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ETEC CÔNEGO JOSÉ BENTO

CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA INTEGRADO AO MÉDIO - 3° ANO

ÁLVARO SANTOS DE MARINS


GABRIEL FELIPE SHISHIDO DOS SANTOS
GRAZIELLE TAKEMOTO
JOÃO VICTOR BARBOSA DE OLIVEIRA SILVA
JOÃO VITOR DE OLIVEIRA DOS REIS BRASELINO

RELATÓRIO DE MICROBIOLOGIA

3º ETIM Química

Microbiologia

Jacareí-SP
2023
ÁLVARO SANTOS DE MARINS
GABRIEL FELIPE SHISHIDO DOS SANTOS
GRAZIELLE TAKEMOTO
JOÃO VICTOR BARBOSA DE OLIVEIRA SILVA
JOÃO VITOR DE OLIVEIRA DOS REIS BRASELINO

RELATÓRIO DE MICROBIOLOGIA

Relatório apresentado ao Curso Técnico


em Química da Etec Cônego José Bento,
orientado pelo Prof. Mário, como requisito
parcial para obtenção do título de técnico
em Química.

Jacareí-SP
2023
LISTA DE IMAGEM
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO

1.1. MEIO DE CULTURA MICROBIANO

Os meios de cultura são suprimentos preparados em laboratórios que


fornecem os nutrientes para o crescimento e desenvolvimento de microrganismos
(como bactérias e fungos) fora do seu habitat natural. Existe uma variedade enorme
desses meios e são utilizados para análises laboratoriais e estudos científicos em
diversas áreas, principalmente em alimentos, água, cosméticos e microbiologia
clínica.
Além dos nutrientes e condições ambientais favoráveis para esse cultivo,
muitos critérios devem ser considerados. Diferentes microrganismos possuem
diferentes necessidades, por isso o meio de cultura é adaptado para satisfazer
essas necessidades, utilizando nutrientes específicos dependendo do
microrganismo de interesse. Além desses fatores, deve ser levado em conta o pH e
a quantidade de oxigênio ou mesmo a sua ausência.

Existem várias maneiras de se classificar os meios de cultura:

● Quimicamente Definido (todos os constituintes são conhecidos);


● Complexo (a exata constituição não é conhecida);
● Sólido (são preparados adicionando-se ágar ao meio líquido e posterior
colocação em placas de Petri);
● Líquido (também conhecidos como caldos, seu acondicionamento é feito em
tubos de ensaio);
● Enriquecido (contém um grande suprimento de nutrientes que promove o
crescimento dos microrganismos fastidiosos);
● Seletivo (Contém inibidores adicionados que tornam inviável o crescimento
de certos microrganismos, sem inibir o crescimento do microrganismo que
está sendo pesquisado);
● Diferencial (Permite a distinção dos microrganismos que crescem no referido
meio). (KASVI, 2018)

1.1. COLORAÇÃO DE GRAM

O método de Gram foi desenvolvido por um médico dinamarquês chamado


Hans Christian Joachim Gram, em 1884, e é, até hoje, uma das etapas iniciais para
a análise de espécimes clínicos. Esse método permite classificar as bactérias em
dois grandes grupos, baseado na coloração que adquirem após todas as etapas da
técnica: o das bactérias Gram positivas e das Gram negativas.
Essa identificação preliminar é útil para orientar o tratamento do paciente,
enquanto são aguardados os resultados finais das culturas.A coloração no método
de Gram é dependente da ligação dos corantes às camadas de Peptideoglicano
presentes na parede celular das bactérias.
Essa camada de peptideoglicano consiste numa cadeia de dissacarídeos
entrelaçada por pontes peptídicas, formando uma cobertura rígida para a bactéria. A
parede celular das Gram positivas possui uma espessa camada de peptideoglicano,
enquanto a parede das Gram negativas apresenta uma membrana fosfolipídica
externa e uma fina camada de peptideoglicano, no espaço periplásmico, entre a
membrana externa e a membrana celular.
A coloração no método de Gram é dependente da ligação dos corantes às
camadas de Peptideoglicano presentes na parede celular das bactérias. Essa
camada de peptideoglicano consiste numa cadeia de dissacarídeos entrelaçada por
pontes peptídicas, formando uma cobertura rígida para a bactéria. A parede celular
das Gram positivas possui uma espessa camada de peptideoglicano, enquanto a
parede das Gram negativas apresenta uma membrana fosfolipídica externa e uma
fina camada de peptideoglicano, no espaço periplásmico, entre a membrana externa
e a membrana celular. (Poton, André. 2019).
No experimento realizado, foi usado o meio de cultura sólido para cultivar
microrganismos do ventilador da sala do 3° Química e da barba de um indivíduo.
Para a observação dos microrganismos no microscópio foi utilizado o método da
coloração de Gram.

2. OBJETIVO
Visualizar e esquematizar a morfologia e o arranjo das bactérias existentes
nas lâminas coradas pelo método de Gram.

3. MATERIAIS E REAGENTES
MATERIAIS
● Lâmina de vidro;
● Swab;
● Fósforo/Isqueiro;
● Tripé de ferro;
● Tela de amianto;
● becker.
REAGENTES
● Água destilada;
● Solução de cristal violeta;
● Lugol;
● Álcool acetona;
● Fucsina;
● Standard Methods Agar (SMA).
APARELHAGEM
● Bico de bunsen;
● Microscópio óptico.

4. FISPQ
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Água Destilada (H2O)

IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS

Classificação da substância (de acordo Produto não classificado como perigoso


com a ABNT-NBR 14725-2) pelo Sistema de classificação utilizado.

MEDIDAS DE PRIMEIRO SOCORROS

Inalação Produto não volátil.

Produto atóxico em contato com a pele


Contato com a pele íntegra.

Produto atóxico em contato com os


Contato com os olhos olhos íntegros.

Ingestão Produto atóxico por ingestão.

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Solução de Cristal Violeta

IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS

Classificação da substância (de acordo Esta substância não é classificada como


com a ABNT-NBR 14725-2) perigosa de acordo com a legislação.

MEDIDAS DE PRIMEIRO SOCORROS

Inalação Remover para local ventilado.

Lavar com água corrente. Retirar as


Contato com a pele roupas contaminadas.

Lavar com bastante água, por 15


Contato com os olhos minutos. Consultar um oftalmologista.

Beber bastante água. Vômito pode ser


Ingestão induzido. Chamar um médico.

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Lugol

IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
Classificação da substância (de acordo Esta substância não é classificada como
com a ABNT-NBR 14725-2) perigosa de acordo com a legislação.

MEDIDAS DE PRIMEIRO SOCORROS

Inalação Remover para local ventilado.

Retire imediatamente toda a roupa


Contato com a pele contaminada. Enxaguar a pele com água
e tomar banho de chuveiro.

Contato com os olhos Enxaguar abundantemente com água.

Beber bastante água. Consultar um


Ingestão médico.

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Álcool Acetona

IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS

Classificação da substância (de acordo Inflamável, Categoria 2.


com a ABNT-NBR 14725-2)

MEDIDAS DE PRIMEIRO SOCORROS

Remover para local ventilado. Em caso


Inalação de respiração irregular, inalação de
oxigênio. Procurar um médico.

Remover as roupas contaminadas e


Contato com a pele lavar o local com água corrente.

Lavar imediatamente com bastante


Contato com os olhos água, por 15 minutos. Procurar um
oftalmologista.

Lavar a boca com bastante água. Evitar


Ingestão vômito. Ingerir água. Procurar um
médico.

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Fucsina

IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
Classificação da substância (de acordo Carcinogenicidade, Categoria 1B, H350
com a ABNT-NBR 14725-2)

MEDIDAS DE PRIMEIRO SOCORROS

Exposição ao ar fresco. Chamar um


Inalação médico.

Retire imediatamente toda a roupa


Contato com a pele contaminada. Enxaguar a pele com água
e tomar banho de chuveiro.

Lavar abundantemente com água.


Contato com os olhos Consultar um oftalmologista. Remova as
lentes de contato.

Fazer a vítima beber imediatamente


Ingestão água (dois copos no máximo). Consultar
um médico.

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Standard Methods Agar (SMA) ou (PCA)

IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS

Classificação da substância (de acordo Esta substância não é classificada como


com a ABNT-NBR 14725-2) perigosa de acordo com a legislação.

MEDIDAS DE PRIMEIRO SOCORROS

Não existe nenhuma informação


Inalação relevante disponível.

Enxágue a pele imediatamente com


Contato com a pele água e sabão.

Enxaguar os olhos com as pálpebras


Contato com os olhos abertas por alguns minutos sob água
corrente e consultar um médico.

Procure auxílio médico se a vítima


apresentar sintomas.
Ingestão

5. PROCEDIMENTOS
5.1. Preparação Meio Cultura

● Pesou-se 2,35 g de Meio de Cultura SMA para 100 ml;


● Diluiu-se e ferveu-se de 10 a 15 min no bico de bunsen até mudança de
coloração;
● Deixou esfriar e transferiu-se para as três placas de petri já esterilizadas até
endurecimento.

5.2. Preparação Água Peptonada

● Preparou-se água peptonada diluindo-se 1,5g para 100 ml de água;


● Após ferveu-se no bico de bunsen até homogeneização.

5.3. Preparação Amostra (leite)

● Separou-se 25 ml da amostra (leite)


● Adicionou-se 225 ml de água peptonada

5.4. Diluição Seriada

● Completou-se 9 ml de água peptonada para cada um dos três tubos de


ensaio;
● Da amostra feita pegou-se 1 ml e colocou-se no 1° tubo, formando 10-1;
● Do tubo de 10-1 feito, pegou-se 1 ml e transferiu-se para o segundo tubo,
formando 10-2;
● Do tubo de 10-2 feito, pegou-se 1 ml e transferiu-se para o segundo tubo,
formando 10-3;
● Após toda serialização, pegou-se 1 ml de cada tubo de ensaio para cada
placa de petri, deixou-se esfriar e descartou o excesso;
● Identificou cada placa e tampou-se, armazenando na estufa.

5.5. Esfregaço

● Esterilizou-se dois Swab;


● Friccionou-o contra as superfícies dos meios de cultura;
● Esfregou-os contra a parte fosca das lâminas;
● Esperou-se as lâminas secarem;
● Realizou-se a fixação utilizando o bico de Bunsen.
5.6. Coloração de Gram

● Cobriu-se toda a lâmina com uma solução de cristal violeta, aguardando 1


minuto, após desprezou-se o corante;
● Cobriu-se toda a lâmina com lugol, aguardando 1 minuto e 30 segundos,
após desprezou-se o corante;
● Cobriu-se toda a lâmina com álcool acetona, aguardando 30 segundos, após
“lavou-se” a lâmina com água destilada;
● Cobriu-se toda a lâmina com fucsina, aguardando 30 segundos, após “lavou-
se” a lâmina com água destilada;
● Repetiu-se o processo mais uma vez, para a outra lâmina;
● Esperou-se a lâmina secar para sua visualização no microscópio.

6. RESULTADOS

Com a realização do procedimento conseguimos visualizar os


microrganismos nas seguintes concentrações:

Na concentração de 10-2 na lente optativa de 40x podemos observar uma


presença maior de bactérias gram negativas e a direita uma colônia menor de
gram positivas.
Na concentração de 10-2 na lente optativa de 100x podemos observar com
maior detalhamento as colônias citadas anteriormente.

Na concentração de 10-2 utilizando a lente de 400x conseguimos obter a


melhor visualização de um fungo encontrado na lâmina.
Na concentração de 10-2 na lente de 1000x observamos com maior
detalhamento as colônias gram negativas observadas anteriormente,
podendo notar a presença de cocos, bacilos e estafilococos.
Na concentração 10-3 na lente de 40x podemos visualizar a presença de
colônias de bactérias gram negativas, além de um microrganismo à direita da
lâmina.

Na concentração 10-3 na lente de 100x podemos observar com maior


detalhamento o fungo presente na direita da lâmina.
Na concentração 10-3 na lente de 400x observamos com maior detalhamento
o fungo presente na lâmina.

Na concentração 10-3 na lente de 1000x podemos observar a presença de


colônias de bactérias gram positivas, identificando a presença de cocos,
bacilos e estafilococos.
Na concentração 10-3 na lente de 1000x também localizamos na lâmina a
presença de outro fungo.

7. CONCLUSÃO

Após a realização do procedimento nos atentamos que foi possível ver a


presença de vários organismos e bactérias, visando algumas bactérias filamentosas
(divididas em segmentos), e excessos de reagentes na hora da coloração,
atrapalhando a visualização mas não impedindo os resultados. Além disso, o
aprendizado sobre diluição seriada ensinado nos deu grande entendimento do
manuseio dos materiais laboratoriais, levando em conta a utilização de pipetas e
volumes precisos.
Este experimento de visualização nos deu grande visão e entendimento da
matéria de Microbiologia, nos ensinando o manuseio de um microscópio óptico,
procedimentos como esfregaço e coloração de gram para observação do conteúdo,
além de seu objetivo como grade curricular importante para conclusão do técnico
em química, ademais a conscientização do nosso ambiente exterior maximizado,
onde muitas vezes tocamos sem mesmo entender o risco que isso pode nos causar.

REFERÊNCIAS
KASVI, Empresa. “Qual a finalidade dos meios de cultura em microbiologia?”, Kasvi,
2018. Disponível em: <https://kasvi.com.br/qual-a-finalidade-de-meios-de-cultura-
em-microbiologia/>. Acesso em: 27/Nov/2023

POTON, André. Como é feito o método de Gram?, Blog Jaleko. 2019. Disponível
em: <https://blog.jaleko.com.br/como-e-feito-o-metodo-de-gram/#:~:>. Acesso em:
27/Nov/2023

Quimidrol. FISPQ - Água Destilada. Santa Catarina: Quimidrol, 12 fev. 2019.


Disponível em: <https://cdn.dentalspeed.com/manual/agua-destilada-fispq-
quimidrol.pdf.> Acesso em: 7 abr. 2023.

Labsynth. FISPQ - ACETONA. Diadema - SP: Labsynth Produtos para Laboratórios


Ltda, 28 nov. 2016. Disponível em:
<https://sites.ifi.unicamp.br/lamult/files/2018/04/FISPQ-Acetona.pdf>. Acesso em: 7
abr. 2023.

Labsynth. FISPQ - VIOLETA CRISTAL. São Paulo: Labsynth Produtos para


Laboratórios Ltda., 15 ago. 2022. Disponível em:
<https://www.labsynth.com.br/fispq/FISPQ-%20Violeta%20Cristal.pdf>. Acesso em:
7 abr. 2023.

MERCK. FISPQ - Lugol. São Paulo - SP: Merck S/A, 2 dez. 2015. Disponível em:
<https://www.icb.ufmg.br/institucional/administracao-central/gerencias/residuos/
fispq-fichas-de-informacoes-de-seguranca-de-produtos-quimicos/450-lugol/file>.
Acesso em: 7 abr. 2023.

MONTAGNOLI, Francisco. FISPQ Ágar PCA. São Paulo – SP: Probac do Brasil, 29 jul.
2019. Disponível em: <http://www.probacbrasil.com/Anexos/FISPQs/FISPQ%20-
%20pca%2025.2019.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2023.

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