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7 - Separação de

Partículas no
Campo Centrífugo
OP1 – Separação Sólido-Fluido: Campo Centrífugo

Separação no Campo Centrífugo


 Seja:
uma partícula se movimentando em
um campo CENTRÍFUGO, originado
pela rotação de um recipiente
cilíndrico em torno do eixo com
velocidade constante Ω

 Da equação do movimento de Newton (Equação do


movimento da partícula):

dv força de campo força resistiva
 F  m
dt
   S    V  b  F a
 
Assim, tem-se que ...
2
OP1 – Separação Sólido-Fluido: Campo Centrífugo

Intensidade do Campo b 


b  0 (aceleração apenas na direção radial)
2
v
br  (aceleração centrípeta)
r
Velocidade do Fluido  u 
u  Ω  r
ur  0
Logo,

a equação do movimento fica:


A
0    S     V  b     u  v  CD   u  v 
 2 3
OP1 – Separação Sólido-Fluido: Campo Centrífugo

Na direção θ:
bƟ = 0
A
0    S   V  b     u  v  CD   u  v 
2
u  v
...ou seja,

a componente da velocidade da partícula na direção θ


é igual à velocidade do fluido

Na direção r:
A
0    S   V  br    u  v  CD   ur  vr 
2
Mas...
4
OP1 – Separação Sólido-Fluido: Campo Centrífugo

O fluido escoa apenas na direção θ:


A 0
0    S   V  br   u  v CD  ur  vr 
2
Também, tem-se que ...

0 0
2 2
u v   u  v    ur  vr 
u  v  vr 2  vr
Assim...

A
0    S   V  br     vr  CD   vr 
2
A
   CD  vr 2    S   V  br 5
2
OP1 – Separação Sólido-Fluido: Campo Centrífugo

Fazendo:

 d 3p  d p2
V e A
6 4

Então,

 d p2 1  d 3

    CD  v r 2    S     3 p  br
4 2 6

4 d p   S    br
vr   vt
3 CD  
Portanto,
vr  vt
6
OP1 – Separação Sólido-Fluido: Campo Centrífugo

Mas...
v 2
br 
r
...e,

a componente da velocidade da partícula na direção θ é igual


à velocidade do fluido:
2

br 
v 2
cilindro

2
v

u

2
 Ωr
 Ω2  r
r r r r
Logo,

2
4 d p   S    Ω  r
vr  
3 CD  
ou...
7
OP1 – Separação Sólido-Fluido: Campo Centrífugo

Explicitando CD:
2
4  S     d p  Ω  r
CD 
3  vr2

Para Partículas Esféricas na Região de Stokes

24
CD -Stokes 
Re
Assim...

4   S -    d p  br 24
CD  2

3   vr d p  vr  

2 2
d p   S     Ω  r
vr 
18
8
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Separadores no Campo Centrífugo


Centrífugas
 A CENTRIFUGA é um equipamento que consistem em:
um cesto na qual a mistura de sólido-líquido (ou líquido-
líquido) roda em alta velocidade, de tal maneira que, pela ação
da força centrífuga, é promovida a separação dos constituinte

 Os SEPARADORES CENTRÍFUGOS fazem uso do princípio


bem conhecido de:
estar sujeito a uma FORÇA,
FORÇA qualquer objeto que gira
em torno de um ponto central, a uma distância radial
constante
esta é a força...
9
OP1 – Dinâmica da Partículas

C E N T R Í P E D A

que age ...

na direção RADIAL, no sentido do centro de ROTAÇÃO

já sobre o conteúdo do objeto (cilindro)...


age ...

uma força IGUAL e OPOSTA dirigida para as PAREDES


esta é a força...

C E N T R Í F U G A
10
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Quando o vaso gira em torno do seu eixo vertical...

LÍQUIDO SÓLIDOS

ficam sujeitos à ação de duas forças:

GRAVIDADE CENTRÍFUGA
que age... que age...

para BAIXO HORIZONTALMENTE

Contudo,
 Num centrifugador comercial, a força centrífuga é
normalmente tão grande que a gravidade pode ser DESPREZADA.11
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

 As principais aplicações para as centrífugas são:


 filtração;
 decantação.
OBS.: Neste capítulo será abordado apenas da centrífuga decantadora. Os
conceitos da filtrante, serão vistos no capítulo de filtração.

Centrífuga Decantadora

 Em geral, pode ser:


 a disco;
 com transporte helicoidal;
 tubular (comercial).
12
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

13
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Centrífuga Tubular (Comercial)


 Seja o esquema:
 a alimentação entra pelo fundo do
vaso, sob PRESSÃO através de um
bocal de alimentação;
Então,

 o LÍQUIDO sobe em forma


AXIAL e é descarregado no topo
(continuamente);
Enquanto,

 os SÓLIDOS se movem com o líquido para cima e têm


ao mesmo tempo, uma velocidade RADIAL, dependente
do seu tamanho e densidade. 14
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Se...

a trajetória de uma dada ela é removida


partícula, de dado tamanho,
do líquido
intercepta a parede do vaso
Senão...

a trajetória da partícula
NÃO intercepta a parede do
ela é arrastada
vaso (o tempo de residência
não foi suficiente para a no efluente
partícula atingir a parede)

Quando a quantidade de
o processo é
sólidos coletada é suficiente interrompido e os
para prejudicar a qualidade sólidos são
da SEPARAÇÃO descarregados 15
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

 A capacidade de uma centrífuga (comercial) tubular varia:


desde...
10 a 15 gal/h para separar bactérias de meio de cultura
...até
1200 gal/h para purificar óleos lubrificantes
 As dimensões dos modelos comerciais, normalmente
apresentam:
vasos de até 4 a 5 in de diâmetro
e ...
comprimento de até 30 in
 As principais aplicações incluem:
 óleos industriais; purificação de lubrificantes;
indústria bioquímica  indústria farmacêutica;
16
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

indústria ALIMENTÍCIA:
 produção de bebidas (produção de cerveja, vinho,
sucos de frutas, champanhe, óleos cítricos, chá, café,
leite de soja);
 clarificação de sucos de frutas (remoção de finos);
 cervejaria (ex., separação de leveduras);
 laticínios (ex., desnate, clarificação de leite e soro,
concentração do creme de leite - ajustar teor de
gordura - recuperar caseína, produção de queijo);

 indústria de açúcar (ex., separação de cristais);


 processamento de óleos vegetais;
 separação de constituintes de emulsões (ex., óleo e
água, na extração de óleos essenciais de frutos
cítricos);
 concentração de proteína de pescado etc. 17
OP1 – Separação de Partículas no Campo Gravitacional - Câmaras de Separação

Projeto de Centrífuga Tubular


R1

divide a coroa π (R2 – R02)


em duas de mesma área

R
R0

  R 2  R12     R12  R0 2 
1
2 2
 R  R0  2
R1    18
 2 
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

 Considere as hipóteses:
 prevalece o regime de Stokes na movimentação da
partícula;
...ou seja,

dp pequeno vt baixa Re baixo

 as partículas estão igualmente espalhadas em z = 0, ao


longo da área da coroa, p (R2 – Ro2);
Então, tem-se que...
d* é o diâmetro de corte

diâmetro da partícula que é


coletada com eficiência de 50 %
OBS.: se todas as partículas tem o mesmo diâmetro
D = d*, 50 % serão coletadas e 50% serão arrastadas.
19
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

OBS.: η é definida como eficiência de coleta

Se...
η = 0,5  50% são
todas as partículas tem o
coletadas e 50%
mesmo diâmetro D = d*
são arrastadas

D > d* η > 0,5

O Conceito Σ na Especificação da Centrífuga Decantadora

 Em relação à trajetória assinalada na figura anterior:


a) Tempo Necessário para que a Partícula de Diâmetro
de Corte (d*) Percorra a Distância AXIAL L
L
t1 
u 20
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Mas...
Q
u  velocidade média do fluido 

 R 2  R0 2 
Assim,

L Vcentrífuga
t1  
Q Q

 R 2  R0 2 
b) Tempo Necessário para que a Partícula de Diâmetro
de Corte (d*) Percorra a Distância RADIAL R1 a R:

18 R
t *2 2
 ln  
K1   s    d    R1 

Porém...
21
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

do cálculo, usando Série de Taylor:


2 3
 x-1  1  x-1  1  x-1 
ln(x)=        ...
 x  2 x  3 x 
.... é possível provar que:
 R  R 2  R02
ln    2 2
R
 1 3R  R0

22
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Substituindo e fazendo:
t1  t2
Chega-se a:

 R 2  R02  L  R  R0 
2 2
18
*2 2  2 2 

K1   s    d    3R  R0  Q
23
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

1
2
 18Q   
*
d  
 K1    s     L      3R  R0  
2 2 2

Explicitando (ou isolando) Q e, multiplicando e dividindo por 2g:


2 K1 g   S    d *2
 L  3R 2  R02   2
Q 
18  2g

velocidade terminal da partícula S é uma característica


de diâmetro de corte d* no campo da centrífuga [L2M0T0]
gravitacional [L1M0T-1]

Logo ...
Q  2vt 

  L   3R 2  R02   2

2g

Voltando a câmara de separação:


24
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Q  vt BL
Portanto...
fisicamente S é proporcional a área de um tanque de
separação gravitacional com características de separação
equivalentes (mesmo vt).
Também,
como S é uma característica da centrífuga,
...tem-se:
que, ...
a sua expressão depende do tipo de centrífuga
Assim, p.e., para a tubular...
  L   3R 2  R02   2

2g
OBS.: Para outros tipos de centrífugas Perry's Chemical Engineers‘ Handbook. 25
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

“Scale-up” entre Centrífugas de mesmo Tipo


OBS.: realizar o scale up significa, fazer ampliação de escala:
escala de bancada  escala piloto  escala industrial

Neste sentido, Notas de aula: Profa Maria Benincasa

 Quando operando com uma suspensão, é razoável admitir que:


Q Q Em que:
    e vt -1  vt -2 1: piloto; 2: industrial.
  1    2
Portanto,

mesma eficiência e mesmo desempenho


26
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

“Scale-up” entre Centrífugas de mesmo Tipo


 Quando operando com uma suspensão, é razoável admitir que:
Q Q
    vt -1  vt -2
  1    2
Em que: 1: piloto; 2: industrial.
Portanto,

mesma eficiência e mesmo desempenho

OBS.: realizar o scale up significa


fazer ampliação de escala:
escala de bancada  escala
piloto  escala industrial

Notas de aula:
Profa Maria Benincasa 27
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Tabela 18-12 (pág. 124 ou 18-121) do Perry's Chemical Engineers‘ Handbook, McGraw Hill, 8ª Ed. 2008.

Diâmetro Veloc. Força Centrífuga Alimentação Potência típica


Máxima
Tipo do vaso (RPM) x Gravidade Líquida, gal/min Sólida, ton/h do Motor (HP)

Tubular

Disco

Descarga
de bico

Transporte
Helicoidal

Descarga
de faca

28
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Tabela 18-13 (pág. 130 ou 18-127) do Perry's Chemical Engineers‘ Handbook, McGraw Hill, 8ª Ed. 2008.

Diâmetro do S Valores, Fatores de


Tipo de Diâmetro Disco (in) / No Veloc. Unidades Scale-up
de
Centrífuga Interno (in) discos (RPM) de 104 (ft2) recomendados

Tubular

Disco

Transporte

Helicoidal

29
30
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Ciclones e Hidrociclones
 São SEPARADORES CENTRÍFUGOS em que o campo
centrífugo é criado pelo movimento de rotação do fluido, que
por sua vez, resulta da geometria do equipamento:
O fluido entra TANGENCIALMENTE em relação a parte
cilíndrica, induzido pela energia de pressão e as
partículas tendem a se movimentar para a parede do
ciclone, onde são conduzidas para um receptor, na base
 Como características gerais, são equipamentos:
econômicos e eficientes;
com custos de fabricação e operação relativamente baixos;
de ocorrência comum nas indústrias de processamento
químico;
31
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

empregados para remover partículas suspensas num fluido;


constituídos por uma carcaça com geometria:
cilíndrica tronco de cone
Assim...

no topo do equipamento a suspensão a


ser tratada é alimentada;
Isso ocorre,
de forma tangencial à parede interna do
equipamento;
O que resulta,
no desenvolvimento do movimento
centrífugo (espiralado) no interior do
dispositivo; 32
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Então...
ao atingir a parede, as partículas perdem
quantidade de movimento e, descendem,
pela ação da gravidade;
Por isso...
são coletados na base cônica do
equipamento, região INFERIOR chamada de:
UNDERflow
Enquanto...
a corrente fluida, menos densa e “livre” dos
sólidos, ao chegar na base da região cônica,
inverte o movimento helicoidal (que passa a
ser ascendente), saindo por um tubo fixo na
região central SUPERIOR, chamada de:
OVERflow 33
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Os separadores ciclônicos são:


equipamentos de separação sólido-fluido
que podem ser divididos em...

CICLONE HIDROCICLONE

gás-sólido líquido-sólido

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OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

35
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

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OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Sistemática Geral: Projeto e Análise de Desempenho


OBS.: Ref. Giulio Massarani, Fluidodinâmica em Sistemas Particulados, 1997.

Cálculo de d*
1
2
d *
  Dc 
K  f  RL  P
Dc  Q   s    
Em que:
d*: diâmetro de corte; η = 0,5
Dc: diâmetro da parte cilíndrica; caracteriza o ciclone!
K: constante específica para cada família (tipo) de ciclone;
Q: vazão volumétrica da suspensão na alimentação;
F(RL): função que considera as relações volumétricas no "underflow" e
na alimentação (importante só para hidrociclones);
P: fator que leva em conta a concentração de sólidos na alimentação; 37
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

diâmetro de corte (d *) é o diâmetro das partículas


que são separadas com eficiência de 50%.

a palavra corte significa que equipamento faz um verdadeiro


“CORTE” (divisão) de tamanho das partículas alimentadas.
OBS.: o diâmetro de corte está ligado às variáveis de operação do equipamento.

Relação Vazão-Queda de Pressão


 
 
 
 - P  
  uc2  
   
 2  
Em que:
β: número de Euler (constante adimensional), função do modelo utilizado,
ou seja, parâmetro específico para cada família de (hidro)ciclone; 38
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

ΔP: queda de pressão medida entre a alimentação e "overflow”;


Q
uc  2
  Dc 
= velocidade da suspensão na seção cilíndrica
 4 

Se...
ΔP
mas...

η $
Função Eficiência Individual de Coleta (η)
 É a eficiência de coleta obtida para um (1) (individual) dado
tamanho de partícula, sendo que esta função é específica
(determinada) para cada tipo/família de equipamento (ciclone).
 Determinada com base em dados experimentais.
39
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

D
 f  *
d 
Assim ...

para cada equipamento tenho uma curva para η


Se...

D = d* η = 0,5 a partícula com diâmetro d*


é coletada com η = 50 %

D > d* η > 0,5


D < d* η < 0,5
...ou seja,
*
em relação à de eficiência d melhor!
40
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Eficiência Global de Coleta  


1 
dX
    dX    dD
0 0
dD

...ou seja,

Uma vez conhecido o modelo de distribuição


granulométrica é possível calcular este termo

“Famílias” de (Hidro)Ciclones
 Este equipamentos são agrupados em “FAMÍLIAS”.
 Uma família é definida como um conjunto específico de
separadores que MANTÉM entre si uma proporção constante
e exclusiva entre:
41
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

principais dimensões diâmetro da parte


geométricas E cilíndrica (Dc)
 Essa proporcionalidade existente entre as dimensões
geométricas é extremamente importante na separação,
...pois,

está diretamente relacionada com:


capacidade poder
de classificação destes equipamentos.
Neste sentido...

 Dentre as dimensões geométricas de projeto desses


equipamentos têm-se:
 diâmetro da seção cilíndrica; 42
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

 seção transversal da entrada da alimentação;


 altura da parte cilíndrica e de tronco de cone;
 diâmetros das saídas de topo (overflow) e de
fundo (underflow).

Ciclones
Exemplos de Algumas Imagens/Esquemas

43
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

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OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

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OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

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OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Exemplos de Algumas Famílias Clássicas de Ciclones


Ciclone Lapple
 Equipamento de separação gás-sólido, sendo um dos meios
mais baratos e satisfatórios de coleta de pó, do ponto de vista:
 operação;
 investimento. 50
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

 Seja o esquema genérico  As relações geométricas da


de um CICLONE: família LAPPLE são:
Todas as dimensões estão
relacionadas ao DC

DC DC DC
BC  SC  De 
4 8 2
DC DC
JC  H C 
4 2
Z C  2 DC LC  2 D C
OBS.: Sc - comprimento do tubo de saída do gás no interior do ciclone.

Velocidade de Alimentação Ideal


Normalmente (quando não se conhece ou não é possível
calcular) a faixa recomendada é:
ft ft
20  u  70
s s 51
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Mas...
Usualmente, adota-se em projetos:
ft
u  50
s
Lembrando que:
Q Q
u 
A H C  BC

a) Cálculo do Diâmetro de Corte (d*)


Da expressão geral:
1
* 2
d   Dc 
K  f  RL  P
Dc  Q   s    
Tem-se...
que:
K  0, 095 e P1 e f  RL  1
52
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Assim...
De acordo com MASSARANI, a expressão fica:
1
2
d*    Dc 
 0, 095   
Dc   S
Q     
... ou ainda,
Segundo PERRY pode ser:
1
2
*
 9   Bc 
d   
 10  u    S    

b) Eficiência Individual de Coleta (η)


De acordo com MASSARANI (1997), tem-se:
2


 dD *

2
 
  d  
1  D *
 
Então... 53
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Analisando os seguintes dados (relação):


D/d* 10 7 5 3 2 1,5 1 0,7 0,5 0,3 0,2
ƞ 0,99 0,98 0,96 0,90 0,80 0,69 0,50 0,33 0,20 0,08 0,04

quanto MAIOR o tamanho de partícula (D) em relação ao


Nota-se que:
diâmetro de corte, MAIOR é a eficiência individual de coleta.
...ou: para um dado o tamanho de partícula (D) quanto MENOR o
diâmetro de corte (d*), MAIOR é a eficiência individual de coleta.

c) Perda de Carga entre a Alimentação e a Descarga de Gás (Overflow)

  sendo que, para esta família:


  P  
  2    315 ... e, uC 
Q
u
  C   DC2 
  
2   4 

d) Eficiência Global de Coleta   


1 
dX
   dX   dD
0 0
dD 54
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

...ou seja,
uma vez conhecido o modelo de distribuição
granulométrica, é possível determinar esta eficiência.
Para o Modelo GGS

m
 D
X  
k

k/d*
55
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Para o Modelo RRB


D n

X  1 e

D`

D`/d*
56
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Para o Modelo Log-Normal

D50/d*

57
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Ciclone Stairmand
 Seja o esquemaProfessor
genéricoClaudio
 As relações
Roberto Duartegeométricas da
de um CICLONE: família STAIRMAND são:
DC DC DC
BC  SC  De 
5 8 2
DC
J C  0,37  DC H C 
2
Z C  2, 5  D C L C  1, 5  D C

vista lateral

Velocidade de Alimentação Ideal


A faixa recomendada é:
m m
10  u  30
s s 58
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Lembrando que:

Q Q
u 
A H C  BC

a) Cálculo do Diâmetro de Corte (d*)


Da expressão geral:
1
d *
   Dc  2
 K    f  RL   P
Dc  Q   s    

Tem-se...
que:
K  0, 059 e P1 e f  RL  1

Assim...
59
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

A expressão de MASSARANI, fica:


1
2
d*   Dc 
 0, 059   
Dc  Q  S    

b) Eficiência Individual de Coleta (η)

É a mesma usada para o ciclone LAPPLE.


... ou seja,

De acordo com MASSARANI (1997), tem-se:


2


 d
D
 *

2
 
  d  
1  D *
 
60
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

c) Perda de Carga entre a Alimentação e a Descarga de Gás (Overflow)


 
  P  
  2 
  uC 
 2 
Sendo que...
Q
uC 
 DC2 
 
 4 
...e, para esta família:
  395
OBS.: note que este é maior que para o ciclone LAPPLE.

d) Eficiência Global de Coleta  


1 
dX
   dX    dD
0 0
dD
61
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Exercício feito em aula

D50/d*
62
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

63
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

A leitura mais precisa daria


na verdade 0,04 cP.

Porém, vamos considerar o


valor original (0,036 cP)
fornecido pelo problema.

64
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Hidrociclones
 Dentre as principais aplicações:

 Espessamento: visa a eliminação da maior


parte da água de uma suspensão;
 Recuperação de sólidos: de efluentes turvos
em equipamentos de lavagem e espessamento;

 Fracionamento: a separação em duas frações de


tamanhos para um tratamento posterior;
 Recuperação de líquidos: se existe a necessidade
de reciclar a água de processo, os hidrociclones
podem fornecer uma clarificação satisfatória. 65
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

 Dentre as principais aplicações no processamento de


alimentos líquidos (na maioria dos casos é para separação do
presença de água):
 processo de concentração de suspensões de amido
e derivados: por exemplo, separação de grânulos de
amido de suas impurezas;
 concentração de suspensões de cristais antes de
submetê-los à centrifugação;
 separação de grandes “partículas” de gordura no
leite;
 remoção de leveduras na produção de cerveja;
 linha de processamento de suco de maça
(clarificação); 66
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

 remover “grits” (areia, cascalho, concreto, ou outros


materiais sólidos que são "mais pesados“ do que os
sólidos orgânicos biodegradáveis de águas residuais),
“tramp metal” (pó ou limalhas de metal, por exemplo), ou
outros fragmentos presentes no processamento de vinhos,
sucos e purês, após passarem por homogeneizadores,
moinhos de alimentos e centrífugas;
 remover “grits” de cargas de efluentes para instalações
de tratamento de água na indústria de alimentos;
 remover amido de efluentes para reduzir a DBO
(demanda bioquímica de oxigênio, ou a quantidade de
oxigênio necessária para o microorganismo estabilizar a
matéria orgânica);
 remover finos de queijo a partir de soro de leite em água
de processo de laticínios e também na recuperação de
gordura do processamento de ambos os mussarela e ricota.
67
Fonte: http://www.piiny.com/Krebs/krebs.htm
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

 Vantagens dos hidrociclones:


 simples de construir;
 investimento pequeno e pequenos custos de instalação e
manutenção;
 espaço pequeno para instalação:
razão entre a área ocupada por um sedimentador e por um
hidrociclone: 10.000 a 100.000;
 grandes forças cisalhantes (devido ao movimento de
camadas concêntricas de fluidos de diferentes velocidades
tangenciais), que quebram aglomerados e por isso, as
partículas são classificadas de acordo com o seu tamanho
individual.
 DESvantagens dos hidrociclones:
 são bastante susceptíveis a desgaste abrasivo. 68
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

69
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

70
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

71
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

O Conceito de Eficiência Reduzida


 Para HIDROCICLONES:
a função razão de líquido (RL)
é definida como

relação entre as vazões volumétricas de


líquido do “underflow” e da alimentação
...isto é,
QLU QU 1  cVU 
RL  
QLA Q 1  cV 
Em que:
QU: vazão volumétrica de suspensão no underflow;
Q: vazão volumétrica de suspensão na alimentação;
cVU: concentração volumétrica de sólidos no underflow;
cV: Concentração volumétrica de sólidos na alimentação. 72
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Efeito T
mesmo que o hidrociclone não esteja separando
devido a ação centrífuga, uma certa quantidade
de sólidos é removida no underflow, numa razão
igual a razão de líquido RL

Isto porque...

o hidrociclone age também como um divisor


de fluxo, tal como uma conexão “T”

73
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Eficiência Global de Coleta  


Em que:
WSU
 WSU: vazão mássica de sólidos no underflow;
WS
WS: vazão mássica de sólidos na alimentação.
Eficiência Individual Reduzida
É a eficiência de separação (para um tamanho de partícula),
devido à ação do campo centrifugo, DESCONTANDO a
separação devido ao efeito T.
  RL
'
Logo...
1  RL 
A eficiência individual é:
separação devido
campo centrífugo

  1 RL   '  RL
separação devido ao efeito T 74
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Eficiência Global Reduzida KELSALL de Coleta  `    


É a eficiência global de separação devido à ação do campo
centrifugo, DESCONTANDO a separação devido ao efeito T.
...ou seja,
  RL
 '
1  RL 
Portanto...
A eficiência global fica:
separação devido
campo centrífugo

  1 RL   '  RL
separação devido ao efeito T
Mas, também...
Da definição de eficiência global (aplicada ao conceito de
eficiência reduzida) tem-se que: 75
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

1
 '   'dX
0

Logo...

1 
  1  RL    ' dX   RL
0 
 `
d *

Diâmetro de Corte Reduzido

diâmetro da partícula que possui eficiência


reduzida de 50%

76
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Exemplos de Algumas Famílias Clássicas de Hidrociclones


Hidrociclone Bradley

 Seja o esquema genérico  As relações geométricas da


de um HIDROCICLONE: família BRADLEY são :

Dc Dc Dc
Di  Do  Le 
7 5 3
Dc
L1  L e  6, 8  D c   9 0
2

77
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Hidrociclone Rietema
 Seja o esquema genérico  As relações geométricas da
de um hidrociclone: família Rietema são:

D i  0, 28  D c L e  0, 4  D c

Dc
Do 
3
10 0    20 0 L  5  Dc

78
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Grupos Adimensionais Relevantes


Stokes

2Q   S    *' 2
Stk 50  3
d  Poder de classificação
9 DC 

Euler
 
 P 
Eu   2  Custos energéticos
u
 C 
 
 2 

Reynolds
  DC  uC
Re  Tipo de Escoamento

79
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Bateria de Equipamentos Ciclônicos: em Paralelo


Vazão
n
Qtotal   Qi
i 1

Se os equipamentos são iguais, o número de (hidro)ciclones é:


Qtotal
nciclones 
Q1

Potência do Soprador ou da Bomba:


Q1 ( m3 / s )  P1 ( mmH 2O)
Pot ( HP)  n 
75 

Em que (aqui):
η: é a eficiência da bomba (soprador). Se não for dada, usar 60%.
80
OP1 – Separação de Partículas no Campo Centrífugo

Bateria de Equipamentos Ciclônicos: em Paralelo


Vazão

O sistema opera à mesma vazão

Qtotal  Q1  Qn

Potência do Soprador ou da Bomba:

Psérie  P1  P2  ...  Pn

Q1 (m3 / s )  Psérie (mmH 2O)


Pot ( HP)  n 
75 

81

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