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de Partículas
BIBLIOGRAFIA
Allen, T. Particle Size Measurement, Chapman e Hall, 2001.
Cremasco, M. A. Operações unitárias em sistemas particulados e fluidomecânicos.
São Paulo: Blucher, 2012. 423 p.
Perry el al. Perry´s chemical engineers handbook, 2008.
Duarte, C.R. (Prof. FEQ/UFU), Notas de aula.
Barrozo, M.A.S. (Prof. FEQ/UFU), Notas de aula.
OP1 – Caracterização de Partículas
Sistemas Particulados
Na indústria de processos um sistema PARTICULADO pode
ser definido como sendo um material composto de sólidos
(PARTÍCULAS) de tamanho “reduzido”.
Enrique Ortega,
4
notas de aula
OP1 – Caracterização de Partículas
Neste sentido...
É importante caracterizar a partícula ou do sistema
particulado em relação à:
tamanho; forma;
massa específica; porosidade;
área superficial dureza, fragilidade, aspereza etc;
Sendo que...
Essas propriedades podem depender:
da natureza das partículas (tamanho, forma, dureza, a
densidade aparente e real, calor específico,
condutividade etc;
de características do sistema ou conjunto de partículas
ou leito poroso (distribuição granulométrica, área
específica, porosidade, etc). 5
OP1 – Caracterização de Partículas
processamento
com operações
de redução de
tamanho de
partícula
grão de milho
farinha de
milho
processamento
com operações
de redução de
tamanho de
partícula
farinha de
grão de trigo trigo 8
OP1 – Caracterização de Partículas
Logo...
Porém...
de difícil medida!
Também...
Normalmente...
Para expressar este valor em um ÚNICO número, adota-se
o valor de:
uma esfera EQUIVALENTE
Dependendo do que é medido, i.e.:
Dimensão Característica
Para partículas que possuem uma forma geométrica
canônica, como:
raio ou
esfera diâmetro
a determinação do
tamanho se dá diâmetro
cilindro (convencionalmente) da base
pela medida, e altura
respectivamente, de:
do
cubo comprimento
da aresta
12
OP1 – Caracterização de Partículas
Porém...
As partículas na grande maioria das vezes possuem forma
IRREGULAR.
Daí...
O uso do conceito de tamanho EQUIVALENTE.
...ou,
DIÂMETRO equivalente
O tamanho equivalente é determinado:
pela medida de uma propriedade DEPENDENTE
do tamanho da partícula, RELACIONANDO-a
com uma dimensão linear
A dimensão característica é:
a ABERTURA da peneira
15
Fonte: Perry
OP1 – Caracterização de Partículas
16
OP1 – Caracterização de Partículas
d p3
Vp Se conheço Vp encontro dp
6
Então, o problema é...
conhecer Vp
Coulter Counter
Medida do volume (equipamento eletrônico) através de
um campo elétrico (variação da condutividade).
Equipamento
Coulter Counter –
partículas finas
Picnômetro a Hélio
Determina o volume de um sólido, mesmo
que poroso, por variação da pressão de gás 18
numa câmara de volume conhecido.
OP1 – Caracterização de Partículas
conhecer vt
da 2
Ap Se conheço Ap encontro da
4
Então, o problema é...
conhecer Ap
Método de Medida
Microscopia Ótica
Equipamento acoplado
com software de análise de
imagem.
21
OP1 – Caracterização de Partículas
Importante!
apresenta
Medida por distintos
uma MESMA
DIFERENTES valores de
partícula métodos diâmetros
característicos
ou seja...
d# # dp # d # da
ST
22
OP1 – Caracterização de Partículas
Análise Granulométrica
Em que consiste fazer uma análise granulométrica?
Peneiramento
É o método clássico de se realizar uma análise
granulométrica.
Peneiras (padronizadas) são agrupadas ou colocadas em
sequência, de BAIXO para CIMA, em ordem:
DECRESCENTE de MESH
CRESCENTE de diâmetro de PENEIRA
23
OP1 – Caracterização de Partículas
Exemplo:
Resultado do peneiramento (sistema tyler) de uma amostra
de 243,1 g de determinadas partículas.
Organiza-se as peneiras em ordem DECRESCENTE (de CIMA
para BAIXO) de abertura.
24
OP1 – Caracterização de Partículas
25
OP1 – Caracterização de Partículas
m1/mtotal=(x1))
m2/mtotal=(x2)
m3/mtotal=(x3)
m4/mtotal=(x4)
m5/mtotal=(x5)
m6/mtotal=(x6)
mf/mtotal=(x7)
26
OP1 – Caracterização de Partículas
Resultado do peneiramento.
Seja:
D: dimensão característica
28
OP1 – Caracterização de Partículas
Distribuição Acumulativa
0.8
0.6
0.4
0.2
29
OP1 – Caracterização de Partículas
x
dX
dD
D D
30
OP1 – Caracterização de Partículas
GGS - Gates-Gaudin-Shaumann
m
D
X
k
k>0 [k]: L;
Parâmetros: m k m≥0 [m]: adimensional.
Se:
D=K D = D100 X=1
D = D50 X = 0,5
Se:
distribuição
m=1 uniforme
casos mais
m>1 usuais
m 1
dX m D
dD k k 33
OP1 – Caracterização de Partículas
X 1 e
D`
[D`]: L;
Parâmetros: n D` [n]: adimensional.
Se:
D = D` X = 1 – e = 0,632
-1
D` = D 63,2
1 coef. angular = n
n ln D ln D` ln ln
1 X coef. linear = -n ln(D`)
.
n 1
dX n D D / D `
n
distribuição de
e
dD D` D` frequência 35
OP1 – Caracterização de Partículas
Sigmoide
1
X
D p
1 50
D
[D50]: L;
Parâmetros: p D50 [p]: adimensional.
Na forma linearizada:
1 X
p log D50 log D log
X
coef. angular = -p
coef. linear = p log(D50)
. 36
36
OP1 – Caracterização de Partículas
Log-Normal
1 erf z D
X ln 2 z z2
D erf z e dz
2 z 50 0
2 ln
[D50]: L;
Parâmetros: δ D50 [δ]: adimensional.
Também...
Existe gráfico para o modelo Log-Normal em escala
apropriada:
38
OP1 – Caracterização de Partículas
39
OP1 – Caracterização de Partículas
D
Superfície Específica (Sw) e Diâmetro Médio de Sauter
Superfície Específica
É uma propriedade importante no estudo de escoamento
de fluidos em meios porosos (para um conjunto de partículas).
Representa:
área superficial por unidade de massa
Então,
Em que:
M: massa total da amostra (partículas);
Ni Bi Di2 Bi: fator de forma tal que BiDi2 fornece a área
SW superficial da partícula de diâmetro Di;
i M
Ni: número de partículas na faixa Di ± Di /2;
.
41
OP1 – Caracterização de Partículas
Em que:
xi : fração em massa de partículas na faixa Di ± Di /2;
1 B x i
SW
s C i Di
Portanto...
1 B 1
SW
s C D
1 Em que:
D
xi Di : diâmetro médio em cada faixa da distribuição ou (ΔD)/2
i D
i
1 1
D
xi
i D 0, 052 0,159 0, 005
2,38 2,38 1, 68 ... 0, 074 0
2 2 2
44
OP1 – Caracterização de Partículas
Em que:
: função gama
x e t t x 1dt 1x2 valores tabelados
0
x 1
Para outros valores x 45
x
OP1 – Caracterização de Partículas
46
OP1 – Caracterização de Partículas
mas...
M xi
Ni 3
sci Di
47
OP1 – Caracterização de Partículas
Assim...
n M x i n
C D i i
s Ci Di
3
3 x
i
i
3
DV i
n M x
i n
x i
C 3 Di 3
i s Ci Di i
Mas...
x
i
i
1 fração
Logo...
3 1
DV
xi
i D 3
i 48
OP1 – Caracterização de Partículas
n
2
2
BD N
i
i i i
DS n
B Ni
i
n
2
M x i
2
B D
i
i i
s Ci Di 3
DS n M x
i
B 3
i s Ci Di
49
OP1 – Caracterização de Partículas
n
x i
2
i Di
DS n
x i
i Di 3
mas...
n
x i
Di 1 n
x i 1
2
DS i
DV 3
n
x i n
x i i Di D
i Di 3
i Di 3
DV 3 1
D
Portanto,
DV 3
D 2
DS
relação entre: D, D V e DS 50
OP1 – Caracterização de Partículas
Seja:
D dp
Em que,
Portanto,
d 3p
CD3 Cd p 3 Volume da partícula = V p
6
Logo,
C
6
53
OP1 – Caracterização de Partículas
Da mesma forma...
Mas...
2
Se d p
=
S p Bd p2
Logo,
B
Portanto,
1 B 1 1 1 6
Sw
S C D S d p S d p 54
6
OP1 – Caracterização de Partículas
6
, 0 1
S SW d p
Medida de SW
Técnica BET: que mede a área superficial por adsorção
gasosa.
Esfericidade de Partículas Regulares Esfericidade de Partículas IRRegulares
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OP1 – Caracterização de Partículas
⦿ densidade real;
⦿ densidade bulk.
56
OP1 – Caracterização de Partículas
Densidade Real
É a densidade determinada considerando o material maciço.
Assim,
não há (não se considera) poros internos, ou estes são
preenchidos por fluido.
massa
densidade real
volume (excluindo os poros)
Obtida por picnometria a gás.
Densidade Bulk
Relaciona a massa de material (conjunto de partículas) e o
volume do recipiente que ele ocupa.
Assim...
no volume entram os espaços vazios entre as partículas.
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OP1 – Caracterização de Partículas
Porosidade (ɛ)
A POROSIDADE é a propriedade definida como sendo a
relação entre o volume ocupado pelos poros e/ou vazios e o
volume total.
É a fração de espaços vazios em relação ao volume total que
a(s) partícula(s) ocupa(m).
A porosidade pode ser definida (ou determinada) para:
⦿ a partícula;
⦿ para um conjunto de partícula (um pó ou leito
qualquer de material particulado);
Porosidade da Partícula
Considera a fração de vazios ou os poros (orifícios desde a
superfície até regiões internas) da partícula.
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OP1 – Caracterização de Partículas
volume de vazios
porosidade da amostra
volume total do leito formado pelo material particulado
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OP1 – Caracterização de Partículas
V vazios
Vtotal
Em que: volume total = volume de partículas + volume de vazios.
É a propriedade da partícula que mais influencia as
propriedades do conjunto (leito poroso).
Quanto mais a partícula se afastar da forma
esférica, mais poroso será o leito.
...ou seja,
Quanto MAIOR a esfericidade, então, MENOR
a porosidade do leito.
V partículas
S 1
Vtotal
Métodos de Medida
63