o come de intensidade. Dentro dessa ocupacio extensiva do territdrio, as unidades habitacionais devia" ser de menor tamanho. Nas regides ocidentais, onde se difunde o novo modelo. jt nie hd grandes cidades com dezenas de milhares de habitantes, como as que tinham SS 0 niicleo central dos sistemas de assentamento durante todo o periodo do Bots & cidades do primeiro perfodo do Ferro identificam-se mais com cidadelas fortificals ms com uma eee populasio € com edificios piiblicos de modestas dimers : a Aa a a ana” reduz-se muito; as aldeias adquirem uma ies oe defesas ¢ suas estruturas, de tal forma que a 88 : ias, préprio do perfodo do Bronze, torna-se menos a Goren period do nomadismo “pl sa de exploragio territorial, a maior inovagio € © S leno” dos criadores de ; do? ( criadores de camelos, que se soma a0 nomadismo (ou seminomadi: ismo) dos pastores transumantes de caprinos € covinos. OS gistintos como Mecanismo econém i Taney icO, dre. go be pecemos 0 sistema ecONOMICO dos sey ©48 de difusig PP es J8 - a Je 1 se combina, no e: © telagig (pi ge ovellias « a Na, NO ESpavo € no tern :Pastoneig ght Soma8 abt abitacional de “ D0, ce o tran. 08 ale habitacions le “dupla morfologian cee" ABticulra goo ércio, alids, chegam até me; B10". Os seming Fa-em a docom bi mesmo a imp nOmades ry uma sea idades belica . pedi ne 2 matividades bélicas, sobretudo como tropas ance Si ° al ry a rela 7 ras au , 0 panos. Maren uma relagio conflituosa com se ant ato rete das: Os novos nomades *plenos, her Cidacles 5 POr sua ver, : UTSGCS. Bes s@ }rutadas pelos by ne nee poms guna grata agricultura intensiva eirig adda dos ofsi eh ctiacd «qnelOS Os pélicas por conta prépri 8 Odsi5, € desey ayo de cae ee bélicas por conta propria, O uso » €desenvalye nercials do camelo € 6 controle d M atividades as rot oe ices ribos nomades uma ago privilg van P as de cara adi é ue eles fortal : : culo. fito se comércio int a cede grande auronomia permite-the dedicarse a uma lucraty nnagens © de ripidas incursGes nas terras dos sedent ‘ativa ativid: nos em maior pe de igualdade, dos utbi y ay dreas S30 também diferentes: a drea da transumin Jecem sem colocar qualquer abst at dispor de montarias r4 ade bélica de iOS, € relacionars € Com 05 Esta: . cia permanece em so amb oe estreita cat com 35 138 ricolas, ou mesclada com elas, de modo que entr se re pastores € spares seestabelece uma relagolinguftca etic epoltia mito era. Aa do grande nomadismo, a seu turno, continua sendo externa, constitui ene iio periodo do Ferro a0 territério de relevanciahistérica,e também um ¢ : paeem contato regides até en : mento que (0 isoladas, Um caso tipico ¢ 0 do Kémen, que devido as us condigdes climaticas € capaz de manter uma cultura agricola ¢ urbana considera td; mas que tinha permanecido isolada das grandes rotas comercais. Seus prous fur, incenso e mirta) passavam pelo Egito antes de chegar ao Oriente Prdximo, Com schegada do per‘odo do Ferro, o Keen pode inserirse nos grandes circuitos comerciais enas relagdes politicas, € © mesmo pode ser dito para a faixa intermedidria do Higiaz Um caso semelhante € o das terras situadas do outro Jado dos desertos centroriranianos, nonorte (Tarqueménia) ¢ no este (vale do Indo). Depois da interrupgao das florescentes regides tinham passado por uma fase de progress + deslocamentos de popstlages « pelo decline Ferro, Cranrse novamMente epois também po relagdes no terceiro milénio, & ‘oisolamento provocado em parte pelo dhs grandes civilizagdes urbanas locais. Com 0 periodo do Fer eee a mneiramente comercial € « da Asia sukocidental j ariti amas jes maritimas, i : canigas He naveBN IE scala i ior integragio, priv li 5 . ica, entre as varias culturas € cidades estat adocumentayi@ tegen semelhante acontece com as comuni =f “ nao é clara, Parece que no Mesltersint jem la ae (relagaio vel melquitha/ enn re Pea at cabotagem costeira do periodo een wenn es metas contibarary para ; tomer ocidental, desde inicio Wor me também no oceano {indico, anda que Neto oO 4 7 eos se {mongdes), Nesse caso, tambér M40 sabe adogio de te puma Navegs Hoxqucios 8 fence jo mais att jonas (© fim dos DI pa pda navegaye? greg © weno. Algo parers? poset inne de vento’ soralinente onal, que desile je set meiro 1 — 0 Primeiro Periodo do Ferro ~ oterceico milénio unia Dilmun, Magan e Melukhkha & Sumétia, tinha ggg . 5 9 do periodo do Ferro por um sistema mais compleso e mais yay, H sears » as costas iranianas ¢ indianas com o Kémen com a Apa Pligg ; Rear ica orig Ja Peninsula Arabica e interconectan 2” 0 ini © Golto Persico € circulo em torno ¢ assim o circu la Pen ; ‘rs Gmercio terrestreexipea,iemenitaetransjordaniana,Temse yng 6 inicio do periodo do Ferro significou uma ampliaig gory rizen, 8 Bory fechando redes de ¢ bem clara de que i IS iregdes, c unca ti tes ¢ do comercio em todas as diregSes, como nunca tinha ocorrido em our, centes épocas proto-historicas. 5. O FATOR GENTILICO E O ESTADO “NACIONAL” A crise dos palicios e das cidades e as novas disponibilidades técnicas paca or, ritorios semiliridos significaram um aumento do peso politico do elemento nda Isso é wilido tanto para os “novos” némades cameleiros, que ocupam espacos antes ing cilizados e que constituem, portanto, um novo elemento, como para 0s antigos grup, transumantes, que ganham um destaque € um peso em relagio a sua marginaliza durante 0 Bronze Tardio. A tribo pastoril torna-se foco de atragio e de coesio politico alternativo em relagio a0 odioso palicio real, que em varios casos acaba desaparecenia, As aldeias acabam ficando sob a influéncia do grupo pastoril e no mais das cidades.em tum processo com poucos reflexos fisicos e impactos nas atividades de assentamentos, dado que o grupo pastoril sempre manteve bases sazonais nas terras agricolas e umacs: treita relagio com os camponeses. Porém, com o fim da subordinagio ao palicio rel, que era de natureza principalmente fiscal, dos dois elementos residuais o grupo pastor! € 0 que representa o modelo alternativo de agregagio, passando a ser integrado pels deias. A aldeia, que tinha passado pelas fases de comunidade aurossuficiente, de com nidade dependente do palicio e de unidade administrativa, converte-se em um cli ou subgrupo da tribo, inserindo-se na estrutura tribal como célula de natureza gentile O que houve nio foi tanto uma “sedentarizagaio” de némades, ow uma “tomdt potitcas de de poder” por parte das tribos, mas uma reordenagio das relagdes 50% acordo com um novo cédigo. Do cédigo administrative proprio do Estado palais” do periodo do Bronze, passa-se ao cédigo do parentesco proprio de um novo tie? formasio estatal que se difunde com o periodo do Ferro, ¢ que desemboca no Excado “nacional”, E verdade que essa visio se fundamenta principalmente nos dattos bibs Que sio posteriores, porém, as raras documentagdes contemporineas que chess" NOs confirmam suas linhas gerais. Os membros do Estado se reconhecem come 2 na medi ct ‘dida em que se consideram todos descendentes de um tinico anteps mo. A “carta de fundagio” " do Estado gentilico é a genealogia, que relae a mitico com os membros atuais d samento cujo significado adogies, casamentos, a tribo, de acordo com relagdes de fila Preciso se encontra no cédigo genealigico: primose™” fc 7 los € todas as formas de parentesco que significam virios ™ rise @ See Reestraturacig seimmegesto sociopoltica, Para inten ee 2 um eponimo intermedi ae ee derado, antepassado dos epoai ne wee es de descendéncia e de Te ePbnis fan 7 Po gsc nit c ms 6 " “reser geralmente muito grandes ¢ import rica de forma que sua posigio se “Funda? L jdade chegam a ac 7 a gasses aa gama fans Pacificos ou a relacs se" al. Mas, em geral, ha lagi iusto 02 geral, hd um uso frequente ds ce conflua asi ga todos os elementos da reaidade poli a “etiologia’ ¢ itic. elacd ianga ° rivali a: frome; ome carta de rages de aianga ou de rivalidade, estatuto especial 8 O™ an ades, reconhecimer ; o espe ida rascals wentlica: apresentamese como “asade” maso nome do eponimo, enquanto os membros da formacio estatal sao denominados como os “hlhos de” seguido do mesmo epénimo. Outras vezes, a formagio estatal era denominada por hha ou de regidio), mas sempre fica clara a diferenga.em™ Tardio, que era o nome da capital Este .§ nao € mais um pale a sede do poder j norte jé indicam sua estrutura um nome geogrifico (de montan! relagio & denominagio dos Estados do Bronze Passa agora para um segundo plano, dado que cio, e sim uma estirpe ou uma “casa”. __ Esse processo de passagem da cidade-estado pat? © E pee brincipalmente ao longo da faixa sirio-palestina. Em outas rele de ee milares, mas com modalidades € origens diversas. U4 primers jonais stado genilico € arestado ocessos S30 SF Estalos 1 veo granu a certes 08 Bibs de ore 2d repia : mee ao leste do Eufrates, onde continuam pre so de 0? ssi e Babilénia), Em seu reritorio hd ina at Ba imaica, que em parte jé teriam frequentado outras Fe . chegando om wang 7 1oKhabur), como os sitios € khan, ms (U6 28" tit my , an 4 relagio & sma trast los espacos da Baixa Mesopotamia. Lag s0 Toi ast Babilbnia ! estino’: No lestes te S € 0s grandes Estados da Assitia € 8 Kore actos § i Strida no geste em relago as pequenos Est pos estranhos a grande formacao estatal, que, a0 nig se pverativa, procara marginalizél0s, Continyange a ¢ hostil. Portanto, a “sedentarizacior go. 2s. fal que a dos ocidentais, € acaba nag i Amey, ecem como COT Prmillos 8 sua estrucurs jos como um elemento estranho oe ¢ muito mais difell € pares ; do. aa de tribo para Esta a mudanga de stado. vemn externa ‘Uma segunda variate € sdentificada na margem externa do Crescente Fg Jongo da cordilheira dos Zagros & do planalto arménio. Aqui ainda nao ha ( ngo i A . : ogo Fe mifenio) uma movimentagso expressiva de populagio, mas os p Se apomesam 3 Se formas estatais mais estaveis. Isto se dé ages imperiais da Assiria, do Elam € da Babildnia, mas assu do periodo do Ferro, ce sea, que comam o nome da um pov Ow de uma regio, e que embasam sua int riedade interna em lagos de sangue, de lingua € de religiio. Apesar dea documentaig relativa as regides montanhosas ser menos expressiva que a dos planaltos semiéridos lois processos Sao paralelos, € desembocam na constituicao de entidade; parece que os d esemboc arvais de base tribal ¢ na superacao da marginalizagao que haviam sofrido durante perfodo do Bronze. Tina tercvira variante é a organizagao politica dos povos recém-chegidos na fra Sua natureza de alégenos em relacéo & populagio preexistente religiio e origem como fatores determi: permant til, x hag Mm Fins de OVS monts. também ery at i Spa UMA Mo. com a formagio de entidades “nacionais™ de , ase comes sanizar em inheses comes org: reagio 3s agre' dalidade tipica do Oriente Proximo. destaca os caracteres “nacionais” de lingua, Um exemplo € 0 dos filisteus, que apesar de antes para a pertenga 4 entidade politica. terem caracteristicas de Estados urbanos, de modelo cananeu, continuam se identifi cando como povo, € como povo estrangeiro, recém-chegado, e que fala outra lingua. Algo semelhante pode ter aconrecido na Anatélia com a chegada dos frgios Prem ¢ preciso fazer duas observages: a primeira é que a documentagio disponivel sabres esrrutura politica dos fr/gios nao é imediatamente posterior & crise do século XI, mas aparece mais tarde. ‘A segunda observacio & que a érea ocupada pelos frigios € muito mais extens ¢ espalhada (aproximadamente, todo o centro € noroeste da Anatélia), de modo que sua relacio com os habitantes anteriores no foi muito simples nem univoca, resultando em diferentes formas e graus de assimilagao. © fato é que, também na Anatslia P52 cee neal do periodo do Bronze, desaparecem os Estados urbanos, ¢ surgem entidades on nacionais’ definidas com nomes de povos:frigios,lidios,cdtios, Ticiosevstios nas Neng econ en nio,sewando os fgios no nove uma analise dos restos linguisticos do Poa € ciios uma continuidade mais ou mene dinees reconhecendo entre 0s 10% milénio, Porém, as antigas comonid dese sireta com ax povos (luvits) de wi de Contato ¢ assimilagio que nao podem es € 08 novos grupos passaram por proceso Portamto,osurgimentode fatoreentiic we nee fator gentilico de origem tribal modificou radicalme™ teo tipo de Estado do inici ‘ado do inicio do periodo do Ferro. O Estado do perfodo do prone rvaart “ ee #Akharon 5 a a Ashdod Gar /, O JUDA Ascalona y 7 "oe . . . / SIME AO, 0 . . Feotapetes tibstera 8 Ptsto da cetiumuca talsteta Nea de asentamentis das tribos eatltat x thsteuse sracltas na Palestina iséculs 8 97 MAN ASSES, Gave BENJAMIN, — 0 Primeiro Pertodo do Ferro ~ um Estado te Jacio”. Nos Es ing i s seu redo, € casos eventuais de pastores EXterMOs; € Ente 05 meme ina e 0s “livres”. A pertenga ao Estado, por sua vez, rritorial, em que todos 05 habitantes era stiditos controlady stalostertitorais havia uma distingdo entre cidades palaians sala, icolas MEMO day AO depende 4 lo outro era dfn a identidade das comungh i ganizagio palaci lingua, da relig n nia ente um E relagdes de forga, pela capacidade tributdria, € nao pe adas de um lado ou de outro da mesma. $6 se pode falar de uma conscién es mais amplas (“os egipcios”, “os asstios" ‘oe da origem. A fronteira entre um E tado € outro e1 dade situ Kia de identidade “nacional” nas forma as (4 mas ae identificagio nio se opde a outros povos em pé de igualdade, mas a todo 0 mundo & Ses entre um povo central formado por terno, desembocando em contraposi ] “homens ¢ uma periferia formada por sub-humanos. O Estado “nacional” do period do Ferny assume como critério de pertenga a descendéncia de um antepassado comum, ou sy a parentela entre os membros atuais. E claro que descendéncia € parentela podem ser artificialmente definidas, porém, isso demonstra que € 0 cédigo gentilico que rege as relages politicas. A identidade nacional dé menos importancia & posse de uma deter minada drea ou territdrio (0 povo podia até migrar) que & proximidade da lingua, da religiao (um deus tribal que se tornar4 nacional), dos costumes, dos modos de vestir, dos tabus alimentares, e assim por diante. Dentro do Estado nacional, as distingies de assentamento e de modos de vida entre membros da populago urbana, camponess, pastores, € também entre dependentes reais e livres, deixam de ser importantes, dato que os vinculos administrativos e fiscais estio momentaneamente enfraquecidos. OEs tado palaciano, administrativo, fiscal, resultado tipico da primeira e segunda urbaniza Gao, € substituido por um Estado gentilico que retoma certos valores claramente prt -urbanos, ou melhor, periurbanos. Um exemplo disso & 0 caso da organizagio militar ° exército do periodo do Bronze era composto de especialistas e obrigados & comeits° exército do primeiro periodo do Ferro € um “povo em armas” que se mobiliza pore™ tusiasmo, por uma decisio auténoma dos grupos gentilicos reunidos em assemble © nao por imposigao administrativa 7 ian eee ti F . Seus chefes “carismaticos”, uma vez passado 0 Pe 80, voltam as suas ocupagdes.

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