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QUESTÃO 1

_20_1FUV_1F_MAT_JR_L1_Q1
Uma famosa loja de doces de uma cidade turística no
interior de São Paulo vende dois tipos de produto: sorvete
e chocolate. Após um mapeamento estratégico da empresa,
fez-se um levantamento das vendas mensais de sorvete e
de chocolate realizadas durante o período de um ano, de
novembro a outubro. Esse levantamento está apresentado
no gráfico a seguir. Considere que cada venda contabilizada
corresponde a apenas um tipo de produto, ou seja, não há
vendas em que tanto chocolate como sorvete tenham sido
adquiridos ao mesmo tempo pelo mesmo cliente nessa loja.
Número
de vendas

15 000

5 600
2 800

Mês
v.

o.
.

n.

n.

l.
.

t.

.
.
r.
o
ov

ar
ez

ut
Ju

Se
Ab

ai
Fe

Ag
Ja

Ju

O
M
N
D

Chocolate Sorvete

Com relação ao chocolate, os números de vendas mensais


de fevereiro a abril e de agosto a outubro são idênticos e
correspondem à média entre os números mensais máximo
e mínimo de vendas de chocolate verificados no decorrer
dos doze meses analisados. Já em relação ao sorvete, os
números de vendas mensais de fevereiro a abril e de agosto
a outubro também são idênticos e correspondem a 50% do
número mensal máximo de vendas de sorvete, enquanto o
número mensal mínimo de vendas de sorvete corresponde
a 25% do número mensal máximo de vendas desse produto.
Além disso, sabe-se que, de novembro a outubro, o valor
médio pago pelos clientes na compra de chocolates foi de
R$ 12,00 e, na compra de sorvetes, R$ 18,00.

Qual é o faturamento anual da loja para o período analisado?

(A) R$ 2 424 600,00


(B) R$ 2 628 900,00
(C) R$ 2 729 700,00
(D) R$ 3 236 400,00
(E) R$ 3 636 900,00

Gabarito: B

Para a venda de chocolates, chamando de x o número


mensal máximo de vendas do produto, verificado de maio
a julho, tem-se:
2 800 + x
5 600 = ⇒ x = 8 400
2
Assim, foram feitas 8 400 vendas de chocolate por mês no
período de maio a julho. Logo, ao longo dos doze meses
analisados, o número total de vendas de chocolate foi de
2 800 ⋅ 3 + 5 600 ⋅ 6 + 8 400 ⋅ 3 = 67 200.
Para a venda de sorvetes, como o número mensal máximo de
vendas do produto foi de 15 000, tem-se que, de fevereiro a
abril e de agosto a outubro, os números de vendas mensais
foram iguais a 15 000 ⋅ 0,5 = 7 500 e que, de maio a julho,
eles foram iguais a 15 000 ⋅ 0,25 = 3 750. Logo, ao longo
dos doze meses analisados, o número total de vendas de
sorvete foi de 15 000 ⋅ 3 + 7 500 ⋅ 6 + 3 750 ⋅ 3 = 101 250.
Portanto, o faturamento anual da loja para o período
analisado é de 101 250 ⋅ R$ 18,00 + 67 200 ⋅ R$ 12,00 =
= R$ 2 628 900,00.
QUESTÃO 2
_20_1FUV_1F_MAT_JR_L1_Q6
A respeito de potenciação e conjuntos númericos, foram
feitas as seguintes afirmações:
I. Quando um número irracional qualquer é elevado ao
quadrado, tem-se como resultado um número racional.
II. Considerando os números irracionais 3 4 , 4 2 , 5 16 e 6 8 ,
a ordem crescente correta é 4 2 < 3 4 < 6 8 < 5 16 .
1
2 − −2 1
 1  1 2  1 −
III. Considerando as potências  −  ,   ,  e 2 2,
 2  2  2
a ordem crescente correta é:
1
12 − −2
 1 −  1 2  1

  < 2 2
<  <  .
2  2  2

É correto o que se afirma apenas em

(A) I. (D) I e III.


(B) II. (E) II e III.
(C) III.

Gabarito: C

Afirmação I: incorreta. Embora o quadrado de uma raiz


quadrada do tipo N, com N racional, resulte em um
número racional, essa afirmação não é válida para qualquer
número irracional. Como exemplo, basta considerar a raiz
cúbica 3 2 elevada ao quadrado, cujo resultado é 3 4 , que
também é um número irracional.
Afirmação II: incorreta. O mmc(3, 4, 5, 6) é igual a 60. Assim,
é possível passar todos os índices das raízes para esse
número para fazer a análise. Logo:
1 20
3
4 = 4 3 = 4 60 = 60 420 = 60 240
1 15
4
2 = 2 4 = 2 60 = 60 215
1 12
5
16 = 16 5 = 16 60 = 60 1612 = 60 248
1 10
6
8 = 8 6 = 8 60 = 60 810 = 60 230
Portanto, colocando em ordem crescente, tem-se:
4
2 < 6 8 < 3 4 < 5 16
Afirmação III: correta. Calculando-se todas as potências,
têm-se:
2
 1 1
 −  = = 0,25
2 4
1
− 1
 1 2
  = 2 2 = 2 ≅ 1, 4
2
−2
 1
  = 22 = 4
2
1

( 2) 2 1
− −1
2 2
= ≅ 0, 7 = =
2 2
Portanto, colocando em ordem crescente, tem-se:
1
1 2 − −2
 1 −  1 2  1

  < 2 2
<  < 
2  2  2
QUESTÃO 3
_20_1FUV_1F_MAT_RA_L1_Q6
A figura a seguir representa um trapézio retângulo ABCD de
bases AD e BC, cujo lado oblíquo AB mede 1. Nela, foram
 e ABC
traçadas as bissetrizes dos ângulos BAD  .
B

A
α

D E C
As bissetrizes traçadas interceptam-se no ponto E,
localizado na altura CD do trapézio, e os ângulos marcados
com medidas α e β na figura são tais que α = 60° e β = 30°.

Nessas condições, a soma das medidas das bases AD e BC


desse trapézio é igual a

1+ 3
(A) (D) 2
2
3
(B) (E) 1
2
(C) 1 + 3

Gabarito: E


Como os segmentos AE e BE são bissetrizes dos ângulos BAD

e ABC, respectivamente, e como α + β = 90°, obtém-se a
figura a seguir.
B

β
β

A
α
α

β α
D E C
No triângulo retângulo ABE, têm-se:
EB EB 3
sen(α) = ⇒ sen(60°) = ⇒ EB =
AB 1 2
AE AE 1
cos(α) = ⇒ cos(60°) = ⇒ AE =
AB 1 2
No triângulo retângulo BCE, tem-se:
BC  3  3 3
sen(α) = ⇒ BC = EB ⋅ sen(60°) ⇒ BC =   ⋅   ⇒ BC =
EB  2   2  4
No triângulo retângulo ADE, tem-se:
AD  1  1 1
cos(α) = ⇒ AD = AE ⋅ cos(60°) ⇒ AD =   ⋅   ⇒ AD =
AE  2  2 4
Portanto, a soma das medidas das bases AD e BC é dada por:
 1  3 4
AD + BC =   +   = = 1
 4  4 4
QUESTÃO 4
_20_1FUV_1F_MAT_JR_L1_Q2
No gráfico da figura a seguir apresentam-se as funções
f(x) = a ⋅ x + b e g(x) = c ⋅ x + d.
y

x
f(x)

g(x)

Assinale a alternativa que melhor representa os gráficos das


funções f'(x) = –d ⋅ x + c e g'(x) = b ⋅ x + a.

(A)
x

f'(x)

g'(x)

y
f'(x)

(B)
x

g'(x)

(C)
x
f'(x)

g'(x)

(D)
x

g'(x) f'(x)

(E)
x

g'(x)
f'(x)

Gabarito: C

Analisando o gráfico da função f(x) = a ⋅ x + b, nota-se que a


interseção da reta com o eixo y ocorre no semieixo positivo,
então b > 0. Já para o gráfico da função g(x) acontece o
oposto, ou seja, d < 0.
Analisando as inclinações das retas, como a inclinação de
g(x) é maior do que a de f(x), tem-se que c > a, pois essas
constantes são os coeficientes angulares das retas. Além
disso, como as duas funções são crescentes, conclui-se que
tanto c quanto a são coeficientes positivos.
Por fim, também é possível notar, com base na análise
gráfica das funções, que b > d , em razão das distâncias dos
pontos de interseção das retas com o eixo y até a origem do
sistema cartesiano.
Sendo assim, como –d e b são positivos, as funções f'(x) e
g'(x) também são crescentes, e a inclinação de g'(x) é maior
do que a de f'(x), por conta da relação b > d . Além disso,
como c > a, o ponto de encontro de f'(x) com o eixo y deve
estar localizado acima do ponto de encontro de g'(x) com
o eixo y, e ambos os pontos estão situados no semieixo
positivo.
QUESTÃO 5
_20_1FUV_1F_MAT_JR_L1_Q3
Um número N ímpar é divisível por 5 e por 9. Além disso,
esse número tem três algarismos distintos, e dois deles são
pares e um é ímpar.

Qual é o resto da divisão de N por 11?

(A) 1 (D) 8
(B) 5 (E) 9
(C) 7

Gabarito: E

Como N é divisível por 5, seu último algarismo só pode


ser 0 ou 5. Entretanto, ele também é ímpar, o que permite
concluir que o último algarismo é 5. Além disso, como N tem
três algarismos, ele pode ser representado por AB5.
O fato de N ser divisível por 9 faz com que, usando o critério
de divisibilidade por 9 (segundo o qual a soma dos algarismos
deve ser um múltiplo de 9), haja duas possibilidades:
A + B + 5 = 9 ou A + B + 5 = 18 (pois A + B é, no máximo, igual
a 9 + 8 = 17, valor que, somado a 5, não alcança o próximo
múltiplo de 9). Portanto, A + B = 4 ou A + B = 13. Sabe-se que
o resultado da soma de dois números pares é também um
número par; logo, como A e B são pares, a segunda equação
não satisfaz essa condição. Dessa forma, a seguinte tabela foi
elaborada com todos os pares de algarismos que satisfazem
a primeira equação, a fim de verificar quais possibilidades
são válidas.
A B Análise
0 4 Não é válido, pois N não pode começar com 0.
1 3 Não é válido, pois N teria dois algarismos ímpares.
2 2 Não é válido, pois os três algarismos devem ser distintos.
3 1 Não é válido, pois N teria dois algarismos ímpares.
4 0 Válido.

Portanto, N é o número 405, o qual, quando dividido por 11,


deixa resto 9.
QUESTÃO 6
_20_1FUV_1F_MAT_RA_L1_Q2
Uma clínica especializada em terapia de casais realizou
um levantamento a respeito do número de filhos de seus
clientes. Os resultados obtidos foram organizados no gráfico
a seguir.
10

9
8

7
Número de casais

6
5

4
3
2

0 1 2 3 4 5
Número de filhos

Considerando pais e filhos, o número total de pessoas às


quais esse gráfico faz referência é

(A) 92. (C) 72. (E) 54.


(B) 80. (D) 70.

Gabarito: B

A primeira coluna do gráfico indica 4 casais que não têm


filhos. Portanto, 4 ⋅ 2 + 4 ⋅ 0 = 8 pessoas.
A segunda coluna do gráfico indica 6 casais com filhos
únicos. Portanto, 6 ⋅ 2 + 6 ⋅ 1 = 18 pessoas.
A terceira coluna do gráfico indica 7 casais com 2 filhos cada.
Portanto, 7 ⋅ 2 + 7 ⋅ 2 = 28 pessoas.
A quarta coluna do gráfico indica 4 casais com 3 filhos cada.
Portanto, 4 ⋅ 2 + 4 ⋅ 3 = 20 pessoas.
A quinta coluna do gráfico indica 1 casal com 4 filhos.
Portanto, 1 ⋅ 2 + 1 ⋅ 4 = 6 pessoas.
Logo, considerando pais e filhos, o total de pessoas indicadas
no gráfico é: 8 + 18 + 28 + 20 + 6 = 80 pessoas.
QUESTÃO 7
_20_1FUV_1F_MAT_JR_L1_Q4
Um decágono regular ABCDEFGHIJ é inscrito em um
retângulo, conforme a figura a seguir.
A

J B

I C

H D

G E
x
F

A soma das medidas dos ângulos x e y vale

(A) 54°. (C) 67°. (E) 90°.


(B) 60°. (D) 75°.

Gabarito: A

Para o decágono regular, tem-se que a medida dos seus


ângulos internos é dada por:

ai =
(n − 2) ⋅ 180 = 8 ⋅ 180 = 144°
n 10
Para o vértice H, tem-se y + ai = 180°, e para o vértice F, pela
simetria, tem-se 2x + ai = 180°, conforme a figura a seguir.
A

J B

I C

ai
H D

y
ai
G E
x x
F
Como ai = 144°, têm-se:
y = 180° − 144° = 36°
180° − 144°
x= = 18°
2
A

J B

I C

144°
H D

36°

144°
G E
18° 18°
F
Portanto, y + x = 36° + 18° = 54°.
QUESTÃO 8
_20_1FUV_1F_MAT_JR_L1_Q5
Um retângulo ABCD, com diagonal AC, é tal que AB = 2BC.
Traçam-se, então, duas circunferências: uma de centro B e
BC
raio de medida AD, e outra de centro A e raio de medida .
2
A interseção da primeira circunferência (de centro B) com o
lado AB é representada pelo ponto N, enquanto a interseção
da segunda circunferência (de centro A) com o lado AB é
representada pelo ponto M. A medida do segmento MN é
1,5 cm.

Qual é a área do retângulo ABCD?

(A) 4,50 cm2 (D) 18,00 cm2


(B) 6,75 cm2 (E) 27,00 cm2
(C) 9,00 cm2

Gabarito: D

Nota-se que AB = CD e BC = AD. Considerando BC = x e


AB = 2x e utilizando as informações do enunciado, obtém-se
a seguinte figura.

x
A 2 1,5 cm x B
x M N
2
x

D C
Portanto, como AB = 2x, tem-se:
x x
+ 1, 5 + x = 2x ⇒ = 1, 5 ⇒ x = 3 cm
2 2
Assim, os lados do retângulo são iguais a 3 cm e 6 cm, e a
sua área vale 3 ⋅ 6 = 18 cm2.
QUESTÃO 9
_20_1FUV_1F_MAT_RA_L1_Q1
A cozinha de um restaurante conta com 40 ingredientes
distintos para a preparação dos pratos contidos em seu
cardápio. A respeito desses ingredientes, sabe-se que:
I. 24 são livres de açúcar;
II. 17 são livres de glúten;
III. 4 contêm traços de açúcar e de glúten.

Deseja-se criar um novo prato composto apenas de


ingredientes livres tanto de açúcar como de glúten. Assim,
considerando que o prato pode conter de 2 até todos
os ingredientes incluídos nessa condição, o número de
possibilidades para a escolha dos ingredientes que serão
utilizados é

(A) 31. (C) 26. (E) 5.


(B) 27. (D) 10.

Gabarito: C

Sendo A o conjunto dos ingredientes livres de açúcar e B o


conjunto dos ingredientes livres de glúten, pode-se montar
o seguinte diagrama de Venn–Euler:

24 – x x 17 – x

Os ingredientes que podem ser usados na preparação do


novo prato pertencem à interseção A ∩ B .
De acordo com o diagrama, sendo x o número de elementos
de A ∩ B , tem-se:
24 – x + x + 17 – x + 4 = 40 ⇒ x = 5
Portanto, há 5 ingredientes livres tanto de açúcar como de
glúten na cozinha do restaurante. Como o prato a ser criado
pode reunir de 2 a 5 ingredientes, cada possibilidade para
a escolha dos ingredientes a serem utilizados configura um
subconjunto de A ∩ B não vazio e não unitário. Logo:
• O número de subconjuntos de A ∩ B é 25 = 32.
• O número de subconjuntos vazios de A ∩ B é 1.
• O número de subconjuntos unitários de A ∩ B é 5.
Portanto, o número de possibilidades para essa escolha é
32 – 1 – 5 = 26.
QUESTÃO 10
_20_1FUV_1F_MAT_JR_L1_Q7
Em um programa de fidelidade com acúmulo de pontos,
a cada 5 reais gastos no cartão de crédito, 1 ponto é
acumulado. Um rapaz que possui 1 780 pontos acumulados
nesse programa decidiu fazer uma viagem e, para isso, ele
pretende usar todos os pontos acumulados para diárias
de hotel, que custam 330 pontos, e para diárias de carro,
que custam 240 pontos. Como a quantidade de pontos
que ele possui é insuficiente para ser totalmente esgotada
com a utilização desses serviços, o rapaz calculou o menor
valor que seria preciso gastar com o cartão de crédito para
acumular uma pontuação possível de ser zerada após a
utilização de diárias de carro e de hotel, em quantidades
não necessariamente iguais.

Qual foi o valor, em real, gasto pelo rapaz com o cartão de


crédito?

(A) 550 (C) 350 (E) 50


(B) 400 (D) 100

Gabarito: D

Caso o rapaz use apenas diárias de hotel, o menor número


múltiplo de 330 maior do que 1 780 é 6 ⋅ 330 = 1 980. Caso o
rapaz use apenas diárias de carro, o menor número múltiplo
de 240 maior do que 1 780 é 8 ⋅ 240 = 1 920. Se for utilizada
uma diária a mais em cada um desses casos, não haverá
a minimização necessária de acordo com o enunciado.
Assim, para tentar minimizar esses valores, deve-se fazer a
combinação de números menores para diárias de hotel e
de carro. Na tabela a seguir, optou-se por variar o número
de diárias de hotel e utilizar, para cada caso, o número de
diárias de carro necessário para ultrapassar a marca de
1 780 pontos.

Número de Número de Número total


diárias de hotel diárias de carro de pontos
6 0 1 980
5 1 1 890
4 2 1 800
3 4 1 950
2 5 1 860
1 7 2 010
0 8 1 920
É possível notar que, com 3 diárias de carro e 3 de hotel,
chega-se a 1 710 pontos. Além disso, com 6 diárias de carro
e 1 de hotel, chega-se a 1 770 pontos. Ambos os valores são
menores do que 1 780, e, com uma diária de carro a mais
em cada um deles, supera-se a marca de 1 800, que foi o
menor valor encontrado na terceira coluna da tabela.
Portanto, o rapaz deve ganhar mais 1 800 – 1 780 = 20
pontos para satisfazer a condição de minimização. Como
ele acumula 1 ponto a cada 5 reais gastos, ele deve gastar
100 reais no cartão de crédito.
QUESTÃO 11
_20_1FUV_1F_MAT_RA_L1_Q4
Na figura a seguir, o lado BC do retângulo ABCD está situado
sobre a reta suporte horizontal S. A partir dessa posição
inicial, o retângulo é rotacionado no sentido horário em
torno do vértice C, sem escorregar, até o lado CD ficar
alinhado com a reta suporte S.

A D

S
B C

Sabendo que AB = 42 cm e BC = 56 cm, considere os


comprimentos a e b, dados em centímetro, das trajetórias
percorridas pelos vértices A e B, respectivamente, durante o
movimento de rotação citado.

A diferença entre o maior e o menor desses dois


comprimentos, em centímetro, é igual a

(A) 9π. (D) 5π.


(B) 7π. (E) 3π.
(C) 6π.

Gabarito: B

De acordo com o enunciado, tem-se a seguinte figura:

B A

A D

S
B C D
Pela figura, percebe-se que o ponto B descreve um arco
com 90° de uma circunferência com centro em C e raio
BC = 56 cm. Convertendo a medida angular do arco para
radianos, tem-se que o seu comprimento b é dado por:
 π
b =   ⋅ 56 = 28π cm
 2
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retângulo
ABC, tem-se:
AC2 = AB2 + BC2 ⇒ AC2 = 422 + 562 ⇒
⇒ AC = 1 764 + 3 136 ⇒ AC = 70 cm
Pela figura, percebe-se que o ponto A descreve um arco
com 90° de uma circunferência com centro em C e raio
AC = 70 cm. Convertendo a medida angular do arco para
radianos, tem-se que o seu comprimento a é dado por:
 π
a =   ⋅ 70 = 35π cm
 2
Portanto, a diferença entre o maior e o menor comprimento
é igual a 35π – 28π = 7π cm.
QUESTÃO 12
_20_1FUV_1F_MAT_RA_L1_Q5
No triângulo isósceles ABC representado na figura, a
altura relativa à base AB será dividida em três segmentos
congruentes com o auxílio dos pontos D e E, de modo que
CD < CE. Considere AB = 6 e AC = BC = 3 2 .
C

A B

O seno do ângulo EÂB é igual a

10 3 13
(A) (D)
10 13
6− 3 2
(B) (E)
4 2
2 13
(C)
13

Gabarito: A

Como o triângulo ABC é isósceles, sua altura CM divide a


base AB em dois segmentos congruentes, de modo que:
6
AM = BM = = 3
2
C

3 2 3 2

A 3 M 3 B

Assim, no triângulo retângulo AMC, tem-se:


AM 3 2
cos(CÂM) = ⇒ cos(CÂM) = ⇒ cos(CÂM) = ⇒
AC 3 2 2
⇒ CÂM = 45°
CM CM
tg(CÂM) = ⇒ tg(45°) = ⇒ CM = 3
AM 3
Como a altura CM será dividida em três partes congruentes,
tem-se:
3
CD = DE = EM = = 1
3
Sendo θ a medida do ângulo EÂB, tem-se a seguinte figura:
C

1
D

1
E
1
θ
A B
3 M 3
Dessa forma, no triângulo retângulo AME, tem-se:
AE2 = AM2 + EM2 ⇒ AE2 = 32 + 12 ⇒ AE = 10
EM
Como sen(θ) = , tem-se:
AE
EM 1 10
sen(θ) = ⇒ sen(θ) = ⇒ sen(θ) =
AE 10 10
QUESTÃO 13
_20_1FUV_1F_MAT_JR_L1_Q8
Leia a tirinha a seguir, na qual três personagens podem ser
vistos à mesa do jantar: Peter, Jason e Paige.

AMEND, Bill. FoxTrot. Disponível em: <http://math.sfsu.edu>. (Adaptado)

Após a leitura da tirinha, considere que, na noite seguinte,


Paige decidiu participar da brincadeira, que seguiu o mesmo
padrão da tirinha, e começou dizendo “I can eat this dinner
in N bites.”, sendo sucedida por Jason e Peter, nessa ordem.
Para que Peter terminasse novamente dizendo “One bite.”,
um número N que Paige poderia ter dito ao começar a
brincadeira é

(A) 16.
(B) 17.
(C) 21.
(D) 23.
(E) 25.

Gabarito: C

Nota-se que, para que Peter termine dizendo “One bite.”,


o último número deve ser 1 e, antes disso, os números
devem ser 4, 7, 10 e assim por diante, uma vez que agora a
brincadeira conta com três participantes. Portanto, ele deve
dizer números da forma 3k + 1.
Nota-se ainda que, se Paige falar um número N, Jason falará
um número N – 1 e Peter, N – 2. Ou seja, o número da forma
N – 2 deve também ser da forma 3k + 1. Logo:
N – 2 = 3k + 1 ⇒ N = 3 ⋅ (k + 1) ⇒ N = 3k'
Portanto, como 21 é um número da forma 3k', pois 21 = 3 · 7,
Paige poderia ter dito 21 para que Peter terminasse dizendo
“One bite.”.
TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 14 A 16

Most of us could use more sleep. We feel it in our urge for


an extra cup of coffee and in a slipping cognitive grasp as a busy
day grinds on. And sleep has been strongly tied to our thinking,
sharpening it when we get enough and blunting it when we get
too little.
What produces these effects are familiar to neuroscientists:
external light and dark signals that help set our daily, or circadian,
rhythms, “clock” genes that act as internal timekeepers, and
neurons that signal to one another through connections called
synapses. But how these factors interact to freshen a brain once
we do sleep has remained enigmatic.
Findings published on October 10 in two papers in Science place
synapses at center stage. These nodes of neuronal communication,
researchers show, are where internal preparations for sleep and
the effects of our sleep-related behaviors converge. Cellular
timekeepers rhythmically prep areas around the synapses in
anticipation of building synaptic proteins during slumber. But the
new findings indicate neurons don’t end up building these critical
proteins in the absence of sleep.
The results suggest the brain is “getting prepared for
an event, but it doesn’t mean you actually follow through
on doing it,” says Robert Greene, a neuroscientist at the
University of Texas Southwestern Medical Center, who was
not involved in the study. Greene calls the studies “fascinating,”
saying they confirm a “long suspected” connection between
internal timekeeping and sleep behaviors.
WILLINGHAM, Emily. Scientific American, 10 out. 2019.
Disponível em: <https://www.scientificamerican.com>.
Acesso em: 5 out. 2019.

QUESTÃO 14
_20_1FUV_1F_ING_LZ_L1_Q1
Segundo o texto, as descobertas em relação ao sono publicadas
em outubro em dois artigos da revista Science tiveram como
motivação

(A) entender por que o ser humano sente necessidade de dormir


mais.
(B) estabelecer uma relação entre a qualidade do sono e o
pensamento.
(C) compreender o impacto do ciclo circadiano na produtividade
do ser humano.
(D) desvendar como o corpo humano é capaz de revigorar o
cérebro durante o sono.
(E) descobrir a influência dos sinais externos de luz e de escuridão
sobre o cérebro humano.

Gabarito: D

No segundo parágrafo do texto, apresentam-se os fenômenos


relacionados ao sono que já são conhecidos pelos neurocientistas.
Logo em seguida, há a frase: “But how these factors interact to
freshen a brain once we do sleep has remained enigmatic.”, o
que quer dizer que a maneira com a qual determinados fatores
interagem para revigorar o cérebro durante o sono ainda era um
enigma. Dessa forma, foi justamente essa a motivação para que o
estudo em questão fosse conduzido.
QUESTÃO 15
_20_1FUV_1F_ING_LZ_L1_Q2
Na frase “sharpening it when we get enough and blunting
it when we get too little.”, o pronome “it” se refere, na
primeira e na segunda ocorrência, ao

(A) sono.
(B) pensamento.
(C) pensamento e ao sono, respectivamente.
(D) sono e ao pensamento, respectivamente.
(E) consumo de café e ao sono, respectivamente.

Gabarito: B

No trecho “And sleep has been strongly tied to our thinking,


sharpening it when we get enough and blunting it when
we get too little.”, afirma-se que o sono foi fortemente
associado ao pensamento humano, aguçando-o quando
se dorme o suficiente e embotando-o quando se dorme
pouco. Aqui, é necessário perceber que, se o sono está
fortemente relacionado ao pensamento, aquele é que causa
efeitos neste. Portanto, o único referente possível para as
duas ocorrências do pronome “it” é “pensamento”.
QUESTÃO 16
_20_1FUV_1F_ING_LZ_L1_Q3
Segundo o texto, os estudos em questão concluíram que a
privação de sono

(A) altera o ciclo circadiano.


(B) dificulta a produtividade do ser humano.
(C) provoca uma deterioração de neurônios em nível crítico.
(D) aumenta consideravelmente a quantidade de proteínas
sinápticas.
(E) faz com que os neurônios não produzam proteínas
essenciais para o cérebro.

Gabarito: E

No terceiro parágrafo, a autora discorre sobre novas


descobertas acerca de um enigma que, até então,
permanecia sem resolução: como certos fatores biológicos
interagem para revigorar o cérebro durante o sono? Dentre
as descobertas, ressalta-se a sinapse como um ponto central
e, dentro desse processo, a produção de proteínas que são
essenciais para a revitalização do cérebro ao longo de uma
boa noite de sono. No entanto, a partir do momento em
que o indivíduo é privado do sono, essas proteínas não são
produzidas, como informa o trecho: “But the new findings
indicate neurons don’t end up building these critical proteins
in the absence of sleep.”.
TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 17 A 19

More than a month since oil started washing up on some


of Brazil’s most touristic beaches, dotting sand with black
patches, killing sea turtles and scaring off fishermen, the
origin of the crude is still a mystery.
“We don’t know the oil’s origin, where it came from or
how it got here,” Energy Minister Bento Albuquerque said at
an offshore exploration auction in Rio de Janeiro.
The crude probably leaked from a ship in the ocean,
he ventured, adding that it has characteristics similar to
Venezuelan heavy crude – which doesn’t mean it comes from
there. Venezuela’s state oil company categorically denied
having anything to do with the slick, saying there were
no reports of incidents at its facilities or from clients, nor
evidence of leaks that could have led to damages in Brazil.
The massive spill has already spread along the coasts of
all nine states in Brazil’s northeast. Over a dozen sea turtles
have been found dead, covered in crude, local newspaper
O Estado de S. Paulo reported. Some 800 baby turtles that
hatched were kept from going into the sea, the newspaper
said, citing Projeto Tamar, one of Brazil’s best-known wildlife
conservation projects.
The nation’s environmental agency said the oil found
on the beaches was not produced by Brazil, and that the
country’s Navy and federal police are investigating the spill.
LEITE, Julia. Time, 12 out. 2019. Disponível em:
<https://time.com>. Acesso em: 6 nov. 2019.

QUESTÃO 17
_20_1FUV_1F_ING_LZ_L1_Q7
Segundo o texto, a única resposta objetiva dada pelas
autoridades brasileiras sobre a causa do desastre ambiental
é que

(A) ele foi provocado por um vazamento de óleo em um


navio.
(B) o óleo não foi produzido pelo Brasil.
(C) ele foi resultado de um incidente com um navio
venezuelano.
(D) a mancha de óleo é originária da Venezuela.
(E) ele foi causado por um acidente em uma plataforma no
Brasil.

Gabarito: B

O texto indica, desde o início, que as autoridades pouco


sabem a respeito da causa do acidente. Isso fica evidente
na fala do ministro Albuquerque: “We don’t know the oil’s
origin, where it came from or how it got here”, ou seja, não
se sabe a origem do óleo, de onde veio e como chegou até as
praias nordestinas. A única resposta objetiva manifestada no
texto está no último parágrafo: “The nation’s environmental
agency said the oil found on the beaches was not produced
by Brazil”, o que significa que a agência ambiental brasileira
afirmou que o óleo não foi produzido pelo Brasil.
QUESTÃO 18
_20_1FUV_1F_ING_LZ_L1_Q8
No texto, a frase “which doesn’t mean it comes from there.”
indica

(A) reiteração de que a mancha de óleo foi provocada por


um navio venezuelano.
(B) explicação do porquê a mancha de óleo não é
proveniente da Venezuela.
(C) ressalva em relação à afirmação do ministro Bento
Albuquerque.
(D) prova de que a mancha de óleo não foi provocada por
um vazamento de navio.
(E) discordância de que a mancha de óleo tem características
similares ao petróleo venezuelano.

Gabarito: C

A frase em questão sucede a uma fala do ministro Bento


Albuquerque sobre a possibilidade de a mancha de óleo ter
sido provocada por um vazamento em um navio e de que
tal óleo apresenta características do petróleo venezuelano.
Ao afirmar “which doesn’t mean it comes from there.” (“o
que não significa que veio de lá.”), a autora do texto faz uma
ressalva em relação ao que foi afirmado por Albuquerque:
não é porque o óleo tem características similares às do
petróleo venezuelano que é possível afirmar que o país é
responsável pelo vazamento.
QUESTÃO 19
_20_1FUV_1F_ING_LZ_L1_Q9
No texto, o excerto que apresenta providência das
autoridades brasileiras em relação ao desastre ambiental é:

(A) “the origin of the crude is still a mystery.”


(B) “‘We don’t know the oil’s origin, where it came from or
how it got here’, Energy Minister Bento Albuquerque
said”
(C) “state oil company categorically denied having anything
to do with the slick”
(D) “Over a dozen sea turtles have been found dead”
(E) “the country’s Navy and federal police are investigating
the spill.”

Gabarito: E

O excerto transcrito, “the country’s Navy and federal police


are investigating the spill.” (“a Marinha e a Polícia Federal do
país estão investigando o acidente.”), apresenta providência
das autoridades do Brasil em relação ao desastre ambiental.
QUESTÃO 20
_POR19A01534

Disponível em: <https://50forfreedom.org/pt>. Acesso em: 8 jul. 2019.

A análise da relação entre os textos verbal e visual permite concluir que a figura da caneta está corretamente associada com o(a)

(A) vocábulo “ratificar”.


(B) citação à OIT.
(C) participação do leitor do texto.
(D) forma de trabalho mencionada.
(E) redação manual da proposta.

Gabarito: A

As informações fornecidas no texto atestam que, para que o protocolo da OIT sobre trabalho forçado entre em vigor, é preciso
que pelo menos 50 países o assinem, ou seja, ratifiquem o documento. A imagem da caneta recupera esse sentido, sobretudo
porque no corpo do objeto há a indicação verbal de que 36 assinaturas de líderes de Estado já foram obtidas.
QUESTÃO 21
_20_1FUV_1F_POR_CE_L1_Q9
Leia o texto a seguir.
Minha sorte se inclina junto àquelas
vagas sombras da triste madrugada,
fluidos perfis de donas e donzelas.

Tudo em redor é tanta coisa e é nada:


Nise, Anarda, Marília... – quem procuro?
Quem responde a essa póstuma chamada?

Que mensageiro chega, humilde e obscuro?


Que cartas se abrem? Quem reza ou pragueja?
Quem foge? Entre que sombras me aventuro?
MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência.

No excerto do poema, a recorrência de perguntas do eu


lírico sinaliza

(A) valorização da insegurança, exaltando o estado de


confusão em que se encontra.
(B) demonstração de humildade perante outras pessoas,
vistas como superiores.
(C) procura por lembranças de vidas passadas, de cujas
pessoas ele começa a se lembrar.
(D) sensação profunda de desorientação em meio a um
ambiente não reconhecido.
(E) desespero para sair logo dali, dada a impressão de
perseguição por outras pessoas.

Gabarito: D

A sucessão de questionamentos do eu lírico faz transparecer


a sensação de que tudo é estranho para ele. As perguntas,
nesse sentido, revelam desorientação, implicando uma falta
de direcionamento, como se quisesse depreender tudo,
mas, ao mesmo tempo, não reconhecesse nada.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 22 E 23

Seo Aristeu entrava, alto, alegre, alto, falando alto, era


um homem grande, desusado de bonito, mesmo sendo
roceiro assim; e doido, mesmo. Se rindo com todos, fazendo
engraçadas vênias de dançador.
— “Vamos ver o que é que o menino tem, vamos ver o
que é que o menino tem?!... Ei e ei, Miguilim, você chora
assim, assim – p’ra cá você ri, p’ra mim!...” Aquele homem
parecia desinventado de uma estória. — “O menino tem
nariz, tem boca, tem aqui, tem umbigo só...” — “Ele sara,
seo Aristeu?” — “... Se não se tosar a crina do poldrinho
novo, pescoço do poldrinho não engrossa. Se não cortar
as presas do leitãozinho, leitãozinho não mama direito...
Se não esconder bem pombinha do menino, pombinha voa
às aluadas... Miguilim – bom de tudo é que tu’tá: levanta,
ligeiro e são, Miguilim!...”
— Eu ainda pode ser que vou morrer, seo Aristeu...
— Se daqui a uns setenta anos! Sucede com eu, que
também uma vez já morri: morri sim [...].
ROSA, João Guimarães. Campo Geral.

QUESTÃO 22
_20_1FUV_1F_POR_MN_L1_Q3
Na obra de Guimarães Rosa, é recorrente a transfiguração
de elementos tradicionais da língua e da estrutura narrativa.
No excerto apresentado, há quebra de expectativa com
relação à progressão lógica do tempo em:

(A) “Seo Aristeu entrava, alto, alegre, alto”.


(B) “fazendo engraçadas vênias de dançador.” .
(C) “levanta, ligeiro e são, Miguilim!...”.
(D) “Eu ainda pode ser que vou morrer”.
(E) “Sucede com eu, que também uma vez já morri”.

Gabarito: E

A progressão lógica do tempo é quebrada quando a


personagem afirma: “Sucede com eu, que também uma
vez já morri”; afinal, se já morreu, o sujeito não falaria, não
contaria histórias etc.
QUESTÃO 23
_20_1FUV_1F_POR_MN_L1_Q4
Assinale a alternativa que melhor elucida o sentido figurado
de “desinventado” no excerto.

(A) A palavra pretende descrever seo Aristeu como uma


figura abstrata, em oposição ao radical “inventado”, que
indica materialidade.
(B) O termo sugere que Miguilim se assemelha, devido
às suas características peculiares, a uma personagem
fictícia.
(C) O neologismo retoma a ideia de “inventado”,
expressando estranhamento e encanto em torno da
figura de seo Aristeu.
(D) O vocábulo tem um sentido pejorativo, demarcando
o estranhamento e o incômodo de Miguilim com a
chegada de seo Aristeu.
(E) O adjetivo representa o desprezo que Miguilim sentiu
ao se ver obrigado por seo Aristeu a trabalhar, mesmo
estando doente.

Gabarito: C

Em “desinventado”, resgata-se o significado de “inventado”,


com acréscimo do prefixo “des-”. O neologismo é usado
para se referir a seo Aristeu como alguém que, devido ao
estranhamento e ao encanto em torno de sua figura, não
parece real, mas uma personagem que saiu de uma história.
QUESTÃO 24
_20_1FUV_1F_POR_CE_L1_Q4
Leia o texto a seguir.
A barriga dói na expectativa da primeira curtida. E, se
alguém com menos seguidores consegue “bombar” nas
redes sociais, logo vem a sensação de fracasso como um
aperto no peito. Parece ficção científica, mas é de verdade:
a vida digital descontrolada tem causado efeitos no bem-
-estar de adolescentes e jovens. Enquanto eles começam
a descobrir as emoções a que são expostos na internet,
cientistas de todo o mundo estão atrás de evidências para
entender como e por que estar nas redes sociais pode alterar
o equilíbrio mental de quem já cresceu conectado.
“O Instagram era vinculado diretamente à minha
autoestima, imagem e valor. Se não recebia muitos
likes, começava a questionar o que fiz de errado”, diz a
influenciadora digital Daniela Zogaib do Nascimento, de
25 anos. O Photoshop turbinava as fotos para os 78 mil
seguidores, mas nunca era suficiente.
“Estamos todos nos comparando e nos sentindo mal
porque tem sempre alguém acima que nos gera incômodo”,
diz ela, que evitava até encontros presenciais com medo de
frustrar quem a conhecia só pelas telas.
Disponível em: <https://noticias.band.uol.com.br>.
Acesso em: 7 nov. 2019.

De acordo com o relato apresentado no texto, o ambiente


digital tem influência negativa sobre os usuários na medida
em que

(A) estimula a interação de adolescentes e jovens com um


número excessivo de pessoas estranhas.
(B) expõe precocemente adolescentes e jovens a emoções
características da vida adulta.
(C) se torna uma área com progressivas demandas de
conhecimentos midiáticos específicos.
(D) se caracteriza como um lugar de competição e de
comparação com outras pessoas.
(E) exerce pressão sobre adolescentes e jovens ao obrigá-
-los a mostrarem-se sociáveis.

Gabarito: D

O relato da influenciadora indica a repercussão negativa,


no indíviduo, do ambiente de competição e de comparação
que a internet promove. Segundo o texto, os usuários
de redes sociais, em geral, se sentem diminuídos, pois,
como a própria influenciadora relata, “Estamos todos nos
comparando e nos sentindo mal porque tem sempre alguém
acima que nos gera incômodo”.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 25 E 26

DW: Aonde a cultura do ódio e da intolerância pode nos


conduzir? Tempos sombrios estão por vir?
Mario Sergio Cortella: Tempos sombrios podem vir,
sempre. Contudo, podem ser evitados se houver uma aliança
autêntica em meio às diferenças entre aqueles e aquelas que
recusam a brutalidade simbólica e física como instrumento
de convivência. Não há um caminho único para o futuro.
Não há a impossibilidade de esse caminho parecer único.
Não há inevitabilidade de que um caminho único venha.
DW: “Até nos tempos mais sombrios temos o direito de
ver alguma luz”, disse a filósofa alemã Hannah Arendt. Qual
seria a luz para começar a responder a essa cultura do ódio?
Mario Sergio Cortella: A luz mais forte é a da resistência
organizada e persistente de quem deseja escapar das trevas
e não quer fazê-lo sozinho, nem excluir pessoas e muito
menos admitir que impere o malévolo princípio de “cada um
por si e Deus por todos”. Seria praticando cotidianamente o
“um por todos e todos por um”. Afinal, como dizia Mahatma
Gandhi, “olho por olho, uma hora acabamos todos cegos”.
CORTELLA, Mario Sergio. “Mídias sociais favoreceram a imbecilidade”.
Deutsche Welle Brasil, 29 nov. 2017. Disponível em: <https://dw.com>.
Acesso em: 28 out. 2019. (Adaptado)

QUESTÃO 25
_20_1FUV_1F_POR_CE_L1_Q2
Ao discursar sobre a sociedade contemporânea, o
entrevistado sugere, em sua última citação, que

(A) os jovens de hoje desconhecem as lutas de personagens


históricas pela paz.
(B) uma cultura de ódio prejudica a todos da sociedade
indistintamente.
(C) as pessoas optam por enxergar aquilo que lhes convém
no caos contemporâneo.
(D) a solução para os problemas atuais está nos exemplos
consagrados de pacifismo.
(E) o sentido da visão tem se perdido metaforicamente em
meio a uma cultura de desrespeito.

Gabarito: B

A frase utilizada pelo entrevistado faz referência à máxima


“olho por olho, dente por dente”, segundo a qual qualquer
ato desvirtuado deve ser punido em igual medida. No
entanto, a releitura feita por Gandhi questiona a eficácia
dessa medida, afinal, se sempre houver uma punição
análoga para cada ação maléfica, em breve não haverá
mais ninguém que esteja completamente isento de marcas
de violência (física ou psicológica), e a sociedade como um
todo tende a perder com isso.
QUESTÃO 26
_20_1FUV_1F_POR_CE_L1_Q3
No texto, duas palavras cujos prefixos apresentam a mesma
ideia são

(A) “física” e “filósofa”.


(B) “Tempos” e “temos”.
(C) “simbólica” e “persistente”.
(D) “conduzir” e “cotidianamente”.
(E) “intolerância” e “impossibilidade”.

Gabarito: E

As palavras “intolerância” e “impossibilidade” contêm o


prefixo latino “in-”, que veicula ideia de negação. De acordo
com as normas ortográficas, o prefixo “in-” é substituído por
“im-” antes das consoantes “p” e “b”.
TEXTOS PARA AS QUESTÕES 27 E 28

Amor, cego, rapaz, travesso, e zorro,


Formigueiro, ladrão, mal doutrinado,
Em que lei achai vós, que um home honrado
Há de andar trás de vós como um cachorro?

Muitos dias, mancebinho, há, que morro


Por colher-vos um tanto descuidado,
Que à fé que bem de mim tendes zombado,
Pois me fazeis cativo, sendo forro.

Não vos há de valer erguer o dedo


Se desatando a voz da língua muda
Me não dais minha carta de alforria.

Mas em tal parte estais, que tenho medo,


Que alguém poderá haver, que vos acuda,
Sem que pagueis tamanha rapazia.
MATOS, Gregório de. “Increpa jocosamente ao rapaz
Cupido por tantas dilações”. Poemas Escolhidos.

Deus me deu um amor no tempo de madureza,


quando os frutos ou não são colhidos ou sabem a verme.
Deus – ou foi talvez o Diabo – deu-me este amor maduro,
e a um e outro agradeço, pois que tenho um amor.

Pois que tenho um amor, volto aos mitos pretéritos


e outros acrescento aos que amor já criou.
Eis que eu mesmo me torno o mito mais radioso
e talhado em penumbra sou e não sou, mas sou.

Mas sou cada vez mais, eu que não me sabia


e cansado de mim julgava que era o mundo
um vácuo atormentado, um sistema de erros.
Amanhecem de novo as antigas manhãs
que não vivi jamais, pois jamais me sorriram.

[...]
ANDRADE, Carlos Drummond de. “Campo de flores”. Claro Enigma.

QUESTÃO 27
_20_1FUV_1F_POR_MN_L1_Q1
O poema lírico é organizado em torno dos sentimentos do
emissor do discurso. Tendo isso em vista, o tom dos poemas
transcritos de Gregório de Matos e de Carlos Drummond de
Andrade é, respectivamente, de

(A) deleite e de regozijo.


(B) incômodo e de aceitação.
(C) melancolia e de desespero.
(D) desistência e de insatisfação.
(E) contentamento e de desolação.

Gabarito: B

No poema de Gregório de Matos, o eu lírico se mostra


incomodado com os desgostos que o amor lhe causa,
chegando a caracterizar o amor com palavras rudes. Já no
poema de Drummond, o eu lírico demonstra aceitação do
amor inesperado na madureza, por isso agradece a quem
lhe deu esse amor – seja Deus ou o Diabo.
QUESTÃO 28
_20_1FUV_1F_POR_MN_L1_Q2
Atente para as seguintes afirmações relativas aos poemas:
I. Há presença da temática amorosa nos dois poemas, e,
embora apresentem diferentes perspectivas, em ambos
os textos se faz uso da personificação como recurso
estilístico.
II. Ambos os textos tratam do amor, que surge
metaforicamente: no poema de Gregório de Matos,
como elemento de fragmentação subjetiva devido
à perda da amada e, no poema de Drummond, como
componente de resgate da juventude.
III. No poema de Gregório de Matos, ocorrem
questionamentos existenciais construídos por meio
da justaposição de antíteses, enquanto, no poema
de Drummond, não se verificam figuras de oposição,
exclusivas do Barroco.

Está correto apenas o que se afirma em

(A) I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.

Gabarito: A

Afirmação I: correta. Ambos os poemas tratam do tema


amoroso e fazem uso da personificação; Gregório de
Matos o faz ao se dirigir ao próprio amor com impropérios:
“Amor, cego, rapaz, travesso, e zorro”; Carlos Drummond,
ao se referir ao amor como o criador de mitos: “outros
acrescento aos que amor já criou.”. O poeta barroco reclama
dos desgastes sofridos por estar apaixonado, já Drummond
agradece pelo amor que chegou, mesmo que tenha chegado
tarde.
Afirmação II: incorreta. De fato, ambos os poemas tratam
do amor, entretanto não há fragmentação do sujeito no
poema de Gregório de Matos, tampouco perda da amada –
na realidade, o eu lírico reclama com o próprio amor sobre
os desgastes resultantes da paixão.
Afirmação III: incorreta. No poema de Gregório de Matos,
há certa angústia, mas não advinda de uma questão
existencial, e sim da relação com o amor. Em ambos os
poemas, há figuras de oposição: “cativo” e “forro” em
Gregório de Matos, e “Deus” e “Diabo” em Drummond, por
exemplo.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 29 E 30

De repente a franguinha surgiu dentro do meu reduzido


campo de observação. Como disse, eu apenas enxergava uns
dez ou quinze metros do jardim. Primeiramente distingui as
biqueiras vermelhas de uns sapatos, aqueles sapatos que,
segundo a declaração de seu Ramalho, custavam cinquenta
mil-réis e duravam um mês. Para ir ao quintal, sapato de sair
e meia de seda esticada no pernão bem-feito. [...]
Talvez a franguinha tivesse percebido que eu fingia
dormir: pôs-se a ciscar por ali, rindo baixinho, avançando,
recuando, mostrando-se pela frente e pela retaguarda.
RAMOS, Graciliano. Angústia.

QUESTÃO 29
_20_1FUV_1F_POR_MN_L1_Q6
Assinale a alternativa que contém uma palavra empregada
com sentido conotativo no excerto.

(A) “franguinha”
(B) “biqueiras”
(C) “sapatos”
(D) “pernão”
(E) “frente”

Gabarito: A

No excerto, o narrador emprega a palavra “franguinha” com


o sentido de moça jovem, enquanto as palavras das demais
alternativas foram empregadas com seu sentido literal no
texto.
QUESTÃO 30
_20_1FUV_1F_POR_MN_L1_Q7
O trecho apresentado de Angústia, de Graciliano Ramos,

(A) comprova a valorização das personagens femininas que


ascenderam socialmente.
(B) mostra um narrador onisciente que rechaça a conduta
libertária da personagem feminina.
(C) revela que um juízo de valor sexual permeia a visão do
narrador sobre a personagem descrita.
(D) apresenta uma epifania do narrador-personagem em
relação ao amor e seus efeitos sobre sua vida.
(E) reproduz a perspectiva medieval de amor cortês na medida
em que o narrador exalta a amada.

Gabarito: C

A observação do narrador sobre Marina, a personagem descrita


no excerto apresentado, inclui juízo sexual, como pode-se
observar em “pernão bem-feito”.
QUESTÃO 31
_20_1FUV_1F_POR_CE_L1_Q1
No meme a seguir, ao se apresentar um brigadeiro em duas
versões, com menção a um “raio gourmetizador”, compõe-
-se uma crítica ao(à)

Disponível em: <http://museudememes.com.br>.


Acesso em: 28 out. 2019.

(A) manipulação da opinião pública na internet sobre


alimentação.
(B) preço alto de produtos populares em versões
supostamente refinadas.
(C) costume de vender produtos falsificados como se
fossem verdadeiros.
(D) utilização de produtos que encarecem o valor de
alimentos populares.
(E) falta de acesso dos mais pobres ao consumo de produtos
diferenciados.

Gabarito: B

Trata-se de uma crítica ao fato de alguns alimentos populares


ganharem versões gourmet, ou seja, refinadas. Essa prática
altera sensivelmente o preço do alimento, mesmo que os
ingredientes e o produto final continuem sendo os mesmos.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 32 E 33

A morte de Sem Medo constituiu para mim a mudança


de pele dos vinte e cinco anos, a metamorfose. Dolorosa,
como toda metamorfose. Só me apercebi do que perdera
(talvez o meu reflexo dez anos projetado à frente), quando
o inevitável se deu.
Sem Medo resolveu o seu problema fundamental: para
se manter ele próprio, teria de ficar ali, no Mayombe. Terá
nascido demasiado cedo ou demasiado tarde? Em todo o
caso, fora do seu tempo, como qualquer herói de tragédia.
[...]
Penso, como ele, que a fronteira entre a verdade e a
mentira é um caminho no deserto. Os homens dividem-se
dos dois lados da fronteira. Quantos há que sabem onde se
encontra esse caminho de areia no meio da areia? Existem,
no entanto, e eu sou um deles. Sem Medo também o sabia.
Mas insistia em que era um caminho no deserto.
Pepetela. Mayombe.

QUESTÃO 32
_20_1FUV_1F_POR_MN_L1_Q8
A metáfora constitui a “designação de um objeto ou
qualidade mediante uma palavra que designa outro objeto
ou qualidade que tem com o primeiro uma relação de
semelhança” (HOUAISS, 2001). No excerto, o emprego
dessa figura de linguagem ocorre em:

(A) “Dolorosa, como toda metamorfose.”.


(B) “Sem Medo resolveu o seu problema fundamental” .
(C) “para se manter ele próprio, teria de ficar ali”.
(D) “como qualquer herói de tragédia”.
(E) “a fronteira entre a verdade e a mentira é um caminho
no deserto.”.

Gabarito: E

No trecho “a fronteira entre a verdade e a mentira é um


caminho no deserto.”, ocorre a associação entre o limite
verdade-mentira e um caminho no deserto, o que configura
uma metáfora.
QUESTÃO 33
_20_1FUV_1F_POR_MN_L1_Q9
Sobre o termo “demasiado” na frase “Terá nascido demasiado
cedo ou demasiado tarde?” , é correto afirmar:

(A) É um advérbio de modo, pois caracteriza como Sem Medo


nasceu.
(B) Exprime ideia de tempo, já que está associado a horários.
(C) Tem sentido de lugar, porque especifica uma localidade no
Mayombe.
(D) Expressa intensidade, uma vez que modifica os advérbios
“cedo” e “tarde”.
(E) Desempenha função de adjetivo, uma vez que caracteriza
substantivos abstratos.

Gabarito: D

No texto, a palavra “demasiado”, que originalmente é um


adjetivo, tem função de advérbio de intensidade, pois
modifica os advérbios de tempo “cedo” e “tarde”, podendo ser
substituída pela forma adverbial “demasiadamente”.
QUESTÃO 34
_20_1FUV_1F_POR_CE_L1_Q5
O pronome “nos”, no cartaz a seguir, faz referência

Disponível em: <http://www.agenda.ufba.br>.


Acesso em: 14 out. 2019.
(A) à Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado
da Bahia.
(B) aos estoques de sangue.
(C) aos 25 nomes de pessoas citados.
(D) a Jenifer.
(E) a quem é procurado.

Gabarito: A

O hemocentro da Bahia é quem precisa de ajuda para


reforçar seus estoques, por isso o pronome “nos” faz
referência à Fundação Hemoba, citada posteriormente. Vale
observar que o pronome da primeira pessoa do plural não
concorda com o substantivo no singular; o uso do pronome
no plural imputa à fundação uma ideia de coletividade.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 35 E 36

A democracia é um dos principais temas de nosso


tempo. Por isso, Norberto Bobbio dedicou parte de sua obra
às análises sobre as possibilidades e os limites dessa prática
política, que há mais de 200 anos vem se afirmando nas
diversas sociedades.
Entre os muitos pontos para os quais Bobbio chama
a atenção, o aspecto central é o reconhecimento da
democracia como um processo em constante transformação.
É com base nessa constatação que podemos e devemos
acreditar no potencial das sociedades democráticas, apesar
de todas as dificuldades que o cotidiano revela.
Entre a teoria e a prática, entre o que foi prometido e o
que foi realizado, há uma longa distância. Se, por um lado,
as frustrações com o estado da “matéria bruta” nos chocam
e nos desanimam, por outro, é justamente a orientação
positiva dos ideais democráticos e o caráter transformador
inerente a esse tipo de regime que nos levam a refletir sobre
as razões do déficit democrático e a buscar sua redução.
O aprofundamento das democracias deve orientar-
-se pela superação dos descompassos entre os ideais e a
realidade. Bobbio nos dá algumas pistas para essa tarefa ao
identificar certos propósitos que, na prática, as democracias
não foram capazes de realizar. Destacam-se, dentre elas,
a importância de se estender a democracia política para a
democracia social; a necessidade de se realizar o princípio
da publicidade, e, por fim, de se promover a educação para
a cidadania.
VITALE, Denise. “Cidadania e democracia no Brasil”. Disponível em:
<https://revistacult.uol.com.br>. Acesso em: 27 set. 2019. (Adaptado)

QUESTÃO 35
_20_1FUV_1F_POR_CE_L1_Q8
No terceiro parágrafo do texto, ao apresentar duas ideias
contrárias sobre a democracia, sugere-se que esse regime

(A) deve ser defendido, ainda que apresente problemas na


prática.
(B) se mostra como um modelo teórico ineficaz, aspecto
socialmente disfórico.
(C) passa por constante transformação, aprofundando a
desigualdade e seus impasses sociais.
(D) se constitui como aspecto político, ou seja, é
independente do contexto social.
(E) tem seu poder de transformação social reduzido,
decorrente da falta de investimento publicitário.

Gabarito: A

Se, na teoria, a democracia é um sistema de governo ideal,


na prática, não é exatamente isso o que tem ocorrido. A
autora do texto revela que a democracia tem, na prática,
muitos exemplos negativos, mas deve ser defendida
independentemente disso, pois é por meio dela que se
pode promover a igualdade social.
QUESTÃO 36
_20_1FUV_1F_HIS_AH_L1_Q1
Atenas, berço da democracia, também viveu descompassos.
O demos (povo, em grego) só conseguiu chegar ao poder em
507 a.C., quando houve a

(A) Reforma de Sólon, governante que aboliu a escravidão


por dívidas.
(B) publicação do Código de Iságoras, que reduziu o poder
dos eupátridas.
(C) publicação do Código de Dracon, que estabeleceu o
critério da igualdade jurídica.
(D) Reforma de Clístenes, governante que instituiu a
igualdade entre todos os cidadãos.
(E) Reforma de Pisístrato, governante que realizou obras
públicas para empregar os mais pobres.

Gabarito: D

A Reforma de Clístenes consolidou o ideário de


democracia em Atenas, pois, à revelia de suas diferenças
econômicas, introduziu o princípio de igualdade entre os
cidadãos, possibilitando a participação ativa na vida pública
de todos os considerados cidadãos. Dentre as medidas
da reforma, destacam-se a adoção de representação
proporcional de membros da eclesia pela quantidade de
pessoas em cada um dos demos e o sistema de votação
secreta para a eleição dos membros do Conselho, que lhes
dava funções de controle das magistraturas e de elaboração
de leis a serem submetidas à Assembleia.
QUESTÃO 37
_20_1FUV_1F_HIS_AH_L1_Q2
No começo do II milênio a.C., o Mediterrâneo não marca
ainda em suas duas margens uma separação entre o Oriente
e o Ocidente. O mundo egeu e a península grega se ligam
sem descontinuidade, como povoação e como cultura, de
um lado com o planalto da Anatólia, pela série das Cíclades e
das Espórades, e do outro, por Rodes, pela Cilícia, por Chipre
e pela costa norte da Síria, com a Mesopotâmia e o Irã.
Quando Creta sai do Cicládico, em cujo decurso dominam as
relações com a Anatólia, e quando constrói em Festos, Mália
e Cnossos sua primeira civilização palaciana, permanece
orientada para os grandes reinos do Oriente Próximo.
VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento.
Rio de Janeiro: DIFEL, 2002. p. 13. (Adaptado)

Com base em seus conhecimentos, é correto afirmar que o


texto anterior

(A) se refere ao Período Clássico do mundo grego antigo,


em que começam a se formar as primeiras grandes
civilizações.
(B) descreve o mundo da Antiguidade Oriental em um
momento em que a civilização egípcia ainda não havia
se diferenciado das demais culturas da época.
(C) se refere ao Período Homérico, também conhecido
como “Idade das Trevas”, pela falta de documentação
histórica para o estudo adequado desse momento.
(D) apresenta as origens da civilização grega, descrevendo
as civilizações do Período Pré-homérico, em que havia
uma forte continuidade entre diferentes tradições
culturais.
(E) se refere ao período da Monarquia Romana, quando
ainda não havia ocorrido a diferenciação das grandes
civilizações e a cidade de Roma não havia sido
inteiramente formada.

Gabarito: D

O texto apresenta a formação de diversas cidades e


culturas na região da Península Balcânica e do Oriente
Médio, informando sobre a continuidade existente entre
essas diversas culturas. Além disso, cronologicamente se
adequa ao que ficou conhecido como Período Pré-homérico
(2000 a.C.-1200 a.C.).
QUESTÃO 38
_20_1FUV_1F_HIS_AH_L1_Q5
Em Atenas, o Período Arcaico

(A) é caracterizado por um recuo das transações comerciais


e pelo encolhimento dos grandes centros urbanos.
(B) está relacionado ao fim do poder dos reis e também à
passagem desse poder político para os aristocratas.
(C) é marcado pela ruralização da sociedade e pela retração
demográfica acentuada em decorrência de inúmeras
guerras.
(D) evidencia como, na Antiguidade, as civilizações estavam
isoladas umas das outras, sem contatos comerciais ou
culturais.
(E) está fundado na passagem do mundo aristocrático
para uma sociedade democrática, em que os cidadãos
combatem os nobres e reivindicam o poder.

Gabarito: B

Em Atenas, a passagem do Período Homérico para o


Período Arcaico se caracteriza, do ponto de vista político,
pela expansão do poder da aristocracia em detrimento do
poder dos reis.
QUESTÃO 39
_20_1FUV_1F_HIS_AH_L1_Q6
Considerando o organograma político apresentado a seguir,
é correto afirmar que a cidade de Esparta
Eleição
Cinco éforos

Diarquia Gerúsia Eleição


Conselho de Anciãos

Veto
Exército Assembleia popular
Espartanos

Serviço militar Periecos


obrigatório em guerra Habitantes da periferia

Hilotas
População sem direitos (servos do Estado)

Disponível em: <http://dsespana.com>. Acesso em: 11 nov. 2019.

(A) imitava o modelo ateniense, no qual o poder era


reservado aos aristocratas, sem a participação da
realeza ou do povo.
(B) apresentava um modelo político monárquico, em que
havia a eleição de um rei, responsável por concentrar
todo o poder.
(C) distribuía o poder político entre os cidadãos espartanos
e os periecos, pois estes aceitavam pacificamente a
dominação dória.
(D) tinha um modelo político complexo, em que a Gerúsia, a
Diarquia e os Éforos dividiam tarefas e poderes políticos
e simbólicos entre si.
(E) excluía o mecanismo da votação, uma vez que esse
procedimento estava identificado com o regime
democrático de sua arquirrival Atenas.

Gabarito: D

Tal como é possível perceber por meio do organograma, o


regime político espartano não era simples, pois havia uma
divisão de poder entre diversas instâncias, o que o levou a
ser classificado como uma diarquia oligárquica militarizada,
uma vez que o poder era dividido entre dois reis e um grupo
de aristocratas – soldados experientes e competentes,
distribuídos entre a Gerúsia e os Éforos.
QUESTÃO 40
_20_1FUV_1F_HIS_AH_L1_Q3
De modo geral, aceita-se que a civilização grega surgiu
sobre os resíduos da civilização de Micenas. No entanto,
muitas das características da civilização grega já estavam
presentes na sua precursora de Micenas. Por isso, ao
celebrar os aqueus, Homero é ao mesmo tempo o poeta da
Guerra de Troia, o auge da gesta miceniana e o fundador da
cultura helênica.
JAGUARIBE, Hélio. Um estudo crítico da História.
São Paulo: Paz e Terra, 2001. p. 280. (Adaptado)

Considerando o texto e os seus conhecimentos a respeito


do Período Homérico, é correto dizer que

(A) se tratou de um momento obscuro, no qual houve


intensa perseguição aos poetas, em especial a Homero.
(B) se encontrou uma grande quantidade de fontes
históricas sobre ele, o que permitiu um conhecimento
minucioso dos acontecimentos.
(C) apresentou conflitos intensos, retratados nas principais
fontes históricas do período, as poesias épicas 'Odisseia'
e 'Ilíada', de Homero.
(D) se tratou de um momento de transição, no qual houve o
encontro pacífico dos dórios com os demais povos que
ocupavam a Península Balcânica.
(E) foi narrado pelo poeta Homero que, em sua obra
'Odisseia', relatou os momentos finais da Guerra de
Troia, na qual os troianos acabam derrotando os aqueus.

Gabarito: C

Na Ilíada, Homero conta a história da Guerra de Troia,


vencida pelos aqueus contra os troianos, na atual costa
oeste da Turquia. Já na Odisseia, poema também atribuído
a Homero, Ulisses (após lutar na Guerra de Troia) vaga pelos
diversos povos do Mar Mediterrâneo, em uma narrativa que
atestaria relações de amizade e de inimizade do povo aqueu
com outras civilizações.
QUESTÃO 41
_20_1FUV_1F_HIS_BM_L1_Q3
A estrutura colonial estabelecida por portugueses e
espanhóis na América estava diretamente vinculada às
estruturas europeias. Tal fato é explicado pelo(a)
(A) crescente estímulo ao comércio transatlântico como
forma de suprir as demandas de arrecadação dos
Estados europeus.
(B) vínculo entre as iniciativas colonizadoras e a formação
de Igrejas nacionais que se dedicaram à catequese das
populações nativas.
(C) reflexo do absolutismo nas estruturas coloniais, por
meio da transposição da estrutura social europeia para
as colônias americanas.
(D) contexto do desenvolvimento do capitalismo comercial,
que demandava a expansão dos mercados consumidores
dos produtos europeus.
(E) necessidade de estimular a emigração de europeus
para reduzir a pressão populacional que comprometia a
economia dos Estados europeus.

Gabarito: A

O interesse dos Estados europeus em estimular o


colonialismo na Idade Moderna se refletia no aumento da
arrecadação de tributos pelas Coroas europeias, uma vez
que estas cobravam taxas e impostos sobre as atividades
comerciais realizadas em seus territórios.
QUESTÃO 42
_20_1FUV_1F_HIS_BM_L1_Q1
No século XII, vemos a fraternidade dos ourives de Caen
transformar-se em corporação profissional. [...] No sul da
França, as confrarias profissionais aparecem a partir do
final do século XIII: em 1283, uma confraria da corporação
das almas, dos fabricantes de panos e peleiros e de Saint-
-Jean, é fundada em Puy. Em Montpellier, os estatutos dos
prateiros de 1292 se preocupam com a manutenção do altar
dedicado ao seu patrono, Santo Elói, que eles fizeram erigir
na capela do hospital Notre-Dame.
LE GOFF, Jacques. O apogeu da cidade medieval.
São Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 109-10. (Adaptado)

Nesse excerto, o autor se refere

(A) ao Renascimento urbano e comercial, marcado pela


secularização das instituições e das relações sociais.
(B) às ordens medievais, associações de religiosos que
estabeleciam normas de conduta entre seus membros.
(C) à necessidade dos artesãos de se aliarem à Igreja como
forma de se oporem ao poder dos nobres medievais.
(D) à concepção de usura, pecado associado ao lucro,
que era purgado por meio de doações às ordens
mendicantes.
(E) à formação de ordens de artesãos, que se relacionavam
entre si e assumiam responsabilidades na comunidade
citadina.

Gabarito: E

O texto mostra a existência de associações de artesãos nas


cidades e a forma como elas assumiam, inclusive em seus
estatutos, funções sociais na vida urbana, como os vínculos
a ordens religiosas e à manutenção de igrejas.
QUESTÃO 43
_20_1FUV_1F_HIS_BM_L1_Q4
O mercantilismo não é uma política econômica que
vise ao bem-estar social, como se diria hoje; ele visa ao
desenvolvimento nacional a todo custo. Nele, toda forma
de estímulo é legitimada. A intervenção do Estado deve
criar todas as condições de lucratividade para as empresas
poderem exportar excedentes ao máximo.
NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema
colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1979. p. 61. (Adaptado)

O mercantilismo foi a base das relações portuguesas


no Brasil colonial. No texto, uma de suas características
definidoras é o(a)

(A) monopólio régio de certas atividades, consideradas


estratégicas para o desenvolvimento nacional do Brasil.
(B) atuação do Estado no financiamento e no gerenciamento
de todas as atividades econômicas realizadas na colônia.
(C) incentivo a atividades realizadas por particulares com
autorização da Coroa, mediante o pagamento de taxas.
(D) estímulo à diversificação da economia, o que ampliava
a concorrência entre os produtos e aprimorava a
produção.
(E) criação de leis que limitavam impostos sobre as
atividades econômicas desenvolvidas entre os
territórios integrantes de um mesmo Estado.

Gabarito: C

O texto menciona a intervenção do Estado na economia


como forma de estimular “empresas lucrativas”; no entanto,
os estímulos do Estado não significavam a interferência
estatal direta nas atividades, mas a concessão de direitos
comerciais a agentes privados, tal como ocorreu durante o
ciclo do pau-brasil – quando se realizou o arrendamento do
Brasil ao português Fernando de Noronha. Atividades como
a exploração da cana-de-açúcar e a realização do tráfico
negreiro também são bons exemplos, pois foram realizadas
por agentes privados que pagavam tributos à Coroa.
QUESTÃO 44
_20_1FUV_1F_HIS_BM_L1_Q7
A imagem a seguir representa um elemento marcante da
cultura do Egito Antigo, que é o(a)

Tumba de Amenemhat, parede leste, Beni Hassan, Egito.


Disponível em: <https://jornal.usp.br>. Acesso em: 11 nov. 2019.

(A) culto ao corpo como valor social primordial.


(B) prática de lutas entre gladiadores em arenas.
(C) militarização como meio de formação do cidadão ideal.
(D) ornamentação dos túmulos como fator de distinção
social.
(E) prática de esportes como forma de integração entre os
povos.

Gabarito: D

A ornamentação tumular, dado o alto valor cultural da


morte, era um fator de distinção social, pois apenas os
membros da elite tinham esse tipo de ornamentação em
seus túmulos.
QUESTÃO 45
_20_1FUV_1F_HIS_BM_L1_Q6
A cerâmica apresentada a seguir foi produzida na China,
entre 2350 e 2050 a.C., e pertence ao acervo do Metropolitan
Museum of Art de Nova York. Ela representa um vestígio
material da Pré-história que pode ser associado ao(à)

Disponível em: <https://www.metmuseum.org>.


Acesso em: 12 nov. 2019.

(A) Mesolítico, quando o uso da cerâmica substituiu os


objetos de pedra.
(B) Neolítico, quando surgiram a agricultura e o
sedentarismo.
(C) Paleolítico, marcado por objetos de baixa complexidade.
(D) Era Meiji, na qual houve a formação do Império Chinês.
(E) Era do Gelo, período mais remoto da Pré-história.

Gabarito: B

A principal característica do Período Neolítico é o


sedentarismo. A gradativa substituição da caça e da coleta
pela agricultura e pela pecuária levou a novas necessidades,
como a de conservar os alimentos, fato que explica a
materialidade do vaso exposto na imagem.
QUESTÃO 46
_20_1FUV_1F_HIS_BM_L1_Q2
Produzida em 1922, a tela de Oscar Pereira da Silva retratada
a seguir se propõe a

Oscar Pereira da Silva,


Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500,
1922, óleo sobre tela, Museu Paulista, São Paulo, Brasil.

(A) rememorar o extermínio de muitas populações


indígenas iniciado com a chegada dos portugueses.
(B) criticar a imposição, pelos colonizadores, dos padrões
de vida ocidentais às populações nativas.
(C) apresentar a visão indígena sobre a chegada dos
europeus ao adotar o ponto de vista de um nativo.
(D) valorizar a cultura indígena, propondo uma leitura
modernista sobre a chegada dos europeus.
(E) representar de forma eurocêntrica e heroica a chegada
dos europeus ao Brasil.

Gabarito: E

Apesar de ter sido produzida em 1922, a tela não apresenta


nenhuma inovação em relação aos trabalhos de pintura
histórica com base em relatos de cronistas do século XVI,
portanto apresenta uma visão eurocêntrica e heroica ao
representar os colonizadores europeus e apresentar os
indígenas como elemento passivo.
QUESTÃO 47
_20_1FUV_1F_GEO_AF_L1_Q1
Por neoliberalismo se entende hoje, principalmente,
uma doutrina econômica consequente, da qual o liberalismo
político é apenas um modo de realização, nem sempre
necessário; ou, em outros termos, uma defesa intransigente
da liberdade econômica, da qual a liberdade política é
apenas um corolário. [...] Na formulação hoje mais corrente,
o liberalismo é a doutrina do “Estado mínimo” (o minimal
State dos anglo-saxões).
BOBBIO, Norberto. Liberalismo e democracia.
São Paulo: Brasiliense, 1995. p. 87.

As reformas neoliberais, propostas pela Escola


Monetarista do economista Milton Friedman, diferenciam
o neoliberalismo do liberalismo clássico. São reformas
propostas pelo neoliberalismo a

(A) estatização, o sindicalismo e a economia planificada.


(B) estatização, a abertura de mercado e as privatizações.
(C) abertura de mercado, as privatizações e o sindicalismo.
(D) abertura de mercado, o sindicalismo e o protecionismo
econômico.
(E) abertura de mercado, as privatizações e a flexibilização
das leis trabalhistas.

Gabarito: E

O neoliberalismo é um conjunto de ideias políticas e


econômicas capitalistas que defende a não participação do
Estado na economia. De acordo com essa doutrina, a total
liberdade de comércio (livre mercado) é o princípio que
garante o crescimento econômico e o desenvolvimento
social de um país. Algumas das reformas econômicas
propostas pelo neoliberalismo são: abertura econômica,
privatizações, flexibilização das leis trabalhistas,
protecionismo econômico, livre circulação de capitais
internacionais e ênfase na globalização.
QUESTÃO 48
_20_1FUV_1F_GEO_AF_L1_Q6
I. [...] é, em primeiro lugar, uma teoria das práticas
político-econômicas que propõe que o bem-estar humano
pode ser mais bem promovido liberando-se as liberdades
e as capacidades empreendedoras individuais no âmbito
de uma estrutura institucional caracterizada por sólidos
direitos à propriedade privada, livres mercados e livre
comércio. O papel do Estado é criar e preservar uma
estrutura institucional apropriada a essas práticas.
Disponível em: <https://jus.com.br>.
Acesso em: 14 nov. 2019. (Adaptado)

II. Essa teoria influenciou de forma decisiva a condução


de políticas econômicas nos países ocidentais mais
desenvolvidos a partir do pós-guerra, designadamente as
políticas que se consubstanciam no desenvolvimento do
Estado-Providência. [...] Ela veio substituir a “mão invisível
do mercado” pela “mão visível da regulação estatal”.
CAMPOS, Luís; CANAVEZES, Sara. Introdução à globalização.
Porto: Instituto Bento Jesus Caraça, 2007. p. 43. (Adaptado)

Os textos definem duas das principais políticas econômicas


do século XX, denominadas, respectivamente,

(A) liberalismo e 'laissez-faire'.


(B) '­laissez-faire' e neoliberalismo.
(C) neoliberalismo e keynesianismo.
(D) Estado de Bem-Estar Social e liberalismo.
(E) keynesianismo e Estado de Bem-Estar Social.

Gabarito: C

O texto I define o neoliberalismo, caracterizado pela


política do Estado mínimo e pelas reformas neoliberais.
O texto II define o keynesianismo, caracterizado por uma
política de regulação estatal que prevê, planifica e regula o
funcionamento global da atividade econômica.
QUESTÃO 49
_20_1FUV_1F_GEO_SN_L1_Q5
No mapa a seguir, as placas tectônicas indicadas pelas letras
A, B e C são, respectivamente,

Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br>.


Acesso em: 8 nov. 2019.

(A) Placa do Pacífico, Placa Norte-Americana, Placa Austral.


(B) Placa Australiana, Placa Norte-Atlântica, Placa Antártica.
(C) Placa de Nazca, Placa Norte-Americana, Placa Antártica.
(D) Placa do Havaí, Placa do Canadá, Placa das Malvinas.
(E) Placa Peruana, Placa Euroasiática, Placa Australiana.

Gabarito: C

As placas tectônicas indicadas no mapa pelas letras A, B e


C são, respectivamente, a Placa de Nazca, a Placa Norte-
-Americana e a Placa Antártica.
QUESTÃO 50
_20_1FUV_1F_GEO_AF_L1_Q2
De acordo com um artigo publicado no Financial Times,
Taiwan e Coreia do Sul substituíram as economias russa e
brasileira, dando origem ao TICKS. Apesar de os dois novos
integrantes não apresentarem forte crescimento econômico,
há motivos para acreditar no bom desempenho de ambos. O
potencial tecnológico da Coreia do Sul atrai investimentos;
Taiwan sedia empresas de alta tecnologia e conta com
fundos de investimento específicos para startups de base
tecnológica.
Disponível em: <https://www.anpec.org.br>.
Acesso em: 11 nov. 2019. (Adaptado)

Analisando o texto e o gráfico apresentados a seguir, é


correto afirmar que a descrença no crescimento e no
protagonismo da economia brasileira deve-se ao(à)
Evolução das exportações brasileiras

Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br>.


Acesso em: 11 nov. 2019.

(A) alto investimento brasileiro no setor de pesquisa e


tecnologia.
(B) perfil da economia brasileira exportadora de
'commodities'.
(C) criação de diversos tecnopolos no território brasileiro.
(D) pouco investimento brasileiro no setor de
semimanufaturados.
(E) fechamento do mercado internacional para as
economias emergentes.

Gabarito: B

A queda na participação do Brasil no setor de manufaturados


reflete o atual perfil exportador de commodities (soja, cana-
-de-açúcar, minério de ferro etc.) da economia brasileira,
resultando no questionamento sobre o protagonismo
econômico brasileiro na Nova DIT e na formação do TICKS, o
novo grupo de países emergentes.
QUESTÃO 51
_20_1FUV_1F_GEO_SN_L1_Q3
A charge a seguir faz referência a um sistema técnico bastante
utilizado nos dias atuais, o Sistema de Posicionamento
Global (GPS, em inglês). Pode-se afirmar que o GPS

Disponível em: <http://chargesdodenny.blogspot.com>.


Acesso em: 16 out. 2019.

(A) permite ao usuário descobrir sua localização a partir de


informações emitidas por dois satélites.
(B) foi criado a partir da ampla difusão da telefonia celular
para oferecer rotas alternativas de tráfego de veículos.
(C) é controlado pelos EUA e possui concorrentes integral
ou parcialmente implantados, como o Glonass (russo) e
o Galileo (europeu).
(D) é um sistema de navegação por satélites, que fornece
tanto a posição geográfica como as condições de tráfego
de veículos.
(E) é constituído por dois segmentos: o espacial, composto
de satélites em órbita terrestre, e o dos usuários,
composto de aparelhos receptores.

Gabarito: C

O GPS é uma tecnologia utilizada para determinar


localizações na superfície terrestre que funciona a partir de
sinais de rádio emitidos por uma rede de 24 satélites em
órbita terrestre. Um receptor de GPS calcula a distância
entre, no mínimo, três satélites para descobrir a longitude,
a latitude e a altitude de sua localização. O sistema, criado
para fins militares pelo Departamento de Defesa dos EUA no
início da década de 1960, atualmente tem várias aplicações
públicas e civis, desde pesquisa até navegação. Além do GPS,
existem outros sistemas de posicionamento semelhantes,
que foram integral ou parcialmente implantados: o Glonass
(russo), o Galileo (europeu), o Compass (chinês) e o
Michibiki (japonês).
QUESTÃO 52
_20_1FUV_1F_GEO_SN_L1_Q2
Com base na imagem a seguir e nos seus conhecimentos sobre os principais movimentos da Terra, pode-se afirmar que, no dia

Relações geométricas entre a Terra e o Sol

D
21 de março

Sol

A C
21 de junho 21 de dezembro

B
22 de setembro

A C
21 de junho 21 de dezembro
Cír Cír
cul cul
oÁ oÁ
rtic rtic
o o
Tró Cidade de Tró Cidade de
p ico Nova York
p ico Nova York
de de
Câ Câ
Equ nce Equ nce
ado r Raios ado r
r r
Tró verticais Tró
pico pico
de de
Ca Ca
pric pric
órn órn
io io
Cír Cír
cul Buenos cul Buenos
oA Aires oA Aires
ntá ntá
rtic rtic
o o

PETERSEN, J. F.; SACK, D.; GABLER, R. E. Fundamentos de Geografia Física. Boston: Cengage Learning, 2014. p. 54.

(A) 21 de dezembro, a cidade de Buenos Aires tem a noite mais longa, pois encontra-se no equinócio de verão.
(B) 21 de dezembro, ocorre o solstício de verão no Hemisfério Sul e o solstício de inverno no Hemisfério Norte.
(C) 22 de setembro, ocorre o equinócio de primavera no Hemisfério Norte e o equinócio de outono no Hemisfério Sul.
(D) 21 de março, ocorre o equinócio de primavera no Hemisfério Sul e o equinócio de outono no Hemisfério Norte.
(E) 21 de junho, o dia e a noite têm a mesma duração na cidade de Nova York, pois ela se encontra no equinócio de primavera.

Gabarito: B

Os solstícios de verão ocorrem no dia 21 de junho no Hemisfério Norte e no dia 21 de dezembro no Hemisfério Sul. Nessas
datas, a Terra se encontra em sua inclinação máxima em relação ao Sol, o que faz com que os respectivos hemisférios tenham
os dias mais longos e as noites mais curtas. Inversamente, os solstícios de inverno ocorrem no dia 21 de junho no Hemisfério
Sul e no dia 21 de dezembro no Hemisfério Norte, causando dias mais curtos e noites mais longas nos respectivos hemisférios.
QUESTÃO 53
_20_1FUV_1F_GEO_SN_L1_Q4
Sobre a teoria da deriva continental, divulgada no início do
século XX por Alfred Wegener, é correto afirmar que ela

(A) se baseou em pesquisas em Oceanografia e Geofísica,


auxiliadas pelo uso de sonares e pela datação radioativa
de rochas.
(B) explicou os movimentos da litosfera por meio do
conceito de placas tectônicas e do mecanismo de
correntes de convecção de magma.
(C) considerou o encaixe dos continentes, juntamente com
a distribuição de fósseis, rochas e cadeias montanhosas,
além de evidências glaciais.
(D) identificou três tipos de limites de placas tectônicas:
divergentes ou construtivos, convergentes ou
destrutivos e conservativos ou transformantes.
(E) defendeu a ideia de que os continentes mudaram de
posição durante a história e de que, originalmente,
existiu um único supercontinente, denominado
Gondwana.

Gabarito: C

A teoria da deriva continental, elaborada pelo climatólogo


alemão Alfred Wegener no início do século XX, defendia que
os continentes mudaram de posição ao longo da história
geológica. Essa hipótese se baseou em observações sobre o
encaixe das costas e a identidade geológica dos continentes
(incluindo efeitos das eras glaciais), além da distribuição
de fósseis e de cadeias montanhosas pelos diferentes
continentes.
QUESTÃO 54
_20_1FUV_1F_GEO_SN_L1_Q1
Nas projeções ilustradas a seguir, os planisférios A e B são,
respectivamente, uma projeção
Planisfério A

Planisfério B
Pixabay

(A) equivalente de Peters e uma projeção afilática de


Robinson.
(B) afilática de Mercator e uma projeção interrompida de
Goode.
(C) equivalente de Peters e uma projeção conforme de
Mercator.
(D) equidistante de Goode e uma projeção elipsoidal de
Mollweide.
(E) equidistante de Robinson e uma projeção equivalente
de Mercator.

Gabarito: A

O planisfério A é uma projeção de Peters, uma projeção


cilíndrica e equivalente que mantém as relações de área,
mas distorce o formato dos continentes. O planisfério B
é uma projeção de Robinson, uma projeção cilíndrica e
afilática que tem como objetivo diminuir as distorções nas
porções do globo.
QUESTÃO 55
_20_1FUV_1F_GEO_AF_L1_Q4
O Consenso de Washington foi uma reunião realizada
em 1989 na capital dos Estados Unidos com funcionários do
governo estadunidense, o Fundo Monetário Internacional,
o Banco Mundial e o Banco Interamericano de
Desenvolvimento. O encontro tinha como objetivo promover
o “ajustamento macroeconômico” das economias dos países
da América Latina.
Disponível em: <https://operamundi.uol.com.br>.
Acesso em: 11 nov. 2019. (Adaptado)

Uma das reformas econômicas propostas no Consenso de


Washington para os países da América Latina foi o(a)

(A) controle dos preços no mercado.


(B) estatização de empresas privadas.
(C) desregulamentação do setor financeiro.
(D) manutenção do sistema de seguridade social.
(E) intensificação das leis econômicas e trabalhistas.

Gabarito: C

O Consenso de Washington foi uma reunião realizada em


novembro de 1989 com representantes de organizações
internacionais: o FMI, o Banco Mundial e o BID. Tratava-
-se da consolidação da orientação desses organismos e do
Departamento do Tesouro dos EUA em favor de políticas
liberais – que passaram a ser denominadas neoliberais –
para os países em desenvolvimento (América Latina e Leste
Europeu). Suas reformas previam: o papel decisivo do livre
mercado na geração de empregos e no desenvolvimento
econômico, em detrimento do papel do governo; o ajuste
fiscal; a abertura comercial; a privatização de empresas
públicas; a liberação total de preços controlados; a
desregulamentação do setor financeiro; os incentivos ao
investimento externo; a reforma do sistema de seguridade
social; e a reforma do mercado de trabalho.
QUESTÃO 56
_20_1FUV_1F_GEO_SN_L1_Q6
Atente para as seguintes afirmações relativas aos tipos de
rocha que compõem a litosfera.
I. O basalto é uma rocha ígnea que apresenta cristais finos
extrusivos, de resfriamento rápido.
II. O granito é uma rocha metamórfica que apresenta
cristais grosseiros intrusivos, de resfriamento lento.
III. O arenito é uma rocha sedimentar clástica composta
de partículas cimentadas, que possuem o tamanho de
grãos de areia.

Está correto apenas o que se afirma em

(A) I. (C) I e II. (E) I e III.


(B) II. (D) II e III.

Gabarito: E

Afirmação I: correta. O basalto é a rocha vulcânica


(ígnea extrusiva) mais comum da litosfera, formada pelo
resfriamento da lava. Esse resfriamento, externo e rápido,
forma rochas de granulometria fina, devido ao pouco tempo
disponível para o desenvolvimento de cristais antes da sua
solidificação.
Afirmação II: incorreta. O granito é uma rocha ígnea intrusiva
que apresenta cristais grosseiros (visíveis a olho nu), devido
ao seu resfriamento lento, que permite o desenvolvimento
dos cristais.
Afirmação III: correta. O arenito é uma rocha sedimentar
clástica formada pela cimentação de fragmentos (clastos)
de rochas preexistentes; ele apresenta grãos visíveis, do
tamanho de grãos de areia.
QUESTÃO 57
_20_1FUV_1F_GEO_AF_L1_Q5
A expansão de empresas globais, a exemplo da Coca-Cola,
cujo logotipo está retratado a seguir, promove um efeito da
globalização conhecido como

Disponível em: <https://designersbrasileiros.com.br>.


Acesso em: 12 out. 2019.

(A) diversidade dos padrões de consumo.


(B) concentração industrial.
(C) pluralidade produtiva.
(D) massificação cultural.
(E) publicidade geral.

Gabarito: D

A globalização tem como efeito a expansão de empresas


multinacionais, o que favorece a massificação cultural. A
promoção de uma homogeneização comportamental e
uma padronização dos desejos de consumo da população
são expressões próprias da cultura dos países dominantes
e adentram os contextos nacionais dos países periféricos,
modificando suas expressões culturais.
QUESTÃO 58
_20_1FUV_1F_BIO_HJ_L1_Q8
Sob a denominação de Flora de Glossopteris, ou Província
Florística do Gondwana, são reunidos todos os registros
fósseis de plantas, sejam eles folhas, caules, sementes,
lenhos, pólens, charcoals etc., que apresentam similaridades
morfológicas e aparecem no meio das rochas sedimentares
de idade permiana (298-252 milhões de anos), que são
encontradas hoje na porção sul da África e da América do
Sul, bem como na Antártida, e em alguns países da Oceania
e da Ásia. Esses continentes ficaram unidos durante milhões
de anos, formando um grande paleocontinente denominado
Gondwana.
RICARDI-BRANCO, F. S. “O aniversário de Alfred Wegener e a Flora de
Glossopteris: ideias que literalmente mudam o planeta”.
PaleoMundo, 2 dez. 2017. Disponível em: <https://www.blogs.unicamp.br>.
Acesso em: 7 out. 2019. (Adaptado)

Com base no contexto histórico apresentado pelo excerto, é


correto afirmar que

(A) a deriva dos continentes deve ter ocorrido por volta de


300 milhões de anos atrás.
(B) os continentes, hoje separados por oceanos, eram
geograficamente unidos no Período Permiano.
(C) os continentes se separaram no Período Permiano; por
isso, as rochas apresentam registros fósseis.
(D) o fluxo gênico da Flora de Glossopteris ocorreu
intensamente por volta de 100 milhões de anos atrás.
(E) a Flora de Glossopteris foi geneticamente homogênea
em todo o território continental até 252 milhões de
anos atrás.

Gabarito: B

A existência de fósseis de plantas com similaridades


morfológicas em continentes atualmente distantes e
separados por oceanos é uma das evidências que atestam
que os continentes já estiveram unidos, em uma era
geológica pretérita.
QUESTÃO 59
_20_1FUV_1F_BIO_DB_L1_Q4
O esquema apresenta as principais características dos
protozoários.
Formados por A célula(s) B

Protozoários

Forma de nutrição C Maioria D

Com base na análise do esquema, os termos que podem


substituir as letras A, B, C e D são, respectivamente,

(A) uma; procarionte; heterotrófica; vida livre.


(B) uma; eucarionte; heterotrófica; vida livre.
(C) uma; eucarionte; autotrófica; parasitas.
(D) várias; eucariontes; heterotrófica; parasitas.
(E) várias; procariontes; autotrófica; vida livre.

Gabarito: B

Protozoários são seres unicelulares (A), com células


eucariontes (B) e nutrição heterotrófica (C), sendo a maioria
deles seres de vida livre (D).
QUESTÃO 60
_20_1FUV_1F_BIO_HJ_L1_Q6
No páramo, um ecossistema do alto da Cordilheira dos
Andes bastante fragmentado pela topografia andina, existe
um gênero de plantas endêmicas chamado Espeletia. Um
estudo confirmou uma hipótese sobre a história evolutiva
desse gênero. Basicamente, foi avaliada a composição
química, os metabólitos secundários, das espécies de
Espeletia, confirmando que espécies presentes na mesma
localidade apresentam perfis químicos semelhantes. Essa
relação já tinha sido encontrada com base em marcadores
moleculares, porém em uma escala geográfica maior.
ZIEGLER, M. F. “Impressões metabólicas contam a história
evolutiva das plantas”. Agência Fapesp, 21 ago. 2017. Disponível em:
<http://agencia.fapesp.br>. Acesso em: 7 out. 2019. (Adaptado)

Sobre a evolução das espécies de Espeletia, é correto


afirmar que

(A) a composição metabólica das espécies é evidência da


teoria de Lamarck.
(B) o perfil químico semelhante mostra que as espécies de
'Espeletia' não sofreram evolução.
(C) a teoria de Darwin explica que existe transmissão dos
metabólitos secundários aos descendentes.
(D) as mutações sofridas foram dirigidas à adaptação local,
em um processo de irradiação adaptativa.
(E) a pressão seletiva motivou o desenvolvimento de
metabólitos secundários para a adaptação às condições
locais.

Gabarito: E

Considerando que diferentes espécies de Espeletia


produzem os mesmos metabólitos secundários,
relacionados à sobrevivência e à adaptação das
plantas, conclui-se que existe ou existiu uma seleção de
características adaptadas às condições locais. Os indivíduos
de cada espécie que produziam metabólitos secundários
vantajosos à adaptação na região geraram descendentes e
se estabeleceram no local.
QUESTÃO 61
_20_1FUV_1F_BIO_HJ_L1_Q4
Em uma célula somática de um organismo diploide,
observou-se que, entre os 24 cromossomos existentes, o
centrômero de um deles não foi duplicado durante a divisão
mitótica.

Sobre as células-filhas originadas dessa divisão celular, é


correto afirmar que

(A) cada uma carregará 24 cromossomos duplicados.


(B) cada uma carregará um par de cromossomos duplicados.
(C) uma delas carregará 13 cromossomos e a outra
carregará 11.
(D) uma delas carregará 25 cromossomos homólogos.
(E) uma delas carregará 23 cromossomos.

Gabarito: E

No processo de divisão mitótica, o DNA é replicado,


originando cromossomos com duas cromátides-irmãs,
ligadas pela região do centrômero. Em determinado
momento da divisão, os centrômeros se duplicam e as
cromátides-irmãs se separam, originando os cromossomos-
-irmãos. No processo normal, cada célula-filha receberá
um cromossomo-irmão de cada tipo da célula original.
Se houver falha na divisão do centrômero de apenas um
cromossomo, uma das células-filhas não receberá esse
cromossomo e carregará um cromossomo a menos.
QUESTÃO 62
_20_1FUV_1F_BIO_HJ_L1_Q2
A diferença entre uma célula de um organismo eucarionte e
uma célula de um procarionte vai além da existência ou da
ausência de uma membrana nuclear. A estrutura sofisticada
de uma célula eucarionte permite uma maquinaria
bioquímica complexa e refinada.

As células eucariontes, ao contrário das células procariontes,


apresentam em sua estrutura

(A) parede celular, como a de peptidoglicano, que oferece


proteção e rigidez à célula.
(B) tecidos membranosos, como o retículo endoplasmático,
com funções metabólicas específicas.
(C) moléculas de DNA no citoplasma, como os plasmídeos,
que auxiliam nas funções metabólicas.
(D) organelas não membranosas, como o complexo
golgiense, com funções metabólicas específicas.
(E) organelas membranosas, como as mitocôndrias, que
exercem atividades metabólicas específicas.

Gabarito: E

Presentes em células eucariontes, e não em procariontes,


as organelas membranosas exercem funções metabólicas
específicas. Essas organelas são as mitocôndrias, os
cloroplastos, o retículo endoplasmático, o complexo
golgiense, os lisossomos e os peroxissomos.
QUESTÃO 63
_20_1FUV_1F_BIO_HJ_L1_Q3
O desenho esquemático a seguir apresenta os diferentes
graus de condensação do DNA.

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular.


6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997. (Adaptado)

A estrutura circular representada em B e a sua função são,


respectivamente,

(A) nucleossomo e descondensação da molécula de DNA.


(B) histona e estabilização e condensação da molécula de
DNA.
(C) centrômero e junção de cromátides-irmãs durante as
etapas iniciais da mitose.
(D) cromonema e junção de cromátides-irmãs durante as
etapas iniciais da mitose.
(E) nucleoplasma e preenchimento dos espaços vazios
entre as moléculas de DNA.

Gabarito: B

As histonas são proteínas nas quais o filamento de DNA


se enrola. Essas estruturas são responsáveis por garantir
estabilidade à molécula de DNA e promover a condensação
da molécula necessária para a divisão celular.
QUESTÃO 64
_20_1FUV_1F_BIO_GS_L1_Q3
O quadro correlaciona algumas protozooses com seu agente
etiológico e sua forma de transmissão.

Protozoose Agente etiológico Transmissão


Ingestão de cistos em água e
Amebíase II
em alimentos contaminados
Malária Plasmodium sp. III
Fezes do barbeiro
Trypanosoma
I contaminado; ingestão de
cruzi
alimentos contaminados

O números I, II e III são corretamente substituídos por:

(A) I – Doença de Chagas; II – 'Giardia intestinalis';


III – Picada de 'Anopheles' sp.
(B) I – Doença de Chagas; II – 'Giardia intestinalis';
III – Picada de mosquito-prego.
(C) I – Doença de Chagas; II – 'Entamoeba histolytica';
III – Picada de 'Anopheles' sp.
(D) I – Toxoplasmose; II – 'Entamoeba histolytica';
III – Picada de mosquito-palha.
(E) I – Toxoplasmose; II – 'Giardia intestinalis'; III – Picada de
'Anopheles' sp.

Gabarito: C

A doença de Chagas é causada pelo protozoário


Trypanosoma cruzi e transmitida pelas fezes do barbeiro
contaminado ou pela ingestão de alimentos contaminados.
A amebíase é causada pelo protozoário Entamoeba
histolytica e transmitida por meio da ingestão de cistos em
água e em alimentos contaminados.
A malária é causada pelo protozoário Plasmodium sp.
e transmitida pela picada da fêmea do mosquito-prego
(Anopheles sp.).
Portanto, os números I, II e III são corretamente substituídos
por “Doença de Chagas”, “Entamoeba histolytica” e “Picada
de Anopheles sp.”, respectivamente.
QUESTÃO 65
_20_1FUV_1F_BIO_GS_L1_Q2
Sobre o reino Metazoa, foram feitas as seguintes afirmações:
I. Engloba os vertebrados e os invertebrados.
II. Os animais pertencentes a esse reino são classificados
como enterozoários.
III. Fazem parte desse reino os platelmintos e os
nematelmintos, animais que formam o grupo dos
vermes e que são conhecidos como vermes achatados e
vermes cilíndricos, respectivamente.
IV. Artrópodes e equinodermos possuem um exoesqueleto
como estrutura de sustentação; nos artrópodes, essa
estrutura é formada por quitina e, nos equinodermos,
por calcário.
V. Os cordados são animais vertebrados e compõem o filo
com maior número de espécies.

Estão corretas apenas

(A) I e III.
(B) I, III e IV.
(C) I, IV e V.
(D) II, III e IV.
(E) II, III e V.

Gabarito: A

Afirmação I: correta. Os filos que compõem o reino Metazoa


são: poríferos, cnidários, platelmintos, nematelmintos,
anelídeos, artrópodes, moluscos, equinodermos e cordados
vertebrados.
Afirmação II: incorreta. Os animais desse reino podem
ser parazoários, que não possuem cavidade digestória, ou
enterozoários, que possuem cavidade digestória.
Afirmação III: correta. Platelmintos são vermes achatados
acelomados, e nematelmintos são vermes cilíndricos
pseudocelomados.
Afirmação IV: incorreta. Embora artrópodes possuam um
exoesqueleto de quitina, os equinodermos possuem um
endoesqueleto de calcário, coberto por uma epiderme.
Afirmação V: incorreta. Nem todos os cordados são
vertebrados; existem aqueles que são protocordados.
Além disso, o filo com o maior número de espécies é o dos
artrópodes.
QUESTÃO 66
_20_1FUV_1F_BIO_HJ_L1_Q5
Observe a figura a seguir, que ilustra uma mutação genética em um cromossomo mitótico de um indivíduo.

Mutação

Alelo “tipo Alelo mutante


selvagem” do gene
do gene

G A G AA G
... .. ... ... .. ...
DNA
C T C T T C

Informação genética estocada em sequência de pares de bases.

SNUSTAD, D. P.; SIMMONS, M. J. Fundamentos de genética. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. (Adaptado)

Com base no processo representado na figura, a mutação genética nesse indivíduo pode ter como consequência uma
alteração no(a)

(A) reconhecimento do RNAm, resultante da tradução do gene mutante.


(B) sequência de uma proteína específica, que pode ser uma enzima.
(C) cadeia lipídica produzida pelo organismo, devido à troca de um aminoácido.
(D) produção de diversas proteínas pelo organismo, resultante da alteração de um nucleotídeo.
(E) cadeia peptídica, com a incorporação de outro alelo, resultando na produção de outras proteínas.

Gabarito: B

De acordo com a figura, há alteração de apenas um nucleotídeo de um gene responsável pela codificação de determinada
proteína específica no organismo. Essa alteração pode ocasionar a troca de aminoácido e a produção de uma proteína, que
pode ser uma enzima, resultando em uma alteração na sequência dessa proteína específica.
QUESTÃO 67
_20_1FUV_1F_BIO_GS_L1_Q1
Acidentes com vazamento de óleo, como o ocorrido no
litoral nordeste brasileiro em agosto de 2019, ocasionam
uma série de danos ecológicos, afetando grande parte do
ecossistema aquático. Considerando os fundamentos da
Ecologia, espera-se que

(A) o óleo ingerido pelos animais aquáticos não se acumule


nos níveis tróficos superiores e afete apenas os
produtores.
(B) a presença do óleo ocasione aumento da difusão do
oxigênio nas águas, levando a um desequilíbrio nas
taxas de respiração celular.
(C) a camada de óleo na superfície das águas prejudique
o desenvolvimento de algas, base da cadeia alimentar
nesse ecossistema, afetando, assim, os demais níveis
tróficos.
(D) o óleo não afete a capacidade de reprodução de alguns
moluscos, pois ele é capaz de aumentar a quantidade de
ovos fertilizados.
(E) os derramamentos interfiram apenas nos fatores
abióticos do ecossistema, como densidade, temperatura,
coloração, luminosidade e composição química.

Gabarito: C

Derramamentos de óleo em mares e em ambientes


dulcícolas (aquáticos desprovidos de salinização) ocasionam
um desequilíbrio a toda a cadeia alimentar. Isso ocorre
porque os produtores dos ambientes aquáticos compõem
o fitoplâncton, em sua maioria, e se localizam na superfície
das águas. Uma vez que a superfície está tomada por óleo,
o fitoplâncton não consegue se desenvolver, e toda a cadeia
alimentar é prejudicada. Além disso, as algas pluricelulares,
que também são produtores, são prejudicadas, pois o
óleo na superfície das águas impede que a luz penetre,
impossibilitando a fotossíntese.
QUESTÃO 68
_20_1FUV_1F_BIO_DB_L1_Q3
Analise o cladograma a seguir.
Espécies 1 2 3 4 5
Características A A' A A' A

A
A respeito desse cladograma, foram feitas as seguintes
afirmações:
I. Apenas as espécies 1 e 3 formam um grupo monofilético.
II. As espécies 1, 3 e 5 podem formar um grupo parafilético.
III. As espécies 2 e 4 formam um grupo polifilético.
IV. A característica A' pode ser decorrente de um processo
de convergência adaptativa.

São corretas apenas as afirmações

(A) I e II.
(B) II e III.
(C) II e IV.
(D) I, II e III.
(E) II, III e IV.

Gabarito: E

Afirmação I: incorreta. Grupos monofiléticos devem incluir


todos os descendentes de um ancestral comum. Portanto,
as espécies 1, 2 e 3 fazem parte de um grupo monofilético.
Afirmação II: correta. Grupos parafiléticos contêm somente
alguns descendentes de um ancestral comum, e não todos.
Portanto, quando se excluem as espécies 2 e 4, o grupo
formado pelas espécies 1, 3 e 5 se torna parafilético.
Afirmação III: correta. As espécies 2 e 4 apresentam a
característica A', que surgiu de forma independente nas
duas espécies. Portanto, formam um grupo polifilético, pois,
para a característica A', não há nenhum ancestral comum às
duas espécies.
Afirmação IV: correta. A característica A' é derivada de A e
surgiu de modo independente em dois estágios diferentes
na escala evolutiva, convergindo para uma característica
semelhante ou para estruturas análogas nas duas espécies.
Esse processo é característico de uma evolução convergente
(convergência adaptativa).
QUESTÃO 69
_20_1FUV_1F_QUI_EW_L1_Q5
Em 2016, quatro novos elementos foram introduzidos na
tabela periódica, preenchendo o 7o período integralmente:
nihônio (Z = 113), moscóvio (Z = 115), tennessino (Z = 117)
e oganessono (Z = 118). Entretanto, a busca por novos
elementos continua, e, se sintetizados, esses elementos vão
inaugurar uma nova linha na tabela periódica: o 8o período.

Quando o elemento de número atômico 119 for sintetizado


e incluído na tabela periódica, o número de elétrons em seu
subnível mais energético será

(A) maior que o do sódio.


(B) maior que o do oxigênio.
(C) maior que o do nitrogênio.
(D) igual ao do hidrogênio.
(E) igual ao do cálcio.

Note e adote:
H (Z = 1), N (Z = 7), O (Z = 8), Na (Z = 11) e Ca (Z = 20).

Gabarito: D

Como um novo período será inaugurado na tabela periódica,


o elemento 119 entrará na coluna 1, e sua distribuição
eletrônica será [Og] 8s1. Desse modo, esse elemento
pertencerá à família dos metais alcalinos (família 1),
apresentando um elétron no subnível mais energético,
assim como os demais elementos da família (ns1) e como o
hidrogênio (1s1).
QUESTÃO 70
_20_1FUV_1F_QUI_EW_L1_Q4
O nióbio é um metal extraído do mineral columbita, do
qual o Brasil possui uma grande reserva. Esse metal possui
muitas aplicações em indústrias de alta tecnologia devido às
suas propriedades de condução, de resistência à corrosão e
ao seu alto ponto de fusão. Sobre as propriedades químicas
do nióbio, foram listadas as seguintes afirmações:
I. Possui 41 nêutrons no núcleo.
II. É um metal de transição externa.
III. Seu raio atômico é maior que o do vanádio.
IV. Possui energia de ionização menor que a do rubídio.
V. Encontra-se na coluna 3 e no 5o período da tabela
periódica.

Estão corretas apenas

(A) II e III.
(B) II e V.
(C) I, II e III.
(D) I, III e IV.
(E) II, III e V.

Note e adote:
nióbio (93
41Nb : [Kr] 5s 4d );
2 3

vanádio (5123
V : [Ar] 4s2 3d3);
rubídio (85
37Rb : [Kr] 5s ).
1

Gabarito: A

Afirmação I: incorreta. O nióbio possui 41 prótons e


52 nêutrons no núcleo (n = A – Z = 93 – 41 = 52).
Afirmação II: correta. O nióbio é um metal de transição
externa, que apresenta o elétron mais energético no
subnível d.
Afirmação III: correta. O vanádio pertence à mesma família
do nióbio, mas apresenta apenas quatro camadas. Portanto,
o nióbio tem um raio atômico maior que o vanádio.
Afirmação IV: incorreta. O rubídio é um metal alcalino
(família 1) do mesmo período que o nióbio (5o período).
Por possuir mais prótons, o nióbio apresenta menor raio
atômico e maior energia de ionização que o rubídio.
Afirmação V: incorreta. Considerando a distribuição
eletrônica do nióbio, o elemento apresenta o total de cinco
camadas e, portanto, encontra-se no 5o período da tabela.
Além disso, por ter 2 elétrons no subnível s da camada de
valência e 3 elétrons no subnível d da penúltima camada, o
metal encontra-se na coluna 5 (3 + 2 = 5).
QUESTÃO 71
_20_1FUV_1F_QUI_EW_L1_Q8
As curvas de aquecimento são utilizadas para determinar
o grau de pureza e a composição química dos sistemas.
Para analisar essas características, um sistema líquido foi
aquecido, e foi obtido o seguinte diagrama de temperatura
em função do tempo.
T (°C)

T1

T0

t1 t2 t (min)

Analisando essa curva de aquecimento e sabendo que esse


sistema apresenta uma faixa de fusão de 20 °C, pode-se
concluir que o sistema líquido é um(a)

(A) mistura comum. (D) sistema heterogêneo.


(B) substância pura. (E) mistura azeotrópica.
(C) mistura eutética.

Gabarito: E

Inicialmente, o sistema encontra-se no estado líquido. Ao


ser aquecido, ele sofre vaporização, passando para a fase
gasosa. Pela análise do gráfico, nota-se que, durante essa
mudança de fase, compreendida pelo intervalo de tempo
(t2 – t1), a temperatura é constante, indicando que o sistema
é uma substância pura ou uma mistura azeotrópica. Como
há uma faixa de fusão, em que a temperatura é variável,
conclui-se que esse sistema é uma mistura azeotrópica.
QUESTÃO 72
_20_1FUV_1F_QUI_EW_L1_Q1
Sommerfeld, ao estudar os espectros de emissão de
átomos mais complexos que o hidrogênio, propôs um
novo modelo atômico, no qual interpretou os espectros
com múltiplas linhas e, por meio da instituição do número
quântico secundário, explicou como os espectros de emissão
apresentavam o fenômeno de múltiplas linhas nas raias
espectrais. Para explicar essa multiplicidade, supôs, então,
que os níveis de energia estariam divididos em regiões
menores.
NETO, João Gomes. “Modelo atômico de Sommerfeld”. Disponível em:
<https://www.infoescola.com>. Acesso em: 1º nov. 2019. (Adaptado)

O modelo atômico proposto por Sommerfeld em 1916


explicou as linhas múltiplas dos espectros de emissão a
partir da

(A) existência de elétrons no núcleo.


(B) existência de subníveis eletrônicos.
(C) quantização dos prótons no núcleo.
(D) possibilidade de prótons serem excitados.
(E) existência de partículas neutras no núcleo.

Gabarito: B

De acordo com o modelo de Sommerfeld, as camadas


(níveis de energia) – propostas anteriormente por Bohr
– eram formadas por regiões menores, as subcamadas
(subníveis eletrônicos), de órbitas elípticas e de momentos
angulares diferentes. Para Sommerfeld, a subcamada mais
interna seria circular e as demais seriam elípticas, o que
explica a multiplicidade das linhas espectrais verificadas nos
fenômenos espectroscópicos até então.
QUESTÃO 73
_20_1FUV_1F_QUI_EW_L1_Q6
De acordo com o modelo atômico de Rutherford–Bohr, é
possível promover um elétron do estado fundamental de
um átomo para um estado excitado. Em alguns casos, essa
excitação faz com que o elétron saia do átomo, e, em termos
padronizados, a energia necessária para esse processo é
denominada energia de ionização.

A energia de ionização é uma propriedade periódica que

(A) representa a tendência de um átomo de atrair os


elétrons em uma ligação química.
(B) está envolvida na retirada de elétrons de um átomo ou
de um íon, qualquer que seja seu estado físico.
(C) representa a doação de elétrons a um átomo ou um íon
gasoso e que aumenta conforme aumenta a quantidade
de elétrons doados.
(D) representa a enegia liberada em uma ligação química,
quando os átomos doam ou recebem elétrons, seguindo
a regra do octeto.
(E) está envolvida na retirada de elétrons de um átomo ou
de um íon no estado gasoso e que aumenta conforme
aumenta a quantidade de elétrons retirados.

Gabarito: E

Por definição, a energia de ionização é a energia envolvida


no processo de retirada de elétrons de um átomo no estado
gasoso. Ao retirar um elétron de um átomo, a atração
entre o núcleo e os elétrons restantes aumenta. Assim, a
energia necessária para retirar outro elétron é maior, ou
seja, a energia de ionização aumenta com o aumento da
quantidade de elétrons retirados em sequência.
QUESTÃO 74
_20_1FUV_1F_QUI_MD_L1_Q4
Em 2015, a aviação civil gerou cerca de 770 milhões de
toneladas de CO2 , um dos gases causadores do efeito estufa.
Por isso, a European Aviation Commission determinou que
até 2020 as emissões anuais provenientes da aviação civil
deveriam ser reduzidas em 20% em relação à quantidade
gerada em 2015. Na queima de 1 kg de querosene,
combustível utilizado em aviações, são gerados, em média,
3,5 kg de CO2.
BAUMI, J. et al. “Obtenção de aditivo para querosene de aviação
através de coproduto da indústria sucroalcooleira”.
Revista Virtual de Química, v. 11, n. 4, jul./ago. 2019. (Adaptado)

Se a meta de redução for atingida, a quantidade anual de


CO2, em mol, que deixará de ser lançada no ar e o volume
anual de querosene, em metro cúbico, que deixará de ser
queimado são, respectivamente,

(A) 3,0 ⋅ 1012 e 3,5 ⋅ 107.


(B) 3,0 ⋅ 1012 e 4,4 ⋅ 107.
(C) 3,5 ⋅ 1012 e 5,5 ⋅ 107.
(D) 3,5 ⋅ 1012 e 6,6 ⋅ 107.
(E) 5,0 ⋅ 1012 e 7,5 ⋅ 107.

Note e adote:
Massas molares (g ⋅ mol–1): C = 12; O = 16.
Densidade do querosene: 0,8 ton/m3.
1 ton = 106 g.

Gabarito: C

A meta é reduzir em 20% as emissões anuais de gás


carbônico. Assim, a massa anual de CO2 que deixará de ser
lançada no ar é igual a:
770 milhões de toneladas ⋅ 0,20 = 154 milhões de toneladas =
= 154 ⋅ 1012 g de CO2

Portanto, a quantidade anual de CO2, em mol, que deixará


de ser lançada no ar é:
1 mol  44 g
n  154 ⋅ 1012 g
n = 3,5 ⋅ 1012 mols de CO2

Logo, o volume de querosene que deixará de ser queimado


é dado por:
1 kg querosene  3,5 kg de CO2
m  154 ⋅ 106 toneladas de CO2
m = 4,4 ⋅ 10 toneladas de querosene
7

m m 4 , 4 ⋅ 107 ton
d= ⇒V= = = 5, 5 ⋅ 107 m3
V d 0, 8 ton/m3
QUESTÃO 75
_20_1FUV_1F_QUI_MD_L1_Q1
A água mineral comercializada contém diversos sais em
diferentes concentrações. Entre eles, podem ser citados os
bicarbonatos de bário (Ba(HCO3)2), de estrôncio (Sr(HCO3)2),
de cálcio (Ca(HCO3)2), de magnésio (Mg(HCO3)2), de potássio
(KHCO3) e de sódio (NaHCO3), o nitrato de sódio (NaNO3) e o
cloreto de sódio (NaC).
A respeito da água mineral, foram feitas as seguintes
afirmações:
I. A água mineral é uma mistura homogênea monofásica
formada pela água e pelos sais dissolvidos.
II. A água mineral pode ser classificada como uma mistura
homogênea bifásica, pois é constituída de água e sais
dissolvidos.
III. A água mineral pode ser classificada como uma mistura
heterogênea, pois contém muitas substâncias e algumas
não estão completamente dissolvidas.

Está correto apenas o que se afirma em

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.

Gabarito: A

Afirmação I: correta. A água mineral é uma mistura


homogênea, pois os sais são dissolvidos na água, formando
uma solução de apenas uma fase (monofásica).
Afirmações II e III: incorretas. A água mineral é uma
mistura homogênea, uma vez que os sais estão dissolvidos,
formando apenas uma fase (monofásica).
QUESTÃO 76
_20_1FUV_1F_QUI_MD_L1_Q2
As formas de agregação das moléculas dependem das
forças de atração e de repulsão entre elas. Essas formas
são utilizadas para distinguir os estados físicos da matéria:
sólido, líquido e gasoso.

Considerando as relações entre as forças de atração e de


repulsão nos estados físicos, é correto afirmar que

(A) sólidos possuem forma e volume definidos, uma vez que


as forças de atração entre as moléculas são menores
que as forças de repulsão.
(B) líquidos possuem forma definida e volume variável, pois
as forças de repulsão entre as moléculas são maiores
que as forças de atração.
(C) líquidos possuem forma variável e volume definido,
uma vez que as forças de atração entre as moléculas são
maiores que as forças de repulsão.
(D) gases possuem forma e volume variáveis, pois as forças
de repulsão entre as moléculas são maiores que as
forças de atração.
(E) gases possuem forma e volume definidos, pois as forças
de atração entre as moléculas são semelhantes às forças
de repulsão.

Gabarito: D

No estado sólido, a forma e o volume são definidos, uma vez


que as forças de atração entre as moléculas são maiores que
as forças de repulsão. Já o estado líquido apresenta forma
variável e volume definido, pois as forças de atração entre
as moléculas são semelhantes às forças de repulsão. No
estado gasoso, a forma e o volume são variáveis, uma vez
que as forças de repulsão entre as moléculas são maiores
que as forças de atração.
QUESTÃO 77
_20_1FUV_1F_QUI_MD_L1_Q3
O carbono apresenta diversas formas alotrópicas distintas: duas delas, grafite e diamante, diferem-se principalmente por seus
arranjos geométricos, conforme mostram as figuras.

Estrutura monolaminar da grafite Estrutura cristalina do diamante

Na natureza, a grafite pode ser transformada em diamante em condições de altas temperatura e pressão. Considerando as
estruturas desses alótropos, em relação às suas características, o(a)

(A) diamante e a grafite possuem dureza e brilho semelhantes, já que o carbono é tetravalente.
(B) diamante apresenta extrema dureza e brilho característico devido à sua estrutura tetraédrica.
(C) diamante tem dureza e brilho característicos devido à sua geometria de hexágonos.
(D) grafite é escorregadia, pois, devido à sua estrutura tetraédrica, a força de atração entre suas lâminas é fraca.
(E) grafite é escorregadia, pois apresenta geometria de hexágonos, e as forças que unem suas lâminas são extremamente
fortes.

Gabarito: B

Como é possível observar na imagem, o diamante possui estrutura tetraédrica. Esse arranjo entre os átomos de carbono é
responsável pelas características do diamante, como a dureza, o brilho característico e o ângulo de lapidação definido.
QUESTÃO 78
_20_1FUV_1F_QUI_MD_L1_Q6
O gás hidrogênio é um combustível de fonte renovável e não
poluente. Uma das formas de se obter esse gás é por meio
da eletrólise do ácido clorídrico, que também produz o gás
cloro, mediante a reação a seguir.
2 HC(aq) → H2(g) + C2(g)

Nesse processo, os gases são coletados e, posteriormente,


separados. Considere que o H2 formado nessa eletrólise foi
recolhido em um frasco de 24,6 litros, a 27 °C e a 2 atm, para
ser utilizado como combustível. A quantidade de moléculas
de H2 que foram recolhidas é igual a

(A) 1,2 ⋅ 1023.


(B) 2,0 ⋅ 1023.
(C) 6,0 ⋅ 1023.
(D) 1,2 ⋅ 1024.
(E) 2,0 ⋅ 1024.

Note e adote:
T (K) = T (°C) + 273.
Constante de Avogadro: 6,0 ⋅ 1023.
Constante universal dos gases: R = 0,082 atm ⋅ L ⋅ mol–1 ⋅ K–1.

Gabarito: D

Pela equação de Clapeyron, a quantidade de H2, em mols,


recolhida após a eletrólise é dada por:
P⋅V=n⋅R⋅T
2 ⋅ 24,6 = n ⋅ 0,082 ⋅ 300
n = 2 mols

Assim, a quantidade de moléculas de H2 recolhida é igual a:


1 mol  6,0 ⋅ 1023 moléculas
2 mols  x
x = 1,2 ⋅ 1024 moléculas de H2
QUESTÃO 79
_20_1FUV_1F_QUI_MD_L1_Q5
Certa massa de um gás ideal é submetida a uma
transformação cíclica, conforme ilustrado no gráfico.
P (atm)
III
4

2 II
I

4 8 V (L)

Considerando as variáveis de estado do gás, na


transformação de

(A) I para II, a temperatura do gás aumenta, enquanto ele


se expande.
(B) I para II, o processo é isocórico, pois a pressão
permanece constante.
(C) II para III, a pressão e a temperatura do gás aumentam,
enquanto o volume diminui.
(D) II para III, a temperatura do gás aumenta, enquanto o
volume e a pressão diminuem.
(E) III para I, o processo é isobárico, pois o volume
permanece constante.

Gabarito: A

De I para II, o gás sofre uma transformação isobárica, ou seja,


sua pressão se mantém constante. Nessa transformação, a
temperatura e o volume do gás aumentam, ocasionando
sua expansão. Isso ocorre porque o volume ocupado por um
gás é diretamente proporcional à sua temperatura.
QUESTÃO 80
_20_1FUV_1F_FIS_AM_L1_Q5
Nos vértices M e N de um triângulo equilátero LMN, são
colocadas, respectivamente, as cargas +Q e –Q.
M N

Sendo Q = 6 µC e 1,5 m a medida dos lados desse triângulo,


a intensidade do vetor campo elétrico, em N/C, resultante
em L vale

(A) 5 000. (D) 18 000.


(B) 7 000. (E) 24 000.
(C) 9 000.

Note e adote:
K0 = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2 ⋅ C–2.
µ = 10–6.

Gabarito: E

Ao posicionar as respectivas cargas nos pontos indicados, é


possível montar o seguinte esquema:
M N
+Q 60° 60° – Q

EN
60°

60°
60° 60°
ER
L

EM

Ao decompor os vetores atuantes em L, obtém-se:

EN
y

EN
x

EM
x

EM
y

Como as componentes verticais ENy e EMy se cancelam por


serem iguais, mas com sentidos contrários, basta somar as
componentes horizontais ENx e EMx para determinar ER em L:
ER = EMx + ENx
ER = EM ⋅ cos 60° + EN ⋅ cos 60°
Assim, como as cargas em M e N são equidistantes e possuem
a mesma intensidade, os campos elétricos também serão
iguais. Portanto, tem-se:
  K ⋅ Q 9 ⋅ 109 ⋅ 6 ⋅ 10 −6 5, 4 ⋅ 104
EM = EN = 0 2 = = = 24 000 N/C
d (1, 5)2 2,25
Logo, a intensidade do vetor campo elétrico resultante em
L será igual a:
ER = 24 000 ⋅ 0,5 + 24 000 ⋅ 0,5 = 24 000 N/C
QUESTÃO 81
_20_1FUV_1F_FIS_FT_L1_Q4
Uma pessoa trafega por uma avenida em seu veículo com
uma velocidade constante de 54 km/h, quando avista um
semáforo no exato momento em que ele muda de verde
para amarelo. O semáforo permanece no amarelo por 2,5 s
antes de mudar para o vermelho. Caso o motorista não freie
e mantenha a mesma velocidade constante, ele chegará
ao semáforo em 3 s, sem tempo suficiente de atravessar o
cruzamento enquanto o semáforo estiver sinalizado com a
luz amarela.

Dessa forma, a solução mais segura é parar o veículo diante


do semáforo, antes do cruzamento. Considerando que o
tempo de reação do motorista é de 0,5 s, o menor módulo
da desaceleração do carro, em m/s2, para que ele pare no
semáforo, é

(A) 2,5.
(B) 3,0.
(C) 5,0.
(D) 6,0.
(E) 10,8.

Note e adote:
O tempo de reação é o intervalo de tempo existente entre a
geração de um estímulo visual e a ação motora.

Gabarito: B

Primeiramente, é preciso converter a unidade da velocidade


de km/h para m/s:
1 000 m
v = 54 ⋅ = 15 m/s
3 600 s
Na primeira parte da questão, os dados permitem calcular a
distância do motorista até o semáforo:
∆s
v= ⇒ ∆s = 15 ⋅ 3 = 45 m
∆t
Como o motorista leva 0,5 s para começar a frear, ele
percorrerá uma distância ∆s' até iniciar a frenagem:
∆s '
15 = ⇒ ∆s ' = 15 ⋅ 0, 5 = 7, 5 m
0, 5
Assim, o deslocamento efetivo até o semáforo no qual o
motorista desacelerará o veículo é:
∆sT = 45 – 7,5 = 37,5 m
Portanto, como o veículo precisa parar ao final de 37,5 m, a
desaceleração mínima será igual a:
v2 = v20 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s
0 = 152 + 2 ⋅ a ⋅ (37, 5)
a = −3 m/s2
QUESTÃO 82
_20_1FUV_1F_FIS_AM_L1_Q4
Dois pilotos, A e B, disputam uma corrida em uma pista
de 4 005 metros de comprimento. Eles se deslocam com
seus carros em MRU com velocidades constantes e iguais
a 162 km/h e 126 km/h, respectivamente. Em um dado
momento da corrida, quando o piloto B está 205 metros
atrás do piloto A, este entra no pit stop, localizado a
1 755 metros da linha de chegada. Após certo tempo,
o piloto A sai do pit stop e retorna à pista com a mesma
velocidade constante.

Entre as alternativas a seguir, assinale aquela que apresenta


o maior intervalo de tempo, em segundo, entre a entrada e
a saída do piloto A no pit stop para que, ao voltar à pista, ele
ainda consiga vencer a corrida.

(A) 16
(B) 18
(C) 20
(D) 23
(E) 25

Note e adote:
Desconsidere a distância entre os pontos de entrada e de saída
do pit stop.

Gabarito: A

Primeiramente, é preciso converter as velocidades de km/h


para m/s, dividindo a velocidade em km/h por 3,6. Assim:
vA = 45 m/s e vB = 35 m/s
Como o carro B está 205 metros atrás do carro A e este
entra no pit stop localizado a 1 755 metros do fim da pista, é
possível encontrar a distância que o carro B está da linha de
partida. Assim, tem-se:
dB = 4 005 – 1 755 − 205 = 2 045 m
O esquema a seguir ilustra a situação descrita no texto:
A
vB = 45 m/s
B
vA = 35 m/s

0 2 045 m 2 250 m 4 005 m


Portanto, o tempo restante para os pilotos A e B finalizarem
a corrida é dado por:
∆s 4 005 − 2250
∆t A = = = 39 s
v 45
∆s 4 005 − 2 045
∆tB = = = 56 s
v 35
Logo, ∆t = 56 – 39 = 17 s.
Esse valor significa que, se o intervalo de tempo entre a
entrada e a saída do pit stop for igual a 17 segundos, os dois
pilotos cruzarão juntos a linha de chegada.
Portanto, para que o piloto A consiga voltar à pista a tempo
de vencer a corrida, o intervalo de tempo entre a entrada e
a saída do pit stop deve ser inferior a 17 segundos.
Assim, entre as alternativas, a única que apresenta uma
resposta possível é a A.
QUESTÃO 83
_20_1FUV_1F_FIS_FT_L1_Q1
Em 2019, o prêmio Nobel de Física foi entregue a um
cientista por explicar como o Cosmo evoluiu após o Big
Bang e a outros dois pela descoberta de um planeta fora do
Sistema Solar. Classificado como exoplaneta, ele foi batizado
de 51 Pegasi b e está situado a aproximadamente 50 anos-
-luz da Terra.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br>.
Acesso em: 16 out. 2019. (Adaptado)

Com base nas informações do trecho de notícia apresentado,


analise as seguintes afirmações:
I. O tempo de viagem de uma aeronave até o planeta
51 Pegasi b, a partir da Terra, é de aproximadamente
50 anos.
II. A luz leva aproximadamente 50 anos para ir do planeta
51 Pegasi b até a Terra.
III. A distância do planeta 51 Pegasi b até a Terra é de
aproximadamente 4,5 ⋅ 1014 km.

Está correto o que se afirma em


(A) I, apenas. (D) II e III.
(B) II, apenas. (E) I, II e III.
(C) III, apenas.

Note e adote:
Velocidade da luz no vácuo = 3 ∙ 108 m/s.
1 ano ≅ 3 ∙ 107 s.

Gabarito: D

Afirmação I: incorreta. 50 anos é o tempo de viagem com


velocidade igual à da luz. Nenhuma aeronave viaja com
velocidade igual à da luz.
Afirmação II: correta. 50 anos-luz é a distância que a luz
percorre em 1 ano. Como o planeta está a uma distância
de 50 anos-luz, a luz demora 50 anos para percorrer essa
distância.
Afirmação III: correta. A luz, com velocidade de 3 ⋅ 108 m/s,
demora 50 anos para percorrer a distância ∆s entre o
planeta Pegasi b e a Terra, que é dada por:
∆s
v=
∆t
∆s
3 ⋅ 108 =
50 ⋅ 3 ⋅ 107
∆s = 450 ⋅ 1015 m = 4 , 5 ⋅ 1014 km
QUESTÃO 84
_20_1FUV_1F_FIS_FT_L1_Q5
Duas cargas idênticas +Q são colocadas nos vértices de um
quadrado, gerando, no ponto P, um campo elétrico para a
direita com intensidade E, conforme a figura I.
+Q I II
+Q +2Q

E
P P

+Q +Q –Q

Se outras duas cargas +2Q e −Q forem colocadas nos outros


dois vértices desse quadrado, conforme a figura II, o novo
campo resultante no ponto P terá sua direção e seu sentido
indicados por
(A) , com intensidade menor que E.
(B) , com a mesma intensidade de E.
(C) , com intensidade maior que E.

(D) , com a mesma intensidade de E.

(E) , com intensidade maior que E.

Gabarito: E

As cargas positivas da figura I criam um campo de


afastamento no ponto P, gerando um vetor resultante E para
a direita, conforme o diagrama a seguir.
+Q I

e
E
e

+Q
Ao colocar duas cargas nos outros dois vértices do
quadrado, o campo elétrico resultante no ponto P se altera.
Os módulos dos campos elétricos são proporcionais aos
módulos das cargas. Assim, a carga negativa –Q cria um
campo de aproximação de igual intensidade ao campo
das cargas positivas +Q, e a carga +2Q cria um campo de
repulsão igual ao dobro das cargas +Q. O novo diagrama dos
vetores pode ser representado pela figura a seguir.

+Q II +2Q

e
e
2e e

+Q –Q
Portanto, os vetores resultantes serão:

+Q II +2Q

e e
E' e

+Q –Q

Logo, pela figura, pode-se verificar que o módulo do campo


resultante E' é maior que o módulo do campo resultante E.
QUESTÃO 85
_20_1FUV_1F_FIS_AM_L1_Q1
Uma partícula percorre um trecho retilíneo ABC, conforme
indicado na figura.

A B C

Sabe-se que, na primeira parte do trecho (AB), o módulo


da velocidade média da partícula vale v1; enquanto, na
segunda parte (BC), o módulo da velocidade média vale v2.
Considerando que a velocidade média total no trecho ABC é
AB
igual a v1 ⋅ v2 , a razão entre os segmentos vale
BC
v1
(A)
v2
v
(B) 2
v1
v1
(C)
v2
v2
(D)
v1
2v 1
(E)
v1 + v 2

Gabarito: C

∆s
Como vm = e AB = d1 e BC = d2, tem-se:
∆t
No trecho AB:
d d
v1 = 1 ⇒ t1 = 1
t1 v1
No trecho BC:
d d
v 2 = 2 ⇒ t2 = 2
t2 v2
Sabe-se que, no trecho total (ABC), a velocidade média é
AB
igual a v1 ⋅ v2 . Portanto, a relação é igual a:
BC
d + d2
vmABC = v1 ⋅ v2 = 1
t1 + t2
d + d2 d1 + d2
v1 ⋅ v 2 = 1 = ⋅ v1 ⋅ v 2
d1 d2 d1 ⋅ v2 + d2 ⋅ v1
+
v1 v 2
Elevando os dois lados da equação ao quadrado, obtém-se:

v1 ⋅ v 2 =
(d1 + d2 )2 ⋅ v12 ⋅ v22
(d1 ⋅ v2 + d2 ⋅ v1 ) 2

(d1 ⋅ v2 + d2 ⋅ v1 )2 = (d1 + d2 )2 ⋅ v1 ⋅ v2
d12 ⋅ v22 + d22 ⋅ v12 = v1 ⋅ v2 ⋅ d12 + v1 ⋅ v2 ⋅ d22
d12 ⋅ v2 ⋅ (v2 − v1 ) = d22 ⋅ v1 ⋅ (v2 − v1 )
d12 v1 d v1
= ⇒ 1 =
d22 v2 d2 v2
QUESTÃO 86
_20_1FUV_1F_FIS_FT_L1_Q2
Três esferas metálicas idênticas, A, B e C, estão separadas
e isoladas eletricamente. A esfera A possui 1 800 elétrons
a mais que prótons, a esfera B é neutra, e a esfera C possui
2 400 prótons a mais que elétrons.
Inicialmente, a esfera A é colocada em contato com a
esfera B. Após atingirem o equilíbrio eletrostático, elas são
separadas. Em seguida, a esfera B é colocada em contato
com a esfera C, e, após atingirem o equilíbrio eletrostático,
elas também são separadas.

Ao final do processo, a carga elétrica da esfera C vale

(A) +3,20 ⋅ 10−17 C.


(B) +4,80 ⋅ 10−17 C.
(C) +1,20 ⋅ 10−16 C.
(D) –1,44 ⋅ 10−16 C.
(E) –1,20 ⋅ 10−16 C.

Note e adote:
carga do elétron = −1,6 ⋅ 10−19 C;
carga do próton = +1,6 ⋅ 10−19 C.

Gabarito: C

Carga da esfera A:
QA = n ⋅ q
QA = 1 800 ∙ (−1,6 ⋅ 10−19) = −2,88 ⋅ 10−16 C

Carga da esfera B:
QB = 0

Carga da esfera C:
QC = n ⋅ q
QC = 2 400 ⋅ (+1,6 ⋅ 10−19) = +3,84 ⋅ 10−16 C

Ao colocar as esferas A e B em contato, a carga total é


dividida por dois:
Q + Q B −2, 88 ⋅ 10 −16 + 0
Q 'A = Q 'B = A = = −1, 44 ⋅ 1016 C
2 2
Ao colocar a esfera B em contato com a C, tem-se:
Q ' + Q C −1, 44 ⋅ 10 −16 + 3, 84 ⋅ 10 −16
Q "B = Q 'C = B = + 1,2 ⋅ 10 −16 C
2 2
QUESTÃO 87
_20_1FUV_1F_FIS_FT_L1_Q7
As moedas de R$ 0,50 e de R$ 1,00 fabricadas entre 1998
e 2001 apresentam uma curiosidade: não são atraídas por
ímã. Isso ocorre porque são constituídas de cuproníquel e
de alpaca. A partir de 2002, essas moedas passaram a ser
produzidas em aço inoxidável. A de R$ 1,00 passou a ter
miolo em aço inoxidável e anel em aço revestido de bronze,
ligas metálicas mais leves, atraídas por ímã.
Disponível em: <http://g1.globo.com>.
Acesso em: 12 nov. 2019. (Adaptado)

Visando estudar as propriedades desses metais, decide-se


separar as duas partes que compõem a moeda de R$ 1,00
por meio da dilatação dos materiais. Considerando que
entre as partes não há cola, apenas um encaixe, três formas
de separação foram propostas:
I. Aquecer a moeda.
II. Resfriar a moeda.
III. Aquecer apenas o anel de aço revestido, mantendo o
miolo resfriado.

O miolo poderá se soltar do anel ao se realizar apenas

(A) I. (D) I e III.


(B) II. (E) II e III.
(C) III.

Note e adote:
coeficiente de dilatação linear do aço revestido = 14 ⋅ 10−6 °C−1;
coeficiente de dilatação linear do aço inoxidável = 19 ⋅ 10−6 °C−1.

Gabarito: E

O coeficiente de dilatação do aço revestido (anel) é menor


que o coeficiente de dilatação do aço inoxidável (miolo). O
material com maior coeficiente de dilatação dilata mais no
aquecimento e contrai mais no resfriamento.
Assim, para soltar as duas partes, pode-se:
• aquecer apenas o anel, pois, caso se aqueça a moeda
toda, o miolo irá dilatar mais que o anel, e as duas partes
não se soltarão.
• resfriar toda a moeda ou apenas o miolo, pois, como
o miolo se contrai mais que o anel, as duas partes se
soltarão.
A diferença é que, se apenas o miolo for resfriado, essa
separação ocorrerá mais rapidamente.
Então, apenas as formas de separação II e III funcionam.
I. Incorreta.
II. Correta.
III. Correta.
QUESTÃO 88
_20_1FUV_1F_FIS_FT_L1_Q3
Duas esferas carregadas eletricamente com cargas
QA = +80 µC e QB = −20 µC estão no vácuo, fixas e separadas
por uma distância de 30 cm, conforme a figura.
QA QB

(cm)
0 30

Uma terceira esfera com carga q = +5 µC será colocada


em um ponto sobre o eixo que liga os corpos A e B, de tal
forma que o sistema fique em equilíbrio. Em qual posição a
terceira esfera será colocada?

(A) 60 cm à direita do corpo A


(B) 60 cm à direita do corpo B
(C) 10 cm à esquerda do corpo A
(D) 10 cm à esquerda do corpo B
(E) 10 cm à esquerda do corpo B e 20 cm à direita do
corpo A

Gabarito: A

A terceira esfera será repelida por A e atraída por B. Então,


a terceira esfera deve ficar em uma posição à esquerda
de A ou à direita de B. Porém, como o módulo da esfera B
é menor que o módulo da esfera A, se a terceira esfera
ficar à esquerda de A, a esfera B não conseguirá atrair a
terceira esfera suficientemente para que o sistema fique em
equilíbrio.
Dessa forma, para que o sistema fique em equilíbrio, a
terceira esfera deverá ser colocada em uma posição em
que a força de repulsão da esfera A tenha o mesmo módulo
da força de atração da esfera B. Segundo a lei de Coulomb,
como o módulo da carga da esfera A é maior que o módulo
da carga da esfera B, a distância da esfera A até a terceira
esfera será maior que a distância desta até a esfera B.
Assim, a terceira esfera deve ficar em uma posição à direita
da esfera B, conforme o esquema a seguir.
QA QB
FB q FA
(cm)
0 30
d
Para que o sistema fique em equilíbrio, têm-se:
FA = FB
k ⋅ QA ⋅ q k ⋅ QB ⋅ q
2
=
(30 + d) d2
80 20
= ⇒ d2 − 20d − 300 = 0
(30 + d)2 d2
d1 = −10 cm
d2 = 30 cm
A posição d = −10 cm deve ser descartada, pois, se a terceira
esfera for colocada na região compreendida entre A e B,
ela será repelida para a direita pela esfera A, em direção
à esfera B, sendo, portanto, atraída por esta, o que não
mantém o sistema em equilíbrio.
Portanto, a posição deve ser d = 30 cm. Ou seja, a terceira
esfera deve ficar 30 cm à direita de B, ou 60 cm à direita
de A.
QUESTÃO 89
_20_1FUV_1F_FIS_FT_L1_Q6
Os tardígrados, conhecidos como ursos-d’água, são
criaturas microscópicas capazes de sobreviver em diversos
tipos de condições extremas, como no vácuo do espaço e
em altas e baixas temperaturas. Pesquisadores descobriram
que esse animal pode sobreviver por alguns minutos em
uma temperatura de 302 °F e por alguns dias em uma
temperatura de −454 °F, quase o zero absoluto.
Disponível em: <https://www.bbc.com>.
Acesso em: 12 nov. 2019. (Adaptado)

Na escala Celsius, a temperatura mínima de sobrevivência


desse animal e a variação máxima de temperatura de
sobrevivência são, respectivamente,

(A) −454 °C e 302 °C. (D) −185 °C e 402 °C.


(B) −270 °C e 420 °C. (E) −150 °C e 200 °C.
(C) −234 °C e 402 °C.

Gabarito: B

Temperatura mínima = TF = −454 °F


Assim, tem-se:
TC TF − 32
=
5 9
5 ⋅ (− 454 − 32)
TC = = −270 °C
9
A variação de temperatura, em Celsius, será:
∆TF = 302 – (−454) = 756 °F
∆TC ∆TF
=
5 9
5 ⋅ 756
∆TC = = 420 °C
9
QUESTÃO 90
_20_1FUV_1F_FIS_FT_L1_Q8
Um recipiente de vidro contém o volume V0 de um líquido
desconhecido, inicialmente a 20 °C. O conjunto é aquecido
até 120 °C, e o volume aparente do líquido fica 2% maior
que o volume inicial.

2% ⋅ V0

V0
T = 20 °C

T = 120 °C

Sabendo que o coeficiente de dilatação volumétrica do


recipiente é γR = 5 ⋅ 10−5 °C−1, o volume final do líquido é

(A) 1,020 ⋅ V0.


(B) 1,025 ⋅ V0.
(C) 1,050 ⋅ V0.
(D) 1,070 ⋅ V0.
(E) 1,200 ⋅ V0.

Note e adote:
O líquido não muda de estado físico durante o aquecimento.

Gabarito: B

Esses 2% de V0 referem-se à dilatação aparente do líquido,


pois o recipiente também dilatou. Assim, tem-se:
∆Vreal = ∆Vrecipiente + ∆Vaparente
∆Vreal = V0 ⋅ γ R ⋅ ∆T + ∆Vaparente
∆Vreal = V0 ⋅ 5 ⋅ 10 −5 ⋅ (120 − 20) + 0, 02V0
∆Vreal = 0, 005V0 + 0, 02V0 = 0, 025V0
Vfinal − V0 = 0, 025V0
Vfinal = 1, 025V0

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