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I Introdução

Querido leitor, depois de estudar o funcionamento energético da Máquina


Humana, é imprescindível parar para estudar o Mundo das Relações do homem,
quais são estes mundos e como equilibrá-los. Uma premissa é fundamental: o
gnóstico deve ser filósofo, ou seja, aprender a viver a vida sabiamente. Nesta
sabedoria está a consciência do mundo que o rodeia, de seu corpo e de seu
próprio mundo interior.

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O O Espaço Exterior e o País Psicológico
O mundo das relações tem três aspectos muito diferentes que de forma
precisa necessitamos esclarecer.
Primero: Estamos relacionados com o Corpo Planetário, ou seja, com o corpo
físico (nosso corpo de carne e osso).
Segundo: vivemos no Planeta Terra e, por sequência lógica, estamos
relacionados com o mundo exterior e com as questões que nos dizem respeito:
familiares, negócios, dinheiro, questões de ofício, profissão, política, etc.
Terceiro: A relação do homem consigo mesmo. Relação que para a maioria
das pessoas não tem a menor importância.
Desafortunadamente, as pessoas só se interessam pelos dois primeiros
tipos de relação, vendo com a mais absoluta indiferença o terceiro tipo.
Alimento, saúde, dinheiro, negócios, constituem realmente as principais
preocupações do ser humano.
Agora bem, resulta evidente que tanto o corpo físico como os assuntos do
mundo são exteriores a nós mesmos.
Cremos sempre tem algum conhecimento de nosso corpo físico, mas em
realidade nem os melhores cientistas do mundo sabem muito sobre o corpo de
carne e osso. Não há dúvida que o corpo físico, dada sua tremenda e complicada
organização, está certamente muito mais além de nossa compreensão.
No que diz respeito ao segundo tipo de relações, somo sempre vítimas
das circunstâncias. É lamentável que, todavia, não aprendemos a originar
conscientemente as circunstâncias. São muitas as pessoas incapazes de se
adaptar a nada ou a qualquer coisa ou a ter êxito verdadeiro na vida.
Ao pensar em si mesmo, desde o ângulo do trabalho esotérico gnóstico, se
faz urgente averiguar com qual destes três tipos de relações estamos em falta.
Pode suceder que estejamos mal relacionados com o mundo exterior e, como
resultado, tenhamos conflitos, problemas econômicos e sociais, etc. Pode ser
que estejamos mal relacionados consigo mesmos e que, consequentemente,
soframos muito por falta de iluminação interior.
Obviamente, se a lâmpada de nossa recâmara não se encontra conectada à
instalação elétrica, nosso aposento estará em trevas.
Quem sofre por falta de iluminação interior deve conectar sua mente com
os Centros Superiores de seu Ser. Incontestavelmente, necessitamos estabe-
lecer corretas relações não só com nosso Corpo Planetário (Corpo Físico) e com
o mundo exterior, mas também com cada uma das partes de nosso próprio Ser.
Em tempos de rigorosa tentação, abatimentos e desolação, se deve apelar
à íntima recordação de si mesmo. Quando em si mesmo se dá o choque da
“Recordação de Si”, se produz realmente uma mudança milagrosa em todo o
trabalho do corpo, de modo que as células recebem um alimento diferente.

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A A pessoa como o núcleo mais reduzido da sociedade
Neste mundo, encontramos as nossas diferentes relações com o que nos
rodeia
Para a compreensão deste tema, passaremos a estudar o que é o mundo
planetário. Neste caso, o corpo físico, com seus diferentes funcionalismos
como são: o que pensamos, o que sentimos e nossas ações, analisando a por
sua vez a relação que temos desde este corpo planetário ou corpo físico, com o
planeta Terra, com a sociedade, com a família, com toda a mecânica de
problemas e situações que nos rodeiam.
É necessário compreender que a pessoa é o núcleo mais reduzido da
sociedade e que não podemos mudar a sociedade se a pessoa não muda; que
quando estamos bem relacionados com nós mesmos, localizando em uma
ordem o que pensamos, o que fazemos e nossas emoções, indiscutivelmente
isto nos vai servir para a perfeita relação com o planeta terra, com a família, com
a sociedade.
O resultado de todo este ordenamento, podemos ser pessoas com uma
consciência diferente, com uma atitude diferente, sobre tudo, com retidão no
que pensamos, no que sentimos, no que fazemos.
O mundo planetário ou corpo físico está adaptado a fenômenos exteri-
ores em concordância com o que nós fomos, com o que herdamos de nossos
antepassados e com o que aprendemos de momento a momento e, se não
mudamos nossa atitude em relação com nós mesmos, não podemos modificar
nossa forma de ser.
Ao relacionar-nos com algo ou com alguém, é conveniente ter presente
a boa relação com a consciência para extrair de toda coisa o bem que tem e
rejeitar o mal que tem e, assim, enriquecer cada dia a consciência, a vontade e a
compreensão e poder ser um bom pai, um bom filho, um bom amigo e,
sobretudo, um bom cidadão.

A A Personalidade Humana
O ambiente de família, a vida na rua e na escola, dão à personalidade
humana sua tonalidade original característica.
O exemplo dos mais velhos é definitivo para a personalidade infantil.
A criança aprende mais com o exemplo que com o preceito. A forma equivo-
cada de viver, o exemplo absurdo, os costumes de degenerados dos mais velhos,
dão à personalidade da criança esse tom peculiar cético e perverso da época em
que vivemos.
Nestes tempos modernos o adultério se fez mais comum que a batata e a
cebola e, como é apenas lógico, isto origina cenas dantescas dentro dos lares.
São muitas as crianças que por estes tempos têm que suportar cheios de

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dor e ressentimento os látegos e paus do padrasto ou da madrasta. É claro que,
dessa forma, a personalidade da criança se desenvolve dentro do marco da dor,
do rancor e do ódio.
Existe um ditado popular que diz: “O filho alheio cheira a feiura por todas as
partes”. Naturalmente nisto também há exceções, mas se podem contar com os
dedos da mão e sobram dedos.
As altercações entre pai e mãe por questões de ciúmes, o choro e as
lamentações da mãe afligida ou do marido oprimido, arruinado e desesperado
deixam na personalidade da criança uma marca indelével de profunda dor e
melancolia que jamais se esquece durante toda sua vida.
Dentro dos lares modernos o pai, a mãe, os filhos, as filhas, parecem
autômatos inconscientes ante a tela da televisão.
As crianças criadas neste novo tipo de lar ultramoderno só pensam em
canhões, pistolas, metralhadoras de foguetes para imitar e viver a seu modo
todas as cenas dantescas de crime tal como as viram na tela da televisão.
Personalidade e Essência devem desenvolver-se de forma harmoniosa
e equilibrada. Na prática pudemos verificar que quando a personalidade se
desenvolve exageradamente às custas da essência, o resultado é o patife.
A observação e a experiência de muitos anos permitiram compreender que
quando a essência se desenvolve totalmente, sem atender no mais mínimo ao
cultivo harmonioso da personalidade, o resultado é o místico sem intelecto, sem
personalidade, nobre de coração, mas inadaptado, incapaz.
O desenvolvimento harmonioso de personalidade e essência dá por
resultado homens e mulheres geniais.
Na essência temos tudo o que é próprio, na personalidade tudo o que é
emprestado.
Na essência temos nossas qualidades inatas, na personalidade temos o
exemplo dos mais velhos, o que aprendemos no lar, na escola, na rua.
É urgente que as crianças recebam alimento para a essência e alimento para
a personalidade.
A essência se alimenta com ternura, carinho sem limites, amor, música, flores,
beleza, harmonia, etc.

O O Indivíduo e a Sociedade
A sociedade humana é a extensão do indivíduo. Se queremos realmente
uma mudança radical, se queremos um mundo melhor, um mundo sem fome,
necessitamos mudar individualmente, mudar dentro de nós mesmo, alterar
dentro de nossa própria individualidade os abomináveis fatores que produzem
no mundo fome e miséria. Recordemos que a massa é uma soma de indivíduos.
Se cada indivíduo muda, a massa mudará inevitavelmente.
A sociedade é a extensão do indivíduo. Se o indivíduo é cobiçoso, cruel,

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impiedoso, egoísta, etc., assim será a sociedade. É necessário sermos sinceros
conosco mesmos. Nós, cada um de nós é mau e, portanto, a sociedade tem que
ser má inevitavelmente.
É urgente acabar com o egoísmo e cultivar o “Cristocentrismo”. Só
assim podemos fazer um mundo melhor. É indispensável eliminar a cobiça e a
crueldade que cada um levamos dentro, só assim, só mudando o indivíduo
mudará a sociedade, porque esta só é a extensão do indivíduo. Há dor, há fome,
há confusão, mas nada disto se pode eliminar mediante os procedimentos
absurdos da violência. Quem quiser transformar o mundo à base de rev-
oluções de sangue e aguardente ou com golpes de estado e fuzilamentos está
totalmente equivocado, porque a violência só gera mais violência e o ódio gera
mais ódio.
Necessitamos paz se é que queremos resolver problemas.

O Os três fatores da Revolução da Consciência


como equilibradores no Mundo das Relações
É necessário compreender que a pessoa é o núcleo mais reduzido da
sociedade, que não podemos mudar a sociedade se a pessoa não muda. Que
quando estamos bem relacionados com nós mesmos, localizando em uma
ordem o que pensamos, o que fazemos e nossas emoções, indiscutivelmente
isto nos vai servir para a perfeita relação com o planeta terra, com a família, com
a sociedade e com nós mesmos.
Isto o logramos pondo em prática a morte psicológica; a eliminação dos
eus (defeitos) mediante os métodos entregues em conferências anteriores
(observação e compreensão dos mesmos, extraindo deles nossa consciência
aprisionada).
O nascimento, realizando as práticas que nos permitem canalizar nossas
energias criadoras como são a vocalização, as runas, a meditação e os exercícios.
O Despertar da Consciência, vivendo o momento e aplicando a chave SOL
(Sujeito, Objeto, Lugar).
E o Sacrifício pela Humanidade, cultivando os valores da consciência como
é o serviço desinteressado pelos demais, chegando assim a poder ter autêntico
amor e felicidade pelo triunfo de nossos semelhantes. Resultado de tudo este
ordenamento, podemos ser pessoa com uma consciência diferente, com uma
atitude diferente e, sobretudo, retidão no que pensamos, no que sentimos e no
que fazemos.
Ao relacionar-nos com algo ou com alguém, é conveniente ter presente a
boa relação com a consciência para extrair de toda coisa o bem que tem e re-
jeitar o mal que tem e, assim, enriquecer cada dia a consciência, a vontade e a
compreensão e poder ser um bom pai, um bom filho, um bom amigo e, sobr-
etudo, um bom cidadão.

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O Os três alimentos:
Na Gnosis consideramos o homem como uma fábrica de três pisos que
absorve normalmente três alimentos:
1. O Alimento Comum: normalmente corresponde ao piso inferior da
fábrica em questão, este é o estômago.
2. O Ar: está no segundo piso, e se relaciona com os pulmões.
3. As Impressões: Indubitavelmente estão intimamente associadas ao
cérebro ou terceiro piso.
Temos impressão-cérebro, ar-pulmões, alimento-estômago.
O alimento que comemos sofre sucessivas transformações. Isto é incontes-
tável. O processo da vida em si mesma, por si mesma, é transformação de uma
substância em outra. O vegetal, por exemplo, transforma o ar, a água e os sais da
terra em novas substâncias vitais, em elementos vitais para nós, como as frutas,
por exemplo. Assim tudo é transformação.
Em tudo existe transformação. Assim pois, a epiderme da terra é um órgão
de transformação. Quando comemos um alimento tão necessário para nossa ex-
istência, este é transformado, claro está, em etapas após etapas.
Obviamente que os alimentos se transformam. Mas há algo que nos convida
à reflexão e é a transformação adequada das impressões.
Resultaria magnífico transformar as impressões. A maioria das pessoas, como
veem o terreno da vida prática, creem que este mundo físico lhes vai dar o que
buscam e anelam.
Realmente esta é um tremendo equívoco. A vida em si mesma entra em nós,
em nosso organismo, em forma de meras impressões. Alguém não poderia real-
mente transformar sua vida se não transformasse as impressões que chegam à
mente.
Não existe realmente tal coisa como a vida externa. Estamos falando de algo
muito revolucionário, pois todo o mundo crê que o físico é o real.
Mas, se vamos um pouco mais a fundo, o que realmente estamos recebendo
a cada momento são impressões. Se viesse-nos uma pessoa que nos agrada ou
desagrada, a primeira coisa que obtemos são impressões dessa natureza. A vida
é uma sucessão de impressões. A realidade da vida são suas impressões.

A A necessidade de mudar a forma de pensar


Antes de tudo, nestes estudos devemos começar com os Centros Intelec-
tual e Emocional. Necessitamos, em verdade, mudar nossa forma de pensar, do
contrário marcharemos pelo caminho do erro. Se nós continuamos pensando
como antes, com os mesmos hábitos de outros tempos, de que serve o que aqui
estamos lendo?

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Se necessita mudar a forma de pensar. Para vinho novo, odre novo se
necessita. Necessitamos mudar completamente nossa forma de pensar a fim
de receber este ensinamento: esse é o ponto grave da questão, porque se
recebemos este ensinamento e o adicionamos a velha forma de pensar na qual
tínhamos nossos velhos hábitos mentais, nada estamos fazendo.
O que estamos é enganando a nós mesmos.
Necessitamos que as emoções negativas sejam eliminadas de nós, porque
essas emoções negativas não permitem uma mudança de fundo. É impossível
transformar-nos se ainda possuímos dentro de nós emoções negativas
Nós temos que erradicar de nosso coração as emoções de tipo negativo, que
são verdadeiramente prejudiciais em todos sentidos.
Comecemos pois por mudar nossa forma de pensar e de sentir.
Temos que começar por mudar nossa forma de pensar para trabalhar
compensar.
Temos que começar por mudar nossa forma de pensar para trabalhar
corretamente sobre si mesmo. Não poderíamos conceber o despertar da
consciência se antes não mudamos nossa forma de pensar.
À medida que se vai desintegrando todos esses agregados psíquicos
inumanos que carregamos em nosso interior, a consciência irá despertando.
Muito se tem falado na Gnosis, mas devemos primeiro mudar nossa forma de
pensar para que nos façamos mais conscientes do ensinamento.

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“Um homem é o que é sua vida; se um homem não modifica nada dentro
de si mesmo, se não transforma radicalmente sua vida, se não trabalha sobre
si mesmo, está perdendo seu tempo miseravelmente.”

V.M. Samael Aun Weor

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E Epílogo
Querido leitor, na presente lição encontramos uma parte fundamental do
caminho do despertar da consciência e da morte dos agregados psicológicos
que é: reaprender a relação que tenho com meu corpo físico, com o mundo
que me rodeia e com meu mundo interior; baseados no que? Pois bem, na
convivência harmoniosa e em transformar a forma de pensar e de sentir numa
maneira de tipo superior, sempre dando passos até a consciência, a sabedoria,
o amor e a compreensão.
Um estudante da Gnosis que não reaprenda a relacionar-se com os pontos
antes mencionados, sem dúvida, não avançará no caminho.

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Ciclo de Conferências

Primeira Câmara
As lições da Primeira Câmara vão nesta ordem e desenvolvimento:

01. O que é Gnosis


02. Personalidade, Essência e Ego
03. O Despertar da Consciência
04. O Eu Psicológico
05. Luz, Calor e Som
06. A Máquina Humana
07. O Mundo das Relações
08. O Caminho e a Vida
09. O Nível do Ser
10. O Decálogo
11. Educação Fundamental
12. A Árvore Genealógica das Religiões
13. Evolução, Involução e Revolução.
14. O Raio da Morte
15. Reencarnação, Retorno e Recorrência.
16. A Balança da Justiça
17. Os Quatro Caminhos
18. Diagrama Interno do Homem
19. Transformação da Energia
20. Os Elementais.
21. Os Quatro Estados de Consciência
22. A Iniciação

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