Você está na página 1de 6

LISTA 8 Derivação implícita

Cálculo 1 - 2023.1 Taxas relacionadas

Exercício 1

Calcule y ′ (x) usando a derivação implícita:


√ √ x+1
1. tan(xy 2 ) = x+ y 2. x · sen(y) + y · cos(x) = y+1

Exercício 2

Encontre a equação da reta tangente à curva y = f (x) definida pela equação y 3 + 2yx2 − 3x − 10 = 0, no
ponto (3, 1).

Exercício 3

Encontre as equações das retas tangentes à curva x2 + 4xy + y 2 = 6, que sejam paralelas à reta 3x + 3y = 8.

Exercício 4

x2 y2 x0 x y0 y
Mostre que a reta tangente à elipse + = 1 no ponto (x0 , y0 ) tem a seguinte equação 2 + 2 = 1.
a2 b2 a b

Exercício 5

Num determinado instante t0 , o comprimento do lado de um quadrado é de 10 centímetros.


1. Se cada lado do quadrado está aumentando a uma taxa de 0,2 cm/min, determine a taxa de variação da
área do quadrado no instante t = t0 .
2. Agora determine a taxa de variação da área se cada lado está diminuindo a 0,4 cm/min.

Exercício 6

Num determinado instante t0 , o comprimento de um cateto de um triângulo retângulo é de 10 cm e ele está


aumentando a uma taxa de 1 cm/min, o outro cateto tem comprimento 12 cm e está diminuindo a uma taxa
de 2 cm/min. Calcular a taxa de variação do ângulo oposto ao cateto que tem comprimento 12 nesse instante
do tempo.

Exercício 7

dx
Um ponto move-se sobre a semicircunferência x2 + y 2 = 10, y ≥ 0. Suponha > 0. Determine o ponto da
dt
curva em que a velocidade de y seja o triplo da velocidade de x.
Exercício 8

Cascalho esta caindo e formando uma pilha cônica que aumenta a uma taxa de 3 m3 /min, de modo que o
diâmetro do cone é sempre igual a sua altura. Encontre a taxa de variação da altura da pilha quando a altura
é de 3 m.

Exercício 9

Num determinado instante t0 , um controlador de trá-


fego aéreo vê dois aviões na mesma altura voando a
velocidades constantes, em trajetórias ortogonais que
se cruzam num ponto P (veja a figura). Neste instante,
um dos aviões está a y0 = 150 milhas do ponto P e se
aproxima de P a 450 milhas por hora, enquanto o ou-
tro está a x0 = 200 milhas do ponto P e se movendo a
600 milhas por hora, também em direção ao ponto P .

1. Calcule a taxa de variação da distância entre os aviões no instante t0 .

2. Num outro instante t1 > t0 , um dos aviões está a y1 milhas do ponto P e o outro está a x1 milhas do
ponto P (veja a figura). Determine a taxa de variação da distância entre os aviões no tempo t1 . O que
voce pode concluir sobre a taxa de variação da distância?
3. Os aviões correm risco de choque? em caso afirmativo, quanto tempo o controlador tem para fazer com
que um dos aviões mude a sua trajetória?

Exercício 10

Uma escada com 13 m de comprimento está apoiada em uma parede vertical alta. No instante t0 , a extremidade
inferior, que se encontra a 5 m da parede, está escorregando e se afastando da parede a uma velocidade de 2 m/s.

(a) A que velocidade o topo da escada está escorregando no instante t0 ?


(b) Um homem está sobre a escada, a 8 m do solo, no instante t0 . Com que velocidade ele se aproxima do solo?

Solução do Exercício 1

1. Derivamos ambos os lados com respeito a x,


1 y′
sec2 (xy 2 ) · [1 · y 2 + x · 2yy ′ ] = √ + √ .
2 x 2 y

Juntando os termos envolvendo y ′ para o mesmo lado,


y′ 1
sec2 (xy 2 ) · 2xyy ′ − √ = √ − sec2 (xy 2 ) · y 2 .
2 y 2 x

Isolando y ′ e simplificando:

1 − 2 xy 2 · sec2 (xy 2 )
 
′ 2 2 1
y sec (xy ) · 2xy − √ = √ ,
2 y 2 x
3/2

′ 4xy · sec2 (xy 2 ) − 1 1 − 2 xy 2 · sec2 (xy 2 )
y · √ = √ .
2 y 2 x
Finalmente calculando y ′ , √ √
′ y 1 − 2 xy 2 · sec2 (xy 2 )
y =√ · .
x 4xy 3/2 · sec2 (xy 2 ) − 1

2
2. Derivamos ambos os lados com respeito a x,

y + 1 − y ′ (x + 1)
sen(y) + x · cos(y) · y ′ + y ′ · cos(x) − y · sen(x) = .
(y + 1)2

Isolando y ′ e simplificando:
 
′ x+1 y+1
y x · cos(y) + cos(x) + = y · sen(x) − sen(y) +
(y + 1)2 (y + 1)2

(y · sen(x) − sen(y))(y + 1)2 + (y + 1)


y′ = .
(x · cos(y) + cos(x))(y + 1)2 + (x + 1)

Solução do Exercício 2

O coeficiente angular da reta tangente no ponto x = 3 é


dy
mT = (3) = f ′ (3).
dx
Derivando implicitamente a equação em relação à variável x obtemos
dy dy
3y 2 + 4xy + 2x2 − 3 = 0,
dx dx
fazendo x = 3 e y = 1, tem-se
dy dy dy 3
3 (3) + 12 + 18 (3) − 3 = 0 ⇒ (3) = − .
dx dx dx 7
Portanto a equação da reta tangente de f (x) no ponto (3, 1) é
3 3 16
y − 1 = f ′ (3)(x − 3) ⇔ y − 1 = − (x − 3) ⇔ y = − x + .
7 7 7

Solução do Exercício 3

Lembre que duas retas paralelas têm o mesmo coeficiente angular. Como o coeficiente angular da reta 3x+3y = 8
é m = −1, então o coeficiente angular de todas as retas tangentes à curva x2 + 4xy + y 2 = 6 será mT = −1.
Agora, derivando implicitamente a equação em relação à variável x, obtemos
dy dy dy x0 + 2y0 x0 + 2y0
2x + 4y + 4x + 2y =0 ⇒ (x0 ) = − ⇒ = 1 ⇒ x0 = y0 .
dx dx dx 2x0 + y0 2x0 + y0

Como o ponto (x0 , y0 ) pertence à curva x2 + 4xy + y 2 e y0 = x0 , tem-se:

x20 + 4x20 + x20 = 6 ⇒ x20 = 1 ⇒ x0 = 1 ou x0 = −1.

Finalmente as equações das duas retas tangentes são

y − 1 = −(x − 1) ⇔ y = −x + 2
y + 1 = −(x + 1) ⇔ y = −x − 2

3
Solução do Exercício 4

Derivando implicitamente a equação da elipse em relação à variável x, obtemos

2x 2y dy dy xb2
+ 2 =0 ⇒ (x) = − 2 .
a2 b dx dx ya

dy x 0 b2
Assim o coeficiente angular da reta tangente à elipse no ponto (x0 , y0 ) é mT = (x0 ) = − e portanto a
dx y0 a2
equação da reta tangente será

x 0 b2 (y − y0 )y0 (x − x0 )x0 (y − y0 )y0 (x − x0 )x0


y − y0 = − (x − x0 ) ⇒ =− ⇒ + =0 ⇒
y0 a2 b2 a2 b2 a2
y0 y x0 x y2 x2 x0 x y0 y
⇒ 2 + 2 = 20 + 20 ⇒ + 2 = 1.
b a b a  a2 b


y

Como (x0 , y0 ) pertence à elipse,


x2 y2
temos que 20 + 20 = 1
a b

Solução do Exercício 5

Sejam x = x(t) o comprimento do lado do quadrado no instante t e A(x) = x2 a área do quadrado. Pela
hipótese, sabemos que x(t0 ) = 10.
dx
1. Temos que (t0 ) = +0, 2 cm/min.
dt
Então a taxa de variação será
d dA dx
A(x(t0 )) = (x(t0 )) (t0 ) = 2 x(t0 )(0, 2) = 20(0, 2) = 4 cm2 /min.
dt dx dt
Isto indica que a área do quadrado tem um crescimento com uma taxa de variação de 4 cm2 /min no
instante t = t0 .
dx
2. Temos que (t0 ) = −0, 4 cm/min.
dt
Então a taxa de variação será
d dA dx
A(x(t0 )) = (x(t0 )) (t0 ) = 2 x(t0 )(−0, 4) = 20(−0, 4) = −8 cm2 /min.
dt dx dt
Isto indica que a área do quadrado tem um decrescimento com uma taxa de variação de 8 cm2 /min no
instante t = t0 .

Solução do Exercício 6

Seja x = x(t) o comprimento do cateto tal que x(t0 ) = 10 e y = y(t) o comprimento do cateto tal que y(t0 ) = 12.
dx dy
Sabemos pelas hipóteses que (t0 ) = +1 e (t0 ) = −2.
dt dt
Seja θ(t) o ângulo oposto ao cateto y(t), então podemos relacionar as três funções na seguinte expressão
y(t)
tan(θ(t)) = .
x(t)
Derivando em relação a t obtemos:
dy dx
dθ x(t) (t) − y(t) (t)
2
sec (θ(t)) (t) = dt dt .
dt (x(t))2

4
 2  2
y(t0 ) 12 244
No instante t0 , temos que: sec2 (θ(t0 )) = 1 + tan2 (θ(t0 )) = 1 + =1+ = .
x(t0 ) 10 100
dθ 10(−2) − 12(1) 8
Assim: (t0 ) = =− Rad/min.
dt 244 61
8
Isto indica que o ângulo está diminuindo a uma taxa de variação de Rad/min.
61

Solução do Exercício 7

Derivando a equação da semicircunferência em relação de t, obtemos


dx dy dx dy
2x(t) + 2y(t) = 0 ⇔ x(t) + y(t) = 0.
dt dt dt dt
dy dx
Pela hipótese temos que: = 3 , logo
dt dt
dx dx
x(t) + 3y(t)  x(t) + 3y(t) = 0 ⇒ x(t) = −3y(t).
=0 ⇒
dt dt 

y

dx
como >0
dt

Finalmente, substituindo na equação da semicircunferência obtemos

(−3y(t))2 + (y(t))2 = 10 ⇒ 10(y(t))2 = 10 ⇒ y(t) = 1.

O ponto procurado será o ponto (−3, 1).

Solução do Exercício 8

Temos que V = 13 πr2 h. Como 2r = h para todo t então V (t) = 1 3


12 π[h(t)] . Derivando com respeito ao t,

dV π dh
= · h2 · .
dt 4 dt
dV π dh dh 4
Substituindo dt = 3 e h = 3, obtemos 3 = 4 ·9· dt ou que dt = 3π m/min.

Solução do Exercício 9

1. Usando o teorema do Pitágoras obtemos no tempo t

x(t)2 + y(t)2 = z(t)2 .

Vamos denotar por x′ , y ′ e z ′ as derivadas com respeito ao t. Então derivando ambos os lados com respeito
ao t,
xx′ + yy ′ xx′ + yy ′
2xx′ + 2yy ′ = 2zz ′ ou z ′ = =p .
z x2 + y 2
Dividindo por x o numerador e o denominador e substituindo x′ = 600, y ′ = 450 podemos escrever

x′ + (y/x) · y ′ 600 + (y/x) · 450


z′ = p = p .
1 + (y/x) 2 1 + (y/x)2

5
No tempo t0 , y(t0 ) = y0 = 150, x(t0 ) = x0 = 200 e logo y0 /x0 = 3/4. Então

600 + (y0 /x0 ) · 450 600 + (3/4) · 450


z ′ (t0 ) = p = p = 750 m/s.
1 + (y0 /x0 ) 2 1 + (3/4)2

2. Observamos que usando triângulos semelhantes y0 /x0 = y1 /x1 = 3/4. Logo

600 + (y1 /x1 ) · 450 600 + (y0 /x0 ) · 450


z ′ (t0 ) = p = p = 750 m/s.
1 + (y1 /x1 )2 1 + (y0 /x0 )2

Então podemos concluir que a taxa de variação da distância é constante e não depende do tempo t.

3. Para chegar de y0 a P um avião vai demorar 150/450 = 1/3 horas ou 20 min. Para chegar de x0 a P o
outro avião vai demorar 200/600 = 1/3 horas ou 20 min. Logo sim tem risco de choque e o controlador
tem menos de 20 min. para fazer com que um dos aviões mude a sua trajetória.

Solução do Exercício 10

O leitor deve fazer um diagrama baseado no exemplo do texto da semana. Usando o teorema do Pitágoras
obtemos x(t)2 + y(t)2 = 132 . Derivando ambos os lados com respeito ao t,
−xx′
2xx′ + 2yy ′ = 0 ou y ′ = .
y

No instante t0 temos que x = 5, x′ = 2, e y = 132 − 52 = 12. Logo
−2 · 5 5
y′ = =− .
12 6
Observamos que a velocidade é negativa porque a escada está escorregando para baixo.
No caso do item (b), o lado vertical do triângulo relevante, correspondente à altura em que se encontra o
homem tem comprimento 8 (veja figura abaixo). Vamos considerar y1 (t) a altura em que o homem se encontra
no instante t. Usando triângulos semelhantes temos que,
12 y(t) 3
= ou y(t) = y1 (t).
8 y1 (t) 2
Derivando ambos os lados com respeito ao t, obtemos
3 ′
y′ = y .
2 1
Nesse caso, no instante t0 temos, pelo primeiro item que y ′ = − 65 . Logo
5 2 10 5
y1′ = − · = − = − m/s.
6 3 18 9

Você também pode gostar