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Resoluções dos Testes

Teste 1 – Mecânica

Grupo I
1. No intervalo [0; 4,0] s, o movimento é no sentido negativo do referencial O𝑥 (𝑣𝑥 < 0) e é retardado
(o módulo da velocidade diminui de 12,0 m s−1 até zero). No intervalo [4,0; 7,0] s, o movimento é
no sentido positivo do referencial O𝑥 (𝑣𝑥 > 0) e é acelerado (o módulo da velocidade aumenta de
zero até 9,0 m s−1).
2. O corpo volta a passar pela posição inicial num instante 𝑡 após percorrer distâncias iguais nos
sentidos negativo e positivo.
O deslocamento do corpo no intervalo [0; 4,0] s, ∆𝑥1 , é no sentido negativo:
−12,0 m s−1 ×(4,0−0) s
∆𝑥1 = = −24,0 m .
2
Da análise do gráfico, prevê-se que 7 s < 𝑡 < 12 s. A componente escalar do deslocamento do corpo
no intervalo [4,0; 𝑡] s, ∆𝑥2 , será 24,0 m:
9,0 m s−1 ×(7,0−4,0) s 10,5 m
24,0 m = 2
+ 9,0 m s−1 × (𝑡 − 7,0 s) ⇒ 𝑡 − 7,0 s = 9,0 m s−1 ⇒ 𝑡 = 8,17 s .
No instante 𝑡 = 8,17 s, o corpo volta a passar pela posição inicial.
3. (D) A componente escalar da aceleração, 𝑎𝑥 , no instante 𝑡 = 16,0 s é igual ao declive da tangente ao
gráfico 𝑣𝑥 (𝑡) nesse instante, que é negativo. No intervalo [12,0; 24,0] s, em que está contido esse
instante, o declive é constante, portanto,
∆𝑣𝑥 (0−9,0) m s−1
𝑎𝑥 (16,0) = = (24,0−12,0) s
= −0,75 m s−2.
∆𝑡
4. (C) [No intervalo [7,0; 24,0] s, 𝑣𝑥 > 0, o que significa que o movimento é no sentido positivo: a
função 𝑥(𝑡) é crescente (as opções (A) e (D) correspondem a movimentos no sentido negativo).
A velocidade é constante no intervalo [7,0; 12,0] s, o que significa que o declive das tangentes ao
gráfico 𝑥(𝑡) é constante (segmento de reta) e no intervalo [12,0; 24,0] s a velocidade diminui até se
anular, o que significa que o declive das tangentes ao gráfico 𝑥(𝑡) também diminui, sendo nulo para
𝑡 = 24,0 s (na opção (B) o declive aumenta e é máximo para 𝑡 = 24,0 s).]

Grupo II
1.

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Os conjuntos cruzam-se no instante 𝑡 = 120 s na posição de componente escalar 𝑥 = 100 m:
𝑥CI (120) = 𝑥CII (120) = 100 m.
2. (B) A equação das posições é
1
𝑥CI = −284 + 8,0 𝑡 − 0,040 𝑡 2 = 𝑥0 + 𝑣0𝑥 𝑡 + 2 𝑎𝑥 𝑡 2 , portanto, 𝑣0𝑥 = 8,0 m s−1
1
e 𝑎
2 𝑥
= −0,040 m s−2 ⇒ 𝑎𝑥 = −0,080 m s−2 .
A componente escalar da velocidade do conjunto CI é dada por 𝑣𝑥 C = 𝑣0𝑥 + 𝑎𝑥 𝑡 = 8,0 𝑡 − 0,080 𝑡 .
I
3. Na equação das posições, o coeficiente de 𝑡 2 é metade da componente escalar da aceleração do
1
conjunto CI, i.e., 𝑎𝑥 = −0,040 m s−2 ⇒ 𝑎𝑥 = −0,080 m s−2 .
2
Assim, a componente escalar da resultante das forças que atuam sobre o conjunto CI é
𝐹R𝑥 = 𝑚 𝑎𝑥 = 80 kg×(−0,040) m s−2 = −3,2 N
(a resultante das forças que atuam sobre CI aponta no sentido negativo do referencial O𝑥).
Têm componente na direção do referencial O𝑥 as forças de atrito, cuja resultante tem intensidade 𝐹a e
sentido negativo do eixo, e a componente da força gravítica na direção do movimento, 𝑃𝑥 = 𝑚𝑔 sin 10°.
𝑚𝑔 sin 10° = 80 kg × 10 m s−2 × sin 10° = 139 N.
Obtém-se 𝐹R𝑥 = 𝑃𝑥 − 𝐹a ⇒ 𝐹a = 𝑃𝑥 − 𝐹R𝑥 ⇒ 𝐹a = [139 − (−3,2)] N = 142 N .
4. (D) Inicialmente CI desce o plano inclinado, portanto, após a inversão do movimento sobe-o: a
velocidade aponta no sentido negativo do eixo O𝑥 (o sentido do movimento nesse instante).
A componente escalar da aceleração é negativa, o que significa que a aceleração aponta no sentido
negativo do eixo O𝑥.
5. Da equação das posições de CII conclui-se que este conjunto se move com velocidade constante, de
módulo 4,0 m s−1, portanto, a energia cinética de CII mantém-se constante.
Dado que CII sobe o plano inclinado (a altura de CII aumenta) a energia potencial gravítica do sistema
CII + Terra aumenta.
Como a energia mecânica é a soma da energia cinética, constante, com a energia potencial gravítica,
crescente, conclui-se que a energia mecânica do conjunto CII + Terra aumenta.
6. (C) A força normal exercida pela estrada em CII e a força normal exercida por CII na estrada
constituem um par ação-reação, logo, são simétricas.
Estas forças dizem-se normais por serem perpendiculares à estrada; dado tratar-se de uma superfície
inclinada, estas forças não têm direção vertical, logo, não podem ser nem iguais nem simétricas à
força gravítica.
7.
7.1 (D) Como um ponto da periferia da roda se move com velocidade de módulo constante, segue-se
que V executa um movimento circular e uniforme: a sua velocidade, embora de módulo constante, é
tangente à circunferência descrita e está sempre a variar a sua direção, assim, não é constante;
quanto à aceleração, e à resultante das forças, de direção radial e sentido centrípeto, têm, também,
módulo constante, mas variam continuamente a sua direção.
A energia cinética de V mantém-se constante dado que, para um dado corpo, apenas depende
do módulo da velocidade.

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10
7.2 Em 10 s, são descritas 900 × 60 = 150 rotações. Assim, um ponto da periferia da roda percorre
uma distância igual a 150 perímetros completos de uma circunferência de raio 𝑟:
300 m
𝑠 = 𝑣∆𝑡 ⟹ 150 × 2𝜋 𝑟 = 30 m s−1 × 10 s ⟺ 𝑟 = 300𝜋
= 0,318 m.
No movimento circular uniforme, a aceleração é centrípeta, assim, o módulo da aceleração de
um ponto da periferia da roda é
2
𝑣2 (30 m s−1 )
𝑎= 𝑟
= 0,318 m
= 2,8 × 103 m s−2.

Grupo III
1.
1.1 (C) Como a resistência do ar é desprezável, há conservação de energia mecânica dos sistemas
corpo + Terra.
Considerando o deslocamento do corpo até atingir a altura máxima, obtém-se
1 𝑣02
2
𝑚𝑣02 = 𝑚𝑔ℎmáx ⟹ 𝑔ℎmáx = 2
Os corpos atingirão metade da altura máxima com velocidade de módulo 𝑣, que se obtém a
partir da conservação da energia mecânica:
1 1 ℎmáx 𝑣02 𝑣0
2
𝑚𝑣02 = 2 𝑚𝑣 2 + 𝑚𝑔 2
⟹ 𝑣02 = 𝑣 2 + 𝑔ℎmáx ⟹ 𝑣 2 = 𝑣02 − 2
⟹𝑣=
√2
OU
A metade da altura máxima a energia cinética é metade da energia cinética inicial,
1 1 1 1 1 𝑣0
( 𝑚𝑣02 ) = 𝑚𝑣 2 ⟹ 𝑣02 = 𝑣 2 ⟹ 𝑣 =
2 2 2 4 2 √2
1.2 Ao atingirem a altura máxima, a velocidade das bolas é nula:
𝑣0
𝑣 = 𝑣0 − 𝑔𝑡 ⟹ 0 = 𝑣0 − 𝑔𝑡 ⟹ 𝑡 = 𝑔
(𝑔 é o módulo da aceleração gravítica).
A relação entre os tempos que A e B demoram a atingir a altura máxima é
𝑣0
𝑡A 𝑔T 𝑣 𝑔 𝑔
𝑡B
= 𝑣0 = 𝑔0 × 𝑣 K = 𝑔K
𝑔K T 0 T

A aceleração gravítica à superfície do planeta Kepler é 30% mais intensa do que à superfície da
Terra (𝑔K = 𝑔T + 0,3𝑔T = 1,3𝑔T ), logo,
𝑡A 1,3𝑔T
= = 1,3.
𝑡B 𝑔T
2. (D) A única força que atua no plantea, de massa 𝑚, é a força gravítica, 𝐹⃗g , exercida pela estrela de
𝑚K 𝑚
módulo 𝐹g = 𝐺 𝑟2
.
Sendo 𝐹⃗g a única força, ela é igual à resultante das forças, 𝐹⃗R : 𝐹g = 𝐹R .
Para uma órbita circular, a velocidade de um planeta só varia em direção, e a sua aceleração é
𝑣2
centrípeta: 𝑎 = 𝑎c = , assim,
𝑟
𝑚K 𝑚 𝑣2 𝑚K 𝑣2 𝑚K 𝑚K
𝐺 =𝑚 ⇒ 𝐺 = ⇒ 𝐺 = 𝑣 2 ⇒ 𝑣 = √𝐺 ⇒ 𝑣√𝑟 = √𝐺𝑚K
𝑟2 𝑟 𝑟2 𝑟 𝑟 𝑟
A velocidade do planeta não depende da sua massa e o produto do módulo da velocidade do planeta
pela raiz quadrada do raio da sua órbita é constante (a velocidade do planeta é inversamente
proporcional à raiz quadrada do raio da órbita).

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3. A aceleração gravítica é a aceleração de um corpo em que apenas atua a força gravítica:
𝑚planeta 𝑚 𝑚planeta
𝐹g = 𝐹R ⇒ 𝐺 2
𝑟planeta
= 𝑚𝑔 ⇒ 𝑔 = 𝐺 2
𝑟planeta
A aceleração gravítica no planeta Kepler-442b é 𝑔K = 1,3𝑔T, portanto,
𝑚K 𝑚 𝑟K2 2,34 𝑚T 𝑟K
𝐺 𝑟K2
= 1,3𝐺 𝑟2T ⟹ 𝑟T2
= 1,3𝑚T
= 1,80 ⇒ 𝑟T
= √1,80 = 1,3
T
4. (B)Na queda o corpo aumenta a sua velocidade, porque ainda não atingiu a velocidade terminal. Assim, é
atuado por duas forças, cuja soma tem o sentido do movimento: a força gravítica com o sentido do
movimento (descendente) e a força de resistência ar, de sentido oposto ao movimento. Como a força de
resistência do ar aumenta consoante a velocidade do corpo aumenta e a força gravítica é constante,
segue-se que a soma destas duas forças não permanece constante ao longo da descida.
Uma vez que a resultante das forças não é constante (diminui, mas nunca se anula, dado que o corpo
não atinge a velocidade terminal), a aceleração varia (diminui).
Conclui-se que o movimento é acelerado não uniformemente.

Teste 2 – Ondas e eletromagnetismo

Grupo I
1.
1.1. Em I tem-se uma onda longitudinal (propagação na mesma direção da perturbação) e em II uma
onda transversal (propagação na perpendicular da direção da perturbação).
1.2. (A) A amplitude, 𝐴 (afastamento máximo da extremidade da mola em relação à sua posição de
equilíbrio) é igual para os dois sinais.
O comprimento de onda, 𝜆, é igual para as duas ondas (para ambas, 100 cm corresponde a
2,5𝜆).
1.3. (A) Numa onda, a vibração propaga-se ao longo da mola. Assim, todas as espiras vão vibrar com
a mesma frequência e período (pode, portanto, excluir-se as opções C e D).
No esquema da situação I, a espira V encontra-se numa posição de máxima compressão
enquanto a espira W encontra-se numa posição de máxima descompressão, o que apenas
sucede na opção A – sinais em oposição de fase).
1.4.1. 5 cm
O afastamento máximo da extremidade da mola, em relação à posição de equilíbrio, é a
amplitude, 𝐴, do sinal.
10 cm
A distância entre duas posições extremas é 2𝐴, logo, 𝐴 = 2
= 5 cm.
100 cm
1.4.2 Em 100 cm cabem 2,5 comprimentos de onda, logo, 𝜆 = = 40 cm = 0,40 m .
2,5
O período é 𝑇 = 0,10 s × 2 = 0,20 s, logo,
𝜆 0,40 m
𝑣=𝑇= 0,20 s
= 2,0 m s−1.
2.
1 1
2.1. (B) 𝑇 = 𝑓 = 20×103 Hz = 5,0 × 10−5 s = 50 μs. Em 5 divisões existem 2 períodos. Cada divisão
2
equivale a 5 = 0,4 períodos, ou seja 0,4 × 50 μs = 20 μs.

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3
2.2.1. (B) O pulso dura 3/5 de divisão: 10 ms × 5 = 6 ms.
2.2.2. O intervalo de tempo que decorre desde que o pulso é emitido até ser recebido (primeiro
1
eco) é ∆𝑡 = (3 + ) × 10 ms = 32 ms.
5
A velocidade de propagação é
𝑣 = 𝜆𝑓 = 7,5 × 10−2 m × 20 × 103 Hz = 1,5 × 103 m s −1.
A profundidade, ℎ, é metade da distância percorrida pelo sinal no intervalo de tempo ∆𝑡:
𝑣∆𝑡 1,5×103 m s−1 ×32×10−3 s
ℎ= 2
= 2
= 24 m.

Grupo II
1.
1.1. Através do desvio de uma agulha magnética colocada nas proximidades de um fio com corrente
elétrica (uma vez que sem corrente elétrica a agulha magnética tem uma orientação e com a
corrente outra orientação, conclui-se que a corrente elétrica origina um campo magnético).
1.2.1. Faraday notou que quando ligava ou desligava o circuito ligado à pilha, através do
interruptor, surgia uma corrente elétrica no circuito ligado ao galvanómetro. Não era um
campo magnético estacionário, criado por uma corrente elétrica estacionária, que
originava uma corrente elétrica, mas sim um campo magnético variável (criado por uma
corrente elétrica variável).
Inicialmente, Faraday esperava que nas proximidades de um campo magnético estacionário
se pudesse originar uma corrente elétrica. O insucesso, como ele verificou, resultava de não
ter originado um (fluxo de) campo magnético variável.
1.2.2. (C) Um transformador apenas funciona com tensões variáveis, como as da corrente
alternada, pois, apenas desse modo se garante que haja uma variação do fluxo magnético
que origina correntes induzidas no enrolamento do secundário.
2.
2.1. (B) A amplitude do ângulo entre a direção do campo magnético e a perpendicular ao plano da
espira é 𝜃 = 90° − 60° = 30°.
A intensidade do campo magnético é
Φ 0,80×10−3 Wb
𝐵 = 𝐴×cos 𝜃 = 6,0×10−2 m2 ×cos 30° = 1,5 × 10−2 T .
2.2. Quando o plano da espira fica paralelo ao campo magnético, o fluxo do campo magnético
através da espira é nulo.
Assim, o módulo da força eletromotriz média é
|ΔΦ| (8,0×10−3 −0 )Wb
|𝜖| = = = 0,32 V
Δ𝑡 25×10−3 s
A corrente elétrica média é
|𝜖| 0,32 V
𝐼= R
= 5,0 Ω
= 6,4 × 10−2 A

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Grupo III
1.
1.1. (B) O feixe incide perpendicularmente na face do prisma (o ângulo de incidência é nulo), e nessa
face não sofre desvio.
A frequência da luz não se altera.
1.2. (D) Quando os feixes de luz passam do vidro para o ar, onde têm maior velocidade, por o índice
de refração ser menor, afastam-se ambos da normal à superfície do vidro-ar, e tanto mais
quanto maior for o índice de refração. O azul sofre maior desvio.
𝜆2
2. O facto de o comprimento de onda aumentar 25%, significa que = 1,25.
𝜆1
𝑣2 𝑐
𝜆 𝑓 𝑣 𝑛2 𝑛
Por outro lado, 𝜆2 = 𝑣1 = 𝑣2 = 𝑐 = 𝑛1 = 1,25.
1 𝑓 1 𝑛1 2

Deixa de ocorrer refração para ângulos superiores a um dado ângulo crítico, 𝛽, tal que
𝑛 1
𝑛1 sin 𝛽 = 𝑛2 sin 90° ⟹ sin 𝛽 = 𝑛2 = 1,25 ⟹ 𝛽 = 53° .
1
3. O espaçamento entre duas fendas é
1 mm 1 ×10−3 m
𝑑= = = 1,67 × 10−6 m;
600 600
3,9
sin 𝜃 = = 0,287
√13,02 +3,92
𝜆 = 1,67 × 10 m × 0,287 = 4,8 × 10−7 m =
−6

= 4,8 × 102 nm.

Teste 3 – Teste Global

Grupo I
1. (A) O martelo e a pena, largados da mesma altura 𝑥0 , atingem o solo ao mesmo tempo, 𝑡queda ,
portanto, as suas acelerações têm de ser iguais:
1
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0𝑥 𝑡 + 2 𝑎𝑥 𝑡 2 ⇒
1 2 2𝑥0
0 = 𝑥0 + 0 + 𝑎𝑥 𝑡queda ⇒ 𝑎𝑥 = − 2 .
2 𝑡queda

A aceleração gravítica não depende da massa 𝑚 do corpo em queda, o seu módulo é


𝑚 𝑚
𝐹R 𝐹g 𝐺 L2 𝑚
𝑟L
𝑎= 𝑚
=𝑚= 𝑚
= 𝐺 𝑟 2L , em que 𝑚L é a massa da Lua e 𝑟L o raio da Lua.
L

A força gravítica, 𝐹⃗g , é proporcional à massa 𝑚 do corpo, 𝐹⃗g = 𝑚𝑔⃗, sendo maior para o martelo.
2. (C) A resultante das forças que atuam sobre o martelo, a força gravítica, é constante, portanto,
também o é a aceleração. Assim, o declive das tangentes ao gráfico velocidade-tempo, 𝑣𝑥 (𝑡), é
constante (a função 𝑣𝑥 (𝑡) é linear: apenas as opções (C) ou (D) poderiam estar corretas). Como o
martelo desce, move-se no sentido arbitrado negativo, logo 𝑣𝑥 < 0.
OU
A aceleração aponta no sentido da resultante das forças, de cima para baixo, logo o declive das
tangentes ao gráfico 𝑣𝑥 (𝑡), é negativo.

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3.
3.1 Scott largou a pena de 1,25 m de altura.
Para 𝑡 = 0 s, a posição da pena é 𝑥p (0) = 1,25 m. Uma vez que a origem do eixo O𝑥 coincide
com o nível do solo, segue-se que esta é a altura de que a pena foi largada.
3.2 O instante em que a pena atinge a altura de 0,25 m obtém-se da equação da posição:
𝑥(𝑡) = 1,25 − 0,81𝑡 2 ⇒
0,25−1,25
0,25 = 1,25 − 0,81𝑡 2 ⇒ 𝑡 = √ −0,81
s ⇒ 𝑡 = 1,11 s
O coeficiente de 𝑡 2 na equação das posições é metade da componente escalar da aceleração:
1
𝑎
2 𝑥
= −0,81 m s−2 ⇒ 𝑎𝑥 = −1,62 m s−2.
A componente escalar da velocidade da pena, 𝑣𝑥 , nesse instante, obtém-se da equação da
velocidade:
𝑣𝑥 (𝑡) = 𝑣0𝑥 + 𝑎𝑥 𝑡 ⇒ 𝑣𝑥 (𝑡) = 0 − 1,62 𝑡 ⇒ 𝑣𝑥 = (0 − 1,62 × 1,11) m s−1 = −1,80 m s−1 .
1 1
A energia cinética da pena é 𝐸c = 2 𝑚𝑣 2 = 2 × 0,030 kg × (1,80 m s−1 )2 = 4,9 × 10−2 J.
OU
O coeficiente de 𝑡 2 na equação das posições é metade da componente escalar da aceleração:
1
𝑎
2 𝑥
= −0,81 m s−2 ⇒ 𝑎𝑥 = −1,62 m s−2. Esta é a aceleração gravítica na Lua.
Usando a conservação de energia mecânica,
𝐸c f − 𝐸c i = 𝐸p i − 𝐸p f = 𝑚𝑔L (ℎi − ℎf ) =
= 0,030 kg × 1,62 m s−2 × (1,25 − 0,25) m = 4,9 × 10−2 J
3.3 Na altura máxima, a velocidade da bola é nula e as velocidades iniciais são iguais na Terra e na
Lua, portanto, as variações de energia cinética na Terra e na Lua são iguais.
Uma vez que a energia mecânica se conserva, as variações de energia potencial gravítica são
também iguais:
𝑚𝑔(3,0 − 1,0) = 𝑚𝑔𝐿 (𝑦máx − 1,0) ou
𝑔
𝑦máx − 1,0 = (3,0 − 1,0) e segue-se:
𝑔𝐿
𝑔 10
𝑦máx = 2,0 𝑔 + 1,0 = 2,0 × 1,62 + 1,0 = 13 m
𝐿
OU
As equações do movimento da bola na Terra e na Lua são semelhantes. Utilizando,
respetivamente para a Terra e para a Lua, 𝑔 e 𝑔𝐿 , para as acelerações gravíticas, e 𝑡 e 𝑡𝐿 , para os
intervalos de tempo da bola até atingir a altura máxima, pode escrever-se as equações do
movimento da bola:
0 = 𝑣0 − 𝑔𝑡
Terra { 1
3,0 = 1,0 + 𝑣0 𝑡 − 𝑔𝑡 2
2
0 = 𝑣0 − 𝑔𝐿 𝑡𝐿
Lua { 1
𝑦máx = 1,0 + 𝑣0 𝑡𝐿 − 2 𝑔𝐿 𝑡𝐿 2
𝑔
Das equações das velocidades obtém-se 𝑡𝐿 = 𝑔 𝑡 . Substituindo na equação do movimento da
𝐿
bola na Lua:
𝑔 1 𝑔 𝑔 1
𝑦 = 1,0 + 𝑣0 𝑔 𝑡 − 2 𝑔𝐿 (𝑔 𝑡) 2 ⟺ 𝑦 − 1,0 = 𝑔 (𝑣0 𝑡 − 2 𝑔𝑡 2 )
𝐿 𝐿 𝐿

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Comparando com a equação do movimento da bola na Terra conclui-se:
𝑔
𝑦 − 1,0 = 𝑔 (3,0 − 1,0) ou
𝐿
𝑔
𝑦 = 2 + 1,0 = 13 m
𝑔𝐿
4.
4.1 (D) Num movimento curvilíneo, a velocidade varia continuamente a sua direção. Num
movimento curvilíneo uniforme, a resultante das forças (que neste caso é a força gravítica que a
Terra exerce na Lua) é sempre perpendicular à velocidade, dado que esta não varia em módulo.
4.2 O módulo da velocidade angular da Lua é
2𝜋 2𝜋 rad
𝜔= = (27×24+8)×3600 = 2,66 × 10−6 rad s−1.
𝑇 s
Aceleração da Lua no seu movimento em redor da Terra (aceleração centrípeta 𝑎⃗c )
(2,66 × 10−6 s−1 )2 × 3,84 × 108 m = 2,72 × 10−3 m s−2 .
Esta aceleração será consistente com uma força gravítica inversamente proporcional ao quadrado da
distância entre corpos, se o quadrado do quociente entre a distância Terra-Lua e a distância bola-
-Terra,
2
𝑟 2 3,84×108 m
( L) = ( 6 ) = 3,6 × 103 for igual ao quociente entre a aceleração à superfície da
𝑟T 6,37×10 m
Terra e a aceleração da Lua.
Este quociente é
𝑔𝑟T 9,8 m s−2
𝑎c
= 2,72×10−3 m s−2 = 3,6 × 103 (a aceleração da Lua é 3,6 × 103 vezes menor do que a
aceleração de uma bola à superfície da Terra).
Assim, verifica-se que
𝑔𝑟L 𝑟 2
= ( T ) ⇔ 𝑔𝑟L 𝑟L 2 = 𝑔𝑟T 𝑟T 2 (o produto do módulo da aceleração gravítica pelo quadrado da
𝑔𝑟T 𝑟L
distância ao centro da Terra, para a Lua e para uma bola à superfície da Terra, é constante).
A aceleração da Lua é a aceleração gravítica, 𝑔⃗𝑟L (a força gravítica exercida pela Terra é a
responsável pelo movimento da Lua em torna da Terra).

Grupo II
1. Significa que as camadas de ar vibram na direção em que o som se propaga.
2. (A) O comprimento de onda é
𝑣 338 m s−1
𝜆=𝑓= 440 Hz
= 0,768 m (distância, num certo instante, entre regiões adjacentes de compressão
máxima, ou de rarefação máxima).
A distância entre P e Q (máxima compressão – «crista da onda» – e máxima rarefação – «vale da
𝜆 0,768 m
̅̅̅̅ = =
onda» – adjacentes) é metade do comprimento de onda: PQ = 0,384 m.
2 2
3. (B) Se tivessem passado 3 períodos, o ponto P voltaria ao mesmo estado, ou seja, o de máxima
compressão. Ora, em mais meio período, o ponto P passa para o estado de máxima rarefação.
De forma análoga, concluir-se-ia que o ponto Q está no estado de máxima compressão (estando P e
Q distanciados de meio comprimento de onda, quando para um deles a pressão é máxima, para o
outro é mínima).

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4. (C) O que se propaga numa onda são as vibrações, mantendo-se, por isso, constante a frequência. Ao
afastarmo-nos da fonte sonora, a amplitude da onda sonora diminui (o som fica menos intenso),
pois, ao afastarmo-nos da fonte, a energia associada ao som espalha-se por um volume cada vez
maior e há, também, dissipação de energia.

Grupo III
1.
1.1 (D) As linhas de campo magnético de uma corrente retilínea são linhas circulares num plano
perpendicular ao da corrente, o que significa que o campo magnético é, em cada ponto,
tangente à circunferência que passa nesse ponto e tem centro no ponto de interseção da
corrente com o plano perpendicular ao da corrente.
1.2 (B) As correntes elétricas criam campo magnético e as cargas elétricas criam campo elétrico.
A intensidade do campo magnético criado pela corrente aumenta consoante diminui a distância
à corrente (em P o campo é mais intenso por se encontrar mais próximo do fio).
2. O módulo da força eletromotriz, |𝜀i |, é igual ao módulo da taxa de variação temporal do fluxo do
|ΔΦ|
campo magnético, |𝜀i | = , assim será máximo quando esta taxa for máxima (maior declive, em
Δ𝑡
módulo, do gráfico Φ(𝑡)).
Uma variação do campo magnético mais rápida (maior declive, em módulo, do gráfico 𝐵(𝑡)) implica
uma maior taxa de variação temporal do fluxo, assim, o máximo da força eletromotriz induzida
ocorre no intervalo [0; 0,20] s).
O módulo da variação do fluxo magnético nesse intervalo de tempo é:
2
4,0×10−2
|ΔΦ| = 𝑁𝐵f 𝐴 cos 0° − 0 = 300 × 6,0 × 10−2 × 𝜋 × ( ) Wb = 2,26 × 10−2 Wb
2
(𝑁 é o número de espira, 𝐵f o módulo do campo magnético no instante 𝑡 = 0,20 s, 𝐴 a área de cada
espira; considerou-se um ângulo de 0° entre a normal ao plano das espiras e o campo magnético,
pois este é o ângulo que maximiza o fluxo do campo magnético).
Assim, o valor máximo do módulo da força eletromotriz induzida na bobina é
|ΔΦ| 2,26×10−2 Wb
|𝜀i | = = = 0,11 V.
Δ𝑡 (0,20−0) s

Grupo IV
1.
1.1 (B) Os ângulos de incidência e de refração são medidos em relação à normal da superfície de
separação ar-material X, respetivamente, com o raio incidente e com o raio refratado. Como o
ângulo de refração é menor do que o de incidência, o raio aproxima-se da normal, assim os
esquemas (C) e (D) podem ser logo eliminados.
Se o ângulo de incidência é 40° segue-se que o ângulo entre o raio incidente e a superfície de
separação ar-material X é (90° − 40°) = 50°, o que apenas se verifica na opção (B). Nessa
opção o ângulo entre o raio refratado e a superfície de separação ar-material X é 64°, o que
corresponde a um ângulo de refração de (90° − 64°) = 26°.

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1.2 Com base na lei de Snell-Descartes, 𝑛ar sin 𝛼1 = 𝑛X sin 𝛼2 , em que 𝑛ar e 𝑛X são os índices de
𝑛ar
refração do ar e do material X, respetivamente, segue-se que sin 𝛼2 = 𝑛X
sin 𝛼1 . Assim, o
gráfico de sin 𝛼2 em função de sin 𝛼1 permite obter o índice de refração do material X,
conhecido o índice de refração do ar.

O ajuste linear modela bem a relação entre sin 𝛼2 e sin 𝛼1 , obtendo-se uma ordenada na
origem próxima de zero (0,027), como seria expectável:
Y = 0,707X − 0,027 ⇒ sin 𝛼2 = 0,707 sin 𝛼1 − 0,027.
A partir do declive do gráfico determina-se o índice de refração do material X:
𝑛ar 1,00
= 0,707 ⇒ 𝑛X = ⇒ 𝑛X = 1,4.
𝑛X 0,707
2. A luz branca é constituída por radiações eletromagnéticas de diferentes frequências, a que
correspondem diferentes cores.
O índice de refração do vidro depende da frequência, assim, radiações de diferentes frequências vão
sofrer diferentes desvios, apresentando diferentes ângulos de refração para o mesmo ângulo de
incidência e, por essa razão, é possível separá-las.

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Notas

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