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ESTADO DO MARANHÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE COLINAS


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...,,. PLANO DIRETOR DE COLINAS - MA

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Colinas / MA, 03 de outubro de 2006 .

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ESTADO DO MARANHÃO
PREFEITURA MUNIOPAL DE COLINAS

José Henrique Barbosca Brandão


Prefeito

EQUIPE DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Joana. Lopes de Freitas Luz


Secretaria Municipal de Governo

Maria Eugênia Mendes Andrade


Secretaria Municipal de Finanças

José Emande Gonçolves Carvalho


Secretaria Municipal de Infra-Estrutura e Meio Ambiente

Jaldo Henrique Pereira


Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico

Célia Maria Brandão Solmor Socares


Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social

Maria Wilma Anchieta MONiro Uma


Secretaria Muniéipal de Educação, Cultura, Desporto e Lazer

Maria de Laureies Lopes


Secretaria Municipal de Saúde

Célia Maria Brandão Scalmar Soares


Secretaria Municipal de Administração Geral

EQUIPE EXTERNA DE CONSULTORIA

Edlucy Costa e Costa


Arquiteta e Urbanista
...._,
RICCll"do Modesto de Oliveira Filho
Engenheiro Civil

Delmis Albert Rodrigues 6uilhon


Arquiteto e Urbanista

Leonardo Mousinho da Silva


Historiador/ Graduado em Direito

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~
ESTADO DO MARANHÃO
·- PREFEITURA MUNICIPAL DE COLINAS

f\ÚCLEO GESTOR LOCAL

Jos4 Soares de Oliveira


Presidente da Câmara Municipal de Colinas-MA
Raimundo Nonato dos Santos
Vereador
Francisco FerTeil"G da Costa
Vereador
Rita da Consolação Paiva Nunes
Vereadora
J'oseane Maior de Oliveira
Secretária Administrativa da Secretaria Mmticipal de Administração Geral
ctcero Pereira da Silva Júnior
Digitador da Secretaria Municipal de Administração Geral
Joana Lopes de Freitas Luz
Secretária Municipal de Governo
Pcrtrfcia Coelho de Almefda
Digitadora da Secretaria Municipal de Governo
Helena Sílvia Uma Assunção
Professora
t>euselina Alves da Silva
Professora
José Washington Assunção
Contador
Maria Eugênia Mendes Andrade
Secretária Municipal de Finanças
Salvador Alves Uma
Fiscal de Serviços
Hildemar Scmdes da SIiva
Fiscal de Serviços
,....., Ângela Regina Macedo Paiva TOlftS
Engenheira Agrônoma
Jaldo Henrique Pereira
Engenheiro Agrônomo
Lufs Fernando Lisboa Loureiro
Secretário Adjtmto da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social
ICótfa Regina Messias PereirG de Paiva
Coordenadora Municipal do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
Francisca Paula da Silva Barros
Cube de Mães do Bairro DER
Joaquina Rodrigues do Silva
Clube de Mães do Bairro Guanabara
Edna RodrigUes da Silva
Clube de Mães do Bairro Liberdade
6rocieth Pereira do Nascimento
Clube de Mães do Bairro Chapadinha
Rita da Consolação Assunção Oliveira
Clube de Mães do Bairro Curimatã

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ESTADO DO MARANHÃO
PREFEITURA MUNICIPAL DE COLINAS
....
'--

...,
Maria do Socon-o Santos
Clube de Mães do Bairro DER
Maria do Socorro Pereira da Costa
'-- Paróquia Nossa Senhora da Consolação
Maria de Fátima Moreira Lima
Paróquia Nossa Senhora da Consolação
José Ribomor Cavalcante
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Consolação
Rita de Cássia Santos Silva
Paróquia Nossa Senhora da Consolação
Manoel Venerando Francisco dos Santos
Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Maria Salete da Silveira
Diretora do Centro de Saúde Osano Brandão
Rita de Cássia Chaves ferTeira
Funcionária Pública Municipal

...,,......
EQUIPE TÉCNICA DE APOIO MUNiaPAL

J aldo Henrique Pereira


Coordenador

..., Joana Lopes de Freitas Luz


Secretaria
'-'
Antonio Xavier do Rego
Chefe do Departamento de Tributação da Prefeitura Municipal de Colinas
Antonio José de Carwlho Morais Lopes Sitnas
.....'--- Advogado
Wembley Campos
Advogado
Manoel de Jesus Barroso

- '--

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Maria Aparecida Ribeiro
Rayane Pereira de Sá Carneiro
Janilson da Silw Barroso
Heloísa Helena Gomes de Oliveira

....,___
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.... PREFEI TURA MUNI CI PAL DE COLI NAS - MA .


AV. PRAÇA DIAS CARNEIRO, Nº 402 , CENTRO .
CNPJ Nº 06 .113. 682/0001-25

LEI COMPLEMENTAR Nº 311 DE 09 OUTUBRO DE 2006.


....
'--

DISPÕE SOBRE O PLANO DIRETOR


DO MUNICÍPIO DE COLINAS.
ESTADO DO MARANHÃO E DÁ
OUTRAS PROVIDENCIAS.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE COLINAS, ESTADO DO MARANHÃO, com


base nos incisos I e li, do art. 30 e 182, § 1°, da Constituição da República
Federativa do Brasil, combinado com o artigo 41, inciso 1, da Lei Federal nº
1O.257/2001, faço saber a todos os seus habitantes, que a CÂMARA
MUNICIPAL DE COLINAS aprovou e EU sanciono, a seguinte LEI:

PLANO DIRETOR DO MUNICIPIO DE COLINAS - MA

TITULO 1

DA CONCEITUAÇÃO, OBJETIVOS E DIRETRIZES GERAIS


'---

CAPITULO 1
...,
DAS CONCEITUAÇÕES

Art. 1. Fica instituído o Plano Diretor do município de Colinas como o principal


instrumento normativo e orientador da política de desenvolvimento urbano e
...,,
'-
ambiental aplicável a todo o território urbano e rural.

Art. 2. Para efeitos desta Lei, ficam estabelecidos os seguintes conceitos ou


definições:

1- As funções sociais da cidade de Colinas correspondem ao direito à cidade


para todos, compreendendo o direito à terra urbanizada e legalizada, à
moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e
aos serviços públicos, ao trabalho, à mobilidade e acessibilidade urbanas ao
_,___ lazer, para as presentes e futuras gerações;

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PREFEITURA MUNICIPAL DE COLINAS - MA .
AV . PRAÇA DIAS CARNE I RO, Nº 402 , CENTRO .
CNPJ Nº 06 . 1 1 3 . 682/0001 -25

li -A propriedade cumpre sua função social quando subordina aos interesses


da coletividade, tendo o aproveitamento e utilização compatlveis com seus
usuários e da sua vizinhança, bem como a preservação da qualidade do meio
ambiente;

Ili - Propriedade é qualquer fração ou segmento do território, de domínio


privado ou público, edificado ou não, independentemente do uso ou da
destinação que lhe for dada ou prevista;

IV - O desenvolvimento sustentável, é aquele que atende às necessidades


do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras
atenderem as suas próprias necessidades;
~
V - Sustentabilidade urbana garantia do desenvolvimento socialmente justo,
l,,,,J..., ambientalmente equilibrado e economicamente viável, visando garantir
qualidade de vida para as presentes e futuras gerações;

VI - A área urbana, corresponde à parte do território municipal onde os


serviços e equipamentos estão consolidadas as maiores densidades
populacionais e viárias e onde as propriedades imobiliárias são mais
fragmentadas;

VII - A área rural é a parte do território onde a extensão dos serviços e


equipamentos à restrita ou parcial, a dimensão das propriedades é maior que
na zona urbana e predominam as atividades agrícolas, área onde há
enclaves de urbano, mas não há continuidade espacial entre eles;

._.. CAPITULO li

DOS OBJETIVOS GERAIS

'---
Art. 3. O Plano Diretor tem como objetivo geral orientar, promover e direcionar
o desenvolvimento do município, mantendo as suas características naturais,
dentro de um desenvolvimento sustentável, priorizando a função social da
propriedade, atendendo aos seguintes princípios básicos:

1- justiça social e redução das desigualdades sociais e regionais;

li - inclusão social, compreendida como garantia de acesso a bens, serviços


"'-"....- e políticas sociais a todos os munícipes;

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AV . PRAÇA DIAS CARNEI RO, Nº 402 , CENTRO .
CNPJ Nº 06 .1 13 . 682/0001-25

Ili - direito à cidade para todos, compreendendo o direito à terra urbana, à


moradia, ao saneamento ambiental, ao abastecimento d'água, à energia
elétrica, às vias e acessos públicos, saúde, educação, esporte, segurança, ao
transporte público, aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer;

IV - respeito às funções sociais da cidade e à função social da propriedade;

V - transferência para a coletividade de parte da valorização imobiliária


inerente à urbanização;

VI - direito universal à moradia digna;

VII - universalização da mobilidade e acessibilidade;


.,,.;._
VIII - prioridade ao transporte coletivo público;

IX - proteção do ambiente natural;

X - proteção e recuperação de patrimônios arquitetônicos, culturais e


..., naturais;

XI - fortalecimento das funções de planejamento, articulação e controle;

.., '-
XII - participação da população nos processos de decisão, planejamento e
....,,,,___ gestão.

§ 1° - A gestão da política urbana se fará de forma democrática, incorporando


a participação dos diferentes segmentos da sociedade em sua formulação,
'--'
execução e acompanhamento, garantindo que este instrumento sirva na
..., construção da cidadania e meio legítimo de manifestação das aspirações
...,, coletivas;

CAPTULO Ili
'--

DAS DIRETRIZES GERAIS

Art. 4. Compreendem as diretrizes gerais do Plano Diretor de Colinas:

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-,-....,. 1 - promover ações que elevem a qualidade de vida da população,
'W'-' particulannente n r f e r e à saúde, à educação, à cultura, às

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... '-'
condições habitacionais, à infra-estrutura e aos serviços públicos,
promovendo e reduzindo as desigualdades sociais;

li - garantir a qualidade do ambiente urbano e rural, por meio de ações que


'-- promovam a preservação e recuperação dos recursos naturais e do
patrimônio histórico, artístico, cultural, urbanístico e paisagístico;

Ili - incentivar a geração de trabalho e renda;

IV - ampliar as ações governamentais, promovendo a integração e a


cooperação com os governos Federal, Estadual e com os municípios, no
processo de planejamento e gestão de interesse comum;

V - prestar assistência judiciária aos interessados na aqu1s1çao de


........., propriedade por usucapião, na área urbana ou rural, diretamente, ou
mediante convênio com práticas jurídicas de universidades públicas ou
privadas;

VI - garantir a efetiva participação da sociedade civil no processo de


formulação, implementação, controle e revisão do Plano Diretor de Colinas,
assim como, nos planos setoriais e leis específicas à sua aplicação;

VII - implementar um sistema de fiscalização integrado, visando ao controle


urbano e ambiental que articule as diferentes instâncias e níveis de governo.

TITULO li

-...... DA POLÍTICA URBANA


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CAPTULO 1

'-
DOS OBJETIVOS

Art. 5. Ficam, nesta Lei, estipulados os seguintes objetivos da polltica urbana:

1 - o retorno para a coletividade, da valorização imobiliária de áreas da


cidade, decorrentes de investimentos públicos;

li - a cooperação entre os governos e a iniciativa privada no processo de


urbanização, em aten ime · eresse coletivo;

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·......

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Ili - a preservação, proteção e recuperação do meio ambiente natural e


construído, do patrimônio histórico, artístico, paisagístico, arqueológico,
arquitetônico e urbanístico material e imaterial;

IV - o planejamento de desenvolvimento da cidade, da distribuição espacial


da população e das atividades econômicas do município de modo a evitar e
corrigir' as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o
meio ambiente;

CAPITULO li

DAS DIRETRIZES
...,...,.
Art. 6. Compreendem as diretrizes da política de desenvolvimento urbano:

1- compatibilizar o uso e ocupação do solo com a proteção do meio ambiente


natural e construído, reduzindo a especulação imobiliária e orientando a
distribuição de infra-estrutura básica e equipamentos urbanos;

li - reduzir a distância entre a habitação e o local de trabalho da população


por meio de incentivos a construção de habitação de interesse social em
áreas estrategicamente identificadas e estimular a multiplicidade de usos
compatíveis;

Ili - definir critérios de controle do impacto urbanístico e ambiental dos


empreendimentos públicos e privados;
...,,
IV - promover e incentivar o turismo e o setor industrial, como forma de
desenvolvimento econômico e social, priorizando a proteção do meio
ambiente e combate a qualquer tipo de poluição, com observância das
peculiaridades locais, bem como a criação de oportunidades para melhoria
'----
das condições econômicas e sociais da população;

V - definir o sistema de planejamento por meio de um processo participativo


democrático, através de conselhos ou outros órgãos colegiados, onde se
assegure a participação da sociedade;

VI - zelar pela continuidade dos estudos e diagnósticos das características


locais, as quais deverão orientar as revisões do Plano Diretor, de forma a
assegurar a sua atuali< articipação democrática;

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- VI 1 - possibilitar a gestão associada, por meio de consórcio com a iniciativa


privada, com municípios vizinhos e outros entes federados, visando à
melhoria dos sistemas de saneamento e de transporte coletivo que venha a
..,,;
dispor;
....,....... VIII - definir instrumentos para atuação conjunta de governo e iniciativa
privada, visando às melhorias urbanísticas necessárias ao desenvolvimento
do município;

IX - promover a distribuição dos serviços públicos e dos equipamentos


urbanos e comunitários de forma socialmente justa e espacialmente
equilibrada, gerando reservas suficientes de terras públicas municipais,
adequadas para implantação de equipamentos urbanos e comunitários, de
áreas verdes e de programas habitacionais;

X - promover a acessibilidade dos portadores de necessidades especiais aos


equipamentos públicos e comunitários;

XI - evitar a instalação de empreendimentos ou atividades que possam gerar


conflito no tráfego;

XII - combater a especulação imobiliária que resulte em imóveis subutilizados


ou não utilizados, contribuindo para o aumento do déficit habitacional,
degradação das condições de moradia habitacional, deterioração de áreas
urbanizadas, poluição e degradação ambiental;

XIII - adotar padrões de produção e consumo de bens e serviços e de


'--
expansão urbana compatíveis com o desenvolvimento econômico, social e de
proteção ambiental;

XIV - garantir a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do


processo de urbanização, garantindo a inclusão social das favelas e bairros
periféricos da cidade;

XV - promover o desenvolvimento urbano com a função de elevar a


qualidade de todos que vivem na cidade;

XVI - coibir a segregação e a exclusão social;

XVII - direcionar o planejamento municipal de modo a proteger, preservar e


recuperar o meio ambiente natural e construído, bem como o patrimônio
cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;

XVIII - instituir mecanismratização do acesso à terra.

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AV . PRAÇA DIAS CARNEIRO, Nº 402 , CENTRO .
,..,,, CN PJ Nº 06 . 113 . 682/0001-25

- XIX - definição dos limites urbanos, rurais e industriais, através da


construção e implementação das leis complementares de zoneamento, uso e
ocupação do solo.

Parágrafo único: As leis complementares descritas no inciso XIX, deverão ser


construídas e implementadas no prazo máximo de 12 meses, a partir da
aprovação desta Lei.

TITULO Ili

DA POLÍTICA RURAL

CAPITULO 1

DOS OBJETIVOS

Art. 7. A política rural reger-se-á pelos seguintes objetivos:

1 - assegurar infra-estrutura, equipamentos urbanos e serviços públicos,


elevando a qualidade de vida da população rural;

...., '--
li - garantir a participação da população rural nas decisões das políticas
públicas, incentivando a criação de entidades e organizações representativas;

...__ Ili - garantir a permanência do trabalhador rural no campo, combatendo o


êxodo rural;

IV - alcançar níveis satisfatórios de habitabilidade para as famílias da zona


rural;
...__
V - promover investigações científicas e tecnológicas voltadas para a
agricultura, pecuária e extrativismo, contribuindo para o desenvolvimento
rural sustentável;

'--· VI- Implementação de uma política de incentivo ao pequeno e médio produtor


e à agricultura familiar

--·
..........,
...,,_
€ CAPITULO li

DIRETRIZES

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~ Art. 8. Constitui diretrizes da política rural, o conjunto de instrumentos e


'-
orientações que promovam o desenvolvimento rural sustentável, através da
implementação de atividades produtivas, assim como a garantia do direito a
saúde, ao saneamento básico, a infra-estrutura produtiva, a educação, ao
trabalho, a moradia digna, ao transporte coletivo e adequado, a informação,
ao laz~r. ao ambiente saudável e a participação no planejamento das ações
para a zona rural, por meio da:

1 - definição do uso e ocupação do solo rural, através da criação e


implementação de leis complementares de zoneamento e uso e ocupação do
solo;
..,,,,.____
li - implementação de uma política educacional voltada as atividades rurais;

Ili - implantação, ampliação, modernização de infra-estruturas necessárias


...,._. ao fortalecimento das atividades produtivas potenciais da zona rural;
...,,,....,
IV - implementação de um programa de regularização fundiária;

V - diversificação da produção com ampliação da oferta de crédito


especializado;

VI - elaboração de uma Lei Agrícola estabelecendo ações e instrumentos


relativos às atividades produtivas da zona rural.
....,........
Art. 9. O solo rural do município deverá ser utilizado para a exploração de
atividade agropecuária, aqüicultura, agroindustrial e turismo rural.
'--'
Art. 1O. Para promoção do desenvolvimento rural sustentável, será
necessário:
_, 1 - a execução da regularização fundiária, garantindo ao agricultor familiar o
domínio e o título da terra;
'-

li - estabelecer uma política de educação que contemple uma pedagogia


apropriada à realidade rural, e a disponibilização de transporte escolar para
os alunos da zona rural desde a creche até o ensino médio;

Ili - que a política pública de saúde contemple centro de saúde especializado


'---
com atendimento de urgência e emergência, laboratório, instalação de
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maternidade e orientação do uso da medicina alternativa para a zona rural;

IV - implantar uma política de incentivo ao desenvolvimento da produção


agrícola, da aqüicultura, da m? quena agroindústria e do turismo rural;

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PREFEITURA MUNICIPAL DE COLINAS - MA.


-.,,,,,, AV. PRAÇA DIAS CARNEIRO, Nº 402, CENTRO.
CNPJ Nº 06 . 113 . 68 2 /0001-25
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v V - estimular o reflorestamento na zona rural, especialmente nas áreas de
...,,_ risco;

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VI - criar uma Secretaria Municipal de Agricultura Familiar e Desenvolvimento
Rural Sustentável;

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VII - estimular e apoiar o cooperativismo, associativismo e a economia
solidária;
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VIII - incentivar e apoiar a cnaçao de estrutura de comercialização dos


produtds agropecuários e agroindustriais, principalmente as feiras livres e nos
mercados municipais.

TITULO IV

DAS POLiTICAS PÚBLICAS

CAPITULO 1

DA EDUCAÇÃO

Art. 1'1. A educação deve ser entendida como o processo que se institui na
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino
e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais, e deve ser fundada nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, tendo por finalidade o pleno
..., '-'
desenvolvimento do educando no campo da ética, da cidadania e da
"--- qualificação profissional.
'--

SEÇÃO 1

DOS OBJETIVOS

Art. 12. A política de educação objetiva garantir a oferta adequada da


educação infantil e fundamental observando-se os princípios e diretrizes
constantes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

SEÇÃO li

ºTIZES
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PREFE I TURA MUNIC IPAL DE COLINAS - MA .
AV . PRAÇA DIAS CARNEIRO, Nº 402 , CENTRO .
CNPJ Nº 06 . 113 . 682/0001-25

Art. 13. A Política Municipal de Educação, para assegurar o acesso à


educação infantil, com prioridade e ao ensino fundamental , em regime de
colaboração com os demais entes federativos, observará as seguintes
diretrizes:

1 - consolidação da Gestão Democrática no Sistema Municipal de Ensino


ancora~a nas lutas dos movimentos sociais em defesa dos direitos, em
especial à educação escolar de qualidade social;

li - inserção cidadã das crianças, dos adolescentes, dos jovens e dos adultos
no processo de consolidação das sociedades democráticas;
'--

Ili - articulação da politica de educação com o conjunto de políticas públicas,


em especial a política urbana e ambiental, como instrumento educacional de
percepção da cidade;

IV - elaborar a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Municipal;

V - elaborar o Plano Municipal de Educação;

VI - assegurar a manutenção e expansão da rede de ensino publico, de


forma a atender toda a demanda do ensino fundamental;

VII - ampliar, gradualmente, a oferta do ensino pré-escolar, com vista a sua


universalização, nas arcas de interesse social, ate o ano de 2012;

'-
VIII- promover, anualmente, o recenseamento escolar, ate o ultimo dia útil do
mês de novembro de cada ano, para chamada dos educandos;

'- XI - definir um currículo básico, tendo como referencia o ambiente social,


histórico-cultural e natural em que está inserido o educando, objetivando a
eficiência do ensino e respeitada a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação
do Município;
'-
X - estabelecer um sistema de avaliação da escola e dos profissionais, a
partir dos resultados concretos de retenção e aprendizagem do aluno;

'--
XI - definir como constância a melhoria na qualidade e a garantia do principio
da equidade do ensino, primando pela lisura no processo de ascensão
escolar;

XII - conceder a direção de cada escola, participação na gestão dos recursos


básicos destinados ao custeio da respectiva unidade;

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XIII - garantir uma escola democrática, pela escolha de seus dirigentes e


pela gestão participativa da comunidade;

XIV - promover a adequada capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais


em educação;

XV - assegurar pisos salariais condignos e planos de carreira para os


profissionais da educação;

XVI - estabelecer jornada de trabalho de dedicação exclusiva,


adequadamente remunerada, para os professores, com um horário especial
para aulas e outro para pesquisas e elaboração de material pedagógico;

XVII - implantar o Sistema Municipal de Informações da Educação;

XVIII - assegurar a participação dos pais ou responsáveis na gestão e na


elaboração da proposta pedagógica das creches, pré-escolas e do ensino
fundamental;
...,,...,
XIX - promover e assegurar as condições para a qualificação e o
aperfeiçoamento do corpo docente, técnico e administrativo;

XX - promover a integração entre a escola e a comunidade;

XXI - pleitear às diversas esferas de governo o atendimento adequado à


demanda local do ensino médio e educação profissional;

XXII - proporcionar condições adequadas para o atendimento aos alunos que


necessitam de cuidados educacionais especiais na rede municipal de ensino;

XX.Ili - adotar e manter programas na rede municipal de ensino para tratar


das questões inter-étnicas.

XXIV - Formação de grupos de apoio para acompanhamento psicológico,


pedagógico e espiritual de forma a realizar trabalhos pontuais em cada escola
em consonância com grupos internos de acompanhamento formados por
professores e pais de alunos, combatendo, desta forma, a indisciplina e
repetência dos mesmos.

XXV - Apoio e orientação na criação de projetos extra curriculares de


incentivos à educação aprendizado e capacitação por parte dos alunos, com
atividades adequadas à realidade municipal.

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Parágrafo único: A Gestão Democrática do Sistema Municipal de Ensino se


consolidará por meio de Conselhos Escolares, Comissões Regionais de
....,......... Controle Social da Qualidade do Ensino, Conferência Municipal de Educação,
e Conselho Municipal de Educação, inserindo sua atuação no processo de
elaboração e implementação democrática do orçamento público.

CAPITULO li

DA SAÚDE

SEÇÃO 1
....,.._
DOS OBJETIVOS

......,_ Art. 14. A Política Municipal de Saúde deverá ser implementada por meio de
políticas públicas que elevem o padrão de vida da população, assegurando a

-- construção de uma cidade saudável com ampla garantia de cidadania.

SEÇÃO li

DAS DIRETRIZES

Art. 15. A Política Municipal de Saúde, quando da implementação da rede


pública, observará as seguintes diretrizes, desenvolvidas a partir daquelas
firmadas para o Sistema Único de Saúde:
...,---- 1- universalização da assistência à saúde a todo cidadão e cidadã;

li - garantia de um sistema de saúde igualitário, sem preconceitos ou


privilégios de qualquer espécie;
'--
Ili - promoção da integralidade da assistência, entendida como o conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais
e coletivos, exigidos para cada caso;

IV - incentivo ao controle e à participação social nas ações da política de


saúde;

V - promoção da municipalização e da descentralização do sistema de


...,,_ saúde;

VI - implantar distritos sanitários, garantindo à população a integralidade de


. assistência em todos os nivei? .º Sistema de Saúde;

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VII - assegurar a atenção primaria de saúde em todas as arcas especiais de


interesse social do Município;

VIII - manter programas de atenção permanente a grupos populacionais com


riscos específicos;

IX - elaborar o Plano Diretor de Saúde do Município;

X - elaborar o Código Sanitário Municipal;

XI - implantar o Sistema Municipal de Informações da Saúde, destinado a


municiar o fluxo de informações intrasistema, e a fomentar a organização e o
funcionamento de um banco de dados permanente;
.._,....,.
...,;-- XII - promover a cada 02 (dois) anos a Conferencia Municipal de Saúde;

XIII - estabelecer políticas de Saúde para consolidação da municipalização


do Sistema Único de Saúde - SUS;

XIV - firmar convemos e consórcios intermunicipais para garantia do


atendimento integral às ações de saúde;

XV - estimular a instalação de equipamentos comunitários de saúde com


..., 1.....-
atendimento básico de urgência e emergência nas áreas de expansão urbana
..., municipal;

XVI - implantar a medicina preventiva, priorizando as áreas de moradia da


população de baixa renda;

XVII - priorizar o atendimento dos portadores de necessidades especiais na


rede municipal de saúde.

XVIII - assegurar o pleno cumprimento da legislação Federal, Estadual e


Municipal, que definem o arcabouço político-institucional do Sistema Único de
Saúde;

XIX - articular iniciativas entre a saúde e áreas afins, com vistas a


implementar ações integradas de Vigilância à Saúde;

XX - promover adequada distribuição espacial de recursos, serviços e ações


de saúde, conforme critérios de contingente populacional, demanda,
acessibilidade tisica e hierar~ipamentos de saúde.

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14
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XXI - Implementar um Plano Municipal de Saúde da Mulher e de


Planejamento Familiar.

Art. 16. As ações e serviços de saúde de menor grau de complexidade


deverão ser prestados em unidades de saúde localizadas próximas ao
domicílio
1
do usuário, priorizando áreas de maior risco e as ações
especializadas, devendo as ações e serviços que requeiram maior grau de
complexidade ser prestadas por meio das unidades de referência dos distritos
sanitários.

Art. 17. O Sistema Municipal de Saúde será implementado através dos


órgãos integrantes de rede regionalizada e hierarquizada no Municlpio, com
prioridade para as populações de risco sócio-ambiental e sanitário,
assegurada a autonomia dos distritos sanitários e melhoria do serviço
prestado à população.

Art. 18. A gestão da Política Municipal de Saúde adotará o Programa de


....,~ Saúde da Família como modelo para a realização de serviços a serem
prestados.

CAPITULO Ili

- DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 19. A Assistência Social esta compreendida como polltica de seguridade


social não contributiva, direito do cidadão e dever do Estado, deve ser
realizada de forma integrada às politicas setoriais, visando ao enfrentamento
das desigualdades sócio-territoriais, à garantia dos mínimos sociais, ao
'-
provimento de condições para atender contingências sociais e à
universalização dos direitos sociais.

-
-
..,.._
SEÇÃO 1

DOS OBJETIVOS

'- Art. 20. A Política Municipal de Assistência Social tem como objetivos:

1 - garantir a proteção ao cidadão que, por razão pessoal, social ou de


....,....., calamidade pública, encontrar-se, temporária ou permanentemente, sem
condições de manter padrões básicos e satisfatórios de vida;

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li - promover a inserção produtiva e a autonomia econômica das pessoas em


situação de vulnerabilidade;

Ili - prevenir as situações circunstanciais de vulnerabilidade, exercendo


permanente vigilância social para manutenção e ampliação do padrão básico
de inclusão social alcançado;

IV - contribuir para inclusão e eqüidade dos usuários ampliando o acesso aos


bens e serviços sócio-assistenciais básicos e especiais;

V - garantir a convivência familiar e comunitária;

VI - integrar a Assistência Social às demais políticas públicas para a


promoção da autonomia social e econômica, do protagonismo e do convívio
social.

SEÇÃO li

DAS DIRETRIZES

Art. 21 . A Política Municipal de Assistência Social observará as diretrizes, que

-- deverão estar fixadas na Lei Orgânica da Assistência Social, abaixo listadas

1- gestão municipal descentralizada e autônoma, que assegure a promoção


da igualdade de gênero, raça e etnia;
...,
li - participação popular, por meio de organizações representativas, na
formulação e controle da Política de Assistência Social, através de conselhos
deliberativos, conferências e fóruns ampliados de assistência social, de
direitos da criança e do adolescente, da pessoa idosa, da pessoa com
deficiência, da mulher e de direitos humanos;

Ili - cooperação técnica, administrativa e financeira com a União, com o


Estado e com outros municípios, em consonância com o Sistema Único de
Assistência Social

IV - primazia da responsabilidade do Poder Público Municipal na formulação,


coordenação, financiamento e execução da Política de Assistência Social;
'-·
V - comando único das ações, exercido de forma compartilhada entre o
órgão gestor e a autarquia especializada a este vinculado e o conselho
deliberativo da Política de Assistência Social;

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'-
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VI - centralidade na famllia para a concepção e implementação das ações de


Assistência Social;

VII - política municipal de promoção e defesa dos direitos da criança e do


adolescente, da juventude, do idoso e da pessoa com deficiência;

VIII - desenvolvimento de articulações intersetoriais e interinstitucionais para


possibilitar ao cidadão o alcance às várias políticas públicas;

IX - organização do sistema descentralizado e participativo de Assistência


Social Municipal em consonância com a Política Nacional de Assistência
_,.._ Social e o Sistema Único de Assistência Social;

X - monitoramento e avaliação contínuos da implementação e dos resultados


e impactos da Política de Assistência Social;

...,........ XI - implementação dos programas, projetos, serviços e benefícios da


Assistência Social na promoção do convívio familiar e comunitário, da
autonomia social e do desenvolvimento local.

XI 1. O Município assegurará a proteção, assistência e participação do idoso


na comunidade, através de políticas e programas específicos.

XIII. Os Centros de Convivência e Amparo a Velhice serão o espaço


..., '--- adequado para o desenvolvimento das políticas e programas de atendimento
e integração do idoso.

XIV - Promover a cada dois anos a Conferencia Municipal de Assistência


Social;
'---

XV - Implementação da Política Municipal de promoção da igualdade Racial;

XVI - O município assegurará que programas de transferência de renda de


...,'-- âmbito Federal e Estadual beneficiem famílias em situação de extrema
vulnerabilidade.
'-

CAPITULO IV
'-
DA CULTURA
'-

SEÇÃO 1
'---

DOS OBJETIVOS
'---

17
..,

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Art. 22. A Política Municipal de Cultura tem como objetivos:

1 - desenvolver a cultura em todos os seus campos como afirmação de


identidade;

li - universalizar e democratizar o acesso aos equipamentos, aos serviços e


às ações culturais, visando a integração centro e periferia;

Ili- dar visibilidade, estimular e valorizar a produção cultural local;

IV - estimular, através da arte, o exercício da cidadania e da auto-estima dos


colinenses, especialmente dando aos jovens uma perspectiva de futuro com
dignidade;
~

V - assegurar o pleno funcionamento de equipamentos e serviços culturais


municipais;

VI- desenvolver programas para a população de baixa renda na criação,


.._/'--
produção e função dos bens culturais.

"!!!!'- SEÇÃO li
' -'
"'!!! DAS DIRETRIZES
!!!'!'-
'!!!!!·- Art. 23. Para a consecução dos objetivos previstos nesta Lei, a Política
'-!!'- Municipal de Cultura observará as seguintes diretrizes:
"--
~ 1 - ações e eventos culturais com democratização, descentralização,
'-
"!!!t promoção de intercâmbio cultural e valorização da cultura local;
'-

li - incentivo e fomento aos espaços culturais, públicos e privados, existentes


e a serem criados, dotando-os de infra-estrutura, acessibilidade e articulação
com os equipamentos âncoras.

Ili - O Município incentivará as atividades recreativas, os jogos, folguedos,


expressões folclóricas, artísticas e culturais tipicamente locais e regionais.

CAPITULO V

DOS ESPORTES, LAZER E RECREAÇÃO

~ SEÇÃO 1
..,,,,;._,

~TIVOS
...,.._,,
...,_ 18
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CAPITULO VI

DO SANEAMENTO AMBIENTAL

SEÇÃO 1

DOS OBJETIVOS GERAIS

Art. 26. A política de saneamento ambiental tem como objetivos atingir e


manter o equilíbrio do meio ambiente, alcançando níveis crescentes de
salubridade, e promovendo a sustentabilidade ambiental do uso e da
ocupação do solo e a melhoria crescente da qualidade de vida da população.

Parágrafo único. A gestão do saneamento ambiental deverá associar as


atividades de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo das
águas pluviais (drenagem urbana) e limpeza urbana (reslduos sólidos).

CAPITULO VII

DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA

SEÇÃO 1

DOS OBJETIVOS
....,
Art. 27. O serviço público de abastecimento de água deverá assegurar a todo
munícipe a oferta domiciliar de água para consumo residencial regular, com
qualidade compatível aos padrões estabelecidos em planos e programas
federais e conforme as normas técnicas vigentes.

Art. 28. O abastecimento de água deverá ser prestado com eficácia,


eficiência e controle do uso, de modo a garantir a regularidade,
universalidade e qualidade dos serviços.

SEÇÃO li

DAS DIRETRIZES

Art. 29. São diretrizes para o sistema de Abastecimento d'água:

1 - implementar a participação do governo municipal no planejamento de


serviço de abastecimento d'água visando o atendimento integral da
população residente; ~

;,,.,---
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-
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li - adotar soluções não-convencionais, apropriadas e definitivas que


permitam a redução dos custos e a participação comunitária em projetos
alternativos;

Ili - estabelecer, com os Municípios periféricos, formas de participação na


gestão dos mananciais, instituindo mecanismos de controle dos usos
múltiplos das águas dos mananciais que abastecem Colinas;

IV - estabelecer, com os Municfpios periféricos, mecanismos de controle da


população e da ocupação das áreas de proteção aos mananciais que
abastecem Colinas;

V - adoção de sistema misto de captação de água, incluindo sistemas


superficiais e subterrâneos, equilibrando as ofertas e buscando a
universalização do acesso ao uso da água;

VI - implantação de cobrança diferenciada do serviço de abastecimento de


água, de acordo com a faixa de renda dos segmentos da população, o
consumo dos usuários e a qualidade da infra-estrutura instalada;

VII - apoio aos órgãos e entidades estaduais na fiscalização de operações


irregulares de captação de água, superficiais ou de subsolo, e no
cumprimento de medidas rígidas para controle de perfuração de poços por
particulares;
'--

VIII - reuso da água para fins industriais e outros que não o uso humano.

'--
CAPITULO VIII

DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO
...,
'--

SEÇÃO 1

DOS OBJETIVOS

Art. 30. O esgotamento sanitário abrangerá a coleta e tratamento das águas


servidas e matéria fecal resultantes de esgoto doméstico e os resíduos
'-- orgânicos e águas residuárias da atividade industrial de diversos tipos,
decorrentes do esgoto industrial.

Art. 31. O sistema de saneamento ambiental deverá ser ampliado de modo a


'--
garantir, no prazo máximo de 20 (vinte) anos, a eliminação do contato da
população com esgotos domésticos e industriais, priorizando as áreas com
..,...._ população de baixa renda, objeto de tratam especial.

21
....,
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...... SEÇÃO li

DAS DIRETRIZES

Art. 32. São diretrizes para o Sistema de Esgotamento Sanitário:

1 - proibir o lançamento, na rede de drenagem, de efluentes tratados ao nível


primário;

li - equipar com pessoal e a material os órgãos municipais responsáveis pelo


controle dos agentes físicos, químicos e bacteriológicos presentes nos
efluentes;

Ili - garantir que na implantação de atividades de elevado impacto sobre o


ambiente natural seja exigido o prévio tratamento do esgoto;

IV - universalização da rede coletora de esgoto;

V - prioridade do atendimento às áreas de vulnerabilidade ambiental e de alta


densidade populacional;

VI - utilização de recursos dos instrumentos urbanísticos para a melhoria do


sistema de esgotamento sanitário.

VII - implantação de faixas sanitárias com arborização nas vias de fundo de


..., ....... vales;

"wl VIII - reservas de áreas para implantação de sistemas de tratamento de


.......
esgotos em regiões não servidas por rede coletora em novos
..., empreendimentos;

IX - exigência de sistemas alternativos de tratamento de esgotos para novos


empreendimentos nas áreas não servidas por rede coletora e de acordo com
a densidade populacional prevista;
..._
CAPITULO IX
...,__
DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

SEÇÃO 1

DOS OBJETIVOS

..,,,,,....,,
....,.._, 22
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Art. 33. O Poder Público deverá priorizar as medidas não estruturais, tais
como: intensificação da arborização, construção de pavimentos permeáveis,
utilização dos canteiros centrais, praças, parques e jardins, canalização e
correção de córregos, como receptores dos escoamentos superficiais e
retenção no próprio lote as águas provenientes das precipitações
pluviométricas incidentes no mesmo.

Art. 34. Os projetos novos de loteamentos, conjuntos habitacionais e


condomínios só serão aprovados pelo Município, mediante apresentação do
projeto de drenagem, onde estejam previstas soluções, que não acarretem
ônus ou prejuízos ao meio ambiente, a terceiros ou ao Poder Público
municipal.

Art. 35. Com finalidade de garantir a drenagem natural das águas pluviais, os
imóveis situados na área urbana devem resguardar a taxa de permeabilidade
de 30% (trinta por cento) sobre a área total do terreno.

§ 1°. As área destinadas à drenagem natural das águas pluviais poderão


receber cobertura vegetal ou usar cobertura permeável.

SEÇÃO li

DAS DIRETRIZES

--
Art. 36. São diretrizes específicas para a gestão do sistema de drenagem
'- urbana:

-
'-
'---
1 - adequação do sistema de drenagem urbana com a ampliação e
recuperação das galerias de águas pluviais existentes;

-
lt,,,il
li - articulação entre órgãos municipais e entidades comunitárias para
implementação de um programa de prevenção à obstrução das galerias de
águas pluviais, através da educação ambiental;

-
Ili - ampliação do conhecimento das condições de drenagem com a
identificação e mapeamento das principais áreas de recarga de aqüíferos de
Colinas.

IV - exigências quanto à permeabilidade do solo, compatíveis com as


necessidades de absorção das águas pluviais, especialmente para
empreendimentos de grande porte e nas áreas alagáveis da Cidade;

V - preservação das áreas de recarga de aqüíferos, restringindo o uso e a


'-- ocupação urbana.

--- 23

..., '---
...,,,-

-
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CAPITULO X

DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

SEÇÃO 1
..., '-

DOS OBJETIVOS

Art. 37. A gestão dos resíduos sólidos possui o objetivo de promover a saúde
pública, proteger e melhorar a qualidade do meio ambiente urbano e
preservar os recursos naturais.

SEÇÃO li

DAS DIRETRIZES

Art. 38. São diretrizes para a política de Gestão de Resíduos Sólidos:

1 - implementar gestão eficiente e eficaz do sistema de limpeza urbana,


garantindo a prestação dos serviços essenciais à totalidade da população, o
tratamento e a disposição final ambientalmente adequados dos resfduas
remanescentes;

li - estimular e promover programas de educação ambiental para a


população;

Ili - minimizar a quantidade de resíduos sólidos por meio da redução da


geração excessiva, da reutilização e reciclagem;
....,,
IV - controlar os meios de geração de resíduos nocivos e fomentar a
utilização de alternativas com menor grau de nocividade;

V - implementar o tratamento e a disposição final ambientalmente adequados


dos resíduos remanescentes;

VI - coibir a disposição inadequada de resíduos sólidos mediante a educação


ambiental, a oferta de instalações para a sua disposição, bem como a
fiscalização efetiva;

VII - estimular o uso, reuso e reciclagem de resíduos, em especial, ao


reaproveitamento de resíduos · âa construção civil;

---
...,___..
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..,.,..._
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..., CNPJ Nº 06.113 . 682/0001-25

VIII - garantir o direito do cidadão de ser informado, pelo produtor e pelo


..,,; Poder Público, a respeito dos custos e do potencial de degradação ambiental
-- dos produtos e serviços ofertados;

IX - estimular a gestão compartilhada e o controle social do sistema de


limpeza pública;

X - diminuir a distância entre as fontes geradoras de resíduos e os centros de


recepção e tratamento.

.__ XI - incentivar a comercialização dos produtos e subprodutos, compostos e


reciclados provenientes do tratamento dos resíduos sólidos.

XII - elaboração do Plano setorial de resíduos sólidos que disporá sobre:

a) áreas para a implantação de aterros sanitários e de resíduos inertes de


..,,,,- construção civil;
...,. b) implantação de unidades de tratamento e destinação final;

..,,,- c) indicadores de qualidade do serviço de limpeza urbana que incorporem a


....,- pesquisa periódica de opinião pública;

d) valores remuneratórios para os serviços públicos de limpeza urbana, com


transparência e controle social;

§ 1 º Os programas de educação ambiental visam a destacar a importância do


consumo de produtos e serviços que não afrontem o meio ambiente e com
menor geração de resíduos sólidos e a relevância da adequada separação na
'--
origem, acondicionamento e disponibilização dos resíduos para fins de coleta
'-
e fomento à reciclagem.

§ 2º A educação ambiental, a oferta de instalações para a sua disposição,


bem como a fiscalização efetiva deverão ser implementados com vistas à
disposição adequada de resíduos sólidos.

CAPITULO XI

DA ENERGIA

Art. 39. O Município considerará a energia elétrica como fonte principal de


seu provimento energético, sem prejuízo das demais fontes, cujo uso será
permanentemente incentivado. ~

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Art. 40. No horizonte do Plano Diretor, o sistema considerado de provimento


de energia elétrica ao Município será o que opera como segmento das
Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETRONORTE, tendo a sua distribuição
efetuada pela Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR.

CAPITULO XII

DA POLÍTICA DE MEIO AMBIENTE

Art. 41. A Política Ambiental do Município de Colinas deve ser entendida


como um conjunto de diretrizes, objetivos e instrumentos de política pública
que orienta a gestão ambiental municipal, na perspectiva de fomentar o
desenvolvimento sustentável integrando às ações e atividades desenvolvidas
pelos diversos órgãos da administração direta e indireta do Município ao
Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA.

Art. 42. A dimensão ambiental urbana é uma questão global e estratégica que
deve orientar todas as intervenções no espaço urbano, garantindo atitudes
proativas e preventivas, em detrimento de ações corretivas.

Art. 43. A Política Ambiental Urbana de Colinas deve ser entendida como um
conjunto de diretrizes, instrumentos e mecanismos de política pública que
orienta a gestão ambiental municipal, na perspectiva de fomentar o
desenvolvimento sustentável - alicerçado na justiça social, no crescimento
econômico e no equilíbrio ambiental - promovendo, assim, melhorias na
qualidade de vida da população .
...,,
'-- SEÇÃO 1

DOS OBJETIVOS

Art. 44. São objetivos gerais da política ambiental urbana:

1 - orientar e dimensionar o envolvimento da política ambiental urbana nas


decisões de intervenção e investimentos públicos e privados de Colinas;

li - promover e assegurar o desenvolvimento sustentável e a elevação da


qualidade do ambiente de Colinas, conservando os ecossistemas naturais e
construídos;

Ili - incorporar a dimensão ambiental urbana ao desenvolvimento,


coordenando as dimensões econômicas, sociais e ecológicas, de modo a
--- reorientar o estilo de desenvolvim~

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._,-
'.Í

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CN PJ Nº 0 6 . 113. 682/0001 - 2 5

IV - orientar os investimentos e as decisões que promovam a recuperação do


ambiente degradado, natural e construído, em especial, nos locais onde haja
'-
ameaça à segurança humana;

V - direcionar o processo de formação de uma consciência crítica na


população, que norteará a sua relação com o meio ambiente, levando-a a
assumir o papel que lhe cabe na manutenção e controle da qualidade de vida
e do ambiente;

VI - estimular a democratização da gestão municipal, através da adoção de


práticas de participação, cooperação e co-responsabilidade, que devem se
multiplicar, à medida que se consolidem a consciência ambiental e o zelo
para com a cidade;

VII - implementar, com base em critérios e parâmetros técnicos, o controle do


ambiente urbano, promovendo as negociações dos agentes sócio-
..,..., econômicos em torno da ocupação e uso do solo urbano.

VIII - estabelecer zoneamento ambiental compatível com as diretrizes para


ocupação do solo;

IX - controlar o uso e a ocupação de margens de cursos d ·água, áreas


sujeitas à inundação, mananciais, áreas de alta declividade e cabeceiras de
drenagem;

..., '-' X - garantir a manutenção das áreas permeáveis no território do Município;

XI - controlar a poluição da água, do ar e a contaminação do solo e subsolo, e


definir metas de redução da poluição;

.... '-
XII - implementar programas de controle de produção e circulação de
produtos perigosos.

Art. 45. A Política Municipal de Meio Ambiente deve se integrar ao Sistema


Nacional do Meio Ambiente, objetivando o fortalecimento da gestão ambiental
.....,.._ . local, sendo constitulda, dentre outras, pelos seguintes instrumentos:

1- 1a Conferência Municipal realizada a cada dois anos;

li - a Agenda 21;

Ili - o Órgão Gestor do Meio Ambiente - OGMA;

IV - a Comissão Permanente d~ infração Ambiental - CIAM;

--- 27
..,,

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V - o Zoneamento Ambiental;

VI - o Sistema Municipal de Informações Ambientais;


,...,;
'- VII - os Cadastros dos Espaços Verdes;
'-
VIII - o Cadastro de Fontes Poluidoras de Colinas;

IX- o Cadastro Técnico de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;

X - a Fiscalização Ambiental;

XI - o Licenciamento Ambiental;

XII - o Monitoramento Ambiental;


...,,;--
XIII - a Auditoria Ambiental;

XIV - a Avaliação de Impacto Ambiental;

XV- a Compensação Ambiental;

XVI - incentivos à recuperação, proteção, conservação e preservação do


patrimônio natural;
...,---
XVII - padrões e indicadores ambientais;

'-
XVIII - sanções ambientais;

XIX - Poder de Polícia Administrativa Ambiental;


..,,
XX - os instrumentos de gestão ambiental estabelecidos nas legislações
federal, estadual e municipal, os quais devem se adequar às metas
estabelecidas pelas políticas ambientais.

- SEÇÃO li

DAS DIRETRIZES

Art. 46. Ficam estabelecidas as seguintes diretrizes da Política do Meio


Ambiente:

1 - realizar a gestão das áreas naturais, observado o disposto na legislação


federal;

....,..__.
28

...,,,.....
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li - realizar o controle da qualidade ambiental;

Ili - promover a educação ambiental;

'-- IV - realizar a gestão das áreas verdes da cidade através, especialmente, das
seguintes medidas:

a) ampliação das áreas verdes, melhorando a relação área verde por


habitante no Município;

b) adequado tratamento da vegetação enquanto elemento integrador na


composição da paisagem urbana;

c) gestão compartilhada das áreas verdes públicas de relevante interesse


social, paisaglstico e ambiental;

d) manutenção e ampliação da arborização de ruas, criando faixas verdes


que conectem praças, parques ou áreas verdes;

e) proposição da criação de instrumentos legais destinados a estimular


parcerias entre os setores público e privado para implantação e manutenção
de áreas verdes e espaços ajardinados ou arborizados;

f) recuperação de áreas verdes degradadas de importância paisagistico-


..,..... ambiental;

g) criação de programas para a efetiva implantação das áreas verdes


'- previstas em conjuntos habitacionais e loteamentos;
V
\...,
'.,,,; V - realizar a gestão dos recursos hídricos através, especialmente, da
'-
1,..1 seguintes medidas:

a) instituição e aprimoramento da gestão integrada dos recursos hídricos no


Município, contribuindo na formulação, implementação e gerenciamento de
políticas, ações e investimentos demandados no âmbito dos comitês de
bacias dos rios que cortam o município;

b) incentivo à instituição de Comitês de Bacias Hidrográficas;

c) reversão de processos de degradação instalados nos cursos d'água, por


meio de programas integrados de saneamento ambiental.

VII - orientar as políticas de urbanização e adequada ocupação do solo


urbano, através, especialmente, das guintes •J.1S.~tas:

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...,,
-...., PREFEITURA MUNICI PAL DE COLINAS - MA.
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a) promoção da regularização fundiária e urbanística dos assentamentos


habitacionais populares, garantindo acesso ao transporte coletivo, e aos
demais serviços e equipamentos públicos;

b) criação de condições de novas centralidades e espaços públicos em áreas


de urbanização não consolidada ou precária;

c) implementação de um sistema de fiscalização integrado, visando ao


controle urbano e ambiental que articule as diferentes instâncias e níveis de
governo;

........ d) estabelecimento de parcerias com União, Estado, universidades, órgãos


do Judiciário e sociedade, visando a ampliar a participação da sociedade e a
capacidade operacional do Executivo na implementação das diretrizes
...,,.._, definidas nesta lei.

VIII - promover a destinação dos bens públicos dominiais não utilizados,


prioritariamente, para assentamento da população de baixa renda, instituição
de áreas verdes e instalação de equipamentos coletivos;

IX - promover o ordenamento e controle dos elementos componentes da


paisagem urbana, assegurando o equilíbrio visual entre os diversos
elementos que a compõem, favorecendo a preservação do patrimônio cultural
e ambiental urbano e garantindo ao cidadão a possibilidade de identificação,
leitura e apreensão da paisagem e de seus elementos constitutivos, públicos
e privados;

X - adotar modelos de gestão mais eficientes, em conjunto com a


comunidade, para os programas e projetos de pavimentação, drenagem e de
manutenção, buscando superar as carências de infra-estrutura das vias
...,, públicas, adequando-os à acessibilidade específica de cada via .
'--
§ 1° O planejamento ambiental constitui um processo permanentemente
.., realimentado, baseado em estudos e pesquisas sobre os ambientes natural e
construído, devendo compreender as atividades de concepção, análise e
adequação de iniciativas (programas, planos e projetos) e dispor de
instrumentos voltados à melhoria da qualidade ambiental - integrando as
demais atividades do Órgão Gestor e interagindo com os entes da
municipalidade e atores sociais, observado o disposto no Código do Meio
Ambiente e do Equilibrio Ecológico da Cidade como instrumento regulatório e
balizador da gestão ambiental, e demais legislações pertinentes.

§ 2° O Poder Público promoverá a gestão integrada participativa das áreas


naturais protegidas, para que as p e s s o a ~ s benefícios do uso

~ 30
-

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desses espaços, na perspectiva de garantir a convivência vital entre o


homem e o meio, e a divisão de responsabilidade na proteção ambiental.

'- § 3° O controle da qualidade ambiental engloba atividades de caráter


preventivo e corretivo, devendo o Poder Público Municipal priorizar as
atividades de caráter preventivo, na perspectiva de evitar a ocorrência de
danos ambientais.

§ 4° O controle ambiental preventivo será consolidado, principalmente,


através do licenciamento, monitoramento e fiscalização ambientais .
....e
.,.,,.__, § 5° Com a finalidade de coibir ações degradadoras do meio ambiente, as
atividades de caráter corretivo se materializam na imputação de penalidades
...,..__, administrativas - como a obrigação de reparação do dano - decorrentes da
apuração de infrações ambientais previstas no Código do Meio Ambiente.

§ 6° O Poder Executivo implementará a Política Municipal de Educação


Ambiental, em conformidade com a legislação federal, considerando-se que a
Educação Ambiental é parte essencial e permanente da educação nacional,
devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.

TITULO V

DO TRANSPORTE, MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA


'---
CAPITULO 1

DOS OBJETIVOS

Art. 47. A Política de transporte, mobilidade e acessibilidade de Colinas


deverá garantir o acesso de todas as pessoas aos equipamentos, meios de
transporte e de comunicação e espaços de uso público, visando assegurar os
direitos.fundamentais da pessoa humana, priorizando as pessoas portadoras
de deficiência e/ou com mobilidade reduzida.

§ 1°. Por mobilidade compreende-se o direito de todos os cidadãos ao acesso


aos espaços públicos em geral, aos locais de trabalho, aos equipamentos e
serviços sociais, culturais e de lazer através dos meios de transporte
coletivos, individuais e dos veículos não motorizados, de forma segura,
eficiente, socialmente inclusiva e ambientalmente sustentável.

§ 2°. A acessibilidade urbana é a função pública destinada a garantir o


._.___ acesso ao conjunto de infra-estruturas, veiculas, equipa tos utilizados

31
._,

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'-
para o deslocamento, controle e circulação de pessoas, bens e animais e
deverá obedecer aos princípios de adequabilidade e adaptabilidade para
pessoas com mobilidade reduzida.

§ 3°. O Sistema Viário é constituído pela infra-estrutura física das vias e


logradouros que compõem a malha por onde circulam os veículos, pessoas e
animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento e o canteiro
central.

§ 4°. O Sistema Viário Municipal é classificado nas seguintes categorias


funcionais:

1- Vias Urbanas:

a) Via Arterial; é aquela de caráter estrutural para o Municlpio, cumprindo


funções de acesso a outros municípios, e integração entre as regiões da
cidade;

b) Via Coletora; é aquela de saída ou penetração aos bairros tendo a função


de canalizar o trafego das vias locais para as vias arteriais;

c) Via Local. é aquela que apresenta como principal função o acesso aos
lotes; Via e viela de pedestres: são aquelas destinadas apenas à circulação
'--
de pessoas e veículos autorizados quando sua largura comportar;
.._,'--:
...,'--- d) Ciclovia é aquela destinada à circulação de bicicletas;
'----
e) Calçada ou passeio é aquela destinada apenas à circulação de pessoas;

li - Vias Rurais: aquelas destinadas a atender às necessidades de


._, escoamento de produção, turismo, transporte intermunicipais e
intramunicipais de acesso às comunidades rurais.
'-
a) Rodovias;

b) Estradas.

Art. 48. Em qualquer área do Município é proibida a abertura de vias de


circulação, sem prévia autorização da Prefeitura Municipal.

Art. 49. As novas vias públicas, após a sua aprovação, execução e aceitação
pela Prefeitura Municipal serão classificadas e incluídas na Planta Oficial do
...,.____ Sistema Viário do Município.
"-"'----
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Parágrafo único. Para efeito desta lei ficam estabelecidas as seguintes


macrozonas: Ambiental, Urbano, Rural e Industrial;

Art. 66. O território do município de Colinas, com esteio na predominância


dos elementos da paisagem, deverá ser dividido nas seguintes macrozonas:

1- Macrozona urbana - A Zona Urbana corresponde à porção urbanizada do


território, com características adequadas a usos diversificados, e com infra-
estrutura já instalada ou que sejam facilmente instaladas ou integrem projetos
ou programas, de modo a autorizar a intensificação controlada do uso do solo
com infra-estrutura;

li- Macrozona rural - A Zona de Interesse Rural corresponde à porção do


território que, por suas características naturais, são destinadas à produção de
alimentos, em todos os níveis, devendo ter suas dinâmicas e identidade
cultural preservadas, especialmente quanto à atividade agropecuária e ao
apoio ao sistema de produção;

Ili- Macrozona Ambiental - Constituída por áreas que, por suas características
naturais de topografia ou cobertura vegetal e pelo valor ambiental e
paisagístico, exigem tratamento especial para assegurar o equilíbrio dos
ecossistemas e qualidade de vida à população.

IV- Macrozona Industrial - área progressivamente desapropriada pela


municipalidade, para a implantação de um Distrito Industrial e Tecnológico e
que formará um conjunto de qualificações estratégicas e competitivas de
caráter regional. Será igualmente objeto de um Plano Urbanístico Especifico,
que estruturará a ocupação da área e estabelecerá princípios de sua
ocupação.

Art. 67. O ambiente urbano de Colinas compreende todo o seu território,


constituído pelo conjunto de elementos naturais e construídos e resultante do
processo físico, biológico, social e econômico de uso e apropriação do espaço
urbano e das relações e atributos de diversos ecossistemas.

Art. 68. O ambiente urbano compõe-se do ambiente natural e do ambiente


'-..o
construido, constituindo Unidades de Paisagem;

Art. 69. As Unidades de Paisagem são fisionomias peculiares do tecido urbano


com características especificas que determinam vocações e que devem ser
objeto de Planos de Intervenção Paisagística.

Art. 70. Considera-se Ambiente Predominantemente Construído, o conjunto de


....,..._ unidades de paisagem, caracteriz~presença de intervenções
...,...__
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humanas, expressas no conjunto edificado, nas infra-estruturas e nos espaços


públicos.
'-

Art. 71 . Considera-se Ambiente Predominantemente Natural, o conjunto de


unidades de paisagem, constituído pelos elementos naturais remanescentes ou
introduzidos, entendidos como ecossistemas naturais e suas manifestações
fisionômicas, com particular destaque às águas superficiais, à fauna e à flora.

CAPITULO V

DO ZONEAMENTO

Art. 72. As Leis Complementares de zoneamento, uso e ocupação do solo, a


serem elaboradas devem dispor sobre a divisão territorial as seguintes áreas e
zonas:

1 - zonas residenciais: destinadas à função residencial unifamiliar ou


multifamiliar, facultado outros usos complementares;

li - zona central: destinada principalmente às funções de administração


pública, comércio e serviços de âmbito geral;

Ili - zona de proteção ambiental: destinada a preservação dos mananciais, das


matas galerias ainda existentes e das áreas naturais de lazer. Compreende as
margens dos cursos d'água que cortam a cidade;

IV - zonas de reserva florestal: áreas de grande extensão territorial, não


'--
habitadas, de difícil acesso e ainda em estado natural;

V - zonas rurais: áreas próprias das atividades rurais, delimitas pela área total
..,, do Município, excluídas as Macrozonas Urbanas e Industriais;
.....
VI - zonas de interesse social: parcela do território do municfpio destinada,
prioritariamente, à produção de habitações de interesse social.

VII - zonas industriais: Destinada à localização de atividades industriais e


complementares;

W'.._., VIII - zona de segurança do aeroporto: caracteriza-se como áreas de riscos por
este motivo não podem ter ocupações urbanas ou rurais;

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...,-
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DOS INTRUMENTOS

CAPITULO 1

DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE URBANÍSTICO

Art. 73. São Instrumentos de Controle Urbanístico do Plano Diretor de


Desenvolvimento Sustentável do Município as seguintes leis:
1- Lei do Perímetro Urbano e Rural;
li - Lei do Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo Territorial;
Ili - Código de Obras e Edificações
IV - Código de Posturas;
V - Lei do Meio Ambiente e da Paisagem Urbana.

SEÇÃO 1

DA LEI DO PERÍMETRO URBANO E RURAL

Art. 74. A Lei do Perímetro Urbano e Rural reparte e define todo o território do
Município, estimulando a ocupação do solo de acordo com a diversidade de
..,,- suas partes, estabelecendo limites entre as áreas rurais, áreas de expansão
..,,,- urbanas, urbana, industrial e Ambiental.
Parágrafo único. Na definição dos limites territoriais do Município que compõem
a Lei de Estruturação Territorial, bem como na elaboração do seu macro-
zoneamento deverão ser respeitadas as diretrizes definidas nesta Lei.

Art. 75. Fica definido o prazo máximo de 14 meses após a publicação desta Lei
para o encaminhamento ao legislativo do Projeto de Lei do Perímetro Urbano e
Rural.

SEÇÃO li
DA LEI DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Art. 76. A Lei de Ordenamento Territorial regulamenta o parcelamento, o


sistema viário, o uso e a ocupação do solo em todo o Município.
....,,
§ 1.º Parcelamento do solo é a subdivisão da terra, em unidades juridicamente
independentes, dotadas de individualidade própria e destinadas à ocupação
por funções urbanas ou rurais.

§ 2. 0 O sistema viário decorre do planejamento físico e funcional do espaço


urbano destinado à circulação e se processará em servância às normas
técnicas indicadas em lei, quanto à sua função, hiera uia e execução.

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§ 3.0 O uso do solo é a identificação que as edificações assumem em


atendimento às funções básicas urbanas e rurais que são: morar, trabalhar,
recrear e circular, estando aqui denominados e divididos em: residencial,
comercial, industrial, institucional, agrosilvopastoril e especiais, podendo ainda
estar subdivididos quanto a suas características peculiares: uni ou
multifamiliares, atacadistas ou varejistas, privativo ou conjunto.

§ 4. 0 A ocupação do solo diz respeito à relação entre a área do lote e a


quantidade de edificação que pode comportar, quer isolada ou agrupada,
visando favorecer a estética urbana e assegurar a insolação, a iluminação e a
ventilação da cidade e realizar o equilíbrio da densidade urbana.

SUBSEÇÃO 1
DO PARCELAMENTO DO SOLO

Art. 77. No que se refere ao parcelamento do solo, a Lei de Parcelamento, Uso


e Ocupação deverá estabelecer normas complementares a Lei Federal n. 0
6766n9 e sua alteração Lei n. 0 9785/99, relativas aos fracionamentos e
loteamentos.

Art. 78. Para assegurar o equilíbrio da densidade urbana e ainda favorecer a


estética urbana deverá ser utilizado os seguintes parâmetros limitadores para o
lote:
1- testada mínima de lote;
li - área mínima de lote.

SUBSEÇÃO li
DO SISTEMA VIÁRIO

Art. 79. O Sistema Viário compreende a rede de vias de circulação de veículos

- motorizados, de bicicletas e de pedestres e sua consecução se processará


com observância das normas indicadas na lei complementar que tem por
finalidade definir critérios funcionais e urbanísticos.
§ 1.0 Os critérios funcionais, de que trata este artigo, referem-se ao tipo de
tráfego e de veículos preferenciais para determinado sistema viário e a
'-- facilidade por este oferecida com relação à acessibilidade.
§ 2.0 Os critérios urbanísticos, de que trata este artigo, referem-se aos
aspectos de estruturação física da área urbana, no que diz respeito à
localização dos usos e atividades urbanas.

SUBSEÇÃO Ili
DO USO DO SOLO

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Art. 80. Os usos estarão ordenados em categorias que se especificam segundo


a sua natureza e características e a indicação dos usos apropriados a cada
zona deverá ser feita através do atendimento simultâneo quanto a espécie, ao
porte e a periculosidade.
§ 1. 0 Os usos serão ainda identificados como:
..., '- 1 - USOS PERMITIDOS: são os adequados e que se enquadram nas
categorias de usos estabelecidas para a zona determinada;
li - USOS TOLERADOS: são os usos não permitidos para a zona determinada
em decorrência da superveniência da lei, mas que por razão de direito
adquirido serão admitidas;
Ili - USOS NÃO PERMITIDOS: aqueles incompatíveis com a destinação da
zona determinada por prováveis riscos às pessoas, às propriedades
circunvizinhas e aos recursos naturais.

SUBSEÇÃO IV
DA OCUPAÇÃO DO SOLO

Art. 81 . A ocupação do solo regulará a implantação do edifício no lote visando o


equilfbrio da densidade e ainda favorecendo a estética urbana e assegurando a
insolação, a iluminação e a ventilação do entorno.

Art. 82. Deverão ser utilizados os seguintes parâmetros limitadores da


ocupação de um lote aqui denominados índices urbanísticos:
1 - COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO DO LOTE (CAL): corresponde a
um número, pré-definido, que indica quantas vezes a área total do terreno pode
ser edificada;
li - ÁREA TOTAL EDIFICÁVEL (ATE): determina a área máxima de construção
das edificações; é o resultado da multiplicação do Coeficiente de
..., Aproveitamento do Lote (CAL) pela área total do lote;
Ili - TAXA DE OCUPAÇÃO (TO): é a relação entre a projeção horizontal
..., máxima da edificação e a área total do lote, expressa em percentual;
IV - GABARITO (G): corresponde ao número máximo de pavimentos permitidos
ou à altura máxima da edificação;
V - RECUOS FRONTAIS (RF) e Afastamentos Laterais (AL) e de Fundos (AF):
correspondem às distâncias entre os planos de fachada da edificação e os
respectivos limites dos lotes;
VI - TAXA DE PERMEABILIDADE (TP): corresponde ao percentual da área do
lote a ser deixado livre de pavimentação ou construção em qualquer nível, para
garantia de permeabilidade do solo;
VII - COEFICIENTE DE ADENSAMENTO (Q): é o indice pelo qual se divide a
área do terreno para se obter o número máximo ~e 7 s residenciais
admitidas no lote; e ~

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VIII - NÚMERO MINIMO DE VAGAS PARA ESTACIONAMENTO (E): indica o


número mínimo de vagas de estacionamento que deve ser destinado para
atender à demanda de ocupação por uso.
§ 1.º Entende-se por adensamento a relação que indica a intensidade do uso e
ocupação do solo expressa pela:
1- densidade habitacional, através do número de habitantes fixo por hectare, a
fim de controlar o uso dos equipamentos públicos;
li - densidade populacional, através do número total de habitantes por hectare,
residentes ou não, e número de economias por hectare, a fim de controlar o
uso da infra-estrutura básica e dos serviços públicos.
§ 2. 0 O monitoramento do adensamento de uma área acarretará na avaliação
permanente dos equipamentos públicos, segundo parâmetros e critérios de
qualidade ambiental no que se refere ao dimensionamento, carências e
tipologias.

Art. 83. Fica definido o prazo de 14 meses após a publicação desta Lei para o
encaminhamento ao legislativo do Projeto de Lei de Parcelamento, Uso e
Ocupação do Solo.
...,... SEÇÃO Ili
DO CÓDIGO E>E MUNICIPAL DE POSTURAS

Art. 84. O Código Municipal de Posturas estabelece regras urbanísticas e


edilícias para a implantação de usos de infra-estrutura urbana e especial.
§ 1.º O Código de Posturas é o instrumento que define as medidas
administrativas a cargo do Município, em relação a higiene, a segurança, a
...,--- ordem pública, ao bem-estar público, ao funcionamento dos estabelecimentos
comerciais, industriais e de prestadores de serviços.
§ 2.0 A Lei de Usos Especiais será o instrumento que definirá as regras
urbanísticas e edilícias que determinará parâmetros para a implantação de
usos de infra-estrutura urbana e especial tais como: cemitérios, torres para
antenas de transmissão de radiação eletromagnética, depósitos e postos de
revenda dos derivados de petróleo, embasamento de edifícios e outros
objetivando a sua segurança, higiene e salubridade.

Art. 85. Fica definido o prazo de 01 (um) ano após a publicação desta Lei para
o encaminhamento ao legislativo do Projeto de Lei do Código Municipal de
Posturas.

SEÇÃOIV
DO CÓDIGO DO MEIO AMBIENTE E DA PAISAGEM URBANA

Art. 86. O Código Municipal do Meio Ambiente e da ~ aisa em Urbana


regulamentará os aspectos formadores da Paisagem Urb a, tais como:

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.... Paisagens Notáveis, Patrimônio Histórico e Cultural, Arborização Pública e


Mensagens Visuais.
§ 1.0 O Código Municipal do Meio Ambiente e da Paisagem Urbana objetiva
loo.i,j manter o meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividape, o dever de promover sua proteção, controle, conservação e
recuperação para as presentes e futuras gerações.
§ 2. 0 Os formadores da Paisagem Urbana objetivam garantir:
1- o direito do cidadão à fruição da paisagem;
li - a qualidade ambiental do espaço público;
Ili - a identificação, leitura e apreensão da paisagem e de seus elementos
construtivos;
IV - o equilíbrio visual entre os diversos elementos que compõem a paisagem
urbana;
V - a preservação do patrimônio cultural e ambiental;
VI - disciplinar o uso do espaço público e privado, em caráter excepcional,
subordinando-o a projetos urbanísticos previamente estabelecidos, segundo
parâmetros legais expressamente discriminados em lei.

Art. 87. Fica definido o prazo de 120 (cento e vinte) dias após a publicação do
Código Municipal de Posturas para o encaminhamento ao legislativo do Projeto
de Lei do Código Municipal do Meio Ambiente e da Paisagem Urbana .
...,- CAPITULO li
DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO URBANO

SEÇÃOI
DA UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIA

Art. 88. A Utilização Compulsória é um instrumento com o qual a


municipalidade poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização
compulsória do solo urbano não edificado, sub-utilizado ou não utilizado,
fixando as condições e os prazos para implementação da referida obrigação.

SEÇÃO li
DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO

Art. 89. O IPTU Progressivo no Tempo é um instrumento que autoriza a


majoração da alíquota do Imposto Predial e Territorial Urbano aos imóveis não
edificados, sub-utilizados ou não utilizados e que venham a caracterizar um
processo de especulação imobiliária.

§ 1.º O IPTU Progressivo no Tempo será utilizado no can~~scumprimento


das condições e prazos previstos na regulam e~ da Utilização

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Compulsória mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos


consecutivos.

§ 2.0 O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado através de
decreto e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior,
respeitando a alíquota máxima de 15% (quinze por cento).

§ 3. ° Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar nao esteja atendida em


05 (cinco) anos, o município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que
se cumpra a referida obrigação.

SEÇÃO Ili
DA DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE REFORMA URBANA

Art. 90. A Desapropriação para Fins de Reforma Urbana é um instrumento que


possibilita o poder público aplicar uma sanção ao proprietário de imóvel urbano,
por não respeitar o princípio da função social da propriedade, nos termos desta
Lei.

Art. 91. Decorridos 05 (cinco) anos de cobrança do IPTU progressivo sem que
o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou
utilização, o município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com
pagamentos em títulos da dívida pública.

§ 1. 0 Os títulos da divida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e


serão resgatados no prazo de até 10 (dez) anos, em prestações anuais, iguais
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de 06
(seis) por cento ao ano.

§ 2.º O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo


..., máximo de 03 (três) anos, contados a partir de sua incorporação ao patrimônio
municipal.

§ 3.0 O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder


Público ou por meio de alienação, permuta ou concessão a terceiros,
observando, nesses casos, o devido procedimento licitatório.

SEÇÃO IV
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

Art. 92. O Consorcio Imobiliário é um instrumento de cooperação entre o poder


público e a iniciativa privada para fins de realizar urbanização em áreas que
tenham carência de infra-estrutura e serviços urbanos e cont am imóveis
urbanos sub-utilizados e não utilizados.

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Parágrafo único. O Poder Público poderá facultar ao proprietário de área


...., atingida pela obrigação de parcelamento ou utilização compulsória, a
requerimento deste, o estabelecimento de consórcio imobiliário como forma de
viabilização financeira do aproveitamento obrigatório do imóvel.

Art. 93. O Consórcio Imobiliário poderá ser exercido sempre que o Poder
Público necessitar de áreas para:
1- regularização fundiária;
li - execução de programas habitacionais de interesse social;
Ili - ordenamento e direcionamento de vetores de promoção econômica;

SEÇÃO V
DO DIREITO DE SUPERFÍCIE

Art. 94. Direito de Superfície é o direito de propriedade incidente sobre o solo,


subsolo e espaço aéreo, vez que sobre essas partes do imóvel é possível
exercer todos os poderes inerentes ao domínio: uso, ocupação, gozo e
disposição.

Art. 95. O proprietário de imóvel poderá conceder a terceiros o direito de


superfície do seu terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante
escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis.

SEÇÃO VI
DA TRANSFER~NCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 96. A Transferência do Direito de Construir é o instrumento que concede ao


proprietário de imóvel de exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura
..., '-
pública, o direito de superfície potencializado pela legislação urbanística,
...,,, quando o referido imóvel for considerado necessário para fins de:

..._, 1- implantação de equipamentos de infra-estrutura;


li - preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico,
ambiental, paisagistice, social ou cultural;

..,,....... Parágrafo único. As solicitações de Transferência do Direito de Construir


deverão ser avaliadas pelo Conselho da Cidade, que manifestar-se-á de forma
conclusiva sobre a solicitação, aprovando ou rejeitando o projeto, podendo
condicionar sua aprovação à adoção de medidas mitigadoras a serem
executadas e custeadas pelo proponente.

SEÇÃO VII
DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO tSTRUIR
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Art. 97. O Instrumento Outorga Onerosa do Direito de Construir concede


alterações nos índices urbanísticos de ocupação do solo e autorizações para
usos não permitidos mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.

§ 1.0 A Outorga Onerosa de Direito de Construir de que trata este artigo é a


autorização do uso não permitido e do aumento do potencial construtivo
através de utilização de valores diferenciados de taxas de ocupação e
coeficiente de aproveitamento de lote/gabaritos, cujas contrapartidas poderão
se dar em forma de obras, terrenos ou recursos monetários.

-.(__ § 2.0 O produto da concessão de uso e aumento do potencial construtivo


"-'--- deverá ser obrigatoriamente aplicado no fomento de programas de melhoria
urbana, constituição de espaços de recreação e lazer e de programas de
preservação e/ou conservação do patrimônio histórico, artístico e cultural.

§ 3. 0 As solicitações de Outorga Onerosa do Direito de Construir deverão ser


avaliadas pelo Conselho da Cidade, que manifestar-se-á de forma conclusiva
sobre a solicitação, aprovando ou rejeitando o projeto, podendo condicionar
sua aprovação à adoção de medidas mitigadoras a serem executadas e
custeadas pelo proponente.

§ 4.0 A concessão de uso não permitido está condicionada à aprovação do


instrumento Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança.

SEÇÃO VIII
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

Art. 98. Operações Urbanas Consorciadas é o instrumento que autoriza o


Poder Público Municipal a praticar alterações nos índices urbanísticos de
parcelamento, uso e ocupação do solo e nas normas edilícias tendo como
objetivo a transformação urbanística, melhorias sociais e a valorização
ambiental de uma determinada região do município.

Art. 99. A utilização do Instrumento de Operações Urbanas Consorciadas


deverá ser avaliado pelo Conselho da Cidade mediante a apresentação pelo
Poder Público do Plano de Operação, contendo no mínimo:
1- definição da área a ser atingida;
li - programa básico de ocupação da área;
Ili - programa de atendimento econômico e social para a população
diretamente afetada pela operação;
IV - finalidade da operação;
'-
V - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e
investidores privados em função da utilização dos benefício , ·e
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VI - forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com


representação da sociedade civil.

SEÇÃO IX
DIREITO DE PREEMPÇÃO

Art. 100. O Direito de Preempção confere ao Poder Público Municipal o direito


de exercer a preferência para a aquisição de imóveis pré-identificados através
de lei especifica.

Art. 101 . O Direito de Preempção poderá ser exercido sempre que o Poder
Público necessitar de áreas para:
1 - regularização fundiária;
li - execução de programas habitacionais de interesse social;
Ili - ordenamento e direcionamento de vetores de promoção econômica;
IV - implantação de equipamentos públicos;
V - implantação de espaços públicos de lazer; e

--
li,;---
VI - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

SEÇÃO X
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
;.,,---
Art. 102. A Regularização Fundiária terá por finalidade legalizar a permanência
de populações moradoras de área públicas urbanas ocupadas em
y-- desconformidade com a lei para fins de habitação, implicando melhorias no
ambiente urbano do assentamento, no resgate da cidadania e da qualidade de
via da população beneficiada, como forma a garantir a função social da cidade
e da propriedade.

..,, Art. 103. São instrumentos de regularização fundiária:


'-
1 - Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia;
li - Concessão do Direito Real de Uso.
...., SEÇÃO XI
DA CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA
'-

Art. 104. A aplicação do instrumento Concessão de Uso Especial para fins de


'- Moradia visa garantir àquele que possui como seu, por 05 (cinco) anos,
ininterruptamente e sem oposição, até 250m2 (duzentos e cinqüenta metros
quadrados), de imóvel público situado em área urbana, utilizando-o para sua
'-
moradia ou de sua família, ter o direito à concessão de uso especial para fins

- ........

........
de moradia em relação ao bem objeto da posse, de e que não seja
proprietário ou concessionário, a qualquer título, de ou o imóvel urbano ou
rural. ·
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SEÇÃO XII
DA CONCESSÃO DO DIREITO REAL DE USO

Art. 105. A aplicação do instrumento Concessão do Direito Real de Uso de


bens imóveis pertencentes ao Município visa disciplinar sua utilização por
entidades reconhecidas como de "interesse público" e que apresentem
propostas sociais.

Art. 106. Fica definido o prazo de 120 (cento e vinte) dias após a publicação da
Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo para o encaminhamento ao
legislativo do Projeto de Lei de Regularização Fundiária.
CAPITULO XIII
DOS INSTRUMENTOS COMPLEMENTARES

Art. 107. Os Instrumentos Complementares visam promover o desenvolvimento


sustentável através de planos e programas, elaborados e implementados de
forma sistemática e contínua, capazes de orientar os vários governos
municipais na gestão do planejamento.

Art. 108. São Instrumentos Complementares do Plano Diretor de


Desenvolvimento Municipal:
1- Planos de Integração Regional;
li - Planos Setoriais;
Ili - Sistema de Avaliação de Desempenho.

'-- SEÇÃO 1
DOS PLANOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL
'-
Art. 109. Os Planos de Integração Regional são aqueles pactuados com um ou
.... '- mais Municípios da região das Chapadas do Alto ltapecuru, Sudeste do Estado
do Maranhão e que tem por objetivo promover o desenvolvimento sustentável
na região.

SEÇÃO li
DOS PLANOS SETORIAIS

Art. 110. Os Planos Setoriais são aqueles necessários para a promoção do


desenvolvimento da cidade, como:
1- Planos Urbanísticos;
li - Plano de Saneamento Ambiental;
'- Ili - Plano de Mobilidade Urbana; ~ -
IV - Plano de Infra-Estrutura e Equipamentos Públicos;
V - outros que se fizerem necessários.
....
'-

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SEÇÃO Ili
DOS PLANOS URBANÍSTICOS

Art. 111 . Os Planos Urbanísticos são instrumentos de prerrogativa do poder


Executivo Municipal para qualificação e melhoria dos espaços públicos da
cidade.
Parágrafo único. Os Planos Urbanísticos deverão ser elaborados sempre que a
Municipalidade promover significativas intervenções urbanas para modificar,
transformar ou alterar o desenho urbano ou a melhoria da infra-estrutura
implantada.

Art. 112. Programas municipais poderão prever a implementação de planos


urbanísticos mediante o pagamento de contribuição de melhoria, nos testemos
estabeledidos pelo Estatuto da Cidade, desde que lei municipal específica
determine definindo os seguintes aspectos:
...,...,
1- a definição e finalidade do plano;
li - a delimitação da área objeto da intervenção;

---- Ili - a características das intervenções previstas;


IV - a comprovação da anuência dos proprietários beneficiários pela
intervenção;
V - o valor da contribuição e a forma de pagamento a serem feitos pelos
proprietários beneficiados;
VI - o cronograma de execução das obras que compõem os plano urbanísticos.

SEÇÃO IV
DO PLANO DE SANEAMENTO AMBIENTAL

Art. 113. O Plano de Saneamento Ambiental tem por objetivo geral integrar as
ações do Poder Público Municipal no o que se refere à preservação dos
serviços de saneamento ambiental, para garantia da qualidade de vida da
população, de acordo com a estratégia de qualificação do ambiente natural.

Parágrafo único. São componentes essenciais e imprescindíveis do Plano de


Saneamento Ambiental:

1 - o diagnóstico da capacidade dos serviços públicos relativos ao saneamento


ambiental;
li - as diretrizes básicas para a melhoria das condições do saneamento
ambiental;

-- Ili - a definição de um programa municipal integrado para a?:romção da saúde


e saneamento urbano;

/_-/
54
...,
...,
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CN PJ Nº 06.1 13 . 682/0001-25

IV - a elaboração de programas de controle das emissões atmosféricas


industriais e de veiculas automotores;
V - a elaboração de programas de monitoramento e controle da qualidade da
água destinada ao consumo;
VI - definição e complementação da rede de drenagem da cidade,
considerando o crescimento da malha viária e conseqüente acréscimo no
volume de contribuição às bacias hidrográficas;
VII - o diagnóstico atualizado da situação da gestão dos resíduos sólidos no
município;
VIII - procedimentos ou instruções a serem adotadas na segregação, coleta,
com especial ênfase na coleta seletiva, classificação, acondicionamento,

-- armazenamento, transporte, transbordo, reutilização, reciclagem, tratamento de


disposição final, conforme sua classificação, indicando os locais onde as
atividade serão implementadas;
IX - procedimentos ou instruções a serem adotadas na remoção e destino final
de entulhos da construção civil, pneus, ferro velho, pilhas, baterias, baterias de
..,,,..... celular, móveis e utensílios domésticos;
X - ações voltadas à educação ambiental.
XI - programa ambiental para a manutenção ou recuperação da vegetação nos
barrancos dos rios e córregos;
XII - elaboração de projetos de alinhamento e passeio para as vias marginais
aos cursos d'água;
XIII - implementação de projetos urbanísticos para requalificação de áreas
próximas a cursos d'água;
XIV - execução de programas educacionais, visando evitar a utilização dos rios
e córregos para dejeto de resíduos e assentamentos em suas margens;
XV - promoção e incentivo às ações de remanejamento e remoção da
população instalada irregularmente nas margens dos cursos d'água;
XVI - revisão e alteração das normas de uso e ocupação do solo para os
imóveis localizados nas margens dos cursos d'água.

SEÇÃO V
DO PLANO DE MOBILIDADE URBANA E RURAL

Art. 114. O Plano de Mobilidade Urbana e Rural tem por objetivo a melhoria
das condições de circulação e acessibilidade em Colinas, atendendo às
diretrizes estabelecidas na Estratégia de Mobilidade Urbana e Rural, desta Lei.

SEÇÃO VI
DO PLANO DE IMPLANTAÇÃO D~ l~FRA-ESTRUTURA E
EQUIPAMENTOS PUBpcos

Art. 115. O plano complementar de Implantação de l~fra- strutura Básica e


,_.._ Equipamentos Públicos, deverá detalhar, no mínimo: ·

j
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1 - , , - - - - -- - -' - - - - - - ----------- ---· - ·--
....,

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1- o programa de implantação de infra-estrutura básica;


li - o programa de implantação de equipamentos públicos - escola, posto de
saúde, creches, áreas de lazer, etc;
Ili - o programa de mobiliário urbano e rural.

SEÇÃO VII
DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PLANO DIRETOR

Art. 116. O Sistema de Avaliação de Desempenho do Plano Diretor de


Desenvolvimento tem por objetivo propiciar indicadores de desempenho que
permitam um processo de avaliação contínua da aplicação do Plano. Deverá
possuir os seguintes elementos:
1 - Relação dos Indicadores de Desempenho e o embasamento para sua
escolha;
li - Descrição da metodologia aplicada a cada um dos indicadores de

-- desempenho;
Ili - Periodicidade e forma de divulgação dos resultados.

TITULO IX

DA DOCUMENTAÇÃO E DOS ELEMENTOS DE APOIO À ELABORAÇÃO


...,
'--
DO PLANO DIRETOR
...,
..__,

Art. 117. Os documentos técnicos e demais elementos de apoio, de registro de


ações, e documentação, referentes ao processo de elaboração do presente
Plano Diretor, considerados como suas peças acessórias, ficam tombados, sob
...,
-
a forma de coletânea sistemática, na unidade de planejamento da Prefeitura,
aberta à consulta e ao exame dos mesmos a qualquer cidadão.

TITULO X

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 118. O Plano Diretor, instituído por esta Lei, deverá ser revisto a cada 1O
(dez) anos através de processo participativo coordenado pelo Poder Público
Municipal e acompanhadas pelo Conselho da Cidade de Colinas e demais
conselhos pertinentes ao processo.

Art. 119. Durante a vigência desta Lei as propostas de alter: - o deverão


obrigatoriamente ser encaminhadas para análise e elaboração
'-"--- Conselho da Cidade de Colinas.

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...,---- --- - - J - - - - - - -- --- -- - - - - - - - - - - --

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Art. 120. Fica autorizada a edição pelo Executivo Municipal, uma vez publicada
a presente Lei, de versão condensada do Plano Diretor, para fins de divulgação
e apoio à participação da população no processo de implantação.

Art. 121 . Fica o Poder Público Municipal autorizado a participar de comitês,


órgãos, comissões e consórcios intergovernamentais que permitam sua
integração com representantes da Administração Direta e Indireta dos
Governos Federal, Estadual e de outros Municípios, visando:

1- A Aprovação de Loteamentos em áreas limítrofes;

li - O Desenvolvimento de Políticas para a Zona Rural;

Ili - O Desenvolvimento de Políticas de Saneamento e Gestão de Recursos


Hídricos;

IV - O Estabelecimento de Políticas de Localização Industrial, bem como


Aprovação de Projetos de Empreendimentos de Impacto;

V - O Estabelecimento de Políticas de Controle e Fiscalização da Poluição.


....,.....
Art. 122. A Prefeitura deverá sofrer as reformas necessárias na estrutura
administrativa municipal, de modo a adequar-se aos postulados do presente
Plano Diretor;

Art. 123. Enquanto o Conselho da Cidade de Colinas não for regulamentado,


.....'--- responderá por ele o Núcleo Gestor do Plano Diretor, criado pelo Decreto nº
40, de 03 de julho de 2006.

Art. 124. O Conselho da Cidade constituirá a Câmara Técnica de Gestão


Urbana, composta por representantes do Poder Público, do Executivo e
Legislativo, e Sociedade Civil Organizada paritariamente, com representantes
..., estaduais e federais que atuam na microrregião de Colinas, desde que sua
atividade fim reflita de forma significativa na economia e na qualidade de vida
dos munícipes.

Art. 125. Os delegados da Conferência Municipal de Colinas, instituídos para


'--- elaboração e aprovação do Plano Diretor, deverão ser consultados para todo e
qualquer modificação do Plano Diretor.
...,, '--

Art. 126: As propostas encaminhadas a Prefeitura, aos ~


d le ~ os e ao Núcleo
Gestor deverão subsidiar a elaboração de planos, pr ramas e projetos
....,'--- setoriais, distritais e Municipais. .

~
57
...,,,......
'-'-- - - - - - __,__- - - - - - - - - - - - - - - - - - - ·--'•-- - - -- - - - - - --

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Art. 127. Todo processo de revisão e construção de leis complementares,


inclusive revisão deste plano, devem ser feitos de forma participativa, com
reuniões, fóruns e audiências públicas com a comunidade.

Art. 128. Ficam definidos os seguintes prazos, a partir da publicação desta Lei:

1- Compatibilizar da LDO, Orçamento Participativo, LOA e PPA com este plano


no prazo Maximo de 120 dias;

li - Criação do Conselho da Cidade de Colinas no prazo Maximo de 150 dias;

Ili - Revisar o Código de Posturas do Municfpio de Colinas em um prazo


máximo de 180 dias

IV - Elaborar, até o final de 2007, as leis complementares de zoneamento,


parcelamento e uso ocupação do solo;

V - Revisar a Lei Orgânica do Município de Colinas até o final de 2007;

VI - Elaborar e implementar as leis complementares: operações urbanas,


Código de Obra, no prazo máximo de 02 (dois) anos

VII - atualização do Cadastro imobiliário - 365 dias

VIII - definir e regularizar o local do Distrito Industrial - 270 dias;

Art. 129. Integram a presente Lei os seguintes anexos, que subsidiaram a sua
elaboração :

1- Atas das reuniões do Núcleo Gestor;

li - Atas, Regulamento e Relatórios da série de fóruns e audiências públicas;

'--· Ili - Ata, Regulamento, Relatório da Eleição de Delegados e Lista dos


'--
delegados eleitos;

IV - Gravação de eventos do processo de Elaboração do Plano Diretor


Participativo de Colinas;
'-
VI - Documentos produzidos e utilizados para capacitação, treinamento e
outros;

VII - Síntese do Diagnóstico técnico - leitura da cidade ai~

,_,___,
58
...,.._
-
' - '- -- - - - - ---- \ _I - - - - - -- - -------------- -- -
"-'-

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'-

Art. 130. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicaçao, revogadas as
disposições em contrário.
..,,, '-

..., '-

'--

'- Mando, portanto a todas as autoridades a quem o


conhecimento e execução da presente lei pertencer, que a cumpram e façam
cumprir tão inteiramente como nela se contém;
'-

A Senhora Secretária de Governo a faça publicar e


correr.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE COLINAS-


MA., em 10 de outubro de 2006.

.,,,,;--:

- '---
\....

'--

'--

'--

'-

'---

- _.
-.,,,, - 59
...,,
PREFEITURA MUNICIPAL DE COLINAS - MA .
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- '--
Art. 50. As vias públicas deverão ter dimensões dos passeios, leito carroçável
e demais características técnicas ajustadas às suas funções.

CAPITULO li
-....,
DAS DIRETRIZES

Art. 51 . Para estas políticas, ficam estabelecidas as seguintes diretrizes:

1 - definição da rede estrutural do municipio, classificando, funcionalmente,


as vias em:

a)arterial;

b) coletora;

c) local.

li - estabelecer controle de velocidade nas vias principais;


~

..., Ili - ampliar o sistema viário, com indicação das melhorias necessárias na
estruturação viária existente, com a finalidade de redução dos
congestionamentos nos corredores do sistema viário urbano;
..,--
..,- IV - definir rotas de transporte de carga interconectadas aos subsistemas
viários e regional, adequadas ao fluxo de veículos pesados;

V - estabelecer normas para adequar o número de vagas de garagem e os


acessos às finalidades do equipamento urbano;

VI - regulamentar a operação de carga e descarga quanto às áreas e aos


'-- horários;

VII - regulamentar a localização dos pontos de táxi;


'-
VIII - implantar sinalização adequada à segurança dos pedestres,
considerando as necessidades dos deficientes físicos.

IX - ampliar as áreas de pedestres nas áreas de urbanização prioritária

X - promover campanhas de educação para o trânsito;

XI - incrementar a qualidade das calçadas e mantê-las em perfeitas


condições de trânsito para todos os pedestres;

33
...,-
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- XII - minimizar o conflito entre trânsito de veículos e de pedestres;

XIII - manter o sistema viário em condições adequadas de circulação e


transportes para pedestres e veículos;

XIV - dotar e manter as vias com sinalização infonnativa e de trânsito;


----
XV - criar condições para o uso de bicicletas como meio de transporte,
promovendo a adequação viária ou construção de ciclovias;

XVI - priorizar a circulação de pedestres em relação aos veículos e dos


veículos coletivos em relação aos particulares;

XII - incentivo às viagens não-motorizadas;

XVIII - priorização das calçadas e ciclovias em detrimento à estacionamentos


nas vias públicas;

XIX - estudar soluções para a travessia de pedestre com segurança nas vias
e corredores da cidade;

XX - dar tratamento urbanístico adequado às vias da rede estrutural e


corredores de transportes, de modo a garantir a segurança dos cidadãos e a
..., preservação do patrimônio histórico, ambiental, cultural, paisagístico,
urbanístico e arquitetônico da cidade;

XXI - incentivar o uso de tecnologias veiculares que reduzam a poluição


ambiental e elevem as condições de conforto e segurança dos passageiros e
transeuntes;

XXII - Articular todos os meios de transporte que operam numa rede única,
de alcance total no Município, integrada física e operacionalmente;
'-
XXIII - Priorizar a pavimentação de ruas e avenidas onde existe trafego de
...,....... veículos de transporte coletivo .
...,__
TITULO VI

DA POLÍTICA DE HABITAÇÃO

CAPITULO 1

DOSO

34
1w
.,_,

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AV . PRAÇA DIAS CARNEIRO, Nº 402 , CENTRO.
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...,
...,, Art. 52. São objetivos da Política Habitacional:
.., '- 1- democratizar o acesso da população de baixa renda à terra regularizada e
urbanizada e à moradia digna e sustentável, com prioridade para o
atendimento às familias com renda até 3 (três) salários mínimos.

li - promover o ordenamento territorial da cidade, através da regularização,


ocupação e uso do solo urbano.

§1º - Entende-se por moradia digna, aquela que oferece segurança jurídica
na posse, padrão adequado de habitabilidade e é atendida por infra-estrutura
e serviços públicos.

§2º - As intervenções em assentamentos subnormais deverão ser precedidas


de um Plano Local de Urbanização, vedada a realização de investimentos
públicos em assentamentos cuja ocupação efetiva tenha menos de 5 (cinco)
anos, sem prévia aquisição da área.

Art. 53. A Política Municipal de Habitação observará as seguintes diretrizes:

1 - integração dos projetos e das ações da Política Municipal de Habitação


com as demais políticas e ações públicas de desenvolvimento urbano,
econômico e social municipais, intermunicipais, estaduais e federais,
favorecendo a implementação de ações integrais e sustentáveis;

-· li - democratização do acesso ao solo urbano e da oferta de terras para a


lr.,íl Política Municipal de Habitação a partir da disponibilidade de imóveis públicos
,.., e privados, em consonância com os instrumentos previstos no Estatuto da
Cidade;

Ili - repressão às ocupações em áreas de risco e non aedificandi, a partir da


ação integrada dos setores municipais responsáveis pelo planejamento,
controle urbano, defesa civil, obras e manutenção e as redes de agentes
comunitários ambientais e de saúde;

IV - regularização da situação jurídica e fundiária dos conjuntos habitacionais


implementados pelo município;

V - adequação das normas urbanísticas às condições sócio-econômicas da


população, simplificando os processos de aprovação de projetos e o
licenciamento de Habitação de Interesse Social·

35
....,

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VI - construção de unidades habitacionais de interesse social na região


central e em demais áreas da cidade, em áreas vazias ou subtilizadas e
I,_, recuperação de edifícios vazios e subtilizados conforme o Estatuto da
Cidade;

VII - promover, em caso de necessidade, a remoção de famílias de área de


risco, para execução de obras, equipamentos públicos, ou implantação de
infra-estrutura, o atendimento habitacional das famílias a serem removidas,
preferencialmente na mesma região;

VIII - investimento em obras de urbanização e de infra-estrutura, para


requalificação de áreas propícias à moradia dos setores populares, com
qualidade urbana e ambiental.

CAPITULO 11

DAS DIRETRIZES

Art. 54. Elaboração do Plano Municipal de Habitação que deverá prever:

1 - elaboração de diagnóstico sobre as necessidades habitacionais,


..,- quantificando e qualificando as demandas por regularização urbanística,
juridico-fundiária e de provisão;

li - definição de indicadores e de parâmetros para avaliação permanente das


necessidades, das ações e da qualidade das intervenções;

Ili - estabelecimento de critérios, prioridades e metas de atendimento.

Art. 55. Habitação de Interesse Social é toda moradia, com condições


adequadas de habitabilidade, destinada à população de baixa renda que
disponha de, pelo menos, dois quartos, uma sala, uma cozinha, área de
serviço e um banheiro.

Art. 56. O Poder Público Municipal não aprovará projetos ou executará obras
de impacto ambiental sem que sejam consultadas as comunidades afetadas

Art. 57. O Município, por lei específica, elaborará Plano de Reassentamento


como instrumento de garantia do direito à moradia adequada para população
que habita áreas onde for inviável a regularização urbanística e jurídico-
fundiária, que deverá prever:

1 - as etapas necessárias à recuperação do mbiente desocupado e ao


....... processo de reassentamento

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\-,,- - - - - -- - ~- - ------- --
.._,-

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assentamento original, assegurando os laços sociais, econômicos e culturais


da população afetada com sua vizinhança;

'--- 11 - participação dos reassentados no processo de planejamento e de


implementação da intervenção;
'-
Parágrafo único. As áreas em situação de risco, de preservação ambiental,
destinadas a usos públicos imprescindíveis e as non aedificandi são
consideradas áreas inviáveis de regularização urbanística e jurídico-fundiária,
para efeito desta lei.

§ 1º Nos casos de desapropriação para implantação de obras publicas, o


Poder Executivo devera oferecer, como alternativa, imóvel construído em
área adequada, e o mais próximo possível do imóvel desapropriado.

Ili - garantir participação da população nas fases de projeto, desenvolvimento


e implantação de programas habitacionais;
..,., IV - priorizar ações no sentido de resolver a situação dos residentes em áreas
de risco e insalubres;

V - assegurar, sempre que possivel, a permanência das pessoas em seus


locais de residência, limitando as ações de remoção aos casos de residentes
em áreas de risco ou insalubres;

VI - desenvolver programas preventivos e de esclarecimento quanto à


ocupação e permanência de grupos populacionais em áreas de risco ou
insalubres;

...,.., VII - priorizar, quando da construção de moradias de interesse social, as


...., áreas já devidamente integradas à rede de infra-estrutura urbana, em
especial as com menor intensidade de utilização;
....,'--
VIII - promover a regularização das áreas ocupadas de forma ilegal;
'--

IX - incentivar a urbanização das áreas ocupadas por famílias de baixa renda,


inclusive assegurando-se a elas acesso ao título de propriedade;

X - promover a progressiva eliminação do déficit quantitativo e qualitativo de


moradias, em especial para os segmentos populacionais socialmente
vulneráveis, residentes há mais tempo no Município;

XI - promover e apoiar programas de parceria e cooperação para a produção


de mor~dias populares e melhoria das~abitacionais da população.

~ 37
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_.,_ Art. 58. Para fins do disposto nesta lei serão considerados empreendimentos
habitacionais de interesse social, os seguintes empreendimentos efetuados com a
participação do Poder Público:
'--·
1- loteamentos de interesse social para a população de baixa renda;
...,
'--- li - conjuntos habitacionais de interesse social unifamiliares e multifamiliares
para a população de baixa renda;

Ili - imóveis vagos requalificados para o uso habitacional de interesse social


para a população de baixa renda;

IV - unidades habitacionais isoladas, inseridas em programas públicos.

TITULO VII

~ '1. DO ORDENAMENTO TERRITORIAL E USO DO SOLO


...,,.... (

CAPITULO 1
....,
DOS OBJETIVOS

Art. 59. O ordenamento territorial visa à construção de uma sociedade justa,


fisicamente ordenada e economicamente sustentável, pressupondo o
conhecimento aprofundado da realidade, em que sejam consideradas as
especificidades, os principais problemas e as potencialidades de cada espaço
urbano.

'-'
CAPITULO li

ESTRUTURA ESPACIAL

'/ Art. 60. A estrutura espacial se configura pela distribuição dos seus
'-' ambientes naturais, do seu conjunto edificado formal e informal, caracterizado
por seus diversos usos e funções, dos sistemas de infra-estrutura e dos
equipamentos públicos.

/ Art. 61. A estruturação espacial deve considerar os seguintes fatores:

1 - a rede hídrica da cidade, formada pelos cursos e corpos d'água e


entendida, no conjunto dos demais elementos naturais, como o mais

--
...,._
importante sistema estruturador do orterritorial da cidade;

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------- - - -----

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li - os maciços vegetais, como forma de assegurar o patrimônio natural


existente, promovendo o equilíbrio do ecossistema urbano;

Ili - as características morfológicas e tipológicas do ambiente construído, em


'- especial as áreas de ocupação espontânea fora dos padrões considerados
t9rmais: como forma de respeitar a diversidade sócio cultural; -

IV - os sistemas de saneamento ambiental, como elemento essencial para a


melhoria das condições de habitabilidade;

V - o sistema viário e de transporte, como infra-estrutura integradora das


V diversas partes da cidade - conectada aos demais municípios - garantindo a
mobilidade das pessoas e a circulação dos bens e serviços;

"-"- VI - a distribuição dos espaços públicos, equipamentos urbanos e serviços


sociais, como meio de promoção de uma maior eqüidade social e espacial da
coletividade;

VII - a localização dos assentamentos populares;

VIII - as áreas de morro com suas características urbanísticas e ambientais


com seu potencial paisagfstico e cultural;

IX - a distribuição espacial dos usos e atividades urbanas, com vistas a:

a) garantir a multiplicidade de usos nas diversas partes do território do


...,,
..___ Município, visando a estimular a instalação de atividades econômicas de
'-- comércio, serviço e indústria, compatíveis com a capacidade da infra-
'--
estrutura urbana, considerando a aplicação dos instrumentos previstos no
Estatuto da Cidade e contribuindo para a redução dos deslocamentos;

b) reconhecer e conservar espaços de uso predominantemente residenciais,


assegurando a manutenção de suas características funcionais e espaciais;

c) promover a requalificação e a dinamização das áreas de centralidades,


centros secundários e eixos de atividades múltiplas;

d) potencializar as infra-estruturas e espaços públicos;

e) adequar e direcionar as ofertas de infra-estrutura e serviços urbanos à


distribuição físico-espacial das diversas demandas do uso habitacional e das
atividades econômicas, garantindo a acessibilidade e co-responsabilizando
os diversos segmentos envolvidos na produção da cidade com a justa
distribuição do processo de urbaniza~ e;

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...,,,__
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f) potencializar ocupação de áreas para instalação de empreendimentos


habitacionais e de atividades econômicas, especialmente os indutores de
urbanização, requalificação urbana ou desenvolvimento econômico, com
base na infra-estrutura instalada e mediante a aplicação dos instrumentos
previstos no Estatuto da Cidade;

g) planejar e estimular a ocupação de áreas não utilizadas e subtilizadas,


dotadas de infra-estrutura;

h) regular atividades incômodas e empreendimentos de impacto social,


ambiental, econômico e urbanistico.

CAPITULO 111

DA DIVISÃO TERRITORIAL

SEÇÃO 1
...,...
DOS OBJETIVOS

Art. 62. A divisão territorial tem como finalidade definir as diretrizes e os


instrumentos necessários para o desenvolvimento urbano da cidade,
buscando, como objetivos gerais, a redução das desigualdades sócio-
espaciais e a promoção do controle da densidade e da qualificação
ambiental.

SEÇÃO li

.......
DAS DIRETRIZES

Art. 63. A divisão territorial tem as seguintes diretrizes:

'- 1-promoção da regulação da ocupação do solo, como forma de controlar o


adensamento em áreas com infra-estrutura saturada;

li - qualificação dos usos que se pretendem induzir ou restringir em cada


área da cidade;

Ili -indicação de regiões de baixo índice de ocupação humana com potencial


para receber novos residentes ou empreendimentos;

IV -promoção do adensamento compatível com a infra-estrutura em regiões


de baixa densidade ou com p r e s ~ vazias ou subtilizadas;

40
- - -----.

~
...,
...,- ~~
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V -preservação, a legalização, a recuperação e o sustento das regiões de


interesse histórico e ambiental;
'--
VI -promoção da regularização fundiária;

VII - a urbanização e a qualificação da infra-estrutura e habitabilidade nas


áreas de ocupação precária e em situação de risco;

VIII -fornecimento de bases para o dimensionamento e a expansão das


.....
redes de infra-estrutura e para a implantação de equipamentos e serviços
urbanos.

Art. 64. Para a consecução do desenvolvimento urbano da cidade, o


Município deverá ser dividido em macrozonas, com suas respectivas zonas,
considerando:

1- a compatibilidade com as características do ambiente urbano, construído e


natural, de forma a integrar as redes hldricas e maciços vegetais, reconhecer
--- as características morfológicas e tipológicas do conjunto edificado e valorizar
os espaços de memória coletiva e de manifestações culturais;

li - o reconhecimento das especificidades da distribuição espacial dos usos e


atividades urbanas e a diversidade de tipologias, demandas e padrões sócio-
econômicos e culturais;

Ili - a adequação do parcelamento, o uso, a ocupação do solo à


disponibilidade de infra-estrutura urbana;

IV - a conjugação das demandas sócio-econômicas e espac1a1s com as


necessidades de otimização dos investimentos públicos e privados e de
melhoria e adequação dos padrões urbanos, promovendo a justa distribuição
do processo de urbanização.

CAPITULO IV

DO MACROZONEAMENTO

Art. 65. Macrozoneamento é o procedimento adotado para o estabelecimento


de áreas do território municipal que diferenciam-se por suas características
de ocupação, visando a utilização adequada de cada trecho do território,
através dos instrumentos de preservação ambiental, urbanísticos e fiscais
disponibilizados pelo Estatuto da Cid~ -

...,.__
41

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