Tipos de sistemas de

aquecimento solar
Conheça todos os tipos de sistemas de aquecimento
solar e descubra qual o ideal para sua necessidade.

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O que é um sistema de
aquecimento solar?
Um sistema de aquecimento solar, também conhecido por SAS, é
composto por um aquecedor solar (coletores solares e
reservatório térmico), sistema de aquecimento auxiliar,
acessórios e suas interligações hidráulicas (tubulações).
Portanto, é muito importante entender que o Aquecedor Solar é
apenas um item de um SAS e que o sucesso do sistema depende
do correto dimensionamento e instalação dos seus demais
componentes.

Por que eu preciso saber

os diversos tipos de SAS?
Saber qual o tipo de SAS que melhor atende as suas
necessidades é essencial para definir os equipamentos que
precisarão ser adquiridos e até mesmo a forma como a
instalação deverá ser realizada.
O que é um sistema de aquecimento solar?
De acordo com a norma ABNT NBR 15569, um SAS pode ser classificado conforme a tabela
abaixo.

Atributo Categoria
Além da tabela acima, o
l ll lll
mercado também classifica o
SAS de acordo com a pressão
Arranjo Solar mais auxiliar Somente Solar Pré-aquecimento Solar de trabalho, podendo ele ser
de alta pressão ou de baixa
Circulação Natural ou termossifão Forçada - pressão.
Um outro tipo de SAS que
Regime Acumulação Passagem - pode ser utilizado em
situações bem específicas é o
Armazenamento Convencional Acoplado Integrado SAS de aquecimento indireto,
que também será abordado
por este e-book.
Alimentação Exclusiva Não exclusiva -

Alívio Pressão Respiro Conjunto de válvulas -

Classificação por tipos de arranjo
Solar mais auxiliar

Em alguns períodos do ano, a radiação solar incidente não é suficiente

para aquecer o fluído (normalmente água) na temperatura desejada para
consumo. Portanto, um SAS pode ser projetado considerando um sistema
de aquecimento auxiliar que entrará em funcionamento nos períodos com
pouca incidência de radiação solar. Os tipos mais comuns de sistemas de
aquecimento auxiliar são:

1
Apoio elétrico do reservatório térmico (resistência elétrica + termostato)

2 Chuveiro elétrico

3 Aquecedor a gás (de passagem ou acumulação)

4 Bombas de calor
Classificação por tipos de arranjo
Somente solar

Não é recomendado a instalação de um SAS sem um sistema auxiliar de

aquecimento. Devido aos períodos do ano com baixa incidência de
radiação solar, um SAS sem sistema de aquecimento auxiliar não
conseguirá atender toda a demanda de água quente do usuário durante
todos os dias do ano.

Neste tipo de arranjo, recomenda-se a utilização de um chuveiro elétrico

como sistema de apoio, devendo este ser ligado somente nos dias em que
a radiação solar não for suficiente para aquecer a água do SAS. Neste
caso, pode-se optar pela compra de um reservatório térmico sem o apoio
elétrico (resistência elétrica + termostato).
Classificação por tipos de arranjo
Pré-aquecimento solar

O SAS pode ser utilizado como um sistema de pré-aquecimento de água.

Este tipo de instalação é muito comum em indústrias que necessitam de
água quente a uma temperatura acima da fornecida por um SAS (+- 70⁰C).
Neste caso, o SAS fornecerá a água quente para um segundo sistema que
irá terminar de aquecer a água até a temperatura final desejada.
Classificação por circulação
Termossifão

As instalações de SAS com termossifão são as mais utilizadas pelo mercado, principalmente
devido ao seu baixo custo, confiabilidade e eficiência. Neste tipo de sistema, a circulação da água
entre o reservatório e os coletores ocorre de maneira natural, ou seja, sem sistemas de
bombeamento. Quando bem projetado e instalado, um sistema que utiliza termossifão dificilmente
apresentará problemas de circulação de água entre o reservatório térmico e os coletores solares.

O que é termossifão?
Termossifão é a movimentação da água gerada através da diferença de
densidade entre suas moléculas. A termossifão ocorre quando se aquece
as moléculas de água (dentro do coletor solar), fazendo com que diminua
a sua densidade, ou seja, tornando-as mais "leves" em relação as
moléculas de água fria. Com uma densidade menor, a água quente será
empurrada pela água fria para a parte mais alta do sistema (de volta para
o reservatório térmico).
Classificação por circulação
Termossifão
Distância topo/fundo
Mas nem tudo é tão simples quanto parece. Em um sistema
termossifão, deve-se observar alguns detalhes. A distância topo/fundo entre o reservatório térmico e o coletor
solar é essencial em um sistema termossifão. Quando maior a
Perda de carga do sistema distância, maior a força motriz gerada pelo termossifão, ou seja,
mais facilidade a água terá para se movimentar no sistema. A
A força motriz gerada pelo termossifão é pequena e portanto, deve-se distância topo/fundo mínima é de 10cm, sendo o ideal entre 25 e
evitar ao máximo a utilização de curvas e conexões na ligação entre o 30cm.
reservatório térmico e o coletor solar. A perda de carga também pode
ser minimizada colocando o reservatório o mais próximo possível do
coletor solar e evitando a instalação de mais 12m2 de coletores solares.

Sifões e acúmulo de ar na ligação do

reservatório e do coletor solar
O acúmulo de ar (gerado pelos sifões) pode bloquear a movimentação
da água, pois o sistema não tem a força necessária para empurrar as
bolhas de ar. Em alguns casos, a formação de bolhas é um processo
lento, fazendo com que o sistema ainda funcione bem por alguns dias.
É "proibido" o uso de sifão no retorno do coletor solar, pois o mesmo
impede que a água quente suba para o reservatório.
Classificação por circulação
Circulação forçada
A motobomba deve ser dimensionada levando em consideração
Em um sistema com circulação forçada, a movimentação da água entre
a perda de carga que existe entre os coletores e o reservatório
os coletores solares e o reservatório térmico é feita através de uma
térmico. O controlador digital tem como objetivo ligar e desligar a
motobomba controlada por um controlador diferencial de temperatura
motobomba de acordo com a temperatura lida nos dois
(controlador digital). Basicamente, esta opção deve ser utilizada
sensores. Normalmente, o sensor liga a bomba quando o
quando:
diferencial de temperatura for de 5⁰C, porém este valor pode
variar de projeto para projeto.
• Não for possível obedecer a distância topo/fundo entre os coletor
solar e o reservatório térmico.

• A perda de carga do sistema não permitir a circulação por

termossifão.

* instalação com circulação forçada

Classificação por regime
Acumulação

Em um sistema de acumulação, a água que será aquecida fica circulando

entre os coletores solares e o reservatório térmico durante o
funcionamento do sistema, ou seja, a água quente ficará acumulada no
reservatório para uso posterior.

Pensando em um sistema residencial, onde o consumo de água quente

não é realizado durante o dia todo (normalmente utilizado para banho a
noite), o SAS tem o período da manhã e da tarde para acumular água
quente no reservatório térmico, portanto, estes sistemas são projetados
visando um aquecimento gradual e mais lento da água.

Passagem
Em um SAS de passagem, a água quente é retirada dos coletores e
enviada diretamente para consumo. Este tipo de sistema é utilizado para
fins bem específicos, normalmente em indústrias.
Classificação por armazenamento
Convencional

O sistema de armazenamento conhecido como convencional é quando o

reservatório térmico é instalado em um local dedicado a ele, ou seja, não é
instalado junto ao coletor solar. Esta é a forma mais comum de instalação
em residências em construção ou que já foram projetadas prevendo a
instalação do Aquecedor Solar.
Classificação por armazenamento
Acoplado

Em um aquecedor solar acoplado, todo o sistema é instalado em um

mesmo suporte em cima do telhado da residência. A grande maioria dos
sistemas acoplados são compostos por um reservatório térmico de 200
litros e um coletor solar de 2m2. A instalação deste sistema é mais
simples, e por este motivo, é muito utilizado nas construções do projeto
Minha Casa Minha Vida do Governo Federal.
Classificação por armazenamento
Integrado

O sistema é considerado integrado quando a captação e armazenamento

da energia é feita no mesmo dispositivo, ou seja, o mesmo dispositivo faz o
papel do coletor solar e do reservatório térmico.

* camp shower
Classificação por alimentação
Exclusiva

Neste tipo de sistema, existe um sistema de alimentação de água fria

exclusivo para o SAS, ou seja, existirá uma caixa de água para abastecer a
rede de distribuição de água fria da residência e outra caixa de água para
abastecer o SAS.

Não exclusiva

Em um SAS com alimentação não exclusiva, a mesma caixa de água que

fornece água fria para a residência, também fornecerá água fria para o
SAS. Neste caso, deve-se avaliar a altura do topo da caixa de água fria
com o fundo do reservatório térmico. Caso esta distância for maior que 5
metros, deve-se considerar duas opções:

1 Instalação de um SAS de alta pressão

2 Instalar um SAS baixa pressão, fazendo uso da alimentação exclusiva

Para evitar interferências do SAS na rede hidráulica de água fria, é

recomendado que se crie uma saída independente na água fria, exclusiva
para alimentar o reservatório do SAS.
Classificação pela pressão de trabalho
Baixa pressão

Por ser mais barato e mais simples de ser instalado, o SAS de baixa
pressão é o mais utilizado nas residências brasileiras. O SAS de baixa
pressão é utilizado quando a pressão de trabalho do sistema for inferior a Instalação +
Simples
5 m.c.a. (metros de coluna d'água). Normalmente estes sistemas são
instalados com respiro, e se dividem em sistemas de desnível e sistemas
em nível.

Menos
Manutenções

Maior custo-benefício
Classificação pela pressão de trabalho
Alta pressão

O sistema de alta pressão é necessário quando a pressão de trabalho for superior a 5

m.c.a. Neste tipo de SAS, deve-se utilizar um reservatório térmico preparado para suportar
a pressão de trabalho desejada e o alívio de pressão deve ser realizado por um conjunto de
válvulas. Tudo isso torna o sistema mais complexo de ser instalado e mantido.

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de alta pressão ?
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Classificação por alívio de pressão
Durante seu funcionamento, um SAS está sujeito a sofrer com
diversas variações de pressão, tanto positivas quanto negativas.
Neste caso, é importante que o sistema possua dispositivos de
segurança para protegê-lo destas variações de pressão.
normal, ver água quente sendo eliminada pelo respiro do sistema.
Na ocorrência de pressão negativa no sistema, o respiro fornecerá
caminho para a entrada de ar no reservatório, evitando assim que
ele murche.

As principais causas de pressão positiva é a expansão volumétrica
da água ao ser aquecida e o golpe de arriete em sistemas de alta
pressão. A pressão negativa é causada quanto se retira uma
quantidade maior de água do reservatório térmico do que o sistema
é capaz de repor fazendo com que o reservatório térmico "murche".
Os dispositivos utilizados para evitar que o sistema se danifique
devido a estas variações são o respiro e o conjunto de válvulas.
Por respiro
Por ter contato com a atmosfera, este tipo de sistema também é
conhecido como Sistema Aberto
O respiro é muito utilizado em sistemas de baixa pressão e não é
indicado para sistemas de alta pressão, visto que o respiro
precisaria ter a altura manométrica igual ou superior a pressão
máxima de saída do pressurizador. Além disto, os reservatórios
térmicos não são projetados para suportar o peso que um respiro
muito alto exerceria sobre ele.

O respiro é instalado em sistemas com o objetivo de fornecer

contato entre o sistema e a atmosfera. Desta forma, caso ocorra
variações de pressão no sistema, ela será controlada através do
respiro.
Se a pressão no sistema aumentar, seja por super aquecimento
(geração de vapor) ou por expansão da água, o respiro será
responsável por eliminar esta sob pressão. É muito comum, e
Classificação por alívio de pressão
Classificação por alívio de pressão por conjunto de válvulas sistema é o vaso de expansão, que precisa ser dimensionando e
calibrado corretamente de acordo com cada sistema.
O conjunto de válvulas deve ser utilizado para controlar as variações
de pressão em sistemas que não possibilitam a instalação de um
respiro, por exemplo, em sistemas pressurizados. Por não ter contato com a atmosfera, este tipo de sistema também é
conhecido como Sistema Fechado
Normalmente, as válvulas são instaladas na saída de consumo do
reservatório térmico.

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Outro componente muito importante no controle de pressão do

Sistema de aquecimento indireto
O coletor solar tem a capacidade de aquecer diversos tipos de fluído, sendo a água o fluído mais comum. Os principais motivos para
escolher um outro tipo de fluído para ser aquecido pelos coletores solares são:

• A água que será utilizada no sistema possui propriedades químicas que danificam o cobre utilizado no coletor solar
Os coletores solares serão instalados em locais onde a baixa temperatura congelará a água que circula por eles.

• Existe no mercado alguns fluídos prontos para serem utilizados nos coletores solares, sendo o mais comum o Glicol.

É importante ressaltar que este fluído é utilizado apenas no coletor solar. No reservatório térmico ainda está armazenada a água que será
utilizados para o banho. O responsável por transferir o calor do fluído aquecido pelos coletores solares para a água do reservatório é o
Trocador de Calor.
Conclusão
O sistema de aquecimento solar é uma solução que vem crescendo a
cada ano, impulsionada principalmente pelo constante aumento da tarifa
de energia elétrica e pelo conforto que ele proporciona ao usuário.

O crescimento desta solução está fortemente baseado na formação de

técnicos capazes de projetar e instalar o melhor tipo de SAS para cada
usuário e na conscientização da população para que ela entenda que um
SAS é muito mais do que um Aquecedor Solar.

Se você é um técnico ou simplesmente gostaria de conhecer mais sobre o

assunto, entre em contato com a Kisol, será um prazer lhe ajudar!

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