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TEATRO – PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO DE CRISTO

A história que vamos narrar aconteceu há quase 2000 ano para trás.
Deus enviou seu filho para salvar a humanidade do pecado e Jesus deu sua vida para remissão
dos nossos pecados. Por isso, hoje, mais do que assistir essa história, é preciso que cada um de nós
reflita sobre os ensinamentos e o sacrifício que Jesus fez por nós.
Jesus pregou a paz e o amor ao próximo. E ainda sim foi crucificado. Quantas vezes nós com
nossos pecados não acrescentamos mais um espinho na sua coroa? Mais uma martelada aos cravos
que rasgaram sua carne?
É preciso seguir sempre o ensinamento de Jesus e não esquecer que somente através dele se
vai ao pai. É preciso não esquecer do sacrifício que Jesus fez por nós na cruz.
Vamos então refletir sobre a dor de Jesus para que possamos renascer para ele e junto com ele
na páscoa.
Estamos em Jerusalém na época da páscoa. Jesus sabia que essa seria sua última Páscoa. Por
isso, reuniu-se com os discípulos para a última ceia e disse Jesus:
_ Em verdade vos digo porque um de voz que come comigo há de me trair.
Os discípulos se entristeceram e começaram a perguntar um após o outro:
_Sou eu?
_Sou eu?
_Sou eu?
E Jesus respondeu:
_ Um de vocês me trairá.
Depois Jesus tomou pão, o abençoou, o partiu e deu a seus discípulos dizendo:
_ Tomai e comei todos vós. Isso é o meu corpo que é dado por voz.
Depois Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças e o deu a seus discípulos dizendo:
_Tomai e bebei todos vós. Esse é o meu sangue que será derramado para o perdão dos
pecados. Façam isso para se lembrarem de mim.
Depois disso Jesus foi para um Jardim no Monte das Oliveiras. Lá chegando,disse aos seus
discípulos:
_Orai para teres força contra a tentação.
Jesus se afastou do grupo, indo mais para o fundo do jardim. Se ajoelhou e orou:
_Pai se for possível afasta de mim esse cálice de sofrimentos. Porém, não seja como eu quero,
mas como tu quis. Seja feito a tua vontade.
Jesus voltou para perto dos seus discípulos. Nesse momento, chegou Judas Iscariote, trazendo
guardas armados para prenderem Jesus.
Jesus sabia de tudo que ia acontecer com ele. Então, Judas se aproximou de Jesus e foi
lhe dar um beijo de saudação:
_Judas é com este beijo que eis me trair?
Jesus disse aos guardas:
_Se é a mim que procurais, deixais que estes se retirem.
E assim se realizou o que Jesus tinha dito: “Não perdi nenhum daqueles que me
confiaste.
Depois Jesus disse:
_Vinde armados de espada para me prender. Eu estive no meio de vós, dia após dia.
Eu falei às claras para o mundo, dentro do templo, onde todos se reúnem. Por que não usam
_____para me prender, quando eu estava no meio de vós? Mas essa é a vossa hora. É a hora
do poder das trevas.
Os guardas, então, prenderam Jesus que foi levado a Pôncio Pilates, governador
romano.
Os chefes do povo, fizeram muitas acusações falsas a Jesus:
_Ele está revoltando o povo!
_Ele diz que é o Salvador do povo!
_Ele diz que é rei o povo!
Ouvindo isso, Pilates perguntou a Jesus:
_Tu és o rei dos judeus?
_Está dizendo isso por ti mesmo ou os outros te disseram de mim?
_Por acaso seus judeus, o teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. O
fizestes?
Mas Jesus ficou em silêncio, de maneira que Pilatos se admirou e perguntou
novamente: _Tu és o rei de judeus?
_O meu Reino não é deste mundo. Se meu reino foste desse mundo, os meus guardas
lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não daqui.
_ Então, tu és rei?
_Tu dizes: “eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar o testemunho da
verdade. Tudo aquele que é na verdade ouve a minha voz.
Pilatos parou por um momento, pensando naquelas palavras. Depois perguntou a
Jesus:
_ Verdade? O que é a verdade?
Mas não esperou resposta. Retirou e foi falar com os judeus:
_Não encontro nenhuma culpa neste homem, mas existe entre vós um costume, que
durante a páscoa eu solte um preso. Assim, querem que eu solte o rei dos judeus?
Então, os judeus começaram a gritar:
_ Jesus, não! Solte Barrabás! Solte Barrabás!
Barrabás era um bandido, mas para atender aos judeus, Pilatos soltou Barrabás e
mandou flagelar Jesus.
Os soldados chicotearam Jesus, depois fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram
na cabeça de Jesus, zombando de Jesus.
Um soldado dizia: “_ Toma a tua coroa, ó rei do judeus!”
A coroa de espinhos feriu a cabeça de Jesus. Puzeram-lhe um manto vermelho
caçoavam dele: “_Viva o rei dos judeus!” E lhe davam bofetadas.
Pilatos saiu novamente e disse aos judeus:
_Olhai! Eu o trago aqui fora para que saibais que não encontro nele crime algum.
Quando viram Jesus os judeus começaram a gritar:
_Mas não encontro nele crime algum!
_Todo aquele que se diz rei, se declara contra César!
Pilatos, então, fez um sinal para um dos guardas, que lhe trouxesse uma vasilha com
água. Lavou a mão, enxugou-a e disse:
_ Que recaia sobre vossos ombros o peso dessa morte.
_Crussifica-o! Crussifica-o!
Pilatos entregou Jesus para ser crucificado e os soldados o vestiram com suas próprias
vestes e o levaram.
Os soldados o fizeram carregar a cruz por toda a cidade até o Monte Gócota, onde
Jesus seria crucificado.
Jesus tropeça e cai pela primeira vez, batendo o joelho esquerdo com força no piso
ferindo-o, por causa do peso da cruz.
Os soldados que acompanhavam o Jesus o chicotearam para força-lo a se levantar e
continuar sua caminhada.
No meio do caminho, coberto de feridas e sangue, ele viu, Maria, sua mãe , que
chorava ao ver toda a maldade que faziam com ele.
Outra vez, os soldados o chicotearam. Jesus voltou a andar, mas já fraco, pela falta de
alimentação e pelos maus tratos, caiu pela segunda vez.
Verônica se aproxima de Jesus e limpa seu rosto com um pano.
Os soldados perceberam que Jesus já estava sucumbindo. Então, obrigaram Sirineu a
carregar a cruz para ele.
Jesus sobre o Morro do Calvário e lá chegando cai pela terceira vez.
As santas mulheres, incluindo Maria, sua mãe, observavam tudo, cheias de pesar e
dor.
Jesus, agora, permanece caído no chão.
Sirineu deixa a cruz ao lado de Jesus e se afasta.
Primeiro os soldados crucificaram os dois ladrões, depois vieram até Jesus o despiram
de suas vestes e o deitaram sobre a cruz. Pregaram primeiro a mão direita com um cravo de
ferro e o sangue santo do senhor jorrou. Depois fizeram o mesmo com a mão esquerda.
Não contentes com tudo isso, os soldados ainda fixaram os dois pés de Jesus com um
único cravo. O sangue de Jesus, escorria e manchava madeira da cruz. Depois levantaram a
cruz.
Maria Madalena se aproxima da cruz, se ajoelha e beija os pés de Jesus.
Os soldados romanos prenderam Jesus a cruz. Jesus é crucificado entre dois ladrões e
os judeus passavam e diziam:
_Tu não era o rei dos judeus? Então, salve-se!
_Se és filho de Deus, desce da cruz! Salvou os outros e não pode salvar-se?
_ Se és rei de Israel desce da cruz e nós acreditamos em ti.
E também um dos ladrões disse:
_ Se tu és Cristo salva-te a ti mesmo e a nós!
Porém, o outro ladrão o repreendeu:
_Tu, nem agora temes a Deus, estando na mesma condenação? Nós recebemos o
castigo que nossos feitos mereciam, mas este homem não fez mal nenhum.
E olhando para Jesus o bom ladrão falou:
_Senhor, lembre-se de mim quando estiveres em teu reino!
_Eu prometo, hoje mesmo estará comigo no paraíso.
Indiferente ao sofrimento de Jesus, os soldados repartiram suas roupas, pegaram as
vestes de Jesus e a repartiram em quatro partes.
Uma para cada um deles. No entanto, a túnica era inteiriça e eles jogaram a sorte para ver
quem ficava com o manto sagrado.
As dores de Jesus aumentaram dramaticamente. Seu esforço para respirar era enorme. Mesmo
sofrendo na cruz, Jesus olhou para o céu e perdoou a todos dizendo:
_Pai, perdoa-os! Eles não sabem o que fazem!
Jesus havia perdoado aquelas pessoas que lhe faziam tanto mal, mesmo agonizando na cruz.
Então, ele disse:
_Tenho sede.
Um dos guardas fixou uma esposa na ponta de sua lança, molhou no vinagre e levou até os
lábios de Jesus. Jesus não aceitou. Jesus ainda sofreu por mais algum tempo e antes de morrer disse:
_Pai, em tuas mãos entrego meu espírito!
Inclinando a cabeça para frente, morreu.
Houve trevas por toda a terra, escurecendo-se o sol. A terra tremeu. Muitos túmulos se
abriram, dos quais ressuscitaram os corpos dos justos e o véu do templo rasgou-se no meio.
Ao ver tudo isso, um centurião exclamou:
_Esse homem era mesmo filho de Deus!
Logo seria páscoa e Pilatos não queria ver ninguém crucificado na comemoração. Por isso,
mandou quebrar as pernas dos condenados, para acelerar a morte.
Chegando ao Gólgota, os soldados viram que os dois ladrões ainda estava vivos, por isso,
quebraram-lhes as pernas com uma barra de ferro. Quando chegaram a Jesus viram que ele estava
morto.
E assim se cumpria o que estava escrito. Nenhum osso do seu corpo será quebrado.
Para ter certeza da morte de Jesus, o centurião enfiou uma lança na altura do seu coração e
então mais sangue jorrou do corpo de Jesus.
Jesus foi retirado da Cruz, por José de Arimateia, com a ajuda de alguns discípulos e das
santas mulheres.
Ao ver o corpo do filho profanado, injuriado, Maria chorou amargamente.
José de Arimateia possuía um túmulo novo e encravado na rocha, perto do calvário. E foi nele
que colocaram o corpo de Jesus.
No dia seguinte, os sacerdotes judeus foram pedir a Pilates que colocassem guardas à frente
do túmulo de Jesus. Eles temiam que os discípulos tirassem o corpo de Jesus do Sepulcro e
dissessem que Jesus havia ressuscitado.
Assim, Pilatos enviou três guardas para vigiarem o túmulo.
Ei que um anjo do senhor desceu do céu e removeu a pedra do sepulcro, causando um grande
terremoto.
Os soldados ficaram muito assustados e caíram ao chão como mortos. Na manhã no terceiro
dia, Maria Madalena e Maria foram até o túmulo e acharam a pedra revolvida do sepulcro, e olhando
não acharam o corpo do senhor Jesus.
E eis que um anjo do senhor se aproximou e disse:
_Por que buscai o vivente entre o mortos? Ele não está aqui, mas ele ressuscitou.
As mulheres foram contar aos outros tudo que viram e ouviram.
_ E eis que estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.

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