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INVITATÓRIO
Salmo 94 (95)
Convite ao louvor de Deus
Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’. (Hb 3,13)
OFÍCIO DE LEITURAS
HINO
Ant. Os reis de toda a terra se reúnem e conspiram os governos todos juntos contra o
Deus onipotente e o seu Ungido.
Ant. 2 Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre si a minha túnica.
Salmo 21(22),2-23 [24-32]
Ant. Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre si a minha túnica.
Salmo 37(38)
PRIMEIRA LEITURA
Irmãos: Cristo veio como sumo-sacerdote dos bens futuros. Através de uma tenda maior e
mais perfeita, que não é obra de mãos humanas, isto é, que não faz parte desta criação, e
não com o sangue de bodes e bezerros, mas com o seu próprio sangue, ele entrou no
Santuário uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna. De fato, se o sangue de
bodes e touros, e a cinza de novilhas espalhada sobre os seres impuros os santifica e
realiza a pureza ritual dos corpos, quanto mais o Sangue de Cristo, purificará a nossa
consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo, pois, em virtude do espírito
eterno, Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha.
Por isso, ele é mediador de uma nova aliança. Pela sua morte, ele reparou as
transgressões cometidas no decorrer da primeira aliança. E, assim, aqueles que são
chamados recebem a promessa da herança eterna. Onde existe testamento, é preciso
que seja constatada a morte de quem fez o testamento. Pois um testamento só tem valor
depois da morte, e não tem efeito nenhum enquanto ainda vive aquele que fez o
testamento. Por isso, nem mesmo a primeira aliança foi inaugurada sem sangue. Quando
anunciou a todo o povo cada um dos mandamentos da Lei, Moisés tomou sangue de
novilhos e bodes, junto com água, lã vermelha e um hissopo. Em seguida, aspergiu
primeiro o próprio livro e todo o povo, e disse: “Este é o sangue da aliança que Deus faz
convosco”. Do mesmo modo, aspergiu com sangue também a Tenda e todos os objetos
que serviam para o culto. E assim, segundo a Lei, quase todas as coisas são purificadas
com sangue, e sem derramamento de sangue não existe perdão.
Portanto, as cópias das realidades celestes tinham que ser purificadas dessa maneira;
mas as próprias realidades celestes devem ser purificadas com sacrifícios melhores. De
fato, Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, imagem do verdadeiro, mas
no próprio céu, a fim de comparecer, agora, na presença de Deus, em nosso favor. E não
foi para se oferecer a si muitas vezes, como o sumo-sacerdote que, cada ano, entra no
Santuário com sangue alheio. Porque, se assim fosse, deveria ter sofrido muitas vezes,
desde a fundação do mundo. Mas foi agora, na plenitude dos tempos, que, uma vez por
todas, ele se manifestou para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. O destino de
todo homem é morrer uma só vez, e depois vem o julgamento. Do mesmo modo, também
Cristo, oferecido uma vez por todas, para tirar os pecados da multidão, aparecerá uma
segunda vez, fora do pecado, para salvar aqueles que o esperam.
R. Foi levado como ovelha ao matadouro; e, maltratado, não abriu a sua boca; * Foi
condenado para a vida de seu povo.
V. Ele próprio entregou a sua vida e deixou-se colocar entre os facínoras. * Foi
condenado.
SEGUNDA LEITURA
De seu lado saiu sangue e água (Jo 19,34). Não quero, querido ouvinte, que trates com
superficialidade o segredo de tão grande mistério. Falta-me ainda explicar-te outro
significado místico e profundo. Disse que esta água e este sangue são símbolos do
batismo e da eucaristia. Foi destes sacramentos que nasceu a santa Igreja, pelo banho da
regeneração e pela renovação no Espírito Santo, isto é, pelo batismo e pela eucaristia
que brotaram do lado de Cristo. Pois Cristo formou a Igreja de seu lado traspassado,
assim como do lado de Adão foi formada Eva, sua esposa.
Por esta razão, a Sagrada Escritura, falando do primeiro homem, usa a expressão osso
dos meus ossos e carne da minha carne (Gn 2,23), que São Paulo refere, aludindo ao
lado de Cristo. Pois assim como Deus formou a mulher do lado do homem, também
Cristo, de seu lado, nos deu a água e o sangue para que surgisse a Igreja. E assim como
Deus abriu o lado de Adão enquanto ele dormia, também Cristo nos deu a água e o
sangue durante o sono de sua morte.
Vede como Cristo se uniu à sua esposa, vede com que alimento nos sacia. Do mesmo
alimento nos faz nascer e nos nutre. Assim como a mulher, impulsionada pelo amor
natural, alimenta com o próprio leite e o próprio sangue o filho que deu à luz, também
Cristo alimenta sempre com o seu sangue aqueles a quem deu o novo nascimento.
R. Não foi nem com ouro nem prata que fostes remidos, irmãos; mas sim pelo sangue
precioso
de Cristo, o Cordeiro sem mancha. * Por ele nós temos acesso num único Espírito ao Pai.
V. O sangue do Filho de Deus nos lava de todo pecado. * Por ele.
EVANGELHO
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Jesus foi posto diante do governador, e este o interrogou: “Tu és o rei dos judeus?”
Jesus declarou: “É como dizes”, e nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos
sacerdotes e anciãos. Então Pilatos perguntou:“Não estás ouvindo de quanta coisa eles te
acusam?” Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito
impressionado. Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a
multidão quisesse. Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás.
Então Pilatos perguntou à multidão reunida: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás,
ou Jesus, a quem chamam de Cristo?” Pilatos bem sabia que eles haviam entregado
Jesus por inveja.
Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: “Não te
envolvas com esse justo! porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele.”
Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem
Barrabás e que fizessem Jesus morrer. O governador tornou a perguntar: “Qual dos dois
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quereis que eu solte?” Eles gritaram: “Barrabás.” Pilatos perguntou: “Que farei com Jesus,
que chamam de Cristo?” Todos gritaram: “Seja crucificado!” Pilatos falou: “Mas, que mal
ele fez?” Eles, porém, gritaram com mais força: “Seja crucificado!”
Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer
água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: “Eu não sou responsável pelo sangue
deste homem. Este é um problema vosso!” O povo todo respondeu: “Que o sangue dele
caia sobre nós e sobre os nossos filhos”. Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar
Jesus, e entregou-o para ser crucificado.
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Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram
toda a tropa em volta dele. Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; =
depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em
sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo: “Salve, rei
dos judeus!” Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. Depois de
zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias
roupas. Daí o levaram para crucificar.
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Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o
obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que
quer dizer “lugar de caveira”. Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele
provou, mas não quis beber. Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo
entre si as suas vestes. E ficaram ali sentados, montando guarda. Acima da cabeça de
Jesus puseram o motivo da sua condenação: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus.”
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Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus.
Desde o meio-dia até às três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. Pelas
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três horas da tarde, Jesus deu um forte grito: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”, que quer dizer:
“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Alguns dos que ali estavam, ouvindo-
o, disseram: “Ele está chamando Elias!” E logo um deles, correndo, pegou uma esponja,
ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. Outros,
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porém, disseram: “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!” Então Jesus deu outra vez
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Aqui todos se ajoelham, permanecendo assim por algum tempo. (Até o sacerdote ou
quem proclamar o evangelho se levantar)
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E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra
tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos
falecidos ressuscitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus,
apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. O oficial e os soldados
que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia
acontecido, ficaram com muito medo e disseram: “Ele era mesmo Filho de Deus!”
Grande número de mulheres estava ali, olhando de longe. Elas haviam acompanhado
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Jesus desde a Galiléia, prestando-lhe serviços. Entre elas estavam Maria Madalena,
Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.
No momento em que o Sacerdote apaga a última vela, faz-se um barulho para simbolizar
o barulho ocorrido na terra na morte de Cristo.
Salve, Regina,
Mater misericordiae, vita, dulcédo
et spes nostra, salve.
Ad te clamamus,
éxsules filii Evae.
Ad te suspirámus
geméntes et flentes
in hac lacrimárum valle.
Eia ergo, advocáta nostra,
illos tuos misericórdes óculos ad nos convérte.
Et Jesum benedíctum fructum Ventris tui,
nobis, post hoc exsílium, osténde.
O clemens, o pia, o dulcis Virgo María!