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APLICAÇÕES DOS METAIS

Os metais aplicam-se nos três setores de atividades humanas.


No setor primário têm diversas aplicações, tais como, embarcações,
motores e alfaias agrícolas.
No setor secundário podem-se aplicar em motores, equipamentos,
infraestruturas, etc.
No setor terciário também têm diversas aplicações, tais como,
equipamentos e instrumentos.

PRESPECTIVA HISTÓRICA DA UTILIZAÇÃO DOS METAIS

A história dos metais pode resumir-se ao seguinte esquema:

O primeiro metal a ser descoberto foi o cobre e o segundo foi o estanho.


O cobre é um metal bastante dúctil (que se pode alongar sem se
quebrar).
Mais tarde, descobriu-se o bronze, liga metálica constituída por cobre
estanho, que é mais resistente que o cobre e mais fácil de fundir.

IDADE DA PEDRA

Período histórico em que o homem não utilizava os metais.

IDADE DO COBRE

O cobre inicialmente usado só como metal decorativo, passou a ser


também utilizado como material de construção de armas e escudos, entre
outros utensílios.
IDADE DO BRONZE

O bronze, sendo mais duro que o cobre, é mais frágil. A utilização do


bronze na construção de material bélico permitiu a supremacia
económica e militar das sociedades que dominavam esta técnica.

IDADE DO FERRO

A extração e utilização de ferro permitiram a construção de instrumentos


mais resistentes. A grande procura de ferro fomentou guerras e provocou
profundas alterações socioeconómicas, como a ascensão de classes
sociais e o aumento de situações de escravatura.

IDADE DOS NOVOS MATERIAIS

Atualmente passou a ter grande importância o uso dos seguintes novos


materiais: ligas metálicas, plásticos e compósitos.

MINÉRIO E MINERAL

Mineral é um material que pode ser encontrado na litosfera e que


contém, em maior ou menor quantidade, um metal, normalmente
associado a outros elementos.
Se a extração do metal for economicamente viável, então o mineral
designa-se por minério.
Exemplos de minérios: bauxite, cuprite e pirite.

POLUIÇÃO NA EXPLORAÇÃO MINEIRA

As minas poluem, por lixiviação, outros recursos, nomeadamente as


águas dos rios e as águas subterrâneas, causando doenças e prejuízos.
Não é só a poluição proveniente do processo mineiro mas também todos
os produtos químicos que são usados na extração dos metais. Os
principais tipos de poluição incluem a contaminação pelos metais tóxicos
das águas e dos solos.

MINIMIZAÇÃO DOS IMPACTES AMBIENTAIS

Devem ser tomadas as seguintes medidas:


 Utilização de tecnologias menos poluentes.
 Recuperação das áreas afetadas.
 Valorização, reutilização e reciclagem dos equipamentos metálicos.

OS ELEMENTOS METÁLICOS NA TABELA PERIÓDICA

Na Tabela Periódica os elementos metálicos são predominantes em


relação aos não metálicos.
Os elementos metálicos formam predominantemente iões positivos e os
não metálicos iões negativos.
Todos os metais de origem natural são sólidos a PTN, exceto o mercúrio
que é líquido.
Com poucas exceções, os não metais são baços e maus condutores de
corrente elétrica, ao passo que os metais têm brilho e boa condutividade
elétrica.
Há certos metais e ligas metálicas que perdem totalmente a sua
resistência à passagem de corrente elétrica quando arrefecidos a uma
temperatura próxima dos 0 K, tornando-se supercondutores.

CONFIGURAÇÕES ELETRÓNICAS E PROPRIEDADES PERIÓDICAS

Gases Nobres (Grupo 18)

Hélio – 2He : 1s2

Néon – 10Ne : 1s2 2s2 2p6

Argon – 18Ne : 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6


Metais Alcalinos (Grupo 1)

2 1 1
Lítio - 3Li : 1s
 2s ou [He] 2s
CERNE

Sódio - Na : 1s 2 2s 2 2p6 3 s1 ou [Ne] 3s1


11 
CERNE

Potássio - K : 1s 2 2s 2 2p6 3s 2 3p6 4s1 ou [Ar] 4s1


19 
CERNE

CERNE = NÚCLEO + ELETRÕES INTERNOS

Todos os metais alcalinos têm um único eletrão na camada de valência e


um cerne com carga +1.

Metais Alcalino - Terrosos (Grupo 2)

Todos os metais alcalino-terrosos têm dois eletrões na camada de


valência e um cerne com carga +2.

NÚMERO DO PERÍODO DE UM ELEMENTO NA PERIÓDICA

NÚMERO DO PERÍODO = NÚMERO DE NÍVEIS

NÚMERO DO GRUPO DE UM ELEMENTO NA PERIÓDICA

Para os elementos cujos eletrões mais energéticos estão numa orbital s


(bloco s), tem-se:
NÚMERO DO GRUPO = NÚMERO DE ELETRÕES DE VALÊNCIA
Exceção: hélio que pertence ao grupo 18

Para os elementos do bloco p, tem-se:


NÚMERO DO GRUPO = NÚMERO DE ELETRÕES DE VALÊNCIA + 10
Para os elementos do bloco d, tem-se:

NÚMERO DO NÚMERO DE ELETRÕES NÚMERO DE ELETRÕES


GRUPO = NAS ORBITAIS d MAIS + NA ORBITAL s MAIS
ENERGÉTICAS ENERGÉTICA

Exercício
Indicar o grupo e o período dos seguintes elementos:
a) 12Mg
b) 15P
c) 26Fe

VARIAÇÃO DO RAIO ATÓMICO AO LONGO DA TABELA PERIÓDICA

Ao longo de um grupo existem dois fatores a ter em conta:


1º) A carga do núcleo aumenta.
2º) O número de níveis eletrónicos aumenta.
O primeiro fator contribui para a diminuição do tamanho do átomo,
porque a uma maior carga do núcleo corresponde a uma maior atração
entre esse núcleo e os eletrões do átomo.
O segundo fator contribui para o aumento do tamanho do átomo, porque
mais níveis eletrónicos implica maior dificuldade em atrair todos eles pelo
núcleo e, em especial, o nível de valência.
O fator predominante é o segundo, pelo que, o tamanho dos átomos
aumenta ao longo do grupo.
Ao longo do período só existe o primeiro fator, pelo que, o tamanho dos
átomos diminui ao longo do período.
VARIAÇÃO DA ENERGIA DE IONIZAÇÃO AO LONGO DA TABELA PERIÓDICA

Quanto maior for a distância do núcleo ao nível de valência, menor é a


energia de ionização. Assim, quanto maior for o raio atómico, menor será
a energia de ionização.

ENERGIA DE IONIZAÇÃO (I)

A energia de ionização (I) ou energia de primeira ionização (I1)


corresponde à energia necessária para ejetar uma mole de eletrões de
uma mole de átomos neutros, no estado gasoso e fundamental, de modo
a formar iões positivos (definição segundo a IUPAC).
Para um átomo M, a energia de primeira ionização traduz-se por:
M(g)  M+(g) + e- I1 > 0
A ionização de um átomo é sempre um processo endotérmico, pelo que,
a energia de ionização (I) é sempre positiva.
É evidente que um átomo tem tantas energias de ionização quantos os
eletrões que esse átomo comporta.
Para o mesmo átomo M, a segunda energia de ionização traduz-se por:
M+(g)  M2+(g) + e- I2 > 0
Quanto maior for a carga de um ião mais difícil se torna retirar-lhe um
eletrão, pelo que:
I1 < I2 < I3 < …

AFINIDADE ELETRÓNICA (A)

A afinidade eletrónica (A) corresponde à energia libertada quando se


adiciona uma mole de eletrões a uma mole de átomos neutros no estado
gasoso e fundamental.
Exemplo:
C(g)  1 e -  C - (g) H  - 349 kJ/mol
A = - ΔH
A = 349 kJ/mol

VARIAÇÃO DA AFINIDADE ELETRÓNICA AO LONGO DA TABELA PERIÓDICA

Quanto maior for a distância do núcleo ao nível de valência, menor é a


afinidade eletrónica. Assim, quanto maior for o raio atómico, menor será
a afinidade eletrónica.
Os elementos metálicos apresentam baixas afinidades eletrónicas, pelo
que, não têm tendência a captar eletrões.
Os elementos não metálicos, pelo contrário, são mais estáveis na forma
de anião.

ORBITAIS ATÓMICAS

Orbitais s (l=0)

Para um dado número quântico principal só existe uma orbital s.


  0  m  0 (uma orbital)
Exemplo:
Para o número quântico principal 2, só existe a orbital 2s.
Orbital 2s (n=2, l=0, m=0)

Orbitais p (l=1)

Para um dado número quântico principal superior a um, só existem três


orbitais p.
 1  m

-1 ; m
0 ; m

1
Orbital p x Orbital p y Orbital p z
Exemplo:
Para o número quântico principal 2, existem as orbitais 2px, 2py e 2pz.
Como cada orbital pode levar dois eletrões, então as três orbitais podem
levar seis eletrões.

Orbitais d (l=2)

Para um dado número quântico principal superior a dois, só existem cinco


orbitais d.

2  m
 -2
;
m
-1
; m
 0; 
m
12
;m
5 orbitais d

Como cada orbital pode levar dois eletrões, então as cinco orbitais podem
levar dez eletrões.

Orbitais f (l=3)

Para um dado número quântico principal superior a três, existem sete


orbitais f.

3  m
 -3;
  -2;
m  
m 
-1;m 0;
m

1;
m
 2;
 
m3
7 orbitais d

Como cada orbital pode levar dois eletrões, então as sete orbitais podem
levar catorze eletrões.

ELEMENTOS DO 4º PERÍODO

Os dois primeiros elementos do 4º período têm as seguintes


configurações eletrónicas:

19K  [Ar] 4s1 e não [Ar] 3d1

20Ca  [Ar] 4s2 e não [Ar] 3d2


A configuração eletrónica destes elementos é a da esquerda e não a da
direita, porque:
E4s < E3d
Contudo, para os elementos de transição do 4º período, verifica-se:
E4s > E3d
Apesar deste facto, o preenchimento da orbital 4s efetua-se primeiro do
que o das orbitais 3d, porque corresponde a uma situação mais estável,
ou seja, de menor energia para os átomos.
Os seguintes elementos do 4º período têm as seguintes configurações
eletrónicas:

21Sc  [Ar] 3d1 4s2

22Ti  [Ar] 3d2 4s2

23V  [Ar] 3d3 4s2

Em relação ao crómio verifica-se uma exceção a esta sequência, sendo a


sua configuração eletrónica:

24Cr  [Ar] 3d5 4s1

Esta situação deve-se ao facto das orbitais 3d e 4s ficarem todas


semipreenchidas, o que confere uma estabilidade adicional.
Em diagrama de caixas, esta configuração eletrónica é:

Os elementos seguintes seguem a sequência anterior e têm as seguintes


configurações eletrónicas:

25Mn  [Ar] 3d5 4s2

26Fe  [Ar] 3d6 4s2

27Co  [Ar] 3d7 4s2

28Ni  [Ar] 3d8 4s2


O cobre também quebra esta sequência, pelo facto do preenchimento
total das orbitais d e uma s semipreenchida conferir maior estabilidade
do que não ter todas as orbitais d preenchidas e uma s preenchida. Assim,
o cobre tem a seguinte configuração eletrónica:

29Cu  [Ar] 3d10 4s1

Finalmente, para o último metal de transição do quarto período tem-se a


seguinte configuração eletrónica:

30Zn  [Ar] 3d10 4s2

Conclusão:
As exceções à sequência do preenchimento das orbitais atómicas dos
metais de transição do 4º período verificam-se para o crómio (grupo 6) e
cobre (grupo 11).

ELEMENTOS DOS PERÍODOS 5 A 7

As sucessivas configurações eletrónicas, dos elementos dos períodos de 5


a 7, seguem uma sequência análoga à do 4º período, havendo, tal como
no 4º período, exceções para os elementos dos grupos 6 e 11.

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