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Trabalho de Desenvolvimento III

Análise/argumentação sobre o filme: “O que os homens falam” Espanha 2012.

Crises. Dicotomias entre o plano de vida e a vida de fato. Balanço entre o que se está
experimentando e a insatisfação que isso traz à nossa intimidade profunda, nosso âmago. A
repetição de ações cujos conceitos foram enraizados pelas crenças, educação e gênese do meio em
detrimento da bússola intima que deixamos de seguir em detrimento aos conselhos aceitos por
serem mais fáceis concordar ou cuja prática exigia menor esforço.

Saturação. No meio do caminho, embora sem ser regra o tempo cronológico, geralmente fruto de
perdas e situações que acontecem mesmo que não queiramos conscientemente, exigindo uma
parada em nossa rotina, fazendo-nos pensar sobre o que realmente estamos fazendo de nossa
existência ou a saturação se instala quando os resultados obtidos são insatisfatórios causando
desconforto que se manifesta na perda de apetite na vida, apatia, baixa estima, depressão ou vazio
existencial.

Estrutura. Nossas possibilidades de superação estão ligadas às experiências pessoais e a


capacidade de enfrentarmos as dificuldades. Os meios e as ferramentas estariam ao nosso alcance
e talvez a vitimização entre outras defesas do ego oriundas da estruturas internas, possam
complicar mais as coisas quando o tempo entre inicio da crise e seu termino não acontecem num
espaço curto de tempo, esperado em cada caso.

Profissionais. Entre os recursos disponíveis, profissionais qualificados para servirem de apoio


entre uma fase e outra de nossa existência. Porem ainda que sejam procurados, as catarses iniciam
com aqueles que confiamos e conhecemos, mesmo que superficialmente. O elo para confidenciar
aquilo que nos atormenta, inspirando deixar de lado as defesas é a confiança e a conjunção de dois
fatores: local e sentimentos propícios para serem divididos e compartilhados, gerando alívio.

Dúvida. As escolhas feitas no passado e suas consequências versus a fantasia de melhores


resultados ou a ausência de dissabores caso tivéssemos escolhido outro caminho. Nesta fase de
arrependimento é um erro pensar que seria possível parar o tempo e fazer tudo retroagir ao
momento da escolha, esquecendo que a vida dos envolvidos também se modifica e por esse
motivo, será impossíveis reviver o passado ou retornar ao momento da encruzilhada. Nossas
escolhas geram repercussões ao nosso redor e somos responsáveis por isso. Mais difíceis e
impossíveis serão retornar ao ponto de partida, quanto maior for o tempo entre a decisão e o
arrependimento.

Crises. Não há como passar uma vida sem tê-las. Não uma, mas várias. De preferência não as
mesmas. Haverá duas formas de experimentá-las. A forma mais inteligente são as autoprovocadas,
conscientes por sabermos percebê-las, por que entendemos fazer parte do script da vida: social,
profissional, familiar, relacional. E enfrentá-las. Outra forma mais imatura, cujo processo só nos
damos conta quando já estão consolidadas as posições ou oposições. Quando os antagonismos e a
própria crise já envolve todo o ser que se percebe no olho do furacão, sem tempo para plano dois,
cogitar hipóteses ou soluções resultado de ações pró-ativas. Em ambos os casos, inevitáveis são as
transformações que elas provocam e na qual desejamos sobreviver.

Questão. O autoenfrentamento, a busca de entendimento quanto às imaturidades que geraram a


crise, a capacidade de perdoar a si e aos envolvidos, a racionalização dos fatos, a superação: são
estruturas psíquicas utilizadas para quem já tem certa caminhada ou experiência?

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