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ES JOSÉ AFONSO 10/11 PROFª SANDRA NASCIMENTO

UNIDADE 2
I – TRANSPORTE NAS PLANTAS
Transporte de Matéria
Objectivos
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 Compreender o transporte enquanto mecanismo que


permite a obtenção de substâncias necessárias à síntese
de compostos orgânicos e sua posterior distribuição.

 Conhecer as hipóteses “Pressão radicular”, “Tensão-


coesão-adesão” e “Fluxo de massa” como mecanismos
que explicam os movimentos no xilema e no floema.

 Compreender que os sistemas radicular, caulinar e foliar


são evidências de adaptações ao meio terrestre

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Evolução das plantas
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Plantas não vasculares

Plantas vasculares sem semente

Plantas vasculares com semente

Plantas vasculares com semente e com flor

Plantas vasculares - Plantas que apresentam tecidos especializados no


transporte (seiva bruta e seiva elaborada). Profª: Sandra Nascimento
Evolução das plantas
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Tecidos condutores ou vasculares
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 Xilema
 ocorre o transporte de seiva bruta (água –
99,5% e sais minerais – 0,5%) da raiz para
os órgãos aéreos da planta.

 Floema
 ocorre o transporte de seiva elaborada
(água – 80% e compostos orgânicos –
20%) essencialmente das folhas para os
outros órgãos da planta.

Translocação

Movimento da água e solutos no interior da planta


através de tecidos condutores ou vasculares.
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6 Xilema ou lenho ou tecido traqueano

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Xilema
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 Elementos de vaso (células mortas)


 Traqueídos ou tracóides (células
mortas)
 Fibras lenhosas (células mortas)
 Parênquima lenhoso (células vivas) Tracóides

Elementos
de vaso
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Xilema
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Vasos
Xilémicos

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9 Floema, líber ou tecido crivoso

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Floema
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 Células dos tubos crivosos (células


vivas)
 Células de companhia (células
vivas)
 Fibras liberinas (células mortas)
 Parênquima liberino (células vivas)

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Floema e xilema
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Vasos condutores
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 Os elementos que constituem


os tecidos condutores (xilema
e floema) agrupam-se em
conjuntos designados por
feixes condutores, os quais
ocupam posições relativas
diferentes nos vários órgãos.

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Estomas
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 São estruturas existentes na epiderme dos órgãos aéreos das


plantas e que permitem trocas gasosas entre o interior e o exterior
da planta.
Célula-guarda

Ostíolo

Célula de companhia Profª: Sandra Nascimento


Estomas
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Estoma
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Níveis de transporte
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 1 - Absorção de água e solutos do meio para as células da raiz (A);

 2 - Transporte de seivas a longas distâncias pelo xilema e pelo


floema (B);

A B

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Absorção de solutos do meio para
a célula da raiz
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 Os iões são retirados do solo


contra um gradiente de
concentração, com gastos de
energia (ATP) e intervenção de
transportadores membranares
específicos

– transporte activo.

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Absorção de água do meio para a
célula da raiz
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 Osmose – movimento da água através de membranas permeáveis


no sentido do equilíbrio de concentrações entre os dois meios. A água
desloca-se de zonas com baixa concentração de solutos (soluções
hipotónicas) para meios com elevada concentração de solutos
(soluções hipertónicas). A concentração de muitos dos solutos na
planta é superior à do solo, favorecendo a entrada passiva da água
na raiz.

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Transporte no xilema
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 A ascensão da seiva bruta, contrariando a gravidade, foi objecto


de várias explicações, nomeadamente que estariam envolvidas
células vivas, ou que haveria transporte pelas células da raiz;
actualmente há duas teorias explicativas: a teoria da pressão
radicular e a teoria da tensão-coesão-adesão.

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Teoria da pressão radicular
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 O transporte activo de iões do solo para as células da raiz aumenta


o potencial de soluto nestas células, o que tem como consequência a
entrada de água. A acumulação de água nestes tecidos provoca
uma pressão (pressão radicular) que a vai forçar a subir no xilema
por capilaridade.

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Teoria da pressão radicular
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 O efeito da pressão radicular pode


ser observado quando se efectuam
as podas tardias em certas plantas,
verificando-se a saída de água
pelas zonas de cortes, num processo
conhecido por exsudação.

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Teoria da pressão radicular
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 Quando a pressão radicular é muito


elevada, a água é forçada a subir
até às folhas, onde é libertada sob
a forma líquida, num fenómeno
designado por gutação.

 Hidátodos ou estomas aquíferos:


são estomas modificados,
adaptados a perder o excesso de
água na forma líquida.

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Teoria da pressão radicular
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 Objecções à teoria da pressão


radicular:

 Algumas espécies não apresentam


pressão radicular.

 Os valores da pressão radicular são


insuficientes para explicar a
ascensão de água até ao cimo de
certas árvores.

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Teoria da tensão – coesão - adesão
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Teoria da tensão – coesão - adesão
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 Tensão – a transpiração foliar gera um défice de água, com


consequente tensão (pressão negativa) ou efeito de sucção sobre a
seiva xilémica; as células do mesófilo ficam hipertónicas, havendo
um aumento da pressão osmótica.

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Teoria da tensão – coesão - adesão
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 Cada molécula de água


perdida pelo mesófilo é
substituída a partir do xilema
das folhas, criando um défice
de água, compensado pelo
xilema do caule; este efeito
propaga-se à raiz, fazendo
com que a água passe do
parênquima cortical para o
xilema, determinando a
absorção de água do solo.

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Teoria da tensão – coesão - adesão
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 Coesão – força que mantém unidas as moléculas de água entre si


através das pontes de hidrogénio.

Coesão entre as moléculas de água

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Teoria da tensão – coesão - adesão
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 Adesão – força que atrai as moléculas de água às paredes dos


vasos xilémicos e que é acentuada pelo facto de o lúmen dos vasos
ser diminuto, o que é evidenciado pelo efeito de capilaridade, para
o qual contribui também a coesão.

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Transporte no floema
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 Grande parte dos dados relativos ao movimento descendente de


seiva elaborada foram obtidos a partir de experiências em que se
removeu um anel estreito dos tecidos exteriores ao xilema.

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Transporte no floema
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Transporte no floema
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 Por ter sido retirado o anel houve remoção do floema, sendo


interrompido o trânsito da seiva (elaborada) proveniente dos
órgãos fotossintéticos (folhas), que se acumula no bordo superior da
zona submetida ao corte.

 Que consequências para a planta?


 Os órgãos abaixo da incisão podem
viver durante algum tempo utilizando
alimentos armazenados nos seus tecidos.

 Se não se desenvolveram rebentos


novos abaixo da incisão, quando as
reservas se esgotarem a raiz morre e,
consequentemente, a planta.
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Transporte no floema
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 Durante muito tempo não foi possível analisar a constituição da


seiva floémica, pois as células vivas do floema são muito frágeis e o
processo de transporte que nelas ocorre é facilmente perturbado ou
interrompido quando esta se pretende extrair com micropipetas.

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Floema
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 Na década de 50 do século XX,


experiências realizadas com afídeos
(pulgões) permitiram um melhor
conhecimento dessa seiva.
 Quando um afídeo atinge o floema, a
pressão da seiva floémica força-a a sair
da planta e a entrar no tubo digestivo do
animal.
 Por vezes a pressão é tão grande que a
seiva elaborada é forçada a sair pelo
ânus.

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Floema
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 Se um afídeo que está a


alimentar-se for cortado
pelo estilete, exsuda
através deste, sob pressão,
a seiva floémica, que
durante alguns dias pode
ser estudada.

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Transporte no floema
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 A hipótese do fluxo de massa admite


que o transporte floémico ocorre devido
a um gradiente de concentração de
sacarose que se estabelece entre uma
fonte onde esta é produzida e um local
de consumo ou de reserva.

 A existência destas duas regiões torna


possível o fluxo de massa de solutos
através do floema.

 Na compreensão destes processos têm


sido analisados modelos físicos simples.
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Hipótese do fluxo de massa
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1- A glicose elaborada nos órgãos


fotossintéticos é convertida em
sacarose.

2- A sacarose passa para as células de


companhia por transporte activo, e
destas para o floema.

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Hipótese do fluxo de massa
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3- O aumento da concentração de
sacarose nas células dos tubos crivosos
provoca uma entrada de água nestas
células, que ficam túrgidas.

4- A pressão de turgescência (pressão


que o conteúdo de uma célula exerce
sobre a parede celular quando a
célula fica túrgida) faz com que a
solução atravesse as placas crivosas.

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Hipótese do fluxo de massa
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5 – Há, assim, um movimento das regiões de


alta pressão para as regiões de baixa pressão.

6 – A sacarose é retirada do floema para os


locais de consumo ou de reserva por transporte
activo (onde é convertida em glicose que pode
ser utilizada na respiração ou polimerizar-se em
amido, que fica em reserva).

7 – O aumento da concentração de sacarose


nas células envolventes provoca uma saída de
água dos tubos crivosos, diminuindo a pressão
de turgescência. Profª: Sandra Nascimento
Hipótese do fluxo de massa
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