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HOMENS FIEIS NA BÍBLIA

(Lição 03 – 18 de Janeiro de 2015)

TEXTO ÁUREO
“E era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas
adorava noite e dia em jejuns e orações.” Lc 2.37

VERDADE APLICADA
Devemos viver uma vida de princípios éticos e morais que nos garanta
uma vivência de fidelidade conforme os padrões exigidos por Deus no
meio de uma sociedade pecadora.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
►Demonstrar que a obediência é fruto da fidelidade;

►Decidir pelo caminho de fidelidade para termos vitória em todas as


situações da vida.

►Ressaltar que sempre devemos permanecer fiéis;

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ez 14.14 - ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé,
Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, salvariam apenas a sua própria
vida, diz o SENHOR Deus.

Lc 2.36 - Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel da tribo


de Aser, avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde
que se casara

Lc 2.37 - e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o
templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações.

Lc 2.38 - E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a


respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.

INTRODUÇÃO
Para ser fiel é preciso fé. Fé resultante de ouvir a Palavra de Deus
(Rm 10.17). Fé que é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22,23). Os servos
exemplares da Bíblia tinham dúvidas, insegurança e fraquezas, mas o
Espírito de Deus os capacitou para enfrentarem desafios e permanecerem
fiéis até o fim (Hb 11.34; Tg 5.17). Nesta lição, estudaremos três
deles: Noé, Ana e Daniel. Aprendamos muito com esses referenciais em
fidelidade.

1. UM HOMEM ESCOLHIDO: NOÉ


Ao lermos a história de Noé, aprendemos a importância da fidelidade,
pois no meio de uma sociedade corrompida ele se colocou como pregoeiro
da justiça (2Pe 2.5), dando ouvidos à voz de Deus e executando
minuciosamente as ordens que lhe foram confiadas. A fidelidade de Noé
nos inspira a sermos cristãos exemplares que vivem uma vida de
obediência a Deus, exercitando a fé em Suas promessas.

1.1. Pelo seu exemplo em uma sociedade corrompida


Na época de Noé a sociedade estava totalmente perdida (Gn 6.5), mas
ele achou graças aos olhos do Senhor e foi considerado justo e reto no
meio daquela geração (Gn 6.8). O seu nascimento é acompanhado de uma
expectativa quanto à ação de Deus em favor dos justos em uma terra
totalmente depravada (Gn 5.29). À semelhança de Noé, vivemos em uma
sociedade que perdeu o temor e a reverência de Deus. São homens
preocupados em satisfazer as suas próprias vontades em detrimento à
vontade de Deus (Mt 24.38). No livro de Miquéias, Deus define como os
homens devem andar em sua presença (Mq 6.8). Portanto, devemos viver
uma vida de princípios éticos e morais que nos garanta uma vivência de
fidelidade conforme os padrões exigidos por Deus no meio de uma
sociedade pecadora.

1.2. Pela sua obediência à voz de Deus


A ideia de obedecer está ligada ao ato de submeter à autoridade, em
acatar ordens de alguém superior. Noé, com respeito e amor, atendeu a
instrução de Deus e a cumpriu cabalmente (Gn 6.14-16). A voz de Deus
ouvida por Noé provocou nele uma profunda atitude de resposta, que
veio à tona na execução das ordens dada pelo seu Senhor (Gn 6.22). O
desejo de Deus é que nós venhamos a obedecê-lo assim como as ovelhas
obedece ao seu pastor (Jo 10.27; 8.47). Precisamos estar atentos ao
que Deus está dizendo, pois os Seus mandamentos são inquestionáveis
(Êx 15.26).

1.3. Pela sua fé em Deus


A construção da arca foi uma obra de fé e um milagre da engenharia
para aquela época. Noé construiu uma arca com aproximadamente 133
metros de cumprimento, 22 de largura e 13 de altura. A Bíblia afirma
que Noé era um homem de fé (Hb 11.7), que foi fortalecido pela
comunhão que ele tinha com Deus (Gn 6.9). Pela sua obediência
construiu a arca, através da qual Deus condenou o mundo e salvou sua
família (Gn 6.18). Noé era um homem que não andava por vista, mas por
fé (2Co 5.7). Precisamos ser semelhantes a Noé, que mesmo enfrentando
várias adversidades, se manteve firme, não olhando para as
circunstâncias negativas, mas focando naquele que tem o poder e o
controle de todas as coisas (Sl 24.1).

O homem verdadeiramente fiel ouve a voz de Deus e consequentemente é


vitorioso em todos os aspectos de sua vida (Dt 28.1). Infelizmente
existem muitas pessoas que estão como surdas, pois não conseguem ouvir
a voz de Deus. A consequência dessa surdez é um coração duro que dá
lugar à rebelião e até a morte (Hb 3.15). Não importa o que venha
acontecer, essa deve ser sempre a posição do servo do Senhor: manter-
se fiel em todo tempo.

2. ANA, UMA MULHER FIEL


Sua vida nos é contada em apenas três versículos, mas que são
suficientes para considerarmos o quanto ela era fiel a Deus.

2.1. Ana e seu histórico


Ana, que significa “cheia de graça”, era profetisa, da tribo de Aser e
filha de Fanuel (Lc 2.36,37). Apesar de pertencer a uma tribo de pouco
destaque, ela honra a sua linhagem, cumprindo com fidelidade e
responsabilidade o ministério que lhe foi confiado. A Bíblia cita sua
idade (quase 84 anos) (Lc 2.37) e declara que ela exercia esse ofício
desde quando perdeu o seu esposo, após sete anos de casada. A
narrativa nos mostra que ela atendeu ao chamado de Deus e permaneceu
fiel até sua velhice, desempenhando o ministério profético.

2.2. Ana era dedicada

Embora pudesse contrair um novo matrimônio, Ana preferiu dedicar-se


totalmente a obra do Senhor (Lc 2.37). Apesar de sua idade ela
demonstrava prazer em servir ao Senhor, usando duas ferramentas
basilares para vencermos as dificuldades ao longo da caminhada: a
oração e o jejum. Infelizmente muitos crentes estão se tornando
infiéis e tombando ao longo do caminho porque não oram e não jejuam;
perderam a visão espiritual, não conseguindo enxergar o propósito de
Deus. Precisamos aproveitar o nosso tempo na presença de Deus. Ter
vida com Deus é perceber nossa necessidade dEle. É admitir que somos
pecadores, arrepender-se de nossos pecados e pedir a Ele que entre em
nossos corações para ser a autoridade em nossas vidas.

2.3. Ana era uma mulher encorajadora


Mulher de fé, Ana observava tudo que estava acontecendo a sua volta.
Enquanto Simeão previa o futuro do menino Jesus, ela se aproximou
dando graças a Deus, por reconhecer que aquele era o Messias esperado
para trazer redenção á humanidade (Lc 2.38). Às suas palavras foram
encorajadoras para todos que estavam próximo do templo, pois havia uma
grande expectativa de mudança em toda a sociedade judaica naquela
época. Precisamos ser como Ana. Há muitas pessoas em nossa volta que
perderam a esperança. Estão desestimuladas, tristes, desistindo das
promessas de Deus, acreditando que nada vai acontecer. Precisamos
motivar as pessoas e insistentemente continuar dizendo que Jesus vive
e que voltará para buscar um povo perseverante e de boas obras (Tt
2.14).

Por mais que as circunstâncias sejam contraditórias, precisamos


cumprir com fidelidade o ministério que nos foi confiado por Deus,
sabendo que Ele tem o melhor para nós (Jr 29.11). Deus, nosso Pai
celestial, nunca nos abandona (Is 49.15). É o seu desejo estar sempre
perto de nós e ter um relacionamento conosco. Por isso, à semelhança
de Ana, precisamos falar com Ele por meio da oração, esclarecer o
entendimento pela leitura da Palavra e amortizar a carne por meio do
jejum. Que possamos ter Ana como exemplo em nossa vida, amando e
agradando ao Senhor em nosso dia a dia em tudo o que temos e somos.

3. UM JOVEM QUE DECIDIU SER FIEL


A vida de Daniel é uma história inspiradora para todas as idades, pois
sua narrativa mostra que desde jovem ele decidiu ser fiel a Deus (Dn
1.8). Seu livro apresenta uma vida cercada de desafios e ameaças,
sempre tentando sua fidelidade a Deus colada à prova, mas em nada ele
cedeu.

3.1. Abandonando o caminho da desobediência


Ao ler a história de Daniel, verifica-se que ele está na Babilônia por
consequência do pecado de seu povo. Deus disse ao povo de Israel que,
se permanecessem fiéis, alcançariam grandes bênçãos (Dt 28.1-7); se
fossem infiéis, sofreria o dano da perda (Dt 28. 25-41). Daniel
instruído quanto à Lei, observou que o erro da nação foi não atender
às palavras de Deus. Quando deixamos de observar a vontade de Deus por
meio de Sua Palavra, corremos sério risco de fracassar e perder tudo
que já foi nos dado mediante a misericórdia e o amor de Deus. Daniel
entendeu que sua estada naquele lugar era resultado do pecado de seu
povo (2Rs 24.1,2, 8-14) e por isso tomou a decisão de não se
contaminar com os manjarem do rei (Dn 1.8). À semelhança de Daniel,
devemos também decidir a cada dia permanecer firmes na presença de
Deus (1Co 16.13), o único que pode nos livrar e nos abençoar com toda
sorte de bênçãos (Jr 1.8; Dn 3.17; Ef 1.3,4).

3.2. Aplicando à sua vida os princípios divinos


Ao não se contaminar com os manjares do rei, Daniel e seus três amigos
propuseram um pacto de fidelidade para com o único Deus. A aplicação
desse princípio para a vida está inserida no primeiro preceito dado
por Deus ao povo de Israel e a todos que O servem (Dn 6.13,14) e
resumida com propriedade por Jesus ao responder a pergunta de um
doutor da Lei (Mt 22.37). Assim como Daniel precisamos viver uma vida
de princípios, uma vida de amor a Deus que se caracteriza pela
renúncia da vontade própria, o abandono cotidiano do pecado e
obediência irrestrita às Leis de Deus.

3.3. Suportando todos os desafios


Independente de sua situação, Daniel sempre se mostrou firme em sua
decisão de servir a Deus, vencendo todos os desafios. Ao propor não se
contaminar com os manjarem do rei e nem com o vinho que ele bebia (Dn
1.8). Daniel nos ensina que precisamos viver uma vida de propósito
diante de Deus, entendendo que Deus vela pela vida dos fiéis. Quando
todos os sábios sofreram ameaça de morte (Dn 2.5), Daniel convocou os
seus companheiros para buscarem a revelação da parte de Deus, a fim de
não perecerem com os mentirosos perversos (Dn 2.17,18). Aprendemos
aqui que não importa o tamanho da ameaça, nosso Deus é maior; nosso
Deus vê todas as coisas e aos Seus fiéis revela o que é necessário (Dn
2.19). Desde sua chegada à Babilônia, Daniel sempre procurou servir
com sinceridade e dedicação aos reis tanto babilônicos quanto medo-
persas. Isso porque Daniel nunca abandonou o propósito que ele fez com
seu Deus (Dn 1.8), nem deixou de honrá-lo (Dn 2.20,21).

A fidelidade a Deus é uma escolha constante (1Co 15.58), não pode ser
mascarada ou praticada somente quando convém, pois Deus é eternamente
fiel. Daniel tinha o coração totalmente voltado para Deus, por isso
decidiu ser fiel, mesmo que isso lhe custasse a vida. É importante
entendermos que fidelidade é fruto do Espírito (Gl 5.22). Daniel optou
ser fiel ao único Deus verdadeiro. O apóstolo Paulo, assim como o
profeta Daniel, nos deixa claro que quem é fiel a Deus assume os
riscos do compromisso, não se esconde, nem se acovarda, declara
publicamente sua fidelidade a Deus (At 21.10-13). Um homem cheio do
Espírito Santo de Deus tem poder para testemunhar e despertar a fé nos
incrédulos (Dn 2.46,47).

CONCLUSÃO
A Bíblia nos dá o exemplo de muitos homens e mulheres que foram fiéis.
Que possamos buscar neles inspiração para vivermos uma vida de
testemunho, plenitude e graça diante dos homens e de nosso Deus, até
que Ele venha nos buscar.

QUESTIONÁRIO
1. Por que Noé nos serve como exemplo de homem fiel?
R. Porque foi um homem que ouviu a voz de Deus e executou
minuciosamente as ordens que lhe foram confiadas (Gn 6.22).
2. À semelhança de Noé, como deve ser a nossa vida no meio desta
sociedade pecadora?
R. Devemos viver uma vida de princípios éticos e morais que nos
garanta uma vivência de fidelidade conforme os padrões exigidos por
Deus (Dt 28.1).
3. O que aprendemos com a profetisa Ana?
R. Que devemos ser dedicados, exercitando a fé e encorajando os outros
a crer nas promessas de Deus (Lc 2.37).
4. Qual foi o referencial que Daniel nos deixou para sermos bem
sucedidos na vida com Deus?
R. Abandonar o caminho da desobediência, aplicar a nossa vida aos
princípios divinos e suportar todos os desafios e provas (Dn 1.8).
5. Qual deve ser a atitude do cristão em meios aos desafios e
provações?
R. Permanecer fiel a Deus em todas as circunstâncias e exercitar a fé
(1Co 16.13).

FONTES:

REVISTA DO PROFESSOR: Jovens e Adultos. Fidelidade. Rio de Janeiro:


Editora Betel – 1º Trimestre de 2015. Ano 25 n° 94.Lição 3 – Homens
fiéis na Bíblia.

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