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A Via Sacra é o momento em que contemplamos o percurso feito por Jesus Cristo desde a
sua condenação por Pilatos até a sua crucificação, morte e sepultamento.
(Neste momento entra jesus sendo guiado pelos soldados até Pilatos enquanto uma
multidão grita pedindo a sua crucificação)
Pilatos: Fez com que lhe trouxessem água, lavou as mãos diante do povo e disse: “Sou
inocente do sangue deste homem. Isto é lá convosco!
Povo:
( Crucifica-o) GRITANDO pedindo que Jesus fosse crucificado.
Pilatos: Todos os anos nesta época eu liberto um prisioneiro. (Manda o soldado trazer
Barrabás) Está aqui Barrabás e JESUS o Nazareno, quem vocês querem que eu liberte?
Narração: Libertou então Barrabás, mandou açoitar Jesus e lho entregou para ser
crucificado (Mt 27, 24-26).
Após este momento, os soldados levam Jesus, zombam dele e colocam-no uma coroa
de espinhos perfurando sua cabeça fazendo sangrar.
Narração: Os soldados entregam a cruz para que Jesus possa levar até o calvário.
Ele próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção ao lugar chamado
Calvário, em hebraico Gólgota (Jo 19, 17). Em verdade, Ele tomou sobre si nossas
enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos (Is 53, 4).
Jamais um romano poderia ser condenado à morte de crucifixão, por ser a cruz o
símbolo máximo da desonra, reservada aos piores criminosos. Mas o sinal da vergonha
por excelência foi abraçado por Jesus, “Ele próprio carregava a sua cruz...”
Narração: Mas Ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas
iniquidades. O castigo que nos salva pesou sobre Ele, e fomos curados graças às suas
chagas (Is 53, 5).
(Enquanto Jesus caminha, os soldados batem nele, a multidão que o segue e o cerca
continua a insulta-lo e xinga-lo)
Narração: Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: “Eis que este Menino está
destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em
Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os
pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma (Lc 2, 34-35).
Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração” (Lc 2, 51).
Maria: Caminha no meio da multidão e vai até o encontro de Jesus tentando conforta-
lo, João que está com ela a segue tentando faze-la voltar, até que o olhar de Maria e
Jesus se encontram, ela tenta o alcançar e o abraçar mas um soldado a empurra.
João: Segura Maria para que ela não caia e a retira do meio da multidão.
Jesus: Continua caminhando mesmo fraco, quase caindo, mas consegue se sustentar e
se manter firme, mas para tentando recuperar suas forças.
Narração: Passava por ali certo homem de Cirene, chamado Simão, que vinha do
campo, pai de Alexandre e de Rufo, e obrigaram--no que Lhe levasse a cruz (Mc 15,
20-21).
Os soldados romanos receiam que o Divino condenado venha a morrer, antes mesmo
de chegar ao Gólgota. É urgente encontrar alguém que O auxilie a terminar o percurso.
Simão: (Mesmo com medo se nega a mudar) - Não, não irei ajudá-lo, não posso,
preciso seguir meu caminho.
(Tenta fugir)
Simão: Certo, eu ajudo... Mas saibam que eu não tenho culpa do que estão fazendo a
este homem.
Simão: Vai até Jesus, olha-o nos olhos, o pega pelos braços auxiliando a levar a cruz.
VI ESTAÇÃO: Verônica enxuga o rosto de Jesus.
Verônica: Após enxugar o rosto de Jesus de forma piedosa, olha para o pano e se
espanta com a imagem de sua face no pano.
Soldado: Empurra Verônica a afastando mandando que ela saiu de perto de Jesus.
Verônica: Sai em meio a multidão dizendo: Olhem, vejam, o rosto do meu senhor.
Narração: Seguiam uma grande multidão de povo e de mulheres, que batiam no peito
e O lamentavam.
Mulheres: Choram lamentando todo o sofrimento de Jesus.
(Olha para as mulheres que estão a chorar e de forma humilde e piedosa as consola)
Jesus: Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e
sobre vossos filhos.
Narração: Mas aprouve ao Senhor esmagá--Lo pelo sofrimento (Is. 53, 3). Também
Cristo padeceu por vós, deixando--Vos exemplo para que sigais os Seus passos.
Carregou os nossos pecados em Seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos
nossos pecados, vivamos para a justiça (I Pe 2, 21, 24).
Simão: Mais uma vez ajuda Jesus a se levantar colocando a cruz sobre seus ombros.
(Chegando ao lugar onde será crucificado, Cirineu é descartado pelos soldados, Jesus
fica de joelhos com a cruz ao seu lado e os soldados tiram suas vestes)
Narração: Tomaram as Suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada
soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura. Disseram,
pois, uns aos outros: “Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela para ver de
quem será”. Assim se cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e
deitaram sorte sobre a minha túnica (Jo 19, 23-24).
Crucificado! Aquela mesma cruz que tanto Lhe pesara sobre os ombros seria o Seu
instrumento de morte. Os braços? Abertos, para atrair a Si a humanidade inteira,
conforme afirma S. João Crisóstomo. Já em estado pré--agônico, enormes cravos
perfuram as Suas sagradas mãos e divinos pés, levando Jesus a contorcer--Se de dor.
Narração: Um dos ladrões que foi crucificado reconheceu que ele era como uma ovelha que
tinha perdido o rumo e seguido seu próprio caminho.
Ladrão (Dimas): Cala-te, nem ao menos temes a Deus? Nós na verdade, com justiça,
recebemos o castigo que os nossos atos mereceram; mas este homem, que mal ele
fez? “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino”.
Jesus: Olhando para Dimas diz: Te digo que ainda hoje estarás comigo no paraíso.
Narração: Perto da cruz de Jesus estavam de pé a sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria
de Cléofas e Maria Madalena e João, seu discípulo amado.
Maria: Em pé, olhando para Jesus diz: Meu filho, o que fizeram com meu filho?
Jesus: Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse a sua
mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
Depois disse ao Discípulo: Eis aí a tua mãe!
Jesus: Olhando para o céu, exclama: Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonastes?
Narração: Naquele momento, Ele teve que pisar na vinha sozinho. Nenhuma resposta.
Nenhum anjo. Sozinho.
Narração: Uma esponja embebida em vinagre foi erguida à Sua boca. Jesus a recebeu
e proferiu Sua última declaração na mortalidade.
Soldado: Pega uma esponja cheia de vinagre em uma lança e leva até a boca de Jesus.
Narração: A Expiação perfeita tinha sido realizada! Seu sofrimento pelos pecados do
mundo estava completo. Poderia haver um momento mais glorioso em toda a
eternidade?
Jesus: Olhando para o céu diz: Pai, em tuas mãos entrego meu espírito!
(Dá um suspiro, abaixa a cabeça e morre)
(Sons de trovão)
Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro que com Ele foram
crucificados. Chegando porém, a Jesus, como O vissem já morto, não Lhe quebraram
as pernas, mas um dos soldados abriu--Lhe o lado com uma lança e imediatamente
saiu sangue e água (Jo 19, 30; 32-34).
Soldado que perfura o coração de Jesus: Ao ver o sangue e água molhar seu rosto, se converte
ajoelhando-se.
Narração: Do seu lado “saiu sangue e água”, que simbolizam os Sacramentos da Igreja,
indispensáveis para nossa salvação. São João emprega o verbo “abrir” para significar a
abertura da porta da qual nasceria a Santa Igreja.
Narração: Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, mas ocultamente, por
medo dos judeus, rogou a Pilatos a autorização para tirar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu.
Foi, pois, e tirou o corpo de Jesus. Acompanhou--o Nicodemos (aquele que anteriormente fora
de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés. Tomaram o
corpo de Jesus e O envolveram em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar
(Jo 19, 38-40).
José de Arimatéia: Com a ajuda de outro homem retira o corpo de Jesus da Cruz.
Maria: Próxima da Cruz quis ter um momento com seu filho, já sem vida foi colocado sobre
seu colo por alguns instantes.
José de Arimatéia: Tira Jesus do colo de Maria, enrola-o em um tecido branco e o leva dali
para ser enterrado.
José de Arimatéia: Tira Jesus do colo de Maria, enrola-o em um tecido branco e o leva dali
para ser enterrado.
Narração: No lugar em que Ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo,
em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação
dos judeus e da proximidade do túmulo. Depois (José de Arimatéia) rolou uma grande pedra à
entrada do sepulcro e foi-se embora. Maria Madalena e a outra Maria ficaram lá, sentadas
defronte do túmulo (Jo 19, 41-42; Mt 27, 60-61).
Uma grande pedra nos separa, neste momento, do Corpo Sagrado de Jesus. Quem tivesse Fé,
poderia adorar a Jesus em Corpo e Divindade presente no Sepulcro, e dEle se beneficiar,
recebendo graças concedidas diretamente pelo Salvador. Esse foi o grande consolo das Santas
Mulheres.
Jesus: Daniel?
Maria: Fernanda?
João: ???
Pilatos: ???
Verônica: Natália?
Soldados: 4 Homens???
Ladrões: 2 Homens???
Povo: ???